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02 ESTABILIZAÇÃO DE SOLO COM CIMENTO ABR/2013 ÊNIO HENRIQUE GRAÇA 01 INCLUSÃO DE EQUIP RAMPA E VIAS DE SERVIÇO MAR/2013 ÊNIO HENRIQUE GRAÇA 00 EMISSÃO INICIAL FEV/2013 ÊNIO HENRIQUE GRAÇA Rev. Modificação Data Elaborado Verificado Aprovado Coordenador de Projeto CREA / UF JOSÉ THEODÓZIO NETTO 41548D/SP Autor do Proj./Resp. TécnicoCREA / UF ANDRÉ FELIPE VALE5060945602D/SP Co-autor CREA / UF ÊNIO NEVES 8266 D/AM Coordenador do Contrato CREA/UF HENRIQUE ALEXANDRE F.SILVA 5359-D/RN Coord. Adjunto Contrato CREA/UF Elaborado CREA / UF ANDRÉ VALE5060945602 D/SP Número Conferido CREA/UF Escala Data ABR/2013 EMPRESA BRASILEIRA DE INFRAESTRUTURA AEROPORTUÁRIA Sítio AEROPORTO INTERNACIONAL EDUARDO GOMES / MANAUS Área do sítio PÁTIO DE ESTACIONAMENTO Escala Data FEV/2013 Elaborado ANDRÉ VALE Especialidade / Subespecialidade PAVIMENTAÇÃO – ETAPA 00 Fiscal do Contrato Rubrica MARCOS JOSÉ S. C. DE ALMEIDA MARIA DAS GRAÇAS R. DOS SANTOS Tipo / Especificação do documento ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ESPECÍFICAS Tipo de obra AMPLIAÇÃO / REFORMA Classe geral do projeto PROJETO EXECUTIVO Gestor do Contrato Rubrica ADELCIO CORRÊA GUIMARÃES FILHO Substitui a Substituída por Termo de Contrato Nº 01425-ST/2011/0025 Codificação EG. 04 / 105.92 / 07768 / 02

EG.04-105.92-07768-02 - ETE Pavimentacao Etapa 00 - solo ...licitacao.infraero.gov.br/arquivos_licitacao/2013/SRNR/002_ADNR... · INTRODUÇÃO ... Normas Regulamentadoras do MTE

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02 ESTABILIZAÇÃO DE SOLO COM CIMENTO ABR/2013 ÊNIO HENRIQUE GRAÇA

01 INCLUSÃO DE EQUIP RAMPA E VIAS DE SERVIÇO MAR/2013 ÊNIO HENRIQUE GRAÇA

00 EMISSÃO INICIAL FEV/2013 ÊNIO HENRIQUE GRAÇA

Rev. Modificação Data Elaborado Verificado Aprovado

Coordenador de Projeto CREA / UF

JOSÉ THEODÓZIO NETTO 41548D/SP

Autor do Proj./Resp. TécnicoCREA / UF

ANDRÉ FELIPE VALE5060945602D/SP

Co-autor CREA / UF

ÊNIO NEVES 8266 D/AM

Coordenador do Contrato CREA/UF

HENRIQUE ALEXANDRE F.SILVA 5359-D/RN

Coord. Adjunto Contrato CREA/UF

Elaborado CREA / UF

ANDRÉ VALE5060945602 D/SP

Número

Conferido CREA/UF

Escala

Data

ABR/2013

EMPRESA BRASILEIRA DE INFRAESTRUTURA AEROPORTUÁRIA

Sítio

AEROPORTO INTERNACIONAL EDUARDO

GOMES / MANAUSÁrea do sítio

PÁTIO DE ESTACIONAMENTO

Escala

Data

FEV/2013

Elaborado

ANDRÉ VALE

Especialidade / Subespecialidade

PAVIMENTAÇÃO – ETAPA 00 Fiscal do Contrato Rubrica MARCOS JOSÉ S. C. DE ALMEIDA MARIA DAS GRAÇAS R. DOS SANTOS

Tipo / Especificação do documento

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ESPECÍFICAS Tipo de obra

AMPLIAÇÃO / REFORMA

Classe geral do projeto

PROJETO EXECUTIVO

Gestor do Contrato Rubrica

ADELCIO CORRÊA GUIMARÃES FILHO

Substitui a

Substituída por

Termo de Contrato Nº

01425-ST/2011/0025

Codificação

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ÍNDICE

1.  INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 4 

1.1. OBJETIVO ......................................................................................................................................................... 4 

1.2. DEFINIÇÕES .................................................................................................................................................... 4 

1.3. NORMAS ........................................................................................................................................................... 6 

1.4. ESCLARECIMENTO ........................................................................................................................................ 7 

1.5. SIMILARIDADE ................................................................................................................................................. 7 

1.6. RELAÇÃO DE DESENHOS ............................................................................................................................. 8 

2.  DIRETRIZES GERAIS ................................................................................................................................. 9 

2.1. VISITA TÉCNICA .............................................................................................................................................. 9 

2.2. LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES DOS SERVIÇOS ........................................................................... 9 

2.3. CUSTOS ............................................................................................................................................................ 9 

2.4. MEDIDAS ........................................................................................................................................................ 10 

2.5. DOCUMENTOS GRÁFICOS DE PROJETOS ............................................................................................. 10 

2.6. DISCREPÂNCIA, PRIORIDADES E INTERPRETAÇÃO ........................................................................... 10 

2.7. RELAÇÃO ENTRE CONTRATADA E FISCALIZAÇÃO .............................................................................. 11 

2.8. DIÁRIO DE OBRAS ........................................................................................................................................ 11 

2.9. LICENÇAS E FRANQUIAS ............................................................................................................................ 11 

2.10. MATERIAIS E SERVIÇOS ........................................................................................................................... 12 

2.11. ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE ...................................................................................................... 12 

2.12. EQUIPAMENTOS ......................................................................................................................................... 13 

2.13. PRAZO DE EXECUÇÃO ..............................................................................................................................  13 

2.14. ASSISTÊNCIA TÉCNICA ............................................................................................................................ 13 

2.15. QUALIDADE E GARANTIAS ....................................................................................................................... 14 

2.16. MEDIÇÃO E PAGAMENTO ......................................................................................................................... 14 

2.17. COOPERAÇÃO COM OUTROS CONTRATOS ........................................................................................ 14 

2.18. PRESERVAÇÃO DA PROPRIEDADE ....................................................................................................... 15 

2.19. ASPECTOS OPERACIONAIS .................................................................................................................... 15 

2.20. LIMPEZA DIÁRIA.......................................................................................................................................... 16 

2.21. AS BUILT ....................................................................................................................................................... 16 

3.  PAVIMENTAÇÃO ...................................................................................................................................... 16 

3.1. REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO .............................................................................................................. 16 

3.2. SUB-BASE DE SOLO MELHORADO COM CIMENTO .............................................................................. 19 

3.3. BASE EM SOLO-CIMENTO .......................................................................................................................... 25 

3.4. IMPRIMAÇÃO ................................................................................................................................................. 30 

3.5. PINTURA DE LIGAÇÃO ................................................................................................................................. 33 

3.6. TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO - TSD ............................................................................................ 37 

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3.7. CONCRETO BETUMINOSO USINADO A QUENTE–CBUQ-BINDER ..................................................... 44 

3.8. CONCRETO BETUMINOSO USINADO A QUENTE - CBUQ .................................................................... 58 

3.9. CONCRETO BETUMINOSO USINADO A QUENTE - RET ....................................................................... 72 

3.10. SUB-BASE EM CONCRETO COMPACTADO COM ROLO (CCR) ........................................................ 87 

3.11. PLACAS DE CONCRETO ........................................................................................................................... 94 

3.12. PROTEÇÃO VEGETAL COM PLANTIO DE GRAMA EM MUDAS ....................................................... 110 

4.  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................... 112 

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1. INTRODUÇÃO

Associado a presente especificação, deve ser observado o constante no Memorial Descritivo, Planilha de Serviços e Quantidades e Desenhos do Projeto.

1.1. OBJETIVO

O objeto contratual corresponde à reforma e ampliação da área de movimento do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus-AM. O Projeto será desenvolvido em 4 etapas (Etapa 00, Etapa 01, Etapa 02 e Etapa 03).

Em linhas gerais, o escopo dos serviços envolvidos na obra em questão compreende a locação geométrica, remoção e limpeza de camada vegetal, demolição de pavimentos existentes, remoção e transporte de expurgos, regularização do subleito e terraplenagem para conformação do terreno aos greides de projeto, compactação do corpo de aterro, execução dos pavimentos rígidos e flexíveis, compatibilização do sistema de drenagem de águas pluviais, sinalização horizontal, compatibilização dos sistemas de balizamento noturno e demais auxílios à navegação aérea e rede de alimentação de energia elétrica (modificação da passagem da rede), entre outros serviços associados.

O presente documento contém as especificações técnicas para execução do objeto contratual relativo aos serviços de Pavimentação da Etapa 00, orientando, descrevendo e disciplinando todos os procedimentos e critérios que estabelecerão o relacionamento técnico entre a CONTRATADA e a CONTRATANTE.

1.2. DEFINIÇÕES

Para entendimento dos componentes de projeto e das condições de sua elaboração, é apresentado um resumo das denominações, siglas e abreviaturas utilizadas, a saber:

AASHTO - American Association of State Highway and Transportation Officials

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

AMN - Asociación Mercorsur de Normalización

ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil

ASTM - American Society for Testing and Materials

AVSEC - Curso de Familiarização e Segurança na Aviação Civil

MAO - Aeroporto Eduardo Gomes - Manaus (IATA)

CBR - California Bearing Ratio (Índice de Suporte Califórnia).

COMAER - Comando da Aeronáutica

CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente

CONFEA - Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia

CONTRATADA - Empresa adjudicada em processo licitatório para execução dos serviços

CONTRATANTE - Empresa responsável pela licitação, contratação e pagamento dos serviços

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CREA - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia

CSO - Curso de Circulação de Pessoas e Segurança Operacional

DEOB - Superintendência de Obras

DIRENG - Diretoria de Engenharia do Comando da Aeronáutica

DNC - Departamento Nacional de Combustíveis

DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

ENGENHEIRO RESIDENTE

- Engenheiro civil, devidamente registrado no CREA, designado pela

CONTRATADA para acompanhamento dos serviços

EPI - Equipamento de proteção individual

ETE - Especificações Técnicas Específicas

FAA - Federal Aviation Administration

FISCALIZAÇÃO - Atividade de acompanhamento dos serviços, através de pessoa ou grupo de pessoas especialmente designadas pela CONTRATANTE

IAC - Instrução de Aviação Civil

IATA - Internacional Air Transport Association

ICAO - International Civil Aviation Organization

INFRAERO - Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária

MC - Memorial de Cálculos

MD - Memorial Descritivo

MTE - Ministério do Trabalho e Emprego

NBR - Norma Brasileira

NSMA - Norma de Serviço do Ministério da Aeronáutica

NOTAM - (Aviso ao Aeronavegante) – Aviso que contém informação relativa ao estabelecimento, condição ou modificação de quaisquer instalações, serviços, procedimentos ou perigos aeronáuticos, cujo conhecimento seja indispensável à segurança, eficiência e rapidez da navegação aérea.

OACI (ICAO) - Organização da Aviação Civil Internacional

PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

PINI - Editora brasileira, responsável pela tabela TCPO, entre outros materiais técnicos na área de engenharia civil

PROPONENTE - Empresa que apresenta proposta de participação no processo

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licitatório

PSQ - Planilha de Serviços e Quantidades

RBAC - Regulamento Brasileiro de Aviação Civil

SBBR - Aeroporto Internacional Eduardo Gomes(Sigla ICAO)

SI - Sistema Internacional de Unidades

SICAF - Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores

SINAPI - Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e Índices da Construção Civil

TCPO - Tabela de Composições de Preços para Orçamentos (PINI)

1.3. NORMAS

Além do que estiver explicitamente indicado nas especificações técnicas específicas e nos desenhos referentes ao projeto, deverão ser obedecidos os documentos abaixo listados, por ordem de relevância e preferência em caso de conflito, para o âmbito do presente projeto.

ANAC Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC 154)

Instrução de Aviação Civil – IAC 4302

ICAO

Annex 14, Volume I, Aerodrome design and operations, 5th edition

Doc.9157- Airport Design Manual, Part 1, Runways - 3rd edition

Doc.9157- Airport Design Manual, Part 2, Taxiways, Aprons and Holding Bays, 4th edition

COMAER Normas de Infraestrutura Aeroportuária (NSMA-85-2)

ABNT

ABNT NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão

ABNT NBR 7732 - Cabos elétricos para auxílios luminosos em aeroportos, na tensão de 3,6/6 kV

ABNT NBR 7733 - Aeroportos - Execução de instalação de cabos elétricos subterrâneos para auxílios luminosos

ABNT NBR 9718 - Transformadores de isolamento para auxílios luminosos em aeroportos

ABNT NBR 12971 - Emprego de sistema de aterramento para proteção de auxílios luminosos em aeroportos – Procedimento

ABNT NBR 14039 - Instalações elétricas de média tensão de 1,0kV a 36,2kV

ABNT NBR 15465 - Sistemas de eletrodutos plásticos para instalações elétricas de baixa tensão - Requisitos de desempenho

FAA Advisory Circular nº 150/5320-6E - Airport Pavement Design and Evaluation

Advisory Circular nº 150/5320-5C - Surface Drainage Design

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Advisory Circular nº 150/5370-10E - Standards for Specifying Construction of Airports

Advisory Circular nº 150/5340-30D - Design And Installation Details For Airport Visual Aids

Advisory Circular nº 150/5335-5A - Standardized Method of Reporting Airport Pavement Strength – PCN

Advisory Circular nº 150/5325-4B - Runway Length Requirements for Airport Design

Advisory Circular nº 150/5345-47ª Specification for Series to Series Isolation Transformers for Airport Lighting Systems

AASHTO T 180 Standard Method of Test for Moisture-Density Relations of Soils Using a 4.54-kg (10-lb) Rammer and a 457-mm (18-in.) Drop

DNIT

Normas de Especificação de Material (EM)

Normas de Especificação de Serviço (ES)

Instruções de Ensaio (IE)

Métodos de Ensaio (ME)

DNC Regulamento Técnico DNC nº 03/97

Em todos os casos, os documentos técnicos constituintes dos serviços da obra deverão obedecer às recomendações da ABNT, referentes às normas de classificação, especificação, métodos, procedimentos, padronização, simbologia e terminologia dos elementos dos projetos.

Ainda, deve-se atentar a: códigos, normas, leis, decretos, portarias e regulamentos dos Órgãos Públicos e concessionárias locais, que estejam em vigor, e sejam referentes à execução dos serviços, com especial atenção para:

Resoluções do CONFEA;

Resoluções do CONAMA; e

Normas Regulamentadoras do MTE.

Em caso de divergências entre normas, quando não houver precedência hierárquica legal ou não estiver clara a relevância segundo apresentado, prevalecerá a mais recente e, para dirimir quaisquer dúvidas a FISCALIZAÇÃO deverá ser sempre consultada.

1.4. ESCLARECIMENTO

O conteúdo deste documento deverá ser examinado com extrema atenção pela CONTRATADA e, em todos os casos omissos ou suscetíveis de dúvida, deverá a mesma recorrer à FISCALIZAÇÃO para maiores esclarecimentos ou orientação, sendo as questões principais sempre registradas no "Diário de Obras".

1.5. SIMILARIDADE

Todos os fabricantes e referências eventualmente citados poderão ser substituídos por outros similares, desde que a qualidade do material seja comprovadamente igual ou superior às especificadas e que a FISCALIZAÇÃO autorize tal substituição.

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1.6. RELAÇÃO DE DESENHOS

DEMOLIÇÕES E PAVIMENTOS A SEREM CONSTRUÍDOS EG.04/105.22/07755/02

PROJETO GEOMÉTRICO FL.01 EG.02/105.22/07751/01

PROJETO GEOMÉTRICO FL.02 EG.01/105.22/07752/01

GEOMÉTRICO - INDICAÇÃO DE CAIMENTOS - PISO ACABADO EG.04/105.22/07754/01

PLANO COTADO - PISO ACABADO EG.04/105.22/07756/01

DETALHAMENTO DE JUNTAS DAS PLACAS DE CONCRETO EG.04/105.13/07741/02

SEÇÕES TIPO - PAVIMENTAÇÃO EG.01/105.20/07770/01

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2. DIRETRIZES GERAIS

2.1. VISITA TÉCNICA

A visita ao local de implantação dos projetos por profissionais designados pelas empresas licitantes, prévia à apresentação das propostas, será obrigatória e preferencialmente realizada por engenheiro membro do corpo técnico da empresa sem, contudo, promover qualquer prejuízo à operacionalidade do aeroporto.

A visita será feita com a finalidade de familiarizar as licitantes com a área de abrangência das obras. Na ocasião, deverá ser avaliado, dentre outros, o grau de dificuldade dos serviços de campo, verificando a existência de interferências e condicionantes relativas às obras e considerando a localização do pátio e demais elementos existentes.

A PROPONENTE deverá verificar as condições de execução da obra considerando o pleno funcionamento do aeroporto, antes da confecção de sua proposta, a fim de fazer um levantamento minucioso das instalações e/ou equipamentos existentes e computar nos seus preços todos os materiais, peças, acessórios, produtos e tudo mais que for necessário à completa execução de tais serviços.

2.2. LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES DOS SERVIÇOS

A CONTRATADA é responsável pelos valores inseridos nas planilhas de serviços e preços integrantes desta Especificação, devendo levantar cuidadosamente todas as quantidades de serviços mesmo que não listados nas planilhas já referidas, embutindo em seus custos qualquer serviço não listado ou mesmo variações de quantidades, tendo em vista a plena realização do objeto de licitação, incluindo-se neste contexto as condicionantes devido a não interrupção do funcionamento do Aeroporto.

A CONTRATANTE não aceitará reclamação por quaisquer serviços que no futuro apareçam para a completa execução das obras, por alegação do desconhecimento e não arcará com quaisquer ônus decorrentes da não observação das condições anteriores.

2.3. CUSTOS

A PROPONENTE deverá prever em seu orçamento, todas as despesas diretas e indiretas, assim como todos os possíveis custos eventuais que possam surgir, para a perfeita execução e conclusão dos serviços listados.

A CONTRATANTE não aceitará quaisquer reclamações nem arcará com quaisquer ônus oriundos da falta de conhecimento e/ou de previsão orçamentária por parte da CONTRATADA para a execução dos serviços.

E, no caso de contratação por Preço Global, não caberá nenhuma reivindicação de quantidades em relação à Planilha do Edital.

Deverão ser apresentadas as composições analíticas dos preços unitários, bem como a relação de todos os insumos considerados e seus respectivos preços, apontando sua fonte de consulta, obedecendo à seguinte ordem de prioridade:

Tabelas do SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e Índices da Construção Civil, emitidas e atualizadas mensalmente pela Caixa Econômica Federal;

Tabelas do sistema SICRO 2 –Sistema de Custos Rodoviários, emitida e atualizada periodicamente pelo DNIT;

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Banco de dados da TCPO – Tabela de Composições de Preços para Orçamentos, emitida e atualizada mensalmente pela PINI;

Pesquisa no mercado em, no mínimo, 3 (três) empresas do ramo relacionado ao objeto da aquisição.

As fontes utilizadas devem estar claramente registradas e todos os insumos deverão estar codificados de acordo com o banco de dados adotado. No caso de cotação no mercado, deve-se apresentar comprovação da respectiva consulta (fax, email).

2.4. MEDIDAS

Todas as medidas necessárias à realização dos serviços deverão ser conferidas no local e será sempre empregado o Sistema Internacional de Unidades (SI) em todos os documentos, sejam técnicos, administrativos ou financeiros.

Será tolerada a apresentação de unidades do Sistema Inglês (entre parênteses e sempre ao lado das unidades SI), para materiais nos quais são usuais e aceitas essas unidades.

2.5. DOCUMENTOS GRÁFICOS DE PROJETOS

Os serviços deverão ser realizados obedecendo estrita e integralmente aos projetos fornecidos pela INFRAERO, a fim de que sejam respeitados os objetivos e conceitos de engenharia, sejam eles aspectos funcionais, técnicos ou econômicos.

Entende-se como projeto o conjunto de desenhos, especificações técnicas, memoriais, instruções de serviços ou qualquer documento afim, dando indicação de como os serviços ou obras devam ser executados.

Nenhuma alteração poderá ser feita nos projetos aprovados, sem aprovação prévia, por escrito, da INFRAERO, através da FISCALIZAÇÃO. Os casos omissos deverão ser objeto de prévia aprovação da FISCALIZAÇÃO.

A aprovação por parte da CONTRATANTE dos detalhes de projeto fornecidos pela CONTRATADA, não a desobrigará de sua plena responsabilidade com relação à boa execução dos serviços e a entrega dos mesmos, completos, sem falhas ou omissões que venham prejudicar a qualidade exigida dos serviços ou o desenvolvimento dos demais trabalhos.

À CONTRATADA serão dados, por escrito, os desenhos, as instruções ou documentos adicionais necessários ou indispensáveis à perfeita execução dos trabalhos, solicitados por pedido fundamentado à CONTRATANTE.

Respeitadas as disposições precedentes, a CONTRATADA deverá ater-se estritamente aos desenhos e especificações que lhes serão encaminhados pela FISCALIZAÇÃO.

2.6. DISCREPÂNCIA, PRIORIDADES E INTERPRETAÇÃO

Para efeito de interpretação de divergência entre os documentos de projeto, fica estabelecido que:

Em caso de divergência entre as ET e os desenhos do Projeto Básico ou Executivo, prevalecerão sempre as primeiras;

Em caso de divergência entre as cotas dos desenhos e suas dimensões medidas em escala, prevalecerão sempre as primeiras; e

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Em caso de divergência entre desenhos de datas diferentes, prevalecerão sempre os mais recentes.

2.7. RELAÇÃO ENTRE CONTRATADA E FISCALIZAÇÃO

A CONTRATADA deverá fornecer, a qualquer momento, todas as informações para execução das obras, que a FISCALIZAÇÃO julgue necessário conhecer ou analisar.

Em todas as ocasiões em que for requisitada, a CONTRATADA deverá apresentar-se, através de seu representante, às convocações da FISCALIZAÇÃO, em seus escritórios ou no canteiro de obras.

Cabe à FISCALIZAÇÃO, no ato da convocação, especificar os assuntos que serão tratados, cabendo à CONTRATADA os ônus ocasionados pelo não atendimento da convocação.

A FISCALIZAÇÃO tem, a qualquer momento, livre acesso à obra e a todos os locais onde o trabalho estiver em andamento e a programação da execução dos serviços deverá obedecer às suas orientações e, em hipótese alguma, poderá prejudicar a operacionalidade do aeroporto em que estiver sendo executada a obra.

2.8. DIÁRIO DE OBRAS

É o livro, fornecido pela CONTRATADA, que deve ser mantido, permanentemente, no escritório de campo da CONTRATADA e onde serão anotadas, diariamente, as ordens, observações e informações da FISCALIZAÇÃO e da CONTRATADA.

Deverá conter as informações do andamento dos serviços, o nome da CONTRATADA e da CONTRATANTE, bem como o número do Contrato com a data do início das obras.

Terá folhas em 3 (três) vias. As 2 (duas) primeiras vias serão picotadas para serem facilmente removidas do Diário, ficando a 1ª via em poder da CONTRATANTE, a 2ª com a CONTRATADA e a 3ª, que não será picotada, permanecerá no Diário.

Serão empregadas folhas de papel carbono para preenchimento das 2ª e 3ª vias das folhas do Diário, cabendo à CONTRATADA manter o Livro Diário com esse papel.

Suas folhas serão numeradas seguidamente e devem conter o número do contrato, o número do Diário e a data do respectivo dia, sendo rubricadas diariamente pelo engenheiro da CONTRATADA e da FISCALIZAÇÃO da INFRAERO.

A substituição do Diário totalmente preenchido deve ser rotineira, procedida pela CONTRATADA às suas expensas e sob sua responsabilidade, cabendo à mesma a responsabilidade da guarda e conservação até sua entrega à FISCALIZAÇÃO.

2.9. LICENÇAS E FRANQUIAS

A CONTRATADA é obrigada a:

Obter todas as licenças e franquias necessárias à execução das obras e serviços, pagando os emolumentos prescritos por lei e observando todas as leis, regulamentos e posturas referentes à obra e segurança pública, bem como atender ao pagamento de seguro de seu pessoal, despesas decorrentes das leis trabalhistas, e de consumo de telefone, água, luz e força que digam respeito às obras e serviços contratados;

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PROPRIEDADE DA INFRAERO

Cumprir quaisquer formalidades e o pagamento, às suas custas, das multas que sejam porventura impostas pelas autoridades; e

Observar as leis, regulamentos e posturas a que se refere o parágrafo precedente, abrangendo também as exigências do CREA e de outros órgãos legais.

2.10. MATERIAIS E SERVIÇOS

Serão aceitos somente os materiais especificados ou, em caso da inexistência dos mesmos, materiais similares, desde que sejam aprovados pela INFRAERO.

Nesse ínterim, quando não for possível a utilização dos materiais especificados na presente Especificação Técnica, poderão ser utilizados materiais similares, desde que obedeçam as seguintes condições:

Os materiais sejam equivalentes em dimensões, qualidade e demais características técnicas que atendam às normas da ABNT;

Quando for utilizado material em substituição ao especificado, este deverá ser apresentado à FISCALIZAÇÃO, com a devida documentação técnica e certificados dos clientes e de obras significativas, onde exista o material há pelo menos, cinco anos, para aprovação da INFRAERO; e

Quando da utilização de material substitutivo, os eventuais incrementos nos custos decorrentes da utilização destes materiais serão de ônus total da CONTRATADA. Em contrapartida, quando da utilização de materiais cujo custo seja inferior ao especificado, A CONTRATADA deverá restituir à INFRAERO esta diferença, através dos meios legais vigentes (aditivo de supressão, por exemplo).

Qualquer material rejeitado deverá ser imediatamente removido da área dos serviços, sendo substituído por outro, aceito pela FISCALIZAÇÃO, sem ônus para a INFRAERO.

Os materiais empregados e a técnica de execução deverão obedecer às normas da ABNT e às normas dos fabricantes de materiais e equipamentos. Na falta de normatização nacional, serão adotadas as normas técnicas de origem estrangeira, desde que a FISCALIZAÇÃO assim aprove.

A FISCALIZAÇÃO se reserva ao direito de rejeitar qualquer equipamento ou material que a seu exclusivo critério não deva ser instalado ou empregado. Todo o material fornecido deverá ser de primeira qualidade e novo.

A aceitação pela FISCALIZAÇÃO de qualquer material ou serviço não exime a CONTRATADA da total responsabilidade sobre toda e qualquer irregularidade porventura existente, respeitando-se os prazos de garantia.

2.11. ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE

O armazenamento de materiais, seu controle e guarda, sejam aqueles fornecidos pela CONTRATADA, ou aqueles fornecidos pela INFRAERO, serão de responsabilidade exclusiva da CONTRATADA.

As despesas decorrentes são consideradas incluídas nos preços unitários dos serviços constantes da planilha da obra e todo o transporte relacionado com a execução do objeto contratual caberá à CONTRATADA sem ônus adicional para a INFRAERO.

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2.12. EQUIPAMENTOS

Os equipamentos necessários à execução dos trabalhos deverão ser providenciados pela CONTRATADA sob sua exclusiva responsabilidade.

O número de equipamentos de cada categoria deverá ser sempre proporcional à qualidade de serviço a executar, de acordo com os prazos previstos, devendo estar em perfeito funcionamento e em conformidade com sua proposta de trabalho.

A CONTRATADA deverá providenciar todos os equipamentos de segurança individuais e coletivos, necessários ao bom desenvolvimento dos trabalhos, de modo a evitar acidentes de qualquer natureza.

A CONTRATADA deverá prever a possibilidade de mobilização de equipamento reserva em virtudes de quaisquer tipos de falha dos equipamentos e que não possam ser reparados em curto prazo, mantendo assim o andamento da obra dentro dos prazos previstos.

Todos os aparelhos/equipamentos utilizados nas medições deverão estar aferidos pelos órgãos competentes.

2.13. PRAZO DE EXECUÇÃO

O prazo para execução da obra corresponde ao especificado no Edital de licitação, contado a partir da emissão da Ordem de Serviço.

Ressalvados os casos de força maior, devidamente comprovados, a juízo da INFRAERO, a CONTRATADA incorrerá nas penalidades previstas no contrato firmado entre a INFRAERO e a CONTRATADA.

São considerados como casos de força maior para efeito de isenção de multas previstas:

Greve dos empregados da CONTRATADA;

Interrupção dos meios de transporte;

Calamidade pública;

Acidente que implique na paralisação dos serviços sem culpa da CONTRATADA;

Falta de energia elétrica necessária ao funcionamento dos equipamentos;

Chuvas copiosas, inundações e suas consequências; e

Casos que se enquadrem no parágrafo único do Artigo 1058 do Código Civil Brasileiro.

A execução da obra deverá ser precedida de todos os quesitos de segurança operacional, a ser orientado pela Infraero.

2.14. ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Para a perfeita execução do completo acabamento das obras e serviços contratados, a CONTRATADA se obriga a prestar à CONTRATANTE toda e qualquer assistência técnica e administrativa, necessária para imprimir andamento conveniente aos trabalhos.

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2.15. QUALIDADE E GARANTIAS

A CONTRATADA deverá garantir que a mão-de-obra empregada seja de primeira qualidade, conduzindo a um ótimo acabamento e aparência. As tolerâncias, ajustes e métodos de execução devem ser compatíveis com as melhores práticas aplicáveis.

A CONTRATADA deverá garantir que serão prontamente reparadas e substituídas, a sua própria custa, todas as partes que acusarem defeito ou quaisquer anormalidades do funcionamento, durante o período de garantia.

Os serviços, materiais e transportes necessários à correção de anormalidades, apresentados pelos materiais e instalações fornecidas, dentro do prazo de garantia, correrão por conta da CONTRATADA.

O mais importante instrumento de garantia da qualidade são as auditorias realizadas pela FISCALIZAÇÃO nas etapas de execução dos serviços contemplados, valendo-se de parâmetros das normas e de acordo com as diretrizes de projeto, tratadas no presente caderno de especificações, por tipo de serviço. A garantia mínima deverá ser de 05 (cinco) anos, a partir da entrega.

2.16. MEDIÇÃO E PAGAMENTO

Quando não for expresso diretamente na descrição e especificação dos serviços, deverão ser adotados os seguintes critérios de medição e pagamento:

A INFRAERO nada pagará por adiantamento.

Os serviços serão pagos conforme a conclusão de cada etapa do cronograma físico-financeiro, com periodicidade mensal.

Os preços dos serviços serão aqueles da PSQ, preenchida, datada e assinada pela CONTRATADA.

As quantidades apresentadas na PSQ são suficientes para a execução dos serviços, não devendo, portanto, em nenhuma hipótese, serem modificadas.

Quaisquer modificações no decorrer da obra serão processadas através de Termo Aditivo pertinente, devidamente justificado pela CONTRATADA, avaliado pela FISCALIZAÇÃO e dentro dos parâmetros da lei.

As medições serão feitas por avaliação dos itens da PSQ, expressas em quantitativos efetivamente executados no período, no padrão INFRAERO.

2.17. COOPERAÇÃO COM OUTROS CONTRATOS

A INFRAERO poderá, a qualquer tempo, executar ou fazer executar outros trabalhos de qualquer natureza, por si própria, por outros contratados ou grupos de trabalho, no local ou próximo ao local das obras.

Quando outras empresas estiverem executando trabalhos, de acordo com outros contratos da INFRAERO, em lugares adjacentes, a CONTRATADA será responsável por qualquer atraso ou embaraço por ela provocado.

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2.18. PRESERVAÇÃO DA PROPRIEDADE

A CONTRATADA deverá tomar cuidado na execução das obras para evitar prejuízos, danos, perdas em benfeitorias existentes, serviços, propriedades adjacentes ou outras de qualquer natureza e será responsável por qualquer prejuízo, danos ou perdas a essas propriedades que resultem de suas operações.

A CONTRATADA deverá reparar, substituir ou restaurar qualquer bem ou propriedade que for prejudicada ou julgada danificada ou perdida de maneira a readquirir suas condições anteriores, conforme determinações da FISCALIZAÇÃO.

Caso essas providências não sejam efetuadas pela CONTRATADA, a FISCALIZAÇÃO poderá, por sua livre escolha, fazer com que a reparação, substituição, restauração ou conserto sejam executados por terceiros e o respectivo custo deverá ser deduzido da dívida existente para com a CONTRATADA.

2.19. ASPECTOS OPERACIONAIS

Antes de iniciar os serviços, a CONTRATADA deverá apresentar o planejamento da obra, contendo a estratégia de execução para aprovação da FISCALIZAÇÃO, evitando quaisquer prejuízos à segurança e funcionalidade nas atividades cotidianas do Aeroporto.

Para início dos serviços em cada área, a CONTRATADA deverá obter permissão da FISCALIZAÇÃO para liberação da respectiva frente de trabalho e, ainda, providenciar, antes do início dos serviços, o credenciamento de todo o pessoal, máquinas e veículos na Gerência de Segurança do Aeroporto e a realização dos cursos de AVSEC e CSO.

Os operadores de equipamentos e motoristas deverão possuir o Curso de Direção Defensiva aceito pela CONTRATANTE, sendo que os custos de realização desses cursos correrão por conta da CONTRATADA.

Cabe ainda informar que a Gerência de Segurança do Aeroporto exigirá apresentação de seguro contra aeronaves (sinistro em aviões) para quaisquer veículos da CONTRATADA que venham a trafegar nas áreas de movimento de aeronaves.

Em hipótese alguma poderá haver prejuízos nas operações das aeronaves do aeroporto, portanto a CONTRATADA deverá prever em seu orçamento a hipótese de eventual execução de serviços em horários noturnos, em domingos e/ou feriados, considerando inclusive que as obras serão executadas com o Aeroporto em pleno funcionamento.

Os serviços somente poderão ser iniciados após a emissão do documento de interdição (NOTAM), pelos Órgãos Aeronáuticos, em atendimento à solicitação da INFRAERO, cabendo à CONTRATADA apresentar oportunamente suas necessidades à FISCALIZAÇÃO para que a referida solicitação seja realizada com a antecedência necessária, sem comprometer o cronograma da obra.

A CONTRATANTE nada pagará à CONTRATADA referente a eventuais horas de equipamentos e pessoal que por algum motivo fiquem parados, à disposição, por motivos operacionais do Aeroporto.

Será exigida a presença constante de ENGENHEIRO RESIDENTE enquanto qualquer serviço contratado estiver sendo desenvolvido. Portanto, deverão ser previstas as quantidades de profissionais necessárias para atender esta exigência e a falta desse profissional implicará na paralisação dos serviços.

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A CONTRATADA deverá prever a execução de sinalização diurna e noturna (luminosa), com luzes de impedimento, de acordo com as normas vigentes, bem como o suprimento de energia. Com isso, serão delimitadas as áreas concedidas para execução dos serviços, de forma a permitir a visualização noturna dos operadores/pilotos no aeroporto, que permanecerá em pleno funcionamento.

Tais equipamentos e/ou dispositivos deverão ser propriedade, ou alugados, pela CONTRATADA e deverão estar de acordo com os padrões emitidos pela Gerência de Operações da INFRAERO e exigências do RBAC 154 (ANAC, 2012).

Caso haja interferência de algum serviço com o sistema de balizamento do aeroporto, poderão ser tomadas providências no sentido de efetuar ligações provisórias e desvios nas instalações da sinalização luminosa do aeroporto, desde que não prejudique à operação e seja aprovada pela FISCALIZAÇÃO.

Os custos desses procedimentos, considerados indiretos, deverão estar embutidos nos serviços constantes da planilha orçamentária da obra.

2.20. LIMPEZA DIÁRIA

Deverá ser efetuada a limpeza geral da obra, diariamente após a jornada de trabalho, com total remoção dos materiais excedentes, ferramentas, ou quaisquer tipos de utensílios, que possam estar dentro das áreas de movimentação de aeronaves.

Todos os materiais excedentes da execução dos serviços deverão ser transportados para um local a ser definido pela CONTRATADA, com prévia aprovação da FISCALIZAÇÃO e da Superintendência do Aeroporto.

2.21. AS BUILT

Eventuais modificações no projeto durante a execução da obra deverão ser devidamente aprovados pela FISCALIZAÇÃO e, ao final dos serviços, contemplados no projeto de AS BUILT, a ser elaborado e apresentado pela CONTRATADA como pré-requisito para entrega final da obra.

3. PAVIMENTAÇÃO

3.1. REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO

3.1.1. OBJETIVO

Esta Especificação fixa as condições de regularização do subleito de áreas a serem pavimentadas.

Será executada após a conclusão da terraplenagem e destina-se à uniformização do subleito, com vistas à homogeneização da compactação e à conformação do mesmo às cotas determinadas no projeto.

3.1.2. MATERIAIS

O solo do subleito deve ser escarificado, homogeneizado e, caso haja necessidade de substituição ou adição de materiais, estes devem provir de áreas de corte (compensação), cujas características sejam compatíveis ao solo natural do subleito.

Os solos devem ser constituídos de partículas de diâmetro máximo não superior a 76 mm, apresentarem características iguais ou superiores às do material de subleito considerado no dimensionamento do pavimento e apresentarem expansão inferior a 2%.

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3.1.3. EQUIPAMENTOS

Os equipamentos para a execução do serviço de regularização do subleito serão definidos em conformidade com o tipo de material empregado e com a área a ser compactada.

Os seguintes tipos de equipamentos são indicados, devendo ser previamente aprovados pela FISCALIZAÇÃO:

Motoniveladora pesada, com escarificador;

Carro-tanque distribuidor de água;

Rolos compactadores tipo pé-de-carneiro, liso-vibratório e pneumático;

Grade de discos;

Pulvi-misturador.

3.1.4. EXECUÇÃO

Após a execução de cortes, ou da adição de material necessário para atingir o greide de projeto, deve-se proceder a uma escarificação geral até a profundidade de 30 cm, seguida de pulverização, umedecimento ou secagem, compactação e acabamento.

A regularização do subleito deve ser feita até 0,50 m além das bordas da área a ser pavimentada e as adições de material de espessura superior a 20 cm devem ser executadas de acordo com as especificações de aterro compactado.

O grau de compactação deve ser, no mínimo, 100% em relação à massa específica aparente seca máxima, obtida no ensaio Proctor Modificado, e o teor de umidade deve ser o ótimo, do ensaio citado, aproximadamente ± 1 %.

3.1.5. CONTROLE

3.1.5.1. CONTROLE TECNOLÓGICO

Serão exigidas as seguintes determinações e ensaios geotécnicos:

Determinação da massa específica aparente in-situ nos pontos onde forem coletadas as amostras para os ensaios de compactação.

Determinação do teor de umidade, pelo menos a cada 500 m2 de área, imediatamente antes da compactação;

Um de cada ensaio de caracterização (limite de liquidez, limite de plasticidade e granulometria, respectivamente, segundo os métodos NBR 6459 (ABNT, 1984), NBR 7180 (ABNT, 1984) e DNER-ME 080 (DNER, 1994), para cada 1.000 m² de área, e dois grupos de ensaios por dia, no mínimo;

Um ensaio do Índice de Suporte Califórnia, segundo o método DIRENG-ME 01, (MAER, 1987) pelo menos a cada 2.000 m2 de área, e com um ensaio a cada 2 dias, no mínimo;

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Um ensaio de compactação, com a energia do Proctor Modificado, para determinação da massa específica aparente seca máxima e do teor de umidade ótima, pelo menos a cada 500 m2 de área. O número de ensaios de compactação pode ser reduzido, a critério da FISCALIZAÇÃO, desde que se verifique a homogeneidade do material.

3.1.5.2. CONTROLE GEOMÉTRICO

Após a execução da regularização, devem ser procedidas a relocação e o nivelamento do eixo, e de alinhamentos paralelos entre si, permitindo-se as seguintes tolerâncias:

Variação da altura máxima de 0,02 m, para mais ou para menos, para o eixo, bordas e alinhamentos paralelos;

Variação máxima da dimensão horizontal da plataforma, em qualquer direção e sentido, de + 0,20 m, não se admitindo variação para menos.

O acabamento, quanto à declividade transversal, será verificado pela FISCALIZAÇÃO, de acordo com o projeto.

3.1.6. ACEITAÇÃO

Os trechos de subleito regularizado somente poderão receber novas camadas de pavimento após terem sido recebidos e liberados pela FISCALIZAÇÃO.

E, para serem considerados recebidos e liberados, deverão apresentar as seguintes características:

Os valores das determinações de massa específica aparente “in-situ”, obtidos no ensaio de compactação com energia Proctor Modificado, deverão ser iguais ou superiores a 100% da massa específica aparente seca máxima.

O teor de umidade deverá ser o ótimo, do ensaio citado, com tolerância de ± 1%. Dependendo da natureza do subleito, o teor de umidade poderá ser alterado, com finalidade de se evitar trincamento. A alteração deverá ser aprovada pela FISCALIZAÇÃO;

Os valores das determinações de CBR deverão ser iguais ou superiores a 4,7%; e

O nivelamento dos pontos da superfície deverá estar em conformidade com as cotas definidas em projeto, sendo tolerados desvios pontuais de até 2,0 cm.

Os valores mínimos dos resultados de CBR e de massa específica aparente “in-situ” serão controlados conforme o método de controle DIRENG MC-01, onde a percentagem dentro dos limites (PDL) deverá ser superior a 85%.

3.1.7. MEDIÇÃO

A medição dos serviços deve ser feita por metro quadrado de subleito regularizado, em conformidade com o projeto.

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3.1.8. PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade com a medição referida no item anterior, que remuneram as operações de escarificação, pulverização, umedecimento ou aeração, homogeneização, compactação e acabamento, controle tecnológico e geométrico, bem como os custos diretos e indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais, mão-de-obra e leis sociais, necessários à completa execução dos serviços.

3.1.9. ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer da execução dos serviços de regularização do subleito deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio-ambiente, tanto na exploração de ocorrências de materiais quanto na execução dos serviços, tais que:

Na exploração das ocorrências de materiais deverão ser atendidas as recomendações preconizadas nas especificações DNER-ES 281 (DNER, 1997) e DNER-ISA 07 (DNER, 1996) - Instrução de Serviço Ambiental. As vias de acesso deverão seguir as recomendações da Especificação DNER-ES 279 (DNER, 1997).

Na execução dos serviços de regularização do subleito deverá ser observada a disciplina do tráfego e do estacionamento dos equipamentos, de modo a evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural através do tráfego desordenado dos equipamentos fora da área a ser pavimentada.

Cuidado especial deverá ser tomado para evitar que resíduos de lubrificantes e/ou combustíveis não sejam levados até cursos d’água, observando-se o local apropriado ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos equipamentos.

3.2. SUB-BASE DE SOLOMELHORADO COMCIMENTO

3.2.1. OBJETIVO

Esta especificação fixa condições de execução de sub-base dos pavimentos flexíveis e sub-base dos pavimentos rígidos em solo estabilizado quimicamente com cimento, que consiste em uma mistura íntima de solo, cimento e água, em proporções determinadas por ensaios de laboratório, espalhada e compactada. A incorporação de cimento tem por objetivo, no caso, a melhoria do solo, modificando os seus limites de consistência, a sua sensibilidade à água e a sua resistência ao cisalhamento.

3.2.2. MATERIAIS

3.2.2.1. CIMENTO PORTLAND

Deve obedecer às exigências da NBR-5732 (ABNT, 1991) e NBR-5735 (ABNT, 1991). A quantidade de Cimento Portland a adicionar deve ser, NO MÍNIMO, de 3% em peso do solo natural.

3.2.2.2. ÁGUA

Deve ser isenta de teores nocivos de sais, ácidos, álcalis ou matéria orgânica e outras substâncias prejudiciais.

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3.2.2.3. SOLO

Deve apresentar qualidade de material compatível com os requisitos de materiais para utilização como solo melhorado com cimento e possuir as características seguintes:

3.2.2.3.1. CARACTERÍSTICAS

O solo a ser utilizado deve atender às características granulométricas e físicas conforme quadro a seguir.

ABERTURA DA PENEIRA MATERIAL RETIDO

POL mm Percentagem Tolerância

2" 50,8 100% -

n˚ 4 4,8 50-100% ±5%

n˚ 40 0,42 15-100% ±2%

n˚ 200 0,074 5-35% ±2%

Limite de Liquidez Máximo 40%

Índice de plasticidade Máximo 18%

3.2.2.4. MISTURA SOLO-CIMENTO

A mistura deve apresentar uma resistência mínima medida pelo Índice de Suporte Califórnia com, no mínimo, ISC≥40%, quando aplicada a energia do Proctor Modificado, dentro das condições ótimas de umidade. Devem-se moldar os corpos de prova em moldes cilíndricos com 10 cm de diâmetro e 20 cm de altura, moldados com a energia do AASHTO T-180, rompidos após imersão em água durante 4 dias.

3.2.3. EQUIPAMENTOS

Os seguintes tipos de equipamentos são indicados, devendo ser previamente aprovados pela FISCALIZAÇÃO:

Motoniveladora pesada, com escarificador;

Carro-tanque distribuidor de água;

Rolos compactadores tipos pé-de-carneiro, liso-vibratório e pneumático;

Grade de discos;

Pulvi-misturador.

3.2.4. EXECUÇÃO

As operações de espalhamento, de mistura e pulverização, de umedecimento ou secagem, de compactação e de acabamento do material, realizadas no local devidamente preparado na largura desejada, devem observar as quantidades que permitam, após a compactação, atingir a espessura projetada.

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Os materiais da sub-base devem ser explorados, preparados e espalhados de acordo com estas Especificações Técnicas ou por orientação e aprovação da FISCALIZAÇÃO. A incorporação do cimento ao solo deve ser feita in situ com utilização de grade de discos puxadas por trator e auxílio de motoniveladora, até que o material esteja totalmente homogêneo, para garantir uniformidade nas características de capacidade de suporte ao longo de toda a camada.

Deverão ser obedecidas as seguintes fases de execução:

Preparo da Faixa;

Pulverização e homogeneização do solo;

Distribuição de cimento;

Preparo da mistura de solo e cimento (homogeneização);

Umedecimento; e

Compactação e acabamento.

A superfície deverá estar preparada, no que se refere à drenagem, nivelamento e seção transversal fixados no projeto, para receber a mistura. Todo material impróprio deverá ter sido removido e substituído por outro adequado, previamente aprovado pela Fiscalização.

Regularizado o solo pulverizado, de modo a apresentar aproximadamente a seção transversal projetada, o cimento Portland, nas quantidades especificadas, deve ser distribuído uniformemente na superfície. Essa operação pode ser realizada pela distribuição dos sacos transversal e longitudinalmente, assegurando posterior espalhamento uniforme do cimento na superfície do solo, na área correspondente a cada subtrecho, ou a granel, por processo mecânico.

Nenhum equipamento, exceto o usado para o espalhamento e mistura, pode trafegar sobre o cimento espalhado antes de ser misturado ao solo.

Imediatamente após a distribuição, o cimento deve ser misturado com o solo pulverizado, em toda a espessura da camada. A mistura deve ser repetida continuamente pelo tempo necessário para assegurar completa, uniforme e íntima mistura do solo com o cimento, até que seja conseguida tonalidade uniforme em toda a espessura.

Em seguida, a mistura deve ser nivelada, obedecendo aproximadamente ao greide e à seção transversal do projeto.

A adição de água deve ser feita progressivamente, não sendo aconselhável que em cada passada do carro-tanque o teor de umidade do solo aumente mais de 2%. A cada aplicação de água, deve-se proceder à operação de revolvimento, para evitar acúmulo na superfície. Esta operação deve ser feita sem interrupção e a incorporação completa da quantidade total de água deve estar terminada, no máximo, dentro de três horas.

O equipamento de compactação deverá ter dimensões, forma e peso adequados, de modo a se obter as massas específicas aparentes máximas previstas para a mistura. O andamento das operações deverá ser estabelecido de modo que a faixa em execução seja uniformemente compactada em toda a largura.

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A execução da camada de solo melhorado com cimento deve ser realizada em duas ou mais fases sucessivas com espessura máxima de 20 cm por camada. A espessura mínima de qualquer camada de solo estabilizado com cimento, depois de compactada, deve ser de 12 cm.

O grau de compactação deve ser, no mínimo, 100% em relação à massa específica aparente seca máxima, obtida no ensaio de compactação com a energia do Proctor Modificado (DNER-ME 162-94). A umidade adotada na compactação será a ótima do ensaio citado, com tolerância de 1%, para mais ou para menos.

A sub-base de solo melhorado com cimento deverá apresentar um índice de suporte Califórnia, mínimo, de 40% e uma expansão máxima de 0,5%, bem como um limite de liquidez inferior ou igual a 25% e um índice de plasticidade inferior ou igual a 6%, determinados com a fração que passa na peneira nº 40.

O ensaio do índice de suporte Califórnia será realizado com corpos de prova preparados do seguinte modo:

o cimento é incorporado e misturado ao solo úmido, deixando-se a mistura solta, por um período mínimo de 72 horas;

com a mistura preparada, moldam-se os corpos de prova para o ensaio do Índice de Suporte Califórnia, conforme método DIRENG, nas três energias de compactação;

os corpos de prova do ensaio são deixados em imersão em água durante um período de 4 dias, e depois penetrados; e

o ensaio do índice de suporte Califórnia deverá ser realizado até a penetração de 0,5 polegada, de modo a ser possível o traçado, com precisão, da curva pressão-penetração. No caso de não ser possível atingir a penetração de 0,5 polegadas o corpo de prova deverá ser destorroado, recomeçando-se o processo da determinação do índice de suporte Califórnia, o qual deverá ser, no mínimo, de 40%.

CONSIDERANDO QUE A SUB-BASE SERÁ COMPOSTA POR UMA MISTURA DE MATERIAIS REALIZADA NA PISTA, IDENTIFICA-SE UM FATOR EXECUTIVO QUE PODE DIFICULTAR O CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DESTE SERVIÇO NO TOCANTE À DISTRIBUIÇÃO HOMOGËNEA DOS MATERIAIS ENVOLVIDOS NA MISTURA. SALIENTA-SE QUE A CONTRATADA DEVERÁ GARANTIR QUE A SUB-BASE APRESENTE HOMOGENEIDADE DO TEOR DE CIMENTO, CONFORME ESPECIFICADO (3% EM PESO, NO MÍNIMO). CASO ESTE PERCENTUAL NÃO SEJA ATINGIDO, A CONTRATADA DEVERÁ REFAZER OS TRECHOS REPROVADOS SEM CUSTOS PARA A INFRAERO.

3.2.5. CONTROLE

3.2.5.1. CONTROLE TECNOLÓGICO

Devem ser procedidos os seguintes ensaios de laboratório:

Dois ensaios diários de determinação do teor de cimento.

Um ensaio diário de finura do cimento.

Uma determinação da massa específica aparente in situ, nos pontos onde foram coletadas as amostras para os ensaios de compactação;

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Uma determinação do teor de umidade, pelo menos a cada 600 m2 de área, imediatamente antes da compactação;

Um ensaio de cada caracterização (limite de liquidez, limite de plasticidade e granulometria, respectivamente, segundo os métodos NBR 6459 (ABNT, 1984), NBR 7180 (ABNT, 1984) e DNER-ME 80 (DNER, 1964), a cada 1.200 m2 de área. Um ensaio a cada dois dias, no mínimo;

Um ensaio de compactação com a energia do Proctor Modificado conforme método DNER-ME 162 (DNER, 1994), para determinação da massa específica aparente seca máxima, a cada 600 m2 de área, no máximo, com amostras coletadas em toda a superfície. O numero de ensaios de compactação poderá ser reduzido, a critério da FISCALIZAÇÃO, desde que se verifique a homogeneidade do material;

um ensaio do índice de suporte Califórnia pelo Método DIRENG, com a energia de compactação do método DNER-ME 162 (DNER, 1994), a cada 1.200 m2, e, no mínimo, um ensaio cada dois dias;

3.2.5.2. CONTROLE GEOMÉTRICO

Após a execução da base, proceder-se-á à relocação e ao nivelamento do eixo e de alinhamentos paralelos permitindo-se as seguintes tolerâncias:

10 cm para fora (nunca para dentro dos limites do caixão), quanto à largura da plataforma;

Cotas de superfície acabada iguais às cotas de projeto ± 1,0 cm;

Na verificação da conformidade da superfície, não devem ser toleradas flechas maiores que 1,0 cm quando determinadas com régua de 3,60 m;

A espessura da camada de base não deve ser menor do que a espessura do projeto menos 1 cm.

Não será tolerado nenhum valor individual fora do intervalo de 1,5 cm, para mais ou para menos, em relação à espessura do projeto.

No caso de aceitação, dentro das tolerâncias estabelecidas, de uma camada de reforço com espessura inferior à de projeto, o revestimento deve ser aumentado de uma espessura estruturalmente equivalente à diferença encontrada, operação esta às expensas da construtora.

No caso da aceitação de camada de sub-base dentro das tolerâncias, com espessura média superior à de projeto, a diferença não deve ser deduzida da espessura do revestimento.

3.2.6. ACEITAÇÃO

Para serem considerados recebidos e liberados, os trechos deverão apresentar as seguintes características:

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3.2.6.1. ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA

Os valores das determinações do Índice de Suporte Califórnia (ISC) deverão ser de, no mínimo, 40%. Esta verificação pode ser obtida no campo indiretamente, verificando o grau de compactação do solo em relação à massa específica aparente seca máxima do ensaio de compactação com a aplicação da energia do Proctor Modificado (conforme já mencionado no Controle Tecnológico.

Os valores mínimos dos resultados do ISC do solo melhorado com cimento serão controlados conforme o método de controle DIRENG MC-01, onde a percentagem dentro dos limites (PDL) deverá ser superior a 85%.

3.2.6.2. ESPESSURA E GREIDE

A superfície da camada acabada não deverá variar em relação às cotas de projeto mais do que 10,0mm.

O greide acabado será determinado após o nivelamento dos pontos considerando o projeto de terraplenagem.

Quando mais de 15% dos pontos nivelados de uma determinada área estiverem fora desta tolerância, a área deficiente deverá ser removida e reconstruída.

3.2.6.3. IRREGULARIDADES

A superfície da camada acabada deverá satisfazer os alinhamentos, perfis e seções do projeto.

As irregularidades serão medidas com auxílio de uma régua de 3,60 m de comprimento paralelamente e perpendicularmente ao eixo da pista a cada metro.

Os locais a serem medidos serão definidos pela FISCALIZAÇÃO e os desníveis medidos com a régua não poderão variar mais que 10,0mm. Quando mais de 15% das medições estiverem fora desta tolerância, a área deficiente deverá ser removida e reconstruída.

3.2.6.4. LARGURA DA CAMADA

A largura da camada de sub-base de solo melhorado com cimento deverá estar em conformidade com a largura definida em projeto, não sendo tolerada largura inferior.

3.2.7. MEDIÇÃO

A camada de solo melhorado com cimento deve ser medida por metro cúbico de material compactado, no local, e segundo a seção transversal de projeto.

3.2.8. PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade com a medição referida no item anterior, que remuneram o fornecimento dos materiais e respectivos ensaios de recebimento, as operações de transporte, espalhamento, mistura, compactação, acabamento e cura, controle tecnológico e geométrico, bem como os custos diretos e indiretos de todas as operações e equipamentos, encargos gerais, mão-de-obra e leis sociais, necessários à completa execução dos serviços.

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3.2.9. ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer da execução da camada de solo melhorado com cimento deverá ser observado cuidado visando à preservação do meio-ambiente, envolvendo o fornecimento tanto a exploração das ocorrências de materiais, quanto na execução dos serviços, de modo que na exploração das ocorrências dos materiais deve-se atender às recomendações preconizadas na norma DNER-ES 281 (DNER, 1997) e na DNER-ISA 07 (DNER, 1996) - Instrução de Serviço Ambiental e, na execução dos caminhos de serviço, devem ser seguidas as recomendações constantes da DNER-ES 279 (DNER, 1997).

Na execução da sub-base de solo-cimento deverá ser observada a disciplina do tráfego e do estacionamento dos equipamentos, de modo a evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural através do tráfego desordenado dos equipamentos fora da área a ser pavimentada.

Cuidado especial deverá ser tomado para evitar que resíduos de lubrificantes e/ou combustíveis não sejam levados até cursos d’água, observando-se o local apropriado ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos equipamentos.

3.3. BASE EM SOLO-CIMENTO

3.3.1. OBJETIVO

Esta especificação fixa condições de execução de base dos pavimentos flexíveis e sub-base dos pavimentos rígidos em solo-cimento, que consiste em uma mistura íntima de solo, cimento e água, em proporções determinadas por ensaios de laboratório, espalhada e compactada.

Para execução deste item, deve-se seguir as recomendações previstas na norma DNIT-ES 143 (DNIT, 2010), exceto no que estiver explícito nas presentes especificações técnicas.

3.3.2. MATERIAIS

3.3.2.1. CIMENTO PORTLAND

Deve obedecer às exigências da NBR-5732 (ABNT, 1991) e NBR-5735 (ABNT, 1991). A quantidade de cimento Portland a adicionar deve ser de, NO MÍNIMO, 8% em peso do material natural seco.

3.3.2.2. ÁGUA

Deve ser isenta de teores nocivos de sais, ácidos, álcalis ou matéria orgânica e outras substâncias prejudiciais.

3.3.2.3. SOLO

Deve apresentar qualidade de material compatível com os requisitos de materiais para utilização como solo-cimento e possuir as características seguintes:

3.3.2.3.1. CARACTERÍSTICAS

O solo a ser utilizado deve atender às características granulométricas e físicas conforme quadro a seguir.

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ABERTURA DA PENEIRA MATERIAL RETIDO

POL mm Percentagem Tolerância

2" 50,8 100% -

n˚ 4 4,8 50-100% ±5%

n˚ 40 0,42 15-100% ±2%

n˚ 200 0,074 5-35% ±2%

Limite de Liquidez Máximo 40%

Índice de plasticidade Máximo 18%

3.3.2.4. MISTURA SOLO-CIMENTO

A mistura deve apresentar uma resistência à compressão simples, aos 7 (sete) dias, superior a 2,5 MPa, em corpos de prova cilíndricos, com 10 cm de diâmetro e 20 cm de altura, moldados com a energia do AASHTO T-180, rompidos após imersão em água durante 4 horas.

Resistências muito grandes não são desejáveis, uma vez que propiciariam um efeito de placa elevado à camada de base, eliminando a harmonia estrutural considerada nos métodos de dimensionamento.

3.3.3. EQUIPAMENTOS

Os seguintes tipos de equipamentos são indicados, devendo ser previamente aprovados pela FISCALIZAÇÃO:

Motoniveladora pesada, com escarificador;

Carro-tanque distribuidor de água;

Rolos compactadores tipos pé-de-carneiro, liso-vibratório e pneumático;

Grade de discos;

Pulvi-misturador.

3.3.4. EXECUÇÃO

As operações de espalhamento, de mistura e pulverização, de umedecimento ou secagem, de compactação e de acabamento do material, realizadas no local devidamente preparado na largura desejada, devem observar as quantidades que permitam, após a compactação, atingir a espessura projetada.

Os materiais da base devem ser explorados, preparados e espalhados de acordo com as presentes Especificações Técnicas ou por orientação e aprovação da FISCALIZAÇÃO. A incorporação do cimento ao solo deve ser feita in situ com utilização de grade de discos puxadas por trator e auxílio de motoniveladora, até que o material esteja totalmente homogêneo, para garantir uniformidade nas características de capacidade de suporte ao longo de toda a camada.

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Regularizado o solo pulverizado, de modo a apresentar aproximadamente a seção transversal projetada, o cimento Portland, nas quantidades especificadas, deve ser distribuído uniformemente na superfície. Essa operação pode ser realizada pela distribuição dos sacos transversal e longitudinalmente, assegurando posterior espalhamento uniforme do cimento na superfície do solo, na área correspondente a cada subtrecho, ou a granel, por processo mecânico.

Nenhum equipamento, exceto o usado para o espalhamento e mistura, pode trafegar sobre o cimento espalhado antes de ser misturado ao solo.

Imediatamente após a distribuição, o cimento deve ser misturado com o solo pulverizado, em toda a espessura da camada. A mistura deve ser repetida continuamente pelo tempo necessário para assegurar completa, uniforme e íntima mistura do solo com o cimento, até que seja conseguida tonalidade uniforme em toda a espessura.

Em seguida, a mistura deve ser nivelada, obedecendo aproximadamente ao greide e à seção transversal do projeto.

A adição de água deve ser feita progressivamente, não sendo aconselhável que em cada passada do carro-tanque o teor de umidade do solo aumente mais de 2%. A cada aplicação de água, deve-se proceder à operação de revolvimento, para evitar acúmulo na superfície.Esta operação deve ser feita sem interrupção e a incorporação completa da quantidade total de água deve estar terminada, no máximo, dentro de três horas.

O equipamento de compactação deverá ter dimensões, forma e peso adequados, de modo a se obter as massas específicas aparentes máximas previstas para a mistura. O andamento das operações deverá ser estabelecido de modo que a faixa em execução seja uniformemente compactada em toda a largura.

A execução da camada de solo-cimento deve ser realizada em duas ou mais fases sucessivas com espessura máxima de 20cm por camada.A espessura mínima de qualquer camada de solo-cimento, depois de compactada, deve ser de 12 cm.

O grau de compactação deve ser, no mínimo, 100% em relação à massa específica aparente seca, máxima, obtida no ensaio de compactação com a energia do Proctor Modificado. A umidade adotada na compactação será a ótima do ensaio citado, com tolerância de 1%, para mais ou para menos.

Após compactada, a superfície do material deverá ser mantida úmida para assegurar a hidratação adequada do cimento na cura do material, e não será permitido o trânsito na camada até 7 dias após a compactação, após o que estará liberada para execução da camada subseqüente. Recomenda-se a execução imediata da camada de imprimação, para garantir a proteção e cura da base cimentada.

A mistura de solo-cimento deve apresentar o valor mínimo de 25 kgf/cm², ou 2,5 MPa para a resistência à compressão aos 7 (sete) dias conforme norma DNER-ME 201 (DNIT, 1994), em corpos-de-prova moldados segundo o prescrito no método DNER-ME 202 (DNIT, 1994).

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CONSIDERANDO QUE A SUB-BASE SERÁ COMPOSTA POR UMA MISTURA DE MATERIAIS REALIZADA NA PISTA, IDENTIFICA-SE UM FATOR EXECUTIVO QUE PODE DIFICULTAR O CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DESTE SERVIÇO NO TOCANTE À DISTRIBUIÇÃO HOMOGËNEA DOS MATERIAIS ENVOLVIDOS NA MISTURA. SALIENTA-SE QUE A CONTRATADA DEVERÁ GARANTIR QUE A SUB-BASE APRESENTE HOMOGENEIDADE DO TEOR DE CIMENTO, CONFORME ESPECIFICADO (8% EM PESO, NO MÍNIMO). CASO ESTE PERCENTUAL NÃO SEJA ATINGIDO, A CONTRATADA DEVERÁ REFAZER OS TRECHOS REPROVADOS SEM CUSTOS PARA A INFRAERO.

3.3.5. CONTROLE

3.3.5.1. CONTROLE TECNOLÓGICO

Devem ser procedidos os seguintes ensaios de laboratório:

Dois ensaios diários de determinação do teor de cimento.

Um ensaio diário de finura do cimento.

Um ensaio de resistência à compressão simples para cada 1500 m² de área, em corpos de prova moldados com material retirado da pista imediatamente antes da compactação.

Uma determinação da massa específica aparente in situ, nos pontos onde foram coletadas as amostras para os ensaios de compactação;

Uma determinação do teor de umidade em campo, pelo menos a cada 600 m2 de área, imediatamente antes da compactação;

Um ensaio de cada caracterização (limite de liquidez, limite de plasticidade e granulometria, respectivamente, segundo os métodos NBR 6459 (ABNT, 1984), NBR 7180 (ABNT, 1984) e DNER-ME 80 (DNIT, 1964), a cada 1.200 m2 de área. Um ensaio a cada dois dias, no mínimo;

Um ensaio de compactação com a energia do Proctor Modificado, para determinação da massa específica aparente seca máxima e teor de umidade ótimo, a cada 600 m2 de área, no máximo, com amostras coletadas em toda a superfície. O numero de ensaios de compactação poderá ser reduzido, a critério da FISCALIZAÇÃO, desde que se verifique a homogeneidade do material.

3.3.5.2. CONTROLE GEOMÉTRICO

Após a execução da base, proceder-se-á à relocação e ao nivelamento do eixo e de alinhamentos paralelos permitindo-se as seguintes tolerâncias:

10 cm para fora (nunca para dentro dos limites do caixão), quanto à largura da plataforma;

Cotas de superfície acabada iguais às cotas de projeto ± 1,0 cm;

Na verificação da conformidade da superfície, não devem ser toleradas flechas maiores que 1,0 cm quando determinadas com régua de 3,60 m;

A espessura da camada de base não deve ser menor do que a espessura do projeto menos 1,0 cm.

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Na verificação do desempenho longitudinal da superfície não serão toleradas flechas maiores do que 1,5 cm, quando determinadas por meio de régua de 3,00 m.

No caso de aceitação, dentro das tolerâncias estabelecidas, de uma camada de reforço com espessura inferior à de projeto, o revestimento deve ser aumentado de uma espessura estruturalmente equivalente à diferença encontrada, operação esta às expensas da construtora.

No caso da aceitação de camada de base dentro das tolerâncias, com espessura média superior à de projeto, a diferença não deve ser deduzida da espessura do revestimento.

3.3.6. ACEITAÇÃO

Para serem considerados recebidos e liberados, os trechos deverão apresentar as seguintes características:

3.3.6.1. RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES

Os valores das determinações da Resistência à Compressão Simples (RCS) deverão ser superiores a 2,5 MPa aos 7 dias.

Os valores mínimos dos resultados da RCS do solo-cimento serão controlados conforme o método de controle DIRENG MC-01, onde a percentagem dentro dos limites (PDL) deverá ser superior a 85%.

3.3.6.2. ESPESSURA E GREIDE

A superfície da camada acabada não deverá variar em relação às cotas de projeto mais do que 10,0 mm.

O greide acabado será determinado após o nivelamento dos pontos considerando o projeto de terraplenagem.

Quando mais de 15% dos pontos nivelados de uma determinada área estiverem fora desta tolerância, a área deficiente deverá ser removida e reconstruída.

3.3.6.3. IRREGULARIDADES

A superfície da camada acabada deverá satisfazer os alinhamentos, perfis e seções do projeto.

As irregularidades serão medidas com auxílio de uma régua de 3,60 m de comprimento paralelamente e perpendicularmente ao eixo da pista a cada metro.

Os locais a serem medidos serão definidos pela FISCALIZAÇÃO e os desníveis medidos com a régua não poderão variar mais que 10,0 mm. Quando mais de 15% das medições estiverem fora desta tolerância, a área deficiente deverá ser removida e reconstruída.

3.3.6.4. LARGURA DA CAMADA

A largura da camada de base (ou sub-base) de solo-cimento deverá estar em conformidade com a largura definida em projeto, não sendo tolerada largura inferior.

3.3.7. MEDIÇÃO

A camada de solo-cimento deve ser medida por metro cúbico de material compactado, no local, e segundo a seção transversal de projeto.

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3.3.8. PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade com a medição referida no item anterior, que remuneram o fornecimento dos materiais e respectivos ensaios de recebimento, as operações de transporte, espalhamento, mistura, compactação, acabamento e cura, controle tecnológico e geométrico, bem como os custos diretos e indiretos de todas as operações e equipamentos, encargos gerais, mão-de-obra e leis sociais, necessários à completa execução dos serviços.

3.3.9. ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer da execução da camada de solo-cimento deverá ser observado cuidado visando à preservação do meio-ambiente, envolvendo o fornecimento e a exploração das ocorrências de materiais, quanto a execução dos serviços, tal que na exploração das ocorrências dos materiais deve-se atender às recomendações preconizadas na norma DNER-ES 281 (DNER, 1997) e na DNER-ISA 07 (DNER, 1996) - Instrução de Serviço Ambiental e, na execução dos caminhos de serviço, devem ser seguidas as recomendações constantes da DNER-ES 279 (DNER, 1997).

Na execução da base (ou sub-base) de solo-cimento deverá ser observada a disciplina do tráfego e do estacionamento dos equipamentos, de modo a evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural através do tráfego desordenado dos equipamentos fora da área a ser pavimentada.

Cuidado especial deverá ser tomado para evitar que resíduos de lubrificantes e/ou combustíveis não sejam levados até cursos d’água, observando-se o local apropriado ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos equipamentos.

3.4. IMPRIMAÇÃO

3.4.1. OBJETIVO

Esta especificação fixa as condições para a execução dos serviços de imprimação, que consiste na aplicação de material betuminoso sobre a superfície da camada de solo-cimento, antes de nesta sobrepor um revestimento asfáltico (nos pavimentos flexíveis) ou a sub-base de CCR (no pavimento rígido), objetivando:

Aumentar a coesão da superfície da base, pela penetração do material asfáltico;

Impermeabilizar a base; e

Propiciar a aderência entre a base e o revestimento.

3.4.2. MATERIAIS

Os materiais indicados para a execução de imprimação deverão ser asfaltos diluídos de cura média do tipo CM-30 e a taxa de aplicação é definida como aquela que pode ser absorvida pela base em 24 horas e depende do tipo de material betuminoso e da textura da base a ser imprimada.

Deverá ser determinada experimentalmente no local da obra, devendo ficar compreendida entre 0,8 l/m² e 1,6 l/m².

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3.4.3. EQUIPAMENTOS

Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado pela FISCALIZAÇÃO e estar de acordo com esta Especificação, sem o que não poderá ser iniciado o serviço.

Vassouras mecânicas rotativas poderão ser utilizadas para a limpeza da superfície da base, antes da execução da imprimação e eventual varredura manual. Para a distribuição do material betuminoso, deverão ser utilizados carros equipados com bomba reguladora de pressão, barras de distribuição e sistema de aquecimento.

O equipamento deverá permitir a aplicação uniforme do material betuminoso na temperatura e quantidade especificadas, sobre a superfície da base preparada. Os carros distribuidores deverão dispor de tacômetro, calibradores e termômetros, em locais de fácil observação e, ainda, de um espargidor manual (“caneta”), para aplicação em pequenas superfícies e correções localizadas.

As barras de distribuição deverão ser do tipo de circulação plena, com dispositivo que possibilite ajustamentos verticais e larguras variáveis de espalhamento do ligante.

3.4.4. EXECUÇÃO

A imprimação não deverá ser executada quando a temperatura ambiente estiver abaixo de 10ºC, em condições de neblina, nem em dias de chuva.

A aplicação do material betuminoso deverá ser realizada logo após a compactação da base, de modo a não prejudicar a distribuição uniforme do material betuminoso.

Antes da execução da imprimação, a superfície da base deverá ser totalmente limpa, de modo a eliminar todo o pó e materiais soltos remanescentes. Para a limpeza da superfície, deverão ser utilizadas, preferencialmente, a vassoura mecânica ou a limpeza manual.

Aplica-se, a seguir, com auxílio do carro distribuidor, o material betuminoso de forma uniforme e na temperatura determinada em laboratório, através da determinação da relação temperatura x viscosidade para as amostras recebidas na obra.

Essa temperatura é fixada para cada tipo de material betuminoso, em função da relação temperatura x viscosidade, que proporcione a melhor viscosidade para espalhamento. A faixa de viscosidade recomendada para espalhamento de asfaltos diluídos é de 20 a 60 segundos Saybolt-Furol (40 a 120 cSt).

Cuidados deverão ser tomados de forma a evitar excessos de material betuminoso nos pontos iniciais e finais das aplicações.

Para tanto, as áreas já imprimadas deverão ser cobertas com faixas de plástico. Após a retirada das faixas de plástico, quaisquer correções nas superfícies anteriormente imprimadas deverão ser realizadas manualmente.

Qualquer falha na aplicação do material asfáltico deverá ser imediatamente corrigida.

3.4.5. CONTROLE

3.4.5.1. QUALIDADE DO MATERIAL BETUMINOSO

Os asfaltos diluídos deverão ser submetidos aos seguintes ensaios de laboratório:

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Um ensaio de viscosidade Saybolt-Furol (MB 326), para cada carregamento que chegar à obra;

Um ensaio do ponto de fulgor – Vaso Aberto Tag (NBR 5765), para cada carregamento que chegar à obra;

Um ensaio de destilação até 360ºC (MB 43), a cada quatro carregamentos que chegarem à obra.

Os resultados dos ensaios nos asfaltos diluídos deverão atender aos requisitos estipulados pelo Regulamento Técnico DNC03/97 (DNC, 1997).

3.4.5.2. CONTROLE DE TEMPERATURA

A temperatura deverá ser verificada imediatamente antes de cada aplicação, devendo ela estar compreendida na faixa de temperaturas fixada para o tipo de material asfáltico em uso.

3.4.5.3. CONTROLE DE QUANTIDADE

Deverá ser realizada uma medição da taxa de aplicação para cada 2.500 m² de área imprimada. Poderão ser utilizados os seguintes métodos:

Pesagem do carro distribuidor, antes e depois da aplicação do material asfáltico;

Pesagem, antes e após a passagem do carro distribuidor, de uma bandeja de peso e área conhecidos colocada na pista; ou

Utilização de uma régua metálica ou de madeira, pintada e graduada de forma a indicar, diretamente, o volume do material betuminoso no tanque do carro distribuidor, antes e depois da aplicação do material asfáltico.

3.4.6. ACEITAÇÃO

Os valores mínimos, obtidos em ensaios para as características especificadas acima, serão controlados conforme o método de controle DIRENG MC-01, onde a percentagem dentro dos limites (PDL) deverá ser superior a 85%.

Os resultados do controle estatístico serão registrados em relatórios periódicos de acompanhamento. Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

3.4.7. MEDIÇÃO

A imprimação será medida através da área da superfície imprimada, medida topograficamente.

3.4.8. PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade com a medição referida no item anterior, que remuneram o fornecimento do material asfáltico, seu armazenamento e transporte dos tanques de estocagem ao local de aplicação, todos os controles especificados, bem como os custos diretos e indiretos de todas as operações e equipamentos, encargos, mão-de-obra e leis sociais necessários à completa execução dos serviços.

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3.4.9. ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer da execução dos serviços de imprimação deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio-ambiente, tanto na estocagem de materiais quanto na aplicação do ligante, tal que, na estocagem do material betuminoso, deve ser evitada a instalação de depósitos próximos a cursos d’água, e na desmobilização desta atividade, remover os depósitos de ligante e efetuar a limpeza do local, recompondo a área afetada pelas atividades da construção.

Deverá ser impedido o refugo de materiais já utilizados na faixa de pouso e áreas adjacentes, ou qualquer outro lugar causador de prejuízo ambiental.

3.5. PINTURA DE LIGAÇÃO

3.5.1. OBJETIVO

Esta especificação fixa as condições para a execução e controle de pintura de ligação, que consiste na aplicação de material asfáltico sobre a superfície asfáltica inferior ou sobre a camada de base de solo-cimento, antes da execução de uma camada de revestimento asfáltico, objetivando propiciar a aderência entre este revestimento e a camada subjacente.

Para a execução deste item, devem-se seguir as recomendações constantes nas normas DNIT-ES 395 (DNIT, 1999) e DNIT-ES 145 (DNIT, 2012).

3.5.2. MATERIAIS

Para o serviço de pintura de ligação, deve-se utilizar emulsões asfálticas dos tipos RR-1C ou RR-2C.

A pintura de ligação a ser executada sobre a camada de CBUQ intermediária, a qual receberá a camada de CBUQ-RET, deverá utilizar emulsão asfáltica modificada com polímero elastomérico, tipo RR-1C-E (Emulex RR ou similar), conforme os requisitos técnicos estabelecidos pela Resolução ANP nº 32, de 14 de outubro de 2009.

As emulsões asfálticas catiônicas acima devem ser diluídas em água na proporção de 1:1 por ocasião da utilização, devendo a água estar isenta de teores nocivos de sais ácidos, álcalis, matéria orgânica, ou outras substâncias nocivas.

Essa mistura não deve ser estocada, nem distribuída, quando a temperatura ambiente estiver abaixo de 10º C, ou em dias de chuva.

A taxa recomendada de ligante betuminoso residual é de 0,3 l/m² a 0,4 l/m². Antes da aplicação, a emulsão deverá ser diluída com água, na proporção indicada acima, a fim de garantir uniformidade na distribuição desta taxa residual.

A taxa de aplicação da emulsão diluída deve ser função do tipo de material asfáltico empregado, e situar-se em torno de 0,7 l/m² a 1,0 l/m².

Todo carregamento de ligante betuminoso que chegar à obra deverá apresentar certificado de análise, além de trazer indicação clara de sua procedência, do tipo e quantidade do seu conteúdo e distância de transporte entre a refinaria e o canteiro de serviço.

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3.5.3. EQUIPAMENTOS

3.5.3.1. PARA LIMPEZA

Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deve ser examinado pela FISCALIZAÇÃO e estar de acordo com essa especificação, sem o que não deve ser dada ordem para o início do serviço.

Para a limpeza da superfície que deverá receber a pintura de ligação, devem-se utilizar maquinários de hidro-jateamento, sob alta pressão, para a retirada de quaisquer materiais granulares soltos e material pulverulento.

Após o hidro-jateamento, a realização de varredura rigorosa, fazendo uso de vassoura mecânica e/ou varredura manual, de forma a obter a superfície o mais limpa possível.

3.5.3.2. PARA DISTRIBUIÇÃO DO MATERIAL ASFÁLTICO

A distribuição do ligante deve ser feita por carros espargidores. Caminhões equipados com bomba reguladora de pressão e sistema completo de aquecimento, que permitam a aplicação do material asfáltico em quantidade uniforme.

As barras de distribuição devem ser do tipo de circulação plena, com dispositivos que possibilitem ajustamentos verticais e larguras variáveis de espalhamento do ligante.

Os carros espargidores ou distribuidores devem ser providos de dispositivos de aquecimento, dispondo de tacômetro, calibradores e termômetros, em locais de fácil acesso e observação e, ainda, de um espargidor manual, para tratamento de pequenas superfícies e correções localizadas.

Tais caminhões devem também dispor de extintores, válvulas e demais dispositivos de segurança conforme prevê a legislação pertinente.

3.5.3.3. PARA AQUECIMENTO DE MATERIAL ASFÁLTICO EM DEPÓSITO

O depósito de material asfáltico, quando necessário, deve ser equipado com dispositivo que permita o aquecimento adequado e uniforme do conteúdo do recipiente.

O depósito deve ter uma capacidade tal que possa armazenar a quantidade de material asfáltico a ser aplicada em, pelo menos, um dia de trabalho.

Deve-se dispor de um sistema de aquecimento tal que não permita o esfriamento demasiado da mistura asfáltica, nem tampouco a elevação da temperatura que leve à oxidação da massa asfáltica, casos em que necessariamente a FISCALIZAÇÃO não aceitará sua utilização no trecho asfáltico.

3.5.4. EXECUÇÃO

Após a perfeita conformação geométrica da superfície a receber a pintura de ligação, procede-se à sua varredura, de modo a eliminar pó e material solto remanescente.

Aplica-se a seguir o material asfáltico a uma temperatura em função da relação temperatura-viscosidade, que proporcione a melhor viscosidade para espalhamento das emulsões asfálticas na faixa de 25 a 100 segundos Saybolt-Furol, pelo método DNER-ME 004.

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Qualquer excesso de ligante acumulado na superfície deve ser removido para não atuar como lubrificante indevido, pois ocasionaria ondulação do revestimento a ser sobreposto.

O material asfáltico não deve ser distribuído quando a temperatura ambiente estiver abaixo de 10ºC, em dias de chuva, ou quando esta for iminente.

Após a aplicação do ligante betuminoso deve-se esperar o escoamento da água e evaporação em decorrência da ruptura.

A tolerância admitida para a taxa de aplicação “T” do ligante betuminoso diluído com água é de 0,2 l/m².

A fim de evitar a superposição ou excesso nos pontos inicial e final das aplicações, deve-se colocar na superfície a pintar faixas de papel, transversalmente, de modo que o início e o término da aplicação do material asfáltico situem-se sobre essas faixas, as quais serão a seguir retiradas.

Qualquer falha na aplicação do material asfáltico deve ser imediatamente corrigida.

3.5.5. CONTROLE

3.5.5.1. CONTROLE DE QUALIDADE

As emulsões asfálticas deverão ser submetidas aos seguintes ensaios:

Um ensaio de viscosidade Saybolt-Furol a 50º C, pelo método DNER-ME 004, para cada carregamento que chegar à obra;

Um ensaio de viscosidade Saybolt-Furol a diferentes temperaturas para o estabelecimento de relação viscosidade x temperatura, pelo método DNER-ME 004, para cada 100 toneladas;

Um ensaio de resíduo por evaporação, conforme NBR6568 (ABNT, 2005), para cada carregamento que chegar à obra;

Um ensaio da carga da partícula pelo método DNER-ME 002, para cada carregamento que chegar à obra;

Um ensaio de peneiramento pelo método DNER-ME 005, para cada carregamento que chegar à obra;

Um ensaio de sedimentação pelo método DNER-ME 006, para cada 100 toneladas.

3.5.5.2. CONTROLE DE TEMPERATURA

A temperatura do ligante betuminoso deve ser medida no caminhão distribuidor, imediatamente antes da aplicação, a fim de verificar se satisfaz o intervalo de temperatura definido pela relação viscosidade x temperatura, definida em laboratório para as amostras dos materiais recebidos na obra.

3.5.5.3. CONTROLE DE QUANTIDADE

Deve ser feito mediante a pesagem do carro distribuidor, antes e depois da aplicação do material asfáltico. Não sendo possível a realização do controle por esse método, admite-se que seja feito por um dos modos seguintes:

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Determinação da taxa de aplicação (T): coloca-se na pista uma bandeja de peso e área conhecidos. Por uma simples pesagem, após a passagem do carro distribuidor, tem-se a quantidade do material betuminoso aplicado.

Processo de cubagem: utilização de uma régua de madeira, pintada e graduada, que possa dar, diretamente, pela diferença de altura do material betuminoso no tanque do carro distribuidor, antes e depois da operação, a quantidade de material consumido.

Para trechos de pintura de ligação de extensão limitada (área menor que 4.000 m²) ou com necessidade de liberação imediata, deverão ser feitas 5 determinações de T, para controle.

Nos demais casos, para áreas entre 4.000 m² e 20.000 m², serão definidos pela CONTRATADA o número de determinações em função do risco a ser assumido de se rejeitar um serviço de boa qualidade (Tabela 1), sendo que 5 corresponde ao número mínimo de ensaios ou determinações por jornada de oito horas de trabalho.

Tabela 1. Amostragem variável

n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21

k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01

0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = nº de amostras; k=coeficiente multiplicador; = risco da CONTRATADA.

3.5.5.4. CONTROLE DE UNIFORMIDADE DE APLICAÇÃO

A fim de verificar a uniformidade de aplicação do ligante pelo equipamento empregado na distribuição, ao se iniciar o serviço deve ser realizada uma descarga durante 15 a 30 segundos.

Esta descarga pode ser feita fora da pista ou na própria pista, caso em que deve ser colocada uma calha abaixo da barra distribuidora para recolher o ligante asfáltico.

3.5.6. ACEITAÇÃO

As medições de temperatura e viscosidade deverão apresentar um resultado situado no intervalo definido pela relação viscosidade x temperatura que satisfaça às especificações de materiais aplicáveis.

Os valores mínimos, obtidos em ensaios para as características especificadas acima, serão controlados conforme o método de controle DIRENG MC-01, onde a percentagem dentro dos limites (PDL) deverá ser superior a 85%.

Os resultados do controle estatístico serão registrados em relatórios periódicos de acompanhamento. Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

3.5.7. MEDIÇÃO

A pintura de ligação deve ser medida em metros quadrados de área executada.

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3.5.8. PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade com a medição referida no item anterior, que remuneram o fornecimento do material asfáltico, seu armazenamento e transporte dos tanques de estocagem ao local de aplicação, todos os controles especificados, bem como os custos diretos e indiretos de todas as operações e equipamentos, encargos sociais, mão-de-obra e leis sociais necessários à completa execução dos serviços.

3.5.9. ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer da execução dos serviços de pintura de ligação deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio-ambiente, tanto na estocagem de materiais quanto na aplicação do ligante betuminoso, tal que, na estocagem do material betuminoso, deve ser evitada a instalação de depósitos próximos a cursos d’água, e na desmobilização desta atividade, remover os depósitos de ligante e efetuar a limpeza do local, recompondo a área afetada pelas atividades da construção.

Deverá ser impedido o refugo de materiais já utilizados na faixa de pouso e áreas adjacentes, ou qualquer outro lugar causador de prejuízo ambiental.

3.6. TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO - TSD

3.6.1. OBJETIVO

Esta Especificação fixa as condições de execução e controle de camada de tratamento superficial duplo, de penetração invertida, constituído de duas aplicações de material asfáltico e agregado mineral. Esta camada será executada entre a base cimentada e o revestimento asfáltico dos pavimentos flexíveis, visando a reduzir a reflexão das trincas de contração da base cimentada para o revestimento.

A primeira aplicação do material asfáltico é feita, diretamente, sobre a base imprimada e coberta, imediatamente, com agregado graúdo, constituindo a primeira camada do tratamento. A segunda camada é semelhante à primeira, usando-se agregado miúdo.

Para a execução deste item, devem-se seguir as recomendações constantes na norma DNIT-ES 147 (DNIT, 2012).

3.6.2. MATERIAIS

3.6.2.1. MATERIAL ASFÁLTICO

Para a primeira camada podem ser empregados os seguintes materiais:

a) cimento asfáltico de petróleo do tipo CAP 7;

b) asfaltos diluídos dos tipos CR-800 e CR-3000; e

c) emulsões asfálticas dos tipos RR-1C e RR-2C.

Para segunda camada podem ser empregados os seguintes materiais:

a) cimento asfáltico de petróleo do tipo CAP 7;

b) asfaltos diluídos dos tipos CR-250, CR-800 e CR-3000; e

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c) emulsões asfálticas dos tipos RR-1C e RR-2C.

O emprego da emulsão asfáltica somente será permitido quando seu uso se fizer em todas as camadas do tratamento.

3.6.2.2. AGREGADOS

O revestimento deve ser executado com agregado resultante da britagem (pedra, pedregulho ou escória) que preencha os seguintes requisitos:

a) granulometria enquadrada em uma das faixas do quadro abaixo:

PORCENTAGEM, EM MASSA, PASSANDO

PENEIRAS AGREGADO AGREGADO MIÚDO

GRAÚDO 2a CAMADA

mm 1a CAMADA A B

25,4 1" 100 ----- -----

19,1 ¾" 90 - 100 ----- -----

12,7 ½" 20 - 55 100 -----

9,5 3/8" 0 - 15 85 – 100 100

4,8 N° 4 0 - 5 10 – 30 85 - 100

2,0 N°10 0 - 2 0 – 10 10 - 40

0,074 N°200 0 – 2 0 - 2

b) ser constituído de fragmentos duros, limpos e duráveis, sem excesso de partículas lamelares ou alongadas, macias ou de fácil desagregação, ou qualquer outra substância prejudicial;

c) apresentar, no mínimo, 75 %, em massa, de partículas com duas faces obtidas na britagem;

d) a perda por abrasão, determinada no ensaio Los Angeles, segundo a NBR 6465, não deve ser superior a 50 %;

e) o índice de forma, determinado pelo método DNER-ME 86-94, não deve ser superior a 0,5; e

f) a escória britada, quando utilizada deve ser de alto forno, resfriada ao ar e deve apresentar uma massa específica aparente superior a 1100 Kg/m3.

3.6.2.3. MELHORADOR DE ADESIVIDADE

Não havendo boa adesividade entre o agregado e o material asfáltico, deve ser empregado um melhorador de adesividade, na quantidade fixada no projeto.

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3.6.2.4. QUANTIDADES

As quantidades usuais de material, utilizadas na execução do tratamento superficial duplo, são as indicadas no quadro abaixo:

QUANTIDADE

1ª CAMADA 2ª CAMADA

AGREGADO (kg / m2) 25,0 12,0

MATERIAL ASFÁLTICO (l / m2) 1,0 1,3

3.6.3. EQUIPAMENTOS

Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado e aferido, devendo atender às Especificações adiante descritas.

3.6.3.1. EQUIPAMENTOS DE LIMPEZA

Para limpeza da superfície tratada devem ser utilizadas vassouras mecânicas, vassourões ou jatos de ar comprimido.

3.6.3.2. DEPÓSITOS DE MATERIAL ASFÁLTICO

O depósito, quando necessário, deve ser equipado com dispositivo que permita o aquecimento adequado e uniforme do conteúdo do recipiente. Deve ter uma capacidade tal, que possa armazenar a quantidade de material asfáltico a ser aplicada em, pelo menos, três dias de trabalho.

3.6.3.3. EQUIPAMENTO PARA DISTRIBUIÇÃO DO MATERIAL ASFÁLTICO

Para distribuição do ligante devem ser utilizados carros distribuidores, especialmente construídos para este fim, equipados com barra espargidora, bomba reguladora de pressão e sistema completo de aquecimento, que permitam a aplicação do material asfáltico em quantidade uniforme.

A barra espargidora deve ser do tipo de circulação plena, com dispositivo que possibilite ajustamentos verticais e larguras variáveis de espalhamento do ligante.

Os carros distribuidores devem dispor ainda de tacômetro, calibradores e termômetros precisos, posicionados em locais de fácil acesso, assim como de um espargidor manual para o tratamento de pequenas superfícies e correções localizadas.

3.6.3.4. VEÍCULOS DE TRANSPORTE DE AGREGADOS

Devem ser utilizados caminhões tipo basculante com caçambas metálicas robustas.

3.6.3.5. EQUIPAMENTO PARA ESPALHAMENTO DO AGREGADO

Os distribuidores de agregados rebocáveis ou automotrizes devem possuir dispositivos que permitam a distribuição homogênea do agregado.

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3.6.3.6. EQUIPAMENTO DE COMPRESSÃO

Devem ser constituídos por soquete mecânico, rolos compressores do tipo tandem ou, preferencialmente, pneumáticos autopropulsores. Os rolos compressores do tipo tandem devem aplicar uma carga, por centímetro de largura de roda, não inferior a 250 N e não superior a 450 N. Sua massa total não deve ser superior a 10 t. Os rolos pneumáticos autopropulsores devem ser dotados de pneus que permitam a calibragem de 0,28 MPa a 0,84 MPa (40 lb/pol2 ) a (120 lb/pol2).

Além desses poderão ser usados outros equipamentos aceitos pela Fiscalização.

3.6.4. EXECUÇÃO

Não deve ser permitida a execução dos serviços objeto desta Especificação durante dias de chuvas.

O material asfáltico não deve ser aplicado em superfícies molhadas, à exceção da emulsão asfáltica, desde que em superfícies sem excesso de água. O material asfáltico só deve ser aplicado quando a temperatura ambiente for superior a 10º C.

A temperatura de aplicação do material asfáltico deve ser determinada, para cada tipo de ligante em função da relação temperatura-viscosidade. Deve ser escolhida a temperatura que proporcione a melhor viscosidade para o espalhamento. As faixas de viscosidade recomendadas para o espalhamento são as seguintes:

a) para cimento asfáltico e o asfalto diluído, 20 a 60 segundos Saybolt-Furol ou 40 cS a 120 cS; e

b) para a emulsão asfáltica, 25 a 100 segundos Saybolt-Furol ou 50 cS a 200 cS.

No caso de utilização de melhorador de adesividade, este deve ser adicionado ao ligante asfáltico no canteiro da obra. Preferencialmente, deve-se fazer esta mistura com o ligante asfáltico circulando no carro distribuidor de material asfáltico.

Antes de iniciar as operações de execução do tratamento, procede-se a uma varredura do pó na pista imprimada.

Os materiais asfálticos devem ser aplicados em faixas sucessivas e contíguas. A aplicação deve ser feita de modo a assegurar uma boa junção entre duas faixas adjacentes. O distribuidor deve ser ajustado a operar de modo a distribuir o material uniformemente sobre a largura determinada. Depósitos excessivos de material asfáltico devem ser prontamente eliminados.

Imediatamente após a primeira aplicação do material asfáltico, o agregado graúdo deve ser uniformemente espalhado, na quantidade indicada no projeto. Quando necessário, para garantir uma cobertura uniforme, a distribuição poderá ser complementada por processo manual adequado. O excesso de agregado deve se removido antes da compressão.

A extensão de material asfáltico aplicado deve ficar condicionada à capacidade de cobertura imediata com agregado. No caso de paralisação súbita e imprevista do carro-distribuidor de agregados, o agregado deve ser espalhado manualmente na superfície já coberta com o material asfáltico.

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O agregado deve ser comprimido em sua largura total, o mais prontamente possível após a sua aplicação. A compressão deve ser interrompida antes do aparecimento de sinais de esmagamento do agregado. A compressão deve começar pelas bordas e progredir para o eixo. Nas curvas deverá progredir do bordo mais baixo para o bordo mais alto, paralelamente ao eixo do pavimento. Cada passagem do rolo deve recobrir, pelo menos, metade da largura anteriormente coberta.

Após a compressão da primeira camada e a fixação do agregado, faz-se a varredura do agregado solto.

A seguir, executa-se a segunda camada com agregado miúdo, de modo idêntico à primeira.

O tráfego não deve ser permitido quando da aplicação do material asfáltico, ou do agregado. Só deve ser aberto após a compressão terminada. No caso de emprego de asfalto diluído, o trecho não deve ser aberto ao tráfego, até que o material betuminoso tenha secado, e que os agregados não sejam mais arrancados pelos veículos. De 5 a 10 dias após a abertura ao tráfego, deverá ser feita uma varredura dos agregados não fixados pelo ligante.

3.6.5. CONTROLE

3.6.5.1. CONTROLE DE QUALIDADE DOS MATERIAIS

3.6.5.1.1. CIMENTO ASFÁLTICO

Deverá constar dos seguintes ensaios:

Um ensaio de espuma NBR MB-37 (ABNT 1975), para todo carregamento que chegar à obra;

Um ensaio de viscosidade Saybolt-Furol, conforme método DNER-ME 004 (DNER, 1994), para todo carregamento que chegar à obra; e

Uma determinação do Índice Pfeiffer, para cada 100t.

3.6.5.1.2. ASFALTOS DILUÍDOS

Deverá constar dos seguintes ensaios:

Um ensaio de ponto de fulgor, para cada 100t;

Um ensaio de viscosidade Saybolt-Furol, conforme método DNER-ME 004 (DNER, 1994), para todo carregamento que chegar à obra; e

Uma ensaio de destilação, para cada 100t.

3.6.5.1.3. EMULSÕES ASFÁLTICAS

Deverá constar dos seguintes ensaios:

Um ensaio de viscosidade Saybolt-Furol, conforme método DNER-ME 004 (DNER, 1994), para todo carregamento que chegar à obra;

Um ensaio de ponto de evaporação, para todo carregamento que chegar à obra;

Um ensaio de peneiração, conforme método DNER-ME 005 (DNER, 1994), para todo carregamento que chegar à obra; e

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Um ensaio de sedimentação, conforme método DNER-ME 006 (DNER, 2000), para cada 100t.

3.6.5.1.4. AGREGADOS

Deverá constar dos seguintes ensaios:

Dois ensaios de granulometria do agregado, para cada dia de trabalho.

Um ensaio de desgaste Los Angeles por mês, conforme a NM51 (AMN, 2000), ou quando houver variação da natureza do material;

Um ensaio de índice de forma, para cada 900m³,pelo método DNER-ME 086 (DNER, 1994);

Um ensaio de adesividade para todo o carregamento de ligante asfáltico que chegar à obra e sempre que houver variação da natureza do material.

Os agregados serão aceitos se os resultados dos ensaios relacionados acima se enquadrarem nos limites estabelecidos nesta Especificação.

3.6.5.2. CONTROLE DE TEMPERATURA

A temperatura de aplicação deve ser verificada no caminhão distribuidor, imediatamente antes da aplicação e deve ser tal que a viscosidade do ligante seja adequada à aplicação.

3.6.5.3. CONTROLE DE QUANTIDADE DO LIGANTE ASFÁLTICO

O controle da quantidade do material asfáltico deve ser feito mediante a pesagem do carro distribuidor, antes e depois da aplicação do material asfáltico.

Não sendo possível a realização do controle por esse método, admitem-se as seguintes modalidades:

a) coloca-se na pista uma bandeja, de peso e área conhecidos. Por simples pesagem da bandeja, após a passagem do carro distribuidor, tem-se a quantidade de material, pintada e graduada, de modo que forneça, diretamente, por diferença de alturas do material betuminoso no tanque do carro distribuidor, antes e depois da operação, a quantidade do material consumido.

3.6.5.4. CONTROLE DE QUANTIDADE E UNIFORMIDADE DO AGREGADO

Devem ser feitos, para cada dia de operação, pelo menos dois controles da quantidade de agregado aplicada. Colocam-se na pista, recipientes de peso e área conhecidos. Por simples pesadas, após a passagem do distribuidor, tem-se a quantidade de agregado espalhada. Esta amostra do agregado deve ser submetida ao ensaio de granulometria, de modo a controlar a uniformidade do material utilizado.

3.6.5.5. CONTROLE DA UNIFORMIDADE DE APLICAÇÃO DO MATERIAL ASFÁLTICO

Deve ser feita mediante uma descarga de 15 a 30 segundos, fora da pista, ou na própria pista, caso em que deve ser colocada uma calha abaixo da barra do carro distribuidor para recolher o ligante asfáltico.

3.6.5.6. CONTROLE GEOMÉTRICO

O controle geométrico deve constar de uma verificação do acabamento da superfície, feita

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com duas réguas, uma de 1,00 m e outra de 3,00 m de comprimento, colocadas em ângulo reto devendo a maior situar-se paralelamente ao eixo da pista. A variação da superfície, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder 0,5 cm, quando verificada com qualquer das duas réguas.

3.6.6. MEDIÇÃO

O tratamento superficial duplo deve ser medido em metros quadrados de superfície tratada.

3.6.7. PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade com a medição referida no item anterior, que remuneram além do fornecimento dos materiais - inclusive o material asfáltico e o melhorador de adesividade, se necessário - do armazenamento do material asfáltico, da produção, transporte, espalhamento e compressão dos agregados, os custos diretos e indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais, mão-de-obra e leis sociais, necessários a completa execução dos serviços.

3.6.8. ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer da execução dos serviços de camada de tratamento superficial duplo deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio-ambiente, envolvendo a produção de asfalto e aplicação de agregados, tanto na estocagem quanto na execução, tal que:

a) no decorrer do processo de obtenção de agregados deverá ser evitada a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de Preservação Ambiental, bem como deverão ser impedidas as queimadas como forma de desmatamento.

b) os agregados somente serão aceitos após apresentação da licença ambiental de operação da pedreira/areal cuja cópia da licença deverá ser arquivada junto ao Livro de Ocorrências da obra.

c) a pedreira deverá ser adequadamente explorada de modo a minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental após a retirada de todos os materiais e equipamentos.

d) junto às instalações de britagem devem ser construídas bacias de sedimentação para retenção do pó-de-pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem de brita, evitando o seu carreamento para cursos d’água.

e) no caso de fornecimento de materiais por terceiros, deverá ser exigida toda a documentação atestando a regularidade das instalações pedreira/areal/usina, assim como sua operação, junto ao órgão ambiental competente.

Na execução dos caminhos de serviço devem ser seguidas as recomendações constantes da DNER-ES 279 (DNER,1997).

Os depósitos de ligantes betuminosos devem ser instalados em locais afastados de cursos d’água e deverá ser impedido o refugo de materiais já utilizados em qualquer outro lugar causador de prejuízo ambiental.

A área afetada pelas operações de construção/execução devem ser recuperadas mediante a remoção dos depósitos e limpeza do canteiro de obras.

As operações englobam:

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estocagem, dosagem, peneiramento e transporte de agregados frios;

transporte e estocagem de material asfáltico.

Na tabela a seguir há a relação dos principais agentes e fontes de poluição relacionados ao serviço.

III - Emissões Fugitivas As principais fontes são pilhas de estocagem ao ar livre, carregamentos de silos frios, vias de tráfego, área de peneiramento, pesagem e mistura.

OBS: Emissões fugitivas São quaisquer lançamentos ao ambiente, sem passar primeiro por alguma chaminé ou duto projetados para corrigir ou controlar o seu fluxo.

As áreas para as instalações industriais devem ser definidas previamente, de maneira tal que se consiga o mínimo de agressão ao meio-ambiente.

As vias de acesso internas devem ser mantidas limpas, de tal modo que as emissões provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem 20% de opacidade.

3.7. CONCRETO BETUMINOSO USINADO A QUENTE – CBUQ-BINDER

3.7.1. OBJETIVO

Esta especificação fixa as condições de execução e controle de camada de revestimento em concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ) do tipo binder, sendo esta uma camada executada sobre a camada de tratamento superficial duplo que isola a base cimentada do pavimento. Acima do CBUQ – binder será executada a camada CBUQ – capa.

A camada de concreto betuminoso é o produto resultante da mistura a quente, em usina apropriada, de agregado mineral graduado, material de enchimento e cimento asfáltico, espalhada e comprimida a quente, de forma que, após a conclusão do serviço, as declividades, espessuras e propriedades da mistura definidas em projeto sejam atendidas.

Para a execução deste item, devem-se seguir as recomendações constantes na norma DNIT-ES 031 (DNIT, 2006), exceto no que for explicitado em contrário nesta ETE.

3.7.2. MATERIAIS

3.7.2.1. MATERIAL ASFÁLTICO

Para a camada de binder em CBUQ, deverá ser utilizado ligante asfáltico CAP-50/70.

3.7.2.2. AGREGADOS

Os agregados que compõem a mistura do concreto asfáltico consistem de pedra britada, areia e material mineral fino e inerte.

A porção de material retida na peneira número 4 é denominada agregado graúdo, o que passa na peneira 4 e fica retido na peneira 200, denomina-se agregado miúdo e a porção que passa na peneira 200 chama-se material de enchimento (filler).

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3.7.2.2.1. AGREGADO GRAÚDO

O agregado graúdo deverá ser de pedra britada ou outro material indicado, previamente aprovado pela FISCALIZAÇÃO.

Deverá apresentar boa adesividade, fragmentos sãos, duráveis, e estar isento de torrões de argila e de substâncias nocivas.

O agregado graúdo deverá ser submetido a ensaios de laboratório e ter suas características enquadradas dentro dos limites estabelecidos abaixo:

o percentual de desgaste, determinado pelo ensaio de abrasão Los Angeles, conforme a NM51 (AMN, 2000), não poderá ser superior a 50% para camadas de regularização ou binder;

o índice de forma, determinado pelo método DNER-ME 086 (DNER, 1994), deverá ser superior a 0,6; e

os agregados graúdos deverão ser ensaiados quanto à durabilidade a sulfatos (DNER ME 089), sendo toleradas perdas de até 10% em relação ao sulfato de sódio e de até 13% em relação ao sulfato de magnésio.

3.7.2.2.2. AGREGADO MIÚDO

O agregado miúdo deverá ser constituído de materiais provenientes da britagem de rocha, tais como pó-de-pedra, e que sejam resistentes e possuam moderada angulosidade.

Deverão ser isentos de torrões de argila ou silte e de materiais pulverulentos.

Areia natural poderá ser utilizada como parte do agregado miúdo para ajustar a granulometria ou para melhorar a trabalhabilidade do concreto asfáltico.

No entanto, o total em peso de areia em relação ao total em peso do agregado não poderá exceder em 20%.

O agregado miúdo deverá apresentar um índice de plasticidade inferior a 6%, um limite de liquidez inferior a 25% e um equivalente de areia, determinado pelo método de ensaio NBR 12052 (ANBT, 1992), igual ou superior a 35%.

3.7.2.2.3. FILLER (MATERIAL DE ENCHIMENTO)

Quando a presença de finos nos agregados for insuficiente para enquadrar a granulometria do concreto asfáltico, poderão ser utilizados materiais específicos de enchimento, chamados de filler.

O filler deverá ser constituído de materiais minerais finamente divididos, inertes em relação aos demais componentes da mistura e não plásticos (IP<6), tais como o cimento Portland, cal extinta, pós calcários, cinza volante e similares, desde que atendam à seguinte granulometria.

PENEIRAS PORCENTAGEM MÍNIMA PASSANDO Abertura (mm) n°

0,42 40 100

0,18 80 95

0,074 200 65

Quando da aplicação, o filler deve estar seco e isento de grumos.

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3.7.2.3. MELHORADOR DE ADESIVIDADE

Quando necessário deverá ser utilizado melhorador de adesividade.

A verificação da adesividade entre o ligante betuminoso e os agregados graúdo e miúdo deverá ser realizada, antes do estudo do traço, conforme as normas NBR 12583 (ABNT, 1992) para agregados graúdos, e NBR 12584 (ABNT, 1992) para agregados miúdos.

A quantidade de melhorador de adesividade a ser misturado no cimento asfáltico deverá ser determinada em laboratório e aprovada pela FISCALIZAÇÃO.

3.7.2.4. COMPOSIÇÃO DA MISTURA

A mistura betuminosa deverá ser composta de uma mistura de agregados bem graduados, cimento asfáltico e, se necessário, material de enchimento. Os diversos agregados deverão ser divididos por tamanho e combinados em proporções em que a mistura resultante atenda aos requisitos da mistura de projeto.

3.7.2.4.1. GRANULOMETRIA DA MISTURA DE PROJETO

Deverá corresponder, conforme a espessura da camada a executar, a FAIXA 2 indicada no quadro a seguir.

Peneiras Percentual Passante (%)

ASTM (mm) Faixa 1 Faixa 2 Faixa 3 Faixa 4

1 1/2" 38,1 100 - - -

1" 25,4 86 – 98 100 - -

3/4" 19,1 68 – 93 76 – 98 100 -

1/2" 12,7 57 – 81 66 – 86 79 - 99 100

3/8" 9,5 49 – 69 57 – 77 68 - 88 79 - 99

Nº 4 4,8 34 – 54 40 – 60 48 - 68 58 - 78

Nº 10 2,0 19 – 40 23 – 43 29 - 49 35 - 55

Nº 40 0,42 7 – 20 9 – 22 11 - 24 15 - 29

Nº 80 0,18 4 – 13 6 – 17 6 - 17 9 - 19

Nº 200 0,074 3 – 6 3 – 6 3 - 6 3 - 6

Teor de asfalto (%) 4,5 - 7,0 4,5 - 7,0 5,0 - 7,5 5,5 - 8,0

Espessura mínima da camada 6,0 cm 4,0 cm 3,0 cm 2,0 cm

Fonte: Especificação Geral DIRENG 04.05.610 - CBUQ

A faixa adotada não deverá conter partículas com diâmetro máximo superior a 2/3 da espessura da camada de revestimento.

O diâmetro máximo corresponde à abertura da malha quadrada da peneira, em milímetros, a qual corresponde uma porcentagem retida acumulada igual ou inferior a 5% em massa.

Para todos os tipos, a fração retida entre duas peneiras consecutivas não deverá ser inferior a 4% do total. A faixa granulométrica a ser empregada deverá ser selecionada em função da utilização prevista para o CBUQ e da espessura a ser executada.

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Para este projeto, recomenda-se a utilização da FAIXA 2 para a camada de CBUQ-BINDER.

Os vazios do agregado mineral (%VAM) deverão atender aos valores mínimos apresentados a seguir, definidos a partir do diâmetro máximo do agregado empregado:

Diâmetro máximo do agregado % vazios do agregado mineral (VAM) mínimo ASTM mm

½” 12,7 16

¾” 19,1 15 1" 25,4 14

1 ½” 38,1 13 Fonte: Especificação Geral DIRENG 04.05.610 – CBUQ3.7.2.4.2. REQUISITOS DA MISTURA

A estabilidade e características correlatas da mistura asfáltica deverão ser determinadas pelo Método Marshall NBR 12891 (ABNT, 1993) e satisfazer aos requisitos indicados no quadro a seguir:

Discriminação Limite inferior Limite superior

Estabilidade (N) 8.000 14.000

Fluência Máxima (0,25 mm) 10 14

Volume de Vazios (VV, %) 4,8 6,2

Relação Betume-Vazios (RBV,%) 60 70

Nº de golpes em cada face do CP 75

Fonte: Norma AC nº 150/5370-10F (FAA, 2011) - Item P-403

Os valores de estabilidade obtidos no ensaio Marshall deverão ser corrigidos em função da espessura em centímetro dos corpos de prova (h) ensaiados para a espessura padrão de 6,35cm.

A correção é realizada multiplicando o valor encontrado pelo fator de correção (fcorreção) obtido a partir da equação a seguir.

O traço da mistura deve ser submetido, com a necessária antecedência, à apreciação da FISCALIZAÇÃO. Para tanto, deverá conter todos os elementos necessários, tais como granulometrias, densidades reais, cálculo das características dos corpos de prova, curva destes valores, etc.

3.7.3. EQUIPAMENTOS

Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado e aferido, devendo atender às Especificações adiante descritas.

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3.7.3.1. DEPÓSITOS DE MATERIAL ASFÁLTICO

Os depósitos para o ligante asfáltico devem ser capazes de aquecer o material às temperaturas fixadas nesta especificação.

O aquecimento deve ser feito por meio de serpentinas a vapor, eletricidade, ou outros meios, de modo a não haver contato de chamas com o interior do depósito.

Deverá ser instalado um sistema de recirculação, desembaraçada e contínua, do depósito ao misturador, durante todo o período de operação.

Todas as tubulações e acessórios devem ser dotados de isolamento, a fim de evitar perdas de calor.

A capacidade dos depósitos deverá ser suficiente para, no mínimo, três dias de serviço.

3.7.3.2. SILOS DE AGREGADOS

Devem ter capacidade total de, no mínimo, três vezes a capacidade do misturador e serem divididos em compartimentos dispostos de modo a separar e estocar, adequadamente, as frações apropriadas do agregado.

Cada compartimento deverá possuir dispositivos adequados de descarga. Haverá um silo adequado para o filler, conjugado com dispositivos para a sua dosagem.

3.7.3.3. USINAS

As usinas, do tipo gravimétrica, devem estar equipadas com uma unidade classificadora de agregados, após o secador, e dispor de misturador tipo PUG-MILL, com duplo eixo conjugado, provido de palhetas reversíveis e removíveis, ou outro tipo capaz de produzir uma mistura uniforme.

Deve ainda o misturador possuir dispositivo para controlar o ciclo completo de mistura. Um termômetro com proteção metálica e escala de 90ºC a 210ºC (precisão de 1º C), deve ser fixado na linha de alimentação do asfalto, em local adequado, próximo à descarga do misturador.

A usina deve ser equipada, além disso, com um termômetro de mercúrio, com escala em dial, pirômetro elétrico, ou outros instrumentos termoelétricos aprovados, colocados na descarga do secador para registrar a temperatura dos agregados, com precisão de 5º C.

3.7.3.4. ACABADORAS

O equipamento para espalhamento e acabamento deverá ser constituído de pavimentadoras automotrizes, capazes de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e abaulamento requeridos.

As acabadoras deverão estar equipadas com parafusos sem fim, para colocar a mistura exatamente nas faixas, e possuir dispositivos rápidos e eficientes de direção, além de marchas para frente e para trás.

As acabadoras deverão ser equipadas com alisadores e dispositivos para aquecimento dos mesmos, à temperatura requerida, para colocação da mistura sem irregularidades, bem como controle de greide longitudinal eletrônico para garantia da qualidade da superfície.

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3.7.3.5. EQUIPAMENTO DE COMPRESSÃO

Deverá ser constituído por rolo pneumático e rolo metálico liso, tipo tandem, ou outro equipamento aprovado pela FISCALIZAÇÃO.

Os rolos compressores, tipo tandem, devem ter uma massa de 8 a 12 t. Os rolos pneumáticos autopropulsores devem ser dotados de pneus que permitam a calibragem de 0,25 MPa a 0,84 MPa (35 a 120 psi).

O equipamento em operação deverá ser suficiente para comprimir a mistura à densidade requerida, enquanto esta se encontrar em condições de trabalhabilidade.

3.7.3.6. VEÍCULOS DE TRANSPORTE DA MISTURA

Os caminhões tipo basculante, para o transporte do concreto asfáltico, deverão ter caçambas metálicas robustas, limpas e lisas, ligeiramente lubrificadas com água e sabão, óleo cru fino, óleo parafínico, ou solução de cal, de modo a evitar a aderência da mistura às chapas.

A utilização de produtos susceptíveis de dissolver o ligante betuminoso (óleo diesel, gasolina, etc.) não será permitida.

3.7.4. EXECUÇÃO

3.7.4.1. PREPARAÇÃO

A temperatura de aplicação do cimento asfáltico deve ser determinada para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade.

A temperatura conveniente é aquela na qual o asfalto apresenta uma viscosidade situada dentro da faixa de 75 a 150 segundos Saybolt-Furol, conforme método DNER-ME 004 (DNER, 1994), indicando-se, preferencialmente, a viscosidade de 85 a 95 segundos Saybolt-Furol. Entretanto, não devem ser feitas misturas a temperaturas inferiores a 107ºC e nem superiores a 177ºC.

Os agregados deverão ser aquecidos a temperaturas de 10ºC a 15ºC acima de temperatura do ligante asfáltico.

Sendo decorridos mais de sete dias entre a execução da imprimação sobre a camada de base ou pintura de ligação sobre camada asfáltica inferior, ou no caso de ter havido trânsito sobre a superfície pintada, ou ainda ter sido a pintura recoberta com areia, pó-de-pedra, etc., deverá ser feita uma nova pintura de ligação.

3.7.4.2. TRECHO EXPERIMENTAL

Será necessária a execução de um trecho experimental, em local indicado pela FISCALIZAÇÃO, com a finalidade de:

Avaliar o fator de empolamento da mistura a ser lançada na pista;

Calibrar os controles eletrônicos de greide da acabadora;

Avaliar a necessidade ou não de calibragens da usina e dos demais equipamentos;

Verificar a qualidade da mistura que a usina irá produzir.

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O trecho experimental deverá ser executado após a aprovação do traço da mistura, nas dimensões mínimas de 100 m de comprimento e de 6 m de largura a ser realizado em duas faixas com junta longitudinal fria.

O trecho deverá ser executado com a mesma espessura da camada prevista (5 cm) e os equipamentos deverão ser os mesmos destinados à construção da referida camada.

Deverão ser moldados pelo menos três corpos de prova com o material coletado na usina para a determinação, em laboratório, de todas as características da massa usinada (volume de vazios, estabilidade, fluência, RBV. etc.) e pelo menos dois para análise de teor de betume e granulometria.

Após a compactação do trecho experimental, três corpos de prova deverão ser extraídos no centro de cada uma das faixas e outros três corpos de prova ao longo da junta longitudinal para a determinação da densidade de campo.

O trecho experimental será considerado aceito quando:

Os resultados da estabilidade, fluência, densidade da camada, densidade da junta e volume de vazios estiverem 90% dentro dos limites de aceitação exigidos nesta especificação para o tipo de mistura definido em projeto;

Os resultados da granulometria e teor de asfalto estiverem de acordo com os valores exigidos nesta especificação para o tipo de mistura definido em projeto; e

O resultado do volume de vazios no agregado mineral estiver de acordo com o exigido nesta especificação.

A liberação para a construção ocorrerá somente quando o trecho experimental for considerado aceito pela Fiscalização.

Caso o trecho experimental não seja aceito, correções no projeto de mistura asfáltica ou alteração nos equipamentos deverão ser realizadas e um novo trecho experimental deverá ser construído.

Será medido e pago apenas o trecho experimental que for considerado aceito pela Fiscalização.

3.7.4.3. PRODUÇÃO DO CONCRETO ASFÁLTICO

A produção do concreto asfáltico deverá ser efetuada em usinas apropriadas, conforme anteriormente especificado. Os agregados e o material betuminoso deverão ser pesados e/ou medidos na proporção definida pela mistura de projeto antes de entrarem no misturador da usina.

A umidade da mistura na descarga da usina não poderá ser superior a 0,5%. A produção da mistura deverá ser suficiente para evitar interrupções no espalhamento com a vibroacabadora.

3.7.4.4. TRANSPORTE DO CONCRETO ASFÁLTICO

O concreto asfáltico produzido deverá ser transportado da usina ao ponto de aplicação nos veículos basculantes antes especificados.

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Quando necessário, para que a mistura seja colocada na pista à temperatura especificada, cada carregamento deverá ser coberto por lona ou outro material aceitável, de tamanho suficiente para proteger a mistura.

Todo carregamento de ligante betuminoso que chegar à obra deverá apresentar certificado de análise, além de trazer indicação clara de sua procedência, do tipo e quantidade do seu conteúdo e distância de transporte entre a refinaria e o canteiro de serviço.

Na execução dos caminhos de serviço devem ser seguidas as recomendações constantes da DNER-ES 279 (DNER, 1997).

3.7.4.5. DISTRIBUIÇÃO E COMPRESSÃO DA MISTURA

As misturas de concreto asfáltico deverão ser distribuídas somente quando a temperatura ambiente se encontrar acima de 10ºC, e sem chuva ou iminência desta.

A distribuição do concreto asfáltico deverá ser feita por máquinas acabadoras, conforme já descrito.

Caso ocorram irregularidades na superfície da camada, estas deverão ser sanadas pela adição manual de concreto asfáltico, sendo esse espalhamento efetuado por meio de ancinhos e rodos metálicos.

Imediatamente após a distribuição do concreto asfáltico, tem início a rolagem. Como norma geral, a temperatura de rolagem deve ser a mais elevada que a mistura asfáltica possa suportar, temperatura essa fixada experimentalmente para cada caso.

A temperatura recomendável para a compressão da mistura é aquela a qual o cimento asfáltico apresenta uma viscosidade Saybolt-Furol, de 140 ± 15 segundos.

Caso sejam empregados rolos de pneus de pressão variável, inicia-se a rolagem com baixa pressão, a qual deverá ser aumentada à medida que a mistura for sendo comprimida e, consequentemente, suportando pressões mais elevadas.

A compressão deverá ser iniciada pelas bordas, longitudinalmente, continuando em direção ao eixo da pista.

Cada passada do rolo deverá ser recoberta, na seguinte, de pelo menos a metade da largura anteriormente rolada. Em qualquer caso, a operação de rolagem perdurará até o momento em que seja atingida a compactação especificada.

Durante a rolagem não deverão ser permitidas mudanças de direção, inversões bruscas de marcha, nem estacionamento do equipamento sobre o revestimento recém rolado.

As rodas do rolo deverão ser umedecidas adequadamente de modo a evitar a aderência da mistura.

3.7.4.6. JUNTAS FRIAS

Quando uma faixa for executada seis horas após a faixa adjacente ter sido compactada, as juntas, tanto longitudinais quanto transversais, deverão ser serradas com auxílio de uma serra de disco diamantado, lavadas com água e secas com jatos de ar.

As faces serradas das juntas deverão receber uma camada de pintura de ligação antes da aplicação da faixa adjacente.

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As juntas deverão ser realizadas de forma a garantir uma perfeita aderência entre as camadas adjacentes e se obter a densidade requerida.

Esforços deverão ser feitos para que sejam minimizadas as construções de juntas frias longitudinais e, também, para que sejam maximizadas as distâncias entre juntas frias transversais.

3.7.4.7. ABERTURA AO TRÁFEGO

O tráfego de veículos sobre um revestimento recém construído somente deverá ser autorizado após o completo resfriamento deste e nunca antes de decorridas 6 (seis) horas após a compressão.

3.7.5. CONTROLE

3.7.5.1. CONTROLE DE QUALIDADE DOS MATERIAIS

3.7.5.1.1. CIMENTO ASFÁLTICO

Deverá constar dos seguintes ensaios:

Um ensaio de penetração a 25ºC NBR 6576 (ABNT, 2007), com o cimento asfáltico classificado por penetração, para todo o carregamento que chegar à usina;

Um ensaio de ponto de fulgor NBR 11341 (ABNT, 2008) para todo carregamento da usina;

Um índice de Suscetibilidade Térmica, para cada 100t, calculado pela

expressão:

Um ensaio de espuma NBR MB-37 (ABNT 1975), para todo carregamento que chegar à usina;

Um ensaio de viscosidade Saybolt-Furol, conforme método DNER-ME 004 (DNER, 1994), para todo carregamento que chegar à usina; e

Um ensaio de viscosidade Saybolt-Furol, conforme método DNER-ME 004 (DNER, 1994), a diferentes temperaturas, para a determinação da curva viscosidade x temperatura, para cada 100t.

O material asfáltico será considerado aceito se os resultados dos ensaios relacionados acima atenderem aos limites estipulados no regulamento técnico número 01/92, rev. 02, do Departamento Nacional de Combustíveis – DNC, para o asfalto especificado no projeto.

3.7.5.1.2. AGREGADOS

Deverá constar dos seguintes ensaios:

Dois ensaios de granulometria do agregado, de cada silo quente, por dia. A curva granulométrica deverá manter-se contínua e obedecer às tolerâncias previstas.

Um ensaio de desgaste Los Angeles por mês, conforme a NM51 (AMN, 2000), ou quando houver variação da natureza do material;

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Um ensaio de índice de forma, para cada 900m³, pelo método DNER-ME 086 (DNER, 1994);

Um ensaio, para cada 900m³, quanto à durabilidade a sulfato de sódio ME 089, (DNER, 1994), sendo toleradas perdas de até 10%;

Um ensaio, para cada 900m³, quanto à durabilidade a sulfato de magnésio ME 089, (DNER, 1994), sendo toleradas perdas de até 13%;

Um ensaio de equivalente de areia do agregado miúdo, por dia, pelo método de ensaio NBR 12052 (ABNT, 1992); e

Um ensaio de granulometria do material de enchimento (filler), por dia.

Os agregados serão aceitos se os resultados dos ensaios relacionados acima se enquadrarem nos limites estabelecidos nesta Especificação.

3.7.5.2. CONTROLE DE TEMPERATURA

Deverão ser efetuadas constantemente medidas de temperatura, ao longo da jornada de trabalho, de cada um dos itens abaixo discriminados:

Do agregado, no silo quente da usina;

Do ligante, na usina;

Da mistura betuminosa, na saída do misturador da usina;

Da mistura, no momento do espalhamento e início da rolagem de pista.

Em cada caminhão, antes da descarga, deverá ser feita, pelo menos, uma leitura da temperatura.

As temperaturas deverão satisfazer às temperaturas especificadas anteriormente, com uma tolerância de ± 5ºC.

3.7.5.3. CONTROLE DE QUALIDADE DA MISTURA

3.7.5.3.1. MISTURA PRODUZIDA

A mistura deverá ser ensaiada para a verificação de suas características através de amostras que representarão um lote de material.

Um lote de material será considerado como:

Um dia de produção inferior a 2.000t; ou

Meio dia de produção, quando se espera uma produção diária entre 2.000 e 4.000t.

Quando existir mais de uma usina produzindo misturas asfálticas simultaneamente para o serviço, deverão ser considerados lotes de material separados para cada usina.

Deverá constar dos seguintes ensaios:

Três extrações de betume, conforme DNER-ME 053 (DNER, 1994), de amostras coletadas na saída da usina, no caminhão ou na pista, para a realização dos ensaios de granulometria dos agregados e de determinação da quantidade de ligante, conforme DNER-ME 053 (DNER, 1994), presente na mistura, para cada lote de material;

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Dois ensaios Marshall, conforme NBR 12891 (ABNT, 1993), com três corpos de prova retirados após a passagem da acabadora e antes da compressão para a verificação dos valores especificados para estabilidade mínima, fluência máxima, volume de vazios da mistura de projeto e relação betume-vazios, para cada lote de material.

3.7.5.3.2. MISTURA APLICADA

Deverá constar dos seguintes ensaios:

Uma determinação da densidade aparente a cada 500m² ou, no mínimo, quatro medições por dia de serviço;

Uma determinação da densidade aparente nas juntas a cada 100m de junta construída ou, no mínimo, quatro medições por dia de serviço.

Os corpos-de-prova deverão ser extraídos da mistura comprimida, por meio de sondas rotativas, em pontos escolhidos aleatoriamente pela FISCALIZAÇÃO.

3.7.6. ACEITAÇÃO

3.7.6.1. GRANULOMETRIA E TEOR DE ASFALTO

Os resultados dos ensaios de granulometria e de determinação do teor de asfalto realizados deverão atender aos limites exigidos no quadro a seguir.

PENEIRAS Limites

NÚMERO ABERTURA (mm)

3/4" 19 -

1/2" 12,5 ± 6,0%

3/8" 9,5 ± 6,0%

4 4,75 ± 6,0%

10 2,0 ± 5,0%

40 0,42 ± 4,0%

80 0,18 ± 3,0%

200 0,074 ± 2,0%

Teor de asfalto ± 0,45%

3.7.6.2. ESTABILIDADE, FLUÊNCIA E VOLUME DE VAZIOS

O critério para a aceitação das características de estabilidade, fluência e volume de vazios, para cada lote de mistura produzida, será baseado no método da Percentagem Dentro dos Limites – PDL DIRENG-MC 01, tendo como limites de tolerância os valores apresentados no quadro a seguir.

A CONTRATADA deverá atingir um valor de PDL superior a 85%.

Características Limite Inferior Limite Superior

Estabilidade Mínima (N) 8.000 16.000

Fluência Máxima (0,25 mm) 10 14

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Vazios da Mistura (VV, %) 4,8 6,2

Os ensaios para a determinação das características acima serão realizados em corpos-de-prova moldados com mistura recém-usinada.

3.7.6.3. DENSIDADE DA MISTURA COMPACTADA E DAS JUNTAS

O critério para a aceitação das características de densidade, para cada lote de mistura compactada, será baseado no método da Percentagem Dentro dos Limites – PDL DIRENG-MC 01, tendo como limites de tolerância os valores apresentados no quadro abaixo.

A Contratada deverá atingir um valor de PDL superior a 85%.

Características Limite Inferior Limite Superior

Densidade da mistura (%) 96,3 -

Densidade da mistura nas juntas (%) 93,3 -

Os ensaios para a determinação das características acima serão realizados em corpos-de-prova extraídos no campo, com auxílio de sondas rotativas.

3.7.6.4. ESPESSURA E GREIDE

A superfície da camada acabada não deverá variar em relação às cotas de projeto mais do que 7,0 mm.

O greide acabado será determinado após o nivelamento dos pontos apresentados nas notas de serviço de campo.

Quando mais de 15% dos pontos nivelados de uma determinada área estiverem fora desta tolerância, a área deficiente deverá ser removida e reconstruída.

A remoção deverá ser feita de forma que seja possível se reconstruir uma camada betuminosa com pelo menos 4 cm de espessura.

3.7.6.5. IRREGULARIDADES

A superfície final do revestimento deverá satisfazer os alinhamentos, perfis e seções do projeto.

As irregularidades serão medidas com auxílio de uma régua de 3,60 m de comprimento, paralela e perpendicularmente ao eixo da pista, a cada metro.

Os locais a serem medidos serão definidos pela FISCALIZAÇÃO.

Quando mais de 15% das medições estiverem fora da tolerância, a área deficiente deverá ser removida e reconstruída. A remoção deverá ser feita de forma que seja possível se reconstruir uma camada betuminosa com pelo menos 4 cm de espessura.

3.7.7. MEDIÇÃO

O concreto asfáltico usinado a quente será medido por volume de mistura aplicada, após a compressão do material.

Não será descontado volume algum se os pontos executados estiverem dentro da tolerância prevista nesta especificação em relação às cotas de projeto.

Deverão ser descontados os volumes executados a menor, no caso de haver ocorrência de pontos executados abaixo da tolerância das espessuras de projeto.

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3.7.8. PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade com a medição referida no item anterior, que remuneram o fornecimento de todos os materiais e respectivos ensaios de recebimento, o preparo, o transporte com DMT de até 12 km, o espalhamento e a compressão da mistura, o controle tecnológico e geométrico, bem como todos os custos diretos e indiretos de todas as operações, equipamentos, mão-de-obra, encargos gerais e leis sociais, necessários à completa execução dos serviços.

3.7.9. ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer da execução dos serviços de revestimento betuminoso do tipo concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ) deverão ser observados cuidados visando a preservação do meio-ambiente, envolvendo a produção de asfalto e aplicação de agregados, tanto na estocagem quanto na operação da usina misturadora, tal que:

a) no decorrer do processo de obtenção de agregados deverá ser evitada a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de Preservação Ambiental, bem como deverão ser impedidas as queimadas como forma de desmatamento.

b) a brita e a areia somente serão aceitas após apresentação da licença ambiental de operação da pedreira/areal cuja cópia da licença deverá ser arquivada junto ao Livro de Ocorrências da obra.

c) a pedreira deverá ser adequadamente explorada de modo a minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental após a retirada de todos os materiais e equipamentos.

d) junto às instalações de britagem devem ser construídas bacias de sedimentação para retenção do pó-de-pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem de brita, evitando o seu carreamento para cursos d’água.

e) no caso de fornecimento de materiais por terceiros, deverá ser exigida toda a documentação atestando a regularidade das instalações pedreira/areal/usina, assim como sua operação, junto ao órgão ambiental competente.

Na execução dos caminhos de serviço devem ser seguidas as recomendações constantes da DNER-ES 279 (DNER,1997).

Os depósitos de ligantes betuminosos devem ser instalados em locais afastados de cursos d’água e deverá ser impedido o refugo de materiais já utilizados em qualquer outro lugar causador de prejuízo ambiental.

A área afetada pelas operações de construção / execução devem ser recuperadas mediante a remoção da usina e dos depósitos e limpeza do canteiro de obras.

As operações em usinas asfálticas a quente englobam:

estocagem, dosagem, peneiramento e transporte de agregados frios;

transporte, peneiramento, estocagem e pesagem de agregados quentes;

transporte e estocagem de filler;

transporte, estocagem e aquecimento de óleo combustível e cimento asfáltico.

Na tabela a seguir há a relação dos principais agentes e fontes de poluição relacionados à execução de obras com CBUQ.

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I - Emissão de partículas A principal fonte é o secador rotativo.

Outras fontes são: peneiramento, transferência e manuseio de agregados, balança, pilhas de estocagem e tráfego de veículos e vias de acesso.

II - Emissão de gases Combustão de óleo: óxido de enxofre, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e hidrocarbonetos.

Misturador de asfalto: hidrocarbonetos.

Aquecimento de Cimento Asfáltico: hidrocarbonetos.

Tanques de estocagem de óleo combustível e de cimento asfáltico: hidrocarbonetos.

III - Emissões Fugitivas As principais fontes são pilhas de estocagem ao ar livre, carregamentos de silos frios, vias de tráfego, área de peneiramento, pesagem e mistura.

OBS: Emissões fugitivas São quaisquer lançamentos ao ambiente, sem passar primeiro por alguma chaminé ou duto projetados para corrigir ou controlar o seu fluxo.

As usinas de asfalto a quente devem ser impedidas de se instalarem a uma distância inferior a 200 metros de residências, hospitais, clínicas, centros de reabilitação, escolas, asilos, orfanatos, creches, clubes esportivos, parques de diversões e outras construções comunitárias. A distância acima referida é medida a partir da base da chaminé.

As áreas para as instalações industriais devem ser definidas previamente, de maneira tal que se consiga o mínimo de agressão ao meio-ambiente.

A CONTRATADA será responsável pela obtenção da licença de instalação / operação, bem como manter a usina em condições de funcionamento dentro do prescrito nestas especificações.

Para operação da usina misturadora devem ser instalados sistemas de controle de poluição do ar constituído por ciclone e filtro de mangas ou de equipamentos que atendam aos padrões estabelecidos nas legislações vigentes.

Junto com o projeto para obtenção de licença, devem ser apresentados também os resultados de medições em chaminés, que comprovem que a capacidade do equipamento de controle proposto atende aos padrões estabelecidos pelos órgãos governamentais.

Os silos de estocagem de agregados frios devem ser dotados de proteções laterais e cobertura, para evitar a dispersão das emissões fugitivas durante a operação de carregamento. A correia transportadora de agregados frios deve ser enclausurada.

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A alimentação do secador deve ser feita sem emissão visível para a atmosfera. Enquanto a usina estiver em operação, a pressão no secador rotativo deve se manter negativa, para que sejam evitadas emissões de partículas na entrada e saída do mesmo.

O misturador, os silos de agregados quentes e as peneiras classificatórias do sistema de exaustão devem ser dotados de conexão ao sistema de controle de poluição do ar, para evitar emissões de vapores e partículas para a atmosfera.

Os silos de estocagem de filler devem ser dotados de sistema próprio de filtragem a seco e deve-se fechar os silos de estocagem de massa asfáltica.

Devem ser adotados os procedimentos operacionais que evitem a emissão de partículas provenientes dos sistemas de limpeza dos filtros de mangas e de reciclagem do pó retido nas mangas.

Todos os equipamentos de processo e de controle devem ser mantidos em boas condições.

Sempre que possível, o óleo combustível deve ser substituído por outra fonte de energia menos poluidora (gás ou eletricidade) e o local deve ser protegido por barreiras vegetais. Os sistemas de controle de poluição do ar devem ser acionados antes dos equipamentos de processo e as chaminés devem ser dotadas de instalações adequadas para realização de medições.

As vias de acesso internas devem ser mantidas limpas, de tal modo que as emissões provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem 20% de opacidade.

3.8. CONCRETO BETUMINOSO USINADO A QUENTE - CBUQ

3.8.1. OBJETIVO

Esta especificação fixa as condições de execução e controle da camada intermediária de revestimento em concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ), a ser executada sobre a camada de CBUQ-BINDER.

No presente projeto, considerou-se a execução da camada intermediária de revestimento nos pavimentos semi-rígidos aeroportuários do pátio de aeronaves e das pistas de táxi.

A camada de concreto betuminoso é o produto resultante da mistura a quente, em usina apropriada, de agregado mineral graduado, material de enchimento e cimento asfáltico, espalhada e comprimida a quente, de forma que, após a conclusão do serviço, as declividades, espessuras e propriedades da mistura definidas em projeto sejam atendidas.

Para a execução deste item, devem-se seguir as recomendações constantes na norma DNIT-ES 031 (DNIT, 2006), exceto no que for explicitado em contrário nesta ETE.

3.8.2. MATERIAIS

3.8.2.1. MATERIAL ASFÁLTICO

Para a camada de rolamento em CBUQ, deverá ser utilizado ligante asfáltico CAP-50/70.

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3.8.2.2. AGREGADOS

Os agregados que compõem a mistura do concreto asfáltico consistem de pedra britada, areia e material mineral fino e inerte.

A porção de material retida na peneira número 4 é denominada agregado graúdo, o que passa na peneira 4 e fica retido na peneira 200, denomina-se agregado miúdo e a porção que passa na peneira 200 chama-se material de enchimento (filler).

3.8.2.2.1. AGREGADO GRAÚDO

O agregado graúdo pode ser pedra britada ou outro material indicado, previamente aprovado pela FISCALIZAÇÃO.

Deverá apresentar boa adesividade, fragmentos sãos, duráveis, e estar isento de torrões de argila e de substâncias nocivas.

O agregado graúdo deverá ser submetido a ensaios de laboratório e ter suas características enquadradas dentro dos limites estabelecidos abaixo:

o percentual de desgaste, determinado pelo ensaio de abrasão Los Angeles, conforme a NM51 (AMN, 2000), não poderá ser superior a 40%, para a mistura destinada a camadas de rolamento ou capa;

o índice de forma, determinado pelo método DNER-ME 086 (DNER, 1994), deverá ser superior a 0,6; e

os agregados graúdos deverão ser ensaiados quanto à durabilidade a sulfatos (DNER ME 089), sendo toleradas perdas de até 10% em relação ao sulfato de sódio e de até 13% em relação ao sulfato de magnésio.

3.8.2.2.2. AGREGADO MIÚDO

O agregado miúdo deverá ser constituído de materiais provenientes da britagem de rocha, tais como pó-de-pedra, e que sejam resistentes e possuam moderada angulosidade.

Deverão ser isentos de torrões de argila ou silte e de materiais pulverulentos.

Areia natural poderá ser utilizada como parte do agregado miúdo para ajustar a granulometria ou para melhorar a trabalhabilidade do concreto asfáltico.

No entanto, o total em peso de areia em relação ao total em peso do agregado não poderá exceder em 20%.

O agregado miúdo deverá apresentar um índice de plasticidade inferior a 6%, um limite de liquidez inferior a 25% e um equivalente de areia, determinado pelo método de ensaio NBR 12052 (ANBT, 1992), igual ou superior a 35%.

3.8.2.2.3. FILLER (MATERIAL DE ENCHIMENTO)

Quando a presença de finos nos agregados for insuficiente para enquadrar a granulometria do concreto asfáltico, poderão ser utilizados materiais específicos de enchimento, chamados de filler.

O filler deverá ser constituído de materiais minerais finamente divididos, inertes em relação aos demais componentes da mistura e não plásticos (IP<6), tais como o cimento Portland, cal extinta, pós calcários, cinza volante e similares, desde que atendam à seguinte granulometria.

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PENEIRAS PORCENTAGEM MÍNIMA PASSANDO Abertura (mm) n°

0,42 40 100

0,18 80 95

0,074 200 65

Quando da aplicação, o filler deve estar seco e isento de grumos.

3.8.2.3. MELHORADOR DE ADESIVIDADE

Quando necessário, deverá ser utilizado melhorador de adesividade.

A verificação da adesividade entre o ligante betuminoso e os agregados graúdo e miúdo deverá ser realizada, antes do estudo do traço, conforme as normas NBR 12583 (ABNT, 1992) para agregados graúdos, e NBR 12584 (ABNT, 1992) para agregados miúdos.

A quantidade de melhorador de adesividade a ser misturado no cimento asfáltico deverá ser determinada em laboratório e aprovada pela FISCALIZAÇÃO.

3.8.2.4. COMPOSIÇÃO DA MISTURA

A mistura betuminosa deverá ser composta de uma mistura de agregados bem graduados, cimento asfáltico e, se necessário, material de enchimento. Os diversos agregados deverão ser divididos por tamanho e combinados em proporções em que a mistura resultante atenda aos requisitos da mistura de projeto.

3.8.2.4.1. GRANULOMETRIA DA MISTURA DE PROJETO

Deverá corresponder, conforme a espessura da camada a executar, a FAIXA 2 ou FAIXA 3 indicadas no quadro a seguir.

Peneiras Percentual Passante (%)

ASTM (mm) Faixa 1 Faixa 2 Faixa 3 Faixa 4

1 1/2" 38,1 100 - - -

1" 25,4 86 - 98 100 - -

3/4" 19,1 68 - 93 76 - 98 100 -

1/2" 12,7 57 - 81 66 - 86 79 - 99 100

3/8" 9,5 49 - 69 57 - 77 68 - 88 79 - 99

Nº 4 4,8 34 - 54 40 - 60 48 - 68 58 - 78

Nº 10 2,0 19 - 40 23 - 43 29 - 49 35 - 55

Nº 40 0,42 7 - 20 9 - 22 11 - 24 15 - 29

Nº 80 0,18 4 - 13 6 - 17 6 - 17 9 - 19

Nº 200 0,074 3 - 6 3 - 6 3 - 6 3 - 6

Teor de asfalto (%) 4,5 - 7,0 4,5 - 7,0 5,0 - 7,5 5,5 - 8,0

Espessura mínima da camada 6,0 cm 4,0 cm 3,0 cm 2,0 cm

Fonte: Especificação Geral DIRENG 04.05.610 - CBUQ

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PROPRIEDADE DA INFRAERO

A faixa adotada não deverá conter partículas com diâmetro máximo superior a 2/3 da espessura da camada de revestimento.

O diâmetro máximo corresponde à abertura da malha quadrada da peneira, em milímetros, a qual corresponde uma porcentagem retida acumulada igual ou inferior a 5% em massa.

Para todos os tipos, a fração retida entre duas peneiras consecutivas não deverá ser inferior a 4% do total. A faixa granulométrica a ser empregada deverá ser selecionada em função da utilização prevista para o CBUQ e da espessura a ser executada.

Para este projeto, recomenda-se a utilização da FAIXA 2 ou FAIXA 3 para a camada de CBUQ intermediária.

Os vazios do agregado mineral (%VAM) deverão atender aos valores mínimos apresentados a seguir, definidos a partir do diâmetro máximo do agregado empregado:

Diâmetro máximo do agregado % vazios do agregado mineral (VAM) mínimo ASTM (mm)

½” 12,7 16

¾” 19,1 15

1" 25,4 14

1 ½” 38,1 13

Fonte: Especificação Geral DIRENG 04.05.610 – CBUQ

3.8.2.4.2. REQUISITOS DA MISTURA

A estabilidade e características correlatas da mistura asfáltica deverão ser determinadas pelo Método Marshall NBR 12891 (ABNT, 1993) e satisfazer aos requisitos indicados no quadro a seguir:

Discriminação Limite inferior Limite superior

Estabilidade (N) 9.500 16.000

Fluência Máxima (0,25 mm) 10 14

Volume de Vazios (VV, %) 2,8 4,2

Relação Betume-Vazios (RBV,%) 70 80

Nº de golpes em cada face do CP 75

Fonte: Especificação Geral DIRENG 04.05.610 – CBUQ

Os valores de estabilidade obtidos no ensaio Marshall deverão ser corrigidos em função da espessura em centímetro dos corpos de prova (h) ensaiados para a espessura padrão de 6,35 cm.

A correção é realizada multiplicando o valor encontrado pelo fator de correção (fcorreção) obtido a partir da equação a seguir.

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O traço da mistura deve ser submetido, com a necessária antecedência, à apreciação da FISCALIZAÇÃO. Para tanto, deverá conter todos os elementos necessários, tais como granulometrias, densidades reais, cálculo das características dos corpos de prova, curva destes valores, etc.

3.8.3. EQUIPAMENTOS

Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado e aferido, devendo atender às Especificações adiante descritas.

3.8.3.1. DEPÓSITOS DE MATERIAL ASFÁLTICO

Os depósitos para o ligante asfáltico devem ser capazes de aquecer o material às temperaturas fixadas nesta especificação.

O aquecimento deve ser feito por meio de serpentinas a vapor, eletricidade, ou outros meios, de modo a não haver contato de chamas com o interior do depósito.

Deverá ser instalado um sistema de recirculação, desembaraçada e contínua, do depósito ao misturador, durante todo o período de operação.

Todas as tubulações e acessórios devem ser dotados de isolamento, a fim de evitar perdas de calor.

A capacidade dos depósitos deverá ser suficiente para, no mínimo, três dias de serviço.

3.8.3.2. SILOS DE AGREGADOS

Devem ter capacidade total de, no mínimo, três vezes a capacidade do misturador e serem divididos em compartimentos dispostos de modo a separar e estocar, adequadamente, as frações apropriadas do agregado.

Cada compartimento deverá possuir dispositivos adequados de descarga. Haverá um silo adequado para o filler, conjugado com dispositivos para a sua dosagem.

3.8.3.3. USINAS

As usinas, do tipo gravimétrica, devem estar equipadas com uma unidade classificadora de agregados, após o secador, e dispor de misturador tipo PUG-MILL, com duplo eixo conjugado, provido de palhetas reversíveis e removíveis, ou outro tipo capaz de produzir uma mistura uniforme.

Deve ainda o misturador possuir dispositivo para controlar o ciclo completo de mistura. Um termômetro com proteção metálica e escala de 90ºC a 210ºC (precisão de 1º C), deve ser fixado na linha de alimentação do asfalto, em local adequado, próximo à descarga do misturador.

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A usina deve ser equipada, além disso, com um termômetro de mercúrio, com escala em dial, pirômetro elétrico, ou outros instrumentos termoelétricos aprovados, colocados na descarga do secador para registrar a temperatura dos agregados, com precisão de 5º C.

3.8.3.4. ACABADORAS

O equipamento para espalhamento e acabamento deverá ser constituído de pavimentadoras automotrizes, capazes de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e abaulamento requeridos.

As acabadoras deverão estar equipadas com parafusos sem fim, para colocar a mistura exatamente nas faixas, e possuir dispositivos rápidos e eficientes de direção, além de marchas para frente e para trás.

As acabadoras deverão ser equipadas com alisadores e dispositivos para aquecimento dos mesmos, à temperatura requerida, para colocação da mistura sem irregularidades, bem como controle de greide longitudinal eletrônico para garantia da qualidade da superfície.

3.8.3.5. EQUIPAMENTO DE COMPRESSÃO

Deverá ser constituído por rolo pneumático e rolo metálico liso, tipo tandem, ou outro equipamento aprovado pela FISCALIZAÇÃO.

Os rolos compressores, tipo tandem, devem ter uma massa de 8 a 12 t. Os rolos pneumáticos autopropulsores devem ser dotados de pneus que permitam a calibragem de 0,25 MPa a 0,84 MPa (35 a 120 psi).

O equipamento em operação deverá ser suficiente para comprimir a mistura à densidade requerida, enquanto esta se encontrar em condições de trabalhabilidade.

3.8.3.6. VEÍCULOS DE TRANSPORTE DA MISTURA

Os caminhões tipo basculante, para o transporte do concreto asfáltico, deverão ter caçambas metálicas robustas, limpas e lisas, ligeiramente lubrificadas com água e sabão, óleo cru fino, óleo parafínico, ou solução de cal, de modo a evitar a aderência da mistura às chapas.

A utilização de produtos susceptíveis de dissolver o ligante betuminoso (óleo diesel, gasolina, etc.) não será permitida.

3.8.4. EXECUÇÃO

3.8.4.1. PREPARAÇÃO

A temperatura de aplicação do cimento asfáltico deve ser determinada para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade.

A temperatura conveniente é aquela na qual o asfalto apresenta uma viscosidade situada dentro da faixa de 75 a 150 segundos Saybolt-Furol, conforme método DNER-ME 004 (DNER, 1994), indicando-se, preferencialmente, a viscosidade de 85 a 95 segundos Saybolt-Furol. Entretanto, não devem ser feitas misturas a temperaturas inferiores a 107ºC e nem superiores a 177ºC.

Os agregados deverão ser aquecidos a temperaturas de 10ºC a 15ºC acima de temperatura do ligante asfáltico.

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Sendo decorridos mais de sete dias entre a execução da imprimação sobre a camada de base ou pintura de ligação sobre camada asfáltica inferior, ou no caso de ter havido trânsito sobre a superfície pintada, ou ainda ter sido a pintura recoberta com areia, pó-de-pedra, etc., deverá ser feita uma nova pintura de ligação.

3.8.4.2. TRECHO EXPERIMENTAL

Será necessária a execução de um trecho experimental, em local indicado pela FISCALIZAÇÃO, com a finalidade de:

Avaliar o fator de empolamento da mistura a ser lançada na pista;

Calibrar os controles eletrônicos de greide da acabadora;

Avaliar a necessidade ou não de calibragens da usina e dos demais equipamentos; e

Verificar a qualidade da mistura que a usina irá produzir.

O trecho experimental deverá ser executado após a aprovação do traço da mistura, nas dimensões mínimas de 100 m de comprimento e de 6 m de largura, a ser realizado em duas faixas com junta longitudinal fria.

O trecho deverá ser executado com a mesma espessura da camada prevista (5 cm) e os equipamentos deverão ser os mesmos destinados à construção da referida camada.

Deverão ser moldados pelo menos três corpos de prova com o material coletado na usina para a determinação, em laboratório, de todas as características da massa usinada (volume de vazios, estabilidade, fluência, RBV. etc.) e pelo menos dois para análise de teor de betume e granulometria.

Após a compactação do trecho experimental, três corpos de prova deverão ser extraídos no centro de cada uma das faixas e outros três corpos de prova ao longo da junta longitudinal para a determinação da densidade de campo.

O trecho experimental será considerado aceito quando:

Os resultados da estabilidade, fluência, densidade da camada, densidade da junta e volume de vazios estiverem 90% dentro dos limites de aceitação exigidos nesta especificação para o tipo de mistura definido em projeto;

Os resultados da granulometria e teor de asfalto estiverem de acordo com os valores exigidos nesta especificação para o tipo de mistura definido em projeto; e

O resultado do volume de vazios no agregado mineral estiver de acordo com o exigido nesta especificação.

A liberação para a construção ocorrerá somente quando o trecho experimental for considerado aceito pela Fiscalização.

Caso o trecho experimental não seja aceito, correções no projeto de mistura asfáltica ou alteração nos equipamentos deverão ser realizadas e um novo trecho experimental deverá ser construído.

Será medido e pago apenas o trecho experimental que for considerado aceito pela FISCALIZAÇÃO.

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3.8.4.3. PRODUÇÃO DO CONCRETO ASFÁLTICO

A produção do concreto asfáltico deverá ser efetuada em usinas apropriadas, conforme anteriormente especificado.

Os agregados e o material betuminoso deverão ser pesados e/ou medidos na proporção definida pela mistura de projeto antes de entrarem no misturador da usina.

A umidade da mistura na descarga da usina não poderá ser superior a 0,5%. A produção da mistura deverá ser suficiente para evitar interrupções no espalhamento com a vibroacabadora.

3.8.4.4. TRANSPORTE DO CONCRETO ASFÁLTICO

O concreto asfáltico produzido deverá ser transportado da usina ao ponto de aplicação nos veículos basculantes antes especificados.

Quando necessário, para que a mistura seja colocada na pista à temperatura especificada, cada carregamento deverá ser coberto por lona ou outro material aceitável, de tamanho suficiente para proteger a mistura.

Todo carregamento de ligante betuminoso que chegar à obra deverá apresentar certificado de análise, além de trazer indicação clara de sua procedência, do tipo e quantidade do seu conteúdo e distância de transporte entre a refinaria e o canteiro de serviço.

Na execução dos caminhos de serviço devem ser seguidas as recomendações constantes da DNER-ES 279 (DNER, 1997).

3.8.4.5. DISTRIBUIÇÃO E COMPRESSÃO DA MISTURA

As misturas de concreto asfáltico deverão ser distribuídas somente quando a temperatura ambiente se encontrar acima de 10ºC, e sem chuva ou iminência desta.

A distribuição do concreto asfáltico deverá ser feita por máquinas acabadoras, conforme já descrito.

Caso ocorram irregularidades na superfície da camada, estas deverão ser sanadas pela adição manual de concreto asfáltico, sendo esse espalhamento efetuado por meio de ancinhos e rodos metálicos.

Imediatamente após a distribuição do concreto asfáltico, tem início a rolagem. Como norma geral, a temperatura de rolagem deve ser a mais elevada que a mistura asfáltica possa suportar, temperatura essa fixada experimentalmente para cada caso.

A temperatura recomendável para a compressão da mistura é aquela a qual o cimento asfáltico apresenta uma viscosidade Saybolt-Furol, de 140 ± 15 segundos.

Caso sejam empregados rolos de pneus de pressão variável, inicia-se a rolagem com baixa pressão, a qual deverá ser aumentada à medida que a mistura for sendo comprimida e, consequentemente, suportando pressões mais elevadas.

A compressão deverá ser iniciada pelas bordas, longitudinalmente, continuando em direção ao eixo da pista.

Cada passada do rolo deverá ser recoberta, na seguinte, de pelo menos a metade da largura anteriormente rolada. Em qualquer caso, a operação de rolagem perdurará até o momento em que seja atingida a compactação especificada.

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Durante a rolagem não deverão ser permitidas mudanças de direção, inversões bruscas de marcha, nem estacionamento do equipamento sobre o revestimento recém rolado.

As rodas do rolo deverão ser umedecidas adequadamente de modo a evitar a aderência da mistura.

3.8.4.6. JUNTAS FRIAS

Quando uma faixa for executada seis horas após a faixa adjacente ter sido compactada, as juntas, tanto longitudinais quanto transversais, deverão ser serradas com auxílio de uma serra de disco diamantado, lavadas com água e secas com jatos de ar.

As faces serradas das juntas deverão receber uma camada de pintura de ligação antes da aplicação da faixa adjacente.

As juntas deverão ser realizadas de forma a garantir uma perfeita aderência entre as camadas adjacentes e se obter a densidade requerida.

Esforços deverão ser feitos para que sejam minimizadas as construções de juntas frias longitudinais e, também, para que sejam maximizadas as distâncias entre juntas frias transversais.

3.8.4.7. ABERTURA AO TRÁFEGO

O tráfego de veículos sobre um revestimento recém construído somente deverá ser autorizado após o completo resfriamento deste e nunca antes de decorridas 6 (seis) horas após a compressão.

3.8.5. CONTROLE

3.8.5.1. CONTROLE DE QUALIDADE DOS MATERIAIS

3.8.5.1.1. CIMENTO ASFÁLTICO

Deverá constar dos seguintes ensaios:

Um ensaio de penetração a 25ºC NBR 6576 (ABNT, 2007), com o cimento asfáltico classificado por penetração, para todo o carregamento que chegar à usina;

Um ensaio de ponto de fulgor NBR 11341 (ABNT, 2008) para todo carregamento da usina;

Um índice de Suscetibilidade Térmica, para cada 100t, calculado pela

expressão:

Um ensaio de espuma NBR MB-37 (ABNT 1975), para todo carregamento que chegar à usina;

Um ensaio de viscosidade Saybolt-Furol pelo método DNER-ME 004 (DNER, 1994), para todo carregamento que chegar à usina; e

Um ensaio de viscosidade Saybolt-Furol pelo método DNER-ME 004 (DNER, 1994), a diferentes temperaturas, para a determinação da curva viscosidade x temperatura, para cada 100t.

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O material asfáltico será considerado aceito se os resultados dos ensaios relacionados acima atenderem aos limites estipulados no regulamento técnico número 01/92, rev. 02, do Departamento Nacional de Combustíveis – DNC, para o asfalto especificado no projeto.

3.8.5.1.2. AGREGADOS

Deverá constar dos seguintes ensaios:

Dois ensaios de granulometria do agregado, de cada silo quente, por dia. A curva granulométrica deverá manter-se contínua e obedecer às tolerâncias previstas.

Um ensaio de desgaste Los Angeles por mês, conforme a NM51 (AMN, 2000), ou quando houver variação da natureza do material;

Um ensaio de índice de forma, para cada 900m³, pelo método DNER-ME 086 (DNER, 1994);

Um ensaio, para cada 900m³, quanto à durabilidade a sulfato de sódio ME 089, (DNER, 1994), sendo toleradas perdas de até 10%;

Um ensaio, para cada 900m³, quanto à durabilidade a sulfato de magnésio ME 089, (DNER, 1994), sendo toleradas perdas de até 13%;

Um ensaio de equivalente de areia do agregado miúdo, por dia, conforme NBR 12052 (ABNT, 1992); e

Um ensaio de granulometria do material de enchimento (filler), por dia.

Os agregados serão aceitos se os resultados dos ensaios relacionados acima se enquadrarem nos limites estabelecidos nesta Especificação.

3.8.5.2. CONTROLE DE TEMPERATURA

Deverão ser efetuadas constantemente medidas de temperatura, ao longo da jornada de trabalho, de cada um dos itens abaixo discriminados:

Do agregado, no silo quente da usina;

Do ligante, na usina;

Da mistura betuminosa, na saída do misturador da usina;

Da mistura, no momento do espalhamento e início da rolagem de pista.

Em cada caminhão, antes da descarga, deverá ser feita, pelo menos, uma leitura da temperatura.

As temperaturas deverão satisfazer às temperaturas especificadas anteriormente, com uma tolerância de ± 5ºC.

3.8.5.3. CONTROLE DE QUALIDADE DA MISTURA

3.8.5.3.1. MISTURA PRODUZIDA

A mistura deverá ser ensaiada para a verificação de suas características através de amostras que representarão um lote de material.

Um lote de material será considerado como:

Um dia de produção inferior a 2.000 t; ou

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Meio dia de produção, quando se espera uma produção diária entre 2.000 e 4.000 toneladas.

Quando existir mais de uma usina produzindo misturas asfálticas simultaneamente para o serviço, deverão ser considerados lotes de material separados para cada usina.

Deverá constar dos seguintes ensaios:

Três extrações de betume, conforme DNER-ME 053 (DNER, 1994), de amostras coletadas na saída da usina, no caminhão ou na pista, para a realização dos ensaios de granulometria dos agregados e de determinação da quantidade de ligante, conforme DNER-ME 053 (DNER, 1994), presente na mistura, para cada lote de material;

Dois ensaios Marshall, conforme NBR 12891 (ABNT, 1993), com três corpos de prova retirados após a passagem da acabadora e antes da compressão para a verificação dos valores especificados para estabilidade mínima, fluência máxima, volume de vazios da mistura de projeto e relação betume-vazios, para cada lote de material.

3.8.5.3.2. MISTURA APLICADA

Deverá constar dos seguintes ensaios:

Uma determinação da densidade aparente a cada 500m² ou, no mínimo, quatro medições por dia de serviço;

Uma determinação da densidade aparente nas juntas a cada 100m de junta construída ou, no mínimo, quatro medições por dia de serviço.

Os corpos-de-prova deverão ser extraídos da mistura comprimida, por meio de sondas rotativas, em pontos escolhidos aleatoriamente pela FISCALIZAÇÃO.

3.8.6. ACEITAÇÃO

3.8.6.1. GRANULOMETRIA E TEOR DE ASFALTO

Os resultados dos ensaios de granulometria e de determinação do teor de asfalto realizados deverão atender aos limites exigidos no quadro a seguir.

PENEIRAS Limites

NÚMERO ABERTURA (mm)

3/4" 19 -

1/2" 12,5 ± 6,0%

3/8" 9,5 ± 6,0%

4 4,75 ± 6,0%

10 2,0 ± 5,0%

40 0,42 ± 4,0%

80 0,18 ± 3,0%

200 0,074 ± 2,0%

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Teor de asfalto ± 0,45%

3.8.6.2. ESTABILIDADE, FLUÊNCIA E VOLUME DE VAZIOS

O critério para a aceitação das características de estabilidade, fluência e volume de vazios, para cada lote de mistura produzida, será baseado no método da Percentagem Dentro dos Limites – PDL DIRENG-MC 01, tendo como limites de tolerância os valores apresentados no quadro a seguir.

A CONTRATADA deverá atingir um valor de PDL superior a 85%.

Características Limite Inferior Limite Superior

Estabilidade Mínima (N) 9.500 16.000

Fluência Máxima (0,25 mm) 10 14

Vazios da Mistura (VV, %) 2,8 4,2

Os ensaios para a determinação das características acima serão realizados em corpos-de-prova moldados com mistura recém-usinada.

3.8.6.3. DENSIDADE DA MISTURA COMPACTADA E DAS JUNTAS

O critério para a aceitação das características de densidade, para cada lote de mistura compactada, será baseado no método da Percentagem Dentro dos Limites – PDL DIRENG-MC 01, tendo como limites de tolerância os valores apresentados no quadro abaixo.

A Contratada deverá atingir um valor de PDL superior a 85%.

Características Limite Inferior Limite Superior

Densidade da mistura (%) 96,3 -

Densidade da mistura nas juntas (%) 93,3 -

Os ensaios para a determinação das características acima serão realizados em corpos-de-prova extraídos no campo, com auxílio de sondas rotativas.

3.8.6.4. ESPESSURA E GREIDE

A superfície da camada acabada não deverá variar em relação às cotas de projeto mais do que 5,0 mm.

O greide acabado será determinado após o nivelamento dos pontos apresentados nas notas de serviço de campo.

Quando mais de 15% dos pontos nivelados de uma determinada área estiverem fora desta tolerância, a área deficiente deverá ser removida e reconstruída.

A remoção deverá ser feita de forma que seja possível se reconstruir uma camada betuminosa com pelo menos 3 cm de espessura.

3.8.6.5. IRREGULARIDADES

A superfície final do revestimento deverá satisfazer os alinhamentos, perfis e seções do projeto.

As irregularidades serão medidas com auxílio de uma régua de 3,60 m de comprimento, paralela e perpendicularmente ao eixo da pista, a cada metro.

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PROPRIEDADE DA INFRAERO

Os locais a serem medidos serão definidos pela FISCALIZAÇÃO.

Quando mais de 15% das medições estiverem fora da tolerância, a área deficiente deverá ser removida e reconstruída. A remoção deverá ser feita de forma que seja possível se reconstruir uma camada betuminosa com pelo menos 3 cm de espessura.

3.8.7. MEDIÇÃO

O concreto asfáltico usinado a quente será medido por volume de mistura aplicada, após a compressão do material.

Não será descontado volume algum se os pontos executados estiverem dentro da tolerância prevista nesta especificação em relação às cotas de projeto.

Deverão ser descontados os volumes executados a menor, no caso de haver ocorrência de pontos executados abaixo da tolerância das espessuras de projeto.

3.8.8. PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade com a medição referida no item anterior, que remuneram o fornecimento de todos os materiais e respectivos ensaios de recebimento, o preparo, o transporte com DMT de até 12 km, o espalhamento e a compressão da mistura, o controle tecnológico e geométrico, bem como todos os custos diretos e indiretos de todas as operações, equipamentos, mão-de-obra, encargos gerais e leis sociais, necessários à completa execução dos serviços.

3.8.9. ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer da execução dos serviços de revestimento betuminoso do tipo concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ) deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio-ambiente, envolvendo a produção de asfalto e aplicação de agregados, tanto na estocagem quanto na operação da usina misturadora, tal que:

a) no decorrer do processo de obtenção de agregados deverá ser evitada a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de Preservação Ambiental, bem como deverão ser impedidas as queimadas como forma de desmatamento.

b) a brita e a areia somente serão aceitas após apresentação da licença ambiental de operação da pedreira/areal cuja cópia da licença deverá ser arquivada junto ao Livro de Ocorrências da obra.

c) a pedreira deverá ser adequadamente explorada de modo a minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental após a retirada de todos os materiais e equipamentos.

d) junto às instalações de britagem devem ser construídas bacias de sedimentação para retenção do pó-de-pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem de brita, evitando o seu carreamento para cursos d’água.

e) no caso de fornecimento de materiais por terceiros, deverá ser exigida toda a documentação atestando a regularidade das instalações pedreira/areal/usina, assim como sua operação, junto ao órgão ambiental competente.

Na execução dos caminhos de serviço devem ser seguidas as recomendações constantes da DNER-ES 279 (DNER,1997).

Os depósitos de ligantes betuminosos devem ser instalados em locais afastados de cursos d’água.

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PROPRIEDADE DA INFRAERO

Deverá ser impedido o refugo de materiais já utilizados na faixa de pouso e áreas adjacentes, ou qualquer outro lugar causador de prejuízo ambiental.

A área afetada pelas operações de construção / execução devem ser recuperadas mediante a remoção da usina e dos depósitos e limpeza do canteiro de obras.

As operações em usinas asfálticas a quente englobam:

estocagem, dosagem, peneiramento e transporte de agregados frios;

transporte, peneiramento, estocagem e pesagem de agregados quentes;

transporte e estocagem de filler;

transporte, estocagem e aquecimento de óleo combustível e cimento asfáltico.

Na tabela a seguir há a relação dos principais agentes e fontes de poluição relacionados à execução de obras com CBUQ.

I - Emissão de partículas A principal fonte é o secador rotativo.

Outras fontes são: peneiramento, transferência e manuseio de agregados, balança, pilhas de estocagem e tráfego de veículos e vias de acesso.

II - Emissão de gases Combustão de óleo: óxido de enxofre, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e hidrocarbonetos.

Misturador de asfalto: hidrocarbonetos.

Aquecimento de Cimento Asfáltico: hidrocarbonetos.

Tanques de estocagem de óleo combustível e de cimento asfáltico: hidrocarbonetos.

III - Emissões Fugitivas As principais fontes são pilhas de estocagem ao ar livre, carregamentos de silos frios, vias de tráfego, área de peneiramento, pesagem e mistura.

OBS: Emissões fugitivas São quaisquer lançamentos ao ambiente, sem passar primeiro por alguma chaminé ou duto projetados para corrigir ou controlar o seu fluxo.

As usinas de asfalto a quente devem ser impedidas de se instalarem a uma distância inferior a 200 metros de residências, hospitais, clínicas, centros de reabilitação, escolas, asilos, orfanatos, creches, clubes esportivos, parques de diversões e outras construções comunitárias. A distância acima referida é medida a partir da base da chaminé.

As áreas para as instalações industriais devem ser definidas previamente, de maneira tal que se consiga o mínimo de agressão ao meio-ambiente.

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PROPRIEDADE DA INFRAERO

A CONTRATADA será responsável pela obtenção da licença de instalação / operação, bem como manter a usina em condições de funcionamento dentro do prescrito nestas especificações.

Para operação da usina misturadora devem ser instalados sistemas de controle de poluição do ar constituído por ciclone e filtro de mangas ou de equipamentos que atendam aos padrões estabelecidos nas legislações vigentes.

Junto com o projeto para obtenção de licença, devem ser apresentados também os resultados de medições em chaminés, que comprovem que a capacidade do equipamento de controle proposto atende aos padrões estabelecidos pelos órgãos governamentais.

Os silos de estocagem de agregados frios devem ser dotados de proteções laterais e cobertura, para evitar a dispersão das emissões fugitivas durante a operação de carregamento. A correia transportadora de agregados frios deve ser enclausurada.

A alimentação do secador deve ser feita sem emissão visível para a atmosfera. Enquanto a usina estiver em operação, a pressão no secador rotativo deve se manter negativa, para que sejam evitadas emissões de partículas na entrada e saída do mesmo.

O misturador, os silos de agregados quentes e as peneiras classificatórias do sistema de exaustão devem ser dotados de conexão ao sistema de controle de poluição do ar, para evitar emissões de vapores e partículas para a atmosfera.

Os silos de estocagem de filler devem ser dotados de sistema próprio de filtragem a seco e devem-se fechar os silos de estocagem de massa asfáltica.

Devem ser adotados os procedimentos operacionais que evitem a emissão de partículas provenientes dos sistemas de limpeza dos filtros de mangas e de reciclagem do pó retido nas mangas.

Todos os equipamentos de processo e de controle devem ser mantidos em boas condições.

Sempre que possível, o óleo combustível deve ser substituído por outra fonte de energia menos poluidora (gás ou eletricidade) e o local deve ser protegido por barreiras vegetais.

Os sistemas de controle de poluição do ar devem ser acionados antes dos equipamentos de processo e as chaminés devem ser dotadas de instalações adequadas para realização de medições.

As vias de acesso internas devem ser mantidas limpas, de tal modo que as emissões provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem 20% de opacidade.

3.9. CONCRETO BETUMINOSO USINADO A QUENTE - CBUQ-RET

3.9.1. OBJETIVO

Esta especificação fixa as condições de execução e controle de camada final de revestimento em concreto betuminoso usinado a quente com ligante asfáltico modificado por polímero tipo RET (CBUQ-RET), sobre a camada de CBUQ intermediária ou diretamente sobre a camada de CBUQ-BINDER.

No presente projeto, considerou-se a execução da camada final de revestimento nos pavimentos flexíveis aeroportuários do pátio de aeronaves, nas pistas de táxi e nos acostamentos.

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PROPRIEDADE DA INFRAERO

A camada de concreto betuminoso é o produto resultante da mistura a quente, em usina apropriada, de agregado mineral graduado, material de enchimento e cimento asfáltico, espalhada e comprimida a quente, de forma que, após a conclusão do serviço, as declividades, espessuras e propriedades da mistura definidas em projeto sejam atendidas.

Para a execução deste item, devem-se seguir as recomendações constantes na norma DNIT-ES 385 (DNIT, 1999), exceto no que for explicitado em contrário nesta ETE.

3.9.2. MATERIAIS

3.9.2.1. MATERIAL ASFÁLTICO

Polímeros são substâncias formadas por moléculas gigantes, nas quais uma ou várias unidades básicas (monômeros) repetem-se inúmeras vezes. Uma única molécula de polímero pode ser, portanto, constituídas por milhares de unidades monoméricas encadeadas. O processo químico que proporciona essas ligações chama-se Polimerização.

Para a camada de rolamento em CBUQ, deverá ser utilizado ligante asfáltico CAP-50/70 modificado com polímero tipo elastomérico reativo, denominado RET - Terpolímero Elastomérico Reativo (Elvaloy®RET ou similar), que resulta num concreto asfáltico menos susceptível às deformações permanentes e mais resistente às intempéries.

Os aditivos tipo Terpolímero Elastomérico Reativo (RET) são polímeros formados por três monômeros diferentes (Etileno, n-Butil Acrilato e Glicidil Metacrilato). O RET é reativo porque reage com os asfaltenos do asfalto para formar um composto inseparável.

O polímero RET deverá ser adicionado ao ligante asfáltico na proporção de 1,2% em massa de CAP. Deverá ser adicionado também ácido polifosfórico [HO(PO2OH)nH], na proporção de 0,22% em massa de CAP, que atuará como catalizador na reação do RET com o ligante asfáltico.

O Asfalto Modificado por Polímero (AMP) deve seguir às Especificações do tipo I-D conforme consta no Apêndice 1 (Guide Spedifications) do EB nº 51 (FAA, 1994), o qual traz informações e orientações para o uso de CAP modificado por polímeros.

O processo de adição do polímero RET e do catalizador ao ligante asfáltico deverá seguir as orientações do fabricante do polímero.

3.9.2.2. AGREGADOS

Os agregados que compõem a mistura do concreto asfáltico consistem de pedra britada, areia e material mineral fino e inerte.

A porção de material retida na peneira número 4 é denominada agregado graúdo, o que passa na peneira 4 e fica retido na peneira 200, denomina-se agregado miúdo e a porção que passa na peneira 200 chama-se material de enchimento (filler).

3.9.2.2.1. AGREGADO GRAÚDO

O agregado graúdo pode ser pedra britada ou outro material indicado, previamente aprovado pela FISCALIZAÇÃO.

Deverá apresentar boa adesividade, fragmentos sãos, duráveis, e estar isento de torrões de argila e de substâncias nocivas.

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O agregado graúdo deverá ser submetido a ensaios de laboratório e ter suas características enquadradas dentro dos limites estabelecidos abaixo:

o percentual de desgaste, determinado pelo ensaio de abrasão Los Angeles, conforme a NM51 (AMN, 2000), não poderá ser superior a 40%, para a mistura destinada a camadas de rolamento ou capa;

o índice de forma, determinado pelo método DNER-ME 086 (DNER, 1994), deverá ser superior a 0,6; e

os agregados graúdos deverão ser ensaiados quanto à durabilidade a sulfatos (DNER ME 089), sendo toleradas perdas de até 10% em relação ao sulfato de sódio e de até 13% em relação ao sulfato de magnésio.

3.9.2.2.2. AGREGADO MIÚDO

O agregado miúdo deverá ser constituído de materiais provenientes da britagem de rocha, tais como pó-de-pedra, e que sejam resistentes e possuam moderada angulosidade.

Deverão ser isentos de torrões de argila ou silte e de materiais pulverulentos.

Areia natural poderá ser utilizada como parte do agregado miúdo para ajustar a granulometria ou para melhorar a trabalhabilidade do concreto asfáltico. No entanto, o total em peso de areia em relação ao total em peso do agregado não poderá exceder em 20%.

O agregado miúdo deverá apresentar um índice de plasticidade inferior a 6%, um limite de liquidez inferior a 25% e um equivalente de areia, determinado pelo método de ensaio NBR 12052 (ANBT, 1992), igual ou superior a 35%.

3.9.2.2.3. FILLER (MATERIAL DE ENCHIMENTO)

Quando a presença de finos nos agregados for insuficiente para enquadrar a granulometria do concreto asfáltico, poderão ser utilizados materiais específicos de enchimento, chamados de filler.

O filler deverá ser constituído de materiais minerais finamente divididos, inertes em relação aos demais componentes da mistura e não plásticos (IP<6), tais como o cimento Portland, cal extinta, pós calcários, cinza volante e similares, desde que atendam à seguinte granulometria.

PENEIRAS PORCENTAGEMMÍNIMA PASSANDO Abertura (mm) n°

0,42 40 100

0,18 80 95

0,074 200 65

Quando da aplicação, o filler deve estar seco e isento de grumos.

3.9.2.3. MELHORADOR DE ADESIVIDADE

Quando necessário deverá ser utilizado melhorador de adesividade.

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PROPRIEDADE DA INFRAERO

A verificação da adesividade entre o ligante betuminoso e os agregados graúdo e miúdo deverá ser realizada, antes do estudo do traço, conforme as normas NBR 12583 (ABNT, 1992) para agregados graúdos, e NBR 12584 (ABNT, 1992) para agregados miúdos.

A quantidade de melhorador de adesividade a ser misturado no cimento asfáltico deverá ser determinada em laboratório e aprovada pela FISCALIZAÇÃO.

3.9.2.4. COMPOSIÇÃO DA MISTURA

A mistura betuminosa deverá ser composta de uma mistura de agregados bem graduados, cimento asfáltico e, se necessário, material de enchimento. Os diversos agregados deverão ser divididos por tamanho e combinados em proporções em que a mistura resultante atenda aos requisitos da mistura de projeto.

3.9.2.4.1. GRANULOMETRIA DA MISTURA DE PROJETO

Deverá corresponder, conforme a espessura da camada a executar, a FAIXA 3 indicada no quadro a seguir.

Peneiras Percentual Passante (%)

ASTM (mm) Faixa 1 Faixa 2 Faixa 3 Faixa 4

1 1/2" 38,1 100 - - -

1" 25,4 86 - 98 100 - -

3/4" 19,1 68 - 93 76 - 98 100 -

1/2" 12,7 57 - 81 66 - 86 79 - 99 100

3/8" 9,5 49 - 69 57 - 77 68 - 88 79 - 99

Nº 4 4,8 34 - 54 40 - 60 48 - 68 58 - 78

Nº 10 2,0 19 - 40 23 - 43 29 - 49 35 - 55

Nº 40 0,42 7 – 20 9 - 22 11 - 24 15 - 29

Nº 80 0,18 4 – 13 6 - 17 6 - 17 9 - 19

Nº 200 0,074 3 – 6 3 - 6 3 - 6 3 - 6

Teor de asfalto (%) 4,5 - 7,0 4,5 - 7,0 5,0 - 7,5 5,5 - 8,0

Espessura mínima da camada 6,0 cm 4,0 cm 3,0 cm 2,0 cm

Fonte: Especificação Geral DIRENG 04.05.610 - CBUQ

A faixa adotada não deverá conter partículas com diâmetro máximo superior a 2/3 da espessura da camada de revestimento.

O diâmetro máximo corresponde à abertura da malha quadrada da peneira, em milímetros, a qual corresponde uma porcentagem retida acumulada igual ou inferior a 5% em massa.

Para todos os tipos, a fração retida entre duas peneiras consecutivas não deverá ser inferior a 4% do total. A faixa granulométrica a ser empregada deverá ser selecionada em função da utilização prevista para o CBUQ e da espessura a ser executada.

Para este projeto, recomenda-se a utilização da FAIXA 3 para a camada de CBUQ-RET.

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Os vazios do agregado mineral (%VAM) deverão atender aos valores mínimos apresentados a seguir, definidos a partir do diâmetro máximo do agregado empregado:

Diâmetro máximo do agregado % vazios do agregado mineral (VAM) mínimo ASTM Mm

½” 12,7 16

¾” 19,1 15

1" 25,4 14

1 ½” 38,1 13

Fonte: Especificação Geral DIRENG 04.05.610 – CBUQ

3.9.2.4.2. REQUISITOS DA MISTURA

A estabilidade e características correlatas da mistura asfáltica deverão ser determinadas pelo Método Marshall NBR 12891 (ABNT, 1993) e satisfazer aos requisitos indicados no quadro a seguir:

Discriminação Limite inferior Limite superior

Estabilidade (N) 9.500 16.000

Fluência Máxima (0,25 mm) 10 14

Volume de Vazios (VV, %) 2,8 4,2

Relação Betume-Vazios (RBV,%) 70 80

Nº de golpes em cada face do CP 75

Fonte: Especificação Geral DIRENG 04.05.610 – CBUQ

Os valores de estabilidade obtidos no ensaio Marshall deverão ser corrigidos em função da espessura em centímetro dos corpos de prova (h) ensaiados para a espessura padrão de 6,35cm.

A correção é realizada multiplicando o valor encontrado pelo fator de correção (fcorreção) obtido a partir da equação a seguir.

O traço da mistura deve ser submetido, com a necessária antecedência, à apreciação da FISCALIZAÇÃO. Para tanto, deverá conter todos os elementos necessários, tais como granulometrias, densidades reais, cálculo das características dos corpos de prova, curva destes valores, etc.

3.9.3. EQUIPAMENTOS

Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado e aferido, devendo atender às Especificações adiante descritas.

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3.9.3.1. DEPÓSITOS DE MATERIAL ASFÁLTICO MODIFICADO POR POLÍMERO

Os depósitos para o ligante asfáltico devem ser capazes de aquecer o material às temperaturas fixadas nesta especificação.

O aquecimento deve ser feito por meio de serpentinas a vapor, eletricidade, ou outros meios, de modo a não haver contato de chamas com o interior do depósito.

Deverá ser instalado um sistema de recirculação, desembaraçada e contínua, do depósito ao misturador, durante todo o período de operação.

Todas as tubulações e acessórios devem ser dotados de isolamento, a fim de evitar perdas de calor.

A capacidade dos depósitos deverá ser suficiente para, no mínimo, três dias de serviço.

3.9.3.2. SILOS DE AGREGADOS

Devem ter capacidade total de, no mínimo, três vezes a capacidade do misturador e serem divididos em compartimentos dispostos de modo a separar e estocar, adequadamente, as frações apropriadas do agregado.

Cada compartimento deverá possuir dispositivos adequados de descarga. Haverá um silo adequado para o filler, conjugado com dispositivos para a sua dosagem.

3.9.3.3. USINAS

As usinas, do tipo gravimétrica, devem estar equipadas com uma unidade classificadora de agregados, após o secador, e dispor de misturador tipo PUG-MILL, com duplo eixo conjugado, provido de palhetas reversíveis e removíveis, ou outro tipo capaz de produzir uma mistura uniforme.

Deve ainda o misturador possuir dispositivo para controlar o ciclo completo de mistura. Um termômetro com proteção metálica e escala de 90ºC a 210ºC (precisão de 1º C), deve ser fixado na linha de alimentação do asfalto, em local adequado, próximo à descarga do misturador.

A usina deve ser equipada, além disso, com um termômetro de mercúrio, com escala em dial, pirômetro elétrico, ou outros instrumentos termoelétricos aprovados, colocados na descarga do secador para registrar a temperatura dos agregados, com precisão de 5º C.

3.9.3.4. ACABADORAS

O equipamento para espalhamento e acabamento deverá ser constituído de pavimentadoras automotrizes, capazes de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e abaulamento requeridos.

As acabadoras deverão estar equipadas com parafusos sem fim, para colocar a mistura exatamente nas faixas, e possuir dispositivos rápidos e eficientes de direção, além de marchas para frente e para trás.

As acabadoras deverão ser equipadas com alisadores e dispositivos para aquecimento dos mesmos, à temperatura requerida, para colocação da mistura sem irregularidades, bem como controle de greide longitudinal eletrônico para garantia da qualidade da superfície.

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3.9.3.5. EQUIPAMENTO DE COMPRESSÃO

Deverá ser constituído por rolo pneumático e rolo metálico liso, tipo tandem, ou outro equipamento aprovado pela FISCALIZAÇÃO.

Os rolos compressores, tipo tandem, devem ter uma massa de 8 a 12 t. Os rolos pneumáticos autopropulsores devem ser dotados de pneus que permitam a calibragem de 0,25 MPa a 0,84 MPa (35 a 120 psi).

O equipamento em operação deverá ser suficiente para comprimir a mistura à densidade requerida, enquanto esta se encontrar em condições de trabalhabilidade.

3.9.3.6. VEÍCULOS DE TRANSPORTE DA MISTURA

Os caminhões tipo basculante, para o transporte do concreto asfáltico, deverão ter caçambas metálicas robustas, limpas e lisas, ligeiramente lubrificadas com água e sabão, óleo cru fino, óleo parafínico, ou solução de cal, de modo a evitar a aderência da mistura às chapas.

A utilização de produtos susceptíveis de dissolver o ligante betuminoso (óleo diesel, gasolina, etc.) não será permitida.

3.9.4. EXECUÇÃO

3.9.4.1. PREPARAÇÃO

A temperatura de aplicação do cimento asfáltico deve ser determinada para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade.

A temperatura conveniente é aquela na qual o asfalto apresenta uma viscosidade situada dentro da faixa de 75 a 150 segundos Saybolt-Furol, conforme método DNER-ME 004 (DNER, 1994), indicando-se, preferencialmente, a viscosidade de 85 a 95 segundos Saybolt-Furol. Entretanto, não devem ser feitas misturas a temperaturas inferiores a 107ºC e nem superiores a 177ºC.

Os agregados deverão ser aquecidos a temperaturas de 10ºC a 15ºC acima de temperatura do ligante asfáltico.

Sendo decorridos mais de sete dias entre a execução da imprimação sobre a camada de base ou pintura de ligação sobre camada asfáltica inferior, ou no caso de ter havido trânsito sobre a superfície pintada, ou ainda ter sido a pintura recoberta com areia, pó-de-pedra, etc., deverá ser feita uma nova pintura de ligação.

3.9.4.2. TRECHO EXPERIMENTAL

Será necessária a execução de um trecho experimental, em local indicado pela FISCALIZAÇÃO, com a finalidade de:

Avaliar o fator de empolamento da mistura a ser lançada na pista;

Calibrar os controles eletrônicos de greide da acabadora;

Avaliar a necessidade ou não de calibragens da usina e dos demais equipamentos;

Verificar a qualidade da mistura que a usina irá produzir.

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O trecho experimental deverá ser executado após a aprovação do traço da mistura, nas dimensões mínimas de 100 m de comprimento e de 6 m de largura, a ser realizado em duas faixas com junta longitudinal fria.

O trecho deverá ser executado com a mesma espessura da camada prevista (5 cm) e os equipamentos deverão ser os mesmos destinados à construção da referida camada.

Deverão ser moldados pelo menos três corpos de prova com o material coletado na usina para a determinação, em laboratório, de todas as características da massa usinada (volume de vazios, estabilidade, fluência, RBV. etc.) e pelo menos dois para análise de teor de betume e granulometria.

Após a compactação do trecho experimental, três corpos de prova deverão ser extraídos no centro de cada uma das faixas e outros três corpos de prova ao longo da junta longitudinal para a determinação da densidade de campo.

O trecho experimental será considerado aceito quando:

Os resultados da estabilidade, fluência, densidade da camada, densidade da junta e volume de vazios estiverem 90% dentro dos limites de aceitação exigidos nesta especificação para o tipo de mistura definido em projeto;

Os resultados da granulometria e teor de asfalto estiverem de acordo com os valores exigidos nesta especificação para o tipo de mistura definido em projeto; e

O resultado do volume de vazios no agregado mineral estiver de acordo com o exigido nesta especificação.

A liberação para a construção ocorrerá somente quando o trecho experimental for considerado aceito pela Fiscalização.

Caso o trecho experimental não seja aceito, correções no projeto de mistura asfáltica ou alteração nos equipamentos deverão ser realizadas e um novo trecho experimental deverá ser construído.

Será medido e pago apenas o trecho experimental que for considerado aceito pela FISCALIZAÇÃO.

3.9.4.3. PRODUÇÃO DO CONCRETO ASFÁLTICO

A produção do concreto asfáltico deverá ser efetuada em usinas apropriadas, conforme anteriormente especificado.

Os agregados e o material betuminoso deverão ser pesados e/ou medidos na proporção definida pela mistura de projeto antes de entrarem no misturador da usina.

A umidade da mistura na descarga da usina não poderá ser superior a 0,5%. A produção da mistura deverá ser suficiente para evitar interrupções no espalhamento com a vibroacabadora.

3.9.4.4. TRANSPORTE DO CONCRETO ASFÁLTICO

O concreto asfáltico produzido deverá ser transportado da usina ao ponto de aplicação nos veículos basculantes antes especificados.

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PROPRIEDADE DA INFRAERO

Quando necessário, para que a mistura seja colocada na pista à temperatura especificada, cada carregamento deverá ser coberto por lona ou outro material aceitável, de tamanho suficiente para proteger a mistura.

Todo carregamento de ligante betuminoso que chegar à obra deverá apresentar certificado de análise, além de trazer indicação clara de sua procedência, do tipo e quantidade do seu conteúdo e distância de transporte entre a refinaria e o canteiro de serviço.

Na execução dos caminhos de serviço devem ser seguidas as recomendações constantes da DNER-ES 279 (DNER, 1997).

3.9.4.5. DISTRIBUIÇÃO E COMPRESSÃO DA MISTURA

As misturas de concreto asfáltico deverão ser distribuídas somente quando a temperatura ambiente se encontrar acima de 10ºC, e sem chuva ou iminência desta.

A distribuição do concreto asfáltico deverá ser feita por máquinas acabadoras, conforme já descrito.

Caso ocorram irregularidades na superfície da camada, estas deverão ser sanadas pela adição manual de concreto asfáltico, sendo esse espalhamento efetuado por meio de ancinhos e rodos metálicos.

Imediatamente após a distribuição do concreto asfáltico, tem início a rolagem. Como norma geral, a temperatura de rolagem deve ser a mais elevada que a mistura asfáltica possa suportar, temperatura essa fixada experimentalmente para cada caso.

A temperatura recomendável para a compressão da mistura é aquela a qual o cimento asfáltico apresenta uma viscosidade Saybolt-Furol, de 140 ± 15 segundos.

Caso sejam empregados rolos de pneus de pressão variável, inicia-se a rolagem com baixa pressão, a qual deverá ser aumentada à medida que a mistura for sendo comprimida e, consequentemente, suportando pressões mais elevadas.

A compressão deverá ser iniciada pelas bordas, longitudinalmente, continuando em direção ao eixo da pista.

Cada passada do rolo deverá ser recoberta, na seguinte, de pelo menos a metade da largura anteriormente rolada. Em qualquer caso, a operação de rolagem perdurará até o momento em que seja atingida a compactação especificada.

Durante a rolagem não deverão ser permitidas mudanças de direção, inversões bruscas de marcha, nem estacionamento do equipamento sobre o revestimento recém rolado.

As rodas do rolo deverão ser umedecidas adequadamente de modo a evitar a aderência da mistura.

3.9.4.6. JUNTAS FRIAS

Quando uma faixa for executada seis horas após a faixa adjacente ter sido compactada, as juntas, tanto longitudinais quanto transversais, deverão ser serradas com auxílio de uma serra de disco diamantado, lavadas com água e secas com jatos de ar.

As faces serradas das juntas deverão receber uma camada de pintura de ligação antes da aplicação da faixa adjacente.

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As juntas deverão ser realizadas de forma a garantir uma perfeita aderência entre as camadas adjacentes e se obter a densidade requerida.

Esforços deverão ser feitos para que sejam minimizadas as construções de juntas frias longitudinais e, também, para que sejam maximizadas as distâncias entre juntas frias transversais.

3.9.4.7. ABERTURA AO TRÁFEGO

O tráfego de veículos sobre um revestimento recém construído somente deverá ser autorizado após o completo resfriamento deste e nunca antes de decorridas 6 (seis) horas após a compressão.

3.9.5. CONTROLE

3.9.5.1. CONTROLE DE QUALIDADE DOS MATERIAIS

3.9.5.1.1. CIMENTO ASFÁLTICO

Deverá constar dos seguintes ensaios:

Um ensaio de penetração a 25ºC NBR 6576 (ABNT, 2007), com o cimento asfáltico classificado por penetração, para todo o carregamento que chegar à usina;

Um ensaio de ponto de fulgor NBR 11341 (ABNT, 2008) para todo carregamento da usina;

Um índice de Suscetibilidade Térmica, para cada 100t, calculado pela

expressão:

Um ensaio de espuma NBR MB-37 (ABNT 1975), para todo carregamento que chegar à usina;

Um ensaio de viscosidade Saybolt-Furol pelo método DNER-ME 004 (DNER, 1994), para todo carregamento que chegar à usina; e

Um ensaio de viscosidade Saybolt-Furol pelo método DNER-ME 004 (DNER, 1994), a diferentes temperaturas, para a determinação da curva viscosidade x temperatura, para cada 100t.

O material asfáltico será considerado aceito se os resultados dos ensaios relacionados acima atenderem aos limites estipulados no regulamento técnico número 01/92, rev. 02, do Departamento Nacional de Combustíveis – DNC, para o asfalto especificado no projeto.

O Asfalto Modificado por Polímero (AMP) deve seguir às Especificações do tipo I-D conforme consta no Apêndice 1 (Guide Spedifications) do EB nº 51 (FAA, 1994), o qual traz informações e orientações para o uso de CAP modificado por polímeros.

3.9.5.1.2. AGREGADOS

Deverá constar dos seguintes ensaios:

Dois ensaios de granulometria do agregado, de cada silo quente, por dia. A curva granulométrica deverá manter-se contínua e obedecer às tolerâncias previstas.

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PROPRIEDADE DA INFRAERO

Um ensaio de desgaste Los Angeles por mês, conforme a NM51 (AMN, 2000), ou quando houver variação da natureza do material;

Um ensaio, para cada 900m³, quanto à durabilidade a sulfato de sódio ME 089, (DNER, 1994), sendo toleradas perdas de até 10%;

Um ensaio, para cada 900m³, quanto à durabilidade a sulfato de magnésio ME 089, (DNER, 1994), sendo toleradas perdas de até 13%;

Um ensaio de índice de forma, para cada 900m³, pelo método DNER-ME 086 (DNER, 1994);

Um ensaio de equivalente de areia do agregado miúdo, por dia, conforme NBR 12052 (ABNT, 1992); e

Um ensaio de granulometria do material de enchimento (filler), por dia.

Os agregados serão aceitos se os resultados dos ensaios relacionados acima se enquadrarem nos limites estabelecidos nesta Especificação.

3.9.5.2. CONTROLE DE TEMPERATURA

Deverão ser efetuadas constantemente medidas de temperatura, ao longo da jornada de trabalho, de cada um dos itens abaixo discriminados:

Do agregado, no silo quente da usina;

Do ligante, na usina;

Da mistura betuminosa, na saída do misturador da usina;

Da mistura, no momento do espalhamento e início da rolagem de pista.

Em cada caminhão, antes da descarga, deverá ser feita, pelo menos, uma leitura da temperatura.

As temperaturas deverão satisfazer às temperaturas especificadas anteriormente, com uma tolerância de ± 5ºC.

3.9.5.3. CONTROLE DE QUALIDADE DA MISTURA

3.9.5.3.1. MISTURA PRODUZIDA

A mistura deverá ser ensaiada para a verificação de suas características através de amostras que representarão um lote de material.

Um lote de material será considerado como:

Um dia de produção inferior a 2.000t; ou

Meio dia de produção, quando se espera uma produção diária entre 2.000 e 4.000toneladas.

Quando existir mais de uma usina produzindo misturas asfálticas simultaneamente para o serviço, deverão ser considerados lotes de material separados para cada usina.

Deverá constar dos seguintes ensaios:

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Três extrações de betume, conforme DNER-ME 053 (DNER, 1994), de amostras coletadas na saída da usina, no caminhão ou na pista, para a realização dos ensaios de granulometria dos agregados e de determinação da quantidade de ligante, conforme DNER-ME 053 (DNER, 1994), presente na mistura, para cada lote de material;

Dois ensaios Marshall, conforme NBR 12891 (ABNT, 1993), com três corpos de prova retirados após a passagem da acabadora e antes da compressão para a verificação dos valores especificados para estabilidade mínima, fluência máxima, volume de vazios da mistura de projeto e relação betume-vazios, para cada lote de material.

3.9.5.3.2. MISTURA APLICADA

Deverá constar dos seguintes ensaios:

Uma determinação da densidade aparente a cada 500m² ou, no mínimo, quatro medições por dia de serviço;

Uma determinação da densidade aparente nas juntas a cada 100m de junta construída ou, no mínimo, quatro medições por dia de serviço.

Os corpos-de-prova deverão ser extraídos da mistura comprimida, por meio de sondas rotativas, em pontos escolhidos aleatoriamente pela FISCALIZAÇÃO.

3.9.6. ACEITAÇÃO

3.9.6.1. GRANULOMETRIA E TEOR DE ASFALTO

Os resultados dos ensaios de granulometria e de determinação do teor de asfalto realizados deverão atender aos limites exigidos no quadro a seguir.

PENEIRAS Limites

NÚMERO ABERTURA (mm)

3/4" 19 -

1/2" 12,5 ± 6,0%

3/8" 9,5 ± 6,0%

4 4,75 ± 6,0%

10 2,0 ± 5,0%

40 0,42 ± 4,0%

80 0,18 ± 3,0%

200 0,074 ± 2,0%

Teor de asfalto ± 0,45%

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3.9.6.2. ESTABILIDADE, FLUÊNCIA E VOLUME DE VAZIOS

O critério para a aceitação das características de estabilidade, fluência e volume de vazios, para cada lote de mistura produzida, será baseado no método da Percentagem Dentro dos Limites – PDL DIRENG-MC 01, tendo como limites de tolerância os valores apresentados no quadro a seguir.

A CONTRATADA deverá atingir um valor de PDL superior a 85%.

Características Limite Inferior Limite Superior

Estabilidade Mínima (N) 9.500 16.000

Fluência Máxima (0,25 mm) 10 14

Vazios da Mistura (VV, %) 2,8 4,2

Os ensaios para a determinação das características acima serão realizados em corpos-de-prova moldados com mistura recém-usinada.

3.9.6.3. DENSIDADE DA MISTURA COMPACTADA E DAS JUNTAS

O critério para a aceitação das características de densidade, para cada lote de mistura compactada, será baseado no método da Percentagem Dentro dos Limites – PDL DIRENG-MC 01, tendo como limites de tolerância os valores apresentados no quadro abaixo.

A Contratada deverá atingir um valor de PDL superior a 85%.

Características Limite Inferior Limite Superior

Densidade da mistura (%) 96,3 -

Densidade da mistura nas juntas (%) 93,3 -

Os ensaios para a determinação das características acima serão realizados em corpos-de-prova extraídos no campo, com auxílio de sondas rotativas.

3.9.6.4. ESPESSURA E GREIDE

A superfície da camada acabada não deverá variar em relação às cotas de projeto mais do que 5,0 mm.

O greide acabado será determinado após o nivelamento dos pontos apresentados nas notas de serviço de campo.

Quando mais de 15% dos pontos nivelados de uma determinada área estiverem fora desta tolerância, a área deficiente deverá ser removida e reconstruída.

A remoção deverá ser feita de forma que seja possível se reconstruir uma camada betuminosa com pelo menos 3 cm de espessura.

3.9.6.5. IRREGULARIDADES

A superfície final do revestimento deverá satisfazer os alinhamentos, perfis e seções do projeto.

As irregularidades serão medidas com auxílio de uma régua de 3,60 m de comprimento, paralela e perpendicularmente ao eixo da pista, a cada metro.

Os locais a serem medidos serão definidos pela FISCALIZAÇÃO.

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PROPRIEDADE DA INFRAERO

Quando mais de 15% das medições estiverem fora da tolerância, a área deficiente deverá ser removida e reconstruída. A remoção deverá ser feita de forma que seja possível se reconstruir uma camada betuminosa com pelo menos 3 cm de espessura.

3.9.7. MEDIÇÃO

O concreto asfáltico usinado a quente será medido por volume de mistura aplicada, após a compressão do material.

Não será descontado volume algum se os pontos executados estiverem dentro da tolerância prevista nesta especificação em relação às cotas de projeto.

Deverão ser descontados os volumes executados a menor, no caso de haver ocorrência de pontos executados abaixo da tolerância das espessuras de projeto.

3.9.8. PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade com a medição referida no item anterior, que remuneram o fornecimento de todos os materiais e respectivos ensaios de recebimento, o preparo, o transporte com DMT de até 12 km, o espalhamento e a compressão da mistura, o controle tecnológico e geométrico, bem como todos os custos diretos e indiretos de todas as operações, equipamentos, mão-de-obra, encargos gerais e leis sociais, necessários à completa execução dos serviços.

3.9.9. ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer da execução dos serviços de revestimento betuminoso do tipo concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ) deverão ser observados cuidados visando a preservação do meio-ambiente, envolvendo a produção de asfalto e aplicação de agregados, tanto na estocagem quanto na operação da usina misturadora, tal que:

a) no decorrer do processo de obtenção de agregados deverá ser evitada a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de Preservação Ambiental, bem como deverão ser impedidas as queimadas como forma de desmatamento.

b) a brita e a areia somente serão aceitas após apresentação da licença ambiental de operação da pedreira/areal cuja cópia da licença deverá ser arquivada junto ao Livro de Ocorrências da obra.

c) a pedreira deverá ser adequadamente explorada de modo a minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental após a retirada de todos os materiais e equipamentos.

d) junto às instalações de britagem devem ser construídas bacias de sedimentação para retenção do pó-de-pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem de brita, evitando o seu carreamento para cursos d’água.

e) no caso de fornecimento de materiais por terceiros, deverá ser exigida toda a documentação atestando a regularidade das instalações pedreira/areal/usina, assim como sua operação, junto ao órgão ambiental competente.

Na execução dos caminhos de serviço devem ser seguidas as recomendações constantes da DNER-ES 279 (DNER, 1997).

Os depósitos de ligantes betuminosos devem ser instalados em locais afastados de cursos d’água.

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Deverá ser impedido o refugo de materiais já utilizados na faixa de pouso e áreas adjacentes, ou qualquer outro lugar causador de prejuízo ambiental.

A área afetada pelas operações de construção / execução deve ser recuperada mediante a remoção da usina e dos depósitos e limpeza do canteiro de obras.

As operações em usinas asfálticas a quente englobam:

estocagem, dosagem, peneiramento e transporte de agregados frios;

transporte, peneiramento, estocagem e pesagem de agregados quentes;

transporte e estocagem de filler;

transporte, estocagem e aquecimento de óleo combustível e cimento asfáltico.

Na tabela a seguir há a relação dos principais agentes e fontes de poluição relacionados à execução de obras com CBUQ.

I - Emissão de partículas A principal fonte é o secador rotativo.

Outras fontes são: peneiramento, transferência e manuseio de agregados, balança, pilhas de estocagem e tráfego de veículos e vias de acesso.

II - Emissão de gases Combustão de óleo: óxido de enxofre, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e hidrocarbonetos.

Misturador de asfalto: hidrocarbonetos.

Aquecimento de Cimento Asfáltico: hidrocarbonetos.

Tanques de estocagem de óleo combustível e de cimento asfáltico: hidrocarbonetos.

III - Emissões Fugitivas As principais fontes são pilhas de estocagem ao ar livre, carregamentos de silos frios, vias de tráfego, área de peneiramento, pesagem e mistura.

OBS: Emissões fugitivas São quaisquer lançamentos ao ambiente, sem passar primeiro por alguma chaminé ou duto projetados para corrigir ou controlar o seu fluxo.

As usinas de asfalto a quente devem ser impedidas de se instalarem a uma distância inferior a 200 metros de residências, hospitais, clínicas, centros de reabilitação, escolas, asilos, orfanatos, creches, clubes esportivos, parques de diversões e outras construções comunitárias. A distância acima referida é medida a partir da base da chaminé.

As áreas para as instalações industriais devem ser definidas previamente, de maneira tal que se consiga o mínimo de agressão ao meio-ambiente.

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A CONTRATADA será responsável pela obtenção da licença de instalação / operação, bem como manter a usina em condições de funcionamento dentro do prescrito nestas especificações.

Para operação da usina misturadora devem ser instalados sistemas de controle de poluição do ar constituído por ciclone e filtro de mangas ou de equipamentos que atendam aos padrões estabelecidos nas legislações vigentes.

Junto com o projeto para obtenção de licença, devem ser apresentados também os resultados de medições em chaminés, que comprovem que a capacidade do equipamento de controle proposto atende aos padrões estabelecidos pelos órgãos governamentais.

Os silos de estocagem de agregados frios devem ser dotados de proteções laterais e cobertura, para evitar a dispersão das emissões fugitivas durante a operação de carregamento. A correia transportadora de agregados frios deve ser enclausurada.

A alimentação do secador deve ser feita sem emissão visível para a atmosfera. Enquanto a usina estiver em operação, a pressão no secador rotativo deve se manter negativa, para que sejam evitadas emissões de partículas na entrada e saída do mesmo.

O misturador, os silos de agregados quentes e as peneiras classificatórias do sistema de exaustão devem ser dotados de conexão ao sistema de controle de poluição do ar, para evitar emissões de vapores e partículas para a atmosfera.

Os silos de estocagem de filler devem ser dotados de sistema próprio de filtragem a seco e deve-se fechar os silos de estocagem de massa asfáltica.

Devem ser adotados os procedimentos operacionais que evitem a emissão de partículas provenientes dos sistemas de limpeza dos filtros de mangas e de reciclagem do pó retido nas mangas.

Todos os equipamentos de processo e de controle devem ser mantidos em boas condições.

Sempre que possível, o óleo combustível deve ser substituído por outra fonte de energia menos poluidora (gás ou eletricidade) e o local deve ser protegido por barreiras vegetais.

Os sistemas de controle de poluição do ar devem ser acionados antes dos equipamentos de processo e as chaminés devem ser dotadas de instalações adequadas para realização de medições.

As vias de acesso internas devem ser mantidas limpas, de tal modo que as emissões provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem 20% de opacidade.

3.10. SUB-BASE EM CONCRETO COMPACTADO COM ROLO (CCR)

3.10.1. OBJETIVO

Esta especificação fixa condições de execução de sub-base dos pavimentos rígidos Concreto de Cimento Portland Compactado com Rolo (CCR), que consiste em um concreto simples de baixo consumo de cimento e consistência seca, permitindo a compactação com rolos compressores ou equipamento similar.

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3.10.2. MATERIAIS

3.10.2.1. CIMENTO PORTLAND

Deve obedecer às exigências da NBR-5732 (ABNT, 1991) e NBR-5735 (ABNT, 1991). O consumo de cimento Portland deve se situar entre 80kg/m³ e 120 kg/m³, e ser definido por meio de estudos de dosagem.

A mistura deve apresentar uma resistência à compressão simples, aos 7 (sete) dias, superior a 5,0 MPa, em corpos de prova cilíndricos, com 10 cm de diâmetro e 20 cm de altura, moldados com a energia do AASHTO T-180, rompidos após imersão em água durante 4 horas.

3.10.2.2. ÁGUA

Deve ser isenta de teores nocivos de sais, ácidos, álcalis ou matéria orgânica e outras substâncias prejudiciais.

3.10.2.3. AGREGADO

Proveniente de jazida de pedra situadas até a DMT de 320 km, as quais apresentem qualidade de material compatível com os requisitos de materiais para utilização como Concreto Compactado com Rolo e possuam as características seguintes:

3.10.2.3.1. GRANULOMETRIA

A granulometria do agregado deve estar compreendida na faixa granulométrica conforme quadro a seguir, e a dimensão máxima característica do agregado no concreto não deve exceder 1/3 da espessura da sub-base ou 32mm, o que for menor.

ABERTURA DA PENEIRA (mm)

PERCENTAGEM QUE PASSA (%)

Tolerância na percentagem

38 100 ± 5,0%

32 95-100 ± 5,0%

25,4 82-92 ± 8,0%

19 84-74 ± 8,0%

12,5 64-74 ± 8,0%

9,5 58-68 ± 8,0%

6,3 50-60 ± 8,0%

4,8 45-55 ± 8,0%

2,4 35-45 ± 5,0%

1,2 27-37 ± 5,0%

0,6 20-30 ± 5,0%

0,3 15-25 ± 5,0%

0,15 11-21 ± 3,0%

0,075 8-18 ± 3,0%

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3.10.2.3.2. QUALIDADE

Os agregados utilizados na mistura devem ser constituídos de fragmentos duros, limpos e duráveis, sem excesso de partículas lamelares ou alongadas, macias ou de fácil desagregação, e isentas de matéria orgânica, ou de outra qualquer substância prejudicial.

O agregado graúdo deverá ser submetido a ensaios de laboratório e ter suas características enquadradas dentro dos limites estabelecidos abaixo:

O percentual de desgaste, determinado pelo ensaio de abrasão Los Angeles, conforme a NM51 (AMN, 2000), não poderá ser superior a 45%; e

O índice de forma, determinado pelo método DNER-ME 086 (DNER, 1994), deverá ser superior a 0,6; e O material retido na peneira nº 4 não deverá apresentar mais de 5% de fragmentos que se desagreguem após 30 minutos de imersão em água, e ainda possuir, no mínimo, 25% das partículas tendo, pelo menos, duas faces britadas.

O agregado miúdo deverá ser submetido a ensaios de equivalente de areia, conforme NBR 12052 (ABNT, 1992), devendo possuir um índice superior a 35%.

Quando submetido a 5 ciclos no ensaio de durabilidade (soundness test) pelo método DNER ME 89 (DNER, 1964), deve apresentar uma perda de, no máximo, 20 % com o sulfato de sódio e de 30 % com o sulfato de magnésio.

Exige-se, que todos os agregados utilizados para a mistura do concreto sejam submetidos à análise de potencial reatividade álcali-agregado, conforme as diretrizes da NBR 15577 (ABNT, 2008).

A norma em referência define que, após a caracterização petrográfica do agregado, deve-se realizar o ensaio acelerado em barras de argamassa na presença de um cimento-padrão.

Quando o resultado obtido nesse ensaio indicar expansão menor que 0,19 % aos 30 dias de idade, o agregado pode ser considerado potencialmente inócuo para uso em concreto, sendo permitido o seu uso.

Caso se deseje a confirmação deste resultado, o método de longa duração dos prismas de concreto pode ser realizado prevalecendo o seu resultado.

3.10.3. EQUIPAMENTOS

Os seguintes tipos de equipamentos são indicados, devendo ser previamente aprovados pela FISCALIZAÇÃO:

Central de mistura para dosagem, umidificação e homogeneização do material, que pode ser contínua ou intermitente.

Caminhão basculante.

Vibroacabadora de asfalto, com recurso eletrônico para nivelamento da camada.

Rolos compactadores autopropulsores dos tipos liso vibratório.

Caminhão pipa com barra espargidora (água).

Caminhão ou carretinha tanque com barra espardidora (material de cura).

Marteletes para corte de juntas.

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Ferramentas manuais.

3.10.4. EXECUÇÃO

3.10.4.1. DOSAGEM E MISTURA

A dosagem e a mistura devem ser processados central dosadora localizada na obra ou de fornecedor local. O fluxo de agregados dos silos deve ser tal que se obtenha a mistura especificada.

O cimento, introduzido pelo respectivo dosador, de tal modo que o teor obtido não difira de mais de 0,4 % do teor estabelecido.

A água, dosada em volume, deve ter uma vazão verificada por dispositivos de controle.

A calibragem e a fixação da produção horária de trabalho da usina devem permitir a mistura perfeita dos componentes. Se forem observadas zonas mortas no misturador, deve-se procurar suprimi-las, pela redução do fluxo de material, ou por outra modificação no processo.

3.10.4.2. TRANSPORTE E ESPALHAMENTO

Os materiais misturados devem ser protegidos por lonas, a fim de evitar qualquer perda de umidade durante o transporte para o local de espalhamento.

O lançamento do concreto rolado deve ser efetuado diretamente na caçamba receptora da vibroacabadora pelo caminhão basculante, sendo a velocidade de descarga compatível com a de operação do equipamento vibroacabador.

O espalhamento do concreto deve ser executado por meio da vibroacabadora de asfalto, e deve permitir a obtenção da superfície final de acordo com as condições geométricas fixadas no projeto e dentro das tolerâncias estabelecidas.

Imediatamente antes do espalhamento a superfície da camada subjacente deve ser umedecida, sem excesso de água, para que não formem poças.

Não é permitido o espalhamento do material com motoniveladora ou outro equipamento não apropriado.

A espessura solta deve ser determinada previamente, em trechos experimentais, de modo a se obter a espessura compactada fixada em projeto, às expensas da empreiteira.

Nesses trechos devem ser utilizados os equipamentos, as misturas e os processos construtivos e de controle que serão adotados no serviço.

No último caso, a superfície da camada compactada inicialmente deve ser protegida contra perda de umidade até que se construa a camada seguinte.

3.10.4.3. COMPACTAÇÃO

A compactação deve ser feita preferencialmente por meio de rolos lisos vibratórios. As superfícies inacessíveis aos rolos devem ser compactadas por outros meios que sejam capazes de proporcionar uma compactação igual ou superior à especificada.

Após a operação dos rolos lisos, caso se julgue necessário, podem ser utilizados rolos pneumáticos para fechamento da superfície.

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A compactação deve começar nas bordas e progredir longitudinalmente para o centro, de modo que o compressor cubra, uniformemente, em cada passada, pelo menos, uma quarta parte da largura de compactação da passada anterior.

Se perdurarem locais que necessitem de correções geométricas, ou se houver segregação visível, deve-se refazer a última camada, repetindo-se as operações de construção descritas.

O prazo máximo permitido entre o momento da adição de água à mistura agregado-cimento e o término da compactação é de duas horas.

3.10.4.4. JUNTAS DE CONSTRUÇÃO

No fim de cada dia de trabalho deve ser executada uma junta de construção transversal, com material completamente compactado, perpendicularmente ao eixo longitudinal da faixa em execução.

As juntas de construção longitudinais são feitas entalhando-se verticalmente a borda da faixa já executada.

A face da junta de construção deve ser umedecida antes da colocação da camada adjacente.

3.10.4.5. CURA

A camada de sub-base deverá ser recoberta por uma película betuminosa protetora constituída de emulsões asfálticas catiônicas de ruptura média (RM-1C ou RM-2C). A taxa e a natureza desta película devem ser determinadas experimentalmente pela empreiteira, às suas expensas, devendo ficar entre 1,0 l/m2 a 1,3 l/m2.

A película protetora deve ser aplicada em quantidade suficiente para constituir uma membrana contínua sobre a sub-base, logo após a compactação da última camada, não se tolerando demora de mais de oito horas. Deve-se manter umedecida a superfície, até que a película seja aplicada.

Durante sete dias após a aplicação da película protetora, salvo autorização dada pela FISCALIZAÇÃO, não será permitido tráfego nem permanência de equipamento sobre a sub-base.

3.10.5. CONTROLE

3.10.5.1. CONTROLE TECNOLÓGICO

Devem ser procedidos os seguintes ensaios de laboratório:

Determinação do teor de umidade, pelo menos a cada 800 m² de área, imediatamente antes da compactação.

Dois ensaios de granulometria da mistura de agregados por dia de trabalho ou a cada 2.500 m2 de sub-base, o que ocorrer primeiro.

Um ensaio de reatividade álcali-agregado, NBR 15577 (ABNT, 2008), por dia de trabalho ou a cada 2.500 m2 de sub-base, o que ocorrer primeiro;

Dois ensaios diários de determinação do teor de cimento.

Um ensaio diário de finura do cimento.

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Um ensaio de resistência à compressão simples para cada 1500 m² de área, em corpos de prova moldados com material retirado da pista imediatamente antes da compactação.

Seis ensaios de grau de compactação in situ a cada 1500m2 de sub-base pelo método do frasco de areia.

3.10.5.2. CONTROLE GEOMÉTRICO

Após a execução da base, proceder-se-á à relocação e ao nivelamento do eixo e de alinhamentos paralelos permitindo-se as seguintes tolerâncias:

10 cm para mais ou para menos quanto à largura da plataforma;

Cotas de superfície acabada iguais às cotas de projeto ± 0,7 cm;

Na verificação da conformidade da superfície, não devem ser toleradas flechas maiores que 0,7 cm quando determinadas com régua de 3,60 m;

A espessura média da camada de sub-base não deve ser menor do que a espessura do projeto menos 0,7 cm.

Não será tolerado nenhum valor individual fora do intervalo de 0,7 cm, para mais ou para menos, em relação à espessura do projeto.

No caso de aceitação, dentro das tolerâncias estabelecidas, de uma camada de reforço com espessura inferior à de projeto, o revestimento deve ser aumentado de uma espessura estruturalmente equivalente à diferença encontrada, operação esta às expensas da construtora.

No caso da aceitação de camada de base dentro das tolerâncias, com espessura média superior à de projeto, a diferença não deve ser deduzida da espessura do revestimento (Placas de Concreto).

3.10.6. ACEITAÇÃO

Para serem considerados recebidos e liberados, os trechos deverão apresentar as seguintes características:

3.10.6.1. GRANULOMETRIA

Os resultados dos ensaios de granulometria realizados deverão atender os limites exigidos no quadro do item 3.10.2.3.1.

3.10.6.2. RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES

Os valores das determinações da Resistência à Compressão Simples (fck) deverão ser superiores a 5,0 MPa aos 7 dias.

Os valores mínimos dos resultados do fck do CCR serão controlados conforme o método de controle DIRENG MC-01, onde a percentagem dentro dos limites (PDL) deverá ser superior a 85%.

3.10.6.3. ESPESSURA E GREIDE

A superfície da camada acabada não deverá variar em relação às cotas de projeto mais do que 7,0 mm.

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O greide acabado será determinado após o nivelamento dos pontos considerando o projeto de terraplenagem.

Quando mais de 15% dos pontos nivelados de uma determinada área estiverem fora desta tolerância, a área deficiente deverá ser removida e reconstruída.

3.10.6.4. IRREGULARIDADES

A superfície da camada acabada deverá satisfazer os alinhamentos, perfis e seções do projeto.

As irregularidades serão medidas com auxílio de uma régua de 3,60 m de comprimento paralelamente e perpendicularmente ao eixo da pista a cada metro.

Os locais a serem medidos serão definidos pela FISCALIZAÇÃO e os desníveis medidos com a régua não poderão variar mais que 7,0 mm. Quando mais de 15% das medições estiverem fora desta tolerância, a área deficiente deverá ser removida e reconstruída.

3.10.6.5. LARGURA DA CAMADA

A largura da camada de sub-base deverá estar em conformidade com a largura definida em projeto, não sendo tolerada largura inferior.

3.10.7. MEDIÇÃO

A sub-base em CCR deve ser medida por metro cúbico de material compactado, no local, e segundo a seção transversal de projeto.

Não será descontado volume algum se os pontos executados estiverem dentro da tolerância prevista nesta especificação em relação às cotas de projeto.

Deverão ser descontados os volumes executados a menor, no caso de haver ocorrência de pontos executados abaixo da tolerância das espessuras de projeto.

3.10.8. PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade com a medição referida no item anterior, que remuneram o fornecimento dos materiais (agregados, cimento, película betuminosa protetora, etc.) e respectivos ensaios de recebimento, as operações de mistura, transporte, espalhamento, compactação, acabamento e cura, controle tecnológico e geométrico, bem como os custos diretos e indiretos de todas as operações e equipamentos, encargos gerais, mão-de-obra e leis sociais, necessários à completa execução dos serviços.

3.10.9. ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer da execução da sub-base de CCR deverá ser observado cuidado visando à preservação do meio-ambiente, envolvendo o fornecimento tanto a exploração das ocorrências de materiais, quanto a execução dos serviços, tal que:

a) na exploração das ocorrências dos materiais deve-se atender às recomendações preconizadas na norma DNER-ES 281 (DNER, 1997) e na DNER-ISA 07 (DNER, 1996) - Instrução de Serviço Ambiental;

b) o material pétreo somente será aceito após apresentação da licença ambiental de operação da pedreira cuja cópia da licença deverá ser arquivada junto ao Livro de Ocorrências da obra;

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c) no decorrer do processo de obtenção de agregados deverá ser evitada a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de Preservação Ambiental, bem como deverão ser impedidas as queimadas como forma de desmatamento;

d) a pedreira deverá ser adequadamente explorada de modo a minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental após a retirada de todos os materiais e equipamentos;

e) junto às instalações de britagem devem ser construídas bacias de sedimentação para retenção do pó-de-pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem de brita, evitando o seu carreamento para cursos d’água;

f) no caso de fornecimento de materiais por terceiros, deverá ser exigida toda a documentação atestando a regularidade das instalações pedreira/areal/usina, assim como sua operação, junto ao órgão ambiental competente.

Na execução dos caminhos de serviço devem ser seguidas as recomendações constantes da DNER-ES 279 (DNER, 1997).

Na execução da sub-base de CCR deverá ser observada a disciplina do tráfego e do estacionamento dos equipamentos, de modo a evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural através do tráfego desordenado dos equipamentos fora da área a ser pavimentada.

Cuidado especial deverá ser tomado para evitar que resíduos de lubrificantes e/ou combustíveis não sejam levados até cursos d’água, observando-se o local apropriado ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos equipamentos.

3.11. PLACAS DE CONCRETO

3.11.1. OBJETIVO

Esta Especificação fixa as condições de execução de pavimentos de concreto, constituídos de placas de concreto simples ou eventualmente armadas, desempenhando simultaneamente as funções de base e de revestimento.

As áreas objeto deste tipo de serviço são aquelas destinadas às áreas de estacionamento de aeronaves na ampliação do pátio.

O serviço consiste na execução de placas de concreto cimento simples ou armados, com dimensões e detalhes apresentados nos desenhos de projeto de pavimentação.

3.11.2. MATERIAIS

3.11.2.1. CONCRETO

O concreto será dosado racionalmente, de modo a obter-se, com os materiais disponíveis, uma mistura de trabalhabilidade adequada ao processo construtivo empregado e satisfazendo às condições de resistência mecânica impostas nestas Especificações.

As tensões mínimas de ruptura para projeto aos 28 dias deverão ser de:

Compressão axial.........340 kg/cm2;

Tração na flexão ..........50 kg/cm2.

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A dosagem racional do concreto, para início da obra, será realizada para tensões de ruptura, por compressão axial ou por tração de flexão, de acordo com o padrão de execução constante do quadro seguinte:

CONDIÇÕES C.V. (%)

TENSÃO DE DOSAGEM AOS 28 DIAS (kg/cm2)

Presença permanente de engenheiro na obra, materiais medidos em peso, umidade dos materiais compensada

frequentemente por métodos precisos

15 390 55

OBS.: As correlações entre as tensões de tração e compressão foram obtidas utilizando-se a fórmula:

Quando o EXECUTANTE apresentar certificados oficiais de controle de qualidade de execução de concreto, com coeficientes de variação diferentes daquele fixado no quadro anterior, a tensão de ruptura para a dosagem inicial do traço será determinada pela seguinte expressão:

, ∙ .

Onde:

- : tensão média de ruptura, por compressão, para a dosagem aos 28 dias;

- . : coeficiente de variação (em %).

Recomenda-se que a granulometria da mistura dos agregados seja contínua e esteja compreendida entre os seguintes limites:

PENEIRAS PORCENTAGENS ACUMULADAS, RETIDAS

PLACAS COM ESPESSURAS PLACAS COM ESPESSURAS

ABERTURAS de 0,150 a 0,225 m MAIORES QUE 0,225 m

NOMINAIS D = 38 mm D = 76 mm

mm máx. máx.

76 - 0

38 0 21 - 29

19 10 – 21 37 - 50

9,5 29 – 49 50 - 65

4,8 43 – 64 60 - 75

145,3 ctf

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PENEIRAS PORCENTAGENS ACUMULADAS, RETIDAS

PLACAS COM ESPESSURAS PLACAS COM ESPESSURAS

ABERTURAS de 0,150 a 0,225 m MAIORES QUE 0,225 m

NOMINAIS D = 38 mm D = 76 mm

mm máx. máx.

2,4 57 – 77 69 - 83

1,2 70 – 87 76 - 89

0,6 81 – 94 82 - 94

0,3 89 – 97 87 - 97

0,15 95 – 99 91 - 99

Para garantir a qualidade do concreto, no tocante ao preparo, controle e recebimento do material usinado, devem-se seguir as recomendações constantes na NBR 12.655 (ABNT, 2006).

3.11.2.1.1. CIMENTO

Não havendo indicação em contrário, o cimento a empregar será o Portland comum ou pozolânico, devendo satisfazer às prescrições Deve obedecer às exigências da NBR 5732 (ABNT, 1991) e NBR 5735 (ABNT, 1991).

Caberá à FISCALIZAÇÃO aprovar o cimento a ser empregado, podendo exigir a apresentação de certificado de qualidade, quando julgar necessário. Todo cimento deverá ser entregue no local da obra, em sua embalagem original.

O cimento deverá ser armazenado em local seco e abrigado, por período de tempo e forma de empilhamento que não comprometam a sua qualidade.

Será permitido o uso de cimento a granel, desde que, em cada silo, seja depositado o cimento de uma única procedência. O cimento em silo só poderá ficar armazenado por período tal, que não venha a comprometer a sua qualidade.

3.11.2.1.2. AGREGADOS

Os agregados para a confecção de concreto ou argamassa deverão ser materiais sãos, resistentes e inertes, de acordo com as definições seguintes. Deverão ser armazenados separadamente, isolados do terreno natural por assoalho de madeira ou camada de concreto de cimento.

Exige-se, que todos os agregados utilizados para a mistura do concreto sejam submetidos à análise de potencial reatividade álcali-agregado, conforme as diretrizes da NBR 15577 (ABNT, 2008).

A norma em referência define que, após a caracterização petrográfica do agregado, deve-se realizar o ensaio acelerado em barras de argamassa na presença de um cimento-padrão.

Quando o resultado obtido nesse ensaio indicar expansão menor que 0,19 % aos 30 dias de idade, o agregado pode ser considerado potencialmente inócuo para uso em concreto, sendo permitido o seu uso.

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Caso se deseje a confirmação deste resultado, o método de longa duração dos prismas de concreto pode ser realizado prevalecendo o seu resultado.

a) AGREGADO MIÚDO

O agregado miúdo deve ser areia natural quartzosa de diâmetro máximo igual a 4,8 mm. Deve ser limpo e não apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica, e outras, obedecendo ao prescrito nas Especificações da ABNT. Somente mediante autorização da FISCALIZAÇÃO poderão ser empregadas areias artificiais provenientes de rocha sadia.

b) AGREGADO GRAÚDO

Consistirá de pedra britada, seixo rolado britado ou não, de diâmetro máximo superior a 4,8 mm e inferior a 76 mm (conforme tabela do item 3.11.2.1), isento de partículas aderentes, e não podendo apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica, e outras, obedecendo ao prescrito nas Especificações da ABNT.

O agregado graúdo será constituído pela mistura de partículas de diversos diâmetros, em proporções convenientes, de acordo com os traços indicados.

3.11.2.1.3. ÁGUA

A água para preparação do concreto deverá ser razoavelmente clara e isenta de óleos, ácidos, álcalis, matéria orgânica, etc. e obedecer às Especificações da ABNT.

3.11.2.1.4. ADITIVOS

O uso de aditivos, dispersantes, arejadores, aceleradores, retardadores de pega, etc., só será permitido mediante autorização expressa da FISCALIZAÇÃO.

3.11.2.1.5. MATERIAL PARA CURA DO CONCRETO

Para garantia de uma cura uniforme sobre toda a superfície pavimentada, deve ser considerada a utilização de aditivo apropriado para a cura química do concreto, que consiste basicamente numa emulsão de hidrocarbonetos parafínicos, formando um filme impermeável sobre o concreto fresco, protegendo-o dos efeitos da desidratação provocada pelo calor e vento, evitando a formação de fissuras e contribuindo para o desenvolvimento das resistências mecânicas (utilizar como referência o aditivo CURING PAV® da marca Vedacit®, ou comprovadamente equivalente).

3.11.2.2. AÇO PARA PASSADORES

As juntas longitudinais de construção deverão ser providas de passadores (barra de transferência) com as seguintes características:

Aço CA-60;

Diâmetro de 25 mm; e

Comprimento de 48 cm.

O aço deverá atender às características prescritas na NBR 7480 (ABNT, 2007).

3.11.2.3. AÇO PARA ARMADURAS

3.11.2.3.1. Tela de Aço CA-60, diâmetro 8,0 mm

A tela de armadura das placas nas juntas de dilatação sem bordo espessado (Tipo A-1) deverá ter as seguintes características:

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Aço CA-60;

Diâmetro de 8,0mm;e

Malha soldada retangular, tipo L503.

A malha soldada com aço CA-60 pode ser substituída por malha CA-50, com a mesma bitola e espaçamento das malhas, visto que não há ônus com relação ao aspecto de projeto e segurança.

3.11.2.4. SELAGEM DE JUNTAS DE DILATAÇÃO

3.11.2.4.1. MATERIAL DE CORPO DE APOIO DE JUNTAS

O material para o corpo de apoio deverá ser a base de matéria prima sintética, à base de polietileno expandido de células fechadas, com diâmetro de 25 mm.

3.11.2.4.2. MATERIAL PARA SELAGEM DAS JUNTAS

O material para selagem das juntas deverá ser suficientemente adesivo ao concreto, impermeável à água, dúctil e pouco extrusível, não devendo fluir nos dias mais quentes, nem tornar-se quebradiço nas ocasiões de frio intenso.

Para efeito deste projeto considera-se para a selagem de juntas do pavimento rígido a utilização de selante de silicone autonivelante e monocomponente tipo Dow Corning 890-SL ou SUPERSEAL 444/777 da CRAFCO ou similar.

3.11.2.5. SELAGEM DE JUNTAS DE CONSTRUÇÃO E DE RETRAÇÃO

3.11.2.5.1. MATERIAL DE CORPO DE APOIO DE JUNTAS

O material para o corpo de apoio deverá ser a base de matéria prima sintética, à base de polietileno expandido de células fechadas, com diâmetro de 10 mm.

3.11.2.5.2. MATERIAL PARA SELAGEM DAS JUNTAS

O material para selagem das juntas deverá ser suficientemente adesivo ao concreto, impermeável à água, dúctil e pouco extrusível, não devendo fluir nos dias mais quentes, nem tornar-se quebradiço nas ocasiões de frio intenso.

Para efeito deste projeto considera-se para a selagem de juntas do pavimento rígido a utilização de selante de silicone autonivelante e monocomponente tipo Dow Corning 890-SL ou SUPERSEAL 444/777 da CRAFCO ou similar.

3.11.3. EQUIPAMENTOS

Todo equipamento a ser usado na obra deve ser previamente aprovado pela FISCALIZAÇÃO, estar em perfeito estado de funcionamento e ser mantido nestas condições, bem como estar adequado ao cumprimento do cronograma previsto para a obra.

3.11.3.1. FORMAS

As formas laterais de concretagem, que servem também de apoio e guia ao equipamento espalhador e de acabamento, deverão ser metálicas e suficientemente rígidas, de modo a suportarem, sem deformação apreciável, as solicitações do serviço.

As formas deverão guiar as máquinas empregadas e permitir o seu perfeito rolamento.No caso de formas de menor altura, a largura mínima da base de assentamento será a altura da forma.

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As formas devem possuir, a intervalos de 1,00 m, no máximo, dispositivos que garantam sua perfeita fixação ao solo e posterior remoção sem prejuízo para o pavimento executado.

O sistema de união das formas deve ser tal que permita uma ajustagem correta e impeça qualquer desnivelamento ou desvio.

Formas torcidas, empenadas, ou amassadas não poderão ser usadas. Verificadas com uma régua de 3,00 m, nenhum ponto da face superior deverá apresentar flecha de mais de 3 mm e, da face lateral, de mais de 6 mm.

Formas curvas ou flexíveis devem ser usadas nas curvas de raio inferior a 30 m. O Executante deverá manter no canteiro de serviço gabaritos que permitam a verificação dos perfis transversais do projeto.

No caso da utilização de pavimentadoras de concreto, formas deslizantes podem ser utilizadas, desde que os parâmetros de deformabilidade (flecha) sejam igualmente respeitados.

3.11.3.2. DISPOSITIVOS DE PESAGEM

Os dispositivos para pesagem dos materiais, quer sejam unidades autônomas, quer façam parte dos silos dosadores, não deverão conduzir a erros superiores a 2%.

3.11.3.3. EQUIPAMENTO PARA PREPARO E TRANSPORTE DE CONCRETO

3.11.3.3.1. CENTRAIS DE CONCRETO

O preparo do concreto será efetuado em centrais de concreto propriamente ditas, onde se preparam completamente as misturas, ou em centrais dosadoras, onde o concreto é dosado a seco, para posteriores mistura e amassamento.

Quando preparado em centrais de concreto propriamente ditas, o material será transportado ao local da obra em caminhões betoneiras, apropriados para transporte de concreto e o intervalo de tempo entre a usinagem e o lançamento na pista não deve ultrapassar 90 minutos.

3.11.3.3.2. BETONEIRAS

Caso seja necessário utilizar betoneiras para pequena produção de concreto, as mesmas devem produzir um concreto homogêneo e realizar sua descarga sem segregação dos componentes.

As betoneiras devem possuir reservatório de água com medidores automáticos de carga, que permitam a medida de água com um erro inferior a 0,5 %. Estes dispositivos devem ser constantemente aferidos.

3.11.3.3.3. PAVIMENTADORAS

Exige-se que tenham largura compatível com a largura das placas que serão executadas.

Deverão realizar o espalhamento do concreto sem segregação dos materiais, com perfeito adensamento em toda a espessura da camada e deixar a superfície do pavimento no greide e perfil transversal do projeto, pronta para as operações de acabamento final.

Deverá ser dada preferência à alisadora mecânica para o acabamento final da superfície, podendo-se trabalhar com cinta de lona, com deslocamento transversal.

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Vibradores de imersão deverão ser usados paralelamente à vibroacabadora para melhor adensamento nas bordas. Deve-se ter atenção especial ao item 9.6 da NBR 14.931 (ABNT, 2004) no que se refere à etapa de adensamento do concreto.

O equipamento para vibração do concreto deverá operar em freqüência nunca inferior a 5.000 ciclos por minuto.

3.11.3.4. EQUIPAMENTO PARA EXECUÇÃO DE JUNTAS

Devem existir, em número suficiente, réguas de aço para moldagem das juntas de dilatação, ferramentas para arredondamento das arestas, desempenadeiras e pontes de serviço. Máquinas especiais para serrar juntas serão utilizadas na execução das juntas de retração.

3.11.3.4.1. APETRECHOS PARA ACABAMENTO FINAL DA SUPERFÍCIE

Deverão existir, em número suficiente, desempenadeiras para acerto longitudinal e tiras de lona ou vassouras de fios duros para dar acabamento ao pavimento.

As tiras de lona serão dotadas de punhos e terão, no mínimo, 20 cm de largura e comprimento não inferior à largura da faixa concretada, mais um metro.

3.11.3.4.2. EQUIPAMENTO PARA SELAGEM DE JUNTAS

A CONTRATADA deverá prover de todos os equipamentos auxiliares necessários à limpeza e calafetação das juntas, como sejam: máquinas com serras diamantadas, vassouras de fios duros; ferramentas com ponta em cinzel, que penetrem nas ranhuras das juntas; compressor de ar e mangueira dotada de bocal capaz de soprar no interior da junta;) e dispositivo apropriado para aplicação de material de vedação.

Poderá ser empregado equipamento mecânico para calafetação de juntas, a critério da FISCALIZAÇÃO.

3.11.4. EXECUÇÃO

Para a garantir a qualidade do concreto, no tocante ao preparo, controle e recebimento do material usinado, devem-se seguir as recomendações constantes na NBR 12.655 (ABNT, 2006).

Cuidados especiais deverão ser tomados para evitar que sejam danificados, os pavimentos ou outros elementos, adjacentes àquelas que sofrerão demolição.

Os eventuais danos provocados deverão ser corrigidos, sem ônus para a CONTRATANTE.

3.11.4.1. ASSENTAMENTO DAS FORMAS E PREPARO PARA A CONCRETAGEM

As formas (trilhos de aço com reaproveitamento) serão assentadas de acordo com os alinhamentos indicados no projeto, uniformemente apoiadas sobre a camada de sub-base e fixadas com ponteiros de aço, de modo a suportarem sem deformação ou movimentos apreciáveis as solicitações inerentes ao trabalho.

O topo das formas deverá coincidir com a superfície de rolamento prevista.

Os ponteiros serão espaçados de, no máximo, 1,00 m, cuidando-se da perfeita fixação das extremidades na junção das formas.

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O alinhamento e o nivelamento das formas deverão ser verificados e, se necessário, corrigidos antes do lançamento do concreto, quando se verificarem erros superiores a 3 mm em relação à cota e 6 mm em relação ao alinhamento.

Quando se constatar insuficiência nas condições de apoio de qualquer forma, esta será removida e convenientemente reassentada.

Assentadas as formas, procede-se à verificação do fundo da caixa com um gabarito nelas apoiado.

A correção das depressões só será permitida em camadas mínimas de 8 cm de espessura.

Por ocasião da concretagem, as formas devem estar limpas e untadas com óleo, a fim de facilitar a desmoldagem e com as barras de transferência de cargas (passadores) devidamente posicionadas.

O EXECUTANTE deverá ter formas assentadas em uma extensão mínima de 60 m, a contar do ponto em que estiver sendo lançado o concreto.

Sobre a superfície pronta para receber o concreto não será permitido o tráfego de veículos ou equipamento.

3.11.4.2. PREPARO E LANÇAMENTO DO CONCRETO

Para garantir a qualidade de execução das Placas de Concreto de Cimento Portland, devem-se seguir as recomendações constantes na NBR 14.931 (ABNT, 2004).

O cimento deve ser medido em peso, o que pode ser feito pela contagem de sacos inteiros, não se tolerando, neste caso, o aproveitamento de sacos avariados.

Os agregados de tipos diferentes, miúdo e graúdo, devem ser medidos separadamente, em peso, considerando-se sempre nestas operações a influência da umidade. O agregado graúdo deverá ser molhado antes de ser utilizado.

A mistura e o amassamento do concreto serão feitos sempre mecanicamente.

O amassamento deve ser contínuo até se obter uma mistura completa e homogênea.

O tempo exato de amassamento será determinado em cada caso, tendo em vista a homogeneidade requerida para a mistura.

O concreto deve ser transportado para o local de lançamento, de modo a que não acarrete segregação ou perda de qualquer de seus componentes.

No caso de serem utilizadas instalações centrais fixas de dosagem, ou para transporte superior a 30 minutos (no máximo 90 minutos), o concreto deverá ser transportado ao local de lançamento em caminhão betoneira com velocidade de agitação de 4 a 6 r.p.m.

A produção de concreto deverá ser regulada de acordo com a marcha das operações de concretagem, num ritmo que garanta a necessária continuidade do serviço.

O lançamento do concreto deverá ser feito de modo a reduzir o trabalho de espalhamento, evitando-se a segregação de seus componentes.

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Para avaliar a consistência e trabalhabilidade, o concreto usinado deve ser submetido ao ensaio de campo de abatimento do tronco de cone (slump test), conforme prevê a NM 67 (ABNT, 1998), devendo apresentar resultado de 60 mm, com tolerância de 10 mm para mais ou para menos. Deverão ser utilizados aditivos para garantir a trabalhabilidade esperada, caso seja necessário.

3.11.4.3. ESPALHAMENTO E ASSENTAMENTO DO CONCRETO - ACABAMENTO DA SUPERFÍCIE

Para garantir a qualidade de execução das Placas de Concreto de Cimento Portland, devem-se seguir as recomendações constantes na NBR 14.931 (ABNT, 2004).

O espalhamento do concreto será executado com máquina autopropulsora e, quando necessário, auxiliado por ferramentas manuais, evitando-se sempre a segregação dos materiais.

O concreto deverá ser distribuído em excesso por toda a largura da faixa em execução e rasado a uma altura conveniente para que, após as operações de adensamento e acabamento, tenha a placa, em qualquer ponto, a espessura do projeto.

O adensamento do concreto será feito por vibração com o emprego da máquina autopropulsora, exigindo-se, entretanto, o emprego de vibradores de imersão, especialmente próximos às formas, na execução de juntas ou quando a espessura do pavimento o exigir.

O acabamento mecânico da superfície será feito, igualmente, por máquina autopropulsora e realizado imediatamente após o adensamento do concreto.

O equipamento vibroacabador (ou régua vibratória) deverá passar em um mesmo local tantas vezes quantas forem necessárias ao perfeito adensamento do concreto, e para que a superfície do pavimento fique no greide e perfil transversal do projeto, pronta para o acabamento final.

As depressões observadas à passagem da máquina serão imediatamente corrigidas com concreto fresco, sendo vedado o emprego de argamassa para esse fim.

Em sua última passagem, o equipamento acabador deverá deslocar-se, continuamente, numa distância mínima de 2 vezes o comprimento da placa.

As superfícies em que se apoia o equipamento vibroacabador devem ser mantidas limpas, de modo a permitir o perfeito rolamento das máquinas e garantir a obtenção de um pavimento sem irregularidades superficiais.

3.11.4.4. IDENTIFICAÇÃO NO CAMPO E CADASTRO

Todas as faixas de concreto receberão, no campo, inscrições identificadoras, no que se refere às datas de moldagem e outras convenções indicadas pela FISCALIZAÇÃO. Idêntico cuidado será observado no escritório, em relação ao cadastro de execução.

3.11.4.5. JUNTAS

As juntas longitudinais e transversais têm por fim facilitar a construção e evitar as imperfeições que se produziriam em um pavimento rígido e contínuo.

Devem estar em conformidade com as posições indicadas no projeto, não se permitindo desvios de alinhamento ou de posição, superiores a 2 mm por metro.

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3.11.4.5.1. JUNTAS LONGITUDINAIS DE CONSTRUÇÃO

O pavimento será executado em faixas longitudinais, devendo a posição das juntas de construção coincidir com a das juntas longitudinais indicadas no projeto. Em toda a extensão das juntas é prevista a colocação de barras de transferência (passadores), conforme indicado em projeto.

Na parte superior da junta, destinada a receber o material de vedação, será colocado corpo de apoio, conforme indicados nas plantas do projeto.

3.11.4.5.2. JUNTAS DE DILATAÇÃO

As juntas de dilatação são empregadas nos encontros do pavimento com outras estruturas, como edificações, cruzamentos, outros pavimentos (semi-rígido), e nas regiões onde se deseja isolar o pavimento, de forma tornar sistemas independentes, evitando a construção de áreas muito grandes.

Na parte inferior da junta será colocado material de enchimento, tais como, fibras tratadas, feltros impregnados de betume, borracha, neoprene, etc. conforme indicados nas plantas do projeto.

Na parte superior da junta, destinada a receber o material de vedação, será colocado corpo de apoio, conforme indicados nas plantas do projeto.

O lançamento do concreto adjacente à junta será feito com cuidados especiais, simultaneamente de ambos os lados, de modo a não deslocar os dispositivos instalados para a confecção da mesma.

O adensamento será feito cuidadosamente ao longo de toda a junta, com vibradores de imersão.

Os vibradores não deverão entrar em contato com as peças de moldagem.

Adensado o concreto adjacente à junta, procede-se ao acabamento mecânico da superfície com as necessárias precauções para que, à passagem do equipamento, a junta não seja deslocada.

3.11.4.5.3. JUNTAS TRANSVERSAIS DE RETRAÇÃO TIPO SEÇÃO ENFRAQUECIDA

As juntas transversais de retração serão serradas e executadas após o conveniente endurecimento do concreto. As dimensões dessas juntas devem ser executadas conforme indicadas no projeto.

Todas as juntas de retração devem ser serradas no mesmo dia da concretagem; e quando não for possível, devem ser serradas pelo menos a cada duas placas no mesmo dia. As demais juntas devem ser serradas no dia seguinte à concretagem. A FISCALIZAÇÃO poderá alterar para menos tais intervalos de tempo, em casos especiais.

3.11.4.5.4. JUNTAS TRANSVERSAIS DE CONSTRUÇÃO

Ao fim de cada jornada de trabalho, ou sempre que a concretagem tiver de ser interrompida por mais de 30 minutos, será executada uma junta de construção, cuja posição deve coincidir com a de uma junta transversal indicada no projeto.

Quando a coincidência se verificar numa junta de retração, esta deve ser substituída por uma junta transversal de construção planejada, do tipo indicado no projeto. Neste caso, é prevista a colocação de barras de transferência (passadores).

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Quando não houver coincidência com uma junta de retração, que em geral ocorre quando há imprevistos durante a concretagem, tais como chuva forte, quebra do equipamento ou atraso no lançamento concreto, causando paralisação da concretagem da placa, deve ser remover o excesso de concreto até coincidir com a junta anterior.

3.11.4.6. SELAGEM DAS JUNTAS

Remover todos os detritos e resíduos das formas existentes na junta.

Se necessário, recompor os bordos do concreto com graut e aguardar a sua cura. O graut deverá possuir resistência à compressão simples igual ou superior ao concreto da placa.

Jatear ou lixar o concreto nas áreas de adesão do perfil para remover a nata de cimento, partes soltas ou contaminadas e ferrugem no caso de superfícies de ferro. Deixar as paredes rugosas para aumentar a superfície de aderência.

Limpar as superfícies preparadas com ar comprimido ou vassoura.

Trincas em quaisquer direções próximas à junta podem ser potenciais pontos de vazamentos.

Verificar com atenção as superfícies e, se houver, reparar apropriadamente as trincas existentes.

Para a perfeita instalação do selante, atentar para que a superfície do substrato esteja sólida, seca e limpa. Limpar e remover o entulho e todos os detritos produzidos durante o trabalho.

3.11.4.7. BARRAS DE TRANSFERÊNCIA (PASSADORES)

Os passadores, de diâmetro e comprimento indicados no projeto, serão barras lisas, retas, sem qualquer deformação que possa prejudicar ou impedir o seu deslizamento no interior do concreto.

Serão instalados nas juntas transversais de construção, planejadas ou não, e nas juntas longitudinais de construção. Tais juntas deverão obrigatoriamente coincidir com o final de uma placa, mesmo que haja interrupção não prevista.

O sistema de fixação empregado deve manter os passadores, durante a concretagem, rigorosamente normais ao plano das juntas. Deve-se observar que as barras têm uma das metades pintada e engraxada, de forma a serem infensas à oxidação e à aderência com o concreto em um dos lados da junta, permitindo a livre movimentação da junta quando da contração ou expansão da placa.

Na execução, o espaçamento entre barras adjacentes deverá ser conforme os detalhes apresentados na Planta EG.04/105.13/07741/02.

3.11.4.8. ARMADURAS DAS PLACAS IRREGULARES

Devido à configuração do pátio da via de serviço, foi necessário projetar placas de formatos irregulares, conforme indicadas nas plantas do projeto. Para evitar o surgimento de trincas, nessas placas deverá ser colocada uma tela soldada, cujo tipo é definido no projeto. Esta tela deve ser colocada a 5cm da superfície do pavimento.

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3.11.4.9. ARMADURAS DAS VIGAS DE TRANSIÇÃO

Com a finalidade de promover a compatibilização entre os pavimentos rígidos e flexíveis, projetou-se uma viga de transição no encontro desses pavimentos, conforme indicado nas plantas do projeto. Para evitar o surgimento de trincas, nessas placas deverá ser colocada armadura, cujo tipo é definido no projeto.

3.11.4.10. ACABAMENTO FINAL

Imediatamente após a passagem do equipamento vibroacabador, será executado um desempenamento longitudinal com uma desempenadeira autopropulsora, disposta transversalmente ao eixo longitudinal do pavimento.

Antes de terminada a pega será procedida a verificação da superfície em toda a largura da faixa com uma régua de 4,00 m, disposta paralelamente ao eixo longitudinal do pavimento, e avançando, de cada vez, no máximo, metade do seu comprimento.

Qualquer depressão encontrada será imediatamente cheia com concreto fresco devidamente adensado, devendo ficar a superfície devidamente acabada. Qualquer saliência será cortada e igualmente acabada.

Após essas correções e logo que a água superficial tiver desaparecido, procede-se ao acabamento final, de preferência com desempenadeira autopropulsora.

Em casos especiais, poderá ser usada tira de lona, que será colocada na direção transversal e operada num movimento rápido de vai e vem, deslocando-se ao mesmo tempo na direção longitudinal do pavimento.

Executado o acabamento e antes do início da pega, as peças usadas na moldagem superior das juntas de dilatação serão retiradas e, com ferramentas adequadas, adoçadas todas as arestas, de acordo com o projeto.

Junto às bordas, o acabamento obtido deve ser igual ao do restante da superfície. Qualquer porção de concreto que caia no interior das juntas deverá ser prontamente removida.

3.11.4.11. CURA

O aditivo de cura química deverá ser distribuído superficialmente sobre o pavimento à taxa de 1 kg de aditivo para cada 5 m2.

Deverá ser aplicado com pulverizador de baixa pressão, logo após o concreto ter “puxado” (adquirido aparência fosca), de forma uniforme sobre toda a superfície, que apresentará aparência esbranquiçada, após a aplicação.

3.11.4.12. DESMOLDAGEM

As formas só poderão ser retiradas quando decorrerem pelo menos 12 horas após a concretagem.

A FISCALIZAÇÃO poderá, entretanto, fixar prazos maiores, até um máximo de 24 horas.

Durante a desmoldagem serão tomados os necessários cuidados para evitar o esborcinamento das placas.

As faces laterais das placas, expostas pela remoção das formas, deverão ser imediatamente protegidas de modo a terem condições de cura análogas às da superfície do pavimento.

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A desmoldagem da peça superior da junta de dilatação se processará durante o período de pega do concreto.

3.11.5. CONTROLE

3.11.5.1. CONTROLE TECNOLÓGICO

Para garantir a integrabilidade dos materiais empregados e, consequentemente, a durabilidade dos serviços executados, devem ser executados os ensaios de controle dos agregados empregados na obra:

Dois ensaios de granulometria da mistura de agregados por dia de trabalho ou a cada 750 m3 de concreto, o que ocorrer primeiro.

Um ensaio de reatividade álcali-agregado, NBR 15577 (ABNT, 2008), por dia de trabalho ou a cada 2.500 m2 de sub-base, o que ocorrer primeiro;

As resistências especificadas para o concreto deverão ser comprovadas pela CONTRATADA por meio dos ensaios específicos, realizados em laboratórios comprovadamente idôneos e apresentados previamente ao início da obra à FISCALIZAÇÃO, sendo por ela aceitos ou rejeitados.

A resistência do concreto à tração na flexão será verificada em corpos de prova prismáticos, moldados no local da concretagem e submetidos à cura até o momento de determinação de sua resistência.

A resistência à tração na compressão diametral será determinada em corpos de prova cilíndricos moldados no local da concretagem, de acordo com o método DNER-ME 046 (DNER, 1998), e submetidos à cura até o momento da determinação de sua resistência, de acordo com o método NBR 7222 (ABNT, 2011).

A resistência do concreto à compressão simples será verificada em corpos de prova cilíndricos moldados no local da concretagem e submetidos à cura até o momento da determinação de sua resistência, de acordo com os métodos DNER-ME 046 (DNER, 1998) e DNER-ME 091 (DNER, 1998).

Devem ser moldados, no mínimo 04 (quatro) corpos de prova para cada 150 m² de pavimento ou para cada jornada de trabalho, retirado o concreto de pontos escolhidos, de modo a bem caracterizar a área concretada.

Cada grupo de 04 (quatro) corpos de prova caracterizará uma amostra. Para trechos correspondentes a, no mínimo, 32 corpos de prova ou, no máximo, 2.500 m² de pavimento, será efetuado estudo estatístico para aceitação tecnológica do trecho, de acordo com o que se estabelece a seguir.

O valor de resistência do trecho será calculado estatisticamente com os valores obtidos pela expressão:

∙ 10,84 ∙ .

100

onde:

: tensão de resistência do trecho;

: tensão média do trecho, aos 28 dias;

. : coeficiente de variação (em %).

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PROPRIEDADE DA INFRAERO

Serão aceitos os trechos que, simultaneamente:

Apresentarem, no máximo, 20% dos valores das amostras rompidas inferiores à resistência (rmin);

Não apresentarem nenhum valor de tensão inferior às tensões mínimas de ruptura para aceitação, aos 7 dias, a saber:

Compressão simples .................. 340 kg/cm²

Tração na flexão ......................... 50 kg/cm²

Dos sub-trechos que apresentarem amostras de resistências inferiores aos valores especificados anteriormente, a FISCALIZAÇÃO fará extrair, por placa, às expensas do EXECUTANTE, no mínimo 2 corpos de prova cilíndricos de geratrizes normais à superfície do pavimento, para serem submetidos a ensaio de ruptura.

Os trechos que apresentarem valores médios de tensões inferiores às de aceitação serão considerados suspeitos.

Destes trechos serão extraídos, no mínimo, 2 corpos de prova cilíndricos com 15cm de diâmetro, por placa, às expensas do Executante, e ensaiados por compressão simples até 90 dias de idade.

Quando a relação entre a altura e o diâmetro desses corpos de prova for inferior a 2, a resistência à compressão obtida deve ser multiplicada por um fator de correção, dado no quadro que se segue, a fim de ser comparável à resistência obtida em corpos de prova normais (15 cm x 30 cm).

Relação entre altura e diâmetro dos CP

Fator de correção

1,75 0,98

1,50 0,96

1,25 0,94

1,10 0,90

1,00 0,85

0,75 0,70

0,50 0,50

NOTA 1 - Outros valores poderão ser obtidos por interpolação.

NOTA 2 - Antes do ensaio de compressão, os topos dos CP´s deverão ser adequadamente capeados.

Toda placa, correspondente a corpos de prova extraídos que apresentarem valor médio de resistência à compressão inferior a 340 kgf/cm² será reconstruída às expensas da CONTRATADA.

Os corpos de prova extraídos das placas serão rompidos após 48 horas de imersão em água, sendo os ensaios executados de acordo com o método DNER-ME 091 (DNER, 1998).

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PROPRIEDADE DA INFRAERO

Quando a resistência média dos corpos de prova extraídos de uma placa for igual ou superior à resistência mínima já estabelecida, a placa será aceita quanto a esta exigência, impondo-se, contudo, que nos ensaios mecânicos realizados com os corpos de prova extraídos para efeito de aplicação do critério descrito, a idade dos mesmos, na ocasião da ruptura, seja no máximo de 90 dias; a conversão à idade de 28 dias se fará pelo uso de coeficientes experimentais.

3.11.5.2. CONTROLE GEOMÉTRICO

O pavimento de concreto pronto deverá ter a forma definida pelos alinhamentos, perfis, dimensões e seção transversal estabelecidos no projeto.

A tolerância de cotas, para efeito de aceitação ou rejeição dos serviços, é de 5,0 mm, para mais ou para menos, das do projeto, em cada ponto.

As depressões na superfície, quando verificadas com uma régua de 3,00 m de comprimento, deverão ser inferiores a 3mm.

Serão demolidas, às expensas da CONTRATADA, as placas necessárias ao atendimento do Controle Geométrico.

3.11.5.3. ABERTURA AO TRÁFEGO

O pavimento pronto só será aberto ao tráfego quando atingida a resistência mínima de aceitação, 28 dias após a concretagem da última placa e depois de verificado e recebido pela FISCALIZAÇÃO.

Quando houver necessidade de se antecipar a abertura ao tráfego, a FISCALIZAÇÃO poderá autorizá-la desde que as tensões de ruptura dos corpos de prova ensaiados com menos de 28 dias de idade tenham atingido as especificadas com a antecipação pretendida.

Satisfeitas as condições anteriores, a FISCALIZAÇÃO deverá levar em conta, antes da abertura ao tráfego, a necessidade de o sub-trecho estar dotado dos dispositivos indispensáveis à sua operação.

3.11.6. ACEITAÇÃO

Os serviços serão aceitos desde que atendam às exigências preconizadas nesta Especificação e rejeitados caso contrário.

Caso sejam rejeitados, deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

3.11.7. MEDIÇÃO

O serviço de execução das placas de concreto de cimento Portland serão medidos de acordo com os materiais empregados, conforme itens previstos na PSQ.

Importante esclarecer que só serão consideradas, para efeito de medição e posterior pagamento, as placas executadas conforme projeto e cujos ensaios de laboratório correspondentes comprovarem o cumprimento dos parâmetros de resistência de projeto em termos de fck (resistência característica do concreto à compressão simples) e fctk,f (resistência característica do concreto à tração na flexão).

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3.11.8. PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade com as medições referidas no item anterior, que remuneram o fornecimento dos materiais (cimento, agregados, aditivos, formas, aços, selantes, etc.)e respectivos ensaios de recebimento, as operações de serragem, transporte, cura e acabamento superficial, o controle tecnológico e geométrico, bem como os custos diretos e indiretos de todas as operações e equipamentos, encargos gerais, mão-de-obra e leis sociais, necessários à completa execução dos serviços.

3.11.9. ASPECTOS AMBIENTAIS

Os cuidados a serem observados, visando a preservação do meio ambiente, no decorrer das operações destinadas à execução do pavimento de concreto são:

3.11.9.1. NA EXPLORAÇÃO DAS OCORRÊNCIAS DE MATERIAIS

Atendimento às recomendações preconizadas na DNER-ES 281 (DNER, 1997).

No caso de material pétreo (agregado graúdo) deverão ser observados cuidados na exploração das ocorrências de materiais conforme indicado nos itens a seguir:

O material somente será aceito a executante apresentar licença ambiental de operação da pedreira, para arquivamento da cópia junto ao Livro de Ocorrências da Obra.

Evitar a localização da pedreira e instalações de britagem em área de preservação e planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após a retirada de todos os materiais e equipamentos.

Não provocar queimadas como forma de desmatamento.

As entradas de acesso deverão seguir as recomendações da DNER-ES 279 (DNER, 1997).

Deverão ser construídas junto às instalações de britagem bacias de sedimentação para redenção do pó de pedra, eventualmente produzido um excesso ou por lavagem de brita, evitando carreamento para cursos d’água.

Caso a brita seja fornecida por terceiros, exigir documentação atestando a regularidade das instalações, assim como sua operação junto ao órgão ambiental competente.

3.11.9.2. NA EXECUÇÃO

Os cuidados para a Preservação Ambiental referem-se à disciplina do tráfego e estacionamento dos equipamentos.

Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal, para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural.

As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos equipamentos devem ser localizadas, de forma que resíduos de lubrificante e/ou combustíveis não sejam levados até cursos d’água.

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3.12. PROTEÇÃO VEGETAL COM PLANTIO DE GRAMA EM MUDAS

3.12.1. OBJETIVO Esta especificação fixa as condições para execução de serviços de proteção

vegetal, com o fim de preservar as áreas expostas das faixas de pista e faixas de pista de táxi, dando-lhes condições de resistência à erosão.

Deve ser realizada considerando o controle da erosão, a proximidade de água para irrigação, os depósitos de materiais e de terra vegetal e, ainda, a ocorrência local das várias espécies possíveis de utilização no projeto, para usar o processo mais eficiente.

3.12.2. MATERIAIS

3.12.2.1. TERRA VEGETAL O material oriundo dos serviços de limpeza do terreno, após a aprovação da

FISCALIZAÇÃO,poderá ser reservado e estocado para aplicação em trabalhos de proteção vegetal.

Deve-se prever, ainda, a aquisição de outras fontes a fim de realizar melhoramentos e/ou restauração de trechos necessários.

3.12.2.2. ADUBOS E CORRETIVOS Deverão ser utilizados os fertilizantes corretivos químicos disponíveis

comercialmente, sempre que a análise do solo assim o indicar.

Caso se utilize adubo de origem animal, este deverá ser inerte e não poderá conter sementes de ervas quaisquer, palhas, pedras ou outros materiais estranhos.

3.12.2.3. MATERIAL DE COBERTURA Este material poderá ser: palha de arroz ou trigo, capim, sacos de juta, etc. Para

sustentação desse material serão utilizados: telas de arame ou náilon, ripas de madeira ou bambu, grampos de ferro, soluções asfálticas, adesivos plásticos, estacas de madeira, ou outros aprovados pela FISCALIZAÇÃO.

3.12.2.4. PREVENTIVOS QUÍMICOS E HERBICIDAS Contra as pragas e doenças, utilizar-se-ão produtos químicos específicos como

preventivos. Os herbicidas serão usados para destruir vegetação inconveniente ou daninha, no preparo do terreno para plantio.

3.12.2.5. GRAMÍNEAS As mudas serão de espécies, variedades e tamanhos aprovados pela

FISCALIZAÇÃO, após apresentadas pela CONTRADA em função da logística de fornecimento, satisfazendo às exigências de ordem sanitária e às condições de transporte e embalagem.

3.12.3. EQUIPAMENTOS Além dos utensílios comuns utilizados em horticultura (pá, enxada, carrinho de

mão, ancinho, cavadeira, enxadão, soquetes de madeira ou ferro, regadores, trado, foice, alfanje, etc.) deverá a CONTRATADA dispor dos seguintes equipamentos:

Trator de esteira ou de pneu, com plaina; Pá Carregadeira; Caminhão basculante; Caminhão de carroceria fixa;

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Carro-pipa com dispositivo para rega; Trado mecânico para abertura de covas; Máquina para escarificação de áreas inclinadas; Máquina para extração de leivas; Equipamento para tratamento de pragas e doenças; Segadeira mecânica; e Semeador de grama.

3.12.4. EXECUÇÃO

3.12.4.1. PREPARO DO SOLO Revolvimento e/ou escarificação do solo; nivelamento do terreno no greide ou

seção transversal; drenagem da área; e camada de terra vegetal.

3.12.4.2. IRRIGAÇÃO Será feita com equipamento apropriado, não se admitindo adoção de métodos

impróprios que possam comprometer a estabilidade dos maciços. Deverá ser iniciada à medida que a semeadura for sendo realizada.

3.12.5. CONTROLE O controle de execução dos serviços será feito pela FISCALIZAÇÃO, que exigirá a

correta aplicação destas Especificações e de outras indicadas no Contrato.

3.12.6. ACEITAÇÃO Serão aceitas somente as áreas, onde após inspeção da FISCALIZAÇÃO, for

verificada que a plantação das mudas efetivamente ocorreu.

3.12.7. MEDIÇÃO A medição dos serviços será realizada pela determinação da área em

m2efetivamente tratada.

3.12.8. PAGAMENTO Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade com

a medição referida no item anterior, que remuneram, além do fornecimento dos materiais, o transporte, o solo de cobertura, irrigação, perdas, a mão-de-obra com encargos sociais, equipamentos necessários aos serviços e outros recursos utilizados na execução dos serviços bem como os custos diretos e indiretos de todas as operações necessários à sua completa execução.

3.12.9. ASPECTOS AMBIENTAIS Na execução dos serviços de proteção vegetal deverá ser observada a disciplina

do tráfego e do estacionamento dos equipamentos, de modo a evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural através do tráfego desordenado dos equipamentos fora da área a ser pavimentada.

Cuidado especial deverá ser tomado para evitar que resíduos de lubrificantes e/ou combustíveis não sejam levados até cursos d’água, observando-se o local apropriado ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos equipamentos.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. Cimento Portland comum. NBR 5732, 1991;

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. Cimento Portland de alto-forno. NBR 5735, 1991;

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. Solo ou agregado miúdo - Determinação do equivalente de areia - Método de ensaio. NBR 12052, 1992;

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. Agregado graúdo - Verificação da adesividade a ligante betuminoso - Método de ensaio. NBR 12583, 1992;

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. Solo - Determinação do limite de liquidez. NBR 6459, 1984;

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas Materiais asfálticos - Determinação da penetração. NBR 6576, 2007;

ABNT, Associação Brasileira de Normas TécnicasDerivados de petróleo - Determinação dos pontos de fulgor e de combustível em vaso aberto Cleveland. NBR 11341, 2008;

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. Solo - Determinação do limite de plasticidade. NBR 7180, 1984;

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. Agregado miúdo - Verificação da adesividade a ligante betuminoso - Método de ensaio. NBR 12584, 1992;

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. Agregados - Reatividade álcali-agregado. NBR 15577, 2008;

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado - Especificação. NBR 7480, 2007;

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. Dosagem de misturas betuminosas pelo método Marshall - Procedimento. NBR 12891, 1993;

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. NM 67, 1998;

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. Concreto e argamassa - Determinação da resistência à tração por compressão diametral de corpos de prova cilíndricos. NBR 7222, 2011;

ANAC, Agência Nacional de Aviação Civil. Regulamento Brasileiro da Aviação Civil RBAC 154. 2009;

ANAC, Agência Nacional de Aviação Civil. “Resistência de Pavimentos do Aeródromos”.Instrução de Aviação Civil – IAC 157-1001. 2008;

Brasil, Departamento de Aviação Civil (DAC). “Requisitos de Resistência à Derrapagem para Pistas de Pouso e Decolagem”. Instrução de Aviação Civil – IAC 4302. 2001;

Brasil, Diretoria de Engenharia da Aeronáutica. “Normas de Infra-estrutura”, Normas de serviço do Ministério da Aeronáutica, NSMA 85-2, Rio de Janeiro, 1979;

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Brasil, Diretoria de Engenharia da Aeronáutica (DIRENG). “Método de Ensaio do Índice de Suporte Califórnia”, ME-01, Ministério da Aeronáutica, Rio de Janeiro, 1987;

Brasil, Diretoria de Engenharia da Aeronáutica (DIRENG). “Método Para Estimar a Percentagem de Material Dentro dos Limites da Especificação”, MC-01, Rio de Janeiro;

Brasil, Comando da Aeronáutica. “Dispõe sobre as restrições relativas as implantações que possam afetar adversamente a segurança e a regularidade das operações aéreas, e dá outras providencias”, Portaria 256/GC5, 13 de Maio de 2011;

DNER, Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Terraplenagem - caminhos de serviço. DNER-ES 279, 1997;

DNER, Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Material Betuminoso - determinação da viscosidade Saybolt-Furol a alta temperatura método da película delgada. DNER-ME 004, 1994;

DER/SP, Departamento Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo. Sub-base ou base de solo-cal. ET-DE-P00/005, abril/2006.

DNER, Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Solos - análise granulométrica por peneiramento. DNER-ME 080, 1994;

DNER, Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Misturas betuminosas - percentagem de betume. DNER-ME 053, 1994;

DNER, Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Concreto - moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou primáticos. DNER-ME 046, 1998;

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FAA, Federal Aviation Administration. “Airport Pavement Design and Evaluation”. Advisory Circular AC150-5320-6E. 30 set. 2009.

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