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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA - CAEN EFEITOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL SOBRE AS DESPESAS PÚBLICAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO PIAUÍ Paulino Fortes Carvalho FORTALEZA-CEARÁ 2007

EFEITOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL SOBRE AS ... · Para que o país incorporasse as noções de ... limites constitucionais da educação e saúde sobre as ... Tabela 2 –

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA - CAEN

EFEITOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL SOBRE AS DESPESAS PÚBLICAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO PIAUÍ

Paulino Fortes Carvalho

FORTALEZA-CEARÁ

2007

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PAULINO FORTES CARVALHO

EFEITOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL SOBRE AS DESPESAS PÚBLICAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO PIAUÍ

Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Economia. No Mestrado Profissional em Economia - MPE no Curso de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Ceará – UFC/CAEN.

Orientador: Prof. Dr. Ronaldo de Albuquerque e Arraes

FORTALEZA-CEARÁ

2007

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PAULINO FORTES CARVALHO

EFEITOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL SOBRE AS DESPESAS PÚBLICAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO PIAUÍ

Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Economia. No Mestrado Profissional em Economia - MPE no Curso de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Ceará – UFC/CAEN.

Aprovada em:____ de _____de 2007

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________ Prof. Dr. Ronaldo de Albuquerque Arraes

Orientador

_______________________________________ Prof. Dr. Emerson Lemos Marinho

Membro da Banca Examinadora

______________________________________ Prof. Dr. Paulo de Melo Jorge Neto

Membro da Banca Examinadora

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A persistência do homem o leva a resistir e a conquistar seus sonhos, aqueles que passam por nossa vida não ficam sozinhos, nem nos deixam sós, levam um pouco de nós e deixam um pouco de si.

Dedico a Deus, meu rochedo e salvação, aos meus pais que sempre me incentivaram em todos os momentos da minha vida e a todos aqueles que de alguma forma amam, pois o amor em geral é que faz com que sejamos bons profissionais, proporcionando a construção de uma vida mais justa e solidária.

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“O conjunto de fatores que propiciou a implantação do modelo de gestão preconizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal é o que, com muita propriedade, Ives Gandra da Silva Martins chamou de “era dos consensos”, ao constatar como recorrente da falência o modelo vigente de Estado. Com a vigência da LRF, ficou afastada a possibilidade de se efetuar o contingenciamento da forma como vinha sendo feito. Se, por um lado, a LRF forneceu ao Poder Executivo a base legal para exercitar o contingenciamento de despesas com vistas ao cumprimento de metas fiscais, por outro, exigiu maior transparência e clareza na definição dos critérios e dos montantes a serem contingenciados, uma vez submetidos à sua rígida disciplina.”

Rubens Luiz Murga

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em especial, ao Prof. Dr. Ronaldo Albuquerque e Arraes, coordenador e orientador, pela atenção e contribuição com seus valiosos ensinamentos transmitidos, e por estar sempre disposto a ajudar a todos a sua volta.

Agradeço de maneira especial aos meus colegas de mestrado Ângela Estrela de Sampaio e José Luís de Sousa Júnior, pelos momentos de descontração e esforço conjunto vividos durante este curso.

Gostaria de agradecer aos funcionários do CAEN/UFC, na pessoa da secretária Silvana Teixeira, por estar sempre disposta à atender a todos com presteza.

Agradeço aos professores Emerson Lemos Marinho e Paulo de Melo Jorge Neto, membros da banca examinadora, por suas críticas e sugestões.

Agradeço também, a todos os professores do CAEN/UFC, que conduziram este curso de Mestrado Profissional em Economia, com maestria, ética e dedicação, principalmente àqueles que fizeram do magistério um ideal, mesclando a arte de ensinar com o dom de convivência, tornando-se nossos amigos e transmitindo suas experiências. Nosso perdão àqueles que se limitaram a serem apenas professores.

Por fim, agradeço ainda, ao IPEPLAN, dirigindo-me a Professora Rosana Tribuzzi, ao Chico Napoleão e Sílvia, pelo bom convívio durante as aulas ministradas em Parnaíba e por estarem sempre dispostos a cooperar e ajudar.

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RESUMO

O final dos anos 90 foi marcado por uma profunda transformação no cenário econômico e político do Brasil, com a implementação de condutas que buscavam a adequação do nosso país às novas exigências do cenário internacional. Para que o país incorporasse as noções de competitividade e desenvolvimento, era necessário que o setor público desse também sua quota nesta busca, e que as atividades financeiras dos administradores públicos se adequassem ao novo modelo de Estado, com o controle mais racional e probo do Orçamento Público.Neste contexto, entrou em vigor em 04.05.2000, a Lei Complementar nº 101 – a chamada Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Surge com o intuito de limitar o endividamento da União, dos Estados e Municípios, ao passo que define os princípios básicos de responsabilidade, derivados da noção de prudência na gestão de recursos públicos. O Problema deste trabalho é: qual o efeito da LRF e dos limites constitucionais de gasto com educação e saúde sobre as despesas públicas dos municípios do Piauí? O Objetivo geral é analisar o efeito da LRF e dos limites constitucionais da educação e saúde sobre as despesas públicas dos municípios do Estado. Especificamente, verificar quais os municípios que estão cumprindo a LRF, considerando o limite de 60% da Receita Corrente Líquida; os municípios que estão sofrendo sanções ou vedações por estarem entre o limite prudencial e o limite legal; os que estão abaixo do limite prudencial; analisar o efeito da Lei sobre os municípios através do modelo logit e; verificar o cumprimento dos limites constitucionais da educação e saúde através do modelo probit. A metodologia consistiu essencialmente na verificação dos municípios que estão cumprindo a LRF, através do cálculo da participação dos gastos com pessoal no total da receita corrente líquida de cada município e a aplicação do modelo logit para verificar especificamente o efeito da referida Lei considerando o limite de gasto com pessoal de 54% do poder Executivo municipal, considerando as variáveis de controle população e PIB. Além disso, foi utilizado o modelo probit para verificar o efeito do cumprimento dos limites constitucionais da educação e saúde. Os resultados apontam um efeito positivo da Lei para a maioria dos municípios do Piauí com uma queda de 2000 para 2002 da participação de municípios que descumpriram a Lei. Além disso, os resultados do logit apontam, em geral, uma probabilidade dos municípios reduzirem os déficts primários com variação positivas, na média dos municípios, nos índices da Lei, levando a conclusão do efeito positivo da citada Lei na contenção dos gastos públicos nos municípios do Piauí. Os resultados do probit mostram um efeito positivo, para os municípios do Piauí, no cumprimento dos limites constitucionais da educação e saúde, pois aumento no índice dos gastos com educação e com saúde aumenta a probabilidade de ampliação de déficits, e como os municípios cumprem a lei aumentando seus gastos com educação e saúde cresce a possibilidade do cumprimento dos limites constitucionais. Palavras-chave: Lei de Responsabilidade Fiscal, Despesas Públicas, Municípios do Piauí

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ABSTRACT

The end of the nineties was marked by a deep transformation in the economical and political scenery of Brazil, with the implementação of conducts that looked for the adaptation of our country to the new demands of the international scenery. So that the country incorporated the notions of competitiveness and development, it was necessary that the public section of that also your share in this search, and that the public administrators' financial activities if they adapted to the new model of State, with the most rational control and probo of the Budget Público.Neste context, he went into effect in 04.05.2000, the Law Complemental no. 101 - the call Law of Fiscal Responsibility (LRF). it Appears with the intention of limiting the endividamento of the Union, of States and Municipal districts, while it defines the basic beginnings of responsibility, derived of the prudence notion in the administration of public resources. The Problem of this work is: which the effect of LRF and of the constitutional limits of expense with education and health on the public expenses of the municipal districts of Piauí? The general Objective is to analyze the effect of LRF and of the constitutional limits of the education and health on the public expenses of the municipal districts of the State. Specifically, to verify which the municipal districts that are accomplishing LRF, considering the limit of 60% of the Liquid Average Revenue; the municipal districts that are suffering sanctions or vedações for they be between the limit prudencial and the legal limit; the ones that are below the limit prudencial; to analyze the effect of the Law on the municipal districts through the model logit and; to verify the execution of the constitutional limits of the education and health through the model probit. The methodology consisted essentially of the verification of the municipal districts that you/they are accomplishing LRF, through the calculation of the participation of the expenses with personnel in the total of the liquid average revenue of each municipal district and the application of the model logit to verify the effect of the referred Law specifically considering the expense limit with personnel of 54% of the municipal Executive power, considering the variables of control population and GDP. Besides, the model probit was used to verify the effect of the execution of the constitutional limits of the education and health. The results point a positive effect of the Law for most of the municipal districts of Piauí with a fall of 2000 for 2002 of the participation of municipal districts that descumpriram the Law. Besides, the results of the logit appear, in general, a probability of the municipal districts reduce the primary déficts with positive variation, in the average of the municipal districts, in the indexes of the Law, taking the conclusion of the positive effect of the mentioned Law in the contention of the public expenses in the municipal districts of Piauí. The results of the probit show a positive effect, for the municipal districts of Piauí, in the execution of the constitutional limits of the education and health, because I increase in the index of the expenses with education and with health it increases the probability of amplification of deficits, and as the municipal districts they accomplish the law increasing your expenses with education and health increases the possibility of the execution of the constitutional limits.

Key-Words: Law of Fiscal Responsibility, Public Expenses, Municipal districts of Piauí

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Tipo da dívida, competência constitucional para envio do Projeto e órgão que deverá apreciá-lo. ----------------------------------------------------------------30

Quadro 2 – Percentuais máximos da receita corrente líquida para cada esfera de governo. --------------------------------------------------------------------------------64

Quadro 3 – Exemplo do limite máximo permitido de gastos com pessoal para os municípios que estão cumprindo o limite prudencial, considerando o comprometimento de 1% da RCL de gasto com pessoal------------------------68

Quadro 4 – Identificação das Variáveis ----------------------------------------------------------82

Quadro 5 – Definição das Variáveis Controle 2001 -------------------------------------------82

Quadro 6 – Definições das variáveis--------------------------------------------------------------84

Quadro 7 – Aumento das despesas de pessoal em relação a Receita Corrente Líquida----87

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Percentuais dos municípios que estão com gastos de pessoal, abaixo do limite prudencial, entre o limite prudencial e o legal e, os que estão descumprindo a LRF, estado do Piauí, 2000 – 2002.------------------------------85

Tabela 2 – Resultados da Regressão para os municípios controlados pelo PIB, ano de 2001.----------------------------------------------------------------------------------87

Tabela 3 – Resultados da Regressão para os municípios controlados pela população ano de 2001 -----------------------------------------------------------------------------88

Tabela 4 – Número e percentual de municípios do Piauí que estão cumprindo e descumprindo o limite constitucional previsto para Educação-------------------90

Tabela 5 – Número e percentual de municípios do Piauí que estão cumprindo e descumprindo o limite constitucional previsto para a Saúde ---------------------91

Tabela 6 – Resultados da Regressão considerando o limite constitucional da educação – 2001------------------------------------------------------------------------92

Tabela 7 – Resultados da Regressão considerando o limite constitucional da saúde – 2001 ---------------------------------------------------------------------------- 93

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------11

2 DOS PRIMÓRDIOS DA CRISE FINANCEIRA BRASILEIRA À LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.---------------------------------------------------------------15

3 DÍVIDA PUBLICA E DÉFICITS PERSISTENTES-----------------------------------------23

3.1 O controle da divida e do endividamento publico na LRF ---------------------------------25

4 OBJETIVOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL -------------------------------35

4.1 Equilíbrio das contas públicas -----------------------------------------------------------------36 4.2 Responsabilidade na gestão fiscal -------------------------------------------------------------37

5 ORÇAMENTO PÚBLICO E A LRF-----------------------------------------------------------41

5.1 Relação entre orçamento, políticas públicas e LRF -----------------------------------------44 5.2 Instrumentos de planejamento------------------------------------------------------------------44

6 APLICAÇÃO DA LRF NAS RECEITAS PÚBLICAS -------------------------------------49

6.1 Receita corrente líquida - RCL ----------------------------------------------------------------52

7 DISCIPLINA DA LRF NAS DESPESAS PÚBLICAS --------------------------------------55

7.1 Despesas por funções ---------------------------------------------------------------------------56 7.2 O excesso de rigor quanto ao gasto com pessoal --------------------------------------------58 7.3 Do Controle da Despesa total com pessoal (art. 21 da LRF)-------------------------------65 7.4 Limite Prudencial (art. 22 da LRF)------------------------------------------------------------66 7.5 Limite de Alerta ---------------------------------------------------------------------------------68 7.6 Limites mínimos de gastos com educação e saúde ------------------------------------------69 7.7 Outros limites da LRF---------------------------------------------------------------------------70 7.8 Despesas obrigatórias de caráter continuado ------------------------------------------------70 7.9 Transparência e Controle na LRF--------------------------------------------------------------72 7.9.1 Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) -------------------------------73 7.9.2 Relatório de Gestão Fiscal (RGF) ----------------------------------------------------------75

8 METODOLOGIA ---------------------------------------------------------------------------------80

9 ANÁLISE DOS RESULTADOS ----------------------------------------------------------------85

9.1 Análise dos Limites da Lei de Responsabilidade Fiscal ------------------------------------85 9.2 O Efeito da Lei de Responsabilidade Fiscal nos municípios do Piauí --------------------87 9.3 Análise dos limites Constitucionais de Educação e Saúde ---------------------------------89 9.4 O Efeito dos limites constitucionais de Educação e Saúde nos municípios do Piauí ---91

10 CONCLUSÃO ------------------------------------------------------------------------------------94 REFERÊNCIAS --------------------------------------------------------------------------------------97

APÊNDICES---------------------------------------------------------------------------------------- 101

ANEXOS -------------------------------------------------------------------------------------------- 135

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1 INTRODUÇÃO

Para Londero (2004), são correntes na história brasileira os períodos em que o País

afundou-se em dívidas internas e externas, muitas delas criadas em prol de um esperado

desenvolvimento econômico e do bem-estar social. Por sua vez, a Constituição de 1988

(CF/88) consagrou um modelo fiscal em que Estados e Municípios recebem recursos federais,

sendo autônomos para gerir suas finanças e seu patrimônio (inclusive para contrair novas

dívidas, indiscriminadamente). Além disso, coube à União socorrê-los em momentos de

dificuldade ou, no mínimo, prestar-lhes assistência nas atividades que deveriam ser

exclusivamente financiadas por recursos locais. Em suma, o ordenamento jurídico brasileiro

instigou a continuação do endividamento que, até hoje, faz-se presente na economia nacional.

De acordo com Londero (2004), foi nesse cenário, marcado em boa parte pela

irresponsabilidade dos administradores públicos que surge em 04 de junho de 1998, a Emenda

Constitucional no. 19 que estabelecia, no seu artigo 30, o prazo de 180 dias, para que o Poder

Executivo apresentasse o projeto-de-lei ao Congresso Nacional, com base no artigo 163, da

Constituição Federal de 1988, que determina a necessidade de uma lei Complementar que

disponha sobre finanças públicas; dívida pública interna e externa; concessão de garantias

pelas entidades públicas; emissão e resgate de títulos da dívida pública; fiscalização das

instituições financeiras; operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; e compatibilização das funções das instituições

oficiais de crédito da União.

Em dezembro de 1998, o Ministério do Planejamento elaborou e divulgou, para

consulta pública, o Anteprojeto da Lei de Responsabilidade Fiscal, cuja proposta é produzir

drástica e veloz redução do déficit público e estabelecer equilíbrio definitivo das contas

públicas do País. A idéia que estimulou a elaboração desta Lei é a de que, uma vez

renegociada a dívida dos estados e das grandes prefeituras, torna-se necessário criar um novo

padrão de comportamento fiscal desses governos de modo a evitar novos desarranjos

financeiros e novas operações de socorro patrocinadas pela União.

A redação do Anteprojeto inspira-se, segundo divulgou o Ministério do Planejamento,

no Fiscal Responsibility Act, editado em junho de 1994 pelo governo da Nova Zelândia, país

que realizou um bem-sucedido esforço de ajuste fiscal.

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No dia 4 de maio de 2000, foi sancionada a Lei Complementar 101 que estabelece

normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras

providências.

A Lei Complementar 101, chamada de Lei de Responsabilidade Fiscal, é mais um

esforço em prol da gestão responsável, pelo desejo de um orçamento, não apenas formalmente

equilibrado, mas, fundamentalmente, gerido com eficiência, eficácia e efetividade. Trata-se,

em suma, de criar um novo regime fiscal, baseado no equilíbrio intertemporal das contas

públicas, na eficiência e na transparência dos gastos.

Dessa forma, com base na CF/88, é editada a LRF, a qual dá um passo decisivo na

institucionalização do sistema de finanças públicas brasileiras. Representa uma significativa

mudança do regime fiscal, em resposta aos problemas verificados durante décadas em todos

os poderes de todos os entes da federação. Faz avanços significativos em questões que

restavam mal equacionadas, em especial, no que tange aos relacionamentos entre a União e os

Estados-membros. A LRF avança também na aplicação de regras em contexto democrático,

abrindo espaço para o controle social e a participação popular.

Para Figueirêdo e Nóbrega (2005), a LRF estabelece normas de finanças públicas

voltadas para responsabilidade na gestão fiscal, a qual pode ser traduzida como atuação

responsável na arrecadação das receitas e realização das despesas públicas. Percebe-se que a

Lei quer impor um novo padrão de conduta fiscal aos gestores, tendo como pressupostos

ações planejadas e transparentes, de forma a prevenir riscos e corrigir desvios.

A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece vários limites para os municípios. Para

gastos com pessoal há um limite de 60% da Receita Corrente Líquida – RCL. Através da

Resolução n° 40 do Senado Federal, fica estabelecido um limite de endividamento de 1,2 vez

a RCL. Já através da Resolução n° 43 do Senado Federal, são estabelecidos limites de 16% da

RCL para operações de crédito no exercício fiscal, também fica estabelecido limite 11,5% da

RCL para pagamento de serviços da dívida e limite de 7% da RCL referentes à antecipação de

receitas orçamentárias (ARO’s) e ainda o limite de 22% da RCL referentes à Garantias.

O trabalho em questão se justifica no fato de que apesar da LRF ter abrangência

nacional, sabe-se que não é recente no nosso país a constatação de que um dos maiores

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problemas brasileiros em todas as esferas de governo é o déficit público, pois se gasta mais do

que se arrecada.

Os gastos públicos descontrolados têm sido os responsáveis em grande parte pelas

mazelas sociais que colocam o nosso país em uma posição paradoxal, por um lado se

apresenta como uma das maiores economias mundiais, por outro, apresenta indicadores de

qualidade de vida deploráveis, pois o Estado não tem gerenciado de forma eficaz e eficiente

os recursos que a sociedade coloca a sua disposição.

Verifica-se a ocorrência de endividamento dos entes públicos acima de sua capacidade

de pagamento, além da admissão desenfreada de pessoal na administração pública, chegando

a situação em que toda receita não é suficiente para custear as despesa com pessoal. Foi neste

cenário que surgiu a LRF com o intuito de prevenir riscos e corrigir desvios na gestão fiscal,

atuando com responsabilidade na arrecadação das receitas e realização das despesas públicas,

a LRF quer impor novo padrão de conduta fiscal aos gestores. Dessa forma, desenvolveremos

um trabalho que nos permita obter um maior conhecimento do impacto da LRF sobre os

municípios objeto da presente pesquisa, para que se possa inferir um resultado do efeito da

referida lei, no que diz respeito a sua aplicabilidade e eficácia.

O Problema deste trabalho é: qual o efeito da LRF sobre os municípios do Piauí? O

Objetivo geral é analisar o efeito da LRF sobre as despesas públicas dos municípios do

Estado. Especificamente, verificar quais os municípios que estão cumprindo a LRF,

considerando o limite de 60% da Receita Corrente Líquida; os municípios que estão sofrendo

sanções ou vedações por estarem entre o limite prudencial e o limite legal; os que estão

abaixo do limite prudencial; e analisar o efeito da Lei sobre os municípios através do modelo

logit.

A metodologia consistiu essencialmente na verificação dos municípios que estão

cumprindo a LRF, através do cálculo da participação dos gastos com pessoal no total da

receita corrente líquido de cada município e a aplicação do modelo logit para verificar

especificamente o efeito da referida Lei considerando o limite de gasto com pessoal de 54%

do poder Executivo municipal, considerando as variáveis de controle população e PIB. Além

disso, foi utilizado o modelo probit para verificar o efeito do cumprimento dos limites

constitucionais da educação e saúde.

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Este trabalho está dividido em dez capítulos, com esta introdução representando o

capítulo 1. O capítulo 2 apresenta uma exposição do cenário fiscal brasileiro eu dos

primórdios da crise financeira Brasileira à LRF. O capítulo 3 trata da dívida pública e déficits

persistentes. O capítulo 4 trata dos objetivos da LRF. No capítulo 5 analisa-se o orçamento

Público e a LRF. No capítulo 6 verificar-se a aplicação da LRF nas Receitas Públicas. O

capítulo 7 consiste na abordagem da disciplina da LRF nas despesas públicas. No capítulo 8

apresenta-se a metodologia e no capítulo 9 os resultados do trabalho. No capítulo 10 encontra-

se a conclusão.

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2 DOS PRIMÓRDIOS DA CRISE FINANCEIRA BRASILEIRA À LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

De acordo com Londero (2004), com a Proclamação da República em 1890 e a

elaboração da primeira Constituição Republicana, emergem os governos estaduais como

agentes do cenário político-econômico. Com isso, assegura-se uma autonomia fiscal e

administrativa aos entes recém criados, garantindo-lhes o controle da principal fonte de

arrecadação: o imposto sobre exportações, além do direito de manipular os seus tributos e

criar outros não concorrentes com a União.

Na década de 1930, marcada pela quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, a

economia brasileira vive uma forte crise com a queda sensível de suas receitas, provindas,

majoritariamente, da exportação de café. Tentando contornar a situação crítica dos Estados, o

governo revolucionário de Getúlio Vargas inicia um processo de centralização do poder e a

configuração de um aparelho estatal mais regulamentador. Em boa parte, o Estado Novo foi

inspirado nos regimes autoritários da Europa, onde o processo de tomada de decisões e da

arrecadação tributária voltavam-se para o governo central.

Contudo, com o fim do primeiro governo Vargas, há a ascensão do Congresso

Nacional, que passa a ser o canal de negociação de lobbies por verbas federais. A partir daí,

criou-se um clima propício para algumas alterações na estrutura tributária. O voto

parlamentar ganha peso, colocando os Estados mais populosos numa situação favorável na

conquista de recursos junto à União.

Segundo Londero (2004), alguns anos após, o governo vargas o Brasil novamente vive

um período de grande agitação política. Por um lado, as instituições democráticas recebem

grandes restrições com o golpe de 1964; além disso, o País sofre sua primeira crise econômica

da fase industrial, causada especialmente em virtude do desequilíbrio do Plano de Metas do

governo Juscelino Kubitschek. Os militares, por sua vez, retiraram o poder decisório do

Congresso sobre o orçamento da União, impondo uma reforma tributária (1966), cujos

principais elementos envolvidos foram:

A introdução da correção monetária no sistema tributário;

A aceleração do formato do sistema tributário. Transformaram-se os impostos

do tipo cascata (que incidem a cada transação sobre o valor total) em impostos

do tipo valor adicionado. Criou-se o IPI (Imposto sobre Produtos

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Industrializados), o ICM (Imposto sobre Circulação de Mercadorias) e o ISS

(Imposto sobre Serviços). Essa alteração rompeu o estímulo até então

existente à integração vertical da produção e facilitou a utilização dos

impostos como instrumento de política de desenvolvimento e de redução de

distorções, ao permitir as diferenciações de alíquotas e facilitar a concessão de

isenções e incentivos fiscais às alíquotas específicas;

A redefinição do espaço tributário entre as diversas esferas do governo. A

União ficou com o IPI, o Imposto de Renda, os imposto únicos, os impostos

de comércio exterior, o Imposto Territorial Rural (ITR); os Estados ficaram

com o ICM; os Municípios, com o ISS e o IPTU (Imposto sobre Propriedade

Territorial Urbana). Além disso, surgiu o Fundo de Participação dos Estados e

o dos Municípios, de natureza intergovernamental, que se baseava em parcelas

de arrecadação do IPI, do IR e do ICMS.

Os critérios de distribuição dos recursos tinham por referência a área geográfica, a

população e o inverso da renda per capita, com vistas a favorecer os Estados mais pobres.

Houve uma centralização das decisões sobre a legislação tributária, inclusive definindo as

alíquotas dos impostos das demais esferas, buscando a eliminação da chamada guerra fiscal.

Para Londero (2004), a reforma tributária instituída tornou-se um importante

instrumento político, ao subordinar os Estados ao governo central. Permitiu ainda, por meio

da vinculação da receita e da criação de órgãos ao lado da administração direta, uma

descentralização dos gastos com uma maior flexibilidade operacional. Após a superação da

crise, emerge o Milagre Econômico (1968-1973), onde a economia atinge taxas de

crescimento espantosas. Porém, em 1973, frente ao choque do petróleo, inicia-se um período

recessivo; o governo decide financiar a continuação do crescimento econômico através de

empréstimos externos e do II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND).

Londero (2004).diz que a estratégia do II PND consistiu em aumentar forçosamente os

investimentos sem elevar a arrecadação, com a finalidade de estimular o consumo.

Conseqüentemente, os Estados viram-se obrigados a despender mais dinheiro nos

investimentos exigidos pelas políticas da União sem, todavia, elevarem suas receitas (para

não prejudicar a taxa de consumo), acarretando um trágico endividamento.

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Nesse contexto, a União usou o legislativo para controlar esse processo, estabelecendo

limites para as dívidas. Tal iniciativa resultou-se ineficiente pela resolução n. 62 do Senado

Federal, que permitiu aos Estados pleitear uma elevação temporária de suas dívidas, a fim de

realizar operações de crédito especificamente vinculadas a empreendimentos viáveis e

compatíveis com os objetivos do II PND.

O fim da ditadura militar, na década de 80, marcou o início das negociações junto ao

FMI, tendo como cenário a crise do petróleo e dos juros em 1979 (que impossibilitavam o

financiamento via empréstimos externos). O acordo com o Fundo exigia um controle sobre o

endividamento; para tanto, o governo lança a Resolução n. 831/83, que outorgava restrições

ao crescimento do financiamento do setor público junto ao Sistema Financeiro Nacional.

Para Gremaud (2002), nesse quadro de desequilíbrio fiscal e de redemocratização

política, surge a aclamada Constituição de 1988, que institucionalizou a descentralização

fiscal e a maior autonomia dos governos estaduais. Do ponto de vista da União, a CF/88

piorava suas contas e aumentava o custo da mão-de-obra. A principal dificuldade introduzida

pela nova Carta foi o aumento das transferências de impostos para as demais unidades da

federação, sem que fossem repassados os demais encargos da responsabilidade fiscal,

causando o desequilíbrio orçamentário.

Em suma, a CF/88 foi uma tentativa de desenvolver um arcabouço institucional

coerente com o Estado Democrático, baseado na institucionalização fiscal (com o reforço dos

princípios federativos) e na ênfase à cidadania. Na esfera político-fiscal, o processo de

redemocratização teve como ponto de apoio o aumento da participação dos governoslocais na

receita disponível e também dos encargos sociais. As competências tributárias de cada nível

foram meticulosamente discriminadas no texto constitucional.

O modelo federativo brasileiro visou, por meio de mecanismos compensatórios

(sistema de transferências), a atenuar as implicações sobre a arrecadação estadual decorrente

das disparidades regionais presentes no Brasil. As receitas estaduais sustentam-se

basicamente sobre duas fontes: a arrecadação proveniente de tributos a ser explorados pelos

governos subnacionais e aquela decorrente das transferências constitucionais (Fundo de

Participação dos Estados).

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Lopreato (2002), diz que dentre as mudanças introduzidas pela CF/88, destaca-se o

aumento da participação dos Estados na receita disponível do setor governo, o que já vinha

ocorrendo desde o início dos anos 1980 por meio das transferências negociadas. O governo

federal, então, passa a ter o poder de alocar os recursos segundo as suas prioridades. Com a

definição constitucional dos critérios para a distribuição de recursos, as receitas de

transferências adquiriram a conotação de receitas próprias. Desta forma, apesar de não ter

ocorrido necessariamente um aumento de participação na carga tributária, o agregado dos

Estados assistiu a uma elevação de uma receita de melhor qualidade.

Além disso, foi facilitado o processo de criação de novos municípios. Como estes têm

direito a recursos federais (Fundo de Participação Municipal – FPM), iniciou-se uma febre

emancipacionista. Os pequenos distritos, uma vez transformados em municípios, passavam a

receber a quota mínima de fundos. Tendo em vista que o montante total do FPM não se altera

(por ser calculado com base em percentuais da arrecadação federal), a multiplicação de

municípios representou uma maior dispersão das verbas.

Por outro lado, esse mecanismo gerou uma disputa por transferências fiscais, podendo,

até mesmo, chegar às paginas policiais dos jornais. Na transferência de ICMS aos municípios,

por exemplo, ouviu-se muito falar em "empresas de consultoria" contratadas por prefeituras

para monitorar a parcela do ICMS a que têm direito, recorrendo à fraude para aumentar a

participação no Fundo.

Ainda, os entes federativos vinham se excedendo nos gastos públicos, especialmente

nas despesas com pessoal. Essa situação piorava nos períodos de eleição, quando os governos

estaduais e municipais gastavam mais em obras públicas – evidentes intenções de angariar

mais votos no processo eleitoral.

Outro problema enfrentado eram as dívidas deixadas após a transição de mandatos. Os

governos que estavam por deixar o poder gastavam mais do que sustentava o orçamento,

endividando e imobilizando a administração futura. Nesse sentido, alguma medida legislativa

se fazia necessária. Eis que surge a Lei Complementar n. 101/2000, a Lei de

Responsabilidade Fiscal, publicada no Diário Oficial da União de 05.05.2000, ingressou no

mundo jurídico regulamentando o art. 163, incisos I, II, III e IV, e o art. 169, da Constituição

Federal, com o fito de estabelecer princípios fundamentais e normas gerais de finanças

19

públicas, além de regras para a implantação na administração pública da denominada “gestão

fiscal responsável”.

Ela integra o conjunto de medidas patrocinadas pelo Governo Federal para reformular

a base jurídica do Estado, tornando efetivo o Programa de Estabilidade Fiscal que foi

apresentado à sociedade brasileira em outubro de 1988, com o fito de imprimir drástica e

rápida redução do déficit público e a estabilização do montante da dívida pública em relação

ao Produto Interno Bruto da Economia, conforme registrado na Exposição de Motivos

Interministerial (assinada pelos Ministros do Planejamento, da Fazenda e da Previdência

Social) n. 106, que fez parte do projeto que lhe deu origem e que foi enviado ao Congresso

Nacional em 13.4.99. No campo normativo, o projeto explicitava que estava regulamentando

os artigos 163 (finanças públicas) e 169 (gastos com pessoal) da Constituição Federal.

Houve duas polêmicas acerca dessa regulamentação. Primeira: é possível

regulamentar somente alguns incisos do artigo 163 conforme fazia a proposta do Executivo?

Aliás, os incisos deixados sem regulamentação são exatamente os que tratam da fiscalização

do governo sobre o sistema financeiro, o câmbio, etc., área em que têm ocorrido os principais

escândalos econômicos dos últimos anos. Segunda: é possível estabelecer limites de gastos

com pessoal por lei complementar para os demais poderes conforme faz o artigo 20 da Lei,

dado que o artigo 169 só trata de esferas da federação e remete outras definições para Lei de

Diretrizes Orçamentárias de cada esfera (União, estados e municípios). No Congresso não se

resolveram as polêmicas. O substitutivo aprovado na Câmara e no Senado e sancionado pelo

presidente deixou brechas para questionamentos jurídicos, sobretudo quanto à segunda

polêmica. Em outubro, finalmente, o Supremo Tribunal Federal decidiu pela

constitucionalidade dos dois itens.1

Quanto ao conteúdo, a Lei em resumo, a) estabelece um conjunto de metas, limites e

procedimentos para os gastos públicos, as dívidas públicas e as operações realizadas pelo

poder público nas três esferas (União, estados e municípios), nos três poderes (Executivo,

Legislativo e Judiciário), e na administração direta e indireta; b) estipula penalidades para

quem os descumprir; c) prescreve prazos e formas de reenquadramento àqueles limites, metas

e procedimentos.

1 A Ação Direta de Inconstitucionalidade ajuizada por PT, PcdoB, PDT e PSB contra o artigo 20 visava apenas o

aspecto constitucional.

20

O projeto enviado pelo Executivo tinha inúmeras inconstitucionalidades, imprecisões,

prescrições invasivas à autonomia dos poderes e entes federativos e sobreposições de

legislações. Tudo isso para dar forma ao objetivo central, que é o de cortar despesas em todas

as esferas para gerar superávit primário (receitas menos despesas, sem contar juros).

Depois de dezenas de audiências públicas, a Câmara aprovou um substitutivo muito

mais enxuto e sem muitos dos erros e excessos formais, jurídicos e políticos que havia na

primeira versão, embora ele continuasse detalhista.

O Senado, com alteração que considerou ser meramente de redação (referente à

limitação de gastos com pessoal por poderes), aprovou o substitutivo da Câmara. O

substitutivo manteve, contudo, o conteúdo econômico que dá alma à Lei.

O presidente sancionou com 15 vetos. O mais importante é exatamente o que

aumentou a polêmica da limitação de gastos com pessoal por poderes. A Câmara optara pela

fórmula de dizer que, se as LDO não definissem os limites, valeriam os dados pela LRF. O

Senado, atendendo a pressões dos governadores, fez a mudança de redação que permitiu ao

presidente suprimir a precedência da LDO que a Câmara estabelecera.

Paralelamente ao projeto da LRF, o Executivo enviou ao Congresso proposta que

altera a legislação penal2 para incluir como crime contra as finanças públicas o

descumprimento de alguns dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal, sujeitando o gestor

a inelegibilidade e prisão, conforme o caso.

A proposta inicial era extremamente violenta, prevendo, por exemplo, prisão para

chefes de poderes que descumprissem o prazo de elaboração do Relatório de Gestão Fiscal, ou

que deixassem de expedir ato determinando o corte automático de despesas nos casos

previstos na LRF. Houve mudanças que amenizaram as penas em alguns casos, trocando-se

prisões por multas.

A Lei já produziu significativos resultados no sentido de direcionar os dirigentes

públicos para que não gastem mais do que recebem.

2 São alterados o Código Penal, a Lei n.º 1.079/50, que trata dos crimes de responsabilidade do Presidente da

República, governadores e autoridades federais e estaduais, e o Decreto-Lei n.º 210-67, que trata dos crimes de responsabilidade no âmbito dos municípios.

21

Tendo caráter e natureza complementar, seu objetivo principal é obrigar todos os

governantes a obedecerem às normas e limites para administrar as finanças, prestando contas

sobre quanto e como gastam os recursos da sociedade e melhorando a administração das

contas públicas no Brasil. Como bem esclarecem Nascimento e Debus (2001, p 47):

“A Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, Lei Complementar n º 101, de 4 de maio de 2000, destina-se a regulamentar a Constituição Federal, na parte da Tributação e do Orçamento (Título VI), cujo Capítulo II estabelece as normas gerais de finanças públicas a serem observadas pelos três níveis de governo: Federal, Estadual e Municipal.”

A norma trouxe amplas novidades para as três esferas administrativas, que devem

estabelecer metas fiscais para garantir o equilíbrio entre receita e despesa no Orçamento.

Em particular, a Lei de Responsabilidade Fiscal vem atender à prescrição do artigo

163 da Constituição Federal de 1988, que determina:

“Art. 163 - Lei complementar disporá sobre:

I - finanças públicas;

II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais

entidades controladas pelo poder público;

III - concessão de garantias pelas entidades públicas;

IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;

V - fiscalização das instituições financeiras;

VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios;

VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União,

resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao

desenvolvimento regional.”

A Lei de Responsabilidade Fiscal também visa atender ao disposto no artigo 169, da

mesma Carta Magna, o qual determina o estabelecimento de limites para as despesas com

pessoal ativo e inativo da União a partir de Lei Complementar. Também atende ao disposto no

artigo 165, inciso II do parágrafo 9º, que dispõe:

“...Cabe à Lei Complementar estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta, bem como condições para a instituição e funcionamento de Fundos”

Finalmente, seu artigo 68 atende ao disposto no artigo 250 da Constituição Federal:

22

“Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento dos benefícios concedidos pelo regime geral de previdência social, em adição aos recursos de sua arrecadação, a União poderá constituir fundo integrado por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei, que disporá sobre a natureza e administração desse fundo.”

Nascimento e Debus (2001, p 41) também citam experiências externas envolvendo leis

semelhantes visando a moralização dos gastos e finanças públicas:

“No que diz respeito a experiências externas, vale citar o caso da Nova Zelândia, após a introdução do Fiscal Responsibility Act, de 1994; da Comunidade Econômica Européia, a partir do Tratado de Maastricht; e dos Estados Unidos, cujas normas de disciplina e controle de gastos do governo central levaram à edição do Budget Enforcement Act, aliado ao princípio da “accountability”. Estes exemplos foram tomados como referência para a elaboração da nossa Lei de Responsabilidade Fiscal. Isto não significa, no entanto, que a formulação da LC 101 deve-se apenas a uma inspiração externa, já que não existe manual ótimo de finanças públicas que possa ser utilizado indiferentemente por qualquer nação.”

Basicamente, o caráter complementar da lei cria condições para a implantação de uma

nova cultura gerencial na gestão dos recursos públicos e tem pretensão de ser um grande e

revolucionário avanço para o aprimoramento das finanças públicas do país, auxiliando o

governo na administração dos recursos e do patrimônio público de forma transparente e sem

artifícios, abusos e imoralidades.

23

3 DÍVIDA PUBLICA E DÉFICITS PERSISTENTES

Giuberti (2005), discorre que os déficits públicos persistentes e o acúmulo de dívida

que deles resultam são fatores de preocupação pelo efeito que produzem sobre a economia.

Governos que recorrem repetidas vezes ao endividamento para cobrir déficits orçamentários

necessitam elevar suas taxas de juros freqüentemente para continuar financiando suas dívidas.

Uma das conseqüências desse aumento de juros é o aumento da incerteza quanto à capacidade

do Governo honrar seus compromissos. Juros mais altos e maior incerteza se refletem numa

menor taxa de crescimento do PIB.

Giuberti (2005) considera que numa estrutura federativa como o Brasil, o controle

efetivo do déficit público estadual e municipal escapa da esfera federal, sendo este controle

tão mais difícil quanto maior a descentralização dos gastos e quanto menor sua padronização.

Com isso, por mais que o Governo Federal se empenhe em realizar superávits, o ajuste fiscal

pode ficar comprometido se Estados e Municípios usarem os fundos públicos de forma

irresponsável.

Em sua análise, Giuberti (2005), diz que a crise fiscal enfrentada pelos Estados na

segunda metade da década de 90 é um exemplo das conseqüências dos gastos excessivos, bem

como da falta de controle da União sobre os demais entes. Modelos neoclássicos buscam

explicar o acumulo de dívidas como resultado da maximização de bem estar de indivíduos

governados por planejadores benevolentes (ver Barro (1979)). Por outro lado, a Economia

Política positiva vê esse acumulo como o resultado da interação entre formuladores de política

com preferências distintas. A forma como esta interação ocorre bem como o ambiente no qual

ela está inserida dependem, por sua vez, das características político-institucionais da

economia. O sistema eleitoral adotado no país, que determina como e com que periodicidade

os representantes são eleitos, é uma dessas características político-institucionais.

Giuberti (2005) diz também que eleições periódicas, como as dos países democráticos,

geram incerteza sobre qual será a preferência da maioria no futuro. Neste caso, gastos

excessivos e acúmulo de dívida seriam a forma encontrada pelo governo hoje de influenciar

as políticas à disposição do próximo governante (ver Alesina e Tabellini (1990) e Persson e

Svensson (1989)). A organização do Estado, e em particular o modo como os recursos são

alocados entre os responsáveis pelas decisões de gastos, é outro fator político-institucional

que influencia o déficit público. Se as decisões de gastos são tomadas por diversos agentes de

24

modo descentralizado e são financiadas por um fundo comum de recursos, tem-se uma

tendência a gastos excessivos e déficit, conforme a tragédia dos comuns demonstra3. Países

organizados numa federação, que adotam o federalismo fiscal e nos quais os governos locais

possuem como fonte de receita as transferências intergovernamentais, estão mais propensos a

apresentarem este problema4.

Neste sentido, Giuberti (2005) apud Tabellini e Alesina (1990) diz que uma regra

orçamentária que limite o gasto excessivo gerado pelos demais fatores é vista como benéfica

para a sociedade. Além disso, a literatura atribui um papel próprio para procedimento

orçamentário – regras e instituições através das quais o orçamento é elaborado - na explicação

do tamanho da dívida e dos déficits do governo5. Este tamanho dependeria da existência ou

não de limites para o financiamento e emissão de dívida, de metas numéricas para

determinadas variáveis fiscais, por exemplo, dívida e gasto com pessoal, da presença de uma

regra de orçamento equilibrado, e do procedimento seguido para a elaboração, execução e

divulgação do orçamento. Em linhas gerais, a presença de limites, metas numéricas e

procedimentos de elaboração centralizados em torno de um agente como maiores

prerrogativas tendem a gerar menores déficits fiscais e menor acúmulo de dívida.

Para Nascimento e Debus (2001) do ponto de vista econômico, a responsabilidade

fiscal pode ser reconhecida a partir de indicadores macroeconômicos como a relação

dívida/PIB em queda, o controle inflacionário e a redução do risco-país.

Já o avanço social ocorrido no Brasil a partir da edição da LRF é de mais difícil

mensuração. Em geral, os resultados positivos da política econômica necessitam de um

período de maturação para que os efeitos venham a ser sentidos pela população. É certo que a

auto-suficiência, o controle dos gastos públicos e do endividamento repercutem na economia

real gerando aumento na produção e no emprego. Por outro lado, com uma destinação menor

de recursos para o pagamento de dívida, os governos poderão investir em projetos que

atendam as demandas sociais.

Segundo Nascimento e Debus (2001) a LRF traz como um dos seus princípios

fundamentais o controle do endividamento em todos os níveis de governo. Uma forma de

3 Isto ocorre devido ao fato dos direitos de propriedade não estarem bem definidos. 4 Velasco (1997). 5 Drazen (2002), p. 697

25

reduzir a pressão da dívida sobre as contas públicas (nível de endividamento elevado importa

juros elevados, risco inflacionário etc.) é a geração de superávit primário, ou seja, economizar

nos gastos públicos para honraros compromissos da dívida. Na verdade, em primeiro lugar,

não é correto generalizar a gestão de determinados setores da Administração Pública,

concluindo que a atuação de todos os órgãos públicos representa comportamento

irresponsável. Ocorre que, apesar das regras ordinárias e constitucionais impostas, sempre

existem aqueles que não respeitam a lei. Certamente que, se não houvesse a LRF, o descaso

com o patrimônio público poderia ser ainda pior.

3.1 O controle da divida e do endividamento publico na LRF

Segundo Oliveira (2002), nem sempre o endividamento público ocorre de modo direto

e transparente. O endividamento deriva necessariamente da circunstância de o ente público

realizar despesas superiores às suas receitas. Esse descompasso entre receitas e despesas é

possível em face de determinadas condições como, por exemplo, no caso da União, há a

emissão de dinheiro para fazer frente às despesas, ou, no caso de qualquer dos entes, há a

concessão de crédito por alguém. O endividamento é uma das formas de financiamento desse

descompasso. No Brasil houve um agravamento na dívida pública-PIB provocado pela

política de juros altos.

Oliveira(2002) ,afirma que a dívida pública é um dos principais fundamentos de uma

economia. Se usada adequadamente, pode significar uma alavanca para o desenvolvimento,

um instrumento para o governo financiar seus gastos e investimentos. Quando descontrolada,

acaba funcionando como um freio ao desenvolvimento, pela necessidade de geração contínua

de grandes superávits primários, que comprometem a capacidade de gastos e de investimento

do governo. Os investimentos em obras públicas e as políticas sociais tendem a ser reduzidos.

Além disso, os juros elevados significam a drenagem de recursos de um setor da

sociedade, empresas e indivíduos que pagam impostos, para outro setor, os credores da dívida,

agravando o problema da concentração de renda no país. É a situação atual.

O Orçamento da União, assim como dos estados e dos municípios, é dividido em

receitas e despesas. E as receitas e despesas se subdividem em operacionais e financeiras.

Quando as despesas operacionais superam as receitas financeiras, surge o déficit primário. O

contrário é o superávit primário. O déficit total inclui, além do resultado operacional, os

26

gastos com juros, amortizações e a correção da dívida pública. É também chamado de déficit

nominal.

Quando o país já tem um comprometimento elevado com a dívida pública, os

organismos internacionais, como o FMI, exigem que todo o setor público, União - incluindo a

Previdência, estados, municípios e estatais, gere superávits primários elevados, para fazer face

aos compromissos da dívida pública. O déficit nominal ou total corresponde à necessidade de

financiamento do setor público.

Segundo Oliveira (2002), nos tempos em que a inflação assumia contornos hoje

inimagináveis, chegando aos 2.500% ao ano, o controle das finanças públicas não passava de

uma verdadeira fantasia.A inflação se encarregava de desvirtuar qualquer tentativa de controle

das receitas e dos gastos, dificultando sobremodo a atuação dos bons administradores, de vez

que era impossível empreender uma gestão financeira adequada. As dívidas públicas, que se

acumulavam e cresciam a cada ano, eram igualmente dissimuladas pela inflação.

Com o advento do Plano Real, surgido após uma sucessão de planos econômicos que

não obtiveram o sucesso esperado, conseguiu-se o controle da inflação, que passou a

apresentar índices anuais considerados civilizados. Com o passar dos anos ficou flagrante a

herança de descontrole das finanças públicas no âmbito das três esferas de Governo. As

dificuldades financeiras herdadas do passado faziam com que a prática, antes usual, de deixar

para o exercício financeiro seguinte a quitação de parte das despesas efetuadas no exercício

anterior continuasse prevalecendo.

Esses fatos levaram à Concepção da Lei de Responsabilidade Fiscal, que objetiva

corrigir os problemas advindos do déficit público crônico, estabelecendo regras que levam a

um maior controle sobre a gestão de suas finanças.

Com o advento da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, mais conhecida

como Lei de Responsabilidade Fiscal, houve inúmeras alterações no modo de administrar o

poder público e assim o trabalho nos Tribunais de Contas, na atividade fiscalização, ganhou

novos contornos. Em fase disso, a administração pública enfrentou, num primeiro momento,

problemas operacionais, para se ajustar aos seus parâmetros, pois a partir dela exigiu um

maior rigor na execução orçamentária e financeira, além da gestão fiscal e dívida pública.

27

A LRF procura instituir um regime fiscal estável através da imposição de restrições à

ação do administrador público, isto é feito em duas fases:

1 Combater o déficit, limitando as despesas de pessoal, dificultando a geração de

novas despesas, impondo ajustes de compensação para a renúncia de receitas e

exigindo mais condições para repasses entre governos e destes parar

instituições privadas;

2 Procurar reduzir o nível da dívida pública, induzindo a obtenção de superávits

primários, restringindo o processo de endividamento, nele incluído os restos a

pagar, requerendo limites máximos de observância contínua para a dívida

consolidada. A LRF tem muitos aspectos positivos, um dos mais importantes,

realmente, é a questão do planejamento administrativo e fiscal que exigirá dos

entes federados maior preparo para administrar suas finanças, dispondo de

controles mais apurados sobre as projeções de receitas e despesas,

acompanhando-as mensalmente mediante adequado sistema de controle.

O ideal, na concepção puramente financeira, é que se consiga realizar superávit

primário, ou seja, que o resultado ao final do exercício, descontados os juros pagos com o

serviço da dívida, seja positivo. Desta forma, estarão sendo criadas as condições para que

além do pagamento regular das dívidas, haja possibilidade de se amortizar, com o produto do

resultado primário, o principal da dívida e com isto reduzir a conta dos juros no futuro.

A alocação de recursos públicos através do equilíbrio orçamentário também se mostra

indispensável para que as gerações futuras não sejam privadas de políticas públicas propostas

para serem minimamente efetivas, por falta de disponibilização orçamentária suficiente. Isto

leva a crer que um dos objetivos da idéia de responsabilidade fiscal é preservar a capacidade

de financiamento de políticas publicas para as futuras gerações.

A LRF busca o equilíbrio orçamentário, regra de ouro que a preside, representa um

rompimento com as ideologias políticas ate então adotadas por muitos paises, inclusive o

Brasil, que preferiam buscar o equilíbrio econômico e social, vale dizer, a eqüitativa

distribuição de renda, o pleno emprego, o combate à miséria e às graves injustiças sociais.

A LRF é um código de conduta para a administração pública de todo o país, que vale

para os três Poderes (executivo, Legislativo e Judiciário) nas três esferas de governo (Federal,

28

Estadual e Municipal). Através dela, todos os governantes passaram a obedecer às normas e

limites para administrar as finanças públicas, prestando contas sobre quanto e como gastam os

recursos da sociedade.

A LRF fixa limites para as despesas com pessoal, para a dívida pública e ainda

determina que sejam criados métodos para controlar receitas e despesas. Além disso, segundo

a LRF, nenhum governante pode criar uma nova despesa continuada (por mais de dois anos)

sem indicar sua fonte de receita ou sem reduzir outras despesas já existentes. Deste modo, o

governante tem condições de pagar despesas sem comprometer o orçamento ou orçamentos

futuros.

Além disso, foram estabelecidos limites para a divida pública como percentuais das

receitas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o que significa que os

governantes deverão respeitar a relação entre a dívida e a capacidade de pagamento. Ou seja,

o governante não poderá aumentar a dívida para o pagamento de despesas do dia-a-dia.

Caso o governante ultrapasse qualquer destes limites com gastos de pessoal e com

dívidas públicas ele deverá tomar providências para se enquadrar, no prazo de doze meses,

caso contrário sofrerá penalidades e não poderá contratar novas operações de crédito. Para os

governantes que não cumprirem as metas da LRF estão previstas sanções institucionais e

sanções pessoais.

De acordo com Figueiredo e Nóbrega (2005), o controle da divida e do

endividamento, é um dos pontos mais importantes da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF),

porque trata de um dos maiores problemas fiscais do pais: o descontrole do endividamento

que pressiona as despesas dos entes públicos.

Com base nisso, a Lei de Responsabilidade Fiscal vai estabelecer um tratamento

bastante amplo para a questão da divida, determinando que os entes públicos controlem

permanentemente essas despesas, a fim de mantê-las rigorosamente, dentro dos limites

estabelecidos pela lei. Além disso, a LRF determina prazos e mecanismos de ajuste aos

limites fixados.

Em primeiro lugar, a exemplo do que acontece com as despesas com pessoal, a LRF

estabelece que os limites de endividamento serão fixados em percentual da RCL, para cada

esfera de governo, e aplicados igualmente a todos os entes da Federação que integrem,

29

constituindo, para cada um deles, limites máximos. Tanto as despesas com pessoal, como os

limites de endividamento tem como referência a Receita Corrente Líquida (RCL).

A LRF conceitua os elementos que devem integrar a divida pública:

I – Divida Pública Consolidada ou Fundada

O conceito é bem genérico e enquadra todas as obrigações assumidas pelo ente da

Federação, no que se referem às leis, contratos, convênios ou tratados, e realização de

operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.

II – Dívida Pública Mobiliaria

Corresponde a divida apresentada por títulos públicos emitidos pela União, inclusive

os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios.

III – Operações de Crédito

Correspondente ao financeiro assumido em razão de:

Contrato de mútuo;

Abertura de crédito;

Emissão e aceite de títulos;

Aquisição financiada de bens;

Recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e

serviços;

Arrendamento mercantil;

E outras operações assemelhadas, inclusiva com o uso de derivativos

financeiros;

Assunção, reconhecimento ou confissão de dívidas.

IV – Concessão de Garantia

Trata-se do compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual

assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada.

30

V – Refinanciamento da Dívida Mobiliaria

Referes-se à emissão de títulos para pagamento do principal, acrescido da atualização

monetária.

Limite da divida pública e operações de crédito

É importante lembrar que a LRF não fixa os limites de endividamento, posto que as

competências para fazê-los já estão estabelecidas na Constituição Federal. A novidade é que a

Lei de Responsabilidade Fiscal determina que esses limites de endividamento sejam

estabelecidos com base na RCL.

O quadro a seguir demonstra o tipo de dívida, a competência constitucional para envio

do projeto contendo os limites da dívida e o órgão que deverá apreciá-lo.

Dívida Enviada pelo Enviada ao

Consolidada (União, Estados e Municípios)

Mobiliária Federal

Presidente da República

Presidente da República

Senado Federal

Congresso Nacional

Quadro 1 - Tipo da dívida, competência constitucional para envio do Projeto e órgão que deverá apreciá-lo. Fonte: Figueirêdo e Nóbrega (2005).

Essas propostas deverão ser elaboradas contendo as seguintes informações

Demonstração de que os limites e condições guardam coerência com as

normas estabelecidas na LRF e com os objetivos da política fiscal;

Estimativas do impacto da aplicação dos limites a cada uma das três esferas de

governo;

Razões de eventual de proposição de limites diferenciados por esfera de

governo;

Metodologia de apuração dos resultados primário e nominal.

Para fins de verificação do atendimento dos limites, a exemplo do que ocorre a

verificação dos limites de despesa com pessoal (art. 22), a apuração do montante da dívida

consolidada será efetuada quadrimestralmente, exceto nos Municípios com de 50.000

habitantes que possuem a faculdade, conferida pelo art. 63, I de apurá-la semestralmente.

31

Figuerêido e Nóbrega (2005), dizem que na recondução da dívida aos limites É

importante notar que os mecanismos básicos da LRF se repetem em diversos pontos da Lei. A

exemplo do que foi estabelecido para limites da despesa com pessoal, a Lei também

estabelece critérios para a recondução aos limites propostos de endividamento. Se a dívida

consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite, ao final de um

quadrimestre, deverá: I. ser a ele reconduzida, até o término dos três quadrimestres

subseqüentes; 2. reduzir o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento), no

primeiro quadrimestre. A contagem desse prazo será alterada nas seguintes situações: I. será

suspensa, na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso

da União, e pelas Assembléias Legislativas, no caso dos Estados e Municípios; 2. será

suspensa no caso de estado de defesa ou de sítio, decretado na forma da Constituição; 3.

poderá ser ampliado em até 04 (quatro) quadrimestres, na hipótese de se verificarem

mudanças drásticas na condução das políticas monetária e cambial, reconhecidas pelo Senado

Federal. Enquanto perdurar o excesso, o ente federado: estará proibido de realizar operação de

crédito, inclusive por antecipação de receita (exceto para o refinanciamento do principal

atualizado da dívida mobiliária); obterá resultado primário necessário à recondução da dívida

ao limite, promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho, conforme estabelecido

na LDO.

Figueirêdo e Nóbrega (2005), enfatizam que a contratação de operações de crédito será

precedida de pedido do interessado, fundamentado em pareceres técnicos e jurídicos que

demonstrem a relação custo-benefício, o interesse econômico e social da operação e

atendimento das seguintes condições: existência de prévia e expressa autorização para a

contratação, no texto da lei orçamentária, em créditos adicionais ou lei específica; inclusão no

orçamento ou em créditos adicionais dos recursos provenientes da operação, exceto no caso

de operações por antecipação de receita; observância dos limites e condições fixados pelo

Senado Federal; autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de operação de

crédito externo; atendimento do disposto no inciso IV, do art. 167 da Constituição, de ope-

rações de crédito que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas

mediante créditos suplementares ou especiais, com finalidade precisa. A LRF nesse item

incorpora um dispositivo clássico de finanças públicas, chamado regra de ouro.

Art. 167 – que diz são vedados: III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder legislativo por maioria absoluta.

32

A regra de ouro estabelece que todos os recursos oriundos de operações de crédito

devem ser destinados a investimentos, evitando, assim, o endividamento público para a

cobertura de despesas de custeio. . Observância das demais restrições estabelecidas na própria

LRF. Nesse disciplinamento geral para o endividamento dos entes federados, a LRF também

estabelece uma série de vedações para a realização de operações de crédito. São elas:

Operações de crédito entre entes da Federação, diretamente ou por intermédio

de fundos, autarquias, fundações ou empresa estatal dependente e outro,

inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de

novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente;

Operações de crédito destinadas a financiar despesas de custeio;

refinanciamento de dívidas não contraídas com a própria instituição cedente;

entre instituição financeira estatal e o ente que a controle;

Captação de recursos, a título de antecipação de receita, cujo fato gerador

ainda não tenha ocorrido;

Entre recebimento antecipado de valores de empresa controlada pelo ente;

Assunção direta de compromisso, mediante emissão de aceite com o aval de

título, com o fornecedor de bens, mercadorias ou serviços;

Assunção de obrigação com fornecedores sem autorização orçamentária.

Segundo Figuerêido e Nóbrega (2005), as operações de crédito por Antecipação de

Receita Orçamentária (ARO) têm por objetivo suprir a necessidade de caixa ou de liquidez no

curto prazo, para fazer face ao pagamento de compromissos que não apresentem cobertura

financeira imediata para a sua liquidação.

As ARO’s são muito comuns no final do exercício financeiro, quando, para pagamento

do décimo terceiro salário, por exemplo, o gestores lançam mão desse expediente, muitas

vezes, arcando com juros e encargos bastante elevados.

A LRF estabelece uma série de normas, que deverão ser seguidas para realização de

tais operações, a saber:

Só podem ser realizadas a partir do dia 10 de janeiro de cada ano;

Devem ser liquidadas até o dia 10 de dezembro do mesmo ano em que foram

contratadas;

33

Os encargos financeiros ficam limitados à taxa de juros da operação;

Não podem ser realizadas se existirem operações da mesma natureza pen-

dentes de liquidação;

Serão realizadas mediante abertura de crédito junto à instituição financeira

vencedora em processo competitivo eletrônico, promovido pelo Banco Central

do Brasil.

As operações de crédito por antecipação de receita, que forem liquidadas no prazo

previsto pela lei de Responsabilidade Fiscal (até 10 de dezembro), não serão computadas para

a apuração da chamada regra de ouro do art. 167, 111 da Constituição Federal.

A LRF observa que os entes federados poderão conceder garantia. Para tanto, devem

atender às regras quanto à contratação de operações de crédito, bem como os limites

estabelecidos pelo Senado Federal. Além disso, deverão preencher os seguintes requisitos:

Oferecimento pelo beneficiário de contra garantia, em valor igualou superior

ao montante afiançado;

O beneficiário deverá fazer prova de que está adimplente, com relação às

obrigações junto ao ente garantidor;

Caso a garantia seja concedida ao outro ente federado, a contra garantia po-

derá ser a vinculação de receitas tributárias ou de transferências consti-

tucionais;

A União só poderá garantir operações junto a organismos financeiros

internacionais para aqueles entes que ofereçam contra garantias e atendam às

exigências para o recebimento de transferências voluntárias.

As garantias prestadas pelo ente integram sua dívida consolidada, para fins de cálculo

do limite de endividamento.

As entidades da Administração indireta (exceto instituições financeiras) estão

proibidas de conceder garantias, mesmo que estas sejam oriundas de recursos de fundos.

É importante lembrar que, caso o ente esteja acima dos limites de despesas com

pessoal, estabelecidos pelos arts. 19 e 20 da LRF, não poderá obter garantia, direta ou

indireta, de outro ente.

34

Nos anos de eleição a LRF impõe restrições adicionais para controle de cotas públicas:

proíbe as operações de crédito; proíbe despesas que não possam ser pagas no mesmo ano;

proíbe aumento de despesas com pessoal.

De acordo com a LRF, cada governante deve publicar, a cada quatro meses, o relatório

de gestão fiscal, que vai informar, em linguagem simples e objetiva as contas da União,

Estados, Distrito Federal e Municípios, do Ministério Público e dos Poderes Legislativo e

Judiciário de todas as esferas de governo. Assim, toda a população poderá ter acesso ás

contas, com o objetivo de ajudar a garantir a boa gestão do dinheiro público. Além disso, cada

governante deve publicar, a cada dois meses, balanços simplificados das finanças que ele

administra.

De todas as partes existe um sentimento de que o rigor do controle de gastos,

principalmente, vai implicar numa redução de investimentos na área social e num aumento da

carga tributária para aumentar a receita. Ou seja, na linguagem popular, quem vai pagar a

conta do ajuste é a população.

Oliveira (2002) diz que em vez de se tentar buscar o equilíbrio fiscal de longo prazo

através da repressão ao comportamento pró-déficit de estados, municípios e da própria União,

seria mais eficaz atacar diretamente os motivos que estimulam governadores, prefeitos e

ministros a gastar acima das possibilidades.

A administração da dívida pública também tem sido fortalecida, mas o ajuste fiscal

tem sido calcado principalmente no aumento da receita e na compressão dos investimentos

públicos. A vinculação generalizada de receitas e a introdução de níveis mínimos de despesa

ao longo dos anos, muitas vezes por meio de dispositivos constitucionais, têm reduzido a

flexibilidade orçamentária. Uma ampla avaliação das vinculações orçamentárias existentes e

das exigências quanto às despesas obrigatórias, em relação ao cumprimento dos objetivos de

política almejados, poderia resultar em maior eficiência dos gastos. Conseqüentemente, a

necessidade de continuar com o ajuste fiscal pode ser conciliada com a de aliviar a alta carga

tributária no Brasil, canalizando mais adequadamente os recursos orçamentários para

satisfazer as prioridades econômicas e sociais.

35

4 OBJETIVOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

O principal objetivo da Lei de Responsabilidade Fiscal, de acordo com o caput do art.

1º, consiste em estabelecer “normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade

na gestão fiscal”. Por sua vez, o parágrafo primeiro desse mesmo artigo procura definir o que

se entende como “responsabilidade na gestão fiscal”, estabelecendo os seguintes postulados:

I. Ação planejada e transparente;

II. Prevenção de riscos e correção de desvios que afetem o equilíbrio das contas

públicas;

III. Garantia de equilíbrio nas contas, via cumprimento de metas de resultados entre

receitas e despesas, com limites e condições para a renúncia de receita e a geração de

despesas com pessoal, seguridade, dívida, operações de crédito, concessão de

garantia e inscrição em restos a pagar;

Para Nascimento e Debus (2001), os diversos pontos da LRF enfatizam a ação

planejada e transparente na administração pública. Ação planejada nada mais é do que aquela

baseada em planos previamente traçados e, no caso do serviço público, sujeitos à apreciação e

aprovação da instância legislativa, garantindo-lhes a necessária legitimidade, característica do

regime democrático de governo.

Os instrumentos preconizados pela LRF para o planejamento do gasto público são os

mesmos já adotados na Constituição Federal: o Plano Plurianual - PPA, a Lei de Diretrizes

Orçamentárias - LDO e a Lei Orçamentária Anual - LOA. O que a LRF busca, na verdade, é

reforçar o papel da atividade de planejamento e, mais especificamente, a vinculação entre as

atividades de planejamento e de execução do gasto público, conforme será demonstrado mais

adiante, quando abordarmos este assunto.

Por sua vez, a transparência será alcançada através do conhecimento e da participação

da sociedade, assim como na ampla publicidade que deve cercar todos os atos e fatos ligados

à arrecadação de receitas e à realização de despesas pelo poder público. Para esse fim diversos

mecanismos estão sendo instituídos pela LRF, dentre eles: a participação popular na discussão

e elaboração dos planos e orçamentos já referidos (artigo 48, parágrafo único); a

disponibilidade das contas dos administradores, durante todo o exercício, para consulta e

apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade; a emissão de relatórios periódicos de

gestão fiscal e de execução orçamentária, igualmente de acesso público e ampla divulgação.

36

A prevenção de riscos, da mesma forma que a correção de desvios, deve estar presente

em todo processo de planejamento confiável. Em primeiro lugar, a LRF preconiza a adoção

de mecanismos para neutralizar o impacto de situações contingentes, tais como ações judiciais

e outros eventos não corriqueiros. Tais eventualidades serão atendidas com os recursos da

reserva de contingência, a ser prevista na LDO e incluída nos orçamentos anuais de cada um

dos entes federados.

Já as correções de desvios requerem a adoção de providências com vistas à eliminação

dos fatores que lhes tenham dado causa. Em termos práticos, se a despesa de pessoal em

determinado período exceder os limites previstos na lei, medidas serão tomadas para que esse

item de gasto volte a situar-se nos respectivos parâmetros, através da extinção de gratificações

e cargos comissionados, além da demissão de servidores públicos, nos termos já previstos na

Constituição Federal.

4.1 Equilíbrio das contas públicas

Nascimento e Debus (2001), dizem que diferente do equilíbrio orçamentário, este já

previsto na Lei 4.320 de 1964, a Lei de Responsabilidade Fiscal traz uma nova noção de

equilíbrio para as contas públicas: o equilíbrio das chamadas “contas primárias”, traduzida no

Resultado Primário equilibrado. Significa, em outras palavras, que o equilíbrio a ser buscado

é o equilíbrio auto-sustentável, ou seja, aquele que prescinde de operações de crédito e,

portanto, sem aumento da dívida pública.

Esta é a verdadeira tradução do slogan “gastar apenas o que se arrecada.” Diante desta

constatação nos vem a pergunta: Nenhum ente público poderá endividar-se (contratar

operações de crédito) a partir da Lei de Responsabilidade Fiscal ? A resposta é: certamente

que pode.

Entretanto, sabemos que a dívida pública é o principal problema de ordem

macroeconômica enfrentado pelo País nos últimos tempos, em todos os níveis de governo. O

controle da dívida pública é o principal motivo que podemos invocar para a elaboração de

uma lei como a LRF.

A partir da análise do Capítulo VII da LRF, que trata da dívida e do endividamento

público, sabemos que, nos termos da Resolução n° 40 e da Resolução n° 43, aprovadas pelo

Senado Federal, foram definidos limites para a dívida pública de todos os entes nacionais.

37

A LRF define os princípios básicos de responsabilidade, derivados da noção de

prudência na gestão de recursos públicos, bem como limites específicos referentes a variáveis

como nível de endividamento, déficit, gastos e receitas anuais. O texto estabelece também

mecanismos prévios de ajustes destinados a assegurar a observância de parâmetros de

sustentabilidade da política fiscal, determinando sanções, tanto na esfera individual quanto na

de responsabilidade.

De acordo com a LRF, os quatro princípios norteadores da administração pública são o

planejamento, a transparência, o controle e a responsabilidade. Tal enumeração, obviamente,

não é taxativa, enquadrando-se dentro principiologia constitucional-administrativa do art. 37

da CF/88. A LRF foi, em boa parte, inspirada segundo as diretrizes do Fundo Monetário

Internacional. Segundo o FMI, a transparência contribuiu para a causa da boa governança.

O debate público sobre a concepção e sobre os resultados da política fiscal amplia o

controle sobre os governos, aumentando a credibilidade nas ações estatais. Para tanto, o

Fundo estabeleceu o Código de Boas Práticas para a Transparência Fiscal - Declaração de

Princípios, baseado em quatro princípios gerais da transparência fiscal: (a) definição clara de

funções e responsabilidade; (b) acesso público à informação; (c) abertura na preparação,

execução e prestação de contas do orçamento; (d) garantias independentes de integridade.

4.2 Responsabilidade na gestão fiscal

O art. 1º § 1º da LRF enuncia que a responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação

planejada e transparente, em que previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o

equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultado entre receitas e

despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receitas, geração de

despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária,

operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição

em Restos a Pagar.

Segundo Londero (2004), os governos estaduais, municipais e federal são obrigados a

tornar clara a verdadeira diferença entre Receitas e Despesas; às Assembléias Legislativas e

Câmaras de Vereadores, em conjunto com a sociedade, cabe a obrigação de discutir

abertamente formas de combater o desequilíbrio fiscal, seja por aumento de Receita ou por

corte de Despesa.

38

De forma prática, a LRF introduziu significativas mudanças, como a exigência de

estabelecimento de metas fiscais trienais e de corte de despesas nos três Poderes, em caso de

previsão de descumprimento das metas; o mecanismo de compensação para renúncia de

Receita e geração de Despesas de caráter continuado; a imposição de limites e exigências para

as despesas de pessoal e para o endividamento, bem como para a recondução aos limites

fixados; a vedação de condutas consideradas indesejáveis, em especial no que se refere a

endividamento entre entes da federação; regras de transparência, incluindo a publicação

freqüente e o acesso público aos relatórios que atestem o cumprimento das regras; finalmente,

a imposição de penalidades, inclusive pessoais, aos administradores públicos que infringirem

as regras acima.

Com a introdução da lei, os governantes devem prestar contas ao seu legislativo. Isto

porque a irresponsabilidade praticada hoje, em qualquer nível de governo, resultará amanha

em mais impostos, menos investimentos ou mais inflação, que é o mais perverso dos impostos

pois incide sobre os mais pobres...Os governantes serão julgados pelos eleitores, pelo

mercado e, se descumprirem as regras, serão punidos. Já entramos na era da responsabilidade

fiscal. Ter uma postura responsável é dever de cada governante.

A Lei Complementar n. 101, de 04 de maio de 2000, busca justamente o equilíbrio

entre receitas e despesas e a estagnação da dívida pública, impondo um rígido controle ao

gasto público e ao administrador que o faz, eis que denominada Lei de Responsabilidade

Fiscal.

Lei de Responsabilidade Fiscal, elaborada e promulgada, às pressas, no decorrer do

clamor da opinião pública que tomou conta das mídias, revoltada com os atos de improbidade

reinante no País, além do seu excessivo tecnicismo e complexidade para ser aplicada no

âmbito da União, dos Estados e dos Municípios, contém falhas e impropriedades.

Harada (2001), enfatiza a opinião de alguns estudiosos da matéria sobre a

inconstitucionalidade de vários dispositivos da lei. Muitos Municípios, sem assistência

jurídica gratuita por parte dos Estados ou da União, através de órgãos competentes, teriam que

contratar técnicos especializados, implicando superação do limite de despesas com pessoal.

Outrossim, a criminalização de infrações político-administrativas que se seguiu com a

promulgação da lei nº 10.028, de 19 de outubro de 2000, impondo penas exacerbadas poderá

39

criar impasses políticos-institucionais ou então conduzir à desmoralização do Poder

Judiciário, incumbido de aplicar a lei a cada caso concreto.

A correta utilização de recursos financeiros depende, fundamentalmente, da

honestidade do administrador e de seus agentes públicos. Não há lei que possa transformar o

desonesto em honesto, o ímprobo em probo; pode, quando muito, intimidá-lo com ameaças

representadas por sanções penais. Como não há lei perfeita, a possibilidade, bem como, a

probabilidade de os atos de improbidade nas três esferas de Poder e no âmbito das três

entidades políticas, continuará em aberto, ainda que, em proporção menor.

Segundo Harada(2001) ,se não faltar vontade política dos agentes públicos em geral e

se for bem aplicada ela contribuirá para a efetiva implementação de planos de governo,

através da lei orçamentária anual que, embasada na lei do plano plurianual e na lei de

diretrizes orçamentárias, passará da teoria para à prática, constituindo-se em um valioso

instrumento do exercício de cidadania, à medida em que a fiel execução orçamentária

representará respeito ao direcionamento das despesas públicas, aprovadas pelo órgão de

representação popular.

Dessa forma, uma correta utilização dos recursos financeiros depende da atuação da

Administração Pública nos campos da receita e da despesa públicas, através da sua atividade

financeira, visa ao atendimento das necessidades coletivas, transformadas pelo poder político

em necessidades públicas.

Para Baleeiro (2006), a atividade Financeira do Estado é, pois, a obtenção, criação,

gerência e dispêndio do numerário necessário à satisfação das necessidades públicas

assumidas pelo Estado ou por outra pessoa de direito público.

Necessidade pública é aquela eleita pelo poder político como de interesse da

sociedade, sendo satisfeita pela prestação de serviço público. O serviço público, por sua vez, é

o organizado de recursos humanos e materiais pela Administração Pública visando ao

atendimento das necessidades compreendidas de interesse geral.

A Lei n. 4.320/64, que institui normas de Direito Financeiro, trata da receita pública,

sua classificação e contabilização no orçamento da entidade federativa, mas não a definindo,

tarefa esta que Machado Júnior e Reis o fazem (2003, p. 29, grifos no original), com base em

seus artigos e princípios:

40

Em sentido lato, um conjunto de entradas financeiras no Patrimônio, oriundas

de fontes diversificadas, conquanto possam existir reivindicações de terceiros

sobre alguns desses valores;

Em sentido restrito, um conjunto de recursos financeiros obtidos de fontes

próprias e permanentes, que integram o Patrimônio na qualidade de elemento

novo, que produzem-lhe acréscimos financeiros, sem contudo gerar

obrigações, reservas ou reivindicações de terceiros. Essas receitas resultam de

leis, contratos, convênios, de tributos de lançamento direto e outros.

41

5 ORÇAMENTO PÚBLICO E A LRF

De acordo com Baleeiro (2006), o orçamento público é o planejamento feito pela

Administração Pública para atender, durante determinado período, a execução das receitas e

despesas anuais do Estado, de acordo com as leis a ela pertinentes. Objetivando com isto a

melhoria dos serviços prestados à sociedade, e uma boa gestão dos recursos públicos.

Muitas vezes o orçamento é tido como simples previsão de receitas e fixação de

despesas ou como instrumento do planejamento estatal, o orçamento cogita o futuro,

estabelece caminhos, mas não impõe medidas. Na melhor das hipóteses, proíbe ações

contrarias, na medida em que veda despesas sem dotação orçamentária ou além dos saldos

que tais dotações possuem.

A admissão da previsão orçamentária, não implica, em prejuízo do gestor, que não tem

a obrigação de realizá-las, senão apenas, a de observar os parâmetros e limites contidos na lei

orçamentária.

Mesmo as ocasionais despesas que integram a lei orçamentária anual ou outros

instrumentos normativos de natureza orçamentária, cuja execução é compulsória por força do

que estabelece normas constitucionais ou infraconstitucionais, terão essa imposição como

decorrência destas normas e não do fato de que constam na lei orçamentária. É o caso das

despesas relativas à educação e saúde.

Essa situação ocorre justamente porque o nosso ordenamento não adota o chamado

orçamento impositivo, que limita a ação do governante e impõe a sua execução. A discussão

em torno da conveniência do orçamento impositivo abre uma contenda sobre a independência

dos poderes, pois, a aprovação do orçamento cabe ao Legislativo e a sua efetivação ao

Executivo.

O orçamento impositivo faria o Poder Legislativo assumir uma seara reservada ao

Executivo. Ao se considerar o fato de que a função administrativa pertence ao Poder

Executivo, cabendo a este, segundo os juízos de conveniência e de oportunidade, observados

os princípios informadores da Administração Pública, exercê-la e executar as políticas

governamentais, admitir-se que as previsões orçamentárias, sobretudo quanto às obras,

serviços, atividades, empreendimentos e investimentos a realizar, vinculam completamente a

42

ação do referido Poder, significaria considerável afronta ao princípio da separação de poderes,

cláusula pétrea da Constituição federal brasileira.

Com isso a ação governativa do Poder Executivo seria controlada e não fiscalizada,

pelo Poder Legislativo, que definiria e imporia àquele não apenas os limites monetários das

despesas públicas, mas as despesas em si, determinando prioridades e valores.

Inclui-se neste rol orçamentário o orçamento participativo que apesar de ter como

objetivo democratizar a gestão pública, não vincula a ação do governante, servindo na maioria

das vezes como mera ilusão popular.

Devido ao contra-senso da imposição do orçamento, que já é elaborado deixando

margens para desvios nos gastos públicos, evidenciados na super-estimação de receita, no

falso contingenciamento de despesas, na anulação de valores empenhados e não liquidados

que serão transformados em "restos a pagar", etc. E a falta de sanção penal para o mal gestor

surgiu a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), como um instrumento para auxiliar os

gestores públicos a gerir os recursos de dentro de um conjunto de regras claras e precisas,

aplicadas a todos os gestores públicos e em todas as esferas de governo, relativas a gestão da

receita e da despesa publicas, ao endividamento e a administração do patrimônio público.

Conforme discutido anteriormente, o principal objetivo da LRF é melhorar a

administração das contas públicas no Brasil. Assim, os governantes terão o compromisso com

o orçamento e com as metas, que devem ser apresentadas e aprovadas pelo respectivo Poder

Legislativo.

Na intenção de garantir uma gestão fiscal adequada, a LRF estabelece regras e limites

para o endividamento público; aumento dos gastos com a seguridade; gastos com pessoal, e

regras para a administração financeiro-patrimonial.

Diante disto, recomendações tornam-se obrigações, a serem cumpridas por todos

governos e governantes, sem qualquer distinção de nível ou tamanho. Caso não sejam

respeitadas, ficam passíveis de sanções, igualmente definidas em lei, que devem penalizar

tanto a entidade pública desequilibrada, como também os gestores ímprobos. A LRF traz

inúmeras punições aos maus administradores inclusive a inelegibilidade tão temida pelos

políticos.

43

Para Harada (2001), uma das maiores metas da LRF é alcançar a transparência total na

administração pública, principio este que há muito já faz parte do rol das exigências

orçamentárias, porém, agora passível de punição está mais exeqüível.

Da autorização para gastar até a prestação das contas realizadas, o trato dos recursos

públicos não pode mais constituir uma incógnita, a qual só especialistas têm acesso. os

governantes deverão emitir, trimestralmente e anualmente, uma declaração de Gestão Fiscal

Responsável, uma espécie de balancete simplificado, com informações sobre receita, gastos

com pessoal, etc. Serão emitidos relatos bem simples e abrangendo as grandes contas de cada

governo, de modo que se conheça o quanto arrecada, quanto gasta, quanto é a diferença entre

o que recebe e o que paga, quanto deve e a quanto montam as posses do governo depois de

abatidas as dívidas.

O que se pretende é manter um equilíbrio e uma organização das contas públicas

porque ninguém pode pagar mais do que dispõe. Estados e municípios, assim como empresas

ou famílias, são similares neste aspecto óbvio: para pagar, é preciso ter recursos. A criação de

dividas inexeqüíveis é o que se pode chamar de irresponsabilidade fiscal. No caso de Estados

e municípios, a autorização para realizar despesas acima do limite financeiro é o que causa o

chamado déficit orçamentário ou fiscal.

A conseqüência desta irresponsabilidade fiscal é o caos administrativo. Porque o fato é

que os credores não vão ficar de braços cruzados tendo contas a receber e o ente público não

saldando seus compromissos. Eles vão buscar mecanismos de cobrança, sobre taxar os preços,

buscar formas ortodoxas e heterodoxas de receber seus créditos, causando assim todo um

clima favorável à corrupção. O que resulta, no fundo, na desorganização de toda a

administração.. O setor público fica, assim, impedido de realizar uma ação coerente.

Esta desorganização impede o cumprimento de deveres básicos em relação à

sociedade, sobretudo para com as parcelas menos favorecidas, que são as que mais necessitam

dos investimentos em saúde, educação, segurança pública, habitação. Esta situação pode ser

caracterizada como sendo de irresponsabilidade social, pois ao invés de contribuir para a

organização social e a administração de conflitos, acaba colaborando para piorar a situação

geral.

44

5.1 Relação entre orçamento, políticas públicas e LRF

Para Torres (2000), a relação entre o orçamento e as políticas públicas é dialética, pois

o orçamento prevê e autoriza as despesas que atenderão as políticas públicas, mas estas estão

limitadas pelas possibilidades financeiras e pelos valores e princípios jurídicos.

O orçamento praticado nos regimes democráticos é, segundo Baleeiro (2006), o ato

pelo qual o Poder Legislativo prevê e autoriza ao Poder executivo, por certo período e em

pormenor, as despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins

adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já

criadas em lei.

Baleeiro (2006), diz que o orçamento compreende quatro aspectos fundamentais:

O jurídico, que envolve a natureza do ato orçamentário quanto aos direitos e

obrigações que ele gera à Administração, aos agentes públicos e aos

administrados.

O político, que indica para qual direção o poder político está atuando, isto é,

qual necessidade coletiva entendeu ser de interesse público e usará, para sua

satisfação, o serviço público mediante seu critério de gasto.

O econômico, quanto às diretrizes econômicas e políticas fiscais adotadas em

sua elaboração e que se tornarão postulados a serem seguidos.

O técnico, estabelecendo metodologias e procedimentos administrativos e

contábeis adotados à persecução dos fins do instrumento orçamentário.

5.2 Instrumentos de planejamento

A atuação da Administração Pública na AFE deverá contar com a elaboração de um

planejamento pautado pelos ditames de probidade, racionalidade e previsibilidade,

consubstanciados em documentos obrigatórios pela Constituição Federal e discriminados pela

LRF: o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual.

O Plano Plurianual (PPA) é uma lei que estabelece as diretrizes, objetivos e metas da

Administração Pública para as despesas de capital, que são os investimentos, e outras delas

decorrentes, bem como aos programas de duração continuada; a ele deverão ser compatíveis a

45

LDO e a LOA. É obrigatório pelo art. 165, I, e § 1º da Constituição. O art. 166 trata das leis

orçamentárias no âmbito da União.

Anteriormente à Constituição de 1988, a Lei n. 4.320/64 dispunha do "Orçamento

Plurianual de Investimentos", que apenas estabelecia dotações financeiras, sem menção às

metas e às despesas decorrentes dos investimentos, além de ser reelaborado anualmente. Além

de não ter a amplitude desejada, era fragilizado pela inflação voraz, o que o reduzia a um

"papel rigorosamente ornamental" (Serra, 1996).

A LRF dispunha em seu art. 3º que o PPA seria encaminhado ao Legislativo até o dia

30 de abril do primeiro ano de mandato do Chefe do Poder Executivo, sendo devolvido para

sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa.

Entretanto, o Presidente da República vetou o artigo por entender que o prazo seria

exíguo, principalmente considerando o primeiro ano de mandato como um período de

mudanças atribuladas. Além do mais, considerou que o Anexo de Política Fiscal, constante do

§ 1º, já estaria previsto como o Anexo de Metas Fiscais da LDO (art. 4º, §§ 1º e 2º).

Os prazos de tramitação legislativa do PPA continuam sendo os prescritos nas leis

orgânicas, pois o Município pode suplementar, no que couber, a legislação federal e estadual

(arts. 30, II, da CF; e 22 da Lei n. 4.320/64) (Toledo Júnior e Rossi, 2004). Omissa a lei local,

vale, seqüencialmente, o período fixado em Constituição Estadual e, depois, a regulamentação

pelo art. 35, § 2º, I, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Como a Constituição

paulista não trata do tema, para viger até o final do primeiro exercício financeiro do mandato

subseqüente do Chefe do Executivo, o projeto do PPA "será encaminhado até quatro meses

antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o

encerramento da sessão legislativa".

É indispensável, sob pena de crime de responsabilidade, que os investimentos que

ultrapassem o exercício financeiro estejam previstos no PPA ou em lei que autorize sua

inclusão, conforme arts. 167, § 1º, da CF, e 5º, § 5º, da LRF. Tal disposição ecoa nas despesas

relativas a restos a pagar por envolverem obras ou serviços plurianuais.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tem por objetivo principal a

compatibilização orçamentária anual com o planejamento de longo prazo definido no PPA,

orientando a elaboração do orçamento anual. Compreende, pelos arts. 165, § 2°, da CF, e 4°

46

da LRF, as metas e prioridades da Administração, incluindo as despesas de capital para o

próximo exercício, as alterações na legislação tributária, a política das agências oficiais de

fomento, o equilíbrio entre receitas e despesas, os critérios de limitação de empenho, as

normas de controle de custos e avaliação dos resultados de programas financiados, e as

condições para transferência de recursos a entidades públicas e privadas.

Considerando a LDO de natureza meramente formal, não criando direitos subjetivos

para terceiros nem gerando eficácia fora do relacionamento dos entes estatais, Ricardo Torres

(2000, p. 71) entende que a LDO trouxe mais distorções e desajustes que vantagens.

Transplantadas de países de sistema parlamentarista não poderia se adaptar com facilidade ao

presidencialismo brasileiro. Serviu apenas para consolidar o injustificável alargamento da

competência do Legislativo, o que tem causado graves danos à ordem financeira.

Deve integrar o projeto de LDO o Anexo de Metas Fiscais, estabelecendo metas anuais

sobre receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o

exercício referido e os dois seguintes (art. 4º, § 1º). O art. 4º estabelece ainda o conteúdo deste

documento:

§ 2º O Anexo conterá, ainda:

I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;

II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de

cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas

nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as

premissas e os objetivos da política econômica nacional;

III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios,

destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;

IV – avaliação da situação financeira e atuarial:

a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e

do Fundo de Amparo ao Trabalhador;

b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;

V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da

margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.

47

Este anexo auxilia a Administração em um dos objetivos fundamentais da LRF: fazer

com que o superávit primário abata a dívida pública. Resultado primário é a diferença entre

receitas e despesas, delas excluídas juros e o principal da dívida, tanto pagos quanto

recebidos. Resultado nominal é a diferença entre todas as receitas arrecadadas e todas as

despesas empenhadas.

A LDO deverá contar ainda com um Anexo de Riscos Fiscais (§ 3º) que avalie os

passivos e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, com as providências a serem

tomadas caso tais riscos ocorram.

Para Motta e Fernandes (2001), uma função acrescida à LDO pela LRF foi a de conter

os instrumentos necessários e suficientes para manter o equilíbrio entre receita e despesa e

cumprir as metas de superávit nominal e primário. Quando o ente público ultrapassar os

limites definidos às despesas, ou não cumprir os objetivos constantes no Anexo de Metas

Fiscais, deverá o administrador tomar as medidas previstas de forma genérica na LRF, além

das providências detalhadas na LDO.

O projeto de LDO será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do

exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da

sessão legislativa (art. 35, § 2°, II, ADCT).

A Lei Orçamentária Anual (LOA), elaborada em compatibilidade com o PPA e a

LDO, compreende o orçamento fiscal dos Poderes e dos órgãos da Administração direta e

indireta, o orçamento da seguridade social e o orçamento de investimento das empresas

controladas pelo Estado.

Deverá conter, pelo art. 5° da LRF, anexo de demonstrativo da compatibilidade da

programação orçamentária com os objetivos e metas estabelecidos; pelo § 6º do art. 165 da

CF, deverá conter também demonstrativo regionalizado do efeito de isenções e outros

subsídios financeiros, tributários e creditícios.

O projeto de LOA será apresentado até quatro meses antes do estabelecimento do

exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa (art. 35,

§ 2°, III do ADCT da CF). A LRF dispunha, no § 7º do art. 5º, que o prazo de apresentação

seria até 15 de agosto; contudo, com o veto presidencial, permanece em vigor o prazo

disposto no ADCT.

48

Outro dispositivo vetado no referido artigo foi a alínea "a" do inciso III do caput,

ordenando que o projeto de LOA deveria conter reserva de contingência destinada ao

"pagamento de restos a pagar que excederem as disponibilidades de caixa ao final do

exercício, nos termos do art. 41".

Em seu veto, o Presidente da República entendeu que a previsão de cobertura de

despesas que não foram contempladas no período anterior por insuficiência de caixa seria

contrária à responsabilidade fiscal, "na medida em que pressupõe a execução de despesas

acima das disponibilidades financeiras do exercício". Outro motivo lógico de veto foi que,

devido ao prazo de apresentação do projeto de LOA, não seria possível prever o montante

devido de restos a pagar.

Logo, a LOA irá prever reserva de contingência exclusivamente para atender

pagamentos imprevistos, inesperados, contingentes (art. 5º, III, "b", LRF).

49

6 APLICAÇÃO DA LRF NAS RECEITAS PÚBLICAS

Segundo Nascimento e Debus (2001), a Constituição Federal de 1988 possibilitou o

incremento na carga tributária brasileira a partir daquele período. Em 1989 ela representava

cerca de 22% do PIB nacional, tendo atingido 29,5% em 1990. A Carta Magna aumentou

significativamente a participação dos Estados e dos Municípios na repartição do “bolo fiscal”,

em detrimento da União. Isso ocorreu em virtude do aumento das transferências de recursos

através dos fundos de participação (FPE e FPM). Além disso, não foram repassados aos

governos estaduais e municipais as obrigações e os encargos pertinentes, na proporção do

incremento das transferências.

Houve, ainda, uma queda nas receitas próprias do Governo Central, já que a

Constituição Federal retirou os impostos únicos sobre energia elétrica, combustíveis e

minerais, do campo da competência Federal. Estes impostos passaram a fazer parte da base de

cálculo do ICMS, cabendo aos Municípios a fatia de 25% deste que é o principal imposto

estadual. Desta forma, a União, que detinha cerca de 75% do total dos recursos tributários

arrecadados no País antes da Constituição de 1988, passou a contar com cerca de 66% desse

total, a partir de 1989.

Outras transformações importantes foram observadas na estrutura tributária brasileira

a partir da CF/88, dentre elas: IOF, antes instrumento de política monetária, passou a assumir

caráter arrecadatório; As contribuições sociais aumentaram a sua participação na carga

tributária (de 24% em 1988, para 26%, em 1992); Como o IOF e as contribuições sociais não

são transferidos aos Estados e Municípios, a participação da União na arrecadação apresentou

uma ligeira recuperação em 1994, chegando próximo aos 70% do "bolo fiscal" no período;

incremento nas receitas de Estados e Municípios não livrou esses entes do problema do

endividamento público, que aumentou significativamente na década de 90.

Neste caso, verificou-se que a busca pelo equilíbrio fiscal no Brasil não se restringe ao

incremento na arrecadação, mas, também, a uma política de gastos mais restritiva.

Finalmente, o aumento das transferências da União trouxe como conseqüência a

renúncia a parte das receitas próprias em alguns governos subnacionais. Não havia estímulo

para a arrecadação de impostos que, em alguns casos, representavam percentual pouco

significativo das receitas correntes totais.

50

Portanto, a LRF, através do Capítulo III, visa a resgatar a importância das receitas

próprias na realização de projetos e manutenção da máquina pública, em nível local. Estados e

Municípios possuem legislação tributária própria e devem explorar com eficiência o seu

potencial de arrecadação, desvinculando-se cada vez mais da dependência do Governo

Federal.

A determinação para a cobrança de tributos deve ser vista como um estímulo ao

administrador para o desenvolvimento do sistema tributário próprio. Na verdade, nos termos

da LRF e, nos termos da Lei 10.028 (Lei de Crimes Fiscais), cobrar impostos, mais do que um

direito da administração pública, passa a ser uma obrigação.

A arrecadação das Receitas dos Municípios são proveniente dos impostos de sua

competência, estes estão enumeradas no Art. 156 da Constituição Federal:

Art. 156. Compete aos Municípios instituir imposto sobre:

I - propriedade predial e territorial urbana;

II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, pôr ato oneroso, de bens imóveis, pôr

natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem

como cessão de direitos a sua aquisição;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional n. º 3, de 18/03/93:

"III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei

complementar”.

Os Municípios também recebem receitas de Transferências feitas pela União pelo

Estado essas transferências são chamadas de Fundo de Participação Dos Municípios (FPM):

(...)Art. 2o Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:

IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições,

patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras

receitas também correntes, deduzidos:

a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios pôr determinação

constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no

inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;

b) nos Estados, as parcelas entreguem aos Municípios pôr determinação

constitucional²".

51

As Receitas Correntes arrecadadas pelos municípios são: Receitas Tributárias (IPTU,

ISS, ITBI, outras); Receitas de Contribuições; Receita Patrimonial; Receita Agropecuária;

Receita Industrial; Receita de Serviços; Transferencias Correntes (Quotas-partes: ICMS,

IPVA); Transferencias do FUNDEF; Outras Transferencias. E as Receitas de Capital são:

Operações de Crédito; Alienação de Bens; Amortização de Empréstimos; Transferencias de

Capital; Outras Receitas de Capital.

Nascimento e Debus (2001), diz, que instituição, previsão e a efetiva arrecadação de

todos os tributos é ressaltada pelo texto da LRF como requisito essencial da responsabilidade

na gestão fiscal. O descumprimento dessa norma terá como conseqüência a imediata

suspensão das transferências voluntárias ao ente público que se mostrar negligente nessa

questão.

Para a sua previsão, além de observar as normas técnicas e legais e a respectiva

metodologia de cálculo, as estimativas da receita devem estar acompanhadas de

demonstrativo da sua evolução, nos três anos anteriores e nos dois seguintes àquele a que se

referirem. Permanece também o mandamento constitucional que somente admite reestimativa

de receita, pelo Poder Legislativo, nos casos de erro ou omissão, de ordem técnica ou legal.

A LRF prevê, ainda, que o Poder Executivo deverá informar aos demais Poderes e ao

Ministério Público os estudos e as estimativas das receitas, pelo menos trinta dias antes de

esgotar-se o prazo de envio das respectivas propostas orçamentárias. Nesse particular, convém

analisar o texto da LRF frente à Emenda Constitucional nº 25, de 14-02-2000, que “altera o

inciso VI do art. 29 e acrescenta o art. 29-A da Constituição Federal, que dispõem sobre

limites de despesas com o Poder Legislativo Municipal”.

Consoante o referido art. 29-A, a receita do Poder Legislativo Municipal obedece a

limites cuja base de cálculo é a receita efetivamente arrecadada no exercício anterior. O art.

11, § 3º, da LRF faz referência à estimativa de receita que integrará a proposta orçamentária

para o exercício seguinte, que deveria servir de parâmetro para a elaboração das propostas

orçamentárias dos Poderes Legislativo, Judiciário e do Ministério Público. No caso dos

legislativos municipais, a medida tornar-se-ia inócua, já que tal estimativa de receita não

poderá embasar as propostas orçamentárias desses entes públicos. Por conseguinte, a

estimativa de receita que o Poder Executivo deve colocar à disposição da Câmara de

52

Vereadores é a previsão atualizada do exercício em curso, pois será esta a base de cálculo para

a despesa do exercício subseqüente.

O art. 13 da LRF determina que o Poder Executivo deverá, até trinta dias após a

publicação do orçamento anual, efetuar o desdobramento das receitas em metas bimestrais de

arrecadação, informando quais medidas serão adotadas para o combate a sonegação, a

cobrança da dívida ativa e os créditos executáveis pela via administrativa. Ressalte-se a

importância dessa medida, uma vez que tais metas bimestrais de receita servirão de parâmetro

para a limitação de empenho e movimentação financeira a que se refere o art. 9º desta lei.

A concessão indiscriminada dos chamados “incentivos fiscais” é prática danosa às

finanças de qualquer ente público, e deve estar sujeita a regras disciplinadoras. A partir da

vigência da LRF, tais iniciativas deverão atender, não só ao que dispuser a LDO, mas ainda

aos seguintes requisitos:

Estimar o impacto orçamentário financeiro no exercício inicial de sua vigência e nos

dois seguintes; Demonstrar que a renúncia delas decorrente foi considerada ao se estimar a

receita do orçamento e que não afetará as metas de resultados fiscais previstas na LDO;

Prever medidas de compensação nos três exercícios já referidos, podendo ser através de:

elevação de alíquota, ampliação da base de cálculo ou novos tributos ou contribuições, sendo

que nos dois últimos casos o benefício só entrará em vigor após a ocorrência do aumento da

receita. Estas medidas deverão observar ainda, o princípio da anterioridade, nos termos do

Código Tributário Nacional.

Estão isentos das restrições acima apenas os cancelamentos de débitos em valor

inferior aos seus custos de cobrança.

6.1 Receita corrente líquida - RCL

Nascimento e Debus (2001), comentam que antes da Lei de Responsabilidade Fiscal, a

RCL era utilizada principalmente como parâmetro na verificação das despesas com pessoal,

de acordo com o texto da Lei Complementar nº 82/95 e ainda nos termos da Lei

Complementar nº 96/99 (Lei Camata I e II, respectivamente).

De acordo com os dispositivos legais citados, o total das despesas com pessoal não

poderia ultrapassar o percentual de 60% da RCL. A definição de despesa total com pessoal,

53

no primeiro caso, correspondia às despesas totais com pessoal ativo e inativo da

administração direta e indireta, inclusive fundações, empresas públicas e sociedades de

economia mista, pagas com receitas correntes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios.

A Lei Complementar nº 96/99 ampliou o conceito de despesas com pessoal, além de

especificar os itens que deveriam compor o montante desses gastos (adicionais, gratificações,

horas extras, etc.). Além disso, essa norma retirava do cômputo das despesas com pessoal os

gastos relativos às demissões incentivadas (PDV’s). Havia o cuidado também no sentido de

evitar a dupla contagem das receitas correntes, o que representa um desvio em relação à real

participação da folha de pessoal nas receitas públicas.

Analisando com cuidado a definição de RCL, de acordo com a LRF, observamos que

continuou o legislador público preocupado em identificar aquelas receitas disponíveis à

União, aos Estados e Municípios para a realização de despesas com pessoal, gastos com

serviços de terceiros, pagamento de dívidas, etc. Para tanto, a partir da Receita Corrente total,

chega-se à RCL estadual, por exemplo, extraindo-se as transferências constitucionais6, a

contribuição de servidores para o custeio de sistema de previdência e assistência, as

compensações referentes à Lei nº 9.796/99, (a chamada “Lei Hauly”)7.

Além disso, serão computados, no cálculo da RCL dos Estados, os valores pagos e

recebidos em função da Lei Complementar nº 87 (Lei Kandir), assim como os valores pagos e

recebidos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de

Valorização do Magistério – FUNDEF.

Neste caso, valores pagos e recebidos devem ser entendidos como saldos da Lei

Kandir e saldos do FUNDEF. Desta forma, se o saldo for negativo (valores pagos superiores

aos valores recebidos), este resultado diminuirá o valor final da RCL.

No caso dos Municípios, a RCL corresponde à Receita Corrente total, subtraídas as

contribuições ao regime próprio de previdência e assistência social (quando houver), além das

compensações relativas à Lei Hauly.

6 No caso, 25% do ICMS, 50% do IPVA e 25% do IPI exportação. 7 Compensação financeira da União aos Estados e Municípios pela contribuição que os servidores fizeram ao INSS.

54

Observe-se que, como os Municípios não realizam transferências constitucionais a

outros entes, sua RCL poderá corresponder simplesmente à sua Receita Corrente total8.

De acordo com o parágrafo 3º do artigo 2º da LRF, “a receita corrente líquida será

apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores,

excluídas as duplicidades”. Isto significa que a verificação da RCL deve ser para o período de

um ano, não necessariamente o ano civil, e a sua apuração começará no mesmo mês em que

se estiver calculando a RCL.

8 Isto quando não houver compensações da lei Hauly ou outras receitas previdenciárias, utilizadas no pagamento de aposentadorias e pensões.

55

7 DISCIPLINA DA LRF NAS DESPESAS PÚBLICAS

Dentre as definições de despesa pública propostas por Baleeiro (2006), a mais

adequada aos fins do presente estudo é aquela que a conceitua como "o conjunto dos

dispêndios do Estado, ou de outra pessoa de direito público, para o funcionamento dos

serviços públicos". A despesa seria entendida como uma parte do orçamento secionada ao

custeio de determinado setor administrativo que cumprirá uma função ou atribuição

governamental.

De acordo com Figueirêdo e Nóbrega (2005), a lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)

traz modificações para a geração da despesa pública. Até então, necessitava-se, regra geral, de

crédito orçamentário para realização de gastos. Hoje, passa-se a exigir o cumprimento de uma

série de requisitos, dentre os quais, a demonstração da efetiva disponibilidade financeira.

Desta forma, busca-se evitar a realização de despesas, assim entendido o seu empenho e

liquidação, sem lastro financeiro e, por conseqüência, inviabilizando seu pagamento.

Para Nascimento e Debus (2001) a regra básica da LRF (art. 15), para todo e qualquer

aumento de despesa pode ser assim traduzida: toda e qualquer despesa que não esteja

acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro nos três primeiros exercícios

de sua vigência, da sua adequação orçamentária e financeira com a LOA, o PPA e a LDO e,

no caso de despesa obrigatória de caráter continuado, de suas medidas compensatórias, é

considerada: não autorizada, irregular e lesiva ao patrimônio público.

A escolha de qual necessidade será satisfeita pelo serviço estatal, concretizando-se em

uma despesa pública, está a critério do poder político, que são os representantes escolhidos

pelo povo ou impostos a ele, que têm a competência para tal decisão.

Interessante notar que a escolha pelo critério da "máxima vantagem social", isto é,

daquilo que trará maio benefício à coletividade, não cumpre dizer que não implicará em uma

desvantagem atual almejando a uma sólida vantagem futura.

A definição de qual será o critério a ser utilizado depende dos ideais e das motivações

do governante ou de seu grupo que, em nome do povo, agirá no comando do serviço público.

O art. 12 da Lei n. 4.320/64 classifica a despesa em despesas correntes, subdividindo-

se em despesas de custeio e transferências correntes, e em despesas de capital, que por sua vez

56

englobam os investimentos, as inversões financeiras e as transferências de capital. As despesas

de custeio se destinam à manutenção de serviços públicos, inclusive as destinadas a atender a

obras de conservação e adaptação de bens imóveis. As transferências correntes são despesas

que não possuem contraprestação direta, seja em bens ou em serviços, inclusive destinadas a

outras entidades de direito público ou privado.

São subvenções as transferências que cobrem despesas de custeio das entidades

beneficiadas, distinguindo-se em sociais e econômicas. Investimentos são, de modo geral, as

despesas destinadas ao planejamento e à execução de obras. As inversões financeiras

destinam-se à aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização, à aquisição de títulos

de empresas ou entidades, já constituídas, desde que não importe aumento do capital, e à

constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas. Transferências de capital, por

fim, são investimentos ou inversões financeiras que devam se realizar independentemente de

contraprestação direta em bens ou serviços.

7.1 Despesas por funções

Despesas por função obedecem a uma classificação de forma agregada que reflete, de

certo modo, as propriedades dadas pelo governo à alocação de recursos que lhe são

disponíveis. Apesar de haver certa complexidade na distinção e definição precisa da aplicação

dos recursos neste nível, esta distribuição dos gastos é de suma importância para análise das

despesas públicas. Cada uma delas subdividi-se em função de seus diversos programas e dos

subprogramas que as compõem.

Em geral, os gastos por funções obedecem à seguinte classificação:

Legislativo Judiciário Administração e Planejamento Defesa Nacional e Segurança Pública Educação e Cultura Habitação e Urbanismo Indústria, Comércio e Serviços Saúde e Saneamento Trabalho Assistência e Previdência Transportes Agricultura Energia e Recursos Minerais Desenvolvimento Regional

57

Comunicações

O peso de cada uma dessas funções e suas subdivisões dependerão de uma definição

política do governo, no que se refere à aplicação de recursos em cada uma dessas áreas. É

importante mencionar, ainda, que a análise dos dados por funções requer conhecimento mais

detalhado acerca da forma pela qual eles são agrupados em cada uma delas. Alguns gastos têm

as características de se encaixarem em mais de uma função. nem sempre, porém, a

distribuição dos mesmos em cada uma delas é possível de ser feita. Nesses casos, a análise

poderá ser distorcida para melhor ou para pior, dependendo da natureza da função. Como

exemplo, tem-se as despesas com juros e amortizações, que são classificadas na função

Administração e Planejamento, o que superestima os gastos nessa.

Baleeiro (2006), diz que como regra, toda e qualquer despesa deverá ser previamente

autorizada pelo Poder Legislativo ao Poder Executivo, isto é, nenhuma autoridade pode

efetuar ou ordenar despesa sem autorização legislativa, ou acima dos limites estabelecidos,

nem empregar a outra finalidade, ainda que mais relevante, quando despesa especificada;

obedecendo ao mandamento constitucional sobre o processo legislativo (arts. 60-74).

Baleeiro (2006) ainda aponta três causas de crescimento real da despesa pública,

constatando que é crescente a extensão da rede de serviços públicos, motivando maior

destinação das rendas à satisfação destas necessidades:

O incremento da capacidade econômica do homem contemporâneo, sobretudo

devido ao aperfeiçoamento da técnica de produção e, portanto, da

produtividade;

A elevação do nível político, moral e cultural das massas sob o influxo de

idéias-forças, que levam os indivíduos a exigir e a conceder mais ampla e

eficaz expansão dos serviços públicos;

As guerras, que de lutas entre grupos armados, restritos, assumiram o caráter

de aplicação total das forças econômicas e morais, humanas, enfim, do país na

sorte do conflito.

Baleeiro(2006), aponta ainda como causa para o aumento da despesa pública os erros e

vícios políticos e administrativos, entendendo estes sem significação percentual de relevo.

Exemplifica com as ações demagógicas, onde as decisões dos órgãos de poder público quanto

58

às dotações orçamentárias sofrem, por vezes, a influência de interesses eleitorais, distorcendo

o ideal de interesse público.

Cite-se, a título de ilustração de aumento desnecessário da despesa pública, as bruscas

alterações que diferentes governos que se sucedem à proa da entidade federativa impõem aos

planos de ação pública.

Seja por motivação ideológica, finalística ou política, o início de um novo governo tem

por costume, ao menos na tradição brasileira, romper com parte do planejamento traçado pelo

governo anterior, imprimindo nova direção aos trabalhos da Administração Pública.

Com razão, pois, veio o Plano Plurianual a coibir esta prática, ao estender um

horizonte de metas e programas além dos três últimos anos de mandato do governante que o

propôs, atingindo o primeiro quarto do governo sucessor, permitindo razionalização e

estabilidade nas ações administrativas.

7.2 O excesso de rigor quanto ao gasto com pessoal

Dentre os muitos temas sobre que se espraia a LRF, um particularmente interessante é

aquele relativo à política de despesas, de planejamento de despesas e de limitação de despesas

relativas ao pessoal do serviço público, disciplinado no art. 18 da supracitada lei.

Este dispositivo define, para os efeitos da lei, o que seja despesa total com pessoal,

significando;

O somatório dos gastos (...) com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência (LRF, art. 18, caput).

Outra vez a técnica da “metralhadora giratória” foi utilizada pela União em lei, para

reunir todos os títulos de remuneração de pessoal do serviço público de que o legislador

conseguiu se lembrar.

Na despesa total com pessoal estão reunidos, portanto, os gastos com vencimentos e

salários dos servidores ativos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,

59

abrangidos também os Tribunais de Contas e o Ministério Público do nível que for, bem como

as autarquias, as fundações e por fim, as empresas estatais dependentes (LRF, art. 1º, § 3º, inc.

I, a e b).

Voltando ao caput do art. 18, percebe-se que o propósito da lei foi incluir no conceito

de despesa total com pessoal o conjunto dos gastos com remunerações da ativa dos servidores

civis e militares, bem como dos militares, incluídos proventos da inatividade como

aposentadorias, reformas, pensões e proventos de disponibilidade (já que os “disponíveis”

integram os inativos). Incluiu também, além da remuneração principal (vencimento, salário,

soldo), as vantagens pessoais pagas aos servidores, como um típico exemplo é o adicional por

tempo de serviço.

Além dessas, também os adicionais e as gratificações se incluem no conceito, e tais

vantagens em geral não são pessoais, porém se referem ao cargo, ao emprego ou à função

exercida pelo servidor, como é o caso do adicional de insalubridade ou de periculosidade, ou

então da gratificação por quebra de caixa, ou por participação de órgão de deliberação

coletiva, esse último se acaso ainda existir em algum estatuto de servidores.

Todos esses títulos compõem o conceito legal de despesa total com pessoal, para

limitar e obrigar a diminuir os gastos com pagamento de servidores na Administração.

Outro ponto relevante da LRF acerca dos gastos com pessoal é o seu art. 72, in verbis:

Art. 72 A despesa com serviços de terceiros dos Poderes e órgãos referidos

no art. 20 não poderá exceder, em percentual da receita corrente líquida, a

do exercício anterior à entrada em vigor desta Lei Complementar, até o

termino do terceiro exercício seguinte.

Esta outra limitação se deve ao excesso de zelo do legislador, que ainda no afã

desmedido de conter gastos públicos com pessoal pretendeu, para cada ente federado, limitar

despesas com serviços de terceiros, consideradas com relação à receita corrente líquida de

cada um daqueles entes.

Ora, se a União quer limitar seus gastos com terceiros por lei sua faça-o livremente,

pois para tanto é autônoma e dona de sua vontade. Mas não pretenda lei federal alguma ditar

normas de gestão orçamentária para Estados e para Municípios, como se esse assunto fosse

60

padronizável entre os entes públicos, pois que essa matéria é das mais tipicamente locais,

peculiares, internas e mesmo “íntimas” a cada Estado e a cada Município.

A Constituição, art. 25, resguarda para os Estados a competência de se organizarem e

se regerem por Constituição e legislação estadual em assuntos seus, assim como assegura a

cada Município brasileiro exatamente o mesmo, com maior ênfase e especificidade até, no art.

30, inc. I.

Não cabe à União, portanto, invadir seara particular e interna de Estados e Municípios

em matéria tão peculiar como é a execução orçamentária, a qual naturalmente irá refletir a

peculiar necessidade de cada ente, sem possível interferência externa em matéria como “o

volume necessário de serviços contratados a terceiros” que cada pessoa política necessita

realizar. Se um Município é gigantesco e quase dispensa serviços de terceiros, essa é sua

realidade, que precisa ser respeitada. Se outro pequeno ente federado depende quase que

totalmente de contratação de terceiros para desenvolver suas atribuições, também essa

dificuldade localizada há de ser preservada de injunções federais, de todo indevidas ante o

claro teor do art. 30, inc. I, da Carta de 1.988.

Norma federal que ignore, limite, restrinja, frustre ou de outro modo pretenda vulnerar

a ampla autonomia administrativa e de gestão orçamentária que a Carta garantiu tanto a

Estados quanto a Municípios fatalmente padecerá do vício da inconstitucionalidade,

avançando por terreno vedado e que não lhe pertence. De mais a mais, somente por um

insensato exercício de futurologia poderia pretender uma lei federal ditar regras fixas para

atender a uma permanente variável estadual e municipal, os contratos de serviços de terceiros,

cuja despesa nem mesmo cada Estado ou cada Município pode estimar antecipadamente com

alguma precisão.

Harada (2001), analisa os dispositivos dos artigos 19 e 20 da LRF, que cuidam

respectivamente da fixação de limites de despesas de pessoal por entidades políticas e por

Poderes e órgão ministerial.

Prescreve o art. 19:

61

Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total

com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá

exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:

I - União: 50% (cinqüenta por cento);

II - Estados: 60% (sessenta por cento);

III - Municípios: 60% (sessenta por cento).

§ 1º Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, não serão

computadas as despesas:

I - de indenização por demissão de servidores ou empregados;

II - relativas a incentivos à demissão voluntária;

III - derivadas da aplicação do disposto no inciso II do § 6º do art. 57 da Constituição;

IV - decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior ou da

apuração a que se refere o § 2º do art. 18;

V - com pessoal, do Distrito Federal e do Estados do Amapá e Roraima, custeadas com

recursos transferidos pela União na forma dos incisos XIII e XIV do art. 21 da

Constituição e do art. 31 da Emenda Constitucional nº 19;

VI - com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas por recursos

provenientes:

a) da arrecadação de contribuições dos segurados;

b) da compensação financeira de que trata o § 9º do art. 201 da Constituição;

c) das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal finalidade,

inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem como seu superávit

financeiro.

§ 2º Observado o disposto no inciso IV do § 1º, as despesas com pessoal decorrentes de

sentenças judiciais serão incluídas no limite do respectivo Poder ou órgão referido no

art. 20.

A LRF estabelece os seguintes limites, em função da RCL, a serem obedecidos por

cada ente da federação:

União 50%

Estados 60%

Municípios 60%

Para efeito de verificação do cumprimento desses limites, não deverão ser

considerados na despesa total com pessoal as seguintes:

62

I. Indenização por demissão de servidores e empregados;

II. Relativas a incentivos a demissão voluntária;

III. Decorrentes da convocação extraordinária do Congresso Nacional, quando

feita pelo Presidente da República, Pelo Presidente da Câmara dos Deputados e

do Senado Federal, ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as

casas, em caso de urgência ou interesse público relevante;

IV. Decorrentes da decisão judicial e da competência de um período anterior ou da

apuração da despesa total com pessoal (mês em referência e os onze

imediatamente anteriores);

V. Com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, custeados

com recursos transferidos pela União, na forma dos incisos XIII e XIV, do art.

21 da Constituição Federal e do art. 31 da Emenda Constitucional nº. 19;

VI. Com inativos, quando custeados com recursos provenientes da arrecadação de

contribuições dos segurados, da compensação financeira de que trata o § 9º do

art. 201 da Constituição Federal e das demais receitas, diretamente

arrecadadas por um fundo vinculado a tal finalidade, inclusive o produto da

alienação de bens, diretivos e ativos, bem como seu superávit financeiro.

Harada (2001), diz que esse dispositivo, fundado no art. 169 da CF, mantém os

mesmos percentuais fixados pela Lei Complementar nº 96/99 que restou revogada, porém,

flexibilizou esses percentuais como se depreende das exclusões do § 1º. A expressão em cada

período de apuração deve ser entendida em consonância com o regime de competência

referido no § 2º do art. 18. Regime de competência significa aquele em que receitas e despesas

são atribuídas aos exercícios de conformidade com a data da ocorrência do fato gerador,

independentemente da data do efetivo recebimento ou do pagamento. Daí os resíduos ativo

(receita lançada, mas não arrecadada) e passivo (despesa empenhada, mas não paga) que

constituem receitas a arrecadar e restos a pagar, respectivamente.

Receita corrente líquida quer dizer aquela disponível. Receita corrente, segundo o § 1º,

do art. 11 da Lei nº 4.320/64 é aquela constituída da receita tributária, da receita originária e

de transferências correntes (as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras

pessoas de direito público ou privado para atender despesas classificáveis em despesas

correntes).

63

O artigo 20, a seguir transcrito, como não poderia deixar de ser, fixa os limites por

Poder e para o órgão ministerial.

Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá exceder os seguinte

percentuais:

I - na esfera federal:

a) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal

de Contas da União;

b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;

c) 40,9% (quarenta inteiros e nove décimos por cento) para o Executivo, destacando-se

3% (três por cento) para as despesas com pessoal decorrentes do que dispõe os incisos

XIII e XIV do art. 21 da Constituição e o art. 31 da Emenda Constitucional nº 19,

repartidos de forma proporcional à medida das despesas relativas a cada um destes

dispositivos, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios

financeiros imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei Complementar;

d) 0,6% (seis décimos por cento) para o Ministério Público da União;

II - na esfera estadual:

a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do estado;

b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;

c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Executivo;

d) 2% (dois por cento) para o Ministério Público dos Estados;

III - na esfera municipal:

a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município,

quando houver;

b) 54% (cinqüenta e quatro por cento) para o Executivo.

§ 1º Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, os limites serão repartidos

entre seus órgãos de forma proporcional à média das despesas com pessoal, em

percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros

imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei Complementar.

§ 2º Para efeito deste artigo entende-se como órgão:

I - o Ministério Público;

II - no Poder Legislativo:

a) Federal, as respectivas Casas e o Tribunal de Contas da União;

b) Estadual, a Assembléia Legislativa e os Tribunais de Contas;

c) do Distrito Federal, a Câmara Legislativa e o Tribunal de Contas do Distrito Federal;

d) Municipal, a Câmara de Vereadores e o Tribunal de Contas do Município, quando

houver;

64

III - no Poder Judiciário:

a) Federal, os tribunais referidos no art. 92 da Constituição;

b) Estadual, o Tribunal de Justiça e outros, quando houver.

§ 3º Os limites para as despesas com pessoal do Poder Judiciário, a cargo da União por

força do inciso XIII do art.21 da Constituição, serão estabelecidos mediante aplicação

da regra do § 1º.

§ 4º Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos Municípios(9), os percentuais

definidos nas alíneas a e c do inciso II do caput serão, respectivamente, acrescidos e

reduzidos em 0,4% (quatro décimos por cento)(10).

§ 5º Para os fins previstos no art. 168 da Constituição(11), a entrega dos recursos

financeiros correspondentes à despesa total com pessoal por Poder e órgão será a

resultante da aplicação dos percentuais definidos neste artigo, ou aqueles fixados na lei

de diretrizes orçamentárias.

§ 6º (VETADO)

Além dos limites gerais para cada ente, a LRF impõe percentuais máximos da RCL

que poderão ser utilizados pelo poder ou órgão, para custear despesas com pessoal. Esses

limites variam de acordo com a esfera de governo, conforme tabela a seguir:

Federal Estadual Estadual, se houver Tribunal de Contas

dos Municípios*

Municipal

Legislativo, incluindo Tribunal de Contas

2,5% 3% 3,4% 6%

Judiciário 6% 6% 6% Não há Executivo 40,9%** 49% 48,6% 54% Ministério Público 0,6% 2% 2% Não há Quadro 2 – Percentuais máximos da receita corrente líquida para cada esfera de governo. Fonte: Figueirêdo e Nóbrega (2005). Notas: (*) No âmbito estadual, há limites diferenciados para aqueles casos em que houver Tribunal de Contas

dos Municípios. (**) Destacando-se 3% (três por cento) para as despesas com pessoal, decorrentes do que dispõem os

incisos XIII e XIV, do art. 21 da Constituição e do art. 31 da Emenda Constitucional nº. 19, repartidos de forma proporcional a medida das despesas relativas a cada um destes dispositivos, em percentual da receita corrente liquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores o da publicação d LRF.

No caso brasileiro, o controle externo, no âmbito dos Estados e Municípios, é

exercido, regra geral, com o auxilio dos Tribunais de Contas dos Estados, a quem compete a

fiscalização, tanto de Municípios quanto do Estado. Entretanto há casos em que existe,

também, o Tribunal de Contas do Município, a exemplo de São Paulo e rio de Janeiro. Há

outros casos em que encontramos, além do Tribunal de Contas do Estado, o Tribunal de

65

Contas do Município, a exemplo do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás. Este, exerce

a fiscalização de todos os municípios daquele ente da federação; aquele, trata da fiscalização

no âmbito estadual.

No caso dos Poderes Legislativo (incluídos os Tribunais de Contas) e judiciário, de

todas as esferas de governo, os limites serão repartidos entre seus órgãos, de forma

proporcional a média das despesas com pessoal, em percentual da RCL, verificadas nos três

exercícios financeiros, imediatamente anteriores ao da publicação desta lei.

A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos para despesa total com

pessoal será realizada ao final de cada quadrimestre, exceto para os municípios com

população inferior a 50.000 habitantes, que podem optar por fazê-lo ao final de cada semestre.

7.3 Do Controle da Despesa total com pessoal (art. 21 da LRF)

Será considerada nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da despesa com

pessoal, sem atender aos seguintes requisitos;

I. Estimativa de impacto orçamentário financeiro, no exercício que deva entrar

em vigor e nos dois subseqüentes;

II. Declaração do ordenador de despesas de que o aumento tem adequação

orçamentária e financeira com a LOA e compatibilidade com o PPA e com a

LDO;

III. Demonstração de origem dos recursos para o seu custeio;

IV. Comprovação de que a despesa aumentada não afetará as metas de resultados

fiscais previstas no Anexo de Metas Fiscais, devendo seus efeitos financeiros,

nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente da receita

ou pela redução permanente da despesa;

V. Observância da Vedação à vinculação ou equiparação de quaisquer espécies

remuneratórias, para efeito de remuneração de pessoal de serviço público;

VI. Atendimento ao limite legal de comprometimento aplicado às despesas com

pessoal inativo;

VII. Não ser expedido nos 180 dias anteriores ao final do mandato do titular do

respectivo Poder ou órgão.

66

7.4 Limite Prudencial (art. 22 da LRF)

A LRF além desses limites gerais por cada ente da Federação, assim como por poder

ou órgão, fixa um limite prudencial que, uma vez atingido, o poder ou órgão fica proibido de

praticar uma série de atos. A medida tem por objetivos evitar a extrapolação do limite geral,

por meio da ação preventiva. Assim, são vedados para aquele Poder ou órgão cuja despesa

total com pessoal exceder 95% do limite:

I. Concessão de vantagem, aumento, reajustes ou adequação de remuneração a

qualquer titulo, salvo os derivados da sentença judicial ou de determinação

legal ou contratual, ressalvada a revisão geral anual da remuneração dos

servidores públicos e do subsidio, de que trata o art. 37, inciso X da CF;

II. Criação de cargo, emprego ou função;

III. Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;

IV. Provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer

titulo, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de

servidores das áreas de educação, saúde e segurança;

V. Contratação de hora extra, exceto a convocação extraordinária do Congresso

Nacional, nos termos do art. 57, § 6º, inciso II da CF e as situações previstas na

LDO.

O parágrafo único desse artigo, ao estabelecer vedações à medida que determinado

Poder ou órgão de um ente da Federação atinja 95% do total de despesa de pessoal que lhe

seria permitida, estabelece uma espécie de limite prudencial, como era denominado no projeto

original. É uma forma de sinal de alerta, e as medidas corretivas impostas pelos incisos I a V

certamente visam dar respaldo aos administradores as ações que deverão levar a efeito para

evitar que o limite máximo seja atingido, as ações estas que, em geral, provocam desgaste

político.

Se, independentemente de terem ou não sido tomadas as medidas de contenção de

despesas arroladas neste artigo, fica constatado que o total da despesa atingiu o percentual

máximo, a entidade ficará sujeita às regras contidas no art. 23, quando, além destas medidas

deverá adotar outras mais contundentes, caso não retorne ao limite máximo no prazo

estabelecido pela lei.

67

O poder ou órgão que se encontrar com percentual de despesas igual ou superior a

95% e que observar rigorosamente as medidas previstas no inciso desse artigo, congelando

seus gastos, embora se encontrando na área de risco, em função das oscilações da receita, está,

na realidade, se resguardando de uma situação muito mais complicada e que ensejará a adoção

de medidas bem mais drásticas que poderão culminar, até, com a demissão de servidores.

Figueiredo e Nóbrega(2005) enfatizam que enquanto perdurar o sinal de alerta,

configurado pela apuração de percentual de despesas igual ou superior a 95% as medidas

reparadoras são de contenção de despesa. Atingindo o percentual máximo, estas serão de

corte de despesas.

Além das medidas já comentadas devem ser adotadas também aquelas previstas no art.

169, §§ 3º e 4º da Constituição Federal, que são:

I. Redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções

de confiança;

II. Exoneração dos serviços não estáveis;

III. Demissão de servidores estáveis.

Caso não seja alcançada a redução do excesso no prazo estabelecido, e enquanto

perdurar a situação de extrapolação do limite, o ente (União, Estados, Municípios e o Distrito

Federal) sofrerá as chamadas sansões institucionais, que são:

I. Não poderá receber transferências voluntárias;

II. Não poderá obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;

III. Não poderá contratar operações de crédito, exceto as destinadas ao

refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das despesas

com pessoal.

A LRF criou um mecanismo transitório de controle, para evitar que aquele Poder ou

órgão que se encontra abaixo do limite estabelecido para as despesas com pessoal venha a

aumentá-las em demasia.

Assim, o Poder ou órgão, que esteja cumprindo os limites de pessoal, não poderá

aumentar esses gastos, além de 10% do percentual do comprometimento da RCL verificada

no exercício imediatamente anterior. Essa regra foi válida até o exercício de 2003.

68

Suponha-se que um Poder ou órgão apresente comprometimento de 1% da RCL com

despesas de pessoal, em 1999. Seus limites para aumento dessas despesas nos anos seguintes

são:

Ano % (despesas do ano/RCL) Percentual

2000 2001 2002 2003

1999 + 10% 2000 + 10% 2001 + 10% 2002 + 10%

1,1% 1,21% 1,33% 1,46%

Quadro 3 – Exemplo do limite máximo permitido de gastos com pessoal para os municípios que estão cumprindo o limite prudencial, considerando o comprometimento de 1% da RCL de gasto com pessoal. Fonte: Livro Lei de Responsabilidade Fiscal Comentada – autores Figueiredo e Nóbrega.

7.5 Limite de Alerta

A LRF atribuiu aos Tribunais de Contas a competência para ALERTAR os Poderes e

órgãos, quando constatarem:

1 a possibilidade de que, ao final de um bimestre, a realização da receita pode não

comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal,

estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, devendo os Poderes e o Ministério

Público promoverem, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta

dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo

os critérios fixados pela LDO;

2 que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% do limite;

3 que os montantes das dívidas consolidada e mobiliária, das operações de

crédito e da concessão de garantia se encontram acima de 90% dos respectivos

limites;

4 que os gastos com inativos e pensionistas se encontram acima do limite

definido em lei;

5 fatos que comprometam os custos ou os resultados dos programas ou indícios

de irregularidade na gestão orçamentária.

A LRF atribui aos Tribunais de Contas a competência para verificar os cálculos dos

limites da despesa total com pessoal de cada Poder e órgão.

69

As infrações dos dispositivos da LRF serão punidas segundo o Decreto-lei nº. 2.848,

de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); a lei nº. 1.079, de 10 de abril de 1950; o Decreto-

lei nº. 201, de 27 de fevereiro de 1967; a lei nº. 8.429, de 2 de junho de 1992; e demais

normas da legislação pertinente. Ressaltando as modificações trazidas pela lei nº. 10.028, de

20 de outubro de 2000 (lei de Crimes Fiscais).

No termos do art. 59, §§ 1º e 2º da LRF, caberá ao Tribunal de Contas de cada ente da

federação verificar os cálculos dos limites da despesa com pessoal dos Poderes e órgãos, bem

como alertar esses entes quando o seu gasto com pessoal atingir 90% do limite legal. Não

confundir esse limite de 90% (alerta) com o limite prudencial de 95%, assinalado no

parágrafo único do artigo 22 da LRF. O atingimento do limite-alerta (90%) não acarreta

qualquer sansão ou vedação, diferente do limite prudencial (95%), que exige medidas

restritivas como já comentado anteriormente.

7.6 Limites mínimos de gastos com educação e saúde

O artigo 25, estabelece as condições para recebimento de transferências voluntárias da

União ou do Estado, compreendidos nesse conceito os recursos correntes ou de capital

entregues, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorram de

determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.

Transferências voluntárias são aquelas realizadas através de convênio ou acordo congênere e

que constam do Orçamento da União ou do Estado mas não decorrem de uma determinação

constitucional ou legal. Destinam-se, com freqüência, a obras e, também com freqüência, têm

origem em emendas parlamentares. Assim, as transferências constitucionais e legais (FPM,

Lei Kandir, SUS e FUNDEF) não são transferências voluntárias.

A suspensão de transferências voluntárias não atinge as ações de educação, saúde e

assistência social. No entanto, dentre as exigências para recebimento de transferências

voluntárias, se inclui o cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à

saúde. O limite mínimo para gasto com a educação diz respeito ao Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF) e foi

instituído pela Emenda Constitucional no. 14, pela Lei 9.424/96 e pelo Decreto no. 2.264/97.

O limite mínimo para gasto com a saúde foi instituído pela Emenda Constitucional no.

29/2000.

70

7.7 Outros limites da LRF

A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece vários limites para os municípios. Para

gastos com pessoal há um limite de 60% da Receita Corrente Líquida – RCL. Através da

Resolução n° 40 do Senado Federal, fica estabelecido um limite de endividamento de 1,2 vez

a RCL. Já através da Resolução n° 43 do Senado Federal, são estabelecidos limites de 16% da

RCL para operações de crédito no exercício fiscal, também fica estabelecido limite 11,5% da

RCL para pagamento de serviços da dívida e limite de 7% da RCL referentes à antecipação de

receitas orçamentárias (ARO’s) e ainda o limite de 22% da RCL referentes à Garantias

7.8 Despesas obrigatórias de caráter continuado

Baleeiro (2006), diz que a despesa pública é aquela da qual se ocupa a Administração

em sua AFE que, pelo critério político da decisão de gasto, objetiva atender ao interesse

público, de forma direta ou indireta.

A LRF classifica a despesa pública em duas categorias (Ferraz, 2001, p. 199), as

despesas obrigatórias de caráter continuado e as despesas derivadas de contratos e demais atos

administrativos ou cuja repercussão não se estenda a três exercícios consecutivos.

A despesa obrigatória de caráter continuado (art. 17) é aquela que provém de lei,

medida provisória ou ato administrativo normativo que fixe para o ente federativo obrigação

legal de sua execução por período superior a dois exercícios.Os atos que criarem ou

aumentarem tais despesas deverão ser instruídos com a estimativa de impacto orçamentário-

financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes, além de

demonstrar a origem dos recursos para seu custeio (art. 17, § 1º). Desta exigência estão

dispensadas as despesas destinadas ao serviço da dívida e ao reajustamento de remuneração

de pessoal (§ 7º).

As metas de resultados fiscais que integram o Anexo de Metas Fiscais da LDO não

poderão ser afetadas pela criação de despesa de caráter continuado, devendo tal premissa ser

demonstrada atendendo aos rígidos parâmetros dos §§ 2º e 4º do art. 17.

Os efeitos financeiros da criação destas despesas deverão, nos exercícios seguintes, ser

compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa.

71

A outra espécie de despesa, conforme distinção da LRF, está disciplinada em seu art.

16, e são aquelas derivadas de contratos e demais atos administrativos ou cuja repercussão

não se estenda a, pelo menos, três exercícios consecutivos.

O artigo ainda determina que toda criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação da

Administração que aumente a despesa deverá ser acompanhado de "estimativa do impacto

orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes",

além da declaração daquele de quem o ato emanou de que o aumento é compatível com o

PPA, a LDO e a LOA.

A despesa é adequada com a LOA (§ 1º, I) quando for objeto de dotação específica e

suficiente, ou quando estiver abrangida por crédito genérico, de modo que a soma de todas as

despesas de mesma espécie, realizadas ou a realizar, não ultrapasse os limites estabelecidos

para o exercício.

Segundo o inc. II do § 1º do art. 16, a despesa é compatível com o PPA e a LDO

quando estiver conforme as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos em tais

instrumentos e não infringir qualquer de suas disposições.

As exigências do art. 16 serão dispensadas, conforme seu § 3º, quando a despesa for

considerada irrelevante nos termos previstos na LDO.

Se os mandamentos dos arts. 16 e 17 não forem obedecidos, o ato que gerou a despesa

será considerado não autorizado, irregular e lesivo ao patrimônio público, nos termos do art.

15.

Tratamento importante foi dado pela LRF às despesas com pessoal, que pelo caput do

art. 18 englobam somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os

pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de

membros do Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e

vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões,

inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza,

bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência.

72

As despesas com pessoal, em sua maioria, enquadram-se na categoria de despesas do

art. 17, e devem seguir os limites dos arts. 19 a 23 da LRF, que disciplinam estes gastos por

ente e esfera de Poder.

O controle constante dos arts. 19 e 20 é alvo de debate sobre sua constitucionalidade

(ADIns n. 2.261-0 e 2.238-5), justamente por não se limitar a definir o limite de gasto da

unidade, indo além ao estabelecer limites na distribuição interna, a contrario sensu do

estabelecido no art. 169 da CF, segundo defensores de sua inaplicabilidade.

Gera polêmica, também, a sanção imposta ao ente que, ultrapassando os limites de

despesa com pessoal e não reduzindo o excesso no prazo legal, tem vedado, pelo art. 23 da

LRF, o recebimento de transferências voluntárias, a obtenção de garantia de outro ente e a

contratação de operações de crédito, salvo se para redução das despesas com pessoal ou para

refinanciamento da dívida.

7.9 Transparência e Controle na LRF

Segundo Figueirêdo e Nóbrega (2005), a LRF está assentada sobre dois grandes

pilares: um está representado pelas regras da lei, o outro consubstancia-se na transparência

buscada incessantemente.

Parte-se do pressuposto de que é preciso mais do que divulgar informações, torna-se

imperioso que essas informações sejam compreensíveis pela sociedade, de forma a estimular

o controle social, a mais eficaz das formas de controle da Administração Pública.

A LRF obriga a adoção de procedimentos que conferem à gestão pública o máximo de

transparência. Dentre outros, destacamos os seguintes:

I. Incentivar a participação popular e a realização de audiências públicas, durante

os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes

orçamentárias e orçamentos (art. 48, parágrafo único);

II. Tornar disponível, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da

sociedade (art. 49, caput), no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico

responsável pela sua elaboração, as prestações de contas do Chefe do Poder

Executivo, durante todo o exercício;

73

III. Realizar audiências públicas, ao final dos meses de fevereiro, maio e setembro

na Comissão referida no § 1º, do art. 166 da Constituição Federal, ou

equivalente, nas Casas Legislativas estaduais e municipais, durante as quais o

Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de

cada quadrimestre (§ 4º, art. 9º);

IV. Publicar, através de todos os recursos disponíveis de divulgação, os resulta dos

da apreciação das contas julgadas ou tomadas pelos Tribunais de Contas (art.

56, § 3Q);

V. Divulgar, amplamente, inclusive em meios eletrônicos de acesso público, os

instrumentos de transparência da gestão fiscal, dentre os quais se incluem (art.

48, caput):

- Os Planos;

- Os Orçamentos;

- As Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO’s);

- As prestações de contas e o respectivo parecer prévio;

- Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO);

- Relatório de Gestão Fiscal (RGF);

- E as versões simplificadas desses documentos.

7.9.1 Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO)

Esse relatório encontra-se previsto no § 3º, do art. 165 da Constituição Federal, e

abrange todos os Poderes e órgãos. Logo, trata-se de um único relatório por cada ente de

Federação deverá ser publicado trinta dias após o encerramento de cada bimestre, e será

composto de:

1. Balanço Orçamentário, especificando, por categoria econômica, o seguinte:

1.1 Receitas por fonte, informando:

1.1.1 receitas realizadas;

1.1. 2 receitas a realizar;

1.1.3 previsão atualizada.

1.2 Despesa por grupo de natureza, discriminando:

74

1.2.1 dotação para o exercício;

1.2.2 despesa liquidada.

2. Demonstrativo da execução das:

2.1 Receitas, por categoria econômica e fonte, especificando:

2.1.1 previsão inicial;

2.1.2 previsão atualizada;

2.1.3 receita realizada no bimestre;

2.1.4 receita realizada no exercício;

2.1.5 previsão a realizar.

2.2 Despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando:

2.2.1 dotação inicial;

2.2.2 dotação para o exercício;

2.2.3 despesas empenhadas e liquidadas, no bimestre e no exercício.

2.3 Despesas, por função e subfunção.

Os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária constarão

destacadamente nas receitas de operações de crédito e nas despesas com amortização da

dívida.

O Relatório Resumido da Execução Orçamentária deverá ser, ainda, acompanhado de

demonstrativos relativos a:

I. Apuração da Receita Corrente Líquida (RCL), sua evolução e previsão de seu

desempenho até o final do exercício;

II. Receitas e despesas previdenciárias;

III. Resultados primário e nominal;

IV. Despesas com juros;

V. Restos a Pagar, detalhando por Poder e órgão:

a. Os valores inscritos;

b. Os pagamentos realizados;

c. O montante a pagar.

75

O RREO relativo ao último bimestre do exercício será acompanhado, além dos

demonstrativos acima, dos seguintes:

I. De que as operações de crédito não superaram o montante das despesas de

capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou

especiais com finalidade precisa, aprovados pelo legislativo por maioria

absoluta (art. 167, III, da CF);

II. Das projeções atuariais dos regimes de previdência social, geral e próprio dos

servidores públicos;

III. Da variação patrimonial, destacando a alienação de ativos e a aplicação dos

recursos dela decorrentes.

O Relatório Resumido da Execução Orçamentária deverá apresentar justificativas

quando houver limitação de empenho, assim como frustração de receitas.

No caso de frustração de receitas, o RREO deve especificar as medidas de combate à

sonegação e à evasão fiscal, adotadas e a adotar, bem como as ações de fiscalização e

cobrança.

7.9.2 Relatório de Gestão Fiscal (RGF)

Trata-se de relatório, a ser emitido pelos titulares de cada Poder e órgão, ao final de

cada quadrimestre. Será publicado, até trinta dias após, com amplo acesso ao público,

inclusive por meio eletrônico.

O RGF, no caso de Municípios com menos de 50.000 habitantes, poderá ser divulgado

semestralmente.

O Relatório de Gestão Fiscal deverá ser assinado, conforme o caso, pelas seguintes

autoridades:

I. Chefe do Poder Executivo;

II. Presidente e demais membros da Mesa Diretora, ou órgão decisório equiva-

lente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo;

76

III. Presidente do Tribunal de Contas e demais membros do Conselho de Ad-

ministração, ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos

órgãos do Poder Judiciário;

IV. Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados.

Além dessas autoridades, o RGF deverá, também, ser assinado pelas autoridades

responsáveis pela administração financeira e pelo controle interno, assim como por outras,

desde que definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão.

O Relatório de Gestão Fiscal conterá:

1. comparativo com os limites estabelecidos pela LRF, do seguinte:

1.1 despesa total com pessoal, distinguindo a despesa com inativos e pensionistas;

1.2 dívidas consolidada e mobiliária;

1.3 concessão de garantias;

1.4 operações de crédito, inclusive por antecipação de receita;

O RGF dos Poderes Judiciário, legislativo e respectivos órgãos, assim como do

Ministério Público, conterá comparativo apenas relativo a despesa total com pessoal (item 1.1

acima).

2. Indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassados quaisquer dos

limites;

3. demonstrativos, no último quadrimestre:

3.1 do montante das disponibilidades de caixa em 31 de dezembro;

3.2 da inscrição em Restos a Pagar.

4. Demonstrativo da liquidação das operações de crédito por antecipação de receita

orçamentária, com juros e outros encargos incidentes, até o dia 10 de dezembro;

5. demonstrativo de que foi obedecida a proibição de contratar operação de crédito por

antecipação de receita no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito

municipal.

77

O Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) e o Relatório de Gestão

Fiscal (RGF) serão elaborados de forma padronizada, segundo modelos que poderão ser

atualizados pelo Conselho de Gestão Fiscal.

O descumprimento dos prazos de publicação do Relatório Resumido da Execução

Orçamentária (RREO) e Relatório de Gestão Fiscal (RGF) sujeita o ente à vedação de receber

transferências voluntárias e contratar operações de crédito, exceto as destinadas ao

refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.

A LRF determina que o acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da

política e da operacionalidade da gestão fiscal serão realizados por um colegiado: o Conselho

de Gestão Fiscal (CGF).

O CGF será constituído por representantes de todos os Poderes e esferas de Governo,

do Ministério Público e de entidades técnicas representativas da sociedade. Seus objetivos

são:

1. harmonização e coordenação entre os entes da Federação;

2. disseminação de práticas que resultem em maior eficiência na alocação e execução do gasto

público, na arrecadação de receitas, no controle do endividamento e na transparência da

gestão fiscal;

3. adoção de normas de consolidação das contas públicas, padronização das prestações de

contas e dos relatórios e demonstrativos de gestão fiscal de que trata esta Lei Complementar,

normas e padrões mais simples para os pequenos Municípios, bem como outros, necessários

ao controle social;

4. divulgação de análises, estudos e diagnósticos.

O CGF deverá, ainda, instituir formas de premiação e reconhecimento público aos

titulares de Poder que alcançarem resultados meritórios em suas políticas de desenvolvimento

social, conjugados com a prática de uma gestão fiscal pautada pelas normas da LRE.

A LRF estabelece que a fiscalização do cumprimento de suas normas deverá ser

exercida pelo Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e pelo

sistema de controle interno de cada Poder e do Ministério Público.

78

A fiscalização da gestão fiscal deverá ser realizada com ênfase:

1. no cumprimento das metas estabelecidas na LDO;

2. nos limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em Restos a

Pagar;

3. nas medidas adotadas para o retomo da despesa total com pessoal ao respectivo limite,

conforme arts. 22 e 23 da LRF;

4. nas providências tomadas, no caso de extrapolação do limite de endividamento, para a

reconstrução dos montantes das dívidas consolidada e mobiliária aos respectivos limites;

5. na destinação dos recursos obtidos com a alienação de ativos, tendo em vista as restrições

constitucionais e as da LRF, que vedam a aplicação da receita de capital, derivada da

alienação de bens e direitos que integrem o patrimônio público, para o financiamento de

despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio

dos servidores;

6. no cumprimento do limite de gastos totais dos Legislativos municipais, de acordo com a

Constituição Federal, conforme redação dada pela Emenda Constitucional nº. 25 (Emenda

Amin).

Os Municípios só poderão contribuir para o custeio de despesas de competência de

outros entes da federação, se houver:

- Autorização na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO);

- Autorização na Lei Orçamentária Anual (LOA);

- Convênio, acordo, ajuste ou congênere, conforme sua legislação.

Segundo Figueiredo e Nóbrega (2005), a LRF reconhecendo as dificuldades

vivenciadas pelos Municípios, estabelece que a União prestará assistência técnica e

cooperação financeira a esses entes, com o intuito de modernizar as respectivas

administrações tributária, financeira, patrimonial e previdenciária, a fim de que possam

cumpri-la. Assim, o art. 64, da LRF esclarece que:

I. A assistência técnica consistirá no treinamento e desenvolvimento de recursos

humanos e na transferência de tecnologia, bem como no apoio à divulgação dos

instrumentos de transparência da gestão fiscal, em meio eletrônico de amplo

acesso público.

79

II. A cooperação financeira compreenderá a doação de bens e valores, o finan-

ciamento, por intermédio das instituições financeiras federais, e o repasse de

recursos oriundos de operações externas.

80

8 METODOLOGIA

Este estudo verifica o efeito da Lei de Responsabilidade Fiscal sobre os municípios do

estado do Piauí. Os dados foram coletados nas Finanças do Brasil (FINBRA) na Secretaria do

Tesouro Nacional e no IPEADATA. Os valores foram transformados pelo IPCA, calculado

pelo IBGE.

Como já destacado, o limite máximo de comprometimento das despesas dos

municípios com gasto de pessoal é de 60% da Receita Corrente Líquida (RCL) em cada

período de apuração, em geral um ano. Desses referido percentual, o Executivo fica com 54%

da RCL e o Legislativo com 6%.

Fez-se o cálculo da participação das Despesas com Pessoal (DP) no total da Receita

Corrente Líquida (RCL), considerando a divisão DP/RCL para cada município

disponibilizado nas amostras, nos anos de 2000 a 2002. Com isso, verificou-se a participação

percentual dos municípios que cumpriram a Lei de Responsabilidade Fiscal no referido

período, levando em consideração o limite de gastos com pessoal de 60% da Receita Corrente

Líquida (RCL), pois os dados disponibilizados foram consolidados, enquadram-se tanto o

Executivo quanto o Legislativo.

Os municípios que atingiram valores de gastos com pessoal acima de 0,60 (60% da

RCL) foram tabulados na categoria descumprindo a Lei, os que atingiram um valor entre 0,57

e 0,60 ficaram entre o limite prudencial 57% (95% do limite legal) e o limite legal (60% da

RCL).9 Os municípios que ficaram no limite prudencial estão sujeitos as vedações do Artigo

22, Incs. de I a V, referenciados anteriormente. Os municípios que atingiram valores abaixo

de 0,57 foram categorizados com abaixo do limite prudencial. Abaixo do limite prudencial

seria a situação ideal do cumprimento da Lei. Neste caso não há vedações aos municípios,

apesar de existir atuação do Tribunal Contas no sentido de alertá-los, quando os municípios

atingirem 90% da RCL com despesas de pessoal.

9 Os valores dos referidos limites, especificamente, para o Executivo destacam que as despesas com pessoal devem ficar entre 51,30% (95% do limite legal) e 54% (limite legal) da RCL e, para o Legislativo, entre 5,7% (95% do limite legal) e 6% (limite legal) da RCL.

81

É importante ressaltar que as amostras de dados para a análise explicitada acima

variaram de tamanho de um ano para outro. Não houve homogeneidade devido ao a falta de

informações, não disponibilidades no site do STN.

Para verificar o efeito do gasto com pessoal, o Stata 8.0 foi o software utilizado. Os

dados foram aplicados no modelo logit, no qual a variável dependente é a probabilidade dos

municípios assumirem déficit primário (despesa total menos receita corrente total).

Na aplicação do modelo logit, este trabalho avaliou-se o impacto da LRF nos

municípios piauiense, essencialmente, considerando o limite de gasto com pessoal do

Executivo (54% da RCL) como analisado por Veloso, Londero e Teixeira (2004). Através dos

resultados obtidos, verificou-se o cumprimento, no Piauí, dos princípios constitucionais e

administrativos da ordem fiscal brasileira.

A referência do modelo logit encontra-se em Veloso, Londero e Teixeira (2004) no

qual foi desenvolvida uma análise para os municípios do Estado do Rio Grande do Sul. Logo

as estimações são baseadas no seguinte modelo:

( )RCLiDP

RCLiDP

DefPi βα +=

==)(

1 ,

onde

=)(

1

RCLiDP

Def = probabilidade do i-esimo município incorre em déficit

primário em relação o índice das despesas com pessoal em relação a receita corrente líquida,

ou seja, o não cumprimento da lei de responsabilidade fiscal.

Se ( )( )RCLiDP

eRCLiDP

DefEPiβα+−

+=

==1

1)(

1 então, tem-se a função de

distribuição logit.

Ao considerar ( )RCLiDPDefi βα += , temos 1

11lim =

+= ∞−∞→∞→ e

LimPDefiDefi

i , e

01

1lim =+

= ∞∞→∞→ eLimP

DefiDefii . Assim 10 ≤≤ iP , e iP é definido como a probabilidade de se

82

verificar déficits primários em municípios que não obedecem ao limite da Lei de

Responsabilidade Fiscal, enquanto que iP−1 é a probabilidade de que os municípios que

estão descumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal não tenham Déficits.

O Quadro 4 apresenta de forma detalhada a descrição das variáveis, bem como suas

respectivas composições e fontes.

VARIÁVEL COMPOSIÇÃO FONTES

Despesa Total Despesa Corrente + Despesa de Capital STN - FINBRA

Receita Total Receita Corrente + Receita de Capital STN - FINBRA

Receita Corrente Líquida Receita total - deduções das receitas de capital, contribuições sociais e demais deduções da receita corrente**

STN - FINBRA

Índice – LRF Despesa de Pessoal / Receita Corrente Líquida

STN - FINBRA

Déficit Primário Despesa Total – Receita Total Adaptado de STN - FINBRA

População* População residente – 1º de julho – estimativa Habitantes

IPEADATA

PIB* (em mil R$) Produto Interno Bruto – Deflacionado pelo Deflator Implícito do PIB nacional

IPEADATA

Quadro 4 – Identificação das Variáveis. Fonte: elaboração própria. Nota: (*) variáveis de controle. (**) metodologia do STN – Perfil e evolução das Finanças Municipais – 1998 a 2003.

Veloso, Ludero e Teixeira (2004) agruparam os municípios do Estado do Rio Grande

do Sul, em Coredes, por regiões. Neste trabalho, os municípios do Estado do Piauí estão

agrupados através de variáveis de controle, população e PIB. O Quadro 5 descreve a maneira

como as variáveis de controle foram agrupadas.

Variável Legenda Descrição

População Pop = 0 se < 10.000 hab. = 1 se ≥10.000 hab.

PIB Pib = 0 se < 10.000 (mil R$) = 1 se ≥ 10.000 (mil R$)

Quadro 5 – Definição das Variáveis Controle 2001 Fonte: Elaboração própria.

83

Cabe ressaltar que na classificação dos municípios pelas variáveis População e PIB, os

limites foram determinados de forma ad hoc. Sendo assim, os municípios que possuem entre

0 e 10.000 habitantes são do Grupo 1 e os que possuem 10.000 ou mais habitantes pertencem

ao Grupo 2. De forma semelhante construiu-se a variável controle PIB, sendo que municípios

com PIB entre 0 e 10.000 (unidades mil Reais) pertencem ao Grupo 1 e municípios com PIB

de 10.000 (unidades mil Reais) ou mais ficaram no Grupo 2.

Além disso, analisou-se também, através do modelo Probit, se os limites

constitucionais da Educação e Saúde estão sendo cumpridos em 2001, um ano após a LRF ter

entrado em vigor.

O limite constitucional para a Educação tem previsão legal no Art. 212 da

Constituição Federal que prever a aplicação anual de no mínimo 25% das receitas

provenientes de impostos e transferências. As despesas com saúde têm o limite mínimo de

15% sobre as receitas de impostos e transferências, encontram previsão legal no Art. 198 da

Referida Constituição, combinado com o Art. 77, III, ADCT (Ato das Disposições

Constitucionais Transitórias). As receitas provenientes de impostos e transferências são

calculadas considerando a soma das receitas de impostos (IPTU, ISS, ITBI, IRRF e outros

impostos), mais as receitas de transferência da União (FPM, ITR, IOF sobre ouro, ICMS/

Expor. LC nº 87/96 (Kandir), mais receita de transferências do Estado (ICMS, IPVA,

IPI/Exportações), e outras receitas (Receita da dívida ativa tributária de impostos e multas e

juros de mora dos impostos).

Receitas Proveniente de Impostos e Transferências = Receitas de impostos + Receitas de Transferências (União + Estado)

O Quadro 6 apresenta a descrição das variáveis usadas no modelo probit, destacando-

se a composição, as fontes dos dados e as descrições para aplicação no modelo citado.

84

Variável Composição Fontes Descrição

Saúde Despesas por função saúde e saneamento municipal

STN - FINBRA =0 se < 0,15 =1 se ≥ 0,15

Educação Despesas por função - educação e cultura - municipal

STN - FINBRA =0 se < 0,25 =1 se ≥ 0,25

População

População residente – 1º de julho – estimativa Habitantes

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

=0 se < 10.000 =1 se ≥ 10.000, habitantes

PIB (em mil R$)

Produto Interno Bruto – Deflacionado pelo Deflator Implícito do PIB nacional

IPEADATA Valor

PIB per capta PIB (em mil R$)/População (em habitantes)

IPEADATA Valor

Despesa Total Despesa Corrente + Despesa de Capital STN - FINBRA Valor

Receita Total Receita Corrente + Receita de Capital STN - FINBRA Valor

Receita Corrente Líquida

Receita total - deduções das receitas de capital, contribuições sociais e demais deduções da receita corrente

STN - FINBRA Valor

Índice – Lei de Responsabilidade Fiscal

Despesa de Pessoal / Receita Corrente Líquida

STN - FINBRA Valor

Déficit Primário Despesa Total – Receita Total STN - FINBRA Valor

Despesa com pessoal

Despesa de custeio – pessoal – municipal STN - FINBRA Valor

Quadro 6 – Definições das variáveis. Fonte: Elaboração própria.

85

9 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Neste capítulo, analisam-se os resultados da participação das Despesas com Pessoal

(DP) no total da Receita Corrente Líquida (RCL) dos municípios do Piauí, verificando o

cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, que estipula o limite de gasto com pessoal

em 60% da RCL. Verificou-se, também, com a aplicação do modelo logit, o efeito da Lei de

Responsabilidade Fiscal nos municípios do referido Estado, considerando o limite de gasto

com pessoal do Executivo (54% da RCL) como analisado por Veloso, Londero e Teixeira

(2004). Além disso, verifica-se o cumprimento dos limites constitucionais de educação e

saúde através do modelo probit.

9.1 Análise dos Limites da Lei de Responsabilidade Fiscal

Como já referenciado, com advento da Lei Complementar nº 101/00, Lei de

Responsabilidade Fiscal (LRF), surgem os limites do endividamento da União, dos Estados e

Municípios, definindo os princípios básicos de responsabilidade, derivados da noção de

prudência na gestão de recursos públicos.

A análise do limite máximo de comprometimento das despesas dos municípios com

despesas de pessoal, de 60% da Receita Corrente Líquida (RCL) em cada período de

apuração, em geral um ano, é importante no sentido de qualificar os municípios de forma

geral no cumprimento da LRF, independente das especificidades do Legislativo e Executivo.

A Tabela 1 descreve os percentuais dos municípios do Piauí que estão com gastos de

pessoal abaixo do limite prudencial, entre o limite prudencial (57% da RCL) e o limite legal

(60% da RCL) e descumprindo a LRF de 2000 a 2003.

Tabela 1 – Percentuais dos municípios que estão com gastos de pessoal, abaixo do limite prudencial, entre o limite prudencial e o legal e, os que estão descumprindo a LRF, estado do Piauí, 2000 – 2002.

Ano Abaixo do limite prudencial (Abaixo de 57% da RCL)

Entre limite prudencial e o Legal (57 a 60% da RCL)

Descumprimento da lei (acima de 60% da RCL)

2000 93,10 4,31 2,59 2001 31,16 4,52 64,32 2002 99,37 0,00 0,63

Fonte: Elaboração própria.

86

Cabe ressaltar que dos 221 municípios do Estado do Piauí considerados no último

Censo de IBGE, apenas 116 apresentaram dados de despesas com pessoal e receita corrente

líquida, permitindo o cálculo da relação entre ambos (DP/RCL) em 2000. Em 2001, os dados

já correspondiam a 199 municípios do Estado e em 2002 foram 159.

Observa-se que os municípios que descumpriram a Lei caíram de 2000 a 2002,

passando de 2,59% dos municípios do Estado para 0,63%, portanto, a LRF teve um efeito

positivo no sentido de exigir o cumprimento do limite de 60% da RCL com gasto de pessoal

para os municípios da referida Unidade da Federação. Em 2000, apenas 3 municípios

descumpriram a Lei (APÊNDICE A) e em 2002 foi apenas um município (APÊNDICE G).

Deve-se ressaltar que 2001 houve um aumento significativo do percentual dos municípios que

estavam descumprindo a LRF (APÊNDICE D). Neste ano houve um aumento significativo,

em relação a 2000, na base de dados disponível no STN.

No ano de 2000, a maioria dos municípios da amostra para o Piauí, 93,10% (108

municípios dos 116 da amostra), estavam abaixo do limite prudencial (APÊNDICE C),

portanto, não tinham nenhuma sanção ou vedação aos municípios. Apenas 5 municípios

(APÊNDICE B) estavam entre o limite prudencial e o limite legal, portanto passavam por

sanções.

Em 2001, 31,16% (62 municípios dos 199 da amostra) estavam abaixo do limite

prudencial (APÊNDICE F) e 4,52% (9 municípios) estavam entre o limite prudencial

(APÊNDICE E) e o limite legal. É importante considerar que o Tribunal de Contas do Estado

alerta os municípios que atingem o chamado limite de alerta (90% do limite legal, ou seja,

quando os gastos com pessoal atingiram 54% da RCL). Esta medida tem previsão legal no

Art. 59 §§ 1º e 2º da LRF que contribui para as adequações dos municípios a Lei.

Em 2002, 99,37% dos municípios estavam abaixo do limite prudencial (APÊNDICE

H), um total de 158 municípios dos 159 da amostra. Neste ano os dados não apresentaram

municípios entre os limites prudencial e legal.

É relevante destacar que a LRF criou um mecanismo transitório de controle para evitar

que as Prefeituras ou órgãos públicos que se encontrassem abaixo do limite estabelecido para

as despesas com pessoal viessem aumentar essas despesas em demasia. Dessa forma o poder

ou órgão que esteja cumprindo os limites de gasto com pessoal não poderá aumentar esses

87

gastos além de 10% do percentual do comprometimento da RCL do exercício imediatamente

anterior. Essa regra vigorou até o ano de 2003. Este mecanismo, já relatado anteriormente,

em que os autores Figueiredo e Nóbrega (2005, p.27) exemplificam que um Poder ou órgão

apresente comprometimento de 1% da RCL com despesas de pessoal, em 1999, seus limites

para o aumento dessas despesas nos anos seguintes são:

Ano % (despesas com pessoal do ano / RCL) Percentual

2000 1999+10% 1,1% 2001 2000+10% 1,21% 2002 2001+10% 1,33% 2003 2002+10% 1,46%

Quadro 7 – Aumento das despesas de pessoal em relação a Receita Corrente Líquida Fonte: adaptado de Figueiredo e Nóbrega (2005).

Durante o período de 2000 a 2003, as Prefeituras que estivessem abaixo do limite

estabelecido para as despesas com pessoal não poderiam, de maneira ilimitada, aumentar o

comprometimento dos seus gastos com pessoal em relação ao percentual da Receita Corrente

Líquida.

9.2 O Efeito da Lei de Responsabilidade Fiscal nos municípios do Piauí

Os resultados das estimações pelo modelo logit estão apresentadas nos agrupamento

dos municípios pela população e PIB. A Tabela 2 apresenta os resultados dos coeficientes

estimados bem como o efeito marginal para o índice da Lei de Responsabilidade Fiscal

(Despesas com pessoal / Receita Corrente Líquida), controlado pelo PIB municipal.

Tabela 2 – Resultados da Regressão para os municípios controlados pelo PIB, ano de 2001.

Variável Coeficiente Efeito Marginal

Ilrf* (1) 0,2876821 (0,8700254) 0,0685714

Ilrf** (2) -0,4418328 (0,627416) -0,0854701

Fonte: Elaboração Própria a partir do logit – dados STN e IPEADATA. Nota: (1) A variável ilrf* representa o Índice da Lei de Responsabilidade Fiscal,

a qual faz parte do grupo de municípios que detém PIB maior ou igual a R$ 10.000 (em unidades de mil R$). Esta variável ficou composta por 32 municípios (2) A variável ilrf** condiz com os municípios que possuem PIB inferior a R$10.000 (em unidades de mil R$). Esta variável ficou composta por 83 municípios.

88

Por um lado, os municípios do Grupo 1 (ilrf*), 32 municípios da amostra, com PIB

maior ou igual a R$10.000 (em mil R$), o efeito marginal de foi de 0,068514, ou seja, o

aumento de 1% na média dos municípios no Índice da Lei de Responsabilidade Fiscal tem

uma probabilidade do déficit primário aumentar 0,06857%. Mesmo o índice marginal sendo

baixo, isso implica que, em 2001, o Grupo 1 apresentou um comportamento não convergente

ao estabelecido pela LRF, há uma relação direta entre o índice da Lei e o déficit, portanto,

estão aumentando as probabilidades dos municípios auferirem déficits. A Lei não apresentou

um efeito positivo na contenção dos gastos com pessoal para o Grupo 1, pois aumentos no

índice da LRF ampliando as probabilidade de déficits primários, mostram maior sensibilidade

de descumprimento da Lei.

Por outro lado, os municípios do Grupo 2, com 83 municípios e PIB menor que

R$10.000 (em mil R$), um aumento em 1% na média dos municípios no índice da Lei

(ilrf**), tende a diminuir o déficit primário em 0,08547%. Neste caso, mesmo o efeito

marginal sendo baixo, a LRF tem um efeito positivo na contensão dos gastos com pessoal,

pois variações positivas nos índices da lei tendem a reduzir o déficit primário, convergindo

com o cumprimento da LRF.

De forma geral, como a maioria dos municípios da amostra 72% (83 municípios) tem

uma probabilidade de redução de déficits, com variações positivas, na média dos municípios,

no índice da Lei, espera-se que o efeito da LRF seja favorável na contensão das despesas com

pessoal no Piauí, apesar do baixo efeito marginal apresentado.

A Tabela 3 apresenta os resultados dos coeficientes estimados e o efeito marginal para

o índice da LRF, controlado pela população.

Tabela 3 – Resultados da Regressão para os municípios controlados pela população ano de 2001

Variável Coeficiente Efeito Marginal

Ilrf’ (1) 0.1541507 (0.8751417) 0,0372671

Ilrf’’ (2) -0.3983476 (0.6266619) -0,0762852

Fonte: Elaboração Própria a partir do logit – dados STN e IPEADATA Nota: (1) A variável ilrf’ representa o Índice da Lei de Responsabilidade

Fiscal, controlada pelos municípios que possuem população residente maior ou igual a 10.000 habitantes. Este grupo é composto por 30 municípios. (2) A variável ilrf’’ representa os municípios que possuem menos que 10.000 habitantes. Este grupo é composto por 85 municípios.

89

Por um lado, os municípios do Grupo 1 (ilrf’), 30 municípios da amostra, com

população residente maior ou igual a 10.000 habitantes, o aumento de 1%, na média dos

municípios, no Índice da Lei de Responsabilidade Fiscal, gera uma probabilidade do déficit

primário aumentar 0,037267%. Isso implica que em 2001, o Grupo 1 apresentou um

comportamento não convergente ao estabelecido pela LRF, pois aumentos no índice da LRF

ampliam a probabilidade de déficits primários, gerando maior sensibilidade no

descumprimento da Lei.

Por outro lado, os municípios do Grupo 2 (ilrf’’), 85 municípios da amostra, com

população residente menor que 10.000 habitantes, um aumento em 1%, na média dos

municípios, no índice da Lei (ilrf’’), tende a diminuir o déficit primário em 0,0762852%. A

LRF tem um efeito positivo na contensão dos gastos com pessoal, pois variações positivas nos

índices da Lei tendem a reduzir o déficit primário, convergindo com o cumprimento da LRF.

Em geral, como aproximadamente 74% (85 municípios) da amostra apresentaram

probabilidade de reduzirem os déficits primários com variação positiva no índice da Lei,

espera-se que o efeito da LRF seja favorável na contensão dos gastos com pessoal no Piauí.

9.3 Análise dos Limites Constitucionais de Educação e Saúde

Deve-se considerar que a LRF exige cumprimento dos limites constitucionais em seu

Art. 25, para efetivar transferências voluntárias, que são recursos correntes ou de capital a

outro ente da federação a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira que não

decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.

Entre as exigências previstas para que os entes da federação recebam transferências

voluntárias constam a comprovação do cumprimento constitucionais relativos a educação e

saúde.

O limite constitucional de 25% de gastos com das receitas de impostos e transferências

com educação tem sua previsão legal no Art. 212 da Constituição Federal. A Tabela 4 exibe

os números e os percentuais dos municípios do Piauí que cumpriram e descumpriram os

limites constitucionais da educação de 1998 a 2003. Os APÊNDICES I, J, L, M, O e Q

mostram as listasdos municípios do Piauí que cumpriram e descumpriram os limites para no

referido período.

90

Tabela 4 – Número e percentual de municípios do Piauí que estão cumprindo e descumprindo o limite constitucional previsto para Educação.

Educação (limite mínimo de 25% das receitas de impostos e transferências – Art.212 da Constituição Federal)

Cumprindo o limite Descumprindo o limite Anos

A % (A/C*100) B % (B/C*100)

TOTAL Amostra

(C) 1998 76 80,85 18 19,15 94 1999 82 88,17 11 11,83 93 2000 99 85,34 17 14,66 116 2001 175 88,38 23 11,62 198 2002 159 100,00 0 0,00 159 2003 193 100,00 0 0,00 193

Fonte: Elaboração própria, adaptado de STN – FINBRA (2007).

Dos 221 municípios do Piauí apresentados no último Censo, 94 municípios tinham

dados disponibilizados no Site do STN para o ano de 1998 e, em 2003, esse número cresceu

para 193 municípios. As amostras, para cada ano, foram construídas considerando a referida

base de informações.

A Tabela 4 mostra que com o advento da LRF de 2000, os municípios passaram a

cumprir com maior rigor o limite constitucional mínimo estabelecido para a educação. Em

1998, 80,85% (76 municípios dos 94 da amostra) cumpriram o limite mínimo de 25% de

gastos das receitas de impostos e transferências com educação e 19,15% não cumpriram. Em

1999, 11,83% não atendiam o limite e em 2000 14,66% dos municípios da amostra

descumpriam a Lei. A partir deste ano houve queda mais acentuada de municípios que

estavam descumprindo a LRF, pois em 2001 apenas 11,62% descumpriram o limite e a partir

de 2002 as amostras de dados mostram que todos os municípios do Estado cumpriram o

referido limite constitucional da educação. Portanto, a Lei teve um efeito positivo no

cumprimento do limite mínimo de gasto das receitas de impostos e transferência com

educação.

O limite mínimo de gastos de 15%, das receitas de impostos e transferências, com

saúde tem previsão legal no Art.198 combinado com Art. 77, III, ADCT, alterados pela

Emenda Constitucional Nº 29 de 13 de setembro de 2000.

A Tabela 5 apresenta os números de municípios e os percentuais dos municípios do

Piauí que cumpriram e descumpriram os limites constitucionais da saúde de 2001 a 2003. Os

91

APÊNDICES N, P e R mostram as listas dos municípios do Piauí que cumpriram e

descumpriram os limites para no referido período.

Tabela 5 – Número e percentual de municípios do Piauí que estão cumprindo e descumprindo o limite constitucional previsto para a Saúde.

Saúde (limite mínimo de 15% das receitas de impostos e transferências – Art.198 combinado com Art. 77, III, ADCT e EC. Nº 29 de 13 de set. de 2000).

Cumprindo o limite Descumprindo o limite Anos

A % (A/C*100) B % (B/C*100)

TOTAL Amostra

(C) 2001 149 75,25 49 24,75 198 2002 158 99,37 1 0,63 159 2003 193 99,48 1 0,52 194

Fonte: Elaboração própria, adaptado de STN – FINBRA (2007).

Dos 221 municípios oficialmente existentes considerando o levantamento do Censo

2000, 198 compuseram a amostra para análise do limite constitucional da saúde em 2001, já

em 2002 foram 159 e, em 2003, 194 municípios.

Observa-se (Tabela 5) que a partir da Emenda Constitucional Nº 29 de 13 de setembro

de 2000, que determinou o limite mínimo de 15% de gastos das receitas de impostos e

transferências com saúde, os municípios do Piauí, passaram a cumprir com maior rigor a Lei.

Dos 198 municípios da amostra em 2001, 24,75% descumpriram o limite de 15%, mas em

2002 apenas 0,63% (1 município) não atingiram a referida previsão legal e, em 2003 foi

apenas 0,52% (1 município). Portanto, a Lei teve um efeito positivo para o cumprimento do

limite constitucional da saúde no Piauí.

9.4 O Efeito dos Limites Constitucionais de Educação e Saúde nos municípios do Piauí

Os resultados das estimações pelo modelo probit em relação a educação estão

dispostos na Tabela 6 que apresenta os resultados dos coeficientes estimados bem como o

efeito marginal para as variáveis déficit primário (defp) e índice do limite constitucional

(ilrfc). No APÊNDICE S, encontra-se o resultado geral da regressão gerada no Stata,

podendo-se verificar que as variáveis são estatisticamente significativas.

92

Tabela 6 - Resultados da Regressão considerando o limite constitucional da educação - 2001

Variáveis Coeficiente Efeito Marginal

defp (1) 9,93E-07 (2,32E-07) 1,30E-07

Ilrfc (2) 2,087853 (0,8212501) 0,2731941

Fonte: Elaboração Própria a partir do probit – dados STN e IPEADATA Nota: (1) A variável defp representa o déficit primário.

(2) ilrfc corresponde ao índice do limite constitucional.

Para a variável defp o efeito marginal foi de 1,30E-07, ou seja, o aumento de 1%, da

média dos municípios, no déficit primário, tem uma probabilidade dos déficits aumentarem

1,30E-07%. Mesmo existindo uma relação significativa entre as variáveis, isso implica uma

probabilidade de variação pouco significativa nas despesas totais com variações no déficit

primário.

Quanto mais municípios com índice acima de 25% de gastos das receitas de impostos

e transferências com educação, melhor seria para o cumprimento do limite constitucional,

pois, considerando a variável ilrfc, um aumento em 1%, na média dos municípios, no índice

do limite constitucional que é de 25%, tende a aumentar 0,2731941% no déficit primário. Isso

implica que aumento no índice dos gastos com educação, aumenta a probabilidade de

ampliação de déficits, e como os municípios cumprem a lei aumentando seus gastos com

educação aumenta a possibilidade do cumprimento dos limites constitucionais.

Portanto, nos municípios do Piauí a Lei teve um efeito positivo no sentido de fazer

cumprir o limite constitucional de gastos com educação.

Os resultados das estimações pelo modelo probit em relação a saúde estão

apresentados na Tabela 7, considerando os coeficientes estimados e o efeito marginal para as

variáveis população (população), déficit primário (defp) e índice do limite constitucional

(ilrfc). No APÊNDICE T, encontra-se o resultado geral da regressão gerada no Stata,

podendo-se verificar que as variáveis são estatisticamente significativas.

93

Tabela 7 - Resultados da Regressão considerando o limite constitucional da saúde - 2001

Variáveis Coeficiente Efeito Marginal

populacao (1) 1,209699 (0,3865694) 0,2217057

defp (2) 1,05E-06 (2,20E-07) 2,61E-07

Ilrfc (3) 1.862924 (0,7115238) 0,4631331

Fonte: Elaboração Própria a partir do probit – dados STN e IPEADATA Nota: (1) A variável populacao representa a população. (2) A variável defp representa o déficit primário.

(3) ilrfc corresponde ao índice do limite constitucional.

Na variável populacao o efeito marginal foi de 0,2217057, ou seja, o aumento de 1%,

da média dos municípios, na população em análise, gera probabilidade do déficit aumentar em

0,2217057%. Crescimentos populacionais tendem a gerar maiores aumentos sobre as despesas

públicas como o aumento do gasto com saúde, por exemplo. Estes podem gerar aumento no

déficit primário, implicando em favorecimento do cumprimento dos limites constitucionais,

pois maiores gastos com saúde ampliam a possibilidade de cumprimento da Lei.

Para a variável defp o efeito marginal foi de 2,61E-07, ou seja, o aumento de 1%, da

média dos municípios, no déficit primário, tem uma probabilidade dos déficits aumentarem

2,61E-07%.

Um maior número de municípios com índice acima de 15% de gastos das receitas de

impostos e transferências com saúde, melhor para o cumprimento do limite constitucional,

pois, considerando a variável ilrfc, um aumento em 1%, na média dos municípios, no índice

do limite constitucional que é de 15%, tende a aumentar 0,4631331% no déficit primário. Isso

implica que aumento no índice do gasto com saúde aumenta a probabilidade de ampliação de

déficits, e como os municípios cumprem a lei ampliando seus gastos com saúde, cresce a

possibilidade do cumprimento do limite constitucional.

Conclusivamente, nos municípios do Piauí a Lei teve um efeito positivo no sentido de

fazer cumprir o limite constitucional de gastos com a saúde.

94

10 CONCLUSÃO

A verificação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) como instrumento de controle

dos gastos públicos comprovou eficiência na maioria dos municípios analisados no Piauí, na

medida que os mesmos atendem suas exigências, essencialmente quanto ao limite de gastos

com pessoal.

Considerando o limite de gasto com pessoal em 60% da RCL, conclui-se que os

municípios que descumpriram a Lei caíram de 2000 a 2002, apesar do aumento significativo

em 2001. Em 2000, eles representavam 2,59% dos municípios da amostra e em 2002

passaram para 0,63%. Portanto, a LRF teve um efeito positivo no sentido de exigir o

cumprimento do limite de 60% da RCL com gasto de pessoal, para a maioria dos municípios

da amostra, mesmo sendo intensificada a queda do percentual dos municípios que

descumpriram a Lei somente em 2002.

No ano de 2000, a maioria dos municípios da amostra para o Piauí, 93,10% (108

municípios dos 116 da amostra), estavam abaixo do limite prudencial, portanto, não tinham

nenhuma sanção ou vedação aos municípios. Apenas 5 municípios estavam entre o limite

prudencial e o limite legal, portanto passavam por sanções. Em 2001, 31,16% (62 municípios

dos 199 da amostra) estavam abaixo do limite prudencial e 4,52% (9 municípios) estavam

entre o limite prudencial e o limite legal. Em 2002, 99,37% dos municípios estavam abaixo do

limite prudencial, um total de 158 municípios dos 159 da amostra, não havendo municípios

entre os limites prudencial e legal. Conclui-se que a maioria dos municípios, essencialmente,

a partir de 2002 passaram a cumprir LRF sem sanções ou vedações enquadrando-se abaixo do

limite prudencial, apenas um do total da amostra, continua descumprindo a Lei.

. Com base na aplicação do modelo logit, no ano de 2001, para verificar o efeito da Lei

de Responsabilidade Fiscal nos municípios do referido Estado, com limite de gasto com

pessoal do Executivo (54% da RCL), conclui-se que a maioria dos municípios da amostra,

tendo como controle o PIB, têm probabilidade de redução de déficits, com variações

percentuais positivas no índice da Lei para a média dos municípios, portanto a LRF teve

efeito favorável na contenção das despesas. Tendo como controle a variável população,

conclui-se que a maioria dos municípios da amostra apresentara probabilidade de reduzirem

os déficits primários com variação positiva no índice da Lei, portanto, considerando os dois

95

controles, conclui-se sobre o efeito positivo da LRF na contenção dos gastos públicos para os

municípios do estado do Piauí.

A LRF exige cumprimento dos limites constitucionais em seu Art. 25, para efetivar

transferências voluntárias que não decorra de determinação constitucional, legal ou os

destinados ao Sistema Único de Saúde. Entre as exigências previstas para que os entes da

federação recebam transferências voluntárias constam a comprovação do cumprimento

constitucionais relativos a educação e saúde.

Considerando o limite constitucional de 25% de gastos das receitas de impostos e

transferências com educação, observou-se que a maioria dos municípios do Piauí passou a

cumpri-lo. Em 1998, 19,15% dos municípios não cumpriram o referido limite, em 1999 foram

11,83%, em 2000 existiram 14,66%. A partir deste ano houve queda mais acentuada de

municípios que estavam descumprindo a LRF, pois em 2001 apenas 11,62% descumpriram o

limite e a partir de 2002 as amostras de dados mostram que todos os municípios do Estado

cumpriram o referido limite constitucional da educação. Portanto, a Lei teve um efeito

positivo no cumprimento do limite mínimo de gasto das receitas de impostos e transferência

com educação.

Quanto aos gastos com saúde, observa-se que a partir da Emenda Constitucional Nº

29 de 13 de setembro de 2000, que determinou o limite mínimo de 15% de gastos das receitas

de impostos e transferências com saúde, os municípios do Piauí, passaram a cumprir com

maior rigor a Lei. Dos 198 municípios da amostra em 2001, 24,75% descumpriram o limite de

15%, mas em 2002 apenas 0,63% (1 município) não atingiram a referida previsão legal e, em

2003 foi apenas 0,52% (1 município). Portanto, a Lei teve um efeito positivo para o

cumprimento do limite constitucional da saúde no Piauí.

Quanto mais municípios com índice acima de 25% de gastos das receitas de impostos

e transferências com educação, melhor seria para o cumprimento do limite constitucional. Os

resultados das estimações pelo modelo probit (corte em 2001), em relação ao limite mínimo

de gastos com educação, mostram que um aumento em 1%, na média dos municípios, no

índice do limite constitucional, tende a aumentar 0,2731941% no déficit primário. Isso

implica que aumento no índice dos gastos com educação aumenta a probabilidade de

ampliação de déficits, e como os municípios cumprem a lei aumentando seus gastos com

educação cresce a possibilidade do cumprimento dos limites constitucionais. Portanto, nos

96

municípios do Piauí a Lei teve um efeito positivo no sentido de fazer cumprir o limite

constitucional de gastos com educação.

Um maior número de municípios com índice acima de 15% de gastos das receitas de

impostos e transferências com saúde, melhor para o cumprimento do limite constitucional. Os

resultados das estimações pelo modelo probit (corte em 2001), em relação a saúde, que limita

os gastos das receitas de impostos e transferências em 15% com saúde, mostram que um

aumento em 1%, na média dos municípios, no índice do limite constitucional, tende a

aumentar 0,4631331% no déficit primário. Isso implica que aumento no índice do gasto com

saúde aumenta a probabilidade de ampliação de déficits, e como os municípios cumprem a lei

ampliando seus gastos com saúde, cresce a possibilidade do cumprimento do limite

constitucional. Conclusivamente, nos municípios do Piauí, a Lei teve um efeito positivo no

sentido de fazer cumprir o limite constitucional de gastos com a saúde.

97

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101

APÊNDICES

102

APÊNDICE A – Municípios que estão descumprindo a Lei, Estado do Piauí – 2000.

Nº Nome Despesa com Pessoal / RCL

Total de Municípios

% dos municípios que estão descumprindo a lei

1 Pedro Laurentino 0,922966 2 São Pedro do Piauí 0,639792 3 Buriti dos Lopes 0,635615

116 2,59

Fonte: Elaboração Própria – dados do STN

APÊNDICE B – Municípios que estão entre o limite prudencial e o limite legal (cumprindo a Lei), Estado do Piauí – 2000.

Nº Nome Despesa com Pessoal / RCL

Total de Municípios

% dos municípios que estão entre o limite prudencial e o legal

1 Bocaina 0,599288 2 Paquetá 0,593705 3 Piracuruca 0,591524 4 União 0,589041 5 Ipiranga do Piauí 0,575220

116 4,31

Fonte: Elaboração Própria – dados do STN

APÊNDICE C – Municípios que estão abaixo do limite prudencial (cumprindo a Lei), Estado do Piauí – 2000. (continua).

Nº Nome Despesa com Pessoal / RCL

Total de Municípios

% dos municípios que estão abaixo do limite prudencial

1 São José do Piauí 0,565219 2 Itainópolis 0,563816 3 Paes Landim 0,555621 4 Fronteiras 0,540928 5 Morro do Chapéu do Piauí 0,540622 6 Geminiano 0,533165 7 Curimatá 0,529628 8 Parnaíba 0,518215 9 Vera Mendes 0,516407 10 Angical do Piauí 0,507541 11 Murici dos Portelas 0,505967 12 Monsenhor Hipólito 0,504626 13 Padre Marcos 0,500833 14 Porto 0,490119 15 Oeiras 0,48862 16 Buriti dos Montes 0,486967 17 Dom Expedito Lopes 0,484615 18 Várzea Grande 0,481371 19 Caraúbas do Piauí 0,475 20 Demerval Lobão 0,465522 21 Sussuapara 0,463203 22 Regeneração 0,463033 23 Teresina 0,458677 24 Santana do Piauí 0,452312 25 Barro Duro 0,452062 26 Dirceu Arcoverde 0,445811 27 Marcolândia 0,445448 28 Fartura do Piauí 0,445412 29 Barra D'Alcântara 0,443838 30 Paulistana 0,436759 31 Pedro II 0,432428 32 Lagoa Alegre 0,432418 33 Júlio Borges 0,431847 34 Lagoa do Barro do Piauí 0,43018 35 Caldeirão Grande do Piauí 0,42821 36 Eliseu Martins 0,424662 37 Campo Grande do Piauí 0,424532 38 Tanque do Piauí 0,424323 39 Piripiri 0,423971 40 Boa Hora 0,423372 41 São João da Canabrava 0,416293 42 Santo Antônio de Lisboa 0,415163 43 Cabeceiras do Piauí 0,415162 44 São Julião 0,412234

116 93,10

103

APÊNDICE C – Municípios que estão abaixo do limite prudencial (cumprindo a Lei), Estado do Piauí – 2000 (conclusão).

Nº Nome Despesa com Pessoal / RCL

Total de Municípios

% dos municípios que estão abaixo do limite prudencial

45 Jurema 0,403588 46 Bom Jesus 0,403076 47 Anísio de Abreu 0,395581 48 Bonfim do Piauí 0,386935 49 Campo Alegre do Fidalgo 0,385809 50 Santa Luz 0,384544 51 São Luis do Piauí 0,3838 52 Campo Largo do Piauí 0,38341 53 São Lourenço do Piauí 0,380908 54 Colônia do Gurguéia 0,379355 55 São João da Varjota 0,378709 56 Monsenhor Gil 0,375759 57 Miguel Leão 0,373084 58 Lagoa do Sítio 0,370483 59 São Miguel do Fidalgo 0,370366 60 Palmeira do Piauí 0,366801 61 Patos do Piauí 0,365592 62 Capitão Gervásio Oliveira 0,362804 63 Lagoa de São Francisco 0,362731 64 Santa Cruz do Piauí 0,358097 65 Francisco Macedo 0,357056 66 Esperantina 0,356317 67 Vila Nova do Piauí 0,350228 68 Castelo do Piauí 0,347987 69 São João do Piauí 0,345799 70 São Raimundo Nonato 0,344518 71 Elesbão Veloso 0,341882 72 Barreiras do Piauí 0,336004 73 Corrente 0,333196 74 Amarante 0,32313 75 Baixa Grande do Ribeiro 0,31675 76 São Francisco do Piauí 0,314241 77 Floriano 0,313091 78 Bertolínia 0,312847 79 Avelino Lopes 0,311037 80 São Gonçalo do Piauí 0,308603 81 Lagoa do Piauí 0,302646 82 Canavieira 0,301611 83 São João da Fronteira 0,29817 84 Betânia do Piauí 0,296666 85 Inhuma 0,290054 86 São Gonçalo do Gurguéia 0,285652 87 Lagoinha do Piauí 0,283906 88 Simões 0,280457 89 Isaías Coelho 0,277374 90 Coronel José Dias 0,275999 91 Água Branca 0,275965 92 Domingos Mourão 0,275502 93 Nova Santa Rita 0,261843 94 Guaribas 0,252453 95 Manoel Emídio 0,247088 96 Sebastião Leal 0,240817 97 Parnaguá 0,204198 98 Itaueira 0,196744 99 Campinas do Piauí 0,161425 100 Alagoinha do Piauí 0,13208 101 Monte Alegre do Piauí 0,127145 102 Bela Vista do Piauí 0,121589 103 Picos 0,043183 104 Madeiro 0,040984 105 Rio Grande do Piauí 0,031527 106 Nossa Senhora de Nazaré 0,022965 107 Jatobá do Piauí 0,022303 108 Joca Marques 3,48E-05

116 93,10

Fonte: Elaboração Própria – dados do STN

104

APÊNDICE D – Municípios que estão descumprindo a Lei, Estado do Piauí - 2001. (continua)

Nº Nome Despesa com Pessoal / RCL

Total de Municípios

% dos municípios que estão descumprindo a Lei

1 Pavussu 1,091397 2 Sigefredo Pacheco 1,061435 3 Jardim do Mulato 0,948582 4 Francisco Ayres 0,948143 5 Parnaíba 0,943346 6 Júlio Borges 0,929749 7 �assapé do Piauí 0,927835 8 Boqueirão do Piauí 0,920575 9 Palmeira do Piauí 0,914445 10 Amarante 0,914269 11 Beneditinos 0,902872 12 Regeneração 0,89399 13 Lagoa de São Francisco 0,874439 14 João Costa 0,870412 15 Floriano 0,86937 16 Marcos Parente 0,86937 17 São João da Serra 0,866675 18 Domingos Mourão 0,864925 19 José de Freitas 0,862242 20 Piracuruca 0,853804 21 Cabeceiras do Piauí 0,848208 22 Pedro Laurentino 0,846132 23 Matias Olímpio 0,837465 24 Uruçuí 0,832952 25 Luzilândia 0,829876 26 Juazeiro do Piauí 0,826783 27 Caxingó 0,820166 28 São Pedro do Piauí 0,818902 29 Nazaré do Piauí 0,817358 30 Buriti dos Lopes 0,817158 31 Santa Luz 0,815749 32 Barro Duro 0,814883 33 Elesbão Veloso 0,811823 34 Coronel José Dias 0,811255 35 São Julião 0,810854 36 Altos 0,800565 37 Campo Largo do Piauí 0,800247 38 Bertolínia 0,799977 39 União 0,798085 40 Avelino Lopes 0,797288 41 Ribeiro Gonçalves 0,795505 42 São Gonçalo do Piauí 0,78943 43 Esperantina 0,789368 44 Antônio Almeida 0,788092 45 Geminiano 0,786865 46 Porto 0,781746 47 Francisco Santos 0,779552 48 São Raimundo Nonato 0,775569 49 Jacobina do Piauí 0,775492 50 Boa Hora 0,775322 51 Pimenteiras 0,772608 52 Jatobá do Piauí 0,764901 53 Dom Expedito Lopes 0,757379 54 Lagoa do Sítio 0,754671 55 Nossa Senhora de Nazaré 0,747974 56 Flores do Piauí 0,746386 57 São Francisco do Piauí 0,744748 58 Santo Inácio do Piauí 0,74132 59 Floresta do Piauí 0,738744 60 Itaueira 0,737705 61 Manoel Emídio 0,737705 62 Bela Vista do Piauí 0,736667 63 Curral Novo do Piauí 0,73422

199 64,32

105

APÊNDICE D – Municípios que estão descumprindo a Lei, Estado do Piauí - 2001. (conclusão)

Nº Nome Despesa com Pessoal / RCL

Total de Municípios

% dos municípios que estão descumprindo a Lei

64 Barra D’Alcântara 0,733152 65 Dirceu Arcoverde 0,733116 66 Bom Jesus 0,732904 67 Monsenhor Gil 0,732658 68 Várzea Grande 0,729485 69 Gilbués 0,729028 70 Oeiras 0,727225 71 Patos do Piauí 0,726792 72 Caridade do Piauí 0,726147 73 São Félix do Piauí 0,720002 74 Santa Rosa do Piauí 0,719283 75 Castelo do Piauí 0,717739 76 Paquetá 0,71749 77 São Miguel do Tapuio 0,716585 78 Tanque do Piauí 0,716279 79 Angical do Piauí 0,715847 80 Anísio de Abreu 0,713335 81 Alagoinha do Piauí 0,710241 82 Canavieira 0,709288 83 Redenção do Gurguéia 0,702572 84 Arraial 0,702392 85 Barras 0,702209 86 Lagoa Alegre 0,701942 87 Campo Grande do Piauí 0,700292 88 Nossa Senhora dos Remédios 0,700263 89 Parnaguá 0,700228 90 Santana do Piauí 0,699569 91 Cristalândia do Piauí 0,699116 92 São Lourenço do Piauí 0,698165 93 Sebastião Barros 0,685932 94 Ipiranga do Piauí 0,685439 95 Buriti dos Montes 0,685213 96 São José do Piauí 0,684178 97 Campo Maior 0,680987 98 Corrente 0,678588 99 São João da Canabrava 0,673295 100 Tamboril do Piauí 0,672877 101 Valença do Piauí 0,670511 102 Bonfim do Piauí 0,669072 103 Joca Marques 0,664162 104 Santa Cruz do Piauí 0,664019 105 Luís Correia 0,661314 106 Vera Mendes 0,660789 107 Itainópolis 0,659997 108 Barreiras do Piauí 0,659405 109 Cajazeiras do Piauí 0,658562 110 Bom Princípio do Piauí 0,651984 111 Queimada Nova 0,650817 112 Lagoa do Barro do Piauí 0,646398 113 Inhuma 0,645693 114 Guaribas 0,643909 115 Socorro do Piauí 0,642941 116 Simplício Mendes 0,638135 117 Pajeú do Piauí 0,637242 118 Francinópolis 0,635994 119 São Miguel da Baixa Grande 0,634205 120 Jurema 0,627625 121 Paes Landim 0,627262 122 Palmeirais 0,624303 123 Conceição do Canindé 0,619702 124 Belém do Piauí 0,615538 125 Padre Marcos 0,607898 126 São Gonçalo do Gurguéia 0,605859 127 São Luis do Piauí 0,605471 128 São João do Piauí 0,604825

199 64,32

Fonte: Elaboração Própria – dados do STN

106

APÊNDICE E - Municípios que estão entre o limite prudencial e o limite legal, Estado do Piauí - 2001

Nº Nome Despesa com Pessoal / RCL

Total de Municípios

% dos municípios que estão entre o limite prudencial e o legal

1 Colônia do Gurguéia 0,598355 2 Caldeirão Grande do Piauí 0,597470 3 Monsenhor Hipólito 0,595059 4 Miguel Leão 0,592680 5 Landri Sales 0,585494 6 Murici dos Portelas 0,583688 7 Simões 0,583089 8 Ribeira do Piauí 0,571792 9 Cocal de Telha 0,570188

199 4,52

Fonte: Elaboração Própria – dados do STN

APÊNDICE F – Municípios que estão abaixo do limite prudencial (cumprindo a Lei), Estado do Piauí – 2001. (continua)

Nº Nome Despesa com Pessoal / RCL

Total de Municípios

% dos municípios que estão abaixo do limite prudencial

1 São João da Fronteira 0,569246 2 São João da Varjota 0,562702 3 Eliseu Martins 0,562495 4 Vila Nova do Piauí 0,561434 5 Caraúbas do Piauí 0,560753 6 Wall Ferraz 0,560705 7 Marcolândia 0,559273 8 Paulistana 0,556158 9 Sussuapara 0,543492 10 Demerval Lobão 0,539232 11 Aroazes 0,537066 12 São José do Peixe 0,536024 13 Bocaina 0,534207 14 Pio IX 0,530408 15 Morro do Chapéu do Piauí 0,526554 16 Cocal 0,523577 17 Santo Antônio de Lisboa 0,517968 18 Joaquim Pires 0,516169 19 Currais 0,514558 20 São João do Arraial 0,512582 21 Francisco Macedo 0,494659 22 Jaicós 0,49432 23 Fronteiras 0,49238 24 Alvorada do Gurguéia 0,48873 25 São Miguel do Fidalgo 0,468233 26 Campo Alegre do Fidalgo 0,462843 27 Várzea Branca 0,458238 28 Pedro II 0,446734 29 Curimatá 0,441037 30 Santa Filomena 0,440665 31 Capitão Gervásio Oliveira 0,438325 32 Curralinhos 0,434867 33 Lagoinha do Piauí 0,432277 34 Caracol 0,432079 35 Capitão de Campos 0,418442 36 Piripiri 0,414404 37 Santa Cruz dos Milagres 0,413385 38 Dom Inocêncio 0,406685 39 Olho D'Água do Piauí 0,403326 40 Betânia do Piauí 0,399978 41 Isaías Coelho 0,393304 42 Água Branca 0,389625 43 Campinas do Piauí 0,382291 44 Lagoa do Piauí 0,377831 45 Monte Alegre do Piauí 0,37203 46 Alto Longá 0,369092 47 Madeiro 0,358481 48 Novo Santo Antônio 0,353578 49 Nova Santa Rita 0,330325

199 31,16

107

APÊNDICE F – Municípios que estão abaixo do limite prudencial (cumprindo a Lei), Estado do Piauí – 2001. (conclusão)

Nº Nome Despesa com Pessoal / RCL

Total de Municípios

% dos municípios que estão abaixo do limite prudencial

50 Cajueiro da Praia 0,326521 51 Rio Grande do Piauí 0,322508 52 Miguel Alves 0,320378 53 Prata do Piauí 0,319638 54 Milton Brandão 0,291156 55 Santo Antônio dos Milagres 0,289267 56 Hugo Napoleão 0,282482 57 Teresina 0,280951 58 Sebastião Leal 0,270522 59 São Francisco de Assis do Piauí 0,2671 60 Brasileira 0,262723 61 Novo Oriente do Piauí 0,223598 62 São José do Divino 0,199933

199 31,16

Fonte: Elaboração Própria – dados do STN

APÊNDICE G – Município que está descumprindo a Lei, Estado do Piauí - 2002.

Nº Nome Despesa com Pessoal / RCL

Total de Municípios

% do município que está descumprindo a Lei

1 Buriti dos Lopes 0,620814 159 0,63 Fonte: Elaboração Própria – dados do STN

APÊNDICE H – Municípios que estão abaixo do limite prudencial (cumprindo a Lei) – 2002 (continua).

Nº Nome Despesa com Pessoal / RCL

Total de Municípios

% dos municípios que estão abaixo do limite prudencial

1 Altos 0,562937 2 Parnaíba 0,558699 3 União 0,551922 4 São Pedro do Piauí 0,546821 5 Barras 0,508025 6 Ilha Grande 0,499599 7 Cocal 0,497189 8 Bela Vista do Piauí 0,496559 9 Porto 0,495311 10 Luís Correia 0,488499 11 Esperantina 0,473109 12 Piripiri 0,469788 13 Morro do Chapéu do Piauí 0,458425 14 Lagoa do Sítio 0,454485 15 Teresina 0,452928 16 Lagoa do Barro do Piauí 0,451696 17 Monsenhor Gil 0,44842 18 São Miguel do Tapuio 0,446244 19 Caraúbas do Piauí 0,446146 20 Campo Largo do Piauí 0,446143 21 José de Freitas 0,445448 22 Cabeceiras do Piauí 0,442466 23 Itaueira 0,442459 24 Patos do Piauí 0,437461 25 Avelino Lopes 0,433305 26 Uruçuí 0,432557 27 Barra D'Alcântara 0,431988 28 Manoel Emídio 0,429899 29 Pavussu 0,426425 30 Antônio Almeida 0,426071 31 Valença do Piauí 0,422071 32 Regeneração 0,421715 33 Santa Luz 0,420036 34 São José do Piauí 0,419531 35 Isaías Coelho 0,419271 36 Bom Princípio do Piauí 0,418989

159 99,37

108

APÊNDICE H – Municípios que estão abaixo do limite prudencial (cumprindo a Lei) – 2002 (continuação).

Nº Nome Despesa com Pessoal / RCL

Total de Municípios

% dos municípios que estão abaixo do limite prudencial

37 Paquetá 0,416116 38 Caxingó 0,414385 39 Murici dos Portelas 0,414243 40 Luzilândia 0,413664 41 Piracuruca 0,410034 42 Jardim do Mulato 0,408876 43 Pimenteiras 0,407825 44 Landri Sales 0,406984 45 Cocal dos Alves 0,405442 46 Amarante 0,403488 47 Joaquim Pires 0,403398 48 Santa Filomena 0,402395 49 Bocaina 0,401983 50 Massapê do Piauí 0,401724 51 Flores do Piauí 0,401589 52 Ipiranga do Piauí 0,400154 53 Nazaré do Piauí 0,399853 54 São Francisco do Piauí 0,396094 55 Batalha 0,395475 56 Monsenhor Hipólito 0,395294 57 Geminiano 0,393436 58 Boqueirão do Piauí 0,392929 59 Wall Ferraz 0,390392 60 Nossa Senhora dos Remédios 0,389237 61 Elesbão Veloso 0,388356 62 Barro Duro 0,387087 63 Juazeiro do Piauí 0,386871 64 Capitão de Campos 0,386154 65 Campo Alegre do Fidalgo 0,386099 66 São João do Arraial 0,38167 67 Santa Cruz do Piauí 0,380614 68 Oeiras 0,379251 69 Palmeira do Piauí 0,3775 70 Castelo do Piauí 0,374464 71 Palmeirais 0,372346 72 Socorro do Piauí 0,37079 73 Alto Longá 0,369218 74 Tanque do Piauí 0,366451 75 Lagoa do Piauí 0,363514 76 Júlio Borges 0,363297 77 Padre Marcos 0,362261 78 Campo Grande do Piauí 0,360173 79 São Raimundo Nonato 0,359046 80 Ribeiro Gonçalves 0,358481 81 Itainópolis 0,358051 82 Boa Hora 0,357369 83 Miguel Alves 0,355358 84 Gilbués 0,354212 85 Água Branca 0,353846 86 Vera Mendes 0,350095 87 Dom Expedito Lopes 0,347239 88 Vila Nova do Piauí 0,347175 89 Caridade do Piauí 0,346467 90 Eliseu Martins 0,345709 91 Jatobá do Piauí 0,344281 92 Alagoinha do Piauí 0,343319 93 Santa Rosa do Piauí 0,340741 94 Cajazeiras do Piauí 0,339846 95 Bom Jesus 0,338526 96 São Miguel da Baixa Grande 0,337921 97 Caracol 0,337544 98 São João do Piauí 0,336576 99 Olho D'Água do Piauí 0,335893 100 São Lourenço do Piauí 0,335507 101 Capitão Gervásio Oliveira 0,334905

159 99,37

109

APÊNDICE H – Municípios que estão abaixo do limite prudencial (cumprindo a Lei) – 2002 (continuação).

Nº Nome Despesa com Pessoal / RCL

Total de Municípios

% dos municípios que estão abaixo do limite prudencial

102 Pedro II 0,333232 103 Miguel Leão 0,332694 104 São Braz do Piauí 0,327799 105 Simões 0,326799 106 Santana do Piauí 0,326273 107 São Gonçalo do Piauí 0,325367 108 Francisco Santos 0,325365 109 Santo Inácio do Piauí 0,323506 110 Marcos Parente 0,322658 111 Hugo Napoleão 0,321643 112 Marcolândia 0,320614 113 Várzea Grande 0,320122 114 Campinas do Piauí 0,317376 115 Sussuapara 0,316178 116 Buriti dos Montes 0,315369 117 Cocal de Telha 0,31171 118 Francisco Ayres 0,308456 119 Jerumenha 0,30844 120 Milton Brandão 0,304164 121 Curral Novo do Piauí 0,304054 122 Alegrete do Piauí 0,302415 123 Floresta do Piauí 0,300852 124 Lagoinha do Piauí 0,297686 125 Parnaguá 0,295965 126 Betânia do Piauí 0,295589 127 Canavieira 0,294181 128 Joca Marques 0,291099 129 Colônia do Gurguéia 0,288786 130 São Julião 0,288297 131 Caldeirão Grande do Piauí 0,287209 132 Nossa Senhora de Nazaré 0,286175 133 Rio Grande do Piauí 0,28553 134 São José do Peixe 0,284579 135 São João da Varjota 0,284085 136 Santo Antônio de Lisboa 0,283564 137 Fartura do Piauí 0,282321 138 Angical do Piauí 0,280083 139 São João da Canabrava 0,270351 140 Dirceu Arcoverde 0,261614 141 Campo Maior 0,260601 142 Bonfim do Piauí 0,257048 143 Anísio de Abreu 0,255354 144 Várzea Branca 0,248434 145 Francisco Macedo 0,247204 146 João Costa 0,246818 147 São Luis do Piauí 0,244296 148 Arraial 0,243624 149 Bertolínia 0,24247 150 São Gonçalo do Gurguéia 0,241015 151 Jaicós 0,23612 152 Ribeira do Piauí 0,232644 153 Coronel José Dias 0,226489 154 Brasileira 0,222781 155 Simplício Mendes 0,219439 156 Alvorada do Gurguéia 0,208981 157 Guaribas 0,169985 158 Sebastião Leal 0,143562

159 99,37

Fonte: Elaboração Própria – dados do STN

110

APÊNDICE I – limite constitucional da EDUCAÇÃO - 1998 (continua).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e

Transferências (A)

Despesas com Educação (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 25% do limite Constitucional

1 Vila Nova do Piauí 971.872,64 699.524,51 71,98 SIM 2 Campo Largo do Piauí 784.989,77 548.040,86 69,82 SIM 3 Patos do Piauí 929.331,40 630.162,00 67,81 SIM 4 Alto Longá 1.706.785,88 1.132.511,22 66,35 SIM 5 Elesbão Veloso 1.890.053,87 1.222.382,34 64,67 SIM 6 Madeiro 1.232.594,78 775.613,61 62,93 SIM 7 Morro do Chapéu do Piauí 1.431.763,17 892.661,23 62,35 SIM 8 Cabeceiras do Piauí 1.574.269,59 970.275,82 61,63 SIM 9 Anísio de Abreu 1.375.678,00 816.866,00 59,38 SIM 10 Monte Alegre do Piauí 1.419.126,46 837.625,16 59,02 SIM 11 Joca Marques 1.023.374,66 597.490,99 58,38 SIM 12 Vera Mendes 1.128.788,77 650.382,49 57,62 SIM 13 São Braz do Piauí 959.751,09 547.998,86 57,10 SIM 14 São Pedro do Piauí 2.138.861,00 1.183.288,00 55,32 SIM 15 Jurema 1.126.180,00 621.828,00 55,22 SIM 16 Monsenhor Hipólito 1.191.002,16 655.928,58 55,07 SIM 17 João Costa 845.002,06 456.802,62 54,06 SIM 18 Lagoa Alegre 1.367.836,52 738.165,34 53,97 SIM 19 Esperantina 4.706.463,17 2.498.086,77 53,08 SIM 20 Piripiri 5.871.217,41 3.079.379,74 52,45 SIM 21 Porto 1.854.218,05 954.002,05 51,45 SIM 22 Jatobá do Piauí 1.572.358,01 806.552,82 51,30 SIM 23 Lagoa do Sítio 1.271.481,77 642.619,95 50,54 SIM 24 São Gonçalo do Piauí 1.238.664,61 625.957,33 50,53 SIM 25 Palmeira do Piauí 1.516.456,03 761.026,08 50,18 SIM 26 Alagoinha do Piauí 1.452.566,41 725.383,36 49,94 SIM 27 Fartura do Piauí 895.492,04 436.832,08 48,78 SIM 28 Nossa Senhora de Nazaré 1.144.033,20 556.789,61 48,67 SIM 29 Lagoa de São Francisco 1.344.046,51 652.131,08 48,52 SIM 30 Nova Santa Rita 1.217.323,20 584.035,74 47,98 SIM 31 Caldeirão Grande do Piauí 1.279.242,07 613.694,64 47,97 SIM 32 Bonfim do Piauí 875.251,76 419.879,14 47,97 SIM 33 Santa Luz 1.213.530,92 577.297,51 47,57 SIM 34 Baixa Grande do Ribeiro 1.454.644,18 685.965,86 47,16 SIM 35 União 5.768.136,57 2.707.232,59 46,93 SIM 36 São Julião 1.116.996,16 523.605,65 46,88 SIM 37 Socorro do Piauí 944.067,12 441.676,79 46,78 SIM 38 Castelo do Piauí 3.811.474,11 1.733.469,91 45,48 SIM 39 Itainópolis 2.711.440,31 1.187.073,38 43,78 SIM 40 Marcolândia 1.199.930,60 522.096,56 43,51 SIM 41 Pedro Laurentino 698.446,16 303.757,78 43,49 SIM 42 Ribeira do Piauí 1.457.181,29 615.089,50 42,21 SIM 43 Parnaíba 17.744.235,83 7.472.180,09 42,11 SIM 44 Buriti dos Lopes 3.214.132,47 1.327.063,88 41,29 SIM 45 Isaías Coelho 1.409.145,96 580.882,09 41,22 SIM 46 São João da Fronteira 1.416.584,03 579.394,69 40,90 SIM 47 São José do Piauí 1.196.639,26 488.736,80 40,84 SIM 48 Oeiras 5.858.450,67 2.387.004,37 40,74 SIM 49 Ipiranga do Piauí 1.301.167,36 499.351,60 38,38 SIM 50 Lagoa do Barro do Piauí 1.595.761,31 612.218,87 38,37 SIM 51 Barreiras do Piauí 1.222.179,79 468.395,77 38,32 SIM 52 Campo Grande do Piauí 1.201.002,08 447.818,97 37,29 SIM 53 Santa Cruz do Piauí 1.349.140,39 495.845,52 36,75 SIM 54 São Gonçalo do Gurguéia 1.007.321,50 370.083,80 36,74 SIM 55 Francisco Santos 1.264.025,33 461.723,93 36,53 SIM 56 Padre Marcos 2.093.249,17 733.441,22 35,04 SIM 57 Barro Duro 1.217.904,56 426.660,27 35,03 SIM 58 Santo Antônio de Lisboa 1.025.317,28 358.436,92 34,96 SIM 59 Sussuapara 1.097.091,09 382.181,21 34,84 SIM 60 Rio Grande do Piauí 1.480.580,45 508.294,17 34,33 SIM 61 Francisco Macedo 1.028.935,76 351.871,44 34,20 SIM 62 São Raimundo Nonato 5.019.212,00 1.705.156,00 33,97 SIM

111

APÊNDICE I – limite constitucional da EDUCAÇÃO – 1998 (conclusão).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e Transferências (A)

Despesas com Educação (B)

%

(B/A*100)

Cumprindo 25% do limite Constitucional

63 Paulistana 3.744.073,51 1.234.907,37 32,98 SIM 64 Betânia do Piauí 1.209.096,72 394.709,25 32,64 SIM 65 Ribeiro Gonçalves 1.402.483,08 457.764,50 32,64 SIM 66 Júlio Borges 1.255.356,27 402.882,59 32,09 SIM 67 Paquetá 781.238,88 249.980,78 32,00 SIM 68 Regeneração 1.858.399,76 588.200,02 31,65 SIM 69 Bocaina 1.044.865,21 321.462,59 30,77 SIM 70 Caraúbas do Piauí 1.091.738,72 329.106,79 30,15 SIM 71 São Luis do Piauí 725.777,03 218.481,11 30,10 SIM 72 Dom Expedito Lopes 1.049.913,41 306.891,86 29,23 SIM 73 Demerval Lobão 1.626.105,40 452.103,51 27,80 SIM 74 Coronel José Dias 990.244,99 273.562,99 27,63 SIM 75 São Miguel do Fidalgo 1.186.373,13 321.540,17 27,10 SIM 76 Várzea Grande 945.362,74 254.549,18 26,93 SIM 77 Campo Alegre do Fidalgo 1.323.926,23 330.204,29 24,94 NÃO 78 Lagoa do Piauí 819.781,05 204.288,74 24,92 NÃO 79 São Lourenço do Piauí 810.581,26 196.141,16 24,20 NÃO 80 Geminiano 735.352,89 166.854,45 22,69 NÃO 81 Santana do Piauí 872.444,54 193.206,58 22,15 NÃO 82 Miguel Leão 564.323,65 124.611,69 22,08 NÃO 83 Bom Jesus 2.870.328,48 633.492,76 22,07 NÃO 84 Teresina 217.921.647,00 45.294.008,19 20,78 NÃO 85 Canavieira 805.645,77 164.928,54 20,47 NÃO 86 Curimatá 1.925.971,78 390.961,55 20,30 NÃO 87 Barra D'Alcântara 900.402,86 179.289,61 19,91 NÃO 88 Capitão Gervásio Oliveira 1.248.018,87 246.588,49 19,76 NÃO 89 Sebastião Leal 1.241.674,14 233.771,92 18,83 NÃO 90 Lagoinha do Piauí 1.080.253,62 202.809,75 18,77 NÃO 91 Campinas do Piauí 1.000.772,72 174.658,12 17,45 NÃO 92 Pedro II 4.319.852,97 697.954,31 16,16 NÃO 93 São João da Canabrava 1.501.550,12 194.074,64 12,92 NÃO 94 Picos 10.281.362,78 1.221.150,59 11,88 NÃO

Fonte: STN – FINBRA (2007)

APÊNDICE J - limite constitucional da EDUCAÇÃO - 1999 (continua).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e

Transferências (A)

Despesas com Educação (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 25% do limite

Constitucional 1 Barra D'Alcântara 1.033.215,98 825.145,23 79,86 SIM 2 Campo Largo do Piauí 1.175.649,92 823.307,25 70,03 SIM 3 Fartura do Piauí 990.783,43 661.978,28 66,81 SIM 4 Morro do Chapéu do Piauí 1.492.109,05 942.910,92 63,19 SIM 5 Patos do Piauí 1.108.733,89 682.213,56 61,53 SIM 6 Madeiro 1.726.646,86 1.061.543,93 61,48 SIM 7 Nossa Senhora de Nazaré 1.726.646,86 1.061.543,93 61,48 SIM 8 Socorro do Piauí 889.783,67 523.200,44 58,80 SIM 9 Bom Jesus 2.537.638,99 1.416.374,75 55,81 SIM 10 Esperantina 5.222.024,12 2.897.798,65 55,49 SIM 11 Monte Alegre do Piauí 1.871.491,90 1.036.190,61 55,37 SIM 12 Campo Alegre do Fidalgo 1.669.098,94 914.618,36 54,80 SIM 13 Cabeceiras do Piauí 1.761.978,45 959.755,43 54,47 SIM 14 Rio Grande do Piauí 1.702.780,22 910.692,22 53,48 SIM 15 Sebastião Leal 1.240.557,08 657.972,90 53,04 SIM 16 União 5.877.695,03 3.061.402,93 52,09 SIM 17 Campinas do Piauí 1.271.167,46 661.613,85 52,05 SIM 18 Itainópolis 2.697.862,70 1.376.274,22 51,01 SIM 19 Porto 2.053.242,33 1.043.565,63 50,83 SIM 20 Elesbão Veloso 2.477.822,01 1.252.970,80 50,57 SIM 21 Joca Marques 1.542.614,32 773.639,79 50,15 SIM 22 Vera Mendes 1.460.611,85 732.411,06 50,14 SIM 23 Castelo do Piauí 4.261.070,27 2.127.883,42 49,94 SIM 24 Oeiras 5.712.055,98 2.849.073,25 49,88 SIM 25 Lagoa Alegre 1.677.655,19 830.108,90 49,48 SIM 26 Baixa Grande do Ribeiro 1.698.699,20 834.635,76 49,13 SIM 27 Jurema 1.282.470,00 623.713,00 48,63 SIM 28 Betânia do Piauí 1.268.487,42 614.906,16 48,48 SIM

112

APÊNDICE J - limite constitucional da EDUCAÇÃO - 1999 (conclusão).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e

Transferências (A)

Despesas com Educação (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 25% do limite

Constitucional 29 Anísio de Abreu 1.589.512,00 746.764,00 46,98 SIM 30 João Costa 1.220.978,70 565.959,86 46,35 SIM 31 Ipiranga do Piauí 1.552.658,80 706.747,08 45,52 SIM 32 Lagoa do Sítio 1.168.539,20 531.077,05 45,45 SIM 33 Caldeirão Grande do Piauí 1.541.851,64 692.812,09 44,93 SIM 34 Nova Santa Rita 1.587.606,57 699.333,50 44,05 SIM 35 São Julião 1.334.549,37 586.186,79 43,92 SIM 36 São Pedro do Piauí 2.044.211,41 893.151,17 43,69 SIM 37 Marcolândia 1.473.573,70 640.195,03 43,45 SIM 38 Pedro Laurentino 1.109.165,82 481.503,50 43,41 SIM 39 Júlio Borges 1.394.069,11 599.411,00 43,00 SIM 40 Alagoinha do Piauí 1.708.195,71 729.188,68 42,69 SIM 41 Lagoa de São Francisco 1.595.138,85 675.735,95 42,36 SIM 42 São José do Piauí 1.458.477,63 614.766,11 42,15 SIM 43 São João da Fronteira 1.513.835,57 637.500,64 42,11 SIM 44 Buriti dos Lopes 4.056.934,78 1.696.345,32 41,81 SIM 45 Monsenhor Hipólito 1.482.666,00 615.403,79 41,51 SIM 46 Barreiras do Piauí 1.297.862,47 536.891,42 41,37 SIM 47 Coronel José Dias 960.652,46 394.119,69 41,03 SIM 48 São Gonçalo do Gurguéia 1.295.723,49 528.113,34 40,76 SIM 49 Palmeira do Piauí 1.584.726,65 640.979,75 40,45 SIM 50 Pedro II 6.426.325,83 2.569.880,99 39,99 SIM 51 Caraúbas do Piauí 1.173.632,54 451.464,89 38,47 SIM 52 São Braz do Piauí 990.790,41 379.012,28 38,25 SIM 53 Santa Cruz do Piauí 1.545.512,59 585.445,18 37,88 SIM 54 Bocaina 1.367.789,85 515.095,18 37,66 SIM 55 Lagoa do Barro do Piauí 1.733.163,01 623.755,82 35,99 SIM 56 Parnaíba 18.223.989,45 6.520.630,14 35,78 SIM 57 Santa Luz 1.262.019,50 446.479,80 35,38 SIM 58 Ribeiro Gonçalves 1.771.011,32 615.092,16 34,73 SIM 59 Geminiano 966.753,09 333.172,66 34,46 SIM 60 Barro Duro 1.515.772,44 517.300,92 34,13 SIM 61 Sussuapara 1.266.474,79 431.754,77 34,09 SIM 62 Vila Nova do Piauí 900.840,79 300.693,12 33,38 SIM 63 Padre Marcos 2.134.000,84 704.568,04 33,02 SIM 64 São Gonçalo do Piauí 1.186.060,55 384.662,32 32,43 SIM 65 Paquetá 1.232.821,50 391.336,67 31,74 SIM 66 Capitão Gervásio Oliveira 1.619.640,50 513.527,91 31,71 SIM 67 São Raimundo Nonato 5.654.115,00 1.776.532,00 31,42 SIM 68 Francisco Macedo 1.120.193,00 344.782,37 30,78 SIM 69 Bonfim do Piauí 1.408.869,43 418.197,82 29,68 SIM 70 Corrente 3.707.788,57 1.093.850,57 29,50 SIM 71 Campo Grande do Piauí 1.482.079,81 435.140,58 29,36 SIM 72 Dom Expedito Lopes 1.197.170,09 348.619,04 29,12 SIM 73 Alto Longá 1.878.723,59 539.287,20 28,70 SIM 74 Santo Antônio de Lisboa 1.227.556,89 341.723,75 27,84 SIM 75 Curimatá 1.836.001,67 498.824,48 27,17 SIM 76 Regeneração 2.536.760,36 677.017,22 26,69 SIM 77 São Luis do Piauí 1.004.285,38 267.766,81 26,66 SIM 78 Várzea Grande 1.161.374,44 307.103,42 26,44 SIM 79 Miguel Leão 857.568,49 225.991,37 26,35 SIM 80 São Lourenço do Piauí 1.160.798,09 304.260,20 26,21 SIM 81 Demerval Lobão 1.931.917,85 494.293,81 25,59 SIM 82 Água Branca 2.790.276,79 703.087,06 25,20 SIM 83 Santana do Piauí 922.704,29 229.606,54 24,88 NÃO 84 São Miguel do Fidalgo 1.321.939,39 322.878,10 24,42 NÃO 85 São João da Canabrava 1.243.663,31 303.500,54 24,40 NÃO 86 Paulistana 4.294.728,10 1.033.014,43 24,05 NÃO 87 Piripiri 9.090.688,63 2.064.642,87 22,71 NÃO 88 Isaías Coelho 1.972.946,16 428.851,27 21,74 NÃO 89 Teresina 235.352.817,00 50.133.382,00 21,30 NÃO 90 Lagoa do Piauí 1.263.860,66 264.337,63 20,92 NÃO 91 Lagoinha do Piauí 1.194.512,79 241.499,17 20,22 NÃO 92 Canavieira 1.306.391,06 224.822,94 17,21 NÃO 93 Picos 12.005.079,67 932.208,72 7,77 NÃO

Fonte: STN – FINBRA (2007)

113

APÊNDICE L - limite constitucional da EDUCAÇÃO – 2000 (continua).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e Transferências (A)

Despesas com Educação (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 25% do limite

Constitucional 1 Barra D'Alcântara 1.289.537,97 826.236,56 64,07 SIM 2 Morro do Chapéu do Piauí 1.769.825,48 1.072.105,40 60,58 SIM 3 Madeiro 2.295.910,89 1.372.707,00 59,79 SIM 4 Fartura do Piauí 1.174.825,71 691.667,19 58,87 SIM 5 Joca Marques 1.597.825,44 922.758,90 57,75 SIM 6 Paes Landim 1.165.335,85 666.924,31 57,23 SIM 7 São Francisco do Piauí 1.595.334,00 894.232,00 56,05 SIM 8 Porto 2.886.183,67 1.609.255,50 55,76 SIM 9 Lagoa do Barro do Piauí 1.449.386,88 805.178,02 55,55 SIM 10 Itainópolis 2.868.320,16 1.494.965,65 52,12 SIM 11 Esperantina 5.668.093,29 2.953.515,65 52,11 SIM 12 União 6.755.746,04 3.511.277,08 51,97 SIM 13 Floriano 8.367.354,00 4.262.372,02 50,94 SIM 14 Corrente 4.833.749,67 2.458.625,62 50,86 SIM 15 Campo Largo do Piauí 1.632.883,34 822.000,84 50,34 SIM 16 Buriti dos Montes 2.004.972,93 992.352,71 49,49 SIM 17 Lagoa Alegre 1.946.789,18 943.859,50 48,48 SIM 18 São Julião 1.634.427,82 787.537,93 48,18 SIM 19 Jurema 1.665.158,00 794.634,00 47,72 SIM 20 São Pedro do Piauí 2.700.576,00 1.270.117,00 47,03 SIM 21 Vera Mendes 1.603.617,92 753.985,82 47,02 SIM 22 Sebastião Leal 1.430.558,92 666.393,09 46,58 SIM 23 Bom Jesus 3.312.942,71 1.535.436,54 46,35 SIM 24 Guaribas 1.581.436,00 730.356,00 46,18 SIM 25 Campinas do Piauí 1.539.643,72 704.086,19 45,73 SIM 26 Elesbão Veloso 2.750.748,01 1.251.829,68 45,51 SIM 27 Colônia do Gurguéia 1.173.036,00 533.266,00 45,46 SIM 28 Anísio de Abreu 1.709.848,00 774.425,00 45,29 SIM 29 São João da Fronteira 1.943.071,83 867.886,98 44,67 SIM 30 Avelino Lopes 1.734.738,00 772.654,65 44,54 SIM 31 Caldeirão Grande do Piauí 1.705.411,45 752.671,07 44,13 SIM 32 Nossa Senhora de Nazaré 1.463.473,52 641.338,38 43,82 SIM 33 Ipiranga do Piauí 1.728.470,82 757.034,29 43,80 SIM 34 Nova Santa Rita 1.878.677,10 821.749,96 43,74 SIM 35 Murici dos Portelas 1.413.260,08 617.183,62 43,67 SIM 36 Marcolândia 1.711.459,47 745.605,67 43,57 SIM 37 Oeiras 6.755.807,02 2.936.462,32 43,47 SIM 38 Lagoa de São Francisco 1.866.646,94 808.350,48 43,30 SIM 39 Bertolínia 1.424.971,00 616.555,00 43,27 SIM 40 Padre Marcos 1.955.771,79 835.794,85 42,73 SIM 41 Cabeceiras do Piauí 2.056.875,47 853.760,12 41,51 SIM 42 Domingos Mourão 1.004.209,04 416.221,62 41,45 SIM 43 Alagoinha do Piauí 1.922.404,93 789.419,48 41,06 SIM 44 Inhuma 3.072.496,50 1.256.051,77 40,88 SIM 45 Castelo do Piauí 4.648.229,56 1.882.221,80 40,49 SIM 46 Monsenhor Gil 2.572.287,84 1.041.452,10 40,49 SIM 47 Bocaina 1.545.622,09 619.026,68 40,05 SIM 48 Palmeira do Piauí 1.793.779,34 702.522,27 39,16 SIM 49 Buriti dos Lopes 3.742.461,79 1.453.354,98 38,83 SIM 50 Caraúbas do Piauí 1.114.435,70 432.400,67 38,80 SIM 51 Miguel Leão 1.305.060,98 490.095,68 37,55 SIM 52 Baixa Grande do Ribeiro 1.975.570,49 737.588,07 37,34 SIM 53 Boa Hora 1.454.771,08 540.880,78 37,18 SIM 54 Geminiano 996.434,64 366.477,73 36,78 SIM 55 Simões 3.978.397,29 1.459.097,35 36,68 SIM 56 Rio Grande do Piauí 1.880.629,36 680.952,06 36,21 SIM 57 Vila Nova do Piauí 912.443,40 329.391,80 36,10 SIM 58 Paquetá 1.280.531,64 460.497,48 35,96 SIM 59 Monsenhor Hipólito 1.094.858,00 392.222,18 35,82 SIM 60 Júlio Borges 1.680.322,73 593.053,58 35,29 SIM 61 Piracuruca 3.788.767,72 1.324.986,09 34,97 SIM 62 Tanque do Piauí 1.284.241,46 441.784,26 34,40 SIM 63 Barreiras do Piauí 1.439.200,38 491.545,97 34,15 SIM

114

APÊNDICE L - limite constitucional da EDUCAÇÃO – 2000 (conclusão).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e Transferências (A)

Despesas com Educação (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 25% do limite

Constitucional 64 Dirceu Arcoverde 1.732.486,30 591.026,44 34,11 SIM 65 Bonfim do Piauí 1.655.217,96 564.047,46 34,08 SIM 66 Capitão Gervásio Oliveira 1.451.524,66 492.587,46 33,94 SIM 67 Lagoa do Sítio 1.721.596,67 583.361,47 33,88 SIM 68 Pedro Laurentino 1.533.281,10 515.531,19 33,62 SIM 69 Eliseu Martins 1.645.534,00 551.817,89 33,53 SIM 70 Piripiri 7.162.322,37 2.377.414,37 33,19 SIM 71 São Gonçalo do Gurguéia 1.381.530,65 458.091,78 33,16 SIM 72 Dom Expedito Lopes 1.140.791,69 375.574,64 32,92 SIM 73 Parnaíba 21.868.415,63 7.196.440,31 32,91 SIM 74 Angical do Piauí 1.255.800,39 413.021,36 32,89 SIM 75 Paulistana 4.169.259,38 1.366.282,96 32,77 SIM 76 Manoel Emídio 2.133.189,00 688.759,00 32,29 SIM 77 São José do Piauí 1.584.768,38 507.871,18 32,05 SIM 78 Jatobá do Piauí 1.782.282,06 553.747,49 31,07 SIM 79 Campo Grande do Piauí 1.587.138,84 490.899,73 30,93 SIM 80 Campo Alegre do Fidalgo 1.625.924,24 502.616,50 30,91 SIM 81 São João do Piauí 5.752.584,00 1.749.762,12 30,42 SIM 82 São Raimundo Nonato 6.565.998,00 1.978.120,00 30,13 SIM 83 São Lourenço do Piauí 1.431.702,76 424.369,97 29,64 SIM 84 Santo Antônio de Lisboa 1.373.564,06 405.766,41 29,54 SIM 85 Várzea Grande 1.285.617,01 375.789,92 29,23 SIM 86 São Gonçalo do Piauí 1.544.567,37 450.574,56 29,17 SIM 87 Regeneração 2.812.101,05 802.340,52 28,53 SIM 88 Monte Alegre do Piauí 2.477.043,37 706.625,49 28,53 SIM 89 Curimatá 1.958.408,07 558.157,89 28,50 SIM 90 Santa Cruz do Piauí 1.603.693,60 449.664,49 28,04 SIM 91 Água Branca 2.625.372,69 732.775,33 27,91 SIM 92 Pedro II 5.958.360,14 1.646.174,87 27,63 SIM 93 São João da Canabrava 1.214.442,93 332.274,45 27,36 SIM 94 Santana do Piauí 976.977,75 259.881,73 26,60 SIM 95 São João da Varjota 938.637,58 247.628,67 26,38 SIM 96 São Luis do Piauí 1.117.237,23 294.248,68 26,34 SIM 97 Santa Luz 1.459.119,23 380.951,65 26,11 SIM 98 Fronteiras 2.219.495,37 564.764,07 25,45 SIM 99 Canavieira 1.531.953,42 389.121,24 25,40 SIM 100 Francisco Macedo 1.214.713,90 301.587,44 24,83 NÃO 101 Isaías Coelho 1.301.442,64 315.916,02 24,27 NÃO 102 Betânia do Piauí 1.569.797,81 359.762,54 22,92 NÃO 103 Amarante 3.404.253,56 771.936,25 22,68 NÃO 104 Sussuapara 1.370.875,08 303.436,15 22,13 NÃO 105 Barro Duro 1.834.680,25 400.232,55 21,81 NÃO 106 São Miguel do Fidalgo 1.628.390,59 348.582,05 21,41 NÃO 107 Lagoa do Piauí 1.560.158,56 331.184,74 21,23 NÃO 108 Patos do Piauí 1.533.608,29 321.172,38 20,94 NÃO 109 Demerval Lobão 1.952.954,79 408.176,81 20,90 NÃO 110 Itaueira 2.305.775,00 475.342,00 20,62 NÃO 111 Coronel José Dias 1.901.806,90 370.427,26 19,48 NÃO 112 Lagoinha do Piauí 1.097.964,56 185.703,43 16,91 NÃO 113 Parnaguá 2.339.543,98 362.069,91 15,48 NÃO 114 Teresina 263.881.912,50 38.005.155,47 14,40 NÃO 115 Bela Vista do Piauí 1.213.620,15 124.149,94 10,23 NÃO 116 Picos 15.425.690,56 1.004.645,23 6,51 NÃO

Fonte: STN – FINBRA (2007)

115

APÊNDICE M - limite constitucional da EDUCAÇÃO – 2001 (continua).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e

Transferências (A)

Despesas com Educação (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 25% do limite

Constitucional 1 Sigefredo Pacheco 1.922.257,49 1.352.249,11 70,35 SIM 2 Pavussu 1.367.575,12 937.268,34 68,54 SIM 3 Lagoa de São Francisco 1.692.515,38 1.061.900,32 62,74 SIM 4 Beneditinos 1.781.573,60 1.113.184,20 62,48 SIM 5 São João da Serra 1.591.608,67 992.001,45 62,33 SIM 6 União 8.206.186,64 4.815.607,72 58,68 SIM 7 Castelo do Piauí 4.190.712,98 2.425.181,50 57,87 SIM 8 Buriti dos Montes 2.072.084,91 1.197.992,84 57,82 SIM 9 Landri Sales 2.014.812,29 1.155.413,61 57,35 SIM 10 Júlio Borges 1.478.242,04 832.315,58 56,30 SIM 11 Morro do Chapéu do Piauí 2.058.171,47 1.154.211,00 56,08 SIM 12 Boa Hora 2.060.794,14 1.147.859,22 55,70 SIM 13 Boqueirão do Piauí 1.644.065,51 912.069,72 55,48 SIM 14 Porto 3.080.894,05 1.704.348,25 55,32 SIM 15 Pau D`Arco do Piauí 1.469.498,77 810.288,67 55,14 SIM 16 Floriano 1.267.531,00 696.990,00 54,99 SIM 17 Marcos Parente 1.267.531,00 696.990,00 54,99 SIM 18 Pedro II 6.640.388,75 3.618.570,71 54,49 SIM 19 Murici dos Portelas 2.047.474,17 1.113.128,90 54,37 SIM 20 Currais 2.365.478,19 1.279.171,33 54,08 SIM 21 Barras 10.544.308,05 5.624.865,79 53,35 SIM 22 Sebastião Barros 1.346.937,83 718.427,84 53,34 SIM 23 Isaías Coelho 2.652.214,48 1.412.274,79 53,25 SIM 24 Campo Alegre do Fidalgo 1.732.331,80 922.194,54 53,23 SIM 25 Oeiras 7.179.571,95 3.784.525,54 52,71 SIM 26 Bom Jesus 4.150.416,78 2.180.834,21 52,54 SIM 27 Corrente 4.617.796,11 2.422.769,73 52,47 SIM 28 Barra D’Alcântara 1.754.889,45 903.575,02 51,49 SIM 29 Campo Largo do Piauí 1.883.228,84 968.892,92 51,45 SIM 30 Cabeceiras do Piauí 2.242.339,20 1.151.896,16 51,37 SIM 31 Juazeiro do Piauí 1.312.686,51 661.743,27 50,41 SIM 32 Simplício Mendes 2.626.474,25 1.315.928,52 50,10 SIM 33 Coronel José Dias 1.703.507,47 850.213,03 49,91 SIM 34 Dom Expedito Lopes 1.547.742,06 764.556,02 49,40 SIM 35 Vera Mendes 1.928.417,69 947.751,86 49,15 SIM 36 Capitão Gervásio Oliveira 1.447.085,19 711.086,49 49,14 SIM 37 Guaribas 1.761.238,00 865.307,00 49,13 SIM 38 Lagoa do Barro do Piauí 1.778.562,23 872.738,41 49,07 SIM 39 Caridade do Piauí 1.590.282,76 775.600,58 48,77 SIM 40 Demerval Lobão 2.198.866,84 1.067.643,08 48,55 SIM 41 Jatobá do Piauí 2.096.261,23 1.015.403,55 48,44 SIM 42 Pimenteiras 2.872.455,03 1.371.168,21 47,74 SIM 43 São Gonçalo do Piauí 1.544.124,71 734.667,90 47,58 SIM 44 São Francisco do Piauí 1.667.672,00 792.301,29 47,51 SIM 45 São Julião 1.866.297,57 878.557,06 47,07 SIM 46 Angical do Piauí 1.545.829,72 726.144,92 46,97 SIM 47 Elesbão Veloso 3.808.279,20 1.781.064,39 46,77 SIM 48 Massapê do Piauí 1.771.268,12 826.469,87 46,66 SIM 49 Geminiano 1.427.259,92 665.354,98 46,62 SIM 50 São Miguel do Tapuio 5.285.905,64 2.422.083,82 45,82 SIM 51 Nossa Senhora dos Remédios 2.090.357,25 957.658,81 45,81 SIM 52 Uruçuí 3.802.750,00 1.731.664,16 45,54 SIM 53 Barreiras do Piauí 1.433.708,53 646.608,11 45,10 SIM 54 Anísio de Abreu 2.119.753,00 955.660,50 45,08 SIM 55 Queimada Nova 2.993.867,32 1.346.928,49 44,99 SIM 56 José de Freitas 6.091.864,64 2.727.851,08 44,78 SIM 57 Brasileira 2.021.038,33 901.606,88 44,61 SIM 58 Matias Olímpio 2.522.414,47 1.123.586,98 44,54 SIM 59 Esperantina 7.680.689,98 3.413.857,75 44,45 SIM 60 Monte Alegre do Piauí 3.002.293,93 1.332.697,64 44,39 SIM 61 Campinas do Piauí 1.700.140,74 752.861,21 44,28 SIM 62 Capitão de Campos 2.765.629,25 1.219.555,89 44,10 SIM 63 Ribeiro Gonçalves 2.015.549,91 885.214,35 43,92 SIM 64 Wall Ferraz 1.091.192,82 477.444,62 43,75 SIM

116

APÊNDICE M - limite constitucional da EDUCAÇÃO – 2001 (continuação).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e

Transferências (A)

Despesas com Educação (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 25% do limite Constitucional

65 Luzilândia 5.390.597,96 2.355.302,02 43,69 SIM 66 São João da Canabrava 1.766.553,34 771.514,34 43,67 SIM 67 Avelino Lopes 2.779.236,00 1.213.324,00 43,66 SIM 68 Simões 3.794.388,71 1.654.841,80 43,61 SIM 69 Luís Correia 6.500.084,44 2.830.982,77 43,55 SIM 70 Gilbués 2.710.501,17 1.177.686,52 43,45 SIM 71 Madeiro 2.499.648,17 1.080.913,63 43,24 SIM 72 Jacobina do Piauí 2.430.513,73 1.044.894,59 42,99 SIM 73 Piripiri 10.480.911,77 4.485.669,80 42,80 SIM 74 João Costa 1.435.565,16 613.763,99 42,75 SIM 75 Parnaíba 24.150.277,48 10.310.843,78 42,69 SIM 76 Palmeira do Piauí 1.672.724,22 711.245,11 42,52 SIM 77 Bonfim do Piauí 1.980.199,94 841.166,90 42,48 SIM 78 Jurema 2.176.585,00 922.757,00 42,39 SIM 79 Cocal de Telha 2.157.820,00 912.647,38 42,29 SIM 80 Buriti dos Lopes 4.436.128,79 1.864.392,89 42,03 SIM 81 Inhuma 3.889.575,24 1.632.875,24 41,98 SIM 82 Campo Grande do Piauí 1.869.843,53 784.094,71 41,93 SIM 83 São Pedro do Piauí 3.500.657,57 1.457.877,28 41,65 SIM 84 Pajeú do Piauí 1.517.685,08 627.281,12 41,33 SIM 85 Santana do Piauí 1.324.484,41 546.356,73 41,25 SIM 86 Sebastião Leal 1.463.183,61 600.256,17 41,02 SIM 87 Itainópolis 3.272.029,95 1.342.042,97 41,02 SIM 88 Lagoinha do Piauí 1.132.621,48 459.573,18 40,58 SIM 89 Curral Novo do Piauí 1.372.860,72 554.320,18 40,38 SIM 90 São João do Piauí 6.377.087,00 2.557.241,01 40,10 SIM 91 Cristalândia do Piauí 1.845.245,11 739.061,07 40,05 SIM 92 Alagoinha do Piauí 2.130.325,15 848.075,86 39,81 SIM 93 Monsenhor Gil 3.130.426,87 1.245.673,68 39,79 SIM 94 Tamboril do Piauí 1.723.790,86 683.641,04 39,66 SIM 95 Rio Grande do Piauí 2.019.566,22 798.056,75 39,52 SIM 96 Bom Princípio do Piauí 1.473.327,49 581.657,26 39,48 SIM 97 São Miguel da Baixa Grande 1.400.645,92 550.676,85 39,32 SIM 98 São José do Piauí 1.895.733,87 742.843,45 39,19 SIM 99 Marcolândia 2.199.682,58 858.720,97 39,04 SIM 100 São Lourenço do Piauí 1.597.468,05 622.064,06 38,94 SIM 101 Antônio Almeida 1.576.856,14 609.028,09 38,62 SIM 102 Francinópolis 2.074.584,52 796.568,17 38,40 SIM 103 Joca Marques 1.920.921,81 737.269,84 38,38 SIM 104 Barro Duro 1.929.182,97 739.863,26 38,35 SIM 105 São João da Fronteira 1.934.844,80 737.719,30 38,13 SIM 106 São Raimundo Nonato 6.505.800,00 2.479.392,00 38,11 SIM 107 Regeneração 3.392.872,33 1.289.739,29 38,01 SIM 108 Cajazeiras do Piauí 1.724.318,88 654.610,19 37,96 SIM 109 Caldeirão Grande do Piauí 2.049.921,85 777.671,37 37,94 SIM 110 Conceição do Canindé 1.961.949,62 741.814,41 37,81 SIM 111 São João do Arraial 2.103.091,90 794.273,32 37,77 SIM 112 Pedro Laurentino 1.627.284,41 614.072,41 37,74 SIM 113 Santa Rosa do Piauí 1.860.666,21 699.260,14 37,58 SIM 114 Várzea Grande 1.585.474,94 592.286,54 37,36 SIM 115 Lagoa do Sítio 1.920.250,66 707.167,54 36,83 SIM 116 Água Branca 3.325.626,54 1.224.307,42 36,81 SIM 117 Floresta do Piauí 1.299.151,00 478.156,29 36,81 SIM 118 São Gonçalo do Gurguéia 1.435.041,19 528.127,55 36,80 SIM 119 Parnaguá 2.082.537,31 762.591,94 36,62 SIM 120 Socorro do Piauí 1.707.280,54 624.082,91 36,55 SIM 121 Joaquim Pires 5.001.253,26 1.826.511,74 36,52 SIM 122 Domingos Mourão 1.497.856,85 546.159,04 36,46 SIM 123 Santa Cruz do Piauí 2.057.432,47 749.498,02 36,43 SIM 124 Santa Luz 1.476.587,21 531.997,20 36,03 SIM 125 Cocal 4.660.451,17 1.677.254,85 35,99 SIM 126 Ipiranga do Piauí 2.091.699,14 752.637,68 35,98 SIM 127 Valença do Piauí 5.118.213,07 1.834.530,72 35,84 SIM 128 Paes Landim 1.495.278,09 535.890,23 35,84 SIM

117

APÊNDICE M - limite constitucional da EDUCAÇÃO – 2001 (continuação).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e

Transferências (A)

Despesas com Educação (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 25% do limite

Constitucional 129 Ribeira do Piauí 2.144.164,35 768.416,90 35,84 SIM 130 Bocaina 1.912.705,64 680.552,78 35,58 SIM 131 Paulistana 3.689.243,04 1.305.974,73 35,40 SIM 132 Itaueira 3.182.395,00 1.125.829,13 35,38 SIM 133 Manoel Emídio 3.182.395,00 1.125.829,13 35,38 SIM 134 Tanque do Piauí 1.486.945,73 525.195,11 35,32 SIM 135 Belém do Piauí 1.622.004,24 571.089,31 35,21 SIM 136 Lagoa do Piauí 1.720.465,48 602.446,78 35,02 SIM 137 Novo Santo Antônio 1.664.472,97 579.262,01 34,80 SIM 138 Lagoa Alegre 2.269.110,50 783.354,04 34,52 SIM 139 Piracuruca 5.282.657,70 1.814.217,05 34,34 SIM 140 São Félix do Piauí 1.584.559,24 542.453,39 34,23 SIM 141 Nazaré do Piauí 1.813.087,82 615.983,27 33,97 SIM 142 Santo Inácio do Piauí 1.130.785,28 377.369,11 33,37 SIM 143 Bertolínia 1.571.826,00 521.843,58 33,20 SIM 144 Caxingó 1.796.169,95 596.141,65 33,19 SIM 145 Jardim do Mulato 1.380.392,34 455.917,76 33,03 SIM 146 Dirceu Arcoverde 1.826.890,39 601.258,64 32,91 SIM 147 Nossa Senhora de Nazaré 1.539.458,42 504.824,78 32,79 SIM 148 Prata do Piauí 1.755.639,18 566.518,59 32,27 SIM 149 Paquetá 1.750.010,37 564.637,42 32,26 SIM 150 Flores do Piauí 1.393.913,00 446.546,00 32,04 SIM 151 Colônia do Gurguéia 2.034.971,00 648.129,00 31,85 SIM 152 Betânia do Piauí 1.776.764,45 558.469,92 31,43 SIM 153 Miguel Leão 1.186.227,75 369.488,93 31,15 SIM 154 Sussuapara 1.838.982,50 568.676,57 30,92 SIM 155 Várzea Branca 1.461.671,24 451.088,83 30,86 SIM 156 Caraúbas do Piauí 1.674.051,55 512.402,72 30,61 SIM 157 Francisco Macedo 1.513.637,59 451.912,23 29,86 SIM 158 Curimatá 1.693.210,84 503.933,44 29,76 SIM 159 Francisco Santos 1.951.775,42 578.303,57 29,63 SIM 160 Caracol 1.725.265,60 507.004,39 29,39 SIM 161 Olho D'Água do Piauí 1.261.735,00 369.597,24 29,29 SIM 162 Pio IX 3.519.575,70 1.030.773,05 29,29 SIM 163 Redenção do Gurguéia 1.999.815,31 584.495,58 29,23 SIM 164 Palmeirais 4.077.941,34 1.186.701,08 29,10 SIM 165 Canavieira 1.702.511,37 494.792,58 29,06 SIM 166 Alto Longá 3.342.771,35 937.014,60 28,03 SIM 167 Monsenhor Hipólito 2.077.200,25 578.386,30 27,84 SIM 168 Aroazes 1.692.816,40 469.538,76 27,74 SIM 169 Padre Marcos 2.579.417,07 695.708,22 26,97 SIM 170 Santo Antônio de Lisboa 1.681.380,55 449.677,14 26,74 SIM 171 São Luis do Piauí 1.459.421,21 381.477,98 26,14 SIM 172 Eliseu Martins 1.968.021,00 504.707,00 25,65 SIM 173 Curralinhos 1.129.440,92 286.380,58 25,36 SIM 174 Hugo Napoleão 1.690.836,88 425.279,96 25,15 SIM 175 Vila Nova do Piauí 1.695.875,83 425.454,85 25,09 SIM 176 São Miguel do Fidalgo 2.286.601,89 569.521,44 24,91 NÃO 177 Altos 7.545.019,62 1.828.038,21 24,23 NÃO 178 Arraial 1.646.360,81 393.916,16 23,93 NÃO 179 Santo Antônio dos Milagres 1.771.751,55 414.838,48 23,41 NÃO 180 São João da Varjota 1.767.046,61 403.573,56 22,84 NÃO 181 São José do Peixe 2.131.453,72 483.576,31 22,69 NÃO 182 Jaicós 5.939.484,71 1.327.046,33 22,34 NÃO 183 Campo Maior 10.151.106,85 2.226.223,65 21,93 NÃO 184 Santa Filomena 2.238.322,14 483.054,21 21,58 NÃO 185 Teresina 290.729.934,86 62.564.107,00 21,52 NÃO 186 Fronteiras 2.443.412,63 525.669,95 21,51 NÃO 187 Santa Cruz dos Milagres 1.508.521,48 324.040,88 21,48 NÃO 188 São Francisco de Assis do Piauí 2.080.771,41 432.543,85 20,79 NÃO 189 Nova Santa Rita 1.605.892,84 331.034,94 20,61 NÃO 190 Amarante 4.425.585,37 911.555,97 20,60 NÃO 191 Dom Inocêncio 1.627.300,42 328.503,95 20,19 NÃO 192 Miguel Alves 7.906.257,96 1.591.316,26 20,13 NÃO

118

APÊNDICE M - limite constitucional da EDUCAÇÃO – 2001 (conclusão).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e

Transferências (A)

Despesas com Educação (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 25% do limite

Constitucional 193 Novo Oriente do Piauí 1.850.613,51 347.895,86 18,80 NÃO 194 Alvorada do Gurguéia 1.945.119,71 354.106,10 18,20 NÃO 195 Cajueiro da Praia 1.827.943,88 316.244,15 17,30 NÃO 197 Francisco Ayres 1.526.950,60 192.831,90 12,63 NÃO 198 Milton Brandão 2.546.327,16 181.598,17 7,13 NÃO

Fonte: STN – FINBRA (2007)

APÊNDICE N – limite constitucional da SAÚDE -2001 (continua).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e Transferências (A)

Despesas com saúde (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 15% do limite Constitucional

1 São Julião 1.866.297,57 1.202.257,77 64,42 SIM 2 Teresina 290.729.934,86 136.055.195,05 46,80 SIM 3 São João da Serra 1.591.608,67 702.426,07 44,13 SIM 4 São José do Piauí 1.895.733,87 720.621,83 38,01 SIM 5 Bertolínia 1.571.826,00 585.020,40 37,22 SIM 6 Buriti dos Montes 2.072.084,91 770.020,02 37,16 SIM 7 São João do Piauí 6.377.087,00 2.249.129,59 35,27 SIM 8 Brasileira 2.021.038,33 709.078,89 35,08 SIM 9 Santana do Piauí 1.324.484,41 453.061,69 34,21 SIM 10 Lagoinha do Piauí 1.132.621,48 377.836,07 33,36 SIM 11 Wall Ferraz 1.091.192,82 358.118,23 32,82 SIM 12 Água Branca 3.325.626,54 1.086.858,30 32,68 SIM 13 Jardim do Mulato 1.380.392,34 450.033,07 32,60 SIM 14 Geminiano 1.427.259,92 462.492,33 32,40 SIM 15 Francisco Santos 1.951.775,42 628.710,72 32,21 SIM 16 Parnaguá 2.082.537,31 665.079,79 31,94 SIM 17 Jurema 2.176.585,00 694.525,00 31,91 SIM 18 Piracuruca 5.282.657,70 1.659.359,68 31,41 SIM 19 Luzilândia 5.390.597,96 1.691.852,77 31,39 SIM 20 São Gonçalo do Piauí 1.544.124,71 484.263,87 31,36 SIM 21 Floriano 1.267.531,00 393.585,00 31,05 SIM 22 Marcos Parente 1.267.531,00 393.585,00 31,05 SIM 23 Francisco Macedo 1.513.637,59 468.891,46 30,98 SIM 24 Parnaíba 24.150.277,48 7.458.315,34 30,88 SIM 25 Júlio Borges 1.478.242,04 454.998,86 30,78 SIM 26 Pau D`Arco do Piauí 1.469.498,77 451.774,30 30,74 SIM 27 Cristalândia do Piauí 1.845.245,11 562.365,03 30,48 SIM 28 Lagoa de São Francisco 1.692.515,38 510.408,58 30,16 SIM 29 Pedro II 6.640.388,75 1.948.076,43 29,34 SIM 30 Piripiri 10.480.911,77 3.041.100,99 29,02 SIM 31 Angical do Piauí 1.545.829,72 445.098,53 28,79 SIM 32 Pavussu 1.367.575,12 391.836,37 28,65 SIM 33 Buriti dos Lopes 4.436.128,79 1.241.217,70 27,98 SIM 34 Altos 7.545.019,62 2.103.285,18 27,88 SIM 35 São Pedro do Piauí 3.500.657,57 967.762,56 27,65 SIM 36 Bocaina 1.912.705,64 525.640,91 27,48 SIM 37 Dom Expedito Lopes 1.547.742,06 413.406,37 26,71 SIM 38 Itainópolis 3.272.029,95 864.390,36 26,42 SIM 39 União 8.206.186,64 2.099.321,77 25,58 SIM 40 Oeiras 7.179.571,95 1.827.885,88 25,46 SIM 41 Capitão Gervásio Oliveira 1.447.085,19 365.933,89 25,29 SIM 42 Landri Sales 2.014.812,29 503.551,84 24,99 SIM 43 São Gonçalo do Gurguéia 1.435.041,19 358.508,41 24,98 SIM 44 Rio Grande do Piauí 2.019.566,22 499.846,43 24,75 SIM 45 Simões 3.794.388,71 938.829,18 24,74 SIM 46 Campo Alegre do Fidalgo 1.732.331,80 428.607,89 24,74 SIM 47 São Félix do Piauí 1.584.559,24 390.948,78 24,67 SIM 48 Pimenteiras 2.872.455,03 702.960,80 24,47 SIM 49 Sebastião Leal 1.463.183,61 357.756,09 24,45 SIM 50 Regeneração 3.392.872,33 825.053,63 24,32 SIM 51 São Raimundo Nonato 6.505.800,00 1.578.017,00 24,26 SIM 52 Campinas do Piauí 1.700.140,74 412.360,90 24,25 SIM 53 Isaías Coelho 2.652.214,48 640.482,82 24,15 SIM

119

APÊNDICE N – limite constitucional da SAÚDE -2001 (continuação).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e Transferências (A)

Despesas com saúde (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 15% do limite Constitucional

54 Massapê do Piauí 1.771.268,12 427.302,38 24,12 SIM 55 Santa Luz 1.476.587,21 355.869,83 24,10 SIM 56 Matias Olímpio 2.522.414,47 599.441,45 23,76 SIM 57 Santo Antônio de Lisboa 1.681.380,55 398.229,73 23,68 SIM 58 Colônia do Gurguéia 2.034.971,00 481.351,00 23,65 SIM 59 Caldeirão Grande do Piauí 2.049.921,85 484.823,46 23,65 SIM 60 Flores do Piauí 1.393.913,00 328.772,00 23,59 SIM 61 São João da Canabrava 1.766.553,34 415.637,43 23,53 SIM 62 Pajeú do Piauí 1.517.685,08 355.982,80 23,46 SIM 63 Marcolândia 2.199.682,58 515.688,55 23,44 SIM 64 Monsenhor Gil 3.130.426,87 729.931,24 23,32 SIM 65 Murici dos Portelas 2.047.474,17 476.276,32 23,26 SIM 66 Palmeira do Piauí 1.672.724,22 388.443,66 23,22 SIM 67 Pio IX 3.519.575,70 814.880,62 23,15 SIM 68 Cabeceiras do Piauí 2.242.339,20 518.612,78 23,13 SIM 69 Boqueirão do Piauí 1.644.065,51 380.088,70 23,12 SIM 70 Milton Brandão 2.546.327,16 588.020,64 23,09 SIM 71 Joca Marques 1.920.921,81 443.256,55 23,08 SIM 72 Simplício Mendes 2.626.474,25 587.218,43 22,36 SIM 73 Campo Maior 10.151.106,85 2.269.376,84 22,36 SIM 74 Campo Grande do Piauí 1.869.843,53 411.769,20 22,02 SIM 75 Barra D'Alcântara 1.754.889,45 385.187,55 21,95 SIM 76 Castelo do Piauí 4.190.712,98 909.922,80 21,71 SIM 77 Barro Duro 1.929.182,97 417.465,41 21,64 SIM 78 Conceição do Canindé 1.961.949,62 423.492,36 21,59 SIM 79 Olho D'Água do Piauí 1.261.735,00 272.149,05 21,57 SIM 80 Nazaré do Piauí 1.813.087,82 388.165,65 21,41 SIM 81 Alagoinha do Piauí 2.130.325,15 455.417,26 21,38 SIM 82 Paquetá 1.750.010,37 373.020,20 21,32 SIM 83 Curral Novo do Piauí 1.372.860,72 287.819,74 20,96 SIM 84 Tanque do Piauí 1.486.945,73 309.284,54 20,80 SIM 85 Valença do Piauí 5.118.213,07 1.062.797,76 20,77 SIM 86 São João da Fronteira 1.934.844,80 401.754,86 20,76 SIM 87 Luís Correia 6.500.084,44 1.345.423,58 20,70 SIM 88 Santa Cruz do Piauí 2.057.432,47 423.021,89 20,56 SIM 89 Novo Santo Antônio 1.664.472,97 340.311,39 20,45 SIM 90 Elesbão Veloso 3.808.279,20 771.700,84 20,26 SIM 91 Eliseu Martins 1.968.021,00 398.104,00 20,23 SIM 92 São Lourenço do Piauí 1.597.468,05 321.175,18 20,11 SIM 93 Corrente 4.617.796,11 927.495,68 20,09 SIM 94 Caridade do Piauí 1.590.282,76 312.791,28 19,67 SIM 95 Santa Rosa do Piauí 1.860.666,21 365.953,91 19,67 SIM 96 Anísio de Abreu 2.119.753,00 415.822,42 19,62 SIM 97 Sebastião Barros 1.346.937,83 263.305,25 19,55 SIM 98 Cocal de Telha 2.157.820,00 420.653,40 19,49 SIM 99 Ipiranga do Piauí 2.091.699,14 407.475,75 19,48 SIM 100 Monsenhor Hipólito 2.077.200,25 402.737,30 19,39 SIM 101 Caxingó 1.796.169,95 347.409,39 19,34 SIM 102 Porto 3.080.894,05 594.266,36 19,29 SIM 103 Nossa Senhora dos Remédios 2.090.357,25 402.183,18 19,24 SIM 104 Uruçuí 3.802.750,00 728.836,32 19,17 SIM 105 São Miguel do Fidalgo 2.286.601,89 437.134,84 19,12 SIM 106 Sigefredo Pacheco 1.922.257,49 367.267,79 19,11 SIM 107 Gilbués 2.710.501,17 504.782,58 18,62 SIM 108 Domingos Mourão 1.497.856,85 278.790,08 18,61 SIM 109 Belém do Piauí 1.622.004,24 301.131,17 18,57 SIM 110 Bom Jesus 4.150.416,78 770.188,13 18,56 SIM 111 Bonfim do Piauí 1.980.199,94 367.226,26 18,54 SIM 112 Coronel José Dias 1.703.507,47 314.004,40 18,43 SIM 113 Ribeiro Gonçalves 2.015.549,91 366.692,35 18,19 SIM 114 Guaribas 1.761.238,00 320.388,00 18,19 SIM 115 Várzea Grande 1.585.474,94 287.180,10 18,11 SIM 116 Arraial 1.646.360,81 297.833,23 18,09 SIM 117 Inhuma 3.889.575,24 703.123,35 18,08 SIM

120

APÊNDICE N– limite constitucional da SAÚDE -2001 (continuação).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e Transferências (A)

Despesas com saúde (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 15% do limite Constitucional

118 Itaueira 3.182.395,00 572.474,31 17,99 SIM 119 Manoel Emídio 3.182.395,00 572.474,31 17,99 SIM 120 Paes Landim 1.495.278,09 267.005,71 17,86 SIM 121 Capitão de Campos 2.765.629,25 487.819,50 17,64 SIM 122 Vera Mendes 1.928.417,69 340.141,16 17,64 SIM 123 João Costa 1.435.565,16 251.961,02 17,55 SIM 124 Barras 10.544.308,05 1.846.546,54 17,51 SIM 125 São Francisco do Piauí 1.667.672,00 289.567,52 17,36 SIM 126 Pedro Laurentino 1.627.284,41 282.136,39 17,34 SIM 127 Fronteiras 2.443.412,63 423.401,57 17,33 SIM 128 Caraúbas do Piauí 1.674.051,55 289.636,63 17,30 SIM 129 Alto Longá 3.342.771,35 575.845,19 17,23 SIM 130 Vila Nova do Piauí 1.695.875,83 289.904,77 17,09 SIM 131 Esperantina 7.680.689,98 1.297.172,12 16,89 SIM 132 Redenção do Gurguéia 1.999.815,31 336.860,40 16,84 SIM 133 Tamboril do Piauí 1.723.790,86 290.038,81 16,83 SIM 134 São Miguel do Tapuio 5.285.905,64 880.604,54 16,66 SIM 135 São João da Varjota 1.767.046,61 293.550,99 16,61 SIM 136 Floresta do Piauí 1.299.151,00 214.474,52 16,51 SIM 137 São José do Peixe 2.131.453,72 351.559,73 16,49 SIM 138 Palmeirais 4.077.941,34 670.184,90 16,43 SIM 139 Francinópolis 2.074.584,52 338.776,26 16,33 SIM 140 Amarante 4.425.585,37 721.789,83 16,31 SIM 141 Campo Largo do Piauí 1.883.228,84 304.657,46 16,18 SIM 142 Socorro do Piauí 1.707.280,54 275.123,86 16,11 SIM 143 Antônio Almeida 1.576.856,14 252.250,58 16,00 SIM 144 Lagoa do Sítio 1.920.250,66 304.360,53 15,85 SIM 145 Boa Hora 2.060.794,14 324.925,60 15,77 SIM 146 Dirceu Arcoverde 1.826.890,39 287.457,89 15,73 SIM 147 Morro do Chapéu do Piauí 2.058.171,47 322.735,11 15,68 SIM 148 Nossa Senhora de Nazaré 1.539.458,42 235.104,49 15,27 SIM 149 Cocal 4.660.451,17 701.587,79 15,05 SIM 150 Cajazeiras do Piauí 1.724.318,88 257.793,21 14,95 NÃO 151 Jatobá do Piauí 2.096.261,23 312.921,06 14,93 NÃO 152 São Luis do Piauí 1.459.421,21 217.141,40 14,88 NÃO 153 Padre Marcos 2.579.417,07 376.251,80 14,59 NÃO 154 Curralinhos 1.129.440,92 159.739,76 14,14 NÃO 155 José de Freitas 6.091.864,64 840.152,36 13,79 NÃO 156 Sussuapara 1.838.982,50 252.199,78 13,71 NÃO 157 Lagoa Alegre 2.269.110,50 310.045,02 13,66 NÃO 158 Santo Inácio do Piauí 1.130.785,28 151.168,93 13,37 NÃO 159 Currais 2.365.478,19 311.168,40 13,15 NÃO 160 Jacobina do Piauí 2.430.513,73 316.406,64 13,02 NÃO 161 São João do Arraial 2.103.091,90 271.374,74 12,90 NÃO 162 Monte Alegre do Piauí 3.002.293,93 376.150,86 12,53 NÃO 163 Hugo Napoleão 1.690.836,88 210.623,78 12,46 NÃO 164 Queimada Nova 2.993.867,32 366.164,98 12,23 NÃO 165 Lagoa do Piauí 1.720.465,48 201.256,42 11,70 NÃO 166 Joaquim Pires 5.001.253,26 576.579,76 11,53 NÃO 167 Cajueiro da Praia 1.827.943,88 210.491,00 11,52 NÃO 168 Aroazes 1.692.816,40 193.173,44 11,41 NÃO 169 Jaicós 5.939.484,71 677.646,19 11,41 NÃO 170 Betânia do Piauí 1.776.764,45 202.019,02 11,37 NÃO 171 Barreiras do Piauí 1.433.708,53 161.314,77 11,25 NÃO 172 Canavieira 1.702.511,37 190.141,70 11,17 NÃO 173 Caracol 1.725.265,60 190.584,02 11,05 NÃO 174 Madeiro 2.499.648,17 274.806,61 10,99 NÃO 175 Miguel Leão 1.186.227,75 128.722,10 10,85 NÃO 176 Paulistana 3.689.243,04 393.825,12 10,67 NÃO 177 Bom Princípio do Piauí 1.473.327,49 150.509,79 10,22 NÃO 178 Avelino Lopes 2.779.236,00 280.424,00 10,09 NÃO 179 Dom Inocêncio 1.627.300,42 159.192,00 9,78 NÃO 180 Alvorada do Gurguéia 1.945.119,71 183.658,59 9,44 NÃO

121

APÊNDICE N – limite constitucional da SAÚDE -2001 (conclusão).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e Transferências (A)

Despesas com saúde (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 15% do limite Constitucional

181 Santa Filomena 2.238.322,14 199.104,59 8,90 NÃO 182 Ribeira do Piauí 2.144.164,35 186.570,73 8,70 NÃO 183 Miguel Alves 7.906.257,96 647.301,92 8,19 NÃO 184 São Francisco de Assis do Piauí 2.080.771,41 166.145,84 7,98 NÃO 185 Santa Cruz dos Milagres 1.508.521,48 118.601,90 7,86 NÃO 186 São Miguel da Baixa Grande 1.400.645,92 105.587,75 7,54 NÃO 187 Santo Antônio dos Milagres 1.771.751,55 131.196,27 7,40 NÃO 188 Nova Santa Rita 1.605.892,84 110.901,25 6,91 NÃO 189 Francisco Ayres 1.526.950,60 99.062,54 6,49 NÃO 190 Lagoa do Barro do Piauí 1.778.562,23 104.771,56 5,89 NÃO 191 Prata do Piauí 1.755.639,18 93.465,41 5,32 NÃO 192 Demerval Lobão 2.198.866,84 111.345,81 5,06 NÃO 193 Várzea Branca 1.461.671,24 59.463,28 4,07 NÃO 194 São José do Divino 1.573.130,44 61.977,16 3,94 NÃO 195 Juazeiro do Piauí 1.312.686,51 50.475,89 3,85 NÃO 196 Curimatá 1.693.210,84 39.046,93 2,31 NÃO 197 Novo Oriente do Piauí 1.850.613,51 23.122,09 1,25 NÃO 198 Beneditinos 1.781.573,60 3.158,47 0,18 NÃO

Fonte: STN – FINBRA (2007)

APÊNDICE O - limite constitucional da EDUCAÇÃO – 2002 (continua).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e

Transferências (A)

Despesas com Educação (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 25% do limite

Constitucional 1 Boqueirão do Piauí 1.786.796,18 1.424.704,01 79,74 SIM 2 Barras 7.933.943,44 6.303.554,60 79,45 SIM 3 Capitão de Campos 2.687.368,29 2.097.403,13 78,05 SIM 4 Batalha 5.131.231,13 3.626.740,00 70,68 SIM 5 Esperantina 7.270.160,82 5.045.869,26 69,41 SIM 6 �ass Marques 2.037.195,93 1.402.926,35 68,87 SIM 7 Caracol 2.205.742,82 1.505.750,04 68,26 SIM 8 Morro do Chapéu do Piauí 1.872.454,80 1.271.934,64 67,93 SIM 9 Jatobá do Piauí 2.091.985,22 1.411.734,39 67,48 SIM 10 Murici dos Portelas 1.840.775,33 1.241.926,39 67,47 SIM 11 Cabeceiras do Piauí 2.365.140,72 1.581.668,29 66,87 SIM 12 Pedro II 7.321.029,98 4.816.581,13 65,79 SIM 13 Cocal 4.748.712,55 3.097.951,12 65,24 SIM 14 Miguel Alves 6.658.325,63 4.334.569,58 65,10 SIM 15 São Miguel do Tapuio 4.946.623,04 3.200.096,08 64,69 SIM 16 Juazeiro do Piauí 1.866.654,68 1.187.305,83 63,61 SIM 17 São Pedro do Piauí 3.189.088,88 2.012.695,42 63,11 SIM 18 Vera Mendes 1.904.556,12 1.197.379,32 62,87 SIM 19 Campo Alegre do Fidalgo 2.034.498,30 1.243.558,13 61,12 SIM 20 Parnaíba 25.488.320,15 15.525.634,88 60,91 SIM 21 Boa Hora 2.238.970,19 1.354.866,13 60,51 SIM 22 Avelino Lopes 2.578.067,00 1.556.310,00 60,37 SIM 23 Simões 4.089.862,69 2.460.771,57 60,17 SIM 24 Buriti dos Lopes 4.449.041,76 2.668.274,76 59,97 SIM 25 Buriti dos Montes 2.414.657,57 1.440.494,06 59,66 SIM 26 União 8.036.179,53 4.760.987,20 59,24 SIM 27 Palmeirais 3.259.301,69 1.907.226,59 58,52 SIM 28 �assapé do Piauí 2.001.554,76 1.170.494,30 58,48 SIM 29 Monsenhor Hipólito 2.119.257,54 1.234.348,72 58,24 SIM 30 Valença do Piauí 4.125.900,79 2.386.988,11 57,85 SIM 31 José de Freitas 6.530.630,88 3.772.391,57 57,76 SIM 32 Luzilândia 6.425.351,28 3.701.905,80 57,61 SIM 33 Pimenteiras 3.250.881,15 1.854.904,96 57,06 SIM 34 Porto 3.167.482,53 1.793.744,94 56,63 SIM 35 Campinas do Piauí 1.939.161,17 1.093.318,41 56,38 SIM 36 Castelo do Piauí 6.034.224,62 3.394.803,09 56,26 SIM 37 Gilbués 3.081.553,57 1.725.980,51 56,01 SIM 38 Guaribas 2.154.791,00 1.206.603,00 56,00 SIM 39 Marcolândia 2.337.519,61 1.305.151,60 55,83 SIM 40 Campo Largo do Piauí 2.076.606,00 1.158.814,90 55,80 SIM

122

APÊNDICE O - limite constitucional da EDUCAÇÃO – 2002 (continuação).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e

Transferências (A)

Despesas com Educação (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 25% do limite

Constitucional 41 Betânia do Piauí 2.272.328,99 1.262.832,28 55,57 SIM 42 Itainópolis 3.520.404,02 1.935.851,57 54,99 SIM 43 Isaías Coelho 3.033.819,49 1.661.823,41 54,78 SIM 44 Bonfim do Piauí 2.124.136,08 1.154.339,21 54,34 SIM 45 Fartura do Piauí 1.958.273,22 1.060.692,17 54,16 SIM 46 Cocal de Telha 2.180.478,77 1.170.679,78 53,69 SIM 47 Anísio de Abreu 2.448.339,06 1.310.257,42 53,52 SIM 48 Barra D'Alcântara 1.897.295,11 1.010.560,64 53,26 SIM 49 Caridade do Piauí 1.893.535,24 1.003.457,77 52,99 SIM 50 Piripiri 11.645.047,64 6.151.063,24 52,82 SIM 51 Água Branca 4.297.426,67 2.266.710,06 52,75 SIM 52 Parnaguá 2.918.055,56 1.530.415,89 52,45 SIM 53 São João do Arraial 1.952.094,35 1.015.642,58 52,03 SIM 54 Elesbão Veloso 4.125.681,71 2.133.351,84 51,71 SIM 55 São João do Piauí 5.585.544,12 2.878.572,97 51,54 SIM 56 Simplício Mendes 2.911.410,40 1.497.178,41 51,42 SIM 57 Ilha Grande 2.187.939,35 1.122.829,39 51,32 SIM 58 Ribeiro Gonçalves 2.515.321,92 1.288.989,50 51,25 SIM 59 São Braz do Piauí 1.915.519,17 981.526,40 51,24 SIM 60 Alagoinha do Piauí 2.433.688,18 1.242.710,12 51,06 SIM 61 Oeiras 7.699.104,44 3.880.980,28 50,41 SIM 62 Joaquim Pires 3.664.355,49 1.845.536,07 50,36 SIM 63 São Gonçalo do Piauí 1.869.256,32 938.606,23 50,21 SIM 64 Lagoa do Barro do Piauí 2.026.857,71 1.013.060,13 49,98 SIM 65 Capitão Gervásio Oliveira 2.017.351,20 996.462,65 49,39 SIM 66 Coronel José Dias 2.049.711,06 1.010.215,41 49,29 SIM 67 Geminiano 2.051.104,42 1.009.410,67 49,21 SIM 68 Bom Princípio do Piauí 2.059.607,16 1.011.735,26 49,12 SIM 69 Nossa Senhora de Nazaré 1.872.200,83 919.208,64 49,10 SIM 70 Cocal dos Alves 2.233.663,06 1.083.257,83 48,50 SIM 71 Patos do Piauí 2.027.050,80 981.534,63 48,42 SIM 72 Landri Sales 2.203.888,33 1.066.999,58 48,41 SIM 73 Alvorada do Gurguéia 2.083.108,66 1.005.857,91 48,29 SIM 74 Dirceu Arcoverde 2.414.774,18 1.162.209,30 48,13 SIM 75 Lagoa do Piauí 2.003.370,89 953.448,59 47,59 SIM 76 Caldeirão Grande do Piauí 2.090.276,27 987.907,54 47,26 SIM 77 Luís Correia 7.078.467,15 3.325.052,23 46,97 SIM 78 Bocaina 2.129.315,58 984.201,88 46,22 SIM 79 Itaueira 3.258.610,00 1.502.651,00 46,11 SIM 80 Várzea Branca 2.095.705,63 964.859,50 46,04 SIM 81 Socorro do Piauí 2.024.624,07 930.585,92 45,96 SIM 82 Lagoa do Sítio 1.900.017,46 871.348,16 45,86 SIM 83 São Francisco do Piauí 2.228.769,51 1.016.976,25 45,63 SIM 84 Pavussu 1.731.651,85 788.654,92 45,54 SIM 85 Ipiranga do Piauí 2.402.718,22 1.093.730,30 45,52 SIM 86 Monsenhor Gil 3.251.374,62 1.479.263,42 45,50 SIM 87 Nossa Senhora dos Remédios 2.532.265,48 1.151.938,61 45,49 SIM 88 Alto Longá 3.635.823,54 1.649.454,42 45,37 SIM 89 São Lourenço do Piauí 2.043.252,03 925.607,03 45,30 SIM 90 São Raimundo Nonato 7.921.618,74 3.583.570,90 45,24 SIM 91 Campo Grande do Piauí 2.135.082,46 965.801,93 45,23 SIM 92 Alegrete do Piauí 2.146.144,58 968.312,34 45,12 SIM 93 Bela Vista do Piauí 1.908.482,60 855.847,73 44,84 SIM 94 Dom Expedito Lopes 2.051.645,60 917.588,25 44,72 SIM 95 Santo Inácio do Piauí 1.750.313,49 780.318,07 44,58 SIM 96 São José do Piauí 2.009.028,28 895.605,64 44,58 SIM 97 Olho D'Água do Piauí 1.813.534,81 807.937,78 44,55 SIM 98 Wall Ferraz 1.914.673,31 845.783,31 44,17 SIM 99 Amarante 4.389.809,26 1.930.102,33 43,97 SIM 100 Milton Brandão 2.683.256,30 1.172.577,97 43,70 SIM 101 Paquetá 2.059.004,90 898.298,95 43,63 SIM 102 Piracuruca 6.168.430,64 2.661.799,47 43,15 SIM 103 Bom Jesus 4.505.956,02 1.943.111,89 43,12 SIM 104 Padre Marcos 2.860.215,80 1.218.683,24 42,61 SIM

123

APÊNDICE O - limite constitucional da EDUCAÇÃO – 2002 (conclusão).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e

Transferências (A)

Despesas com Educação (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 25% do limite

Constitucional 105 Caraúbas do Piauí 2.012.393,00 850.761,00 42,28 SIM 106 Caxingó 2.369.519,53 1.000.086,52 42,21 SIM 107 Floresta do Piauí 1.754.522,59 734.419,33 41,86 SIM 108 Cajazeiras do Piauí 1.867.578,38 777.690,04 41,64 SIM 109 Várzea Grande 1.964.299,74 814.515,74 41,47 SIM 110 Palmeira do Piauí 2.260.154,77 934.173,32 41,33 SIM 111 Rio Grande do Piauí 2.716.260,54 1.113.787,95 41,00 SIM 112 Manoel Emídio 2.001.512,00 812.599,00 40,60 SIM 113 Nazaré do Piauí 2.262.946,77 913.814,55 40,38 SIM 114 Barro Duro 2.323.874,08 938.362,40 40,38 SIM 115 Santa Rosa do Piauí 2.024.120,72 814.711,15 40,25 SIM 116 Sussuapara 1.975.650,94 792.061,73 40,09 SIM 117 Santana do Piauí 1.965.302,16 787.245,08 40,06 SIM 118 Jaicós 5.928.537,73 2.365.777,06 39,90 SIM 119 Colônia do Gurguéia 2.460.840,00 976.124,00 39,67 SIM 120 Angical do Piauí 2.417.972,63 955.556,89 39,52 SIM 121 Regeneração 4.555.516,34 1.782.260,71 39,12 SIM 122 São Miguel da Baixa Grande 1.725.581,69 673.754,94 39,05 SIM 123 São Gonçalo do Gurguéia 1.920.374,31 746.545,91 38,88 SIM 124 Francisco Santos 2.473.098,12 956.664,18 38,68 SIM 125 Ribeira do Piauí 1.958.433,43 749.864,51 38,29 SIM 126 Santa Cruz do Piauí 2.401.858,89 915.942,61 38,13 SIM 127 Vila Nova do Piauí 1.872.263,48 710.786,07 37,96 SIM 128 Canavieira 2.169.316,32 822.871,69 37,93 SIM 129 Brasileira 2.273.773,51 862.068,18 37,91 SIM 130 João Costa 2.003.678,74 754.227,67 37,64 SIM 131 São Luis do Piauí 1.870.568,10 701.338,99 37,49 SIM 132 Uruçuí 5.783.257,47 2.134.519,27 36,91 SIM 133 Francisco Ayres 2.128.969,61 784.844,22 36,86 SIM 134 São João da Canabrava 2.473.826,58 906.906,08 36,66 SIM 135 São João da Varjota 2.017.248,11 735.143,22 36,44 SIM 136 Tanque do Piauí 1.779.362,69 648.265,03 36,43 SIM 137 Altos 8.569.665,69 3.107.999,22 36,27 SIM 138 São Julião 2.463.376,47 892.788,13 36,24 SIM 139 Júlio Borges 2.036.234,90 730.433,64 35,87 SIM 140 Antônio Almeida 1.905.671,79 680.409,26 35,70 SIM 141 Teresina 217.169.955,00 77.397.132,00 35,64 SIM 142 São José do Peixe 2.037.158,76 716.416,28 35,17 SIM 143 Jardim do Mulato 1.982.800,63 689.560,53 34,78 SIM 144 Campo Maior 11.380.920,06 3.938.559,17 34,61 SIM 145 Santa Filomena 2.296.188,35 786.504,27 34,25 SIM 146 Santa Luz 2.005.710,55 681.939,23 34,00 SIM 147 Sebastião Leal 2.412.596,63 804.209,48 33,33 SIM 148 Curral Novo do Piauí 1.895.020,99 619.132,93 32,67 SIM 149 Arraial 2.107.834,07 684.361,64 32,47 SIM 150 Santo Antônio de Lisboa 2.056.523,31 656.038,45 31,90 SIM 151 Francisco Macedo 1.777.765,48 564.509,87 31,75 SIM 152 Marcos Parente 2.042.948,74 635.628,08 31,11 SIM 153 Flores do Piauí 2.133.304,46 633.983,89 29,72 SIM 154 Hugo Napoleão 1.933.139,57 567.881,38 29,38 SIM 155 Lagoinha do Piauí 1.855.997,19 544.430,03 29,33 SIM 156 Jerumenha 2.548.488,94 730.298,06 28,66 SIM 157 Bertolínia 2.587.547,59 716.661,78 27,70 SIM 158 Eliseu Martins 2.602.694,00 673.392,00 25,87 SIM 159 Miguel Leão 1.884.960,02 479.679,74 25,45 SIM

Fonte: STN – FINBRA (2007)

124

APÊNDICE P – limite constitucional da SAÚDE -2002 (continua).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e Transferências (A)

Despesas com saúde (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 15% do limite

Constitucional 1 Teresina 217.169.955,00 156.479.252,00 72,05 SIM 2 São Julião 2.463.376,47 1.574.267,02 63,91 SIM 3 Várzea Branca 2.095.705,63 1.309.932,87 62,51 SIM 4 Cabeceiras do Piauí 2.365.140,72 1.435.729,26 60,70 SIM 5 Murici dos Portelas 1.840.775,33 973.486,42 52,88 SIM 6 Cocal 4.748.712,55 2.504.041,83 52,73 SIM 7 Pimenteiras 3.250.881,15 1.671.449,68 51,42 SIM 8 Santana do Piauí 1.965.302,16 939.910,92 47,83 SIM 9 Wall Ferraz 1.914.673,31 913.366,80 47,70 SIM 10 Betânia do Piauí 2.272.328,99 1.031.301,85 45,39 SIM 11 Alegrete do Piauí 2.146.144,58 960.196,11 44,74 SIM 12 Piracuruca 6.168.430,64 2.713.442,86 43,99 SIM 13 Gilbués 3.081.553,57 1.354.503,18 43,96 SIM 14 Parnaíba 25.488.320,15 11.179.392,78 43,86 SIM 15 Barra D'Alcântara 1.897.295,11 831.252,90 43,81 SIM 16 Vera Mendes 1.904.556,12 831.539,65 43,66 SIM 17 Floresta do Piauí 1.754.522,59 759.439,28 43,28 SIM 18 Milton Brandão 2.683.256,30 1.160.998,44 43,27 SIM 19 Morro do Chapéu do Piauí 1.872.454,80 808.424,16 43,17 SIM 20 Buriti dos Lopes 4.449.041,76 1.918.335,29 43,12 SIM 21 São João do Arraial 1.952.094,35 836.975,08 42,88 SIM 22 São João da Varjota 2.017.248,11 849.661,77 42,12 SIM 23 Valença do Piauí 4.125.900,79 1.727.317,77 41,87 SIM 24 Brasileira 2.273.773,51 946.021,45 41,61 SIM 25 Barras 7.933.943,44 3.273.074,76 41,25 SIM 26 Bertolínia 2.587.547,59 1.063.244,96 41,09 SIM 27 União 8.036.179,53 3.260.224,18 40,57 SIM 28 Oeiras 7.699.104,44 3.109.408,49 40,39 SIM 29 Simplício Mendes 2.911.410,40 1.167.563,92 40,10 SIM 30 Alto Longá 3.635.823,54 1.456.231,68 40,05 SIM 31 Alvorada do Gurguéia 2.083.108,66 832.348,32 39,96 SIM 32 Santo Inácio do Piauí 1.750.313,49 697.887,17 39,87 SIM 33 Batalha 5.131.231,13 2.038.760,20 39,73 SIM 34 Patos do Piauí 2.027.050,80 787.866,05 38,87 SIM 35 Luzilândia 6.425.351,28 2.455.990,81 38,22 SIM 36 Antônio Almeida 1.905.671,79 720.247,22 37,79 SIM 37 Itainópolis 3.520.404,02 1.322.621,89 37,57 SIM 38 Campo Grande do Piauí 2.135.082,46 801.809,85 37,55 SIM 39 Bonfim do Piauí 2.124.136,08 795.268,65 37,44 SIM 40 Isaías Coelho 3.033.819,49 1.124.632,80 37,07 SIM 41 São Miguel do Tapuio 4.946.623,04 1.827.604,94 36,95 SIM 42 Várzea Grande 1.964.299,74 724.838,21 36,90 SIM 43 Capitão de Campos 2.687.368,29 989.328,52 36,81 SIM 44 Itaueira 3.258.610,00 1.188.354,00 36,47 SIM 45 Palmeirais 3.259.301,69 1.173.500,23 36,00 SIM 46 Joca Marques 2.037.195,93 726.960,43 35,68 SIM 47 Arraial 2.107.834,07 750.575,98 35,61 SIM 48 Parnaguá 2.918.055,56 1.037.137,25 35,54 SIM 49 Joaquim Pires 3.664.355,49 1.297.469,90 35,41 SIM 50 Nossa Senhora dos Remédios 2.532.265,48 896.543,09 35,40 SIM 51 Boqueirão do Piauí 1.786.796,18 628.386,39 35,17 SIM 52 Esperantina 7.270.160,82 2.532.425,04 34,83 SIM 53 Santa Luz 2.005.710,55 698.498,49 34,83 SIM 54 Regeneração 4.555.516,34 1.579.023,37 34,66 SIM 55 Bom Princípio do Piauí 2.059.607,16 709.625,47 34,45 SIM 56 Francisco Santos 2.473.098,12 845.605,32 34,19 SIM 57 Padre Marcos 2.860.215,80 973.838,19 34,05 SIM 58 Elesbão Veloso 4.125.681,71 1.398.942,56 33,91 SIM 59 Socorro do Piauí 2.024.624,07 686.034,01 33,88 SIM 60 Bom Jesus 4.505.956,02 1.522.471,81 33,79 SIM 61 Landri Sales 2.203.888,33 744.455,03 33,78 SIM 62 Júlio Borges 2.036.234,90 682.113,69 33,50 SIM 63 Bocaina 2.129.315,58 705.712,71 33,14 SIM 64 Alagoinha do Piauí 2.433.688,18 802.913,74 32,99 SIM

125

APÊNDICE P – limite constitucional da SAÚDE -2002 (continuação).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e Transferências (A)

Despesas com saúde (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 15% do limite

Constitucional 65 Colônia do Gurguéia 2.460.840,00 809.279,00 32,89 SIM 66 Dirceu Arcoverde 2.414.774,18 794.025,09 32,88 SIM 67 Palmeira do Piauí 2.260.154,77 741.543,85 32,81 SIM 68 Jardim do Mulato 1.982.800,63 645.115,31 32,54 SIM 69 Vila Nova do Piauí 1.872.263,48 606.413,85 32,39 SIM 70 Campinas do Piauí 1.939.161,17 627.074,94 32,34 SIM 71 Monsenhor Hipólito 2.119.257,54 676.438,96 31,92 SIM 72 Capitão Gervásio Oliveira 2.017.351,20 642.327,82 31,84 SIM 73 Amarante 4.389.809,26 1.385.377,38 31,56 SIM 74 Lagoa do Piauí 2.003.370,89 628.636,52 31,38 SIM 75 São João da Canabrava 2.473.826,58 775.403,86 31,34 SIM 76 Castelo do Piauí 6.034.224,62 1.891.199,33 31,34 SIM 77 Manoel Emídio 2.001.512,00 625.454,00 31,25 SIM 78 Lagoa do Barro do Piauí 2.026.857,71 632.184,45 31,19 SIM 79 São Braz do Piauí 1.915.519,17 597.441,42 31,19 SIM 80 Massapê do Piauí 2.001.554,76 622.501,53 31,10 SIM 81 Caracol 2.205.742,82 684.519,68 31,03 SIM 82 São Pedro do Piauí 3.189.088,88 986.194,16 30,92 SIM 83 Luís Correia 7.078.467,15 2.179.289,42 30,79 SIM 84 Olho D'Água do Piauí 1.813.534,81 556.676,27 30,70 SIM 85 Santo Antônio de Lisboa 2.056.523,31 629.145,23 30,59 SIM 86 Francisco Macedo 1.777.765,48 543.464,24 30,57 SIM 87 Rio Grande do Piauí 2.716.260,54 827.073,43 30,45 SIM 88 Piripiri 11.645.047,64 3.521.286,28 30,24 SIM 89 Pedro II 7.321.029,98 2.211.164,90 30,20 SIM 90 São Luis do Piauí 1.870.568,10 559.193,78 29,89 SIM 91 Bela Vista do Piauí 1.908.482,60 561.667,83 29,43 SIM 92 Lagoa do Sítio 1.900.017,46 554.393,21 29,18 SIM 93 Boa Hora 2.238.970,19 643.880,88 28,76 SIM 94 Juazeiro do Piauí 1.866.654,68 534.572,02 28,64 SIM 95 Angical do Piauí 2.417.972,63 690.802,47 28,57 SIM 96 Caldeirão Grande do Piauí 2.090.276,27 594.041,41 28,42 SIM 97 Paquetá 2.059.004,90 582.418,28 28,29 SIM 98 São João do Piauí 5.585.544,12 1.577.578,24 28,24 SIM 99 Altos 8.569.665,69 2.419.860,56 28,24 SIM 100 José de Freitas 6.530.630,88 1.821.437,16 27,89 SIM 101 Marcolândia 2.337.519,61 642.769,51 27,50 SIM 102 Ipiranga do Piauí 2.402.718,22 659.517,78 27,45 SIM 103 Geminiano 2.051.104,42 561.795,44 27,39 SIM 104 São Francisco do Piauí 2.228.769,51 609.199,04 27,33 SIM 105 Jaicós 5.928.537,73 1.603.805,94 27,05 SIM 106 Caxingó 2.369.519,53 640.580,10 27,03 SIM 107 Dom Expedito Lopes 2.051.645,60 553.022,28 26,96 SIM 108 Nazaré do Piauí 2.262.946,77 603.304,81 26,66 SIM 109 Campo Maior 11.380.920,06 3.008.729,58 26,44 SIM 110 Hugo Napoleão 1.933.139,57 508.819,78 26,32 SIM 111 Buriti dos Montes 2.414.657,57 634.255,06 26,27 SIM 112 Porto 3.167.482,53 828.664,09 26,16 SIM 113 Barro Duro 2.323.874,08 605.567,41 26,06 SIM 114 Pavussu 1.731.651,85 448.951,66 25,93 SIM 115 Miguel Alves 6.658.325,63 1.719.117,65 25,82 SIM 116 Ilha Grande 2.187.939,35 558.210,18 25,51 SIM 117 Monsenhor Gil 3.251.374,62 829.482,77 25,51 SIM 118 Caridade do Piauí 1.893.535,24 480.805,21 25,39 SIM 119 Santa Cruz do Piauí 2.401.858,89 607.472,02 25,29 SIM 120 São José do Piauí 2.009.028,28 499.597,18 24,87 SIM 121 Cocal dos Alves 2.233.663,06 551.601,02 24,69 SIM 122 Nossa Senhora de Nazaré 1.872.200,83 461.463,51 24,65 SIM 123 Sussuapara 1.975.650,94 486.749,86 24,64 SIM 124 Tanque do Piauí 1.779.362,69 436.051,20 24,51 SIM 125 Eliseu Martins 2.602.694,00 623.750,00 23,97 SIM 126 Cocal de Telha 2.180.478,77 521.720,78 23,93 SIM 127 São Raimundo Nonato 7.921.618,74 1.875.964,14 23,68 SIM

126

APÊNDICE P – limite constitucional da SAÚDE -2002 (conclusão).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e Transferências (A)

Despesas com saúde (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 15% do limite

Constitucional 128 Curral Novo do Piauí 1.895.020,99 444.831,64 23,47 SIM 129 São José do Peixe 2.037.158,76 477.118,73 23,42 SIM 130 Marcos Parente 2.042.948,74 474.684,74 23,24 SIM 131 Ribeira do Piauí 1.958.433,43 452.187,05 23,09 SIM 132 Flores do Piauí 2.133.304,46 474.282,37 22,23 SIM 133 Ribeiro Gonçalves 2.515.321,92 554.979,72 22,06 SIM 134 João Costa 2.003.678,74 440.531,88 21,99 SIM 135 Jatobá do Piauí 2.091.985,22 446.046,65 21,32 SIM 136 Santa Rosa do Piauí 2.024.120,72 426.661,91 21,08 SIM 137 Campo Largo do Piauí 2.076.606,00 424.416,75 20,44 SIM 138 Santa Filomena 2.296.188,35 462.563,89 20,14 SIM 139 Simões 4.089.862,69 822.741,85 20,12 SIM 140 São Lourenço do Piauí 2.043.252,03 408.873,32 20,01 SIM 141 Coronel José Dias 2.049.711,06 409.193,74 19,96 SIM 142 São Gonçalo do Gurguéia 1.920.374,31 381.459,21 19,86 SIM 143 Guaribas 2.154.791,00 427.766,00 19,85 SIM 144 São Gonçalo do Piauí 1.869.256,32 368.715,24 19,73 SIM 145 Anísio de Abreu 2.448.339,06 478.853,81 19,56 SIM 146 Sebastião Leal 2.412.596,63 444.839,95 18,44 SIM 147 Francisco Ayres 2.128.969,61 391.207,12 18,38 SIM 148 Caraúbas do Piauí 2.012.393,00 363.386,00 18,06 SIM 149 Cajazeiras do Piauí 1.867.578,38 337.223,20 18,06 SIM 150 Uruçuí 5.783.257,47 1.009.569,90 17,46 SIM 151 Campo Alegre do Fidalgo 2.034.498,30 354.991,84 17,45 SIM 152 Água Branca 4.297.426,67 731.840,03 17,03 SIM 153 Lagoinha do Piauí 1.855.997,19 314.520,09 16,95 SIM 154 Jerumenha 2.548.488,94 403.938,82 15,85 SIM 155 Canavieira 2.169.316,32 332.552,02 15,33 SIM 156 Avelino Lopes 2.578.067,00 389.517,00 15,11 SIM 157 São Miguel da Baixa Grande 1.725.581,69 253.285,32 14,68 SIM 158 Miguel Leão 1.884.960,02 266.064,05 14,12 SIM 159 Fartura do Piauí 1.958.273,22 157.825,66 8,06 NÃO

Fonte: STN – FINBRA (2007)

APÊNDICE Q - limite constitucional da EDUCAÇÃO – 2003 (continua).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e Transferências (A)

Despesas com Educação (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 25% do limite

Constitucional 1 Batalha 5.068.169,32 4.727.832,58 93,28 SIM 2 Barras 8.175.507,65 6.567.332,26 80,33 SIM 3 Esperantina 7.643.452,51 5.848.328,17 76,51 SIM 4 Corrente 5.221.867,42 3.927.165,75 75,21 SIM 5 Madeiro 2.232.634,43 1.628.756,03 72,95 SIM 6 Milton Brandão 2.081.162,81 1.484.402,22 71,33 SIM 7 Currais 2.193.836,77 1.563.428,90 71,26 SIM 8 Miguel Alves 6.576.233,00 4.654.443,00 70,78 SIM 9 Palmeirais 2.886.869,56 2.039.181,06 70,64 SIM 10 Campo Largo do Piauí 1.933.521,84 1.312.009,01 67,86 SIM 11 Isaías Coelho 2.695.308,18 1.823.138,74 67,64 SIM 12 São Miguel do Tapuio 5.179.797,14 3.500.653,78 67,58 SIM 13 Pedro II 7.542.975,85 5.097.321,73 67,58 SIM 14 Riacho Frio 1.816.065,95 1.206.831,15 66,45 SIM 15 Cabeceiras do Piauí 2.542.317,95 1.668.118,86 65,61 SIM 16 São Francisco de Assis do Piauí 1.983.933,08 1.300.007,78 65,53 SIM 17 Luzilândia 6.304.721,20 4.125.889,23 65,44 SIM 18 Monte Alegre do Piauí 3.249.304,98 2.123.769,73 65,36 SIM 19 Cristalândia do Piauí 1.980.481,87 1.288.464,89 65,06 SIM 20 Paulistana 5.229.772,61 3.343.206,42 63,93 SIM 21 Baixa Grande do Ribeiro 2.742.386,71 1.751.709,42 63,88 SIM 22 José de Freitas 6.892.985,40 4.327.815,62 62,79 SIM 23 Buriti dos Montes 2.555.748,29 1.593.656,54 62,36 SIM 24 São João da Fronteira 2.101.561,21 1.309.971,03 62,33 SIM 25 Boa Hora 2.299.196,29 1.420.925,50 61,80 SIM 26 Morro do Chapéu do Piauí 2.248.117,16 1.386.967,85 61,69 SIM 27 Inhuma 3.799.980,00 2.341.846,59 61,63 SIM

127

APÊNDICE Q - limite constitucional da EDUCAÇÃO – 2003 (continuação).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e Transferências (A)

Despesas com Educação (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 25% do limite

Constitucional 28 Santo Antônio dos Milagres 1.873.170,05 1.146.595,00 61,21 SIM 29 Porto 3.543.404,90 2.130.919,27 60,14 SIM 30 Sebastião Barros 1.362.888,90 818.566,99 60,06 SIM 31 Lagoa Alegre 2.306.796,65 1.377.967,71 59,74 SIM 32 Boqueirão do Piauí 2.055.354,58 1.211.301,16 58,93 SIM 33 Capitão de Campos 2.642.107,72 1.549.486,32 58,65 SIM 34 Caracol 2.447.196,61 1.431.901,29 58,51 SIM 35 Murici dos Portelas 2.171.460,22 1.268.920,20 58,44 SIM 36 Simões 4.319.408,25 2.522.940,27 58,41 SIM 37 Valença do Piauí 4.412.209,34 2.570.033,70 58,25 SIM 38 Parnaguá 3.324.236,28 1.933.930,62 58,18 SIM 39 São Pedro do Piauí 3.483.211,07 2.016.895,04 57,90 SIM 40 Jatobá do Piauí 2.207.983,49 1.276.194,05 57,80 SIM 41 Ilha Grande 2.294.025,72 1.325.368,42 57,77 SIM 42 Campinas do Piauí 2.368.100,78 1.362.242,63 57,52 SIM 43 São João do Arraial 2.089.625,65 1.193.714,59 57,13 SIM 44 Betânia do Piauí 2.415.530,18 1.377.193,54 57,01 SIM 45 Altos 8.337.638,86 4.733.551,20 56,77 SIM 46 Castelo do Piauí 5.944.626,51 3.368.103,21 56,66 SIM 47 União 8.992.196,91 5.074.697,54 56,43 SIM 48 Marcolândia 2.486.168,89 1.398.362,87 56,25 SIM 49 Campo Alegre do Fidalgo 2.181.878,90 1.216.527,71 55,76 SIM 50 Pio IX 4.339.272,44 2.412.892,75 55,61 SIM 51 Vera Mendes 2.064.092,01 1.144.078,16 55,43 SIM 52 Joca Marques 2.145.489,08 1.182.490,15 55,12 SIM 53 Parnaíba 29.375.874,26 16.131.498,09 54,91 SIM 54 Aroazes 2.482.326,69 1.357.811,43 54,70 SIM 55 Ribeiro Gonçalves 2.802.705,66 1.522.729,47 54,33 SIM 56 Lagoa de São Francisco 2.171.195,28 1.179.168,73 54,31 SIM 57 Demerval Lobão 2.675.512,96 1.450.525,72 54,21 SIM 58 Joaquim Pires 3.666.189,05 1.974.167,70 53,85 SIM 59 Buriti dos Lopes 5.380.729,48 2.862.545,51 53,20 SIM 60 Cocal dos Alves 1.847.807,35 980.395,45 53,06 SIM 61 Itainópolis 3.520.697,04 1.864.757,71 52,97 SIM 62 Piripiri 11.750.952,78 6.219.078,28 52,92 SIM 63 Colônia do Piauí 2.359.773,02 1.248.110,01 52,89 SIM 64 Massapê do Piauí 2.214.209,39 1.169.520,01 52,82 SIM 65 Itaueira 3.226.721,00 1.699.884,00 52,68 SIM 66 Gilbués 3.371.394,25 1.764.034,10 52,32 SIM 67 Coronel José Dias 2.214.048,48 1.155.608,46 52,19 SIM 68 Nossa Senhora dos Remédios 2.710.369,99 1.393.015,19 51,40 SIM 69 Bom Princípio do Piauí 2.237.828,82 1.146.276,60 51,22 SIM 70 Dirceu Arcoverde 2.517.217,82 1.283.621,84 50,99 SIM 71 Agricolândia 2.142.156,80 1.085.585,12 50,68 SIM 72 Oeiras 7.961.746,36 4.016.839,05 50,45 SIM 73 Bonfim do Piauí 2.155.413,86 1.077.041,18 49,97 SIM 74 Água Branca 5.235.788,63 2.608.819,54 49,83 SIM 75 Lagoa do Barro do Piauí 2.135.281,19 1.060.515,35 49,67 SIM 76 Cocal 6.079.931,32 3.003.863,59 49,41 SIM 77 Dom Inocêncio 2.594.929,57 1.265.139,68 48,75 SIM 78 Pimenteiras 3.661.068,89 1.784.822,64 48,75 SIM 79 Curimatá 3.315.499,07 1.613.781,77 48,67 SIM 80 Caxingó 2.101.906,96 1.021.747,85 48,61 SIM 81 Cocal de Telha 2.120.971,26 1.028.774,11 48,50 SIM 82 Caridade do Piauí 2.110.008,75 1.017.447,56 48,22 SIM 83 Geminiano 2.231.561,43 1.070.066,70 47,95 SIM 84 São José do Divino 2.175.592,10 1.035.312,56 47,59 SIM 85 São Braz do Piauí 2.054.322,63 969.837,88 47,21 SIM 86 Paes Landim 2.074.039,84 979.103,65 47,21 SIM 87 Luís Correia 7.900.058,00 3.717.127,00 47,05 SIM 88 São Raimundo Nonato 8.432.101,32 3.959.520,07 46,96 SIM 89 Caraúbas do Piauí 2.096.708,15 983.816,48 46,92 SIM 90 Monsenhor Hipólito 2.353.026,43 1.102.707,20 46,86 SIM 91 Capitão Gervásio Oliveira 2.139.859,60 1.002.628,98 46,85 SIM

128

APÊNDICE Q - limite constitucional da EDUCAÇÃO – 2003 (continuação).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e Transferências (A)

Despesas com Educação (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 25% do limite

Constitucional 92 Elesbão Veloso 4.315.047,36 2.018.482,73 46,78 SIM 93 Ribeira do Piauí 2.090.842,30 977.423,12 46,75 SIM 94 Anísio de Abreu 2.526.197,81 1.178.496,54 46,65 SIM 95 Conceição do Canindé 2.282.862,85 1.061.280,27 46,49 SIM 96 Matias Olímpio 2.990.961,58 1.380.667,80 46,16 SIM 97 Alagoinha do Piauí 2.556.532,87 1.178.660,84 46,10 SIM 98 Barra D'Alcântara 1.998.854,43 919.971,93 46,02 SIM 99 Novo Oriente do Piauí 2.391.988,48 1.096.036,57 45,82 SIM 100 São José do Piauí 2.151.026,46 980.450,15 45,58 SIM 101 Wall Ferraz 2.105.575,76 950.970,71 45,16 SIM 102 Redenção do Gurguéia 2.570.264,96 1.158.430,42 45,07 SIM 103 Jaicós 4.884.306,05 2.197.784,56 45,00 SIM 104 Socorro do Piauí 2.216.381,87 992.051,52 44,76 SIM 105 Simplício Mendes 3.818.831,07 1.707.433,43 44,71 SIM 106 Santo Inácio do Piauí 1.899.394,06 848.456,95 44,67 SIM 107 São João da Varjota 2.184.651,61 972.146,77 44,50 SIM 108 Curral Novo do Piauí 2.000.369,45 888.866,00 44,44 SIM 109 Caldeirão Grande do Piauí 2.218.394,39 985.468,94 44,42 SIM 110 Manoel Emídio 1.941.122,00 859.348,00 44,27 SIM 111 Patos do Piauí 2.618.269,84 1.154.358,42 44,09 SIM 112 Ipiranga do Piauí 2.554.805,60 1.123.734,90 43,99 SIM 113 João Costa 2.177.184,80 956.053,81 43,91 SIM 114 Padre Marcos 2.880.445,16 1.262.047,77 43,81 SIM 115 Amarante 4.616.943,80 2.022.521,89 43,81 SIM 116 Alto Longá 3.764.310,49 1.641.806,04 43,62 SIM 117 Floresta do Piauí 1.994.805,93 869.895,08 43,61 SIM 118 Cajueiro da Praia 2.237.791,18 973.919,31 43,52 SIM 119 Piracuruca 7.789.309,54 3.383.628,50 43,44 SIM 120 Bocaina 2.242.316,58 973.596,33 43,42 SIM 121 Nazaré do Piauí 2.600.365,92 1.125.925,35 43,30 SIM 122 Bom Jesus 5.504.387,64 2.381.565,27 43,27 SIM 123 São Lourenço do Piauí 2.195.143,48 948.610,00 43,21 SIM 124 Palmeira do Piauí 2.259.591,25 975.642,00 43,18 SIM 125 Uruçuí 5.508.488,15 2.374.694,08 43,11 SIM 126 Campo Grande do Piauí 2.279.453,82 970.288,46 42,57 SIM 127 Prata do Piauí 2.019.108,62 858.945,17 42,54 SIM 128 Paquetá 2.163.449,25 918.404,23 42,45 SIM 129 Sussuapara 2.123.057,82 896.789,56 42,24 SIM 130 Colônia do Gurguéia 2.278.230,00 957.231,00 42,02 SIM 131 Várzea Grande 2.090.888,26 873.713,80 41,79 SIM 132 Bela Vista do Piauí 2.046.822,84 853.008,55 41,67 SIM 133 Angical do Piauí 2.470.639,99 1.027.740,59 41,60 SIM 134 Santa Cruz do Piauí 2.344.519,43 967.978,47 41,29 SIM 135 Guadalupe 6.197.939,22 2.557.686,66 41,27 SIM 136 Dom Expedito Lopes 2.243.392,88 925.411,24 41,25 SIM 137 São Félix do Piauí 2.140.174,66 874.690,28 40,87 SIM 138 Santana do Piauí 2.095.044,36 851.947,71 40,66 SIM 139 Cristino Castro 3.096.596,05 1.257.068,71 40,60 SIM 140 Nossa Senhora de Nazaré 2.067.094,74 831.060,92 40,20 SIM 141 Canavieira 2.211.639,70 887.853,47 40,14 SIM 142 Pavussu 2.172.737,57 871.825,50 40,13 SIM 143 Monsenhor Gil 3.488.928,69 1.399.218,18 40,10 SIM 144 São Julião 2.516.281,00 1.008.049,00 40,06 SIM 145 Regeneração 4.816.299,96 1.913.051,57 39,72 SIM 146 Francisco Santos 2.631.661,72 1.044.421,97 39,69 SIM 147 São João da Canabrava 2.528.705,67 1.001.388,99 39,60 SIM 148 Francinópolis 2.226.091,95 880.578,58 39,56 SIM 149 Alegrete do Piauí 2.242.492,00 885.327,00 39,48 SIM 150 Santa Cruz dos Milagres 2.132.994,52 824.107,60 38,64 SIM 151 Lagoa do Sítio 2.130.662,72 821.211,07 38,54 SIM 152 Novo Santo Antônio 1.997.501,62 766.553,31 38,38 SIM 153 Alvorada do Gurguéia 2.237.213,81 857.941,76 38,35 SIM

129

APÊNDICE Q - limite constitucional da EDUCAÇÃO – 2003 (conclusão).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e Transferências (A)

Despesas com Educação (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 25% do limite

Constitucional 154 Santa Filomena 2.686.916,87 1.022.921,35 38,07 SIM 155 Brasileira 2.446.032,82 920.882,26 37,65 SIM 156 Barro Duro 2.450.930,50 919.096,52 37,50 SIM 157 Domingos Mourão 2.057.533,53 770.996,09 37,47 SIM 158 São João do Piauí 7.674.269,45 2.859.474,69 37,26 SIM 159 Barreiras do Piauí 2.115.294,01 787.074,61 37,21 SIM 160 Floriano 15.168.993,40 5.588.391,02 36,84 SIM 161 Santa Rosa do Piauí 2.220.521,03 817.756,99 36,83 SIM 162 São Francisco do Piauí 2.302.480,23 842.263,74 36,58 SIM 163 Tamboril do Piauí 2.052.544,41 748.282,24 36,46 SIM 164 Sebastião Leal 2.335.293,92 840.087,03 35,97 SIM 165 Vila Nova do Piauí 2.055.314,99 734.494,96 35,74 SIM 166 Júlio Borges 2.200.832,73 781.923,78 35,53 SIM 167 Olho D'Água do Piauí 2.199.962,87 779.477,89 35,43 SIM 168 Rio Grande do Piauí 2.662.790,52 936.289,36 35,16 SIM 169 Cajazeiras do Piauí 2.027.820,74 707.733,08 34,90 SIM 170 Flores do Piauí 2.240.390,83 771.940,50 34,46 SIM 171 São Luis do Piauí 1.983.308,39 677.138,20 34,14 SIM 172 São Miguel da Baixa Grande 1.658.270,60 561.875,48 33,88 SIM 173 Porto Alegre do Piauí 2.030.496,39 683.417,77 33,66 SIM 174 Arraial 2.274.541,22 765.410,42 33,65 SIM 175 Campo Maior 11.149.386,08 3.695.092,83 33,14 SIM 176 Santa Luz 2.281.352,57 745.870,30 32,69 SIM 177 Lagoinha do Piauí 1.936.461,63 617.912,98 31,91 SIM 178 Tanque do Piauí 1.933.461,97 608.340,70 31,46 SIM 179 Francisco Ayres 2.249.276,45 702.054,50 31,21 SIM 180 Miguel Leão 1.927.504,42 599.099,97 31,08 SIM 181 Picos 18.578.422,15 5.754.306,09 30,97 SIM 182 Avelino Lopes 1.993.382,00 616.002,00 30,90 SIM 183 Eliseu Martins 1.993.382,00 616.002,00 30,90 SIM 184 Bertolínia 2.508.330,64 773.866,45 30,85 SIM 185 São José do Peixe 2.265.268,29 698.502,39 30,84 SIM 186 Marcos Parente 2.113.102,39 640.825,65 30,33 SIM 187 Santo Antônio de Lisboa 2.215.638,19 667.154,71 30,11 SIM 188 Francisco Macedo 1.890.968,62 557.690,16 29,49 SIM 189 Teresina 307.840.275,00 82.582.206,00 26,83 SIM 190 Jerumenha 2.683.193,55 717.362,30 26,74 SIM 191 Antônio Almeida 2.156.435,37 574.734,00 26,65 SIM 192 Hugo Napoleão 2.050.157,38 516.857,78 25,21 SIM 193 Landri Sales 2.996.328,48 731.940,02 24,43 SIM

Fonte: STN – FINBRA (2007)

APÊNDICE R – limite constitucional da SAÚDE -2003 (continua).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e

Transferências (A)

Despesas com saúde (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 15% do limite

Constitucional 1 São Julião 2.516.281,00 2.271.721,00 90,28 SIM 2 Corrente 5.221.867,42 4.345.778,35 83,22 SIM 3 Pimenteiras 3.661.068,89 2.595.612,76 70,90 SIM 4 Cristalândia do Piauí 1.980.481,87 1.268.005,77 64,03 SIM 5 Júlio Borges 2.200.832,73 1.195.455,39 54,32 SIM 6 Teresina 307.840.275,00 164.968.859,00 53,59 SIM 7 Cocal de Telha 2.120.971,26 1.103.831,48 52,04 SIM 8 São João da Canabrava 2.528.705,67 1.293.864,84 51,17 SIM 9 São João do Piauí 7.674.269,45 3.871.968,38 50,45 SIM 10 Dom Inocêncio 2.594.929,57 1.224.480,51 47,19 SIM 11 Piracuruca 7.789.309,54 3.590.152,10 46,09 SIM 12 Sebastião Barros 1.362.888,90 625.762,91 45,91 SIM 13 Bertolínia 2.508.330,64 1.130.251,98 45,06 SIM 14 Demerval Lobão 2.675.512,96 1.175.710,48 43,94 SIM 15 Buriti dos Montes 2.555.748,29 1.112.615,66 43,53 SIM 16 São João do Arraial 2.089.625,65 903.044,43 43,22 SIM 17 Parnaguá 3.324.236,28 1.424.566,57 42,85 SIM 18 Valença do Piauí 4.412.209,34 1.872.284,77 42,43 SIM

130

APÊNDICE R – limite constitucional da SAÚDE -2003 (continuação).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e

Transferências (A)

Despesas com saúde (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 15% do limite

Constitucional 19 Milton Brandão 2.081.162,81 856.799,70 41,17 SIM 20 Bonfim do Piauí 2.155.413,86 876.194,28 40,65 SIM 21 Monsenhor Hipólito 2.353.026,43 954.336,65 40,56 SIM 22 Manoel Emídio 1.941.122,00 765.052,00 39,41 SIM 23 Santana do Piauí 2.095.044,36 811.262,54 38,72 SIM 24 Nazaré do Piauí 2.600.365,92 1.005.936,56 38,68 SIM 25 Hugo Napoleão 2.050.157,38 754.016,16 36,78 SIM 26 Barras 8.175.507,65 3.000.422,49 36,70 SIM 27 Patos do Piauí 2.618.269,84 959.059,97 36,63 SIM 28 Lagoa de São Francisco 2.171.195,28 790.907,33 36,43 SIM 29 Porto Alegre do Piauí 2.030.496,39 739.217,15 36,41 SIM 30 São Pedro do Piauí 3.483.211,07 1.263.444,31 36,27 SIM 31 Itaueira 3.226.721,00 1.163.170,00 36,05 SIM 32 Santo Antônio de Lisboa 2.215.638,19 797.098,24 35,98 SIM 33 Água Branca 5.235.788,63 1.882.660,98 35,96 SIM 34 Alagoinha do Piauí 2.556.532,87 914.769,98 35,78 SIM 35 Pio IX 4.339.272,44 1.543.441,96 35,57 SIM 36 Regeneração 4.816.299,96 1.708.852,13 35,48 SIM 37 Esperantina 7.643.452,51 2.707.551,24 35,42 SIM 38 Conceição do Canindé 2.282.862,85 805.333,06 35,28 SIM 39 Simplício Mendes 3.818.831,07 1.334.544,30 34,95 SIM 40 Itainópolis 3.520.697,04 1.229.102,22 34,91 SIM 41 Campinas do Piauí 2.368.100,78 826.559,79 34,90 SIM 42 Colônia do Gurguéia 2.278.230,00 791.967,00 34,76 SIM 43 Monsenhor Gil 3.488.928,69 1.200.448,50 34,41 SIM 44 Pavussu 2.172.737,57 738.821,73 34,00 SIM 45 Avelino Lopes 1.993.382,00 675.177,00 33,87 SIM 46 Eliseu Martins 1.993.382,00 675.177,00 33,87 SIM 47 Caracol 2.447.196,61 821.709,61 33,58 SIM 48 Buriti dos Lopes 5.380.729,48 1.782.776,67 33,13 SIM 49 Boqueirão do Piauí 2.055.354,58 677.953,63 32,98 SIM 50 Campo Grande do Piauí 2.279.453,82 751.656,54 32,98 SIM 51 Bom Jesus 5.504.387,64 1.814.118,28 32,96 SIM 52 Joaquim Pires 3.666.189,05 1.204.671,59 32,86 SIM 53 Francisco Macedo 1.890.968,62 616.723,56 32,61 SIM 54 Padre Marcos 2.880.445,16 933.073,24 32,39 SIM 55 Capitão de Campos 2.642.107,72 850.651,71 32,20 SIM 56 União 8.992.196,91 2.894.226,93 32,19 SIM 57 Floriano 15.168.993,40 4.861.938,71 32,05 SIM 58 Guadalupe 6.197.939,22 1.984.517,82 32,02 SIM 59 Batalha 5.068.169,32 1.599.411,28 31,56 SIM 60 Cabeceiras do Piauí 2.542.317,95 801.349,57 31,52 SIM 61 Arraial 2.274.541,22 714.624,34 31,42 SIM 62 São José do Piauí 2.151.026,46 674.037,00 31,34 SIM 63 Angical do Piauí 2.470.639,99 771.729,00 31,24 SIM 64 Bocaina 2.242.316,58 700.241,79 31,23 SIM 65 Santo Inácio do Piauí 1.899.394,06 589.817,62 31,05 SIM 66 Santa Cruz do Piauí 2.344.519,43 724.537,41 30,90 SIM 67 Castelo do Piauí 5.944.626,51 1.823.413,76 30,67 SIM 68 Francisco Santos 2.631.661,72 805.165,26 30,60 SIM 69 Picos 18.578.422,15 5.646.799,30 30,39 SIM 70 São Luis do Piauí 1.983.308,39 596.151,22 30,06 SIM 71 Wall Ferraz 2.105.575,76 632.045,54 30,02 SIM 72 Palmeira do Piauí 2.259.591,25 677.813,93 30,00 SIM 73 Altos 8.337.638,86 2.488.741,23 29,85 SIM 74 Amarante 4.616.943,80 1.365.694,30 29,58 SIM 75 Floresta do Piauí 1.994.805,93 588.885,78 29,52 SIM 76 Luzilândia 6.304.721,20 1.860.606,49 29,51 SIM 77 Elesbão Veloso 4.315.047,36 1.273.180,24 29,51 SIM 78 Dom Expedito Lopes 2.243.392,88 655.878,45 29,24 SIM 79 Vera Mendes 2.064.092,01 599.086,50 29,02 SIM 80 São João da Fronteira 2.101.561,21 609.618,82 29,01 SIM

131

APÊNDICE R – limite constitucional da SAÚDE -2003 (continuação).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e

Transferências (A)

Despesas com saúde (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 15% do limite

Constitucional 81 Matias Olímpio 2.990.961,58 862.066,47 28,82 SIM 82 Parnaíba 29.375.874,26 8.436.649,77 28,72 SIM 83 Nossa Senhora dos Remédios 2.710.369,99 775.165,48 28,60 SIM 84 Barro Duro 2.450.930,50 700.922,86 28,60 SIM 85 Isaías Coelho 2.695.308,18 768.066,88 28,50 SIM 86 Coronel José Dias 2.214.048,48 630.854,56 28,49 SIM 87 Francisco Ayres 2.249.276,45 638.621,97 28,39 SIM 88 Domingos Mourão 2.057.533,53 582.169,73 28,29 SIM 89 Novo Oriente do Piauí 2.391.988,48 673.491,29 28,16 SIM 90 Ipiranga do Piauí 2.554.805,60 717.088,94 28,07 SIM 91 Paquetá 2.163.449,25 606.240,93 28,02 SIM 92 Gilbués 3.371.394,25 943.892,32 28,00 SIM 93 Bela Vista do Piauí 2.046.822,84 571.811,59 27,94 SIM 94 Madeiro 2.232.634,43 620.340,96 27,79 SIM 95 São Lourenço do Piauí 2.195.143,48 609.680,51 27,77 SIM 96 Jaicós 4.884.306,05 1.350.223,99 27,64 SIM 97 Paes Landim 2.074.039,84 572.990,52 27,63 SIM 98 São Francisco do Piauí 2.302.480,23 634.230,79 27,55 SIM 99 Oeiras 7.961.746,36 2.192.043,86 27,53 SIM 100 Palmeirais 2.886.869,56 792.272,93 27,44 SIM 101 Piripiri 11.750.952,78 3.221.962,81 27,42 SIM 102 Santa Luz 2.281.352,57 623.342,48 27,32 SIM 103 Cocal 6.079.931,32 1.660.105,39 27,30 SIM 104 Landri Sales 2.996.328,48 815.136,21 27,20 SIM 105 Campo Largo do Piauí 1.933.521,84 524.845,65 27,14 SIM 106 São Braz do Piauí 2.054.322,63 554.761,33 27,00 SIM 107 Cristino Castro 3.096.596,05 835.279,52 26,97 SIM 108 Santa Rosa do Piauí 2.220.521,03 597.643,26 26,91 SIM 109 Porto 3.543.404,90 953.604,46 26,91 SIM 110 Curimatá 3.315.499,07 890.501,01 26,86 SIM 111 José de Freitas 6.892.985,40 1.841.325,79 26,71 SIM 112 Geminiano 2.231.561,43 594.031,38 26,62 SIM 113 Sussuapara 2.123.057,82 563.842,21 26,56 SIM 114 Riacho Frio 1.816.065,95 482.208,27 26,55 SIM 115 Rio Grande do Piauí 2.662.790,52 701.291,99 26,34 SIM 116 Campo Alegre do Fidalgo 2.181.878,90 569.960,34 26,12 SIM 117 Miguel Alves 6.576.233,00 1.695.415,00 25,78 SIM 118 Monte Alegre do Piauí 3.249.304,98 833.464,81 25,65 SIM 119 Marcolândia 2.486.168,89 637.443,01 25,64 SIM 120 Colônia do Piauí 2.359.773,02 604.426,11 25,61 SIM 121 Paulistana 5.229.772,61 1.337.667,88 25,58 SIM 122 João Costa 2.177.184,80 556.074,49 25,54 SIM 123 Simões 4.319.408,25 1.099.556,77 25,46 SIM 124 Luís Correia 7.900.058,00 2.008.301,00 25,42 SIM 125 Várzea Grande 2.090.888,26 529.720,58 25,33 SIM 126 São José do Divino 2.175.592,10 546.588,04 25,12 SIM 127 Murici dos Portelas 2.171.460,22 545.272,65 25,11 SIM 128 Flores do Piauí 2.240.390,83 561.826,96 25,08 SIM 129 Jatobá do Piauí 2.207.983,49 552.383,32 25,02 SIM 130 Brasileira 2.446.032,82 605.623,80 24,76 SIM 131 Santa Filomena 2.686.916,87 665.081,59 24,75 SIM 132 Betânia do Piauí 2.415.530,18 596.116,67 24,68 SIM 133 São Miguel do Tapuio 5.179.797,14 1.273.706,14 24,59 SIM 134 Olho D’Água do Piauí 2.199.962,87 537.205,42 24,42 SIM 135 Campo Maior 11.149.386,08 2.722.141,18 24,42 SIM 136 Nossa Senhora de Nazaré 2.067.094,74 501.699,96 24,27 SIM 137 Pedro II 7.542.975,85 1.825.428,88 24,20 SIM 138 �oça Marques 2.145.489,08 518.504,70 24,17 SIM 139 Socorro do Piauí 2.216.381,87 531.908,12 24,00 SIM 140 Barreiras do Piauí 2.115.294,01 506.682,01 23,95 SIM 141 Inhuma 3.799.980,00 907.072,22 23,87 SIM 142 São João da Varjota 2.184.651,61 520.992,00 23,85 SIM

132

APÊNDICE R – limite constitucional da SAÚDE -2003 (conclusão).

Nº Nome do Município Receitas de Impostos e

Transferências (A)

Despesas com saúde (B)

% (B/A*100)

Cumprindo 15% do limite

Constitucional 143 Agricolândia 2.142.156,80 507.342,75 23,68 SIM 144 Dirceu Arcoverde 2.517.217,82 592.606,97 23,54 SIM 145 Redenção do Gurguéia 2.570.264,96 604.818,96 23,53 SIM 146 Cocal dos Alves 1.847.807,35 434.477,91 23,51 SIM 147 Alto Longá 3.764.310,49 883.662,77 23,47 SIM 148 Anísio de Abreu 2.526.197,81 592.953,87 23,47 SIM 149 Fartura do Piauí 2.263.268,18 530.752,72 23,45 SIM 150 São Francisco de Assis do Piauí 1.983.933,08 461.656,33 23,27 SIM 151 Boa Hora 2.299.196,29 533.481,60 23,20 SIM 152 Lagoa Alegre 2.306.796,65 535.019,07 23,19 SIM 153 São Raimundo Nonato 8.432.101,32 1.953.961,12 23,17 SIM 154 Ribeiro Gonçalves 2.802.705,66 649.173,84 23,16 SIM 155 Marcos Parente 2.113.102,39 488.434,71 23,11 SIM 156 Morro do Chapéu do Piauí 2.248.117,16 518.869,69 23,08 SIM 157 Caldeirão Grande do Piauí 2.218.394,39 501.264,60 22,60 SIM 158 São José do Peixe 2.265.268,29 508.826,20 22,46 SIM 159 Cajazeiras do Piauí 2.027.820,74 454.222,09 22,40 SIM 160 Baixa Grande do Ribeiro 2.742.386,71 613.246,40 22,36 SIM 161 Alvorada do Gurguéia 2.237.213,81 493.068,18 22,04 SIM 162 Santo Antônio dos Milagres 1.873.170,05 410.596,34 21,92 SIM 163 São Félix do Piauí 2.140.174,66 468.850,98 21,91 SIM 164 Caxingó 2.101.906,96 459.220,93 21,85 SIM 165 Aroazes 2.482.326,69 539.663,09 21,74 SIM 166 Francinópolis 2.226.091,95 483.117,29 21,70 SIM 167 Massapê do Piauí 2.214.209,39 479.446,22 21,65 SIM 168 Tanque do Piauí 1.933.461,97 415.528,28 21,49 SIM 169 Lagoa do Barro do Piauí 2.135.281,19 457.265,07 21,41 SIM 170 Alegrete do Piauí 2.242.492,00 479.186,00 21,37 SIM 171 Novo Santo Antônio 1.997.501,62 416.226,34 20,84 SIM 172 Jerumenha 2.683.193,55 556.906,49 20,76 SIM 173 Bom Princípio do Piauí 2.237.828,82 463.464,65 20,71 SIM 174 Lagoa do Sítio 2.130.662,72 440.405,16 20,67 SIM 175 Caraúbas do Piauí 2.096.708,15 433.110,75 20,66 SIM 176 Currais 2.193.836,77 452.624,83 20,63 SIM 177 Caridade do Piauí 2.110.008,75 434.865,09 20,61 SIM 178 Barra D'Alcântara 1.998.854,43 411.659,58 20,59 SIM 179 Uruçuí 5.508.488,15 1.120.634,60 20,34 SIM 180 Canavieira 2.211.639,70 445.878,11 20,16 SIM 181 Vila Nova do Piauí 2.055.314,99 414.044,27 20,15 SIM 182 Capitão Gervásio Oliveira 2.139.859,60 416.525,08 19,47 SIM 183 Tamboril do Piauí 2.052.544,41 389.717,99 18,99 SIM 184 Sebastião Leal 2.335.293,92 441.537,15 18,91 SIM 185 Antônio Almeida 2.156.435,37 400.785,56 18,59 SIM 186 Lagoinha do Piauí 1.936.461,63 356.326,04 18,40 SIM 187 Prata do Piauí 2.019.108,62 361.601,59 17,91 SIM 188 Cajueiro da Praia 2.237.791,18 399.374,63 17,85 SIM 189 São Miguel da Baixa Grande 1.658.270,60 292.752,43 17,65 SIM 190 Ribeira do Piauí 2.090.842,30 359.839,21 17,21 SIM 191 Santa Cruz dos Milagres 2.132.994,52 359.809,51 16,87 SIM 192 Miguel Leão 1.927.504,42 315.644,49 16,38 SIM 193 Curral Novo do Piauí 2.000.369,45 303.486,34 15,17 SIM 194 Ilha Grande 2.294.025,72 109.584,30 4,78 NÃO

Fonte: STN – FINBRA (2007)

133

APÊNDICE S - probit educacao defp ilrfc Iteration 0: log likelihood = -70.749497 Iteration 1: log likelihood = -51.322829 Iteration 2: log likelihood = -48.449176 Iteration 3: log likelihood = -48.307237 Iteration 4: log likelihood = -48.307001 Probit estimates Number of obs = 195 LR chi2(2) = 44.88 Prob > chi2 = 0.0000 Log likelihood = -48.307001 Pseudo R2 = 0.3172 ------------------------------------------------------------------------------ educacao | Coef. Std. Err. z P>|z| [95% Conf. Interval] -------------+---------------------------------------------------------------- defp | 9.93e-07 2.32e-07 4.29 0.000 5.39e-07 1.45e-06 ilrfc | 2.087853 .8212501 2.54 0.011 .4782321 3.697473 _cons | .5923051 .5284744 1.12 0.262 -.4434856 1.628096 ------------------------------------------------------------------------------ . mfx compute Marginal effects after probit y = Pr(educacao) (predict) = .93230294 ------------------------------------------------------------------------------ variable | dy/dx Std. Err. z P>|z| [ 95% C.I. ] X ---------+-------------------------------------------------------------------- defp | 1.30e-07 .00000 3.57 0.000 5.9e-08 2.0e-07 -413982 ilrfc | .2731941 .1071 2.55 0.011 .06328 .483108 .628379 ------------------------------------------------------------------------------

134

APÊNDICE T - probit saude populacao defp ilrfc pib_pop Iteration 0: log likelihood = -108.82368 Iteration 1: log likelihood = -82.936731 Iteration 2: log likelihood = -78.51533 Iteration 3: log likelihood = -78.128863 Iteration 4: log likelihood = -78.12587 Iteration 5: log likelihood = -78.12587 Probit estimates Number of obs = 195 LR chi2(4) = 61.40 Prob > chi2 = 0.0000 Log likelihood = -78.12587 Pseudo R2 = 0.2821 ------------------------------------------------------------------------------ saude | Coef. Std. Err. z P>|z| [95% Conf. Interval] -------------+---------------------------------------------------------------- populacao | 1.209699 .3865694 3.13 0.002 .4520365 1.967361 defp | 1.05e-06 2.20e-07 4.79 0.000 6.21e-07 1.48e-06 ilrfc | 1.862924 .7115238 2.62 0.009 .4683631 3.257485 pib_pop | 2.068441 .5458787 3.79 0.000 .9985382 3.138343 _cons | -2.625021 .7483499 -3.51 0.000 -4.09176 -1.158282 ------------------------------------------------------------------------------ note: 0 failures and 2 successes completely determined. . mfx compute Marginal effects after probit y = Pr(saude) (predict) = .83461734 ------------------------------------------------------------------------------ variable | dy/dx Std. Err. z P>|z| [ 95% C.I. ] X ---------+-------------------------------------------------------------------- popula~o*| .2217057 .04756 4.66 0.000 .128492 .31492 .251282 defp | 2.61e-07 .00000 5.03 0.000 1.6e-07 3.6e-07 -413982 ilrfc | .4631331 .18143 2.55 0.011 .107531 .818735 .628379 pib_pop | .5142256 .12916 3.98 0.000 .261075 .767377 1.23678 ------------------------------------------------------------------------------ (*) dy/dx is for discrete change of dummy variable from 0 to 1

135

ANEXOS

136

Anexo A - Piauí

Fonte: IBGE (2007)

Obs: O número de município refere-se ao último Censo.

137

Anexo B - Piauí

Fonte: IBGE (2007)

Obs: O número de município refere-se ao último Censo.

138

ANEXO C - Municípios do Piauí

1 Acauã 2 Agricolândia 3 Água Branca 4 Alagoinha do Piauí 5 Alegrete do Piauí 6 Alto Longá 7 Altos 8 Alvorada do Gurguéia 9 Amarante 10 Angical do Piauí 11 Anísio de Abreu 12 Antônio Almeida 13 Aroazes 14 Arraial 15 Assunção do Piauí 16 Avelino Lopes 17 Baixa Grande do Ribeiro 18 Barra d`Alcântara 19 Barras 20 Barreiras do Piauí 21 Barro Duro 22 Batalha 23 Bela Vista do Piauí 24 Belém do Piauí 25 Beneditinos 26 Bertolínia 27 Betânia do Piauí 28 Boa Hora 29 Bocaina 30 Bom Jesus 31 Bom Princípio do Piauí 32 Bonfim do Piauí 33 Boqueirão do Piauí 34 Brasileira 35 Brejo do Piauí 36 Buriti dos Lopes 37 Buriti dos Montes 38 Cabeceiras do Piauí 39 Cajazeiras do Piauí 40 Cajueiro da Praia 41 Caldeirão Grande do Piauí 42 Campinas do Piauí 43 Campo Alegre do Fidalgo 44 Campo Grande do Piauí 45 Campo Largo do Piauí 46 Campo Maior 47 Canavieira 48 Canto do Buriti 49 Capitão de Campos 50 Capitão Gervásio Oliveira 51 Caracol 52 Caraúbas do Piauí 53 Caridade do Piauí 54 Castelo do Piauí 55 Caxingó 56 Cocal 57 Cocal de Telha 58 Cocal dos Alves 59 Coivaras 60 Colônia do Gurguéia 61 Colônia do Piauí 62 Conceição do Canindé 63 Coronel José Dias 64 Corrente

65 Cristalândia do Piauí 66 Cristino Castro 67 Curimatá 68 Currais 69 Curral Novo do Piauí 70 Curralinhos 71 Demerval Lobão 72 Dirceu Arcoverde 73 Dom Expedito Lopes 74 Dom Inocêncio 75 Domingos Mourão 76 Elesbão Veloso 77 Eliseu Martins 78 Esperantina 79 Fartura do Piauí 80 Flores do Piauí 81 Floresta do Piauí 82 Floriano 83 Francinópolis 84 Francisco Ayres 85 Francisco Macedo 86 Francisco Santos 87 Fronteiras 88 Geminiano 89 Gilbués 90 Guadalupe 91 Guaribas 92 Hugo Napoleão 93 Ilha Grande 94 Inhuma 95 Ipiranga do Piauí 96 Isaías Coelho 97 Itainópolis 98 Itaueira 99 Jacobina do Piauí 100 Jaicós 101 Jardim do Mulato 102 Jatobá do Piauí 103 Jerumenha 104 João Costa 105 Joaquim Pires 106 Joca Marques 107 José de Freitas 108 Juazeiro do Piauí 109 Júlio Borges 110 Jurema 111 Lagoa Alegre 112 Lagoa de São Francisco 113 Lagoa do Barro do Piauí 114 Lagoa do Piauí 115 Lagoa do Sítio 116 Lagoinha do Piauí 117 Landri Sales 118 Luís Correia 119 Luzilândia 120 Madeiro 121 Manoel Emídio 122 Marcolândia 123 Marcos Parente 124 Massapê do Piauí 125 Matias Olímpio 126 Miguel Alves 127 Miguel Leão 128 Milton Brandão 129 Monsenhor Gil 130 Monsenhor Hipólito 131 Monte Alegre do Piauí 132 Morro Cabeça no Tempo

133 Morro do Chapéu do Piauí 134 Murici dos Portelas 135 Nazaré do Piauí 136 Nossa Senhora de Nazaré 137 Nossa Senhora dos Remédios 138 Nova Santa Rita 139 Novo Oriente do Piauí 140 Novo Santo Antônio 141 Oeiras 142 Olho d`Água do Piauí 143 Padre Marcos 144 Paes Landim 145 Pajeú do Piauí 146 Palmeira do Piauí 147 Palmeirais 148 Paquetá 149 Parnaguá 150 Parnaíba 151 Passagem Franca do Piauí 152 Patos do Piauí 153 Paulistana 154 Pavussu 155 Pedro II 156 Pedro Laurentino 157 Picos 158 Pimenteiras 159 Pio IX 160 Piracuruca 161 Piripiri 162 Porto 163 Porto Alegre do Piauí 164 Prata do Piauí 165 Queimada Nova 166 Redenção do Gurguéia 167 Regeneração 168 Riacho Frio 169 Ribeira do Piauí 170 Ribeiro Gonçalves 171 Rio Grande do Piauí 172 Santa Cruz do Piauí 173 Santa Cruz dos Milagres 174 Santa Filomena 175 Santa Luz 176 Santa Rosa do Piauí 177 Santana do Piauí 178 Santo Antônio de Lisboa 179 Santo Antônio dos Milagres 180 Santo Inácio do Piauí 181 São Braz do Piauí 182 São Félix do Piauí 183 São Francisco de Assis do Piauí 184 São Francisco do Piauí 185 São Gonçalo do Gurguéia 186 São Gonçalo do Piauí 187 São João da Canabrava 188 São João da Fronteira 189 São João da Serra 190 São João da Varjota 191 São João do Arraial 192 São João do Piauí 193 São José do Divino 194 São José do Peixe 195 São José do Piauí 196 São Julião 197 São Lourenço do Piauí 198 São Luis do Piauí 199 São Miguel da Baixa Grande 200 São Miguel do Fidalgo

201 São Miguel do Tapuio 202 São Pedro do Piauí 203 São Raimundo Nonato 204 Sebastião Barros 205 Sebastião Leal 206 Sigefredo Pacheco 207 Simões 208 Simplício Mendes 209 Socorro do Piauí 210 Sussuapara 211 Tamboril do Piauí 212 Tanque do Piauí 213 Teresina (capital) 214 União 215 Uruçuí 216 Valença do Piauí 217 Várzea Branca 218 Várzea Grande 219 Vera Mendes 220 Vila Nova do Piauí 221 Wall Ferraz