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Religião e deuses do Egito Antigo Curta e Compartilhe! Por Pedro Augusto O Egito, há cerca de 3000 anos a .C, teve em sua religião algo muito peculiar. Inicialmente era uma religião politeista , ou seja, acreditava em várias divindades e até mesmo em forças danatureza . Sua importância na sociedade egípcia era tão grande que nós podemos encontrar suas influências até na forma de governo do estado. O Egito era um estado Teocrático, onde as ações politicas, juridicas e sociais eram submetidas as normas da religião e o administrador (o faraó ) governava em nome dos deuses. O Faraó tinha todos os poderes em suas mãos e assumia várias funções, sendo considerado a personificação de deus na terra. Assim, podemos perceber a importancia que a sociedade egipcia dava a religião. Mas os egípcios não cultuavam apenas formas personificadas de deuses. Muito pelo contrário. Em alguns casos cultuavam também animais através de algumas atitudes que os faziam acreditar que os próprios eram a encarnação dos deuses na terra. Por exemplo, se por algum motivo certa cidade seria invadida por inumeros ratos, quem de fato ajudaria a resolver esse problema ? Sim, gatos. Se o gato conseguisse ajudar esse meu problema com os ratos seria obviamente cultuado e considerado uma encarnação divina. Outro exemplo, o cachorro poderia muito bem me auxiliar na caça, dessa maneira ele seria cultuado, pois estavam ajudando. O gado poderia auxiliar na agricultura, dessa maneira também não deixaria de ser cultuado. Seguindo esse raciocinio de que os animais estivessem sempre ajudando os humano no dia

Egito Religião e Deuses

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Deuses. Egito.

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Page 1: Egito Religião e Deuses

Religião e deuses do Egito AntigoCurta e Compartilhe!

Por Pedro Augusto

O Egito, há cerca de 3000 anos a .C, teve em sua religião algo muito peculiar.

Inicialmente era uma religião politeista, ou seja, acreditava em várias

divindades e até mesmo em forças danatureza.

Sua importância na sociedade egípcia era tão grande que nós podemos

encontrar suas influências até na forma de governo do estado. O Egito era um

estado Teocrático, onde as ações politicas, juridicas e sociais eram submetidas

as normas da religião e o administrador (o faraó) governava em nome dos

deuses.

O Faraó tinha todos os poderes em suas mãos e assumia várias funções,

sendo considerado a personificação de deus na terra. Assim, podemos

perceber a importancia que a sociedade egipcia dava a religião.

Mas os egípcios não cultuavam apenas formas personificadas de deuses.

Muito pelo contrário. Em alguns casos cultuavam também animais através de

algumas atitudes que os faziam acreditar que os próprios eram a encarnação

dos deuses na terra. Por exemplo, se por algum motivo certa cidade seria

invadida por inumeros ratos, quem de fato ajudaria a resolver esse problema ?

Sim, gatos. Se o gato conseguisse ajudar esse meu problema com os ratos

seria obviamente cultuado e considerado uma encarnação divina. Outro

exemplo, o cachorro poderia muito bem me auxiliar na caça, dessa maneira ele

seria cultuado, pois estavam ajudando. O gado poderia auxiliar na agricultura,

dessa maneira também não deixaria de ser cultuado. Seguindo esse raciocinio

de que os animais estivessem sempre ajudando os humano no dia a dia é que

os faziam acreditar que os animais eram seres vivos divinos.

Porém muitas vezes podemos encontrar não somente divindades

personificadas (o que vamos chamar de antropomorfismo), nem apenas figuras

de animais (o que vamos chamar de zoomorfismo), mas muitas figuras que

misturam a figura de homens com a figura de animais (o que vamos chamar

de antropozoomorfismo) o caso de deus Horus, onde é visto o corpo humano,

mas a cabeça de uma águia.

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O deus Hórus, como já dito, é um típico exemplo de antropozoomorfismo, foi o

deus falcão, filho de Ísis e Osíris, cultuado como o sol nascente. Ísis é uma

deusa de caráter humano, foi esposa de Osíris, mãe de Hórus, protegia a

vegetação e era a deusa das águas e das sementes. Já Osíris era deus dos

mortos, tinha também uma figura humana, era deus também da vegetação e da

fecundidade, era representado pelo rio Nilo. De acordo com a mitologia egípcia,

era Osíris que buscava as almas dos mortos para serem julgadas em seu

Tribunal. Enquanto Set era um deus maligno, irmão de Osiris, e mesmo assim

é colocado como seu grande inimigo, é deus da desordem, da traição, do

ciúme, da inveja, do deserto, da guerra, dos animais e serpentes. Sua imagem

também está relacionada ao antropozoomorfismo, onde sua aparência está

assossiada a vários animais como cachorro, crocodilo, porco, asno e

escorpião.

É importante citar também que, através de fontes historicas, nós podemos

perceber que a morte tinha uma grande importancia na religão do Egito Antigo.

Um dos pilares dessa religião é acreditar na vida após a morte, ou melhor

dizendo, na imortalidade. Através dessa ideia nós podemos entender o porque

da mumificação, que era uma maneira de conservação dos corpos.

Essa ideia de conservação parte do princípio de que a vida, o ser humano, é

fruto de uma aliança de Ká (corpo) e Rá (alma), e no momento da morte, Rá

(ou a alma), deixaria o corpo. Porém, ela poderia retornar, e é por esse motivo

que conservariam o corpo, pois se por algum motivo, Rá querer voltar e o corpo

estivesse em más condições o indivíduo não voltaria a vida.

Dessa maneira podemos perceber que a religiosidade estava diretamente

ligada em todos os parâmetros culturais, sociais e políticas do Egito antigo.

Fontes:

http://mythologya.vilabol.uol.com.br/deuseseg.htm

http://magiadooriente.vilabol.uol.com.br/mitologia.htm

http://www.imagick.org.br/pagmag/sistmag/deuses.html