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Francisco Eduardo Meyer Critério de Sustentabilidade para o Bairro de São Cristóvão, RJ Eficiência Urbana como

Eficiência Urbana como Proposta de Sustentabilidade para o Bairro de São Cristóvão, RJ

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Uma história ilustrada do processo de criação e desenvolvimento para uma intervenção urbana que vai muito além do verde; / Março.2013 / Trabalho Final de Graduação / Universidade Federal Fluminense / Arquitetura e Urbanismo

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Francisco Eduardo Meyer

Critério de Sustentabilidade parao Bairro de São Cristóvão, RJ

Eficiência Urbana como

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Eficiência Urbana como Critério de Sustentabilidade

para o Bairro de São Cristóvão, RJ

Francisco Eduardo Meyer Soares de Freitas

Orientador: Vinícius M. Netto

Universidade Federal Fluminense

Escola de Arquitetura e UrbanismoTrabalho final de Graduação

Niterói /2012

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Agradecimentos:

Gostaria de agradecer a todos os amigos que me deram apoio e

participaram consciente e inconscientemente da minha formação.

Aos companheiros de república, novos e velhos, ao pessoal da

Arquitetura, onde 5 anos é insuficiente para conhecer vocês

como deveria, e aos amigos inesperados, roubados aos poucos

de outros cursos.

Agradeço também a todas as conversas em aula, bares e calça-

das. Sem elas, esse percurso não teria sido tão proveitoso. E é

claro, a sempre presente galera de Teresópolis. Não importa se

neste ou no outro hemisfério!

Ao meu orientador Vinícius Netto, pelas boas conversas que

tivemos, e a todos os funcionários e professores da UFF que

ajudaram a construir um pensamento que vai além da academia.

Dedico um agradecimento especial a Jéssica, com quem amo

partilhar a vida e por ser simplesmente muito mais do que eu

poderia esperar, e a sua família, que desde sempre me faz

sentir parte dela.

Agradeço principalmente a minha mãe, sempre atenciosa, cuja

ajuda e presença foi fundamental para a concretização desta e

de muitas outras conquistas. A minha irmã, que desde pequeno

me ensina a usar as palavras e a construir (também) com elas, e

a família Meyer, que quando reunida tem sempre muitas

histórias a contar e ensinar. Espero que esta se junte a elas.

Muito obrigado a todos!

Francisco Meyer

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ÍNDICE

OBJETIVO ............................................................................................... 09

1. ENTENDENDO A ÁREA .......................................................................... 11 1.1. Localização da Área-projeto ..................................................... 13 1.2. Histórico ................................................................................. 14 1.3. Atualidade ............................................................................... 17

2. ANALISANDO ...................................................................................... 19 2.1. Elementos da Evolução Urbana; Malha Urbana e Conexões com Entorno; Vias de Acesso; Ferrovias e Metrô ......... 21 2.2. Centralidades; Atrativos; APACS e Bens Tombados ..................... 22 2.3. Áreas Verdes; Projetos Urbanos Previstos ............................... 23

3. APROXIMANDO .................................................................................... 25 3.1. Limites da Área ......................................................................... 27 3.2. Levantamento das Edificações; Usos .......................................... 28 3.3. Análise Gera ............................................................................ 29 3.4. Mosaico Fotográfico ................................................................. 31

4. INQUIETAÇÃO ...................................................................................... 33 4.1. Orientação Teórica ................................................................... 35

5. PROJETO ............................................................................................ 41 5.1. Diretrizes ................................................................................ 43 5.2. Análise Axial ............................................................................ 45 5.3. Loteamento; Edificações Mantidas ............................................. 46 5.4. Afastamentos; Praças e Prédios ............................................... 47 5.5. Passagens ao Nível Térreo ........................................................ 48 5.6. Gabaritos ................................................................................. 49 5.7. Usos ........................................................................................ 51 5.8. Ilustrações da Área Projeto ..................................................... 52 5.9. Circulando ............................................................................... 53 5.10. Circulação Adjacente ............................................................. 54 5.11. VLT – Veículo Leve Sobre Trilhos ............................................. 55 5.12. Cortes e Seções ..................................................................... 56 5.13. Pavimentação; Infraestrutura – Seção da Via Secundária .......... 57 5.14. Quarteirão-Modelo ................................................................. 58 5.15. Parque Linear ......................................................................... 59 5.16. Perspectivas Gerais ................................................................ 62

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 64

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“QUALQUER UM PODE DESLIGAR O RÁDIO E

ABANDONAR OS CONCERTOS, NÃO GOSTAR DE

CINEMA E DE TEATRO E NÃO LER UM LIVRO,

MAS NINGUÉM PODE FECHAR OS OLHOS

DIANTE DAS CONSTRUÇÕES QUE CONSTITUEM

O PALCO DA VIDA CITADINA E TRAZEM A MARCA

DO HOMEM NO CAMPO E NA SUA PAISAGEM.”

(Bruno Zevi)

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O presente trabalho tem como objetivo propor uma solução urbanística para uma

área específica do bairro de São Cristóvão apli-cando diferentes conceitos de Eficiência

Urbana como uma alternativa para melhor or-ganização e aproveitamento dos espaços da cidade. Para tanto, não bastava aplicar e repe-

tir os conceitos frequentemente observados nos modelos das cidades brasileiras, como a

reprodução dos edifícios-torres ou condomínios-cidades, nem a solução verde dos

terraços-jardins e eco-vilas, mas sim, entender o funcionamento do bairro em questão e

propor soluções conscientes do entorno e das dinâmicas da cidade, favorecendo a sus-

tentabilidade intrínseca ao modelo.

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Localização da área-projeto:

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Rio de Janeiro, RJ - Brasil.Bairro imperial de São Cristóvão.

imagens do google earth

Área territorial aproximada: 4,1 km2 Área residencial: 0,6 km2 População residente: 2.6510Domicílios: 9.991Museus: 5 Unidade de saúde pública: 1 Escolas: 25 Praças: 13

Área-projeto: 0,32 km2

fonte: porta

lgeo

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Identificada inicialmente como um aldeamento dos índios Tamoios e após a ocupação portuguesa, como Aldeia de Martinho, a região onde hoje se encontra o bairro de São Cristóvão possui ocupação intimamente ligada à conquista do Recôncavo da Guanabara.

No ano de 1565, com a fundação da cidade do Rio de Janeiro, Estácio de Sá doa à Companhia de Jesus uma sesmaria que se estendia do Rio Comprido à Inhaúma. A região foi então desmembrada em três grandes engenhos, dentre eles a Fazenda de São Cristóvão, cujo nome deriva da Igreja erguida pelos jesuítas em 1627, então à beira-mar.

Após a expulsão dos Jesuítas em 1759, as terras foram divididas em chácaras e sítios menores, com uma ocupação mais efetiva, limites e propriedades definidas. A sede da fazenda de São Cristóvão foi transformada no antigo Hospital dos Lázaros, hoje Hospi-tal Frei Antônio, e uma das melhores quintas foi adquirida pelo negociante atacadista Elias Antônio Lopes para construção de sua residência, a Quinta da Boa-Vista.

Histórico:

primeira carta da “baía do rio de janeiro” (como era denominada na época) e da cidade de São Sebastião. [1573-1578]

igreja de são cristóvão

na elevação, detalhe para o antigo Hospitaldos Lázaros.

Próximo à ela passava o Caminho de São Cristóvão que, além de servir aos jesuítas, era usado por moradores da cidade, via-jantes e tropeiros, em direção ao interior. Seu entorno era ocu-pado principalmente por pescadores e pequenos agricultores que cumpriam uma função econômica de subsistência para a cidade.

fonte:www.museunacional.ufrj.br (editado)

Com a chegada da Família Real em 1808, Elias doa sua propriedade para D. João realizando ainda uma enorme reforma do palacete a fim de adaptar a residência para o monarca.

detalhe para a aldeia de são martino, futuro bairro

São Cristóvão.

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fonte:http://portalgeo.rio.rj.gov.br

Área de aterros na região Antes

da chegada da Família Real Até 1905 com a conclusão do

Canal do Mangue.

A partir de então, deu-se início a uma série de intervenções no bairro, como a pavimentação de ruas, instalação de iluminação pública, erradicação de pântanos e aterramentos. Foi defi-nido um novo litoral, e o acesso à Igrejinha passou a ser feito por terra. Nesse período, São Cristóvão se firmava como o território mais aristocrático do Rio de Janeiro, visto que em suas proximidades se construíam também as residências de fidalgos e altos funcionários da corte.

Ao longo do reinado de Dom Pedro II, os limites do terreno são ampliados e o paisagista francês Glaziou é contratado para projetar os novos jardins, em parte ainda preservados.

projeto para a quinta da boa vista. Glaziou.

O processo de modernização continua: os sistemas de trilhos dos bondes são estendidos, assim como as redes de água, esgoto e gás. A instalação de indús-trias ocorre de forma espontânea e a chegada de pequenos proletariados começa a mudar o perfil residencial do bairro para uma área de interesse fabril. Fato que se intensifica com o fim do império em 1889.

fonte:www.casaruibarbosa.gov.br

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Durante os primeiros anos de República, São Cristóvão entra em fase de decadência e aban-dono. Somente com o governo de Pereira Passos, em 1910, a região volta a atrair investimen-tos. Executa-se uma enorme reforma urbana na cidade e o bairro é um dos mais afetados. Enquanto a abertura da Avenida do Cais estabelecia ligação direta com o centro do Rio de Janeiro, aumentando os fluxos, a modernização do Porto dava início ao aterramento de grandes áreas praieiras, perdendo a identidade costeira nativa do bairro.

Av. do cais. início sec XX.

Durante a década de 60, o bairro representava quase 50% do ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – do Município, e correspondia ao 4º maior parque industrial da América do Sul.

fato que impulsionou a construção do Pavilhão São Cristóvão em 1966 para exposição de produtos nacionais e estrangeiros.

Porém, buscando moradia, estes ocupavam os

morros e as áreas não construídas, alterando completamente o perfil

elitista do bairro.

A pré-existênciade infraestrutura na região impulsionava a

ocupação fabril.

Com a transformação do uso do solo residencial

para industrial, atraía-se mão de obra de baixa qualificação, suprida em grande parte pelo

excedente de ex-escravos e imigrantes.

Entretanto, Em 1980 o Pavilhão fecha e grande parte das fábricas que mantinham sede no bairro se transferiram para áreas menos valorizadas, dando início a uma nova fase de decadência...

fonte:www.vitruvius.com.br

fonte: instituto pereira passos-rj. (editado)

... que nos leva aos dias de hoje.

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SÃO CRISTÓVÃO

Benfica

Mangueira

São Cristóvão

vasco da Gama

museu

museu?São Cristóvão é marcado pela grande concentração de indústrias, galpões e casarios abandonados...

... sendo o comércio de peças auto-mecânicas - que se estabilizou no bairro na segunda metado do século passado - uma das maiores referências na cidade.

Apesar da existência de diversos monumentos históricos na região,

atualidade: o bairro faz parte da VII Região Administrativa (RA) do Rio de Janeiro, homônima ao bairro, junto com Benfica, Mangueira e Vasco da Gama.

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em 2007 (Ainda no governo do então prefeito César Maia), o bairro ganha um adjetivo ao nome, escolhido como uma homenagem aos 200 anos da vinda da corte Lusitana ao brasil e Passa a se chamar oficialmente de “Bairro Imperial de São Cristóvão” pelo decreto no 28302.

Paralelamente, A região que vinha sofrendo queda popula-cional desde o último quarto do século XX, passou a apre-sentar um crescimento de quase 20% na última década.

“O que será feito do bairro?”

fonte: IB

GE (elaboração p

rópria

)

e Segundo o Jornal “o Globo”, o preço do metro quadrado construído, subiu de R$ 2.200 em 2004, para R$ 4.000 em 2010, ou seja, mais de 80% em 6 anos.

20

%

no ano de 2004, foi desenvolvido o “plano de reabilitação integrada de São Cristóvão” realizado pela caixa econômica em parceria com o governo francês.

APESAR DE executada APENAS UMA MÍNIMA PARCELA DO PROJETO, A INICIATIVA REAQUECEU O MERCADO E TROUXE NOVOS INVESTI-MENTOS IMOBILIÁRIOS PARA A REGIÃO.

M2 x $$!

Aproveitando a centralidade e a facilidade de acesso ao bairro, a área ainda será alvo de dois mega-eventos nos próximos anos: as olimpíadas de 2014, e a copa do mundo de 2016. Ambos Alterando completamente suas imediações.

tendo em vista este novo despertar do interesse imobiliário, ficamos com uma pergunta:

fonte: porto maravilha

fonte:

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fonte: portal governo do estado

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vias de acesso: ferrovias e metrÔ:

VIAS SECUNDÁRIAS

VIAS PRINCIPAIS

VIADUTOS

FERROVIAS

LINHAS DE METRÔ

estrada real

antigo litoral

topografia

área

ELEMENTOS DA EVOLUÇÃO URBANA:

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n

Antes de iniciar o projeto, era necessário conhecer um pouco mais das características do bairro. Para tanto, foram analisados diversos aspectos internos da região e a forma como ela se conecta com o entorno.

porém, a precariedade do sistema público e a não-racionalização das rotas e demandas comprometem os fluxos e TOrnam o deslocamento local caótico e sobrecarregado.

há uma visível diferença de densidade de ocupa-ção no interior da região em relação às suas margens. isso se deve aos limites impostos pela malha ferroviária ao sul e a oeste, e ao cemitério e refinaria ao norte. Estas áreas são pouco permeadas e mal valorizadas, prevale-cendo a ocupação informal ou fabril.

são cristóvãomangueira

benfica

vasco da gama

MALHA URBANA e conexões com entorno:

A facilidade logística e a localização privilegiada do bairro, junto do Centro do Rio de Janeiro e das principais vias de acesso, tanto municipais quanto intermunicipais e estaduais, fazem do bairro um enclave estratégico do transporte carioca.

?

contraditoriamente ao seu apelo viário, a VII RA Carece de rotas alternativas.

uma das características mais

interessantes da área, e que teve grande influência nas decisões do

projeto, foi a identificação do antigo do litoral.

a partir dele foi possível apontar as

áreas de ocupações mais antigas e justificar a existência dos grandes

lotes industriais ao leste.

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atrativos:

CENTRALIDADES:

eixo princip

al

“eixo” secUNDário largo de benfica

largo do pedregulho

largo dA CANCELA

área

1.5 km1 km

2,5 km

0,5 km

5 km

apacS E BENS TOMBADOS:

APAC ÁREA 1

APAC ÁREA 2

APAC SUB-ÁREA 1

TOMB. NACIONAL

TOMB. ESTADUAL

existem dois eixos de deslocamento de grande importância na região: Um de caráter local, que interliga os 3 principais pólos comerciais...

...e outro, de maior fluxo, que compõe o prin-cipal percurso centro x zona norte.

a região é servida de diversos equipamentos culturais, esportivos, comerciais e históricos a uma distância inferior a 2,5km da área projeto.

feira são cristóvão

cadeg

col. pedro II

quinta da boa vistarodoviária estação leopoldina

maracanãuerj

cefetecpedregulho

estádio são januário

museu do primeiro reinado

zoológicoobservatório nacional

i.n.t.o. igreja de são cristóvão

bairro santa genoveva

são cristóvão f.r.

horto botânico

reservatório

hospital frei antôniomuseu do índio

GRES. Paraíso do tuiuti

igreja santa edwiges

TOMB. MUNICIPAL

Além dos ícones de arquitetura tombados nos três níveis do patrimônio, foram ins-tauradas Áreas de Preservação do Ambien-te Construído (APAC) que, como o nome diz, estimulam, com leis específicas, a preser-vação de aspectos como fachadas, gabari-tos e usos dos imóveis nelas inseridos.

o próprio centro do rio não se encontra a

mais de 5km de distância.

rio de janeiro

VII RA. São Cristóvão

II RA. Centro

contraditoriamente ao seu apelo viário, a VII RA Carece de rotas alternativas.

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ÁREAS VERDES:

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projetos urbanos previstos:

PROJETOS PREVISTOS:

10. PROJ. RUA BELA

9. EXPANSÃO PQ. QUINTA BOA VISTA

11. PROJ. RUA FIGUEIRA DE MELO

12. proj. benfica

PROJETOS REALIZADOS:

2. C. DE TRADIÇÕES NORDESTINAS

1. FAVELA BAIRRO TUIUTI

PROJETOS EM EXECUÇÃO:

4. FAVELA BAIRRO MANGUEIRA

3. FAVELA BAIRRO VILA ARARÁ

. REABILITAÇÃO INTEGRADA (CAIXA)

5. C. R. VASCO DA GAMA

7. EXPANSÃO MARACANÃ

8. PORTO MARAVILHA

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a VII RA, possui 27 áreas livres classificadas como parques, praças e largos. Elas abrangem cerca de 7,5% da superfície total.

porém, o índice é mascarado pela existência da quinta da boa vista e do zoológico...

... com isso, bairros como Vasco da Gama e mangueira, vistos individualmente, não possuiríam espaços verdes significativos.

Abaixo estão relacionados os princi-pais projetos urbanos referentes a São Cristóvão.

de naturezas e objetivos diversos, poucos parecem levar em consideração o conjunto das obras para além de si mesmos.

A área projeto representa um resumo da situação do bairro e não se encon-tra inserida em nenhum projeto atual.

hey!

Meu interesse é, portanto, de despertar seu potencial latente, conectando-a conscientemente com os diferentes níveis da cidade, bairro e quarteirão.

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companhia brasileira de petróleo ipirangaem funcionamento

projeto porto maravilhaapesar de não compartilhar 100% das idéias propostas, levei em consideração todas as informações adquiridas sobre o mesmo para a definição do meu projeto, analisando desde a malha viária aos gabaritos e usos sugeridos.

centro de tradição nordestinaProjeto recente (2003), restaurou o uso do pavilhão são cristóvão e o transformou rapidamente em visita obrigatória da cidade.Porém, seus acessos são bastante complicados, e apesar de não fazer parte da área-projeto, propus algu-mas mudanças em prol do pedestre.

Cond. minha casa minha vidaEM fase de conclusão.Desnecessário incluir o projeto na área, uma vez que seus edifícios-torre não poderiam ser refeitos ;)

área projetosurpreendentemente excluída dos projetos em desenvolvi-mento, possui íntima ligação com o futuro porto maravilha e o Pavilhão São Cristóvão.Emparedada entre dois viadutos e polulada por diversas fábricas e galpões abandonados, a região mantém-se vazia exceto nos horários de chegada e saída do trabalho, quando funciona como rota de passagem devido à sua proximidade com a av. Brasil.No centro encontra-se ainda a Igreja de São Cristóvão, Uma das principais reminiscências do bairro.

Arquivo central - tribunal de justiça do estadoconcluído (2004).

A escolha da área:

Ambos os quarteirões se encontram consolidados com ocupação densa e em grande parte histórica.O maior problema são as testadas de lote com a rua figueira de melo devido ao viaduto da linha vermelha. entretanto, um projeto para a área já está em desenvolvimento.

projeto rua belao projeto visa recuperar a ambiência perdida com a construção dos viadutos da linha vermelha

n

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levantamento das edificações:

para iniciar o projeto, era necessário fazer um levantamento in loco das edifi-cações existentes.estabeleci três grupos principais com os quais qualifiquei as construções em:

alto valor arquitetônico;baixo valor arquitetônico;Gabarito elevado;

O gabarito predominante é de 3 pavimentos, conferindo com o liimte aprovado para a área.

Como esperado, os quarteirões à esquerda revelaram a maior parte das construções com valor arquitetônico /histórico, enquanto à direita está concentrada a maior parte dos galpões industriais.

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av. brasil

r. mns. m

anuel gomes

r. benedito ottoni

r. escobar

os imóveis localizados na rua escobar, próximos ao centro do bairro, são em sua maioria residen-ciais e comerciais. lá, próximo ao prédio da EMOP (Empresa de Obras Públicas -no ‘7’-), Encontram-se os únicos restaurantes da área-projeto.

As ruas Mns. Manuel Gomes e Benedito Otoni apresentam diversos usos, mas pouca identi-dade. Na margem esquerda as oficinas mecâni-cas disputam espaço com os imóveis aban-donados. Quanto à margem direita, é dominada por galpões, fábricas e pátios de manobra de caminhões. EM ambos os lados Existem ainda alguns edifícios residenciais, mas a maioria encontra-se depredada.

É interessante notar que a área adotou usos diferenciados que seguem uma lógica longitudinal de ocupação.

Já na faces de quarteirão voltadas para a avenida brasil, o abandono é claro. Com ocupação rarefeita, os únicos usos ainda encontrados são a armazenagem de cargas e aluguel de containers.

USOS:

residencial;comercial;industrial;institucional;abandonado;

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PRAçAS E PARQUES? NÃO!as pequenas ilhas de concreto e grama formadas entre as pistas de alta velocidade funcionam apenas como estacionamento. além de Tornar a passagem de pedes-tres perigosa e sua permanência desaconselhável, isolam o acesso ao pavilhão de exposições...

PRAçAs ou PARQUEs? Mais uma vez, NÃO!Mesmo sendo um logradouro público com um enorme potencial atrativo, reformado há 12 anos e à frente da icônica “igrejinha de São Cristóvão”, a praça continua sem receber um uso apropriado...Assim Como Lefrebvre (2002) alertava, ao difundir a ideia de que a rua reserva perigos, pode-se matar a riqueza da diversidade que ela nos proporciona. Porém, o mesmo pode acontecer se a ordem for inversa. No caso, a industrialização descuidada da região foi uma possível causa da marginalização da praça.

! ?

um viaduto incomoda muita gente, dois...!A existência de dois elevados a uma distân-cia pequena trouxe consequências negativas para a vizinhança, principalmente por não existir um tratamento adequado para seus impactos.

Produtos do início do século XX, os dois mega-quarteirões rema-nescentes na área dificultam a conexão interna do bairro e preservam uma estrutura indus-trial desatualizada do seu contexto na cidade.

análise geral:

talvez a região mais delicada de se projetar.Possui uma ocupação bem definida, porém mal resolvida. espontânea, mas precária. Histórica, e também ordinária.Seus casarões se misturam no tecido construído pelos consecutivos desmembramen-tos de lotes, Resultando em uma infinidade de padrões que devem ser respeitados ou descartados conforme a situação.

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2.518 é a quantidade de casas populares (35m2) que poderiam ser dispostas em apenas um dos mega-quarteirões da área.

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orientação teórica:

O termo desenvolvimento sustentável já é utilizado há décadas, porém, devido a sua varie-dade de aplicações, levou a uma equivalente variedade de sentidos. Isso parece torná-lo muitas vezes contraditório de acordo com a intenção do interlocutor. Portanto, desconsid-ero logo de início o discurso dogmático de que o crescimento das cidades é unicamente prejudicial ao meio ambiente. Este “desentendimento fundamentalista prega a ecologia contra a economia assim como o Bem vs o Mal” (Bjarke Ingels, 2009). Porém, Não se deve entender o termo como uma afronta ao desenvolvimento, mas sim como uma alternativa de progresso.

É justamente nesse ponto que entra a eficiência urbana. segudo netto e krafta (2009), as dinâmi-cas socioeconômicas intraurbanas mantêm relação estreita com a morfologia da cidade. Isto é, a forma como a cidade se distribui no espaço é fundamental para determinar a eficiência e os custos envolvidos nas trocas entre os agentes.

“Independentemente do que cada indivíduo realize ao longo de seu dia, seu procedi-mento envolve deslocamentos e atividades localizadas, sequenciais. A eficiência desse

procedimento envolve distribuição espacial de atividades e minimização de distâncias, ambas associadas à forma urbana. (...) sustentabili-dade, por sua vez, incluiría também a diversi-

dade e longevidade (...) das interações.”(netto e krafta -2009)

Existem Diversos componentes com potencial de influenciar a sustentabilidade e eficiência urbanas. Dentre eles, o tamanho, a forma, a densidade e compacidade da cidade, o processo de intensificação e descentralização, uso do solo, dis-posição e tipo de edifício, áreas verdes e espaços abertos (jenkins, 1996) são essenciais para determinar a qualidade do modelo.

A eficiência seria,

Portanto, um estado do sistema urbano.

não

não

logo, dentro do modelo de sociedade que encontramos hoje nas grandes cidades, tornaria-se insustentável manter uma ocupação urbana rarefeita, do mesmo modo que seria impensável manter uma ocupação despreocupada com o ambiente que a cerca.

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ANtigamente, com a evolução dos meios de tranportes e a diminuição do custo das viagens, dizia-se que a proximidade física não era mais obstáculo. Com base nesse modelo, foram realizadas as expansões de diversas cidades norte-americanas, onde a utilização do automóvel chega a representar 92% dos deslocamentos e o uso do transporte público não supera 3% (ribeiro, 2007). O resultado é o “sprawl urbano”, uma espécie de “antítese” das cidades compactas, e grande contribuinte da emissão de poluentes. PAra piorar, segundo suzuki (1999), apesar do crescente investimento em função do automóvel, o tempo médio de viagem da população tem crescido anual-mente em função dos congestionamentos, tornando o sistema insustentável.

em pesquisa realizada pelo pnad (pesquisa nacional por amostra de dom-icílios, do ibge) nas dez principais regiões metropolitanas brasileiras, o rio de janeiro obteve o pior índice per-centual de pessoas que passam mais de uma hora no trajeto casa-trabalho.

casa trabalho

lazer

casa trabalho

lazer

comparação esquemática da distribuição de ativi-dades em modelo de cidade espraiada e compacta.

Cara, cadê meu carro?!

fonte: observatório das metrópoles - ippur/ufrj

Los Angeles. Congestionamento em auto-estrada com 19 pistas de rodagem.

Esse quadro pode ser interpretado de diversas maneiras. Porém, duas chamam-me a atenção: A falta de opções de transporte público eficientes, e os prob-lemas causados pela setorização exclu-sivista do uso do solo, onde a moradia e o trabalho se localizam em pontos dis-tintos e distantes.

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Cidades compactas e com uso misto têm a seu favor, portanto, menor dependência do automóvel e, consequentemente, menor consumo de energia. DistÂncias menores estimulam a caminhada e o uso da bicicleta que, por sua vez encorajam o uso dos espaços públicos, favorecendo a vida em comunidade e aumentando o sentimento de segurança local. A compati-cidade diminui ainda os custos com instalação de infraestrutura urbana e, além disso, tende a oferecer um índice de hospitais, escolas e bibliotecas por habitante superior ao encon-trado em cidades espraiadas (burton, 2000).

Porém, a concentração excessiva pode contribuir para alterações micro-climáticas, nas quais a forma, implantação e altura dos edifícios influenciam diretamente na ventilação e no acesso solar. Podem também aumentar o consumo e utilização de equipamentos climáticos, rever-tendo os benefícios do sistema (Hui, 2001). segundo Chen (2008) existe uma densidade limite de 168 pessoas por hectare até a qual a cidade suporta absorver as atividades sem sofrer danos irreparáveis. São cristóvão, por sinal, encontra-se bem abaixo do valor, com apenas 64,65 pessoas por hectare.

Tempo de viagensDiferentes meios de transporte em áreas urbanas - porta a porta;

fonte: seriesdesenhos.com fonte: sbt.com.br

fonte: ancorador.com.brfonte: desenhosparaartscom

fonte: vivoverde.comfonte: johnniewalker.com

5 passageiros

Só motorista

1/3 cheio

Cheio

Espaço requerido por pessoa em diferentes meios de transporte a uma velocidade de 10km/h;

Page 40: Eficiência Urbana como Proposta de Sustentabilidade para o Bairro de São Cristóvão, RJ

fonte: www.arct.cam.ac.uk

“Qual tipo de construção faz o melhor uso do solo?”Apesar de frequente, essa pergunta é dificilmente respondida. Isso porque sua aplicação depende inevitavelmente do local em que se deseja edificar. para nossa infelicidade, a maioria dos estudos são desenvolvidos “no e para o” hemisfério norte, dificultando a compatibilidade com a nossa realidade. Ainda assim, alguns parâmetros podem ser aproveitados.

NO trabalho de Steemers (2003) são feitas diversas análises das pesquisas de Leslie Martin, publica-das na década de 60. Nelas, martin analisa duas formas principais de construção, pátio e pavilhão.

à PRINCÍPIO, “o formato ‘pátio’ consegue ocupar a mesma

ÁREA DO TERRENO, COM A MESMA CONDIÇÃO DE PROFUNDI-DADE DO EDIFÍCIO, E COM APROXIMADAMENTE UM TERÇO DA

ALTURA NECESSÁRIA PARA UMA CONSTRUÇÃO NO FOR-MATO ‘PAVILHÃO’” (MARTIN, 1972).

38

Reforçando a teoria, temos o diagrama de Fresnel, onde a área formada entre dois quadrados concêntricos adjacentes é sempre igual a área do seu antecessor que por sua vez, possui a mesma superfície do quadrado central.

analogamente, podemos construir um edifício esbelto de borda de quarteirão que possua a mesma área de superfície que um edifício-torre, porém preservando o miolo da quadra-livre para outras atividades.

Formato “Pavilhão”: ocupação de miolo de quadra

Formato “pátio”: ocupação de borda de quadra

fonte: steemers (2003) fonte: steemers (2003)

fonte: steemers (2003)

Page 41: Eficiência Urbana como Proposta de Sustentabilidade para o Bairro de São Cristóvão, RJ

fonte: http://dcmud.blogspot.com

fonte: www.thisislondon.co.uk

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OU SEJA, O CENTRO DE MANHATAN PODERIA SER TODO SUBSTITUíDO POR EDIFÍCIOS COM OCUPAÇÃO DE BORDA DE QUARTEIRÃO. Isso reduziria A ALTURA MÉDIA DE 21 PAVIMENTOS, PARA ESCALAS MAIS HUMANAS DE 7 PAVIMENTOS COMO, POR EXEMPLO, NO “PLANO CERDÀ” EM BARCELONA.

nÃO OBSTANTE, O PÁTIO OFERECE MAIOR ACESSO SOLAR àS RUAS, O QUE PERMITE REDUZIR AS DISTÂNCIAS ENTRE AS FACHADAS, SEM PERDER QUALIDADE AMBIENTAL, EM TROCA DE MAIORES ESPAÇOS VERDES NO INTERIOR DO QUARTEIRÃO.

optei pelo modelo de construção de pátios para o terreno em São Cristóvão. Acredito que dessa forma os diversos benefícios ambientais e sociais para a área, intrínsecos ao modelo, dialogariam positivamente com o entorno, de modo a preservar a característica colonial remanescente do bairro, com seus casarios justapostos à calçada.

... e comercial em Baltimore, EUA (Baltimore´s Southwest Waterfront).

exemplos de centros de quarteirões públicos em conjunto habitacional em Londres, ING (Olympic/east village)

fonte: dcmud.blogspot.com/

construções com testada junto à calçada, sem afastamentos laterais e de uso misto, privile-giam o uso do espaço para o pedestre. Isso incentivaria a circulação, a permanência e o senti-mento de segurança do mesmo nas ruas que, por sua vez, estimulariam os mais diferentes tipos de trocas e relações sócio-econômicas entre os indivíduos, fundamentais para o desen-volvimento das cidades.

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break time!

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5 proj

eto

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DIRETRIZES:

para isso, incorporei na malha atual as ruas a serem criadas pelo pro-jeto do porto maravilha e isolei as construções identificadas como de alto valor histórico/arquitetônico e de gabarito alto dentro da área.

Uma das prioridades do projeto foi estabelecer conexões melhores entre a área e o seu entorno.

pRIMEIROS ESTUDOS...

...

proposta aDOTADA!

n

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o resultado foi um TRAÇADO mais unido À MALHA existente e com quarteirões mais acessíveis ao pedestres, com proporções próximas a 125x125m.

onde antes existiam apenas 9 quadras, agora existem 24. Com isso a região não só SE TORNOU mais permeável como também dobrou seu perímetro para aproximadamente 10.120m!

o que significa ISSO? sIMPLES: um aumento do número de lotes com a testada voltada para a rua! permitindo ASSIM uma maior diversidade de usos, maiores trocas sócio-comerciais, melhor ventilação, acesso solar, etc.

vias contínuas

trecho a demolir

n

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Para verificar a eficiência desse novo traçado, realizei uma análise axial das ruas utilizando o software MINDWALK, que através de con-ceitos Da topologia É CAPAZ DE RANQUEAR OS VALORES PROPORCIONAIS DE CONECTIVIDADE E ACESSIBILIDADE segundo aspectos globais (proximidade topológica de um nó com todos os nós do sistema) ou locais (proximidade de um nó limitado a 3 passos topológicos).

nAS ANÁLISES de conectividade GLOBAL acima, pode-se notar uma diminuição considerável dos valores nas ruas Santos Lima e Figueira de Melo. Isso não significa que ELAS se toRnARAM menos acessíveis, pelo contrário, COMO o sistema recebeu novas opções de rotas, distribui-SE melhor a sobrecarga que antes era depositada prioritariamente neLas.

JÁ NA ANÁLISE LOCAL, PERCEBE-SE QUE AS RUAS PROJETADAS RECEBEM UMA GRADUAÇÃO SEMELHANTE, COMPROVANDO SUA INTEGRAÇÃO COM O SISTEMA, mostrando-se uma IMPORTANTE ALTERNATIVA PARA REDUZIR A DEPENDÊNCIA DE MOBILIDADE LOCAL DO BAIRRO COM A RUA FIGUEIRA DE MELO.

ESCALA G

RÁFICA

MÁX.

MÍN.

R. FIG

UEIRA D

E M

ELO

R. sAN

TOS

lIMA

R. FIG

UEIRA D

E M

ELO

antes dEPOIS

antes dEPOIS

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m

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m

O projeto contempla basicamente três novos tamanhos de testada de lote, desenvolvidos em comum com a hierarquia de gabaritos.

1

1019

2

1120

3

1221

5

13

6

7

14

22

8

1516

9

17

18

23

24

4

os lotes médios, com 12m de frente, estão localizados nos quarteirões de 1, 2, 8, 9, 12 E 14. respeitando o gabarito sugerido pela APAC de até 11m.

já os maiores lotes, com 16m de testada, localizam-se onde o gabarito alcança maiores alturas: nos quar-teirões 10 a 18.

Os menores lotes, com 8m de testada, distribuem-se nos quarteirões 3 a 7 de forma que as fachadas dos novos edifícios dialoguem com os ritmos pré-existentes.

Essas dimensões diversifica-das INCENTIVAM uma ocupação variada do território, sendo extremamente benéfica para a manutenção de uma cidade sustentável. os usos podem ser melhor alocados de acordo com a sua necessi-dade espacial e suas funções podem ser continuamente renovadas.

A preocupação em preser-var o patrimônio histórico e as edificações de uso residêncial ou gabarito elevado, implicou na manutenção dos edifícios identificados ao lado.

Seus respectivos lotes, ainda que inalterados, ajudaram a delimitar o perfil dos novos terrenos.

patrimônio a preservar; edificaões de uso residencial;Gabarito alto;

Loteamento:

EDIFICAÇÕES mantidas:

n

n

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m

m

de maneira a controlar a taxa de ocupação do solo (TO) e o índice de aproveitamento do terreno (IAT), Delimitei uma área non-aedificante a 25m de profundidade do lote, Garantindo miolos de quadras amplos, venti-lados e com bom acesso solar.

em favor da circulação do pedestre estabeleci um RECUO de 3m NA TESTADA DOS LOTES - con-forme TAMBÉM sugerido pelo plano diretor - ampliando as antigas e estreitas calçadas da região e adequando-as para arborização.

afastamentos:

PRAçAS e prédios;

A partir DISSO obtem-se o possível perfil construtivo para a área projeto.

edificações mantidas;áreas edificantes;área livre

A mistura do antigo com o novo, assim como as múltiplas áreas verdes, garantem a diversidade, a valorização da qualidade de vida e dos imóveis.

Beatley (2000), em “Green Urbanism” também sustenta que o urbanismo moderno deve ser abordado de forma mais ecologicamente responsável em prol de uma melhor qualidade de vida e maior autosuficiência dos próprios núcleoS, ASSEGURADO PELA DIVERSIDADE.

n

n

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passagens ao nível térreo;

paralelamente a sua função de CIRCULAÇÃO, essas “praças” servirão para os mais diversos fins, como áreas de lazer, de gastronomia ou de eventos sócio-culturais.

Inseridos na malha e indissociáveis do modelo, os centros dos quar-teirões serão destinados ao uso público peatonal.

Segundo JAIN (2006), o Trânsito livre Entre Mercados fechados e áreas de atividades ao ar livre surgere uma ampla gama de relações, sendo funda-mental para o sucesso das conexões sociais de uma região.

Ao explorar novos percursos com escalas e contrastes espaciais variados, fomenta-se a curiosidade do pedestre, Garantindo uma experiência mais rica ao descobrir o território.

n

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GABARITOS:

Analizando o entorno imediato À área, identificam-se duas realidades diferentes:

1. APAC - Dentro da qual a altura para qualquer edificação a construir está limitada a 11m, ou 3 pavimentos.

2. porto maravilha - vizinho ao projeto, possui lotes com gabaritos liberados a 50 pavimentos, Causando um verdadeiro atrito com o entorno colonial.

perspectiva

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50

m

hmax = 39,5m / 12pav -> iat = 5,5;hmax = 25,0m / 7 pav -> iat = 3,5;hmax = 17,5m / 5 pav -> iat = 2,5;hmax = 11,0m / 3 pav -> iat = 1,5;

area de pres

ervação

do Ambiente

Cultural

corte transversal aa’;

corte transversal bb’;

corte l

ongitudinal c

c’;

b

b’

a

a’

c

c’

rESPEITANDO a legislação vigente, adotei como DIRETRIZ O CON-TROLE GRADUAL DO GABARITO. tENDO a Igreja de São Cristóvão como PONTO DE PARTIDA CENTRAL a partir do qual o gabarito se elevará dos 11m até seu limite de 40m nas arestas mais dis-tantes.

gabarito

gabarito

gabarito

n

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m

USOS:

Residencial;Comercial;misto;institucional;

os novos lotes nos quarteirões 1 a 9 serão majoritariamete mistos, exceto nas região central, onde o comércio deve ser MAIS ESTIMULADO.

1º e 2º pav.

comercial

misto

residencial

3º ao 5º pav.

6º ao 12º pav.

Esquema de usos nos quarteirões 10 a 18;

A distribuição dos usos na área-projeto deverá ocorrer em sua maior parte, de forma espontânea, pois as necessi-dades da cidade irão ditar a sua própria ocupação.

os andares superiores AO 5o, SERÃO EXCLUSIVA-MENTE residênciaIS, garantindo o equilíbrio e a variedade necessária para a dinâmica do bairro.

Nos quarteirões 10 a 18, os dois primeiros pavimentos serão reservados para o uso comercial. Enquanto o 3o, 4o e 5o pav Serão DE uso misto.

A diversidade de usos e atividades encontradas a pequenas distâncias é essencial para a sustentabilidade da cidade. segundo Jacobs (1961) Quanto mais intensamente ligadas e diversifica-das as atividades em uma área, mais as pessoas tendem a caminhar.

Entretanto, alguns lotes já despertam interesse para fun-ções específicas. É o caso do conjunto de armazéns preservados no quarteirão 9, devido a sua locali-zação e escala, pode-ria alocar um mercado municipal, por exemplo.

emop(exist.)

terminal de vlt

escola

Mercado Municipal SUGERIDO

hospital

centro cultural

n

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ILUSTRAÇÕES DA ÁREA-PROJETO:

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Perspectiva da via primária

perspectiva vista de pássaro

perspectiva DAS BAIAS DE ESTACIONAMENTO

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vias existentes; vias projetadas;vias existentes com sentido invertido;ACESSOS peatonaIS;percurso proposto DO vlt;Ciclovias propostas;

Circulando: A diversidade nos meios de transporte também é primor-dial para garantir a eficiência urbana.

No esquema abaixo, ESTÃO INDICADAS as vias de automóveis, bicicletas, peatonais e de vlt (veículo leve sobre trilhos) projetadas ou já existentes na região, e sUAS respectivAs DIREÇÕES DE FLUXOS.

n

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Apesar de não estar inserida na área projeto, a região do entorno do pavilhão é de substâncial influêcia na distribuição do trânsito na área.

Circulação adjacente:

Seu anel viário recebe um grande fluxo de diversas regiões da cidade, principalmente pela existência dos acessos ao viaduto da linha vermelha, refletindo NEGATIVAMENTE na qualidade de vida do entorno.

Portanto, achei importante revisar sEU sistema viário analisando o acúmulo de vias criadas no decor-rer do tempo, e sintetizando-as de acordo com a necessidade atual.

Com essas melhorias no trânsito, foram conquistadas maiores áreas livres para parques e/ou estacionamentos em volta do pavilhão em benefício dos frequentadores do mesmo.

antes...

pavilhão são cristóvão

... depois.

pavilhão são cristóvão

Área

projeto

m

Área

projeto

VIADUTOS

VIADUTOS

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vlt de Melbourne

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A escolha do vlt (Veículo Leve sobre Trilhos) SURGIU Da necessidade de se criar uma alter-nativa de transporte em massa com baixo impacto ambiental.

meios de transportes e suas capacidades:

m

ramal projeto

VLT - VEíCULO LEVE SOBRE TRILHOS:

projeção do percurso vlt-porto

+ vlt projeto

Com uma capacidade de transporte de pas-sageiros classificado entre ônibus e metrô pesado (15 a 35 mil p/h/s) e com sistema elétrico de alimentação, o vlt é uma opção INTERESSANTE para o bairro.

ao contrário do “Monorail” que necessita de elevados para funcionar, o vlt pode circular inserido na própria caixa de rodagem, Em faixa segregada ou não. Além disso, possui RAIO de curvatura inferior, sendo de maior compatibili-dade com a malha urbana pré-existente.

Um grande facilitador para a sua instalação, é O fato do projeto do porto maravilha já contar com uma nova rede de VLT, conectando a praça mauá à rodoviária novo rio.

É justamente a partir da rodoviária que pretendo criar o ramal do projeto, interligando assim o bairro de são cristóvão ao centro do rio.

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m

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cortes e seções:

Sempre em conformidade com a ABNT e procurando trazer elementos naturais ao ambiente urbano, o projeto trabalha basicamente com dois tipos de vias: As principais e as secundárias.

1 2

3 4

Edif. Preserv. - Sem afastamento

Edif. projetado - afastamento de 3m

o exemplo no 2 repre-senta as vias principais, constituidas por duas pistas de rodagem para veículos em geral, duas faixas exclusivas para vlt e uma ciclovia. Todas separadas por canteiros.

O exemplo no 1 refere-se Às vias secundárias. pro-jetadas para baixas velocidades. são compos-tas por uma faixa para tráfego comum (incluindo ônibus), uma ciclofaixa e dois canteiros laterais.

fachada p

reservada

o 3o representa a situação mais extrema do projeto, onde Ambas as laterais, ocupadas por edificações preservadas, possuem distân-cia máxima de 11m, obrigando assim a calçadas mais estreitas e um único canteiro.

o no 4 foi determinante para a padronagem das vias principais por ser o único trecho nessas vias ladeado por construções antigas, sem afas-tamento, e preservadas.

Ed. proj. -

afast d

e 3

m

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m

PAVIMENTAçÂO:

pavim

entações p

ropostas

segundo t

ipos d

e r

uas

infraestrutura - seção da via secundária:

bloco intertravado de concreto

bloco intertravado de concreto

Paralelepípedo bloco de Granito

asfalto placa de Granito

asfalto com pintura

asfalto placa de Granito

asfalto com pintura

ruas calçadas

ciclovia

ciclofaixa

tubo de drenagem

dutos para energia

poço de inspeção

canteiro iluminação pública

dutos de telecom

vala técnica

cet

tubulação de água

tubulação de gás

caixa de

rede de esgoto

de esgoto

inspeção

a PAVIMENTAÇÃO DAS RUAS NA ÁREA-POJETO FOI REALIZADA ATRAVÉS DA CLASSIFICAÇÃO DAS MESMAS EM QUATRO GRUPOS DISTINTOS, VARIANDO DE ACORDO COM A QUALIDADE DO ENTORNO, INTEN-SIDADE DE USO E FUNÇÃO DESEMPENHADA.

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Quarteirão-modelo:

m

o quarteirão ao lado ilustra as possibili-dades de ocupação. Nele podemos notar Os amplos acessos ao pátio interno originado pela configuração das futuras construções. Seu espaço multi-uso potencializa as experiências indoor/ outdoor do usuário e a dinâmica do bairro.

devido ao bom acesso solar dos pátios, a iluminação pública das praças e parques pode ser garantida com o uso de luminárias foto-voltaicas.

Sun F

lowers -

Riss e

Rosbjerg

Calle M

ayor -

Granada

O canteiro lateral direito recua em alguns trechos para oferecer baias de estacionamento, Pontos de ônibus ou áreas de contemplação e descanso.

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Sua proposta surgiu da necessidade de afastar os futuros edifícios da área de tráfego intenso da av. brasil e dos elevados.

Ao mesmo tempo em que alivia a poluição sonora e visual, este corredor verde valoriza o entorno.

problema!

SOLU

çÃO!

ou

Sua largura varia de 25 a 70m, permitindo o desenvolvimento de diversas atividades esportivas, de lazer e descanço, tornando-o um importante equipamento urbano da região.

Parque Linear: localizado ao longo de toda a margem direita do projeto, o parque linear é formado por um conjunto de praças conectadas entre si por passarelas e travessias-plataformas PARA PEDESTRES.

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m

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O parque foi pensado para atender a diversos usos diurnos e noturnos. Cada uma de suas praças aborda uma temática diferente, unidos numa escala maior pelo paisagismo e ciclovia.

a segunda praça explora o uso da água como elemento interativo e decorativo!!!

Centennial P

ark A

tlanta

Millenium P

ark C

hicago

voltada para o público infantil, A primeira praça é equipada com brinquedos sensoriais e educativos.

parque ibir

apuera

parque ibir

apuera

Alcazar -

Córdoba

estação v

lt -

sevilha

a estação de VLT fica estrategicamente localizadA nA praça central. por nela converger um grande número de transeúntes, foi utilizado um paisagismo mais ordenado favoreceNDO a livre circulação.

n

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A praça seguinte aproveita sua localização entre a estação de VLT e as praças esportivas, oferecendo um espaço gas-tronômico distribuído em pequenos quiosques. Nela também está presente a ciclovia.

Como acima já mencionado, as duas últimas praças são dedicaDAs À prática de diversos esportes, Aproveitando aqui a maior largura do parque.

Aterro d

o F

lamengo -

RJ

O parque também oferece espaço para exposiçÕES ao ar-livre de escul-turas, folies, etc.

n

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perspectivas gerais:

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"O homem é o arquiteto de seu próprio destino".

(Frank Miller)

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Fonte: “C

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