EfeitoEFEITOS DA RESOLUÇÃO ESTADUAL PARA AS ENTIDADES RELIGIOSAS QUE UTILIZAM A AYAHUASCA NO ESTADO DO ACREs Da Resolucao

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    EFEITOS DA RESOLUO ESTADUAL PARA AS ENTIDADES RELIGIOSAS

    QUE UTILIZAM A AYAHUASCA NO ESTADO DO ACRE

    Harley Arajo da Silva1, Luciana Rodrigues Pereira2, Nei Sebastio Braga Gomes3,Renato Cesar Gonalves Robert4, Carlos Roberto Sanquetta5

    1. Ps Graduando em Gesto Florestal Universidade Federal do Paran([email protected])

    2. Engenheira Florestal Analista Ambiental do Instituto de Meio Ambiente doAcre.

    3. Professor Doutor da Universidade Federal do Acre.4. Engenheiro Florestal, Mestre em Recursos Florestais pela Albert Ludwigs

    Universitt Freiburg, Professor Assistente II UFPR.5. Professor Associado da UFPR.Brasil.

    Recebido em: 06/05/2013 Aprovado em: 17/06/2013 Publicado em: 01/07/2013

    RESUMO

    A Ayahuasca, bebida preparada pela ebulio da liana Banisteriopsis caapi e dasfolhas de Psychotria viridis em gua, utilizada por populaes tradicionais daAmaznica a sculos com finalidades teraputicas e religiosas. Em dezembro de

    2010, no Estado do Acre, foi publicada a Resoluo Conjunta CEMACT/CFE n 004,que dispe sobre a autorizao para extrao, coleta e transporte do materialvegetal utilizado por entidades ayahuasqueiras. Dessa forma, o trabalho objetivoulevantar informaes das entidades religiosas que utilizam de forma legal tal bebidano Acre, bem como comparar o nmero de entidades licenciadas antes e depois danormativa entrar em vigor. Dos nove processos administrativos levantados, sete jpossuem o Certificado de Regularidade Cadastral. At o ano de 2010, existiam 32entidades religiosas cadastradas perante o IMAC. A Resoluo CEMACT/CFE de n004 melhorou o processo de licenciamento ambiental das entidades religiosas umavez que antes era exigido uma Licena para extrao de material vegetal e hojeaps cadastrada, a entidade necessita apenas apresentar uma Declarao. A queda

    no nmero de entidades cadastradas perante o IMAC pode estar relacionado com adistncia das entidades ao rgo licenciador.

    PALAVRAS-CHAVE: Banisteriopsis caapi, Psychotria viridis, LicenciamentoAmbiental, Produtos Florestais No-Madeireiros.

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    EFFECTS OF RESOLUTION CEMACT/CFE 004 FOR RELIGIOUSORGANIZATIONS USING AYAHUASCA A STATE OF THE ACRE

    ABSTRACT

    The Ayahuasca, beverage prepared by boiling of the liana Banisteriopsiscaapiandleaves Psychotria viridis in water, is used by traditional peoples of the Amazoncenturies for finality therapeutic and religious. In December 2010, the State of Acre,was published Resolution CEMACT/CFE No. 004, which provides for theauthorization for the extraction, collects and transportation of plant material used byreligious entities.Thus, the research aimed to gather information from religiousorganizations that utilize such beverage legally in Acre, and compare the number oflicensed entities before and after the normative come into effect. Of the 9administrative processes raised, 7 already have the Certificate of RegularityRegistration.By the year 2010, there were 32 religious organizations registered

    before the IMAC. The Resolution CEMACT/CFE of No. 004 improved the licensingprocess of religious organizations since it before a license was demanded for theextraction of plant material and today after registered, the entity need to only submita Declaration. The fall in the number of entities registered by the IMAC may berelated to the distance of the entities to licensing agency.KEYWORDS: Banisteriopsis caapi, Psychotria viridis, Environmental Licensing,

    Forest Products Non-Timber.

    INTRODUO

    Ayahuasca um termo de origem quchua (lngua falada pelos antigospovos andinos) cujo significado aya pessoa, alma, esprito, e waska corda,trepadeira, cip, que poderia ser entendido como trepadeira das almas, emreferncia ao cip utilizado como base na sua preparao (PIANURA et al., 2009). uma bebida (ch) preparada por ebulio ou imerso do cip B. caapi juntamentecom as folhas do arbusto P. viridis. Os mtodos para preparo diferem muito emrelao ocasio ou a cultura local (BOLSANELO, 1995).

    Os estudos botnicos das espcies utilizadas na preparao daAyahuasca iniciaram-se em 1851, quando o botnico ingls Richard Spruce coletoualgumas espcimes da liana utilizada na bebida por ndios brasileiros da triboTukano, classificando-a como Banisteria caapi. Porm, em 1931, Morton a

    reclassificou como sendo Banisteriopsis caapi. A outra espcie utilizada napreparao do ch, o arbusto Psycotriaviridis, foi descrita pela primeira vez em 1779por Ruz & Pavn (SRPICO & CAMURA, 2006).

    Segundo MCKENNA (2002) provvel que culturas pr-colombianas,sofisticadas na utilizao de plantas psicotrpicas, tenham tido uma ntima relaocom a Ayahuasca e seu preparo. Sua utilizao se disseminou por entre as tribosindgenas da Bacia Amaznica at o sul dos Andes, para fins ritualsticos.

    No sculo XVIII, diversos eram os relatos de jesutas e espanhis sobreesta infuso utilizada por indgenas. Alm disso, estudos arqueolgicos apontam ouso de substncias encontradas na bebida em mmias no Vale de Azapa, no nortedo Chile, no perodo de 500 a 1000 D.C (GOMES, 2011).

    Com o ciclo da borracha, no incio do sculo XX, alm do consumo damistura entre as populaes indgenas, vrias igrejas adotaram o

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    uso ritual da Ayahuasca, especialmente no Brasil, onde os efeitos psicoativos soacoplados a conceitos das doutrinas Judaica, Crist, Africana, entre outras.

    Seu uso se expandiu pela Amrica do Sul e outras partes do mundo como crescimento de movimentos religiosos organizados, sendo os mais significativos a

    Unio do Vegetal, o Santo Daime e a Barquinha, alm de dissidncias destas egrupos (centros, ncleos ou igrejas) independentes que o consagram em seus rituais(MCKENNA, 2002).

    Por volta de 1930, em Rio Branco-AC, foi criada por Raimundo IrineuSerra a religio do Santo Daime. Na dcada de 40 foi fundada, por Daniel Pereira deMattos, tambm em Rio Branco, a Barquinha. E em 1961 foi fundada por JosGabriel da Costa, em Porto Velho-RO, a Unio do Vegetal (UDV), a maior e maisorganizada das religies que utilizam a bebida em seus rituais (LABATE & ARAJO,2002).

    O diferencial entre as trs religies/doutrinas mais significativas queutilizam a Ayahuasca basicamente os rituais e os elementos que os integram. A

    primeira consagra a Ayahuasca em rituais com influncias do catolicismo popular, doespiritismo kardecista, dos cultos afro e do xamanismo. A segunda doutrina formada por elementos indgenas, cristos e afro-brasileiros, com uma maiorinfluncia da Umbanda. J a terceira baseada em ensinamentos de uma doutrinacrist-reencarnacionista permeada por elementos do espiritismo kardecista(SANTOS, 2006).

    A polmica sobre a utilizao do ch em rituais comeou a se formar logono incio do funcionamento das primeiras igrejas urbanas. O fato desses vegetaisapresentarem princpio ativo considerado alucingeno em sua composio fez atcom que o Governo brasileiro proibisse seu uso na dcada de 1980 (LIMA, 2004).

    O processo de legalizao da Ayahuasca teve um acompanhamentoassduo das entidades religiosas que constantemente buscavam seus argumentospara concretizar em definitivo o uso da bebida (VINHA, 2005).

    Porm, com a gama de produtos florestais no madeireiros (PFNM)existentes fica difcil estabelecer o manejo de sementes, leos, frutos, folhas,resinas, gomas, razes e muitos outros produtos em uma receita de bolo nica,sendo necessrio assim estabelecer regras de manejo especficas para cadaproduto florestal, isoladamente, devido sua especificidade (RODRIGUES et al.,2011).

    Por isso, o manejo de PFNMs no possui legislao adequada no mbitofederal que contemple as particularidades dos recursos florestais com um conjunto

    de procedimentos relativos implementao de Planos de Manejo FlorestalSustentvel para Produtos No Madeireiros (PMFSNM) e aos controles quanto aextrao/explorao, transporte, armazenamento e comercializao de produtos esubprodutos no madeireiros (MACHADO, 2008).

    Por ser um PFNM, no existia legislao especifica para o manejoincluindo a extrao, coleta e transporte do cip B. caapie das folhas do arbusto P.viridis, at o ano de 2010 quando foi publicada, no Estado do Acre, a ResoluoConjunta CEMACT/CFE n 004 em 20 de dezembro (ACRE, 2010).

    Dessa forma o objetivo do trabalho foi fazer um comparativo dasentidades religiosas licenciadas antes e aps a Resoluo CEMACT/CFE 004 entrarem vigor, com o intuito de averiguar o impacto da normativa sobre o acesso privado

    ao cip B. caapi e P. viridis, considerando se influenciou ou no no aumento deentidades licenciadas.

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    MATERIAL E MTODOS

    LEVANTAMENTO DE DADOS JUNTO AO RGO AMBIENTAL

    RESPONSVEL PELO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

    Foi aplicada uma ficha para levantamento de dados secundrios, nosprocessos administrativos, que visam a extrao do cip ou das folhas, licenciadosou em tramitao no Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) desde o ano de2011. Foram coletadas informaes de nove processos administrativos de igrejasayahuasqueiras que tinham ou pretendiam ter o Certificado de RegularidadeCadastral (CRC) para entidades religiosas.

    Foram coletados dados quanto ao nmero do processo administrativo, nomeda entidade religiosa, endereo de localizao, municpio e regional. Nmero defiliados e visitantes que a frequentam, quantidade mdia anual de consumo (L) da

    bebida, de folhas e do cip (kg) utilizados nos feitos do ch. Se a entidade possui ouno plantio de reposio florestal. Caso possusse onde o plantio se localizava, empropriedade da prpria igreja ou de terceiros.

    Foi ainda levantado o local de extrao do cip e das folhas (se da florestanativa ou de plantio de reposio), se a entidade encontra dificuldades em conseguiro material vegetal, se possui trabalho social vinculado as atividades religiosas e sepossui filiais em outros municpios do estado do Acre ou mesmo fora do estado, ouseja, todas as informaes constantes no Anexo III da Resoluo ConjuntaCEMACT/CFE 004 de 20 de dezembro 2010. Tal anexo lista as informaes quedevem ser fornecidas pela entidade a fim de se inscreverem no cadastro deentidades usurias de produtos florestais para fins religiosos.

    COMPARATIVO ENTRE O LICENCIAMENTO/CADASTRAMENTO DASENTIDADES RELIGIOSAS ANTES E APS PUBLICAO DO MARCOREGULATRIO

    Foram coletadas informaes nos relatrios de Gesto Administrativa, do anode 2008 a 2010, elaborados pela Diviso de Manejo Florestal DMF do IMAC. Taisrelatrios apresentam informaes quanto ao Licenciamento e MonitoramentoAmbiental dos Planos de Manejo Florestal Sustentvel Madeireiro e No madeireirosno estado do Acre.

    Para o desenvolvimento dos Relatrios Anuais foram utilizadas, pelo Instituto,informaes gerais sobre a gesto do licenciamento ambiental no IMAC, no qual seobjetiva obter informaes particulares sobre o licenciamento ambiental dos PMFSmadeireiros e no madeireiros.

    A coleta de dados para elaborao dos relatrios foi efetuada no perodo dejaneiro a dezembro dos anos correntes de 2008 a 2010, atravs de levantamentosde dados secundrios, referentes ao banco de dados dos referidos anos.

    O levantamento das entidades licenciadas anteriores a 2011 foi realizado como intuito de comparar o nmero de entidades que solicitaram o licenciamento antes eaps a Resoluo Conjunta CEMACT/CFE 004 entrar em vigor.

    PROCEDIMENTOS UTILIZADOS PELO RGO AMBIENTAL COMPETENTEANTES E APS A NORMATIVA

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    Visando saber o que mudou com a publicao da normativa, foramcomparados os procedimentos utilizados para anlise dos PMFSNM atualmente eanteriormente. Para isso foram analisadas a Lista de Checagem (check list) utilizada

    pelo rgo ambiental para anlise processual, bem como a tramitao dosprocessos administrativos no IMAC nesses perodos.Foi ainda realizada uma entrevista com a chefe do DLAF, a fim de saber as

    problemticas que eram encontrados nas anlises tcnicas ou mesmo da tramitaodos processos administrativos dentro do Instituto.

    RESULTADOS E DISCUSSO

    INFORMAES DAS ENTIDADES QUE BUSCARAM O CADASTRAMENTOCONFORME EXIGE A LEGISLAO VIGENTE ATUALMENTE

    Foram levantados nove processos administrativos requerendo o CRC noIMAC posteriormente a publicao da Resoluo Conjunta CEMACT/CFE 004. Osnomes das entidades no sero divulgados neste trabalho. Das nove entidades, setej possuem o CRC, sendo que dessas apenas duas possuem o CRC com validadede quatro anos (os das demais eram apenas provisrios, possuindo validade deapenas seis meses prorrogvel por igual perodo). Foi observado que todas essaspossuem problemas com o plantio de reposio florestal, exigido pela normativa.Porm, tambm possvel perceber que as mesmas entidades possuem o plantioem campo, porm no possuem o projeto no papel. Frisa-se que dessas noveentidades, oito j possuam cadastro anterior, ou seja, apenas uma o solicitou pelaprimeira vez.

    Dessas nove entidades, seis localizam-se no municpio de Rio Branco, umaem Porto Acre, uma em Tarauac e uma em Cruzeiro do Sul (Figuras 1 e 2). A LeiComplementar n. 126, de 29 de dezembro de 2003, estabelece as regionais doEstado do Acre. Sendo assim classifica Rio Branco e Porto Acre nas Regionais doBaixo Acre, Cruzeiro do Sul na Regional do Juru e Tarauac na Regional deTarauac e Envira. Consequentemente a Regional que mais requereu Certificadosde Regularidade foi a do Baixo Acre (ACRE, 2003). Das nove entidades levantadas,sete possuem plantio de reposio em propriedade prpria ou de membros da igreja.

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    FIGURA 3 Total geral de Filiados e visitantes que frequentam asentidades religiosas licenciadas no Acre.

    De acordo com CICLUMIG (2012), so consideradas visitantes aquelaspessoas que, em geral, desejando tomar a Ayahuasca: tenham participadopreviamente de reunio com um membro filiado; ou filiados de outras entidadesreligiosas em geral que, desejam tomar o ch.

    Para filiao em uma entidade religiosa o visitante, deve frequentar umdeterminado nmero de reunies (a depender do Centro Religioso). Ento colocada pelo Conselho a necessidade de sua integrao aos princpios daentidade. O visitante deve requisitar estgio. O estgio consiste em um perodoinstrutivo e avaliativo onde o postulante assume a obrigao de participar: de todosas reunies, feitios (preparo do ch), ensaios e mutires e como mensalista junto tesouraria. Ao ser considerado apto ritual e administrativamente pelo Conselho,na cerimnia o fardando (aspirante a filiado) adentra o recinto dos fardados (filiados),recebe sua estrela e assina a ficha de filiao, passando ento a cumprir com asmesmas obrigaes dos demais filiados.

    O consumo mdio anual, em litros, da bebida varia de acordo com o

    tamanho da entidade, nmero de filiados e visitantes. Foram relatados, pelasentidades religiosas, consumos de 300 L/ano a 2.200 L/ano. Porm, a quantidade dematerial vegetal licenciada pelo IMAC no ano de 2011 foi de 5.430 kg de cip e 345kg de folhas (TABELA 1 e Figura 4).

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    TABELA 1 Quantitativo, em kg, da matria prima autorizada para entidadesreligiosas no ano de 2011.

    Produtos (kg)Regional Municpio

    B. caapi P. viridisTotal

    Porto Acre 1.330 225 1.555Rio Branco 500 120 620Baixo Acre

    Subtotal 1.830 345 2.175Cruzeiro do Sul 1.750 0 1.750

    JuruSubtotal 1.750 0 1.750Tarauac 1.850 0 1.850Tarauac

    Envira Subtotal 1.850 0 1.850Total 5.430 345 5.775

    Como observado na Tabela acima, o municpio que possui o maiornmero de entidades que buscaram o licenciamento, no caso Rio Branco, o quemenos possuiu material vegetal autorizado para extrao. Isso pode ser explicadopelo fato das entidades estarem extraindo o cip e as folhas de plantios nolicenciados pelo IMAC.

    So realizados em mdia seis feitios por ano em cada entidade religiosa.No geral foram realizados 52 feitios no ano de 2011 nas entidades religiosaslicenciadas, ou em processo de licenciamento, pelo IMAC.

    FIGURA 4 Quantidade de material vegetal, em kg, autorizado paracoleta no ano de 2011.

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    FIGURA 5 Relao entre o peso de B. caapi e P. viridisautorizados para a coleta no ano de 2011.

    Duas entidades alegaram que possuem dificuldades em conseguir omaterial vegetal. Elas alegam que no caso do cip, o principal problema aescassez nas proximidades do municpio de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, j que osplantios ainda no se encontram em fase de produo.

    Trs entidades disseram possuir filiais em outros municpios do Estado doAcre, abrangendo Porto Acre, Brasilia, Rio Branco, Jordo e Tarauac. Outras

    duas afirmaram possuir filiais em outros estados do Brasil, mais precisamente emSo Paulo- SP e Rio de Janeiro-RJ.Apenas uma entidade no possui trabalho social vinculado as atividades

    religiosas. As obras sociais so as mais variadas possveis e vo desde o apoio aosnecessitados, doao de roupas e alimentos, a escolinhas de futebol e cursos deartesanato e produo de biojias, oficinas de entalhe em madeira, pintura emtecido, palestras contra preveno a DST e as drogas.

    Uma unanimidade entre as entidades levantadas foi a necessidade deextrair o cip da floresta nativa. Todas as entidades alegam extrair as folhas doplantio de reposio florestal. As mesmas reconhecem que para torna-seautossustentveis necessrio fazer o plantio de reposio do cip e das folhas.

    Segundo SILVA (2006), no caso da extrao de indivduos nativos, aespcie a qual o futuro mais preocupante a liana B. caapi. Pelo fato de se utilizarapenas as folhas do arbustoP. viridis, sendo extradas apenas as folhas mais velhasde cada galho, em um curto espao de tempo o arbusto j tem sua camada defolhas recomposta. Entretanto, necessrio que se corte a liana B. caapipara queseja utilizada no preparo da Ayahuasca. Por esse fato imprescindvel que asentidades faam o plantio de reposio florestal para posterior coleta do materialvegetal.

    Quatro entidades enviam ou j enviaram material vegetal ou mesmo abebida j pronta para outros estados do Brasil. Dentre as cidades esto So Paulo,SP, Belo Horizonte-MG, Vitria-ES, Porto Velho-RO e Caruaru-PE. Os meios detransporte utilizados foram o areo e o terrestre.

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    Das nove entidades levantadas sete disseram ter interesse em utilizarmaterial apreendido em outras entidades. Porm s querem se for in natura, ou seja,somente o cip ou a folha, no a bebida.

    COMPARATIVO COM OS ANOS ANTERIORES A PUBLICAO DA NORMATIVA

    At o ano de 2010, existiam 32 entidades religiosas cadastradas noIMAC. importante salientar que, como mencionado anteriormente, apenas oitodessas entidades, aps a publicao do marco regulatrio, buscaram se regularizarperante a Instituio, ou seja, apenas 25%. As Figuras 6 e 7 mostram a distribuiodessas entidades por oito municpios distribudos em quatro regionais do Estado doAcre.

    FIGURA 6 Entidades anteriormente cadastradas por municpios doAcre

    Observando a Figura 6 possvel notar que entidades localizadas nointerior do Estado, em municpios como Acrelndia, Capixaba, Feij, Plcido deCastro no se regularizaram perante o IMAC. Houve ainda um decrscimo por partede entidades localizadas em Cruzeiro do Sul e principalmente na capital Rio Branco.

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    FIGURA 7 Entidades anteriormente cadastradas por regionais do Acre.

    EXIGNCIAS PARA O LICENCIAMENTO, AT O ANO DE 2010

    At o ano de 2010 era emitida pelo rgo ambiental uma AutorizaoAmbiental - AA para explorao de Produtos Florestais No Madeireiros, habilitandoas entidades religiosas a explorar o cip B.caapi e as folhas do arbusto P. viridisprovenientes da floresta ou plantios. Para obter essa licena era necessrio que asentidades apresentassem Projeto de Plantio de Reposio Florestal, seguindo o

    Termo de Referncia elaborado pelo IMAC, bem como, Cadastro Anual dasEntidades que utilizam o cip jagube e a folha chacrona em rituais religiosos noEstado do Acre.

    Analisando o check list aplicado para o licenciamento eram cobradosdocumentos considerados bsicos (DB), ou seja, documentos imprescindveis paraprotocolar o requerimento onde sua falta acarretaria no indeferimento do pedido edocumentos complementares (DC), aqueles que dependiam da anlise tcnica daDiviso de Manejo Florestal (IMAC), podendo ser solicitados aps a formalizao doprocesso.

    Eram considerados DB, a serem apresentados pelas entidades religiosas,para a solicitao da AA:

    Requerimento de Licenciamento Ambiental Modelo IMAC; Carteira de Identidade RG (Original e Cpia) do Presidente; Cadastro de Pessoa Fsica - CPF (Original e Cpia) do Presidente; Comprovante de endereo atualizado do detentor; Procurao pblica quando fosse representado; RG do representante legal (quando fosse o caso); CPF do representante legal (quando fosse o caso); Ata de Fundao da Entidade Religiosa; Estatuto da Entidade Religiosa; Ata da Assembleia de Posse que elegeu a diretoria, registrada em cartrio

    ou cpia da sua publicao em Dirio Oficial do Estado; Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica - CNPJ;

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    Cadastro Tcnico Federal Atualizado CTF; Cadastro anual para entidades Ayahuasqueiras; Publicao do requerimento da Licena Ambiental no Dirio Oficial e Jornal

    de Circulao Diria.

    Da propriedade onde se encontrava o Projeto de plantio eram exigidoscomo DB:

    Licena Ambiental Rural LAR da propriedade; Documentao de titularidade da rea; Comprovante de endereo atualizado do Centro Religioso.

    Como DC poderiam ser solicitados: Anuncia do rgo gestor para empreendimentos ou atividades localizadas

    em zona de amortecimento ou no interior de Unidades de Conservao; Atestado Administrativo da FUNAI, caso a rea do empreendimento esteja

    prximo rea indgena ou de interesse da FUNAI (raio de at 10 km); Anuncia do IPHAN ou FEM, caso seja detectada a existncia de sitio

    arqueolgico, bem como no seu entorno.Documentao bsica apresentada a respeito do projeto de reposio

    florestal era: Projeto de reposio florestal, acompanhado da respectiva Anotao de

    Responsabilidade Tcnica ART de elaborao; ART de execuo do projeto; Cadastro Tcnico Federal do Responsvel Tcnico pela elaborao e

    execuo do projeto; Mapa da propriedade; e Termo de Responsabilidade de Manuteno de Floresta Manejada

    TRMFM (caso a extrao do cip ou folha seja realizada em floresta nativa,onde houve interveno para retirada de madeira).

    Caso a entidade no possusse projeto de reposio florestal enecessitasse coletar em propriedade de terceiros era exigido (DB) a anuncia doproprietrio autorizando a coleta e extrao do cip e folhas e a LAR da propriedade.Caso a propriedade se encontrasse no interior ou no entorno de Unidade deConservao, Terra Indgena ou stio arqueolgico era necessrio a anuncias deseus rgos gestores/responsveis.

    EXIGNCIAS ATUAIS PARA O CADASTRAMENTO DE ENTIDADES RELIGIOSASHoje ainda so exigidos documentos bsicos como anteriormente, porm

    no mais: O Cadastro anual para entidades Ayahuasqueiras ao invs das entidades

    fazerem um cadastro anual, essas fazem o Cadastro de EntidadesUsurias de Produto Florestal Para Fins Religiosos, a fim de obter oCertificado de Regularidade Cadastral com validade de quatro anos.

    A Publicao do requerimento da Licena Ambiental no Dirio Oficial eJornal de Circulao Diria haja vista que no mais emitida umaLicena pelo rgo ambiental para coleta de material vegetal.

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    Em relao ao Projeto de Plantio para Reposio Florestal das espciesB.caapie P.viridis, ainda so exigidas as mesmas documentaes, j que um dosobjetivos da normativa fazer com que as entidades religiosas se tornemautossustentveis na produo da Ayahuasca, buscando cultivar seu prprio plantio.

    Caso a rea de extrao/coleta seja de terceiros faz-se necessrioapresentar anuncia do proprietrio do imvel rural, porm no necessrioapresentar LAR da propriedade.

    TRAMITAO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

    A Tabela 2 compara o nmero de passagens do processo administrativopor setores do IMAC antes e aps a publicao da Resoluo.

    TABELA 2 Setores do IMAC e nmero de passagens do processo administrativopor cada um, antes e aps a publicao da normativa.

    Passagens do processo administrativo por setores do IMAC*Setores do IMAC(Em ordem hierrquica) Antes da normativa Aps a normativaPresidncia 1 1DGT 1 0DLAF 5 2DMF 7 3rea Tcnica/DMF 4 1

    Siglas: DGT Diretoria de Gesto Tcnica; DLAF Departamento de Licenciamento eMonitoramento Ambiental de Atividades Florestais; DMF Diviso de Manejo Florestal.

    * Considerando que o processo administrativo no possusse nenhuma pendncia documental o deanlise tcnica e no fosse necessrio se confeccionar ofcios ou realizao de vistorias tcnicas.

    Percebe-se que antes da publicao da Resoluo o processoadministrativo passava por vrios setores no Instituto, sendo:

    rea tcnica/DMF para confeco de relatrio de analise tcnica a fim desaber se a atividade encontrava-se apta para ento se posicionar a favordo deferimento do processo, confeccionar minuta da Licena Ambiental eemitir a Licena propriamente dita,

    Chefes de DLAF e DMF para tomar cincia de relatrios e pareceres,autorizar e aprovar a confeco da minuta da AA e da prpria LicenaAmbiental, encaminhar a DGT e Presidncia,

    DGT Para autorizar a confeco da minuta da Licena Ambiental; Presidncia Para assinatura da AA.Salienta-se que caso a entidade necessitasse extrair mais material

    vegetal em outra ocasio, necessitaria dar entrada em um novo processoadministrativo e passar por todos os trmites novamente.

    Aps a normativa entrar em vigor, o nmero de passagens por setores doInstituto drasticamente menor, sendo:

    rea tcnica/DMF para confeco de relatrio de analise tcnica a fim desaber se a atividade encontrava-se apta para ento se posicionar a favordo deferimento do processo;

    Chefe da DMF para distribuir os processos para rea tcnica, emitir o

    CRC e autenticar as declaraes de extrao de material vegetal; Chefe do DLAF para encaminhar os processos para

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    DMF e o CRC para a Presidncia da Instituio; Presidncia Para assinatura do CRC.

    Atualmente aps a entidade religiosa realizar o Cadastro de Entidadesque utilizam o cip e a folhas em seus rituais religiosos no Estado do Acre, est s

    necessita fornecer Declaraes de extrao do material vegetal a fim de controledas cotas por parte do rgo ambiental. E essa autenticada de forma instantneapelo Chefe da DMF. Ou seja, no momento do protocolo a declarao pode serassinada e devolvida ao representante da entidade religiosa.

    COMPARATIVO ENTRE O ANTES E O AGORA

    Antes da publicao da normativa as principais reclamaes por parte dasentidades religiosas eram que:

    Muitas vezes a AA demorava muito tempo para ser emitida, entre 15 e 60

    dias a partir da data de entrada do processo no Instituto, e as entidadesse sentiam prejudicadas, pois existe todo um ritual de preparo paraextrao do material vegetal, datas especficas para coleta (datasespeciais e comemorativas) e preparo do ch. Por isso, muitas vezes,pela demora nos trmites dentro do Instituto, os rituais no eramrealizados nas datas desejadas pelas entidades religiosas.

    Mercado Negro e entidades inidneas: O Litro do ch vendido porpreos elevados no exterior. Porm perante a legislao a suacomercializao no permitida. Por esse fato como o requerimento dequalquer licena ambiental exige publicao no Dirio Oficial do Estado eem Jornal de Circulao Diria com informaes da entidade requerente,quantidade de material vegetal a ser extrada e, principalmente, oendereo de coleta, pessoas/entidades que agiam de m f observavamo endereo da propriedade que possua oferta de material vegetal parafeitio do ch e furtavam as folhas e o cip. Quando a AA era emitida e aentidade requerente buscava fazer a extrao, no existia materialvegetal a ser coletado na rea, pois os de m ndole j haviam coletadotudo ou praticamente tudo.

    Exigncia da LAR das propriedades onde se encontravam os plantios de

    reposio florestal ou mesmo de propriedades de terceiros onde serealizavam as coletas. O processo de Licenciamento Ambiental Rural oneroso e demorado.

    Hoje a maior dificuldade encontrada por parte das entidades em relaoao Projeto de Reposio Florestal. Muitas entidades no possuem projeto dereposio florestal ou possuem projeto de plantio apenas em campo e no o projetoescrito e protocolado no rgo ambiental com Anotao de ResponsabilidadeTcnica assinada por profissional responsvel. Muitas vezes quando possuem oprojeto escrito porque membros da igreja, que possuem capacitao tcnica,elaboram e executam o projeto. Apesar disso, muitas igrejas no possuem dinheiro

    para pagar pela elaborao e acompanhamento do projeto.Por outro lado, existe a possibilidade das entidades que

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    no estiverem legalmente constitudas, faltando algum tipo de documentao oumesmo projeto de reposio florestal, serem cadastradas provisoriamente peloprazo de seis meses, renovvel por igual perodo, mediante apresentao dejustificativa do interessado e aprovao do IMAC.

    Apesar de existirem cotas mximas para extrao do cip e da folha(quatro mil e oitocentos quilogramas de cip e setecentos e vinte quilogramas defolhas, por ano, por entidade; mil e duzentos quilogramas de cip e cento e oitentaquilogramas de folhas,por vez, por entidade) o total coletado proveniente de plantiosde reposio prprios no computado no total autorizado para coleta em matanativa, devendo apenas ser comunicada a sua extrao. Porm, como j citado, asentidades possuem maior problema na extrao do cip, proveniente de florestanativa, j que a coleta das folhas realizada em plantio prprio.

    CONCLUSES

    A resoluo CEMACT/CFE de n 004 facilitou o processo delicenciamento ambiental das entidades religiosas que utilizam a Ayahuasca uma vezdesburocratizou a tramitao dos processos administrativos no IMAC.

    Atualmente mais fcil para as entidades se regularizarem perante oInstituto uma vez que antes era exigida uma Licena para extrao/coleta dematerial vegetal utilizado no preparo do ch e hoje depois de cadastrada, a entidadenecessita apenas apresentar uma Declarao para extrao/coleta das folhas e doch.

    A queda considervel de entidades cadastradas perante o Instituto podeestar relacionada com a distncia das entidades ao rgo licenciador, haja vista quemuitas entidades encontram-se no interior do Estado, e com o fato das entidadesestarem extraindo material de plantios de reposio no licenciados.

    REFERNCIAS

    ACRE. Lei complementar n. 126, de 29 de dezembro de 2003. Dirio Oficial doEstado do Acre, Rio Branco, AC, 30 dez. 2003.

    ACRE. Resoluo conjunta CEMACT/CFE n 004 de 20 de dezembro de 2010.Dirio Oficial do Estado do Acre, Rio Branco, AC, n. 10.445, p. 10 e 11, 22 dez.2010.

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