4
E E COS COS DA DA M M ATRIZ ATRIZ Paróquias de Caminha e Vilarelho Ano L - Nº 818 - 28 de Novembro a 4 de Dezembro 2011 A liturgia do primeiro Domingo do Advento convida-nos a equacionar a nossa caminhada pela história à luz da certeza de que “o Senhor vem”. Apresenta também aos cren- tes indicações concretas acerca da forma devem viver esse tempo de espera. A primeira leitura (Is 63, 16-17; 64) é um apelo dramático a Jahwéh, o Deus que é “pai” e “redentor”, no sentido de vir mais uma vez ao encontro de Israel para o libertar do pecado e para recriar um Povo de coração novo. O profeta não tem dúvidas: a essência de Deus é amor e misericórdia; essas “qualidades” de Deus são a garan- tia da sua intervenção salvadora em cada passo da caminhada histó- rica do Povo de Deus. O Evangelho (Mc 13, 33-37) convi- da os discípulos a enfrentar a história com coragem, determinação e esperança, animados pela certeza de que “o Senhor vem”. Ensina, ainda, que esse tempo de espera deve ser um tempo de “vigilância” – isto é, um tempo de compromisso activo e efectivo com a construção do Reino. A segunda leitura (1 Cor 1,3-9) mostra como Deus Se faz presente na história e na vida de uma comunidade crente, através dos dons e carismas que gratuitamente derrama sobre o seu Povo. Sugere também aos crentes que se mantenham atentos e vigilantes, a fim de acolhe- rem os dons de Deus. Dehonianos I DOMINGO DO ADVENTO

EECOSCOS DADA MMATRIZATRIZ - portaldasfreguesias.comportaldasfreguesias.com/portugal/vianadocastelo/caminha/paroquia_de... · Ano L - Nº 818 - 28 de Novembro a 4 de Dezembro 2011

  • Upload
    doannhi

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

EECOSCOS DADA MMATRIZATRIZ Paróquias de Caminha e Vilarelho

Ano L - Nº 818 - 28 de Novembro a 4 de Dezembro 2011

A liturgia do primeiro Domingo do

Advento convida-nos a equacionar

a nossa caminhada pela história à

luz da certeza de que “o Senhor

vem”. Apresenta também aos cren-

tes indicações concretas acerca da

forma devem viver esse tempo de

espera.

A primeira leitura (Is 63, 16-17; 64)

é um apelo dramático a Jahwéh, o

Deus que é “pai” e “redentor”, no

sentido de vir mais uma vez ao

encontro de Israel para o libertar

do pecado e para recriar um Povo

de coração novo. O profeta não

tem dúvidas: a essência de Deus é

amor e misericórdia; essas

“qualidades” de Deus são a garan-

tia da sua intervenção salvadora

em cada passo da caminhada histó-

rica do Povo de Deus.

O Evangelho (Mc 13, 33-37) convi-

da os discípulos a enfrentar a história com coragem, determinação e esperança, animados

pela certeza de que “o Senhor vem”. Ensina, ainda, que esse tempo de espera deve ser um

tempo de “vigilância” – isto é, um tempo de compromisso activo e efectivo com a construção

do Reino.

A segunda leitura (1 Cor 1,3-9) mostra como Deus Se faz presente na história e na vida de

uma comunidade crente, através dos dons e carismas que gratuitamente derrama sobre o seu

Povo. Sugere também aos crentes que se mantenham atentos e vigilantes, a fim de acolhe-

rem os dons de Deus.

Dehonianos

I DOMINGO DO ADVENTO

significado para os pagãos. E sendo o objectivo do evangelista possibilitar a experiência da Fé em Cristo aos seus destina-tários – no caso, romanos – começa o seu evangelho afirmando o fim a que se propõe: “Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus” (Mc 1, 1), tema que vai desenvolven-do (Mc 14, 62) até colocar novamente este título de “Filho de Deus” como ponto de che-gada do seu evangelho, mas agora na boca de um pagão – exactamente um romano – junto à cruz de Jesus: “Verdadeiramente este homem era Filho de Deus!” (Mc15, 39). É um texto com pouquíssimos discursos de Jesus. Abunda a narração e, sobretudo, os milagres. Enquanto que Mateus, por exemplo, coloca Jesus a fazer longos discursos sobre o Reino de Deus que vem trazer ao homem a libertação e a alegria da Vida Nova, Marcos não põe Jesus a falar mas a actuar essa liberta-ção e alegria. Por isso superabundam as curas, sinal por excelência da libertação e da paz reencontrada, já que as doenças eram consi-deradas como resultado do pecado e da pos-sessão por espíritos malignos. Muitas vezes Marcos utiliza os verbos no pre-sente, não por acaso, mas para tornar o relato actual, para dizer este Jesus que hoje continua a querer libertar e conduzir à paz aqueles que por ele se deixam tocar. E esta palavra “tocar” tem um papel-chave em Marcos, que apresen-ta um Jesus em permanente contacto directo com as pessoas, profundamente humano e afectivo, que tocava (Mc 1, 41), abraçava (Mc 9, 36; 10, 16), pegava pela mão (Mc 8, 23), se amargurava (Mc 3, 5), admirava (Mc 6, 6) … Os verbos no presente e este jeito profundamen-te humano, próximo e afectivo, falam-nos de um Jesus que continua a estar próximo e dis-ponível, e que só se conhece numa relação interpessoal de intimidade. Há claramente em Marcos a distinção entre a intimidade e a multidão, que depois será mui-to desenvolvida por Lucas. Jesus, que andava

Marcos é um dos Evangelhos Sinópticos. Cha-ma-se assim aos evangelhos escritos por Mar-cos, Mateus e Lucas, porque podem ser lidos em “sinopse”, isto é, são tão parecidos que pondo os três lado a lado quase que lemos num e noutro a mesma coisa. As diferenças são quase só de perspectiva, mas, no geral, narram mais ou menos os mesmos relatos e de modos muito semelhantes. São muito parecidos porque Mateus e Lucas seguem no fundamental o esquema do escrito mais anti-go, que é o de Marcos, embora alargando-o, o que explica que o evangelho de Marcos tenha 16 capítulos e já os de Mateus e Lucas tenham respectivamente 28 e 24. O evange-lho de Marcos foi escrito antes do ano 70, e os de Mateus e Lucas, por volta do ano 75. O evangelho de João destaca-se deste grupo de três porque, ao ser um escrito mais tardio (já para lá do ano 100) apresenta uma refle-xão e experiência de Jesus feita nas comuni-dades de modo muito mais aprofundado. Quanto ao evangelho de Marcos, considera-se que foi escrito em Roma, e será a fixação por escrito do fundamental do testemunho de Pedro sobre Jesus, do qual Marcos teria sido discípulo directo (1Ped 5,13). Escrito em contexto pagão e para uma comunidade de pagãos, Marcos, embora cite várias vezes palavras em aramaico no seu texto, vê-se quase sempre obrigado a traduzi-las, bem como a explicar algumas tradições e costu-mes dos judeus que os pagãos não conhe-ciam. Por este contexto onde nasce e para o qual se dirige se entende como Jesus tem no evangelho de Marcos uma actividade de evangelização especialmente fecunda junto dos pagãos. Com a particularidade de não aparecer ao longo de todo o texto, nem sequer uma única vez, a palavra “Lei”, algo tão caro e central para os judeus, mas sem

"O importante não é o que se dá, mas o amor com que se dá."

Madre Teresa de Calcutá

ANO LITÚRGICO B - O EVANGELHO DE S. MARCOS

VIDA CRISTÃ

sempre apertado pelas multidões, quando che-gava a hora de curar algum doente, isto é, a hora do encontro libertador e transformante, afastava-se com a pessoa, a sós, para longe da multidão, como fez no relato da cura do surdo-mudo (Mc 7, 33) e de um cego, ao qual até conduziu pela mão para fora da cidade (Mc 8, 23), e então, na intimidade, acontecia a acção libertadora e transformante de Cristo na vida daquela pessoa, simbolizada na cura.

Rui Santiago cssr

Foi com grande alegria que se na passada terça feira se abriu a exposição das 71 ilustrações do boletim, assinalando desta forma, mais uma vez, os 50 anos de publicação do “Ecos da Matriz”. Muitos colaboraram: os artistas, os “vizinhos” da galeria com o material, muitos voluntários que ajudaram a montar a exposição e dedicam o seu tempo para que esteja aberta todos os dias até segunda! Um bem haja a todos! Continuando este projecto, acompanhar-nos-á durante este Advento Leopoldino Silva. + Faleceu no passado Sábado, dia 19 Novem-bro de 2011, a Senhora Jacinta Perpétua Rosa, aos 89 anos de idade. O seu funeral realizou-se no dia 21 de Novembro, pelas 16:00 horas, na Capela de São João.

As nossas mais sentidas condolências a todos os familiares e amigos.

————

+Faleceu na passada Terça feira, dia 22 Novembro de 2011, a Senhora Isabel de Araú-jo Ferreira, aos 86 anos de idade. O seu funeral realizou-se no dia 23 de Novembro, pelas 11 horas, na Igreja da Misericórdia.

Foi a sepultar no cemitério de Caminha.

As nossas mais sentidas condolências a todos os familiares e amigos.

ANIVERSÁRIOS Dia 28: - Maria Olímpia F. Garrido Barreiros; - Maria Cristina da Silva Porto Silva; - Valdemar Ferreira Rodrigues; - Carlos Alberto Araújo da Cruz Gonçalves; - João Feital Aldeia Nova; - Bruno César Avelar Lima Barros; - João Guilherme Vieira Araújo. Dia 29: - Emília dos Anjos Amorim da Silva Braga; - Manuel Rio Tinto Costa; - Hugo Marcelo Afonso Cruz Rodrigues; - Maria da Conceição Fernandes Machado; - João Manuel Tenedório Guerreiro; - Carlos Jorge Matos Tenedório. Dia 30: - Maria Manuela Conceição Ferreira; - António Manuel da Costa Freitas; - Ana Paula Barbosa Rodrigues Macedo; - Luís Saraiva; - Belarmino Alves Silva. Dia 01: - Esperança Dores Pereira Silva; - Esperança Morte; - Hermínia Isabel da Silva Porto Varela; - Alberto José da Silva Fão; - João Paulo Rocha Ferreira; - Sílvia Conceição Cunha Correia Araújo; - Miguel Xavier da Fonseca Oliveira Rodrigues. Dia 02: - Armando Silva Araújo; - Lyuboy Rilypenko; - Ana Maria Ramos Fonseca. Dia 03: - João Ricardo Gravato; - José Rodrigues Rosado Varela; - Miquelina Maria dos Santos Matos Lopes; - Luís Emanuel Gonçalves Gomes Alves. Dia 04: - Joaquim Francisco Lourenço Vieira;

- Teresa de Jesus Viana Capela Rocha;

- Guilherme de Almeida Mamede Alves;

- Leonor Oliveira Barroso;

- Emílio Rodrigues Valadares;

- Leonel Escusa.

EXPOSIÇÃO

DIA HORA/LOCAL INTENÇÕES

Terça Dia 29

18:00 Matriz

- Almas do Purgatório mc Confraria das Almas; - Damião Fernandes Porto; - Rogério António Caldas Gonçalves; - António José Correia de Faria; - João Luís Lourenço Gondarém, esposa, Maria Fernanda Ribeiro, Concei-ção Vieira da Rocha, filhos, nora e genro; - João José Pinto (1º mês) e Padre José Maria Gonçalves; - Georgina Lourenço Sobral (aniv.); - Aníbal Barros Brandão (4º mês).

Quarta Dia 30

08:30

Misericórdia

- Maria das Dores Costa Pinheiro, Joana Marcelina da Silva, João António do Crasto, Carolina Rosa Bravo, Maria da Trindade mc Obrigações da Misericórdia; - João Luís Lourenço Ribeiro, avós e padrinho.

Quinta Dia 01

17:00 Eucaristia na Capela de Nossa Senhora da Agonia

Sexta Dia 02

16:00

18:00 Matriz

Eucaristia na Casa de Repouso Bom Jesus dos Mareantes - José Manuel Pereira Brochas, pai, avós e tios; - Gracinda Mourão Esteves; - Vetúria Jorge de Matos Esteves e Almas do Purgatório; - Jorge Alexandre Gonçalves da Silva mc Confraria Bom Jesus dos Mareantes.

Sábado Dia 03

18:00 Matriz

- Lino José Portela, pais, sogros, cunhados e sobrinhos; - Celestina Gomes; - Elidia Fernandes Carido, Júlio Ricardo, Manuel e Júlio Nascimento Cape-la; - Iracema Gavinho Porto mc Confraria Bom Jesus dos Mareantes.

Domingo Dia 04

09:00 Vilarelho

10:30 Misericórdia

12:00 Matriz

- Helena Lourenço Ribas; - Sebastião Luís Rocha, pais e sogros; - Estefânia Ribas, marido, Amílcar Ribas, Rosa Gama da Cunha (aniv.) e Abel de Sousa; - José António Tenedório, esposa e genros. Irmãos e Benfeitores da Santa Casa da Misericórdia Povo de Deus

Serviço Religioso

FICHA TÉCNICA Propriedade: Paróquia de Nossa Senhora da Assunção de Caminha • Director: Pe. José Filipe Sá

Colaboradores: Carlos A. Martins e Alberto Fernandes • Publicação: Semanal • Tiragem: 350 Ex. tel.: 258 921 413 E-mail: [email protected] • Site: paroquiadecaminha.com