26
www.acasadoconcurseiro.com.br Atualidades Educação Professor Cássio Albernaz

Educação Professor Cássio Albernaz - s3.amazonaws.com · 4 Uma boa notícia em relação ao Brasil é que o país conseguiu reduzir a quantidade de estudantes com baixo rendimento

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

www.acasadoconcurseiro.com.br

Atualidades

Educação

Professor Cássio Albernaz

www.acasadoconcurseiro.com.br 3

Atualidades

EDUCAÇÃO

GERAL:

Educação é mais um dos temas investigados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD. A investigação deste tema capta anualmente um conjunto de características sobre a escolarização alcançada pela população e, em especial, sobre os estudantes, o que permite acompanhar ao longo do tempo a situação do analfabetismo e da escolarização no País, assim como do nível de educação da população.

No período de 2007 a 2014 foi mantida a tendência de declínio das taxas de analfabetismo e de crescimento da taxa de escolarização do grupo etário de 6 a 14 anos e do nível de educação da população. O diferencial por sexo persistiu em favor da população feminina.

O nível de instrução cresceu de 2007 para 2014, sendo que o grupo de pessoas com pelo menos 11 anos de estudo, na população de 25 anos ou mais de idade, passou de 33,6% para 42,5%. O nível de instrução feminino manteve-se mais elevado que o masculino. Em 2014, no contingente de 25 anos ou mais de idade, a parcela com pelo menos 11 anos de estudo representava 40,3%, para os homens e 44,5%, para as mulheres.

http://brasilemsintese.ibge.gov.br/educacao.html

Educação no Brasil melhora, mas país continua entre os piores do mundo.

Sai novo relatório internacional sobre rendimento escolar no mundo.

Brasil está entre os piores em matemática, leitura e ciências.

Saiu novo relatório internacional sobre o rendimento escolar no mundo. O Brasil melhorou o desempenho, mas ainda está entre os 10 piores países.

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (Ocde), o Brasil aparece entre os 10 países que têm mais alunos com baixo rendimento escolar em matemática, leitura e ciências. Na América Latina, além do Brasil, Peru, Colômbia e Argentina também tiveram resultados ruins.

A Ocde avaliou 64 países. Nos países pesquisados, 4,5 milhões de estudantes até 15 anos de idade não atingiram o nível básico de aprendizado. Isso equivale a um em cada quatro estudantes. O Peru e a Indonésia são os países com maior porcentagem de estudantes neste quesito.

www.acasadoconcurseiro.com.br4

Uma boa notícia em relação ao Brasil é que o país conseguiu reduzir a quantidade de estudantes com baixo rendimento no período entre 2003 a 2012.

Os orientais, como de costume, conseguiram os melhores resultados. China, Cingapura e Coréia do Sul estão no topo da lista , com as melhores notas.

http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2016/02/educacao-no-brasil-melhora-mas-pais-continua-entre-os-piores-do-mundo.html

Educação no Brasil

Espera-se que a educação no Brasil resolva, sozinha, os problemas sociais do país. No entanto, é preciso primeiro melhorar a formação dos docentes, visto que o desenvolvimento dos professores implica no desenvolvimento dos alunos e da escola.

Ao propor uma reflexão sobre a educação brasileira, vale lembrar que só em meados do século XX o processo de expansão da escolarização básica no país começou, e que o seu crescimento, em termos de rede pública de ensino, se deu no fim dos anos 1970 e início dos anos 1980.

Com isso posto, podemos nos voltar aos dados nacionais:

O Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados (PISA). Mesmo com o programa social que incentivou a matrícula de 98% de crianças entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças ainda estão fora da escola (IBGE). O analfabetismo funcional de pessoas entre 15 e 64 anos foi registrado em 28% no ano de 2009 (IBOPE); 34% dos alunos que chegam ao 5º ano de escolarização ainda não conseguem ler (Todos pela Educação); 20% dos jovens que concluem o ensino fundamental, e que moram nas grandes cidades, não dominam o uso da leitura e da escrita (Todos pela Educação). Professores recebem menos que o piso salarial (et. al., na mídia).

Frente aos dados, muitos podem se tornar críticos e até se indagar com questões a respeito dos avanços, concluindo que “se a sociedade muda, a escola só poderia evoluir com ela!”. Talvez o bom senso sugerisse pensarmos dessa forma. Entretanto, podemos notar que a evolução da sociedade, de certo modo, faz com que a escola se adapte para uma vida moderna, mas de maneira defensiva, tardia, sem garantir a elevação do nível da educação.

Logo, agora não mais pelo bom senso e sim pelo costume, a “culpa” tenderia a cair sobre o profissional docente. Dessa forma, os professores se tornam alvos ou ficam no fogo cruzado de muitas esperanças sociais e políticas em crise nos dias atuais. As críticas externas ao sistema educacional cobram dos professores cada vez mais trabalho, como se a educação, sozinha, tivesse que resolver todos os problemas sociais.

Já sabemos que não basta, como se pensou nos anos 1950 e 1960, dotar professores de livros e novos materiais pedagógicos. O fato é que a qualidade da educação está fortemente aliada à qualidade da formação dos professores. Outro fato é que o que o professor pensa sobre o ensino determina o que o professor faz quando ensina.

O desenvolvimento dos professores é uma precondição para o desenvolvimento da escola e, em geral, a experiência demonstra que os docentes são maus executores das ideias dos outros. Nenhuma reforma, inovação ou transformação – como queira chamar – perdura sem o docente.

Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

www.acasadoconcurseiro.com.br 5

É preciso abandonar a crença de que as atitudes dos professores só se modificam na medida em que os docentes percebem resultados positivos na aprendizagem dos alunos. Para uma mudança efetiva de crença e de atitude, caberia considerar os professores como sujeitos. Sujeitos que, em atividade profissional, são levados a se envolver em situações formais de aprendizagem.

Mudanças profundas só acontecerão quando a formação dos professores deixar de ser um processo de atualização, feita de cima para baixo, e se converter em um verdadeiro processo de aprendizagem, como um ganho individual e coletivo, e não como uma agressão.

Certamente, os professores não podem ser tomados como atores únicos nesse cenário. Podemos concordar que tal situação também é resultado de pouco engajamento e pressão por parte da população como um todo, que contribui à lentidão. Ainda sem citar o corporativismo das instâncias responsáveis pela gestão – não só do sistema de ensino, mas também das unidades escolares – e também os muitos de nossos contemporâneos que pensam, sem ousar dizer em voz alta, “que se todos fossem instruídos, quem varreria as ruas?”; ou que não veem problema “em dispensar a todos das formações de alto nível, quando os empregos disponíveis não as exigem”.

Enquanto isso, nós continuamos longe de atingir a meta de alfabetizar todas as crianças até os 8 anos de idade e carregando o fardo de um baixo desempenho no IDEB. Com o índice de aprovação na média de 0 a 10, os estudantes brasileiros tiveram a pontuação de 4,6 em 2009. A meta do país é de chegar a 6 em 2022.

http://brasilescola.uol.com.br/educacao/educacao-no-brasil.htm

OCUPAÇÃO DE ESCOLAS:

Desocupadas as últimas duas escolas estaduais de SP, diz secretaria. E. E. Godofredo Furtado, e Anhanguera ficam em Pinheiros e na Lapa. Alunos queriam melhorias nas unidades e fim da reorganização. (Janeiro 2016)

As duas últimas escolas ocupadas pelos alunos da rede estadual de São Paulo foram desocupadas nesta terça-feira (19), segundo a Secretaria da Educação. Os alunos das escolas estaduais Godofredo Furtado, em Pinheiros, e Anhanguera, na Lapa, reivindicavam melhorias na estrutura das unidades.

Ao longo das manifestações contra a proposta de reorganização escolar, iniciadas no começo de novembro, o Sindicato dos Professores (Apeoesp) chegou a afirmar que 213 escolas foram ocupadas. A Secretaria Estadual da Educação confirmou 200.

A reposição de aulas referentes ao ano letivo de 2015 já tinha começado em escolas da região. Os alunos da escola Anhanguera estavam na escola estadual Alexandre Von Humboldt, e os da Godofredo Furtado, na escola estadual Alfredo Bresser.

Em 4 de janeiro, um mês após o anúncio da suspensão da reorganização escolar feita pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), houve a desocupação da Escola Estadual Fernão Dias Paes.

www.acasadoconcurseiro.com.br6

Os estudantes entregaram as chaves e deixaram o prédio após 55 dias de ocupação. A escola foi a primeira a ser ocupada na cidade durante as manifestações contra a reorganização da rede de ensino.

Veja como tudo aconteceu desde o anúncio da reorganização:

ANÚNCIO

23/09 – Secretaria da Educação anuncia uma nova organização da rede estadual de ensino paulista a partir de 2016, com a implantação de unidades de um único ciclo de educação e com a possiblidade de fechamento de escolas para reorganização

ATOS E TUMULTO

15/10 – Estudantes de escolas públicas fazem um protesto por vias da capital paulista contra a reestruturação da rede de ensino estadual. Ao final da manifestação, no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul de São Paulo, houve tumulto.

PROTESTOS PRÉ-LISTA

27/10 – Professores da rede estadual de ensino viram de costas para o secretário estadual de Educação, durante audiência pública na Assembleia Legislativa, durante discussão do projeto de lei do Plano Estadual de Educação.

DIVULGAÇÃO DA LISTA

28/10 – Secretaria da Educação divulga a lista das 94 escolas da rede estadual de 35 municípios que serão fechadas como escola da educação básica e que terão seus prédios reaproveitados para outro uso educacional.

PROTESTOS PÓS-LISTA

29/10 – No primeiro dia de aula após a divulgação da lista, pais e alunos reclamaram da reorganização e relatam “desespero” e “preocupação” com a reorganização. Um grupo de professores e alunos também bloqueia algumas vias do Centro de São Paulo em protesto contra a reorganização da rede de ensino estadual.

OCUPAÇÕES DE ESCOLAS

9/11 – Alunos começam a ocupar escolas estaduais da Grande São Paulo em protesto contra a reestruturação. A primeira a ser ocupada é a Escola Estadual Diadema, no ABC. O movimento também ganha força pela capital paulista e região metropolitana.

PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO E OCUPAÇÃO MTST

13/11 – O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) ocupa, em protesto contra a reestruturação do ensino, o prédio de três escolas estaduais. Duas delas, em Santo André e em Embu das Artes, não serão afetadas pela reorganização. No mesmo dia, a Justiça pede a reintegração de posse da E.E. Fernão Dias e de Diadema, mas os pedidos são suspensos. Uma outra escola, a E. E. Pio Telles, é desocupada.

DIA “E”

14/11 – Secretaria de Educação faz reunião entre pais, alunos, professores e diretoria de ensino em todas as 5 mil escolas do estado para explicar a reorganização escolar.

Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

www.acasadoconcurseiro.com.br 7

LIBERAÇÃO DA ESCOLA

17/11 – Justiça fecha acordo com grupo estudantil e dá 24 horas para que seja encerrada a ocupação na E.E. Diadema. O último balanço do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) diz que 37 escolas estão ocupadas. A Secretaria Estadual da Educação, porém, confirma a ocupação de 26 escolas.

SEM ACORDO

19/11 – Audiência no Tribunal de Justiça reúne estudantes, Secretaria da Educação e Defensoria Pública. Depois de mais de quatro horas, a audiência termina sem acordo.

SARESP

24/11 – Cento e cinquenta escolas estaduais não fizeram o Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar de São Paulo (Saresp). Elas estão ocupadas por estudantes, que protestam contra a reestruturação da rede escolar. Em uma escola na Mooca, Zona Leste de São Paulo, teve confusão e a Polícia Militar foi chamada.

FUVEST

26/11 – Fuvest substituiu oito das dez escolas que receberiam a prova nos dias 28 e 29/11.

NÚMERO DE ESCOLAS OCUPADAS

Ao longo das manifestações, o Sindicato dos Professores (Apeoesp) chegou a afirmar que 213 escolas foram ocupadas. A Secretaria Estadual da Educação confirmou 200.

SUSPENSÃO DA REORGANIZAÇÃO ESCOLAR

04/12 – Governador Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou a suspensão da reorganização escolar. No mesmo dia, o secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, pediu para deixar o cargo.

REVOGAÇÃO DA LEI

07/12 – Mesmo com o anúncio da suspensão, algumas escolas continuam ocupadas. Os estudantes pedem a revogação da lei

PROTESTO

21/12 – Grupo de estudantes fazem protesto na Av. Paulista.

ESCOLAS DESOCUPADAS

22/12 – Com a suspensão da reorganização escolar, aos poucos, as escolas foram sendo desocupadas. Secretaria Estadual de Educação contabilizava 28 escolas ocupadas. A Apeoesp não divulgava mais esse número.

PREJUÍZOS

29/12 – O Governo do Estado de São Paulo estima em R$ 1 milhão os prejuízos em 72 das 81 escolas estaduais que registraram incidentes como furto ou depredações durante ou após as ocupações.

www.acasadoconcurseiro.com.br8

DESOCUPADAS PELA PM

30/12 – Na madrugada desta quarta-feira, três escolas foram desocupadas à força pela Polícia Militar: João Dória, no Itaim Paulista, João Alves, na Vila Madalena e Ida Pena, em Guarulhos, segundo estudantes. Bombas foram usadas e parte dos estudantes levados para o 50º DP. A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Educação informa que não houve nenhuma desocupação violenta.

DESOCUPAÇÃO FERNÃO DIAS

04/01 – Depois de 55 dias de ocupação, estudantes da Escola Estadual Fernão Dias Paes entregam as chaves. Essa foi a primeira escola da capital paulista a ser fechada pelos estudantes. Perícia avalia que prédio está em boas condições para retomada das aulas.

http://g1.globo.com/sao-paulo/escolas-ocupadas/noticia/2016/01/desocupadas-ultimas-duas-escolas-estaduais-de-sao-paulo.html

RJ tem 14 escolas ocupadas, diz secretaria de educação. Chico Anysio, no Andaraí, é a mais recente ocupação dos alunos. Colégio foi tomado na sexta-feira; os estudantes pedem melhorias. (Abril/2016)

A Escola Chico Anysio é o 14º colégio ocupado na Região Metropolitana do Rio, informou a Secretaria de Estado de Educação neste sábado (9). O espaço foi tomada por alunos nesta sexta-feira (8) e houve confusão na porta durante protesto.

Segundo a PM, Policiais do 6º BPM coibiram a entrada no local de pessoas estranhas que se aglomeraram na porta, impedindo a saída dos alunos e congestionando o trânsito na Rua Amaral. Ainde de acordo com a polícia, "houve uma tentativa de agressão por parte de manifestantes (não alunos) ao diretor e a quatro professores", gerando um boletim de ocorrência da PM.

Na quinta-feira (7), outras duas haviam sido tomadas por estudantes: C.E. Doutor Francisco de Paula Paranhos, em Niterói, e Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho, em Iguaba Grande, na Região dos Lagos.

De acordo com informações da GloboNews, já são 18 colégios em todo o estado ocupados por alunos. Entre as reivindicações, os estudantes pedem melhorias no ensino e defendem a greve dos professores, que completou 34 dias nesta terça. Na quarta, servidores fizeram uma manifestação em frente ao Palácio Guanabara.

Em uma das escolas, a Visconde de Cairu, no Méier, Subúrbio da cidade, os cerca de três mil estudantes pedem reformas nos espaços pedagógicos da escola, novos aparelhos de ar-condicionado nas salas e que nenhuma turma tenha mais de 35 alunos. Hoje, segundo os estudantes, algumas classes têm mais de 60 alunos.

Outra reivindicação é a segurança. De acordo com os estudantes, profissionais de segurança da unidade de ensino foram demitidos e, assim, a escola fica desprotegida. Por isso, eles pedem que sejam contratados mais funcionários.

Embora estejam ocupadas, os alunos dizem que seguem tendo aulas nas escolas. Os professores estão trabalhando e quem irá fazer o vestibular não será prejudicado, segundo dizem.

Em nota, a secretaria afirmou que as turmas da unidade têm no máximo 40 alunos, e que o quantitativo de alunos por turma "está previsto em legislação para atendimento de regiões com grande densidade demográfica, como é o caso daquela localidade".

Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

www.acasadoconcurseiro.com.br 9

Nno entanto, a Seeduc ressaltou que "trabalha para ampliar a oferta de vagas no Ensino Médio no horário diurno, no qual a situação foi relatada" e acrescentou ainda que – com relação à climatização – "todas as salas da unidade contam com aparelhos de ar-condicionado".

A respeito das obras no colégio, a secretaria afirmou que "há licitações da Empresa de Obras Públicas (Emop) em andamento para a realização das intervenções em escolas".

E em relação ao serviço de portaria, a Seeduc declarou que "a empresa que prestava esse serviço não quis renovar o contrato, interrompendo-o unilateralmente. A empresa queria uma mudança no índice de reajuste contratual, o que seria ilegal. Como esse procedimento não foi aprovado, ela optou pelo rompimento do contrato".

A secretaria esclareceu ainda que para o controle do acesso de entrada e saída de alunos, "as Diretorias Regionais, junto aos diretores das escolas, elaboram um planejamento específico. Profissionais que já atuam nas unidades serão remanejados para essa função, até que uma nova licitação aconteça".

'Fugiu ao controle da Seeduc', diz secretário

Segundo a secretaria, os casos específicos de cada unidade escolar serão analisados após a desocupação.

Em nota enviada neste sábado (9), o secretário de Estado de Educação, Antonio Neto, afirmou que a situação "fugiu ao controle da Seeduc". "Não há mais o que fazer. Não sabemos, sequer, com quem negociar. Tenho certeza de que colegas professores e alunos não agem como agiram os invasores, ofendendo e agredindo colegas de trabalho."

A Secretaria de Estado de Educação esclarece que o secretário de Estado de Educação, Antonio Vieira Neto, já recebeu alunos representantes de colégios ocupados e do Sindicato, com o objetivo de ouvir as reivindicações. Algumas medidas foram acordadas (veja a íntegra da nota abaixo).

A secretaria diz não vêr nos "líderes do movimento" a intenção em desocupar as unidades> Segundo a secretaria, "há envolvidos que sequer fazem parte da comunidade escolar". "Diante da intransigência, a Seeduc apela aos pais para que conversem com seus filhos, uma vez que são os estudantes sem aulas os mais prejudicados", diz o texto.

Nota da Seeduc:

"A Secretaria de Estado de Educação esclarece que o secretário de Estado de Educação, Antonio Vieira Neto, já recebeu alunos representantes de colégios ocupados e do Sindicato, com o objetivo de ouvir as reivindicações.

Entre os assuntos tratados com os estudantes, ficou estabelecido que, após a suspensão do movimento e liberação dos espaços, serão tomadas as seguintes medidas:

– Visando a maior participação estudantil nas decisões escolares, a Seeduc se comprometeu a conversar com a direção das duas unidades escolares para que organizem o grêmio estudantil e fortaleçam os conselhos escolares.

– Quanto à infraestrutura, será encaminhada uma equipe para as correções que se fizerem necessárias.

– Tão logo as aulas sejam retomadas, o secretário fará uma visita às unidades.

www.acasadoconcurseiro.com.br10

– Em relação ao currículo, a Seeduc esclareceu que há uma discussão nacional em andamento sobre o tema, que prevê a elaboração de uma Base Nacional Comum Curricular. Os alunos também receberam informações sobre a importância da realização do Saerj, que é a avaliação anual realizada nas escolas estaduais, para a melhoria do ensino público.

– Com referência à convocação de professores concursados, a Secretaria informou que, desde 2007, foram chamados 71 mil novos docentes, sendo 2.500 em 2015, e 465 neste ano.

Os casos específicos de cada unidade escolar serão analisados após a desocupação.

A Secretaria, no entanto, não vê nos líderes do movimento intenção em desocupar as unidades, pois há envolvidos que sequer fazem parte da comunidade escolar. Diante da intransigência, a Seeduc apela aos pais para que conversem com seus filhos, uma vez que são os estudantes sem aulas os mais prejudicados."

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/04/rj-tem-14-escolas-ocupadas-diz-secretaria-de-educacao.html

Chega a dez o número de escolas ocupadas por estudantes no Ceará

Iniciado há uma semana, o movimento estudantil que reivindica melhorias na educação do Estado ganhou adesões em mais quatro escolas de Fortaleza e uma de Juazeiro do Norte.

O movimento estudantil que tem ocupado escolas da rede estadual ganhou adesões nesta quinta-feira, 5, e já são dez as unidades de educação ocupadas no Estado – oito delas em Fortaleza e duas em Juazeiro do Norte, no Cariri. As escolas de Ensino Fundamental e Médio Irapuan Cavalcante Pinheiro, no bairro Conjunto Esperança, a Jader Moreira de Carvalho, na Serrinha, a Dom Lustosa, no Edson Queiroz, a de Ensino Médio Mariano Martins, no Henrique Jorge, e a Dona Maria Amélia, em Juazeiro se juntaram às outras quatro escolas que, desde a última quinta-feira, 28 de abril, vêm sendo ocupadas por alunos.

As novas ocupações foram informadas pela professora estadual Cícera Barbosa, que também é membro do Conselho de Leitores do O POVO, e têm feito acompanhamento das ocupações, além de participar da programação que vêm sendo realizada dentro das escolas. A assessoria da Secretaria Estadual da Educação (Seduc) confrimou as ocupações.

Os alunos reivindicam passe livre no transporte urbano, melhorias estruturais nas escolas, melhorias na merenda escolar, além da recontratação de funcionários e professores que foram cortados recentemente por portarias do Governo Estadual.

“Há um mês nós temos nos reunido e feito assembleias estudantis. Com a primeira escola ocupada, nós fomos até lá para entender como era a ocupação. Hoje, nos reunimos com os pai e pedimos apoio. Vamos ocupar e buscar melhorias para a nossa escola”, detalha a estudante Andréa Katharina Brito de Matos, 16, aluna do 3º ano da Irapuan Cavalcante.

A primeira escola a ser ocupada, na última quinta-feira, 28 de abril, foi o Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (Caic) Maria Alves, no Bom Jardim. Outras três escolas em Fortaleza, a Escola Estadual Castelo Branco, no bairro Damas, e a João Matos, no Montese, além da Adauto Bezerra, foram ocupadas. A Escola Presidente Geisel, no bairro Santa Tereza, em Juazeiro do Norte, também aderiu ao movimento estudantil.

Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

www.acasadoconcurseiro.com.br 11

A professora Cícera afirma que a categoria, que está em greve desde o último dias 25 de abril, tem apoiado o movimento dos estudantes. “Eles têm limpado as escolas, feito jardinagem, a comida também é feita por eles, ou trazida por pessoas que estão apoiando à causa. Somente os alunos dormem na escola, mais ninguém de fora. Eles estão se mobilizando em comissões, sem líderes, num movimento muito horizontal. E os professores têm contribuindo com a programação. Fizemos rodas de debate sobre direitos da juventudes, racismo, feminismo. Eles fazem saraus, oficinas de música, teatro”, detalha a professora, que convida para que outras pessoas também proponham atividades nas escolas ocupadas.

Seduc

Sobre as ocupações, a Secretaria da Educação do Estado do Ceará, por meio de nota afirmou “que está aberta ao diálogo com professores e alunos. A Seduc não impedirá o acesso de alunos à escola desde que haja respeito ao patrimônio. De acordo com o Código Civil, os pais são responsáveis legais por quaisquer atos de seus filhos".

Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Seduc afirmou que "não procede a informação de que há fechamento de laboratórios de informática e química nas escolas estaduais".

Já sobre a merenda escolar, a secretaria informa que ela é financiada pelo Governo Federal por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), cujo valor é estabelecido pelo Ministério da Educação.

O passe livre, a Seduc aponta que não é de sua competência, e sim prefeituras municipais. Sobre a greve dos professores, a nota reforça que "o Governo do Estado está em permanente diálogo com os representantes dos profissionais do magistério e lembra que o Ceará vem honrando todos os compromissos assumidos com todas as categorias, sobretudo com os professores"

"Sobre a reivindicação de reajuste, há recursos específicos para a valorização da remuneração dos profissionais do magistério. Uma posição a respeito está prevista para divulgação no dia 6 de junho de 2016".

http://www.opovo.com.br/app/fortaleza/2016/05/05/noticiafortaleza,3610760/chega-a-dez-o-numero-de-escolas-ocupadas-por-estudantes-no-ceara.shtml

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS:

Maioria dos professores já sofreu violência na escola.

O primeiro estudo realizado pela Frente Parlamentar Contra a Violência nas Escolas, da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, foi apresentado à imprensa nesta quinta-feira. A pesquisa, realizada em 15 escolas da rede municipal, com 211 profissionais dos estabelecimentos de ensino, entre eles 195 professores, teve os dados coletados durante o ano passado.

Entre os resultados mais preocupantes está o fato de que 76% dos entrevistados afirmaram já ter sofrido algum tipo de violência dentro do colégio, sendo 21% dos casos de violência física. Das situações relatadas, 40% ocorreram dentro da sala de aula. A rede municipal da Capital

www.acasadoconcurseiro.com.br12

é composta por 54 escolas e 4.102 professores. As 15 escolas selecionadas possuem 16.325 estudantes.

O presidente da Frente Parlamentar, vereador Prof. Alex Fraga (P-Sol), explicou que duas situações, ocorridas em 2014, motivaram a pesquisa. A primeira aconteceu com um professor de um estabelecimento de ensino na zona Norte, que levou uma pedrada no rosto dentro da sala de aula. O agressor era familiar de um aluno. O segundo caso ocorreu no bairro Lomba do Pinheiro, quando a mãe de uma aluna agrediu duas vice-diretoras da instituição dentro da sala delas.

"Entendemos que a escola reflete a sociedade, que existe um contexto de violência em muitas comunidades e que isso aparece em sala de aula. A questão do tráfico é bem preocupante, pois uma ameaça de morte a um professor pode realmente se concretizar", afirma o vereador.

Segundo ele, a escolha das escolas foi pensada por região da cidade, e as reuniões com os profissionais ocorreram conforme essa divisão. Ficou constatado que as escolas de Ensino Médio são as que concentram o maior número de situações de violência. Quando questionados sobre o tipo de ato violento que sofreram, os funcionários relaram como os mais comuns as agressões verbais (34%) e os gritos (21%). Os alunos foram identificados também como os principais autores das agressões, com 66% das respostas, seguidos pelos pais deles, com 20%.

"As consequências disso são inúmeras, como afastamento das atividades por trauma violento. Existem professores que não conseguem mais enfrentar a sala de aula. Nos foram relatados casos de estudantes com armas, principalmente armas brancas, dentro das escolas", conta Fraga.

Presença da Guarda Municipal é fator diferencial

A presença da Guarda Municipal nas escolas é um fator diferencial no que tange à criminalidade, pois reduz a incidência de atos violentos. Nos relatos dos professores, a vigilância foi considerada fator que inibe as agressões.

Segundo o vereador Prof. Alex Fraga, o órgão informou que conta com 632 guardas, sendo que 140 vagas estão abertas, mas não preenchidas. O ideal seriam pelo menos 1,2 mil agentes na cidade. A presença deles nas escolas também foi questionada aos profissionais dos estabelecimentos de ensino.

De acordo com 35% dos entrevistados, não existe a presença da Guarda Municipal ou da Polícia Militar na portaria do colégio. Para os que responderam afirmativamente, existe uma variante, que é a presença em apenas um dos turnos ou em dias intercalados.

"Nós não podemos naturalizar a violência. Pretendemos realizar mais um estudo para verificar a violência sofrida pelos alunos. Temos leis que podem dar mais segurança nos espaços escolares e cobraremos para que sejam cumpridas. Entregaremos os dados para os gestores para que se trabalhe com a criação de programas de mediação de conflitos e de assistência também aos alunos agressores", explica o vereador.

Entre as recomendações da Frente Parlamentar Contra a Violência nas Escolas está ainda a contratação, por concurso público, de, no mínimo, um agente da Guarda Municipal em cada escola da rede, cobrindo todos os turnos escolares.

http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2016/05/geral/497407-maioria-dos-professores-ja-sofreu-violencia-na-escola.html

Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

www.acasadoconcurseiro.com.br 13

MEC: Escolas devem respeitar e dar acolhida a quem tenha pensamento e orientações diferentes. Intenção é acolher alunos sem distinção de pensamento ou orientação.

O Ministério da Educação destaca que nos últimos anos tem investido na construção de uma política educacional acolhedora. Nesse modelo, o respeito às diferenças e às opções religiosas, sexuais e culturais tem sido o caminho para a inclusão social e o fim do preconceito e da violência física, psicológica e moral. A inclusão de alguns desses temas na segunda versão do texto da Base Nacional Curricular Comum (BNCC) é um exemplo dessa política adotada pelo MEC. Outro é a adoção, desde 2015, do nome social, em vez do nome de registro, por estudantes transexuais nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

“Mesmo que alguns não queiram, algumas crianças têm pai e mãe; outras crianças são filhos de pais separados e outras são criadas por parentes”, diz o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. “Há crianças na escola que vivem em orfanato, e nós temos também as crianças que são criadas por pais homoafetivos ou mães homoafetivas.”

Mercadante defende ainda que a escola respeite e acolha o diferente. Para ele, é indispensável o apoio pedagógico ao professor para que ele possa trabalhar com as mais diversas realidades. “É só andar pelas escolas do Brasil para vermos quando adolescentes vão para casa chorando e constrangidos porque não conseguem lidar com sua sexualidade.”

De acordo com o ministro, quanto mais perto os pais estiverem da vida escolar, melhor para escola e para o aprendizado dos filhos.

“Os pais têm todo direito de discutir com a escola a formação de seus filhos, principalmente, quando se trata de temas sensíveis”, afirma. “Não é com a violação da constituição e da liberdade de aprender e ensinar que nós vamos construir uma boa prática educacional em sala de aula.”

Ação

Ainda sobre o assunto, o Ministério da Educação acionou a Advocacia Geral da União (AGU) para entrar com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra uma iniciativa, denominada Escola Livre, aprovada na Assembleia Legislativa de Alagoas. A norma proíbe que professores da rede pública daquele estado opinem sobre diversos temas e determina que mantenham a “neutralidade” política, ideológica e religiosa na sala de aula. O MEC também acompanha o desdobramento de processos semelhantes que estão em andamento em outros estados.

“Vejo com muita preocupação essa legislação aprovada no estado de Alagoas, mas fico feliz que o governador tenha vetado”, diz o ministro. Para ele, não se deve impedir o docente de ter opinião. “O que temos de buscar é uma formação que assegure aos professores a pluralidade das ideias e visões de mundo a partir do princípio da liberdade.”

http://www.brasil.gov.br/educacao/2016/05/ministerio-investe-em-politica-educacional-para-incentivar-respeito-as-diferencas

www.acasadoconcurseiro.com.br14

Escola X Violência

A violência é um problema social que está presente nas ações dentro das escolas, e se manifesta de diversas formas entre todos os envolvidos no processo educativo. Isso não deveria acontecer, pois escola é lugar de formação da ética e da moral dos sujeitos ali inseridos, sejam eles alunos, professores ou demais funcionários.

Porém, o que vemos são ações coercitivas, representadas pelo poder e autoritarismo dos professores, coordenação e direção, numa escala hierárquica, estando os alunos no meio dos conflitos profissionais que acabam por refletir dentro da sala de aula.

Além disso, a violência estampada nas ruas das cidades, a violência doméstica, os latrocínios, os contrabandos, os crimes de colarinho branco têm levado jovens a perder a credibilidade quanto a uma sociedade justa e igualitária, capaz de promover o desenvolvimento social em iguais condições para todos, tornando-os violentos, conforme esses modelos sociais.

Nas escolas, as relações do dia a dia deveriam traduzir respeito ao próximo, através de atitudes que levassem à amizade, harmonia e integração das pessoas, visando atingir os objetivos propostos no projeto político pedagógico da instituição.

Muito se diz sobre o combate à violência, porém, levando ao pé da letra, combater significa guerrear, bombardear, batalhar, o que não traz um conceito correto para se revogar a mesma. As próprias instituições públicas se utilizam desse conceito errôneo, princípio que deve ser o motivador para a falta de engajamento dessas ações.

Levar esse tema para a sala de aula desde as séries iniciais é uma forma de trabalhar com um tema controverso e presente em nossas vidas, oportunizando momentos de reflexão que auxiliarão na transformação social.

Com recortes de jornais e revistas, pesquisas, filmes, músicas, desenhos animados, notícias televisivas, dentre outros, os professores podem levantar discussões acerca do tema numa possível forma de criar um ambiente de respeito ao próximo, considerando que todos os envolvidos no processo educativo devem participar e se engajar nessa ação, para que a mesma não se torne contraditória. E muito além das discussões e momentos de reflexão, os professores devem propor soluções e análises críticas acerca dos problemas a fim de que os alunos se percebam capacitados para agir como cidadãos.

Afinal, a credibilidade e a confiança são as melhores formas de mostrar para crianças e jovens que é possível vencer os desafios e problemas que a vida apresenta.

http://brasilescola.uol.com.br/educacao/escola-x-violencia.htm

BASE NACIONAL COMUM:

MEC revê Base Nacional Comum Curricular e muda educação infantil e ensino médio.

Com 2 mil contribuições, texto segue para discussão; previsão é de que até 24 de junho a versão definitiva esteja pronta.

Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

www.acasadoconcurseiro.com.br 15

Após sofrer uma série de críticas de especialistas e 2 mil novas contribuições, o Ministério da Educação (MEC) lançou na terça-feira (3) a segunda versão da Base Nacional Comum Curricular, atendendo às críticas em várias áreas, como História e Língua Portuguesa, e dando um novo perfil aos ensinos infantil e médio. O texto agora segue para discussão e a previsão é de que até 24 de junho a versão definitiva esteja pronta.

Se o cronograma for seguido à risca, a versão final poderá começar a ser adotada no próximo ano. Mas, no primeiro momento, apenas pontos específicos seriam colocados em prática, com mudanças pedagógicas pontuais. O conteúdo do documento deverá estar totalmente presente nos currículos das escolas somente em 2018.

Prevista no Plano Nacional de Educação, a Base Nacional Comum Curricular tem como meta preparar conteúdos mínimos para serem ministrados a alunos de todo o País e, com isso, reduzir as desigualdades de ensino. O plano foi preparado por um grupo de 116 integrantes, de secretarias municipais e estaduais e de 38 universidades.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, avalia que a nova versão é muito mais avançada do que o texto inicial, apresentado há oito meses. Ele destacou as mudanças na educação infantil. "Uma das críticas, bastante pertinente, defendia a necessidade de integrar melhor a educação infantil e alfabetização", disse o ministro.

Na nova proposta, a educação infantil é separada em três faixas etárias (0 a 18 meses, 18 meses a 4 anos, e de 4 a 6 anos), alteração também feita depois das críticas durante o período de consulta pública.

Ele citou ainda mudanças no ensino médio. Pela proposta, dois terços do currículo serão constituídos por determinações da Base Nacional. O terço restante será preenchido por quatro áreas temáticas, compostas por 13 eixos tecnológicos, com maior ênfase ao ensino profissional. O ministro observou que oito em cada dez estudantes que concluem o ensino médio vão para o mercado de trabalho. Só dois ingressam em universidades. "Daí a proposta que traz maior flexibilidade." A nova versão segue agora para debates em redes estaduais e municipais de ensino.

Críticas

O primeiro texto apresentava uma série de "omissões" em diversas disciplinas, segundo especialistas, que só agora foram revistas. As revoluções Industrial e Francesa, por exemplo, e a história das civilizações grega e egípcia não constavam no texto. Isso foi alterado. "O currículo é pensado em unidades curriculares. Algo que dá mais liberdade para compor o conteúdo", disse Mercadante.

O segundo avanço citado pelo ministro está na Língua Portuguesa, que na parte de Gramática foi alvo de queixas anteriores até de Mercadante. "Críticas haviam sido feitas de que a Literatura Portuguesa não estava presente. Isso foi mudado." Ele também elogiou a articulação entre leitura, oralidade, escrita e norma culta e a discussão sobre o que deve ser lido. "Há uma integração maior entre gramática e aprendizagem. Há uma visão mais integrada."

Despedida

O evento de lançamento da Base Curricular teve tom de despedida do ministro. "Não deixe esse processo morrer", afirmou Mercadante ao presidente do Conselho Nacional de Secretários de

www.acasadoconcurseiro.com.br16

Educação (Consed), Eduardo Deschamps. "Não vai ter golpe na Base Comum Curricular. E se tentar, vai ter luta", disse.

http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2016-05-04/mec-reve-base-nacional-comum-curricular-e-muda-educacao-infantil-e-ensino-medio.html

2ª versão da Base Curricular revisa polêmicas de história e de português.

Versão preliminar foi questionada, sobretudo por lacunas em história. Base passará por seminários e terá novo texto antes de votação.

O Ministério da Educação (MEC) apresentou nesta terça-feira (3) a segunda versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O documento tem a meta de determinar conteúdos mínimos que os alunos das 190 mil escolas do país terão que aprender a cada etapa da educação básica.

A BNCC é considerada fundamental para reduzir desigualdades na educação no Brasil e países desenvolvidos já organizam o ensino por meio de bases nacionais. A proposta preliminar foi feita por uma comissão de 116 especialistas de 37 universidades de todas as partes do Brasil e gerou polêmica por causa das lacunas deixadas em áreas como história e literatura.O documento inicial tinha pouco mais de 300 páginas.

As revoluções Industrial e Francesa, por exemplo, e a história das civilizações grega e egípcia não constavam no texto. O mesmo acontecia com a literatura portuguesa, que não aparecia no conteúdo programático. Segundo o MEC, as falhas foram preenchidas na nova versão. O segundo documento tem 676 páginas.

Contribuições e próximos passos

O documento preliminar da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi apresentado em 16 de setembro de 2015. Ele ficou disponível para envio de sugestões até 15 de março e recebeu mais de 12 milhões de contribuições de instituições, educadores e público em geral.

O prazo final para que o documento final esteja pronto e aprovado é junho de 2016, segundo a lei do Plano Nacional de Educação. A segunda versão da BNCC precisa agora ser submetida a seminários nas redes estaduais e municipais de ensino. Depois disso, a partir das contribuições dos seminários será elaborada a versão final que será, enfim, discutida e votada no Conselho Nacional de Educação (CNE).

"Estamos na segunda versão, não é a versão final. Essa versão soube dialogar e construir um grande avanço em relação à primeira, especialmente nos temas mais sensíveis", afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Mudanças incorporadas

O ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou que a maior parte das críticas feitas ao documento foi incorporada à nova versão: ele relembrou, por exemplo, que até mesmo o atual ministro se queixou da falta de conteúdos sobre gramática na área de Linguagens.

Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

www.acasadoconcurseiro.com.br 17

Também citou as discordâncias que surgiram em relação à falta de literatura de Portugal na proposta curricular – ambas as observações foram consideradas. “É fabuloso vermos contribuições tão grandes na educação”, afirma Janine.

O ministro Mercadante ressaltou que a segunda versão resolve falhas no conteúdo de Linguagens. "A escrita, a leitura, a oralidade e a língua culta estão mais bem articuladas nessa nova versão, inclusive com o resgate da Literatura Portuguesa", disse o ministro.

Sobre o conteúdo de história, Mercadante também ressaltou avanços e admitiu que a disciplina é um espaço de disputa. "A história sempre será um espaço de disputa da interpretação de cada fato histórico", disse, afirmando, na sequência, que há espaço para convergência.

"Evidente que precisamos dar ênfase à História Clássica, ao nosso pertencimento ao Ocidente. O que não é possível é, no meio dessa indispensável reflexão sobre nossa inserção no mundo, abdicar de abrir espaço para discutir o que já é lei e é direito. Nós temos 174 línguas indígenas nesse país. Temos o terceiro país de maior diversidade étnica e racial do planeta, e essa cultura não tem tido espaço nas salas de aula", disse Mercadante.

História: a polêmica nas Ciências Humanas

O professor Marcelos Burgos, da PUC-RIO, que representou a área de Ciências Humanas na apresentação dos destaques da nova versão, disse que o conteúdo de história sofreu mudanças e manteve conquistas da nova abordagem, que considera um "salto de qualidade".

“O mais importante a falar da história é que, ao mesmo tempo em que avança para evitar o viés eurocêntrico, ela consegue valorizar a história da África, o protagonismo das culturas indígenas e afro-brasileiras, mas sem abrir mão dos processos históricos do Ocidente e do Brasil”, disse o assessor da BNCC para a área de Ciências Humanas e professor da PUC do Rio, Marcelo Burgos.

Ainda segundo Burgos, nos anos iniciais da educação, houve uma integração maior entre as disciplinas de geografia e história e, nos finais, o destaque na ênfase à formação sociocultural e territorial do Brasil.

Sobre o ensino médio, Burgos considera que é a segunda versão é “um momento definitivo de incorporação da sociologia e filosofia na educação básica”. Segundo o professor, isso representa o enriquecimento da capacidade de contato entre diferentes culturas pelo aluno. Por fim, o professor destacou que o ensino religioso, que aparecia inicialmente dentro das Ciências Humanas, agora é apresentado como uma área isolada.

Retorno da gramática e da literatura portuguesa

De acordo com os envolvidos na revisão do conteúdo de português, a partir das contribuições não houve dúvidas sobre a necessidade de tornar presente os temas gramática, literatura e "o que ler na sala de aula". No caso da gramática, houve solicitações específicas para manter a gramática presente a partir do 6º ano.

Segundo os revisores, para atender as demandas foi incluído um novo "eixo organizador dos objetivos de aprendizagem" no documento da segunda versão da BNCC. Ele prevê etapas mais específicas sobre o conhecimento da língua e sobre a norma padrão (regras, usos e gramática normativa).

www.acasadoconcurseiro.com.br18

Outra polêmica envolveu o que ler e quando ler, sobretudo no ensino médio. Os professores cobraram – através da consulta pública – a inclusão da literatura regional, autores brasileiros e estrangeiros contemporâneos, além de cobrar especificamente a presença da literatura portuguesa. Na segunda versão, os professores responsáveis pela revisão dizem ter contemplado essas contribuições, embora digam que optaram por não nomear autores, mas indicar parâmetros para o uso dessas referências.

Na novo documento da base agora está descrito como objetivo para o ensino médio: "Compreender a presença do cânone ocidental, principalmente da literatura Portuguesa, no processo de constituição da literatura brasileira, a partir da leitura de Autores dessas literaturas, percebendo assimilações e rupturas."

Matemática: detalhamento de conteúdos

De acordo com professores que participaram do processo, o trabalho de revisão buscou dar mais clareza para os conteúdos e objetivos de aprendizagem. Segundo o professor de matemática Marcelo Câmara, os docentes que enviaram contribuições através da página da Base na internet pediam clareza e proximidade do conteúdo com o dia dia da sala de aula. De acordo com ele, a proposta ganhou detalhamento que atenderam as demandas dos professores.

Ciências da Natureza

A professora Edenia Maria do Amaral, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, ressaltou que a principal mudança em ciências da natureza é especificar com mais clareza os objetivos de cada item da proposta curricular.

Foram pensados, de acordo com ela, temas que exijam demandas cognitivas maiores e menores. “Diversificamos os estudos das ciências no ensino fundamental”, afirma. Ela também ressaltou a importância de haver relação entre os temas abordados. “No ensino médio, fizemos uma proposta de unidades curriculares que abra a possibilidade de fazer arranjos flexíveis entre elas”, explica.

Críticas necessárias

Para o secretário estadual de educação do Amazonas, Rossieli Silva, a primeira versão do documento foi fundamental para o debate sobre os rumos da educação no país. “A primeira versão foi muito importante porque recebeu muitas críticas e através delas chegamos a um documento muito mais forte e com a cara da sociedade brasileira”, afirmou

Em seu discurso, o ministro da educação Aloizio Mercadante destacou o método de construção da Base Nacional Comum Curricular, feito em conjunto com universidades, entidades científicas e professores. “Aqueles que estão comendo pó de giz têm o direito de comentar e interferir. O portal foi feito para assegurar que aqueles que fazem a educação no dia a dia pudessem participar dessa construção”, afirmou. Também citou a transparência e liberdade de opiniões do processo.

Sobre o documento, afirmou que a segunda versão “soube dialogar e construir um grande avanço em relação à primeira”, estabelecendo uma melhor divisão na educação infantil e estímulo ao questionamento e pesquisa nas ciências da natureza. "Na educação infantil,

Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

www.acasadoconcurseiro.com.br 19

estabelecer e articular as três faixas etárias foi fundamental para esse entendimento, que não estava bem construído na primeira versão", disse Mercadante.

http://g1.globo.com/educacao/noticia/mec-apresenta-segunda-versao-da-base-nacional-comum-curricular.ghtml

EDUCAÇÃO SUPERIOR:

Cresce em 80% total de alunos que concluíram curso superior no Brasil.

Segundo dados do MEC, programas de incentivo à educação superior estão ligados ao aumento de formandos.

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), em 12 anos, o Brasil apresentou um crescimento de 80% no número de estudantes que concluíram o Ensino Superior. Em 2002, o total de concluintes em instituições públicas e privadas era de apenas 466,2 mil alunos. Em 2014, o número subiu para 837,3 mil estudantes.

Um dos motivos apontados pelo MEC foi o crescimento de programas que incentivam o acesso à educação superior, como o Programa Universidade para Todos (ProUni), o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Segundo o ministério, graças a esses programas, o País passou de um total de 2,4 milhões de concluintes entre 1995 e 2002 para 9,2 milhões de profissionais formados entre 2003 e 2014.

Mestres e doutores no Brasil

Com o aumento no número de alunos que concluíram o curso superior, o total de mestres e doutores também cresceu. Entre 2002 e 2014, o número de titulados no Brasil, por ano, mais que dobrou, indo de 31,3 mil em 2002 para 66,9 mil em 2014.

Além disso, o aumento de investimentos melhorou as condições de formação de mestres e doutores em estados que antes contavam com pouca estrutura de especialização. Roraima e Tocantins, por exemplo, nem sequer contavam com cursos de pós-graduação. Atualmente, apenas quatro estados da região norte continuam com índices a desejar, devido, principalmente, à baixa densidade populacional.

http://noticias.universia.com.br/educacao/noticia/2016/04/27/1138755/cresce-80-total-alunos-concluiram-curso-superior-brasil.html

Inscrições para 105 mil vagas em cursos de licenciatura terminam hoje.

Interessados em complementar sua formação deverão acessar a Plataforma Freire.

O prazo para inscrições na Universidade do Professor termina nesta quinta-feira (5). A nova iniciativa do Ministério da Educação (MEC) é voltada para a formação de professores efetivos da rede pública que não atuam em sua área de formação.

www.acasadoconcurseiro.com.br20

São 105 mil vagas para o segundo semestre de 2016 nas instituições federais de educação, sendo 81 mil na modalidade educação a distância, por meio do sistema Universidade Aberta do Brasil, e 24 mil vagas presenciais remanescentes.

Os professores interessados em complementar sua formação poderão se inscrever nos cursos por meio da Plataforma Freire. No momento da inscrição, o professor poderá escolher entre a modalidade a distância ou presencial. Depois de inscritos, as secretarias estaduais e municipais de educação terão de 6 de maio a 6 de junho para validar as inscrições dos docentes.

O resultado será divulgado até 30 de junho, e os cursos a distância terão início no segundo semestre deste ano, com prioridade para a formação de primeira licenciatura.

A proposta da Rede Universidade do Professor é reduzir o número de professores que lecionam disciplinas para as quais não têm a formação adequada. Baseado em informações do Censo Escolar 2015, o Ministério da Educação verificou que entre os 709.546 professores efetivos que lecionam nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, 334.717 têm a formação para a disciplina que ensinam em sala de aula, enquanto 374.829 precisam complementar a formação superior. Esses casos representam docentes que não têm a licenciatura nas disciplinas que aplicam ou não têm o grau de bacharel na área.

Os professores só poderão se inscrever para o curso correspondente à disciplina que lecionam na rede pública. As vagas são reservadas para docentes que atuam nas seguintes disciplinas: matemática, química, física, biologia, português, ciências, história e geografia. A inscrição pode ser feita por professores sem nível superior, em busca da primeira licenciatura; professores licenciados, mas que atuam fora da área de formação, em busca da segunda licenciatura; professores graduados não licenciados, em busca da formação pedagógica.

Parfor Presencial

Além das vagas pelo sistema UAB e das vagas presenciais remanescentes, os professores também poderão optar pelo Plano Nacional de Formação de Professores (Parfor Presencial) que oferecerá, durante as férias escolares, cursos presenciais intensivos para docentes da rede pública de educação básica. As vagas serão oferecidas no primeiro semestre de 2017. Os professores também só poderão se inscrever para o curso correspondente à disciplina que lecionam na rede pública.

O calendário com a montagem das turmas e o início das atividades letivas do Parfor Presencial será divulgado em breve, informa o MEC.

UAB

Criada em 2005, o sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) é um sistema integrado por universidades públicas que oferece cursos de nível superior para camadas da população que têm dificuldade de acesso à formação universitária, por meio do uso da metodologia da educação a distância.

O público em geral é atendido, mas os professores que atuam na educação básica têm prioridade de formação, seguidos dos dirigentes, gestores e trabalhadores em educação básica dos Estados, municípios e do Distrito Federal. Hoje, o Sistema é coordenado pela Diretoria de Educação a Distância (DED) da Capes.

Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

www.acasadoconcurseiro.com.br 21

Pelo sistema UAB são ofertados os seis mestrados no formato semipresencial do País: o Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat), criado em 2010; o Programa de Mestrado Profissional em Letras (Profletras) e o Programa de Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física – MNPEF (ProFis), lançados em 2013; e os Programas de Mestrado Profissional em Rede Nacional em Artes (ProfArtes), Administração Pública (ProfiAP) e Ensino de História (ProfHistória).

http://www.brasil.gov.br/educacao/2016/05/inscricoes-para-105-mil-vagas-em-cursos-de-licenciatura-terminam-hoje

Mesmo com maior escolaridade das mulheres, desigualdades na educação persistem.

Estudos que avaliam apenas a presença das mulheres nas instituições de ensino tornam invisíveis as desigualdades de acesso entre as próprias mulheres, avalia pesquisadora.

São Paulo – O fato de as mulheres brasileiras terem mais anos de estudos do que os homens na média nacional não pode significar que as desigualdades de gênero na educação tenham sido superadas. Isso porque só garantir o acesso a escolas e universidades não quer dizer que as mulheres mais pobres tenham aumentado sua escolaridade, nem que tenha deixado de existir desigualdades entre homens e mulheres no acesso e na permanência escolar.

"Garantir o acesso ainda é importante, mas não se pode dizer que situação da mulher foi resolvida. Senão, poderíamos dizer que, por termos uma presidenta, as questões de gênero estão superadas. Precisamos saber quem são as mulheres com alta escolaridade e que condições têm para alcançar isso", avaliou Ingrid Leão, integrante do Comitê Latino Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem), que participou do seminário nacional Gênero nas Políticas Educacionais: ameaças, desafios e ação política, ontem (3), em São Paulo.

O Comitê é uma das instituições responsáveis por avaliar como as políticas de educação do Brasil são descritas para a Organização das Nações Unidas nos relatórios oficiais. "Houve mudanças nas informações, o que representa mudanças nas políticas internas, mas ainda é tudo muito novo. A lei Maria da Penha, por exemplo, mudou a forma de fazer política. E ela só apareceu nos relatórios a partir de 2006, quando foi criada", explicou.

No Brasil, as mulheres estudam por mais tempo que os homens. Em 2010, 12,5% das mulheres com 25 anos ou mais tinham completado o ensino superior. Entre os homens, o percentual era de 9,9%. Entre as jovens de 18 a 24 anos, 15,1% frequentava um curso de graduação contra 11,4% dos homens na mesma idade, de acordo com o estudo Estatísticas de Gênero 2014 – uma análise dos resultados do Censo Demográfico 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"O foco das pesquisas é ainda a educação das mulheres, mas isso não significa que ela está avaliando gênero. Quando eu falo só de educação de mulheres, eu torno as desigualdades entre mulheres e entre homens e mulheres invisíveis. Precisamos de indicadores que meçam quantitativa e qualitativamente essas desigualdades", reiterou. "Não se trata de desqualificar a informação que existe, mas de atentar para a necessidade de também sistematiza-las, com foco em desigualdade de gênero, para saber quem são as que não alcançam (a escolaridade plena) e por que?".

www.acasadoconcurseiro.com.br22

Como o problema é comumente verificado nos países que enviam dados para a ONU, o órgão está editando uma recomendação geral para meninas e mulheres na educação. O documento, que deve ser aprovado em três anos, trará diretrizes para que os países membros possam combater as desigualdades de gênero dentro dos processos educativos.

Os Estados membros da ONU que se comprometeram a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – uma série de metas para ampliar direitos básicos – teriam até 2015 para implantar ações que eliminassem as desigualdades entre os gêneros no ensino primário e secundário. O Brasil alcançou a meta quantitativa, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Os demais países também avançaram, porém em algumas regiões do mundo as mulheres continuam minoria nas escolas, nos cargos de chefia e na vida política. A média global de mulheres no parlamento é de apenas 20%, segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2013.

http://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2016/05/escolaridade-entre-mulheres-aumenta-mas-desigualdades-na-educacao-persistem-6019.html

ENEM:

Enem será indicador em avaliação do ensino superior.

Notas serão comparadas com o Enade para medir o quanto o aluno evoluiu no curso.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) passará a contar na avaliação de cursos e de instituições de ensino superior. O desempenho servirá como marco zero da avaliação do estudante, que será feita também no final do curso. A mudança faz parte de uma série de alterações nos critérios de avaliação do ensino superior que estão sendo desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Em coletiva no Ministério da Educação (MEC), o Inep anunciou que criará o chamado Indicador da Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), que será calculado com base na comparação dos resultados dos estudantes no Enem, quando ingressam nos cursos, e no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), aplicado no último ano da graduação.

A intenção é medir o que o estudante aprendeu na instituição de ensino. Atualmente, a avaliação é feita apenas com o Enade, no final do curso. Com o Enem, será possível saber como o estudante ingressou na universidade e depois medir o quanto aprendeu.

"Às vezes, a instituição pegou um aluno em um padrão melhor que outra e o que agregou de conhecimento é muito pouco diante daquilo que outra instituição, que pegou aluno com nível muito mais baixo, elevou no final. Estamos avaliando o quanto o estudante cresceu naquele curso, o quanto ele aprendeu", diz o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Ao contrário do Enade, necessário para que o estudante receba o diploma, o Enem não é um exame obrigatório. O MEC acredita, no entanto, que este não será um problema, uma vez que

Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

www.acasadoconcurseiro.com.br 23

a maior parte dos estudantes que ingressa no ensino superior atualmente faz o exame, mesmo que não o utilize como forma de ingresso.

O Inep pretende também revisar o Enade. Hoje as notas são calculadas por comparação com o desempenho de outros cursos. A autarquia quer criar níveis de proficiência para medir o desempenho dos alunos. "Atualmente, mesmo que a instituição tenha um resultado muito positivo, o desempenho pode ser totalmente relativizado se outra instituição teve desempenho superior a ela. Mesmo que faça um esforço para melhorar, se outras melhorarem mais, ela pode até cair no ranking", explica o presidente do Inep, Luiz Roberto Curi. A classificação em níveis, que ainda serão definidos, segundo ele, resolveria a questão.

http://guiadoestudante.abril.com.br/vestibular-enem/enem-sera-indicador-avaliacao-ensino-superior-947041.shtml

Enem: 7 em cada 10 candidatos com nota alta são de classe AB.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado em 1998 para avaliar a qualidade do ensino médio nacional e, em 2009, transformou-se na principal porta de entrada para o ensino superior. A análise inédita a seguir aponta que o resultado do Enem é um reflexo do impacto da desigualdade social na formação dos jovens brasileiros. O estudo foi feito pelo Mundo Vestibular (www.mundovestibular.com.br), portal de referência em Educação, em parceria com a Educa Insights, empresa especializada em pesquisas educacionais, a partir de dados dos 8,7 milhões de participantes do Enem 2014.

De acordo com a pesquisa, dentre as notas acima de 600 pontos no Enem, 73% eram alunos das classes A e B, contra 27% oriundos das classes C, D e E. A proporção se inverte quando se avaliam os resultados abaixo de 450 pontos: 76.5% das classes C, D e E, contra 23.5% das classes A e B.

Quando se leva em conta se os estudantes vêm de escolas públicas ou privadas, a diferença não é tão gritante entre os melhores resultados, com 56% das privadas versus 44% das públicas. Porém, a desigualdade se torna alarmante entre as notas mais baixas, uma vez que 94% de todos que fizeram menos de 450 pontos cursaram o ensino médio em escolas estaduais ou municipais.

"Os dados provam que não só o estudo, mas também todo o background do aluno influencia seu desempenho no Enem. Olhando os dados do exame, é possível perceber o abismo de oportunidades que existe hoje no Brasil", diz Fernanda Lapidus Hecht, gestora do Mundo Vestibular.

Outro dado interessante encontrado na análise é a parcela de alunos que trabalham ou já trabalharam entre os melhores e piores desempenhos. De todos aqueles que fizeram mais de 600 pontos, apenas 32% já passaram pelo mercado de trabalho, índice que sobe para 52% entre os que tiraram menos de 450. Além disso, os mais novos também se saem melhor. A média de idade dos que tiraram as notas mais altas é de 20 anos. Quem tirou as notas mais baixas, por sua vez, tem, em média, 23 anos.

A pesquisa traz um desafio. "Como um todo, o desempenho dos alunos brasileiros no Enem ainda não é satisfatório. Apenas 9% deles pontuaram além dos 600, enquanto 69% ficaram abaixo dos 450 pontos. Temos muito trabalho pela frente para reverter isso", comenta Daniel

www.acasadoconcurseiro.com.br24

Infante, diretor da Educa Insights. Hoje, o exame é responsável por selecionar mais de 20% dos estudantes que ingressam em faculdades e universidades pelo país, tanto públicas quanto privadas.

Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

www.acasadoconcurseiro.com.br 25

www.acasadoconcurseiro.com.br26

http://www.progresso.com.br/caderno-a/brasil-mundo/enem-7-em-cada-10-candidatos-com-nota-alta-sao-de-classe-ab