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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA CAMPUS DE BOTUCATU EFEITOS DA DISTÂNCIA DE TRANSPORTE EM PARÂMETROS POST-MORTEM DE CARCAÇAS BOVINAS CELSO FERNANDES JOAQUIM Médico Veterinário Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Medicina Veterinária - Área de Concentração: Vigilância Sanitária Animal, como parte das exigências para obtenção do título de Mestre. Botucatu – SP Julho - 2002

EFEITOS DA DISTÂNCIA DE TRANSPORTE EM … · tempo em jejum e dieta hídrica, foram monitorados. Após o abate, os animais foram submetidos à inspeção post-mortem, seguindo-se

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

CAMPUS DE BOTUCATU

EFEITOS DA DISTÂNCIA DE TRANSPORTE EM PARÂMETROS

POST-MORTEM DE CARCAÇAS BOVINAS

CELSO FERNANDES JOAQUIM

Médico Veterinário

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária - Área de Concentração: Vigilância Sanitária Animal, como parte das exigências para obtenção do título de Mestre.

Botucatu – SP

Julho - 2002

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

CAMPUS DE BOTUCATU

EFEITOS DA DISTÂNCIA DE TRANSPORTE EM PARÂMETROS

POST-MORTEM DE CARCAÇAS BOVINAS

CELSO FERNANDES JOAQUIM

Médico Veterinário

Orientador: Prof. Dr. Roberto de Oliveira Roça

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária - Área de Concentração: Vigilância Sanitária Animal, como parte das exigências para obtenção do título de Mestre.

Botucatu – SP

Julho - 2002

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A meu pai Nelson Joaqu im (in memorian) e a minha mãe Eliza de Lou rdes

Fernandes Joaqu im, pelo amor e filosofia de vida com que me brindaram

nesta existência,

A meus filhos Celso Jún ior, Jean Guilherme, Andrei e Ana Carolina, pelo

incentivo constante e real motivação,

A minha esposa Maria José pelo apo io,

Aos meus irmãos Telma, Selma e Sérgio, pela solidariedade sempre

presente.

dedico

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AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador e grande amigo, Professor Dr. Roberto de

Oliveira Roça, pela capacidade, dedicação e imprescindível auxílio.

À Faculdade de Medicina Veterinária e Zootécnica do Campus de

Botucatu, pela oportunidade concedida, em especial aos docentes do Curso de

Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Área Vigilância Sanitária.

Ao agente de inspeção do MAPA Carlos Augusto Batista Chaves,

pelo empenho e colaboração no monitoramento de dados.

Ao encarregado do resfriamento do Frimondelli, José Leandro da

Costa Filho, pela colaboração no monitoramento noturno.

Ao Méd. Vet. Marcello Vangélio Anastásio - gerente industrial do

Frimondelli, pelas facilidades oferecidas e colaboração na pesagem das

carcaças.

Ao Méd. Vet. Luis Alberto Gomes, colega e amigo do S.I.F. 1758,

pelo apoio.

Ao Méd. Vet. Jean Guilherme Fernandes Joaquim, pela colaboração

na área de informática.

Ao frigorífico Vangélio Mondelli Ltda., pela valiosa colaboração.

À Chefia do SIPA-DFA/SP, pelo apoio.

Ao Pólo Computacional do Lageado pela assistência, em especial ao

programador Wilson Roberto de Jesus.

Às funcionárias Alda Tavares da Silva e Cilene Aparecida

Mendonça, pela ajuda na digitação.

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RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo estudar os efeitos das

distâncias de transporte dos bovinos em parâmetros post-mortem como queda

do pH e pH final, estabelecendo-se a relação entre as condições de transporte,

jejum e dieta hídrica no aparecimento da carne D.F.D. (dark, firm, dry), com

queda anômala de pH. A carne D.F.D. não pode ser exportada por motivos

sanitários, traduzindo em perdas econômicas.

Foram utilizados 180 bovinos sãos, castrados, da raça Nelore sendo

divididos em três grupos de 60 animais, cada qual subdivido em 12 lotes de 5

animais cada, de acordo com a distância de transporte: Grupo I: animais

transportados por distância inferior a 100 quilômetros; Grupo II: animais

transportados por distância de 101 a 330 quilômetros; Grupo III: animais

transportados por distância superior a 331 quilômetros. As colheitas foram

realizadas no período de 04 de outubro de 2000 a 20 de junho de 2001,

perfazendo um total de 36 lotes, sendo 12 lotes para cada grupo de tratamento,

ou distância de transporte. Os animais foram abatidos em matadouro-frigorífico

sob Serviço de Inspeção Federal, em Bauru, S.P.

Os dados do transporte como distância e tempo de transporte,

condições da estrada (pavimentada ou não), horário de chegada ao frigorífico,

tempo em jejum e dieta hídrica, foram monitorados. Após o abate, os animais

foram submetidos à inspeção post-mortem, seguindo-se da pesagem,

classificação e tipificação das carcaças, de acordo com o peso, idade,

conformação e cobertura de gordura. As carcaças foram encaminhadas à

câmara frigorífica, onde foram monitorados os seguintes parâmetros após 2, 6,

12 e 24 horas post-mortem: umidade relativa e temperatura ambiente da

câmara frigorífica, pH e temperatura de resfriamento da carcaça. Foi

determinada a perda de peso durante o resfriamento.

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Quanto às condições ambientais da câmara frigorífica, a umidade

relativa variou entre 54 e 72% e a temperatura ambiente entre 15,19 e 3,20 ºC.

Sob tais condições, a temperatura média final do L. dorsi e T. brachii foram de

2,9ºC e 5,6ºC, respectivamente e a média de perda de peso das carcaças

atingiu 1,78% a qual foi considerada alta.

Os valores médios de pH encontrados após 2, 6, 12 e 24 horas,

foram respectivamente 6,44, 6,18, 5,95 e 5,68 no músculo L. dorsi, e 6,43,

6,04, 5,72 e 5,58 no músculo T. brachii. Conforme as Normas da União

Européia, não é permitida a exportação de cortes de carnes de bovinos para

aquela comunidade, provenientes de carcaças cujo pH for ������������ ��

resfriamento. Neste trabalho a incidência de pH acima de 5,9 no L. dorsi, foi

observada em 5% das carcaças para animais transportados até 330 km e em

26,6% para animais transportados acima desta distância.

O músculo L. dorsi mostrou ser o mais indicado para avaliação do

pH post-mortem que o músculo T. brachii, por apresentar maior uniformidade

na queda do pH.

Animais mais jovens e mais leves apresentaram melhor

conformação e classificação de carcaça. Os animais mais velhos e mais

pesados apresentaram melhor acabamento de gordura. A porcentagem de

perda de peso no resfriamento foi maior em animais mais pesados e de pior

conformação.

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SUMMARY

The aim of this work was to investigate the effect of the distance on

post-mortem parameters after the transport of cattle, establishing the

relationship between the transport, starvation and hydric diet on the occurrence

of D.F.D (dark, firm and dry) meat and anomalous reduction of pH, as the

D.F.D. meat cannot be exported for sanitary reasons, leading to economic

loses.

One hundred and eighty castrated Nelore bovines, were divided in

three groups of 60 animals each, according to the transport distance. Group I:

animals were transported for distances less than 100 kilometers; Group II:

animals were transported for distances between 101 and 330 kilometers and

Group III: animals were transported for distances above 331 kilometers. The

samples were taken from 10/04/00 to 06/20/01, divided in 36 lots of 5 animals

each one, with 12 lots (60 animals) for each Group. The animals were

slaughtered at a slaughterhouse with Federal Inspection Service, in Bauru city,

at São Paulo state.

Transportation characteristics, like distance and duration, road

conditions, time of arrival at the slaughterhouse, starvation time and hydric diet,

were collected and registered. After the slaughtering, the animals were

submitted to post-mortem inspection, weighed and classified according to

weight, age, conformation and measurement of fat cover.

The carcasses were sent to the cooler room, where the following

parameters were collected at 2, 6, 12 and 24 hours post-mortem: relative

humidity and temperature in the cooler room, carcasse pH and cooling

temperature. The loss of weight during cooling was also measured.

The loss of weight was 1,78% at average, what can be considered

high at the cooling conditions of relative humidity varying from 54 to 72% and

the final average temperature in L. dorsi was 2,9° C and in T. brachii was 5,6° C.

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In normal conditions of slaughter, the Nelore bovines shows average

pH values of 6,44, 6,18, 5,95 and 5,68 in L. dorsi muscle 2, 6, 12 and 24 hours

post mortem, respectively and pH of 6,43, 6,04, 5,72 and 5,58 for the T. brachii,

respectively. According to European Community Rules, it is not allowed to

export the beef cuts that came from carcasses with pH ���������������! � #"%$'&�( in L.

dorsi muscle. It has been found in this work that 5 % of the carcasses have pH

over 5,9 in L. dorsi muscle for the animals transported from distances up to 331

km and in 26,6% for the animals transported above 331 km.

The L. dorsi muscle was considered better than T. brachii for the

post-mortem pH measurement as it showed more uniformity when the pH

reduced.

Young and light animals showed a better conformation and

carcasses classification. Old and heavy animals, on the other hand, showed a

better fat cover. The weight loss during the cooling was higher in heavier

animals and animals with worse conformation.

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ÍNDICE

PÁGINA

RESUMO ...................................................................................................... V

SUMMARY ................................................................................................... Vii

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 1

2. REVISÃO DA LITERATURA ................................................................ 2

2.1. Transporte de animais ................................................................. 2

2.2. Descanso e dieta hídrica ............................................................. 5

2.3. Glicólise e queda do p H ............................................................... 7

3. MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................... 14

3.1. Material ............................................................................................. 14

3.2. Método s ........................................................................................... 15

3.2.1. Monitoramento do transporte e da dieta hídrica ......... 15

3.2.2. Monitoramento da inspeção post-mortem .................... 15

3.2.3. Tipificação da carcaça ....................................................... 15

3.2.4. Monitoramento do s parâmetros post-mortem ............. 16

3.2.5. Avaliação estatística ........................................................... 16

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................... 18

4.1. Monitoramento do transporte e da dieta hídrica ................... 18

4.2. Monitoramento da inspeção post-mortem .............................. 23

4.3. Tipificação da carcaça ................................................................. 27

4.4. Monitoramento do s parâmetros post-mortem ....................... 28

4.4.1. Resfriamento das carcaças .............................................. 28

4.4.3. pH post-mortem ................................................................... 35

4.5. Correlações entre os parâmetros analisados ........................ 39

5. CONCLUSÕES ....................................................................................... 43

6. IMPLICAÇÕES ........................................................................................ 44

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... 46

ANEXOS ....................................................................................................... 54

ÍNDICE DE TABELAS ................................................................................ 67

ÍNDICE DE FIGURAS ................................................................................. 69

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1. INTRODUÇÃO

Há algumas décadas, o abate de animais era considerado uma

operação tecnológica de baixo nível científico e não se constituía em um tema

pesquisado seriamente por universidades, institutos de pesquisa e indústrias. A

tecnologia do abate de animais destinado ao consumo somente assumiu

importância científica quando se observou que os eventos que se sucedem

desde a propriedade rural até o abate do animal tinham grande influência na

qualidade da carne (SWATLAND, 1999).

O Brasil tem aumentado as exportações de carne bovina. Se

destaca nos agronegócios da esfera nacional, e apresentou um crescimento de

52% em 2001, tendo produzido 7,022 milhões de toneladas de carne bovina e

exportado o equivalente a 1,1 bilhão de dólares, sendo o Estado de São Paulo

responsável por 634,2 milhões de dólares, com produção total de 1,031

milhões de toneladas de carne (INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA,

2002).

O transporte de animais para o estabelecimento de abate constitui-

se na primeira etapa do abate humanitário com efeitos significativos na

qualidade da carne. Em condições desfavoráveis pode conduzir à morte e ser

responsável pelas principais contusões observadas na inspeção post-mortem.

Está relacionado com o estresse dos animais e conseqüentemente com a

queda do pH post-mortem (ROÇA, 2001).

O presente trabalho teve como objetivo estudar os efeitos das

distâncias de transporte dos bovinos em parâmetros post-mortem como queda

do pH e pH final, estabelecendo-se a relação entre as condições de transporte,

jejum e dieta hídrica no aparecimento da carne D.F.D. (dark, firm, dry), com

queda anômala de pH. A carne D.F.D. não pode ser exportada por motivos

sanitários, traduzindo em perdas econômicas.

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2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1. Transporte de animais

O transporte rodoviário é o meio mais comum de condução de

animais de corte para o abate (TARRANT et al., 1988). No Brasil, o transporte

também é realizado principalmente por via rodoviária, nos chamados

"caminhões boiadeiros", tipo "truque", com carroçaria medindo 10,60 x 2,40

metros, com três divisões: anterior com 2,65 x 2,40 metros, intermediária com

5,30 x 2,40 metros e posterior com 2,65 x 2,40 metros, sendo a capacidade de

carga média, de 20 animais.

O transporte rodoviário, em condições desfavoráveis, pode provocar

a morte dos animais ou conduzir a contusões, perda de peso e estresse dos

animais (KNOWLES, 1999).

A mortalidade de bovinos durante o transporte é extremamente

baixa. Novilhos são mais susceptíveis que animais adultos (KNOWLES, 1995).

Na África do Sul foi relatado 0,01% de mortalidade de bovinos em 1980, e 0%,

de um total de 22 mil animais transportados em 1990. Não há registro de

mortalidade no transporte de bovinos no Reino Unido. Publicações mais

antigas relatam que o transporte ferroviário é mais problemático que o

transporte rodoviário (KNOWLES, 1999).

Os animais gordos são mais susceptíveis que os animais magros.

As altas temperaturas, as maiores distâncias de transporte e a diminuição do

espaço ocupado por animal também contribuem para que ocorram problemas

de transporte (THORNTON, 1969).

A privação de alimento e água conduz à perda de peso do animal. A

razão da perda de peso relatada na literatura científica é extremamente

variável, de 0,75% a 11% do peso vivo nas primeiras 24 horas de privação de

água e alimento (WARRISS, 1990; KNOWLES, 1999). A perda de peso dos

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animais tem razão direta com o tempo de transporte, variando de 4,6% para 5

horas a 7% para 15 horas, recuperada somente após 5 dias (WARRISS et al.,

1995). A perda de peso é motivada inicialmente pela perda do conteúdo

gastrintestinal e o acesso à água durante a privação de alimento reduz as

perdas. A perda de peso da carcaça também é variável, de valores inferiores a

1% a valores de 8% após 48 horas de privação de alimento e água (WARRISS,

1990). O peso do fígado tende a diminuir rapidamente da mesma forma que o

volume do rúmen, cujo conteúdo torna-se mais fluído (WARRISS, 1990).

Algumas propostas são recomendadas para a redução da perda de

peso do animal e da carcaça que ocorre durante o transporte, como a utilização

de soluções eletrolíticas via oral (SCHAEFER et al., 1997), no entanto, a

administração de soluções injetáveis de vitaminas A, D e E não apresentam

efeito na redução da perda de peso (JUBB et al., 1993b).

O principal aspecto a ser considerado durante o transporte de

bovinos, é o espaço ocupado por animal, ou seja, a densidade de carga, que

pode ser classificada em alta (600Kg/m2), média (400Kg/m2) e baixa

(200Kg/m2) (TARRANT et al., 1988). A Farm Animal Welfare Concil - FAWC

(KNOWLES, 1999), dá uma fórmula para cálculo da área mínima a ser

ocupada por animal, baseada no peso vivo: A = 0,021 P0,67 , onde A é a área

em metros quadrados e P o peso vivo do animal em quilos, recomendando a

média 360kg/m2. Randall, citado KNOWLES (1999) preconiza outra equação: A

= 0,01 P0,78 , e a The Animal Welfare Advisory Committee, da Nova Zelândia,

adota a equação de Randall como o mínimo espaço e a equação da FAWC

como máximo espaço (KNOWLES, 1999).

Teoricamente, do ponto de vista econômico, procura-se transportar

os animais empregando alta densidade de carga, no entanto, este

procedimento tem sido responsável pelo aumento das contusões e estresse

dos animais, sendo inadmissível densidade superior a 550Kg/m2 (TARRANT et

al., 1988, 1992). No Brasil, a densidade de carga utilizada é em média de 390 a

410Kg/m2.

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O aumento do estresse durante o transporte é proporcionado pelas

condições desfavoráveis como privação de alimento e água, alta umidade, alta

velocidade do ar e densidade de carga. (SCHARAMA et al., 1996). As

respostas fisiológicas ao estresse, são traduzidas através da hipertermia e

aumento da freqüência respiratória e cardíaca. Com o estímulo da hipófise e

adrenal, estão associados os aumentos do níveis de cortisol, glicose e ácidos

graxos livres no plasma. Pode ocorrer ainda aumento de neutrófilos e

diminuição de linfócitos, eosinófilos e monócitos (KNOWLES, 1999; GRANDIN,

2002a, GRIGOR et al., 1999).

Estas respostas fisiológicas aumentam nos animais transportados

no terço final do veículo (TARRANT et al., 1988), na razão direta com a

movimentação dos animais durante a viagem em estradas precárias (KENNY &

TARRANT 1987), e em alta densidade de carga (TARRANT et al., 1992). O

cortisol também sofre aumento na fase inicial restabelecendo-se no decorrer do

transporte (WARRISS, et al., 1995).

As operações de embarque e desembarque dos animais, se bem

conduzidas, não produzem reações estressantes importantes (KENNY &

TARRANT 1987). O ângulo formado pela rampa de acesso ao veículo em

relação ao solo não deve ser superior a 20º, sendo desejável um ângulo de 15º

(CORTESI, 1994).

A extensão das contusões nas carcaças representa uma forma de

avaliação da qualidade do transporte, afetando diretamente a qualidade da

carcaça, considerando que as áreas afetadas da mesma são aparadas, com

auxílio de faca, resultando em perda econômica e é indicativa de problemas

com o bem-estar animal (JARVIS & COCKRAM, 1994). A extensão das

contusões aumenta com o aumento da densidade de carga, principalmente

com valores superiores a 600kg/m2 (TARRANT et al., 1992).

A maior influência do transporte na qualidade da carne é a depleção

do glicogênio muscular por atividade física ou estresse físico. promovendo um

queda anômala do pH post-mortem, originando a carne D.F.D. (dark, firm, dry).

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Estas condições estressantes são causadas pelo transporte prolongado

(KNOWLES, 1999). Transporte por tempo superior a 15 horas é inaceitável do

ponto de vista de comportamento e bem-estar animal (WARRISS, et al., 1995).

Um novo conceito de monitoramento on-line do transporte de

animais é apresentado por GEERS et al. (1998) com o objetivo de verificar o

bem-estar animal e melhorar a prevenção e controle de doenças dos animais.

O sistema, denominado de TETRAD – Transport Animal Disease Prevention, é

baseado em telemetria e envio dos dados via satélite. O animal dispõe de um

dispositivo eletrônico (transponders) que fornece sua identificação, temperatura

corporal e sua posição geográfica no veículo. O veículo possui um

microcomputador (laptop) que transmite os dados do animal, via satélite, para

uma central de controle, onde é realizado o monitoramento do transporte.

2.2. Descanso e dieta hídrica

O período de descanso ou dieta hídrica no matadouro é o tempo

necessário para que os animais se recuperem totalmente das perturbações

surgidas pelo deslocamento desde o local de origem até ao estabelecimento

de abate (GIL & DURÃO, 1985).

De acordo com o artigo nº. 110 do RIISPOA - Regulamento de

Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (BRASIL, 1968),

os animais devem permanecer em descanso, jejum e dieta hídrica nos currais

por 24 horas, podendo este período ser reduzido em função de menor distância

percorrida. A Argentina também adota este procedimento (ARGENTINA, 1971).

As disposições oficiais portuguesas determinam também um mínimo de 24

horas para descanso dos animais nos currais (GIL & DURÃO, 1985). Na

Austrália tem sido empregado o tempo de retenção de 48 horas, sendo 24

horas com alimentação e 24 horas em dieta hídrica (SHORTHOSE, 1991). No

Canadá, o tempo de descanso é de 48 horas com alimentação (GRANDIN,

1994). De maneira geral, é necessário um período mínimo de 12 a 24 horas de

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retenção e descanso para que o gado que foi submetido a condições

desfavoráveis durante o transporte por um curto período, se recupere

rapidamente. Os animais submetidos a essas mesmas condições, mas por

período prolongado, exigirão vários dias para readquirirem sua normalidade

fisiológica (THORNTON, 1969).

O descanso tem como objetivo principal reduzir o conteúdo gástrico

para facilitar a evisceração da carcaça (THORNTON, 1969) e também

restabelecer as reservas de glicogênio muscular (BARTELS, 1980;

SHORTHOSE, 1991; THORNTON, 1969), tendo em vista que as condições de

estresse reduzem as reservas de glicogênio antes do abate (BRAY et al.,

1989).

Durante o período que os animais permanecem em descanso e dieta

hídrica, é realizada a inspeção ante-mortem com as seguintes finalidades: a)

exigir e verificar os certificados de vacinação e sanidade do gado; b) identificar

o estado higiênico-sanitário dos animais para auxiliar, com os dados

informativos, a tarefa de inspeção post-mortem; c) identificar e isolar os animais

doentes ou suspeitos, antes do abate, bem como vacas com gestação

adiantada e recém-paridas; d) verificar as condições higiênicas dos currais e

anexos (BRASIL, 1968; GIL & DURÃO, 1985; SNIJDERS, 1988; STEINER,

1983).

Basicamente há cinco causas de problemas do bem-estar animal

nos matadouros-frigoríficos (GRANDIN, 1996, 1996b): a) estresse provocado

por equipamentos e métodos impróprios que proporcionam excitação, estresse

e contusões; b) transtornos que impedem o movimento natural do animal, como

reflexo da água no piso, brilho de metais e ruídos de alta freqüência; c) falta de

treinamento de pessoal; d) falta de manutenção de equipamentos, como

conservação de pisos e corredores; e) condições precárias pelas quais os

animais chegam no estabelecimento, principalmente devido ao transporte. O

bem-estar também é afetado pela espécie, raça, linhagem genética (GRANDIN,

1996) e pelo manejo inadequado como reagrupamento ou mistura de lotes de

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animais de origem diferente promovendo brigas entre os mesmos (KNOWLES,

1999; ABATE, 1997).

A retenção dos animais, o manejo adotado e as inovações que o

animal recebe são causas de estresse psicológico, enquanto que os extremos

de temperatura, fome, sede, fadiga e injúrias, são as principais causas do

estresse físico (GRANDIN, 1997).

Os estudos para a determinação do nível de estresse a que o animal

é submetido durante as operações ante-mortem apresentam resultados

variáveis e de difícil interpretação para definição do bem-estar animal

(GRANDIN, 1997, 1998, 2002b). As avaliações do estresse provocado no

período ante-mortem devem ser realizadas na rampa de acesso ao boxe de

insensibilização, ou no espaço reservado para o banho de aspersão.

2.3. Glicólise e queda do p H

As funções vitais do sistema muscular não cessam no momento da

morte do animal. Uma série de modificações bioquímicas e estruturais, que

ocorrem após o sacrifício, é denominada de "conversão do músculo em carne".

As modificações bioquímicas e estruturais ocorrem simultaneamente e são

dependentes dos tratamentos ante-mortem, do processo de abate e das

técnicas de armazenamento da carne.

O glicogênio encontra-se distribuído em todos os tecidos, mas é

importante considerá-lo no fígado e no músculo estriado onde o seu

metabolismo assume maior significado na transformação do músculo em carne

(BACILA, 1980). Apresenta grande importância no estudo das alterações post-

mortem, tendo em vista que a sua concentração no tecido muscular momentos

antes do abate definirá de maneira significativa a formação de ácido lático e a

conseqüente queda do pH (PRICE & SCHWEIGERT, 1976).

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A concentração do glicogênio hepático em bovinos está na ordem

de 1,5 a 4,0% do peso do órgão (BACILA, 1980), mas distúrbios do

metabolismo hepático de carboidratos e problemas relacionados com a

nutrição constituem os principais fatores que alteram estes valores (KOLB,

1980). Nas doenças onde ocorre menor ingestão de alimentos, nos períodos de

fome, de baixo plano nutricional, ou seja, quando o aporte energético se torna

inferior às necessidades, diminui, no decorrer de um a dois dias, o teor de

glicogênio no fígado e o conteúdo de glicogênio e glicose no sangue (KOLB,

1980).

A concentração de glicogênio no sangue apresenta grandes

oscilações diárias, atingindo maiores valores uma hora após uma refeição e

valores inferiores a 1% podem ocorrer após jejum de 24 horas (BACILA, 1980).

Em vida, a massa muscular de bovinos armazena cerca de dois

terços do glicogênio total do corpo (BACILA, 1980), correspondendo a valores

de 1,57% de glicogênio no músculo vivo (TARRANT & McVEIGH, 1979).

O glicogênio muscular é utilizado como fonte de material energético

para sustentar a contração quando a demanda por energia é maior do que a

que pode ser oferecida pela glicose sangüínea (BACILA, 1980).

No citoplasma das células hepáticas e nas fibras musculares

existem enzimas para a síntese e quebra de glicogênio. A atividade enzimática

é regulada por hormônios: a síntese de glicogênio é estimulada pela insulina e

a quebra é estimulada por adrenalina e glucagon (KOLB, 1980). As primeiras

enzimas que regulam a glicólise post-mortem no músculo são a fosforilase b e

a fosfofrutoquinase (DALRYMPLE & HAMM, 1975; SWATLAND, 1979). A

ativação da glicólise abaixo de 5oC parece ser devido ao grande acúmulo de

AMP (adenosina monofosfato) que estimula a fosforilase b (SWATLAND,

1979).

Para compreensão da transformação do músculo em carne é

necessário o conhecimento dos processos bioquímicos que ocorrem no animal

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em vida. As reações químicas no músculo vivo e após o sacrifício são

similares, porém deve-se considerar que, após a morte fisiológica, os tecidos

são incapazes de sintetizar e eliminar determinados metabólitos (PRICE &

SCHWEIGERT, 1976).

A glicólise é um processo que envolve todas as etapas da conversão

do glicogênio ou glicose muscular em ácido pirúvico ou ácido lático.

Considerando inicialmente o animal vivo, este processo é um meio rápido de

obtenção de ATP (adenosina trifosfato). Estas reações ocorrem no

sarcoplasma e as enzimas que catalisam cada uma das reações são proteínas

sarcoplasmáticas solúveis. O rendimento líquido da glicólise é de 3 moles de

ATP e 4 íons hidrogênio por molécula de glicose-1-fosfato, proveniente do

glicogênio. Esta série de doze reações químicas (FIGURA 1) é denominada via

glicolítica de Embden-Meyerhof (BACILA, 1980; BENNET & FRIEDEN, 1975;

FORREST et al., 1979; PRICE & SCHWEIGERT, 1976).

A segunda parte do mecanismo que ocorre a nível de mitocôndria,

no animal em vida, é chamada de ciclo de Krebs-Johnson (ciclo dos ácidos

tricarboxílicos ou ciclo do ácido cítrico). É uma continuação da via glicolítica e

requer oxigênio. Sua função é converter os ácidos pirúvico e lático, produtos

finais da glicólise nos animais, em gás carbônico e íons hidrogênio. O ciclo de

Krebs-Johnson constitui um mecanismo comum não só para oxidação dos

produtos da glicólise, mas também para oxidação final de produtos resultantes

do metabolismo de ácidos graxos e aminoácidos (FIGURA 1) (BACILA, 1980;

BENNET & FRIEDEN, 1975; FORREST et al., 1979; PRICE & SCHWEIGERT,

1976).

O gás carbônico proveniente do Ciclo de Krebs-Johnson é

eliminado através da corrente sangüínea e os íons hidrogênio entram na

terceira fase do mecanismo chamada de fosforilação oxidativa ou cadeia

citocrômica mitocondrial. Os nucleotídeos NAD (nicotinamina adenina

dinucleotídeo), NADP (nicotinamina adenina dinucleotídeo fosfato) e FAD

(flavina adenina dinucleotídeo) agem em colaboração com enzimas

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mitocondriais para efetuarem o transporte de elétrons e facilitarem a

transferência de hidrogênio, produzindo NAD-H2, NADP-H2 e FAD-H2. Estes

nucleotídeos reduzidos naturalmente, dão origem à formação de ATP a partir

de ADP (adenosina difosfato). O rendimento líquido de energia no ciclo de

Krebs-Johnson e cadeia do citocromo é de 34 moléculas de ATP, totalizando

nas três fases do mecanismo, 37 moléculas de ATP (FIGURA 1) (BACILA,

1980; BENNET & FRIEDEN, 1975; FORREST et al., 1979; PRICE &

SCHWEIGERT, 1976).

GLICOGÊNIO MUSCULAR

[rendimento = 3ATP]

-1ATP +4ATP | |

PRODUTOS DA DEGRADAÇÃO

GLICOSE 1-FOSFATO

>

VIA GLICOLÍTICA EMBDEN-MEYERHOF

> ÁCIDO PIRÚVICO

DE ÁCIDOS GRAXOS E

AMINO ÁCIDOS 4H aerobiose aerobiose anaerobiose aerobiose ∨ ∨

∨ ∨ CICLO DE

KREBS-JOHNSON

2 ÁCIDO LÁTICO aerobiose ∨ 20 H 6 CO2 SUPRIMENTO aerobiose SANGÜÍNEO ∨ ∨

6 O2 >

CADEIA CITOCROMICA MITOCONDRIAL

>12H2O

∨ ∨ 4 ATP 30 ATP Figura 1 - Sumário das reações que proporcionam energia para a função

muscular (FORREST et al., 1979).

O animal recém abatido após um período de repouso, apresenta em

seus músculos, ATP, fosfocreatina e tem pH em torno de 6,9 a 7,2. No músculo

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vivo, o ATP circula continuamente para a manutenção do metabolismo, mas

quando o suprimento de oxigênio é cortado através da sangria, o músculo

torna-se anaeróbio, e o ácido pirúvico não entra no ciclo de Krebs-Johnson e

na cadeia citocrômica para formar ATP. Em anaerobiose há formação de ácido

lático e apenas 8% do ATP em relação ao ATP formado pelo metabolismo com

presença de oxigênio. Desta forma nos primeiros momentos post-mortem, o

nível de ATP (10umol/g) é mantido por conversão do ADP a ATP (fosfocreatina

+ ADP <-> creatina + ATP), mas quando a fosfocreatina é exaurida, inicia-se a

queda do nível de ATP (ASGHAR & PEARSON, 1980; HAMM, 1982; PENNY,

1984). Portanto, as reservas energéticas se esgotam mais rapidamente no

metabolismo anaeróbio. Inicialmente são degradadas as reservas de

fosfocreatina, seguidas pelas reservas de glicogênio e outros carboidratos e

finalmente o ATP, rico em energia (HAMM et al., 1983, HONIKEL & HAMM,

1980, 1985). Como resultado, os prótons que são produzidos durante a

glicólise e durante a hidrólise de ATP a ADP causam diminuição significativa do

pH intracelular (HONIKEL & HAMM, 1974; LUNDBERG & VOGEL, 1987).

A velocidade do consumo de ATP determina a velocidade de

degradação do glicogênio e, como conseqüência, a formação do produto final

do metabolismo anaeróbio que é o ácido lático. Assim, a forma mais rápida

para observar a velocidade de consumo de ATP é a verificação da queda do

pH (HONIKEL & HAMM, 1974, 1980). A queda inicial do pH é devida

principalmente à liberação de íons H+, que ocorre antes da redução de piruvato

a lactato. Em pH 7,0, o íon H+ é ligado durante a fosforilação de ADP a ATP e

liberado durante a hidrólise enzimática do ATP. Por outro lado, a pH 5,5 - 6,0,

os íons H+ são liberados durante a glicólise mas não são liberados durante a

hidrólise de ATP. Noventa por cento dos íons formados são devidos à glicólise

e o restante devido à hidrólise do ATP (HONIKEL & HAMM, 1974).

A velocidade de queda do pH, bem como o pH final da carne após

24-48 horas, é muito variável (FORREST et al., 1979). A queda do pH é mais

rápida nos suínos, intermediária nos ovinos e mais lenta nos bovinos

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(LUNDBERG & VOGEL, 1987). Para bovinos, normalmente a glicólise se

desenvolve lentamente; o pH inicial (0 horas) em torno de 7,0 cai para 6,4-6,8

após 5 horas e para 5,5 - 5,9 após 24 horas (HONIKEL et al., 1981, 1981a;

SEYDI & FAYE, 1990). Em suínos, a velocidade de queda é maior, atingindo

valores de 5,6 - 5,7 após 6 - 8 horas post-mortem e 5,3 - 5,7 após 24 horas

(FORREST et al., 1979).

Em suínos, quando o pH atinge níveis inferiores a 5,8 dentro de 45

minutos post-mortem tem-se o indício da presença de carne PSE ("pale, soft,

exudative") (HOFMANN, 1988; WIRTH, 1980, 1987). Esta glicólise

extremamente rápida, que ocorre em suínos susceptíveis ao estresse, não é

observada em bovinos (FERNANDEZ et al., 1992; TARRANT & MOTHERSILL,

1977), embora LOCKER & DAINES (1975) tenham encontrado mudanças post-

mortem em músculo bovino incubado a 37oC, que podem ser consideradas

como uma leve forma de PSE.

Entretanto, se devido a uma deficiência de glicogênio, o pH

permanece após 24 horas acima de 6,2, tem-se o indício de uma carne DFD

("dark, firm, dry" ou "dark-cutting") (HOFFMANN, 1988; KATSARAS & PEETZ,

1990; WIRTH, 1980, 1987). Esta condição ocorre em bovinos, suínos e ovinos,

mas com pequena importância econômica para ovinos (NEWTON & GILL,

1981).

A carne DFD é um problema causado pelo estresse crônico antes do

abate, que esgota os níveis de glicogênio (BROWN et al., 1990). Há evidências

que o principal fator de indução do aparecimento do "dark cutting" seja o

manejo inadequado antes do abate que conduz à exaustão física do animal

(BARTOS et al., 1988; BRUAS et al., 1990; WIRTH, 1987).

O pH final é a causa das características físicas da cor escura e alta

capacidade de retenção de água da carne (HAMM, 1960; FIELD, 1981) e

ocorre devido a pequena quantidade de ácido lático produzida. A glicose e os

metabólitos intermediários também são acumulados (NEWTON & GILL, 1981).

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O pH 6,0 tem sido considerado como linha divisória entre o corte

normal e o "dark-cutting", porém alguns autores também utilizam valores de 6,2

- 6,3 (NEWTON & GILL, 1981; WIRTH, 1987). No Brasil, os frigoríficos só

exportam carne com pH ) 5,9, avaliado diretamente no músculo L. dorsi, após

24 horas post-mortem.

A incidência de "dark-cutting" é variável conforme o país: 22%

na Finlândia (PUOLANNE & ALTO, apud BROWN et al., 1990); 3,2% na Irlanda

(TARRANT & SHERINGTON, 1980), 3,6% na França (BRUAS et al., 1990),

4,1% na Grã Bretanha, segundo BROWN et al.(1990), e, em função da idade e

do sexo: 1 a 5% para novilhos e novilhas; 6 a 10% para vacas e 11 a 15% para

machos adultos também na Grã Bretanha, de acordo com ZEROUALA &

STICKLAND (1991).

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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Material

Foram utilizados 180 bovinos sãos, castrados, da raça Nelore,

abatidos em matadouro frigorífico sob inspeção federal, em Bauru, S.P.,

divididos em três grupos de 60 animais, de acordo com a distância de

transporte:

*Grupo I: animais transportados por distância inferior a 100 quilômetros;

+Grupo II: animais transportados por distância de 101 a 330 quilômetros;

+Grupo III: animais transportados por distância superior a 331 quilômetros.

O transporte foi realizado por via rodoviária. Após o

desembarque, os animais foram submetidos ao jejum e dieta hídrica por 12 a

24 horas. O banho de aspersão foi realizado com água clorada, à temperatura

ambiente, durante 6 a 10 minutos. Os animais foram abatidos através de

pistola pneumática de penetração, suspensos através de guincho elétrico e

processados com o auxílio de transportador aéreo automático. A sangria foi

realizada com duas facas previamente esterilizadas em água à temperatura de

ebulição. A tipificação das carcaças foi realizada depois da operação de

toalete. A lavagem da carcaça foi realizada por 3 operadores, sendo 2 no piso

e 1 em plataforma elevada, com mangueiras de alta pressão. A velocidade

média de abate foi de 120 animais por hora.

As colheitas foram realizadas no período de 04 de outubro de 2000 a

20 de junho de 2001, em 36 lotes de 5 animais cada um, sendo 12 lotes para

cada grupo de tratamento, ou distância de transporte. A média de idade dos

animais foi inferior a 3 anos e o peso em torno de 18 arrobas ( Tabela 1 ).

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Tabela 1 – Média de idade e peso dos animais utilizados no experimento.

Parâmetro Grupo I Grupo II Grupo III

Idade (meses) 33,40 32,90 33,50

Peso da carcaça (kg) 266,72 279,56 278,05

Grupos (distância de transporte): I (< 100 km); II (101 a 330 km); III (> 331 km).

3.2. Método s

3.2.1. Monitoramento do transporte e da dieta hídrica

Os dados do transporte como distância e tempo de transporte,

condições da estrada (pavimentadas ou não), horário de chegada ao frigorífico,

tempo de jejum e dieta hídrica, foram monitorados.

3.2.2. Monitoramento da inspeção post-mortem

O exame post-mortem dos animais obedeceu às normas do

Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de produtos de Origem Animal

– RIISPOA (BRASIL, 1968).

3.2.3. Tipificação da carcaça

Após o abate e toalete das carcaças, as mesmas foram pesadas,

classificadas e tipificadas, de acordo com peso, idade, conformação e

cobertura de gordura, onde os tipos são classificados através das letras

B,R,A,S,I e L, segundo sua conformação – que é definida pelos perfis

musculares (ísquio-tarsiano, ísquio-trocantérico, ílio-trocantérico, glúteo-bíceps,

vertebral-transverso e escápulo-umeral-transverso ), acabamento – traduzido

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pela distribuição de gordura externa ( 1-magra: gordura ausente; 2-escassa: 1

a 3 mm de espessura; 3-mediana: acima de 3 e até 6 mm; 4-uniforme: acima

de 6 e até 10 mm; 5-excessiva: acima de 10 mm ) e, pelo sexo-maturidade e

peso. A tipificação foi efetuada conforme a Portaria 612 do Ministério da

Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (BRASIL, 1989).

3.2.4. Monitoramento do s parâmetros post-mortem

Após a pesagem e lavagem, as carcaças foram encaminhadas à

câmara frigorífica, onde se monitorou os seguintes parâmetros após 2, 6, 12 e

24 horas post-mortem:

,Umidade Relativa e temperatura ambiente da câmara frigorífica:

avaliada através de termohigrômetro, colocado em uma altura de 2 metros

do piso.

,pH e temperatura de resfriamento da carcaça: avaliado através de

peagômetro Sentron, de penetração, a 5 cm da superfície, nos músculos

Longíssimus dorsi, na altura da 11 – 12ª costela, e no músculo Tricepis

brachii.

Após o período de resfriamento as carcaças foram pesadas para o

cálculo da perda de peso durante o resfriamento.

3.2.5. Avaliação estatística

Para cada variável dos grupos dos animais foi realizada uma análise

estatística univariada (S.A.S., 1989), com média, desvio padrão, skewness,

kurtose, coeficiente de variação, distribuição binomial e extremos baixos e

altos.

As avaliações de pH e temperatura de resfriamento, realizadas nos

tempos 2, 6, 12 e 24 horas post-mortem, nos músculos L. dorsi e T. brachii,

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serão comparadas entre os grupos de animais através de blocos ao acaso com

esquema fatorial (SNEDECOR & COCHRAN, 1978).

Os dados obtidos de perda de peso no resfriamento, pH final (24

horas post-mortem), foram submetidos ao delineamento de blocos ao acaso, e

as médias comparadas através do teste de Tukey (SNEDECOR & COCHRAN,

1978).

Foram realizadas correlações para os dados de peso, idade,

conformação, cobertura de gordura, perda de peso no resfriamento, pH final e

distância exata de transporte (SNEDECOR & COCHRAN, 1978).

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Monitoramento do transporte e da dieta hídrica

O monitoramento do transporte e retenção (tempo de descanso e

dieta hídrica nos currais) dos animais utilizados no experimento estão

demonstrados nas Tabelas 2 a 4, as quais apresentam, respectivamente, os

Grupos I (transporte igual ou inferior a 100 km), II (transporte de 101 a 330 km)

e III (transporte superior a 330 km).

Os valores médios da distância e de tempo de transporte, bem como

a variação máxima de distância de transporte, foram, respectivamente, de 50,2

km, 54 minutos e 15 – 100 km para o Grupo I, 193,1 km, 2:35 horas e 110-330

km para o Grupo II e 422,8 km, 6:07 horas e 340-580 km para o Grupo III.

Com relação à distância de transporte, o frigorífico raramente recebe

animais de localidades superiores a 600 km. O tempo máximo de transporte

dos lotes utilizados no experimento foi de 9 horas. De acordo com WARRISS et

al. (1995), transporte acima de 15 horas é considerado inaceitável sob o ponto

de vista do bem estar animal.

As condições da estrada também são fatores importantes sob o

aspecto de bem estar animal. Animais transportados por longas distâncias em

estradas não pavimentadas apresentam, na prática, alta incidência de

contusões, como resultado dos solavancos, freadas e desvios bruscos a que

estão sujeitos os caminhões boiadeiros. Neste experimento, a maior distância

de transporte observada em estradas não pavimentadas foi do Lote 2, Grupo

III: 38 km. A grande parte deste tipo de transporte foi de pequenas distâncias

entre a propriedade rural e a estrada pavimentada. Dos 36 lotes utilizados no

experimento, apenas três lotes do Grupo III, são oriundos de transporte

interestadual. O gado abatido neste frigorífico, praticamente está restrito ao

Estado de São Paulo.

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A densidade de carga é citada por vários autores como sendo um

dos grandes problemas do transporte de animais para o abate (SCHARAMA et

al., 1996; GRANDIN, 2002a; GRIGOR et al., 1999; KNOWLES, 1999,

TARRANT et al., 1988, 1992). No Brasil este problema é praticamente

inexistente. O transporte é feito em caminhões tipo “truque”, com 25,44 m2 de

área, que transporta 20 bovinos com peso vivo médio de 540 quilos, resultando

em densidade de carga considerada satisfatória de 424 kg/m2.

O tempo de jejum e dieta hídrica foi em média de 16:30 horas,

variando de 12 a 20:30 horas, no Grupo I, média de 17:09 horas, variando de

13:02 a 24:20 horas, no Grupo II e média de 15:10 horas, variando de 9:45 a

20:20 horas, no Grupo III. Algumas variações neste controle são decorrentes

das dificuldades em alterar-se a ordem dos trabalhos de abate, face os

problemas trabalhistas, técnicos e econômicos que acarreta.

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Page 31: EFEITOS DA DISTÂNCIA DE TRANSPORTE EM … · tempo em jejum e dieta hídrica, foram monitorados. Após o abate, os animais foram submetidos à inspeção post-mortem, seguindo-se

22

Tab

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Page 32: EFEITOS DA DISTÂNCIA DE TRANSPORTE EM … · tempo em jejum e dieta hídrica, foram monitorados. Após o abate, os animais foram submetidos à inspeção post-mortem, seguindo-se

23

4.2. Monitoramento da inspeção post-mortem

Com respeito ao transporte como o agente principal da incidência de

contusões (JARVIS & COCKRAM, 1994), pode-se considerar que nenhum dos

lotes teve problemas de transporte (Tabelas 5 a 7). Todas as contusões

encontradas foram leves e com incidência baixa (0,95% no Grupo I, 0,64% no

Grupo II e 0,71% no Grupo III). A maior incidência observada foi no Lote 7 do

Grupo I, com três contusões leves em um lote de apenas 20 animais (um

caminhão), transportados por uma estrada com 23 km sem pavimentação e 9

km pavimentados.

Observou-se alta incidência de cistos calcificados 11,3% no lote I

(Tabela 5), 8,17% no lote II (Tabela 6) e 7,05% no lote III (Tabela 7). Estes

resultados são compatíveis com a média obtida no mesmo estabelecimento, no

período de janeiro de 2001 a março de 2002, quando foram abatidos 165.515

bovinos e encontrados a incidência de 12,82% de cisticercose, conforme dados

obtidos pelo Serviço de Inspeção Federal – SIF 1758.

As apreensões foram efetuadas pelo serviço de inspeção federal

local conforme o verificado nos lotes (Tabelas 5 a 7), envolvendo cistos vivos e

tuberculose caseosa, sendo respectivamente de 3,23% e 0,19% no Grupo I;

2,49% e 0,78% no Grupo II e 1,94% e 0,13% no Grupo III. O Grupo II

apresentou, ainda, 0,07% de tuberculose generalizada e o Grupo III 0,06% de

neoplasia. Foram 115 carcaças seqüestradas em 4007 inspecionados,

representando 2,87% dos lotes. Estes números são compatíveis com os

achados nosológicos do estabelecimento. GIRARD et al. (1994) encontraram

resultados semelhantes: 1,74% de cistos vivos, 0,11% de Tuberculose

calcificada e 0,08% de tuberculose caseosa.

Page 33: EFEITOS DA DISTÂNCIA DE TRANSPORTE EM … · tempo em jejum e dieta hídrica, foram monitorados. Após o abate, os animais foram submetidos à inspeção post-mortem, seguindo-se

24

Tab

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Page 34: EFEITOS DA DISTÂNCIA DE TRANSPORTE EM … · tempo em jejum e dieta hídrica, foram monitorados. Após o abate, os animais foram submetidos à inspeção post-mortem, seguindo-se

25

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Page 35: EFEITOS DA DISTÂNCIA DE TRANSPORTE EM … · tempo em jejum e dieta hídrica, foram monitorados. Após o abate, os animais foram submetidos à inspeção post-mortem, seguindo-se

26

Tab

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Page 36: EFEITOS DA DISTÂNCIA DE TRANSPORTE EM … · tempo em jejum e dieta hídrica, foram monitorados. Após o abate, os animais foram submetidos à inspeção post-mortem, seguindo-se

27

4.3. Tipificação da carcaça

As carcaças foram tipificadas conforme normas do Ministério da

Agricultura e Pecuária (BRASIL, 1989).

Para efeito de cálculo de média, o parâmetro conformação foi

transformado em números conforme o quadro:

5 C = carcaças convexa

4 Sc = carcaças subconvexas

3 Re = carcaças retilíneas

2 S = carcaças subcôncavas

1 Co = carcaças côncavas

0 F = carcaças industrialização

Na classificação, adotamos as letras B, R, A, S, I e L que foram

substituídas respectivamente pelos números 6, 5, 4, 3, 2 e 1

Foram utilizados lotes homogêneos, com idade inferior a 3 anos, e

peso em torno de 18 arrobas (Tabela 8). A conformação média das carcaças

foi retilínea, típica do gado Nelore. Com relação ao acabamento de gordura, o

Grupo III apresentou média superior ao Grupo I, e o Grupo II sem diferenças

estatísticas com o Grupo I e III. A cobertura de gordura encontrada também

está dentro dos padrões da raça, na faixa de 2 (gordura escassa – 1 a 3 mm) a

3 (gordura mediana – 3 a 6 mm).

Os resultados da classificação demonstraram que os animais estão

entre o padrão B e o padrão R, sem diferenças entre os lotes utilizados.

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28

Tabela 8 – Valores médios da tipificação das carcaças.

Parâmetros Grupo I Grupo II Grupo III

Idade (meses) 33,40 a(*) 32,90 a 33,50 a

Peso da carcaça (kg) 266,72 a 279,56 a 278,05 a

Conformação 2,70 (Re) a 2,78 (Re) a 2,78 (Re) a

Acabamento 2,00 b 2,10 ab 2,23 a

Classificação 5,30 a 5,28 a 5,13 a

Grupos (distância de transporte): I (< 100 km); II (101 a 330 km); III (> 331 km). (*) letras diferentes na mesma linha indicam haver diferença estatística significativa a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.

4.4. Monitoramento do s parâmetros post-mortem

4.4.1. Resfriamento das carcaças

O resfriamento das carcaças foi monitorado e seus resultados

apresentados nas Tabelas 9 e 10 e Figuras 1 e 2. As diferenças observadas

no período de 6 a 24 horas para as temperaturas observadas nos músculos L.

dorsi e T. brachii , podem ser consideradas, do ponto de vista prático, como

pequenas. Nota-se, no entanto, que o músculo T. brachii apresenta

resfriamento mais lento. Como ambos termômetros foram colocados a 5cm da

superfície, é provável que a causa esteja na posição do músculo em relação à

câmara fria. A troca de calor foi mais eficiente no músculo L. dorsi, devido a

sua posição superior na carcaça.

Normalmente, após o abate a carne apresenta perda de peso por

gotejamento ou evaporação de umidade da carcaça durante as modificações

post-mortem. A perda de peso dependerá das condições atmosféricas das

câmaras de armazenamento e do tempo de armazenamento (ROÇA, 2002).

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Tabela 9- Valores médios da temperatura post-mortem do músculo L. dorsi, de

bovinos, por grupos de tratamentos.

Grupos de Tempo post-mortem (horas)

Tratamentos 2 6 12 24 Média

Grupo I 25,64 A(*)a(*) 16,11 Bab 7,21 Cab 2,19 Db 12,79 b

Grupo II 26,37 Aa 17,33 Ba 7,53 Ca 3,53 Da 13,65 a

Grupo III 26,17Aa 14,80 Bb 6,38 Cb 3,31 Da 12,66 b

Média 26,06 A 16,08 B 7,04 C 2,95 D

Grupos (distância de transporte): I (< 100 km); II (101 a 330 km); III (> 331 km). (*) letras maiúsculas diferentes na mesma linha indicam haver diferença estatística significativa a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. (**) letras minúsculas diferentes na mesma coluna indicam haver diferença estatística significativa a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.

0

10

20

30

0 6 12 18 24

horas post-mortem

tem

pera

tura

ºC

Grupo I

Grupo II

Grupo III

Figura 1. Queda da temperatura post-mortem do músculo L. dorsi em função

dos três grupos de tratamento.

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30

Tabela 10- Valores médios da temperatura post-mortem do músculo T. brachiii,

de bovinos, por grupos de tratamentos.

Grupos de Tempo post-mortem (horas)

Tratamentos 2 6 12 24 Média

Grupo I 30,72 A(*)a(**) 21,57 Bab 14,29 Ca 4,24 Db 17,70 b

Grupo II 30,63 Aa 22,73 Ba 15,16 Ca 5,40 Da 18,48 a

Grupo III 31,05 Aa 21,25 Bb 14,15 Ca 5,21Da 17,91 b

Média 30,80 A 21,85 B 14,53 C 4,95 D

Grupos (distância de transporte): I (< 100 km); II (101 a 330 km); III (> 331 km). (*) letras maiúsculas diferentes na mesma linha indicam haver diferença estatística significativa a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. (**) letras minúsculas diferentes na mesma coluna indicam haver diferença estatística significativa a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.

0

10

20

30

40

0 6 12 18 24

horas post-mortem

tem

pera

tura

ºC

Grupo I

Grupo II

Grupo III

Figura 2. Queda da temperatura post-mortem do músculo T. brachiii em função

dos três grupos de tratamento.

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31

Observa-se através da Tabela 11 que a perda de peso após o

resfriamento oscilou de 1,75% para o grupo III a 1,83% para o grupo II. Esta

pequena oscilação é justificável pela qualidade das carcaças e variações

diárias das condições de resfriamento da câmara frigorífica. Este valores são

superiores aos indicados por DRUMM et al. (1992, 1992a), de 0,8 a 1,2%.

Tabela 11- Média, por grupos de tratamentos, do peso da carcaça, peso após o

resfriamento e perda de peso durante o resfriamento das carcaças.

Parâmetros Grupo I Grupo II Grupo III

Peso da carcaça (kg) 266,72 a 279,56 a 278,05 a

Peso após resfriamento (kg) 261,93 a 274,42 a 273,62 a

Perda de peso (%) 1,78 ab 1,83 a 1,75 b

Grupos (distância de transporte): I (< 100 km); II (101 a 330 km); III (> 331 km).

O monitoramento da temperatura e umidade relativa da câmara

frigorífica é importante para o controle das condições de resfriamento e

avaliação da perda de peso das carcaças. A câmara frigorífica vazia, antes da

entrada das carcaças, é mantida em média, a temperaturas próximas a 2ºC e

umidade em torno de 65-70%. Após duas horas da entrada das carcaças, a

temperatura tem uma elevação substancial chegando em média a 15ºC, que

vai sendo reduzida com o resfriamento das carcaças, atingindo em torno de 3º

C após 24 horas. É importante notar na Tabela 12 e Figura 3, que não houve

diferenças entre os grupos de tratamentos, demonstrando que as condições de

resfriamento foram iguais para todos os grupos.

As condições de umidade relativa das câmaras apresentadas na

Tabela 13 e Figura 4 demonstram que ocorreram variações entre os grupos de

tratamento. A média geral dos valores de umidade relativa (%) não apresentou

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32

diferenças entre os tratamentos, mas há evidências que houve diferenças de

comportamento das curvas durante o resfriamento (Figura 4). A umidade

relativa indicada para o resfriamento de carcaças bovinas é de 90%

(MALLIKARJUNAN & MITTAL, 1995), e nesta pesquisa oscilou de 55 a 73%.

Esta pode ser a causa mais provável da perda de peso elevada das carcaças

(Tabela 11).

Concluindo, as condições de resfriamento foram: temperatura média

final do L. dorsi, 2,9ºC, T. brachii, 5,6ºC, umidade relativa da câmara variando

de 55 a 73%, com média de perda de peso de 1,78%.

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Tabela 12. Valores médios da temperatura da câmara fria (ºC), durante o

resfriamento das carcaças, por grupos de tratamentos.

Grupos de tempo post-mortem (horas)

Tratamentos 2 6 12 24 Média

Grupo I 15,13 8,25 4,63 3,15 7,79 a(**)

Grupo II 15,19 10,43 5,34 3,82 8,70 a

Grupo III 14,76 7,67 6,60 3,24 8,07 a

Média 15,03 A(*) 8,78 B 5,52 C 3,40 C

Grupos (distância de transporte): I (< 100 km); II (101 a 330 km); III (> 331 km). (*) letras maiúsculas diferentes na mesma linha indicam haver diferença estatística significativa a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. (**) letras minúsculas diferentes na mesma coluna indicam haver diferença estatística significativa a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.

0

5

10

15

20

0 6 12 18 24

horas post-mortem

tem

pera

tura

ºC

Grupo I

Grupo II

Grupo III

Figura 3. Curva de queda das temperaturas das câmaras frias (ºC), durante o

resfriamento das carcaças, por grupos de tratamentos.

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Tabela 13. Valores médios da umidade relativa da câmara fria (%), durante o

resfriamento das carcaças, por grupos de tratamentos.

Grupos de tempo post-mortem (horas)

Tratamentos 2 6 12 24 Média

Grupo I 54,75 56,42 72,67 63,08 61,73 a(**)

Grupo II 62,75 62,67 62,75 59,33 61,87 a

Grupo III 60,25 50,83 69,58 61,08 60,44 a

Média 59,25 AB(*) 56,63 B 68,33 A 61,17 AB

Grupos (distância de transporte): I (< 100 km); II (101 a 330 km); III (> 331 km). (*) letras maiúsculas diferentes na mesma linha indicam haver diferença estatística significativa a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. (**) letras minúsculas iguais na mesma coluna indicam não haver diferença estatística significativa a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.

40

50

60

70

80

0 6 12 18 24

horas post-mortem

um

idad

e re

lati

va %

Grupo I

Grupo II

Grupo III

Figura 4. Variações da umidade relativa (%), durante o resfriamento das

carcaças, por grupos de tratamentos.

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35

4.4.3. pH post-mortem

A glicólise post-mortem avaliada através das curvas de queda do pH

estão apresentadas nas Tabelas 14 e 15 e figuras 5 e 6.

O valor médio do pH do músculo L. dorsi , medido após 2, 6, 12 e 24

horas, apresentou respectivamente 6,44, 6,18, 5,95 e 5,68, estatisticamente

diferentes entre si, como era esperado (Tabela 14, figura 5). O valor médio

para cada grupo de tratamento mostrou diferença significativa, onde o grupo de

animais transportados por distância acima de 330 km, apresentou valor

superior aos demais grupos. Analisando-se a interação do tempo post-mortem

com os grupos de tratamentos, verifica-se que os valores de pH medidos após

2 e 6 horas não apresentaram diferenças entre si. Após 12 horas e o resultado

confirmado após 24 horas, o grupo de animais com transporte superior a 330

km, apresentou pH superior aos demais grupos, demonstrando que o

transporte de bovinos acima de 330km produziu efeitos negativos na queda do

pH post-mortem.

A queda do pH do músculo T. brachiiI (Tabela 15 e Figura 6), não

apresentou similaridade com os resultados obtidos no músculo L. dorsi. O pH

final do músculo T. brachii foi menor que o músculo L. dorsi, para os três

grupos de tratamentos. Os efeitos da distância de transporte (efeito de grupo

de tratamento) foram significativos após 12 horas post-mortem, sem diferença

significativa após 24 horas post-mortem.

SILVA et al (1999) classificam a carne, segundo o seu pH24 em:

normal, com pH 5,5 a 5,8; moderado DFD (dark, firm, dry), 5,8 < pH < 6,2, e

DFD com pH > 6,2. Com base nesta classificação, observa-se através das

Tabelas 16 e 17, que o músculo L. dorsi é o mais indicado para a avaliação do

pH final da carne. Do total de animais do experimento (n = 180), 32 animais

apresentaram moderado DFD (17,78%) quando o pH foi avaliado no músculo

L. dorsi, e 16 animais (8,89%) quando o pH foi avaliado no músculo T. brachii.

Para os animais considerados D.F.D., foi observado (Tabela 17) que no L.

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dorsi, 11 animais apresentaram pH > 6,2 (6,11%) e apenas 1 animal

apresentou este pH no músculo T. braquii.

De acordo com as Normas da União Européia, o valor de pH após a

maturação e antes da desossa, medida em todas meias carcaças no centro do

músculo Longissimus dorsi, entre a 11ª e 12ª costela, deve ser inferior ou igual

a 5,9. Considerando essa Norma, temos a incidência de pH > 6,0 para os

Grupos I e II de 5% e Grupo III, de 26,6%.

A distância de transporte exerceu influência marcante no pH final

das carnes. Para todos os casos, a incidência de carne considerada D.F.D. e

D.F.D.-moderado, foi maior para o grupo de animais transportados acima de

330 km.

Tabela 14- Valores médios do pH post-mortem do músculo L. dorsi, de

bovinos, por grupos de tratamentos.

Grupos de Tempo post-mortem (horas)

Tratamentos 2 6 12 24 Média

Grupo I 6,43 A(*)a(**) 6,20 Ba 5,91 Cb 5,62 Db 6,04 b

Grupo II 6,45 Aa 6,15 Ba 5,87 Cb 5,64 Db 6,03 b

Grupo III 6,43 Aa 6,21 Ba 6,06 Ca 5,78 Da 6,12 a

Média 6,44 A 6,18 B 5,95 C 5,68 D

Grupos (distância de transporte): I (< 100 km); II (101 a 330 km); III (> 331 km). (*) letras maiúsculas diferentes na mesma linha indicam haver diferença estatística significativa a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. (**) letras minúsculas diferentes na mesma coluna indicam haver diferença estatística significativa a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.

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5,4

5,6

5,8

6

6,2

6,4

6,6

0 6 12 18 24

horas post-mortem

pH

Grupo I

Grupo II

Grupo III

Figura 5. Queda do pH post-mortem do músculo L. dorsi em função dos três

grupos de tratamento.

Tabela 15- Valores médios do pH post-mortem do músculo T. brachiii, de

bovinos, por grupos de tratamentos.

Grupos de tempo post-mortem (horas)

tratamentos 2 6 12 24 Média

Grupo I 6,38 A(*)b(**) 6,06 Ba 5,71 Cab 5,56 Da 5,93 b

Grupo II 6,47Aa 6,01 Ba 5,65 Cb 5,57 Da 5,92 b

Grupo III 6,46 Aa 6,05 Ba 5,81 Ca 5,62 Da 5,98 a

Média 6,43 A 6,04 B 5,72 C 5,58 D

Grupos (distância de transporte): I (< 100 km); II (101 a 330 km); III (> 331 km). (*) letras maiúsculas diferentes na mesma linha indicam haver diferença estatística significativa a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. (**) letras minúsculas diferentes na mesma coluna indicam haver diferença estatística significativa a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.

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5,4

5,6

5,8

6

6,2

6,4

6,6

0 6 12 18 24

horas post-mortem

pH

Grupo I

Grupo II

Grupo III

Figura 6. Queda do pH post-mortem do músculo T. brachii em função dos três

grupos de tratamento.

Tabela 16 - Número de animais considerados D.F.D.-moderado (5,8<pH24<6,2).

Grupos de

tratamentos L. dorsi T.brachii

Grupo I 7 (11,67%) 2 (3,33%)

Grupo II 11 (18,34%) 5 (8,33%)

Grupo III 14 (23,34%) 9 (15,00%)

Total (n=180) 32 (17,78%) 16 (8,89%)

Grupos (distância de transporte): I (< 100 km); II (101 a 330 km); III (> 331 km).

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Tabela 17 - Número de animais considerados D.F.D. (pH24> 6,2).

Grupos de

tratamentos L. dorsi T.brachii

Grupo I 1 (1,67%) 0

Grupo II 1 (1,67%) 0

Grupo III 9 (15,00%) 1 (1,67%)

Total (n=180) 11 ( 6,11%) 1 (0,56%)

Grupos (distância de transporte): I (< 100 km); II (101 a 330 km); III (> 331 km).

4.5. Correlações entre os parâmetros analisados

As correlações entre os parâmetros analisados no experimentos

estão apresentados nas Tabelas 18 a 22.

Na tabela 18, observa-se que animais mais jovens e mais leves

apresentaram melhor conformação e classificação de carcaça. Os animais

mais velhos e mais pesados apresentaram melhor acabamento de gordura. A

porcentagem de perda de peso no resfriamento é maior em animais mais

pesados e de pior conformação. Não foi encontrada correlação entre o

acabamento de gordura e a porcentagem de perda de peso.

O pH final da carcaça, medido no músculo L. dorsi ou T. braquii

não apresentou correlação com os parâmetros de avaliação da carcaça

(Tabela 19).

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Tabela 18. Coeficiente de correlação entre os resultados obtidos nos

parâmetros de carcaça.

Idade Peso da

carcaça

Conforma-

ção

Acaba-

mento

Classifi-

cação

Peso após o

resfriamento

Perda de

peso

Idade - 0,4208** -0,4549** 0,2527** -0,7823** 0,4191** 0,1013

Peso da carcaça

- - -0,5216** 0,1785* -0,5175** 0,9981** 0,2262**

Conformação - - - -0,2176** 0,6467** -0,5219** -0,2137**

Acabamento - - - - -0,1917** 0,1655* 0,0933

Classificação - - - - - -0,5197** -0,1404

Peso após resfriamento

- - - - - - 0,2082**

Perda de peso - - - - - - -

* (P<0,05); ** (P<0,01); n = 180

Tabela 19. Coeficiente de correlação entre os resultados obtidos no pH final

(pH24) com os parâmetros de carcaça.

PH24 L. dorsi pH24 T. brachii

Idade 0,1314ns 0,1178ns

Peso da carcaça 0,0069ns 0,1393 ns

Conformação -0,0278ns -0,0703 ns

Acabamento 0,0536ns 0,1009 ns

Classificação -0,1860ns -0,1324 ns

Peso após resfriamento 0,0047ns 0,1330 ns

Perda de peso -0,0408ns 0,0313 ns ns= não significativo; n = 180

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Tabela 20. Coeficiente de correlação entre os resultados obtidos no pH entre

os músculos L. dorsi e T. braquii.

Coeficiente de correlação

pH2 L. dorsi x pH2 T. braquii 0,4109**

pH6 L. dorsi x pH6 T. braquii 0,4899**

pH12 L. dorsi x pH12 T. braquii 0,4591**

pH24 L. dorsi x pH24 T. braquii 0,3731**

** (P<0,01); n = 180

Observando-se as Tabelas 21 e 22, nota-se que os valores de pH do

músculo L. dorsi apresenta uma uniformidade na curva de queda do pH, com

correlações positivas entre os valores de pH2, pH6, pH12 e pH24. O mesmo fato

não ocorreu na curva de queda do pH no músculo T. brachii, onde os valores

de pH24 não apresentam correspondência com valores de pH6 ou pH12.

Tabela 21. Coeficiente de correlação entre os resultados obtidos no pH entre

os músculos L. dorsi em diferentes períodos post-mortem.

pH2 LD pH6 LD pH12 LD pH24 LD

pH2 LD - 0,6261** 0,4009** 0,2128**

pH6 LD - - 0,3970** 0,2848**

pH12 LD - - - 0,2546**

pH24 LD - - - -

** (P<0,01); n = 180

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Tabela 22. Coeficiente de correlação entre os resultados obtidos no pH entre

os músculos T. braquii em diferentes períodos post-mortem.

pH2 TB pH6 TB pH12 TB pH24 TB

pH2 TB - 0,4642** 0,1377ns 0,1796*

pH6 TB - - 0,3109** 0,0698ns

pH12 TB - - - 0,5027ns

pH24 TB - - - -

** (P<0,01); ns (não significativo); n = 180

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5. CONCLUSÕES

Nas condições da presente pesquisa, pode-se concluir:

• Para as condições de resfriamento observadas, com umidade relativa da

câmara variando de 55 a 73%, temperatura média final do L. dorsi, 2,9ºC, T.

brachii, 5,6ºC, o valor médio de perda de peso foi de 1,78%, que pode ser

considerado alto.

• Em condições normais de abate de bovinos da raça Nelore, os valores

médios de pH encontrados após 2, 6, 12 e 24 horas, foi respectivamente 6,44,

6,18, 5,95 e 5,68 no músculo L. dorsi, e 6,43, 6,04, 5,72 e 5,58 no músculo T.

brachii.

• A distância de transporte afetou a queda do pH post-mortem. Animais

transportados por distância superior a 330 km apresentaram valores médios de

pH superiores aos transportados por menor distância. De acordo com as

Normas da União Européia, que proíbe a importação de carnes com pH -/.10�230foi encontrada a incidência de 5% (carne com pH>6,0) para animais

transportados até 330 km e de 26,6% para animais transportados acima desta

distância. O índice médio de D.F.D. ( pH 4651798;:<7>=?�@!A�?CBEDGF�H�AJIKF�DGFLA�MONPAKB�=�Mavaliados, foi de 6,11%.

• O músculo L. dorsi mostrou ser o mais indicado para avaliação do pH

post-mortem que o músculo T. brachii, por apresentar maior uniformidade na

queda do pH

• Animais mais jovens e mais leves apresentaram melhor conformação e

classificação de carcaça. Os animais mais velhos e mais pesados

apresentaram melhor acabamento de gordura. A porcentagem de perda de

peso no resfriamento foi maior em animais mais pesados e de pior

conformação.

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6. IMPLICAÇÕES

O presente trabalho vem comprovar a importância da distância e

condições de transporte de animais na qualidade da carne. Quando

considerado o pH Q 6,0 como limite imposto para a habilitação de carcaças na

exportação de cortes de carnes para a União Européia, tem-se uma incidência

de 5% para os Grupos I e II e de 26,60% para o Grupo III podendo-se inferir,

nestes termos, os graves prejuízos para os frigoríficos brasileiros na

exportação.

Também, nessas condições normais de abate, para bovinos da raça

mais abrangente do rebanho nacional, estabelece curvas de queda de pH

frente às distâncias habituais no Estado de São Paulo, parâmetro de relevante

significado para a conservação da carne e sua exportação, fator de interesse

nacional. Em adendo, ratifica a condição de excelência na indicação do

músculo L. dorsi como o mais indicado para a tomada do pH face a maior

uniformidade de queda deste frente ao T. brachii.

Os valores médios da temperatura post-mortem do músculo L. dorsi

e das câmaras permite concluir-se que há queda de temperatura abaixo de

10ºC antes de decorridas 10 horas, devendo fatalmente ocorrer o

encurtamento pelo frio, fenômeno indesejável sob o ponto de vista de

qualidade dos produtos. Tal fato, aliado ao descontrole da umidade relativa

das câmaras, com valores médios em torno de 61%, ensejaram perdas de

peso significativas, com média de 1,78%, que pode ser considerado desastroso

sob o ponto de vista econômico.

Estas conclusões dão suporte técnico aos órgãos oficiais de

inspeção em abatedouros de bovinos não só para o efetivo controle do período

de descanso dos animais, em especial quando provenientes de locais mais

distantes, como também ao controle do pH à saída do resfriamento, após a

maturação obrigatória de 24 horas entre 2 a 7ºC, cujos resultados acima de

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45

6,2 devem ensejar rigorosa avaliação técnica das carcaças com seu

conveniente destino devidamente normatizado.

As indústrias por sua vez, deverão iniciar trabalho através dos seus

setores de compra de gado e controle de qualidade, no sentido em que seus

fornecedores sejam conscientizados da importância das condições de

transporte e descanso dos animais para o abate como uma das formas de se

evitar o DFD, não deixando o ônus total de penalização para o órgão

fiscalizador.

Já existem pesquisas sendo realizadas pelos próprios

estabelecimentos de bovinos onde as câmaras de resfriamento vem sendo

pulverizadas por aparelhos de vapor atomizado, com a intenção de mantê-las

com umidade relativa em torno dos 90% recomendados por MALLIKARJUNAN

& MITTAL (1995).

Novos trabalhos poderão ser desenvolvidos relacionando-se a

umidade relativa, acabamento, temperatura, estimulação elétrica, pH, condição

microbiológica das carcaças, objetivando-se a definição de uma técnica

consentânea com os procedimentos para se evitar o encurtamento pelo frio, o

DFD e diminuir a perda de peso das carcaças, mantendo-se os padrões

desejáveis de qualidade das carnes exigido pelo consumidor e legislação

vigente.

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55

ANEXOS

Página

Anexo 1- Tipificação e perda de peso após o resfriamento da

carcaça dos animais do grupo I (<100 km).

55

Anexo 1b- Tipificação e perda de peso após o resfriamento da

carcaça dos animais do grupo I (<100 km).

56

Anexo 2- Tipificação e perda de peso após o resfriamento da

carcaça dos animais do grupo II (101 - 330 km).

57

Anexo 2b- Tipificação e perda de peso após o resfriamento da

carcaça dos animais do grupo II (101 - 330 km).

58

Anexo 3- Tipificação e perda de peso após o resfriamento da

carcaça dos animais do grupo III (>331 km).

59

Anexo 3b Tipificação e perda de peso após o resfriamento da

carcaça dos animais do grupo III (>331 km).

60

Anexo 4- Avaliação do pH e da temperatura post-mortem (<100

km).

61

Anexo 4b- Avaliação do pH e da temperatura post-mortem (<100

km).

62

Anexo 5- Avaliação do pH e da temperatura post-mortem (101 –

330 km).

63

Anexo 5b- Avaliação do pH e da temperatura post-mortem (101 –

330 km).

64

Anexo 6- Avaliação do pH e da temperatura post-mortem (>330

km).

65

Anexo 6b- Avaliação do pH e da temperatura post-mortem (>330

km).

66

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67

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25

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54

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2

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297.

0 1.

62

54

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ade

rela

tiva

54

48

60

48

22

.05.

2001

46

6.

3 25

.5

6.1

33.4

5.

8 16

.2

5.7

24.5

5.

5 8.

2 5.

5 13

.9

5.6

5.5

5.6

6.8

Lote

10

47

6.0

24.1

6.

2 31

.2

5.7

15.6

5.

8 22

.8

5.6

7.9

5.5

13.5

5.

6 5.

3 5.

5 6.

9

48

6.6

22.4

6.

4 32

.9

6.4

15.2

5.

7 22

.9

5.9

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5.5

14.3

5.

7 5.

6 5.

6 7.

0

49

6.7

23.9

6.

5 30

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6.3

14.9

6.

0 23

.7

6.1

7.9

5.7

14.0

5.

8 5.

8 5.

8 6.

7

50

6.3

23.8

6.

6 31

.7

5.8

14.1

6.

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5.

6 5.

7 5.

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6

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4.

0

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71

59

60

83

22

.05.

2001

51

5.

7 27

.1

6.3

31.8

5.

9 15

.1

5.8

24.3

5.

5 8.

2 5.

7 15

.1

5.5

5.0

5.7

6.9

Lote

11

52

6.1

20.1

6.

5 30

.2

5.9

10.3

5.

9 22

.7

5.7

7.3

5.6

13.2

5.

5 5.

2 5.

5 5.

8

53

6.2

25.6

6.

4 32

.5

5.8

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6.

0 19

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5.8

6.7

5.5

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5.

5 5.

4 5.

5 5.

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54

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5 5.

5 5.

5 6.

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17

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8

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71

57

84

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.06.

2001

56

6.

1 27

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6.8

33.1

5.

7 13

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21.2

5.

7 5.

0 5.

7 13

.2

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5.8

4.9

Lote

12

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28.1

6.

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3 5.

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4

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6.

4 33

.9

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6.

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9 5.

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1

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5.

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1 5.

6 5.

0

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43

39

42

42

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T: t

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68

ÍNDICE DE TABELAS

Página

Tabela 1 – Média de idade e peso dos animais utilizados no

experimento

14

Tabela 2- Monitoramento do transporte e retenção dos animais do

grupo I (<100 km).

20

Tabela 3- Monitoramento do transporte e retenção dos animais do

grupo II (101 – 330 km).

21

Tabela 4- Monitoramento do transporte e retenção dos animais do

grupo III (> 331 km).

22

Tabela 5- Monitoramento da inspeção post-mortem dos animais

do grupo I (<100 km).

24

Tabela 6- Monitoramento da inspeção post-mortem dos animais

do grupo II (101 - 330 km).

25

Tabela 7- Monitoramento da inspeção post-mortem dos animais

do grupo III (>331 km).

26

Tabela 8 – Valores médios da tipificação das carcaças. 28

Tabela 9- Valores médios da temperatura post-mortem do músculo

L. dorsi, de bovinos, por grupos de tratamentos.

29

Tabela 10- Valores médios da temperatura post-mortem do

músculo T. brachiii, de bovinos, por grupos de

tratamentos.

30

Tabela 11- Média, por grupos de tratamentos, do peso da carcaça,

peso após o resfriamento e perda de peso durante o

resfriamento das carcaças.

31

Tabela 12. Valores médios da temperatura da câmara fria (ºC),

durante o resfriamento das carcaças, por grupos de

tratamentos.

33

Tabela 13. Valores médios da umidade relativa da câmara fria (%),

durante o resfriamento das carcaças, por grupos de

tratamentos.

34

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69

Tabela 14- Valores médios do pH post-mortem do músculo L.

dorsi, de bovinos, por grupos de tratamentos.

36

Tabela 15- Valores médios do pH post-mortem do músculo T.

brachiii, de bovinos, por grupos de tratamentos.

37

Tabela 16 - Número de animais considerados D.F.D.-moderado

(5,8<pH24<6,2).

38

Tabela 17 - Número de animais considerados D.F.D. (pH24> 6,2). 39

Tabela 18. Coeficiente de correlação entre os resultados obtidos

nos parâmetros de carcaça.

40

Tabela 19. Coeficiente de correlação entre os resultados obtidos

no pH final (pH24) com os parâmetros de carcaça.

40

Tabela 20. Coeficiente de correlação entre os resultados obtidos

no pH entre os músculos L. dorsi e T. braquii.

41

Tabela 21. Coeficiente de correlação entre os resultados obtidos

no pH entre os músculos L. dorsi em diferentes períodos

post-mortem.

41

Tabela 22. Coeficiente de correlação entre os resultados obtidos

no pH entre os músculos T. braquii em diferentes períodos

post-mortem.

42

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70

ÍNDICE DE FIGURAS

Página

Figura 1. Queda da temperatura post-mortem do músculo L. dorsi

em função dos três grupos de tratamento.

29

Figura 2. Queda da temperatura post-mortem do músculo T.

brachiii em função dos três grupos de tratamento.

30

Figura 3. Curva de queda das temperaturas das câmaras frias

(ºC), durante o resfriamento das carcaças, por grupos de

tratamentos.

33

Figura 4. Variações da umidade relativa (%), durante o

resfriamento das carcaças, por grupos de tratamentos.

34

Figura 5. Queda do pH post-mortem do músculo L. dorsi em

função dos três grupos de tratamento.

37

Figura 6. Queda do pH post-mortem do músculo T. brachii em

função dos três grupos de tratamento.

38