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    MINISTRIO DA EDUCAO

    SECRETARIA DE EDUCAO FUNDAMENTAL

    SECRETARIA DE EDUCAO ESPECIAL

    REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA AEDUCAO INFANTIL

    ESTRATGIAS E ORIENTAES PARA AEDUCAO DE CRIANAS COM NECESSIDADES

    EDUCACIONAIS ESPECIAIS

    Educao Especial

    Um Direito Assegurado

    Braslia

    Secretaria de Educao Fundamental Secretaria de Educao Especial

    2000

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    Iara Glria Areias Prado Marilene Ribeiro dos Santos

    Capa: Desenho em lpis de cera (utilizao parcial) feito por Irma Carvalho e Silva, deLucena Paraba, nascida em 3.1.95, vencedora do Concurso Criana e Cidadania,promovido pela ECT- Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos.

    Ilustraes internas: Fotos e trabalhos cedidos e autorizados pelos pais e pelasinstituies pblicas de Educao Infantil do Distrito Federal.

    Referencial curricular nacional para a educaoinfantil: estratgias e orientaes para aeducao de crianas com necessidadeseducacionais especiais. /Ministrio daEducao Braslia: MEC, 2000.22 p.

    1. Educao Infantil 2. Referenciais curriculares3. Portadores de necessidades educacionaisespeciais. I. Ttulo.

    CDU 373.2

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    MINISTRIO DA EDUCAO

    SECRETARIA DE EDUCAO FUNDAMENTAL

    SECRETARIA DE EDUCAO ESPECIAL

    REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA AEDUCAO INFANTIL

    ESTRATGIAS E ORIENTAES PARA A EDUCAO DECRIANAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS

    ESPECIAIS

    Educao Especial

    Um Direito Assegurado

    Braslia

    2000

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    APRESENTAO

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    A Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (Lei 9394/96) preconiza quea educao infantil, como primeira etapa da educao bsica, deve ser oferecida emcreches e pr-escolas s crianas de zero a seis anos.

    A educao especial, no entanto, antes mesmo da promulgao da LDB/96, jentendia que o atendimento especializado oferecido a crianas com necessidadesespeciais era de competncia da rea educacional, definindo esse atendimento comoEstimulao Precoce.

    Com o objetivo de sistematizar os servios educacionais especializadosoferecidos a crianas na faixa etria de zero a trs anos, o Ministrio da Educaopublicou o documento Diretrizes Educacionais sobre Estimulao Precoce Srie

    Diretrizes n 03, cuja finalidade era fundamentar a implantao e atualizao doreferido programa.

    A partir dos movimentos internacionais e da LDB, efervesceu, no Pas, um

    movimento de enorme fora sinalizando que todas as pessoas tm direito educao,independentemente de classe, raa ou gnero, incluindo aqueles que apresentamsignificativas diferenas fsicas, sensoriais e intelectuais, decorrentes de fatores inatosou adquiridos, de carter temporrio ou permanente e que, no processo de interaoscio-ambientais, apresentam necessidades educacionais especiais. Considerando ocarter preventivo do atendimento educacional a essas crianas inclui-se, tambm, osbebs considerados de risco para o desenvolvimento normal.

    Diante dessa nova orientao sobre a educao de alunos com necessidadesespeciais e da atual definio de Educao Especial como modalidade de ensino, oMinistrio da Educao elaborou oReferencial Curricular para a Educao Infantil

    Estratgias e Orientaes para a Educao de Crianas com Necessidades Especiais,cujo o objetivo subsidiar a realizao do trabalho educativo junto s crianas queapresentam necessidades especiais, na faixa etria de zero a seis anos .

    Esse documento fruto da discusso de muitos profissionais, entre consultores,educadores representantes de organizaes governamentais e no-governamentais,representantes das Instituies de Ensino Superior, tcnicos do Ministrio da Sade, daAssistncia Social e da Coordenao de Educao Infantil do MEC, alm de pais dealunos. Todos contriburam com conhecimentos diversos, provenientes de experinciasprticas, reflexes acadmicas e informaes cientficas.

    O Referencial foi concebido para ser utilizado como um guia de reflexo quepossa servir de base para a ao educativa dos profissionais que atuam junto a crianascom necessidades especiais na Educao Infantil, respeitando a especificidade de cadacriana e a diversidade cultural do Pas.

    Com esse documento, o Ministrio da Educao pretende:

    - redimensionar o atendimento especializado oferecido a essas crianas,mediante atualizao de conceitos, princpios e estratgias;

    - orientar e apoiar o atendimento educacional em creche e pr-escola, pormeio do esforo conjunto dos gestores das polticas de educao, sade eassistncia social.

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    A parceria estabelecida entre as reas da Educao, da Sade e da AssistnciaSocial imprescindvel para a construo de propostas educativas que melhorrespondam s necessidades especficas das crianas e de seus familiares nas diferentesregies do pas.

    Marilene Ribeiro dos SantosSecretria de Educao Especial

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    NDICE

    INTRODUO..................................................................................6

    1. FUNDAMENTAO TERICA ....................................................9

    2. FUNDAMENTAO LEGAL......................................................11

    3. PRINCPIOS .............................................................................12

    4. CARACTERIZAO DOS EDUCANDOS ......................................144.1. SUPERDOTAO .......................................................................................... 15

    4.2. CONDUTAS TPICAS ..................................................................................... 15

    4.3. DEFICINCIA AUDITIVA ............................................................................... 16

    4.4. DEFICINCIA FSICA..................................................................................... 16

    4.5. DEFICINCIA MENTAL ................................................................................. 16

    4.6. DEFICINCIA VISUAL................................................................................... 16

    4.7. DEFICINCIA MLTIPLA .............................................................................. 19

    4.8. BEBS DE RISCO .......................................................................................... 19

    5. A EDUCAO ESPECIAL NO MBITO DA EDUCAO INFANTIL.....................................................................................225.1. ORIENTAES GERAIS PARA CRECHES E PR-ESCOLAS ............................... 26

    5.2. ORIENTAES E REDIMENSIONAMENTO DOS PROGRAMAS DE ATENDIMENTOESPECIALIZADO E APOIO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS ......... 29

    5.2.1. CONCEITUAO E OBJETIVO: ........................................................ 29

    5.2.2. PLANEJAMENTO E ORGANIZAO DOS PROGRAMAS DEATENDIMENTO ESPECIALIZADO.......................................................... 29

    5.2.3. LOCAIS DE ATENDIMENTO............................................................ 31

    5.2.4. AVALIAO E ATENDIMENTO....................................................... 31

    5.2.5. RECURSOS HUMANOS ................................................................... 32

    A. FUNES COMUNS AOS MEMBROS DA EQUIPE: ................................ 36

    B. FUNES ESPECFICAS DO PROFESSOR: ........................................... 37

    5.2.6. CONTEDOS CURRICULARES ......................................................... 38

    5.2.7. RECURSOS MATERIAIS ................................................................... 41

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    6. INTERFACE DAS REAS DE EDUCAO, SADE E ASSISTNCIASOCIAL .........................................................................41

    6.1. EDUCAO E SADE.................................................................................... 416.2. EDUCAO E ASSISTNCIA SOCIAL.............................................................. 43

    7. RECOMENDAES GERAIS ......................................................44

    BIBLIOGRAFIA ..............................................................................45

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    INTRODUO

    Este documento tem por finalidade apresentar orientaes e estratgias paraa educao de crianas com necessidades educacionais especiais e implementar o

    paradigma da incluso dessas crianas nos seis primeiros anos de vida.

    Diversas razes justificam a implementao de tais orientaes e estratgias:o movimento mundial em prol do paradigma da incluso educacional originado naConferncia Mundial de Educao Para Todos (Jomtien na Tailndia,1990) eposteriormente, a Declarao de Salamanca (1994), compromisso tambm assumidopelo Ministrio da Educao do Brasil.

    A partir desses pronunciamentos, tornou-se um compromisso universal, aimplantao de polticas de incluso de alunos com necessidades educacionais especiaisno sistema regular de ensino. O Brasil j tem avanado neste sentido, pois aConstituio Federal no art. 208, III, define atendimento especializado

    preferencialmente na rede regular de ensino e, posteriormente, previsto pela Lei9.394/96 Leis de Diretrizes e Bases de Educao Nacional. Esta Lei determina que noperodo de trs anos a contar de sua sano, todas as creches passem para aadministrao educacional, implicando sua transformao para instituies deeducao. Isto faz das creches e pr-escolas a primeira etapa da educao bsica com amisso de estabelecer os fundamentos sobre os quais se assentam os nveis seguintes deescolarizao.

    A poltica de descentralizao consolida esse avano, considerando aeducao do nascimento aos seis anos, como parte integrante da educao bsica nosmunicpios e no Distrito Federal, destacadas a incluso da creche como instituioeducacional e a caracterizao de sua atividade como ao eminentemente pedaggica.

    Esse documento apresenta subsdios em trs vertentes, em consonncia como movimento de educao para todos:

    .Garantir o acesso e a permanncia, com xito, das crianas comnecessidades educacionais especiais na Educao Infantil (creche e pr-escola) da rederegular de ensino.

    .Organizar e redimensionar os programas de estimulao precoce e dasclasses pr-escolares pertencentes s Instituies de educao especial.

    .Apoiar o processo de transio dos alunos atendidos anteriormente noscentros de educao especial para a rede regular de ensino, por meio de aes

    integradas de apoio incluso.A implementao de tais subsdios envolve ampla reflexo discusso e

    aes conjuntas e efetivas que dimensionaro a prtica pedaggica em institucionaisespecficas.

    Essas polticas configuram uma filosofia de ao conjunta entre educaogeral e especial, constituindo-se de valiosas iniciativas nas suas vertentes humanas esociais na rea da educao, estendendo-se ao lar e comunidade.

    importante analisar a abrangncia destas orientaes populaobeneficiada cujo nmero altamente significativo em nosso pas. Os benefcios

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    decorrentes da incluso repercutem nesse contingente populacional e estendem-se atodas as crianas, independente de suas condies fsicas, psicolgicas e sociais.

    Torna-se necessria maior abrangncia do atendimento da educao infantil,redimensionando-o mediante atualizao de conceitos, princpios e estratgias quevisem assegurar a ateno integral a crianas em creches e pr-escolas por meio de um

    esforo conjunto dos gestores das polticas de educao,sade e assistncia Social.Adiciona-se a essas iniciativas, o envolvimento e participao da famlia e

    comunidade no processo educacional das crianas com necessidades educacionaisespeciais desde seus primeiros anos de vida. Para essas aes imprescindvel aexistncia de Polticas Pblicas comprometidas com o novo paradigma, sejam elas emmbito Federal, Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, em parceria comInstituies de Ensino Superior e Organizaes No-Governamentais.

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    Equoterapia para crianas com necessidades educacionais especiais Distrito Federal

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    1. FUNDAMENTAO TERICA

    evidente que as orientaes que se apresentam sobre o paradigma de

    incluso devam ser baseadas na evoluo de conceitos anteriores e nos progressoscientficos e tecnolgicos, pertinentes educao geral.

    Nesse contexto prioriza-se a valorizao da dimenso humana, da crianacidad com seus direitos fundamentais e deveres garantidos, desde seus primeiros anosde vida.

    Alm do fluxo de idias precursoras, surge em 1990 o movimento em prolda sociedade inclusiva iniciado pelas Naes Unidas, mediante Resoluo desseorganismo em defesa de uma Sociedade para Todos, configurando assim a normativauniversal que fundamenta a implantao da incluso. Essa abrangncia foi definida nombito educacional, em 1994, atravs do conhecido Encontro de Salamanca (Espanha)

    resultando o documento Declarao deSalamanca, assinado por diversos pases. Taldocumento, que marcou poca, determina a transformao das instituies educacionaisem Escolas para Todos, que tm como princpio orientador a incluso de todo aluno,em seu contexto educacional e comunitrio.

    O paradigma anterior propunha uma viso assistencialista , de educaocompensatria e preparatria. Rompendo ento com esse pensamento, surge a visointegral do desenvolvimento, na qual o aluno considerado como pessoa autnoma,inserida num determinado contexto scio, histrico e cultural.

    Contempla essa Declarao a necessidade de implementao de umaPedagogia voltada para a diversidade e necessidades especficas do aluno em diferentes

    contextos, com a adoo de estratgias pedaggicas diferenciadas que possambeneficiar a todos os alunos.

    No que diz respeito ao perodo da infncia, considera a Incluso escolarcomo alternativa necessria, a ser implementada desde os primeiros anos de vida. Paraa efetivao desse modelo, requer a positiva participao da Instituio, da famlia etambm da prpria criana, em um esforo conjunto de aprendizagem compartilhada.

    Nessa nova perspectiva, a educao assume as funes: social, cultural epoltica, garantindo dessa forma, alm das necessidades bsicas (afetivas, fsicas ecognitivas) essenciais ao processo de desenvolvimento e aprendizagem, a construo doconhecimento de forma significativa, atravs das interaes que estabelece com o meio.

    Essa escola promove a oportunidade de convvio com a diversidade e singularidade, aparticipao de alunos e pais na comunidade de forma aberta, flexvel e acolhedora.

    Os dois conceitos que permeiam o cotidiano escolar referem-se integrao e incluso: o primeiro compreende o sentido de incorporao gradativa emescolas regulares, podendo o aluno permanecer parte do tempo em escolas ou classesespeciais e sala de recursos. O segundo, da incluso, definido por um sistemaeducacional modificado, organizado e estruturado para atender as necessidadesespecficas, interesses e habilidades de cada aluno. Essa ltima abordagem requer umaprtica pedaggica dinmica, com currculo que contemple a criana emdesenvolvimento, os aspectos de ao mediadora nas inter-relaes entre a criana,

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    professores e seus familiares, atendendo s suas especificidades no contexto deconvivncia.

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    2. FUNDAMENTAO LEGAL

    As orientaes apresentadas neste documento encontram apoio legal naConstituio da Repblica Federativa do Brasil/1988, especialmente no inciso IV doArt. 208, no Estatuto da Criana e do Adolescente, de 1990, no seu artigo 208, incisoIV e, principalmente, nas Diretrizes e Bases da Educao Nacional (L.D.B.),promulgada pela Lei 9.394, de 20/12/96. Desta ltima extraem-se as seguintesdeterminaes aplicveis formulao do presente documento :

    - incluso, quando possvel, dos educandos com necessidades educacionaisespeciais, na rede regular do ensino pblico e, ainda, preservando sua gratuidade (Art.4, inciso III);

    - oferta dos servios de educao especial, na faixa etria do nascimento aos6 anos de idade, integrados ao desenvolvimento do currculo de educao infantil(Art.58, pargrafo 3);

    - competncia e orientaes emanadas das esferas federais, estaduais,municipais e do Distrito Federal, para a educao infantil (Art. II, inciso V);

    - finalidade precpua da educao infantil que visa ao desenvolvimentointegral da criana nos seus seis primeiros anos de vida, com a efetiva colaboraoda famlia e da comunidade (Art. 29);

    - definio da formao mnima de professores para o exerccio da educaoinfantil, em nvel mdio, na modalidade Normal (Art. 62), em cujo currculo

    deve-se incluir a educao de alunos especiais.1

    Do ponto de vista da poltica educacional, os presentes delineamentos tm seufundamento no Plano Decenal de Educao para Todos (1993-2003) e, como aopedaggica, encontram respaldo nos princpios emanados da Poltica Nacional deEducao Especial(1994) e nas estratgias e contedos programticos contidos no

    Referencial Curricular Nacional da Educao Infantil (1998).

    1 A Secretaria de Educao Especial, juntamente com membros dos Conselhos Nacional e Estatuaiselaborou um documento que regulamenta o captulo V da LDB, que trata da Educao Especial.Atualmente este documento encontra-se no Conselho Nacional de Educao para anlise e aprovao.

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    3. PRINCPIOS

    Em consonncia com a fundamentao legal e as diretrizes gerais daeducao, o atendimento educacional a alunos com necessidades educacionais especiais,particularmente no que se refere ao perodo compreendido do nascimento aos seis anos,deve guiar-se pelos seguintes princpios:

    . Garantir o acesso educao infantil em creches e pr-escolas, respeitandoao direito do atendimento especializado.(LDB 58 e 60).

    . A educao especial modalidade do sistema educacional que deve seroferecida e ampliada na rede regular de ensino para educandos com necessidadeseducacionais especiais.

    . A educao especial articula-se com a educao infantil no seu objetivo de

    garantir oportunidades scio-educacionais criana, promovendo o seudesenvolvimento e aprendizagem, ampliando dessa forma, suas experincias,conhecimento e participao social.

    . Garantir a avaliao como conjunto de aes que auxiliam o professor arefletir sobre os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criana, podendomodificar a sua prtica conforme necessidades apresentadas pelas crianas. Modelosqualitativos e contnuos possibilitam organizar e interpretar as informaes, obtidasatravs dos registros informais do processo de ensino, evidenciando as potencialidadese habilidades do aluno e apontando suas necessidades especficas e seus progressosfrente s situaes educacionais.

    . Incluir contedos bsicos referentes aos alunos com necessidadeseducacionais especiais nos cursos de formao, capacitao e aperfeioamento deprofessores, entre outros promovidos pelas instituies formadoras.

    . Proporcionar a formao de equipe de profissionais das reas de educao,sade e assistncia social para atuarem de forma transdisciplinar no processo deavaliao e para colaborar na elaborao de projetos, programas e planejamentoseducacionais.

    . Promover a capacitao de professores com nfase: no processo dedesenvolvimento e aprendizagem, segundo os princpios da incluso; nas relaesconstrutivas professor-aluno-famlia; na compreenso da existncia de diferentes nveis,

    ritmos e formas de aprendizagem; e na busca de novas situaes, procedimentos deensino e estratgias que promovam o avano escolar.

    . Garantir o direito da famlia de ter acesso informao, ao apoio e orientao sobre seu filho, participando do processo de desenvolvimento eaprendizagem e da tomada de decises quanto aos programas e planejamentoseducacionais.

    . Incentivar a participao de pais e profissionais, comprometidos com aincluso, nos Conselhos Escolares e Comunitrios.

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    4. CARACTERIZAO DOS EDUCANDOS

    Embora a expresso especial seja um conceito amplo e diversificado, a

    atual Poltica Nacional de Educao Especial2 aponta para uma definio de prioridadesno que se refere ao atendimento especializado a ser oferecido na escola para quem delenecessitar. Nessa perspectiva, define como aluno portador de necessidadeseducacionais especiais aquele que ... por apresentar necessidades prprias e diferentesdos demais alunos no domnio das aprendizagens curriculares correspondentes suaidade, requer recursos pedaggicos e metodologias educacionais especficas. Aclassificao desses alunos, para efeito de prioridade no atendimento educacionalespecializado (preferencialmente na rede regular de ensino), consta da referida Polticae d nfase a:

    . Portadores de deficincia mental, visual, auditiva, fsica e mltipla;

    . Portadores de condutas tpicas (problemas de conduta);

    . Portadores de superdotao.

    O documento da Secretaria de Educao Especial do Ministrio daEducao define as seguintes caractersticas para esses alunos:

    2 MEC, 1994.

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    4.1. Superdotao

    Notvel desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes

    aspectos isolados ou combinados:

    Capacidade intelectual geral;

    Aptido acadmica especfica;

    Pensamento criativo ou produtivo;

    Capacidade de liderana;

    Talento especial para artes;

    Capacidade psicomotora.

    4.2. Condutas Tpicas

    Manifestaes de comportamentos tpicas de portadores de sndromes equadros psicolgicos, neurolgicos ou psiquitricos que ocasionam atrasos nodesenvolvimento e prejuzos no relacionamento social, em grau que requeiraatendimento educacional especializado.

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    4.3. Deficincia Auditiva

    Perda total ou parcial, congnita ou adquirida, da capacidade decompreender a fala por intermdio do ouvido. Manifesta-se como:

    Surdez leve/moderada: perda auditiva at 70 decibis, que dificulta,

    mas no impede o indivduo de se expressar oralmente, bem comode perceber a voz humana, com ou sem a utilizao de um aparelhoauditivo;

    Surdez severa/profunda: perda auditiva acima de 70 decibis, queimpede o indivduo de entender, com ou sem aparelho auditivo, avoz humana, bem como de adquirir, naturalmente, o cdigo dalngua oral.

    4.4. Deficincia Fsica

    Variedade de condies no sensoriais que afetem o indivduo em termos de

    mobilidade, de coordenao motora geral ou de fala, como decorrncia deleses neurolgicas, neuromusculares e ortopdicas, ou ainda, demalformaes congnitas ou adquiridas.

    4.5. Deficincia Mental

    Caracteriza-se por registrar um funcionamento intelectual geralsignificativamente abaixo da mdia, oriundo do perodo dedesenvolvimento, concomitante com limitaes associadas a duas ou maisreas da conduta adaptativa ou da capacidade do indivduo em responderadequadamente s demandas da sociedade, nos seguintes aspectos:

    Comunicao;

    Cuidados pessoais;

    Habilidades sociais;

    Desempenho na famlia e comunidade;

    Independncia na locomoo;

    Sade e segurana;

    Desempenho escolar;

    Lazer e trabalho.

    4.6. Deficincia Visual

    a reduo ou perda total da capacidade de ver com o melhor olho e aps amelhor correo tica. Manifesta-se como:

    Cegueira: perda da viso, em ambos os olhos, de menos de 0,1 nomelhor olho aps correo, ou um campo visual no excedente a 20

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    graus, no maior meridiano do melhor olho, mesmo com o uso delentes de correo. Sob o enfoque educacional, a cegueirarepresenta a perda total ou o resduo mnimo da viso que leva oindivduo a necessitar do mtodo Braille como meio de leituraescrita, alm de outros recursos didticos e equipamentos especiaispara a sua educao;

    Viso reduzida: acuidade visual dentre 6/20 e 6/60, no melhor olho,aps correo mxima. Sob o enfoque educacional, trata-se deresduo que permite ao educando ler impressos a tinta, desde que seempreguem recursos didticos e equipamentos especiais.

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    4.7. Deficincia Mltipla

    a associao, no mesmo indivduo, de duas ou mais deficincias primrias(mental/visual/auditiva/fsica), com comprometimentos que acarretam atrasos no

    desenvolvimento global e na capacidade adaptativa.

    4.8. Bebs de Risco

    Considerando que a educao infantil da pessoa com necessidade especialtem tambm carter preventivo, inclui-se na clientela bebs que nasceram em condiode risco para o desenvolvimento normal. Os bebs de risco tm o direito a usufruir osprocessos de avaliao e interveno no que se refere s suas necessidades especficas.Esse processo deve analisar os fatores de risco presentes, sobretudo os de carterambiental, que possam ser removidos ou atenuados, uma vez que podem com grandeprobabilidade prejudicar o desenvolvimento infantil.

    Paralelamente a essa anlise so identificados os fatores de proteo, queconstituem o principal alicerce da promoo do desenvolvimento da criana junto a seusfamiliares. A necessidade de estimulao e interveno e sua freqncia de ocorrnciasero determinadas a partir do processo de avaliao.

    O Comit de Follow-up da SOPERJ (Sociedade de Pediatria do Estado doRio de Janeiro) sugere o acompanhamento dos recm-nascidos com as seguintescondies de risco:

    1. Asfixia Perinatal:

    . Apgar < ou = 4 no 5 minuto de vida.

    . Clnica ou alterao laboratorial compatvel comsndrome hipxico-isqumica.

    . Parada cardio-respiratria documentada, comnecessidade de reanimao e medicao.

    . Apnias repetidas

    2. Prematuro: com Peso de Nascimento ou < = 1.500 grs ou com IdadeGestacional < ou = 33 semanas

    3. Problemas Neurolgicos:. Clnica neurolgica: alteraes tnicas, irritabilidade,choro persistente, abalos.

    . Convulso, equivalentes convulsivos ou uso de drogasanticonvulsivantes.

    . Hemorragia intracerebral (documentada por USTF)

    . Meningite neonatal

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    4. Pequeno para idade gestacional (abaixo de 2 DP)

    5. Hiperbilirrubinemia (com nveis para exsanguineotransfuso)

    6. Policitemia Sintomtica

    7. Hipoglicemia Sintomtica

    8. Uso de Ventilao Mecnica ou O2 com concentraes > 40%9. Infeces Congnitas

    10. Malformaes Congnitas e Sndromes Genticas

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    5. A EDUCAO ESPECIAL NO MBITO DA EDUCAOINFANTIL

    A poltica nacional para implementao da educao inclusiva vem sendoconstruda atravs de ao compartilhada entre profissionais, pais, instituieseducacionais e comunidade traando dessa forma, novos rumos para o ensino especial eregular, que passam a se integrar tambm no mbito da educao infantil. As inmerasdiscusses desenvolvidas no Brasil, nos ltimos anos, acerca do papel que a educaoinfantil deve exercer no desenvolvimento da criana tiveram como resultado oReferencial Curricular Nacional para Educao Infantil RCNEI (1998).

    A Secretaria de Educao Especial tem participado desse processo,manifestando sua preocupao com a educao da criana com necessidadeseducacionais especiais. Nesse contexto, esta Secretaria sugere s instituies deeducao infantil (creches e pr-escolas) algumas aes que considera importantesenquanto recursos de apoio educao dessas crianas, ressaltando que o RCNEIapresenta caractersticas relevantes e propiciadoras prtica de uma educao inclusiva.

    A escola encontra-se perante um desafio: conseguir que todos os alunostenham acesso aprendizagem bsica, por meio da incluso escolar de todas ascrianas, respeitando as diferenas culturais, sociais e individuais, que podemconfigurar as chamadas necessidades educacionais especiais.

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    Certas necessidades educacionais so comuns a todos os alunos, e osprofessores conhecem muitas estratgias para dar-lhes respostas. Outras necessidadeseducacionais podem requerer uma srie de recursos e apoios de carter maisespecializado para que o aluno tenha acesso ao currculo. Uma criana com deficinciavisual, por exemplo, no teria problemas para aprender matemtica, portugus, cincias,se lhe fosse ensinado o Braille ou lhe fossem proporcionados recursos pticos emateriais especficos. Algumas necessidades educacionais requerem que se lhes d maistempo para aprender contedos; outras, como as dos surdos, requerem a utilizao deoutros recursos (como a lngua de sinais) para se permitir o acesso aos contedos. Hainda necessidades educacionais que so transitrias e outras permanentes.

    A incluso escolar de alunos com necessidades educacionais especiais nosistema regular de ensino parte do pressuposto da prpria natureza da escola comum,segundo a qual todos os meninos e meninas de uma comunidade tm o direito deestudar juntos na mesma escola. importante ressaltar que a escola no pode pedirrequisitos, no pode selecionar as crianas para realizar a matrcula.

    Escola inclusiva aquela ligada modificao da estrutura, dofuncionamento e da resposta educativa que se deve dar a todas as diferenas individuais,inclusive as associadas a alguma deficincia. Para que se possa favorecer a construode uma escola inclusiva, faz-se necessrio observar determinadas condies:

    1.Valorizar a diversidade como elemento enriquecedor do desenvolvimentopessoal e social.

    2. Constar nas polticas educacionais, marcos legais que favoream aeducao inclusiva.

    3. Definir a incluso como um projeto da escola que incorpora a

    diversidade como eixo central da tomada de decises.4. Eleger o currculo comum (RCNEI) com as devidas adaptaes ou

    complementaes curriculares como referencial para a educao.

    5. Contar com currculos amplos, equilibrados, flexveis e abertos.

    6. Colocar servios de apoio disposio da escola, dos professores e paiscolaborando na organizao, estruturao do trabalho e reflexo da prtica

    pedaggica.

    7.Incentivar atitudes solidrias e cooperativas entre os alunos e os demaismembros da comunidade escolar.

    8. Adotar critrios e procedimentos flexveis de avaliao dodesenvolvimento e da aprendizagem da criana.

    9. Adquirir equipamentos, recursos especficos e materiais didtico-pedaggicos para apoiar ao aluno e professor.

    10. Garantir formao inicial e continuada ao professor, alm de apoiarpesquisas ou inovaes educativas.

    O Referencial Curricular Nacional para a Educao Infantil apresenta aindacaractersticas relevantes, tais como:

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    - Adequao: elaborao do currculo conforme a avaliao dosinteresses, habilidades e necessidades das crianas;

    - Coerncia: a organizao interna consistente com uma ordenaodidtica que facilita a compreenso do seu contedo curricular e sua relao com oscomponentes que a integram;

    - Flexibilidade: o contedo curricular tem estrutura aberta, que permite aintroduo de novos elementos e a modificao dos existentes;

    - Multiplicidade: os referenciais devem gerar diferentes propostaspedaggicas atendendo as demandas e peculiaridades de cada regio;

    - Abrangncia: destina ao atendimento educacional de toda crianaindependente da condio de seu desenvolvimento.

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    5.1. Orientaes Gerais para Creches e Pr-Escolas

    O levantamento demogrfico de crianas em idade escolar, do nascimento aos 6anos, indica que h um percentual significativo de alunos com necessidadeseducacionais especiais, o que permite antecipar um expressivo contingente de crianasque precisam usufruir dos direitos assegurados constitucionalmente. Assim hnecessidade de se apoiar as creches e escolas para atender a essa populao, agindo nosentido de:

    - disponibilizar recursos humanos capacitados em educao especial /educao infantil para suporte e apoio ao docente das creches e pr-escolas, ou centrosde educao infantil, assim como possibilitar sua capacitao e educao continuadaatravs de cursos ou estgios em instituies comprometidas com o movimento daincluso;

    - garantir condies de acessibilidade aos recursos materiais e tcnicosapropriados: mobilirio, parques infantis, brinquedos, recursos pedaggicos, materiaisde primeiros socorros, facilidade de acesso e de transporte, assim como a proximidadedos recursos comunitrios de apoio, entre outros indispensveis;

    - divulgar a viso de educao infantil, na perspectiva da incluso pelosdiversos meios de comunicao. As escolas especiais e os centros de educao infantilgovernamentais ou no e outras entidades congneres, como tambm as instituies deensino superior, podem constituir-se em efetivos elementos de cooperao nessepropsito;

    - realizar levantamento dos servios e recursos comunitrios institucionais

    como maternidades, postos de sade, hospitais, escolas e unidades de atendimento scrianas com necessidades educacionais especiais, entre outras, para que possamconstituir-se em recursos de apoio, cooperao e suporte;

    - conhecer as informaes contidas no documento AdaptaesCurriculares uma estratgia para a educao de alunos com necessidades educacionaisespeciais (MEC/SEF/SEESP/99), com vistas a buscar subsdios para adequar oscontedos s necessidades de cada criana;

    - estabelecer parcerias visando aes conjuntas entre a sade e aassistncia social, garantindo a orientao, o atendimento integral e o encaminhamentoadequado;

    - garantir a participao da direo, dos professores, dos pais e dasinstituies especializadas na elaborao do projeto pedaggico que contemple aincluso ;

    - promover a sensibilizao da comunidade escolar, no que diz respeito incluso de crianas com necessidades educacionais especiais;

    - promover encontros de professores e outros profissionais com o objetivode refletir, analisar e solucionar possveis dificuldades existentes no processo deincluso;

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    - solicitar consultorias ao rgo responsvel pela Educao Especial noestado, no Distrito Federal ou no municpio, como tambm aoMEC/ SEESP.

    - Adaptar o espao fsico interno e externo para atender crianas comnecessidades educacionais especiais conforme normas de acessibilidade.

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    5.2. Orientaes e Redimensionamento dos Programas deAtendimento Especializado e Apoio s Necessidades EducacionaisEspeciais

    5.2.1. Conceituao e Objetivo:

    Entende-se por programa de atendimento e apoio especializado um conjuntode recursos e aes educativas destinado promoo do desenvolvimento integral e aoapoio ao processo de incluso escolar das crianas com necessidades educacionaisespeciais, em interface com a rea de sade e de assistncia social.

    Esse programa tem por objetivo promover o desenvolvimento das

    potencialidades da criao no que se refere aos seus aspectos fsicos, psico-afetivos,cognitivos, sociais e culturais, priorizando o processo de interao e comunicaomediante atividades significativas e ldicas.

    5.2.2. Planejamento e Organizao dos Programas de AtendimentoEspecializado

    O planejamento dos novos programas a serem institudos e dos j existentesnas Secretarias de Educao estaduais, municipais e do Distrito Federal e nas ONGs

    requer a adoo ou atualizao de medidas que permitam delinear os objetivos a serematingidos e analisar os recursos necessrios e disponveis para sua realizao. Dentreessas medidas destacam-se:

    - Pesquisa da populao-alvo (crianas a serem beneficiadas):nmero aproximado, principais caractersticas, tipos de necessidadeseducacionais especiais, condies do ambiente scio-familiar, entre outras;

    - Levantamento dos recursos institucionais comunitrios(hospitais, escolas, creches, etc.) disponveis;

    - Verificao das disponibilidades de recursos humanos,

    principalmente para constituir a equipe multiprofissional com atuaotransdisciplinar responsvel pelo apoio ao programa;

    - Identificao e busca de associaes profissionais, pais e/oude pessoas com necessidades educacionais especiais, clubes de servios,entre outros, que possam cooperar com o desenvolvimento do programa;

    - Verificao das possibilidades e condies locais:instalaes, mobilirio, materiais tcnicos e brinquedos necessrios,considerando tambm instituies congneres com perodos ociosos,facilidade de acesso escola e ao transporte coletivo, assim como

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    proximidade dos recursos comunitrios que sirvam de apoio ao programa deatendimento;

    - Estudo das publicaes tcnicas e educacionais relativas aotema e dos documentos e requisitos legais necessrios implementao doprograma em questo.

    Uma vez concludo o planejamento, dever proceder-se organizao ouimplementao desse programa, considerando os dados j obtidos baseados nosprincpios orientadores delineados.

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    5.2.3. Locais de Atendimento

    De acordo com os diferentes tipos de servios a serem realizados e com osrecursos institucionais e comunitrios disponveis, os locais mais indicados para ainstalao desses Programas de Atendimento Especializado e Apoio s NecessidadesEducacionais Especiais so as instituies especializadas (escolas especiais), asmaternidades com unidades de atendimento s crianas de alto-risco, os serviospeditricos, os postos de sade, berrios, creches, pr-escolas e centros de educaoinfantil que apresentam caractersticas similares.

    5.2.4. Avaliao e Atendimento

    Os processos de avaliao e de interveno, no que se refere s suasatividades especficas, so assim sintetizados:

    1. Identificao das potencialidades e necessidades educacionais da criana,incluindo entrevista com a famlia, avaliaes psico-educacionais da criana, oestudo scio-familiar, exames mdicos e outros que se fizerem necessrios deacordo com caso;

    2. integrao dos dados, conforme as reas mais significativas do desenvolvimentoda criana;

    3. elaborao de recomendaes do plano individual de interveno, estabelecendoprioridades e propondo esquemas e procedimentos aplicveis;

    4. identificao das barreiras que incidem no atendimento (condies do local e daprtica profissional) e recomendaes para a sua eliminao;

    5. acompanhamento e avaliao da criana e de seu ambiente durante odesenvolvimento do programa, verificando os resultados que vo sendoalcanados, de modo a formular novas recomendaes, se for o caso.

    Com referncia aos processos de interveno pedaggica, o Programa tempor finalidade proporcionar criana condies para alcanar seu plenodesenvolvimento. As atividades consideradas essenciais na interveno se resumem sseguintes:

    - Elaborao de um plano de interveno individual e grupal,para o desenvolvimento de contedos curriculares especficos (por exemplo,orientao e mobilidade para cegos), baseado nas observaes efetuadasdiretamente com a criana e nos resultados das avaliaes realizadas e dosexames clnicos.

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    - insero dos objetivos e metas a serem alcanados, dasatividades e estratgias a serem empregadas e dos materiais e meios a seremutilizados no plano de interveno, alm dos facilitadores ou mediadoresrequeridos;

    - garantia de participao direta e efetiva dos familiares nosatendimentos criana para troca de informaes e experincias, visando eficcia do atendimento e continuidade das atividades no lar;

    Deve-se assegurar que as atividades de avaliao e interveno, sintetizadasacima, sejam realizadas por profissionais qualificados e com experincia noatendimento s crianas com necessidades educacionais especiais.

    Este atendimento deve ser organizado de forma sistemtica para atender snecessidades especficas da criana e sua famlia, pais ou responsveis, contando com aparticipao deles, tanto no atendimento individualizado quanto em pequenos grupos.

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    5.2.5. Recursos Humanos

    Como passo preliminar para analisar o funcionamento dessa equipe importante conhecer suas principais caractersticas. Uma delas a que se refere

    flexibilidade de sua estrutura organizacional para adaptar-se s diferentes necessidadese recursos existentes em cada local. Alm disso, prioritria a coeso da equipe para aefetiva ateno s crianas e suas famlias. Nesse sentido, importante que se adoteuma abordagem transdisciplinar, baseada na transposio adequada dos limites dosdiversos campos de conhecimento e da ao das diferentes especialidades, conservando,contudo, o ncleo bsico de atuao de cada uma.

    A Educao Especial poder ter equipe itinerante para prestar assistnciatcnica e pedaggica aos centros de educao infantil, quando houver crianas comnecessidades educacionais especiais. Essa equipe deve ser constituda,preferencialmente, por:

    - professor, especializado em educao especial e/ou educaoinfantil;

    - psiclogo, preferencialmente especializado em PsicologiaEscolar aplicada educao especial;

    - fonoaudilogo, com especializao ou experincia noatendimento de crianas com necessidades educacionais especiais;

    - fisioterapeuta, com experincia na habilitao ou reabilitaode crianas com deficincias fsicas, sensoriais e neuromotoras;

    - equipe mdica composta por pediatra ou neuropediatra,oftalmologista, otorrinolaringologista, com experincia no diagnstico etratamento de crianas com necessidades educacionais especiais.

    Obs: Os servios prestados pelas trs ltimas categorias deprofissionais podero ser solicitados rea da sade por meio de acordos decooperao tcnica, convnios, entre outros.

    Na impossibilidade de se dispor dessa equipe ideal em cada Municpio,sugere-se a organizao de equipes estaduais ou regionais para atuar como consultoresitinerantes, prestando assim apoio ao atendimento educacional s crianas com

    necessidades educacionais especiais atendidas nos centros de educao infantil de suajurisdio, principalmente as atendidas em creches.

    Para facilitar o eficaz desenvolvimento das atividades da equipe itinerante epropiciar a mtua cooperao de seus integrantes, necessrio especificar as funes decada rea, a fim de evitar duplicidade de orientao ou ocorrncia de instruesconflitantes.

    No item a seguir, encontram-se as funes comuns a todos os membros daequipe e as especficas do professore, que o elemento central do atendimento.

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    a. Funes comuns aos membros da equipe:

    - Participar da avaliao das crianas que se encontramsomente em atendimento especializado e daquelas que esto no ensinoregular, conforme os critrios estabelecidos no item Avaliao eAtendimento;

    - Prestar informaes e orientaes famlia e comunidadeescolar;

    - Integrar os resultados de cada campo profissional em parecerconjunto;

    - Elaborar relatrios sobre os resultados da avaliao e daorientao efetuadas nas instituies visitadas;

    - Tomar parte ativa nos programas individuais destinados criana e famlia de acordo com o campo especfico de atuaoprofissional;

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    - Propiciar a complementao do atendimento, sempre quenecessrio, por meio do encaminhamento a outros profissionais ou a outrosatendimentos disponveis na comunidade;

    - Participar efetivamente das reunies da equipe, com vistas aacompanhar o desenvolvimento da criana e atualizar o programa deinterveno;

    - Participar da divulgao dos programas de atendimento eapoio s crianas com necessidades educacionais especiais;

    - Participar de grupos de estudo, cursos de formaoprofissional (ps-graduao e outros) com objetivo de manter-se atualizadonas questes referentes educao de crianas com necessidadeseducacionais especiais;

    - Orientar e supervisionar as atividades realizadas por

    estagirios no campo de sua especialidade profissional;

    - Zelar pelo estrito cumprimento dos princpios de ticaprofissional, tanto nos aspectos referentes intimidade e privacidade dascrianas e de suas famlias, quanto no que se refere a outros direitosinalienveis.

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    b. Funes especficas do professor:

    Este profissional figura indispensvel no planejamento, implantao eimplementao dos programas de atendimento especializado e na incluso das crianas

    nas creches e nos centros de educao infantil. Na ausncia dos demais profissionais daequipe, so facultativas ao professor certas tarefas de avaliao e de orientaoatribudas a eles, desde que receba apoio e superviso nos aspectos atinentes a outrasespecialidades da equipe. Alm das funes j descritas, competem especificamente aoprofessor:

    - avaliar as oportunidades educacionais oferecidas crianapor sua famlia, bem como as prticas e experincias enriquecedoras quepossa ter no lar, sem invadir a intimidade da famlia e respeitando seusvalores, a fim de incentiv-la a participar, de modo efetivo, do processoeducacional;

    - acompanhar e avaliar, por meio de estratgias e instrumentos,o desenvolvimento da criana com a participao da famlia;

    - verificar e sugerir aes em relao eliminao de barreirasarquitetnicas, atitudinais (mitos, preconceitos e outros) e, principalmente,curriculares;

    - elaborar e executar planos para atendimento pedaggico,individual ou em grupo;

    - incentivar as famlias a utilizar recursos recreativos ou

    educacionais da comunidade como jardins, parques infantis, creches, pr-escolas, clubes e outros.

    5.2.6. Contedos curriculares

    importante esclarecer que o currculo para a educao infantil em suaprimeira etapa (de zero a trs anos) encontra-se definido no documento ReferencialCurricular Nacional de Educao Infantil(RCNEI), que ao ser desenvolvido pode serflexibilizado, ou seja, adequado s necessidades educacionais especiais das crianas.

    Esse referencial curricular servir de base para a organizao de planos individuais deinterveno, de orientao para a previso de tcnicas e materiais pertinentes e paraembasar as aes integrantes da equipe multiprofissional.

    Os componentes do referencial curricular so compatveis com odesenvolvimento infantil, e se organizam da seguinte forma:

    - Objetivos gerais e especficos;

    - Contedo bsicos: Funo social e pessoal e conhecimentode mundo;

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    - Aprendizagem significativa e conhecimentos prvios;

    - Orientaes didticas: organizao do tempo, espao eseleo de materiais;

    - Observao, registro e avaliao formativa.

    Considera-se que tais especificaes curriculares so bsicas e necessriaspara enriquecer os programas j existentes ou a serem implantados.

    Pode ser necessrio, com muitas crianas, a flexibilizao ou adequaocurricular, conforme descrita no documento PCN Adaptaes Curriculares -Estratgias para a Educao de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais.

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    5.2.7. Recursos Materiais

    O atendimento especializado deve ser realizado em espaos fsicosadequados ou adaptados, contendo mobilirio, material pedaggico e equipamentosapropriados ao trabalho a ser desenvolvido, de acordo com as necessidades da criana.

    6. INTERFACE DAS REAS DE EDUCAO, SADE EASSISTNCIA SOCIAL

    6.1. Educao e Sade

    Para implantar ou implementar o modelo de incluso na educao infantil, necessrio um compromisso efetivo no desenvolvimento de aes conexas entreeducao, sade e assistncia social. Alm do compromisso desses gestores, torna-sefundamental fazer cumprir o previsto nos documentos legais dos respectivos setores.

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    As aes de preveno devem iniciar-se antes da concepo e prosseguirdurante a gravidez e ao longo da primeira infncia. A assistncia mdica e odontolgica imprescindvel, especialmente devido ao fato de que as crianas so mais suscetveis adoenas e infeces de todo tipo e dentio frgil e mal formadas. Essa assistnciadeve consistir uma modalidade da vigilncia regular da sade fsica e mental dessascrianas. Ela deve

    Assistncia sade integral indicada a todos os recm-nascidos,particularmente queles considerados de risco nas maternidades. Vale acrescentar quese evidenciam claros benefcios para a sade e para o desenvolvimento do recm-nascido, a ateno individualizada em procedimentos de estimulao.

    Da maior importncia a necessidade de se estabelecer um intercmbioconveniente de assistncia com os servios materno-infantis e postos de sade dacomunidade, a fim de dar continuidade ao atendimento sade iniciado nos primeirosanos de vida. Nesse aspecto, cabe destacar a importncia da imunizao como recursopreventivo.

    Para determinados tipos de deficincia, os progressos no campo da cirurgiaoferecem a possibilidade de melhorar o estado de sade, de atenuar ou mesmo superaros distrbios no desenvolvimento. Do mesmo modo, aperfeioam-se continuamente osaparelhos e instrumentos corretivos, adaptveis s condies individuais da criana.Para seu uso apropriado, contudo, esses aparelhos e instrumentos exigem umaplanificao cuidadosa, de modo a se evitarem possveis deformaes secundriasdecorrentes de sua construo e utilizao inadequadas.

    A ateno sade se estende tambm ao campo da gentica, dado que existeum nmero aprecivel de deficincias de origem congnita, cromossmica e/ouhereditria. Faz-se mister, portanto, incluir na assistncia mdica o exame de caritipo,no s para melhor identificao do quadro clnico, como tambm para proporcionar

    aos pais aconselhamento gentico, se for o caso. Outros fatores determinantes dedeficincias de origem congnita, tanto fsica como mental, quando detectados, devemreceber ateno da rea de sade durante os perodos pr, peri e ps-natais, juntamentecom a preveno de doenas infecto-contagiosas.

    Com respeito alimentao, observa-se que os regimes dietticos, bemcomo os regimes especiais destinados a diminuir a severidade de determinadasdeficincias de origem metablica, vm sendo colocados, cada vez mais, em evidnciana busca do equilbrio psicofsico das mes e de suas crianas.

    Inclui-se tambm na assistncia alimentar a complementao diettica paracrianas desnutridas, ou com Doena Celaca (intolerncia do glten), especialmente

    aquelas que, pela gravidade de seu estado, esto sujeitas internao hospitalar.Dependendo da idade e da intensidade da doena, essas crianas so propensas a teremdeficincia mental. Nesses casos, a complementao alimentar necessria e odesenvolvimento de um programa especfico de estimulao precoce tende a diminuirconsideravelmente tal risco.

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    6.2. Educao e Assistncia Social

    A Educao/Assistncia Social deve se concretizar por meio dodesenvolvimento de aes conjuntas para avaliao das condies pessoais, familiares,sociais e do meio onde a criana vive e que dificultam o seu processo dedesenvolvimento infantil, educacional e de integrao social. Exemplos de aes quepodem favorecer criana: informaes e encaminhamentos para obter documentos eregistro pessoal, benefcios econmicos assistenciais, acesso a programas nutricionais,rteses e prteses, medicamentos, servios de apoio e orientao familiar, tanto osofertados no mbito da assistncia social como em outras instncias governamentais.

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    H necessidade de que o profissional da assistncia social realize umaavaliao precisa das condies scio-familiares e das relaes interpessoais entre osmembros da famlia, procedendo-se a um aconselhamento aos pais em relao aosproblemas detectados. Esse processo tem por objetivo favorecer o desenvolvimento deum ambiente favorvel para a realizao das aes relativas coeso familiar, comobase para o programa de incluso na educao infantil. Nesse aconselhamento,prioriza-se no papel dos pais, as atividades e as iniciativas de autogesto, para que elesprprios se constituam como agentes de mudana integrativa

    A educao de crianas com necessidades educacionais especiaisvulnerabilizadas pela situao de pobreza, abandono, maus tratos e outras visa assegurara necessria proteo social para garantir o seu desenvolvimento pessoal.

    7. RECOMENDAES GERAIS

    Elaborar estratgias viveis para capacitao de profissionais daeducao infantil na perspectiva da escola inclusiva.

    Viabilizar a discusso e reflexo deste documento entre todos osparceiros, nos estados, nos municpios, no Distrito Federal, nasInstituies de Ensino Superior e nas Organizaes No-Governamentais.

    Garantir a acessibilidade s instituies de educao infantil, eliminandoas barreiras arquitetnicas e assegurando meios de transporte adequados.

    Criar estratgias para estabelecer parcerias entre as reas de educao,sade e assistncia social voltados para a realizao de programas parapromover o desenvolvimento integral de criana com necessidadeseducacionais especiais.

    Orientar as famlias carentes para solicitarem Assistncia Social osrecursos pticos e audiolgicos especficos para os alunos com visosubnormal ou deficincia auditiva, bem como equipamentos para alunoscom deficincia fsica/motora.

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    WALLON, H.Do ato ao pensamento. Lisboa: Moraes, 1979.

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    Ficha Tcnica

    Coordenao

    Francisca Roseneide Furtado do Monte

    Elaborao

    Aidyl Maria de Q. P. Ramos USP, Aparecida Maria M. Cavalcante- IBC, Beatriz deOliveira Odilon Fundao Catarinense de Educ. Especial, Clenir Pinto de Freitas INES, Diva Albuquerque Maciel UNB, Deuzina Lopes da cruz SEAS/MPAS,Eunice Jensen Didonet MEC, Francisca Roseneide Furtado do Monte MEC, JairoWerner Jr UERJ/ UFF/ IPHM, Maria Graa S. Horn SEAS/MPAS, Marilda Bruno-UCDB-MS, Marylande P. Franco APAE-SP, Nilma Batista de Freitas APAE-Salvador, Raquel Namo Cury Sec. Educ.SP, Rita Helena Pochmann Horn SEAS-MPAS, Rosana Maria Tristo- SEDF/UNB, Sheila Miranda Silva Ministrio daSade, Stela Maria Lagos Oliveira MEC, Terlzia Albuquerque de Sousa SE/DF,Vladimir Vasconcelos Silva SE/DF.

    Preparao do Texto

    Eunice Jensen Didonet, Francisca Roseneide Furtado do Monte e Rosana Maria Tristo

    Reviso de Texto

    Marlene de Oliveira Gotti

    Agradecimentos

    As Associaes de Paes e Amigos de Excepcionais APAEs, Centro de Educao daAudio e da Linguagem Ludovic Pavoni CEAL, Secretarias de Estado de

    Educao, Ministrio da Sade, Secretaria de Assistncia Social / MPAS, InstitutoNacional de Educao de Surdos INES, Instituto Bejamin Constant IBC, Institutode Pesquisa Helosa Marinho IPHM/ RJ, Coordenao de Educao Infantil COEDI/SEF, Fundao Catarinense de Educao Especial, Gilca Maria LucenaKortman Mediao/RS e Maria Fernanda Farrah Cavaton FE/UNB.

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