51
UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO PROGRAMA DE MESTRADO EM FISIOTERAPIA STELLA PELEGRINI EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA (830nm) NO LIMIAR DE DOR POR PRESSÃO EM INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS: ESTUDO PROSPECTIVO, CONTROLADO, RANDOMIZADO. SÃO PAULO 2012

EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO

PROGRAMA DE MESTRADO EM FISIOTERAPIA

STELLA PELEGRINI

EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA

POTÊNCIA (830nm) NO LIMIAR DE DOR POR

PRESSÃO EM INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS: ESTUDO

PROSPECTIVO, CONTROLADO, RANDOMIZADO.

SÃO PAULO

2012

Page 2: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

STELLA PELEGRINI

EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA

POTÊNCIA (830nm) NO LIMIAR DE DOR POR PRESSÃO

EM INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS: ESTUDO PROSPECTIVO,

CONTROLADO, RANDOMIZADO.

Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo, como requisito exigido para obtenção do título de Mestre. Orientador: Richard Eloin Liebano

SÃO PAULO

2012

Page 3: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

STELLA PELEGRINI

EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA

POTÊNCIA (830nm) NO LIMIAR DE DOR POR PRESSÃO EM

INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS: ESTUDO PROSPECTIVO,

CONTROLADO, RANDOMIZADO.

Dissertação apresentada ao Programa de

Mestrado em Fisioterapia da Universidade

Cidade de São Paulo, como requisito

exigido para obtenção do título de Mestre.

Área de concentração: Data da defesa: Resultado: ___________________________________________ BANCA EXAMINADORA: Prof. Dr. Richard Eloin Liebano _____________________________________ Universidade Cidade de São Paulo Prof. Dr. César Amorim _____________________________________ Universidade Cidade de São Paulo Prof. Dr. Igor Bordello Masson _____________________________________ Universidade Paulista Prof. Dr. Carlos Eduardo Pinfildi _____________________________________ Universidade Federal de São Paulo Prof. Dr. Alexandre Dias Lopes _____________________________________ Universidade Cidade de São Paulo

Page 4: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Dedicatória

A Deus,

Por me dar saúde, inteligência e oportunidades.

Aos meus pais Silvio e Vilce,

pelo amor incondicional, apoio, encorajamento, por nunca hesitarem em estender as mãos e

pelos ensinamentos que formaram os alicerces de minha história.

Ao meu querido esposo Flávio,

pelo amor, respeito e compreensão. Por sempre estar ao meu lado

e por acreditar que um futuro melhor seria possível.

Às minhas irmãs Paula e Carla

e aos meus cunhados Anderson e Adilson,

pelo amor e amizade de sempre, por me apoiarem nos momentos

desafiadores que envolvem esta grande jornada chamada vida.

À minha amável Avó Maria,

pelo carinho, amor e companheirismo de todos os dias.

Page 5: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Agradecimentos

Ao Prof. Dr. Richard Eloin Liebano (Professor do Mestrado de Fisioterapia da

UNICID), pela orientação desse trabalho, pelos ensinamentos, incentivos e confiança. Por

fazer parte em vencer mais um obstáculo de minha vida.

À Universidade Cidade de São Paulo – UNICID, por mais uma vez ter me recebido

como aluna e me proporcionado mais uma conquista.

Aos grandes docentes do Programa de Mestrado em Fisioterapia da UNICID

pelos valiosos ensinamentos e por aflorar em mim o gosto da pesquisa.

À minha irmã Paula Pelegrini pela ajuda no decorrer da pesquisa, por saber o quanto

essa formação é importante para mim.

À minha amiga Roberta Ceila Venancio (aluna do Mestrado em Fisioterapia da

UNICID) por dividir e batalhar comigo nesse trabalho e pela amizade que construímos.

As alunas Manuela Pantaleão e Marjorie Filellini Laurino (alunas da graduação de

Fisioterapia da UNICID), pela ajuda e confiança.

Ao meu amigo Lucas Franco (Mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo –

USP), pela amizade de anos, paciência e ajuda nesse trabalho.

À empresa Ibramed pelo empréstimo do equipamento laser.

A todos voluntários que participaram dessa pesquisa, pela paciência, dedicação e

solidariedade.

Aos colegas de sala e mestres pela alegria e companheirismo durante essa jornada.

À Sheila Simone Alves e Claudia Nise Pereira (setor de pesquisa e pós-graduação da

UNICID), pela ajuda de sempre e carinho com todos os alunos.

Page 6: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Aos Profs. Drs. César Amorim (Professor do Mestrado de Fisioterapia da UNICID) e

Igor Bordello Masson (Universidade Paulista), por aceitarem o convite de participar da

banca examinadora dessa pesquisa e por ajudar através de suas correções e sugestões tornar

essa pesquisa melhor.

Ao Prof. Dr. Carlos Eduardo Pinfildi (Professor da UNIFESP de Santos) pelas

sugestões e correções apresentadas na qualificação.

Ao Prof. Dr. Alexandre Dias Lopes, pela atenção a essa pesquisa.

Page 7: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Lista de Figuras

Figura 1 – Desenho do estudo e a distribuição dos sujeitos .....................................................18

Figura 2 – Linha do tempo caracterizando a aplicação de laser e algometria ..........................20

Figura 3 – Posição do ponto para mensuração do PPT (mão dominante, a 3 cm da

extremidade da tabaqueira anatômica, em direção à linha média do primeiro músculo

interósseo dorsal) .....................................................................................................................21

Figura 4 – Posição do ponto médio no ventre muscular do tibial anterior em perna dominante

para realização do PPT ............................................................................................................21

Figura 5 – Marcação dos cinco pontos na mão dominante com 1 cm de distância entre eles

para realização do laser ............................................................................................................22

Figura 6 – Algômetro de pressão .............................................................................................23

Figura 7 – Laser infra-vermelho de baixa potência .................................................................24

Figura 8 – Indivíduo em decúbito dorsal sobre uma maca para a mensuração do limiar de dor

por pressão na região do dorso da mão dominante a 3 cm da extremidade distal da tabaqueira

anatômica, em direção à linha média do primeiro músculo interósseo dorsal .........................25

Figura 9 – Indivíduo em decúbito dorsal sobre uma maca para a mensuração do limiar de dor

por pressão no ventre muscular do tibial anterior na perna dominante ...................................26

Figura 10 – Indivíduo em decúbito dorsal sobre uma maca para a realização do laser nos cinco

pontos no dorso da mão dominante .........................................................................................27

Figura 11 – Porcentagem de alteração do limiar de dor por pressão (PPT) para a mão do

membro dominante ..................................................................................................................29

Figura 12 – Porcentagem de alteração do limiar de dor por pressão (PPT) para a perna do

membro dominante ..................................................................................................................31

Page 8: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Lista de Tabelas

Tabela 1 – Média ± EPM dos valores do PPT de todos os tempos para cada grupo (n = 30 por

grupo) para medidas da mão ...................................................................................................28

Tabela 2 – Média ± EPM dos valores do PPT de todos os tempos para cada grupo (n = 30 por

grupo) para medida da perna ...................................................................................................30

Page 9: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Sumário

RESUMO .......................................................................................................................12

1. INTRODUÇÃO .....................................................................................................14

2. OBJETIVO .............................................................................................................16

3. MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................17

3.1 Caracterização do estudo.............................................................................17

3.2 Sujeitos .......................................................................................................17

3.3 Randomização e Descrição dos Grupos .....................................................18

3.4 Preparação dos Sujeitos ..............................................................................20

3.5 Equipamentos .............................................................................................22

3.5.1 Algômetro por pressão ........................................................22

3.5.2 Laser de baixa potência .......................................................23

3.6 Descrição dos Procedimentos .....................................................................24

3.6.1 Limiar de dor por pressão ...................................................24

3.7 Análise estatística .......................................................................................27

4. RESULTADOS .....................................................................................................28

4.1 Dados do PPT .............................................................................................28

5. DISCUSSÃO ...........................................................................................................32

6. CONCLUSÃO ........................................................................................................38

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................39

8. APÊNDICES ..........................................................................................................50

Page 10: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Lista de Abreviaturas e Símbolos

A Área

ANOVA Análise de variância

ATP Adenosine triphosphate (Trifosfato de

Adenosina)

Ca++ Cálcio

CCI Coeficiente de correlação intra-classe

cm Centímetro

cm2 Centímetro quadrado

DP Desvio padrão

EPM Erro padrão da média

F Força

GaAIAs Gálio, Alumino, Arseneto

HeNe Helio, Neônio

IASP International Association for the Study of

Pain

IBRAMED Indústria Brasileira de Equipamentos

Médicos LTDA

IMC Índice de massa corpórea

J Joule

J/cm2 Joule por centímetro quadrado

kPa Quilopascal

Laser Light Amplification by Stimulated Emission

of Radiation

LBP Laser de baixa potência

LED Light-emitting diode

m2 Metro quadrado

min Minuto

mW Milliwatt

n Número

N Newton

N/s Newton por segundo

Page 11: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

nm Nanômetro

P Potência

PPT Pressure Pain Threshold

TENS Transcutaneous Electric Nerve Stimulation

UNICID Universidade Cidade de São Paulo

w/cm2 Watt por centímetro quadrado

% Porcentagem

′ Minuto

″ Segundo

Page 12: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Resumo

Introdução: O laser de baixa potência (LBP) é utilizado como recurso terapêutico para

controle da dor. Porém, ainda é questionado o seu real efeito como também a dosimetria mais

eficaz para esse efeito analgésico. Objetivo: Avaliar o efeito local e sistêmico do LBP no

limiar de dor por pressão em indivíduos saudáveis. Materiais e Métodos: 150 indivíduos

distribuídos aleatoriamente em 5 grupos (n=30 por grupo): controle, laser placebo, 3J, 6J, 12J.

Como instrumento para avaliar a dor foi utilizado algômetro de pressão em cinco tempos

distintos. Na região da mão dominante do indivíduo foi realizado o laser e a algometria para

verificar o efeito local e na região da perna dominante foi realizado somente a algometria para

verificar efeito sistêmico do LBP. Resultados: Houve redução local do limiar de dor por

pressão no grupo 3J em comparação com os grupos controle (p=0,0016) e placebo (p=0,004)

e não houve alteração sistêmica do limiar de dor por pressão. Conclusão: O LBP quando

utilizado com energia de 3J reduziu o limiar de dor por pressão local em indivíduos saudáveis,

porém não houve alteração sistêmica.

Palavras-chave: terapia a laser, medição da dor, limiar da dor, analgesia.

Page 13: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Abstract Introduction: The low-power laser (LBP) is used as a therapeutic treatment for pain control.

However, it is still questioned about the real effect and also the dosimetry more effective for

this analgesic effect. Objective: To evaluate the local effect and systemic of LBP in pressure

pain threshold in healthy subjects. Methods: 150 subjects randomized in 5 groups (n=30 per

group): control, placebo laser, 3J, 6J, 12J. As an instrument for evaluate the pain was used a

pressure algometer in five different times. In the region of the dominant hand of the individual

and the laser was held algometry to determine the effect local and region of the dominant leg

was held algometry to check only the systemic effect of LBP. Results: There was a reduction

in local pressure pain threshold in the group 3J compared with control groups (p=0.0016) and

placebo (p=0.004) and no systemic change on pressure pain threshold. Conclusion: LBP

when used with energy 3J reduced the pain threshold by local pressure in healthy subjects, but

there was no systemic illness.

Keywords: laser therapy, pain measurement, pain threshold, analgesia.

Page 14: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

1. Introdução

Segundo a Associação Internacional para Estudos da Dor (International Association

for the Study of Pain, IASP, 2010) a dor é definida como uma experiência sensorial e

emocional desagradável associada a um dano tecidual, sendo um fenômeno complexo,

individual e variável que pode ser influenciado por vários fatores, podendo ser um sinal do

organismo de que algo não está ocorrendo bem (Merskey et al., 1979; Nes et al, 2005).

A fisioterapia, assim como outras áreas da saúde, utiliza recursos que promovem a

analgesia de maneira não farmacológica e não invasiva tais como a estimulação nervosa

elétrica transcutânea (Transcutaneous Electric Nerve Stimulation – TENS) (Moran et al.,

2011; Pantaleão et al., 2011), a corrente interferencial (Johnson e Ghasala, 2003; Sthephenson

e Walker, 2003) e o laser de baixa potência (LBP) (Frare e Nicolau, 2008; Beckerman et al.,

1992; Shooshtari et al., 2008).

Laser (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation) é a luz gerada pela

estimulação elétrica de alta intensidade de um meio, que pode ser um gás, líquido, cristal ou

um semicondutor. A luz produzida é constituída por fótons de mesmo comprimento de onda,

que pode ser emitida por uma onda contínua ou de modo pulsado, sendo um tratamento não-

invasivo, indolor e pode ser facilmente administrado em contextos de cuidados primários

(Chow et al., 2009).

O LBP tem demonstrado efeitos terapêuticos sobre diferentes tecidos biológicos,

podendo ser tanto tróficos (estimulantes) quanto degenerativos (inibitórios), dependendo da

potência e da quantidade de energia depositada no tecido alvo (Lopes et al., 2005). A luz laser

com comprimento de onda no espectro vermelho produz alterações fotoquímicas nas

mitocôndrias através da estimulação da cadeia respiratória (Karu, 1988; Bolognani et al.,

1993) ou invisível (infravermelha), a qual produz efeito fotofísico sobre a membrana celular,

nos canais de Ca++, provocando modificações nos potenciais da membrana celular, sendo o

aumento da síntese de ATP (Colls, 1986; Peavy, 2002).

A função terapêutica do LBP vem sendo usada cada vez mais ao longo do tempo por

profissionais e pesquisadores, com o objetivo de promover efeitos analgésicos (Walker, 1983;

Herrero, 1988; Hansson, 1989; Ferreira et al, 2005; Bjordal et al, 2006), modulação da

inflamação (Lievens, 1988; Honmura et al., 1992; Lopes Martins et al., 2005; Aimbire et al.,

2005; Albertini et al., 2007; Correa et al., 2007; Boschi et al., 2008; Morais et al., 2010),

efeitos cicatriciais (Abergel, 1988; Bihari e Mester, 1989; Kucerová et al., 2000) e

Page 15: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

vasodilatadores locais (Benedicenti, 1983; Kubota, 1989), sem os riscos de produção de calor

e dano ao tecido irradiado (Karu, 1989; Kitchen, Partridge, 1991; Bjordal et al, 2006).

A ação analgésica da laserterapia pode ser explicada a partir de algumas hipóteses:

modulação dos processos inflamatórios (Honmura et al., 1992; Bjordal et al., 2008; Chow et

al. 2009), alterando a excitação e condução nervosa dos neurônios periféricos (Basford et al.,

1993; Hadian et al., 2003), pela liberação de opióides endógenos estimulados pela irradiação

laser (Laakso et al., 1995; Hagiwara et al., 2008) e aumento na síntese de serotonina (Walker,

1989; Ceylan et al., 2004). Apesar de essas hipóteses existirem, os efeitos da LBP no espectro

da luz infravermelha ainda são conflitantes, como por exemplo, estudos que mostram

resultados positivos para dor crônica musculoesquelética (Mackler et al. 1989; Gur et al.

2002; Sharma et al. 2002; Altan et al. 2005), e outros não encontraram resultados

satisfatórios (Basford et al., 1998; Brosseau et al. 2005).

Acredita-se também que o LBP pode gerar um efeito sistêmico pelas mudanças

metabólicas tanto no local da irradiação como em áreas mais distantes por substâncias serem

liberadas na circulação sanguínea (Rochkind et al., 1989; Sandoval-Ortiz et al., 2003), como

também ocorrer uma vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo.(Hopkins et al., 2004;

Ferreira et al., 2006; Hawkins e Abrahamse, 2007; Rodrigo et al., 2009).

No entanto, é encontrado poucas evidências que avaliem a hipoalgesia local e

sistêmica durante as aplicações do LBP associadas à algometria de pressão (Schuhfried et al.,

2000), resultando em uma escassez de pesquisas para este recurso que se trata de uma conduta

terapêutica analgésica não invasiva e não farmacológica, podendo garantir positivamente

melhora nos quadros álgicos.

Page 16: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

2. Objetivo

Avaliar o efeito local e sistêmico do laser de baixa potência (830nm) no limiar

de dor por pressão em indivíduos saudáveis.

Page 17: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

3. Materiais e Métodos

3.1 Caracterizações do estudo

Foi realizado um estudo experimental, randomizado, controlado, simples cego e de

caráter longitudinal para avaliar o efeito do laser sobre o limiar de dor através da utilização de

um algômetro por pressão.

3.2 Sujeitos

Esta pesquisa foi realizada nas dependências da Universidade Cidade de São Paulo

(UNICID), São Paulo, SP, Brasil, posteriormente a aprovação do Comitê de Ética (13502646)

da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) entre os meses de agosto de 2010 a março de

2011, sendo recrutados 150 indivíduos, todos saudáveis, sendo 75 homens e 75 mulheres,

idade média de 25,61(±4,89). Os dados demográficos dos sujeitos que participaram do estudo

encontram-se sumarizados no apêndice 1, demonstrando homogeneidade em relação à idade,

peso, altura e índice de massa corpórea (IMC) entre os 5 grupos analisados.

Para todos os voluntários foi realizado um questionário para certificar-se dos critérios

de inclusão e exclusão (apêndice 2). Os critérios de inclusão foram:

• Idade entre 18 e 35 anos

• Gênero masculino e feminino

Para critérios de exclusão:

• Neoplasias

• Processos bacterianos agudos

• Alteração de sensibilidade nas áreas em que foi aplicado o laser e a algometria

• Presença de doenças crônicas (acidente vascular encefálico, traumatismo

craniano, lesão medular entre outras)

• Presença de algum tipo de lesão ou doença da pele no antebraço ou mão

dominante (dermatite ou eczema)

• Doença ou cirurgia nos membros superiores e inferiores

• Uso de medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos ou relaxantes

musculares.

Page 18: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Todos os voluntários foram informados previamente a respeito dos objetivos e

procedimentos do estudo e após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

começou a coleta dos dados.

3.3 Randomização e Descrições dos Grupos

Cada participante foi distribuído aleatoriamente através de envelopes opacos, selados e

numerados sequencialmente (Doing e Simpson, 2005; Scales e Adhikari, 2005). Cada

envelope continha o grupo que o participante pertencia (controle, placebo, 3J, 6J e 12J) e a

sequência da algometria (mão ou perna). No total eram 150 envelopes, sendo 30 para cada

grupo. O desenho da descrição dos grupos encontra-se na figura 1.

Figura 1. Desenho do estudo e a distribuição dos sujeitos.

Grupo Controle: foi realizado as mensurações do limiar de dor por pressão (pressure

pain threshold, PPT) no 0’, aguardava-se 33’20’’ com o voluntário deitado sobre uma maca

sem estímulo algum e após esse tempo de espera era realizado novamente a algometria. Na

sequência, realizava-se a algometria no 5°, 10° e 15° minutos posteriores ao tempo de espera

Page 19: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

(33’20’’). Este era o único grupo em que os participantes conheciam previamente a qual

grupo pertenciam.

Grupo Placebo: foram realizadas as mensurações do PPT no 0’, e, sem tempo de

espera, aplicava-se a caneta do laser desligada por 6’40” por ponto (total 5 pontos = 33’20”).

Após o término da simulação da aplicação do laser, realizava-se a algometria e também no

5°, 10° e 15° minutos posteriores à simulação. Nesse grupo os voluntários não sabiam que o

laser estava desligado.

Grupo 3J: esse grupo realizava algometria no 0’, em seguida, o voluntário permanecia

deitado sobre uma maca cerca de 26’40” sem estímulos e logo após esse tempo de espera,

ocorria a aplicação do laser por 1’40” por ponto (total de 5 pontos = 8’20”). Logo após a

aplicação do laser, realizava-se a algometria e no 5°, 10° e 15° minutos posteriores a

aplicação do laser.

Grupo 6J: o grupo realizava algometria no 0’, em seguida, aguardava cerca 18’20”

sem estímulos deitado sobre um maca e após esse tempo de espera era realizado o laser

durante 3’20” por ponto (total 5 pontos = 16’40”). Logo após o laser realizava-se a algometria

e no 5°, 10° e 15° minutos posteriores a aplicação do laser.

Grupo 12J: era realizado a algometria no 0’, em seguida, sem tempo de espera,

aplicava-se o laser, por 6’40” por ponto (total de 5 pontos = 33’20”). Após o término da

aplicação do laser era realizado a algometria e no 5°, 10° e 15° minutos posteriores ao laser.

O tempo de espera foi instituído para que todos os indivíduos de todos os grupos

realizassem a algometria imediatamente após a aplicação do laser, ou seja, no 33’20’’.

Page 20: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Figura 2. Linha do tempo caracterizando a aplicação de laser e algometria.

3.4 Preparações dos Sujeitos

A região a ser aplicado o procedimento (mão e perna) foi higienizada com água e

sabão antes da marcação das áreas da algometria e da aplicação laser. Todas as marcações

foram realizadas com o participante deitado sobre uma maca. A marcação foi realizada três

vezes, sendo:

- 1° Marcação (marcação do ponto na região da mão dominante onde foi realizada a

algometria): através de uma caneta de ponta porosa onde foi realizado um ponto a 3cm da

extremidade distal da tabaqueira anatômica, em direção à linha média do primeiro músculo

interósseo dorsal (Cowan et al., 2009; Pantaleão et al., 2010) (Figura 3).

Page 21: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Figura 3. Posição do ponto para mensuração do PPT (mão dominante, a 3cm da extremidade da tabaqueira anatômica, em direção à linha média do primeiro músculo interósseo dorsal). - 2° Marcação (marcação do ponto na região da perna dominante onde foi realizada a

algometria): foi utilizada uma fita métrica para definir o ponto médio do músculo tibial

anterior e através de uma caneta de ponta porosa onde foi realizado um ponto no ventre

muscular (Frey et al., 2008; Nie et al., 2009; Nielsen et al., 2009) (Figura 4)

Figura 4. Posição do ponto médio no ventre muscular do tibial anterior em perna dominante para realização do PPT.

.

3 cm

.

Page 22: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

- 3° Marcação (marcação dos pontos na região da mão dominante onde foi realizada a

aplicação do laser): a partir do ponto já existente da algometria foram acrescidos mais 4

pontos também desenhados por uma caneta de ponta porosa. Entre os 5 pontos havia uma

distância de 1cm entre eles, onde foi aplicado o laser. (Figura 5).

Figura 5. Marcação dos cinco pontos na mão dominante com 1cm de distância entre eles para realização do laser.

3.5 Equipamentos

3.5.1 Algômetro por pressão

Foi utilizado um algômetro por pressão da marca Kratos®, contendo uma sonda

circular de metal (1cm2 de área) e a força foi mensurada em Newton (N) (Figura 6).

Page 23: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Figura 6. Algômetro de pressão.

3.5.2 Laser de baixa potência

Foi utilizado um equipamento de laser de baixa potência, da marca Ibramed®

(Laserpulse), previamente aferido e calibrado, com comprimento de onda no espectro

infravermelho (830nm). A área de secção transversa do feixe de 0,1cm2, potência de 30mW

(0,3W/cm²) (Figura 7).

Page 24: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Figura 7. Laser infra-vermelho de baixa potência.

3.6 Descrição dos procedimentos

3.6.1 Limiar de dor por pressão Antes da coleta de dados, foi realizado um estudo preliminar de confiabilidade intra-

avaliador para a mensuração do limiar de dor por pressão, que foi realizado por um indivíduo

não envolvido na pesquisa, através do mesmo algômetro realizado na pesquisa nos pontos

descritos anteriormente. Foram utilizados 10 voluntários saudáveis que foram avaliados em

duas ocasiões com intervalo de 48 horas entre elas. A confiabilidade intra-avaliador para a

mensuração do PPT foi estipulada pelo cálculo dos coeficientes de correlação intra-classe

(CCI 3,k) (0,992 para região da mão e 0,997 para região da perna).

Durante a mensuração do PPT, a sonda circular do algômetro foi posicionada

perpendicularmente à pele na mão e na perna dominante do indivíduo e pressionada em uma

velocidade uniforme e constante (5N/s) (Figura 8 e 9). Os participantes foram solicitados a

dizer “pare” quando a sensação de pressão tornasse uma sensação de dor. Uma placa foi

colocada na parede à frente dos participantes, na altura de seus olhos, e foi necessário que eles

Page 25: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

olhassem para esta placa durante a mensuração do PPT (Texto na placa = “Diga PARE

quando sentir uma sensação de dor diferente de pressão”). Três medidas, em N, foram

coletadas de cada área de cada vez e a média foi utilizada para a análise dos dados. A pressão

em kPa foi calculada utilizando a seguinte fórmula: P [P] = F [N] / A [m2], onde P é a pressão,

F é a força aplicada e A é a área da sonda do algômetro (Pantaleão et al., 2010).

Todos os participantes tiveram três demonstrações da coleta da PPT no seu membro

não dominante para assegurar que eles entenderam o conceito da medida do PPT antes da

realização do estudo. O avaliador do PPT não sabia a qual grupo o indivíduo pertencia.

Figura 8. Indivíduo em decúbito dorsal sobre uma maca para a mensuração do limiar de dor por pressão na região do dorso da mão dominante a 3cm da extremidade distal da tabaqueira anatômica, em direção à linha média do primeiro músculo interósseo dorsal .

Page 26: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Figura 9. Indivíduo em decúbito dorsal sobre uma maca para a mensuração do limiar de dor por pressão no ventre muscular do tibial anterior na perna dominante.

Para a realização do laser, o indivíduo permanecia em decúbito dorsal e a caneta do

laser foi posicionada de forma perpendicular à superfície da pele. Foi utilizado o modo de

emissão contínuo com aplicação de forma pontual com contato (Figura 10). Todos os

voluntários, bem como o operador do procedimento, utilizaram óculos para proteção ocular

durante a realização da laserterapia. Somente os indivíduos do grupo controle não necessitaram

utilizar a proteção ocular uma vez que não receberam o laser.

Page 27: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Figura 10. Indivíduo em decúbito dorsal sobre uma maca para a realização do laser nos cinco pontos no dorso da mão dominante.

3.7 Análise estatística

As alterações do limiar de dor por pressão (para mão e perna) foram calculadas em

cada tempo como porcentagem da linha de base (pré-laser), onde a ausência de alteração foi

equivalente a 0%. Uma média das três medidas do PPT foi registrada em cada tempo para a

análise. Os valores positivos de porcentagem representam a hipoalgesia, enquanto os valores

negativos representam a hiperalgesia.

Para avaliar a normalidade das variáveis foi utilizado o Teste de Kolmogorov-

Smirnov, demonstrando que os dados apresentaram distribuição normal, para tanto, utilizou-

se os testes paramétricos para analisá-los.

A porcentagem de alteração foi analisada entre os grupos e intra-grupos através da

Análise de Variância (ANOVA) de medidas repetidas com dois fatores (intra e inter sujeito) e

o post hoc de Tukey para análise entre os grupos.

Os dados foram analisados através do software SPSS (versão 17, SPSS Inc, Chicago,

IL). Estabeleceu-se o nível de significância de p<0,05.

Page 28: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

4. Resultados

4.1 Dados do PPT

Foram avaliados 150 indivíduos saudáveis, distribuídos aleatoriamente em 5 grupos

(controle, placebo, 3J, 6J e 12J), contendo 30 indivíduos em cada. Os dados das médias, erro

padrão da média (± EPM) e valores do PPT dos grupos experimentais estão resumidos na

Tabela 1 (PPT mão).

Tabela 1. Média ± EPM dos valores do PPT de todos os tempos para cada grupo (n = 30 por grupo) para medidas da mão

Grupo Linha de base Imediatamente após

5 Min 10 Min 15 Min

Controle 281,5 ± 23,8 285,9 ± 23,3 281,9 ± 22,4 274,8 ± 19,3 278,1 ± 20,5

Placebo 235,7 ± 15,8 247,8 ± 15,8 247,0 ± 15,6 236,2 ± 16,2 243,8 ± 16,0

Laser 3J 264,2 ± 14,5 253,5 ± 13,7 229,0 ± 12,4 261,6 ± 13,4 222,8 ± 12,2

Laser 6J 259,8 ± 16,8 255,1 ± 15,1 246,5 ± 13,6 244,2 ± 13,4 241,2 ± 13,4

Laser 12J 250,0 ± 15,7 233,1 ± 13,1 232,5 ± 12,9 228,1 ± 12,9 229,3 ± 12,4

OBS: Todos os valores são apresentados em kPa.

Os dados relacionados à média de alteração do limiar de dor por pressão (PPT) na mão

e na perna ao longo dos cinquenta minutos dos 150 voluntários encontram-se sumarizados na

Figura 11, demonstrando a porcentagem de alteração do limiar de dor por pressão para cada

um dos grupos.

Page 29: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Figura 11. Porcentagem de alteração do limiar de dor por pressão (PPT) para a mão do membro dominante.

Pode-se observar que os resultados para mão, somente os grupos controle e laser

placebo permaneceram positivos em relação à linha de base ao longo do tempo. Enquanto os

grupos ativos 3J, 6J e 12J apresentaram-se negativos, abaixo da linha de base, de forma a

sugerir uma hiperalgesia.

A análise estatística dos dados do limiar de dor por pressão na mão mostrou diferença

estatisticamente significante entre os grupos (p=0,003) e ao longo do tempo (p=0,008). Não

houve interação entre tempo e os grupos (p=0,133).

Pelo teste post hoc de Tukey, o grupo 3J apresentou diferença estatisticamente

significante quando comparado ao grupo controle (p=0,016) e laser placebo (p=0,004).

Os dados das médias, erro padrão das médias (± EPM) e valores do PPT dos grupos

experimentais da perna, estão resumidos na Tabela 2.

Page 30: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Tabela 2. Média ± EPM dos valores do PPT de todos os tempos para cada grupo (n = 30 por grupo) para medida da perna

Grupo Linha de Base Imediatamente após

5 Min 10 Min 15 Min

Controle 424,4 ± 42,8 409,0 ± 42,9 382,2 ± 32,9 376,8 ± 31,7 373,3 ± 31,6

Placebo 322,5 ± 21,6 319,0 ± 20,8 312,3 ± 22,2 303,4 ± 22,9 314,1 ± 24,0

Laser 3J 338,8 ± 16,1 316,7 ± 16,4 300,5 ± 16,4 301,1 ± 15,3 286,6 ± 15,8

Laser 6J 337,9 ± 17,2 338,8 ± 16,1 320,3 ± 15,8 310,2 ± 14,7 310,7 ± 14,6

Laser 12J 326,0 ± 14,0 303,2 ± 14,6 302,9 ± 12,9 283,6 ± 11,2 280,6 ± 10,8

OBS: Todos os valores são apresentados em kPa.

Os dados relacionados à média de alteração do limiar de dor por pressão (PPT) na

perna ao longo dos cinquenta minutos dos 150 voluntários, encontram-se sumarizados na

Figura 12, demonstrando a porcentagem de alteração do limiar de dor por pressão para cada

um dos grupos.

Page 31: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Figura 12. Porcentagem de alteração do limiar de dor por pressão (PPT) para a perna do

membro dominante.

Pode-se observar nos resultados da perna, que ambos os cinco grupos permaneceram

negativos, abaixo da linha de base, mostrando uma hiperalgesia.

Não houve diferença estatisticamente significante ente os grupos (p=0,279) e nem

interação entre tempo e grupo (p=0,057), porém houve diferença ao longo de tempo (p=0,005).

Page 32: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

5. Discussão

O estudo dos efeitos biológicos e terapêuticos do laser com diferentes parâmetros tem

sido motivo de curiosidade entre pesquisadores e profissionais que atuam com o equipamento,

principalmente porque o laser de baixa intensidade promove efeitos fisiológicos e terapêuticos

sem os riscos de produção de calor e dano tecidual (Karu, 1989; Kitchen, Partridge, 1991;

Bjordal et al., 2006). Portanto torna-se interessante estudar os efeitos do laser de baixa

potência na dor.

A utilização de indivíduos saudáveis é comum em estudos que têm como objetivo

avaliar efeitos hipoalgésicos de agentes eletrofísicos como a estimulação nervosa elétrica

transcutânea (Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation, TENS) (Chesterton et al., 2002;

Chesterton et al., 2003; Rakel et al., 2010; Moran et al., 2011; Pantaleão et al., 2011; Liebano

et al., 2011), a corrente interferencial (Palmer et al., 1999; Alves-Guerreiro et al., 2001;

Minder et al., 2002; Johnson e Ghasala, 2003; Sthephenson e Walker, 2003) e o laser de baixa

potência (Lowe et al., 1997; Schuhfried et al., 2000).

A natureza subjetiva da dor torna complexa a sua investigação experimental, bem

como sua abordagem clínica. Na literatura são citados instrumentos de mensuração desse

fenômeno sensitivo como a escala analógica visual, questionários de dor (Ferrante et al.,

2005), a algometria por pressão (Fischer, 1987; Schuhfried et al., 2000), como também

indução de dor por frio (Sthephenson e Walker, 2003), por isquemia (Mokhtar et al., 1992;

Lowe et al., 1997, Johnson e Tabasam, 2003) e por métodos químicos (Sumukura et al., 2003;

Drewes et al., 2003; Frot et al., 2004; Frey Law et al., 2008).

A algometria é um método objetivo de alta confiabilidade (Fischer, 1987; Nussbaum e

Dawnwa, 1998; Ogimoto et al., 2002; Farasyn et al., 2003; Prushansky et al., 2004; Ylinen et

al., 2005; Cathcart et al., 2006; Ylinen et al., 2007; Chesterton et al., 2007; Kinser et al.,

2009) de se medir o limiar de dor em um ponto específico do corpo através do algômetro que

é constituído por uma ponteira circular que pode ser de borracha ou metálica. Este aparelho

mede a pressão aplicada na superfície corporal e a aplicação pode ser interrompida no

momento em que o estímulo começa a gerar dor no indivíduo (Nussbaum e Downes, 1998;

Marques et al., 2005). Esse instrumento tem sido aplicado em pesquisas científicas, para

avaliar os efeitos de drogas analgésicas e anti-inflamatórias (Egan et al., 2004; Kern et al.,

2004; Tucker et al, 2005), efeitos de tratamentos fisioterapêuticos (Chesterton et al., 2002;

Edwards e Knwles, 2003), avaliação da dor musculoesqueléticas (Hou et al., 2002; Baraniuk

Page 33: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

et al., 2004; Poletto et al., 2004) e como também em indivíduos sem dor para avaliar o efeito

hipoalgésico do laser (Schuhfreid et al., 2000).

Como o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito local e sistêmico do laser de

baixa potência, foram determinadas duas regiões para a realização da algometria por pressão,

que foi a mão dominante com o objetivo de avaliar o efeito local e a perna dominante para

efeito sistêmico. Foram realizadas três medidas em cada tempo (antes do laser, imediatamente

após laser e 5, 10 e 15 minutos após irradiação do laser) e utilizado sua média, para reduzir a

variabilidade no mesmo indivíduo e aumentar a confiabilidade das mesmas (Bjordal et al.,

2006; Edward e Knowus, 2003; Ferrante et al., 2005).

A técnica escolhida para aplicação do laser de baixa intensidade, neste estudo, foi à

pontual de contato. Esta técnica foi escolhida, pois o contato com a superfície da pele

possibilita um aumento da profundidade de penetração do laser devido à diminuição de

reflexão e da dispersão dos raios (Pinheiro et al., 1998; Kreisler et al., 2002; Chavantes et al.,

2009). Além disso, aproximando a caneta aplicadora do tecido alvo, a pressão profunda

conduzirá as células sanguíneas vermelhas para fora da área de tecido diretamente sob a

caneta e, assim, reduzirá a atenuação da luz devido à absorção nas hemoglobinas (Baxter,

2003). Diversos autores utilizaram a técnica pontual de contato, visando um efeito

hipoalgésico do laser, demonstrando resultados significativos (Bjordal et al., 2001; Gross et

al., 2007; Chow et al., 2009; Konstantinovic et al., 2009).

Na fisioterapia os lasers mais utilizados são o vermelho e o infravermelho. Nesse

estudo, optou-se pelo uso do laser de comprimento de onda infravermelho por ser um laser

com penetração tecidual mais profunda (2 a 4mm) que o vermelho (0,5 a 2mm) (Low e Red,

2001). Outro fator, é que o limiar de dor por pressão tem sido descrito como um método de

avaliação da sensibilidade à dor por pressão dos tecidos profundos (Kosek et al., 1999; Leffler

et al., 2002; Leffer et al., 2003; Liebano et al., 2011), além de se observar na literatura maior

número de trabalhos com lasers que se utilizaram do comprimento de onda no espectro

infravermelho para investigação do efeito analgésico (Baxter et al., 1990; Baxter et al., 1991;

Basford et al., 1993; Toya et al., 1994; Baxter et al., 1994; Laakson et al., 1995; Lowe et al.,

1997; Bartlett et al., 1999; Cambier et al., 2000; Schuhfreid et al., 2000; Walsh et al., 2000;

Ozdemir et al., 2001; Seidel e Uhlemann, 2002; Chow et al., 2004; Gur et al., 2004; Bjordal

et al., 2005; Chow et al., 2006; Dundar et al., 2006; Kato et al., 2006; Chow et al., 2007;

Konstantinovic et al., 2009, Chow et al., 2011). Porém outros estudos optaram pelo uso do

laser vermelho (Kramer e Sandrin, 1993; Laakson et al., 1997; Ilbuldu et al., 2004; Aigner et

al., 2006). Segundo Karu, 1999, para que ocorra a absorção de um determinado comprimento

Page 34: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

de onda específico o tecido deve ser provido de células fotorreceptoras especializadas, ou

ainda de macromoléculas especializadas na absorção desta luz permitindo assim uma reação

fotobiológica.

A avaliação da energia é crucial para a interpretação dos resultados e acredita-se que

diferentes comprimentos de onda, a potência e a energia estipulada em cada estudo seja a

grande dúvida para entender os reais efeitos da irradiação laser (Bjordal et al. 2003). Apesar

de não haver uma padronização dos parâmetros do laser para obtenção de efeito analgésico,

existem algumas sugestões para tratamento da dor musculoesquelética com energias que

variam de 6J a 24J por ponto para o laser infravermelho GaAlAs (820-830nm), sendo

recomendado 6J para lesões agudas pequenas e acima de 10J para lesões maiores (Bjordal et

al., 2006), as quais também são recomendadas pela Associação Mundial de Laser Terapia

(World Association for Laser Therapy - WALT). Em uma revisão sistemática que avaliou a

eficácia do laser para dor cervical, foi verificado que as energias mais indicadas para esse tipo

de dor, com comprimento de onda de 820-830nm, variavam de 0,8J a 9J por ponto (Chow et

al., 2009).

Ensaios clínicos randomizados podem utilizar energias abaixo daquelas localizadas

dentro da janela terapêutica o que pode trazer viés nos resultados das pesquisas (Irvine et al.,

2004; Brosseau et al., 2005). No presente estudo foram empregadas energias de 3J, 6J e 12J,

as quais são localizadas, de acordo com a literatura (Chow et al., 2011), dentro da janela

terapêutica, com o objetivo de avaliar qual delas seria melhor para obtenção de hipoalgesia.

Nos resultados do presente estudo para algometria da mão, encontrou-se uma redução

do limiar de dor por pressão com a energia de 3J comparado com os grupos laser placebo e

controle. Essa redução no limiar de dor na mão foi um resultado inesperado, pois alguns

estudos mostram que o laser quando estudado com indivíduos com dor, obteve um efeito

analgésico (Chow et al, 2009; Gross et al, 2007; Bjordal et al, 2007; Bjordal et al, 2001;

Bjordal et al, 2008; Konstantinovic et al, 2009). Porém, há uma carência de estudos que

utilizaram a mesma metodização deste estudo com sujeitos saudáveis e com a algometria por

pressão. O único trabalho encontrado foi o de Schuhfried et al, 2000, o qual não observou

diferença no limiar de dor por pressão nos sujeitos saudáveis comparado com o grupo

placebo, o que corrobora com este estudo quando comparado com as energias de 6J e 12J.

Esse estudo semelhante ao presente utilizou também uma energia de 3J, porém um laser de

Hélio Neônio (HeNe) com comprimento de onda de 632,8nm e potência de 5mW. Um fato

também não esperado ocorreu no estudo de Schuhfried et al., 2000, que foi uma redução do

limiar de dor induzido por corrente elétrica no antebraço contralateral à aplicação do laser.

Page 35: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Esses resultados inesperados ainda requerem melhores interpretações. Porém, uma possível

explicação seria que a irradiação do laser com energia 3J, inibiu as fibras nervosas aferentes

de grande diâmetro promovendo um enfraquecimento do sistema inibitório espinhal

(Schuhfried et al., 2000). O mecanismo fisiológico desse achado é incerto e ainda

investigações experimentais são necessárias (Schuhfried et al., 2000).

Uma das hipóteses do efeito do laser é a alteração da excitação da condução nervosa

periférica (Baford et al., 1993). Estudos mostram resultados positivos na desaceleração da

condução nervosa com a utilização do laser de baixa potência (Baxter et al., 1990; Baxter et

al., 1991; Kramer e Sandrin, 1993; Lowe et al., 1994; Baxter et al., 1994; Hadian e

Moghagdam, 2003). Porém, a literatura também apresenta estudos onde não foi observado

alteração na condução nervosa (Basford et al 1993; Baxter et al., 1994; Lowe et al., 1997;

Bartlett et al, 1999; Walsh et al., 2000). Vale ressaltar que esses estudos utilizaram laser de

baixa potência, onda contínua, comprimento de onda de 820-830nm, potências que variaram

de 30 a 90mW e aplicados de 4-33s.

Quando se tem o objetivo de verificar se o laser de baixa potência desacelera ou não a

condução nervosa, geralmente é utilizada a eletroneuromiografia, a qual mostra a velocidade

que o nervo se encontra antes, durante e após o procedimento escolhido. Como nesse estudo o

instrumento de avaliação utilizado foi a algometria por pressão, não se pode afirmar que o

laser de baixa potência nos parâmetros utilizados não modificou a condução nervosa, mas sim

que o grupo 3J apresentou redução do limiar de dor por pressão e os outros grupos não

apresentaram alteração estatisticamente significante.

Como uma das hipóteses do efeito do laser é a modulação na produção de β-endorfina

(Laakso et al., 1994; Laakso e Cabot, 2005; Hagiwara et al., 2008), efeitos anti-inflamatórios

(Aimbire et al., 2006; Bjordal et al. 2006) e inibição direta da atividade neural (Snyder-

Mackler e Bork, 1988; Maeda, 1989; Wesselmann et al., 1991; Wakabayashi et al., 1993),

achou-se interessante estudar o efeito sistêmico do laser. Para isso, foi estudada uma área

longe do local de aplicação do laser (perna dominante). Pelos resultados desse estudo não se

conseguiu observar efeito sistêmico do laser em nenhum dos grupos.

Vale ressaltar que a amostra do estudo era constituída de indivíduos saudáveis, ou

seja, não apresentavam dor, o que pode ter gerado resultados contraditórios com os da

literatura. Os estudos que mostraram um efeito analgésico do laser foram realizados com

indivíduos portadores de doenças e ou quadros inflamatórios. De acordo com Barberis et al.,

1996 e Sakurai et al., 2000, o efeito analgésico do laser pode ser obtido pela interrupção da

conversão do ácido aracdônico em prostaglandinas, além de promover a reabsorção de

Page 36: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

exsudatos inflamatórios, favorecendo desta forma, a eliminação de substâncias algogênicas,

como bradicinina, histamina e acetilcolina, conduzindo à diminuição da inflamação e da dor.

Como os indivíduos saudáveis não possuem um processo inflamatório local, nos parâmetros

utilizados esse efeito do laser pode não ter ocorrido.

Autores sugerem que o efeito sistêmico do LBP pode ocorrer devido ao fato de

mediadores metabólicos alcançarem áreas distantes do local da aplicação, havendo um

aumento no metabolismo tecidual, normalização da homeostase levando a uma vasodilatação

e aumento do fluxo sanguíneo (Hopkins et al., 2004; Ferrante et al., 2005; Hawkins e

Abrahamse, 2007; Rodrigo et al., 2009). Outra hipótese sobre o mecanismo do LBP no efeito

sistêmico é a síntese de óxido nítrico, porém todas essas hipóteses precisam ser mais

exploradas (Bjordal et al., 2006). Porém, os estudos que mostraram o efeito sistêmico foram

realizados em feridas de pele (Rochkind et al., 1989; Hopkins et al., 2004 Rodrigo et al.,

2009). O LBP melhora a angiogênese, através do aumento do fator de crescimento e formação

de vasos colaterais na região da ferida e próximo a lesão (Bjordal et al., 2006).

Na figura 12, a qual representa o efeito sistêmico, pode-se observar que o PPT de

todos os grupos se apresenta negativo, o que pode ser comum quando comparado com outro

estudo que também utilizou como instrumento de avaliação a algometria (Cowan et al., 2009).

Observou-se no presente estudo que a pressão necessária para atingir o limiar de dor na região

da perna era maior do que a pressão na mão. Na linha de base para o grupo controle na região

da mão o limiar de dor por pressão variou de 281,5 ± 23,8 a 278,1 ± 20,5 e 424,4 ± 42,8 a

373,3 ± 31,6 para perna. Devido essa maior pressão, várias repetições da algometria pode ter

gerado uma sensibilização na região da perna. Schuhfried et al, 2000, relataram que o limiar

de dor por pressão pode ser influenciado pela sensibilização dos nociceptores através de

medidas aferidas rapidamente, uma após a outra. Como todos os grupos estudados

apresentaram-se negativos, pode ter havido uma sensibilização na região da perna, porém em

um estudo de Chesterton et a.l, 2002 onde estudando a TENS, observaram que nos grupos

controle e placebo não ocorreu uma hiperalgesia local após 14 repetições da algometria por

pressão.

Ambos os tipos de laser (vermelho e infravermelho) podem agir localmente e modular

o processo inflamatório no tecido lesionado, alterando os mediadores bioquímicos (Karu,

1989). Porém, não é excluída a possibilidade que certos comprimentos de onda podem ser

mais eficazes do que o outro em indivíduos e disfunções específicas. Pesquisadores e

terapeutas têm questionado os benefícios clínicos do laser, devido aos resultados divergentes

encontrados, em razão da carência de padronização dos métodos nos estudos (Kitchen e

Page 37: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Partridge, 1991). Variações de protocolos, parâmetros do laser, métodos de aplicação, e a dor,

devem ser melhores estudados para melhores esclarecimentos do efeito do laser de baixa

potência na dor.

Page 38: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

6. Conclusão

O laser de baixa potência quando utilizado com energia 3J reduziu o limiar de dor por

pressão local em indivíduos saudáveis. Não houve alteração sistêmica do limiar de dor por

pressão.

Page 39: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

7. Referências Bibliográficas

1. International Association for the Study to Pain – IASP, 2010. Acesso em 10/04/2010 as 21h30 min. Disponível em http://www.iasp-pain.org.

2. Merkey H, Albe-Fessard DG, Bonica JJ, Carmon A, Dubner R, Kerr FWL, et al. Pain terms. A list with definitions and notes on usage. Recommended by IASP Subcommitte on Taxonomy. Pain. 1979;6(3):249-52.

3. Nes AG, Posso MB. Patients with moderate chemotherapy-induced mucositis: pain therapy using low intensity lasers. Int Nurs Rev. 2005; 52(1):68-72.

4. Moran F, Leonard T, Hawthorne S, Hughes CM, McCrum-Gardner E, Johnson MI, et al.

Hypolgesia in response to transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) depends on stimulation intensiy. J Pain. 2011;12(8):929-35.

5. Pantaleão MA, Laurino MF, Gallego NLG, Cabral CMN, Rakel B, Vance C, et al.

Adjusting pulse amplitude during TENS application produces greater hypoalgesia. J Pain. 2010;12(5):581-90.

6. Johnson MI, Ghasala T. An investigation into the analgesic effect of different

frequencies of the amplitude-modulated wave of interferencial current theraphy ob cold-induced pain in normal subjects. Arch Phys Med Rehabil. 2003;84:1387-94.

7. Sthephenson R, Walker EM. The analgesic effects of interferential current on cold-

pressor pain in healthy subjects. A single blind trial of three IF current against sham IF and control. Arch Phys Theory and Prtice. 2003;19:99-107.

8. Fare JC, Nicolau RA. Clinical analysis of the effect of laser photobiomodulation

(GaAs – 904nm) on temporomandibular joint dysfunction. Rev Bras Fisioter. 2008;12(1):37-42.

9. Beckerman H, Ble RA, Bouter LX, Cuyper HJ, Oostendorp RAB. The efficacy of laser

therapy for musculoskeletal and skin disorders: a criteria-based meta-analysis of randomized clinical trials. Phys Ther. 1992;72(7):483-91.

10. Sooshtari SM, Badiee V, Taghizadeh SH, Grami MT. The effects of low level lser in

clinical outcome and neurophysiological results of carpal tunnel syndrome. Electromyorg Clin Neurophysiol. 2008;48(5):229-31.

11. Chow RT, Johnson MI, Lopes-Martins RA, Bjordal JM. Efficacy of low-level laser

therapy in the management of neck pin: a systematic review and meta-analysis of randomized placebo or active-treatment controlled trials. Lancet. 2009;374(9705):1897-908.

12. Lopes-Martins RA, Albertine R, Martins PSLL, Bjordal JM, Faria Neto HCC.

Spontaneous effects of low-level laser therapy (650nm) in acute inflammatory mouse pleurisy induced by carrageenan. Photomed Laser Sugery. 2005;23(4):337-81.

Page 40: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

13. Karu TI. Molecular mechanism of low-power lasertherapy. Lasers Life Sci. 1998;2:53-74.

14. Bolognani L, Majni G, Costato M, Milani M. ATPase and ATPsynthetase activity in

myosin exposed to low power laser and pulsed electromagnetic fields. Biocelectrochem Bioenerg. 1993;32(2):155-64.

15. Colls JL. La terapia laser hoy. Barcelona: Centro Documentacion Laser de Meditec.

1986. 16. Peavy GM. Lasers and laser-tissue interaction. Vet Clin North Am Small Anim Pract.

2002;32(3):517-34. 17. Walker J. Relief from chronic pain by low laser irradiation. Neurosci Lett. 1983;43(2-

3):339-44. 18. Herrero C. Los efectos terapeuticos. Bol Sociedad Español Láser Médico Quirúrgico.

1988;15(16):22-6. 19. Hansson TL. Infrared laser in the treatment of craniomandibular e disordrs,

arthrogenous pain. J Prosthet Dent. 1989;61(5):614-7. 20. Ferreira DM, Zângaro RA, Villaverde AB, Cury Y, Frigo L, Piccol G, et al. Analgesic

effect of He-Ne (632.8nm) low-level lasers therapy on acute inflammatory pain. Photomed Laser Surg. 2005;23(2):177-81.

21. Bjordal JM, Iversen JV, Aimbire F, Lopes-Martins RA. Low-level laser therapy in acute

pain: a systematic review of possible mechanisms of action and clinical effects in randomized placebo-controlled trials. Photomed Lasers Surg. 2006;24(2):158-68.

22. Lievens PC. Effects of laser treatment on the lymphatic sysem and wound healing. J

Eur Med Laser Associ. 1988;1(2):12. 23. Honmura A, Yanase M, Obata J, Haruki E. Therapeutic effect of Ga-Al-As diode laser

irradiation on experimentally induced inflammation in rats. Lasers Surg Med. 1992;12(4):441-9.

24. Aimbire F, Albertine R, Magalhães RG, Lopes-Martins RA, Castro-Faria-Neto RA,

Zângaro RA, et al. Effect of LLLT Ga-Al-As (685 nm) on LPS – induced inflammation of the airway and lung in the rat. Lasers Med Sci. 2005;20(1):11-20.

25. Albertini R, Aimbire F, Villaverde AB, Silva JÁ JR, Costa MS. Cox-2 mRNA expression

decreases in the subplantar muscle of rat paw subjected to carraggenan-induced inflammation after low level laser therapy. Inflamm Res. 2007;56(6):228-9.

26. Correa F, Lopes Martins RA, Correa JC, Iversen VV, Joenson J, Bjordal JM. Low-level

laser therapy (GAAS lambda = 904nm) reduces inflammatory all migration in mice with lipopolysaccharide-induced peritonitis. Photomed Laser Surg. 2007;25(4):245-9.

Page 41: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

27. Boschi ES, Leite CE, Saciura VC, Caberlan E, Leenardelli A, Bitencourt S, et al. Anti-inflammatory effects of low-level laser therapy (660nm) in the early phase in carrageean-induced pleurisy in rat. Lasers Surg Med. 2008;40(7):500-8.

28. Morais NC, Barbosa AM, Vale ML, Villaverde AB, De Lima CJ, Cogo JC, et al. Anti-inflammatory effect of low-level laser and ligth-emitting diode in zymosan-induced arthritis. Photomed Laser Surg. 2010;28(2):227-32.

29. Abergel RP. Increased wound-healing rate in pig skin treated by Helium-Neon laser.

Int Soc Optical Engin Proces. 1988:6–10. 30. Bihari, J & Mester, AR. The biostimulative effect of low level laser therapy on

longstanding crural ulcers using Helium Neon laser, Helium Neon laser plus infrared lasers, and noncoherent light: preliminary report of a randomised double blind comparative study. Laser Ther. 1989;1(2):97.

31. Kucerová H, Dostálavá T, Himmeová L, Bartová J, Mazánek J. Low-level laser therapy

after molar extraction. J Clin Laser Med Surg. 2000;18(6):309-15. 32. Benedicenti, A. La Valutazione Dell Effecto Del la Luce Laser 904nm Nella

Circolazione Ematica in Vivo. Langa Grafica, Atlate di laserterapia Gênova. 1983:71–83.

33. Kubota, J & Ohshiro, T. The effects of diode laser low reactive level laser therapy

(LLLT) on flap survival in a rat model. Laser Ther. 1989;1(3):127. 34. Karu T. Photobiology of low-power lasers effects. Health Phys. 1989;56(5):691-704. 35. Kitchen SS e Partridge CJ. A review of low level laser therapy. Physiother.

1991;77(3):161-8. 36. Bjordal JM, Lopes-Martins RA, Joensen J, Couppe C, Ljunggren AE, Stergioulos A. A

systematic review with procedural assessments and meta-analysis of low level laser therapy in lateral elbow tendinopathy (tennis elbow). BMC Musculoskelet Disord. 2008;29:9-75.

37. Basford JR, Hallman HO, Matsumoto JY, Moyer SK, Buss JM, Baxter GD. Effects of

830nm continous wave laser diode irradiation on median nerve function in normal subjects. Lasers Surg Med. 1993;13(6):597-604.

38. Hadian M e Moghagdam, B. The effects of low power laser on electrophysiological

parameters of sural nerve in normal subjects: a comparison between 670 and 780nm wavelengths. Acta Med Iran. 2003;41:138–42.

39. Laakson L, Richardson C, Cramond T. Pain scores and plasma beta-endorphin and

ACTH levels in response to low level laser therapy – a possible mechanism of action. Presented at the 12th International Congress on Physical Therapy, Washington, DC, 1995.

40. Hagiwara S, Iwasaka H, Hasegawa A, Noguchi T. Pre-irradiation of blood by gallium aluminum arsenide (830 nm) low-level laser enhances peripheral endogenous opioid analgesia in rats. Anesth Analg. 2008;107(3):1058–63.

Page 42: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

41. Ceylan Y, Hizmetli S, Silig Y. The effects of infrared laser and medical treatments on pain and serotonin degradation products in patients with myofascial pain syndrome. A controlled trial. Rheumatol Int. 2004;24:260-3.

42. Mackler LS, Barry AJ, Perkins AI, Soucek MD. Effects of helium-neon laser irradiation on skin resistence and pain in patients with trigger points in the neck or back. Phys Ther. 1989;69(5):336-41.

43. Gur A, Karakoc KN, Cqevie R, Sarac J, Demir E. Efficacy of low power laser therapy

in fibromyalgia: a single-blind, placebo-controlled trial. Laser Med Sci. 2002;17:57-61.

44. Sharma R, Thukral A, Kumar S, Bhargava SK. Effect of low level lasers in the

Quervains tenosynovitis: Prospective study ultrasonographyc assessment. Physiother. 2002;88(12):730-4

45. Altan L, Bingo I, Aykac M, Yurtkuran M. Investigation of the effect of GaAs laser

therapy on cervical myofascial pain syndrome. Rheumatol Int.2005;25:23-7. 46. Basford JR, Malanga GA, Krause DA, Harmsen WS. A randomized controlled

evaluation of low-intensity laser therapy: plantar fasciitis. Arch Phys Med Rehabil. 1998;79:249-54.

47. Brosseau L, Wells G, Marchand S, Gaboury I, Stokes B, Morin M et al. Randomized

controlled trial on low level laser therapy (LLLT) in the treatment of osteoarthritis (OA) of the hand. Laser Surg Med. 2005;36:210-9.

48. Rochkind S, Rousso M, Nissan M, Villaverde M, Barr-Nea L, Rees DG. Systemic effects

of low-power laser irradiation on the peripheral and central nervous system, cutaneous wound, and burns. Lasers Surg Med. 1989;9:174-82.

49. Sandoval-Ortiz MC, Mattiello-Rosa SM, Soares EG, Parizotto NA. Influência do laser

de baixa potência nos níveis das proteínas plasmáticas de coelhos. Rev Bras Fisiot. 2003;7(3):187-94.

50. Hopkins JT, McLoda TA, Seegmiller JG, Baxter GD. Low-level laser therapy

facilitates superficial wound healing in humans: A triple-blind, sham-controlled study. J Athl Train. 2004;39(3):223-9.

51. Ferreira MC, Brito VN, Gameiro J, Costa MRS, Vasconcellos ECS, Cruz-Hofling MAC.

Effects of HeNe laser irradiation on experimental paracoccidioidomycotic lesions. J Photochem Photob B: Biol. 2006;84:141-9.

52. Hawkins D, Abrahamse H. Phototherapy – A treatment modality for wound healing

and pain relief. J Biomed Res. 2007;10:99-109. 53. Rodrigo SM, Cunha A, Pozza DH, Blaya DS, Moraes JF, Weber JBB, et al. Analysis of

the systemic effect of red and infrared laser therapy on wound repair. Photomed Laser Surg. 2009;27(6):929-35.

Page 43: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

54. Schuhfried M, Korpan V, Silig Y. Helium-Neon laser irradiation: effect on the experimental pain threshold. Lasers Med Sci. 2000;15:169-73.

55. Doing GS e Simpson F. Randomization and allocation concealment: A pratical guide for researches. J Crit Care. 2005;20:187-91.

56. Scales DC, Adhikari NK. Maintaining allocation concealment: Following your

SNOSE. J Crit Care. 2005;20:191-3. 57. Cowan S, McKenna J, McCrum-Gardner E, Johnson MI, Sluka KA, Walsh DM: An

investigation of the hypoalgesic effectsof TENS delivered by a glove electrode. J Pain 2009; 10: 694-701.

58. Frey Law LA, Sluka Ka, McMullen T, Lee J, Nielsen LA, Nielsen TG. Acidic buffer

induced muscle pain evokes refered pain and mechanical hyperalgesia in humans. Pain. 2008;140(2):254-64.

59. Nie HL, Nielsen TG, Nielsen LA. Spatial and temporal summation of pain evoked by

mechanical pressure stimulation. Eur J of Pain. 2009;13:592-9. 60. Nielsen MM, Mortensen A, Sorensen JK, Simonsen O, Nielsen TG. Reduction of

experimental muscle pain by passive physiological movements. Manual Therapy. 2009;14:101-9.

61. Chesterton LS, Barlas P, Foster NE, Lundeberg t, Wright CC, Baxter GD. Sensory

Stimulation (TENS): effects of parameter manipulation on mechanical pain thresholds in healthy human subjects. Pain. 2002;99:253-62.

62. Chesterton LS, Foster NE, Wright CC, Baxter GD, Barlas P. Effects of TENS frequency,

intensity and stimulation site parameter manipulation on pressure pain thresholds in healthy human subjects. Pain. 2003;106:73-80.

63. Rakel B, Cooper N, Adams HJ, Messer BR, Frey Law LA, Dannen DR, et al. A new

transient sham TENS device allows for investigator blinding while delivering a true placebo treatment. J Pain 2010; 11:230-8.

64. Liebano RE, Rakel B, Vance CGT, Walsh DM, Sluka KA. An investigation of development of analgesic tolerance to TENS in humans. Pain. 2011;152(2):335-42.

65. Palmer ST, Steedman W, Martin DJ, Ravey J. Alteration of interferential current and

transcutaneous electrical nerve stimulation frequency: effects on nerve excitation. Arch Phys Med Rehabil. 1999;80(9):1065-71.

66. Alves-Guerreiro J, Noble JG, Lowe AS, Walsh DM. The effect of three

electrotherapeutic modalities upon peripheral nerve conduction and mechanical pain threshold. Clin Physiol. 2001; 21(6):704-11.

67. Minder PM, Noble JG, Alves-Guerreiro J, Hill ID, Lowe AS, Walsh DM, et al.

Interferential therapy: lack of effect upon experimentally induced delayed onset muscle soreness. Clin Physiol Funct Imaging. 2002; 22(5):339-47.

Page 44: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

68. Lowe As, McDowell BC, Walsh DM, Baxter GD, Allen JM. Failure to demonstrate any hypoalgesic effect of low intensity laser irradiation (830nm) of Erb’s point upon experimental ischaemic pain in human. Laser Surg Med. 1997;20:69-76.

69. Ferrante FM, Bearn L, Rothrock R, King L. Evidence against trigger point injection

technique for the treatment of cervicothoracic myofascial pain with Botulinum Toxin Type A. Anesthesiology. 2005;103: 377-83.

70. Fischer AA. Pressure algometry over normal muscles. Standard values, validity and

reproducibility of pressure threshold. Pain 1987;30(1):115–26. 71. Mokhtar B, Callaghan G, Baxter GD, Bell AJ, Allen JM. The possible significance of

pulse repetition rate in lasermediated analgesia: A double blind placebo controlled investigation using experimental ischaemic pain. Proceedings of the Second Meeting of the International Laser Therapy Association. 1992:62.

72. Johnson MI, Tabasam G. An investigation into the analgesic effects of interferential

currents and transcutaneous electrical nerve stimulation on experimentally induced ischemic pain in otherwise pain-free volunteers. Phys Ther. 2003;83(3):208-23.

73. Sumikura H, Andersen OK, Drewes AM, Arendt-Nielsen L. A comparison of

hyperalgesia and nerogenic inflammation induced by melittin and capsaicin in humans. Neurosci Lett. 2003;337(3):147-50.

74. Drewes AM, Schipper KP, Dimcevski G, Petersen P, Gregersen H, Funch-Jensen P,

Arendt-Nielsen L. Gut pain and hyperalgesia induced by capsaicin: a human experimental model. Pain. 2003;104(1-2):333-41.

75. Frot M, Feine JS, Bushnell MC. Sex differences in pain perception and anxiety. A

psychophysical study with topical capsaicin. Pain. 2004;108(3):230-6.

76. Nussbaum EL e Dawnes L. Reliability of clinical pressure-pain algometric measurements obtained on consecutive days. Phys Ther. 1998;78(2):160-9.

77. Ogimoto T, Ogawa T, Sumiyoshi K, Matsuka Y, Koyono K. Pressure pain threshold

determination in the oral mucosa: validity and reliability. J Oral Rehabil. 2002;29:620-6.

78. Farasy A, Meusen R. Pressure pain threshold in healthy subjects: influence of

physical activity, history of low back pain factors and the use of endermology as a placebo-like treatment . J of Bodyw Mov Ther. 2003;7:53-61.

79. Prushansky T, Dvir Z, Defrin-Assa R. Reproducibility indices applied to cervical

pressure pain threshold measurements in healthy subjects. Clinl J Pain. 2004;20:341-7.

80. Ylinen J, Takala EP, Kautianien H, Nykanen A, Pohyolainen N, et al. Effect of long-term

neck muscle training on pressure pain threshold: a randomized controlled trial. Eur J Pain. 2005;9:673-81.

Page 45: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

81. Cathcart S, Pritchard D. Reliability of pain threshold measurement in young adults. J Headache Pain. 2006;721-6.

82. Ylinen J, Nykãnen M, Kautiainen H, Hãkkinen A. Evaluation of repeatability of pressure algometry on the neck muscles for clinical use. Man Ther, 2007;12(2):192-7.

83. Chesterton LS, Sim J, Wright CC, Foster NE. Interrater reliability of algometry in

measuring pressure pain threshold in healthy humans, using multiple raters. Clin J Pain. 2007;23(9):760-6.

84. Kinser AM, Sands WA, Stone MH. Reliability and validity of a pressure algometer. J

Strength Cond Res. 2009;23(1):312-4. 85. Marques AP, Ferreira EAG, Matsutani LA, Pereira CAB, Assumpção A. Quantifying

pain threshold and quality of life of fibromyalgia patients. Clin Rheumatol. 2005;24:266-71.

86. Egan TD, Kern SE, Muir KT, White JL. Remifentanil by bolus injection: a safety, pharmacokinetic, pharmacodynamic, and age effect investigation in human volunteers. Br J Anaesth. 2004;92(3):335-43.

87. Kern SE, Xie G, White JL, Egan TD. Opioid-hypnotic synergi. A response surface analyses of propofal-remifentanil pharmacodynamic interaction in volunteers. Anesthesiology. 2004;100:1373-81.

88. Tucker AP, Kim YI, Nadson R, Goodchild CS. Investigation of the patentiation of the analgesic effects of fentanyl by ketamine in humans: a double-blinded, randomized, placebo controlled, crossover study of experimental pain. BMC Anesthesiol. 2005;5(1):2.

89. Edwards J e Knowus N. Superficial dry needing and active stretching in the treatment of myofascial pain – A randomised controlled trial. Acup In Med. 2003;21(3):80-6.

90. Hou CR, Tsai LC, Cheng KF, Chung KC, Kong CZ. Immediate effects of various physical therapeutic modalities on cervical myofascial pain and trigger-point sensitivity. Arch Phys Med Rehabil. 2002;83:1406-14.

91. Baraniuk JN, Whalen G, Cunningham J, Clauw IJ. Cerebrospinal fluid levels of opioid

peptides in fibromyalgia and chronic low back pain. BMC Musculoskel Disord. 2004;5:48.

92. Poletto PR, Coury GHJC, Walsh IAP, Mattielo-Rosa SM. Correlação entre métodos de

auto-relato e testes provocativos de avaliação da dor em indivíduos portadores de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Rev Bras Fisioter. 2004;8(3):223-9.

93. Pinheiro AL, Cavalcanti ET, Pinheiro TI, Alves MJ, Manzi CT. Low-level laser therapy

in the management of disorders of the maxillofacial region. J Clin Laser Med Surg. 1998;15:181–3.

Page 46: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

94. Kreisler M, AI Haj H, Daublander M, Gotz H, Duschner H, Willershausen B, et al. Effect of diode laser irradiation on root surfaces in vitro. J Clin Laser Med Surg. 2002;20(2):63-9.

95. Chavantes MC. Laser em bio-medicina. São Paulo: Atheneu; 2009. 96. Baxter D. Laserterapia de baixa intensidade. In: Kitchen S. Eletroterapia prática

baseada em evidências. São Paulo: 11ª ed; 2003. p. 171-89. 97. Baxter G, Allen J, Bell A. The effect of low energy density laser irradiation upon

human median nerve conduction latencies. J Physiol. 1990;435:63. 98. Baxter GD, Allen AJ, Bell J, Ravey J, Diamantopoulos C. Effect of laser (830 nm) upon

conduction in the median nerve. Laser Surg Med. 1991;3:79. 99. Toya S, Motegi M, Inomata K, Ohshiro T, Maeda T. Report on a computer-randomised

double blind clinical trial to determine the effectiveness of the GaAlAs (830nm) diode laser for pain attenuation in selected pain groups. Laser Ther. 1994;6:143–8.

100. Baxter GC, Walsh DM., Allen JM, Lowe AS, Bell AJ. Effects of low intensity

infrared laser irradiation upon conduction in the human median nerve in vivo. Exp Physiol. 1994;79: 227–34.

101. Bartllet W, Qyillen W, Gonzales J. Effect of gallium-aluminum-arsenid trple-diode

laser on median nerve latency in human subjects. J Sport Rehabil. 1999;8:99-108. 102. Cambier D, Blom K, Witvrouw E, Ollevier G, Muynck M, Vanderstraeten G. The

influence of low intensity infrared laser irradiation on conduction characteristics of peripheral nerve: a randomised, controlled, double blind study on the sural nerve. Lasers Med Sci. 2000;15:195-200.

103. Walsh DM, Baxter GD, Allen JM. Lack of effect of pulsed low-intensity infrared

(820nm) laser irradiation on nerve conduction in the human superficial radical nerve. Lasers Surg Med. 2000;26:485-90.

104. Özdemir F, Birtane M, Kokino S. The clinical efficacy of low-power laser therapy

on pain and function in cervical osteoarthritis. Clin Rheumatol. 2001;20:181–4.

105. Seidel U, Uhlemann C. A randomised controlled double-blind trial comparing dose laser therapy on acupuncture points and acupuncture for chronic cervical syndrome. Dtsch Z Akupunktur. 2002;45:258–69.

106. Chow RT, Barnsley LB, Heller GZ, Siddall PJ. A pilot study of low-power laser

therapy in the management of chronic neck pain. J Musculoskelet. Pain 2004;12:71-81.

107. Gur A, Sarac AJ, Cevik R, Altindag O, Sarac S. Efficacy of 904nm gallium arsenide

low level laser therapy in the management of chronic myofascial pain in the neck: a double-blind and randomized-control. Lasers Surg Med. 2004;35:229–35.

Page 47: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

108. Bjordal JM, Lopes-Martins RA, Iversen W. A randomised, placebo controlled Trial of low level laser therapy for activated Achilles Tendinitis with microdialysis measurement of peritendinous prostaglandin E2 concentrations. Br J Sports Med. 2005;40(1):76-80.

109. Chow, R.T., Barnsley, L.B., and Heller, G.Z. The effect of 300mW, 830nm laser on

chronic neck pain: a double-blind, randomized, placebo-controlled study. Pain. 2006;124:201–10.

110. Dundar E, Evcik D, Samli F, Pusak H, Kavuncu V. The effect of gallium arsenide

aluminum laser therapy in the management of cervical myofascial pain syndrome: a double blind, placebo-controlled. Clin Rheumatol 2006;26:930–4.

111. Kato MT, Kogawa EM, Santos CN, Conti PCR. TENS and low-level laser therapy

in the management of temporomandibular disorders. J. Appl. Oral. Sci. 2006;14(2):130-5.

112. Chow R, David M, Armati P. 830-nm laser irradiation induces varicosity

formation, reduces mitochondrial membrane potential and blocks fast axonal flow in small and medium diameter rat dorsal root ganglion neurons: implications for the analgesic effects of 830-nm laser. J Peripher Nerv Syst. 2007;12:28–39.

113. Konstantinovic LM, Kanjuh ZM, Milovanovic AN, Cutovic MR, Djuovic AG, Savic

VG, et al. Acute low back pain with radiculopathy: a double-blind, randomized, placebo-controlled study. Photomed Laser Surg. 2009;1-8.

114. Chow R, Armat P, Laakso EL, Bjordal JM, Baxter GD. Inhibitory effects of laser

irradiation on peripheral mammalian nerves and relevance to analgesic effects: a systematic review. Photomedicine and Laser Surgery. 2011:1-17.

115. Kramer JF, Sandrin M. Effect of low-power laser and white light on sensory

conduction rate of the superficial radial nerve. Physiother Can. 1993;45:165–70. 116. Ilbuldu E, Cakmak A, Disci R, Aydin R. Comparison of laser, dry needling and

placebo laser treatments in myofascial pain syndrome. Photomed Laser Surg. 2004; 22:306–11.

117. Aigner N, Fialka C, Radda C, Vecsei V. Adjuvant laser acupuncture in the

treatment of whiplash injuries: a prospective, randomized placebo-controlled trial. Wien Klin Wochenschr. 2006;118:95–9.

118. Karu T. Primary and secondary mechanisms of action of visible to near-IR

radiation on cell. J Photochem Photobiol B. 1999;49(1):1-7. 119. Low J, Reed A. Eletroterapia explicada: princípios e prática. 3ª ed. São Paulo:

Manole; 2001.

120. Kosek E, Ekholm J, Hansson P. Pressure pain thresholds in different tissues in one body region. The influence of skin sensitivity in pressure algometry. Scand J Rehabil Med. 1999;31(2):89–93.

Page 48: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

121. Leffler AS, Hansson P, Kosek E. Somatosensory perception in a remote pain-free

area and function of diffuse noxious inhibitory controls (DNIC) in patients suffering from long-term trapezius myalgia. Eur J Pain. 2002;6(2):149–159

122. Leffler AS, Hansson P, Kosek E. Somatosensory perception in patients suffering

from long-term trapezius myalgia at the site overlying the most painful part of the muscle and in an area of pain referral. Eur J Pain. 2003;7(3):267–276

123. Bjordal J, Couppe C, Chow R, Tuner J, Ljunggren A. A systematic review of low

level laser therapy with location-specific doses for pain from chronic joint disorders. Aust J Physiother. 2003;49:107–16.

124. Irvine, J Chong SL, Amrjani N, Chan KM. Double-blind randomized controlled

trial of LLLT in carpal tunnel syndrome. Muscle Nerve. 2004;30:182–7.

125. Gross AR, Goldsmith C, Howing JL, Haines T, Peloso P, Aker P, et al. Conservative management of mechanical neck disorders: a systematic review. J Rheumatol. 2007;34(5):1083-102.

126. Bjordal J, Johnson MI, Lopes-Martins RA, Bogen B, Chow R, Ljunggren AE. Short-

term efficacy of physical interventions in osteoarthritic knee pain. A systematic review and meta-analysis of randomized placebo-controlled trials. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8(51).

127. Bjordal J, Couppe C, Ljunggren AE. Low-level laser therapy for tendinopathy:

evidence of a dose-response pattern. Phys Ther. 2001;6:91-9. 128. Lowe A, Baxter G, Walsh D, Allen J. Effect of low-intensity laser irradiation (830

nm) upon skin temperature and antidromic conduction latencies in human median nerve: relevance of radiant exposure. Lasers Surg Med. 1994;14:40–6.

129. Laakso E, Cramond T, Richardson C, Galligan J. Plasma ACTH and beta-

endorphin levels in response to low-level laser therapy (LLLT) for myofascial trigger points. Laser Ther. 1994;6:133–42.

130. Laakso E e Cabot PJ. Nociceptive scores and endorphin-containing cells reduced

by low-level laser therapy (LLLT) in inflamed paws of Wistar rat. Photomed Laser Surg. 2005;23:32–5.

131. Aimbire F, Albertini R, Pacheco MT, Castro-Faria-Neto HC, Leonardo OS, Iversen

W, et al. Low-level laser therapy induces dose-dependent reduction of TNFa levels in acute inflammation. Photomed Laser Surg. 2006;24:33–7.

132. Snyder-Mackler L e Bork CE. Effect of heliumneon laser irradiation on peripheral

sensory nerve latency. Phys Ther. 1988; 68:223–5. 133. Maeda T. Morphological demonstration of low reactive laser therapeutic pain

attenuation effect of the gallium aluminium arsenide diode laser. Laser Therapy. 1989;1:23–30.

Page 49: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

134. Wesselmann U, Lin S, Rymer W. Effects of Q-switched Nd:YAG laser irradiation

on neural impulse propagation: I. spinal cord. Physiol Chem Phys Med. 1991;23:67–80.

135. Wakabayashi H, Hamba M, Matsumoto K, Tachibana H. Effect of irradiation by

semiconductor laser on responses evoked in trigeminal caudal neurons by tooth pulp stimulation. Lasers Surg Med. 1993;13:605–10.

136. Barberis G, Gamron S, Acevedo G, Cadile I, Juri H, Campana V, et al. In vitro

synthesis of prostaglandin E2 by synovial tissue after helium-neon laser radiation in rheumatoid arthritis. J Clin Laser Med Surg. 1996;14:175-7.

137. Sakurai Y, Yamaguchi M, Abiko Y. Inhibitory effect of low-level laser irradiation on LPS-stimulated Prostaglandin E2 production and cyclooxygenase-2 in human gingival fibroblasts. Eur J Oral Sci. 2000;1081:29–34.

Page 50: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

7. Apêndices

Apêndice 1 - Dados demográficos dos participantes do estudo

Variáveis Controle Placebo 3J 6J 12J

Gênero (M/F)

(15/15)

(15/15)

(15/15)

(15/15)

(15/15)

Idade (anos) 24,97±5,05 26,13±5,18 24,23±4,67 27,73±4,31 25,00±4,74

IMC (kg/m²) 23,66±2,99 23,94±3,57 23,49±3,90 23,52±2,37 24,39±5,15

Os dados estão apresentados como média ± desvio-padrão; M = Gênero masculino; F = Gênero feminino; IMC = Índice de Massa Corpórea.

Page 51: EFEITO LOCAL E SISTÊMICO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA …

Apêndice 2 - Questionário para triagem dos voluntários

Efeitos do laser de baixa intensidade no limiar de dor por pressão em indivíduos saudáveis

Nome do Participante: ______________________________________________________________

Data: ____/____/______

Você possui alguma alteração de sensibilidade nas mãos e pernas?

Você está grávida?

Você sente alguma dor atualmente?

Você consumiu algum tipo de bebida alcoólica nas últimas 24 horas?

Você possui alguma doença crônica?

(exemplo: câncer, AVE, lesão medular, traumatismo craniano, doença cardíaca)

Você possui marca-passo cardíaco?

Você tem epilepsia?

Você faz uso de algum medicamento para dor?

Você apresenta algum tipo de lesão ou doença na pele (ex. dermatite, eczema) na sua

perna ou mão dominante?

Você apresenta algum problema cervical que afeta o suprimento nervoso para as suas

pernas e mãos (ex. neuropatia periférica)?

Você já teve alguma lesão séria, doença ou realizou cirurgia nos membros superiores

ou inferiores?

Se qualquer pergunta teve como resposta “SIM”, este indivíduo deverá ser excluído do estudo.