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GRUPO 2013

EIA Porto Do PIM - Volume 5

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GRUPO

2013

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral i

ÍNDICE GERAL

VOLUME 1

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 1

2. INFORMAÇÕES GERAIS ............................................................................................ 2

2.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR ....................................................................... 2

2.2 EMPRESA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO EIA-RIMA ........................................ 2

2.3 LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ...................................................................... 3

2.4 OBJETO DO EIA-RIMA ........................................................................................... 15

2.5 EQUIPE TÉCNICA .................................................................................................. 18

3. JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO ................................................................. 29

3.1 JUSTIFICATIVA SOCIOECONÔMICA ........................................................................ 29

3.2 JUSTIFICATIVA LOCACIONAL ................................................................................. 31

3.3 JUSTIFICATIVA TÉCNICA ....................................................................................... 31

3.3.1 Modal Rodoviário .......................................................................................... 31

3.3.2 Modal Ferroviário .......................................................................................... 35

3.3.3 Modal Aeroviário ........................................................................................... 37

3.3.4 Modal Hidroviário .......................................................................................... 38

3.4 JUSTIFICATIVA AMBIENTAL ................................................................................... 42

3.5 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 42

4. ABORDAGEM METODOLÓGICA GERAL ................................................................... 43

4.1 PREMISSAS ........................................................................................................... 43

4.2 ASPECTOS LEGAIS ................................................................................................ 44

4.3 PROJETOS E ATIVIDADES COLOCALIZADOS ............................................................ 45

4.4 ESTUDO DE ALTERNATIVAS ................................................................................... 45

4.5 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .............................................................. 45

4.6 ÁREAS DE INFLUÊNCIA PRELIMINARES (ÁREAS DE ESTUDO) ................................... 46

4.7 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA PRELIMINARES ................... 46

4.8 AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS E PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS 49

4.9 PLANOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS ...................................................................... 50

4.10 PROGNÓSTICO ...................................................................................................... 51

4.11 MATERIAL CARTOGRÁFICO .................................................................................... 51

5. ASPECTOS LEGAIS .................................................................................................. 54

5.1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 54

5.2 TEMAS EM DESTAQUE ........................................................................................... 54

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral ii

5.2.1 Licenciamento ............................................................................................... 54

5.2.1.1 Licenciamento ambiental .................................................................................. 54

5.2.1.2 Uso e Ocupação do Solo .................................................................................. 58

5.2.1.3 Aspectos regulatórios da atividade portuária ...................................................... 59

5.2.2 Legislação Florestal ....................................................................................... 61

5.2.3 Áreas de Preservação Permanente (APPs) ....................................................... 63

5.2.4 Qualidade e Proteção dos Recursos Hídricos e dos Mananciais .......................... 64

5.2.5 Compensação Ambiental - Snuc ...................................................................... 65

5.2.6 Legislação de Navegação ............................................................................... 67

5.3 LEGISLAÇÃO ......................................................................................................... 68

5.3.1 LEGISLAÇÃO FEDERAL ........................................................................................... 68

5.3.2 LEGISLAÇÃO ESTADUAL ......................................................................................... 72

5.3.3 Legislação Municipal .................................................................................... 73

6. PROJETOS E ATIVIDADES COLOCALIZADOS .......................................................... 75

6.1 PROJETOS E ATIVIDADES DE MESMA TIPOLOGIA .................................................... 75

6.1.1 Porto Público de Manaus (Porto Organizado) ................................................... 77

6.1.2 TUP Super Terminais ..................................................................................... 82

6.1.3 TUP Porto Chibatão ....................................................................................... 85

6.1.4 Terminal Portuário das Lajes (projeto) ............................................................ 89

6.2 USOS E ATIVIDADES EXISTENTES NA ÁREA DE EXPANSÃO DO PORTO ORGANIZADO DE MANAUS .......................................................................................................... 90

6.2.1 Instalações da Companhia Siderúrgica da Amazônia (Siderama) ........................ 92

6.2.2 Instalações da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) ............. 94

6.2.3 Faixa de duto de gás natural e de fibra óptica da Petrobras (gasoduto Urucu-Coari-Manaus) ..................................................................................................... 94

6.2.4 Instalações de empresas de transporte de cargas Ro-Ro Caboclo ...................... 96

6.2.5 Rodovia BR-319, Porto da Ceasa e Balsas .......................................................100

6.2.6 Vila da Felicidade .........................................................................................103

6.3 O EMPREENDIMENTO NO CONTEXTO DOS PROJETOS E ATIVIDADES COLOCALIZADOS ...........................................................................................................................103

7. ESTUDO DE ALTERNATIVAS ................................................................................. 112

7.1 ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS ............................................................................112

7.2 ALTERNATIVAS LOCACIONAIS ...............................................................................114

7.2.1 Eventuais alternativas regionais .....................................................................116

7.2.2 Características específicas da área do empreendimento ...................................120

7.3 ALTERNATIVA DE NÃO IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................120

8. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .......................................................... 121

8.1 APRESENTAÇÃO ...................................................................................................121

Page 4: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral iii

8.1.1 Informações Gerais ......................................................................................121

8.1.2 Localização Geográfica .................................................................................122

8.2 DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO ......................................................................123

8.2.1 Premissas do Projeto Básico ..........................................................................124

8.2.1.1 Capacidade Operacional ..................................................................................124

8.2.1.2 Layout do Projeto Básico .................................................................................125

8.2.1.3 Faseamento do Projeto Básico .........................................................................126

8.2.2 Instalações Projetadas ..................................................................................129

8.2.3 Equipamentos ..............................................................................................152

8.2.4 Acessos terrestre e hidroviário .......................................................................153

8.2.5 Plano de Desenvolvimento ............................................................................154

8.3 AÇÕES DA FASE DE PLANEJAMENTO ......................................................................154

8.3.1 Certame Público ...........................................................................................154

8.3.2 Levantamento Topográfico ............................................................................155

8.3.3 Levantamento Batimétrico ............................................................................157

8.3.3.1 Implantação do Cais Flutuante ........................................................................157

8.3.3.2 Pontos de restrição de calado na navegação .....................................................159

8.3.4 Estudo de Viabilidade Econômica e financeira .................................................161

8.4 AÇÕES DA FASE DE INSTALAÇÃO ..........................................................................161

8.4.1 Infraestrutura de apoio (canteiros de obra) ....................................................161

8.4.2 Sistemas de infraestrutura para canteiro de obra ............................................163

8.4.3 Demanda de mobilização de mão de obra para implantação ............................164

8.4.4 Métodos construtivos ....................................................................................165

8.4.4.1 Terraplenagem e contenção ............................................................................165

8.4.4.2 Compartilhamento de faixa de duto de gás natural e de fibra óptica ...................168

8.4.4.3 Pavimentação do pátio de contêineres .............................................................170

8.4.4.4 Flutuante .......................................................................................................172

8.4.4.5 Demolições ....................................................................................................172

8.4.5 Cronograma .................................................................................................173

8.4.6 Valor do investimento ...................................................................................175

8.5 AÇÕES DA FASE DE OPERAÇÃO .............................................................................175

8.5.1 Carga a ser movimentada .............................................................................175

8.5.2 Movimentação de embarcações .....................................................................176

8.5.3 Transporte terrestre rodoviário de cargas .......................................................176

8.5.4 Sistemas de infraestrutura para a operação ....................................................177

8.5.4.1 Água .............................................................................................................178

8.5.4.2 Sistemas de Água Não Potável e de Combate a Incêndio ...................................178

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral iv

8.5.4.3 Esgoto ...........................................................................................................179

8.5.5 DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS ...........................................................................181

8.5.6 RESÍDUOS ...........................................................................................................183

8.5.7 FORNECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ......................................184

8.5.8 IDENTIFICAÇÃO DE ASPECTOS AMBIENTAIS E DE PERIGOS À SAÚDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES E RESPECTIVOS PROCEDIMENTOS DE CONTROLE. ...............187

8.5.9 Mão de obra (fase de operação) ....................................................................195

8.6 DESATIVAÇÃO .....................................................................................................195

9. ÁREAS DE INFLUÊNCIA PRELIMINARES (ÁREAS DE ESTUDO) ............................. 196

9.1 CRITÉRIOS CONSIDERADOS NA DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA PRELIMINARES (ÁREAS DE ESTUDO) .....................................................................196

9.2 ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA (AII) PRELIMINAR ................................................197

9.2.1 Meio Físico e Meio Biótico .............................................................................197

9.2.2 Meio Socioeconômico ...................................................................................199

9.3 ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID) PRELIMINAR ..................................................201

9.3.1 MEIO FÍSICO E MEIO BIÓTICO ..............................................................................201

9.3.2 Meio Socioeconômico ...................................................................................203

9.4 ÁREA DIRETAMENTE AFETADA (ADA) PRELIMINAR .................................................205

VOLUME 2

10. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA PRELIMINARES (ÁREAS DE ESTUDO) ............................................................................................................. 1

10.1 MEIO FÍSICO .......................................................................................................... 1

10.1.1 GEOLOGIA .................................................................................................... 2

10.1.2 GEOMORFOLOGIA ....................................................................................... 10

10.1.3 CLIMA ........................................................................................................ 19

10.1.4 CARACTERIZAÇÃO FLUVIOMÉTRICA E REGIME DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL ................................................................................................................. 27

10.1.5 RECURSOS HÍDRICOS ................................................................................. 37

10.1.6 QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS ........................................................ 41

10.1.7 QUALIDADE DOS SEDIMENTOS SUPERFICIAIS .............................................. 74

10.1.8 COMPORTAMENTO HIDRODINÂMICO E TRANSPORTE DE SEDIMENTOS .........100

10.1.9 PASSIVOS AMBIENTAIS ..............................................................................113

10.1.10 CONCLUSÃO/SÍNTESE DOS ASPECTOS DO MEIO FÍSICO .............................172

Page 6: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral v

VOLUME 3

10. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA PRELIMINARES (ÁREAS DE ESTUDO) ............................................................................................................. 1

10.2 MEIO BIÓTICO ........................................................................................................ 1

10.2.1 VEGETAÇÃO .................................................................................................. 1

10.2.2 FAUNA TERRESTRE ..................................................................................... 64

10.2.3 BIOTA AQUÁTICA .......................................................................................173

10.2.4 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E OUTRAS ÁREAS LEGALMENTE PROTEGIDAS ...... ................................................................................................................271

10.2.5 CONCLUSÃO/SÍNTESE MEIO BIÓTICO COM ENFOQUE NO EMPREENDIMENTO .... ................................................................................................................284

VOLUME 4

10. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA PRELIMINARES (ÁREAS DE ESTUDO) ............................................................................................................. 1

10.3 MEIO SOCIOECONÔMICO ........................................................................................ 1

10.3.1 Inserção Regional .......................................................................................... 3

10.3.2 Uso e Ocupação do Solo e Ordenamento Territorial ........................................ 11

10.3.3 Aspectos Demográficos e Caracterização Populacional .................................... 22

10.3.4 Aspectos Econômicos ................................................................................... 63

10.3.5 Condições de Vida ....................................................................................... 83

10.3.6 Mobilidade Urbana ......................................................................................103

10.3.7 Balneabilidade ............................................................................................111

10.3.8 Patrimônio Histórico e Arqueológico .............................................................112

10.3.9 Histórico de Acidentes.................................................................................147

10.3.10 Conclusão/Síntese Meio Socioeconômico com Enfoque no Empreendimento ..150

VOLUME 5

11. AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS E PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS ......................................................................................................... 1

11.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1

11.2 MÉTODO ................................................................................................................ 1

11.2.1 Identificação de impactos ............................................................................... 1

11.2.2 Caracterização dos impactos .......................................................................... 5

11.3 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ......................................................... 8

11.3.1 Impactos sobre o Meio Físico ........................................................................ 12

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral vi

11.3.1.1 Fase de Planejamento .................................................................................... 12

11.3.1.2 Fase de Implantação ...................................................................................... 14

11.3.1.3 Fase de Operação .......................................................................................... 21

11.3.2 Impactos sobre o Meio Biótico ...................................................................... 26

11.3.2.1 Fase de Planejamento .................................................................................... 26

11.3.2.2 Fase de Implantação ...................................................................................... 29

11.3.2.3 Fase de Operação .......................................................................................... 43

11.3.3 Impactos sobre o Meio Socioeconômico......................................................... 53

11.3.3.1 Fase de Planejamento .................................................................................... 53

11.3.3.2 Fase de Implantação ...................................................................................... 57

11.3.3.3 Fase de Operação .......................................................................................... 66

11.3.4 Componentes ambientais não impactados ..................................................... 77

11.3.4.1 Unidades de Conservação e Outras Áreas Legalmente Protegidas ...................... 78

11.3.4.2 Tombamento do Encontro das Águas .............................................................. 78

11.3.4.3 Comunidades Tradicionais .............................................................................. 79

11.3.4.4 Atividade de Pesca ......................................................................................... 79

11.3.4.5 Vila da Felicidade ........................................................................................... 80

11.3.4.6 Uso e Ocupação do Solo ................................................................................. 80

11.4 SÍNTESE E CONCLUSÕES DOS IMPACTOS ............................................................... 81

11.5 DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA ............................................................. 96

11.5.1 Área de Influência Indireta – AII. .................................................................. 96

11.5.2 Área de Influência Direta – AID. ................................................................... 96

11.5.3 Área Diretamente Afetada – ADA. ................................................................. 97

12. PLANOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS .....................................................................102

12.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................102

12.2 PROGRAMAS ........................................................................................................104

12.2.1 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL ..................................................................106

12.2.1.1 Apresentação e Justificativa ...........................................................................106

12.2.1.2 Objetivos .....................................................................................................108

12.2.1.3 Indicadores e Metas ......................................................................................109

12.2.1.4 Procedimentos Metodológicos e Atividades .....................................................115

12.2.1.5 Aspectos Ambientais e de Saúde e Segurança .................................................122

12.2.1.6 Público Alvo .................................................................................................122

12.2.1.7 Recursos Materiais e Humanos ......................................................................122

12.2.1.8 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais .............................................123

12.2.1.9 Inter-relação com Outros Programas Ambientais .............................................124

12.2.1.10 Etapa do Empreendimento...........................................................................125

Page 8: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral vii

12.2.1.11 Cronograma de Execução ............................................................................125

12.2.1.12 Responsável pela Implementação do Programa .............................................125

12.2.1.13 Sistemas de Registro ...................................................................................125

12.2.2 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .................................126

12.2.2.1 Apresentação e Justificativa ...........................................................................126

12.2.2.2 Objetivos .....................................................................................................127

12.2.2.3 Indicadores e Metas ......................................................................................128

12.2.2.4 Metodologia, Procedimentos e Descrição do Programa .....................................130

12.2.2.5 Público Alvo .................................................................................................152

12.2.2.6 Recursos Materiais e Humanos ......................................................................152

12.2.2.7 Responsabilidade pela Implementação do Programa ........................................152

12.2.2.8 Interferência com Outros Programas Ambientais .............................................153

12.2.2.9 Etapa do Empreendimento e Cronograma .......................................................153

12.2.2.10 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais ...........................................153

12.2.2.11 Sistema de Registro ....................................................................................155

12.2.3 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS .........................156

12.2.3.1 Introdução ...................................................................................................156

12.2.3.2 Justificativa ..................................................................................................157

12.2.3.3 Objetivos .....................................................................................................158

12.2.3.4 Metas e Indicadores de Desempenho .............................................................158

12.2.3.5 Público Alvo .................................................................................................159

12.2.3.6 Procedimentos Metodológicos ........................................................................159

12.2.3.7 Responsável pela Implementação do Programa ...............................................164

12.2.3.8 Instituições Envolvidas ..................................................................................164

12.2.3.9 Recursos Materiais e Humanos ......................................................................165

12.2.3.10 Inter-relação com Outros Programas Ambientais ...........................................165

12.2.3.11 Atendimento a Requisitor Legais e Institucionais ...........................................165

12.2.3.12 Cronograma de Execução ............................................................................166

12.2.3.13 Acompanhamento e Avaliação (Sistemas de Registro) ....................................166

12.2.4 PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO – PCA-C.......................167

12.2.4.1. Apresentação e Justificativa ..........................................................................167

12.2.4.2. Objetivos ....................................................................................................167

12.2.4.3. Metas .........................................................................................................168

12.2.4.4. Descrição das Instalações e Fases de Implantação do Porto do PIM .................169

12.2.4.5. Descrição Geral das Atividades de Construção ................................................171

12.2.4.6. Procedimentos Metodológicos e Atividades ....................................................178

12.2.4.7. Aspectos Ambientais ....................................................................................196

Page 9: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral viii

12.2.4.8. Público Alvo ................................................................................................197

12.2.4.9 Recursos Materiais e Humanos ......................................................................197

12.2.4.10 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais ...........................................197

12.2.4.11 Inter-relação com Outros Programas Ambientais ...........................................200

12.2.4.12 Etapa do Empreendimento...........................................................................200

12.2.4.13 Cronograma de Execução ............................................................................200

12.2.4.14 Responsável pela Implementação do Programa .............................................200

12.2.4.15 Sistemas de Registro ...................................................................................201

12.2.5 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA ........................209

12.2.5.1 Apresentação e Justificativa ...........................................................................209

12.2.5.2 Objetivos .....................................................................................................209

12.2.5.3 Metas ..........................................................................................................209

12.2.5.4 Metodologia e Descrição do Programa ............................................................209

12.2.5.5 Aspectos Ambientais .....................................................................................212

12.2.5.6 Público-alvo .................................................................................................212

12.2.5.7 Recursos Materiais e Humanos ......................................................................213

12.2.5.8 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais .............................................213

12.2.5.9 Inter-relação com Outros Programas Ambientais .............................................213

12.2.5.10 Etapa do Empreendimento...........................................................................213

12.2.5.11 Cronograma de Execução ............................................................................213

12.2.5.12 Responsável pela Implementação do Programa .............................................213

12.2.5.13 Sistemas de Registro ...................................................................................214

12.2.6 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DOS SEDIMENTOS ..........214

12.2.6.1 Apresentação e Justificativa ...........................................................................214

12.2.6.2 Objetivos .....................................................................................................214

12.2.6.3 Metas ..........................................................................................................214

12.2.6.4 Metodologia e Descrição do Programa ............................................................214

12.2.6.5 Aspectos Ambientais .....................................................................................218

12.2.6.6 Público-Alvo .................................................................................................218

12.2.6.7 Recursos Materiais e Humanos ......................................................................218

12.2.6.8 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais .............................................219

12.2.6.9 Inter-relação com Outros Programas Ambientais .............................................219

12.2.6.10 Etapa do Empreendimento...........................................................................219

12.2.6.11 Cronograma de Execução ............................................................................219

12.2.6.12 Responsável pela Implementação do Programa .............................................219

12.2.6.13 Sistemas de Registro ...................................................................................219

12.2.7 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA FAUNA E BIOINDICADORES ................220

Page 10: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral ix

12.2.7.1 Subprograma de Monitoramento da Fauna de Vertebrados Terrestres ...............220

12.2.7.2 Subprograma de Monitoramento do Sauim-de-Coleira ......................................233

12.2.7.3 Subprograma de Monitoramento da Biota Aquática ..........................................236

12.2.8 PROGRAMA DE CONTROLE DE SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃO E RESGATE DE FAUNA ......................................................................................................250

12.2.8.1 Apresentação e justificativa ...........................................................................250

12.2.8.2 Objetivos .....................................................................................................251

12.2.8.3 Metas ..........................................................................................................252

12.2.8.4 Métodos.......................................................................................................252

12.2.8.5 Inspeção Ambiental ......................................................................................266

12.2.8.6 Elaboração de Relatório Técnico ....................................................................266

12.2.8.7 Responsáveis Técnicos ..................................................................................267

12.2.8.8 Público-Alvo .................................................................................................267

12.2.8.9 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais .............................................267

12.2.8.10 Interação com Outros Planos e Programas ....................................................267

12.2.8.11 Cronograma e Etapa do Empreendimento .....................................................268

12.2.8.12 Responsável Pela Implementação do Programa .............................................268

12.2.8.13 Sistemas de Registro ...................................................................................268

12.2.9 PROGRAMA DE CONTROLE DE VETORES E PRAGAS URBANAS .......................268

12.2.9.1 Apresentação e Justificativa ...........................................................................268

12.2.9.2 Objetivos .....................................................................................................268

12.2.9.3 Metas ..........................................................................................................268

12.2.9.4 Metodologia e Descrição do Programa ............................................................268

12.2.9.5 Aspectos Ambientais .....................................................................................269

12.2.9.6 Público-alvo .................................................................................................270

12.2.9.7 Recursos Materiais e Humanos ......................................................................270

12.2.9.8 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais .............................................270

12.2.9.9 Inter-relação com Outros Programas ..............................................................270

12.2.9.10 Etapa do Empreendimento...........................................................................270

12.2.9.11 Cronograma de Execução ............................................................................270

12.2.9.12 Responsável pela Implementação do Programa .............................................270

12.2.9.13 Sistemas de Registro ...................................................................................270

12.2.10 PROGRAMA DE PROSPECÇÃO E GESTÃO DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO .270

12.2.10.1 Apresentação e Justificativa .........................................................................271

12.2.10.2 Objetivos ...................................................................................................271

12.2.10.3 Metodologia e Descrição do Programa ..........................................................271

12.2.10.4 Recursos Materiais e Humanos .....................................................................271

Page 11: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral x

12.2.10.5 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais ...........................................272

12.2.10.6 Inter-relação com Outros Programas ............................................................272

12.2.10.7 Etapa do Empreendimento...........................................................................272

12.2.10.8 Cronograma de Execução ............................................................................272

12.2.10.9 Responsável pela Implementação do Programa .............................................272

12.2.10.10 Para as Ações de Educação Patrimonial .......................................................272

12.2.11 PROGRAMA DE CONTROLE AMBIENTAL DA OPERAÇÃO – PCA-O ..................273

12.2.11.1 Apresentação e Justificativa .........................................................................273

12.2.11.2 Objetivos ...................................................................................................274

12.2.11.3 Indicadores de Metas ..................................................................................274

12.2.11.4 Descrição das Instalaçõaes e Fases de Implantação do Porto do PIM ..............275

12.2.11.5 Procedimentos Metodológicos e Atividades ....................................................281

12.2.11.6 Público-Alvo ...............................................................................................294

12.2.11.7 Recursos Materiais e Humanos .....................................................................295

12.2.11.8 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais ...........................................295

12.2.11.9 Inter-relação com Outros Programas Ambientais ...........................................299

12.2.11.10 Etapa do Empreendimento .........................................................................299

12.2.11.11 Cronograma de Execução ..........................................................................299

12.2.11.12 Responsável pela Implementação do Programa ...........................................299

12.2.11.13 Sistemas de Registro .................................................................................300

12.2.12 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, SAÚDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES ......................................................................................301

12.2.12.1 Apresentação e Justificativa .........................................................................301

12.2.12.2 Objetivos ...................................................................................................302

12.2.12.3 Metas ........................................................................................................303

12.2.12.4 Metodologia e Descrição do Programa ..........................................................304

12.2.12.5 Público-Alvo ...............................................................................................311

12.2.12.6 Recursos Materiais e Humanos .....................................................................311

12.2.12.7 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais ...........................................312

12.2.12.8 Inter-relação com Outros Programas Ambientais ...........................................313

12.2.12.9 Etapa do Empreendimento...........................................................................313

12.2.12.10 Cronograma de execução ..........................................................................313

12.2.12.11 Responsável pela Implementação do Programa ...........................................313

12.2.12.12 Sistemas de Registro .................................................................................314

12.2.13 PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL .....................................................314

12.2.13.1. Apresentaçãoe Justificativa .........................................................................314

12.2.13.2 Objetivos ...................................................................................................314

Page 12: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xi

12.2.13.3 Metas ........................................................................................................315

12.2.13.4 Metodologia e Descrição do Programa ..........................................................315

12.2.13.5 Aspectos Ambientais ...................................................................................322

12.2.13.6 Público-Alvo ...............................................................................................322

12.2.13.7 Recursos Materiais e Humanos .....................................................................322

12.2.13.8 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais ...........................................322

12.2.13.9 Inter-relação com Outros Programas Ambientais ...........................................322

12.2.13.10 Etapa do Empreendimento .........................................................................323

12.2.13.11 Cronograma de Execução ..........................................................................323

12.2.13.12 Responsável pela Implementação do Programa ...........................................323

12.2.13.13 Sistemas de Registro .................................................................................323

12.2.14 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE ENDEMIAS ................................................323

12.2.14.1. Apresentação e Justificativa ........................................................................323

12.2.14.2 Objetivos ...................................................................................................324

12.2.14.3 Metas ........................................................................................................324

12.2.14.4 Metodologia e Descrição do Programa ..........................................................324

12.2.14.5 Aspectos Ambientais ...................................................................................326

12.2.14.6 Público-Alvo ...............................................................................................326

12.2.14.7 Recursos MAteriais e Humanos ....................................................................326

12.2.14.8 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais ...........................................326

12.2.14.9 Inter-relação com Outros Programas Ambientais ...........................................326

12.2.14.10 Etapa do Empreendimento .........................................................................326

12.2.14.11 Cronograma de Execução ..........................................................................326

12.2.14.12 Responsável pela Implementação do Programa ...........................................327

12.2.14.13 Sistemas de Registro .................................................................................327

12.2.15 PROGRAMA DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL (Snuc) ....................................327

12.2.15.1 Apresentação e Justificativa .........................................................................327

12.2.15.2 Cálculo do Valor da Compensação Ambiental .................................................328

12.2.15.3 Unidades de Conservação Inseridas na Área de Influência do Empreendimento333

13. PROGNÓSTICO ..................................................................................................... 335

13.1 CENÁRIO FUTURO COM A IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ............................335

13.2 CENÁRIO FUTURO SEM A IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ............................338

14. CONCLUSÃO ......................................................................................................... 340

Page 13: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xii

VOLUME 6

15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 1

16. ANEXOS .................................................................................................................. 36

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xiii

ANEXOS

VOLUME 6

ANEXO 1: TERMO DE REFERÊNCIA

ANEXO 2: LICENÇA AMBIENTAL PRÉVIA

ANEXO 2A: OFÍCIO Nº 1175/2012/SEP/PR

ANEXO 2B:LICENÇA PRÉVIA - LP 065/2012 1ªALTERAÇAO

ANEXO 2C: PUBLICAÇÃO LP 065/2012 1ª ALTERAÇÃO

ANEXO 2D: CARTA DE ENCAMINHAMENTO LP 065/20121ª ALTERAÇÃO - DE APMT PARA SEP

ANEXO 3: CERTIDÃO DE USO DO SOLO

ANEXO 4: OFÍCIO Nº 40-885/EMA-MB 041.12/2011

ANEXO 4A: OFÍCIO 1213/2012/SEP/PR

ANEXO 5: PORTARIAS SEP-PR

ANEXO 6: ANOTAÇÕES DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA – ARTS

ANEXO 7: CADEIA DE CUSTÓDIA DOS LABORATÓRIOS - ÁGUA

ANEXO 8: RELATÓRIO DE GARANTIA E CONTROLE DE QUALIDADE (QA/QC)

ANEXO 9: RELATÓRIO DE ENSAIO FÍSICO-QUÍMICOS DE ANÁLISES IN SITU - ÁGUA

ANEXO 10: RELATÓRIOS DE ENSAIOS ANALÍTICOS DE ANÁLISES LABORATORIAIS - ÁGUA

ANEXO 11: CADEIA DE CUSTÓDIA DO LABORATÓRIO - SEDIMENTO

ANEXO 12: RELATÓRIO DE ENSAIO FÍSICO-QUÍMICOS DE ANÁLISES IN SITU - SEDIMENTO

ANEXO 13: RELATÓRIOS DE ENSAIOS ANALÍTICOS DE ANÁLISES LABORATORIAIS - SEDIMENTO

ANEXO 14: MATRÍCULA DO IMÓVEL

ANEXO 15: CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO

ANEXO 16: RELATÓRIOS DE ENSAIOS ANALÍTICOS DE ANÁLISES LABORATORIAIS PASSIVO

ANEXO 17: INFORMAÇÃO Nº 24/2011 – DIAPR/DEAPGT/SEMMAS

ANEXO 18: RELATÓRIO APRESENTADO AO IPHAN (CD) E PROTOCOLO DE ENTREGA

ANEXO 19: DIÁRIO OFICIAL DO MUNICÍPIO DE MANAUS

ANEXO 20: AUTORIZAÇÃO NLA 012012

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xiv

DESENHOS

VOLUME 1

DESENHO LOCA 2.3-1: Localização do empreendimento ............................................................................ 4

DESENHO COLOC 6.1-1: Atividades de mesma tipologia .......................................................................... 76

DESENHO USOEX 6.2-1: Atividades na área de expansão do Porto Organizado de Manaus ........................ 91

DESENHO 03734-MA-00-DSK-0006: Faixa do gasoduto.......................................................................... 110

DESENHO 03734-MA-00-DSK-0003: Layout do Projeto Básico ................................................................ 127

DESENHO 03734-MA-00-DSK-0051: Fases de implantação do Porto do PIM ............................................ 128

DESENHO 03734-MA-00-DSK-0003: Layout do Projeto Básico ................................................................ 137

DESENHO 03734-MA-00-DSK-0036: Arranjo geral do cais e ponte de acesso .......................................... 138

DESENHO 03734-MA-00-DSK-0037: Arranjo geral do cais e ponte de acesso .......................................... 139

DESENHO 03734-MA-00-DSK-0038: Arranjo geral do módulo flutuante do cais ....................................... 140

DESENHO 03734-MA-00-DSK-0039: Plano de capacidade do módulo flutuante do cais ............................ 141

DESENHO APM 41: Arranjo geral do módulo do cais flutuante e da rampa flutuante ................................ 142

DESENHO APM 42: Arranjo geral do módulo do cais flutuante e da rampa flutuante ................................ 143

DESENHO APM 43: Arranjo geral do módulo do cais flutuante e da rampa flutuante ................................ 144

DESENHO 03734-MA-00-DSK-0025: Ponte fixa ...................................................................................... 145

DESENHO 03734-MA-00-DSK-0050: Armazém de Consolidação e Desconsolidação .................................. 146

DESENHO 03734-MA-00-DSK-0007a: Portão de entrada ........................................................................ 147

DESENHO 03734-MA-00-DSK-0007b: Portão de saída ............................................................................ 148

DESENHO APM 14: Estacionamento de caminhões ................................................................................ 149

DESENHO APM 13: Projeto básico de arquitetura do edifício administrativo............................................. 150

DESENHO APM 22: Área para produtos perigosos ................................................................................. 151

DESENHO PLANBAT 8.3-1: Levantamento planialtimétrico ..................................................................... 156

DESENHO BATIM 8.3.3-1: Levantamento Batimétrico ............................................................................ 158

DESENHO 03734-MA-00-DSK-0002: Muros de contenção (corte e aterro) ............................................... 167

DESENHO 03734-MA-00-DSK-0006: faixa do gasoduto .......................................................................... 169

DESENHO 03734-MA-00-DSK-0030: Projeto de Pavimentação (tipos de pavimentos) ............................... 171

DESENHO 03734-MA-00-DSK-0035: sistema de água e de esgoto .......................................................... 180

DESENHO 03734-MA-00-DSK-0033: Sistema de drenagem .................................................................... 182

DESENHO 03734-MA-00-DSK-0048: Subestações, redes de média e baixa tensão ................................... 186

DESENHO AIIFB 9.2-1: Área de Influência Indireta Preliminar – AII – Meio Físico e Biótico ...................... 198

DESENHO AIISE 9.2-2: Área de Influência Indireta Preliminar – AII – Meio Socioeconômico .................... 200

DESENHO AIDFB 9.3-1: Área de Influência Direta Preliminar – AID – Meio Físico e Biótico ....................... 202

DESENHO AIDSE 9.3-2: Área de Influência Direta Preliminar – AID – Meio Socioeconômico ..................... 204

DESENHO ADA 9.4-1: Área Diretamente Afetada – ADA ......................................................................... 206

Page 16: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xv

VOLUME 2

DESENHO GEOLAII 10.1.1.3-1: Mapa Geológico AII/AID............................................................................ 4

DESENHO GEOLADA 10.1.1.5-1: Mapa Geológico ADA ............................................................................... 9

DESENHO GEOMORFAII 10.1.2.3-1: Mapa Geomorfológico AII/AID .......................................................... 13

DESENHO GEOMORFADA 10.1.2.5-1: Mapa Geomorfológico ADA ............................................................. 18

DESENHO AGUA 10.1.6-1: Mapa pontos de coleta de água superficial ...................................................... 43

DESENHO AGUA 10.1.6-2: Mapa pontos de amostragem de dados históricos de água superficial ............... 50

DESENHO SEDI 10.1.7-1: Mapa pontos de coleta de sedimentos superficiais ............................................ 76

DESENHO SEDI 10.1.7-2: Mapa pontos de amostragem de dados históricos de sedimento superficial ........ 81

DESENHO PAS 10.1.9.3.2: Identificação das instalações existentes ........................................................ 120

DESENHO PAS 10.1.9.3.3.2: Localização dos pontos de sondagem ......................................................... 125

VOLUME 3

DESENHO VEG 10.2.1-1: Pontos de amostragem de vegetação AID/ADA .................................................... 5

DESENHO VEG 10.2.1-2: Cobertura vegetal AII ....................................................................................... 16

DESENHO VEG 10.2.1-3: Cobertura vegetal AID ...................................................................................... 31

DESENHO VEG 10.2.1-4: Cobertura vegetal ADA ..................................................................................... 41

DESENHO VEG 10.2.1-5: Áreas de preservação permanente incidentes na AID e ADA ............................... 62

DESENHO MASTOTE 10.2.2.1-1: Pontos de amostragem de mastofauna terrestre ..................................... 69

DESENHO AVI 10.2.2.2-1: Pontos de amostragem de avifauna .............................................................. 102

DESENHO HERP 10.2.2.3-1: Pontos de amostragem de herpetofauna..................................................... 140

DESENHO ARTRO 10.2.2.4-1: Pontos de amostragem da artropodofauna ............................................... 163

DESENHO MASTOAQ 10.2.3.1-1: Pontos de amostragem de mastofauna aquática .................................. 175

DESENHO QUEL 10.2.3.2-1: Pontos de amostragem de quelônios .......................................................... 184

DESENHO ICTIO 10.2.3.3-1: Pontos de amostragem de ictiofauna ......................................................... 193

DESENHO BENTOS 10.2.3.4-1: Pontos de amostragem de macroinvertebrados bentônicos ...................... 240

DESENHO ZOOFITO 10.2.3.5-1: Pontos de amostragem de zooplâncton e fitoplâncton ........................... 245

DESENHO UCAII 10.2.4-1: Unidades de conservação e outras áreas legalmente protegidas – AII ............ 277

DESENHO UCAID 10.2.4-2: Unidades de conservação e outras áreas legalmente protegidas – AID e ADA 279

DESENHO MMA 10.2.4.5-1: Áreas Prioritárias ........................................................................................ 282

VOLUME 4

DESENHO USOLO 10.3.2-1: Uso do solo na AII ....................................................................................... 17

DESENHO USOLO 10.3.2-2: Uso do solo na AID ...................................................................................... 20

DESENHO USORLA 10.3.2-3: Atividades desenvolvidas na orla do rio Negro ............................................. 21

DESENHO TERIND 10.3.3.9-1: Terras Indígenas ..................................................................................... 48

DESENHO CORIB 10.3.3.9-2: Comunidades Ribeirinhas ........................................................................... 51

Page 17: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xvi

DESENHO QUILOMB 10.3.3.9-3: Quilombolas ......................................................................................... 53

DESENHO TMB 10.3.8-1: Tombamento Encontro das Águas .................................................................. 132

DESENHO SITARQ 10.3.8-1: Sítios arqueológicos AII............................................................................. 143

DESENHO SITARQ 10.3.8-2: Sítios arqueológicos AID ........................................................................... 144

DESENHO SITARQ 10.3.8-3: Sítios arqueológicos ADA ........................................................................... 145

DESENHO SITARQ 10.3.8-4: Sítio Siderama .......................................................................................... 146

VOLUME 5

DESENHO AI 11.5-1: AII do Porto do PIM ............................................................................................... 98

DESENHO AI 11.5-2: AID do Porto do PIM (MEIO FÍSICO E BIÓTICO) ...................................................... 99

DESENHO AI 11.5-3: AID do Porto do PIM (MEIO SOCIOECONÔMICO) .................................................. 100

DESENHO AI 11.5-4: ADA do Porto do PIM ........................................................................................... 101

DESENHO AGU 12.2.5-1: Pontos de monitoramento de água superficial ................................................. 210

DESENHO SED 12.2.6-1: Pontos de monitoramento de sedimentos superficiais ....................................... 216

DESENHO HERP 12.2.7-1: Pontos de monitoramento da herpetofauna terrestre ...................................... 225

DESENHO MAST 12.2.7-1: Pontos de monitoramento da mastofauna terrestre ........................................ 226

DESENHO AVI 12.2.7-1: Pontos de monitoramento da avifauna terrestre e aquática ............................... 227

DESENHO ZOOFITO 12.2.7-1: Pontos de monitoramento de fitoplâncton e zooplâncton .......................... 238

DESENHO BENT 12.2.7-1: Pontos de Monitoramento de Macroinvertebrados Bentônicos ......................... 240

DESENHO ICTI 12.2.7-1: Pontos de monitoramento de ictiofauna .......................................................... 243

DESENHO MAM 12.2.7-1: Pontos de monitoramento de mastofauna aquática ......................................... 245

DESENHO QUEL 12.2.7-1: Pontos de monitoramento de quelônios ......................................................... 248

DESENHO 03734-MA-00-DSK-0003: Layout Porto do PIM ...................................................................... 278

Page 18: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xvii

FIGURAS

VOLUME 1

FIGURA 2.3-1: Área de expansão do Porto Organizado de Manaus (Porto Público), conforme Decreto da Presidência da República, de 30 de março de 2006, e área na qual se pretende implantar o Porto do PIM (área da antiga Siderama). ...................................................................................................................... 5

FIGURA 2.3-2: Fotografia aérea de 1988 mostrando a área de expansão do Porto Organizado de Manaus. ... 8

FIGURA 2.3-3: Fotografia aérea de 1989 mostrando a área de expansão do Porto Organizado de Manaus. ... 9

FIGURA 2.3-4: Fotografia aérea de 1990 mostrando a área de expansão do Porto Organizado de Manaus. . 10

FIGURA 2.3-5: Imagem de satélite de 2002 mostrando a área de expansão do Porto Organizado de Manaus. ............................................................................................................................................................ 11

FIGURA 2.3-6: Imagem de satélite de 2005 mostrando a área de expansão do Porto Organizado de Manaus. ............................................................................................................................................................ 12

FIGURA 2.3-7: Imagem de satélite de 2010 mostrando a área de expansão do Porto Organizado de Manaus. ............................................................................................................................................................ 13

FIGURA 2.3-8: Imagem de satélite de 2011 mostrando a área de expansão do Porto Organizado de Manaus. ............................................................................................................................................................ 14

FIGURA 2.3-9: Trecho da área de expansão do Porto Organizado de Manaus cedido à Marinha do Brasil. ... 15

FIGURA 3.3.1-1: Mapa Rodoviário do Brasil elaborado pelo Ministério dos Transportes. Nota-se a diferença entre a densidade de rodovias existentes na região Norte e nas demais regiões do país. ........................... 32

FIGURA 3.3.1-2: Mapa da região Norte e parte da região Centro-Oeste, com a indicação dos poucos trechos de rodovias existentes. .......................................................................................................................... 33

FIGURA 3.3.1-3: Mapa rodoviário elaborado pelo Ministério dos Transportes, com ampliação para a região de Manaus; observa-se a pequena incidência de rodovias nessa região. ........................................................ 34

FIGURA 3.3.1-4: Mapa rodoviário elaborado pelo CNT com a indicação dos trechos de rodovias no Estado do Amazonas e a classificação quanto ao estado de conservação (ruim e péssimo). ....................................... 35

FIGURA 3.3.2-1: Mapa Ferroviário do Brasil; notar a diferença da densidade de ferrovias nas regiões sul, sudeste e nordeste com relação à região Norte. ...................................................................................... 36

FIGURA 3.3.2-2: Detalhe do Mapa Ferroviário do Brasil indicando a inexpressiva ocorrência de ferrovias na região amazônica (Estrada de Ferro do Amapá – EFA, Estrada de Ferro Jari – EFJ e Estrada de Ferro Trombetas – EFT). ................................................................................................................................ 37

FIGURA 3.3.4-1: Mapa com a hidrografia do Brasil e seu potencial navegável. Diferente dos demais modais de transporte nota-se que a região Norte é extremamente rica em rios navegáveis, implicando condições muito favoráveis ao desenvolvimento do transporte fluvial. ...................................................................... 39

FIGURA 4.1-1: Área de expansão do Porto Organizado de Manaus (Porto Público), conforme Decreto de 30 de março de 2006 da Presidência da República, e área na qual se pretende implantar o Porto do PIM (área da antiga Siderama). ............................................................................................................................. 44

FIGURA 6.1.1-1: Área de expansão do Porto Organizado de Manaus (Porto Público), conforme Decreto de 30 de março de 2006 da Presidência da República, e área na qual pretende-se implantar o Porto do PIM (área da antiga Siderama). ............................................................................................................................. 78

FIGURA 6.2.3-1: Mapa esquemático do gasoduto Urucu-Coari-Manaus com seus respectivos trechos e pontos de entrega. ................................................................................................................................ 96

FIGURA 6.2.5-1: Mapa rodoviário do Estado do Amazonas. Trecho em vermelho contínuo da BR-319 = rodovia pavimentada. Trecho em vermelho pontilhado da BR 319 = rodovia em pavimentação. Trecho em rosa da BR-319 = rodovia implantada. .................................................................................................. 102

Page 19: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xviii

FIGURA 6.3-1: Projeção da demanda de TEUs em Manaus até o ano de 2040......................................... 105

FIGURA 6.3-2: Capacidade versus demanda de contêineres em Manaus, considerando a implantação do Terminal Portuário das Lajes. ............................................................................................................... 106

FIGURA 6.3-3: Capacidade versus demanda de contêineres em Manaus, considerando a não implantação do Terminal Portuário das Lajes. ............................................................................................................... 106

FIGURA 7.2-1: Indicação da área proposta para o Porto do PIM. Notar a proximidade das indústrias já em operação no Polo Industrial de Manaus (Distrito Industrial I), além da indicação das principais vias de acesso (BR-319 e Rua Ministro João Gonçalves de Araújo). ............................................................................... 115

FIGURA 7.2.1-1: Indicação da área indicada como “Alternativa Puraquequara” em comparação à localização da área proposta para o Porto do PIM. Embora nenhuma das duas alternativas interfira diretamente com as áreas densamente habitadas do município de Manaus, a proximidade e as condições de acesso do Porto do PIM projetado são melhores do que as da “Alternativa Puraquequara”. .................................................. 116

FIGURA 7.2.1-2: Indicação da área indicada como “Alternativa São Raimundo” em comparação à localização da área proposta para o Porto do PIM. Além da maior distância às indústrias do PIM, a carga entre a área de São Raimundo e o Polo Industrial de Manaus teria que atravessar toda a área urbana de Manaus, agravando ainda mais os problemas de tráfego de carga pesada já existentes naquela região. ................................. 117

FIGURA 7.2.1-3: Indicação da área denominada “Alternativa Itacoatiara” comparada à localização da área indicada para a implantação do Porto do PIM. Notar a proximidade entre a área do Porto do PIM e o Distrito Industrial de Manaus, principalmente quando comparado com a área de Itacoatiara. .............................. 118

FIGURA 7.2.1-4: Indicação da área denominada “Alternativa Manacapuru” comparada à localização da área indicada para a implantação do Porto do PIM. A distância do Distrito Industrial da Manaus é muito superior à do Porto do PIM projetado. .................................................................................................................. 119

FIGURA 8.1.2-1: Área de expansão do Porto Organizado de Manaus, conforme Decreto da Presidência da República, de 30 de março de 2006, e área na qual se pretende implantar o Porto do PIM (área da antiga Siderama). .......................................................................................................................................... 123

FIGURA 8.2.2-1: Layout do Projeto Básico do Porto do PIM. .................................................................. 129

FIGURA 8.2.2-2: Layout do Porto do PIM - Localização do cais flutuante................................................. 130

FIGURA 8.2.2-3: Layout do Porto do PIM - Localização dos pátios de contêinreres. ................................. 131

FIGURA 8.2.3-1: Guindastes em pórtico móveis (com pneus) – RTG - Rubber Tyred Gantry. .................... 152

FIGURA 8.2.3-2: Guindaste giratório fixo. ............................................................................................. 153

FIGURA 8.3.2-1: Configuração final de elevação dos pátios projetados definida mediante modelo CAD 3D. .......................................................................................................................................................... 155

FIGURA 8.3.3.1-1: Localização do Porto do PIM sobre Carta Náutica 4110. ............................................. 157

FIGURA 8.3.3.2-1: Pontos de restrição de calado – sistema hidroviário do rio Amazonas e rio Negro. ....... 159

FIGURA 8.3.3.2-2: Pontos de restrição de calado. ................................................................................. 160

FIGURA 8.4.1-1: Localização canteiro de obra sobre Projeto Básico do Porto do PIM. .............................. 162

FIGURA 8.4.1-2: Localização canteiro de obra sobre imagem da área a ser implantado o Porto do PIM. ... 162

FIGURA 8.4.4.3-1: Seção-tipo de Pavimento. ........................................................................................ 170

FIGURA 8.5.4.2-1: Localização do poço profundo de captação de água subterrânea existente na área a ser implantado o Pátio 3. ........................................................................................................................... 179

VOLUME 2

FIGURA 10.1.1.1-1: Localização da Bacia do Amazonas (Almeida et al., 1977). ........................................... 2

FIGURA 10.1.1.5-1: Solo argiloarenoso amarelado situado no topo do relevo da área do empreendimento. .. 6

FIGURA 10.1.1.5-2: Níveis topográficos e rochas predominantes (arenitos) na área do empreendimento. ..... 6

Page 20: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xix

FIGURA 10.1.1.5-3: Níveis arenosos cauliníticos. ....................................................................................... 7

FIGURA 10.1.1.5-4: Material friável da Formação Alter do Chão apresentando um quadro de ativação da erosão. ................................................................................................................................................... 7

FIGURA 10.1.1.5-5: Sedimentos aluvionares das margens do rio Negro. ..................................................... 8

FIGURA 10.1.1.6-1: Domínio Fanerozóico. Atividade erosiva .................................................................... 10

FIGURA 10.1.2.3-1: Visão Geral do relevo de colinas do Planalto Uatumã-Jari. .......................................... 11

FIGURA 10.1.2.4-1: Mapa batimétrico do rio Negro nas proximidades da área do empreendimento. Dados relativos ao nível de referência zero da régua do Porto de Manaus – junho 2004 (COPPETEC, 2004). ......... 15

FIGURA 10.1.2.5-1: Nível topográfico elevado. ........................................................................................ 16

FIGURA 10.1.2.5-2: Nível topográfico inferior. ......................................................................................... 17

FIGURA 10.1.3.3.1-1: Campo médio mensal de intensidade (m/s) e direção do vento no nível isobárico de 1000 mb para o mês de Janeiro sobre a região equatorial e America do Sul (acima) e em maior detalhe sobre a região Amazônica (abaixo). ........................................................................................................ 21

FIGURA 10.1.3.3.1-2: Campo médio mensal de intensidade (m/s) e direção do vento no nível isobárico de 1000 mb para o mês de Julho sobre a região equatorial e America do Sul (acima) e em maior detalhe sobre a região Amazônica (abaixo). ................................................................................................................. 22

FIGURA 10.1.3.3.1-3: Histograma direcional e de intensidade de ventos METAR medidos no aeroporto de Ponta Pelada, totalidade dos dados. ....................................................................................................... 23

FIGURA 10.1.3.3.1-4: Histograma directional e de intensidade de ventos METAR medidos no aeroporto de Ponta Pelada no trimestre Dezembro-Janeiro-Fevereiro (DJF). ................................................................. 24

FIGURA 10.1.3.3.1-5: Histograma direcional e de intensidade de ventos METAR medidos no aeroporto de Ponta Pelada no trimestre Junho-Julho-Agosto (JJA). .............................................................................. 24

FIGURA 10.1.3.3.2-1: Temperatura media mensal medida na estação METAR e extraída da reanálise global CFSR/NCEP para as mesmas coordenadas da estação. ............................................................................ 25

FIGURA 10.1.3.3.3-1: Média mensal e desvio padrão da precipitação medida na estação Ponta Pelada da ANA (46 anos de dados). ....................................................................................................................... 26

FIGURA 10.1.3.3.3-2: Média mensal e desvio padrão da precipitação medida na estação CPRM-SUREG/MA da ANA (8 anos de dados). .................................................................................................................... 26

FIGURA 10.1.3.3.3-3: Média mensal e desvio padrão da precipitação medida na estação Reserva Florestal Ducke-INPA da ANA (9 anos de dados). .................................................................................................. 27

FIGURA 10.1.4.2.2-1: Vazões médias mensais (m³/s) do rio Parana do Careiro, na estação Careiro, calculadas a partir dos dados coletados entre 1977 e 2011. ..................................................................... 31

FIGURA 10.1.4.2.2-2: Vazões médias mensais (m³/s) do rio Solimões/Amazonas, na estação Jatuarana, calculadas a partir dos dados coletados entre 1977 e 2011. ..................................................................... 31

FIGURA 10.1.4.2.2-3: Vazões médias mensais (m³/s) do rio Solimões/Amazonas, na estação Manacapuru, calculadas a partir dos dados coletados entre 2006 e 2011. ..................................................................... 32

FIGURA 10.1.4.2.2-4: Vazões médias mensais (m³/s) do rio Negro, na estação Serrinha, calculadas a partir dos dados coletados entre 2006 e 2011. ................................................................................................. 32

FIGURA 10.1.4.2.2-5: Cotas médias mensais (cm) do rio Parana do Careiro, na estação Careiro, calculadas a partir dos dados coletados entre 1977 e 2011. ........................................................................................ 33

FIGURA 10.1.4.2.2-6: Cotas médias mensais (cm) do rio Solimões/Amazonas, na estação Jatuarana, calculadas a partir dos dados coletados entre 1977 e 2011. ..................................................................... 34

FIGURA 10.1.4.2.2-7: Cotas médias mensais (cm) do rio Solimões/Amazonas, na estação Manacapuru, calculadas a partir dos dados coletados entre 1972 e 2011. ..................................................................... 34

FIGURA 10.1.4.2.2-8: Cotas médias mensais (cm) do rio Negro, na estação Manaus, calculadas a partir dos dados coletados entre 1902 e 2011. ....................................................................................................... 35

Page 21: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xx

FIGURA 10.1.4.2.2-9: Cotas médias mensais (cm) do rio Negro, na estação Serrinha, calculadas a partir dos dados coletados entre 1977 e 2011. ....................................................................................................... 35

FIGURA 10.1.5.5-1: Localização dos principais pontos de captação de água para abastecimento público de Manaus e da área de estudo (polígono vermelho): Ponta do Ismael (cerca de 15 quilômetros à montante da área de estudo), ETA Mauazinho e Captação PROAMA. ............................................................................ 40

FIGURA 10.1.8.2.1-1: Grades numéricas do modelo hidrodinâmico, com a localização das bordas abertas (em vermelho). ................................................................................................................................... 101

FIGURA 10.1.8.2.1-2: Batimetria associada às grades numéricas. A barra de cores lateral apresenta a profundidade local (em metros). .......................................................................................................... 102

FIGURA 10.1.8.2.3-1: Comparação da cota média mensal (m) dos dados coletados (em preto) com os resultados do modelo numérico (em vermelho). .................................................................................... 104

FIGURA 10.1.8.2.3-2: Comparação da vazão média mensal (m/s) dos dados coletados (em preto) com os resultados do modelo numérico (em vermelho). .................................................................................... 105

FIGURA 10.1.8.2.3-3: Campo de correntes obtidos com o modelo Delft3D em um instante no mês de junho, com a localização da secção utilizada para comparação dos dados de correntes (em vermelho). .............. 106

FIGURA 10.1.8.2.3-4: Resultados do modelo numérico para a concentração de sedimentos em suspensão (mg/L) em um ponto na frente ao empreendimento. ............................................................................. 107

FIGURA 10.1.8.3-1: Instantâneo do campo de correntes em um período de cheia, com a localização da secção para apresentação dos resultados (em vermelho). ...................................................................... 108

FIGURA 10.1.8.3-2: Perfil transversal de velocidade média na vertical em períodos de cheia, seca e enchente. ........................................................................................................................................... 108

FIGURA 10.1.8.3-3: Variação batimétrica após um ano de simulação, com a localização da secção utilizada para comparação dos resultados (em vermelho). Cabe ressaltar que os tons de azul indicam erosão, enquanto que os tons de vermelho um padrão deposicional. .................................................................. 109

FIGURA 10.1.8.3-4: Perfil longitudinal de profundidade no instante inicial (em preto) e após um ano de simulação (em vermelho). .................................................................................................................... 109

FIGURA 10.1.8.3-5: Variação na magnitude da corrente média na vertical (m/s), em um instante de cheia, entre a configuração atual e futura (considerando o empreendimento). Valores positivos (tons de vermelho) indicam acréscimo na intensidade das correntes e valores negativos (tons de verde) indicam o decréscimo. .......................................................................................................................................................... 110

FIGURA 10.1.8.3-6: Variação na magnitude da corrente média na vertical (m/s), em um instante de seca, entre a configuração atual e futura (considerando o empreendimento). Valores positivos (tons de vermelho) indicam acréscimo na intensidade das correntes e valores negativos (tons de verde) indicam o decréscimo. .......................................................................................................................................................... 111

FIGURA 10.1.8.3-7: Comparação entre a variação batimétrica após um ano de simulação para situação atual (painel superior) e configuração futura (painel inferior). Cabe ressaltar que os tons de azul indicam erosão, enquanto que os tons de vermelho um padrão deposicional. .................................................................. 112

FIGURA 10.1.9.3.2-1: Área de interesse para os trabalhos de avaliação preliminar, identificada pelo polígono tracejado em vermelho, inserida na área de Expansão do Porto Organizado de Manaus (polígono tracejado em laranja). ........................................................................................................................................ 116

FIGURA 10.1.9.3.3.4-1: Perfil da sondagem PS-01 (poço de inspeção). .................................................. 128

FIGURA 10.1.9.3.3.4-2: Perfil da sondagem PS-02. ................................................................................ 129

FIGURA 10.1.9.3.3.4-3: Perfil da sondagem PS-03. ................................................................................ 130

FIGURA 10.1.9.3.3.4-4: Perfil da sondagem PS-04. ................................................................................ 131

FIGURA 10.1.9.3.3.4-5: Perfil da sondagem PS-05. ................................................................................ 132

FIGURA 10.1.9.3.3.4-6: Perfil da sondagem PS-06. ................................................................................ 133

FIGURA 10.1.9.3.3.4-7: Perfil da sondagem PS-07. ................................................................................ 134

Page 22: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xxi

FIGURA 10.1.9.3.3.4-8: Perfil da sondagem PS-08. ................................................................................ 135

FIGURA 10.1.9.3.3.4-9: Perfil da sondagem PS-09. ................................................................................ 136

FIGURA 10.1.9.3.3.4-10: Perfil da sondagem PS-10. .............................................................................. 137

FIGURA 10.1.9.3.3.4-11: Perfil da sondagem PS-11. .............................................................................. 138

FIGURA 10.1.9.3.3.4-12: Perfil da sondagem PS-12. .............................................................................. 139

FIGURA 10.1.9.3.3.4-13: Perfil da sondagem PS-13. .............................................................................. 140

FIGURA 10.1.9.3.3.4-14: Perfil da sondagem PS-14. .............................................................................. 141

FIGURA 10.1.9.3.3.4-15: Perfil da sondagem PS-15. .............................................................................. 142

FIGURA 10.1.9.3.3.4-16: Perfil da sondagem PS-16. .............................................................................. 143

FIGURA 10.1.9.3.3.4-17: Perfil da sondagem PS-17. .............................................................................. 144

FIGURA 10.1.9.3.3.4-18: Perfil da sondagem PS-18. .............................................................................. 145

FIGURA 10.1.9.3.3.4-19: Perfil da sondagem PS-19. .............................................................................. 146

FIGURA 10.1.9.3.3.5-1: Desenho esquemático da instalação do poço de inspeção. .................................. 148

FIGURA 10.1.9.4.4-1: Perfil da sondagem PS-20. .................................................................................. 157

FIGURA 10.1.9.4.4-2: Perfil da sondagem PS-21. .................................................................................. 158

FIGURA 10.1.9.4.4-3: Perfil da sondagem PS-22. .................................................................................. 159

FIGURA 10.1.9.4.4-4: Perfil da sondagem PS-23. .................................................................................. 160

FIGURA 10.1.9.4.4-5: Perfil da sondagem PS-24. .................................................................................. 161

FIGURA 10.1.9.4.4-6: Perfil da sondagem PS-25. .................................................................................. 162

FIGURA 10.1.9.4.4-7: Perfil da sondagem PS-26. .................................................................................. 163

FIGURA 10.1.9.4.4-8: Perfil da sondagem PS-27. .................................................................................. 164

FIGURA 10.1.9.4.4-9: Perfil da sondagem PS-28. .................................................................................. 165

FIGURA 10.1.9.4.4-10: Perfil da sondagem PS-29.................................................................................. 166

VOLUME 3

FIGURA 10.2.1.5.1-1: Fotografia aérea de 1988 mostrando a área de expansão do Porto Organizado de Manaus. ................................................................................................................................................ 33

FIGURA 10.2.1.5.1-2: Fotografia aérea de 1989 mostrando a área de expansão do Porto Organizado de Manaus. ................................................................................................................................................ 34

FIGURA 10.2.1.5.1-3: Fotografia aérea de 1990 mostrando a área de expansão do Porto Organizado de Manaus. ................................................................................................................................................ 35

FIGURA 10.2.1.5.1-4: Imagem de satélite de 2002 mostrando a área de expansão do Porto Organizado de Manaus. ................................................................................................................................................ 36

FIGURA 10.2.1.5.1-5: Imagem de satélite de 2005 mostrando a área de expansão do Porto Organizado de Manaus. ................................................................................................................................................ 37

FIGURA 10.2.1.5.1-6: Imagem de satélite de 2010 mostrando a área de expansão do Porto Organizado de Manaus. ................................................................................................................................................ 38

FIGURA 10.2.1.5.1-7: Imagem de satélite de 2011 mostrando a área de expansão do Porto Organizado de Manaus. ................................................................................................................................................ 39

FIGURA 10.2.1.5.2.6-1: Indicação do lay out do empreendimento sobre a faixa de preservação às margens do rio Negro (50 metros – linha pontilhada). A intervenção referente à implantação do Porto do PIM sobre a faixa de preservação é estimada em uma área de 1,3 ha. ........................................................................ 61

Page 23: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xxii

FIGURA 10.2.2.2.2.1-1: Imagens das áreas de amostragem da avifauna na área Porto do Polo Industrial de Manaus – Porto do PIM, Manaus, AM. ................................................................................................... 100

FIGURA 10.2.2.2.4-1: Imagens das espécies migratórias registradas na área do Porto do PIM durante o presente inventário entre 25 de março e 12 de abril de 2012. A. Actites macularius (foto: Arnaldo Bruno); B. Falco peregrinus (foto: Thiago Rodrigues); C. Tyrannus savana (foto: Gabriel Leite); D. Vireo olivaceus (foto: Marco A.Silva); E. Coccyzus euleri (foto: Leonardo Pimentel); F. Myiodinastes maculatus (foto: Roberta Boss); G. Progne tapera (foto: Julio Silveira); H. Tyrannus savana fêmea sem o entalhamento nas primárias que é característica própria dos machos (foto: Marco A.Silva); I. Tyrannus savana macho, demonstrando na ponta da seta detalhe do entalhamento das primárias característico da subespécie Tyrannus savana monachus (foto: Marco A.Silva). ........................................................................................................... 130

FIGURA 10.2.2.3.2.1-1: Aspectos dos ambientes estudados; comunidade estabelecida às margens do rio Negro na área de influencia do empreendimento (foto A); vista geral da AID (foto B); mata localizada na ADA, direita do galpão (foto C) (Coord. 0173053, 9652867); área de baixio amostrada na ADA, esquerda do galpão, observado ao fundo (foto D) (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21 Sul 172860, 9653091). ............ 138

FIGURA 10.2.2.3.2.2-1: Armadilhas de interceptação e queda (pitfalls). A) Armadilha montada em área aberta da AID; B) Armadilha montada em borda de mata na Área Diretamente Afetada (ADA). ............... 143

FIGURA 10.2.2.3.2.2-2: A) Revisão de armadilha pitfall; B) Lagarto Ameiva ameiva coletado em armadilha. .......................................................................................................................................................... 143

FIGURA 10.2.2.3.4-1: Espécies de répteis; A=Liophis reginae B= Mastigodryas boddaerti; C=Gonatodes humeralis; D=Bachia panóplia; E= Coleodactylus amazonicus; F=Uranoscodon superciliosus; G=Plica umbra; H=Ameiva ameiva. Fotos: Samuel C. Ribeiro (A,C,D,E,F,G,H); André L. F. Silva (B). ................................ 158

FIGURA 10.2.2.3.4-2: Espécies de anuros; A=Rhinella marina; B=Leptodactylus wagneri; C=Hypsiboas aff. multifasciatus; D=Leptodactylus cf. fuscus; E=Hypsiboas aff. geographicus; F=Pseudis laevis; G=Osteocephalus taurinus; H=Trachycephalus typhonius. Fotos: Samuel C. Ribeiro. ............................... 159

FIGURA 10.2.2.3.4-3: Espécies de anuros; A=Trachycephalus typhonius; B=Sphaenorhynchus lacteus; C=Osteocephalus taurinus; D=Scinax aff. garbei; E=Hypsiboas lanciformis; F=Dendropsophus leucophyllatus; G=Leptodactylus andreae; H=Dendropsophus nanus; Fotos: Samuel C. Ribeiro (A,B,C,D,E,F,G); Rafael Bernhard (H).................................................................................................... 160

FIGURA 10.2.2.4.2.1-1: Fitofisionomia da área estudada. A) Vista do dossel da vegetação da ADA próximo a margem do rio Negro; B) Área degradada de ADA; C) Vegetação de AID em área militar; D) Vegetação de ADA dentro da área da Siderama. ........................................................................................................ 162

FIGURA 10.2.2.4.2.2-1: Armadilha do tipo Pitfall instalada em um dos pontos de coleta de artropodofauna nas áreas de influência do Porto do PIM, Manaus, AM. .......................................................................... 165

FIGURA 10.2.3.2.2.2-1: Busca visual de quelônios (foto A); revisão de armadilhas trammel nets (foto B); armadilha de funil tipo hoop traps, instalada em igarapé (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21 Sul 178091, 9656450), e iscada com peixe podre (foto C); Igarapé da AID, com banco de macrófitas (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21 Sul 170417, 9651894), local onde foram realizadas buscas durante o dia(foto D). .......... 186

FIGURA 10.2.3.3.2.1-1: Diferenciação dos ambientes amostrados: igapó (I01 e I09); água aberta (I02, I03, I04 e I08); igarapé (I05 e I06). ............................................................................................................ 196

FIGURA 10.2.3.3.2.1-2: Diferenciação dos ambientes amostrados: água preta (I10, I11, I12 e I13); ilha (I07). ................................................................................................................................................. 197

FIGURA 10.2.3.3.2.2-1: Entrevista com pescador local em atividade no rio Negro, Manaus, AM. .............. 200

FIGURA 10.2.3.5.2.2-1: Esquema do método de filtragem de material biológico na coluna de água. ......... 246

FIGURA 10.2.4.5-1: Ficha da área prioritária para a biodiversidade AM199, na qual parte da área do empreendimento Porto do PIM está inserida. ........................................................................................ 283

Page 24: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xxiii

VOLUME 4

FIGURA 10.3.1.3-1: Inserção regional do empreendimento. ....................................................................... 4

FIGURA 10.3.1.3-2: Localização dos municípios da AII na RMM e no Estado do Amazonas........................... 5

FIGURA 10.3.1.3-3: Localização dos municípios da AII na RMM extendida e no Estado do Amazonas. .......... 6

FIGURA 10.3.1.3-4: Município de Manaus. Divisão da área urbana e a área rural. ....................................... 7

FIGURA 10.3.1.3-5: Município de Careiro da Várzea. Divisão da área urbana (pequena porção do município) e área rural (grande parte do município)................................................................................................... 8

FIGURA 10.3.1.3-6: Município de Iranduba. Divisão da área urbana e área rural. ........................................ 9

FIGURA 10.3.1.4-1: Proximidade do Porto do PIM ao Distrito Industrial I. ................................................. 10

FIGURA 10.3.1.5-1: Porto do PIM inserido na Área de Expansão do Porto Organizado de Manaus. ............. 11

FIGURA 10.3.2.3-1: Unidades de estruturação urbana – área urbana do município de Manaus. .................. 14

FIGURA 10.3.2.3-2: Setores especiais. .................................................................................................... 15

FIGURA 10.3.2.3-3: Áreas de interesse Social na AII. .............................................................................. 16

FIGURA 10.3.3.3.1-1: População rural e urbana dos municípios da AII. .................................................... 24

FIGURA 10.3.3.3.2-1: Divisão dos bairros da área urbana de Manaus e AID do empreendimento. .............. 27

FIGURA 10.3.3.5.1-1: Divisão das zonas administrativas da área urbana de Manaus. ................................. 31

FIGURA 10.3.3.7-1: Produção de pescado (t) nacional da pesca extrativa continental em 2009 e 2010 discriminada por Unidade da Federação. ................................................................................................. 34

FIGURA 10.3.3.9.1-1: Iconografia dos índios Mura. A – Retrato de índio com adrono, B - Cabana dos Mura. In: Spix Und Martius, 1967. ................................................................................................................... 40

FIGURA 10.3.3.9.1-2: Casa multi-familiar na aldeia Mura do Janary. Fotografia de Curt Nimuendaju. ......... 40

FIGURA 10.3.3.9.1-3: Escola na aldeia Mura de Puracuhuba-Autaz. Fotografia de Curt Nimuendaju. .......... 41

FIGURA 10.3.3.9.1-4: Mulheres indígenas Mura. Fotografia de Curt Nimuendaju. ...................................... 41

FIGURA 10.3.3.9.1-5: Mapa Etno-histórico do Brasil e Regiões Adjacentes, IBGE, 1981. ............................ 42

FIGURA 10.3.3.9.1-6: Detalhe do Mapa Etno-histórico do Brasil e Regiões Adjacentes, IBGE, 1981. ........... 42

FIGURA 10.3.3.9.1-7 Foto coletiva mostrando comunidade e casa com cobertura tradicional ao fundo. (Ano de 1931, do Auto da Comissão de Inquérito da SPI). ............................................................................... 43

FIGURA 10.3.3.9.4-1: Uso do tipiti. A) tipitis feitos de palha com suas alças; B) Uso do tipiti por comunidade indígena; C) massa da mandioca após prensagem com tipiti. ................................................................... 56

FIGURA 10.3.3.9.4-2: Exemplo da cerâmica Juruna. ................................................................................ 57

FIGURA 10.3.4.6-1: Principais atividades portuárias de carga e de passageiros na faixa de AID em Manaus e em Careiro da Várzea e Iranduba. .......................................................................................................... 78

FIGURA 10.3.5.3-1: Mapa das unidades de saúde na área urbana de Manaus e na AID. ............................ 87

FIGURA 10.3.5.3-2: Mapa do coeficiente médio de detecção dos casos de hanseníase por bairros. Manaus, AM 1998-2004. ..................................................................................................................................... 88

FIGURA 10.3.5.4-1: Mapeamento das escolas da rede Pública de Manaus, com foco na AID do empreendimento. .................................................................................................................................. 92

FIGURA 10.3.5.5-1: Divisão das zonas administrativas da área urbana de Manaus. ................................... 93

FIGURA 10.3.5.5.1-1: Linha 013 – Compensa – Ceasa. ............................................................................ 96

FIGURA 10.3.5.5.1-2: Linha 705 – Mauazinho – Centro............................................................................ 96

Page 25: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xxiv

FIGURA 10.3.5.5.1-3: Linha 653 – Terminal 4 – Ceasa............................................................................. 96

FIGURA 10.3.5.5.1-4: Linha 213 – Augusto Monte Negro – Ceasa. ........................................................... 97

FIGURA 10.3.5.5.1-5: Linha 215 – Redenção – Ceasa. ............................................................................. 97

FIGURA 10.3.5.5.1-6: Linha 712 – Mauazinho – Terminal 2. ..................................................................... 98

FIGURA 10.3.5.5.1-7: Linha 714 – Vila da Felicidade – Terminal 2. ........................................................... 98

FIGURA 10.3.5.5.1-8: Corredores urbanos, monotrilho, Bus Rapid Transit – BRT e terminais de integração do transporte público na área urbana de Manaus. ........................................................................................ 99

FIGURA 10.3.5.5.2-1: Rede do sistema de abastecimento de água e Estações de Tratamento de Água. ... 100

FIGURA 10.3.5.5.2-2: Reservatórios - sistema de abasteciemnto de água. .............................................. 100

FIGURA 10.3.5.5.2-3: Poços tubulares – sistema de abasteciemnto de água. .......................................... 101

FIGURA 10.3.5.5.2-4: Mapa do sistema de esgotamento sanitário da cidade de Manaus. ......................... 101

FIGURA 10.3.6.1-1: Principais pontos de atracação de passageiros, bem como o trajeto de balsas, que funcionam como transporte de veículos e passageiros. (transporte aquaviário). ...................................... 105

FIGURA 10.3.6.2.1-1: Acesso à área do empreendimento. ..................................................................... 109

FIGURA 10.3.8.3-1: Pintura rupestre em Monte Alegre, na Serra da Lua, Pará. Fotografia Iphan. ............. 115

FIGURA 10.3.8.3-2: Pintura rupestre em Monte Alegre, Pará. ................................................................. 115

FIGURA 10.3.8.3-3: Urnas funerárias da fase Guarita. Exposição Arqueologia na Amazônia, realizada na sede do Iphan de Manaus. ........................................................................................................................... 115

FIGURA 10.3.8.3-4: Cerâmica da fase Manacapuru. Exposição Arqueologia na Amazônia, Iphan. ............. 116

FIGURA 10.3.8.3-5: Cerâmica proveniente do Sítio Morro Itapiranga. ..................................................... 116

FIGURA 10.3.8.3-6: Reserva Técnica do Museu Emílio Goeldi. ................................................................ 116

FIGURA 10.3.8.3-7: Distribuição geográfica dos principais sítios arqueológicos identificados na Amazônia Brasileira. ........................................................................................................................................... 117

FIGURA 10.3.8.3-8: Urna funerária encontrada em Manaus. .................................................................. 118

FIGURA 10.3.8.3-9: Sítio arqueológico Hatahara em Iranduba. .............................................................. 118

FIGURA 10.3.8.6.1-1: Principais formas de terra da Amazônia, com registros de sítios arqueológicos de Terra Preta. ................................................................................................................................................. 140

FIGURA 10.3.8.6.1-2: VASILHAME. 400 a 1400 A.D. Cerâmica Marajoara; Ilha de Marajó; 38,5 cm. Tigela cerimonial decorada internamente com pintura policroma, em vermelho e preto sobre fundo branco, com motivos geométricos e representações estilizadas da figura humana. A borda, sem pintura, recebeu decoração em relevo, com representações de serpentes e rostos humanos dispostos alternadamente. No verso a peça apresenta uma exuberante decoração plástica com motivos geométricos feitos com a técnica da excisão. Acervo Museu Nacional do Rio de Janeiro. ........................................................................... 141

FIGURA 10.3.8.6.1-3: Fragmento de cerâmica Manacapuru. Foto Helena Lima. Fonte: Guia Temático MAE/USP. Programa de Educação Patrimonial do Gasoduto Coari-Manaus, sem data ............................... 142

VOLUME 5

FIGURA 11.3.4.1-1: Reprodução do Desenho UCAID 10.2.4-2, indicando a localização da área do Porto do PIM e as Unidades de Conservação mais próximas. O referido desenho pode ser consultado no item 12.2.15 deste EIA. ............................................................................................................................................. 78

FIGURA 12.2-1: Organograma dos planos e programas propostos para o empreendimento Porto do PIM. 105

FIGURA 12.2.1.4.1-1: Modelo de sistema de gestão ambiental, baseado na metodologia PDCA. ............... 117

FIGURA 12.2.2.3-1: Modelo de Controle de Geração e Destinação de Resíduos (CGDR). .......................... 129

Page 26: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xxv

FIGURA 12.2.2.4.7-1: Modelo de Etiqueta para Resíduos Perigosos. ....................................................... 141

FIGURA 12.2.2.4.8.1-1: Tabela de Incompatibilidade Química entre Resíduos. ........................................ 142

FIGURA 12.2.2.4.16-1: Modelo de Etiqueta para Resíduos Perigosos. ..................................................... 147

FIGURA 12.2.2.4.16-2: Check-list de veículos para transporte de resíduos. ............................................. 149

FIGURA 12.2.2.4.18-1: Modelo de Cadastro de Fornecedores. ................................................................ 151

FIGURA 12.2.4.4-1: Localização dos Pátios de Contêineres. ................................................................... 170

FIGURA 12.2.4.5.2-1: Localização do Canteiro de Obras. ....................................................................... 172

FIGURA 12.2.4.5.10-2: Seção-tipo de Pavimento. .................................................................................. 176

FIGURA 12.2.4.15.1-1: Fluxograma simplificado das etapas necessárias para realização das Inspeções Comportamentais. ............................................................................................................................... 208

FIGURA 12.2.11.4-1: Localização dos Pátios de Contêineres................................................................... 276

FIGURA 12.2.15.2.1-1: Características da região de implantação do Porto do PIM (polígono azul), com base no mapa de Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira ou Áreas Prioritárias para a Biodiversidade (MMA, 2007). .................................. 332

Page 27: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xxvi

FOTOS

VOLUME 1

FOTO 6.1.1-1: Vista do cais Roadway do Porto Público de Manaus destinado ao embarque e desembarque de passageiros (Estação Hidroviária do Amazonas). Manaus – AM, 13/03/2012. ........................................ 79

FOTO 6.1.1-2: Vista do cais das Torres do Porto Público de Manaus destinado à movimentação de carga. Notar ao fundo a área de estocagem de contêineres. Manaus – AM, 14/03/2012. ..................................... 79

FOTO 6.1.2-1: Vista, a partir do rio Negro, da retroárea do TUP Super Terminais, vizinha à retroárea do TUP Porto Chibatão. Manaus – AM, 14/03/2012. ............................................................................................ 83

FOTO 6.1.2-2: Píer de atracação do TUP Super Terminais com um navio atracado sendo carregado com contêineres. Manaus – AM, 14/03/2012. ................................................................................................. 83

FOTO 6.1.3-1: Vista, a partir do rio Negro, da retroárea do TUP Porto Chibatão. Manaus – AM, 14/03/2012. ............................................................................................................................................................ 87

FOTO 6.1.3-2: Vista a partir do rio Negro, da retroárea do TUP Porto Chibatão. Manaus – AM, 14/03/2012. ............................................................................................................................................................ 87

FOTO 6.1.3-3: Cais de atracação do TUP Porto Chibatão com dois navios sendo carregados com contêineres. Manaus – AM, 14/03/2012. .................................................................................................................... 88

FOTO 6.1.3-4: Cais de atracação do TUP Porto Chibatão. Detalhe de navio sendo carregado com contêineres. Manaus – AM, 14/03/2012. ................................................................................................. 88

FOTO 6.1.4-1: Vista a partir da confluência do rio Negro com o rio Solimões, do local destinado para a implantação do Terminal Portuário das Lajes. Manaus – AM, 14/03/2012. ................................................ 89

FOTO 6.2.1-1: Vista das antigas instalações da Companhia Siderúrgica da Amazônia (Siderama) a partir do Porto da Ceasa. Manaus – AM, 21/09/2010. ............................................................................................ 92

FOTO 6.2.1-2: Vista das antigas instalações da Companhia Siderúrgica da Amazônia (Siderama). Manaus – AM, 21/09/2010. ................................................................................................................................... 92

FOTO 6.2.1-3: Instalações desativadas da Companhia Siderúrgica da Amazônia (Siderama). Manaus – AM, 21/09/2010. .......................................................................................................................................... 93

FOTO 6.2.1-4: Galpão desativado da Companhia Siderúrgica da Amazônia (Siderama). Manaus – AM, 21/09/2010. .......................................................................................................................................... 93

FOTO 6.2.2-1: Área utilizada pela Superintendência da Zona Franca de Manaus e Receita Federal inserida na área de estudo (área à direita do alambrado). Os piquetes amarelos indicam a faixa de servidão do gasoduto Urucu-Coari-Manaus. Manaus – AM, 21/09/2010. .................................................................................... 94

FOTO 6.2.3-1: Traçado vermelho indicando a faixa do gasoduto Urucu-Coari-Manaus na área do Porto do PIM. A área asfaltada é utilizada pela Suframa nas suas operações de fiscalização. Manaus – AM, 21/09/2010. .......................................................................................................................................... 95

FOTO 6.2.3-2: Faixa do gasoduto Urucu-Coari-Manaus na área do Porto do PIM. Notar piquete indicando o ramal Mauá e profundidade do duto nesse ponto. Manaus – AM, 21/09/2010. .......................................... 95

FOTO 6.2.4-1: Empresa privada de transporte de carga do Grupo J. F. Oliveira Navegação localizada ao lado da área do Porto do PIM. Manaus – AM, 21/09/2010. .............................................................................. 97

FOTO 6.2.4-2: Transporte de carretas em barcaças (Ro-Ro Caboclo) na empresa privada de transporte de carga do Grupo J. F. Oliveira Navegação localizada ao lado da área do Porto do PIM. Manaus – AM, 14/03/2012. .......................................................................................................................................... 97

FOTO 6.2.4-3: Barcaças transportando carretas da empresa privada de transporte de carga do Grupo J. F. Oliveira Navegação estacionadas às margens do rio Negro em frente à área do Porto do PIM. Manaus – AM, 21/09/2010. .......................................................................................................................................... 98

Page 28: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xxvii

FOTO 6.2.4-4: Vista a partir da área do Porto do PIM do pátio de armazenagem de carretas da empresa privada de transporte de carga do Grupo J. F. Oliveira Navegação e do Porto da Ceasa (galpão ao lado do terminal privativo). Manaus – AM, 21/09/2010. ....................................................................................... 98

FOTO 6.2.4-5: Vista, a partir do rio Negro, da empresa privada de transporte de carga do Grupo J. F. Oliveira Navegação localizada ao lado da área do Porto do PIM e do Porto da Ceasa. A constução azul é o prédio administrativo do terminal. Manaus – AM, 14/03/2012. ................................................................. 99

FOTO 6.2.4-6: Empresa privada de transporte de cargas por meio de Ro-Ro Caboclo localizada na área de expansão do Porto Organizado de Manaus. ............................................................................................. 99

FOTO 6.2.5-1: Localização da Rodovia BR-319, do Porto da Ceasa, de seu atracadouro e do ponto de saída da balsa Manaus-Careiro da Várzea, do terminal portuário privativo e da área do Porto do PIM. Manaus – AM, 14/03/2012. ................................................................................................................................. 101

FOTO 6.2.6-1: Vila da Felicidade vista a partir do rio Negro. .................................................................. 103

FOTO 8.4.4.2-1 A e B: Piquetes indicativos da localização da Faixa do gasoduto Urucu-Coari-Manaus e profundidade do duto na área do Porto do PIM. Foto 21/09/2010. ......................................................... 168

FOTO 8.4.4.5-1: Foto das instalações existentes da antiga Siderama a serem demolidas. ........................ 172

FOTO 8.4.4.5-2: Foto das instalações existentes da antiga Siderama a serem demolidas. ........................ 172

FOTO 8.4.4.5-3: Foto das instalações existentes da antiga Siderama a serem demolidas. ........................ 173

VOLUME 2

FOTO 10.1.6.2.2-1: Sonda multiparamétrica da marca HANNA modelo HI 9828 utilizada para as medições físico-químicas in situ............................................................................................................................. 45

FOTO 10.1.6.2.2-2: Registro das medições físico-químicas realizadas em campo. ...................................... 45

FOTO 10.1.6.2.2-3: Amostra de água coletada com a garrafa do tipo van Dorn. ....................................... 45

FOTO 10.1.6.2.2-4: Acondicionamento das amostras de água superficial em frascos apropriados, fornecido pelo laboratório responsável pelas análises. ............................................................................................ 45

FOTO 10.1.6.2.2-5: Amostras de água sendo filtradas em campo. ............................................................ 45

FOTO 10.1.6.2.2-6: Preservação das amostras de água em caixas térmicas com gelo. ............................... 45

FOTO 10.1.7.2.2-1: Detalhe do recolhimento da Draga Van Veen para a amostragem de sedimento superficial. ............................................................................................................................................ 77

FOTO 10.1.7.2.2-2: Retirada do sedimento coletado da Draga Van Veen para a bandeja de aço inox. ........ 77

FOTO 10.1.7.2.2-3: Medição e registro dos parâmetros físico-químicos in situ utilizando a sonda multiparamétrica da marca HANNA modelo HI 991003. ........................................................................... 77

FOTO 10.1.7.2.2-4: Homogenização das sub-amostras de sedimento superficial em bandeja de aço inox com espátula de aço inox. ............................................................................................................................. 77

FOTO 10.1.7.2.2-5: Acondicionamento do sedimento superficial em frascaria adequada com espátula de aço inox. ..................................................................................................................................................... 78

FOTO 10.1.7.2.2-6: Acondicionamento das amostras de sedimento superficial em caixas térmicas com gelo. ............................................................................................................................................................ 78

FOTO 10.1.9.3.2-1 de A a O: Instalações existentes e desativadas da Siderama. ..................................... 119

FOTO 10.1.9.3.3.2-1 A, B e C: Dique de Contenção com material oleoso. ............................................... 122

FOTO 10.1.9.3.3.5-1 A e B: Instalação do poço de inspeção. ................................................................. 147

FOTO 10.1.9.4.2-1 A e B: Dique de Contenção com material oleoso. ...................................................... 154

Page 29: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xxviii

VOLUME 3

FOTO 10.2.1.2.2.2-1: Levantamento florístico realizado em fragmento florestal na AID do Porto do PIM, Manaus, AM (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21S: 172988/9653010). ....................................................... 7

FOTO 10.2.1.2.2-2: Demarcação dos transectos para o levantamento florístico em fragmento florestal na AID do Porto do PIM, Manaus, AM (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21S: 172799/9652442). ....................... 7

FOTO 10.2.1.2.2.2-3: Caminhamento em transecto para o levantamento florístico da AID do Porto do PIM, Manaus, AM (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21S: 172600/9652490). ....................................................... 8

FOTO 10.2.1.2.2.2-4: Identificação das espécies no levantamento florístico realizado em fragmentos florestais da AID do Porto do PIM, Manaus, AM (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21S: 172737/9652985). .... 8

FOTO 10.2.1.2.2.3-1: Marcação das parcelas na vegetação presente na ADA do Porto do PIM, Manaus, AM ( Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21S: 172578,891/9652364,284). ............................................................ 10

FOTO 10.2.1.2.2.3-2: Marcação das parcelas na vegetação presente na ADA do Porto do PIM, Manaus, AM (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21S: 172600,814/ 9652490,528). .......................................................... 10

FOTO 10.2.1.2.2.3-3: Marcação das espécies arbóreas nas parcelas instaladas na ADA do Porto do PIM, Manaus, AM (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21S: 172799,965/9652442,61). .......................................... 11

FOTO 10.2.1.4-1: Área de capoeirinha na AID do Porto do PIM, Manaus, AM (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21S: 172715/9652364). ................................................................................................................. 20

FOTO 10.2.1.4-2: Área de capoeira na AID do Porto do PIM, Manaus, AM (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21S: 172799/9652442). ......................................................................................................................... 20

FOTO 10.2.1.4-3: Área de capoeira na AID do Porto do PIM, Manaus, AM (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21S: 172897/9652518). ......................................................................................................................... 21

FOTO 10.2.1.4-4: Área de capoeirão na AID do Porto do PIM, Manaus, AM (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21S: 172578/9652364). ......................................................................................................................... 21

FOTO 10.2.1.4-5: Transecto P1.1-P1.2. Floresta de Capoeirão. AID do Porto do PIM, Manaus, AM (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21S:172232/9653253). ......................................................................... 28

FOTO 10.2.1.4-6: Transecto P2.1-P2.2. Floresta de Capoeirão, AID do Porto do PIM, Manaus, AM (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21S: 172296/9652953). ........................................................................ 28

FOTO 10.2.1.4-7: Transecto P3.1-P3.2. Identificação das espécies. Floresta de Capoeira, AID do Porto do PIM, Manaus, AM (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21S: 172587/9652407). ............................................. 29

FOTO 10.2.1.4-8: Transecto P4.1-P4.2. Área de topografia irregular. Floresta de Capoerinha, AID do Porto do PIM, Manaus, AM (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21S: 172891/9652513). ......................................... 29

FOTO 10.2.1.4-9: Transecto P5.1-P5.2. Identificação das espécies. Floresta de Capoeirão, AID do Porto do PIM, Manaus, AM (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21S: 172872/9653566). ............................................. 30

FOTO 10.2.1.5.2-1: Parcela P6.1-6.2: Floresta de Capoeirinha (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21S: 172220/9653208). ................................................................................................................................. 44

FOTO 10.2.1.5.2-2: Parcela P7.1-P7.2: Floresta de Capoeirão (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21S: 172256/9653328). ................................................................................................................................. 44

FOTO 10.2.1.5.2-3: Parcela P8.1-P8.2: Floresta de Capoeirinha (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21S: 172578/9652364). ................................................................................................................................. 45

FOTO 10.2.1.5.2-4: Parcela P8.1-P8.2: Levantamento das espécies. Floresta de Capoeira (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21S: 172600/9652490). ..................................................................................................... 45

FOTO 10.2.1.5.2-5: Parcela P9.1-P9.2: Floresta de Capoeirão. (Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21S: 172897/9652518). ................................................................................................................................. 46

FOTO 10.2.2.1.2.1-1: Trecho da Área Diretamente Afetada (ADA) (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172943/9653067). ............................................................................................................................... 67

Page 30: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xxix

FOTO 10.2.2.1.2.1-2: Trecho da AID no qual foi realizada apenas buscas ativas (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172274/9652515). ........................................................................................................................ 67

FOTO 10.2.2.1.2.1-3: Trecho da AID utilizada para a disposição de armadilhas e realização de buscas ativas (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172726/9653737). ................................................................................. 67

FOTO 10.2.2.1.2.2-1: Armadilha disposta no solo (Coordenada UTM-SAD69 21M 0173024/9652861). ........ 71

FOTO 10.2.2.1.2.2-2: Armadilha fixada em árvore (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172836/9653002). ....... 71

FOTO 10.2.2.1.2.2-3: Aplicação de brinco metálico na orelha de um marsupial (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172898/9653140). ............................................................................................................................... 71

FOTO 10.2.2.1.2.2-4: Um grupo de armadilhas tipo pitfall, com quatro baldes em disposição de ‘Y’ (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172984/9652843). ................................................................................. 72

FOTO 10.2.2.1.2.2-5: Câmera fotográfica instalada em trilha utilizada por animais (Coordenada UTM-SAD69 21M 0173124/9652946). ........................................................................................................................ 73

FOTO 10.2.2.1.2.2-6: Realização de busca ativa com barco tipo voadeira. Coordenada UTM-SAD69 21M 0173036/9653707. ................................................................................................................................ 74

FOTO 10.2.2.1.2.2-7: Metodologia para captura de morcegos: instalação de rede de neblina em ponto de amostragem na ADA do Porto do PIM, Manaus, AM (Coordenada UTM-SAD69 21M 0173014/9652868). ..... 75

FOTO 10.2.2.1.2.2-8: Abrigos subterrâneos em antigo armazém da Siderama (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172917/9652906). ............................................................................................................................... 76

FOTO 10.2.2.1.2.2-9: Salas escuras em antigo armazém da SIDERAMA (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172974/9652739). ............................................................................................................................... 76

FOTO 10.2.2.1.4-1: Pegada de mão pelada (Procyon cancrivorus) localizada na AID (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172831/9653777). ............................................................................................................. 88

FOTO 10.2.2.1.4-3: Tatu galinha (Dasypus novemcinctus) registrado por câmera fotográfica na ADA (Coordenada UTM-SAD69 21M 0173124/9652946). ................................................................................. 88

FOTO 10.2.2.1.4-5: Micoureus demerarae registrado na AID (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172828/9653616). ............................................................................................................................... 88

FOTO 10.2.2.1.4-2: Pegada de tatu galinha (Dasypus novemcinctus) localizada na AID (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172892/9653466). ............................................................................................................. 88

FOTO 10.2.2.1.4-4: Mucura (Didelphis marsupialis) registrado na ADA/AID (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172898/9653140). ............................................................................................................................... 88

FOTO 10.2.2.1.4-6: Preguiça bentinho (Bradypus tridactylus) registrada na AID (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172940/9653683). ........................................................................................................................ 88

FOTO 10.2.2.1.4-7: Preguiça comum (Bradypus variegatus) registrada na AID (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172914/9653433). ............................................................................................................................... 89

FOTO 10.2.2.1.4-9: Sauim de coleira (Saguinus bicolor) registrado na ADA (Coordenada UTM-SAD69 21M 0173124/9652946). ............................................................................................................................... 89

FOTO 10.2.2.1.4-11: Parauacu (Pithecia pithecia) registrado na AID (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172892/9653466). ............................................................................................................................... 89

FOTO 10.2.2.1.4-8: Tamanduá mirim (Tamandua tetradactyla) registrado na AID (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172719/9653724). ........................................................................................................................ 89

FOTO 10.2.2.1.4-10: Mico de cheiro (Saimiri sciureus) registrado na AID (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172892/9653466). ............................................................................................................................... 89

FOTO 10.2.2.1.4-12: Roedor Oecomys bicolor registrado na AID (Coordenada UTM-SAD69 21M 0173036/9653707). ............................................................................................................................... 89

FOTO 10.2.2.1.4-13: Pegada de capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) localizada na AID (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172831/9653777). ............................................................................................................. 90

Page 31: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xxx

FOTO 10.2.2.1.4-14: Cormura brevirostris (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172971/9653094). .................. 94

FOTO 10.2.2.1.4-16: Carollia perspicillata (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172903/9653760). ................... 94

FOTO 10.2.2.1.4-18: Carollia brevicauda (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172971/9653094). ..................... 94

FOTO 10.2.2.1.4-15: Artibeus concolor (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172903/9653760). ....................... 94

FOTO 10.2.2.1.4-17: Artibeus planirostris (Coordenada geográfica: UTM-SAD69 21M 0172903/9653760). .. 94

FOTO 10.2.2.1.4-19: Artibeus lituratus (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172903/9653760). ....................... 94

FOTO 10.2.2.1.4-20: Eptesicus furinalis (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172971/9653094). ...................... 95

FOTO 10.2.2.1.4-22: Peropteryx kappleri. (Coordenada fica: UTM-SAD69 21M 0172971/9653094). ............ 95

FOTO 10.2.2.1.4-24: Phyllostomus discolor (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172903/9653760). ................. 95

FOTO 10.2.2.1.4-21:Uroderma bilobatum. (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172903/9653760). .................. 95

FOTO 10.2.2.1.4-23: Sturnira lilium (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172903/9653760). ............................ 95

FOTO 10.2.2.1.4-25: Micronycteris minuta (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172903/9653760). .................. 95

FOTO 10.2.2.1.4-26: Promops nasutus (Coordenada UTM-SAD69 21M 0172903/9653760). ....................... 96

FOTO 10.2.2.2.4.2-1: Imagem de fêmea de martim-pescador-grande Megaceryle torquata na área do Porto do PIM. No detalhe a ponta do bico sujo de barro devido a escavação de cavidade em barranco para a produção de ninho (Foto: Gabriel Leite, abril de 2012). ......................................................................... 132

FOTO 10.2.2.2.4.2-2: Imagem de pequena porção do ninhal 2 na ADA do Porto do PIM. No detalhe setas indicando cavidades visualizáveis produzidas pelo martim-pescador-grande Megaceryle torquata (Foto: Marco A.Silva, abril de 2012). ............................................................................................................... 132

FOTO 10.2.2.2.4.2-3 A e B: Habitats aquáticos específicos e pouco comuns localizados na AID do Porto do PIM. A) Vegetação flutuante e emergente entre os pontos de amostragens da avifauna aquático-ripária AV09 e AV13. B) Vegetação periodicamente alagável entre os pontos de amostragens da avifauna aquático-ripária AV02 e AV5. ........................................................................................................................................ 135

FOTO 10.2.2.5-1: Sauim de coleira observado na Área Diretamente Afetada – ADA do Porto do PIM, Manaus, AM. .................................................................................................................................................... 171

FOTO 10.2.3.3.3.1-1: Exemplar da espécie Mapará-bico-de-pena - Hypophthalmus fimbriatus. ................ 209

FOTO 10.2.3.3.3.1-2: Exemplar da espécie Ripa ou Peixe-cachorro - Rhaphiodon vulpinus. ..................... 210

FOTO 10.2.3.3.3.1-3: Exemplar da espécie Pescada - Plagioscion squamosissimus. ................................. 210

FOTO 10.2.3.3.4-1: Exemplar da espécie Jaraqui-escama-fina - Semaprochilodus taeniurus. .................... 220

FOTO 10.2.3.3.4-2: Exemplar da espécie Matupiri - Tetragonopterus argenteus. ..................................... 221

FOTO 10.2.3.3.4-3: Muçum Synbranchus marmoratus. .......................................................................... 225

FOTO 10.2.3.3.4-4: (A) Apapá Ilisha amazonica (B) Sardinhão Pellona castelnaeana (C) Sardinha Pristigaster cayana. ............................................................................................................................................... 225

FOTO 10.2.3.3.4-5: Sarapó Brachyhypopomus brevirostris. .................................................................... 226

FOTO 10.2.3.3.4-6: Pescada Plagioscion squamosissimus. ..................................................................... 226

FOTO 10.2.3.3.4-7: (A) Tucunaré-paca Cichla temensis (B) Acará rói-rói Geophagus proximus (C) Acará Mesonauta festivus .............................................................................................................................. 227

FOTO 10.2.3.3.4-8: Cangati Trachelyopterus galeatus. .......................................................................... 228

FOTO 10.2.3.3.4-9: Tamoatá Hoplosternum littorale. ............................................................................. 228

FOTO 10.2.3.3.4-10: (A) Mapará bico-de-pena Hypophthalmus fimbriatus (B) Mandi Pimelodus blochii (C) Piracatinga Calophysus macropterus (D) Jaú Zungaro zungaro. .............................................................. 229

FOTO 10.2.3.3.4-11: (A) Cuiú-cuiú Oxydoras niger (B) Cuiú branco Hassar orestis (C) Bacu Pterodoras granulosus. ......................................................................................................................................... 230

Page 32: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xxxi

FOTO 10.2.3.3.4-12: (A) Aracu-comum Schizodon fasciatus (B) Aracu-flamengo Leporinus fasciatus (C) Piau Leporinus amazonicus. ........................................................................................................................ 231

FOTO 10.2.3.3.4-13: Matrinchã Brycon amazonicus. .............................................................................. 231

FOTO 10.2.3.3.4-14: (A) Piranha-caju Pygocentrus nattereri (B) Piranha Serrasalmus compressus (C) Piranha-mucura Serrasalmus elongatus (D) Piranha Serrasalmus maculatus. ........................................... 232

FOTO 10.2.3.3.4-15: (A) Pacu-manteiga Mylossoma aureum (B) Pacu-manteiga Mylossoma duriventre. ... 232

FOTO 10.2.3.3.4-16: Tambaqui Colossoma macropomum. ..................................................................... 233

FOTO 10.2.3.3.4-17: (A) Sardinha-comum Triportheus albus (B) Sardinha-papuda Triportheus angulatus (C) Sardinha-comprida Triportheus elongatus (D) Sardinha Agoniates halecinus. .......................................... 234

FOTO 10.2.3.3.4-18: Matupiri Tetragonopterus argenteus. .................................................................... 234

FOTO 10.2.3.3.4-19: (A) Branquinha-comum Potamorhina latior (B) Branquinha-peito-chato Curimata inornata. ............................................................................................................................................. 235

FOTO 10.2.3.3.4-20: (A) Ripa Rhaphiodon vulpinus (B) Pirandirá Hydrolycus scomberoides. .................... 235

FOTO 10.2.3.3.4-21: Traíra Hoplias malabaricus. ................................................................................... 236

FOTO 10.2.3.3.4-22: Orana Hemiodus argenteus. ................................................................................. 236

FOTO 10.2.3.3.4-23: (A) Jaraqui-escama-grossa Semaprochilodus insignis (B) Jaraqui-escama-fina Semaprochilodus taeniurus. ................................................................................................................. 237

FOTO 10.2.3.4.2.2-1: Pegador Van Veen para coleta de sedimento de fundo. ......................................... 241

FOTO 10.2.3.4.2.2-2: Sedimento coletado e acondicionado em saco plástico. ......................................... 241

VOLUME 4

FOTO 10.3.3.8-1: Vila da Felicidade. ....................................................................................................... 38

FOTO 10.3.3.9.1.1-1 A e B: Localidade Gavião. A) Sra. Maria da Silva Nunes e B) Vista da escola feita de madeira e palha. ................................................................................................................................... 45

FOTO 10.3.3.9.1.2 A a D: Localidade Sissaíma. A) Vista das casas; B e C) Conversa com o Sr. Luciano Oliveira, tuxaua da aldeira; D) Família do Sr. Luciano. ............................................................................. 46

FOTO 10.3.3.9.1.3-1 A e B: Localidade Apipica – Santo Antônio. A) conversa com o entrevistado Altaíde de Moraes, vice-tuxaua da aldeia; B) Tuxaua da aldeia. ............................................................................... 47

FOTO 10.3.3.9.2-1 A e B: Comunidades ribeirinhas. A) Galiléia, B) Mutuquinha. ........................................ 50

FOTO 10.3.3.9.4-1 A a D: A e C) Descarga no porto em frente ao Mercado Central Adolpho Lisboa. B e D) Interior do Mercado Pan Air. .................................................................................................................. 58

FOTO 10.3.3.9.4-2 A a F: Uso do rio na via quotidiana. A-C) Rio usado em atividades de recreação e lazer. D) ribeirinha lavando roupa na beira do rio. E) Transporte individual local para escola. F) Transporte de passageiros entre Manaus e Pireira. ........................................................................................................ 59

FOTO 10.3.3.9.4-3 A a H: Diversidade de casas a beira da estrada AM–254 e rio Mutuca. A) Bar à margem da estrada, com cobertura de palha de palmeira, palafitas e pinguelas; B) Casa de palha trançada em Murutingando; C) Casa com parede de madeira e cobertura de palha na aldeia Murutinga; D) Detalhe de trançado da cobertura de folhas de palmeira trançadas em cestaria na aldeia Murutinga. E) casa de madeira em palafita, com telhado metálico; F) casa flutuante sobre troncos; G e H) Casas com pintura de cores vivas. ............................................................................................................................................................ 61

FOTO 10.3.4.6-1: Vista do cais Roadway do Porto Público de Manaus destinado ao embarque e desembarque de passageiros (Estação Hiroviária do Amazonas). Manaus – AM, 13/03/2012. ..................... 72

FOTO 10.3.4.6-2: Vista do cais das Torres do Porto Público de Manaus destinado à movimentação de carga. Notar ao fundo a área de estocagem de contêineres. Manaus – AM, 14/03/2012. ..................................... 73

FOTO 10.3.4.6-3: Vista, a partir do rio Negro, do TUP Porto Chibatão. Manaus – AM. ................................ 73

Page 33: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xxxii

FOTO 10.3.4.6-4: Vista a partir do rio Negro, da retroárea do TUP Porto Chibatão. Manaus – AM, 14/03/2012. .......................................................................................................................................... 74

FOTO 10.3.4.6-5: Vista, a partir do rio Negro, da retroárea do TUP Super Terminais, vizinha à retroárea do TUP Porto Chibatão. Manaus – AM, 14/03/2012. ..................................................................................... 74

FOTO 10.3.4.6-6: Píer de atracação do TUP Super Terminais com um navio atracado sendo carregado com contêineres. Manaus – AM, 14/03/2012. ................................................................................................. 75

FOTO 10.3.4.6-7: Porto da Reman. Manaus. ........................................................................................... 75

FOTO 10.3.4.6-8: Porto da Ceasa. Manaus.............................................................................................. 76

FOTO 10.3.4.6-9: Transporte de carretas em barcaças (Ro-Ro Caboclo) na empresa privada de transporte de carga do Grupo J. F. Oliveira Navegação localizada ao lado da área do Porto do PIM. Manaus – AM, 14/03/2012. .......................................................................................................................................... 76

FOTO 10.3.4.6-10: Cimento Vencemos. Manaus. ..................................................................................... 77

FOTO 10.3.5.5.1-1: Ônibus Articulado. ................................................................................................... 94

FOTO 10.3.5.5.1-2: Ônibus Convencional. ............................................................................................... 94

FOTO 10.3.6.1-1: Tipo de embarcação regional..................................................................................... 103

FOTO 10.3.6.1-2: Tipo de embarcação regional..................................................................................... 103

FOTO 10.3.6.1-3: Tipo de embarcação regional..................................................................................... 103

FOTO 10.3.6.1-4: Tipo de embarcação regional..................................................................................... 103

FOTO 10.3.6.1-5: Pontos de embarque e desembraque de passageiros na orla do rio Negro. .................. 105

FOTO 10.3.6.1-6: Porto da Pan Air. ...................................................................................................... 106

FOTO 10.3.6.1-7: Porto Público de Manaus. .......................................................................................... 106

FOTO 10.3.6.1-8: Porto Público de Manaus. .......................................................................................... 106

FOTO 10.3.6.1-9: Porto Público de Manaus. .......................................................................................... 107

FOTO 10.3.6.1-10: Porto Público de Manaus. ........................................................................................ 107

FOTO 10.3.6.1-11: Ponte sobre o rio Negro (ao fundo). ......................................................................... 107

FOTO 10.3.6.1-12: Porto da Ceasa. ...................................................................................................... 108

FOTO 10.3.6.1-13: Porto da Ceasa – embarque de veículos (balsas). ..................................................... 108

FOTO 10.3.6.1-14: Terminal a Jato. ..................................................................................................... 108

FOTO 10.3.6.2.2-1: Ponte sobre o rio Negro. ........................................................................................ 110

FOTO 10.3.8.2-1 A a D: Fotos A e B) Pesquisa no Laboratório de Arqueologia do Museu de Arqueologia do Estado do Amazonas. Fotos C e D) Pesquisa na Superintendência Regional do IPHAN em Manaus. .......... 113

FOTO 10.3.8.6.1-1 de A a H: Antigas instalações da Siderama, galpões de ferro abandonados, prédios de alvenaria e uma chaminé. .................................................................................................................... 134

FOTO 10.3.8.6.1-2: Na parte superior da fotografia, galpão da Siderama cercado por vegetação ............. 135

FOTO 10.3.8.6.1-3: Grande área escavada para retirada de terra na parte central da ADA....................... 135

FOTO 10.3.8.6.1-4: Área com corte de solo na porção oeste da ADA. ..................................................... 135

FOTO 10.3.8.6.1-5: Área com profundas ravinas na parte oeste da ADA. ................................................ 135

FOTO 10.3.8.6.1-6: Área com profundas ravinas na parte oeste da ADA. ................................................ 135

FOTO 10.3.8.6.1-7: Em primeiro plano área erodidas na parte oeste, depois área verde e, ao fundo, o rio Negro. ................................................................................................................................................ 135

FOTO 10.3.8.6.1-8: Vista do pátio de estacionamento da Suframa, tendo ao lado esquerdo o barranco do rio Negro. ................................................................................................................................................ 136

Page 34: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xxxiii

FOTO 10.3.8.6.1-9: Fragmentos de cerâmica indígena e osso de peixe (branco e acima). ........................ 137

FOTO 10.3.8.6.1-10: Fragmento de cerâmica policromada. Único fragmento de cerâmica com pintura observado na área. .............................................................................................................................. 137

FOTO 10.3.8.6.1-11 A e B: Sítio siderama – localizado na área imediatamente vizinha à área a ser implantado o Porto do PIM. Camada da chamada TPI - Terra Preta de Índio. ......................................... 138

FOTO 10.3.8.6.1-12: Cerâmica indígena encontrada no sítio Siderama. .................................................. 141

Page 35: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xxxiv

GRÁFICOS

VOLUME 1

GRÁFICO 6.1.1-1: Movimentação de contêineres (TEUs cheios) no Porto Público de Manaus entre 2004 e 2010. .................................................................................................................................................... 81

GRÁFICO 6.1.2-1: Movimentação de contêineres (TEUs cheios) no TUP Super Terminais entre 2004 e 2010. ............................................................................................................................................................ 84

GRÁFICO 6.1.3-1: Movimentação de contêineres (TEUs cheios) no TUP Porto Chibatão entre 2004 e 2010. 86

GRÁFICO 6.3-1: Divisão de mercado entre o Porto Público de Manaus, o TUP Porto Chibatão e o TUP Super Terminais entre 2004 e 2010 para a movimentação de contêineres cheios. ............................................. 104

GRÁFICO 8.4.3-1: Histograma de mão de obra da Fase 1 de implantação do Porto do PIM. ..................... 164

VOLUME 3

GRÁFICO 10.2.1.4-1: Famílias mais frequentes registradas nos pontos de amostragem na AID do Porto do PIM, Manaus, AM. ................................................................................................................................. 24

GRÁFICO 10.2.1.4-2: Espécies arbóreas mais frequentes na AID do Porto do PIM, Manaus, AM. ................ 25

GRÁFICO 10.2.1.5.2-1: Distribuição diamétrica das espécies da ADA. ....................................................... 46

GRÁFICO 10.2.1.5.2-2: Frequência florística das famílias observadas na ADA do Porto do PIM, Manaus, AM. ............................................................................................................................................................ 47

GRÁFICO 10.2.1.5.2-3: Densidade relativa das espécies vegetais observadas na ADA do Porto do PIM, Manaus, AM. ......................................................................................................................................... 50

GRÁFICO 10.2.1.5.2-4: Frequência relativa das espécies arbóreas amostradas no levantamento fitossociológico realizado na ADA do Porto do PIM, Manaus, AM. ............................................................. 51

GRÁFICO 10.2.1.5.2-5: Dominância Relativa observada na ADA do Porto do PIM, Manaus, AM. ................. 51

GRÁFICO 10.2.1.5.2-6: Valor de importância das espécies arbóreas da ADA do Porto do PIM, Manaus, AM. 52

GRÁFICO 10.2.1.5.2-7: Valor de cobertura das espécies arbóreas da ADA do Porto do PIM, Manaus, AM. ... 52

GRÁFICO 10.2.1.5.2.1-1: Volume por Unidade Amostral da ADA. ............................................................. 57

GRÁFICO 10.2.1.5.2.2-1: Curva espécie área ADA. .................................................................................. 58

GRÁFICO 10.2.2.1.4-1: Curva de coletor para os mamíferos terrestres registrados na Área Diretamente Afetada (ADA) no Porto do PIM. ............................................................................................................. 85

GRÁFICO 10.2.2.1.4-2: Curva de coletor para os mamíferos terrestres registrados na Área de Influência Indireta (AID) no Porto do PIM. ............................................................................................................. 86

GRÁFICO 10.2.2.1.4-3: Curva de coletor para os morcegos registrados na Área Diretamente Afetada (ADA) no Porto novo de Manaus. ..................................................................................................................... 91

GRÁFICO 10.2.2.1.4-4: Curva de coletor para os morcegos registrados na Área de Influência Direta (AID) no Porto novo de Manaus. .......................................................................................................................... 91

GRÁFICO 10.2.2.2.4-1: Curva do coletor para a avifauna encontrada em toda a área do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM, considerando dados de registros avulsos e dos censos aquático-ripário e terrestre conjuntamente. ..................................................................................................................... 123

GRÁFICO 10.2.2.2.4-2: Curvas do coletor para a avifauna encontrada na área do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM, considerando dados de registros avulsos e dos censos aquático-ripário e terrestre separadamente. .................................................................................................................................. 123

Page 36: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xxxv

GRÁFICO 10.2.2.2.4-3: Índice pontual de abundância (IPA) por espécie para avifauna da transecção aquático-ripária na área de ADA do Porto do PIM. ................................................................................. 126

GRÁFICO 10.2.2.2.4-4: Índice pontual de abundância (IPA) por espécie nas transecções terrestres considerando separadamente a Área Diretamente Afetada (ADA) e a Área de Influência Direta (AID) do Porto do PIM. ...................................................................................................................................... 127

GRÁFICO 10.2.2.2.4-5: Taxas de capturas para a avifauna do Porto do PIM considerando a Área de Influência Direta e a Área Diretamente Afetada (AID e ADA). ................................................................ 128

GRÁFICO 10.2.2.3.4-1: Riqueza de espécies de répteis e anfíbios na Área Diretamente Afetada (ADA) e na Área de Influência Direta (AID) do Porto do PIM, Manaus, AM. ............................................................. 149

GRÁFICO 10.2.2.3.4-2: Número absoluto de indivíduos de cada espécie de réptil encontrada nas áreas de influência (ADA e AID) do Porto do PIM, Manaus, AM. ........................................................................... 150

GRÁFICO 10.2.2.3.4-3: Número absoluto de indivíduos de cada espécie de anfíbio encontrada nas áreas de influência (ADA e AID) do Porto do PIM, Manaus, AM. ........................................................................... 151

GRÁFICO 10.2.2.3.4-4: Curva de rarefação para a herpetofauna da Área Diretamente Afetada (ADA) e de influência direta (AID). ........................................................................................................................ 156

GRÁFICO 10.2.2.4.4-1: Curva de acúmulo de espécies para o levantamento de artropodofauna na AID e na ADA do Porto do PIM, Manaus, AM. A cor cinza representa o intervalo de confiança com α 0,05. ............ 169

GRÁFICO 10.2.3.1.4-1: Curva de coletor para os mamíferos aquáticos registrados na área de influência do Porto do PIM, Manaus, AM. .................................................................................................................. 179

GRÁFICO 10.2.3.3.3.1-1: Proporção em abundância das ordens encontradas na AII do Porto do PIM, Manaus, AM. ....................................................................................................................................... 205

GRÁFICO 10.2.3.3.3.1-2: Abundância das famílias de peixes encontradas na AII do Porto do PIM, Manaus, AM, (número de espécies de cada família entre parênteses). ................................................................. 208

GRÁFICO 10.2.3.3.4-1: Proporção em abundância das ordens encontradas na AID do Porto do PIM, Manaus, AM. .................................................................................................................................................... 217

GRÁFICO 10.2.3.3.4-2: Abundância das famílias de peixes encontradas na AID do Porto do PIM, Manaus, AM, (número de espécies de cada família entre parênteses). ................................................................. 219

GRÁFICO 10.2.3.5.4-1: Número de táxons do zooplâncton identificados em cada ponto de coleta, no rio Negro, Manaus, Amazonas. .................................................................................................................. 252

GRÁFICO 10.2.3.5.4-2: Composição dos principais grupos zooplâncton em cada ponto de coleta no rio Negro na AID do Porto do PIM, Manaus, Amazonas. ....................................................................................... 252

GRÁFICO 10.2.3.5.4-3: Curva de acumulação de táxons do zooplâncton para valores de riqueza observados em cinco amostras no rio Negro, na AID do Porto do PIM Manaus, Amazonas. ........................................ 253

GRÁFICO 10.2.3.5.4-4: Abundância dos grupos do zooplâncton presentes nos cinco pontos de coleta no rio Negro, na AID do Porto do PIM Manaus, Amazonas. ............................................................................. 253

GRÁFICO 10.2.3.5.4-5: Abundância de rotíferos registrados nos cinco pontos de amostragem no rio Negro, na AID do Porto do PIM, Manaus, Amazonas. ....................................................................................... 254

GRÁFICO 10.2.3.5.4-6: Abundância de cladóceros registrados nos cinco pontos de amostragem no rio Negro, na AID do Porto do PIM, Manaus, Amazonas. ....................................................................................... 255

GRÁFICO 10.2.3.5.4-7: Abundância de copépodos registrados nos cinco pontos de amostragem no rio Negro, na AID do Porto do PIM, Manaus, Amazonas. ............................................................................. 256

GRÁFICO 10.2.3.5.4-8: Abundância de protozoários registrados nos cinco pontos de amostragem no rio Negro, na AID do Porto do PIM, Manaus, Amazonas. ............................................................................. 256

GRÁFICO 10.2.3.5.4-9: Abundância total do zooplâncton em cada ponto amostrado no rio Negro, na AID do Porto do PIM, Manaus, Amazonas. ....................................................................................................... 257

GRÁFICO 10.2.3.5.4-10: Abundância dos grupos do zooplâncton em cada ponto de amostragem no rio Negro, na AID do Porto do PIM, Manaus, Amazonas. ............................................................................. 257

Page 37: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xxxvi

GRÁFICO 10.2.3.6.4-1: Curva do Coletor para Comunidade Fitoplanctônica. ........................................... 264

Gráfico 10.2.3.6.4-2: Distribuição dos grupos fitoplanctônicos nos pontos amostrados no rio Negro, na AID do Porto do PIM, Manaus, AM. ............................................................................................................. 265

GRÁFICO 10.2.3.6.4-3: Variação da densidade das comunidades fitoplanctônicas n nos pontos amostrados no rio Negro, na AID do Porto do PIM, Manaus, AM. ............................................................................. 267

GRÁFICO 10.2.3.6.4-4: Relação entre densidades das cianobactérias e do fitoplâncton total, nos pontos de amostragem no rio Negro, na AID do Porto do PIM, Manaus, AM. .......................................................... 268

GRÁFICO 10.2.3.6.4-5: Variação da riqueza taxonômica das comunidades fitoplanctônicas dos pontos de amostragem no rio Negro, na AID do Porto do PIM, Manaus, AM. .......................................................... 269

GRÁFICO 10.2.3.6.4-6: Variação dos índices de diversidade e equitabilidade das comunidades fitoplanctônicas nos pontos amostrados no rio Negro, na AID do Porto do PIM, Manaus, AM. .................. 270

VOLUME 4

GRÁFICO 10.3.3.3.1-1: Distribuição proporcional rural/urbana da população dos município da AII, 2010. ... 24

GRÁFICO 10.3.3.3.1-2: Dados da população de Manaus por grupo de idade. ............................................ 25

GRÁFICO 10.3.3.3.1-3: Dados da população de Iranduba por grupo de idade. .......................................... 25

GRÁFICO 10.3.3.3.1-4: Dados da população de Careiro da Várzea por grupo de idade. ............................. 26

GRÁFICO 10.3.3.4-1: Taxa de crescimento populacional intervalos censitários 1991-2000 e 2000-2010 dos municípios da AII. ................................................................................................................................. 29

GRÁFICO 10.3.3.4-2: Taxa de crescimento populacional intervalos censitários 1991-2000 e 2000-2010 dos municípios da AII. ................................................................................................................................. 30

GRÁFICO 10.3.3.5.1-1: Percentual de população urbana e rural do município de Manuas, 2010. ................ 32

GRÁFICO 10.3.3.5.2-1: Percentual de população urbana e rural do município de Careiro da Várzea, 2010. . 32

GRÁFICO 10.3.3.5.3-1: Percentual de população urbana e rural do município de Iranduba, 2010. .............. 33

GRÁFICO 10.3.4.4-1: Evolução da mão de obra do Polo Industrial de Manaus, 207-2012. .......................... 66

GRÁFICO 10.3.4.4-2: PIB per capita e PIB total do Mmunicípio de Manaus, 2002 - 2011............................ 67

GRÁFICO 10.3.4.4-3: PIB per capita e PIB total do Município de Iranduba, 2002 - 2011. ........................... 68

GRÁFICO 10.3.4.4-4: PIB per capta do município de Careiro da Várzea. ................................................... 69

GRÁFICO 10.3.4.7-1: Motivação de viagens dos turistas ao Amazonas via Manaus. ................................... 79

GRÁFICO 10.3.4.7-2: Número de turistas que visitaram Manaus via cruzeiros marítimos entre 2003 e 2010. ............................................................................................................................................................ 81

GRÁFICO 10.3.4.7-3: Número de navios de cruzeiros que aportaram em Manaus entre 2003 e 2010. ......... 81

GRÁFICO 10.3.5.2-1: Evolução do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDH-M de Careiro da Várzea, Iranduba e Manaus. .................................................................................................................. 84

GRÁFICO 10.3.5.3-1: Rede Estadual de Saúde no município de Manaus. .................................................. 85

VOLUME 5

GRÁFICO 11.4-1: Proporção dos impactos relacionados ao projeto do Porto do PIM avaliados quanto à sua magnitude. ........................................................................................................................................... 82

GRÁFICO 11.4-2: Proporção dos impactos relacionados ao projeto do Porto do PIM avaliados quanto à sua significância. ......................................................................................................................................... 82

Page 38: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xxxvii

GRÁFICO 11.4-3: Proporção dos impactos relacionados ao projeto do Porto do PIM com relação às etapas do empreendimento. .................................................................................................................................. 84

GRÁFICO 11.4-4: Proporção dos impactos relacionados ao projeto do Porto do PIM com relação ao meio afetado. ................................................................................................................................................ 85

Page 39: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xxxviii

QUADROS

VOLUME 1

QUADRO 2.4-1: Ficha de dados resumo do empreendimento. .................................................................. 17

QUADRO 2.5-1: Relação de Equipe técnica multidisciplinar responsável pela elaboração do EIA-Rima. ....... 18

QUADRO 2.5-2: Relação de Equipe técnica multidisciplinar responsável pela elaboração do EIA-Rima e número do cadastro no Ipaam. .............................................................................................................. 28

QUADRO 5.3.1-1: Diplomas legais federais pertinentes ao empreendimento Porto do PIM. ........................ 68

QUADRO 5.3.2-1: Diplomas legais estaduais pertinentes ao empreendimento Porto do PIM. ...................... 72

QUADRO 5.3.3-1: Diplomas legais municipais pertinentes ao empreendimento Porto do PIM. .................... 73

QUADRO 6.1.1-1: Características e infraestrutura do Porto Público de Manaus. ......................................... 80

QUADRO 6.1.2-1: Características e infraestrutura do TUP Super Terminais. .............................................. 84

QUADRO 6.1.3-1: Características e infraestrutura do TUP Porto Chibatão. ................................................ 86

QUADRO 8.1.1-1: Ficha de dados resumo do empreendimento. ............................................................. 121

QUADRO 8.2.1.3-1: Faseamento implantação do Porto do PIM ............................................................... 126

QUADRO 8.2.2-1: Capacidade dos pátios de contêires. .......................................................................... 132

QUADRO 8.2.2-2: Características e infraestrutura do Porto do PIM. ........................................................ 136

QUADRO 8.4.2-1: Valores e Parâmetros. ............................................................................................... 163

QUADRO 8.4.5-1: Cronograma de implantação do Porto do PIM............................................................. 174

QUADRO 8.4.6-1: Valor do empreendimento - Quatro fases de implantação. .......................................... 175

QUADRO 8.5.1-1: Produtividade e tempo de permanência dos tipos de cargas. ....................................... 176

QUADRO 8.5.4-1: Dimensionamento previsão de utilização dos sistemas de água e esgoto. .................... 178

QUADRO 8.5.6-1: Dimensionamento previsão de geração de resíduos. ................................................... 183

QUADRO 8.5.8-1: Situações de risco previstas na operação do Porto do PIM. ......................................... 189

QUADRO 8.5.9-1: Distribuição mão de obra direta ao longo período de concessão (25 anos). .................. 195

VOLUME 2

QUADRO 10.1.3.2-1: Informações sobre os conjuntos de dados utilizados para a caracterização climatológica e dos padrões meteorológicos locais. ...................................................................................................... 20

QUADRO 10.1.4.2.1-1: Classificação das sub-bacias do rio Amazonas, de acordo com a HidroWeb – ANA 2012b. .................................................................................................................................................. 28

QUADRO 10.1.4.2.2-1: Informações das estações fluviométricas e período dos dados de vazão analisados (coordenadas em WGS84). .................................................................................................................... 30

QUADRO 10.1.4.2.2-2: Informações das estações fluviométricas e período dos dados de cota analisados (coordenadas em WGS84). .................................................................................................................... 30

QUADRO 10.1.4.2.2-3: Valores mínimos, médios e máximos de vazão (m³/s) para as estações da ANA analisadas. ............................................................................................................................................ 33

QUADRO 10.1.4.2.2-4: Valores mínimos, médios e máximos de cota (cm) para as estações da ANA analisadas. ............................................................................................................................................ 36

Page 40: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xxxix

QUADRO 10.1.5.3-1: Classificação das sub-bacias do rio Amazonas, de acordo com a HidroWeb – ANA 2012b. .................................................................................................................................................. 38

QUADRO 10.1.8.2.1-1: Características das grades numéricas. ................................................................ 101

QUADRO 10.1.8.2.3-1: Classificação do RMAE por ranges segundo Walstra et al. (2001). ........................ 103

QUADRO 10.1.8.2.3-2: Parâmetros estimados da comparação dado x modelo. ........................................ 104

QUADRO 10.1.8.2.3-3: Parâmetros estimados da comparação das correntes (dado X modelo). ................ 105

QUADRO 10.1.9.3.3.1-1: Modelo Conceitual – Siderama. ....................................................................... 121

QUADRO 10.1.9.3.3.2-1: Coordenadas de posicionamento dos pontos de sondagem. .............................. 124

QUADRO 10.1.9.3.3.2-2: Coordenadas de posicionamento dos poços tubulares. ..................................... 124

QUADRO 10.1.9.3.3.3-1: Principais características das sondagens. ......................................................... 126

QUADRO 10.1.9.3.3.6-1: Resultados análises químicas de compostos inorgânicos realizadas nas amostras de água subterrânea. ............................................................................................................................... 149

QUADRO 10.1.9.3.3.6-2: Resultados análises químicas de compostos inorgânicos realizadas nas amostras de solo. ................................................................................................................................................... 151

QUADRO 10.1.9.4.2-1: Coordenadas de posicionamento dos pontos de sondagem. ................................. 155

QUADRO 10.1.9.4.3-1: Principais características das sondagens. ............................................................ 156

QUADRO 10.1.9.4.5-1: Resultados análises químicas de compostos inorgânicos realizadas nas amostras de solo. ................................................................................................................................................... 168

QUADRO 10.1.9.4.5-2: Resultados análises químicas de TPH nas amostras de solo. ................................ 170

VOLUME 3

QUADRO 10.2.1.4-1: Lista de espécies vegetais registradas na AID do Porto do PIM, Manaus, AM. ............ 22

QUADRO 10.2.1.4-2: Caracterização da vegetação amostrada na AID do Porto do PIM, Manaus, AM. ......... 26

QUADRO 10.2.1.5.2-1: Caracterização da vegetação amostrada nas parcelas instaladas na ADA do Porto do PIM, Manaus, AM. ................................................................................................................................. 43

QUADRO 10.2.2.1.3-1: Mamíferos registrados no levantamento da mastofauna na AII do Porto do PIM a partir de dados secundários. .................................................................................................................. 78

QUADRO 10.2.2.1.4-1: Mamíferos terrestres registrados na campanha realizada nas áreas amostrais ADA e AID do Porto do PIM, Manaus, AM. ......................................................................................................... 83

QUADRO 10.2.2.1.4-2: Morcegos registrados no levantamento da mastofauna nas áreas de influência direta e diretamente afetada do Porto do PIM, Manaus, AM. ............................................................................. 92

QUADRO 10.2.2.2.2.1-1: Descrição das áreas de amostragem Porto do Polo Industrial de Manaus – Porto do PIM, Manaus, AM. ................................................................................................................................. 99

QUADRO 10.2.2.2.3-1: Lista da avifauna de Manaus compilada a partir dos dados de campo do Porto do PIM e de dados de base (dados secundários sic) disponíveis na literatura para seis áreas da cidade. .............. 105

QUADRO 10.2.2.2.4-1: Lista de espécies de aves registradas no inventário das áreas de influência (AID e ADA) do empreendimento Porto do Polo Industrial de Manaus – Porto do PIM, Manaus, AM – entre 24/03/2012 e 12/04/2012. ................................................................................................................... 119

QUADRO 10.2.2.3.4-1: Lista de espécies da herpetofauna do Estudo de Impacto Ambiental-EIA do empreendimento Porto do Polo Industrial de Manaus - Porto do PIM. AID=Área de Influência Direta; ADA=Área Diretamente Afetada; NC=Não consta; BR= Baixo risco; MP=Menor preocupação; Voc=Vocalização; PLT=Procura limitada por tempo; PIT=Pitfall; EO=Encontro ocasional; Ser=Serrapilheira; Sol=Solo; Va=Vegetação aquática; Arb=arbustos; Gal=Galhos; Tr= Troncos; Arv=Árvores; Gram=Gramíneas; Par= Paredes; Al= Alagados. ................................................................................... 153

Page 41: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xl

QUADRO 10.2.2.4.4-1: Lista da artropodofauna terrestre registrada na AID e na ADA do Porto do PIM, Manaus, AM. ....................................................................................................................................... 168

QUADRO 10.2.2.4.4-2. Lista dos gêneros de formigas (Hymenoptera: Formicidae) registrados na AID e na ADA do Porto do PIM, Manaus, AM. ...................................................................................................... 169

QUADRO 10.2.3.1.3-1: Mamíferos registrados no levantamento da mastofauna aquática na AII do Porto do PIM a partir de dados secundários. ....................................................................................................... 178

QUADRO 10.2.3.2.3-1: Espécies de quelônios que ocorrem no município de Manaus, AII do empreendimento Porto do PIM. Nenhuma das espécies consta na lista nacional de espécies ameaçadas do MMA (2003). ... 187

QUADRO 10.2.3.3.4-1: Classificação das espécies amostradas na AID segundo os hábitos migratórios. .... 222

QUADRO 10.2.3.3-1: Lista das espécies encontradas no lago Tupé localizado na margem esquerda do rio Negro, segundo Soares e Yamamoto (2005), para o período de cheia e seca. ........................................ 237

QUADRO 10.2.3.3-2: Lista das espécies encontradas com maior abundância no lago Catalão, próximo da confluência dos rios Solimões e Negro, segundo do Vale (2003), para as épocas de cheia e seca. ............ 238

QUADRO 10.2.3.6.3-1: Espécies mais frequentes na região de Manaus, AII do empreendimento Porto do PIM, de acordo com o período amostral. ............................................................................................... 261

QUADRO 10.2.3.6.4-1: Listagem taxonômica dos organismos fitoplanctônicos inventariados. ................... 263

QUADRO 10.2.4.3-1: Síntese das Unidades de Conservação e outras áreas legalmente protegidas inseridas na Área de influência Indireta do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. Snuc: Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza; APA: Área de Proteção Ambiental; Arie: Área de Relevante Interesse Ecológico; RPPN: Reserva Particular do Patrimônio Natural; Semmas: Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade; Ceuc: Centro Estadual de Unidades de Conservação; ICMBio: Instituto Chico Mendes da Biodiversidade; Inpa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia; Iphan: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). ................................................................................................................. 275

VOLUME 4

QUADRO 10.3.2.3-1: Instrumentos de regulamentação territoriais. .......................................................... 13

QUADRO 10.3.2.4-1: Categorias de Uso do Solo do mapa de AID............................................................. 18

QUADRO 10.3.3.4-1 – Taxa de crescimento populacional intervalos censitários 1991-2000 e 2000-2010. .... 28

QUADRO 10.3.3.4-2: Taxa de crescimento populacional .......................................................................... 29

QUADRO 10.3.3.7-1: Municípios da RMM e Colônias de Pesca. ................................................................. 35

QUADRO 10.3.3.9.1-1: Síntese de aspectos econômicos, de subsistência e cultura das aldeias indígenas visitadas. .............................................................................................................................................. 44

QUADRO 10.3.3.9.2-1: Relação de comunidades ribeirinhas de Manaus e Careiro da Várzea e suas características fundamentais. ................................................................................................................. 49

QUADRO 10.3.3.9.2-2: Síntese de aspectos econômicos, de subsistência e cultura das comunidades ribeirinhas visitadas. .............................................................................................................................. 50

QUADRO 10.3.3.9.4-1: Principais casas de Santo da cidade de Manaus. ................................................... 54

QUADRO 10.3.3.9.4-2: Principais festas regionais das aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas da Área de Influência Indireta do empreendimento. ............................................................................................. 62

QUADRO 10.3.5.5.1-1: Serviços de Táxi. ................................................................................................. 95

QUADRO 10.3.6.1-1: Principais portos ou mais movimentados pontos de atraques de cargas/descargas e de passageiros. ........................................................................................................................................ 104

QUADRO 10.3.8.3-1: Sítios arqueológicos localizados num raio de seis quilômetros da área do empreendimento. ................................................................................................................................ 119

Page 42: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xli

VOLUME 5

QUADRO 11.2.1-1: Modelo do quadro da avaliação dos atributos dos potenciais impactos ambientais levantados. ............................................................................................................................................. 3

QUADRO 11.3-1: Matriz de interação e identificação de interferências, alterações, aspectos e impactos ambientais do Porto do PIM para a fase de planejamento. ......................................................................... 9

QUADRO 11.3-2: Matriz de interação e identificação de interferências, alterações, aspectos e impactos ambientais do Porto do PIM para a fase de implantação. ......................................................................... 10

QUADRO 11.3-3: Matriz de interação e identificação de interferências, alterações, aspectos e impactos ambientais do Porto do PIM para a fase de operação............................................................................... 11

QUADRO 11.3.1.1.1-1: Potencialização de processos erosivos/assoreamento. ........................................... 12

QUADRO 11.3.1.1.2-1: Inexistência de risco ao uso da área (passivo ambiental). ...................................... 13

QUADRO 11.3.1.2.1-1: Potencialização de processos erosivos/assoreamento. ........................................... 14

QUADRO 11.3.1.2.2-1: Geração de áreas de instabilidade física. .............................................................. 15

QUADRO 11.3.1.2.3-1: Alteração na qualidade das águas superficiais. ...................................................... 16

QUADRO 11.3.1.2.4-1: Interferência sobre o uso das águas (abastecimento público). ............................... 18

QUADRO 11.3.1.2.5-1: Alteração na qualidade dos sedimentos superficiais. .............................................. 19

QUADRO 11.3.1.2.6-1: Interferência sobre a hidrodinâmica do rio Negro. ................................................. 20

QUADRO 11.3.1.2.7-1: Alteração da qualidade do ar. .............................................................................. 21

QUADRO 11.3.1.3.1-1: Alteração na qualidade das águas superficiais. ...................................................... 22

QUADRO 11.3.1.3.2-1: Interferência sobre o uso das águas (abastecimento público). ............................... 23

QUADRO 11.3.1.3.3-1: Alteração na qualidade dos sedimentos superficiais. .............................................. 24

QUADRO 11.3.1.3.4-1: Interferência sobre a hidrodinâmica do rio Negro. ................................................. 25

QUADRO 11.3.1.3.5-1: Alteração na qualidade do ar. .............................................................................. 26

QUADRO 11.3.2.1.1-1: Interferência sobre a vegetação. .......................................................................... 27

QUADRO 11.3.2.1.2-1: Afugentamento da fauna silvestre (terrestre e aquática). ...................................... 28

QUADRO 11.3.2.1.3-1: Captura, manipulação, soltura e/ou morte de espécimes da fauna silvestre. ........... 29

QUADRO 11.3.2.2.1-1: Perda de espécimes vegetais. .............................................................................. 30

QUADRO 11.3.2.2.2-1: Geração e destinação de resíduos vegetais. .......................................................... 31

QUADRO 11.3.2.2.3-1: Intervenção nas margens do rio Negro. ................................................................ 32

QUADRO 11.3.2.2.4-1: Perda de habitat e de indivíduos (por morte ou afugentamento) da fauna terrestre. 35

QUADRO 11.3.2.2.5-1: Afugentamento da fauna terrestre. ...................................................................... 36

QUADRO 11.3.2.2.6-1: Caça e retirada de indivíduos da fauna terrestre. .................................................. 36

QUADRO 11.3.2.2.7-1: Contato entre a fauna silvestre e a fauna exótica domesticada, com riscos de predação e transmissão de doenças. ...................................................................................................... 37

QUADRO 11.3.2.2.8-1: Perda de habitat e de áreas de nidificação da avifauna aquática e ripária e quelônios. ............................................................................................................................................................ 38

QUADRO 11.3.2.2.9-1: Afugentamento e morte de indivíduos da mastofauna aquática, da avifauna aquática e ripária, dos quelônios e da ictiofauna. .................................................................................................. 39

QUADRO 11.3.2.2.10-1: Alteração na composição e na estrutura da biota aquática. .................................. 40

QUADRO 11.3.2.2.11-1: Alteração na composição e na estrutura da biota aquática. .................................. 41

Page 43: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xlii

QUADRO 11.3.2.2.12-1: Criação de novo habitat para a biota aquática. .................................................... 42

QUADRO 11.3.2.2.13-1: Proliferação de vetores, pragas e fauna sinantrópica. .......................................... 43

QUADRO 11.3.2.3.1-1: Caça e retirada de indivíduos da fauna silvestre (terrestre e aquática). .................. 44

QUADRO 11.3.2.3.2-1: Atropelamentos de indivíduos da fauna terrestre. ................................................. 45

QUADRO 11.3.2.3.3-1: Afugentamento da fauna terrestre. ...................................................................... 46

QUADRO 11.3.2.3.4-1: Interferência em ritmos biológicos da avifauna local. ............................................ 47

QUADRO 11.3.2.3.5-1: Proliferação de vetores, pragas e fauna sinantrópica. ............................................ 48

QUADRO 11.3.2.3.6-1: Afugentamento da fauna aquática (avifauna aquática e ripária, quelônios, mastofauna aquática e ictiofauna). ......................................................................................................... 50

QUADRO 11.3.2.3.7-1: Perda de indivíduos (morte) da fauna aquática. .................................................... 51

QUADRO 11.3.2.3.8-1: Alteração na estrutura da biota aquática. ............................................................. 52

QUADRO 11.3.2.3.9-1: Alteração na estrutura da biota aquática. ............................................................. 53

QUADRO 11.3.3.1.1-1: Oferta de concessão do Porto à iniciativa privada.................................................. 54

QUADRO 11.3.3.1.2-1: Geração de expectativas sobre o empreendimento. ............................................... 55

QUADRO 11.3.3.1.3-1: Interferência com Sítios Arqueológicos. ................................................................ 56

QUADRO 11.3.3.2.1-1: Interferência sobre o transporte de cargas e passageiros. ..................................... 57

QUADRO 11.3.3.2.2-1: Geração de empregos temporários. ...................................................................... 58

QUADRO 11.3.3.2.3-1: Geração de incômodos à população. .................................................................... 59

QUADRO 11.3.3.2.4-1: Aumento do risco de acidentes de trânsito. .......................................................... 60

QUADRO 11.3.3.2.5-1: Antropização da paisagem. .................................................................................. 61

QUADRO 11.3.3.2.6-1: Uso compartilhado com o gasoduto existente. ...................................................... 62

QUADRO 11.3.3.2.7-1: Aumento na procura por serviços públicos. ........................................................... 63

QUADRO 11.3.3.2.8-1: Resgate do patrimônio arqueológico da área do empreendimento. ......................... 64

QUADRO 11.3.3.2.9-1: Proliferação de doenças endêmicas. ..................................................................... 65

QUADRO 11.3.3.3.1-1: Interferência sobre o transporte de cargas e passageiros. ..................................... 66

QUADRO 11.3.3.3.2-1: Aumento da oferta de serviço portuário (carga). ................................................... 67

QUADRO 11.3.3.3.3-1: Geração de empregos. ........................................................................................ 68

QUADRO 11.3.3.3.4-1: Aumento da arrecadação tributária. ..................................................................... 69

QUADRO 11.3.3.3.5-1: Aumento no fluxo de veículos na rodovia BR-319. ................................................. 70

QUADRO 11.3.3.3.6-1: Diminuição do fluxo de veículos pesados circulando dentro da cidade. ................... 71

QUADRO 11.3.3.3.7-1: Aumento do fluxo de grandes embarcações. ......................................................... 72

QUADRO 11.3.3.3.8-1: Aumento na procura por serviços públicos. ........................................................... 73

QUADRO 11.3.3.3.9-1: Prejuízo a outras atividades econômicas. .............................................................. 74

QUADRO 11.3.3.3.10-1: Risco de acidentes com funcionários. ................................................................. 75

QUADRO 11.3.3.3.11-1: Proliferação de doenças endêmicas. ................................................................... 76

QUADRO 11.3.3.3.12-1: Aumento da demanda por transporte público. ..................................................... 77

QUADRO 11.4-1: Quadro Síntese dos Impactos Ambientais. .................................................................... 86

QUADRO 12.2.1.3-1: Indicadores de desempenho de Segurança do trabalho, Meio ambiente e Saúde ocupacional (SMS) dos Programas Ambientais do PIM. .......................................................................... 111

QUADRO 12.2.1.4.1-1: Relação de Documentos do SGI e suas derivações .............................................. 118

Page 44: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xliii

QUADRO 12.2.2.4.5-1: Inventário dos resíduos potencialmente gerados nas atividades de construção do Terminal Portuário do Porto do PIM. ..................................................................................................... 135

QUADRO 12.2.2.4.7-1: Classificação dos resíduos gerados - NBR ABNT 10.004. ...................................... 137

QUADRO 12.2.2.4.7-2: Classificação dos resíduos da construção civil. .................................................... 137

QUADRO 12.2.2.4.7-3: Classificação dos Resíduos Sólidos de Saúde – RSS. ............................................ 138

QUADRO 12.2.2.4.7-1: Classificação dos resíduos – cores padrões. ........................................................ 140

QUADRO 12.2.3.6.5-1: Protocolo de preservação e armazenamento para as amostras de efluentes. ........ 163

QUADRO 12.2.3.6.8-1: Periodicidade do monitoramento dos efluentes. .................................................. 164

QUADRO 12.2.4.4-1: Fases de Implantação do Terminal........................................................................ 169

QUADRO 12.2.4.15.1-1: Referência de Graduação dos Valores da Severidade. ........................................ 205

QUADRO 12.2.4.15.1-2: Classes de desempenho. ................................................................................. 206

QUADRO 12.2.7.3.4.3-1: Expectativa de resposta da comunidade de peixes às alterações ambientais. ..... 242

QUADRO 12.2.11.4-1: Faseamento implantação do Porto do PIM. .......................................................... 277

QUADRO 12.2.12.4.2-1: Periodicidade e conteúdo básico de treinamentos (SMS) .................................... 306

QUADRO 12.2.13.4-1: Principais atividades das vertentes de articulação, informação e monitoramento do Programa de Comunicação Social. ........................................................................................................ 317

QUADRO 12.2.13.4-2: Conteúdos a serem trabalhados. ......................................................................... 318

QUADRO 12.2.13.4-3: Conteúdo das informações. ................................................................................ 319

QUADRO 12.2.14.4-1: Atividades das vertentes de articulação, informação e monitoramento do Programa de Prevenção de Endemias. ...................................................................................................................... 325

QUADRO 12.2.15.2.1-1: Valores do Índice de Magnitude. ...................................................................... 329

QUADRO 12.2.15.2.1-2: Valores do Índice de Biodiversidade. ................................................................ 330

QUADRO12.2.15.2.1-3: Valores do Índice de Abrangência. .................................................................... 330

QUADRO 12.2.15.2.1-4: Valores do Índice de Temporalidade. ................................................................ 331

QUADRO 12.2.15.2.1-5: Valores do Índice de comprometimento de área prioritária. ............................... 331

QUADRO 12.2.15.3-1: Relação das Unidades de Conservação mais próximas ao empreendimento Porto do PIM. ................................................................................................................................................... 334

Page 45: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xliv

TABELAS

VOLUME 1

TABELA 5.2.2-1: Cálculo da taxa de autorização para desmatamento da vegetação com base na Lei Estadual nº 3.219/2007. VA = valor da autorização; ha = hectares; Tf = taxa fixa; N = número de hectares. .......... 62

TABELA 5.2.2-2: Cálculo da taxa de autorização para desmatamento da vegetação com base na Lei Estadual nº 3.785/2012. VA = valor da autorização; Nh = hectares; Tf = taxa fixa. ................................................ 63

TABELA 6.3-1: Capacidade (TEUs/ano) mínima estimada de movimentação de contêineres dos terminais portuários em operação e em projeto no município de Manaus. ............................................................. 107

TABELA 6.3-2: Estimativa do fluxo de caminhões por dia no Porto do PIM, considerando o horizonte implantação do terminal e a movimentação de contêineres por ano (Contêineres/ano). ........................... 111

TABELA 8.2.1.1-1: Premissas operacionais do Projeto Básico. ................................................................ 124

TABELA 8.2.1.1-2: Operação anual prevista - Projeto Básico. ................................................................. 124

TABELA 8.2.3-1: Equipamentos de pátio. .............................................................................................. 152

TABELA 8.2.3-2: Equipamentos no cais flutuante. ................................................................................. 153

TABELA 8.4.4.1-1: Cotas de implantação dos pátios de contêineres. ....................................................... 166

TABELA 8.4.4.1-2: Volumes movimentados (terraplenagem). ................................................................. 166

TABELA 8.5.1-1: Cargas previstas a serem movimentadas no Porto do PIM. ........................................... 175

TABELA 8.5.3-1: Estimativa do fluxo de caminhões por dia no Porto do PIM, considerando o horizonte implantação do terminal e a movimentação de contêineres por ano (Contêineres/ano). ........................... 177

VOLUME 2

TABELA 10.1.6.2.1-1: Localização dos pontos amostrais de água superficial para o empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ................................................................................................................................. 42

TABELA 10.1.6.2.2-1: Nomenclatura das amostras, profundidades mostradas ao longo da coluna d’água em cada ponto amostral e número de amostras por ponto amostral de água superficial. ................................. 44

TABELA 10.1.6.2.2-2: Protocolos para armazenamento, preservação e prazos para análises dos parâmetros a serem analisados na água superficial. ..................................................................................................... 46

TABELA 10.1.6.2.3-1: Nomenclatura dos pontos amostrais analisados segundo a revisão de dados históricos nas áreas de influência do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. .................................................. 49

TABELA 10.1.6.4.1-1: Parâmetros físico-químicos medidos in situ para amostras de água superficial na AID do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ..................................................................................... 58

TABELA 10.1.6.4.1-2: Resultados de metais e semimetais determinados nas amostras de água na área de influência direta do empreendimento do Porto do PIM, Manaus, AM. ........................................................ 61

TABELA 10.1.6.4.1-3: Resultados de Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA) determinados nas amostras de água na área de influência direta do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM.................. 63

TABELA 10.1.6.4.1-4: Resultados de pesticidas organoclorados (POC) determinados nas amostras de água na área de influência direta do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ............................................ 64

TABELA 10.1.6.4.1-5: Resultados de nutrientes determinados nas amostras de água na área de influência direta do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ............................................................................ 65

Page 46: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xlv

TABELA 10.1.6.4.1-6: Resultados de coliformes termotolerantes, turbidez e sólidos suspensos totais determinados nas amostras de água na área de influência direta do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ...................................................................................................................................................... 66

TABELA 10.1.6.4.1-7: Resultados de clorofila a, determinados nas amostras de água na área de influência direta do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ............................................................................ 67

TABELA 10.1.6.5.1-1: Parâmetros físico-químicos medidos in situ para amostras de água superficial na ADA do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ..................................................................................... 68

TABELA 10.1.6.5.1-2: Resultados de metais e semimetais determinados nas amostras de água na área diretamente afetada do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ...................................................... 69

TABELA 10.1.6.5.1-3: Resultados de Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA) determinados nas amostras de água na área diretamente afetada do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ............... 70

TABELA 10.1.6.5.1-4: Resultados de Pesticidas organoclorados (POC) determinados nas amostras de água na área diretamente afetada do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. .......................................... 71

TABELA 10.1.6.5.1-5: Resultados de nutrientes determinados nas amostras de água na área diretamente afetada do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ......................................................................... 72

TABELA 10.1.6.5.1-6: Resultados de coliformes termotolerantes, turbidez e sólidos suspensos totais determinados nas amostras de água na área diretamente afetada do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ......................................................................................................................................... 72

TABELA 10.1.6.5.1-7: Resultados de clorofila a determinada nas amostras de água na área diretamente afetada do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ......................................................................... 73

TABELA 10.1.7.2.1-1: Pontos de sedimentos superficiais amostrados e suas respectivas coordenadas de localização geográfica. ........................................................................................................................... 75

TABELA 10.1.7.2.2-1: Protocolos para armazenamento, preservação e prazos para análises dos parâmetros a serem analisados no sedimento superficial. ............................................................................................. 78

TABELA 10.1.7.2.2-2: Nomenclatura dos pontos amostrais analisados segundo a revisão de dados históricos nas áreas de influência do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. .................................................. 80

TABELA 10.1.7.4.1-1: Resultados dos parâmetros físico-químicos medidos em campo nas amostras de sedimentos na área de influência direta do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. .......................... 86

TABELA 10.1.7.4.2-1: Resultados de metais e semimetais determinados nas amostras de sedimentos superficiais na área de influência direta do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ........................... 87

TABELA 10.1.7.4.2-2: Resultados de bifenilas policloradas (PCB) determinadas nas amostras de sedimentos superficiais na área de influência direta do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ........................... 88

TABELA 10.1.7.4.2-3: Resultados de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA) determinados nas amostras de sedimentos superficiais na área de influência direta do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ...................................................................................................................................................... 89

TABELA 10.1.7.4.2-4: Resultados de pesticidas organoclorados (POC) determinados nas amostras de sedimentos superficiais na área de influência direta do empreendimento Porto do PIM. ............................. 90

TABELA 10.1.7.4.2-5: Resultados de granulometria determinados nas amostras de sedimentos superficiais na área de influência direta do empreendimento Porto do PIM. ................................................................ 91

TABELA 10.1.7.4.2-6: Resultados de carbono orgânico total e nutrientes determinados nas amostras de sedimentos superficiais na área de influência direta do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ......... 91

TABELA 10.1.7.5.1-1: Resultados dos parâmetros físico-químicos medidos in situ nas amostras de sedimentos superficiais na área diretamente afetada pelo empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ..... 92

TABELA 10.1.7.5.2-1: Resultados de metais e semimetais determinados nas amostras de sedimentos superficiais na área diretamente afetada pelo empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ...................... 93

TABELA 10.1.7.5.2.-2: Resultados de bifenilas policloradas (PCB) determinadas nas amostras de sedimentos superficiais na área de diretamente afetada pelo empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. .................. 94

Page 47: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xlvi

TABELA 10.1.7.5.2-3: Resultados de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA) determinados nas amostras de sedimentos superficiais na área diretamente afetada pelo empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ......................................................................................................................................... 95

TABELA 10.1.7.5.2-4: Resultados de pesticidas organoclorados (POC) determinados nas amostras de sedimentos superficiais na área diretamente afetada pelo empreendimento do Porto do PIM, Manaus, AM. 96

TABELA 10.1.7.5.2-5: Resultados da granulometria determinada nas amostras de sedimentos superficiais na área diretamente afetada pelo empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ............................................ 97

TABELA 10.1.7.5.2-6: Resultados de carbono orgânico total e nutrientes determinados nas amostras de sedimentos superficiais na área diretamente afetada pelo empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ..... 97

VOLUME 3

TABELA 10.2.1.2.1.2-1: Coordenadas dos pontos de levantamento florístico realizado em fragmentos florestais da AID do Porto do PIM, Manaus, AM. ........................................................................................ 3

TABELA 10.2.1.2.1.3-1: Coordenadas dos pontos de levantamento florístico e fitossociológico realizado na ADA do Porto do PIM, Manaus, AM. .......................................................................................................... 3

TABELA 10.2.1.5.2-1: Parâmetros Fitossociológicos das espécies registradas nas parcelas amostradas na Área Diretamente Afetada doPorto do PIM, Manaus, AM. ......................................................................... 48

TABELA 10.2.1.5.2.1-1: Volume de madeira dos indivíduos amostrados nas quatro parcelas do levantamento fitossociológico realizado na Área Diretamente Afetada (ADA) do Porto do PIM. ........................................ 53

TABELA 10.2.1.5.2.1-2: Parâmetros estatísticos do volume de biomassa da ADA. ...................................... 57

TABELA 10.2.1.5.2.2-1: Valores de diversidade de espécies registradas nas comunidades vegetais nas áreas diretamente e indiretamente afetadas. ................................................................................................... 58

TABELA 10.2.1.5.2.7-1: Quadro de áreas do das classes de uso do solo e cobertura vegetal da ADA do Porto do Polo Industrial de Manaus – Porto do PIM, Manaus, AM, inseridas ou não em Áreas de Preservação Permanente (*). .................................................................................................................................... 61

TABELA 10.2.2.1.2.1-1: Coordenadas dos pontos de amostragem e métodos utilizados nas coletas de grupo de mastofauna terretres nas AID e ADA do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. .......................... 68

TABELA 10.2.2.1.2.2-1: Coordenadas do ponto central dos seis transectos utilizados para a disposição de armadilhas de contenção para a amostragem de pequenos mamíferos na AID e na ADA do Porto do PIM, Manaus, AM. ......................................................................................................................................... 70

TABELA 10.2.2.1.2.2-2: Coordenadas dos pontos utilizados para cada grupo de armadilhas de interceptação e queda para a amostragem de pequenos mamíferos na AID e na ADA do Porto do PIM, Manaus, AM. ...... 72

TABELA 10.2.2.1.2.2-3: Coordenadas dos pontos utilizados para disposição de redes de neblina para a amostragem de quirópteros na AID e na ADA do Porto do PIM, Manaus, AM. ........................................... 75

TABELA 10.2.2.1.4-1: Esforço amostral e quantidade de registros para a amostragem dos mamíferos terrestres nas áreas amostrais do Porto do PIM, Manaus, AM. .................................................................. 82

TABELA 10.2.2.1.4-2: Frequência de ocorrência e abundância relativa dos mamíferos terrestres registrados durante o levantamento da mastofauna na ADA e na AID do Porto do PIM, Manaus, AM. .......................... 86

TABELA 10.2.2.1.4-3: Frequência de ocorrência e abundância relativa dos morcegos coletados em redes durante o levantamento da mastofauna nas áreas de estudo (ADA e AID) do Porto do PIM, Manaus, AM. .. 93

TABELA 10.2.2.2.2.1-1: Coordenadas dos pontos de amostragem de avifauna para o diagnóstico ambiental do Porto do PIM, Manaus, AM. ............................................................................................................. 101

TABELA 10.2.2.2.4-2: Localização e número de cavidades nos ninhais de martim-pescador-grande Megaceryle torquata nas áreas de influência do Porto do PIM. ............................................................... 131

TABELA 10.2.2.3.2.1-1: Coordenadas dos pontos de amostragens de herpetofauna terrestre na AID e na ADA do Porto do PIM, Manaus, AM, e respectivos métodos de amostragem. ........................................... 139

Page 48: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xlvii

TABELA 10.2.2.3.3-1: Compilação de dados secundários das espécies de répteis e anfíbios para a AII do Porto do PIM, Manaus, AM. .................................................................................................................. 144

TABELA 10.2.2.3.4-1: Resultados das análises estatísticas acerca dos répteis e anfíbios do Estudo de Impacto Ambiental-EIA do empreendimento: Porto do Polo Industrial de Manaus - Porto do PIM. ............ 156

TABELA 10.2.2.4.2.1-1: Coordenadas dos pontos amostrais de artropodofauna terrestre nas áreas de influência (AID e ADA) do Porto do PIM, Manaus, AM. ........................................................................... 162

TABELA 10.2.2.4.4-1: Abundância, riqueza e diversidade de espécies (Shannon) da artropodofauna terrestre registra na AID e na ADA do Porto do PIM, Manaus, AM. ....................................................................... 170

TABELA 10.2.3.1.2.1-1: Coordenadas dos pontos de amostragem (pontos fixos de visualização) de mastofauna aquática para o diagnóstico ambiental do Porto do PIM, Manaus, AM. .................................. 174

TABELA 10.2.3.1.4-1: Mamíferos aquáticos registrados no levantamento da mastofauna nas áreas de influência A(ID-ADA) do Porto do PIM, Manaus, AM. ............................................................................. 180

TABELA 10.2.3.2.2.1-1: Locais de amostragem de quelônios e esforço amostral, utilizando busca visual, nas áreas de influência do Porto do PIM. .................................................................................................... 182

TABELA 10.2.3.2.2.1-2: Coordenadas dos pontos amostrados com armadilhas trammel nets (TN), na Área de Influência Indireta e na Área de Influência Direta do Porto do PIM, e respectivo esforço amostral. ........... 183

TABELA 10.2.3.2.2.1-3: Coordenadas do ponto amostrado com armadilhas hoop traps (HT), na Área de Influência Direta do Porto do PIM, e respectivo esforço amostral. .......................................................... 183

TABELA 10.2.3.2.4-1: Quadro de resultado das entrevistas realizadas com pescadores/moradores das Áreas de Influência Indireta (AII), Direta (AID) e Área Diretamente Afetada do Porto do PIM (ADA). Abreviações: P= pescador; TR= Tempo de residência no local em anos. (*)=Espécies vulneráveis segundo IUCN (2011). 0 = ausência; 1 = presença. ................................................................................................................... 189

TABELA 10.2.3.3.2.1-1: Coordenadas dos pontos de amostragem de ictiofauna nas áreas de influência do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ........................................................................................ 192

TABELA 10.2.3.3.2.2-1: Técnicas e apetrechos de pesca usados em cada ponto de coleta e respectivas áreas de influência do Porto do PIM. ............................................................................................................. 198

TABELA 10.2.3.3.3.1-1: Listagem das espécies encontradas na AII do Porto do PIM, Manaus, AM, por ponto de coleta............................................................................................................................................. 202

TABELA 10.2.3.3.3.1-2: Distribuição da ictiofauna observada por pontos de coleta da AII do Porto do PIM, Manaus, AM. ....................................................................................................................................... 205

TABELA 10.2.3.3.3.1-3: Listagem das espécies encontradas na AII do Porto do PIM, Manaus, AM. ........... 206

TABELA 10.2.3.3.3.1-4: Distribuição da ictiofauna observada na AII do Porto do PIM, Manaus, AM. ......... 207

TABELA 10.2.3.3.3.1-5: Índices ecológicos da ictiofauna calculados para cada ponto de coleta da AII. ..... 209

TABELA 10.2.3.3.3.1-6: Classificação das espécies amostradas na AII segundo os hábitos migratórios ..... 212

TABELA 10.2.3.3.4-1: Listagem das espécies encontradas na AID do Porto do PIM, Manaus, AM, por ponto de coleta............................................................................................................................................. 214

TABELA 10.2.3.3.4-2: Distribuição da ictiofauna observada por pontos de coleta da AID do Porto do PIM, Manaus, AM. ....................................................................................................................................... 216

TABELA 10.2.3.3.4-3: Listagem das espécies encontradas na AID do Porto do PIM, Manaus, AM. ............ 217

TABELA 10.2.3.3.4-4: Distribuição da ictiofauna observada na AID do Porto do PIM, Manaus, AM. ........... 218

TABELA 10.2.3.3.4-5: Índices ecológicos da ictiofauna calculados para cada ponto de coleta da AID. ....... 219

TABELA 10.2.3.4.2.1-1: Coordenadas geográficas dos pontos de coleta de marcroinvertebrados bentônicos localizados na AID e ADA do Porto do PIM, Manaus, AM. ....................................................................... 239

TABELA 10.2.3.5.2.1-1: Coordenadas dos pontos de coleta de zooplâncton no rio Negro, para o diagnóstico do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ................................................................................... 244

Page 49: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xlviii

TABELA 10.2.3.5.4-1: Composição e abundância do zooplâncton em cinco pontos de coleta (ZP-01, ZP-02, ZP-03, ZP-04 e ZP-05) localizados na área de influência do empreendimento Porto do PIM, no rio Negro, Manaus, Amazonas. ............................................................................................................................. 249

TABELA 10.2.3.5.4-2: Valores do Índice de diversidade de Shannon- Wiener e Equitabilidade de cada ponto de amostragem de zooplânctom no rio Negro, na AID do Porto do PIM, Manaus, Amazonas. ................... 258

TABELA 10.2.3.6.4-1: Densidade total (ind.mL-1), índices de diversidade (Shannon-Wiener) e equitabilidade (Pielou) dos pontos de amostragem de fitoplâncton no rio Negro, na AID do Porto do PIM, Manaus, AM. . 266

VOLUME 4

TABELA 10.3.3.3.1-1: População dos municípios da AII, 2010. ................................................................. 23

TABELA 10.3.3.6-1: Domicílios Permanentes em 2010. ............................................................................ 33

TABELA 10.3.3.7-1: Descrição das associações representativas dos pescadores e quantidade de associados no Estado do Amazonas. ........................................................................................................................ 35

TABELA 10.3.3.7-2: Identificação das Colônias de Pesca presentes na AII do empreendimento. ................. 36

TABELA 10.3.3.9.1-1: Características das comunidades indígenas da AII. ................................................. 44

TABELA 10.3.4.3-1: Evolução do Produto Interno Bruto da AII, 2000 – 2009. ........................................... 64

TABELA 10.3.4.4-1: Saldo de empregos na indústria de transformação de Manaus, 2007-2012 .................. 66

TABELA 10.3.4.5-1: Repasses federais e estaduais ao município de Iranduba. .......................................... 70

TABELA 10.3.4.5-2 Repasses federais e estaduais ao município de Careiro da Várzea. ............................... 70

TABELA 10.3.4.7-1: Distribuição dos turistas residentes no Brasil e no Exterior segundo a ocupação. ......... 80

TABELA 10.3.5.2-1: Classificação dos municípios da AII segundo o IDH-M. ............................................... 83

TABELA 10.3.5.3-1: Quantitativo de casos de algumas doenças em Manaus. ............................................ 87

TABELA 10.3.5.3-2: Ocorrências de Doenças de Veiculação Hídrica na AID e no município de Manaus, 2007 – 2011. .................................................................................................................................................... 88

TABELA 10.3.5.3-3: Programas de Saúde da Rede Estadual e Municipal de Manaus. ................................. 89

TABELA 10.3.5.3-4: Programa de Saúde da Rede Estadual e Municipal de Iranduba. ................................. 90

TABELA 10.3.5.3-5: Programas de Saúde da Rede Municipal de Careiro da Várzea. ................................... 90

TABELA 10.3.5.4-1: Estabelecimentos de ensino da rede estadual em Manaus. ......................................... 91

TABELA 10.3.5.4-3: Rede de ensino estadual e municipal na AID do Porto do PIM. ................................... 91

TABELA 10.3.5.5.1-1: Empresas de transporte coletivo existentes em Manaus. ......................................... 95

TABELA 10.3.8.6.1-1: Coordenadas dos pontos de incidência de Cerâmica Indígena na área imediatamente vizinha à ADA do empreendimento. ...................................................................................................... 139

VOLUME 5

TABELA 10.3.3.3.1-1: População dos municípios da AII, 2010. ................................................................. 23

TABELA 10.3.3.6-1: Domicílios Permanentes em 2010. ............................................................................ 33

TABELA 10.3.3.7-1: Descrição das associações representativas dos pescadores e quantidade de associados no Estado do Amazonas. ........................................................................................................................ 35

TABELA 10.3.3.7-2: Identificação das Colônias de Pesca presentes na AII do empreendimento. ................. 36

TABELA 10.3.3.9.1-1: Características das comunidades indígenas da AII. ................................................. 44

TABELA 10.3.4.3-1: Evolução do Produto Interno Bruto da AII, 2000 – 2009. ........................................... 64

Page 50: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice Geral xlix

TABELA 10.3.4.4-1: Saldo de empregos na indústria de transformação de Manaus, 2007-2012 .................. 66

TABELA 10.3.4.5-1: Repasses federais e estaduais ao município de Iranduba. .......................................... 70

TABELA 10.3.4.5-2 Repasses federais e estaduais ao município de Careiro da Várzea. ............................... 70

TABELA 10.3.4.7-1: Distribuição dos turistas residentes no Brasil e no Exterior segundo a ocupação. ......... 80

TABELA 10.3.5.2-1: Classificação dos municípios da AII segundo o IDH-M. ............................................... 83

TABELA 10.3.5.3-1: Quantitativo de casos de algumas doenças em Manaus. ............................................ 87

TABELA 10.3.5.3-2: Ocorrências de Doenças de Veiculação Hídrica na AID e no município de Manaus, 2007 – 2011. .................................................................................................................................................... 88

TABELA 10.3.5.3-3: Programas de Saúde da Rede Estadual e Municipal de Manaus. ................................. 89

TABELA 10.3.5.3-4: Programa de Saúde da Rede Estadual e Municipal de Iranduba. ................................. 90

TABELA 10.3.5.3-5: Programas de Saúde da Rede Municipal de Careiro da Várzea. ................................... 90

TABELA 10.3.5.4-1: Estabelecimentos de ensino da rede estadual em Manaus. ......................................... 91

TABELA 10.3.5.4-3: Rede de ensino estadual e municipal na AID do Porto do PIM. ................................... 91

TABELA 10.3.5.5.1-1: Empresas de transporte coletivo existentes em Manaus. ......................................... 95

TABELA 10.3.8.6.1-1: Coordenadas dos pontos de incidência de Cerâmica Indígena na área imediatamente vizinha à ADA do empreendimento. ...................................................................................................... 139

Page 51: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice i

ÍNDICE

VOLUME 5

11. AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS E PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS ......................................................................................................... 1

11.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1

11.2 MÉTODO ................................................................................................................ 1

11.2.1 Identificação de impactos ............................................................................... 1

11.2.2 Caracterização dos impactos .......................................................................... 5

11.3 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ......................................................... 8

11.3.1 Impactos sobre o Meio Físico ........................................................................ 12

11.3.1.1 Fase de Planejamento .................................................................................... 12

11.3.1.2 Fase de Implantação ...................................................................................... 14

11.3.1.3 Fase de Operação .......................................................................................... 21

11.3.2 Impactos sobre o Meio Biótico ...................................................................... 26

11.3.2.1 Fase de Planejamento .................................................................................... 26

11.3.2.2 Fase de Implantação ...................................................................................... 29

11.3.2.3 Fase de Operação .......................................................................................... 43

11.3.3 Impactos sobre o Meio Socioeconômico......................................................... 53

11.3.3.1 Fase de Planejamento .................................................................................... 53

11.3.3.2 Fase de Implantação ...................................................................................... 57

11.3.3.3 Fase de Operação .......................................................................................... 66

11.3.4 Componentes ambientais não impactados ..................................................... 77

11.3.4.1 Unidades de Conservação e Outras Áreas Legalmente Protegidas ...................... 78

11.3.4.2 Tombamento do Encontro das Águas .............................................................. 78

11.3.4.3 Comunidades Tradicionais .............................................................................. 79

11.3.4.4 Atividade de Pesca ......................................................................................... 79

11.3.4.5 Vila da Felicidade ........................................................................................... 80

11.3.4.6 Uso e Ocupação do Solo ................................................................................. 80

11.4 SÍNTESE E CONCLUSÕES DOS IMPACTOS ............................................................... 81

11.5 DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA ............................................................. 96

11.5.1 Área de Influência Indireta – AII. .................................................................. 96

11.5.2 Área de Influência Direta – AID. ................................................................... 96

11.5.3 Área Diretamente Afetada – ADA. ................................................................. 97

12. PLANOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS .................................................................. 102

12.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................102

12.2 PROGRAMAS ........................................................................................................104

Page 52: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice ii

12.2.1 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL ..................................................................106

12.2.1.1 Apresentação e Justificativa ...........................................................................106

12.2.1.2 Objetivos .....................................................................................................108

12.2.1.3 Indicadores e Metas ......................................................................................109

12.2.1.4 Procedimentos Metodológicos e Atividades .....................................................115

12.2.1.5 Aspectos Ambientais e de Saúde e Segurança .................................................122

12.2.1.6 Público Alvo .................................................................................................122

12.2.1.7 Recursos Materiais e Humanos ......................................................................122

12.2.1.8 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais .............................................123

12.2.1.9 Inter-relação com Outros Programas Ambientais .............................................124

12.2.1.10 Etapa do Empreendimento...........................................................................125

12.2.1.11 Cronograma de Execução ............................................................................125

12.2.1.12 Responsável pela Implementação do Programa .............................................125

12.2.1.13 Sistemas de Registro ...................................................................................125

12.2.2 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................126

12.2.2.1 Apresentação e Justificativa ...........................................................................126

12.2.2.2 Objetivos .....................................................................................................127

12.2.2.3 Indicadores e Metas ......................................................................................128

12.2.2.4 Metodologia, Procedimentos e Descrição do Programa .....................................130

12.2.2.5 Público Alvo .................................................................................................152

12.2.2.6 Recursos Materiais e Humanos ......................................................................152

12.2.2.7 Responsabilidade pela Implementação do Programa ........................................152

12.2.2.8 Interferência com Outros Programas Ambientais .............................................153

12.2.2.9 Etapa do Empreendimento e Cronograma .......................................................153

12.2.2.10 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais ...........................................153

12.2.2.11 Sistema de Registro ....................................................................................155

12.2.3 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS .........................156

12.2.3.1 Introdução ...................................................................................................156

12.2.3.2 Justificativa ..................................................................................................157

12.2.3.3 Objetivos .....................................................................................................158

12.2.3.4 Metas e Indicadores de Desempenho .............................................................158

12.2.3.5 Público Alvo .................................................................................................159

12.2.3.6 Procedimentos Metodológicos ........................................................................159

12.2.3.7 Responsável pela Implementação do Programa ...............................................164

12.2.3.8 Instituições Envolvidas ..................................................................................164

12.2.3.9 Recursos Materiais e Humanos ......................................................................165

12.2.3.10 Inter-relação com Outros Programas Ambientais ...........................................165

Page 53: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice iii

12.2.3.11 Atendimento a Requisitor Legais e Institucionais ...........................................165

12.2.3.12 Cronograma de Execução ............................................................................166

12.2.3.13 Acompanhamento e Avaliação (Sistemas de Registro) ....................................166

12.2.4 PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO – PCA-C.......................167

12.2.4.1. Apresentação e Justificativa ..........................................................................167

12.2.4.2. Objetivos ....................................................................................................167

12.2.4.3. Metas .........................................................................................................168

12.2.4.4. Descrição das Instalações e Fases de Implantação do Porto do PIM .................169

12.2.4.5. Descrição Geral das Atividades de Construção ................................................171

12.2.4.6. Procedimentos Metodológicos e Atividades ....................................................178

12.2.4.7. Aspectos Ambientais ....................................................................................196

12.2.4.8. Público Alvo ................................................................................................197

12.2.4.9 Recursos Materiais e Humanos ......................................................................197

12.2.4.10 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais ...........................................197

12.2.4.11 Inter-relação com Outros Programas Ambientais ...........................................200

12.2.4.12 Etapa do Empreendimento...........................................................................200

12.2.4.13 Cronograma de Execução ............................................................................200

12.2.4.14 Responsável pela Implementação do Programa .............................................200

12.2.4.15 Sistemas de Registro ...................................................................................201

12.2.5 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA ........................209

12.2.5.1 Apresentação e Justificativa ...........................................................................209

12.2.5.2 Objetivos .....................................................................................................209

12.2.5.3 Metas ..........................................................................................................209

12.2.5.4 Metodologia e Descrição do Programa ............................................................209

12.2.5.5 Aspectos Ambientais .....................................................................................212

12.2.5.6 Público-alvo .................................................................................................212

12.2.5.7 Recursos Materiais e Humanos ......................................................................213

12.2.5.8 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais .............................................213

12.2.5.9 Inter-relação com Outros Programas Ambientais .............................................213

12.2.5.10 Etapa do Empreendimento...........................................................................213

12.2.5.11 Cronograma de Execução ............................................................................213

12.2.5.12 Responsável pela Implementação do Programa .............................................213

12.2.5.13 Sistemas de Registro ...................................................................................214

12.2.6 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DOS SEDIMENTOS ..........214

12.2.6.1 Apresentação e Justificativa ...........................................................................214

12.2.6.2 Objetivos .....................................................................................................214

12.2.6.3 Metas ..........................................................................................................214

Page 54: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice iv

12.2.6.4 Metodologia e Descrição do Programa ............................................................214

12.2.6.5 Aspectos Ambientais .....................................................................................218

12.2.6.6 Público-Alvo .................................................................................................218

12.2.6.7 Recursos Materiais e Humanos ......................................................................218

12.2.6.8 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais .............................................219

12.2.6.9 Inter-relação com Outros Programas Ambientais .............................................219

12.2.6.10 Etapa do Empreendimento...........................................................................219

12.2.6.11 Cronograma de Execução ............................................................................219

12.2.6.12 Responsável pela Implementação do Programa .............................................219

12.2.6.13 Sistemas de Registro ...................................................................................219

12.2.7 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA FAUNA E BIOINDICADORES ................220

12.2.7.1 Subprograma de Monitoramento da Fauna de Vertebrados Terrestres ...............220

12.2.7.2 Subprograma de Monitoramento do Sauim-de-Coleira ......................................233

12.2.7.3 Subprograma de Monitoramento da Biota Aquática ..........................................236

12.2.8 PROGRAMA DE CONTROLE DE SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃO E RESGATE DE FAUNA ......................................................................................................250

12.2.8.1 Apresentação e justificativa ...........................................................................250

12.2.8.2 Objetivos .....................................................................................................251

12.2.8.3 Metas ..........................................................................................................252

12.2.8.4 Métodos.......................................................................................................252

12.2.8.5 Inspeção Ambiental ......................................................................................266

12.2.8.6 Elaboração de Relatório Técnico ....................................................................266

12.2.8.7 Responsáveis Técnicos ..................................................................................267

12.2.8.8 Público-Alvo .................................................................................................267

12.2.8.9 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais .............................................267

12.2.8.10 Interação com Outros Planos e Programas ....................................................267

12.2.8.11 Cronograma e Etapa do Empreendimento .....................................................268

12.2.8.12 Responsável Pela Implementação do Programa .............................................268

12.2.8.13 Sistemas de Registro ...................................................................................268

12.2.9 PROGRAMA DE CONTROLE DE VETORES E PRAGAS URBANAS .......................268

12.2.9.1 Apresentação e Justificativa ...........................................................................268

12.2.9.2 Objetivos .....................................................................................................268

12.2.9.3 Metas ..........................................................................................................268

12.2.9.4 Metodologia e Descrição do Programa ............................................................268

12.2.9.5 Aspectos Ambientais .....................................................................................269

12.2.9.6 Público-alvo .................................................................................................270

12.2.9.7 Recursos Materiais e Humanos ......................................................................270

Page 55: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice v

12.2.9.8 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais .............................................270

12.2.9.9 Inter-relação com Outros Programas ..............................................................270

12.2.9.10 Etapa do Empreendimento...........................................................................270

12.2.9.11 Cronograma de Execução ............................................................................270

12.2.9.12 Responsável pela Implementação do Programa .............................................270

12.2.9.13 Sistemas de Registro ...................................................................................270

12.2.10 PROGRAMA DE PROSPECÇÃO E GESTÃO DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO .270

12.2.10.1 Apresentação e Justificativa .........................................................................271

12.2.10.2 Objetivos ...................................................................................................271

12.2.10.3 Metodologia e Descrição do Programa ..........................................................271

12.2.10.4 Recursos Materiais e Humanos .....................................................................271

12.2.10.5 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais ...........................................272

12.2.10.6 Inter-relação com Outros Programas ............................................................272

12.2.10.7 Etapa do Empreendimento...........................................................................272

12.2.10.8 Cronograma de Execução ............................................................................272

12.2.10.9 Responsável pela Implementação do Programa .............................................272

12.2.10.10 Para as Ações de Educação Patrimonial .......................................................272

12.2.11 PROGRAMA DE CONTROLE AMBIENTAL DA OPERAÇÃO – PCA-O ..................273

12.2.11.1 Apresentação e Justificativa .........................................................................273

12.2.11.2 Objetivos ...................................................................................................274

12.2.11.3 Indicadores de Metas ..................................................................................274

12.2.11.4 Descrição das Instalaçõaes e Fases de Implantação do Porto do PIM ..............275

12.2.11.5 Procedimentos Metodológicos e Atividades ....................................................281

12.2.11.6 Público-Alvo ...............................................................................................294

12.2.11.7 Recursos Materiais e Humanos .....................................................................295

12.2.11.8 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais ...........................................295

12.2.11.9 Inter-relação com Outros Programas Ambientais ...........................................299

12.2.11.10 Etapa do Empreendimento .........................................................................299

12.2.11.11 Cronograma de Execução ..........................................................................299

12.2.11.12 Responsável pela Implementação do Programa ...........................................299

12.2.11.13 Sistemas de Registro .................................................................................300

12.2.12 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, SAÚDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES ......................................................................................301

12.2.12.1 Apresentação e Justificativa .........................................................................301

12.2.12.2 Objetivos ...................................................................................................302

12.2.12.3 Metas ........................................................................................................303

12.2.12.4 Metodologia e Descrição do Programa ..........................................................304

Page 56: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice vi

12.2.12.5 Público-Alvo ...............................................................................................311

12.2.12.6 Recursos Materiais e Humanos .....................................................................311

12.2.12.7 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais ...........................................312

12.2.12.8 Inter-relação com Outros Programas Ambientais ...........................................313

12.2.12.9 Etapa do Empreendimento...........................................................................313

12.2.12.10 Cronograma de execução ..........................................................................313

12.2.12.11 Responsável pela Implementação do Programa ...........................................313

12.2.12.12 Sistemas de Registro .................................................................................314

12.2.13 PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL .....................................................314

12.2.13.1. Apresentaçãoe Justificativa .........................................................................314

12.2.13.2 Objetivos ...................................................................................................314

12.2.13.3 Metas ........................................................................................................315

12.2.13.4 Metodologia e Descrição do Programa ..........................................................315

12.2.13.5 Aspectos Ambientais ...................................................................................322

12.2.13.6 Público-Alvo ...............................................................................................322

12.2.13.7 Recursos Materiais e Humanos .....................................................................322

12.2.13.8 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais ...........................................322

12.2.13.9 Inter-relação com Outros Programas Ambientais ...........................................322

12.2.13.10 Etapa do Empreendimento .........................................................................323

12.2.13.11 Cronograma de Execução ..........................................................................323

12.2.13.12 Responsável pela Implementação do Programa ...........................................323

12.2.13.13 Sistemas de Registro .................................................................................323

12.2.14 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE ENDEMIAS ................................................323

12.2.14.1. Apresentação e Justificativa ........................................................................323

12.2.14.2 Objetivos ...................................................................................................324

12.2.14.3 Metas ........................................................................................................324

12.2.14.4 Metodologia e Descrição do Programa ..........................................................324

12.2.14.5 Aspectos Ambientais ...................................................................................326

12.2.14.6 Público-Alvo ...............................................................................................326

12.2.14.7 Recursos MAteriais e Humanos ....................................................................326

12.2.14.8 Atendimento a Requisitos Legais e Institucionais ...........................................326

12.2.14.9 Inter-relação com Outros Programas Ambientais ...........................................326

12.2.14.10 Etapa do Empreendimento .........................................................................326

12.2.14.11 Cronograma de Execução ..........................................................................326

12.2.14.12 Responsável pela Implementação do Programa ...........................................327

12.2.14.13 Sistemas de Registro .................................................................................327

12.2.15 PROGRAMA DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL (Snuc) ....................................327

Page 57: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice vii

12.2.15.1 Apresentação e Justificativa .........................................................................327

12.2.15.2 Cálculo do Valor da Compensação Ambiental .................................................328

12.2.15.3 Unidades de Conservação Inseridas na Área de Influência do Empreendimento333

13. PROGNÓSTICO ..................................................................................................... 335

13.1 CENÁRIO FUTURO COM A IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ............................335

13.2 CENÁRIO FUTURO SEM A IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ............................338

14. CONCLUSÃO ......................................................................................................... 340

Page 58: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice viii

DESENHOS

DESENHO AI 11.5-1: AII do Porto do PIM ............................................................................................... 98

DESENHO AI 11.5-2: AID do Porto do PIM (MEIO FÍSICO E BIÓTICO) ...................................................... 99

DESENHO AI 11.5-3: AID do Porto do PIM (MEIO SOCIOECONÔMICO) .................................................. 100

DESENHO AI 11.5-4: ADA do Porto do PIM ........................................................................................... 101

DESENHO AGU 12.2.5-1: Pontos de monitoramento de água superficial ................................................. 210

DESENHO SED 12.2.6-1: Pontos de monitoramento de sedimentos superficiais ....................................... 216

DESENHO HERP 12.2.7-1: Pontos de monitoramento da herpetofauna terrestre ...................................... 225

DESENHO MAST 12.2.7-1: Pontos de monitoramento da mastofauna terrestre ........................................ 226

DESENHO AVI 12.2.7-1: Pontos de monitoramento da avifauna terrestre e aquática ............................... 227

DESENHO ZOOFITO 12.2.7-1: Pontos de monitoramento de fitoplâncton e zooplâncton .......................... 238

DESENHO BENT 12.2.7-1: Pontos de Monitoramento de Macroinvertebrados Bentônicos ......................... 240

DESENHO ICTI 12.2.7-1: Pontos de monitoramento de ictiofauna .......................................................... 243

DESENHO MAM 12.2.7-1: Pontos de monitoramento de mastofauna aquática ......................................... 245

DESENHO QUEL 12.2.7-1: Pontos de monitoramento de quelônios ......................................................... 248

DESENHO 03734-MA-00-DSK-0003: Layout Porto do PIM ...................................................................... 278

Page 59: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice ix

FIGURAS

FIGURA 11.3.4.1-1: Reprodução do Desenho UCAID 10.2.4-2, indicando a localização da área do Porto do PIM e as Unidades de Conservação mais próximas. O referido desenho pode ser consultado no item 12.2.15 deste EIA. ............................................................................................................................................. 78

FIGURA 12.2-1: Organograma dos planos e programas propostos para o empreendimento Porto do PIM. 105

FIGURA 12.2.1.4.1-1: Modelo de sistema de gestão ambiental, baseado na metodologia PDCA. ............... 117

FIGURA 12.2.2.3-1: Modelo de Controle de Geração e Destinação de Resíduos (CGDR). .......................... 129

FIGURA 12.2.2.4.7-1: Modelo de Etiqueta para Resíduos Perigosos. ....................................................... 141

FIGURA 12.2.2.4.8.1-1: Tabela de Incompatibilidade Química entre Resíduos. ........................................ 142

FIGURA 12.2.2.4.16-1: Modelo de Etiqueta para Resíduos Perigosos. ..................................................... 147

FIGURA 12.2.2.4.16-2: Check-list de veículos para transporte de resíduos. ............................................. 149

FIGURA 12.2.2.4.18-1: Modelo de Cadastro de Fornecedores. ................................................................ 151

FIGURA 12.2.4.4-1: Localização dos Pátios de Contêineres. ................................................................... 170

FIGURA 12.2.4.5.2-1: Localização do Canteiro de Obras. ....................................................................... 172

FIGURA 12.2.4.5.10-2: Seção-tipo de Pavimento. .................................................................................. 176

FIGURA 12.2.4.15.1-1: Fluxograma simplificado das etapas necessárias para realização das Inspeções Comportamentais. ............................................................................................................................... 208

FIGURA 12.2.11.4-1: Localização dos Pátios de Contêineres................................................................... 276

FIGURA 12.2.15.2.1-1: Características da região de implantação do Porto do PIM (polígono azul), com base no mapa de Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira ou Áreas Prioritárias para a Biodiversidade (MMA, 2007). .................................. 332

Page 60: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice x

GRÁFICOS

GRÁFICO 11.4-1: Proporção dos impactos relacionados ao projeto do Porto do PIM avaliados quanto à sua magnitude. ........................................................................................................................................... 82

GRÁFICO 11.4-2: Proporção dos impactos relacionados ao projeto do Porto do PIM avaliados quanto à sua significância. ......................................................................................................................................... 82

GRÁFICO 11.4-3: Proporção dos impactos relacionados ao projeto do Porto do PIM com relação às etapas do empreendimento. .................................................................................................................................. 84

GRÁFICO 11.4-4: Proporção dos impactos relacionados ao projeto do Porto do PIM com relação ao meio afetado. ................................................................................................................................................ 85

Page 61: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice xi

QUADROS

QUADRO 11.2.1-1: Modelo do quadro da avaliação dos atributos dos potenciais impactos ambientais levantados. ............................................................................................................................................. 3

QUADRO 11.3-1: Matriz de interação e identificação de interferências, alterações, aspectos e impactos ambientais do Porto do PIM para a fase de planejamento. ......................................................................... 9

QUADRO 11.3-2: Matriz de interação e identificação de interferências, alterações, aspectos e impactos ambientais do Porto do PIM para a fase de implantação. ......................................................................... 10

QUADRO 11.3-3: Matriz de interação e identificação de interferências, alterações, aspectos e impactos ambientais do Porto do PIM para a fase de operação............................................................................... 11

QUADRO 11.3.1.1.1-1: Potencialização de processos erosivos/assoreamento. ........................................... 12

QUADRO 11.3.1.1.2-1: Inexistência de risco ao uso da área (passivo ambiental). ...................................... 13

QUADRO 11.3.1.2.1-1: Potencialização de processos erosivos/assoreamento. ........................................... 14

QUADRO 11.3.1.2.2-1: Geração de áreas de instabilidade física. .............................................................. 15

QUADRO 11.3.1.2.3-1: Alteração na qualidade das águas superficiais. ...................................................... 16

QUADRO 11.3.1.2.4-1: Interferência sobre o uso das águas (abastecimento público). ............................... 18

QUADRO 11.3.1.2.5-1: Alteração na qualidade dos sedimentos superficiais. .............................................. 19

QUADRO 11.3.1.2.6-1: Interferência sobre a hidrodinâmica do rio Negro. ................................................. 20

QUADRO 11.3.1.2.7-1: Alteração da qualidade do ar. .............................................................................. 21

QUADRO 11.3.1.3.1-1: Alteração na qualidade das águas superficiais. ...................................................... 22

QUADRO 11.3.1.3.2-1: Interferência sobre o uso das águas (abastecimento público). ............................... 23

QUADRO 11.3.1.3.3-1: Alteração na qualidade dos sedimentos superficiais. .............................................. 24

QUADRO 11.3.1.3.4-1: Interferência sobre a hidrodinâmica do rio Negro. ................................................. 25

QUADRO 11.3.1.3.5-1: Alteração na qualidade do ar. .............................................................................. 26

QUADRO 11.3.2.1.1-1: Interferência sobre a vegetação. .......................................................................... 27

QUADRO 11.3.2.1.2-1: Afugentamento da fauna silvestre (terrestre e aquática). ...................................... 28

QUADRO 11.3.2.1.3-1: Captura, manipulação, soltura e/ou morte de espécimes da fauna silvestre. ........... 29

QUADRO 11.3.2.2.1-1: Perda de espécimes vegetais. .............................................................................. 30

QUADRO 11.3.2.2.2-1: Geração e destinação de resíduos vegetais. .......................................................... 31

QUADRO 11.3.2.2.3-1: Intervenção nas margens do rio Negro. ................................................................ 32

QUADRO 11.3.2.2.4-1: Perda de habitat e de indivíduos (por morte ou afugentamento) da fauna terrestre. 35

QUADRO 11.3.2.2.5-1: Afugentamento da fauna terrestre. ...................................................................... 36

QUADRO 11.3.2.2.6-1: Caça e retirada de indivíduos da fauna terrestre. .................................................. 36

QUADRO 11.3.2.2.7-1: Contato entre a fauna silvestre e a fauna exótica domesticada, com riscos de predação e transmissão de doenças. ...................................................................................................... 37

QUADRO 11.3.2.2.8-1: Perda de habitat e de áreas de nidificação da avifauna aquática e ripária e quelônios. ............................................................................................................................................................ 38

QUADRO 11.3.2.2.9-1: Afugentamento e morte de indivíduos da mastofauna aquática, da avifauna aquática e ripária, dos quelônios e da ictiofauna. .................................................................................................. 39

QUADRO 11.3.2.2.10-1: Alteração na composição e na estrutura da biota aquática. .................................. 40

QUADRO 11.3.2.2.11-1: Alteração na composição e na estrutura da biota aquática. .................................. 41

QUADRO 11.3.2.2.12-1: Criação de novo habitat para a biota aquática. .................................................... 42

Page 62: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice xii

QUADRO 11.3.2.2.13-1: Proliferação de vetores, pragas e fauna sinantrópica. .......................................... 43

QUADRO 11.3.2.3.1-1: Caça e retirada de indivíduos da fauna silvestre (terrestre e aquática). .................. 44

QUADRO 11.3.2.3.2-1: Atropelamentos de indivíduos da fauna terrestre. ................................................. 45

QUADRO 11.3.2.3.3-1: Afugentamento da fauna terrestre. ...................................................................... 46

QUADRO 11.3.2.3.4-1: Interferência em ritmos biológicos da avifauna local. ............................................ 47

QUADRO 11.3.2.3.5-1: Proliferação de vetores, pragas e fauna sinantrópica. ............................................ 48

QUADRO 11.3.2.3.6-1: Afugentamento da fauna aquática (avifauna aquática e ripária, quelônios, mastofauna aquática e ictiofauna). ......................................................................................................... 50

QUADRO 11.3.2.3.7-1: Perda de indivíduos (morte) da fauna aquática. .................................................... 51

QUADRO 11.3.2.3.8-1: Alteração na estrutura da biota aquática. ............................................................. 52

QUADRO 11.3.2.3.9-1: Alteração na estrutura da biota aquática. ............................................................. 53

QUADRO 11.3.3.1.1-1: Oferta de concessão do Porto à iniciativa privada.................................................. 54

QUADRO 11.3.3.1.2-1: Geração de expectativas sobre o empreendimento. ............................................... 55

QUADRO 11.3.3.1.3-1: Interferência com Sítios Arqueológicos. ................................................................ 56

QUADRO 11.3.3.2.1-1: Interferência sobre o transporte de cargas e passageiros. ..................................... 57

QUADRO 11.3.3.2.2-1: Geração de empregos temporários. ...................................................................... 58

QUADRO 11.3.3.2.3-1: Geração de incômodos à população. .................................................................... 59

QUADRO 11.3.3.2.4-1: Aumento do risco de acidentes de trânsito. .......................................................... 60

QUADRO 11.3.3.2.5-1: Antropização da paisagem. .................................................................................. 61

QUADRO 11.3.3.2.6-1: Uso compartilhado com o gasoduto existente. ...................................................... 62

QUADRO 11.3.3.2.7-1: Aumento na procura por serviços públicos. ........................................................... 63

QUADRO 11.3.3.2.8-1: Resgate do patrimônio arqueológico da área do empreendimento. ......................... 64

QUADRO 11.3.3.2.9-1: Proliferação de doenças endêmicas. ..................................................................... 65

QUADRO 11.3.3.3.1-1: Interferência sobre o transporte de cargas e passageiros. ..................................... 66

QUADRO 11.3.3.3.2-1: Aumento da oferta de serviço portuário (carga). ................................................... 67

QUADRO 11.3.3.3.3-1: Geração de empregos. ........................................................................................ 68

QUADRO 11.3.3.3.4-1: Aumento da arrecadação tributária. ..................................................................... 69

QUADRO 11.3.3.3.5-1: Aumento no fluxo de veículos na rodovia BR-319. ................................................. 70

QUADRO 11.3.3.3.6-1: Diminuição do fluxo de veículos pesados circulando dentro da cidade. ................... 71

QUADRO 11.3.3.3.7-1: Aumento do fluxo de grandes embarcações. ......................................................... 72

QUADRO 11.3.3.3.8-1: Aumento na procura por serviços públicos. ........................................................... 73

QUADRO 11.3.3.3.9-1: Prejuízo a outras atividades econômicas. .............................................................. 74

QUADRO 11.3.3.3.10-1: Risco de acidentes com funcionários. ................................................................. 75

QUADRO 11.3.3.3.11-1: Proliferação de doenças endêmicas. ................................................................... 76

QUADRO 11.3.3.3.12-1: Aumento da demanda por transporte público. ..................................................... 77

QUADRO 11.4-1: Quadro Síntese dos Impactos Ambientais. .................................................................... 86

QUADRO 12.2.1.3-1: Indicadores de desempenho de Segurança do trabalho, Meio ambiente e Saúde ocupacional (SMS) dos Programas Ambientais do PIM. .......................................................................... 111

QUADRO 12.2.1.4.1-1: Relação de Documentos do SGI e suas derivações .............................................. 118

Page 63: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice xiii

QUADRO 12.2.2.4.5-1: Inventário dos resíduos potencialmente gerados nas atividades de construção do Terminal Portuário do Porto do PIM. ..................................................................................................... 135

QUADRO 12.2.2.4.7-1: Classificação dos resíduos gerados - NBR ABNT 10.004. ...................................... 137

QUADRO 12.2.2.4.7-2: Classificação dos resíduos da construção civil. .................................................... 137

QUADRO 12.2.2.4.7-3: Classificação dos Resíduos Sólidos de Saúde – RSS. ............................................ 138

QUADRO 12.2.2.4.7-1: Classificação dos resíduos – cores padrões. ........................................................ 140

QUADRO 12.2.3.6.5-1: Protocolo de preservação e armazenamento para as amostras de efluentes. ........ 163

QUADRO 12.2.3.6.8-1: Periodicidade do monitoramento dos efluentes. .................................................. 164

QUADRO 12.2.4.4-1: Fases de Implantação do Terminal........................................................................ 169

QUADRO 12.2.4.15.1-1: Referência de Graduação dos Valores da Severidade. ........................................ 205

QUADRO 12.2.4.15.1-2: Classes de desempenho. ................................................................................. 206

QUADRO 12.2.7.3.4.3-1: Expectativa de resposta da comunidade de peixes às alterações ambientais. ..... 242

QUADRO 12.2.11.4-1: Faseamento implantação do Porto do PIM. .......................................................... 277

QUADRO 12.2.12.4.2-1: Periodicidade e conteúdo básico de treinamentos (SMS) .................................... 306

QUADRO 12.2.13.4-1: Principais atividades das vertentes de articulação, informação e monitoramento do Programa de Comunicação Social. ........................................................................................................ 317

QUADRO 12.2.13.4-2: Conteúdos a serem trabalhados. ......................................................................... 318

QUADRO 12.2.13.4-3: Conteúdo das informações. ................................................................................ 319

QUADRO 12.2.14.4-1: Atividades das vertentes de articulação, informação e monitoramento do Programa de Prevenção de Endemias. ...................................................................................................................... 325

QUADRO 12.2.15.2.1-1: Valores do Índice de Magnitude. ...................................................................... 329

QUADRO 12.2.15.2.1-2: Valores do Índice de Biodiversidade. ................................................................ 330

QUADRO12.2.15.2.1-3: Valores do Índice de Abrangência. .................................................................... 330

QUADRO 12.2.15.2.1-4: Valores do Índice de Temporalidade. ................................................................ 331

QUADRO 12.2.15.2.1-5: Valores do Índice de comprometimento de área prioritária. ............................... 331

QUADRO 12.2.15.3-1: Relação das Unidades de Conservação mais próximas ao empreendimento Porto do PIM. ................................................................................................................................................... 334

Page 64: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Índice xiv

TABELAS

TABELA 11.3.2.2.1-1: Quadro de áreas das classes de uso do solo e cobertura vegetal da ADA do Porto do Polo Industrial de Manaus – Porto do PIM, Manaus, AM, inseridas ou não em Áreas de Preservação Permanente. ......................................................................................................................................... 30

TABELA 11.3.2.3.3-1: Estimativa do fluxo de caminhões por dia no Porto do PIM, considerando o horizonte de implantação do terminal e a movimentação de contêineres por ano (TEU/ano). ................................... 44

TABELA 12.2.5.4-1: Coordenadas georreferenciadas dos pontos de amostragem para monitoramento da qualidade da água. .............................................................................................................................. 209

TABELA 12.2.6.4-1: Coordenadas georreferenciadas dos pontos de amostragem para monitoramento da qualidade dos sedimentos superficiais. ................................................................................................. 215

TABELA 12.2.7.1.3.1-1: Coordenadas dos pontos de amostragem e métodos utilizados nas coletas de grupo de mastofauna terretres nas AID e ADA do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM. ........................ 222

TABELA 12.2.7.1.3.1-2: Coordenadas dos pontos de amostragem de avifauna para o diagnóstico ambiental do Porto do PIM, Manaus, AM. ............................................................................................................. 223

TABELA 12.2.7.1.3.1-3: Coordenadas dos pontos de amostragens de herpetofauna terrestre na AID e na ADA do Porto do PIM, Manaus, AM, e respectivos métodos de amostragem. ........................................... 224

TABELA 12.2.7.3.4.1-1: Coordenadas das estações de coletas de fitoplâncton e zooplâncton no rio Negro. .......................................................................................................................................................... 237

TABELA 12.2.7.3.4.2-1: Pontos amostrais e coordenadas geográficas para as coletas das comunidades bentônicas. ......................................................................................................................................... 239

TABELA 12.2.7.3.4.3-1: Localização e descrição dos ambientes dos pontos de amostragem. .................... 242

TABELA 12.2.7.3.4.5-1: Localização dos pontos de amostragem de quelônios. ........................................ 247

TABELA 12.2.8.1-1: Quadro de áreas das classes de uso do solo e cobertura vegetal da ADA do Porto do Polo Industrial de Manaus – Porto do PIM, Manaus, AM, inseridas ou não em Áreas de Preservação Permanente. ....................................................................................................................................... 250

TABELA 12.2.8.4.1.6-1: Cálculo da taxa de autorização para desmatamento da vegetação com base na Lei Estadual nº 3.219/2007. VA = valor da autorização; ha = hectares; Tf = taxa fixa; N = número de hectares. .......................................................................................................................................................... 259

TABELA 12.2.8.4.1.6-2: Cálculo da taxa de autorização para desmatamento da vegetação com base na Lei Estadual nº 3.785/2012. VA = valor da autorização; Nh = hectares; Tf = taxa fixa. ................................ 260

Page 65: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 1

11. AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS E PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS

11.1 INTRODUÇÃO

O método para identificação, previsão, caracterização e avaliação dos impactos ambientais relacionados ao planejamento, à implantação e à operação do empreendimento Porto do PIM é baseado na larga experiência dos profissionais envolvidos, tendo partido de uma identificação preliminar de impactos prováveis elaborada por equipe multidisciplinar habilitada, posteriormente detalhada e corroborada na etapa pós-diagnóstico das áreas envolvidas.

A avaliação dos impactos do empreendimento Porto do PIM compreende a implantação de terminal portuário à margem esquerda do rio Negro, no município de Manaus, capacitado para promover a movimentação de carga geral (carga e descarga), acondicionada em contêineres e relacionada a navios tipo Panamax e de cabotagem.

Os impactos foram avaliados separadamente para as três fases do empreendimento (Planejamento, Implantação e Operação). Ressalta-se que a fase de desativação não foi objeto de avaliação específica neste estudo, considerando a longa vida útil do empreendimento e que, apesar de a concessão ser inicialmente de 25 anos, a mesma poderá se renovada ou a operação do Porto do PIM poderá se dar pelo próprio poder público. Neste contexto, caso fossem propostas atividades ou ações geradoras neste momento, incluindo seus desdobramentos em aspectos e impactos, certamente precisariam ser revistas e atualizadas na ocasião da desativação. Contudo, foi considerada, dentro da fase de operação, a ação de desativação parcial do empreendimento, o que, de certa forma, contempla indiretamente as medidas necessárias a serem tomadas no caso da desativação completa do empreendimento.

Para cada impacto relevante identificado ou previsto, e posteriormente avaliado, foram analisadas as possibilidades de mitigação de seus efeitos negativos, bem como a possibilidaade de otimização dos efeitos positivos. Essa análise resultou na posterior proposição de medidas mitigadoras (ou potencializadoras, no caso de impactos positivos), as quais foram organizadas na forma de programas ambientais.

11.2 MÉTODO

11.2.1 IDENTIFICAÇÃO DE IMPACTOS

A identificação dos impactos do empreendimento Porto do PIM foi obtida a partir da interação entre as ações impactantes ou geradoras de impactos inerentes às etapas de planejamento, implantação e operação do empreendimento e os aspectos ambientais potencialmente envolvidos, conforme levantado e analisado no Capítulo 6 - Projetos e Atividades Colocalizadas; Capítulo 8 - Caracterização do Empreendimento; e Capítulo 10 - Diagnóstico Ambiental.

Cabe ressaltar que uma mesma ação geradora pode levar a vários aspectos ambientais e, por conseguinte, causar diversos impactos ambientais. Da mesma forma, um determinado impacto ambiental pode ter várias causas.

Na presente avaliação, para os termos ação geradora de impacto, aspecto ambiental e impacto ambiental serão usadas as seguintes definições:

Page 66: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 2

− Ações geradoras de impacto – “são as atividades intrínsecas ao empreendimento, ocorrentes nas etapas de planejamento, implantação e/ou operação, que geram aspectos ambientais capazes de causar impacto ambiental” (SÁNCHEZ 2008);

− Aspecto ambiental – “o mecanismo ou o processo através do qual uma ação humana causa um impacto ambiental” (SÁNCHEZ 2008). Da mesma forma, a Norma ISSO NBR 14.001:2004 define aspecto ambiental como sendo elemento das atividades, produtos ou serviços de uma organização, no caso de um empreendimento, que pode interagir com o meio ambiente;

− Impacto ambiental – segundo a Resolução Conama nº 01/1986 – “qualquer alteração das propriedades físicas, quíicas ou biológicas do meio ambiente, causada por qualquqr forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem : a saúde, segurança e o bem-estar da população; a atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais”. Da mesma forma, a Norma ISSO NBR 14.001:2004 define impacto ambiental como qualquqer modificação do meio ambaiente, adversa ou benéfica, que resulte. No todo ou em parte, dos aspectos ambientais da organização, no caso do empreendimento;

− Por fim, corroborando com as demais definições, Sánchez (2008) conceitua impacto ambiental como sendo a alteração da qualidade ambiental que resulta da modificação de processos naturais ou sociais provocada por ação humana.

Para a i dentificação e avaliação dos impactos ambientais do Porto do PIM foram adotados os seguintes passos:

− Análise das características do empreendimento e dos meios físico, biótico e socioeconômico (conforme informações obtidas no Diagnóstico Ambiental), objetivando identificar os componentes ambientais mais sensíveis às ações associadas ao empreendimento, considerando distintamente as etapas de planejamento, implantação e operação;

− Identificação das ações/atividades do empreendimento geradoras de impactos ambientais;

− Identificação dos aspectos ambientais envolvidos (interferências causadas pelas ações do empreendimento na respectiva área de influência);

− Elaboração de Matrizes de Interação, nas quais foram cruzadas as ações geradoras de impacto para cada fase do empreendimento, respectivamente, e os aspectos e componentes ambientais envolvidos, separados por meios (Físico, Biótico e Socioeconomico). As matrizes estão apresentadas nos Quadros 11.3-1, 11.3-2 e 11.3-3;

− Identificação dos potenciais impactos ambientais considerando as etapas do empreendimento (planejamento, instalação e operação). Para cada impacto identificado é apresentada: a designação do impacto identificado, a descrição do fator potencialmente gerador do impacto, a descrição da fundamentação técnica do referido impacto, a descrição suscinta das medidas pertinentes e o quadro síntese do impacto, contendo sua designação e atributos. Os atributos serão avaliados conforme os parâmetros que constam do quadro abaixo (Quadro 11.2.1-1).

Page 67: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 3

QUADRO 11.2.1-1: Modelo do quadro da avaliação dos atributos dos potenciais impactos ambientais levantados.

Identificação Atributos Detalhamento

Impacto

Natureza Positivo/Negativo

Origem Impactos Direto/Indiretos

Duração Temporário/Permanente/cíclico

Temporalidade Imediato/Médio Prazo/Longo Prazo

Abrangência Local/Linear/Municipal/Regional/Difuso/Global

Reversibilidade Reversível/Irreversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável/não mitigável/Potencializável

Probabilidade de Ocorrência Certa/Alta/Média/Baixa

Magnitude Pequena, Média ou Grande

Cumulatividade e Sinergismo Positivo/Negativo

Significância Grande (G), Média (M) e Pequena (P)

Local de Ocorrência AII/AID/ADA

Uma síntese da caracterização dos impactos e aspectos identificados por etapa do empreendimento, posteriormente avaliados segundo seus atributos e possibilidades de mitigação, está apresentada no Quadro 11.4-1.

As principais ações geradoras de impacto ou de afetação aos componentes ambientais envolvidos com o empreendimento, ao longo de suas fases, estão elencadas abaixo:

− Etapa de planejamento:

• Limpeza e terraplenagem para regularização do terreno;

• Abertura de trilhas para acesso de profissionais (biólogos e engenheiros florestais) para instalação de armadilhas, vistorias e coleta de dados;

• Vistorias e coleta de dados primários;

• Captura de animais;

• Instalação de equipamentos de pesca e movimentação de embarcação;

• Realização de levantamentos (topografia, etc.);

• Levantamento de passivos ambientais;

• Convocação para apresentação de projetos (Portaria SEP 174/10);

• Divulgação do empreendimento.

− Etapa de implantação:

• Mobilização e desmobilização de mão de obra para a construção;

• Mobilização e transporte de máquinas, equipamentos, veículos e embarcações;

• Abastecimento de embarcações e veículos com combustíveis;

Page 68: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 4

• Instalação e desinstalação de áreas de apoio (pátios, armazéns, administração, processamento alfandegário, infraestrutura de saneamento, áreas de empréstimo e de bota-fora, canteiros de obras, alojamentos);

• Adequação/abertura de vias de acessos;

• Limpeza e terraplenagem para regularização do terreno;

• Instalação e ancoragem da porção aquática do terminal;

• Execução de obras civis;

• Disponibilização de recursos (alimento e abrigo);

• Circulação de trabalhadores, equipamentos e veículos pesados;

• Disposição inadequada de resíduos sólidos e efluentes;

• Aumento do fluxo de veículos de grande porte pela BR-319;

• Degradação da margem esquerda do rio Negro;

• Implantação do porto em área de incidência de gasoduto;

• Trânsito de caminhões, veículos leves e máquinas;

• Atração e circulação de grande quantidade de pessoas;

• Geração de efluentes sanitários.

− Etapa de operação:

• Atracação, circulação e manobra de embarcações;

• Recepção, armazenamento e expedição das cargas conteinerizadas;

• Movimentação de cargas e produtos;

• Trânsito de caminhões, veículos leves e máquinas;

• Movimentação de equipamentos;

• Abastecimento de embarcações e veículos com combustíveis;

• Manutenção da infraestrura de saneamento;

• Operação do cais flutuante;

• Mobilização de equipamentos e de veículos nos pátios e no cais;

• Disposição de água de lastro;

• Movimentação de embarcações de grande porte junto ao píer e entorno;

• Eliminação de óleos e graxas pelas embarcações;

Page 69: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 5

• Iluminação artificial noturna;

• Geração de ruídos;

• Circulação de funcionários;

• Disponibilização de recursos (alimento e abrigo);

• Operação e prestação de serviços portuários;

• Contratação de mão de obra;

• Movimentação de caminhões e cargas no interior do porto;

• Atração e circulação de grande quantidade de pessoas.

11.2.2 CARACTERIZAÇÃO DOS IMPACTOS

Uma vez identificados os impactos e os aspectos ambientais envolvidos, o passo metodológico subsequente foi a determinação dos atributos que seriam considerados para avaliação dos mesmos. Para tanto, foram adotadas como ponto de partida as definições baseadas em Sánchez (op cit), a saber:

a) Natureza – Impactos Positivos, Benéficos (P) ou Negativos, Adversos (N):

Benéficos: Resultam em efeitos positivos sobre os aspectos ambientais, ou seja, na melhoria da qualidade ambiental.

Adversos: Resultam em efeitos negativos sobre os aspectos ambientais, ou seja, em prejuízo da qualidade ambiental.

b) Origem, ou forma de como se manifesta – Impactos Diretos (DIR) ou Indiretos (IND):

Diretos: Resultantes de uma simples e direta relação de causa (fator gerador de impacto) e efeito (impacto ambiental). Também chamado de impacto de 1ª ordem.

Indiretos: Resultam de uma reação secundária em relação à i ntervenção, ou quando fazem parte de uma cadeia de reações, ou seja, impactos de segunda ou terceira ordem.

c) Duração – Impactos Temporários (T), Permanentes (P) ou Cíclicos (C):

Temporários: Se manifestam durante uma ou mais fases do empreendimento, e que cessam quando da desativação da ação geradora.

Permanentes: Representam alteração definitiva no meio, ou seja, uma vez realizada a intervenção, os efeitos não cessam de se manifestar num horizonte temporal conhecido.

Cíclicos: Representam alterações que normalmente estão relacionadas a at ividades que ocorrem de forma intermitente no empreendimento

d) Temporalidade/Momento – Impactos Imediatos (IM), de Curto Prazo (CP), de Médio Prazo (MP) ou de Longo Prazo (LP):

Imediatos: Aqueles que se manifestam no instante ou imediatamente após a ocorrência da intervenção que os gera.

Page 70: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 6

Curto Prazo: Aqueles que se manifestam após decorrer um curto período de tempo em relação a ocorrência da intervenção que os gera.

Médio Prazo: Aqueles que se manifestam alguns meses após a ação geradora do impacto.

Longo Prazo: Aqueles que se manifestam anos depois da ocorrência da intervenção que originou o impacto.

e) Abrangência/Escala Espacial – Impactos Locais (LOC), Lineares (LIN), Municipal (MUN), Regionais (REG), Difusos (DIF) e Global (GLO):

Locais: Aqueles que se restrinjam aos limites das áreas de intervenção do empreendimento (ADA) e/ou suas imediações, na AID.

Lineares: Se manifestam ao longo das vias de transporte de insumos e produtos.

Municipais: Se manifestam em áreas de abrangência relacionadas aos limites municipais

Regionais: Extrapolam o limite da AID e AII, podendo atingir parte do o território nacional.

Difusos: Aqueles que ocorrem em área não passível de delimitação geográfica e pode extrapolar o limite da AII.

Globais: Impactos que potencialmente afetem aspectos em âmbito global, tais como emissões de gases do efeito estufa.

f) Reversibilidade –Impactos Reversíveis (R) ou Irreversíveis (I):

Reversíveis: Aqueles em que o meio afetado retorna às condições originais ou similares, uma vez cessado o impacto ou implantada ação corretiva.

Irreversíveis: Aqueles em que o meio afetado não retorna à c ondição original ou similar, mesmo quando cessado o impacto ou implantada ação corretiva.

g) Possibilidade de Mitigação – Mitigável (M), Não Mitigável (NM) ou Potencializável (POT):

Impactos Mitigáveis: Comportam medidas para reduzir ou eliminar os efeitos da intervenção sobre determinado componente ambiental.

Impactos Não Mitigáveis: Não comportam medidas para reduzir (preventiva ou corretivamente) os efeitos da ação sobre determinado componente ambiental, sendo então passíveis de compensação.

Potencializáveis: Comportam medidas para a potencialização dos efeitos de um impacto positivo sobre um determinado componente ambiental.

h) Probabilidade de Ocorrência – Prováveis (P) ou Certos (C):

Refere-se ao grau de incerteza acerca da ocorrência de um impacto.

Certa: Quando não há incerteza sobre a ocorrênciado impacto (C).

Probabilidade alta: quando baseado em casos similares e na observação de projetos semelhantes, estima-se que é muito provável que o impacto ocorra (P ALT).

Page 71: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 7

Probabilidade média: quando é pouco provável que se manifeste o impacto, mas sua ocorrência não pode ser descartada (P MED).

Probabilidade baixa: quando é muito pouco provável a ocorrência do impacto em questão, mas, mesmo assim, essa possibilidade não pode ser descartada (P BXA).

i) Magnitude – Impactos de Magnitude Pequena (P), Média (M) ou Grande (G):

A magnitude diz respeito à estimativa, qualitativa ou quantitativa, do porte ou extensão do impacto, ou seja da intensidade do impacto. O enquadramento de um impacto em magnitude pequena, média ou grande deverá ser sempre justificado, apontando-se o elemento de referência para o enquadramento em um dos graus de magnitude.

j) Cumulatividade e Sinergismo – Positivo (P) ou Negativo (N):

Refere-se, respectivamente, à possibilidade de os impactos se somarem ou se multiplicarem; impactos cumulativos são aqueles que se acumulam no tempo ou no espaço, e resultam de uma combinação de efeitos decorrentes de uma ou diversas ações. Somente serão avaliadas as situações relevantes.

Conjuntamente à c aracterização dos impactos efetuou-se a correlação dos mesmos com possíveis medidas de mitigação, no caso dos impactos adversos, ou de potencialização para o caso dos positivos. A proposição das medidas mitigadoras ou potencializadoras dos impactos identificados e caracterizados foi, então, arrolada, contendo as ações a realizar, de caráter preventivo, corretivo ou compensatório.

k) Significância – Grande (G), Média (M) e Pequena (P):

Significância é a medida da relevância ou importância do impacto ante os outros impactos e as características ambientais da área afetada, representando um balanço entre os atributos que caracterizaram o impacto. Para a avaliação da significância devem ser considerados os seguintes critérios, dentre outros: magnitude, perda irremediável de elementos (p.ex. capital genético); perda de funções (p.ex. produção primária dos ecossistemas); prejuízos a bens ou situações que gozem de proteção legal (patrimônio arqueológico, APPs, mananciais, unidades de conservação, espécies ameaçadas, vegetação de Mata Atlântica em estágios médio e avançado) ou interferência com a população.

Page 72: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 8

11.3 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS

A caracterização dos impactos e aspectos afetados, identificados nas etapas de planejamento, implantação e operação do empreendimento, se desenvolveu a p artir da análise dos atributos encontrados e das possibilidades de mitigação (preventiva, corretiva e/ou compensatória), permitindo a avaliação apresentada no texto a seguir, bem como a proposição das medidas mitigadoras e dos programas ambientais aos quais estão relacionadas. Os Quadros 11.3-1, 11.3-2 e 11.3-3 apresentam a Matriz de Interação para cada etapa do empreendimento.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 9

QUADRO 11.3-1: Matriz de interação e identificação de interferências, alterações, aspectos e impactos ambientais do Porto do PIM para a fase de planejamento.

Meio/Arcabouço Componentes Ambientais/Aspectos Legais

Planejamento

Ações Geradoras de Impacto/Alteração/Interferência

Limpeza e terraplenagem para regularização do terreno

Abertura de trilhas para acesso de profissionais (biólogos e engenheiros florestais) para instalação de armadilhas, vistorias e coleta de dados

Vistorias e coleta de dados primários

Captura de animais

Instalação de equipamentos de pesca e movimentação de embarcação

Realização de levantamentos (topografia, etc.)

Levantamento de passivos ambientais

Convocação para apresentação de projetos (Portaria SEP 174/10)

Divulgação do empreendimento

Físico

Geotecnia Levantamento de passivos ambientais; Coleta de dados primários; Realização de levantamentos (topografia, etc.)

Recursos hídricos – qualidade das águas Levantamento de passivos ambientais

Hidrodinâmica do rio Negro Não ocorrem impactos nessas áreas nesta fase.

Qualidade do Ar Não ocorrem impactos nessas áreas nesta fase.

Biótico

Vegetação e APPs Abertura de trilhas para acesso de profissionais (biólogos e engenheiros florestais) para instalação de armadilhas, vistorias e coleta de dados.

Fauna terrestre Abertura de trilhas para acesso de profissionais (biólogos e engenheiros florestais) para instalação de armadilhas; Vistorias e coleta de dados primários; Captura de animais.

Biota aquática Instalação de equipamentos de pesca e movimentação de embarcação; Captura de organismos.

Unidades de Conservação e outras áreas legalmente protegidas Não ocorrem impactos nessas áreas nesta fase.

Meio socioeconômico e cultural

Patrimônio arqueológico Limpeza e terraplenagem para regularização do terreno.

Socioeconomia Convocação para apresentação de projetos (Portaria SEP 174/10); Divulgação do empreendimento.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 10

QUADRO 11.3-2: Matriz de interação e identificação de interferências, alterações, aspectos e impactos ambientais do Porto do PIM para a fase de implantação.

Meio/Arcabouço Componentes Ambientais/

Aspectos Legais

Implantação

Ações Geradoras de Impacto/Alteração/Interferência

Mobilização e desmobilização de mão de obra para a construção

Mobilização e transporte de máquinas, equipamentos, veículos e embarcações

Abastecimento de embarcações e veículos com combustíveis Instalação e desinstalação de áreas de apoio (pátios, armazéns, administração, processamento alfandegário, infraestrutura de saneamento, áreas de empréstimo e de bota-fora, canteiros

de obras, alojamentos)

Adequação/abertura de vias de acessos

Limpeza e terraplenagem para regularização do terreno

Instalação e ancoragem da porção aquática do terminal

Execução de obras civis

Disponibilização de recursos (alimento e abrigo)

Circulação de trabalhadores, equipamentos e veículos pesados

Disposição inadequada de resíduos sólidos e efluentes

Aumento do fluxo de veículos de grande porte pela BR-319

Degradação da margem esquerda do rio Negro

Implantação do porto em área de incidência de gasoduto

Trânsito de caminhões, veículos leves e máquinas

Atração e circulação de grande quantidade de pessoas

Geração de efluentes sanitários

Físico

Geotecnia Limpeza e terraplenagem para regularização do terreno; Adequação/abertura de vias de acessos.

Recursos hídricos - qualidade das águas

Instalação e desinstalação de áreas de apoio (pátios, Armazéns, administração, processamento alfandegário, infraestrutura de saneamento, áreas de empréstimo e de bota-fora, canteiros de obras, alojamentos); Adequação/abertura de vias de acessos; Limpeza e terraplenagem para regularização do terreno; Mobilização e transporte de máquinas e equipamentos; Instalação e ancoragem da porção aquática do terminal; Abastecimento de embarcações e veículos com combustíveis; Geração de efluentes sanitários;

Hidrodinâmica do rio Negro Instalação e ancoragem da porção aquática do terminal.

Qualidade do Ar Mobilização de máquinas, equipamentos, veículos e embarcações.

Biótico

Vegetação e APPs Limpeza e terraplenagem para regularização do terreno; Implantação de partes do pátio de contêineres 1.

Fauna terrestre Circulação de trabalhadores, equipamentos e veículos pesados; Limpeza e terraplenagem para regularização do terreno; Execução de obras civis.

Vetores e pragas urbanas Disponibilização de recursos (alimento e abrigo).

Biota aquática Execução de obras civis; Disposição inadequada de resíduos e efluentes; Abastecimento de embarcações e veículos com combustíveis; Instalação e ancoragem da porção aquática do terminal.

Unidades de Conservação e outras áreas legalmente protegidas

Não ocorrem impactos nessas áreas nesta fase.

Meio socioeconômico e cultural

Patrimônio Arqueológico Implantação do Porto do PIM.

Socioeconomia Mobilização e desmobilização de mão de obra para a construção; Instalação e ancoragem da porção aquática do terminal; Aumento do fluxo de veículos de grande porte pela BR-319; Degradação da margem esquerda do rio Negro; Implantação do porto em área de incidência de gasoduto; Atração e circulação de grande quantidade de pessoas; Tráfego de máquinas e veículos.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 11

QUADRO 11.3-3: Matriz de interação e identificação de interferências, alterações, aspectos e impactos ambientais do Porto do PIM para a fase de operação.

Meio/Arcabouço Componentes Ambientais/ Aspectos Legais

Operação

Ações Geradoras de Impacto/Alteração/Interferência

Atracação, circulação e manobra de embarcações

Recepção, armazenamento e expedição das cargas conteinerizadas

Movimentação de cargas e produtos

Trânsito de caminhões, veículos leves e máquinas

Movimentação de equipamentos

Abastecimento de embarcações e veículos com combustíveis

Manutenção da infraestrura de saneamento

Operação do cais flutuante

Mobilização de equipamentos e de veículos nos pátios e no cais

Disposição de água de lastro

Movimentação de embarcações de grande porte junto ao píer e entorno

Eliminação de óleos e graxas pelas embarcações

Iluminação artificial noturna

Geração de ruídos

Circulação de funcionários

Disponibilização de recursos (alimento e abrigo)

Operação e prestação de serviços portuários

Contratação de mão de obra

Movimentação de caminhões e cargas no interior do porto

Atração e circulação de grande quantidade de pessoas

Físico

Geotecnia Não ocorrem impactos nessas áreas nesta fase.

Recursos hídricos - qualidade das águas

Atracação, circulação e manobra de embarcações; Abastecimento de embarcações e veículos com combustíveis; Disposição de água de lastro; Eliminação de óleos e graxas pelas embarcações; Manutenção da infraestrura de saneamento; Trânsito de caminhões.

Hidrodinâmica do rio Negro Operação do cais flutuante.

Qualidade do Ar Mobilização de equipamentos e de veículos nos pátios e no cais; Movimentação de embarcações de grande porte junto ao cais e entorno.

Biótico

Vegetação e APPs Não ocorrem impactos nessas áreas nesta fase.

Fauna terrestre Iluminação artificial noturna; Tráfego de caminhões, veículos leves e máquinas; Geração de ruídos; Circulação de funcionários.

Vetores e pragas urbanas Disponibilização de recursos (alimento e abrigo).

Biota aquática Atracação, circulação e manobra de embarcações; Geração de ruídos; Disposição de água de lastro; Eliminação de óleos e graxas pelas embarcações.

Unidades de Conservação e outras áreas legalmente protegidas Não ocorrem impactos nessas áreas nesta fase.

Meio socioeconômico e cultural

Patrimônio Arqueológico Não ocorrem impactos nessas áreas nesta fase.

Socioeconomia Atracação, circulação e manobra de embarcações de grande porte; Recepção, armazenamento e expedição das cargas conteinerizadas; Aumento no fluxo de veículos de grande porte; Operação e prestação de serviços portuários; Contratação de mão de obra; Movimentação de caminhões e cargas no interior do porto; Atração e circulação de grande quantidade de pessoas.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 12

11.3.1 IMPACTOS SOBRE O MEIO FÍSICO

11.3.1.1 FASE DE PLANEJAMENTO

Durante a fas e de planejamento, as principais ações geradoras de impacto previstas são a realização de estudos de viabilidade técnico-econômica, a realização de vistorias técnicas nas áreas de estudo, a realização de levantamentos topográficos e cadastrais, a realização de estudos de passivo ambiental e a divulgação do empreendimento. Com base nessas ações previstas, segue a previsão de impactos sobre o meio físico.

11.3.1.1.1 POTENCIALIZAÇÃO DE PROCESSOS EROSIVOS/ASSOREAMENTO

Fator Gerador: Coleta de dados primários, levantamento topográficos e estudo de passivos ambietais.

Descrição: Na fase de planejamento do empreendimento, a realização de levantamentos topográficos, assim como a realização de sondagens para levantamento de passivos ambientais ou ainda para caracterização geológico/geotécnica podem provocar a exposição de solo em locais específicos.

A ação das águas pluviais sobre esses pontos pode causar o carreamento de sedimentos para as área mais baixas; em um segundo momento, o estabelecimento de um caminho preferencial pelas águas pluviais gerará a formação de sulcos e ravinas. O elevado potencial erosivo do solo existente na área aliado aos elevados índices pluviométicos característicos da região tornam o potencial de ocorrência deste impacto mais elevado. Contudo, para esta fase do empreendimento, as interferências previstas são de porte muito pequeno.

Para esta fase de planejamento, este impacto é considerado negativo, direto, temporário, imediato, local, reversível, mitigável, com alta probabilidade de ocorrência, sem sinergismo e de magnitude e significância pequenas (Quadro 11.3.1.1.1-1).

QUADRO 11.3.1.1.1-1: Potencialização de processos erosivos/assoreamento.

Identificação Atributos Detalhamento

Potencialização de processos erosivos/ assoreamento

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Probabilidade Alta

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Cuidados durante a realização dos trabalhos de sondagens, minimizando o revolvimento do solo e a sua exposição, a imediata proteção dos locais onde eventualmente ocorrer a exposição do solo, implantação de medidas precárias de drenagem condicionando o fluxo das águas pluviais por locais protegidos.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 13

11.3.1.1.2 INEXISTÊNCIA DE RISCO AO USO DA ÁREA (PASSIVO AMBIENTAL)

Fator Gerador: Realização das etapas de investigação de áreas contaminadas na área do empreendimento.

Descrição: Considerando que na área do empreendimento funcionou durante décadas uma siderúrgica e que a mesma se encontra desativadas há mais de vinte anos, havia a preocupação de que ali ocorressem áreas contaminadas, o que consistiria um passivo ambiental para o empreendedor e também uma restrição ao uso da área em função do risco à saúde das pessoas envolvidas na implantação e operação do empreendimento. Contudo, o resultado das etapas de investigação preliminar, investigação confirmatória e investigação detalhada indicou não ocorrer contaminação na área de estudo. Foi identificada apenas uma fonte de hidrocarbonetos totais de petróleo (TPH), que disseminou tais componentes pelo solo em uma pequena área, mas com teores abaixo dos parâmetros de intervenção. O estudo sugeriu a remoção dessa fonte para local adequado, antes da realização das obras de implantação do empreendimento, assim como trabalhos complementares de diagnóstico em locais das antigas dependências da Siderama onde o piso de concreto não permitiu a realização de investigações.

Dessa forma, a i nvestigação concluiu pela não ocorrência de passivo ambiental, não havendo contaminação do solo ou das águas, evitando assim a necessidade de qualquer remediação ou outra medida corretiva, o que é considerado um impacto positivo. Sua análise indica ser um impacto direto, permanente, imediato, local, irreversível, certo, de grande magnitude e de média significância (Quadro 11.3.1.1.2-1).

QUADRO 11.3.1.1.2-1: Inexistência de risco ao uso da área (passivo ambiental).

Identificação Atributos Detalhamento

Inexistência de risco ao uso da área (passivo ambiental).

Natureza Positivo

Origem Direto

Duração Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Irreversível

Possibilidade de Mitigação Não se aplica

Probabilidade de Ocorrência Certo

Magnitude Grande

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Média

Local de Ocorrência ADA

Medidas Mitigadoras/Potencializadoras: Por se tratar de impacto positivo, cabe a potencialização do mesmo, que pode se dar pela continuidade das ações sugeridas nas etapas de investigação, ou seja, a remoção da fonte de TPH e as investigações complementares citadas.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 14

11.3.1.2 FASE DE IMPLANTAÇÃO

Durante a fase de implantação, as principais ações geradoras de impacto previstas sobre o meio físico são a instalação e desinstalação de áreas de apoio (pátios, armazéns, administração, processamento alfandegário, infraestrutura de saneamento, áreas de empréstimo e de bota-fora, canteiros de obras, alojamentos), a adequação/abertura de vias de acesso, a limpeza e terraplenagem de regularização do terreno, a escavação em solo, a instalação do píer flutuante, a execução de obras civis, a retirada de entulhos e resíduos e a recuperação de eventuais áreas degradadas. Com base nessas ações previstas, segue a previsão de impactos sobre o meio físico.

11.3.1.2.1 POTENCIALIZAÇÃO DE PROCESSOS EROSIVOS/ASSOREAMENTO

Fator gerador: Obras de terraplenagem para a implantação dos pátios e demais estruturas do terminal e áreas de apoio; abertura e adequação de vias de acesso.

Descrição: Na fase de implantação do empreendimento será necessária a limpeza do terreno e a movimentação de terra para a implantação dos pátios e outras estruturas do terminal. Nesta fase, a exposição do solo aos processos erosivos será mais intensa. Embora a i mplantação do empreendimento esteja projetada para ocorrer em quatro fases, a terraplenagem será totalmente realizada na Fase 1, o que requer a concentração das medidas de controle nesta fase da implantação.

A ação das águas pluviais sobre essas áreas causará o carreamento de sedimentos para as áreas mais baixas; em um segundo momento, o estabelecimento de caminhos preferenciais pelas águas pluviais gerará a fo rmação de sulcos e ravinas, tornando o processo de erosão ainda mais dinâmico. O elevado potencial erosivo do solo existente na área aliado aos elevados índices pluviométicos característicos da região tornam o potencial de ocorrência deste impacto mais elevado. Para esta fase do empreendimento, as interferências previstas são de maior porte do que na fase de planejamento.

Sendo assim, este impacto é considerado negativo, direto, temporário, imediato, local, reversível, mitigável, certo, sem sinergismo e de magnitude e significância médias (Quadro 11.3.1.2.1-1).

QUADRO 11.3.1.2.1-1: Potencialização de processos erosivos/assoreamento.

Identificação Atributos Detalhamento

Potencialização de processos erosivos/ assoreamento

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Certa

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Média

Local de Ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Adoção de medidas específicas durante a realização das obras de terraplenagem: implantação de sistemas de drenagem das águas pluviais, provisório e definitivo,

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 15

devidamente dimensionados; priorização das intervenções de maior porte em períodos de menor precipitação; implementação de medidas de proteção superficial imediatamente após a realização das intervenções (ex. gramíneas sobre taludes); acompanhamento da estabilidade das áreas terraplenadas e do funcionamento dos sistemas de drenagem das águas pluviais, que deverá se estender durante toda a fase de operação do empreendimento. Estas medidas estão contempladas no Programa de Controle Ambiental da Construção – PCA-C.

11.3.1.2.2 GERAÇÃO DE ÁREAS DE INSTABILIDADE FÍSICA

Fator gerador: Obras de terraplenagem para a implantação dos pátios e demais estruturas do terminal; abertura e adequação de vias de acesso.

Descrição: Na fase de implantação do empreendimento será necessária a movimentação de terra para a implantação dos pátios e outras estruturas do terminal. Esta intervenção resultará pátios e taludes de corte e de aterro, que podem gerar áreas de instabilidade. As características do solo/rocha não apresentam dificuldades adicionais à realização de cortes e aterros, com exceção do elevado potencial erosivo; contudo, é necessário o respeito aos parâmetros geométricos minimamente adequados para a geração de taludes de corte e aterro. A abertura ou adequação de vias de acesso internas também gerarão taludes, cuja eventual geração de áreas instáveis deverá ser avaliada. A execução do Pátio de Conteiner 01, decorrente da realização de corte e aterro às margens do rio Negro, requer atenção especial, tanto na etapa de projeto, quanto de execução e pós implantação (manutenção e monitoramento); a elevada variação do nível do rio Negro ao longo do ano requer atenção redobrada à estabiliddae do Pátio de Conteiner 01 projetado.

Para esta fase de implantação do empreendimento, este impacto é considerado negativo, direto, temporário, imediato, local, reversível, mitigável, com ocorrência certa, sem sinergismo e de magnitude grande e significância média (Quadro 11.3.1.2.2-1).

QUADRO 11.3.1.2.2-1: Geração de áreas de instabilidade física.

Identificação Atributos Detalhamento

Geração de áreas de instabilidade física

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Certa

Magnitude Grande

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Média

Local de Ocorrência ADA

Medidas Mitigadoras: Elaboração criteriosa do projeto de terraplenagem (parâmetros geotécnicos e adequada geometria dos taludes); adoção de técnicas adequadas durante a implantação (ex. compactação adequada dos aterros); adoção de obras de estabilização de taludes (ex. tratamento superficial, muros de estabilização, tirantes, etc.), acompanhamento da estabilidade das áreas terraplenadas (monitoramento), que deverá se estender durante toda a fase de operação do empreendimento. Estas medidas estão contempladas nos Programas de Controle Ambiental da Obra – PCA-C e de Controle Ambiental da Operação – PCA-O.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 16

11.3.1.2.3 ALTERAÇÃO NA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS

Fator gerador: Mobilização e transporte de máquinas e equipamentos, abastecimento de embarcações e veículos com combustíveis, instalação e desinstalação de áreas de apoio, escavações, aterros e terraplenagem de regularização do terreno, adequação/abertura de vias de acesso, instalação e ancoragem do píer flutuante.

Descrição: Equipamentos e motores que utilizam óleos combustíveis são passíveis da ocorrência de pequenos vazamentos, oriundos da falta de manutenção adequada e grau de utilização do maquinário. As embarcações também podem apresentar lançamentos de pequenas quantidades de óleo durante o abastecimento, funcionamento do motor e procedimentos de manutenção e limpeza, causando alterações nas características do ambiente aquático, afetando, assim, o equilíbrio das comunidades biológicas. Se forem adotadas eficientes medidas de segurança e um sistema de proteção e contenção para o caso de pequenos vazamentos, aliados à manutenção periódica de equipamentos e embarcações, a probabilidade de ocorrência deste impacto pode ser sensivelmente minimizada.

As atividades de instalação e desinstalação de áreas de apoio, escavação, aterro e terraplenagem dos solos, a adequação/abertura de vias de acesso e execução das obras civis podem resultar em carreamento de sólidos e de produtos químicos para o corpo hídrico pela ação das águas de chuva (drenagem superficial). Da mesma forma os efluentes domésticos provenientes dos sanitários e vestiários da área do canteiro de obras, que serão coletados e lançados no rio Negro e na rede de esgoto municipal após tratamento adequado.

Essas substâncias, em contato com o ecossistema aquático, interagem com a água e o sedimento, alterando temporariamente suas características físicas e químicas, principalmente em relação à turbidez e balneabilidade das águas. Entretanto, considerando o volume de água do rio Negro frente às áreas do empreendimento (AID/ADA) em relação à pequena parcela de sólidos, produtos químicos e efluente tratado que podem atingir o corpo d’água (rio Negro), considerando ainda a adoção de medidas mitigadoras efetivas, o respectivo impacto é avaliado como temporário, de abrangência local, reversível e de magnitude e significância pequena.

Portanto, para esta fase de implantação do empreendimento, este impacto é considerado negativo, direto, temporário, imediato, local, reversível, mitigável, certo, cumulatividade e sinergismo negativo, e de magnitude e significância pequenas (Quadro 11.3.1.2.3-1).

QUADRO 11.3.1.2.3-1: Alteração na qualidade das águas superficiais.

Identificação Atributos Detalhamento

Alteração na Qualidade das Águas Superficiais

Natureza Negativo

Origem Direta

Duração Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Certa

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência AID

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 17

Medidas Mitigadoras: A mitigação deste impacto poderá ocorrer pelas seguintes ações:

− Realização de inspeções de máquinas e equipamentos para detecção de vazamentos de óleo e manutenção adequada de embarcações;

− Controle efetivo do carreamento de sólidos e produtos químicos pelas águas pluviais nas áreas de intervenção do Porto do PIM;

− Implantação e mautenção de estação de tratamento de esgotos (ETE) dimensionada para atender as diversas fases de desenvolvimento do empreendimento;

− Adequação do cronograma de obras, principalmente em relação à escavação, aterro e terraplenagem dos solos, aos períodos de menor incidência pluviométrica;

− Monitoramento da qualidade das águas e dos efluentes tratados durante a fase de implantação do empreendimento;

− Atendimento rígido às Normas e diretrizes referentes ao abastecimento e manutenção de máquinas e equipamentos.

Estas medidas estão contempladas no Programa de Controle Ambiental da Construção – PCA-C, no Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, no Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos e no Programa de Monitoramento da Qualidade da Água.

11.3.1.2.4 INTERFERÊNCIA SOBRE O USO DAS ÁGUAS (ABASTECIMENTO PÚBLICO)

Comprometimento da água voltada ao abastecimento público, em termos e qualidade e quantidade. O abastecimento de Manaus se dá principalmente por captação de águas superficiais (rio Negro), mas também pela captação de águas subterrâneas por diversos poços profundos. O principal sistema de abastecimento de água se situa na Ponta do Ismal, cerca de 15 quilômetros à montante do emprendimento, enquanto que uma estação de captação e tratamento de água irá iniciar sua operação em breve (Proama), situada na Ponta das Lajes, cerca de cinco quilômetros à jusante do empreendimento.

Fator gerador: Mobilização de máquinas e equipamentos, abastecimento de veículos, embarcações e eventualmente de máquinas e equipamentos, atividades de movimentação de terra, instalação e ancoragem da porção aquática do terminal, geração de efluentes sanitários.

Descrição: Na fase de implantação do empreendimento serão utilizados equipamentos movidos a combustíveis fósseis e que utilizam óleos e graxas para o seu funcionamento, e que podem gerar vazamentos e eventualmente comprometer a qualidade das águas. Da mesma forma, a realização de movimentação de terra potencializa o carreamento de sedimentos para as áreas mais baixas, ou seja, para os corpos d’água. A geração de efluentes sanitários pelos empregados da obra também pode causar a degradação da qualidade das águas.

Para o caso analisado, o potencial de contaminação das águas superficiais é maior do que o das águas subterrâneas. Quanto à captação de água para o abastecimento público, as captações situadas na Ponta do Ismael, 15 quilômetros à montante da área de estudo, não sofrerão qualquer interferência por conta da implantação do empreendimento. O impacto a ser avaliado é sobre a futura captação de água situada na Ponta das Lajes (Proama) que, mesmo à jusante do empreendimento, considerando a distância da área de intervenção e a enorme vazão do rio Negro, estima-se que uma eventual interferência na qualidade dessa água seja desprezível.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 18

Assim sendo, para a fase de implantação, este impacto sobre o abastecimento público de água, mais especificamente na Ponta das Lajes (Proama), é considerado negativo, direto, temporário, imediato, de escala espacial local e reversível, de probabilidade baixa, mitigável, cumulatividade negativa, de magnitude e significância pequenas (Quadro 11.3.1.2.4-1).

QUADRO 11.3.1.2.4-1: Interferência sobre o uso das águas (abastecimento público).

Identificação Atributos Detalhamento

Interferência sobre o uso das águas (abastecimento público)

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Probabilidade baixa

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Realização de periódica e adequada inspeção e manutenção dos equipamentos; adoção de medidas de controle de erosão durante as obras de terraplenagem; coleta, tratamento e destinação adequada dos efluentes sanitários; monitoramento da qualidade das águas do rio Negro, principalmente no trecho à jusante do empreendimento.

Estas medidas estão contempladas no Programa de Controle Ambiental da Construção – PCA-C, Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos e Programa de Monitoramento da Qualidade da Água.

11.3.1.2.5 ALTERAÇÃO NA QUALIDADE DOS SEDIMENTOS SUPERFICIAIS

Fator gerador: Mobilização e transporte de máquinas e equipamentos, abastecimento de embarcações e veículos com combustíveis, instalação e desinstalação de áreas de apoio, escavações, aterros e terraplenagem de regularização do terreno, instalação e ancoragem do píer flutuante, execução de obras civis.

Descrição: Equipamentos e motores que utilizam óleos combustíveis são passíveis da ocorrência de pequenos vazamentos, oriundos da falta de manutenção adequada e grau de utilização do maquinário. As embarcações também podem apresentar lançamentos de pequenas quantidades de óleo durante o abastecimento, funcionamento do motor e procedimentos de manutenção e limpeza, causando alterações nas características do ambiente aquático, afetando, assim, o equilíbrio das comunidades biológicas. Se forem adotadas eficientes medidas de segurança e um sistema de proteção e contenção para o caso de pequenos vazamentos, aliados à manutenção periódica de equipamentos e embarcações, a probabilidade de ocorrência deste impacto pode ser sensivelmente minimizada.

As atividades de instalação e desinstalação de áreas de apoio, escavação, aterro e terraplenagem dos solos, e da execução das obras civis podem resultar em pequenos carreamentos de sólidos e produtos químicos nas áreas de intervenção do Porto do PIM, os quais são carreados para o corpo hídrico tanto pela drenagem continental (aguas pluviais) quanto por pequenos escorregamentos,

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 19

podendo alterar tanto as características físicas quanto químicas do sedimento de fundo. A adoção de medidas de controle do carreamento de sólidos pelo escoamento superficial pode reduzir significativamente a probabilidade de ocorrência do impacto.

Essas substâncias, em contato com o ecossistema aquático, interagem com a água e o sedimento, alterando temporariamente suas características físicas e químicas, principalmente em relação à turbidez e balneabilidade das águas. Entretanto, considerando o volume de água do rio Negro frente às áreas do empreendimento (AID/ADA) em relação à pequena parcela de sólidos, produtos químicos e efluente tratado que podem atingir o corpo d’água (rio Negro), considerando ainda a adoção de medidas mitigadoras efetivas, o respectivo impacto é avaliado como temporário, de abrangência local, reversível e de magnitude e significância pequena.

Para esta fase, este impacto é considerado negativo, direto, temporário, de curto prazo, de escala espacial local, reversível, mitigável, certo, cumulatividade negativa, de magnitude e significância pequenas (Quadro 11.3.1.2.5-1).

QUADRO 11.3.1.2.5-1: Alteração na qualidade dos sedimentos superficiais.

Identificação Atributos Detalhamento

Alteração na Qualidade dos Sedimentos Superficiais

Natureza Negativo

Origem Direta

Duração Temporário

Temporalidade Curto Prazo

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Certa

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência AID

Medidas Mitigadoras: A mitigação deste impacto poderá ocorrer pelas seguintes ações:

− Realização de inspeções de máquinas e equipamentos para detecção de vazamentos de óleo e manutenção adequada de embarcações;

− Controle efetivo do carreamento de sólidos e produtos químicos pelas águas pluviais nas áreas de intervenção do Porto do PIM;

− Adequação do cronograma de obras, principalmente em relação à escavação, aterro e terraplenagem dos solos, aos períodos de menor incidência pluviométrica;

− Monitoramento da qualidade das águas e dos efluentes tratados durante a fase de implantação do empreendimento.

Estas medidas estão contempladas no Programa de Controle Ambiental da Construção – PCA-C, no Programa de Gerenciamaento de Resíduos Sólidos, no Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos, no Programa de Monitoramento da Qualidade da Água e no Programa de Monitoramento da Qualidade dos Sedimentos.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 20

11.3.1.2.6 INTERFERÊNCIA SOBRE A HIDRODINÂMICA DO RIO NEGRO

Fator gerador: Instalação e ancoragem da porção aquática do terminal.

Descrição: A implantação do píer flutuante pode causar alterações na hidrodinâmica do rio Negro, desde a sua implantação assim como durante toda a operação do terminal. Contudo, durante a implantação, o potencial de geração dessa interferência é muito menor do que quando o píer estiver efetivamente instalado e operando. Desta forma, este impacto para a e tapa de instalação do Porto do PIM pode ser considerado desprezível.

Para esta fase, este impacto é considerado negativo, direto, temporário, de curto prazo, de escala espacial local, reversível, mitigável, probabilidade baixa, cumulatividade negativa, de magnitude e significância pequenas (Quadro 11.3.1.2.6-1).

QUADRO 11.3.1.2.6-1: Interferência sobre a hidrodinâmica do rio Negro.

Identificação Atributos Detalhamento

Interferência sobre a hidrodinâmica do rio Negro

Natureza Negativo

Origem Direta

Duração Temporário

Temporalidade Curto Prazo

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Probabilidade Baixa

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: a significância deste impacto previsto é muito pequena e não justifica a adoção de medidas de mitigação.

Page 85: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 21

11.3.1.2.7 ALTERAÇÃO DA QUALIDADE DO AR

Fator gerador: Mobilização de máquinas, equipamentos, veículos e embarcações voltadas às obras de implantação.

Descrição: Na fase de implantação do empreendimento serão utilizados equipamentos movidos a combustíveis fósseis e que podem gerar a emissão de poluentes atmosféricos. Além disso, a utilização de máquinas e veículos que utilizam dereivados de petróleo podem gerar a emissão de fumaça-preta. A suspensão de material particulado decorrente da movimentação de veículos também é outra fonte de degradação do ar.

Para esta fase de implantação do empreendimento, a degradação da qualidade do ar é considerado impacto negativo, direto, temporário, imediato, de escala espacial local e reversível, mitigável, probabilidade média, de cumulatividade negativa, de magnitude e significância pequenas (Quadro 11.3.1.2.7-1).

QUADRO 11.3.1.2.7-1: Alteração da qualidade do ar.

Identificação Atributos Detalhamento

Alteração na qualidade do ar

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Probabilidade Média

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Manutenção preventiva dos equipamentos, adoção de medidas de controle de geração de material particulado (ex. umectação da vias de acesso); realização de inspeções rotineiras dos equipamentos com potencial de geração de fumaça-preta; monitoramento da qualidade do ar. Estas medidas estão contempladas no Programa de Controle Ambiental da Construção – PCA-C.

11.3.1.3 FASE DE OPERAÇÃO

Durante a fase de operação do Porto do PIM, as principais ações geradoras de impacto previstas sobre o meio físico são a atracação, circulação e manobra de embarcações, o tráfego de caminhões, a disposição de água de lastro, a eliminação de óleos e graxas pelas embarcações, o abastecimento de embarcações e veículos com combustíveis e a operação do pier. Com base nessas ações previstas, segue a previsão de impactos sobre o meio físico.

11.3.1.3.1 ALTERAÇÃO NA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS

Fator gerador: Movimentação de equipamentos (RTGs), trânsito de caminhões, trânsito de embarcações, abastecimento de embarcações e veículos com combustíveis, manutenção de infra-estruturas de saneamento.

Page 86: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 22

Descrição: Equipamentos e motores que utilizam óleos combustíveis são passíveis da ocorrência de pequenos vazamentos, oriundos da falta de manutenção adequada e grau de utilização do maquinário. As embarcações também podem apresentar lançamentos de pequenas quantidades de óleo durante o abastecimento, funcionamento do motor e procedimentos de manutenção e limpeza, causando alterações nas características do ambiente aquático, afetando, assim, o equilíbrio das comunidades biológicas. Se forem adotadas eficientes medidas de segurança e um sistema de proteção e contenção para o caso de pequenos vazamentos, aliados à manutenção periódica de equipamentos e embarcações, a probabilidade de ocorrência deste impacto pode ser sensivelmente minimizada.

A manutenção precária das infraestruturas de saneamento básico nos edifícios administrativos, drenagens superficiais e estação de tratamento de esgotos – ETE - pode resultar no lançamento de efluentes não tratados no corpo d´água (rio Negro), assim como no carreamento de produtos químicos pelas águas pluviais. Desta forma, estes aspectos ambientais podem contribuir para alteração temporária nas características químicas e biológicas das águas, principalmente em relação à balneabilidade. Adotando-se medidas mitigadoras efetivas, a probabilidade de ocorrência deste impacto pode ser sensivelmente minimizada.

Para esta fase de implantação do empreendimento, este impacto é considerado negativo, direto, temporário, imediato, local, reversível, mitigável, certo, cumulatividade e sinergismo negativos, e de magnitude e significância pequenas (Quadro 11.3.1.3.1-1).

QUADRO 11.3.1.3.1-1: Alteração na qualidade das águas superficiais.

Identificação Atributos Detalhamento

Alteração na Qualidade das Águas Superficiais

Natureza Negativo

Origem Direta

Duração Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Certa

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência ADA/AID

Medidas Mitigadoras: A mitigação deste impacto poderá ocorrer pelas seguintes ações:

− Realização de inspeções de máquinas e equipamentos para detecção de vazamentos de óleo e manutenção adequada de embarcações;

− Realização de inspeções nas linhas de drenagem pluviais e caixas separadoras de óleo e água;

− Realização de manutenção periódica na estação de tratamento de esgotos (ETE);

− Monitoramento da qualidade das águas e dos efluentes tratados durante a fase de operação do empreendimento.

Page 87: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 23

Estas medidas estão contempladas no Programa de Controle Ambiental da Operação – PCA-O, no Programa de Gerenciamaento de Resíduos Sólidos, no Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos e no Programa de Monitoramento da Qualidade da Água.

11.3.1.3.2 INTERFERÊNCIA SOBRE O USO DAS ÁGUAS (ABASTECIMENTO PÚBLICO)

Comprometimento da água voltada ao abastecimento público, em termos e qualidade e quantidade.

Fator gerador: Mobilização de equipamentos e de veículos nos pátios e no pier, movimentação de embarcações de grande porte junto ao píer e entorno, geração de efluentes sanitários.

Descrição: Durante a operação do empreendimento serão utilizados equipamentos movidos a combustíveis fósseis e que utilizam óleos e graxas para o seu funcionamento, e que podem gerar vazamentos e eventualmente comprometer a qualidade das águas. O trânsito de embarcações de grande porte também pode gerar vazamento de óleos, combustíveis ou outros contaminantes. A geração de efluentes sanitários também pode causar a degradação da qualidade das águas.

Para o caso analisado, o potencial de contaminação das águas superficiais é maior do que o das águas subterrâneas. Quanto à captação de água para o abastecimento público, as captações situadas na Ponta do Ismael, 15 quilômetros à montante da área de estudo, não sofrerão interferência por conta da operação do empreendimento, nem mesmo das embarcações que vão se utilizar do terminal portuário aui analisado. O impacto a ser avaliado é sobre a futura captação de água situada na Ponta das Lajes (Proama) que, mesmo à j usante do empreendimento, considerando a d istância da área de intervenção e a enorme vazão do rio Negro, estima-se que uma eventual interferência na qualidade dessa água seja desprezível.

Para a fase de operação do empreendimento, este impacto sobre o abastecimento público de água, mais especificamente na Ponta das Lajes (Proama), é considerado negativo, direto, temporário, imediato, de escala espacial local e reversível, probabilidade baixa, mitigável, cumulatividade negativa, de magnitude e significância pequenas (Quadro 11.3.1.3.2-1).

QUADRO 11.3.1.3.2-1: Interferência sobre o uso das águas (abastecimento público).

Identificação Atributos Detalhamento

Interferência sobre o uso das águas (abastecimento público)

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Probabilidade baixa

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Realização de periódica e adequada inspeção e manutenção dos equipamentos; coleta, tratamento e destinação adequada dos efluentes sanitários; monitoramento da qualidade das águas do rio Negro, principalmente no trecho à jusante do empreendimento.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 24

Estas medidas estão contempladas no Programa de Controle Ambiental da Operação – PCA-O, Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos e Programa de Monitoramento da Qualidade da Água.

11.3.1.3.3 ALTERAÇÃO NA QUALIDADE DOS SEDIMENTOS SUPERFICIAIS

Fator gerador: Movimentação de equipamentos (RTGs), trânsito de caminhões, trânsito de embarcações, abastecimento de embarcações e veículos com combustíveis, manutenção de infra-estruturas de saneamento.

Descrição: Equipamentos e motores que utilizam óleos combustíveis são passíveis da ocorrência de pequenos vazamentos, oriundos da falta de manutenção adequada e grau de utilização do maquinário. As embarcações também podem apresentar lançamentos de pequenas quantidades de óleo durante o abastecimento, funcionamento do motor e procedimentos de manutenção e limpeza, causando alterações nas características do ambiente aquático, afetando, assim, o equilíbrio das comunidades biológicas. As transformações sofridas pelo óleo no ambiente afetam primeiramente as suas características físicas (densidade, viscosidade, ponto de escoamento, solubilidade), compreendendo, principalmente, os processos de espalhamento do produto derramado e evaporação dos componentes leves, seguidos da dissolução das frações solúveis, emulsificação decorrente do hidrodinamismo e sedimentação por aderência de partículas suspensas na coluna d’água, afetando as comunidades bentônicas e contaminando o sedimento. Se forem adotadas eficientes medidas de segurança e um sistema de proteção e contenção para o caso de pequenos vazamentos, aliados à manutenção periódica de equipamentos e embarcações, a probabilidade de ocorrência deste impacto pode ser sensivelmente minimizada.

Para esta fase, este impacto é considerado negativo, direto, permanente, de curto prazo, de escala espacial local, reversível, mitigável, probabilidade baixa, cumulatividade negativa, de magnitude e significância pequenas (Quadro 11.3.1.3.3-1).

QUADRO 11.3.1.3.3-1: Alteração na qualidade dos sedimentos superficiais.

Identificação Atributos Detalhamento

Alteração na Qualidade dos Sedimentos Superficiais

Natureza Negativo

Origem Direta

Duração Permanente

Temporalidade Curto Prazo

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Probabilidade baixa

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência AID

Medidas Mitigadoras: A mitigação deste impacto poderá ocorrer pelas seguintes ações:

− Realização de inspeções de máquinas e equipamentos para detecção de vazamentos de óleo e manutenção adequada de embarcações;

− Monitoramento periódico da qualidade dos sedimentos superficiais.

Page 89: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 25

11.3.1.3.4 INTERFERÊNCIA SOBRE A HIDRODINÂMICA DO RIO NEGRO

Fator gerador: Operação do píer flutuante.

Descrição: A operação do píer flutuante sobre o rio Negro pode causar alterações na sua hidrodinâmica. Contudo, a realização de modelagem matemática ainda na etapa de diagnóstico ambiental, realizada especificamente para esse fim, indicou que as modificações decorrentes da implantação do terminal serão de abrangência localizada e de magnitudes muito pequenas.

Para esta fase de operação, a e ventual interferência sobre a h idrodinâmica do rio Negro é considerado impacto negativo, direto, permanente, imediato, de escala espacial local e irreversível, não mitigável, probabilidade alta, cumulatividade negativa, de magnitude e significância pequenas (Quadro 11.3.1.3.4-1).

QUADRO 11.3.1.3.4-1: Interferência sobre a hidrodinâmica do rio Negro.

Identificação Atributos Detalhamento

Interferência sobre a hidrodinâmica do rio Negro

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Irreversível

Possibilidade de Mitigação Não mitigável

Probabilidade de Ocorrência Probabilidade alta

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Apesar da probabilidade alta de ocorrência, indicada por meio de modelagem matemática, a significância deste impacto previsto é muito pequena.

Page 90: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 26

11.3.1.3.5 ALTERAÇÃO NA QUALIDADE DO AR

Fator gerador: Mobilização de equipamentos e de veículos nos pátios e no pier, movimentação de embarcações de grande porte junto ao píer e entorno.

Descrição: Durante a operação do empreendimento serão utilizados equipamentos e veículos movidos a combustíveis fósseis, inclundo os guindastes (RTGs), assim como as embarcações de grande porte que se utilizarão da estrutura do terminal.

Para a fase de operação do empreendimento, a degradação da qualidade do ar é considerado impacto negativo, direto, temporário, imediato, de escala espacial local e reversível, mitigável, probabilidade alta, de cumulatividade negativa, de magnitude e significância pequenas.

QUADRO 11.3.1.3.5-1: Alteração na qualidade do ar.

Identificação Atributos Detalhamento

Alteração da qualidade do ar

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Probabilidade alta

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Manutenção preventiva dos equipamentos, realização de inspeções rotineiras dos equipamentos com potencial de geração de fumaça-preta, monitoramento da qualidade do ar. Estas medidas estão contempladas no Programa de Controle Ambiental da Operação – PCA-O.

11.3.2 IMPACTOS SOBRE O MEIO BIÓTICO

Os prováveis impactos foram avaliados considerando os diferentes cenários desenvolvidos para este estudo à luz do conhecimento atual sobre o local de implantação do empreendimento, bem como os efeitos previstos pelo desenvolvimento das atividades sobre as condições biológicas do ambiente.

11.3.2.1 FASE DE PLANEJAMENTO

11.3.2.1.1 INTERFERÊNCIA SOBRE A VEGETAÇÃO

Fator Gerador: Pisoteio de plântulas e poda de indivíduos de espécies herbáceas e arbustivas de para a abertura de trilhas e para a identificação taxonômica.

Descrição: Na fase de planejamento do empreendimento os impactos ambientais sobre a flora serão pequenos e pontuais. O impacto esperado é em decorrência do caminhamento em matas e/ou abertura de trilhas na AID e na ADA, que pode ocasionar a poda da vegetação para a

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 27

abertura de passagem e o pisoteio, principalmente de plântulas; o impacto decorre, também, da coleta de ramos dos indivíduos arbóreos para a identificação das espécies para a realização de estudos ambientais.

Esse impacto é negativo, direto, temporário, pois os efeitos da poda e pisoteio da vegetação e da coleta da fauna terrestre pode permanecer por algum tempo, imediato, de escala espacial local e reversível (uma vez que a vegetação possui capacidade de regeneração e que são coletados apenas poucos indivíduos, não desequilibrando a população local da espécie). Considerando os estágios de regeneração da vegetação, os espécimes coletados e a reduzida superfície da área a ser afetada nesta fase, podemos considerar este impacto como de magnitude e significância pequena, e mitigável (Quadro 11.3.2.1.1-1).

QUADRO 11.3.2.1.1-1: Interferência sobre a vegetação.

Identificação Atributos Detalhamento

Interferência sobre a vegetação (pisoteio de plântulas e poda de indivíduos de espécies herbáceas e arbustivas para a abertura de trilhas e para a identificação taxonômica)

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Certa

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Este impacto foi mitigado pela adoção de métodos de caminhamento de trilhas que pouparam ao máximo a vegetação (realização de podas de espécies herbáceas e arbustivas apenas quando necessária para a passagem) e cuidados para evitar o pisoteamento de plântulas. A coleta de ramos de indivíduos arbóreos só foi realizada quando não foi possível a identificação da espécie em campo.

Page 92: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 28

11.3.2.1.2 AFUGENTAMENTO DA FAUNA SILVESTRE (TERRESTRE E AQUÁTICA)

Fator Gerador: Caminhamentos na mata, abertura de trilhas para acesso de profissionais, instalação de armadilhas (terra e água), instalação de equipamentos de pesca, movimentação de embarcações para vistorias e coleta de dados durante a realização dos estudos ambientais.

Descrição: Na fase de planejamento é necessário realizar o levantamento da fauna e inventário florestal da AID e ADA do empreendimento. Desta forma, a circulação de pesquisadores e de embarções, a instalação das armadilhas de coleta e o caminhamento na mata podem ocasionar o afugentamento dos animais silvestres. Este impacto, porém, é pouco significativo (Quadro 11.3.2.1.2-1).

QUADRO 11.3.2.1.2-1: Afugentamento da fauna silvestre (terrestre e aquática).

Identificação Atributos Detalhamento

Afugentamento da fauna silvestre (terrestre e aquática), (caminhamentos na mata, abertura de trilhas para acesso de profissionais, instalação de armadilhas (terra e água), instalação de equipamentos de pesca, movimentação de embarcações para vistorias e coleta de dados durante a realização dos estudos ambientais)

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Alta

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Embora este impacto seja inevitável, durante as amostragens, os técnicos responsáveis prezaram pelo silêncio, evitando a emissão de ruídos e perturbações desnecessárias. Além disso, a colocação rápida e o mais silenciosa possível das armadilhas contribuiu para minimizar o afugentamento da fauna silvestre.

11.3.2.1.3 CAPTURA, MANIPULAÇÃO, SOLTURA E/OU MORTE DE ESPÉCIMES DA FAUNA SILVESTRE

Fator Gerador: Coleta de dados primários em campo para o diagnóstico ambiental das áreas de influência do Porto do PIM.

Descrição: Na fase de planejamento é necessário realizar um levantamento da fauna silvestre na AID e na ADA do empreendimento para compor o diagnóstico ambiental das áreas de influência do Porto do PIM. Para tanto, foi necessário capturar, manipular e, em alguns casos, sacrificar os animais coletados. No presente estudo, somente espécimes da herpetofauna e mastofauna terrestres de difícil identificação no campo foram mortos após captura nas armadilhas. Os demais foram submetidos a pequeno estresse durante a manipulação e registro de medidas corporais. A soltura destes ocorreu imediatamente após a manipulação. No caso da ictiofauna, devido aos métodos de estudo desse grupo, todos os indivíduos coletados foram sacrificados para que pudessem ser feitas as análises pertinentes.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 29

Considerando os espécimes, os grupos e quantidade de organismos capturados, esse impacto é negativo, direto, temporário, imediato, de escala espacial local, reversível, mitigável, certo, sinergismo negativo, de magnitude média e significância pequena.

Ressalta-se que esta atividade é indispensável para a c orreta identificação dos grupos de organismos e análises (Quadro 11.3.2.1.3-1).

QUADRO 11.3.2.1.3-1: Captura, manipulação, soltura e/ou morte de espécimes da fauna silvestre.

Identificação Atributos Detalhamento

Captura, manipulação, soltura e/ou morte de espécimes da fauna silvestre (coleta de dados primários em campo para o diagnóstico ambiental das áreas de influência do Porto do PIM)

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Certa

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Esse impacto é mitigável com a implantação de estratégia de coleta com um número reduzido de amostras e baseada no uso de informações (entrevistas) da comunidade local (moradores e pescadores), de modo a reduzir a necessidade de supressão de muitos espécimes da fauna silvestre. A obtenção prévia das devidas autorizações para coleta e captura da fauna com metodologia aprovada pelo órgão competente (Ibama) também é uma maneira de garantir que as coletas foram realizadas seguindo métodos já consagrados e não prejudiciais às populações das espécies que ocorrem no local. Os profissionais responsáveis pelo levantamento da fauna agiram com ética, amostrando apenas o suficiente para alcançar os resultados necessários, sendo coletados apenas espécimes testemunho, quando necessário. Todos os indivíduos sacrificados no presente estudo foram destinados a coleções científicas de instituições de ensino e pesquisa como o Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia).

11.3.2.2 FASE DE IMPLANTAÇÃO

11.3.2.2.1 PERDA DE ESPÉCIMES VEGETAIS

Fator Gerador: Supressão da vegetação quando da limpeza do terreno para a implantação dos pátios e edificações do terminal portuário.

Descrição: A perda de espécimes vegetais ocorrerá pela supressão da vegetação na área diretamente afetada do empreendimento, uma vez que grande parte da cobertura vegetal precisará ser retirada para dar lugar à infraestrutura do empreendimento. Considerando que a área diretamente afetada é a área que sofrerá as intervenções propriamente ditas, nessa área a vegetação será suprimida. Com base na Tabela 11.3.2.2.1-1 a seguir, já apresentada no item 10.2 deste EIA, tem-se que a supressão de vegetação arbórea nativa é de 15,7 ha. Essa vegetação é secundária, sendo classificada como capoeirinha, capoeira e capoeirão, com predominância de

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 30

capoeira. Apenas 4,3 % dessa vegetação estão inseridas em APP do rio Negro (faixa de 50 metros).

TABELA 11.3.2.2.1-1: Quadro de áreas das classes de uso do solo e cobertura vegetal da ADA do Porto do Polo Industrial de Manaus – Porto do PIM, Manaus, AM, inseridas ou não em Áreas de

Preservação Permanente.

Uso do solo e cobertura vegetal

ÁREA

Dentro de APP Fora de APP Total

ha % ha % ha %

Capoeirinha 1,2 3,9 3,8 12,6 5,0 16,5

Capoeira - - 6,6 21,5 6,6 21,5

Capoeirão - - 4,1 13,4 4,1 13,4

Área Antropizada 0,1 0,3 8,8 28,8 8,9 29,1

Solo Exposto - - 5,9 19,4 5,9 19,4

Total 1,3 4,3 29,2 95,9 30,5 100,0

Este impacto é negativo, direto, permanente, imediato, local, irreversível, não mitigável, certo, magnitude e significância médias, considerando a qualidade da vegetação a ser suprimida e o sinergismo com o impacto sobre a fau na terrestre associada, o qual será analisado adiante (Quadro 11.3.2.2.1-1).

QUADRO 11.3.2.2.1-1: Perda de espécimes vegetais.

Identificação Atributos Detalhamento

Perda de espécimes vegetais (supressão de vegetação)

Natureza Negativo Origem Direto Duração Permanente Temporalidade Imediato Abrangência Local Reversibilidade Irreversível Possibilidade de Mitigação Não Mitigável Probabilidade de Ocorrência Certa Magnitude Média Cumulatividade e Sinergismo Positivo Significância Média Local de Ocorrência ADA

Medidas Mitigadoras/Compensatórias: A minimização do impacto em pauta ocorrerá mediante a aplicação do Programa de Controle de Supressão de Vegetação e Resgate de Fauna e do Programa de Controle Ambiental da Construção – PCA-C, propostos no Capítulo 12 deste EIA. Entre as medidas apresentadas no programa, podemos citar a demarcação da área a ser suprimida, garantindo que não haja intervenção na vegetação que permanecerá na área.

O referido Programa de Controle de Supressão abordará, ainda, a maneira de compensar a supressão, conforme as diretrizes da legislação vigente.

11.3.2.2.2 GERAÇÃO E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS VEGETAIS

Fator gerador: Supressão de vegetação.

Descrição: Em decorrência da supressão de vegetação necessária às obras de implantação do empreendimento Porto do PIM haverá a produção de material vegetal, lenhoso e foliar, que

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 31

poderia acarretar efeitos negativos para o ambiente de destinação caso não devidamente aproveitado. O potencial impacto decorrente da geração de resíduos vegetais pode ser mitigado de forma bastante eficiente por meio de reaproveitamento do material vegetal. O material lenhoso pode ser usado para produzir mourões de cerca necessários durante as obras ou também pode ser usado como lenha. O restante dos resíduos vegetais, galhos e folhas podem ser picados e destinados à compostagem em prefeituras e viveiros da região. Restos vegetais não reutilizados deverão ser destinados a um bota-fora licenciado ou aterro sanitário.

É um impacto negativo, direto, temporário, de ocorrência imediata, de escala espacial local. É irreversível, de probabilidade de ocorrência certa, magnitude média em razão da escassez de áreas adequadas para destinação deste material, mas de baixa significância, devido à pequena quantidade prevista de material a ser gerado, mas principalmente se implementadas as medidas mitigadoras propostas. É um impacto mitigável por meio do aproveitamento da biomassa, com a destinação seletiva do material lenhoso e a t rituração por picadores do material excedente para posterior retorno ao ambiente na forma de composto orgânico (Quadro 11.3.2.2.2-1).

QUADRO 11.3.2.2.2-1: Geração e destinação de resíduos vegetais.

Identificação Atributos Detalhamento

Geração e destinação de resíduos vegetais (supressão de vegetação)

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Irreversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Certa

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência ADA

Medidas Mitigadoras: Esse impacto poderá ser minimizado pelo reaproveitamento ou pela destinação adequada do material vegetal. Considerando a composição do material, serão tomadas duas medidas principais:

− Material Lenhoso: poderá ser utilizado na fase de implantação do empreendimento para a produção de mourões, ou mesmo doado ou comercializado a terceiros, para a utilização como mourões, toras, lenha ou na produção de carvão. No caso da doação ou comercialização, o transporte do material deverá atender às diretrizes específicas (Documento de Origem Florestal – DOF);

− Ramos e Folhas: serão picados e destinados à compostagem para produção de adubo por prefeituras, viveiros e /ou empresas de reposição florestal da região.

Essas medidas estão previstas no Programa de Controle de Supressão de Vegetação e Resgate da Fauna.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 32

11.3.2.2.3 INTERVENÇÃO NAS MARGENS DO RIO NEGRO

Fator gerador: Implantação de parte do Pátio de Contêineres 1 e de trecho da Ponte Fixa de acesso ao cais flutuante.

Descrição: Conforme apresentado no Capítulo 8 – Caracterização do Empreendimento do presente EIA-Rima, está projetada a implantação de um pátio, na cota mais baixa da área do Porto do PIM, às margens do rio Negro. Haverá, portanto, a intervenção em um pequeno trecho nessa faixa de proteção de 50 metros do rio Negro. Diferente da legislação federal1

A referida intervenção às margens do rio Negro é importante para o empreendimento, pois trata-se do único trecho às margens do rio Negro com baixa altimetria, permitindo o acesso entre o pátio e o pier sem a necessidade de grandes obras de terraplenagem.

, no município de Manaus, a faixa de 50 metros às margens do rio Negro é tratatada no âmbito do Programa de Proteção e Valorização dos Ambientes Naturais e dos Cursos d’água, estabelecido pelo Plano Diretor - Lei Municipal nº 671/2002, alterada pela Lei Municipal nº 856/2005. Este entendimento é corroborado pelo órgão estadual de licenciamento ambiental (Ipaam).

Considerando as características do trecho de margem do rio no qual haverá intervenção do Porto do PIM (vegetação secundária de capoeirinha) e que essa intervenção é inerente a qualquer atividade portuária, o impacto é considerado negativo, direto, permanente, de ocorrência imediata, de escala espacial local. É irreversível, de probabilidade de ocorrência certa, magnitude média em razão de ser uma área protegida por lei, embora passível de autorização em casos excepcionais, entre eles os empreendimentos de utilidade pública. Não é um impacto mitigável, mas como a interferência é em um pequeno trecho da APP, com cobertura vegetal secundária e em estágio inicial de regeneração, a significância é pequena (Quadro 11.3.2.2.3-1).

QUADRO 11.3.2.2.3-1: Intervenção nas margens do rio Negro.

Identificação Atributos Detalhamento

Intervenção nas margens do rio Negro (implantação do Pátio de Contêineres 1)

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Irreversível

Possibilidade de Mitigação Não mitigável

Probabilidade de Ocorrência Certa

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência ADA

Medidas Mitigadoras: Não há medida mitigadora aplicável. Como medida compensatória, será recuperada uma área com a mesma dimensão que a área que sofrerá intervenção, a ser acordada com os órgãos de licenciamento - Ipaam e SEMMA – durante o licenciamento ambiental.

1 Pela legislação federal, Resolução Conama 303/2002 revogada pela Lei Federal nº 12.651/2012, a largura da APP para este tipo de curso d’água seria de 500 metros.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 33

11.3.2.2.4 PERDA DE HABITAT E DE INDIVÍDUOS (POR MORTE OU AFUGENTAMENTO) DA FAUNA TERRESTRE

Fator gerador: Supressão de vegetação, adequação do terreno, demolição das edificações da antiga Siderama.

Descrição: Para a implantação do Porto do PIM estão previstas a supressão de vegetação, a adequação do terreno, inclusive nos trechos onde ocorrem os grandes ravinamentos erosivos, e a demolição das edificações abandonadas da antiga Siderama, o que provocará a perda de habitat para a fauna terrestre local hoje existente. O diagnóstico da fauna terrestre apresentado no item 10.2.2 do presente EIA-Rima indicou que a fauna silvestre local (da ADA) utiliza tanto os trechos com cobertura vegetal, os paredões formados pelas erosões e as edificações abandonadas como habitat e local para nidificação. Como resultado da perda de habitat poderá ocorrer também a perda direta de indivíduos por morte, principalmente de animais de porte pequeno, com hábitos fossoriais e que habitam a serapilheira, como por exemplo, algumas espécies de anfíbios, répteis e pequenos mamíferos. Organismos maiores, tanto de locomoção terrestre ou aérea, não deverão ser perdidos por morte nesta etapa. Por outro lado, alguns locais constituem microhabitats para a fauna de vertebrados, tais como ocos de árvore, bromélias etc. Estes locais, que podem servir de abrigo para anfíbios, répteis, aves e mamíferos, serão removidos duante a supressão.

Da análise das ocorrências da fauna terrestre verificadas para a ADA do Porto do PIM, acredita-se que a maioria das espécies de maior porte poderá se realocar de forma espontânea durante as etapas preparatórias da supressão, principalmente aquelas de maior mobilidade, tais como mamíferos de médio porte e aves. De maneira geral, as aves não devem correr perigo de perda de indivíduos em razão das obras de implantação, mais especificamente da supressão de vegetação, devido à facilidade de locomoção que apresentam e pela existência de áreas verdes contíguas às áreas onde se dará a s upressão. Contudo, perdas de ninhos, ovos e filhotes poderão ocorrer durante a supressão, uma vez que são naturalmente camuflados ou inconspícuos no ambiente.

Durante a s upressão poderá ocorrer o afugentamento das espécies de maior porte para as vias/pátios próximos e consequente atropelamento. Como a supressão da vegetação se dará por fases e com o acompanhamento do Programa de Controle de Supressão de Vegetação e Resgate da Fauna (Capítulo 12), não deverá haver perdas diretas destas espécies.

A movimentação de pessoal dentro das áreas, seja para a realização de vistorias ou demarcação de áreas, é um fator que, além de auxiliar no afugentamento de algumas das espécies de maior mobilidade, também auxilia na identificação de espécimes que, eventualmente, possam necessitar de auxílio específico que não foram registradas na área durante os estudos do EIA.

Entretanto, o diagnóstico da fauna terrestre da área do empreendimento identificou três pontos que merecem ser destacados e devem ser alvos de programas e ações específicos quando da implantação do empreendimento.

O primeiro deles, que consideramos ser também um dos pontos mais críticos do EIA-Rima do Porto do PIM, foi o registro de sete indivíduos de sauim-de-coleira (Saguinus bicolor), utilizando a mata da área na qual será implantado o empreendimento. Como já foi destacado, o sauim-de-coleira apresenta distribuição geográfica restrita a parte dos municípios de Manaus, Rio Preto da Eva e Itacoatiara, cobrindo cerca de 7.500 km² (ICMBio, 20122

2 Disponível em http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-plano-de-acao/pan-sauim-de-coleira/sumario_sauim.pdf. Acesso em 05/06/2012.

). Essa é a região onde está situado o maior núcleo urbano da Amazônia e, portanto, a pressão sobre o habitat dessa espécie é muito grande devido à expansão desordenada das áreas urbanas e rurais dos municípios supracitados. O sauim-de-coleira é considerado criticamente em perigo pelo Livro Vermelho da Fauna Brasileira

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 34

Ameaçada de Extinção (MMA, 20083

O segundo ponto relevante relativo à fau na terrestre é a e xistência de ninhais de Megaceryle torquata (martim-pescador-grande), tanto no platô quanto na falésia às margens do rio Negro. Considerando apenas os ninhais do platô, localizados nos paredões formados pela erosão existente na ADA e sobre os quais está prevista intervenção direta, foram identificadas 390 cavidades, sendo 170 ativas, e mais de cem indivíduos de martim-pescador-grande. Essa espécie não consta das listas de espécies ameaçadas de extinção. Outras espécies que potencialmente possam se utilizar das cavidades produzidas pelo martim-pescador-grande também foram vistas na área, embora em muito menor número e sem qualquer indício de utilização das cavidades no período estudado. Foram observados o periquitão-maracanã Aratinga leucophthalma, a corujinha-do-mato Megascops choliba e a andorinha-do-campo Progne tapera. Para a instalação do Porto do PIM haverá a necessidade da realização de obras de contenção e estabilização dessa erosão. No local haverá a construção do Pátio de Contêiner 2, na Fase 2 de implantação do Porto do PIM com início previsto em 2016 (ver Capítulo 8 – Caracterização do Empreendimento do presente EIA-Rima). Desse modo, esses ninhais serão suprimidos com a implantação do empreendimento. A mitigação desse impacto está prevista no Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores (Capítulo 12).

). Com a supressão da vegetação que ocorre na ADA do empreendimento, haverá a perda do habitat dessa espécie no local. O impacto da implantação do empreendimento nessa espécie será mitigado com as ações propostas no Subprograma de Monitoramento do Sauim-de-Coleira (Capítulo 12). Ressaltamos que em nenhuma hipótese haverá a perda de indivíduos (morte) do grupo de sauim-de-coleira identificado na ADA. A supressão de vegetação ocorrerá na Fase 1 de implantação do empreendimento (ver Capítulo 8 – Caracterização do Empreendimento do presente EIA-Rima).

Por fim, o terceiro ponto de relevância identificado na ADA do Porto do PIM quanto à fau na terrestre é a o corrência de aproximadamente 1.000 indivíduos de urubus-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) que utilizam as instalações abandonadas da Siderama como dormitório e área de reprodução. A demolição dessas estruturas desalojará em curto espaço de tempo uma grande quantidade de aves. Certamente essas aves buscarão novos dormitórios e áreas de reprodução nas imediações, podendo ocasionar grandes transtornos, alojando-se em edificações pela cidade, e oferecendo riscos em áreas como a refinaria de Manaus (Reman), a Usina Termoelétrica de Mauá, assim como para a av iação, principalmente aos pousos e decolagens realizados no aeroporto da Ponta Pelada localizado a cerca de 4 km em linha reta a oeste do Porto do PIM. Além dos urubus, as estruturas também são habitadas por morcegos que perderão o seu habitat. A demolição das edificações da antiga Siderama está prevista para ocorrer apenas em 2024 e em 2030, na implantação do Pátio de Contêiner 4, na Fase 3 do empreendimento, e na implantação do Pátio de Contêiner 5, na Fase 4 do empreendimento (ver Capítulo 8 – Caracterização do Empreendimento do presente EIA-Rima). A mitigação desse impacto está prevista Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores (Capítulo 12).

Considerando, portanto, principalmente, a ocorrência do sauim-de-coleira, dos ninhais e dos indivíduos de urubu-de-cabeça-preta, o impacto da perda de habitat e de indivíduos (por morte ou afugentamento) da fauna terrestre é considerado negativo, direto, permanente, imediato, de escala espacial local, é irreversível e de ocorrência certa, sendo que se adotadas as medidas propostas é possível que sejam minimizadas e mitigadas as perdas dos indivíduos pertencentes às espécies mais suscetíveis, e de magnitude e significância grande (Quadro 11.3.2.2.4-1).

3 MMA. Livro vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção. A. B. M. Machado, G. M. Drummond, A. P. Paglia (Eds.). Brasília, DF: MMA; Belo Horizonte, MG : Fundação Biodiversitas, 2008. Disponível em: http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=179&idConteudo=8122&idMenu=8631. Acesso em 05/06/2012.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 35

QUADRO 11.3.2.2.4-1: Perda de habitat e de indivíduos (por morte ou afugentamento) da fauna terrestre.

Identificação Atributos Detalhamento

Perda de habitat e de indivíduos (por morte ou afugentamento) da fauna terrestre (supressão de vegetação, adequação do terreno, demolição das edificações da antiga Siderama)

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Irreversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Certa

Magnitude Grande

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Grande

Local de Ocorrência ADA

Medidas Mitigadoras: Os animais presentes na área diretamente afetada pelo empreendimento deverão ser afugentados, resgatados e realocados para outras áreas próximas não afetadas pelo empreendimento e que apresentem semelhante ou melhor qualidade ambiental. Estas ações estão detalhadas no Programa de Controle de Supressão de Vegetação e Resgate da Fauna e no Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores e Subprograma de Monitoramento do Sauim-de-Coleira. A desmontagem das edificações deve ser feita lentamente e com o monitoramento da população de aves e morcegos ali instalada, devendo-se ser monitorado o destino desses indivíduos após a perda do habitat.

11.3.2.2.5 AFUGENTAMENTO DA FAUNA TERRESTRE

Fator gerador: Movimentação de pessoas, obras da construção civil, trânsito de caminhões, ruído de equipamentos.

Descrição: O afugentamento da fauna terrestre da ADA e, em menor grau, da AID poderá ocorrer devido à mo vimentação de pessoas e equipamentos necessários à i mplantação do empreendimento, às obras civis, ao trânsito de caminhões e ao ruído gerado pelas obras. Considerando que grande parte da fauna terrestre presente na ADA será resgatada ou afugentada para áreas de mata vizinhas quando da supressão da vegetação e que as matas da AID não sofrerão intervenção do empreendimento, o impacto é negativo, direto, temporário, pois durará apenas durante as obras de implantação do terminal portuário, imediato, local, mitigável, e de magnitude e significância médias, principalmente por causa da avifauna. É importante lembrar que a área na qual se pretende implantar o Porto do PIM e imediações são bastante antropizadas, onde diversas atividades já se desenvolvem (Quadro 11.3.2.2.5-1).

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 36

QUADRO 11.3.2.2.5-1: Afugentamento da fauna terrestre.

Identificação Atributos Detalhamento

Afugentamento da fauna terrestre (movimentação de pessoas, obras da construção civil, trânsito de caminhões, ruído de maquinários)

Natureza Negativo Origem Direto Duração Temporário Temporalidade Imediato Abrangência Local Reversibilidade Irreversivel Possibilidade de Mitigação Mitigável Probabilidade de Ocorrência Alta Magnitude Média Cumulatividade e Sinergismo Negativo Significância Média Local de Ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: As medidas mitigadoras do presente impacto estão previstas no Programa de Controle de Supressão de Vegetaçãoe Resgate da Fauna, no Programa de Monitoramento de Fauna e Bioindicadores e no Plano de Controle Ambiental da Construção – PCA-C, aliado ao Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores.

11.3.2.2.6 CAÇA E RETIRADA DE INDIVÍDUOS DA FAUNA TERRESTRE

Fator gerador: Fluxo de trabalhadores contratados para a implantação do Porto do PIM.

Descrição: A instalação do Porto do PIM promoverá o fluxo de trabalhadores a áreas com vegetação nativa, criando oportunidades para a caça ou apanha de espécimes da fauna nativa, tais como calangos, jacarés, tatus e outros. Além disso, existe também o costume generalizado de se matar qualquer cobra que se encontre, uma atitude que pode provocar a morte injustificada de vários indivíduos de serpentes, principalmente entre aquelas de locomoção mais lenta e que podem ser mais expostas, como as espécies peçonhentas.

Esse impacto é considerado negativo, indireto, temporário e de curto prazo, pois ocorrerá apenas enquanto durarem as obras, local, reversível, mitigável, de média probabilidade de ocorrência, de média magnitude e de média significância (Quadro 11.3.2.2.6-1).

QUADRO 11.3.2.2.6-1: Caça e retirada de indivíduos da fauna terrestre.

Identificação Atributos Detalhamento

Caça e retirada de indivíduos da fauna terrestre (fluxo de trabalhadores contratados para a implantação do Porto do PIM)

Natureza Negativo

Origem Indireto

Duração Temporário

Temporalidade Curto prazo

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Média

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Média

Local de ocorrência AID/ADA

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 37

Medidas Mitigadoras: Todos os trabalhadores envolvidos na implantação do empreendimento deverão ser educados e orientados, por meio de preleções feitas por profissionais da área, quanto à importância da preservação da vida silvestre local, bem como quanto aos procedimentos a serem adotados no caso de encontros fortuitos com as espécies nativas, sejam elas potencialmente perigosas ou não. Este trabalho integra o Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores; o Programa de Monitoramento de Fauna Terrestre; e o Programa de Controle Ambiental da Construção – PCA-C.

11.3.2.2.7 CONTATO ENTRE A FAUNA SILVESTRE E A FAUNA EXÓTICA DOMESTICADA, COM RISCOS DE PREDAÇÃO E TRANSMISSÃO DE DOENÇAS

Fator gerador: Aumento no fluxo de pessoas (trabalhadores) para a implantação do Porto do PIM.

Descrição: Durante a fase de implantação do Porto do PIM haverá um aumento no fluxo de pessoas envolvidas nas obras do terminal e, consequentemente, poderá haver o aumento de animais domésticos e sinantrópicos atraídos principalmente por abrigo e alimento. A presença de cães, gatos e roedores sinantrópicos aumenta não só o risco de predação como também de transmissão de doenças letais à fauna nativa.

Desse modo, esse impacto é considerado negativo, indireto, temporário e de curto prazo, pois ocorrerá apenas enquanto durarem as obras, local reversível, mitigável, com probabilidade de ocorrência média, e de magnitude e significância pequenas, haja vista que boa parte da vegetação nativa da ADA será suprimida, restando a vegetação da AID (Quadro 11.3.2.2.7-1).

QUADRO 11.3.2.2.7-1: Contato entre a fauna silvestre e a fauna exótica domesticada, com riscos de predação e transmissão de doenças.

Identificação Atributos Detalhamento

Contato entre a fauna silvestre e a fauna exótica domesticada, com riscos de predação e transmissão de doenças (aumento no fluxo de pessoas (trabalhadores) para a implantação do Porto do PIM)

Natureza Negativo Origem Indireto Duração Temporário Temporalidade Curto prazo Abrangência Local Reversibilidade Reversível Possibilidade de Mitigação Mitigável Probabilidade de Ocorrência Média Magnitude Pequena Cumulatividade e Sinergismo Negativo Significância Pequena Local de ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: O descarte de marmitas e outros resíduos a céu aberto nos canteiros de obras atrai inúmeros cães e gatos e, certamente, contribui para a proliferação de roedores exóticos, baratas e outras pragas sinantrópicas. Cães e gatos são potenciais predadores de várias espécies da fauna nativa, tais como, lagartos, aves terrícolas e seus ninhos, marsupiais, tatus, e mesmo primatas. O controle e destinação destes resíduos nas obras deverão minimizar a presença destas espécies e seus efeitos indesejáveis. Além disso, será dada orientação/treinamento aos trabalhadores locais no sentido de evitar a atração destes animais.

Os Programas que envolvem estas atividades são: Plano de Controle Ambiental da Construção – PCA-C, Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança do Trabalhador e Programa de Gestão de Resíduos Sólidos – PGRS.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 38

11.3.2.2.8 PERDA DE HABITAT E DE ÁREAS DE NIDIFICAÇÃO DA AVIFAUNA AQUÁTICA E RIPÁRIA E QUELÔNIOS

Fator gerador: Instalação da ponte de acesso à rampa e cais flutuantes, instalação da rampa e do cais flutuantes.

Descrição: O acesso em terra ao cais flutuante será por meio de uma rampa flutuante conectada a uma ponte fixa a partir do Pátio de Contêiner. A ponte fixa consistirá de uma estrutura de apoio de vigas e lajes de concreto com no mínimo 12 m de largura e um declive máximo de 8% da elevação do Pátio de Contêiner 1, conforme demonstrado no Capítulo 8 – Caracterização do Empreendimento. Haverá, portanto, intervenção do empreendimento na orla do rio Negro no trecho onde estão previstas a instalação dessas estruturas.

O diagnóstico da biota aquática identificou, por meio de entrevistas com pescadores locais, que duas espécies de quelônios (Podocnemis expansa e P. unifilis) utilizam, na época de seca, a praia formada em frente a área da Siderama para desova. Desse modo, as estruturas da ponte fixa e da rampa flutuantes poderão interferir, de alguma forma, na desova dessas espécies.

Além dos quelônios, foi registrada a ocorrência de 15 espécies de aves aquáticas e ripárias ao longo da orla do rio Negro, na AID do Porto do PIM. De acordo com o diagnóstico da avifauna, a avifauna aquática e ripária pode ser a mais afetada localmente pelo empreendimento. Isso porque, a avifauna de vegetação ripária ocupa apenas uma estreita faixa na orla do empreendimento; e a construção da ponte e da rampa de acesso ao cais flutuante poderá ser uma barreira de dispersão para toda a avifauna da estreita faixa de vegetação ripária. Algumas espécies não apresentam voos prolongados e evitam espaços abertos (como uma praia), preferindo pequenos deslocamentos no interior da vegetação.

Considerando a fragilidade da avifauna aquática e ripária e a importância dos locais de desova de quelônios o impacto identificado é negativo, direto, permanente, pois as estruturas da ponte e da rampa são permanentes, imediato, irreversível, mitigável aplicando as medidas cabíveis, média probabilidade de ocorrência, de magnitude grande e significância média (Quadro 11.3.2.2.8-1).

QUADRO 11.3.2.2.8-1: Perda de habitat e de áreas de nidificação da avifauna aquática e ripária e quelônios.

Identificação Atributos Detalhamento

Perda de habitat e de áreas de nidificação da avifauna aquática e ripária e quelônios (instalação da ponte de acesso à rampa e cais flutuantes, instalação da rampa e do píer flutuantes)

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Irreversivel

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Média

Magnitude Grande

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Média

Local de Ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Como o diagnóstico da biota aquática foi realizado na época de cheia, não foi possível identificar se, de fato, as espécies de quelônios desovam na praia da Siderama.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 39

Assim, a primeira medida é monitorar os quelônios para confirmar se na época seca e da desova a praia da Siderama é utilizada por esse grupo e se as estruturas da ponte e da rampa flutuantes poderiam intervir no local escolhido para a desova pelo mesmo. Caso essa prática seja confirmada, serão propostas medidas para que o empreendimento não interfira nos hábitos reprodutivos dessas espécies. Importante frisar que a eventual confirmação da utilização da praia da Siderama como local de desova de quelônio não inviabiliza o empreendimento proposto, mas apenas indica a necessidade de medidas adicionais para o controle desse aspecto ambiental. O monitoramento dos quelônios está proposto no Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores no Capítulo 12. Para a avifauna aquática e ripária, como não há muitos dados biológicos das espécies registradas ao longo da orla do rio Negro na AID do Porto do PIM, primeiramente, será proposto um monitoramento desse grupo já na fase de implantação do empreendimento com o intuito de identificar a sua resposta a instalação da ponte e da rampa flutuantes, se de fato essas estruturas podem servir de barreira de dispersão. O monitoramento da avifauna aquática e ripária também está proposto no Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores no Capítulo 12.

11.3.2.2.9 AFUGENTAMENTO E MORTE DE INDIVÍDUOS DA MASTOFAUNA AQUÁTICA, DA AVIFAUNA AQUÁTICA E RIPÁRIA, DOS QUELÔNIOS E DA ICTIOFAUNA

Fator gerador: Instalação da ponte de acesso à rampa e cais flutuantes, instalação da rampa e do cais fluturantes.

Descrição: As obras civis para a instalação da ponte e da rampa e cais flutuantes poderão causar o afugentamento da mastofauna aquática, da avifauna aquática e ripária, dos quelônios e da ictiofauna, devido ao ruído causado por máquinas e caminhões, à movimentação de pessoas, à intervenção no leito do rio Negro e à movimentação de embarcações. A probabilidade de ocorrência de morte de indivíduos da biota aquática, por outro lado, é muito pequena, devido aos meios de controle previamente definidos e que serão seguidos durante a execução das obras.

Esse impacto, portanto, é negativo, direto, temporário, pois ao cessarem as obras, a biota poderá retornar ao local , imediato, local, reversível, mitigável, probabilidade de ocorrência alta para o afugentamento e baixa para a morte de indivíduos, magnitude e significância pequenas, já que a região na qual se pretende implantar o Porto do PIM é bastante antropizada, com grande movimentação de embarcações (Quadro 11.3.2.2.9-1).

QUADRO 11.3.2.2.9-1: Afugentamento e morte de indivíduos da mastofauna aquática, da avifauna aquática e ripária, dos quelônios e da ictiofauna.

Identificação Atributos Detalhamento

Afugentamento e morte de indivíduos da mastofauna aquática, da avifauna aquática e ripária, dos quelônios e da ictiofauna (instalação da ponte de acesso à rampa e cais flutuantes, instalação da rampa e do cais flutuantes)

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversivel

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Alta/Baixa

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência AID/ADA

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 40

Medidas Mitigadoras: Para minimizar os impactos sobre a biota aquática, as obras civis de implantação da ponte e da rampa e cais flutuantes deverão ser executadas seguindo as diretrizes estabelecidas pelo Plano de Controle Ambiental da Construção – PCA-C. Os efeitos da obra sobre a biota aquática serão monitorados no âmbito do Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores.

11.3.2.2.10 ALTERAÇÃO NA COMPOSIÇÃO E NA ESTRUTURA DA BIOTA AQUÁTICA

Fator Gerador: Alteração da qualidade da água pela geração de efluentes líquidos e sólidos.

Descrição: Na fase de obras do Porto do PIM serão gerados efluentes sanitários provenientes do canteiro de obras (sanitários e vestiários) e efluentes industriais, principalmente resíduos oleosos, resultantes da instalação e desinstalação de áreas de apoio, do abastecimento e do tráfego de máquinas e equipamentos, de oficinas de manutenção de equipamentos e de bacias de contenção de efluentes, os quais serão direcionados aos separadores de água e óleo (SAOs).

A geração de resíduos sólidos está associada, principalmente, às atividades de instalação e desinstalação das áreas de apoio, da limpeza e terraplenagem, da escavação em solo, da execução de obras civis e da retirada de entulhos e resíduos. Os resíduos produzidos podem ser Classe I (resíduos perigosos), Classe II-A (resíduos com características de lixo doméstico) e, principalmente, Classe II-B (resíduos sólidos da construção civil inertes).

Caso não sejam adequadamente dispostos, os efluentes líquidos, sobretudo oleosos, e os resíduos sólidos poderão alcançar os recursos hídricos (rio Negro) e causar poluição e contaminação das águas pela presença de resíduos orgânicos e produtos químicos, promovendo a s eleção de organismos mais resistentes a essa condição.

Esse impacto é local e as modificações provocadas serão de caráter temporário e reversível em função do potencial de diluição e de autodepuração do rio Negro. Será um impacto de pequena significância, pois as instalações estão projetadas pontualmente e também pela qualidade da biota aquática presente no local (Quadro 11.3.2.2.10-1).

QUADRO 11.3.2.2.10-1: Alteração na composição e na estrutura da biota aquática.

Identificação Atributos Detalhamento

Alteração na composição e na estrutura da biota aquática (alteração da qualidade da água pela geração de efluentes líquidos e sólidos)

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Temporário

Temporalidade Curto Prazo

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Baixa

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Para minimização deste impacto, recomenda-se a manutenção periódica das instalações sanitárias e fossas sépticas, bem como de veículos e equipamentos, para evitar a contaminação dos solos, das águas superficiais e subterrâneas. Os efluentes tratados deverão

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 41

obedecer às normas e aos padrões estabelecidos pela Resolução Conama nº 430/2011. Recomenda-se ainda controlar e minimizar a geração de resíduos sólidos e providenciar o armazenamento, coleta e destinação final adequada.

As ações de gestão deste impacto estão descritas no Plano de Controle Ambiental da Construção – PCA-C, no Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS e no Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos.

11.3.2.2.11 ALTERAÇÃO NA COMPOSIÇÃO E NA ESTRUTURA DA BIOTA AQUÁTICA

Fator Gerador: Perda de zona fótica devido à instalação de cais flutuante.

Descrição: O cais flutuante, após a sua instalação, será uma barreira à penetração da luz solar na coluna d’água imediatamente abaixo de sua estrutura. Desse modo, haverá a perda de zona fótica e, consequentemente, dos organismos dependentes da luz solar como o fitoplâncton. Como o fitoplâncton é a base da alimentação de organismos aquáticos, como algumas espécies da ictiofauna, a perda desse grupo pode provocar a alteração na composição da biota aquática no local.

O diagnóstico desse grupo da biota aquática mostrou que os baixos teores de nutrientes e a correnteza da água do rio Negro tendem a ser desfavoráveis ao desenvolvimento do fitoplâncton e, por consequência do zooplâncton e da ictiofauna, no local onde se pretende instalar o Porto do PIM. Além disso, houve um predomínio de diatomáceas no fitoplâncton coletado na AID e na ADA do Porto do PIM, que são organismos típicos de ambientes lóticos. A ictiofauna também se mostrou com baixa diversidade e riqueza de espécies nos pontos de coleta do rio Negro.

Considerando, portanto, a caracterização do fitoplâncton e da ictiofauna na área de instalação do cais flutuante, o impacto é negativo, indireto, permanente, curto prazo, local, irreversível, não mitigável, probabilidade de ocorrência certa, e de magnitude e significância pequenas (Quadro 11.3.2.2.11-1).

QUADRO 11.3.2.2.11-1: Alteração na composição e na estrutura da biota aquática.

Identificação Atributos Detalhamento

Alteração na composição e na estrutura da biota aquática (perda de zona fótica devido à instalação de cais flutuante)

Natureza Negativo

Origem Indireto

Duração Permamente

Temporalidade Curto Prazo

Abrangência Local

Reversibilidade Irreversível

Possibilidade de Mitigação Não mitigável

Probabilidade de Ocorrência Certa

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de ocorrência ADA

Medidas Mitigadoras: Como a instalação do cais flutuante é inerente à atividade do Porto do PIM, não há medida mitigadora cabível a esse impacto.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 42

11.3.2.2.12 CRIAÇÃO DE NOVO HABITAT PARA A BIOTA AQUÁTICA

Fator Gerador: Instalação de rampa e cais flutuantes.

Descrição: A rampa e o cais flutuantes irão propiciar um substrato consolidado propício à incrustação/colonização de organismos aquáticos, além de atuar como atrator de subsuperfície, acarretando a criação de um maior número de nichos ecológicos, podendo levar a um aumento na abundância e na diversidade de espécies.

Esse impacto é positivo, indireto/direto, permanente, médio prazo, de escala espacial local, reversível, certo, cumulativo e de pequenas, magnitude e significância (Quadro 11.3.2.2.12-1).

QUADRO 11.3.2.2.12-1: Criação de novo habitat para a biota aquática.

Identificação Atributos Detalhamento

Criação de novo habitat para a biota aquática (instalação de rampa e cais flutuantes)

Natureza Positivo

Origem Indireto/Direto

Duração Permanente

Temporalidade Médio Prazo

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Não se aplica

Probabilidade de Ocorrência Certa

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Positivo

Significância Pequena

Local de ocorrência ADA

Medidas Potencializadoras: Não se aplica.

11.3.2.2.13 PROLIFERAÇÃO DE VETORES, PRAGAS E FAUNA SINANTRÓPICA

Fator gerador: Disponibilização de recursos (alimento e abrigo) propícios à fau na vetora antrópica, gerada pelo funcionamento de refeitório no canteiro de obras.

Descrição: Na fase de implantação pode ocorrer a geração e disposição de resíduos sólidos e líquidos de forma inadequada, principalmente pelo funcionamento de um refeitório no canteiro de obras. Este fato pode disponibilizar recursos alimentares e criar ambientes que levam a atração ou proliferação de vetores, pragas ou fauna antrópica. Várias são as espécies que se enquadram como vetores, pragas e fauna antrópica e poucos são os ambientes urbanos que estão livres destes animais. Responsáveis por uma série de prejuízos a saúde humana, sua atração e proliferação podem ser consideradas um dos impactos decorrentes da realização de grandes obras em meio ao contexto urbano, como é o caso do Porto do PIM. Entre os vetores, pragas e fauna antrópica mais comuns que podem se estabelecer no Porto do PIM, podemos citar: os roedores (Mus musculus, Rattus norvegicus, R. rattus), moscas (Musca domestica), mosquitos (Culex sp., Aedes sp.), baratas (Periplaneta americana, Blattella germanica), pulgas (Ctenocephalides canis, Ctenocephalides felis, Xenopsylla brasiliensis, Xenopsylla cheopis, Pulex irritans), carrapatos (Rhipicephalus sp., Amblyomma sp.), além de cupins, percevejos, marimbondos, pombos e aranhas.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 43

A atração e proliferação de vetores, pragas e fauna antrópica é um impacto negativo, indireto, permanente, reversível. É um impacto localizado na ADA, e restrito aos locais de maior atratividade para este tipo de fauna (lixeiras, canteiro de obras, calhas, cais, locais de estocagem, drenagens etc.), de ocorrência a curto prazo, de pequena magnitude, porém de baixa significância no contexto geral do empreendimento (Quadro 11.3.2.2.13-1).

QUADRO 11.3.2.2.13-1: Proliferação de vetores, pragas e fauna sinantrópica.

Atributos Detalhamento

Proliferação de vetores, pragas e fauna sinantrópica (Disponibilização de recursos (alimento e abrigo) propícios à fauna vetora antrópica, gerada pelo funcionamento de refeitório no canteiro de obras)

Natureza Negativo

Origem Indireto

Duração Permanente

Temporalidade Curto prazo

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Média

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de ocorrência ADA

Medidas Mitigadoras: Está previsto o Programa de Controle de Vetores e Pragas Urbanas. Na fase de implantação, o Programa de Controle Ambiental da Construção – PCA-C prevê procedimentos e metodologias que visam à manutenção de boas condições de limpeza, organização e higiene nas áreas de trabalho. Além disso, está prevista o Programa de Prevenção de Endemias, voltado ao monitoramento e controle de doenças endêmicas na área do Porto do PIM. O Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores também prevê medidas que visam a prevenção da proliferação dos vetores, pragas e fauna sinantrópica pelos funcionários do terminal portuário. O Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos contempla as diretrizes para a correta destinação dos diversos tipos de resíduos.

11.3.2.3 FASE DE OPERAÇÃO

11.3.2.3.1 CAÇA E RETIRADA DE INDIVÍDUOS DA FAUNA SILVESTRE (TERRESTRE E AQUÁTICA)

Fator Gerador: Circulação de funcionários contratados para a operação do Porto do PIM.

Descrição: As atividades de operação do Porto do PIM poderão promover o fluxo de trabalhadores a áreas com vegetação nativa, criando oportunidades para a caça ou apanha de espécimes da fauna nativa, tais como calangos, tatus, jacarés, ovos e outros. Além disso, existe também o costume generalizado de se matar qualquer cobra que se encontre, uma atitude que pode provocar a mo rte injustificada de vários indivíduos de serpentes, principalmente entre aquelas de locomoção mais lenta e que podem ser mais expostas, como as espécies peçonhentas (jararacas, cascavel).

A caça, a pesca e a retirada de indivíduos da fauna também poderá ocorrer com as espécies da biota aquática, como a ictiofauna, mamíferos aquáticos, quelônios e avifauna aquática e ripária, já que o acesso ao rio Negro e igarapés vizinhos à área do Porto do PIM, além de ser fácil, não é proibido.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 44

Considerando as espécies da fauna silvestre que ocorrem no local, principalmente, a biota aquática que estará mais vulnerável, esse impacto é considerado negativo, indireto, permanente e imediato, local, reversível, mitigável, de média probabilidade de ocorrência, de média magnitude e de média significância (Quadro 11.3.2.3.1-1).

QUADRO 11.3.2.3.1-1: Caça e retirada de indivíduos da fauna silvestre (terrestre e aquática).

Identificação Atributos Detalhamento

Caça e retirada de indivíduos da fauna silvestre (terrestre e aquática), (circulação de funcionários contratados para a operação do Porto do PIM)

Natureza Negativo

Origem Indireto

Duração Permanente

Temporalidade imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Média

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Negativo Significância Média

Local de ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Todos os trabalhadores envolvidos nas atividades de operação do empreendimento deverão ser educados e orientados, por meio de preleções feitas por profissionais da área, quanto à importância da preservação da vida silvestre local, bem como quanto aos procedimentos a serem adotados no caso de encontros fortuitos com as espécies nativas, sejam elas potencialmente perigosas ou não. Este trabalho integra o Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores; o Programa de Monitoramento de Fauna e Bioindicadores; e o Programa de Controle Ambiental da Operação – PCA-O.

11.3.2.3.2 ATROPELAMENTOS DE INDIVÍDUOS DA FAUNA TERRESTRE

Fator Gerador: Tráfego de caminhões, veículos leves e máquinas nas vias de acesso e internas ao Porto do PIM.

Descrição: O tráfego, principalmente, de caminhões transportando contêineres será bastante intenso quando da operação do Porto do PIM. A Tabela 11.3.2.3.3-1 apresenta as estimativas de fluxo de caminhões no Porto do PIM, considerando as quatro fases de implantação de sua capacidade.

TABELA 11.3.2.3.3-1: Estimativa do fluxo de caminhões por dia no Porto do PIM, considerando o horizonte de implantação do terminal e a movimentação de contêineres por ano (TEU/ano).

Ano Movimentação de contêineres (TEU/ano)

Fluxo de caminhões (nº pico de caminhões/dia)

Capacidade (caminhões/dia)

2015 86.382 375 422

2018 169.339 725 830

2026 250.561 1080 1232

2032 320.364 1390 1570

Fonte: APM Terminals da Amazônia Participações Ltda.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 45

Como podemos ver na tabela acima, considerando o fluxo de caminhões estimado até 20324

Esse impacto, portanto, é considerado negativo, direto, permanente e de longo prazo, local, reversível, mitigável, com alta probabilidade de ocorrência já que a movimentação de caminhões será muito grande, de pequenas magnitude e significância, pois muitos indivíduos da fauna terrestre que ocorriam na área do Porto do PIM já terão sido resgatados e realocados quando da supressão da vegetação, apesar de nas imediações do Porto do PIM ainda ocorrer fragmentos florestais de razoável qualidade ambiental e com uma rica fauna terrestre, conforme mostrou o diagnóstico da fauna terrestre da AID do Porto do PIM (item 10.2.2 do presente EIA-Rima). Ressalta-se também que, imediatamente adjacente ao Porto do PIM, já há a passagem da Rodovia Federal BR-319, que é uma via com grande movimentação de caminhões e veículos leves (Quadro 11.3.2.3.2-1).

, o risco de atropelamentos de indivíduos da fauna terrestre será elevado. Há ainda a movimentação de veículos leves e máquinas que, apesar de ter menos importância quando comparamos com o fluxo de caminhões, também pode contribuir com o aumento no número de atropelamentos da fauna terrestre.

QUADRO 11.3.2.3.2-1: Atropelamentos de indivíduos da fauna terrestre.

Identificação Atributos Detalhamento

Atropelamentos de indivíduos da fauna terrestre (tráfego de caminhões, veículos leves e máquinas nas vias de acesso e internas ao Porto do PIM)

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Permanente

Temporalidade Longo prazo

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Alta

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Como medida de mitigação desse impacto, todos os funcionários envolvidos na fase de operação do empreendimento (incluindo, se possível, os m otoristas dos caminhões) serão educados e orientados, por meio de preleções feitas por profissionais da área. A orientação se refere à importância da preservação da vida silvestre local, ao respeito à velocidade de tráfego permitido nas imediações do Porto do PIM e em suas vias internas, assim como sobre as leis de trânsito; além de orientação, medidas serão adotadas para atingir os objetivos, como a implantação de redutores de velocidade, quando couber. Estes procedimentos integram o Programa de Educação, Saúde e Segurança dos Trabalhadores, o Programa de Controle Ambiental da Operação (PCA – O), além do Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores.

4 Ao final da Fase 4 de instalação do Porto do Pi o fluxo será de 1390 caminhões por dia (50 caminhões por hora; aproximadamente um caminhão por minuto).

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 46

11.3.2.3.3 AFUGENTAMENTO DA FAUNA TERRESTRE

Fator Gerador: Geração de ruídos pelo aumento na circulação de pessoas, caminhões e máquinas.

Descrição: As atividades de operação do Porto do PIM deverão gerar certo nível de ruído que poderá afugentar indivíduos da fauna terrestre local, principalmente aves e mamíferos de médio porte. Algumas dessas espécies, mesmo com certa capacidade para frequentar áreas antropizadas, podem evitá-las se muito ruidosas ou movimentadas.

O afugentamento da fauna terrestre pela geração de ruídos ocorrerá desde a fase de implantação do empreendimento. Além disso, na região na qual se pretende implantar o Porto do PIM já há o desenvolvimento de diversas atividades que geram ruídos, como o Porto da Ceasa, o terminal de transporte de cargas do Grupo J. F. Oliveira Navegação, a Rodovia BR-319, área da Marinha do Brasil, a Refinaria de Manaus da Petrobras (Reman) e, até a década de 1990, da própria Siderama.

Esse impacto, portanto, é considerado negativo, direto, permanente e de longo prazo. É local, reversível, mitigável, com média probabilidade de ocorrência, de pequena magnitude e de pequena significância, considerando, as atividades que já ocorrem na região (Quadro 11.3.2.3.3.-1).

QUADRO 11.3.2.3.3-1: Afugentamento da fauna terrestre.

Identificação Atributos Detalhamento

Afugentamento da fauna terrestre (geração de ruídos pelo aumento na circulação de pessoas, caminhões e máquinas)

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Média

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Utilizar equipamentos dentro das normas técnicas para a e missão de ruído. Essa medida integra o Programa de Controle Ambiental da Operação (PCA – O), o Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores, além do Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores.

11.3.2.3.4 INTERFERÊNCIA EM RITMOS BIOLÓGICOS DA AVIFAUNA LOCAL

Fator Gerador: Iluminação artificial noturna contínua.

Descrição: Tanto a poluição sonora quanto a iluminação artificial noturna contínua podem prejudicar os ritmos biológicos de espécies da avifauna, levando a uma queda no sucesso reprodutivo das mesmas. Os ritmos diários são fundamentais para a o rganização temporal do comportamento e da fisiologia das aves, inclusive para a reprodução (PITTENDRIGH, 1993). Áreas com iluminação artificial podem ser também atrativas para espécies migratórias em deslocamentos

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 47

noturnos, ocasionando acidentes e perda de muitos indivíduos devido a choques em estruturas sombreadas. Esse impacto pode ser bastante importante para as espécies que utilizam as falésias da orla do rio Negro na AID do Porto do PIM como ninhal, como é o caso do martim-pescador-grande.

Esse impacto, portanto, é negativo, indireto, permanente, em longo prazo, local, reversível, mitigável, de probabilidade de ocorrência média e de pequenas magnitude e significância (Quadro 11.3.2.3.4-1).

QUADRO 11.3.2.3.4-1: Interferência em ritmos biológicos da avifauna local.

Identificação Atributos Detalhamento

Interferência em ritmos biológicos da avifauna local (iluminação artificial noturna contínua)

Natureza Negativo

Origem Indireto

Duração Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Média

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Para mitigar e minimizar esse impacto sugere-se que a i luminação seja direcionada apenas ao local que se quer iluminar (rampa, ponte, cais, vias internas do terminal portuário). As lâmpadas devem ser focais e não atrativas aos insetos, que acabam por atrair as aves pelo aumento na disponibilidade de alimento. Quando possível, os postes de iluminação devem ser baixos e, em alguns locais, pode-se substituir o uso dos postes de iluminação por pequenas lâmpadas de sinalização coloridas instaladas no nível da via em suas laterais.

11.3.2.3.5 PROLIFERAÇÃO DE VETORES, PRAGAS E FAUNA SINANTRÓPICA

Fator gerador: Disponibilização de recursos (alimento e abrigo) propícios à fau na vetora antrópica, gerada pela movimentação e armazenamento de cargas e produtos; carregamento e descarregamento de embarcações; carregamento e descarregamento de caminhões; disposição de resíduos sólidos e líquidos.

Descrição: Na fase de operação do Porto do PIM, o carregamento e descarregamento de embarcações, a movimentação de cargas no interior do Porto e a disposição de resíduos sólidos e líquidos de forma inadequada podem criar ambientes e disponibilizar recursos alimentares que levam a atração ou proliferaçãoo de vetores, pragas ou fauna antrópica na área do cais e na retroárea. Várias são as espécies que se enquadram como vetores, pragas e fauna antrópica e poucos são os ambientes urbanos que estão livres destes animais. Responsáveis por uma série de prejuízos a saúde humana, sua atração e proliferação podem ser consideradas um dos impactos decorrentes da operação de um empreendimento portuário em meio ao contexto urbano, como é o caso do Porto do PIM. Entre os vetores, pragas e fauna antrópica mais comuns que podem se estabelecer no Porto do PIM, podemos citar: os roedores (Mus musculus, Rattus norvegicus, R. rattus), moscas (Musca domestica), mosquitos (Culex sp., Aedes sp.), baratas (Periplaneta americana, Blattella germanica), pulgas (Ctenocephalides canis, Ctenocephalides felis, Xenopsylla

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 48

brasiliensis, Xenopsylla cheopis, Pulex irritans), carrapatos (Rhipicephalus sp., Amblyomma sp.), além de cupins, percevejos, marimbondos, pombos e aranhas.

A atração e proliferação de vetores, pragas e fauna antrópica é um impacto negativo, indireto, permanente, reversível. É um impacto localizado na ADA, e restrito aos locais de maior atratividade para este tipo de fauna (lixeiras, canteiro de obras, calhas, cais, locais de estocagem, drenagens etc.), de ocorrência a curto prazo, de média magnitude, porém de baixa significância no contexto geral do empreendimento (Quadro 11.3.2.3.5-1).

QUADRO 11.3.2.3.5-1: Proliferação de vetores, pragas e fauna sinantrópica.

Identificação Atributos Detalhamento

Proliferação de vetores, pragas e fauna sinantrópica (disponibilização de recursos (alimento e abrigo) propícios a fauna vetora antrópica, gerada pela movimentação e armazenamento de cargas e produtos; carregamento e descarregamento de embarcações; carregamento e descarregamento de caminhões; disposição de resíduos sólidos e líquidos)

Natureza Negativo

Origem Indireto

Duração Permanente

Temporalidade Curto prazo

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Média

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de ocorrência ADA

Medidas Mitigadoras: Está previsto o Programa de Controle de Vetores e Pragas Urbanas. Na fase de operação, o Programa de Controle Ambiental da Operação – PCA-O prevê procedimentos e metodologias que visam à manutenção de boas condições de limpeza, organização e higiene nas áreas de trabalho, além de realizar ações de manejo ambiental, através do rígido controle e fiscalização, e combate aos focos e eventuais causas da proliferação dos vetores, pragas e fauna sintrópica. Além disso, está prevista o Programa de Prevenção de Endemias, voltado ao monitoramento e controle de doenças endêmicas na área do Porto do PIM, especialmente aos vetores da malária. O Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores também prevê medidas que visam a prevenção da proliferação dos vetores, pragas e fauna sinantrópica pelos funcionários do terminal portuário.

11.3.2.3.6 AFUGENTAMENTO DA FAUNA AQUÁTICA (AVIFAUNA AQUÁTICA E RIPÁRIA, QUELÔNIOS, MASTOFAUNA AQUÁTICA E ICTIOFAUNA)

Fator Gerador: Geração de ruídos e movimentação causados por pessoas, máquinas e, principalmente, embarcações.

Descrição: Inúmeros estudos evidenciam os efeitos do ruído sobre organismos aquáticos (RICHARDSON et al., 1995). Um dos principais efeitos é o afugentamento da fauna, determinado por uma série de fatores, entre os quais se destacam: a intensidade do ruído, a frequência do ruído, duração da exposição, frequência de ocorrência e distância da fonte. Durante a fase de operação do Porto do PIM uma série de atividades irá gerar ruídos no ambiente aquático, principalmente aqueles relacionados à movimentação de embarcações.

São previstos para a operação do Porto do PIM, considerando a capacidade máxima projetada de 665.000 TEUs, uma movimentação de oito a 10 navios5

5 Dimensões das embarcações previstas: no máximo 330 metros de comprimento e 43 metros de largura.

por semana. Serão utilizados rebocadores

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 49

para as operações de acostagem e evolução dos navios. O tempo de permanência das embarcações na operação de carga ou descarga é de 36 a 48 horas. O projeto do Porto do PIM tal qual como foi dimensionado não prevê a necessidade de navios em espera no caso de não haver berço desocupado quando da chegada da embarcação6

O incremento do ruído na área de influência do empreendimento pela movimentação dos navios e rebocadores pode provocar, entre outras coisas, alterações locais de padrões de distribuição de certas espécies de vertebrados (peixes, quelônios, mamíferos e aves), o que, por sua vez, pode ter dois tipos de consequências negativas: econômica e ecológica.

.

Entre as consequências econômicas destacam-se as possíveis alterações locais na distribuição das espécies de peixes, podendo impactar de modo negativo as atividades de pesca. Por outro lado, uma série de consequências ecológicas da emissão de ruído tem sido documentada em outros organismos aquáticos, em especial em veterbrados como quelônios e mamíferos aquáticos. A alteração dos padrões locais de distribuição e uso dos recursos da área pode influenciar o comportamento de acasalamento, reprodução, alimentação e deslocamento de algumas espécies de vertebrados aquáticos (ROUSSEL, 2002; SIMMONDS & DOLMAN, 1999).

O diagnóstico da mastofauna aquática das áreas de influência do Porto do PIM identificou a ocorrência de duas espécies de cetáceos (boto vermelho Inia geoffrensis e o tucuxi Sotalia fluviatilis). Essas espécies são comuns no rio Negro, mas costumam se alimentar e reproduzir nas águas do rio Solimões, pois há maior disponibilidade de alimentos nesse rio do que no rio Negro. Por outro lado, os pescadores locais indicaram que pelo menos duas espécies de quelônios (Podocnemis expansa e P. unifilis) desovam, na época de seca, na praia formada em frente à área da Siderama, ou seja, nas imediações da rampa e do cais flutuantes do Porto do PIM. O ruído gerado pelas embarcações, portanto, pode impactar de alguma forma esse grupo de vertebrado aquático. O mesmo pode acontecer com a avifauna aquática e ripária que vive ao longo da orla do rio Negro na AID do Porto do PIM e das espécies que utilizam as falésias desse trecho como ninhal, como o martim-pescador-grande.

Entretanto, para avaliar o impacto de afugentamento de indivíduos da fauna aquática nas áreas de influência do Porto do PIM, devem ser consideradas, também, as características da região na qual será implantado o empreendimento. Conforme visto em capítulos anteriores (Capítulo 6 – Projetos e Atividades Colocalizados e item 10.3 – Meio Socioeconômico), já são desenvolvidas diversas atividades na região de inserção do empreendimento, como: Porto da Ceasa, terminal de passageiros com balsas que fazem a ligação Manaus-Careiro da Várzea e outras embarcações menores, instalações de duas empresas de transporte de carga por meio do Ro-Ro Caboclo, terminais da Marinha do Brasil e da Reman. Além disso, ao longo de toda a orla urbana do rio Negro em Manaus ocorrem atividades portuárias de menor ou maior porte, resultando em uma intensa movimentação de navios, chatas, rebocadores, e outras embarcações. Os três principais portos de carga e de passageiros de Manaus estão localizados à montante do Porto do PIM. A maior parte das embarcações que chega a esses portos deve necessariamente passar pela área na qual se prentende implantar o empreendimento. Por fim, o transporte hidroviário é o principal meio de transporte da região. O tráfego de embarcações, portanto, já é bastante intenso na área de inserção do Porto do PIM e, mesmo assim, quelônios, peixes, mamíferos aquáticos e aves utilizam o rio Negro como área de vida, reprodução e alimentação.

6 Embarcações em espera: no caso de situações anormais, no máximo duas embarcações por 24 horas (por semana).

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 50

Assim, o impacto de afugentamento de indivíduos da fauna aquática foi considerado de pequenas magnitude e significância (Quadro 11.3.2.3.6-1).

QUADRO 11.3.2.3.6-1: Afugentamento da fauna aquática (avifauna aquática e ripária, quelônios, mastofauna aquática e ictiofauna).

Identificação Atributos Detalhamento

Afugentamento da fauna aquática (avifauna aquática e ripária, quelônios, mastofauna aquática e ictiofauna), (geração de ruídos e movimentação causados por pessoas, máquinas e, principalmente, embarcações)

Natureza Negativo

Origem Indireto

Duração Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Não mitigável

Probabilidade de Ocorrência Baixa

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de ocorrência ADA

Medidas Mitigadoras: O impacto de afugentamento de indivíduos da fauna aquática em decorrência do incremento do ruído provocado pelo tráfego de embarcações não é mitigável. Entretanto, é proposta uma série de ações voltadas ao monitoramento das comunidades aquáticas, apresentadas no Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores.

11.3.2.3.7 PERDA DE INDIVÍDUOS (MORTE) DA FAUNA AQUÁTICA

Fator Gerador: Colisões entre embarcações (durante circulação, atracação e manobra) e indivíduos da fauna aquática.

Descrição: Durante a operação do Porto do PIM, com o aumento no fluxo de embarcações, poderá haver um incremento no risco de ocorrer colisões entre as embarcações e indivíduos da fauna aquática, principalmente mamíferos e quelônios. Estas colisões, tal como já foi reportado por Ackerman et al. (1995) e Wright et al. (1995), podem provocar ferimentos graves e, até mesmo, levar os animais à morte.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 51

Como já há um tráfego intenso de embarcações na região, conforme mencionado no item anterior, e mesmo assim botos e quelônios são vistos utilizando o rio Negro nesse trecho, o impacto é negativo, direto, permanente, imediato, local, irreversível, com baixa probabilidade de ocorrência, considerando as medidas mitigadoras e a e xtensão e largura do rio Negro, e magnitude e significância baixas (Quadro 11.3.2.3.7-1).

QUADRO 11.3.2.3.7-1: Perda de indivíduos (morte) da fauna aquática.

Identificação Atributos Detalhamento

Perda de indivíduos (morte) da fauna aquática (colisões entre embarcações (durante circulação, atracação e manobra) e indivíduos da fauna aquática)

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Irreversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Baixa

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: A estratégia de gestão mais utilizada para reduzir os impactos de áreas portuárias na fauna aquática é a redução da velocidade das embarcações na área quando visualizados os animais e a manutenção e operação correta de máquinas e embarcações para garantir a minimização do ruído. O monitoramento da biota aquática deve favorecer a manutenção da qualidade ambiental atual do recurso hídrico na área no empreendimento. As ações de monitoramento estão detalhadas no Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores.

11.3.2.3.8 ALTERAÇÃO NA ESTRUTURA DA BIOTA AQUÁTICA

Fator Gerador: Alteração da qualidade da água (contaminação) por derramamento de óleos e graxas das embarcações, efluentes líquidos e resíduos sólidos oriundos do terminal portuário e do cais e outros produtos em incidentes no Porto do PIM.

Descrição: Algumas atividades inerentes à o peração de terminais portuários podem causar a alteração da qualidade da água pela contaminação por produtos químicos. A alteração na qualidade da água superfical, consequentemente, pode levar à alteração na estrutura da biota aquática, por meio da eliminação (morte e/ou afugentamento) de organismos mais sensíveis e proliferação de seres mais resistentes a ambientes alterados. Esse impacto pode ser decorrente do derramamento de óleos, combustíveis e graxas pelas embarcações que irão atracar no cais do Porto do PIM; pelo lançamento de efluentes líquidos e resíduos sólidos oriundos do terminal portuário e do cais; e também, em incidentes de operação de produtos transportados/armazenados.

A contaminação da água é de caráter temporário, sendo o efeito do impacto no sistema aquático reversível em função do potencial de diluição e de autodepuração dos corpos hídricos receptores, como é o caso do rio Negro, que apresenta um elevado volume de água e vazão.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 52

Esse impacto é negativo, indireto e direto, temporário, imediato/a curto prazo, de escala espacial linear, reversível, mitigável, com baixa probabilidade de ocorrência, de média magnitude, cumulativo e de pequena significância (Quadro 11.3.2.3.8-1).

QUADRO 11.3.2.3.8-1: Alteração na estrutura da biota aquática.

Identificação Atributos Detalhamento

Alteração na estrutura da biota aquática (alteração da qualidade da água (contaminação) por derramamento de óleos e graxas das embarcações, efluentes líquidos e resíduos sólidos oriundos do terminal portuário e do cais e outros produtos em incidentes no Porto do PIM)

Natureza Negativo

Origem Indireto/Direto

Duração Temporário

Temporalidade Imediato/Curto Prazo

Abrangência Linear

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Baixa

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Positivo

Significância Pequena

Local de ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Para a mitigação deste impacto, estão previstas uma série de medidas de controle e monitoramento da qualidade ambiental. O lançamento de efluentes no rio Negro será monitorado no âmbito do Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos, o qual estabelecerá os padrões de qualidade de lançamento com base na Resolução Conama nº 430/2011. Ações preventivas relacionadas à contaminação da água superficial estão previstas no Programa de Controle Ambiental da Operação (PCA – O). Os funcionários do Porto do PIM receberão treinamento e orientações no âmbito do Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores; e a fauna aquática será monitorada no âmbito do Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores.

11.3.2.3.9 ALTERAÇÃO NA ESTRUTURA DA BIOTA AQUÁTICA

Fator Gerador: Introdução de espécies exóticas pela água de lastro ou aderidas ao casco das embarcações.

Descrição: As águas de lastro são utilizadas na estabilização de grandes embarcações durante as viagens transoceânicas e de cabotagem. O preenchimento dos compartimentos internos com as águas das regiões de origem dos navios pode incluir a presença de organismos e formas larvais de diversas espécies. O não gerenciamento dessas águas, de acordo com os procedimentos previstos em acordos internacionais, pode ocasionar a i nserção dessas espécies em um ambiente distinto daquele seu habitat de origem. Organismos exóticos resistentes e adaptáveis às novas condições ambientais podem se proliferar e afetar a distribuição dos organismos nativos por competição ou predação. Os competidores nativos dessas espécies exóticas, que apresentam habitos semelhantes e nichos ecológicos sobrepostos, se não possuirem vantagem estratégica de competição poderão sucumbir à c ompetição com uma espécie que apresenta poucas limitações das pressões ambientais. A invasão de espécies exóticas pode, portanto, promover elevados danos ecológicos às dinamicas dos ambientes nativos, com a e xtinção de espécies por exclusão competitiva ou predação.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 53

Esse impacto é negativo, indireto, permanente, imediato a médio prazo, de escala espacial local, irreversível, mitigável, com média probabilidade de ocorrência, de alta magnitude, cumulativo e de média significância, considerando as caracteristicas do ambiente que pode ser afetado e pelos efeitos que esse impacto pode gerar em ampla gama de compartimentos bióticos (Quadro 11.3.2.3.9-1).

QUADRO 11.3.2.3.9-1: Alteração na estrutura da biota aquática.

Identificação Atributos Detalhamento

Alteração na estrutura da biota aquática (introdução de espécies exóticas pela água de lastro ou aderidas ao casco das embarcações)

Natureza Negativo

Origem Indireto

Duração Permanente

Temporalidade Imediato/Médio Prazo

Abrangência Local

Reversibilidade Irreversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Média

Magnitude Grande

Cumulatividade e Sinergismo Positivo

Significância Média

Local de ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Esse impacto é mitigável com adoção das normas nacionais (Normam 20 DPC – Anvisa) e internacionais sobre o gerenciamento da água de lastro e de sedimentos que serão aplicadas no âmbito do Programa de Controle Ambiental da Operação (PCA – O).

11.3.3 IMPACTOS SOBRE O MEIO SOCIOECONÔMICO

11.3.3.1 FASE DE PLANEJAMENTO

Durante a fase de planejamento, as principais ações geradoras de impacto previstas são as ações de gestão institucionais e divulgação do empreendimento. Com base nessas ações previstas, segue a previsão de impactos sobre o meio socioeconômico.

11.3.3.1.1 OFERTA DE CONCESSÃO DO PORTO À INICIATIVA PRIVADA.

Fator Gerador: Publicação da Portaria SEP 174/2010 convocando “os interessados em registrar e elaborar projeto básico e estudos do empreendimento portuário a serem utilizados na concessão do Porto Novo de Manaus”, aqui denominado de Porto do PIM.

Descrição: A referida Portaria ofertou à i nciativa privada a c oncessão da operação do porto, atraindo investimentos nesse sentido que não seriam disponibilizados pelo poder público em curto prazo de tempo. O interesse da iniciativa privada tornou possível o desenvolvimento do projeto básico do Porto do PIM e, futuramente, sua implementação e operação.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 54

Esse impacto é, no geral, positivo, direto, permanente, de longo prazo, de escala espacial regional, reversível, certo, de cumulatividade negativa, magnitude e significância grandes (Quadro 11.3.3.1.1-1).

QUADRO 11.3.3.1.1-1: Oferta de concessão do Porto à iniciativa privada..

Identificação Atributos Detalhamento

Oferta de concessão do Porto à iniciativa privada

Natureza Positivo

Origem Direto

Duração Permanente

Temporalidade Longo prazo

Abrangência Regional

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Não se aplica

Probabilidade de Ocorrência Certa

Magnitude Grande

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Grande

Local de Ocorrência AII/AID/ADA

Medidas Potencializadora: Não se aplica.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 55

11.3.3.1.2 GERAÇÃO DE EXPECTATIVAS SOBRE O EMPREENDIMENTO.

Fator Gerador: Divulgação do empreendimento; notícias e informações geradas de fontes desconhecidas sobre possíveis impactos diversos, inclusive desapropriações, na região de implantação do empreendimento.

Descrição: Durante a fase de planejamento é comum a divulgação de informações que chegam até às comunidades envolvidas com a área do empreendimento, proporcionando expectativas e reações dessa população. No geral, as expectativas são negativas (desapropriações, desocupações, incômodos), embora possam ser positivas em alguns casos (geração de empregos).

Esse impacto pode ser positivo ou negativo, direto e indireto, temporário, imediato, de escala espacial local, reversível, mitigável, com alta probabilidade de ocorrência, de cumulatividade negativa, magnitude e significância médias (Quadro 11.3.3.1.2-1).

QUADRO 11.3.3.1.2-1: Geração de expectativas sobre o empreendimento.

Identificação Atributos Detalhamento

Geração de expectativas sobre o empreendimento.

Natureza Positivo/Negativo

Origem Direto e Indireto

Duração Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Alta

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Média

Local de Ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras/Potencializadoras: Adoção das medidas que compõem o Programa de Comunicação Social. Se o programa ainda não estiver implementado, é importante o estabelecimento de um canal de comunicação entre o empreendimento e as comunidades envolvidas, visando a prestação de esclarecimentos sobre o empreendimento.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 56

11.3.3.1.3 INTERFERÊNCIA COM SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS

Fator Gerador: Obras de limpeza e terraplenagem para a implantação do Porto do PIM.

Descrição: A implantação do Porto requer a limpeza da superfície e a terraplenagem de toda a ADA. Considerando a ocorrência de um sítio arqueológico cadastrado pelo Iphan na área do empreendimento e a carência de informações detalhadas sobre sua localização e seu conteúdo, considerando, ainda, o potencial arqueológico da área do empreendimento faz-se necessára a realização de um projeto de prospecção arqueológica na área, com a caracterização e delimitação do sítio com vistas ao planejamento de seu resgate, que deverá ocorrer após a implementação do Programa de Prospecção e Gestão do Patrimônio Arqueológico e em fase anterior ao início das obras.

A possibilidade de interferência sobre o patrimônio arqueológico é considerada um impacto negativo. Por outro lado, o resgate dos bens arqueológicos deve ser considerado um impacto positivo, já que permitirá o conhecimento de informações importantes que se encontravam inacessíveis.

Assim sendo, para esta etapa de planejamento do projeto, a possibilidade de interferência no sítio arqueológico na área do empreendimento é considerado um impacto negativo, enquanto que o seu resgate, na fase pré-implantação, será considerado um impacto positivo.

Este impacto negativo é avaliado como direto, permanente, imediato, local, irreversível, mitigável, certo, de média magnitude e de média significância (Quadro 11.3.3.1.3-1).

QUADRO 11.3.3.1.3-1: Interferência com Sítios Arqueológicos.

Identificação Atributos Detalhamento

Interferência com Sítios Arqueológicos

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Irreversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Certo

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Média

Local de Ocorrência ADA

Medidas Mitigadoras: A mitigação deste impacto deve se dar por meio da elaboração de adequado projeto de prospecção e, posteriormente, do resgate adequado do patrimônio arqueológico, trabalhos estes que serão submetidos à p révia anuência do Iphan. Estas medidas constam do Programa de Prospecção e Gestão do Patrimônio Arqueológico (Capítulo 12 deste EIA).

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 57

11.3.3.2 FASE DE IMPLANTAÇÃO

11.3.3.2.1 INTERFERÊNCIA SOBRE O TRANSPORTE DE CARGAS E PASSAGEIROS

Fator gerador: Instalação e ancoragem da porção aquática do terminal.

Descrição: Na fase de implantação do empreendimento serão realizadas intervenções específicas visando à implantação da porção aquática do terminal, ou seja, da ponte flutuante, do píer flutuante e da sua ancoragem. O píer flutuante será construído em um local externo, devendo a intervenção no local ocorrer apenas no momento de sua fixação à p orção fixa do terminal. A ancoragem do píer flutuante também requer atividades diretamente no rio Negro. Estas atividades específicas se restringem às margens do rio Negro, especificamente no local do empreendimento, o que minimiza o seu potencial de interferir no trânsito de embarcações no rio.

Para esta fase, este impacto é considerado negativo, direto, temporário, imediato, de escala espacial local, irreversível, mitigável, de probabilidade de ocorrência alta, cumulatividade negativa, de magnitude e significância pequenas (Quadro 11.3.3.2.1-1).

QUADRO 11.3.3.2.1-1: Interferência sobre o transporte de cargas e passageiros.

Identificação Atributos Detalhamento

Interferência sobre o transporte de cargas e passageiros

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Irreversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Alta

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Informar a Cap itania Fluvial da Amazonia Ocidental (CFAOC) a respeito da implantação do pier. As medidas para cuidar para que a implantação e ancoragem da ponte e do píer flutuantes não interfiram significativamente sobre o tráfego aquaviário constam do Programa de Controle Ambiental da Construção – PCA-C e do Programa de Comunicação Social.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 58

11.3.3.2.2 GERAÇÃO DE EMPREGOS TEMPORÁRIOS

Fator Gerador: Construção do empreendimento/mobilização de mão de obra.

Descrição: Para construção do empreendimento é necessária a contratação de mão de obra especializada para alguns postos de serviços e não especializada para outros, gerando uma demanda para esse tipo de trabalhadores.

Este impacto é positivo, direto, temporário, imediato, de abrangência municipal, reversível, potencializável, certo, de média magnitude, cumulatividade positiva e média significância (Quadro 11.3.3.2.2-1).

QUADRO 11.3.3.2.2-1: Geração de empregos temporários.

Identificação Atributos Detalhamento

Geração de empregos temporários

Natureza Positivo

Origem Direto

Duração Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Municipal

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Potencializável

Probabilidade de Ocorrência Certa

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Positivo

Significância Média

Local de Ocorrência AID/AII

Medidas Potencializadora: Como se trata de impacto positivo, deve ser buscada a sua potencialização. A contratação preferencial de trabalhadores residentes em Manaus e, preferencialmente da área da Vila da Felicidade e entorno, é uma medida que torna mais eficiente este impacto positivo.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 59

11.3.3.2.3 GERAÇÃO DE INCÔMODOS À POPULAÇÃO

Fator Gerador: Trânsito de máquinas e veículos, operação de máquinas e equipamentos.

Descrição: A execução de obras civis de grande porte, como é o caso do empreendimento em questão, tem como característica a geração de incômodos referentes ao aumento do tráfego de veículos locais e geração de ruídos e vibrações.

Esse impacto é negativo, direto, temporário, imediato, de escala espacial local, reversível, mitigável, com alta probabilidade de ocorrência, de cumulatividade negativa, magnitude e significância médias (Quadro 11.3.3.2.3-1).

QUADRO 11.3.3.2.3-1: Geração de incômodos à população.

Identificação Atributos Detalhamento

Geração de incômodos à população

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Alta

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Média

Local de Ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: A adoção de medidas como adequação de horários de trabalho, sinalização do trânsito de veículos e máquinas, comunicação social periódica ao longo da execução da obra, entre outras medidas de controle contidas no Programa de Controle Ambiental da Construção – PCA-C e no Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 60

11.3.3.2.4 AUMENTO DO RISCO DE ACIDENTES DE TRÂNSITO

Fator Gerador: O aumento no fluxo de veículos de grande porte pela BR-319, que irão auxiliar logisticamente a construção do empreendimento.

Descrição: Haverá um aumento no número de veículos de grande porte circulando em direção ao empreendimento com material de construção e estruturas físicas. Isso aumenta o risco de acidentes, especialmente envolvendo moradores locais.

Esse impacto é negativo, direto, temporário, imediato, de escala espacial local, reversível, mitigável, certo, de cumulatividade negativa, magnitude e significância pequenas (Quadro 11.3.3.2.4-1).

QUADRO 11.3.3.2.4-1: Aumento do risco de acidentes de trânsito.

Identificação Atributos Detalhamento

Aumento do risco de acidentes de trânsito.

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Certa

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: A adoção de medidas como a sinalização do trânsito de veículos pesados e equipamentos, a o rientação dos funcionários e motoristas com relação aos cuidados com o trânsito local, redutores de velocidadae, medidas estas contidas no Programa de Controle Ambiental da Construção – PCA-C e no Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 61

11.3.3.2.5 ANTROPIZAÇÃO DA PAISAGEM

Fator Gerador: Degradação da margem esquerda do rio Negro para construção do empreendimento.

Descrição: Para a implantação do terminal portuário serão necessárias a limpeza do terreno e a terraplenagem da área para a criação dos pátios, além da demolição das edificações desativadas da Siderama. Embora as intervenções no terreno sejam de grande porte, considerando que o entorno já se apresenta bastante modificado de suas características originais, entende-se que a percepção da modificação não será tão expressiva.

Esse impacto é negativo, direto, permanente, imediato, de escala espacial local, reversível, mitigável, certo, de cumulatividade negativa, magnitude pequena e significância pequena (Quadro 11.3.3.2.5-1).

QUADRO 11.3.3.2.5-1: Antropização da paisagem.

Identificação Atributos Detalhamento

Antropização da Paisagem

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Certa

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência ADA

Medidas Mitigadoras: A arborização das áreas que não serão efetivamente utilizadas para a atividade portuária tornará a p aisagem menos agressiva. Este tipo de medida se encontra no Programa de Controle Ambiental da Construção – PCA-C.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 62

11.3.3.2.6 USO COMPARTILHADO COM O GASODUTO EXISTENTE

Fator Gerador: Implantação do Porto do PIM em área de incidência do gasoduto.

Descrição: Para a implantação do terminal portuário será necessário compatibilizar a implantação das instalações previstas (acessos) com as restrições de uso da faixa de servidão do gasoduto.

Esse impacto é negativo, direto, permanente, imediato, de escala espacial local, irreversível, mitigável, certo, de cumulatividade negativa, magnitude média e significância média (Quadro 11.3.3.2.6-1).

QUADRO 11.3.3.2.6-1: Uso compartilhado com o gasoduto existente.

Identificação Atributos Detalhamento

Uso compartilhado com o gasoduto existente

Natureza Negativo Origem Direto Duração Permanente Temporalidade Imediato Abrangência Local Reversibilidade Irreversível Possibilidade de Mitigação Mitigável Probabilidade de Ocorrência Certa Magnitude Média Cumulatividade e Sinergismo Negativo Significância Média Local de Ocorrência ADA

Medidas Mitigadoras: Definição de medidas de compatibilização entre as obras de implantação do Porto do PIM e as restrições ao uso da faixa do gasoduto, e atendimento às restrições e diretrizes de controle a serem estabelecidas pela empresa operadora do gasoduto.

11.3.3.2.7 AUMENTO NA PROCURA POR SERVIÇOS PÚBLICOS

Fator Gerador: A implantação do Porto do PIM.

Descrição: A eventual atração de pessoas por conta das obras de implantação do Porto do PIM pode implicar um aumento na demanda por serviços básicos. Não é esperada a contratação de mão de obra proveniente de outros municípios, portanto, a mão de obra do Porto do PIM não significaria um aumento da demanda por esse tipo de serviço público. Além disso, a implantação do empreendimento prevê a geração de efluentes sanitários assim como a demanda por abastecimento de água.

Quanto ao esgotamento sanitário, a área do empreendimento não é atendida por rede de coleta pública; o projeto do Porto prevê no canteiro de obras uma estação de tratamento compacta para o tratamento do efluente gerado, que será lançamento no rio após o tratamento, atendendo os padrões de lançamento. Quanto ao abastecimento de água, para a fase de implantação o empreendimento prevê o abastecimento de água pela rede pública.

O diagnóstico mostrou que a e strutura de serviços públicos de saúde e educação na AID do empreendimento é precária, e que eventual aumento na demanda tornaria o serviço ainda mais deficiente.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 63

Esse impacto é negativo, indireto, temporário, de médio prazo, de escala espacial local, reversível, mitigável, com média probabilidade de ocorrência, de cumulatividade negativa, de magnitude e significância pequenas (Quadro 11.3.3.2.7-1).

QUADRO 11.3.3.2.7-1: Aumento na procura por serviços públicos.

Identificação Atributos Detalhamento

Aumento na procura por serviços públicos

Natureza Negativo

Origem Indireto

Duração Temporário

Temporalidade Médio prazo

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Média

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência ADA/ AID

Medidas Mitigadoras: O empreendimento adotará medidas de segurança e de atendimento a emergência aos trabalhadores e prestadores de serviço; contará com ambulatório e procedimentos específicos de encaminhamento em caso de acidentes, minimizando a utilização do serviço público para esse tipo de caso. Estes procedimentos constam do Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores. Quanto a outro tipo de demanda, não é esperado aumento de pessoas por conta do empreendimento a ponto de comprometer os serviços públicos.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 64

11.3.3.2.8 RESGATE DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO DA ÁREA DO EMPREENDIMENTO

Fator Gerador: Implantação do Porto do PIM.

Descrição: O diagnóstico ambiental confirmou a ocorrência de patrimônio arqueológico ADA do Porto do PIM. Dessa forma, a implantação do empreendimento requer a prévia caracterização detalhada do patrimônio e o seu adequado resgate, etapas estas que são realizadas por profissionais especializados e mediante a anuência prévia do Iphan. O conhecimento desse patrimônio traz informações importantes, que somente se tornaram acessíveis devido à intensão de implantação do projeto do Porto do PIM.

Desta forma, este será considerado um impacto positivo, direto, permanente, imediato, de abrangência regional, irreversível, potencializável, certo, de média magnitude e de média significância (Quadro 11.3.3.2.8-1).

QUADRO 11.3.3.2.8-1: Resgate do patrimônio arqueológico da área do empreendimento.

Identificação Atributos Detalhamento

Resgate do patrimônio arqueológico da área do empreendimento

Natureza Positivo

Origem Direto

Duração Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Regional

Reversibilidade Irreversível

Possibilidade de Mitigação Potencializável

Probabilidade de Ocorrência Certo

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Média

Local de Ocorrência ADA

Medidas Mitigadoras/Potencializadoras: Por se tratar de impacto positivo, cabe a sua potencialização. O ganho decorrente do resgate do patrimônio arqueológico é potencializado pela destinação apropriada dos bens resgatados, possibilitando a sua divulgação.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 65

11.3.3.2.9 PROLIFERAÇÃO DE DOENÇAS ENDÊMICAS

Fator Gerador: Implantação do Porto do PIM (atração e circulação de grande quantidade de pessoas, proximidade do rio Negro).

Descrição: A etapa de obras para a i mplantação do Porto do PIM atrairá trabalhadores que estarão em circulação durante todo o período de obras. Este fato e a proximidade do rio Negro tornam o ambiente mais propício à propagação de doenças endêmicas; na região do Porto do PIM, as mais comuns são a dengue, leptopirose, leishmaniose, hanseníase e malária. Fatores determinantes para a ocorrência dessas doenças são o clima tropical, a alta umidade e a deficiência do sistema de saneamento básico.

Esse impacto é negativo, direto, permanente, imediato, de escala espacial local, reversível, mitigável, com média probabilidade de ocorrência, de cumulatividade negativa, magnitude e significância médias (Quadro 11.3.3.2.9-1).

QUADRO 11.3.3.2.9-1: Proliferação de doenças endêmicas.

Identificação Atributos Detalhamento

Proliferação de doenças endêmicas

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Média

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Média

Local de Ocorrência ADA

Medidas Mitigadoras: Adoção dos procedimentos constantes do Programa de Prevenção de Endemias e do Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 66

11.3.3.3 FASE DE OPERAÇÃO

11.3.3.3.1 INTERFERÊNCIA SOBRE O TRANSPORTE DE CARGAS E PASSAGEIROS

Fator gerador: Trânsito de embarcações de grande porte que se utilizarão da estrututura do terminal portuário.

Descrição: Durante a operação do empreendimento, o trânsito de embarcações de grande porte será maior (cerca de oito por semana), o que pode influenciar os serviços de transporte hidroviário de passageiros (balsa a partir do Porto da Ceasa) e de carga (“ro-ro caboclo” Terminal Chibatão) realizados no entorno da área do empreendimento.

Para esta fase, este impacto é considerado negativo, direto, temporário, imediato, de escala espacial local e reversível, mitigável, certo, de cumulatividade negativa, de média magnitude e significância médias (Quadro 11.3.3.3.1-1).

QUADRO 11.3.3.3.1-1: Interferência sobre o transporte de cargas e passageiros.

Identificação Atributos Detalhamento

Interferência sobre o transporte de cargas e passageiros

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Certa

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Média

Local de Ocorrência AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Obtenção da anuência da Capitania Fluvial da Amazonia Ocidental (CFAOC) com relação ao ordenamento aquaviário da atividade de operação do Porto do PIM, em atenção ao atendimento às normas da autoridade marítima e segurança do tráfego aquaviário, evitando interferências entre as diversas operações mencionadas.

O Programa de Controle Ambiental da Operação – PCA-O e o Programa de Comunicação Social, apresentados no Capítulo 12, contêm medidas para evitar interferências com as demais atividades do entorno.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 67

11.3.3.3.2 AUMENTO DA OFERTA DE SERVIÇO PORTUÁRIO (CARGA)

Fator Gerador: Operação do Porto do PIM. Recebimento de insumos para a p rodução do Polo Industrial de Manaus e distribuição dos produtos (mercado interno e externo).

Descrição: A operação do Porto do PIM propiciará uma maior oferta de serviço portuário para o transporte de carga conteinerizada, minimizando um importante problema logístico enfrentado pelas indústrias do PIM.

Esse impacto é positivo, direto, permanente, imediato, de escala regional, reversível, potencializável, certo, de cumulatividade positiva, magnitude e significância grandes (Quadro 11.3.3.3.2-1).

QUADRO 11.3.3.3.2-1: Aumento da oferta de serviço portuário (carga).

Identificação Atributos Detalhamento

Aumento da oferta de serviço portuário (carga).

Natureza Positivo

Origem Direto

Duração Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Regional

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Pontencializável

Probabilidade de Ocorrência Certa

Magnitude Grande

Cumulatividade e Sinergismo Positivo

Significância Grande

Local de Ocorrência ADA/AID

Medidas Mitigadoras/Potencializadaoras: Por ser positivo, deve ser buscada a sua potencialização, por meio da otimização de sua operação utilizando moderna tecnologia.

Page 132: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 68

11.3.3.3.3 GERAÇÃO DE EMPREGOS

Fator Gerador: Operação portuária.

Descrição: Para a operação do empreendimento é necessária a c ontratação de mão de obra especializada para diversas atividades. Como diretriz do empreendimento, será dada prioridade para moradores da região, incluindo a Vila da Felicidade.

Esse impacto é positivo, direto, permanente, imediato, de escala espacial local e regional, dependendo do tipo de atuação profissional, irreversível (considerando a operção a longo prazo), potencializável, certo, de cumulatividade positiva, magnitude e significância médias (Quadro 11.3.3.3.3-1).

QUADRO 11.3.3.3.3-1: Geração de empregos.

Identificação Atributos Detalhamento

Geração de empregos

Natureza Positivo

Origem Direto

Duração Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Regional/local

Reversibilidade Irreversível

Possibilidade de Mitigação Pontencializável

Probabilidade de Ocorrência Certa

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Positivo

Significância Média

Local de Ocorrência AII/AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Por ser impacto positivo, deve ser buscada a sua potencialização. O treinamento da mão de obra, com sua capacitação, é um benefício indireto aos trabalhadores, conforme previsto no Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores.

Page 133: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 69

11.3.3.3.4 AUMENTO DA ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA

Fator Gerador: Prestação de serviço.

Descrição: Sobre a atividade do Porto serão recolhidos impostos federais (PIS e COFINS) e municipais (ISSQN), incidentes sobre a sua receita operacional bruta.

Esse impacto é positivo, direto e indireto, permanente, imediato, de escala espacial regional, irreversível, potencializável, certo, de cumulatividade negativa, magnitude e significância médias (Quadro 11.3.3.3.4-1).

QUADRO 11.3.3.3.4-1: Aumento da arrecadação tributária.

Identificação Atributos Detalhamento

Aumento da arrecadação tributária

Natureza Positivo

Origem Direto e Indireto

Duração Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Regional

Reversibilidade Irreversível

Possibilidade de Mitigação Potencializável

Probabilidade de Ocorrência Certa

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Negativa

Significância Média

Local de Ocorrência AII/AID/ADA

Medidas Mitigadoras: Por ser impacto positivo, deve ser potencializado. Pode ser potencializado por meio de investimentos em programas governamentais que beneficiem a região.

Page 134: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 70

11.3.3.3.5 AUMENTO NO FLUXO DE VEÍCULOS NA RODOVIA BR-319

Fator Gerador: O aumento no fluxo de veículos de grande porte pela BR-319, que irão auxiliar logisticamente a operação do empreendimento.

Descrição: Haverá um aumento no número de veículos de grande porte circulando em direção ao empreendimento com carga conteinerizada, o que aumenta o risco de acidentes.

Esse impacto é negativo, direto, permanente, imediato, de escala espacial local, irreversível, mitigável, certo, de cumulatividade negativa, magnitude e significância médias (Quadro 11.3.3.3.5-1).

QUADRO 11.3.3.3.5-1: Aumento no fluxo de veículos na rodovia BR-319.

Identificação Atributos Detalhamento

Aumento no fluxo de veículos na rodovia BR-319

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Irreversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Certo

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Média

Local de Ocorrência ADA/ AID

Medidas Mitigadoras: Da parte do empreendimento é adequada a adoção de medidas como a sinalização do trânsito de veículos pesados no trecho de acesso ao empreendimento, a orientação dos funcionários e dos motoristas prestadores de serviço com relação aos cuidados com o trânsito local, medidas estas contidas no Programa de Controle Ambiental da Operação – PCA-O. Além disso, o projeto foi dimensionado para absorver de forma eficiente o fluxo de veículos previsto.

Page 135: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 71

11.3.3.3.6 DIMINUIÇÃO DO FLUXO DE VEÍCULOS PESADOS CIRCULANDO DENTRO DA CIDADE

Fator Gerador: Operação do Porto do PIM.

Descrição: Com a operação do Porto do PIM, parte dos veículos que antes atravessavam a cidade para movimentar as mercadorias do PIM em outros portos irá se concentrar nos trechos que interligam as indústrias do Polo ao Porto do PIM, via BR-319. Isso amenizará o tráfego intenso e complicado da região central da cidade de Manaus.

Esse impacto é positivo, indireto, permanente, imediato, de escala espacial municipal, reversível, com alta probabilidade de ocorrência, de cumulatividade negativa, magnitude e significância médias (Quadro 11.3.3.3.6-1).

QUADRO 11.3.3.3.6-1: Diminuição do fluxo de veículos pesados circulando dentro da cidade.

Identificação Atributos Detalhamento

Diminuição do fluxo de veículos pesados circulando dentro da cidade

Natureza Positivo

Origem Indireto

Duração Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Municipal

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Não se aplica

Probabilidade de Ocorrência Alta

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Negativa

Significância Média

Local de Ocorrência AII e AID

Medidas Mitigadoras/Potencializadora: Não se aplica.

Page 136: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 72

11.3.3.3.7 AUMENTO DO FLUXO DE GRANDES EMBARCAÇÕES

Fator Gerador: Operação do Porto do PIM.

Descrição: Realização de manobras para atracação e desatracação e aumento do trânsito de embarcações na região do Porto. Essa atividade tem como consequência direta o aumento do risco de colisão entre embarcações comerciais, turísticas e as de pequeno porte.

Esse impacto é negativo, direto, permanente, imediato, linear, reversível, mitigável, certo, de cumulatividade negativa, magnitude e significância médias (Quadro 11.3.3.3.7-1).

QUADRO 11.3.3.3.7-1: Aumento do fluxo de grandes embarcações.

Identificação Atributos Detalhamento

Aumento do fluxo de grandes embarcações

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Linear

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Certa

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Negativa

Significância Média

Local de Ocorrência ADA/ AID

Medidas Mitigadoras: A manifestação da Capitania Fluvial da Amazonia Ocidental – CFAOC – responsável pelo ordenamento do tráfego aquaviário, estabelecerá as condições de operação do Porto do PIM visando à compatibilização com o fluxo de embarcações que já ocorrem nesse tercho do rio Negro. A medida mitigadora será, portanto, atender às diretrizes da CFAOC para a navegabiliade.

11.3.3.3.8 AUMENTO NA PROCURA POR SERVIÇOS PÚBLICOS

Fator Gerador: Operação do Porto do PIM, com a consequente demanda por infraestrutura (água, esgoto e energia) e contratação de mão de obra para a operação do Porto do PIM.

Descrição: A eventual atração de pessoas por conta da operação do Porto do PIM pode implicar um aumento na demanda por serviços básicos. Não é esperada a contratação de mão de obra proveniente de outros municípios, portanto, a mão de obra do Porto do PIM não significaria um aumento da demanda por esse tipo de serviço público. Além disso, a operação do empreendimento prevê a geração de efluentes sanitários assim como a demanda por abastecimento de água.

Quanto ao esgotamento sanitário, a área do empreendimento não é atendida por rede de coleta pública; o projeto do Porto prevê o tratamento do efluente gerado e o seu lançamento no rio após o tratamento, atendendo os padrões de lançamento. Quanto ao abastecimento de água, o empreendimento foi projetado considerando o serviço público de abastecimento.

Page 137: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 73

O diagnóstico mostrou que a e strutura de serviços públicos de saúde e educação na AID do empreendimento é precária, e que eventual aumento na demanda tornaria o serviço ainda mais deficiente.

Esse impacto é considerado negativo, direto, permanente (ou até que a oferta de serviços públicos melhore), de curto prazo, de escala municipal, reversível, mitigável, com média probabilidade de ocorrência, de cumulatividade negativa, de magnitude e significância médias (Quadro 11.3.3.3.8-1).

QUADRO 11.3.3.3.8-1: Aumento na procura por serviços públicos.

Identificação Atributos Detalhamento

Aumento na procura por serviços públicos

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Permanente

Temporalidade Cuto prazo

Abrangência Municipal

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Média

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Média

Local de Ocorrência ADA/ AID

Medidas Mitigadoras: A minimização deste eventual impacto pode se dar pela adoção da premissa de contratação de população local, o que não implicaria aumento significativo da população. Além disso, o empreendimento deverá prover os funcionários de serviço próprio, como, por exemplo, o atendimento médico básico e emergencial, o transporte dos funcionários, etc.

Page 138: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 74

11.3.3.3.9 PREJUÍZO A OUTRAS ATIVIDADES ECONÔMICAS

Fator Gerador: Operação do Porto do PIM

Descrição: O aumento da circulação de embarcações no rio Negro diminui a sua atratividade natural, podendo prejudicar o turismo, ou mesmo outras atividades econômicas como a pesca.

Contudo, como a atividade portuária já é intensa na região, com a presença de outros terminais portuários de cargas diversas, o acréscimo das embarcações relativas ao Porto do PIM (cerca de uma por dia no início da operação) não trará efeitos nocivos à atividade turística. Quanto à pesca, o diagnóstico indicou que essa atividade não é realizada nesse trecho. Assim sendo, o impacto causado pelo acréscimo de embarcações é relativo ao ordenamento aquaviário, já analisado anteriormente no item 11.3.3.3.7, mas não repercute em outras atividades econômicas, não sendo aqui epecificamente availado.

Esse impacto é negativo, direto, cíclico, imediato, de escala espacial local, reversível, com baixa probabilidade de ocorrência, de cumulatividade negativa, magnitude e significância pequenas (Quadro 11.3.3.3.9-1).

QUADRO 11.3.3.3.9-1: Prejuízo a outras atividades econômicas.

Identificação Atributos Detalhamento

Prejuízo a outras atividades econômicas.

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Ciclico

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Não se aplica

Probabilidade de Ocorrência Baixa

Magnitude Pequena

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência ADA/AID

Medidas Mitigadoras: Não se aplica.

Page 139: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 75

11.3.3.3.10 RISCO DE ACIDENTES COM FUNCIONÁRIOS

Fator Gerador: Operação do Porto do PIM, movimentação de caminhões e cargas no interior do porto.

Descrição: A movimentação da carga conteinerizada durante a operação do Porto é feita por meio de equipamentos de grande porte (“guindastes”) e de caminhões. As operações de carga com tais equipamentos expõem os operários envolvidos a situações de risco de acidentes.

Esse impacto é negativo, direto, permanente, imediato, de escala espacial local, reversível, mitigável, com média probabilidade de ocorrência, de cumulatividade negativa, magnitude e significância médias (Quadro 11.3.3.3.10-1).

QUADRO 11.3.3.3.10-1: Risco de acidentes com funcionários.

Identificação Atributos Detalhamento

Risco de acidentes com funcionários

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Média

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Média

Local de Ocorrência ADA

Medidas Mitigadoras: Adoção dos procedimentos constantes do Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores.

Page 140: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 76

11.3.3.3.11 PROLIFERAÇÃO DE DOENÇAS ENDÊMICAS

Fator Gerador: Operação do Porto do PIM (atração e circulação de grande quantidade de pessoas, proximidade do rio Negro).

Descrição: A própria dinâmica de funcionamento de um terminal portuário, considerando a intensa circulação de pessoas no local, torna o ambiente mais propício à propagação de doenças endêmicas; na região do Porto do PIM, as mais comuns são a dengue, leptospirose, leishmaniose, hanseníase e malária. Fatores determinantes para a o corrência dessas doenças são o clima tropical, a alta umidade e a deficiência do sistema de saneamento básico.

Esse impacto é negativo, direto, permanente, imediato, de escala espacial local, reversível, mitigável, com média probabilidade de ocorrência, de cumulatividade negativa, magnitude e significância médias (Quadro 11.3.3.3.11-1).

QUADRO 11.3.3.3.11-1: Proliferação de doenças endêmicas.

Identificação Atributos Detalhamento

Proliferação de doenças endêmicas

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Média

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Média

Local de Ocorrência ADA

Medidas Mitigadoras: Adoção dos procedimentos constantes do Programa de Prevenção de Endemias e do Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores.

Page 141: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 77

11.3.3.3.12 AUMENTO DA DEMANDA POR TRANSPORTE PÚBLICO

Fator Gerador: Operação do Porto do PIM, necessidade de acesso à área do Porto do PIM.

Descrição: A operação do Porto do PIM será um vetor de atração de uma parcela da população, seja de trabalhadores do empreendimento, seja de pessoas que exercem atividades correlacionadas à da atividade do Porto. Isto exigirá condições adequadas de acessibilidade ao local, como transporte coletivo e vias de acesso em boas condições.

As vias que dão acesso à área do empreendimento apresentam porte e condições de tráfego satisfatórias. Porém, o serviço de transporte público coletivo que atende essa região é insatisfatório para atender a um acréscimo de demanda.

Esse impacto é negativo, direto, permanente, imediato, de escala espacial local, reversível, mitigável, com alta probabilidade de ocorrência, de cumulatividade negativa, magnitude média e significância pequena, já que o acréscimo significativo na demanda e, também, pela possibilidade de sua mitigação (Quadro 11.3.3.3.12-1).

QUADRO 11.3.3.3.12-1: Aumento da demanda por transporte público.

Identificação Atributos Detalhamento

Aumento da demanda por transporte público.

Natureza Negativo

Origem Direto

Duração Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Possibilidade de Mitigação Mitigável

Probabilidade de Ocorrência Alta

Magnitude Média

Cumulatividade e Sinergismo Negativo

Significância Pequena

Local de Ocorrência ADA

Medidas Mitigadoras: A adoção pelo empreendedor de transporte próprio para os funcionários minimizará a necessidade pelo transporte público coletivo.

11.3.4 COMPONENTES AMBIENTAIS NÃO IMPACTADOS

Da análise do resultado da previsão e avaliação de impactos realizada, que se baseou na interação entre as ações geradoras de impactos inerentes às diversas etapas do empreendimento e os aspectos ambientais potencialmente envolvidos, observa-se que alguns importantes componentes ambientais não aparecem na previsão dos impactos.

Isto não significa que os componentes não foram avaliados, mas que o empreendimento não provocará interferência significativa sobre os mesmos a ponto de gerar um impacto ambiental.

Para melhor compreensão dessa situação, será descrita a seguir a relação entre cada um desses componentes ambientais e o empreendimento.

Page 142: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 78

11.3.4.1 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E OUTRAS ÁREAS LEGALMENTE PROTEGIDAS

O item 10.2.4 deste EIA apresenta o diagnóstico das áreas de influência do empreendimento com relação às Unidades de Conservação e demais áreas protegidas. A área do empreendimento não interfere em nenhuma Unidade de Conservação ou mesmo em qualquer zona de amortecimento, conforme pode ser observado no Desenho UCAID 10.2.4-2 que consta do referido item do EIA (vide Figura 11.3.4.1-1). A Unidade de Conservação de Proteção Integral mais próxima ao empreendimento é o Refúgio da Vida Silvestre (RVS) Sauim Castanheira, e está localizada a 3,2 Km de distância. Mesmo sem prever intervenção sobre essa UC ou sua zona de amortecimento, o Ipaam, por precaução, consultou o órgão gestor da RVS Sauim Castanheira, no caso a Secretaria de Meio Ambiente do município (Semmas). O órgão gestor se manifestou indicando não haver impedimento ao projeto e que o empreendimento “não trará impactos diretos aos recursos naturais da unidade de conservação” (vide Anexo 17).

FIGURA 11.3.4.1-1: Reprodução do Desenho UCAID 10.2.4-2, indicando a localização da área do Porto do PIM e as Unidades de Conservação mais próximas. O referido desenho pode ser

consultado no item 12.2.15 deste EIA.

Sendo assim, considerou-se não haver impacto sobre unidades de conservação.

Entre as áreas protegidas que ocorrem nas imediações do Porto do PIM, o tombamento do Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões merece destaque, devido às polêmicas que vem gerando para os empreendimentos da região. Dessa forma, será discutido em item específico, a seguir.

11.3.4.2 TOMBAMENTO DO ENCONTRO DAS ÁGUAS

O fenômeno de encontro das águas entre os rios Negro e Solimões é coberto de excepcionalidades e singularidades. Ocorre por mais de 10 quilômetros de distância, sendo que nos três primeiros, é marcado por uma linha quase rígida separando as águas dos dois rios. Como é possível avistá-lo

Page 143: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 79

de Manaus, o encontro das águas se reveste de valores simbólicos e afetivos para povo amazonense, consistindo um dos mais importantes atributos turísticos de Manaus.

Por esses motivos, pelo seu valor arqueológico, etnográfico e paisagístico, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) promoveu o tombamento do Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões. A área do tombamento e sua respectiva zona de amortecimento podem ser vistas no mesmo Desenho UCAID 10.2.4-2, reproduzido na Figura 11.3.4.1-1 no item anterior.

Da análise dessa figura observa-se que a área do empreendimento está fora da área tombada e de sua zona de amortecimento, não causando qualquer interferência a esse patrimônio protegido. Sendo assim, concluiu-se não haver impacto sobre essa área protegida decorrente da implantação e operação do Porto do PIM.

11.3.4.3 COMUNIDADES TRADICIONAIS

Do diagnóstico realizado neste EIA, a s aber, item 10.3.3.9.1 (comunidades indígenas), item 10.3.3.9.2 (comunidades ribeirinhas) e item 10.3.3.9.3 (comunidades quilombolas) concluiu-se que não ocorre qualquer das comunidades tradicionais mencionadas na área de influência direta do empreendimento Porto do PIM. Apenas poucas dessas comunidades ocorrem na AII (exceto comunidades quilombolas), principalmente em Careiro da Várzea, onde ocorrem comunidades indígenas e comunidades ribeirinhas, mas muito distantes da área do empreendimento. Não ocorre comunidade quilombola nem mesmo na área de influência indireta do empreendimento.

Dessa forma, o empreendimento não interfere diretamente com nenhuma das comunidades tradicionais estudadas. Foram analisadas, porém, as possibilidades de ocorrência de impactos indiretos. O aumento do fluxo de embarcações poderia causar a poluição das águas, prejudicando o seu uso (pesca de subsistência) e o seu consumo (potabilidade). Por outro lado, a atração de pessoas por conta da operação do Porto possibilitaria o incremento da comercialização dos produtos regionais provenientes dessas comunidades tradicionais (agrícola e artesanal).

Contudo, considerando a pequena probabilidade de ocorrência das alterações mencionadas, a sua reduzida magnitude e a relação indireta com o empreendimento concluiu-se por não classificá-las como impactos.

De qualquer maneira, apesar de não haver previsão de interferências diretas sobre as comunidades tradicionais, o projeto do Porto do PIM servirá para trazer benefícios às mesmas, já que programas sociais como o Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores contemplam a capacitação para o exercício de serviços relacionados às etapas de obra e de operação do Porto do PIM, tanto para moradores de comunidades locais como para as comunidades tradicionais regionais,.quando couber, o que inclui as comunidades indígenas, as ribeirinhas e as quilombolas.

Ainda no tocante às comunidades indígenas, o responsável pelo empreendimento estará disponível para atender a eventuais recomendações da Funai, que se manifestará durante o processo de licenciamento ambiental.

11.3.4.4 ATIVIDADE DE PESCA

A principal atividade econômica da região de Manaus é a industrial; também o turismo é desenvolvido na região, mas não de forma tão expressiva quanto a i ndústria. Por outro lado, a atividade de pesca é pouco desenvolvida na região de influência do empreendimento Porto do PIM. Grande quantidade de pescado é comercializada em Manaus, principal centro consumidor, porém, é proveniente de outras regiões. O pescado é vendido no Porto da Ceasa e feiras como a

Page 144: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 80

da Pan Air. Ou seja, na área influenciada pelo empreendimento é comercializado o pescado, mas a pesca não é realizada nessa região.

Desta forma, considerou-se não haver interferência direta do empreendimento Porto do PIM sobre a atividade de pesca.

11.3.4.5 VILA DA FELICIDADE

No entorno do Porto do PIM projetado, separado do empreendimento apenas pela rodovia BR-319, ocorre um núcleo habitacional denominado Vila da Felicidade. O núcleo abriga cerca de 400 famílias, e está inserido na área do Porto Organizado de Manaus, conforme estabelece o Decreto Federal de 30 de março de 2006.

Contudo, o projeto do Porto do PIM foi proposto sem considerar qualquer intervenção direta sobre essa comunidade, sem qualquer remoção de moradias. As instalações do Porto projetado se concentram na porção da área do porto organizado situada do outro lado da rodovia.

Como melhorias à essa comunidade o projeto do Porto do PIM implicará a geração de empregos e a capacitação ao exercício das atividades voltadas à implantação do projeto e a sua operação. Além disso, estão previstas no Programa de Comunicação Social ações que visam à melhoria do ensino nessa comunidade, por meio do incremento dos equipamentos de educação lá existentes, proporcionando condições para a expansão do serviço de ensino, possibilitando o atendimento a uma maior quantidade de alunos e o oferecimento de uma etapa de ensino mais avançada (ensino fundamental completo, ou até mesmo o ensino médio).

11.3.4.6 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

De acordo com o Plano Diretor de Manaus, a área do empreendimento está inserida na Unidade de Estruturação Urbana Vila Buriti, assim como no setor especial Setor Portuário Vila Buriti. As diretrizes de uso dessas áreas contemplam usos diversificados compatíveis com as atividades relacionadas ao Distrito Industrial e atividades de apoio à navegação fluvial. A área do empreendimento faz divisa com o Distrito Industrial I e está próxima ao Distrito Industrial II, ou seja, as indústrias do Polo Industrial de Manaus estão bastante próximas à área do Porto do PIM. Assim sendo, o empreendimento está totalmente adequado às diretrizes do Plano Diretor do município de Manaus, o que é um ponto positivo mas não foi avaliado como um impacto ambiental.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 81

11.4 SÍNTESE E CONCLUSÕES DOS IMPACTOS

O Quadro 11.4-1 apresenta a síntese da avaliação dos impactos ambientais do empreendimento Porto do PIM, relacionando os aspectos/impactos ambientais que foram identificados e avaliados para as fases de planejamento, implantação e operação do empreendimento, seus respectivos atributos, local de ocorrência, medidas mitigadoras ou potencializadoras e os programas ambientais associados.

Ao todo, foram levantados 63 impactos. Alguns deles foram identificados apenas para uma fase do empreendimento enquanto outros foram avaliados com ocorrência em mais de uma etapa (planejamento, implantação e operação). Neste último caso, a avaliação foi realizada individualmente para cada fase, visto que as características das intervenções são diferentes e, consequentemente, os impactos são distintos.

Observa-se, também, que alguns impactos são oriundos de diferentes ações geradoras, tais como alteração na qualidade das águas superficiais, afugentamento da fauna, entre outros. Nestes casos, os impactos foram avaliados de forma única, cabendo apenas a avaliação diferenciada para as diferentes etapas do empreendimento. Em outros casos, quando se julgou necessário, impactos similares causados por diferentes ações geradoras foram avaliados separadamente, como, por exemplo, os casos de perda de habitat, por entender que podem ter significâncias diferentes.

Dos 63 impactos previstos e avaliados, 54 (84%) são negativos, enquanto que 10 (16%) são considerados positivos. Cabe aqui a explicação de que um dos impactos avaliados (geração de expectativas sobre o empreendimento) foi classificado tanto como positivo quanto negativo, por isso a soma de 64 impactos.

Quanto à análise dos diversos atributos utilizados para a avaliação dos impactos, consideram-se como os mais representativos a Magnitude e a Si gnificância. Dessa forma, os impactos foram analisados, inicialmente, com base nesses dois atributos.

Considerando a magnitude dos diversos impactos avaliados, temos que sete impactos (11%) foram considerados como de magnitude grande, enquanto os impactos considerados de média magnitude foram 27 (43%) e os de pequena magnitude 29 (46%), conforme mostra o Gráfico 11.4-1.

Page 146: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 82

GRÁFICO 11.4-1: Proporção dos impactos relacionados ao projeto do Porto do PIM avaliados quanto à sua magnitude.

46%

43%

11%

Impactos - Magnitude

Magnitude pequena

Magnitude média

Magnitude grande

Fonte: MKR

Quanto à significância, dos 63 impactos previstos e avaliados, três (5%) foram considerados de grande significância, enquanto os de média significância somaram 25 (40%) e os de pequena significância 35 (55%), conforme mostra o Gráfico 11.4-2.

GRÁFICO 11.4-2: Proporção dos impactos relacionados ao projeto do Porto do PIM avaliados quanto à sua significância.

55%40%

5%

Impactos - Significância

Significância pequena

Significância média

Significância grande

Fonte: MKR

Importante frisar que para a g rande maioria desses impactos, principalmente para aqueles de grande significância, foram propostos planos e programas que mitigarão substancialmente os efeitos adversos dos considerados negativos, ou potencializarão os efeitos daqueles considerados positivos.

Page 147: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 83

Vale aqui destacar que, dos três impactos classificados como de grande significância, apenas um deles é de natureza negativa, o impacto de “perda de habitat e de indivíduos (por morte ou afugentamento) da fauna terrestre

Quanto aos impactos positivos de grande significância, um deles já ocorreu, ainda durante a fase de planejamento do empreendimento, que consiste da “

”, gerado pela supressão da vegetação da área a ser diretamente afetada pelo empreendimento. Com relação a esse impacto deverão ser voltados os principais cuidados, desde a etapa prévia à execução da ação geradora (desmatamento), durante a ação e posteriormente à sua execução. Estes cuidados estão contemplados em Programas e Subprogramas que constam do Capítulo 12 deste EIA, tendo sido propostos, com relação ao caso específico, o Programa de Controle de Supressão de Vegetação e Resgate da Fauna, o Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores e o Subprograma de Monitoramento do Sauim-de-Coleira.

oferta de concessão do Porto à iniciativa privada

O outro impacto positivo de grande significância terá efetividade quando do início da operação do Porto do PIM. Trata-se do “

”, gerada pela ação da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República – SEP – por meio da publicação da Portaria SEP 174/2010. Este ato possibilitou a atração de investimentos privados na implementação do Porto que não seriam disponibilizados pelo poder público em curto prazo de tempo, saciando assim o desejo do Polo Industrial de Manaus, que reclamava por investimentos voltados à l ogística para o transporte de insumos e de produtos relacionados à Zona Franca de Manaus.

aumento da oferta de serviço portuário

Quanto aos impactos de grande magnitude, considerando os de natureza negativa, além do impacto já mencionado de perda de habitat decorrente do desmatamento da área de implantação do empreendimento, cabe destacar:

” voltado ao transporte de cargas, possibilitando minimizar um importante problema logístico enfrentado pelas indústrias do PIM, sendo importante, ainda, para atenuar conflitos sociais que ocorrem em decorrência das condições atuais de desenvolvimento da atividade portuária na cidade de Manaus.

− A “geração de áreas de instabilidade física”, decorrente das atividades de terraplenagem necessárias para a i mplantação dos pátios e demais estruturas do terminal. Esta intervenção resultará pátios e taludes de corte e de aterro, que podem gerar áreas de instabilidade. A implantação do pátio de contêiner 01, (aterro sujeito à ação da elevada variação de nível do leito do rio negro) requer atenção especial, tanto na etapa de projeto, quanto de execução e pós-implantação (manutenção e monitoramento). A minimização deste impacto se dará pela elaboração e execução criteriosas do projeto de terraplenagem, além do acompanhamento da estabilidade das áreas terraplenadas (monitoramento), que deverá se estender durante toda a fase de operação do empreendimento. Medidas nesse sentido estão contempladas no programa de controle ambiental da obra – pca-c e no programa de controle ambiental da operação – pca-o;

− A “perda de habitat e de áreas de nidificação da avifauna aquática e ripária e quelônios”, decorrente da implantação da ponte, da rampa de acesso e do cais flutuantes. O diagnóstico da biota aquática sugere que as estruturas da ponte fixa e da rampa flutuantes poderão intervir sobre o local de desova de quelônios, assim como poderá ser uma barreira de dispersão para toda a avifauna da estreita faixa de vegetação ripária. O programa de monitoramento da fauna e bioindicadores proposto no capítulo 12 deste eia contempla, entre outra medidas, a realização de um monitoramento complementar dos quelônios e da avifauna ripária e aquática;

− A “alteração na estrutura da biota aquática” decorrente da introdução de espécies exóticas pela água de lastro ou aderidas ao casco das embarcações. O não gerenciamento das

Page 148: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 84

águas de lastro, de acordo com os procedimentos previstos em acordos internacionais, pode ocasionar a inserção de espécies em um ambiente distinto daquele seu habitat de origem, ou seja, do local onde houve o preenchimento dos compartimentos internos do navio. Organismos exóticos resistentes e adaptáveis às novas condições ambientais podem se proliferar e afetar a distribuição dos organismos nativos por competição ou predação, causando elevados danos ecológicos às dinâmicas dos ambientes nativos, podendo causar até mesmo a extinção de espécies. Para a minimização deste impacto é preciso garantir o atendimento às normas nacionais (Normam 20 DPC – Anvisa) e internacionais sobre o gerenciamento da água de lastro, cujas diretrizes estão contempladas no âmbito do programa de controle ambiental da operação (pca – o) proposto.

Quanto aos impactos de grande magnitude e de natureza positiva, além dos dois impactos já mencionados sobre a viabilização do Porto do PIM, cabe destacar a “inexistência de risco ao uso da área” como conclusão da realização das etapas de investigação de áreas contaminadas na área do empreendimento. Este resultado foi bastante representativo, pois, considerando a operação de uma siderúrgica no local por décadas, havia o risco de ocorrerem áreas contaminadas, o que consistiria uma restrição ao uso da área em função do eventual risco à saúde das pessoas envolvidas na implantação e operação do empreendimento.

Com relação às etapas do empreendimento, nota-se que, em temos de quantidade de impactos, a etapa de implantação e a d e operação são bastante equivalentes, conforme se observa no Gráfico 11.4-3.

GRÁFICO 11.4-3: Proporção dos impactos relacionados ao projeto do Porto do PIM com relação às etapas do empreendimento.

13%

46%

41%

Impactos - Fases do empreendimento

Fase de planejamento

Fase de implantação

Fase de operação

Fonte: MKR

Page 149: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 85

Quanto ao meio ambiental afetado, a implementação do empreendimento geraria maior quantidade de impactos sobre os meios biótico (25 impactos, ou 40%) e socioeconômico (24 impactos, ou 38%), contra apenas 14 impactos (22%) sobre o meio físico, conforme se observa no Gráfico 11.4-4 a seguir:

GRÁFICO 11.4-4: Proporção dos impactos relacionados ao projeto do Porto do PIM com relação ao meio afetado.

22%

40%

38%

Impactos - Meio Afetado

Meio Físico

Meio Biótico

Meio socioeconômico

Fonte: MKR

Com relação aos diversos impactos avaliados como de magnitude e significância médias (27 e 25 respectivamente), a maioria deles de natureza negativa, cabe lembrar que, da mesma forma que para os impactos de grande magnitude e significância, para estes também foram propostas medidas para minimizar sua ocorrência ou mitigar seus efeitos. Tais medidas se encontram organizadas na forma de Programas Ambientais, que constam do Capítulo 12 deste EIA.

Quanto à sinergia dos impactos causados pelo empreendimento considerando as demais atividades já existentes na área de influência, a análise de impactos como a “interferência sobre o transporte de cargas e passageiros”, o “aumento do fluxo de grandes embarcações” e o “prejuízo a outras atividades econômicas”, todos decorrentes da operação do Porto do PIM, mostrou que, nem mesmo de forma cumulativa, esses impactos atingem significância alta. Considerando esses aspectos, a principal atenção deve ser voltada ao ordenamento aquaviário, cujas diretrizes serão definidas pela Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental (CFAOC).

A análise apresentada neste item do EIA é uma análise sintética, com o objetivo de levantar as principais conclusões da avaliação de impactos ambientais realizada. Contudo, a avaliação conjunta dos demais atributos conferidos a cada impacto propicia um melhor entendimento da sua implicação.

Finalmente, a avaliação ambiental realizada, considerando as medidas e programas previstos, permitiu constatar que nenhum dos impactos identificados se apresentou com características que comprometessem a sustentabilidade socioambiental do projeto. Os estudos permitem afirmar que o empreendimento está perfeitamente alinhado às diretrizes legais e às restrições socioambientais de caráter técnico, cabendo a importância do compromisso de implementação de todas as medidas de minimização, mitigação e compensação propostas no estudo, permitindo concluir que, da forma como foi concebido, o empreendimento é ambientalmente viável.

Page 150: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 86

QUADRO 11.4-1: Quadro Síntese dos Impactos Ambientais.

Meio/ Arcabouço

Componentes Ambientais/

Aspectos Legais

Impactos Ambientais

Ações Geradoras de Impacto/Alteração/Interferê

ncia

Fase do Empreendimento Caracterização dos Aspectos/Impactos Ambientais

Local de ocorrência

Medidas Mitigadoras ou Potencializadoras e de Controle

Ambiental + Programas Ambientais Associados

Pla

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MEI

O F

ÍSIC

O

Geotecnia

Potencialização de processos erosivos / assoreamento

Levantamento de Passivos Ambientais; Coleta de dados primários; Realização de levantamentos (topografia, etc.)

X

N DIR T IM LOC R M P ALT P N P AID/ADA

Cuidados durante a realização dos trabalhos de sondagens; Proteção imediata dos locais onde ocorrer a exposição do solo; Implantação de medidas precárias de drenagem.

Limpeza e terraplenagem para regularização do terreno; Adequação/abertura de vias de acesso

X

N DIR T IM LOC R M C M N M AID/ADA

Implantação de sistemas de drenagem; Priorização das intervenções de maior porte em períodos de menor precipitação; Implementação de medidas de proteção superficial imediata. Acompanhamento da estabilidade das áreas Programa Ambiental: PCA-C.

Geração de áreas de instabilidade física

Limpeza e terraplenagem para regularização do terreno; Adequação/abertura de vias de acesso

X

N DIR T IM LOC R M C G N M ADA

Elaboração criteriosa do projeto de terraplenagem; Adoção de técnicas adequadas durante a implantação; Adoção de obras de estabilização de taludes; Acompanhamento da estabilidade das áreas terraplenadas (monitoramento). Programas Ambientais: PCA-C e PCA-O.

Recursos Hídricos Qualidade das

Águas

Inexistência de risco ao uso da área

Realização das etapas de investigação de áreas contaminadas

X

P DIR P IM LOC I N/A C G N M ADA Potencialização com ação de remoção da fonte de TPH e investigações complementares.

Alteração na qualidade das águas superficiais

Instalação e desinstalação de áreas de apoio (pátios, armazéns, áreas de empréstimo/bota-fora, canteiros de obra, etc.); Mobilização e transporte de equipamentos; Abastecimento de embarcações e veículos com combustíveis; Limpeza e terraplenagem para regularização do terreno; Adequação/abertura de vias de acesso; Instalação do píer flutuante.

X

N DIR T IM LOC R M C P N P AID

Realização de inspeções de máquinas e equipamentos para detecção de vazamentos de óleo e manutenção adequada de embarcações; Controle efetivo do carreamento de sólidos e produtos químicos pelas águas pluviais nas áreas de intervenção do Porto do PIM; Implantação e manutenção de estação de tratamento de esgotos (ETE) dimensionada para atender as diversas fases de desenvolvimento do empreendimento; Adequação do cronograma de obras, principalmente em relação à escavação, aterro e terraplenagem dos solos, aos períodos de menor incidência pluviométrica; Monitoramento da qualidade das águas e dos efluentes tratados. Programas Ambientais: PCA-C, Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos e Programa de Monitoramento da Qualidade da Água.

Page 151: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 87

QUADRO 11.4-1: Quadro Síntese dos Impactos Ambientais.

Meio/ Arcabouço

Componentes Ambientais/

Aspectos Legais

Impactos Ambientais

Ações Geradoras de Impacto/Alteração/Interferê

ncia

Fase do Empreendimento Caracterização dos Aspectos/Impactos Ambientais

Local de ocorrência

Medidas Mitigadoras ou Potencializadoras e de Controle

Ambiental + Programas Ambientais Associados

Pla

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MEI

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O

Recursos Hídricos Qualidade das

Águas

Alteração na qualidade das águas superficiais

Movimentação de equipamentos (RTGs); Trânsito de embarcações e veículos; Abastecimento de embarcações e veículos com combustíveis; Operação do píer; Manutenção da infraestrutura de saneamento.

X N DIR T IM LOC R M C P N P AID/ADA

Realização de inspeções de máquinas e equipamentos para detecção de vazamentos de óleo e manutenção adequada de embarcações; Realização de inspeções nas linhas de drenagem pluviais e caixas separadoras de óleo e água; Realização de manutenção periódica na estação de tratamento de esgotos (ETE); Monitoramento da qualidade das águas e dos efluentes tratados durante a fase de operação do empreendimento. Programas Ambientais: PCA-O, Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos e Programa de Monitoramento da Qualidade da Água.

Interferência sobre o uso das águas (abastecimento público)

Instalação e desinstalação de áreas de apoio (pátios, armazéns, áreas de empréstimo/bota-fora, canteiros de obra, etc.); Mobilização e transporte de equipamentos; Abastecimento de embarcações e veículos com combustíveis; Limpeza e terraplenagem para regularização do terreno; Instalação do píer flutuante; Geração de efluentes sanitários.

X

N DIR T IM LOC R M P

BXA P N P AID/ADA

Realização de periódica e adequada inspeção e manutenção dos equipamentos; Adoção de medidas de controle de erosão durante as obras de terraplenagem; Coleta, tratamento e destinação adequada dos efluentes sanitários; Monitoramento da qualidade das águas do rio Negro, principalmente no trecho à jusante do empreendimento. Programas Ambientais: PCA-C, Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos e Programa de Monitoramento da Qualidade da Água.

Interferência sobre o uso das águas (abastecimento público)

Mobilização de equipamentos e de veículos nos pátios e no pier; movimentação de embarcações de grande porte junto ao píer e entorno; geração de efluentes sanitários.

X N DIR T IM LOC R M P

BXA P N P AID/ADA

Realização de periódica e adequada inspeção e manutenção dos equipamentos; Coleta, tratamento e destinação adequada dos efluentes sanitários; Monitoramento da qualidade das águas do rio Negro, principalmente no trecho à jusante do empreendimento. Programas Ambientais: PCA-O, Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos e Programa de Monitoramento da Qualidade da Água.

Page 152: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 88

QUADRO 11.4-1: Quadro Síntese dos Impactos Ambientais.

Meio/ Arcabouço

Componentes Ambientais/

Aspectos Legais

Impactos Ambientais

Ações Geradoras de Impacto/Alteração/Interferê

ncia

Fase do Empreendimento Caracterização dos Aspectos/Impactos Ambientais

Local de ocorrência

Medidas Mitigadoras ou Potencializadoras e de Controle

Ambiental + Programas Ambientais Associados

Pla

neja

men

to

Impl

anta

ção

Ope

raçã

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Nat

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Ori

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Tem

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O F

ÍSIC

O

Recursos Hídricos Qualidade das

Águas

Alteração na qualidade dos sedimentos superficiais

Instalação e desinstalação de áreas de apoio (pátios, armazéns, áreas de empréstimo/bota-fora, canteiros de obra, etc.); Mobilização e transporte de equipamentos; Abastecimento de embarcações e veículos com combustíveis; Limpeza e terraplenagem para regularização do terreno; Instalação do píer flutuante; Geração de efluentes sanitários.

X

N DIR T CP LOC R M C P N P AID

Realização de inspeções de máquinas e equipamentos; Manutenção adequada de embarcações; Controle efetivo do carreamento de sólidos e produtos químicos pelas águas pluviais; Adequação do cronograma de obras, principalmente em relação à escavação, aterro e terraplenagem dos solos; Monitoramento da qualidade das águas e dos efluentes . Programas Ambientais: PCA-C, Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos, Programa de Monitoramento da Qualidade da Água e Programa de Monitoramento da Qualidade dos Sedimentos.

Alteração na qualidade dos sedimentos superficiais

Movimentação de equipamentos (RTGs), Trânsito de caminhões, trânsito de embarcações, abastecimento de embarcações e veículos com combustíveis; Manutenção de infraestruturas de saneamento.

X N DIR P CP LOC R M P

BXA P N P AID

Realização de inspeções de máquinas e equipamentos para detecção de vazamentos de óleo e manutenção adequada de embarcações; Monitoramento periódico da qualidade dos sedimentos superficiais.

Hidrodinâmica do rio Negro

Interferência sobre a hidrodinâmica do rio Negro

Instalação e ancoragem da porção aquática do terminal

X

N DIR T CP LOC R M P BXA P N P AID/ADA

A significância deste impacto previsto é muito pequena e não justifica a adoção de medidas de mitigação.

Interferência sobre a hidrodinâmica do rio Negro

Operação do píer flutuante

X N DIR P IM LOC I NM P ALT P N P AID/ADA

A significância deste impacto previsto é muito pequena e não justifica a adoção de medidas de mitigação.

Qualidade do Ar

Alteração da qualidade do ar

Mobilização de máquinas, equipamentos, veículos e embarcações voltadas às obras de implantação do empreendimento.

X

N DIR T IM LOC R M P

MED P N P AID/ADA

Manutenção preventiva dos equipamentos; Adoção de medidas de controle de geração de material particulado; Realização de inspeções rotineiras dos equipamentos com potencial de geração de fumaça-preta; Monitoramento da qualidade do ar. Programa Ambiental: PCA-C.

Alteração da qualidade do ar

Mobilização de equipamentos e de veículos nos pátios e no píer; Movimentação de embarcações de grande porte junto ao píer e entorno.

X N DIR T IM LOC R M P

ALT P N P AID/ADA

Manutenção preventiva dos equipamentos; Realização de inspeções rotineiras dos equipamentos com potencial de geração de fumaça-preta; Monitoramento da qualidade do ar. Programa Ambiental: PCA-O.

Page 153: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 89

QUADRO 11.4-1: Quadro Síntese dos Impactos Ambientais.

Meio/ Arcabouço

Componentes Ambientais/

Aspectos Legais

Impactos Ambientais

Ações Geradoras de Impacto/Alteração/Interferê

ncia

Fase do Empreendimento Caracterização dos Aspectos/Impactos Ambientais

Local de ocorrência

Medidas Mitigadoras ou Potencializadoras e de Controle

Ambiental + Programas Ambientais Associados

Pla

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Vegetação e “APPs”

Interferência sobre a vegetação

Abertura de trilhas para acesso de profissionais para realização de vistorias, coleta de dados e instalação de armadilhas

X

N DIR T IM LOC R M C P N P AID/ADA

Adoção de métodos de caminhamento de trilhas que pouparam ao máximo a vegetação; Cuidados para evitar o pisoteamento de plântulas; Coleta de ramos de indivíduos arbóreos quando não for possível a identificação da espécie em campo.

Perda de espécimes vegetais

Limpeza e terraplenagem para regularização do terreno

X

N DIR P IM LOC I NM C M P M ADA

Aplicação do Programa de Controle de Supressão de Vegetação e Resgate de Fauna e do Programa de Controle Ambiental da Construção – PCA-C.

Geração e destinação de resíduos vegetais

Supressão de vegetação

X

N DIR T IM LOC I M C M N P ADA

Reaproveitamento e ou destinação adequada do material vegetal. Programa Ambiental: Programa de Controle de Supressão de Vegetação e Resgate da Fauna.

Intervenção nas margens do rio Negro

Implantação de parte do Pátio de Contêineres 1

X

N DIR P IM LOC I NM C M N P ADA Não há medida mitigadora aplicável. Proposta de medida de compensação.

Fauna Terrestre

Afugentamento da fauna silvestre (terrestre e aquática)

Abertura de trilhas para acesso de profissionais para realização de vistorias, coleta de dados e instalação de armadilhas

X

N DIR T IM LOC R M P ALT P N P AID/ADA

Silêncio durante as amostragens, evitando a emissão de ruídos e perturbações desnecessárias; Colocação rápida e silenciosa das armadilhas.

Afugentamento da fauna terrestre

Movimentação de pessoas; Obras da construção civil; Trânsito de caminhões

X

N DIR T IM LOC I M P ALT M N M AID/ADA

Adoção dos procedimentos constantes do Programa de Controle de Supressão de Vegetação e Resgate da Fauna, Programa de Monitoramento de Fauna e Bioindicadores e do PCA-C aliado ao Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores.

Captura, manipulação, soltura e/ou morte de espécimes da fauna silvestre

Coleta de dados primários em campo e captura de animais para o diagnóstico ambiental das áreas de influência

X

N DIR T IM LOC R M C M N P AID/ADA

Implantação de estratégia de coleta com um número reduzido de amostras e baseada no uso de informações (entrevistas) da comunidade local; Obtenção prévia das devidas autorizações para coleta e captura da fauna com metodologia aprovada pelo órgão competente (Ibama); Coleta apenas de espécimes testemunho e quando necessário; Destinação de todos os indivíduos sacrificados a coleções científicas de instituições de ensino e pesquisa.

Page 154: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 90

QUADRO 11.4-1: Quadro Síntese dos Impactos Ambientais.

Meio/ Arcabouço

Componentes Ambientais/

Aspectos Legais

Impactos Ambientais

Ações Geradoras de Impacto/Alteração/Interferê

ncia

Fase do Empreendimento Caracterização dos Aspectos/Impactos Ambientais

Local de ocorrência

Medidas Mitigadoras ou Potencializadoras e de Controle

Ambiental + Programas Ambientais Associados

Pla

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CO

Fauna Terrestre

Caça e retirada de indivíduos da fauna terrestre

Fluxo de trabalhadores

X

N IND T CP LOC R M P

MED M N M AID/ADA

Educação e orientação aos trabalhadores; Adoção de procedimentos a serem seguidos em caso de encontros fortuitos com as espécies nativas. Programas Ambientais: Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores; o Programa de Monitoramento de Fauna Terrestre e PCA-C.

Contato entre a fauna silvestre e a fauna exótica domesticada, com riscos de predação e transmissão de doenças

X

N IND T CP LOC R M P

MED P N P AID/ADA

Controle e destinação de resíduos nas obras; Orientação/treinamento aos trabalhadores locais no sentido de evitar a atração destes animais. Programas Ambientais: PCA-C, Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança do Trabalhador e Programa de Gestão de Resíduos Sólidos.

Perda de habitat e de indivíduos (por morte ou afugentamento) da fauna terrestre

Limpeza e terraplenagem para regularização do terreno

X

N DIR P IM LOC I M C G N G ADA

Resgate e realocação doas animais afugentados, para outras áreas próximas não afetadas pelo empreendimento e que apresentem semelhante ou melhor qualidade ambiental; Desmontagem das edificações feita lentamente e com o monitoramento da população de aves e morcegos ali instalada, devendo-se ser monitorado o destino desses indivíduos após a perda do habitat. Programas Ambientais: Programa de Controle de Supressão de Vegetação e Resgate da Fauna, Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores e Subprograma de Monitoramento do Sauim-de-Coleira.

Caça e retirada de indivíduos da fauna silvestre (terrestre e aquática)

Circulação de funcionários contratados para a operação do Porto do PIM

X N IND P IM LOC R M P MED M N M AID/ADA

Educação e orientação aos trabalhadores; Adoção de procedimentos a serem seguidos em caso de encontros fortuitos com as espécies nativas. Programas Ambientais: Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores; o Programa de Monitoramento de Fauna e Bioindicadores e PCA-O.

Interferência em ritmos biológicos da avifauna local

Iluminação artificial noturna contínua

X N IND P LP LOC R M P MED P N P AID/ADA

Utilização de iluminação direcionada apenas ao local que se quer iluminar; Quando possível, os postes de iluminação devem ser baixos; Utilização de lâmpadas focais e não atrativas aos insetos; Pode-se substituir o uso dos postes de iluminação por pequenas lâmpadas de sinalização coloridas instaladas no nível da via em suas laterais.

Page 155: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 91

QUADRO 11.4-1: Quadro Síntese dos Impactos Ambientais.

Meio/ Arcabouço

Componentes Ambientais/

Aspectos Legais

Impactos Ambientais

Ações Geradoras de Impacto/Alteração/Interferê

ncia

Fase do Empreendimento Caracterização dos Aspectos/Impactos Ambientais

Local de ocorrência

Medidas Mitigadoras ou Potencializadoras e de Controle

Ambiental + Programas Ambientais Associados

Pla

neja

men

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Impl

anta

ção

Ope

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Atropelamento de indivíduos da fauna terrestre

Tráfego de caminhões, veículos leves e máquinas

X N DIR P LP LOC R M P ALT P N P AID/ADA

Educação e orientação aos trabalhadores quanto à importância da preservação da vida silvestre local e ao respeito à velocidade de tráfego permitido nas imediações do Porto do PIM e em suas vias internas, assim como sobre as leis de trânsito. Programas Ambientais: Programa de Educação, Saúde e Segurança dos Trabalhadores, PCA–O e Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores.

Fauna Terrestre

Afugentamento da fauna terrestre Geração de ruídos

X N DIR P LP LOC R M M P N P AID/ADA

Utilizar equipamentos dentro das normas técnicas para a emissão de ruído. Programas Ambientais: Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores, Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores e PCA–O.

Biota Aquática

Alteração na composição e na estrutura da biótica aquática

Perda da zona fótica devido à instalação do cais flutuante

X

N IND P CP LOC I NM C P N P ADA Não há medida mitigadora cabível a esse impacto.

Geração de resíduos e efluentes

X

N DIR T CP LOC R M P BXA P N P AID/ADA

Manutenção periódica das instalações sanitárias e fossas sépticas, bem como de veículos e equipamentos; Os efluentes tratados deverão obedecer às normas e aos padrões estabelecidos pela Resolução Conama nº 430/2011; Controle e minimização da geração de resíduos sólidos, providenciando também a coleta, o armazenamento e a destinação final adequada. Programas Ambientais: PCA-C, Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos.

Afugentamento da fauna aquática (avifauna aquática e ripária, quelônios, mastofauna aquática e ictiofauna)

Geração de ruídos

X N IND P IM LOC R NM P BXA P N P ADA

O impacto de afugentamento de indivíduos da fauna aquática em decorrência do incremento do ruído provocado pelo tráfego de embarcações não é mitigável. Entretanto, é proposta uma série de ações voltadas ao monitoramento das comunidades aquáticas, apresentadas no Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores.

Perda de habitat e de áreas de nidificação da avifauna aquática e ripária e quelônios

Instalação da rampa e do cais flutuante X N DIR P IM LOC I M P

MED G N M AID/ADA

Monitoramento dos quelônios, da avifauna aquática e ripária. Programa Ambiental: Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores.

Page 156: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 92

QUADRO 11.4-1: Quadro Síntese dos Impactos Ambientais.

Meio/ Arcabouço

Componentes Ambientais/

Aspectos Legais

Impactos Ambientais

Ações Geradoras de Impacto/Alteração/Interferê

ncia

Fase do Empreendimento Caracterização dos Aspectos/Impactos Ambientais

Local de ocorrência

Medidas Mitigadoras ou Potencializadoras e de Controle

Ambiental + Programas Ambientais Associados

Pla

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Afugentamento e morte de indivíduos da mastofauna aquática, da avifauna aquática e ripária, dos quelônios e da ictiofauna

Instalação da rampa e do cais flutuante

X

N DIR T IM LOC R M

P ALT BXA

P N P AID/ADA Implantação da rampa, ponte e cais flutuante, conforme as diretrizes estabelecidas pelo Programa Ambiental PCA-C.

Criação de novo habitat para a biota aquática

X

P IND DIR P MP LOC R N/A C P P P ADA Não se aplica.

Biota Aquática

Perda de indivíduos (morte) da fauna aquática

Atracação, circulação e manobra de embarcações

X N DIR P IM LOC I M P BXA P N P AID/ADA

Redução da velocidade das embarcações na área quando visualizados os animais; Manutenção e operação correta de máquinas e embarcações para garantir a minimização do ruído; Monitoramento da biota aquática. Programa Ambiental: Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores.

Alteração na estrutura da biota aquática

Introdução de espécies exóticas pela água de lastro ou aderidas ao casco das embarcações.

X N IND P IM MP LOC I M P

MED G P M AID/ADA

Adoção das normas nacionais (NORMAM 20 DPC – Anvisa) e internacionais sobre o gerenciamento da água de lastro e de sedimentos. Programa Ambiental: PCA–O.

Alteração na estrutura da biota aquática

Contaminação por derramamento de óleos e graxas pelas embarcações

X N IND DIR T IM

CP LIN R M P BXA M P P AID/ADA

Monitoramento do lançamento de efluentes no rio Negro com base na Resolução Conama nº 430/2011; Treinamento e orientações aos funcionários; Monitoramento da fauna aquática. Programas Ambientais: Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos, Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores, Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores e PCA–O.

Vetores e pragas urbanas

Proliferação de vetores, pragas e fauna sinantrópica

Disponibilização de recursos (alimento e abrigo)

X

N IND P CP LOC R M P MED P N P ADA

Manutenção de boas condições de limpeza, organização e higiene nas áreas de trabalho; Monitoramento e controle de doenças endêmicas; Programa de Controle de Vetores e Pragas Urbanas Programas Ambientais: PCA-C , Programa de Prevenção de Endemias, Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores e Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Page 157: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 93

QUADRO 11.4-1: Quadro Síntese dos Impactos Ambientais.

Meio/ Arcabouço

Componentes Ambientais/

Aspectos Legais

Impactos Ambientais

Ações Geradoras de Impacto/Alteração/Interferê

ncia

Fase do Empreendimento Caracterização dos Aspectos/Impactos Ambientais

Local de ocorrência

Medidas Mitigadoras ou Potencializadoras e de Controle

Ambiental + Programas Ambientais Associados

Pla

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Vetores e pragas urbanas

Proliferação de vetores, pragas e fauna sinantrópica

Disponibilização de recursos (alimento e abrigo)

X N IND P CP LOC R M P MED M N P ADA

Manutenção de boas condições de limpeza, organização e higiene nas áreas de trabalho; Realização de ações de manejo ambiental, através do rígido controle e fiscalização, e combate aos focos e eventuais causas da proliferação dos vetores, pragas e fauna sintrópica; Monitoramento e controle de doenças endêmicas, especialmente aos vetores da malária; Programas Ambientais: PCA-O , Programa de Prevenção de Endemias, Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores e Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

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Patrimônio Arqueológico

Interferência com Sítios Arqueológicos

Limpeza e terraplenagem para regularização do terreno X

N DIR P IM LOC I M C M N M ADA

Elaboração de adequado projeto de prospecção e, posteriormente, do resgate adequado do patrimônio arqueológico. Programa Ambiental: Programa de Prospecção e Gestão do Patrimônio Arqueológico.

Resgate do patrimônio arqueológico da área do empreendimento

Implantação do Porto do PIM

X

P DIR P IM REG I POT C M N M ADA Potencialização através destinação apropriada dos bens resgatados, possibilitando a sua divulgação.

Socioeconomia

Oferta de concessão do Porto à iniciativa privada

Convocação dos interessados a apresentarem projeto para o Porto do PIM (Portaria SEP 174/10)

X

P DIR P LP REG R N/A C G N G AII/AID/ADA Não se aplica.

Geração de expectativas sobre o empreendimento

Divulgação do empreendimento X

PN DIR IND T IM LOC R M P

ALT M N M AID/ADA

Estabelecimento de um canal de comunicação entre o empreendimento e as comunidades envolvidas, visando a prestação de esclarecimentos gerais. Programa Ambiental: Programa de Comunicação Social.

Interferência sobre o transporte de cargas e passageiros

Instalação e ancoragem da porção aquática do terminal

X

N DIR T IM LOC I M P ALT P N P AID/ADA

Informação à Capitania Fluvial da Amazonia Ocidental (CFAOC) a respeito da implantação do pier. Programas Ambientais: PCA-C e Programa de Comunicação Social.

Geração de empregos temporários

Mobilização de mão de obra para construção do empreendimento

X

P DIR T IM MUN R POT C M P M AID/AII

Potencialização através da contratação preferencial de trabalhadores residentes em Manaus, principalmente da área da Vila da Felicidade e do entorno.

Page 158: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 94

QUADRO 11.4-1: Quadro Síntese dos Impactos Ambientais.

Meio/ Arcabouço

Componentes Ambientais/

Aspectos Legais

Impactos Ambientais

Ações Geradoras de Impacto/Alteração/Interferê

ncia

Fase do Empreendimento Caracterização dos Aspectos/Impactos Ambientais

Local de ocorrência

Medidas Mitigadoras ou Potencializadoras e de Controle

Ambiental + Programas Ambientais Associados

Pla

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men

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o

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Dur

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MEI

O S

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ON

ÔM

ICO

E C

ULT

UR

AL

Socioeconomia

Geração de incômodos à população

Trânsito de máquinas e veículos

X

N DIR T IM LOC R M P ALT M N M AID/ADA

Adoção das medidas como adequação de horários de trabalho, sinalização do trânsito de veículos e máquinas. Programas Ambientais: PCA-C e Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores.

Aumento do risco de acidentes de trânsito

Aumento no fluxo de veículos de grande porte pela BR-319

X

N DIR T IM LOC R M C P N P AID/ADA

Sinalização do trânsito de veículos pesados e equipamentos; Orientação dos funcionários e motoristas com relação aos cuidados com o trânsito local. Programas Ambientais: PCA-C e Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores.

Antropização da paisagem

Degradação da margem esquerda do rio Negro

X

N DIR P IM LOC R M C P N P ADA

Arborização das áreas que não serão efetivamente utilizadas para a atividade portuária. Programa Ambiental: PCA-C.

Uso compartilhado com o gasoduto existente

Implantação do Porto do PIM em área de incidência de gasoduto

X

N DIR P IM LOC I M C M N M ADA

Definição de medidas de compatibilização entre as obras de implantação do Porto do PIM e as restrições ao uso da faixa do gasoduto.

Aumento na procura por serviços públicos

Implantação do Porto do PIM

X

N IND T MP LOC R M P MED P N P AID/ADA

Adoção de medidas de segurança e de atendimento a emergência aos trabalhadores e prestadores de serviço.

Proliferação de doenças endêmicas

Atração e circulação de grande quantidade de pessoas, proximidade ao rio Negro

X

N DIR P IM LOC R M P MED M N M ADA

Adoção dos procedimentos constantes nos Programas Ambientais. Programas Ambientais: Programa de Prevenção de Endemias e Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores.

Interferência sobre o transporte de cargas e passageiros

Trânsito de embarcações de grande porte que se utilizarão da estrutura do terminal portuário

X N DIR T IM LOC R M C M N M AID/ADA

Obtenção da anuência da Capitania Fluvial da Amazonia Ocidental (CFAOC) com relação ao ordenamento aquaviário da atividade de operação do Porto do PIM. Programas Ambientais: PCA-O e Programa de Comunicação Social.

Aumento da oferta de serviço portuário (carga)

Recebimento de insumos e distribuição dos produtos

X P DIR P IM REG R POT C G P G AID/ADA Potencialização por meio da otimização da operação do porto, utilizando moderna tecnologia.

Geração de empregos Operação portuária

X P DIR P IM REG

LOC I POT C M P M AII/AID/ADA Potencialização através do treinamento da mão de obra.

Aumento da arrecadação tributária

Prestação de serviço

X P DIR IND P IM REG I POT C M N M AII/AID/ADA

Potencialização através investimentos em programas governamentais que beneficiem a região.

Page 159: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 95

QUADRO 11.4-1: Quadro Síntese dos Impactos Ambientais.

Meio/ Arcabouço

Componentes Ambientais/

Aspectos Legais

Impactos Ambientais

Ações Geradoras de Impacto/Alteração/Interferê

ncia

Fase do Empreendimento Caracterização dos Aspectos/Impactos Ambientais

Local de ocorrência

Medidas Mitigadoras ou Potencializadoras e de Controle

Ambiental + Programas Ambientais Associados

Pla

neja

men

to

Impl

anta

ção

Ope

raçã

o

Nat

urez

a

Ori

gem

Dur

ação

Tem

pora

lidad

e

Abr

angê

ncia

Rev

ersi

bilid

ade

Pos

sibi

lidad

e de

M

itig

ação

Pro

babi

lidad

e de

O

corr

ênci

a

Mag

nitu

de

Cum

ulat

ivid

ade

Sign

ific

ânci

a

MEI

O S

OC

IOEC

ON

ÔM

ICO

E C

ULT

UR

AL

Socioeconomia

Aumento do fluxo de veículos na BR-319

Aumento do fluxo de veículos de grande porte

X N DIR P IM LOC I M C M N M AID/ADA

Sinalização do trânsito de veículos pesados no trecho de acesso ao empreendimento; Orientação dos funcionários e dos motoristas prestadores de serviço com relação aos cuidados com o trânsito local. Programa Ambiental: PCA-O

Diminuição do fluxo de veículos pesados circulando na cidade

Operação do Porto do PIM

X P IND P IM MU

N R N/A P ALT M N M AII/AID Não se aplica.

Aumento do fluxo de grandes embarcações

X N DIR P IM LIN R M C M N M AID/ADA Atendimento às diretrizes da CFAOC para a navegabilidade.

Prejuízo a outras atividades econômicas

X N DIR C IM LOC R N/A P BXA P N P AID/ADA Não se aplica.

Aumento na procura por serviços públicos

Contratação de mão de obra

X N DIR P CP MUN R M P

MED M N M AID/ADA

Adoção da premissa de contratação de população local; Procedimento para prover os funcionários de serviço próprio, como, por exemplo, o atendimento médico básico e emergencial, e o transporte.

Risco de acidentes com funcionários

Movimentação de caminhões e cargas no interior do porto

X N DIR P IM LOC R M P MED M N M ADA

Adoção dos procedimentos constantes do Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores.

Proliferação de doenças endêmicas

Atração e circulação de grande quantidade de pessoas, proximidade do rio Negro

X N DIR P IM LOC R M P MED M N M ADA

Adoção dos procedimentos constantes do Programa de Prevenção de Endemias e do Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores.

Aumento na demanda por transporte público

Necessidade de acesso à área do Porto do PIM

X N DIR P IM LOC R M P ALT M N P ADA Adoção pelo empreendedor de transporte

próprio para os funcionários.

Page 160: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 96

11.5 DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA

No Capítulo 9 deste EIA foram apresentadas as áreas de influência preliminares do empreendimento, também denominadas “áreas de estudo”, as quais serviram de referência para a realização dos diagnósticos ambientais.

A delimitação da área de influência de um empreendimentos resulta da espacialização territorial dos impactos diretos e indiretos previstos e avaliados durante a etapa de avaliação de impactos.

Para o empreendimento Porto do PIM, as áreas de influência foram propostas com base na avaliação dos diversos impactos previstos, considerando os meios físico, biótico e socioeconômico. Apenas para a Área de Influência Direta (AID) optou-se por diferenciar os limites de influência referentes ao meio físico e biótico daquele proposto para o meio socioeconômico. Isto por que entre os fatores determinantes da influência do empreendimento sobre os aspectos socioeconômicos estão os Distritos Industriais I e II, áreas estas que não têm relação com os impactos dos meios físico e biótico relacionados ao empreendimento.

Sendo assim, as áreas de influência foram definidas conforme segue.

11.5.1 ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA – AII.

Com base nos estudos realizados no EIA concluiu-se que a área real ou potencialmente ameaçada pelos impactos indiretos da implantação e operação do Porto do PIM se restringe, em sua porção terrestre, à área urbana do município de Manaus. Para sua delimitação foi considerado o limite dos bairros de Manaus, com base na Cartografia Digital do IBGE, tendo ainda como limite a oeste o igarapé do Tarumã-Açu e a leste o rio Puraquequara. No trecho aquático, a AII foi definida como o trecho do rio Negro no município de Manaus tendo como limite à montante do Porto do PIM a ponte sobre o rio Negro e, à jusante, a extensão do rio Puraquequara.

Esta delimitação se deve ao fato de a avaliação dos impactos ter demonstrado a ausência de relação significativa entre a área rural do município de Manaus, o território dos municípios de Iranduba e Careiro da Várzea, e os impactos indiretos decorrentes da implantação e operação do Porto do PIM. O limite da AII proposta para o empreendimento Porto do PIM se encontra no Desenho AI 11.5-1.

11.5.2 ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA – AID.

Área sujeita aos impactos diretos das etapas de implantação e operação do empreendimento. Considerando as particularidades do empreendimento e a av aliação dos impactos previstos entendeu-se por bem propor áreas de influência direta com limites distintos, uma área para os meios físico e biótico, e outra área para o meio socioeconômico.

AID referente aos meios físico e biótico: o diagnóstico ambiental mostrou que o potencial de contaminação das águas do rio Negro decorrente da implementação do Porto do PIM é muito pequeno, isto devido, principalmente, à enorme vazão do rio Negro nesse trecho. Com isso, a chance de ocorrer eventual degradação da qualidade das águas do rio nesse trecho é muito pequena, e de atingir trechos á j usante é ainda menor. Ou seja, o rio Negro não é fator determinante para a d efinição dos limites da AID. Dessa forma, a p orção aquática da AID se baseou em outros parâmetros, como os limites das áreas projetadas para as manobras das embarcações (bacias de evolução) e a localização dos pontos de coleta de água PA-01 a PA-04, a serem considerados na etapa de monitoramento.

Page 161: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 11 97

Na parte terrestre, a delimitação da AID preliminar se baseou nos limites das microbacias dos igarapés vizinhos à A DA. Considerando agora que, com relação aos meios físico e biótico, os impactos mais significativos estão associados à fauna, principalmente à ocorrência do sauim-de-coleira, optou-se por delimitar a p orção terrestre da AID do empreendimento com base na ocorrência de fragmentos de vegetação remanescentes no entorno do Porto do PIM.

Dessa forma, a delimitação da AID do empreendimento Porto do PIM no tocante aos meios físico e biótico é a representada no Desenho AI 11.5-2 a seguir.

AID referente ao meio socioeconômico: o diagnóstico ambiental mostrou, como já era previsto, a forte relação do empreendimento com as indústrias do Polo Industrial de Manaus. Dessa forma, entende-se que os Distritos Industriais I e II, áreas que concentram as indústrias atualmente em operação assim como os empreendimentos industriais futuros, devem fazer parte da AID do empreendimento. A parte terrestre da AID deve incluir, também, toda a ADA e toda a área de expansão do porto organizado, área esta que originou todos os estudos voltados ao empreendimento e que engloba aspectos ambientais importantes, como a empresa de transporte de cargas do Grupo J.F. Oliveira Navegações, o Porto da Ceasa, a Vila da Felicidade, entre outros.

Quanto à porção aquática da AID, da mesma forma que para os meios físico e biótico, foi sugerida a área projetada para as manobras das embarcações (bacia de evolução sugerida), delimitada considerando manobras em áreas com diâmetro de 500 metros. Essa área envolve os trechos de navegação eventualmente conflitantes com as atividades já existentes de transporte de cargas (Ro-Ro caboclo) e com o trajeto das balsas que partem do Porto da Ceasa.

Assim sendo, a delimitação da AID do empreendimento Porto do PIM no tocante ao meio socioeconômico é a representada no Desenho AI 11.5-3 a seguir.

11.5.3 ÁREA DIRETAMENTE AFETADA – ADA.

Definida como a área que sofrerá intervenções diretas em função das atividades de implantação e operação do empreendimento, teve como base a d elimitação da área diretamente afetada preliminar, mas foi acrescida do trecho no qual foi identificado, durante a fase de diagnóstico, o sítio arqueológico Siderama.

Este acréscimo se deve ao fato de a implantação do empreendimento implicar o resgate do patrimônio arqueológico identificado. Desta forma, o entendimento é de que, para implantar o Porto do PIM é necessário intervir na área do sítio arqueológico para promover o resgate.

O limite da Área Diretamente Afetada pelo Porto do PIM se encontra no Desenho AI 11.5.4.

Concluindo, entende-se que as áreas de influência ora propostas para o Porto do PIM envolvem os principais impactos ambientais decorrentes da implementação desse empreendimento, tanto na porção terrestre quanto na porção aquática, tendo como principais fatores determinantes para a sua definição os aspectos da fauna (principalmente a terrestre), aspectos da economia regional (Polo Industrial de Manaus), aspectos do ordenamento aquaviário (interferência com outras atividades portuárias no entorno) e aspectos culturais (patrimônio arqueológico).

Page 162: EIA Porto Do PIM - Volume 5

98

DDEESSEENNHHOO AAII 1111..55--11:: AAIIII DDOO PPOORRTTOO DDOO PPIIMM

Page 163: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIMESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIAMAPA DE COBERTURA VEGETAL

1:10.000 JUNHO/2011 ANEXO 7

ASSUNTO

ESCALA DATA DESENHO

Rio Negro

Rio Amazonas

Rio Solimões

Igarap

é d

oRio Puraquequara

Taru

Açu

150.000

150.000

9.650

.000

9.650

.000

ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA DO PORTO DO PIM

JULHO/2012 AI 11.5-1

µ

Porto do PIM

AII - Área de Influência Indireta do Porto do PIMPROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)

0 2 4 61km

FUSO 21 SULDATUM HORIZONTAL: SAD-69

ESCALA GRÁFICA

Fontes: - Inpe: Imagem Landsat TM5 – 231/062(27/07/2010), 231/061 (31/08/2011), 230/062(02/08/2009), 230/061(08/08/2011) - IBGE: Malha digital municipal 1:2.500.000, estado do Amazonas, formato shape file, lat/long, sad-69, 13mu2500gsd

1:70.000

Page 164: EIA Porto Do PIM - Volume 5

99

DDEESSEENNHHOO AAII 1111..55--22:: AAIIDD DDOO PPOORRTTOO DDOO PPIIMM ((MMEEIIOO FFÍÍSSIICCOO EE BBIIÓÓTTIICCOO))

Page 165: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIMESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIAMAPA DE COBERTURA VEGETAL

1:10.000 JUNHO/2011 ANEXO 7

ASSUNTO

ESCALA DATA DESENHO

!(

!(

!(

!(

Município deManaus

Siderama

Vila da Felicidade

Porto da Ceasa/Balsa

empresa de transporte de cargas doGrupo J. F. Oliveira Navegação

Refinaria(REMAN)

Refinaria(REMAN)

PA-04

PA-03

PA-02

PA-01

Rio Negro

Ig. da

Refi

naria

Ig. do Mauazinho

Ig. do Cururu

Ig. do

Mau

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170.000

170.000

172.000

172.000

174.000

174.000

9.652

.000

9.652

.000

9.654

.000

9.654

.000

ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DO PORTO DO PIM - MEIO FÍSICO E MEIO BIÓTICO

JULHO/2012 AI 11.5-2

µ

Manaus

Careiro

Iranduba Careiro da Várzea

Manaquiri

Rio Preto da Eva

Manacapuru

Autazes Autazes

Áreas de InfluênciaADA - Área Diretamente Afetada do Porto do PIM

AID - Área de Influência Direta do Porto do PIM dos Meios Físico e Biótico

!( Pontos de coleta de água superficial PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)

0 250 500125m

FUSO 21 SULDATUM HORIZONTAL: SAD-69

ESCALA GRÁFICA

Fontes: - PMM - Prefeitura Municipal de Manaus: base hidrográfica do Mapa de Zoneamento digital;- Engemap: Imagem de satélite Worldview-2, 14/06/2010 e 27/08/2010- Google Earth: Imagem de satélite Geoeye, 2/8/2010

1:7.000

Page 166: EIA Porto Do PIM - Volume 5

100

DDEESSEENNHHOO AAII 1111..55--33:: AAIIDD DDOO PPOORRTTOO DDOO PPIIMM ((MMEEIIOO SSOOCCIIOOEECCOONNÔÔMMIICCOO))

Page 167: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIMESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIAMAPA DE COBERTURA VEGETAL

1:10.000 JUNHO/2011 ANEXO 7

ASSUNTO

ESCALA DATA DESENHO

Município deManaus

Município deCareiro da Várzea

Glória

Redenção

Alvorada

Dom Pedro

Educandos

São Jorge

Terra Nova

Novo Israel

Santa Luzia

CachoeirinhaSão Raimundo

Bairro da Paz

Colônia Santo Antônio

Parque das Laranjeiras

Nossa Senhora das Graças

Nossa Senhora de Aparecida

Ig. do Bind

á

Ig. do Bis

Rio Negro

Ig. do Mindu

Rio Amazonas

Ig. do AleixoRio Solimões

Ig. do Quarenta

Ig. dos Franceses

Ig. da

Refi

naria

Ig. do Mauazinho

Ig. da

Serra

ria

Ig. do

Mau

á

Ig. dos Educandos

Ig. da VovóLago Joanico

Lago do Aleixo

Ig. da

Lenh

a

Ig. da

Cac

hoeir

inha

Ig. da Freira

Ig. Sã

o Raim

undo

Ig. do Franco

Ig. de

Petró

polis

Ig. M

estre

Chic

o

Ig. Ca

choe

ira G

rande

Ig. Castelhana

Ig. de Manaus

Ig. do Cururu

Rio Negro

165.000

165.000

170.000

170.000

175.000

175.000

180.000

180.000

185.000

185.000

9.655

.000

9.655

.000

9.660

.000

9.660

.000

9.665

.000

9.665

.000

ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DO PORTO DO PIM - MEIO SOCIOECONÔMICO

JULHO/2012 AI 11.5-3

µ

ADA - Área Diretamente Afetada do Porto do PIM

AID - Área de Influência Direta do Porto do PIM do Meio SocioeconômicoPROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)

0 0,5 1 1,5 2 2,50,25km

FUSO 21 SULDATUM HORIZONTAL: SAD-69

ESCALA GRÁFICA

Fontes: - PMM - Prefeitura Municipal de Manaus: base hidrográfica do Mapa de Zoneamento digital;- Google Earth: Imagem de satélite Geoeye, 2/8/2010

1:30.000

Page 168: EIA Porto Do PIM - Volume 5

101

DDEESSEENNHHOO AAII 1111..55--44:: AADDAA DDOO PPOORRTTOO DDOO PPIIMM

Page 169: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIMESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIAMAPA DE COBERTURA VEGETAL

1:10.000 JUNHO/2011 ANEXO 7

ASSUNTO

ESCALA DATA DESENHO

!(!(!(!(!(!(!(!(!(!(!(!(

!(!(!(!(!(!(!(

!(!(!(!(!(!(!(

!(

Siderama

empresa de transporte de cargas do Grupo J. F. Oliveira Navegação

Porto da Ceasa/Balsa

Vila da Felicidade

Refinaria(REMAN)

Refinaria(REMAN)

Marinha

Ig. da

Refi

naria

Rio Negro

Ig. do Cururu

171.000

171.000

172.000

172.000

173.000

173.000

174.000

174.000

9.652

.000

9.652

.000

9.653

.000

9.653

.000

9.654

.000

9.654

.000

ÁREA DIRETAMENTE AFETADA DO PORTO DO PIM

1:5.000 JULHO/2012 AI 11.5-4

µ

Manaus

Careiro

Iranduba Careiro da Várzea

Manaquiri

Rio Preto da Eva

Manacapuru

Autazes Autazes

ADA - Área Diretamente Afetada do Porto do PIM

Limite da Área Diretamente Afetada (Área de Estudo)

!( Pontos de Levantamento Arqueológico (Sítio Siderama)

PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)

0 0,1 0,2 0,3 0,40,05km

FUSO 21 SULDATUM HORIZONTAL: SAD-69

ESCALA GRÁFICA

Fontes: - PMM - Prefeitura Municipal de Manaus: base hidrográfica do Mapa de Zoneamento digital;- Engemap: Imagem de satélite Worldview-2, 11/07/2011

Page 170: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 102

12. PLANOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS

Os Planos e Programas Ambientais são elaborados com base na etapa de avaliação dos impactos ambientais, com o objetivo de propor, de forma articulada, as diversas medidas para evitar, minimizar ou simplesmente compensar os impactos negativos esperados.

Para esta etapa do licenciamento ambiental (solicitação de Licença de Instalação), os planos e programas são apresentados contendo as diretrizes para a sua implementação com o detalhamento compatível com a etapa na qual se encontra o projeto. A proposição dos programas se baseou também no Termo de Referência emitido pelo IPAAM e também na experiência da equipe técnica que elaborou o EIA/Rima.

12.1 INTRODUÇÃO

Da análise de informações básicas sobre o projeto e sobre a área de estudo, o IPAAM emitiu o Termo de Referência nº 005/11 – GEPE, com o objetivo de orientar a elaboração do EIA/Rima para o Porto do PIM. Com relação aos programas ambientais, o Termo de Referência trouxe, além de diretrizes gerais para o conteúdo dos mesmos, uma relação com os principais programas a serem desenvolvidos, deixando aberta a inclusão de outros programas que eventualmente se fizessem necessários.

Todos os programas sugeridos no Termo de Referência foram incorporados ao escopo deste EIA, com exceção do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas e Passivos Ambientais, e cabe aqui a justificativa para isso.

Como o próprio Termo de Referência cita, o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas deve enfatizar as áreas de empréstimo, bota-foras, áreas de apoio e canteiros-de-obra. Contudo, por conta de especificidades do projeto ora analisado, veremos que não se justifica um programa específico para tais medidas.

O canteiro de obras do projeto do Porto do PIM foi projetado para a área onde futuramente, na Fase 04 de implantação do empreendimento, será implantado o Pátio de Contêiner PC 5. Atualmente existe nessa área um grande galpão coberto, abandonado desde a desativação da antiga Siderama. Sendo assim, a i mplantação do canteiro não requer movimentação de terra, supressão de vegetação ou intervenção em áreas de preservação permanente, pois aproveitará áreas já pavimentadas e parcialmente cobertas. Em sua fase de desativação, não serão necessárias medidas de estabilização ou controle, mas apenas medidas de limpeza, remoção e destinação adequada de eventuais resíduos, conforme diretrizes estabelecidas no Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Não está contemplada no projeto a implantação de alojamento para os funcionários durante a fase de implantação. Isto se justifica pelo fato de a contratação desses funcionários priorizar moradores da região de Manaus.

Quanto ao projeto de terraplenagem, considerando as características do solo, foi possível projetar os pátios de forma a compensar os volumes de corte e de aterro. Para tanto, foram consideradas as condições mínimas de estabilidade dos taludes de corte e aterro, variando as cotas de piso de cada pátio até atingir volumes semelhantes de corte e aterro. Com isto, não haverá a necessidade de empréstimo de solo ou de áreas para disposição de resíduos (bota-fora). Caso seja, futuramente, detectada a necessidadae de empréstimo de solo ou a geração de bota-fora que requeira área para disposição, o órgão de licenciamento ambiental será previamente consultado para o licenciamento dessas áreas.

Page 171: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 103

Dessa forma, o potencial de degradação de áreas de apoio se torna bastante reduzido.

Os principais locais que requerem medidas de recuperação são os setores objeto da terraplenagem e voltados às instalações do terminal, ou seja, as áreas dos pátios de contêiner, os taludes e as vias de acesso.

As medidas para a estabilização e recuperação desses setores se encontram nos Programas de Controle Ambiental, tanto da Construção (PCA-C) quanto da Operação (PCA-O) propostos neste capítulo, como será visto adiante.

As medidas de desativação do canteiro de obras também constam do Programa de Controle Ambiental da Construção (PCA-C).

Com relação aos passivos ambientais herdados de atividades pretéritas, as etapas de investigação realizadas na área de estudo indicaram não haver áreas contaminadas no interior da propriedade (vide item 10.1.9 deste EIA). Apenas foi constatada uma fonte de material oleoso em um antigo dique, que gerou a d ispersão de hidrocarbonetos de petróleo (TPH) pelo solo, porém, em concentrações inferiores aos limites de intervenção estipulados pela legislação específica. Este diagnóstico indica não haver a necessidade de qualquer remediação. Sugere-se, contudo, a r emoção da fonte de TPH para cessar totalmente a geração desse contaminante no solo; a remoção e destinação desse material deverá ocorrer de forma adequada, atendendo às diretrizes do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Por esses motivos, considerando a n ão previsão de degradação relativa às áreas de apoio, considerando não existirem passivos ambientais referentes ao uso pretérito da área e, considerando a incorporação de medidas de recuperação contidas nos Progrmas de Controle Ambiental da Obra e da Operação, entendemos que as poucas medidas de recuperação já estão contempladas no escopo dos programas como um todo, não havendo a necessidade de propor um programa específico para a recuperação de áreas degradadas.

Portanto, em termos de recuperaçao de áreas degradadas e de passivos ambientais, as medidas contempladas neste programa se concentrarão nas atividades de revegetação, seja para a proteção dos taludes, para a arborização paisagística ou mesmo para o estabelecimento de uma cortina vegetal.

Page 172: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 104

12.2 PROGRAMAS

Considerando as características do empreendimento e da área proposta para a sua implantação, considerando a p revisão e avaliação dos potenciais impactos ambientais, considerando a necessidade de propor medidas que visem evitar, minimizar ou compensar os impactos ambientais previstos e, considerando o conteúdo do Termo de Referência emitido pelo IPAAM, foram propostos neste EIA/Rima os programas relacionados e descritos a seguir:

• Plano de Gestão Ambiental;

• Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;

• Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos;

• Plano de Controle Ambiental da Construção – PCA-C;

• Programa de Monitoramento da Qualidade da Água;

• Programa de Monitoramento da Qualidade dos Sedimentos;

• Programa de Mnitoramento da Fauna e Bioindicadores;

− Subprograma de Monitoramento da Fauna de Vertebrados Terrestres;

− Subprograma de Monitoramento do Sauim-de-Coleira;

− Subprograma de Monitoramento da Biota Aquática.

• Programa de Controle de Supressão de vegetação e Resgate da Fauna:

• Programa de Controle de Vetores e Pragas Urbanas;

• Programa de Prospecção e Resgate Arqueológico;

• Programa de Controle Ambiental da Operação – PCA-O;

• Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores;

• Programa de Comunicação Social;

• Programa de Prevenção de Endemias, e

• Programa de Compensação Ambiental.

Para melhor entendimento da estruturação dos programas propostos e da relação entre os mesmos, a Figura 12.2-1 a seguir indica o organograma dos diversos planos e programas ambientais propostos, contendo os subprogramas e os procedimentos gerais para a elaboração dos planos de emergência, cujo conteúdo será apresentado com detalhe na etapa seguinte do licenciamento ambiental.

Os planos e programas propostos serão implementados nas diversas fases do empreendimento, alguns desde a e tapa de planejamento, outros apenas na fase de operação e, muitos deles, ao longo de mais de uma etapa do empreendimento. As etapas de implementação de cada programa constam do texto de descrição de seu conteúdo, no item “etapa do empreendimento”.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 105

FIGURA 12.2-1: Organograma dos planos e programas propostos para o empreendimento Porto do PIM.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 106

12.2.1 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

O Plano de Gestão Ambiental (PGA) aborda os procedimentos de gestão ambiental do empreendimento e representa a e struturação de um Sistema de Gestão Integrada de Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional.

O PGA constitui a sistematização de um conjunto de medidas gerenciais necessárias para garantir, melhorar ou ampliar o desempenho ambiental do empreendimento conferindo efetividade ao EIA, juntamente com os requisitos de segurança e de saúde ocupacional, e que deverão ser implementadas ao longo do ciclo de vida do terminal portuário.

São objetivos do PGA:

− O gerenciamento ambiental da implementação global do empreendimento, na qual estão incluídas as exigências e recomendações do processo de licenciamento ambiental do empreendimento (LP, LI e LO), inclusive todos os Programas Ambientais propostos no EIA, funcionando como um programa de acompanhamento e monitoramento do atendimento a essas exigências;

− A verificação do atendimento às ações de mitigação dos impactos ambientais propostas no âmbito dos estudos desenvolvidos para o licenciamento ambiental do empreendimento, ações essas resultantes das atividades/processos da empresa, a serem conduzidas de forma sistêmica e não pontual;

− A verificação do atendimento aos aspectos ambientais das normas e procedimentos internos do terminal portuário, às normas ABNT e legislação específica durante o licenciamento, a construção e a operação do empreendimento.

O escopo do PGA deve considerar dois grandes conjuntos de atividades principais:

− Atividades de Supervisão Ambiental das obras do terminal portuário;

− Atividades de Supervisão dos Programas Ambientais e Licenças Obtidas não vinculadas diretamente à construção.

O PGA é voltado à equipe de funcionários e representantes do terminal portuário – Gerentes, Supervisores e Inspetores Ambientais, e funcionários especialmente designados – que irão acompanhar todo o processo de gestão ambiental da implantação e operação do empreendimento. Além disso, o PGA deverá desenvolver atividades nas etapas de Planejamento, Construção e Operação do empreendimento.

Este sistema de gestão ambiental geralmente é elaborado com base na norma NBR-ISO 14.001, incorporando e obedecendo aos preceitos das normas NBR-ISO 9001/2000, NBR ISO 14001/2004 e OHSAS 18001/2007.

12.2.1.1 APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

Este Plano de Gestão Ambiental (PGA) consiste em importante ferramenta para evitar ou a mitigar os impactos provocados pela implantação e operação do Porto do Polo Industrial de Manaus, gerenciado pela APM Terminals da Amazônia Participações Ltda. – APM. O PGA define o processo gerencial a ser adotado visando à boa execução das diversas medidas propostas com o objetivo acima mencionado.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 107

A administração das atividades previstas envolve a estruturação de um sistema capaz de gerenciar a realização dos serviços técnicos de acompanhamento, controle, avaliações (quantitativas e qualitativas), bem como o acompanhamento da execução das obras e das atividades de operação, sob os seguintes pontos de vista:

• Do atendimento integral da legislação ambiental em vigor, tanto de âmbito Federal, como Estadual e Municipal;

• Do estrito atendimento ao acordado com os organismos responsáveis pelo licenciamento do empreendimento;

• Do cumprimento das normas internas e procedimentos do Porto do PIM; e

• Da motivação de melhoria contínua.

O Porto do PIM consiste em um terminal portuário capaz de promover a movimentação de carga geral (carga e descarga), acondicionada em contêineres e relacionada a navios tipo Panamax e de cabotagem.

Cabe inicialmente destacar que, o empreendimento Porto do PIM, objeto do licenciamento ambiental, em fase de solicitação de Licença de Instalação para a qual se apresenta este Programa, no âmbito do EIA, constitui-se em um terminal portuário sob responsabilidade da empresa APM Terminals da Amazônia Participações Ltda., na condição de empresa ganhadora do certame público de convocação estabelecido pela Secretaria Especial de Portos da Presidência da República (SEP- PR) por meio da Portaria SEP nº 174/2010, para elaboração de projeto básico e estudos de empreendimento portuário visando a implantação do Porto do PIM.

É importante ressaltar também que a APM Terminals da Amazônia Participações Ltda., apesar de ter elaborado o projeto básico vencedor do concurso e o EIA-Rima do Porto do PIM, não necessariamente será a empresa que obterá a concessão para a exploração do porto, já que a licitação é pública e outras empresas podem participar.

Desta forma, optou-se por elaborar um programa que não seja moldado a um sistema de gestão pré-determinado, e sim um programa que permita adaptações e possa se encaixar na gestão de empresas que tenham uma estrutura mínima para acompanhamento das ações propostas no âmbito deste programa.

Dentro deste contexto, para atender à demanda projetada, o Porto do PIM está projetado para ser implantado em quatro fases, com os cinco pátios de contêineres sendo construídos ao longo dessas fases, sendo que todas as edificações serão construídas na Fase 1, conforme descrito no Capítulo 8 deste EIA, que aborda a caracterização do empreendimento.

As fases de implantação estão distribuídas ao longo de 17 anos, com previsão de início em 2015 e de termino em 2032, e incluem etapas que contemplam a demolição das estruturas existentes na área da antiga Siderama, com geração de resíduos de construção associados a esta atividade.

O fato de ocorrerem obras paralelamente à o peração do porto, conforme mencionado acima, reforça a importância da existência de um Programa de Gestão Ambiental que inclua em sistema de gestão integrado que não aborde somente os períodos de implantação, mas que inclua também a Fase Operação do empreendimento.

No EIA do Porto do PIM foram propostos 15 programas ambientais, com características específicas, no intuito de evitar e mitigar impactos ambientais negativos e potencializar impactos

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 108

positivos, além do enfoque à segurança e à saúde ocupacional desde a implantação até a fase de operação do empreendimento.

O Plano de Gestão Ambiental centraliza e acompanha as atividades previstas nos diversos Programas Ambientais propostos, tendo, ainda, a função de conferir efetividade ao EIA. Ou seja, o PGA constitui em instrumento gerencial que permite a implementação e efetiva operacionalização dos programas ambientais

Além disso, representa um passo importante na estruturação de um Sistema de Gestão Integrada de Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional, com base nas Normas NBR ISO 9001:2008, 14.001:2004 e OHSAS 18.001:2007, uma vez que, para atender aos requisitos mínimos e o Termo de Referência para a realização de auditorias ambientais estabelecidos na Resolução Conama nº 306/02, o Porto do PIM deverá contar com um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) estruturado e implantado, que possa controlar seus impactos significativos sobre o meio ambiente e melhorar continuamente as operações em cada uma das Unidades de Negócio a serem instaladas no empreendimento.

, tendo em vista o cumprimento da legislação vigente e dos preceitos do licenciamento ambiental, conforme exarado na legislação vigente, com destaque na Lei Federal nº 9.966/00 e na Resolução Conama nº 306/02, que trata da obrigatoriedade da realização de auditorias ambientais independentes.

Os impactos ambientais potenciais previstos para o empreendimento em pauta distinguem-se em suas fases de construção/implantação e de operação. Nesse sentido, visando minimizar os impactos negativos, evitar a geração de novos, bem como potencializar os impactos de caráter positivo, os citados programas são muitas vezes direcionados a cada etapa do processo. No caso do PGA, o plano foi proposto para ser aplicado em ambas as fases, ou seja, tanto na fase de implantação como na fase de operação.

O desenvolvimento do PGA é gerenciado pelo emprendedor, neste caso, a empresa que se sair vencedora de um processo licitatório para a concessão do “novo porto de Manaus”. O empreendedor deverá montar uma equipe (comitê) composta por profissionais capacitados a supervisionar, coordenar e gerenciar os programas propostos, propiciando adequada integração entre as ações e os agentes envolvidos. A equipe executora é qualificada para atender aos objetivos específicos de cada programa em suas respectivas especialidades, a qual inclui, além de profissionais diretamente contratados pelo empreendedor, profissionais ligados às empresas contratadas e consultores especializados.

Além da equipe de coordenação e especialistas, a estrutura de gestão ambiental requer a participação da alta direção do empreendimento, de forma a dar consistência e atuar nos processos de execução dos programas ambientais, principalmente pela participação em análises críticas periódicas e disponibilização de recursos físicos e financeiros para atendimento às metas estabelecidas.

12.2.1.2 OBJETIVOS

12.2.1.2.1 OBJETIVO GERAL

O Plano de Gestão Ambiental – PGA tem como objetivo principal avaliar o desempenho do sistema de gestão e o controle ambiental de sua instalação durante a implantação e operação do empreendimento, tendo em vista o cumprimento da legislação vigente e dos preceitos do licenciamento ambiental, além de constituir a sistematização de um conjunto de medidas gerenciais necessárias para melhorar ou ampliar o desempenho ambiental do empreendimento, juntamente com os requisitos de Segurança e de Saúde Ocupacional, e que serão paulatinamente implementados ao longo do ciclo de vida do Porto do PIM por meio de um Sistema de Gestão Ambiental Integrada.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 109

Entendem-se como objetivos gerais do PGA:

• Dotar o empreendedor de mecanismos eficientes de gerenciamento ambiental que garantam a execução das ações previstas no EIA, de forma articulada e integrada, visando manter o padrão de qualidade ambiental nas fases de implantação e operação;

• Garantir que todos os Programas Ambientais do EIA sejam desenvolvidos com estrita observância às legislações federal, estadual e municipal, e também sejam realizados nos prazos e de acordo com as condições estabelecidas para cada um deles, viabilizando a obtenção e renovações das licenças perante os órgãos de licenciamento ambiental;

• Garantir que os serviços sejam executados, visando maximizar a obediência aos preceitos de desenvolvimento sustentável;

• Garantir a interface entre as atividades de engenharia, de meio ambiente, de saúde e de segurança e da sociedade, direta e indiretamente, envolvida.

12.2.1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Entendem-se como objetivos específicos do PGA:

• Verificar o atendimento às ações de mitigação dos impactos ambientais propostas no âmbito dos estudos desenvolvidos para o licenciamento ambiental do empreendimento, ações essas resultantes das atividades e processos a serem conduzidos de forma sistêmica e não pontual;

• Promover o gerenciamento ambiental do empreendimento, no qual estão incluídas as exigências e recomendações do processo de licenciamento ambiental do empreendimento (LP, LI e LO), inclusive todos os programas ambientais propostos no EIA para as fases de implantação e operação, funcionando como um plano de acompanhamento e de monitoramento do atendimento a essas exigências;

• Verificar o atendimento à legislação específica, às normas da ABNT e às normas internas e procedimentos do Porto do PIM, durante a implantação e operação do empreendimento.

12.2.1.3 INDICADORES E METAS

A meta global da gestão ambiental proposta é garantir a adequada implantação e operação do Porto do PIM, observando todas as ações programadas para a prevenção, mitigação, acompanhamento e compensação de impactos ambientais potenciais negativos e a respectiva implementação de eventuais medidas corretivas, caso seja necessário, assim como às medidas para a potencialização dos impactos ambientais positivos.

Estabeleceu-se como meta global o cumprimento de 100% ao ano dos compromissos assumidos no EIA para as etapas de implantação e operação, das condicionantes que constam das licenças ambientais, bem como, das deficiências eventualmente apontadas nos “relatórios de acompanhamento” de cada programa, elaborados periodicamente, atendendo a c ronograma específico elaborado para cada programa.

Além da meta global, são metas específicas deste PGA:

• Cumprir todas as especificações contidas no EIA;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 110

• Otimizar os recursos físicos e financeiros previstos e interação de programas e profissionais envolvidos;

• Demonstrar a e ficácia das medidas corretivas das não-conformidades identificadas pela supervisão das obras e das operações do empreendimento;

• Acompanhar os indicadores estabelecidos para a adequada avaliação dos resultados dos planos e programas;

• Acompanhar as etapas de implantação do empreendimento no que diz respeito à obtenção e ao atendimento às autorizações e futuras licenças ambientais e respectivas exigências ou condicionantes;

• Auditar o Sistema de Gestão das empreiteiras e do Porto do PIM, quando em operação, acima de 90% no semestre e 100% no ano, incluindo os compromissos assumidos no EIA, na legislação ambiental e nas condicionantes das licenças ambientais, apurados nos Relatórios de Auditorias Ambientais realizados semestralmente e nos “Relatórios de acompanhamento de cada programa”.

O estabelecimento das metas ambientais, mensuráveis e coerentes com os objetivos e principalmente com a política ambiental do Porto do PIM, será realizado com a apuração do histórico de registros das atividades e do desempenho ambiental do empreendimento.

Cabe ressaltar que, no caso da fase de operação, além da auditoria de “primeira parte”, realizada internamente, envolvendo a an álise das evidências objetivas que permitam determinar se a operação do Porto do PIM atende aos critérios estabelecidos nos dispositivos legais que regem a matéria, bem como, às recomendações e exigências do processo de licenciamento ambiental, haverá ainda uma auditoria ambiental de “segunda parte”, proposta para ser efetuada com frequência bienal e de forma independente, conforme exarado na Lei Federal nº 9.966/00 e, principalmente, na Resolução Conama nº 306/02.

A critério da equipe de coordenação da gestão ambiental, caso o indicador de desempenho do PGA se mostre estabilizado, atingindo valor constante em medições periódicas consecutivas, a meta deve ser revista para um valor mais desafiador; caso se mostre ineficaz, outro indicador será estabelecido.

No Quadro 12.2.1.3-1 são apresentados os indicadores e as metas dos planos e programas previstos no âmbito do EIA, os quais têm como objetivo otimizar o sistema de avaliação dos resultados obtidos em cada um deles, sejam relacionados aos impactos potenciais negativos ou aos efeitos benéficos previstos para o empreendimento.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 111

QUADRO 12.2.1.3-1: Indicadores de desempenho de Segurança do trabalho, Meio ambiente e Saúde ocupacional (SMS) dos Programas Ambientais do PIM.

Programas/Planos Objetivo Meta Descrição do Indicador de Desempenho Evidência

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

- Estabelecer procedimentos para prever os principais resíduos sólidos a serem gerados; - Gerir corretamente os resíduos sólidos oriundos das obras e das atividades de operação; - Priorizar a reciclagem dos resíduos passíveis de reciclagem; - Garantir a adoção, por parte dos trabalhadores envolvidos nas obras e na operação, de procedimentos elaborados para o correto gerenciamento dos resíduos sólidos, - Controlar os resíduos sólidos gerados durante a fase de implantação e operação do empreendimento, desde sua geração até a destinação final; e - Promover a destinação final ambientalmente adequada para os resíduos sólidos gerados.

- Inventariar 100% dos resíduos sólidos gerados nas fases de implantação e de operação do Porto do PIM e seus respectivos quantitativos; - Promover os corretos: manuseio, segregação, coleta, acondicionamento, armazenamento, transporte e destinação final dos resíduos gerados na obra e na operação do empreendimento; - Reciclar 100% dos resíduos passíveis de reciclagem; - Conscientizar 100% dos trabalhadores para os preceitos do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, por meio do Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores; - Destinar os resíduos gerados para locais devidamente certificados pelos órgãos ambientais competentes para o recebimento desses resíduos; - Fiscalizar, continuamente, as atividades geradoras de resíduos sólidos durante as diferentes fases do empreendimento.

- Percentual de resíduos gerados em cada frente de obras, por tipo de resíduo; - Percentual de não conformidades identificadas na obra, em relação ao correto gerenciamento dos resíduos sólidos; - Percentual de resíduos recicláveis encaminhados para o programa de reciclagem; - Percentual da força de trabalho participante do Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores; - Percentual de resíduos sólidos inventariados; - Percentual de “metas estipuladas X metas atingidas”

Registro periódico diário/semanal realizado na planilha de “Controle de Geração e Destinação de Resíduos” (CGDR), gerada pelas empreiteiras e pelo SMS, na fase de construção, e pelo SMS na fase de operação. Na fase de construção, Relatórios/Planilhas de acompanhamento deverão ser apresentados semanalmente ao SMS do Porto do PIM

Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos

Garantir que os efluentes gerados e/ou tratados apresentem conformidade com os padrões de lançamento estipulados pela legislação em vigor; Garantir a adoção, por parte dos trabalhadores, dos procedimentos estipulados no presente Programa; Garantir o cumprimento dos procedimentos descritos nesse programa e consequentemente o sucesso no gerenciamento dos aspectos levantados.

Promover o tratamento adequado de 100% dos efluentes gerados, de forma a atender aos padrões de lançamento estipulados pela legislação pertinente; Promover a correta segregação e destinação final de 100% dos efluentes gerados nas obras e nas atividades de operação; Conscientizar 100% dos trabalhadores para os procedimentos a serem adotados com relação ao correto gerenciamento dos efluentes líquidos gerados;

Percentual de efluentes tratados, em conformidade aos padrões ambientais estipulados; Percentual de efluentes corretamente segregados e destinados; Percentual da força de trabalho conscientizada sobre os procedimentos para gerenciamento dos efluentes

Laudos de análises químicas, folhas de leitura, relatórios, etc, apresentados semanalmente ao SMS do Porto do PIM, com recomendações para medidas de controle e de mitigação

Plano de Controle Ambiental da Construção - PCA - C

Identificar para cada atividade a ser desenvolvida nas diversas fases de obras, os aspectos e impactos ambientais significativos e os perigos e riscos à saúde e segurança dos trabalhadores; Propor ações e medidas de controle ambiental, segurança do trabalhador adequadas; Identificar e assegurar o atendimento pleno à legislação, regulamentos, normas técnicas e exigências do licenciamento Acompanhar e verificar a efetiva incorporação das ações e medidas de controle previstas no PCA-C. Alinhar os procedimentos de controle ambiental das fases de construção, com as atividades de operação que se desenvolverão simultaneamente

Atender a todos os aspectos da legislação, principalmente ambiental e ocupacional; Minimizar os impactos ambientais decorrentes do processo construtivo e os impactos à população diretamente afetada; Reduzir ao máximo os riscos inerentes a execução das obras, principalmente no que se refere à geração de passivos ambientais; e Manter a total integridade da imagem pública do empreendimento

Indicador de Comportamentos Seguros - Construção Relatórios de Inspeções Comportamentais

Programa de Monitoramento da Qualidade da Água

Monitoramento da qualidade das águas superficiais, por meio da avaliação periódica das características físicas e químicas da água nas áreas de influência do empreendimento (ADA e AID), em comparação com as condições e aos padrões de qualidade estabelecidos pela Resolução CONAMA 357/05, em face dos possíveis impactos decorrentes de sua implantação e operação.

Garantir que as atividades desenvolvidas no empreendimento não resultem na alteração da qualidade das águas superficiais nas imediações do empreendimento e executar o monitoramento periódico da mesma.

Percentual de amostras em conformidade aos padrões ambientais estipulados

Relatórios técnicos elaborados para cada campanha amostral, na frequência a ser definida pelo órgão ambiental

Programa de Monitoramento da Qualidade dos Sedimentos

Monitoramento da qualidade dos sedimentos superficiais, por meio da avaliação das características física e químicas dos sedimentos nas áreas de influência do empreendimento (ADA e AID) em comparação com os valores orientadores estabelecidos pela Resolução CONAMA 344/04, em face dos possíveis impactos decorrentes de sua implantação e operação.

Garantir que as atividades desenvolvidas no empreendimento não resultem na alteração da qualidade dos sedimentos superficiais nas imediações do empreendimento.

Atendimento aos Requisitos Legais e Institucionais

Relatórios técnicos elaborados para cada campanha amostral

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 112

QUADRO 12.2.1.3-1: Indicadores de desempenho de Segurança do trabalho, Meio ambiente e Saúde ocupacional (SMS) dos Programas Ambientais do PIM.

Programas/Planos Objetivo Meta Descrição do Indicador de Desempenho Evidência

Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores

Subprograma de Monitoramento da Fauna de Vertebrados Terrestres

Realizar campanhas de monitoramento da avifauna, mastofauna e herpetofauna. Enriquecer as informações disponíveis sobre a riqueza, diversidade e composição das espécies da fauna de vertebrados terrestres, nas proximidades das áreas de instalação; Registrar a ocorrência e uso dos hábitats de espécies ameaçadas dos grupos estudados nas proximidades das áreas do Porto do PIM.

Verificar eventuais interferências do empreendimento sobre a fauna, com relação aos seus impactos negativos nas comunidades das áreas de influência do Porto do PIM.

O monitoramento da fauna de vertebrados terrestres será realizado bimestralmente nos dois primeiros anos de operação do empreendimento, trimestralmente do segundo ao quarto anos de operação, e semestralmente a partir do quinto ano.

Relatórios Semestrais com resultados das amostragens

Subprograma de Monitoramento do Sauim-de-Coleira

Realizar campanhas de monitoramento do grupo de sauim-de-coleira identificado na ADA do Porto do PIM antes da implantação do empreendimento; e Propor a melhor alternativa para minimizar o impacto sobre essa espécie. Registrar a ocorrência e uso dos hábitats de espécies ameaçadas dos grupos estudados nas proximidades das áreas de instalação, manutenção e operação do Porto do PIM

Não perder indivíduos de sauim-de-coleira com a implantação do empreendimento; Garantir a adaptação do grupo em seu novo habitat.

O monitoramento do sauim-de-coleira será realizado mensalmente, antes de realocação do grupo. Após a realocação o monitoramento deverá ser bimestral nos dois primeiros anos de operação do empreendimento, trimestral do segundo ao quarto anos de operação, e semestral a partir do quinto ano.

Relatórios Semestrais com resultados do monitoramento

Subprograma de Monitoramento da Biota Aquática

Identificar e quantificar os processos ecológicos na área de influência do Porto do Polo Industrial de Manaus; Avaliar as influências das atividades portuárias sobre a comunidade biológica do entorno do porto; Propor ações que visem melhorar sua qualidade e mitigar os possíveis impactos.

Qualificar eventuais alterações sobre a biota aquática ocasionadas pelo empreendimento; Mitigar eventuais alterações

Amostragens trimestrais nos pontos amostrados no diagnóstico ambiental

Relatórios parciais de monitoramento de todos os grupos; Relatórios encaminhados para o órgão ambiental; Registro das ações de mitigação de impactos.

Programa de Controle de Supressão da Vegetação e Resgate de Fauna

Planejar e coordenar as atividades de corte, desmonte, remoção e transporte da vegetação, buscando uma maior adequação e eficiência dos procedimentos;

Limitar a supressão de vegetação à área estritamente necessária; Garantir o cumprimento de 100% dos procedimentos descritos neste subprograma; Detectar eventuais não-conformidades para aplicação das medidas corretivas cabíveis; Garantir o menor impacto possível em relação à fauna terrestre seja por meio de afugentamento, seja por meio de resgate; Garantir a sobrevivência e integridade da fauna local atingida e translocar espécimes para áreas do entorno não afetadas pela obra.

Elaboração de relatórios de atividades do resgate/relocação dos vertebrados terrestres, com número capturas, pontos de captura, riqueza de espécies e abundância relativa

Ao final da supressão da vegetação será elaborado um relatório técnico conclusivo sobre a atividade e encaminhado ao órgão ambiental competente

Programa de Controle de Vetores e Pragas Urbanas Manter o controle destas espécies a fim de evitar a proliferação e contaminação de cargas e produtos

Desfavorecer o ambiente para proliferação de vetores e pragas

“Planilha de Controle de Pragas” afixada em pontos estratégicos no terminal, indicando o local onde foi observada a presença de pragas

Relatórios mensais de atividades enviados pela empresa contratada, onde constem o número de ocorrências das pragas, o consumo de pesticidas e locais críticos

Programa de Prospecção e Gestão do Patrimônio Arqueológico

Realizar pesquisa no sítio arqueológico Siderama e na ADA do empreendimento, conforme indicado no diagnóstico realizado, de forma que permita sua delimitação e caracterização; Realizar atividades de Educação Patrimonial.

Aprimorar o reconhecimento do terreno já realizado Planejamento do resgate e divulgação do Patrimônio regional e a importância do patrimônio arqueológico amazônico

Prospecção e ações de educação patrimonial

Elaboração do Relatório final e protocolo no IPHAN.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 113

QUADRO 12.2.1.3-1: Indicadores de desempenho de Segurança do trabalho, Meio ambiente e Saúde ocupacional (SMS) dos Programas Ambientais do PIM.

Programas/Planos Objetivo Meta Descrição do Indicador de Desempenho Evidência

Programa de Controle Ambiental da Operação – PCA-O

Identificar para cada atividade a ser desenvolvida no Terminal Portuário, os aspectos ambientais e os perigos voltados à saúde e segurança dos trabalhadores; Propor ações e medidas adequadas de controle ambiental, bem como de saúde e a segurança do trabalhador; Identificar e assegurar o atendimento pleno à legislação, regulamentos, normas técnicas relacionados com o meio ambiente, assim como às exigências e recomendações dos órgãos ambientais; e Acompanhar tecnicamente e verificar a efetiva incorporação das ações e medidas de prevenção e controle previstas no PCA-O, bem como a adoção de medidas corretivas.

Atender a todos os aspectos da legislação, principalmente ambiental e ocupacional; A minimização dos impactos ambientais; A máxima redução dos riscos inerentes à execução das operações, principalmente no que se refere à geração de passivos ambientais; e Manter a total integridade da imagem pública do empreendimento

Indicador de Comportamentos Seguros - Construção Relatórios de Inspeções Comportamentais

Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores

Contribuir para a prevenção e a minimização dos impactos ambientais decorrentes da implantação e operação do empreendimento; Incentivar a formação de hábitos e atitudes seguras; Contribuir para a modificação de hábitos e atitudes dos trabalhadores em relação ao Meio Ambiente, Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional; Viabilizar a participação na gestão do uso dos recursos naturais e na tomada de decisões que afetem a qualidade do meio ambiente; Discutir o papel do indivíduo e da coletividade nos programas de saúde pública e as ações de prevenção contra epidemias, visando assegurar o controle de introdução e disseminação de doenças transmitidas por vetores (DTV) e Doenças Sexualmente Transmissíveis; Desenvolver uma reflexão sobre a importância de preservar a biodiversidade e sobre a ilegalidade da caça, da pesca e da retiradas de flora sem autorização dos órgãos competentes; e Capacitar trabalhadores para identificação de animais peçonhentos, formas de prevenção de acidentes ofídicos;

Promover por meio de um conjunto de ações a reflexão e entendimento da área em Terminal Portuário; Promover a educação ambiental de maneira que seja incluída e integrada como uma prática contínua e permanente; Contribuir para a melhoria da saúde dos trabalhadores por meio de ações educativas e preventivas; Capacitar e reciclar os trabalhadores para desenvolver as tarefas, especialmente aquelas consideradas como de risco ao meio ambiente, à saúde e à segurança do trabalho

Taxa de Frequência de Acidentes com e sem afastamento Indicador de Treinamentos de SMS

Registros de acidentes do SMS do Porto do PIM Registros de Treinamento do SMS do Porto do PIM

Programa de Comunicação Social

Criar um canal de comunicação contínuo entre o empreendedor e a sociedade Desenvolver ações que visem à integração da comunidade com a implantação do Porto do PIM

Manter 100% dos seguimentos identificados como público-alvo informados sobre os aspectos concernentes à obra e sobre os programas ambientais; Realizar reuniões junto ao Poder Público local e as lideranças e entidades comunitárias inseridas nas Áreas de Influências; Identificar e responder 100% dos pleitos, demandas, expectativas e receios da população local; Estabelecer, treinar e orientar 100% dos técnicos de comunicação sobre normas de conduta, segurança e meio ambiente; Reduzir ao máximo os possíveis conflitos e problemas relacionados à implantação do empreendimento; Documentar todo o processo de implantação do Empreendimento (antes, durante e depois da instalação); Esclarecer e informar sobre modificações nos acessos, rotas alternativas e demais alterações aos moradores da Vila Felicidade.

Registro dos principais problemas detectados e apontadas às correções a serem devidamente implementadas

Relatórios bimestrais, nos quais serão

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 114

QUADRO 12.2.1.3-1: Indicadores de desempenho de Segurança do trabalho, Meio ambiente e Saúde ocupacional (SMS) dos Programas Ambientais do PIM.

Programas/Planos Objetivo Meta Descrição do Indicador de Desempenho Evidência

Programa de Prevenção de Endemias Criar medidas que auxiliem na prevenção, controle e monitoramento das doenças endêmicas na área de influência direta do empreendimento

Informar 100% aos seguimentos identificados como público-alvo sobre os aspectos concernentes a prevenção, controle e monitoramento das doenças endêmicas. Realizar reuniões junto aos funcionários do empreendimento e as lideranças comunitárias inseridas nas Áreas de Influências. Documentar os casos de doenças endêmicas em todo o processo de implantação do Porto do PIM (antes, durante e depois da instalação), para um posterior monitoramento do Programa de Prevenção de Endemias. Visitar 100% das localidades afetadas pelo empreendimento, esclarecendo e informando sobre prevenção, controle e monitoramento das doenças endêmicas

Articulação com os órgãos oficiais de saúde da região para acompanhamento da anotação compulsória das endemias e eventual aplicação de medidas de controle; Realização de auditorias ambientais periódicas, para verificar o grau de adequação das atividades executadas, bem como o acompanhamento da proliferação de vetores dessas doenças.

Elaboração de relatórios mensais de verificação e avaliação das medidas propostas e encaminhamento para o responsável geral pela Auditoria Ambienta

Programa de Compensação Ambiental Atender ao disposto na Lei Federal nº 9985, de 18 de julho de 2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC)

Destinar 100% do Valor da Compensação Ambiental calculado com base no Decreto Federal no 4.340/02, acrescido pelo Decreto Federal no 6.648/09, e aprovado pelo Órgão Ambiental Competente

Indicador de Cumprimento da Compensação Ambiental

Manifestação do Órgão Ambiental competente sobre o aceite e a conclusão do processo de compensação ambiental

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 115

12.2.1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS E ATIVIDADES

O Plano de Gestão Ambiental do Porto do PIM se desenvolve sob dois grandes conjuntos de atividades principais:

• Atividades de supervisão ambiental das obras de implantação e das atividades relacionadas à operação do empreendimento; e

• Atividades de supervisão dos planos e programas e dos compromissos ambientais firmados perante os órgãos competentes durante as diversas etapas de licenciamento do Porto do PIM.

O coordenador de SMS, nomeado pelo corporativo do Porto do PIM, terá uma equipe de apoio para a coordenação dos programas ambientais e sociais (Comitê), responsável pela interface direta com as empresas empreiteiras contratadas durante a fase de implantação. Essas empresas serão responsáveis pela contratação de supervisores e executores dos programas propriamente ditos, quando couber, e pela supervisão ambiental das obras.

O Porto do PIM deverá realizar o contrato com as empreiteiras de forma direta, ficando a questão ambiental e a fiscalização desses serviços sob responsabilidade da contratada, supervisionada pela coordenação de SMS. Neste contexto, a contratada deve implantar um sistema de gestão próprio, que esteja totalmente alinhado com as diretrizes estabelecidas nos planos, programas e procedimentos do Porto do PIM.

Com esta estrutura geral, o SMS do Porto do PIM pretende assegurar que o fluxo de informações e o acompanhamento dos resultados possam permear todas as instâncias envolvidas no processo de forma clara, integrada e objetiva.

É importante ressaltar que as funções de supervisão dos programas ambientais e de atividades relacionadas às obras e à operação do empreendimeto, agrupadas sob responsabilidades distintas, foram separadas devido ao caráter e temporalidade dos respectivos programas.

Estas atividades devem considerar:

− O detalhamento dos programas ambientais propostos no EIA, quando couber, incorporando aspectos que eventualmente sejam identificados durante o acompanhamento das obras e da operação;

− A elaboração das diretrizes e indicação dos procedimentos ambientais;

− A implementação e o acompanhamento das medidas e atividades previstas nos programas ambientais, atendendo critérios previamente definidos;

− A correção dos desvios identificados em possíveis “não conformidades”, visando atender aos critérios estabelecidos e o conteúdo preconizado nos programas ambientais aprovados; e

− A identificação e o encaminhamento de soluções para problemas ambientais não previstos, que poderão eventualmente ocorrer.

Cabe destacar que a análise crítica do PGA será realizada trimestralmente pelo Comitê do Porto do PIM, ou em reuniões específicas de acompanhamento de cada plano ou programa, de responsabilidade de cada coordenador e/ou responsável.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 116

As reuniões trimestrais devem contar, minimamente, com a p articipação dos supervisores/ coordenadores de planos e programas, representantes do comitê e da alta administração do Porto do PIM, além de representantes das empreiteiras contratadas. As reuniões têm o objetivo de informar o andamento dos planos e programas, bem como analisar as atividades desenvolvidas, os indicadores e traçar novas ações.

As reuniões deverão ser padronizadas, abordando minimamente os seguintes assuntos:

− Evolução no atendimento às metas e aos valores obtidos até aquele momento;

− Situação das ações preventivas/corretivas abertas, quando necessário;

− Situação das pendências apontadas durante a última reunião de análise crítica;

− Resultados de auditorias, quando houver;

− Comunicações provenientes de partes interessadas externas, incluindo reclamações;

− Mudanças que possam afetar o sistema de gestão;

− Recomendações para melhorias.

Nota: A pauta da reunião é de responsabilidade de cada gestor dos planos e programas, bem como a convocação dos envolvidos para as reuniões.

Ao final, estas reuniões deverão resultar em:

− Ata de reunião, de responsabilidade dos gestores, com as melhorias identificadas, ações previstas e prazos e disponibilização de recursos físicos e financeiros;

− Indicação de pendências mais relevantes, que serão entradas para as reuniões de análise crítica trimestral posterior;

− Outras pendências, que serão acompanhadas pela análise crítica mensal, quando couber;

− Possíveis mudanças nas metas ou em outros elementos do sistema da gestão, em conformidade com o comprometimento de melhoria contínua.

12.2.1.4.1 MODELO DE GESTÃO DO PGA

No intuito de assegurar o atendimento à legislação vigente, durante a fase inicial de implantação o Porto do PIM estruturará um Sistema próprio de Gestão Integrado de Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional, com base nas Normas NBR ISO 9001:2008, 14.001:2004 e OHSAS 18.001:2007, que servirá de instrumento para controle e monitoramento de seus aspectos ambientais durante a fase de operação, utilizando assim um modelo de gestão baseado no ciclo do PDCA (Plan, Do, Check e Act), visando o processo de melhoria contínua, conforme descrição e Figura 12.2.1.4.1-1 a seguir:

− Planejar (Plan): estabelecer os objetivos e processos necessários para atingir os resultados em concordância com a política do Porto do PIM;

− Executar (Do): implementar os processos necessários para atender ao PGA;

− Verificar (Check): monitorar e medir os processos em conformidade com a política do Porto do PIM, objetivos, metas, requisitos legais e outros, e relatar os resultados;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 117

− Agir (Act): Agir para continuamente melhorar o desempenho do PGA do Porto do PIM.

FIGURA 12.2.1.4.1-1: Modelo de sistema de gestão ambiental, baseado na metodologia PDCA.

Para tanto, inicialmente será estabelecido um planejamento estratégico, o qual inclui a estrutura organizacional, atividade de planejamento, responsabilidade, treinamentos, procedimentos de níveis táticos e operacionais, bem como recursos organizacionais e ambientais. Dentre as atividades iniciais, o Porto do PIM deverá:

− Estabelecer uma política ambiental apropriada;

− Identificar os aspectos ambientais decorrentes de suas atividades, para poder determinar os impactos ambientais significativos;

− Identificar os requisitos legais aplicáveis;

− Estabelecer e documentar os objetivos e metas ambientais e suas prioridades;

− Estabelecer a forma de registrar e documentar o desempenho dos programas de gestão ambiental, para poder atingir os objetivos e metas;

− Estabelecer todas as atividades e documentos de planejamento, controle, monitoramento, ação preventiva e corretiva, auditorias e análise para que o Sistema de Gestão Integrada permaneça apropriado.

Os procedimentos estratégicos, ao serem elaborados, geram procedimentos, planos ou registros operacionais, de forma a atender às demandas localizadas. No Quadro 12.2.1.4.1-1, são apresentados os tipos de documentos derivados a partir dos principais documentos existentes no sistema.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 118

QUADRO 12.2.1.4.1-1: Relação de Documentos do SGI e suas derivações

Documento Programas e Documentos Derivados

Manual de Gestão Ambiental Política integrada e demais documentos do Sistema de Gestão Ambiental

Procedimento geral de aspectos e impactos Planilha de aspectos e impactos

Procedimento geral de levantamento da legislação Cadastro de legislação aplicável

Procedimento geral de treinamento e conscientização

Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores Plano de treinamento e conscientização Registros de treinamento

Procedimento geral de comunicação Programa de Comunicação Social Registros de comunicação Material informativo (folhetos, cartazes, vídeos,...)

Procedimento geral de comunicação de acidentes ambientais

Plano de Emergência Individual – PEI Registro de comunicação de acidentes Registro de investigação de acidentes

Procedimento geral de documentação normativa Procedimentos de níveis táticos e operacionais

Procedimento geral para elaboração do Plano Diretor de Resíduos e Efluentes

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos Manifesto de resíduos (ex. CADRIs) Laudos de análises físico, químicas e microbiológicas

Procedimento de atendimento às exigências do Licenciamento Ambiental

Licenças, Pareceres, Autorizações, manifestações, etc. Programa de Controle Ambiental da Construção – PCA-C Programa Ambiental da Operação – PCA-O

Procedimento geral de elaboração de plano de emergência

Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR Plano de Emergência Individual – PEI Subprograma de Ação de Emergência – PAE Operação Registro de simulados de emergência

Procedimento geral de elaboração de plano de monitoramento e medição

Programas de Controle e Monitoramento da qualidade da água e sedimentos, da fauna e bioindicadores. Plano de monitoramento e medição Registro de calibração de equipamentos Registro de medição de parâmetros Laudos de análises físico, químicas, microbiológicas e ecotoxicológicas.

Procedimento geral de elaboração de plano de monitoramento da conformidade legal Programa de Gestão Ambiental

Procedimento geral de tratamento de não conformidades

Relatórios de tratamento de não conformidades Programa de Gestão Ambiental

Procedimento de controle de registros Registros Mapa de controle e localização de registros

Procedimento geral de auditoria interna

Plano de Auditoria Atas de reunião Cadastro de auditores Relatório de auditoria Procedimento de aplicação de listas de verificação Relatório de inspeção

Procedimento geral de análise crítica Pautas e atas de reunião de análise crítica Relatório periódico de desempenho ambiental

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 119

Dentro deste contexto, vale mencionar o desenvolvimento de um Manual de Sistema de Gestão Integrada, que estabelecerá diretrizes de controle e de monitoramento de atividades potencialmente impactantes, tratadas no âmbito dos programas ambientais específicos do EIA, as quais serão incorporadas às rotinas do empreendimento, tais como:

− Controle e monitoramento da qualidade das águas superficiais, tendo em vista a possibilidade de eventuais contaminações por produtos químicos em geral, por vazamentos não controlados de produtos oriundos das máquinas, equipamentos e veículos ligados às suas operações;

− Gerenciamento dos resíduos sólidos e efluentes, visando promover o correto gerenciamento desses resíduos e dos riscos de poluição por vazamentos;

− Verificação do gerenciamento da água de lastro dos navios;

− Requisitos de educação ambiental, saúde e segurança dos trabalhadores, promovendo ações eficazes de prevenção à saúde e segurança dos trabalhadores próprios e contratados;

− Gerenciamento de riscos, de forma a operar e manter atividades com substancias perigosas dentro de padrões toleráveis de riscos, ao longo de toda a vida útil do empreendimento, prevenindo situações que possam gerar passivos ambientais e riscos aos trabalhadores, à integridade física das instalações e ao cumprimento da legislação;

− O monitoramento dos sistemas de drenagem, de forma a conservar sua integridade e mantê-las desobstruídas, mitigando assim impactos decorrentes dos processos de erosão, de contaminação das águas superficiais por sólidos em suspensão e de assoreamento; e

− Desenvolvimento e operacionalização dos Programas de Controle Ambiental da Construção e de Controle Ambiental da Operação, destacando-se procedimentos de Ação de Emergência.

12.2.1.4.2 PROCESSO DE AUDITORIA

Para atender aos requisitos mínimos e o Termo de Referência expedido pelo IPAAM, para a realização de auditorias ambientais estabelecidos na Resolução Conama nº 306/02, conforme já mencionado, o Porto do PIM contará, na fase de operação, com um Sistema de Gestão Integrada (SGI) estruturado e implantado, que possa controlar seus impactos significativos sobre o meio ambiente e seus riscos à s aúde e segurança dos trabalhadores, bem como melhorar continuamente as operações do empreendimento.

O processo de auditorias ambientais a ser promovido pela equipe de SMS do Porto do PIM, no que se refere ao cumprimento da legislação ambiental e de Saúde e Segurança aplicável, considerando tanto as auditorias internas (primeira parte) como externas (segunda parte), abrangerá minimamente:

12.2.1.4.2.1 Avaliação de Conformidade Legal

− A identificação da legislação ambiental nos níveis Federal, Estadual e Municipal, bem como as normas ambientais vigentes aplicáveis à instalação portuária;

− A verificação da conformidade da instalação da organização auditada com as Leis e Normas Ambientais e de Saúde e Segurança vigentes e a identificação da existência e validade das Licenças requeridas para a instalação portuária;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 120

− A verificação do cumprimento das condições estabelecidas nas Licenças Ambientais obtidas; e

− A identificação da existência dos acordos e compromissos, tais como Termos de Compromisso Ambiental e/ou Termos de Ajustamento de Conduta Ambiental e eventuais Planos de Ação e a verificação do cumprimento das obrigações assumidas.

A avaliação do desempenho da Gestão Ambiental, Saúde e Segurança do Porto do PIM no âmbito do Processo de Auditorias em SMS, considerando tanto as auditorias internas (primeira parte) como externas (segunda parte), abrangerá a verificação, no mínimo, dos seguintes requisitos:

12.2.1.4.2.2 Avaliação de Desempenho

− Existência de uma Política de SMS documentada, implementada, mantida e difundida a todas as pessoas que estejam trabalhando na instalação, incluindo funcionários de empresas terceirizadas;

− Adequabilidade da Política Ambiental com relação à natureza, escala e impactos ambientais da instalação portuária e quanto ao comprometimento da mesma com a p revenção da poluição e minimização de impactos, com a me lhoria contínua e com o atendimento à legislação ambiental aplicável;

− Existência e implementação de procedimentos para identificar os aspectos ambientais significativos das atividades, produtos e serviços, bem como a adequação dos mesmos;

− Existência de registros compatíveis com a fase de operação do Porto do PIM relacionado com os aspectos e impactos ambientais significativos;

− Identificação e implementação de Planos de Inspeções Técnicas para avaliação das condições de operação e de manutenção das instalações e equipamentos relacionados com os aspectos e impactos ambientais significativos na operação do Porto do PIM;

− Identificação e implementação de procedimentos para comunicação interna e externa com as partes interessadas;

− Existência de registros de monitoramento e medições das fontes de emissões para o meio ambiente ou para os sistemas de coleta e tratamento de efluentes sólidos, líquidos e gasosos;

− Existência de análises de risco atualizadas da instalação;

− Existência e implementação de um Programa de Gerenciamento de Riscos e de um Plano de Emergência Individual, a ser elaborado após a emissão da Licença de Instalação e antes da fase de operação do empreendimento;

− Existência de registros quando da ocorrência de acidentes e incidentes;

− Existência e implementação de mecanismos e registros para a análise crítica periódica do sistema de auditorias internas e do desempenho ambiental, incluindo o desempenho dos indicadores ambientais dos Planos e Programas definidos no âmbito do EIA para a fase de operação do empreendimento e para as fases de implantação que ocorrerão simultaneamente à operação do porto;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 121

− Existência de definição de responsabilidades relativas aos aspectos ambientais e impactos ambientais significativos;

− Existência de registros da capacitação do pessoal cujas tarefas possam resultar em impacto significativo sobre o meio ambiente;

− Existência de mecanismos de controle de documentos;

− Existência de procedimentos e registros para a ocorrência de não conformidades ambientais; e

− Condições de manipulação, estocagem e transporte de produtos que possam causar danos ao meio ambiente.

O processo de auditoria do Porto do PIM, considerando tanto as auditorias internas (primeira parte) como externas (segunda parte), seguirá as diretrizes estabelecidas na NBR-ISO 14001/04, conforme explicitado abaixo, e estará em conformidade com a Resolução Conama nº 306/02.

12.2.1.4.2.3 Plano de Auditoria

O Porto do PIM realizará auditorias apenas com auditores devidamente treinados e capacitados.

Os planos de auditorias externas e internas devem conter no mínimo os seguintes requisitos:

− Escopo: descrição da extensão e limites de localização física e das atividades auditadas;

− Preparação: definição e análise da documentação prévia do processo auditado, formação da equipe de auditores com as devidas atribuições, definição da programação das auditorias e planos de trabalho para a execução de cada auditoria;

− Execução: entrevistas com os responsáveis pelos processos, inspeções e vistorias nas instalações, análise de documentos e registros, observações e constatações, verificação de histórico de incidentes ambientais e do cumprimento dos requisitos legais aplicáveis e a outros requisitos subscritos pela organização, relacionados aos seus aspectos ambientais, tais como registros, cadastros e licenças obtidas nos órgãos ambientais ou em órgãos afins (corpo de bombeiros, Anvisa, Capitania dos Portos, entre outros) e elaboração de relatório final.

As auditorias devem ser conduzidas por pessoal independente daquele que tem responsabilidade direta pela atividade que está sendo examinada.

As auditorias devem envolver análise das evidências objetivas, que permitam determinar se as instalações auditadas atendem aos critérios estabelecidos na legislação vigente e no licenciamento ambiental.

Os colaboradores do Porto do PIM, responsáveis pela operação do empreendimento, devem manter procedimentos estabelecidos no âmbito do Sistema de Gestão, para identificar e corrigir não conformidades reais e potenciais relacionadas às tarefas e para realizar ações corretivas e preventivas para mitigar seus impactos.

Devem ainda registrar/documentar os resultados das ações corretivas e preventivas executadas, analisando a eficácia, e assegurar que tais ações sejam adequadas à magnitude dos problemas e impactos ambientais encontrados.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 122

12.2.1.5 ASPECTOS AMBIENTAIS E DE SAÚDE E SEGURANÇA

Os aspectos e impactos ambientais e os perigos e riscos à saúde e à segurança do trabalhador identificados serão gerenciados com objetivos, metas e indicadores conforme preceitos da NBR ISO 14001:2004 e da OSHAS 18.001:2007, e serão discutidos mensalmente nos Comitês de Gestão de SMS do Porto do PIM.

Estes comitês serão compostos por representantes do Porto do PIM e das empreiteiras contratadas, no caso do Comitê de Obras, e somente por representantes do Porto do PIM, no caso do Comitê de Gestão de SMS do empreendimento, com objetivo de checar os indicadores de qualidade, segurança, meio ambiente e saúde.

O tratamento de possíveis não conformidades será feito de forma pró-ativa, utilizando a ferramenta de gestão conhecida como “ação preventiva”.

Ação Preventiva – é a ação para eliminar a causa de uma não conformidade potencial. Podem existir mais de uma causa para uma não conformidade potencial.

Aquelas não conformidades que porventura ocorram durante o andamento das atividades de obras e de operação do porto devem ser tratadas como “ações corretivas”, mantendo seus registros legais disponíveis para os órgãos ambientais fiscalizadores.

Ação Corretiva – é a ação para eliminar a causa de uma não conformidade detectada ou de outra situação indesejada. Podem existir mais de uma causa para uma não conformidade.

A ação corretiva é tomada para prevenir a recorrência, enquanto ação preventiva é para prevenir ocorrência.

Por fim, adotando-se as diretrizes e critérios acima elencados, espera-se atingir a melhoria contínua do processo, avançando com o sistema da gestão, no intuito de atingir o aprimoramento do desempenho em SMS, coerentes com a política do Porto do PIM.

12.2.1.6 PÚBLICO ALVO

O público-alvo do PGA atinge todos os trabalhadores previstos para as etapas de implantação e de operação e os respectivos prestadores de serviços.

Os benefícios gerados pela correta execução do Plano de Gestão Ambiental refletem na salvaguarda da qualidade ambiental e da saúde e segurança local e do entorno, bem como em melhores condições de trabalho aos envolvidos, desde a fase inicial de implantação até a fase de operação e as demais fases de implantação do empreendimento.

Cabe destacar que os profissionais e colaboradores a serem designados para a execução do presente Plano, passarão por capacitação, liderada pela equipe de SMS do Porto do PIM.

12.2.1.7 RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

Na gestão dos aspectos e impactos ambientais e perigos e riscos à saúde do trabalhador estão incluídas:

• A disponibilização de recursos materiais conforme a complexidade de cada programa;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 123

• A disponibilização de recursos materiais necessários para a p revenção, controle e monitoramento dos impactos ambientais identificados que possam ocorrer durante a implantação e a operação do empreendimento;

• As ações de treinamento e capacitação dos colaboradores (Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores).

Além disso, o comitê composto por membros do Porto do PIM e das empreiteiras contratadas tem o objetivo de checar os indicadores de SMS, analisando criticamente o desempenho de cada plano ou programa, propondo ações corretivas, preventivas e de melhoria para cada indicador não atendido de forma satisfatória.

12.2.1.8 ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS

Não há legislação específica para a gestão de empreendimentos, porém a atividade de gestão ambiental, de saúde e segurança do trabalhador segue os preceitos das normas NBR ISO 14001:2004 e OSHAS 18.001:2007.

As principais legislações relacionadas com a g estão ambiental nas esferas Federal, Estadual e Municipal, bem como, normas e procedimentos internos do Porto do PIM seguem abaixo.

FEDERAL

− Lei Federal no 9.605/98 - Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

− Lei Federal no 9.966/00 - Estabelece que as entidades exploradoras de portos organizados e instalações portuárias deverão realizar auditorias ambientais bienais, independentes, com o objetivo de avaliar os Sistemas de Gestão e Controle Ambiental de suas unidades.

− Resolução Conama no 237/97 - Dispõe sobre licenciamento ambiental.

− Resolução Conama no 265/00 - Dispõe sobre a realização de auditorias ambientais.

− Resolução Conama no 306/02 - Dispõe sobre os requisitos mínimos do termo de referência para a realização de auditorias ambientais.

ESTADUAL

− Lei Estadual no 1.531 de 06 de julho de 1982 - Disciplina a Política Estadual de Prevenção e Controle da Poluição, melhoria e recuperação do meio ambiente e da proteção aos recursos naturais, e dá outras providências.

− Decreto nº 10.028, de 04 de fevereiro de 1.987 - Dispõe sobre o Sistema Estadual de Licenciamento de Atividades com Potencial de Impacto no Meio Ambiente e aplicação de penalidades e dá outras providências

MUNICIPAIS

− Lei Municipal nº 605 de 24 de julho de 2001 - Institui o Código Ambiental do Município de Manaus e dá outras providências

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 124

PROCEDIMENTOS INTERNOS

Internamente, grande parte das ações executadas para o empreendimento, no âmbito do PGA, deverão estar em conformidade com os procedimentos e instruções previstas no Sistema de Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS) do Porto do PIM.

RESOLUÇÕES DO PORTO ORGANIZADO DE MANAUS

Os requisitos institucionais do Porto Organizado de Manaus relacionados com a Gestão de SMS do Porto do PIM serão integralmente cumpridos e fazem parte da elaboração das normas internas e procedimentos da organização.

12.2.1.9 INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS AMBIENTAIS

Conforme o acima exposto, o Plano de Gestão Ambiental – PGA do Porto do PIM, por sua natureza, integrará as ações para desenvolvimento e cumprimento dos demais planos e programas ambientais relacionados às diversas fases de implantação e à fase de operação, propriamente dita, totalizando 15 planos e programas, incluindo este PGA, além de três subprogramas específicos derivados dos planos e programas, interagindo de forma dinâmica e contínua. Portanto, o PGA possui total integração com todos os demais planos e programas ambientais do empreendimento, listados abaixo:

• Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;

• Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos;

• Plano de Controle Ambiental da Construção – PCA-C;

• Programa de Monitoramento da Qualidade da Água;

• Programa de Monitoramento da Qualidade dos Sedimentos;

• Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores:

− Subprograma de Monitoramento da Fauna de Vertebrados Terrestres;

− Subprograma de Monitoramento do Sauim-de-Coleira;

− Subprograma de Monitoramento da Biota Aquática.

• Programa de Controle de Supressão de vegetação e Resgate da Fauna;

• Programa de Controle de Vetores e Pragas Urbanas;

• Programa de Prospecção e Gestão do Patrimonio Arqueológico;

• Programa de Controle Ambiental da Operação – PCA-O;

• Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores;

• Programa de Comunicação Social;

• Programa de Prevenção de Endemias, e

• Programa de Compensação Ambiental.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 125

12.2.1.10 ETAPA DO EMPREENDIMENTO

O Programa de Gestão Ambiental – PGA será desenvolvido em todas as fases do empreendimento, incluindo o planejamento, a implantação e a operação, ou seja, abrangendo as diversas fases de Implantação e a fase de operação propriamente dita.

12.2.1.11 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

O PGA atenderá todas as etapas do empreendimento, desde os trabalhos iniciais de obtenção das autorizações ambientais necessárias aos trabalhos, até o cumprimento às condicionantes e recomendações exaradas nas Licenças Prévia, de Instalação e de Operação.

12.2.1.12 RESPONSÁVEL PELA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

A empresa vencedora do processo licitatório e que implementará o empreendimento será, também, a responsável pela implementação deste Programa. O gerenciamento do Programa se dará por um Comitê de Gestão em Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SMS), coordenado por um representante da Diretoria do Terminal. O Comitê de Gestão nomeará um coordenador do Comitê de Obras, comitê este que será composto também por um diretor, um coordenador e um assistente de SMS.

12.2.1.13 SISTEMAS DE REGISTRO

O comitê do PGA, responsável pela supervisão dos planos e programas e exigências ambientais, deverá elaborar relatórios trimestrais de análise crítica para verificação do cumprimento dos planos e programas ambientais.

Esses relatórios serão sistematizados e consolidados semestralmente de forma a compor um relatório com análise do desempenho ambiental geral do empreendimento.

Conforme detalhado no item 12.2.1.4.1 (Modelo de Gestão do PGA) deste programa, quando couber, os gestores de programas elaborarão mensalmente relatórios das reuniões de análise crítica específicas de acompanhamento de cada plano ou programa.

De forma geral, os documentos atestando o cumprimento dos procedimentos realizados nos programas ambientais obedecerão aos tipos (listas de presença, laudos, folhas de leitura, relatórios, etc.), padrões e prazos (diários, semanais, mensais, etc.) estabelecidos em cada um dos programas, conforme suas características.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 126

12.2.2 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

12.2.2.1 APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

Este Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS constitui-se essencialmente em um conjunto de ações normativas e operacionais, para a ad ministração dos resíduos, levando em consideração aspectos referentes à geração, segregação, coleta, acondicionamento, armazenamento, transporte, tratamento, e destinação final, priorizando atender requisitos ambientais e de saúde pública, em especial à Política Nacional de Resíduos Sólidos, que dispõe sobre os princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, relativas às responsabilidades dos geradores e do poder público e também aos instrumentos econômicos aplicáveis.

Além da gestão integrada dos resíduos, o PGRS tem como meta a redução, reutilização e reciclagem dos resíduos sólidos a serem gerados durante as fases de construção e de operação do Porto do PIM.

O Termo de Referencia expedido pelo IPAAM especifica que o objetivo básico que norteia o desenvolvimento deste Plano de Gestão são os resíduos da construção civil e, sendo assim, devem estar em consonância com a Resolução CONAMA no 307/2002.

Contudo, o Porto do PIM definiu que este instrumento de gestão em pauta, o PGRS, deve compor um sistema integrado de gestão de resíduos, incluindo não só os resíduos da construção civil, mas abrangendo também o gerenciamento de todos os resíduos gerados nas fases de implantação e operação do terminal, que deverá ser constantemente atualizado. Para que se possa gerir e manter atualizado o inventário de resíduos, o SMS do Porto do PIM manterá a atual rotina de gerenciamento, desenvolvendo e implantando procedimentos para:

• Atualizar periodicamente os volumes gerados de cada resíduo identificado;

• Verificar as quantidades destinadas e as aprovadas pelo órgão ambiental;

• Inserir cada resíduo novo identificado no inventário de resíduos;

• Aprovar a destinação final para novos resíduos gerados;

• Aprovar novas destinações finais para resíduos gerados;

• Aferir a validade dos documentos de aprovação referentes à movimentação e destinação de resíduos, emitidos pelo órgão responsável;

• Auditoria Ambiental nos fornecedores dos serviços de destinação de resíduos;

• Realizar inspeções periódicas na área de armazenamento dos resíduos;

• Aplicar todos os registros propostos neste documento.

O Porto do PIM, objeto deste PGRS, consiste em um terminal portuário capaz de promover a movimentação de carga geral (carga e descarga), acondicionada em contêineres e relacionada a navios tipo Panamax e de cabotagem.

O local escolhido para a implantação do empreendimento foi definido pela Secretaria de Portos da Presidência da República, ocupando a mesma área da antiga Siderama, próximo ao Distrito

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 127

Industrial de Manaus. Situa-se na margem esquerda do rio Negro, próximo a confluência com o rio Solimões, distante das regiões de maior densidade demográfica e de trânsito, além de ocupar uma área já degradada por instalações anteriormente existentes.

Conforme visto anteriormente, o Porto do PIM em Manaus está previsto para ser implantado em quatro fases, com os cinco pátios de contêineres sendo construídos ao longo dessas fases, sendo que todas as edificações serão construídas na Fase 1, conforme descrito no Capítulo 8 deste EIA.

A implantação da primeira fase tem início previto para o ano de 2015 e a quarta e última fase de implantação está prevista para se encerrar em 2032, quando haverá a demolição das antigas estruturas da Siderama. Isto demosntra que, em alguns intervalos de tempo, haverá a operação do terminal concomitantemente às atividades de implantação de ampliações, o que reforça a importância de desenvolver um sistema integrado de gestão de resíduos que não aborde somente os períodos de implantação, mas que inclua também a operação do empreendimento.

12.2.2.2 OBJETIVOS

O Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos tem como objetivo principal o estabelecimento de procedimentos para a coleta, segregação, caracterização, classificação, transporte, armazenamento, tratamento ou disposição final dos resíduos gerados nas atividades de implantação e operação do Porto do PIM, destacando a minimização na geração destes, de forma a atender a l egislação vigente, em especial a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS, o Termo de Referência 005/11 – GEPE emitido pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas – IPAAM em 30 de agosto de 2010, estar alinhado com o Plano Diretor de Resíduos Sólidos de Manaus (PDRS-Manaus) do Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM e, por fim, em consonância com a Política Ambiental do Porto do PIM.

O PGRS, do ponto de vista macro e de forma direta, objetiva ainda prevenir e minimizar os riscos de contaminação do solo e dos recursos hídricos, bem como, de forma indireta, prevenir e minimizar o risco do desencadeamento de processos erosivos e as suas consequências potenciais em termos de geração de sedimentos e assoreamento da rede de drenagem, por meio dos corretos acondicionamentos/armazenamentos temporários e disposição final dos resíduos sólidos gerados.

São objetivos específicos deste Programa:

• Estabelecer procedimentos para prever os principais resíduos sólidos a serem gerados, com estimativas iniciais de suas quantidades e origem;

• Gerir corretamente os resíduos sólidos oriundos das obras e das atividades de operação;

• Priorizar a reciclagem dos resíduos passíveis de reciclagem;

• Garantir a adoção, por parte dos trabalhadores diretos e indiretos, envolvidos nas obras e na operação, de procedimentos elaborados para o correto gerenciamento dos resíduos sólidos,

• Controlar os resíduos sólidos gerados durante a fase de implantação e operação do empreendimento, desde sua geração até a destinação final; e

• Promover a destinação final ambientalmente adequada para os resíduos sólidos gerados.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 128

12.2.2.3 INDICADORES E METAS

O estabelecimento das Metas Ambientais, mensuráveis e coerentes com os objetivos e os indicadores ambientais para o acompanhamento e avaliação de desempenho deste Programa, apontados no Controle de Geração e Destinação de Resíduos (CGDR) (Figura 12.2.2.3-1) e gerado periodicamente pelas empreiteiras e pela área de Saúde, Meio Ambiente e Segurança - SMS do Porto do PIM, encontram-se abaixo relacionados:

• Percentual de resíduos gerados em cada frente de obras, por tipo de resíduo;

• Percentual de não conformidades identificadas na obra, em relação ao correto gerenciamento dos resíduos sólidos;

• Percentual de resíduos recicláveis encaminhados para o programa de reciclagem;

• Percentual da força de trabalho participante do Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores;

• Percentual de resíduos sólidos inventariados;

• Percentual de “metas estipuladas X metas atingidas” no Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 129

Entrada Saída Estoque

TOTAL:

Controle de Geração e Destinação de Resíduos (CGDR)

Descrição do Resíduo:

Mês

/Ano

Classificação: Área Geradora:

Nome completo do Gestor do resíduo:

Código APM: Código ABNT:

Data (dd/mm/aaaa) Local de Armazenamento/DestinaçãoMês/Ano

Controle de MovimentaçãoQuantidade (quilos )

OBS: Anexo II - Rev 00

FIGURA 12.2.2.3-1: Modelo de Controle de Geração e Destinação de Resíduos (CGDR).

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 130

O estabelecimento das Metas Ambientais, mensuráveis e coerentes com os objetivos e principalmente com a Política Ambiental do Porto do PIM, será realizado com a apuração de um histórico de geração de resíduos.

Este Programa tem como metas:

• Inventariar 100% dos resíduos sólidos gerados nas fases de implantação e de operação do Porto do PIM e seus respectivos quantitativos;

• Promover os corretos: manuseio, segregação, coleta, acondicionamento, armazenamento, transporte e destinação final dos resíduos gerados na obra e na operação do empreendimento;

• Reciclar 100% dos resíduos passíveis de reciclagem;

• Conscientizar 100% dos trabalhadores para os preceitos do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, por meio do Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores;

• Destinar os resíduos gerados para locais devidamente certificados pelos órgãos ambientais competentes para o recebimento desses resíduos;

• Fiscalizar, continuamente, as atividades geradoras de resíduos sólidos durante as diferentes fases do empreendimento.

Cabe ressaltar que o estabelecimento de metas e a efetividade do indicador estabelecido serão avaliados conforme a geração de dados e que novos indicadores poderão ser propostos ou poderão substituir o indicador em uso, caso este se mostre ineficaz para medir o desempenho da atividade. Da mesma forma, novas metas podem ser revistas, principalmente considerando a melhoria contínua do processo de gestão de resíduos.

12.2.2.4 METODOLOGIA, PROCEDIMENTOS E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA

12.2.2.4.1 CONCEITOS BÁSICOS

A gestão dos resíduos gerados durante o período de implantação e operação do Porto do PIM foi concebida com base nas Resoluções Conama nº 307/2002 e nº 313/2002, bem como na Norma ABNT NBR 10.004/04, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, dispõem sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais e estabelece critérios de classificação e os códigos para identificação dos resíduos de acordo com suas características, respectivamente.

O PGRS tem como prioridade orientar os gestores e geradores quanto à redução de resíduos na fonte, o reuso, a reciclagem, a recuperação e possível logística reversa dos resíduos.

Além destas diretrizes básicas, também serão observados os seguintes critérios:

• A coleta seletiva de materiais inertes e passíveis de reciclagem como papel, plástico, metal, vidro e madeira, deverá ser promovida e motivada;

• A conscientização dos Colaboradores deve ser promovida em todas as fases de Gerenciamento;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 131

• As embalagens e objetos contaminados devem ser separados por grupos de contaminantes;

• Deverão ser mantidos registros de controle de geração de resíduos, independentemente do seu grau de periculosidade;

• A disposição final dos resíduos deverá ocorrer em instalações autorizadas pelos órgãos de controle ambiental;

• Os recipientes a serem utilizados para o acondicionamento, bem como os locais de armazenamento dos resíduos acondicionados, devem ser apropriados à natureza dos mesmos, em conformidade com as normas técnicas vigentes;

• Toda e qualquer manipulação de resíduos perigosos deve ser efetuada com pessoal treinado e dotado dos Equipamentos de Proteção Individual;

• A segregação dos resíduos deve ser realizada obedecendo às normas técnicas vigentes;

• As áreas de armazenagem, manuseio e operação com resíduos devem ser dotadas de sinalização adequada para orientação dos riscos inerentes ao processo; e

• A priorização na seleção de fornecedores de serviço e/ou materiais que incluam a logística reversa dos resíduos gerados durante as atividades do Porto do PIM.

12.2.2.4.2 DEFINIÇÃO

Para efeitos deste PGRS e, de forma a atender ao Termo de Referencia e conforme estabelecido no Art. 2º da Resolução Conama 307, foram adotadas as seguintes definições:

I. Resíduos Sólidos: Resíduos no estado sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível;

II. Resíduos da construção civil: são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha;

III. Resíduos de Serviços de Saúde – São todos aqueles resultantes de atividades exercidas nos serviços relacionados com o atendimento à saúde humana, definidos no artigo 1º da Resolução Conama 358/05, que, por suas características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou não tratamento prévio à sua disposição final;

IV. Coleta Seletiva: Coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição;

V. Geradores: são pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por atividades ou empreendimentos que gerem os resíduos definidos nesta Resolução;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 132

VI. Gerenciamento de Resíduos Sólidos: Conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma da Lei;

VII. Rejeitos – resíduos sólidos que, depois de esgotada todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada;

VIII. Reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a al teração das propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa;

IX. Reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou físico-química, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa;

X. Transportadores: são as pessoas, físicas ou jurídicas, encarregadas da coleta e do transporte dos resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de destinação;

XI. Agregado reciclado: é o material granular proveniente do beneficiamento de resíduos de construção que apresentem características técnicas para a ap licação em obras de edificação, de infraestrutura, em aterros sanitários ou outras obras de engenharia;

XII. Gerenciamento de resíduos: é o sistema de gestão que visa reduzir, reutilizar ou reciclar resíduos, incluindo planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para desenvolver e implementar as ações necessárias ao cumprimento das etapas previstas em programas e planos;

XIII. Reutilização: é o processo de reaplicação de um resíduo, sem transformação do mesmo;

XIV. Beneficiamento: é o ato de submeter um resíduo à operações e/ou processos que tenham por objetivo dotá-los de condições que permitam que sejam utilizados como matéria-prima ou produto;

XV. Aterro de resíduos da construção civil: é a área onde serão empregadas técnicas de disposição de resíduos da construção civil Classe "A" no solo, visando a r eservação de materiais segregados de forma a possibilitar seu uso futuro e/ou futura utilização da área, utilizando princípios de engenharia para confiná-los ao menor volume possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente;

XVI. Áreas de destinação de resíduos: são áreas destinadas ao beneficiamento ou à disposição final de resíduos.

12.2.2.4.3 HIERARQUIZAÇÃO DOS R’S

No Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Porto do PIM a seguinte sequência de gestão** será adotada:

− 1º REDUÇÃO;

− 2º REUTILIZAÇÃO;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 133

− 3º RECICLAGEM;

− 4º RECUPERAÇÃO.

**será aplicada a REEDUCAÇÃO em todas as fases continuamente.

A destinação final de resíduos em empresas especializadas e devidamente licenciadas será a última alternativa de gerenciamento dos mesmos

12.2.2.4.4 GESTORES DOS RESÍDUOS

O controle da geração e da destinação dos resíduos é de responsabilidade dos Gestores designados pelo Porto do PIM ou pela empreiteira responsável pelas atividades de implantação do terminal, definidos e indicados em conjunto com os responsáveis pelas áreas geradoras de resíduos, os “Gestores de Resíduos”.

O SMS providenciará a capacitação dos Gestores de Resíduos por meio de treinamentos, para que os mesmos possam desempenhar adequadamente essa atividade, na busca do cumprimento dos seguintes objetivos permanentes:

• Reduzir a geração de resíduos na fonte;

• Aprimorar a segregação de maneira a permitir um maior nível de recuperação, reuso e reciclagem;

• Promover a conscientização permanente dos Colaboradores facilitando a Gestão do PGRS do Porto do PIM.

12.2.2.4.5 INVENTÁRIO DE RESÍDUOS

O inventário contém os procedimentos de coleta, segregação, acondicionamento, armazenagem e destinação.

Inicialmente foi elaborado um inventário dos resíduos potencialmente gerados nas atividades de construção do Terminal Portuário do Porto do PIM (Quadro 12.2.2.4.5-1), ordenando as informações e as ações que devem ser acompanhadas para promover a correta gestão de todo o processo, de forma a atender à Resolução Conama 313/02.

Esse inventário deverá ser atualizado sempre que houver a identificação de um novo resíduo nos processos e atividades do Porto do PIM.

Resumidamente, os seguintes dados estão contidos no referido documento:

• Descrição – identificação resumida de forma qualitativa do resíduo gerado;

• Forma de armazenamento – descrição do método/meio de acondicionamento e armazenamento temporário do resíduo, antes da sua destinação final;

• Forma de tratamento – descrição das alternativas e processos de tratamento do resíduo fora ou dentro do estabelecimento;

• Classificação– segundo ABNT NBR 10.004/04 (classe I – perigoso, classe II A – não inerte ou classe IIB – inerte), Resolução Conama 307/02 (Classe A, B, C e D) e RDC 306/2004-Anvisa (Grupos A, B, C, D e E);

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 134

• Fonte – atividades geradoras de resíduos (construção e operação do Terminal Portuário);

• Quantidade – dimensionamento da quantidade gerada do resíduo por unidade de tempo (litros/mês, toneladas/ano, m3/ano, kg/dia, etc.);

• Destinação final – descrição do local para onde os resíduos serão encaminhados e da forma como os mesmos serão tratados (eliminados, recuperados, reciclados, etc.).

O inventário de resíduos deverá ser consolidado anualmente, com as informações recebidas/controladas mensalmente pelos Gestores e alimentadas na Planilha de Controle de Geração e Destinação de Resíduos - CGDR (Anexo II) para verificação dos objetivos da Gestão de Resíduos, em consonância com a hierarquização dos R’s.

Por fim, o Inventário Anual de Resíduos deverá ser encaminhado minimamente a cada vinte e quatro meses, pelo SMS do Porto do PIM, para o Órgão Ambiental responsável, atendendo assim ao parágrafo 1º, do Artigo 4º, da Resolução Conama 313/02.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 135

QUADRO 12.2.2.4.5-1: Inventário dos resíduos potencialmente gerados nas atividades de construção do Terminal Portuário do Porto do PIM.

INVENTÁRIO DE RESÍDUOS

ANO DE REFERÊNCIA: INÍCIO: TÉRMINO:

CÓDIGO NBR 10004/CONAMA

313/Anvisa RDC 306

DESCRIÇÃO RESUMIDA

COMPOSIÇÃO QUALITATIVA ESTADO FÍSICO FONTE GERADORA

NÚMERO DO LAUDO DE ANÁLISE/LOCAL DE

ARQUIVO

CLASSIFICAÇÃO CONFORME NBR

10004

FORMA DE ACONDICIONAMENTO

TIPOS DE TRATAMENTOS

RECOMENDADOS

EMPRESA DE DESTINAÇÃO/ LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

VOLUME ESTIMADO (ton/ano)

A004 Sucata ferrosa não contaminada e não oxidada

Vigas, partes de equipamentos, eletrodomésticos, máquinas e veículos.

Sólido Operações Portuárias Não aplicável Classe II - B - Inerte Caçamba metálica fechada ou coberta Reciclagem A ser definida

Será estimado após 3 (três) meses de acompanhamento conforme CGDR.

A005 Sucata não ferrosa e não contaminada

Alumínio, latão, cobre, etc. Sólido Operações Portuárias Não aplicável Classe II - B - Inerte Caçamba metálica

fechada ou coberta Reciclagem A ser definida

Será estimado após 3 (três) meses de acompanhamento conforme CGDR.

A099 Biomassa Troncos, folhas, raízes, restos de animais, grãos, etc.

Sólido atividade de supressão da vegetação para implantação do empreendimento

A ser realizado por lote

Classe II - A - Não Inerte Baias segregadas

Co-processamento, Incineração ou aterro industrial

A ser definida

Será estimado após 3 (três) meses de acompanhamento conforme CGDR.

A099 Entulho Blocos, tijolos, vigas de concreto, restos de cimento e areia, etc

Sólido atividades pretéritas A ser realizado por lote

Classe II - A - Não Inerte

Caçamba metálica fechada ou coberta ou baias segregadas

Aterro sanitário ou industrial A ser definida

Será estimado após 3 (três) meses de acompanhamento conforme CGDR.

A008 Borrachas Mangueiras, tapetes, etc Sólido Operações Portuárias A ser realizado por

lote Classe II - A - Não Inerte

Caçamba metálica fechada ou coberta

Co-processamento, Incineração ou aterro industrial

A ser definida

Será estimado após 3 (três) meses de acompanhamento conforme CGDR.

F130 Borras Restos de tintas, óleos, graxas em geral Sólido/Pastoso Operações

Portuárias/vazamentos A ser realizado por lote Classe I - Perigoso

Caçamba metálica fechada ou coberta tambores, tanques

Co-processamento, Incineração ou aterro industrial

A ser definida

Será estimado após 3 (três) meses de acompanhamento conforme CGDR.

A019 Lodo biológico Resíduo de fossa septica, esgoto, etc Líquido/Pastoso Operações Portuárias A ser realizado por

lote Classe II - A - Não Inerte

Caçamba metálica fechada ou coberta, tambores, tanques

Aterro sanitário, Aterro industrial ou Estações de tratamento de efluentes

A ser definida

Será estimado após 3 (três) meses de acompanhamento conforme CGDR.

A099 Entulho Blocos, tijolos, vigas de concreto, restos de cimento e areia, etc

Sólido Atividades pretéritas A ser realizado por lote

Classe II - A - Não Inerte

Caçamba metálica fechada ou coberta ou baias segregadas

Aterro sanitário ou industrial A ser definida

Será estimado após 3 (três) meses de acompanhamento conforme CGDR.

A008 Borrachas Mangueiras, tapetes, etc Sólido Atividades pretéritas A ser realizado por

lote Classe II - A - Não Inerte

Caçamba metálica fechada ou coberta

Co-processamento, Incineração ou aterro industrial

A ser definida

Será estimado após 3 (três) meses de acompanhamento conforme CGDR.

F041 Amianto Restos de telhas, caixas d'água, etc. Sólido Atividades pretéritas A ser realizado por

lote Classe I - Perigoso Caçamba metálica fechada ou coberta

Co-processamento ou aterro industrial A ser definida

Será estimado após 3 (três) meses de acompanhamento conforme CGDR.

F130 Borras Restos de tintas, óleos, graxas em geral Sólido/Pastoso atividade de remediação A ser realizado por

lote Classe I - Perigoso Caçamba metálica fechada ou coberta

Co-processamento, Incineração ou aterro industrial

A ser definida

Será estimado após 3 (três) meses de acompanhamento conforme CGDR.

A019 Lodo biológico Resíduo de fossa septica, esgoto, etc Líquido/Pastoso Operações

Portuárias/vazamentos A ser realizado por lote

Classe II - A - Não Inerte

Caçamba metálica fechada ou coberta, tambores, tanques

Aterro sanitário, Aterro industrial ou Estações de tratamento de efluentes

A ser definida

Será estimado após 3 (três) meses de acompanhamento conforme CGDR.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 136

QUADRO 12.2.2.4.5-1: Inventário dos resíduos potencialmente gerados nas atividades de construção do Terminal Portuário do Porto do PIM.

INVENTÁRIO DE RESÍDUOS

ANO DE REFERÊNCIA: INÍCIO: TÉRMINO:

CÓDIGO NBR 10004/CONAMA

313/Anvisa RDC 306

DESCRIÇÃO RESUMIDA

COMPOSIÇÃO QUALITATIVA ESTADO FÍSICO FONTE GERADORA

NÚMERO DO LAUDO DE ANÁLISE/LOCAL DE

ARQUIVO

CLASSIFICAÇÃO CONFORME NBR

10004

FORMA DE ACONDICIONAMENTO

TIPOS DE TRATAMENTOS

RECOMENDADOS

EMPRESA DE DESTINAÇÃO/ LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

VOLUME ESTIMADO (ton/ano)

Resíduos de alimentos de Refeitórios Resíduo orgânico Sólido Atividades administrativas Não aplicável Classe II - A - Não

Inerte Caçamba metálica fechada

compostagem e Aterro sanitário A ser definida

Será estimado após 3 (três) meses de acompanhamento conforme CGDR.

A002 Resíduos de escritório não contaminados

Plástico, metal, papel, papelão, restos de comida, varrição, etc

Sólido Atividades administrativas Não aplicável Classe II - A - Não Inerte

Caçamba metálica fechada ou coberta

Reciclagem e Aterro sanitário A ser definida

Será estimado após 3 (três) meses de acompanhamento conforme CGDR.

F044 Lâmpadas com vapor de mercúrio após o uso

Lâmpadas sem avarias Sólido Substituição de equipamentos Não aplicável Classe I - Perigoso Caixa com espaço e

proteção anti-quebra Co-processamento ou Reciclagem A ser definida

Será estimado após 3 (três) meses de acompanhamento conforme CGDR.

A002 Cartuchos e tonner após o uso

Plástico, metal, compostos químicos, tintas, etc

Sólido Atividades administrativas Não aplicável Classe II - A - Não Inerte

Caixa com espaço e proteção anti-quebra

Reciclagem e Aterro sanitário A ser definida

Será estimado após 3 (três) meses de acompanhamento conforme CGDR.

F042 Pilhas e baterias após o uso

Plástico, metal, compostos químicos, tintas, etc

Sólido Atividades administrativas Não aplicável Classe II - A - Não Inerte recipiente impermeável Reciclagem e Aterro

sanitário A ser definida

Será estimado após 3 (três) meses de acompanhamento conforme CGDR.

E Resíduos Ambulatoriais

Materiais Perfurocortante ou escarificante, tais como seringas, agulhas, ampolas de vidro, etc.

Sólido Atividades Médicas Ambulatoriais Não aplicável Classe I - Perigoso Caixa com proteção anti-

furo Incineração A ser definida

Será estimado após 3 (três) meses de acompanhamento conforme CGDR.

A1 Resíduos Ambulatoriais

Plástico, metal, curativos, etc Sólido Atividades Médicas

Ambulatoriais Não aplicável Classe I - Perigoso sacos plásticos brancos Incineração A ser definida

Será estimado após 3 (três) meses de acompanhamento conforme CGDR.

Page 205: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 137

12.2.2.4.6 DOCUMENTAÇÃO

O controle da geração e da destinação de resíduos será realizado por meio do preenchimento da Planilha de Controle de Geração e Destinação de Resíduos (CGDR), conforme Figura 12.2.2.3-1 já apresentada. A planilha deve ser mantida atualizada, em meio físico ou eletrônico. Cópia do CGDR deve ser disponibilizada ao SMS do Porto do PIM, que deve consolidar as informações sobre geração e destinação de resíduos na empresa como um todo.

As informações servirão para aferição dos volumes estimados, bem como, do atendimento aos requisitos da Gestão Ambiental do Porto do PIM.

Todos os documentos referentes à destinação em empresas externas serão encaminhados para o SMS do Porto do PIM, que controlará o arquivo referente à documentação legal aplicável.

12.2.2.4.7 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

Os resíduos gerados nas atividades de obras e de operação serão classificados conforme a NBR ABNT 10.004 apresentados no Quadro 12.2.2.4.7-1.

QUADRO 12.2.2.4.7-1: Classificação dos resíduos gerados - NBR ABNT 10.004.

Classificação do Resíduo Descrição do Resíduo Propriedades

Per

igos

o

Resíduo Classe I

Lâmpadas fluorescentes, óleo (diesel, hidráulico, lubrificante), graxas, solos contaminados, EPI´s contaminados, Materiais contaminados, tintas, latas de tintas, solventes, cartuchos de tintas, pilhas, baterias, pontas de eletrodos, resíduos de soldas e resíduos de serviço de saúde,

- Patogênico - Tóxico - Corrosivo - Inflamável - Reativo

Não

Per

igos

o

Resíduo Classe II A Não Inerte

Resíduos de alimentação, papel carbono, resíduo de gesso, saco de cimento, lodo mineralizado, resíduos de varrição, ponta de cigarro, papel higiênico e guardanapos engordurados, papel papelão

- Biodegradabilidade - Combustibilidade - Solubilidade em água

Resíduo Classe II A Inerte

Sucata ferrosa, plástico, vidro, madeira, cabo de aço e resíduo de construção civil Obstrutivos

Fonte: NBR ABNT 10.004

Cabe salientar que todos os resíduos de Classe II A e II B contaminados com produtos perigosos deverão ser tratados como Classe I.

No que se refere aos resíduos da construção civil, classificados como Classe II A no âmbito da NBR ABNT 10.004, conforme Art. 3º da Resolução Conama 307/2002, deverão ser classificados da seguinte forma (Quadro 12.2.2.4.7-2).

QUADRO 12.2.2.4.7-2: Classificação dos resíduos da construção civil.

Classificação do Resíduo Descrição do Resíduo Característica

Classe A

Resíduo de demolição e pavimentação: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc), concreto, argamassa, solos provenientes de terraplanagem

Reutilizáveis ou recicláveis como agregados

Classe B Madeira, vidro, plástico, papel/papelão, metal Reutilizáveis ou destinados para reciclagem

Classe C Resíduo de gesso, sacos de cimento Não reciclável

Classe D Tinta, solvente, óleo, lata de tinta Perigoso

Fonte: Resolução Conama 307/2002

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 138

Cabe mencionar a exceção da Classe D, que, embora pela Resolução Conama 307/2002 sejam classificados como resíduos perigosos oriundos do processo de construção, pela NBR ABNT 10.004 são classificados como Classe I.

No que se refere ao gerenciamento dos Resíduos Sólidos de Saúde - RSS, devem ser seguidas as orientações contidas nas Resoluções RDC Anvisa n° 306/04 e Conama n° 358/05 que dispõem, respectivamente, sobre o gerenciamento interno e externo dos RSS, deverão ser classificados conforme RDC Anvisa n° 306/04, da seguinte forma (Quadro 12.2.2.4.7-3).

QUADRO 12.2.2.4.7-3: Classificação dos Resíduos Sólidos de Saúde – RSS.

Classificação do Resíduo (Categoria) Descrição do Resíduo Acondicionamento

Grupo A

Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção. Subdividem-se e, A1, A2, A3, A4 e A5. Incluem, entre outros, culturas e estoques de microorganismos, bolsas transfusionais contendo sangue ou líquidos corpóreos, carcaças, peças anatômicas, órgãos e sobras de amostras de laboratório.

Estes resíduos não podem deixar a unidade geradora sem tratamento prévio e devem, inicialmente, ser acondicionados de maneira compatível com o processo de tratamento a ser utilizado

Grupo B

Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Incluem, entre outros, produtos hormonais e/ou antimicrobianos, citostáticos, antineoplásicos, imunossupressores, resíduos de insumos farmacêuticos dos medicamentos controlados, resíduos de saneantes, desinfectantes, contendo metais pesados, etc...

Devem ser acondicionados, observadas as exigências de compatibilidade química dos resíduos entre si, assim como cada resíduo com os materiais de embalagem, possibilitando que o material da embalagem seja permeável aos componentes do resíduo.

Grupo C

Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção especificados nas normas do CNEN e para as quais a reutilização é imprópria ou não prevista. Incluem rejeitos radioativos ou contaminados com radionucçideos, provenientes de laboratórios de análises clinicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia, segundo Resolução CNEN 6/05

Atendimento às normas específicas do CNEN

Grupo D

Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde humana ou ao meio ambiente, podendo ser equiparado aos resíduos domiciliares. Incluem papel de uso sanitário, fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vertuário, restos de alimentos de pacientes, material utilizado em anti-sepsia, etc.

Sacos plásticos comuns

Grupo E

Materiais perfurocortantes ou escarificantes. Incluem lâminas de barbear, agulhas, ampolas de vidors, lancetas, utensílios de vidro quebrados no laboratório e outros similares.

Devem ser descartados em recipientes rígidos, resistentes à puntura, ruptura e vazamento, com tampa, devidamente identificados, atendendo aos parâmetros referenciados na norma NBR 13853/97 da ABNT, sendo expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu reaproveitamento.

Fonte: Resoluções RDC Anvisa n° 306/04 e Conama n° 358/05.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 139

De acordo com as Resoluções, os RSS com características semelhantes aos domiciliares devem ser acondicionados em sacos plásticos reforçados com capacidade mínima de 15 l itros e máxima de 100 litros, (capacidade nominal do saco de até 20 kg)

Vale ainda ressaltar as seguintes premissas:

− Os resíduos da construção civil (solo inservível não contaminado, entulhos, pedras, concreto e brita), no caso de não aproveitado na própria obra, serão inicialmente oferecidos para as Prefeituras Municipais da Região ou, no caso de haver interesse, encaminhados para aterro para resíduos da construção civil.

− Os resíduos sólidos com origem nas instalações administrativas e aqueles que possuem potencial para reciclagem, tais como, madeira, conexões metálicas, alumínio, latão, aço, e pontas de ferro de armação, tambores, bombonas e embalagens usadas não contaminadas (aço, plástico e papelão), sucatas de polietileno, sucata metálica, plásticos em geral, cartuchos, papel/papelão, equipamentos e móveis usados, pneus usados serão coletados separadamente, triados, identificados, armazenados e destinados conforme item 12.2.2.4.7 deste documento e Inventário de Resíduos.

− Os resíduos domésticos, tais como materiais orgânicos provenientes do refeitório, sanitários e vestiários serão coletados periodicamente por empresas responsáveis pela coleta e destinação dos resíduos sanitários do Porto de Manaus, igualmente aos procedimentos considerados no item 12.2.2.4.7 deste documento e Inventário de Resíduos.

− O item 10.1.9 – Passivos Ambientais - apresentado no âmbito deste EIA, sugere a eliminação da fonte de TPH encontrada nos estudos de investigação de áreas contaminadas, por meio da remoção completa da borra oleosa presente no dique de contenção. Em caso de remoção do solo com presença de TPH, o mesmo deverá ser classificado e disposto adequadamente, conforme estabelece a Norma Brasileira ABNT NBR 10004 Resíduos Sólidos – Classificação.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 140

12.2.2.4.7 IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

Com a finalidade de agilizar o processo de coleta dos resíduos, os mesmos serão identificados com a utilização de cores padrões, conforme estabelecido pela Resolução Conama nº 275/01 (Quadro 12.2.2.4.7-1), que são.

QUADRO 12.2.2.4.7-1: Classificação dos resíduos – cores padrões.

Resíduos Cor do recipiente

Papeis/papelão Azul

Metal Amarelo

Plásticos Vermelho

Vidros Verde

Lâmpadas Fluorescentes

Laranja Pilhas e Baterias

Resíduos perigosos (Classe I)

Madeira Preto

Resíduos Orgânicos Marrom

Resíduo geral não reciclável ou misturado (varredura e outros), não passível de separação Cinza

Resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde Branco

Classe A* - Resíduos da Construção Civil Bege

*O padrão de cor para resíduo de construção civil – Classe A não é estabelecido pela resolução Conama 275/01.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 141

Os resíduos perigosos, devidamente acondicionados, serão identificados conforme modelo de identificação - Modelo de Etiqueta para Resíduos Perigosos (Figura 12.2.2.4.7-1), com base na classificação segundo NBR 10.004, classe de risco, número de risco, número ONU, tipo de embalagem e rótulo de risco.

RS-001 – Resíduos Diversos Contaminados

Resíduos Sólidos Classe I

Nome apropriado para embarque: Resíduo, Substância que apresenta risco para o meio ambiente, sólida, N.E

Número ONU: 3077

Número Risco: 90

Classe de Risco: 9

Gerador e Destino: De acordo com nota fiscal que acompanha a carga.

Emergência: Acionar XXX

Fonte: NBR 10.004

FIGURA 12.2.2.4.7-1: Modelo de Etiqueta para Resíduos Perigosos.

Para segregação dos resíduos gerados tanto no canteiro de obras como na área do Terminal Portuário durante a fase de operação, devem ser utilizados recipientes apropriados e devidamente sinalizados, dispostos de forma a permitir a correta segregação dos resíduos.

12.2.2.4.7.1 Observações Gerais

Os resíduos gerados em cada uma das áreas deverão ser encaminhados à Central de Resíduos, onde serão dispostos em tambores, contêineres ou caçambas metálicas fechadas ou cobertas ou em baias segregadas, conforme estabelecido no Inventário de Resíduos.

Caso durante a fas e de construção, ou eventualmente durante a fas e de operação, haja necessidade de estocagem temporária de resíduos a granel, estes deverão obedecer às diretrizes estabelecidas no item 12.2.2.4.8 a seguir.

12.2.2.4.8 ÁREAS DE ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO DOS RESÍDUOS GERADOS

A área de armazenamento dos resíduos gerados, ou seja, a Central de Resíduos, atenderá aos princípios determinados nas normas NBR 11.174 – Armazenamento de resíduos Classe II – não inertes e III – inertes e NBR 12.235 – Armazenamento de resíduos perigosos e possuirá as seguintes características:

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 142

Na manutenção de equipamentos utilizados na operação do terminal, tais como: empilhadeiras, transtêineres, portêineres, caminhões, etc, haverá a geração de resíduos químicos e oleosos – Classe I (óleo usado, graxas, tintas, trapos, estopas, filtros, etc). Para o correto armazenamento e destinação destes resíduos, serão disponibilizadas na área das oficinas, caçambas especiais e/ou tambores devidamente sinalizados e posicionados em área com contenção de líquidos encaminhados para sistema de separação água e óleo (SAO). Os resíduos líquidos (óleos usados) serão enviados para re-refino e a fase sólida (trapos, estopas, filtros, etc) enviada para co-processamento ou aterro sanitário.

Nas atividades administrativas prevê-se a geração de resíduos inertes e não-inertes – Classe IIA e IIB, tais como: papel, papelão, vidro, madeira, plástico, restos de comida (resíduos orgânicos), cartuchos, tonners, pilhas, baterias, biológico (ambulatório), etc. Para o correto armazenamento e destinação destes resíduos, serão disponibilizados contentores e caçambas para a coleta seletiva, devidamente sinalizados e posicionados estrategicamente na área administrativa.

Na área do armazém de consolidação de cargas, teremos baias reservas devidamente sinalizadas para os casos de armazenagem emergencial de resíduos diversos.

O sistema de isolamento deve impedir o acesso de pessoas estranhas e estar dotado de sinalização de segurança que identifique a instalação para os riscos de acesso ao local.

12.2.2.4.8.1 Isolamento e Sinalização

Também deverá ser definida a área para o armazenamento de resíduos compatíveis conforme a ABNT-NBR 14619 - Transporte terrestre de produtos perigosos - Incompatibilidade química.

Consta da Figura 12.2.2.4.8.1-1, a seguir a Tabela de Incompatibilidade Química entre Resíduos.

X X X X

X X

X X X X X X X X

X X X X X X X X

X X X X X X X X X X X X X

X X X X X X X

X X X X X X X

X X X X X X X X

X X X X X X X X X X X X X

X X X X X X X X

X X

X X X X X X X X ***

X X

Tabela de Incompatibilidade Química entre Resíduos

X - INCOMPATÍVEL PARA O TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO DE RESÍDUOS CONFORME NBR 14619 E NBR 12235 *** - ÁCIDOS E BASES SÃO INCOMPATÍVEIS ENTRE SÍ

FIGURA 12.2.2.4.8.1-1: Tabela de Incompatibilidade Química entre Resíduos.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 143

O local será suprido de iluminação e energia elétrica, de modo a permitir ações de emergência, mesmo à noite, além de possibilitar o uso imediato de equipamentos como bombas, compressores, etc.

12.2.2.4.8.2 I luminação e Energia Elétrica

Na área de armazenamento de resíduos inflamáveis, os equipamentos elétricos deverão estar de acordo com os requisitos para áreas classificadas, segundo NR 10/2005.

O local de armazenamento temporário deverá possuir um sistema de comunicação interno e externo, além de permitir o seu uso em ações de emergência.

12.2.2.4.8.3 Comunicação

Os acessos internos e os externos deverão ser protegidos, executados e mantidos de maneira a permitir sua utilização sob quaisquer condições climáticas.

12.2.2.4.8.4 Acessos

12.2.2.4.9 TREINAMENTO

Os responsáveis pelas instalações fornecerão treinamento adequado aos seus funcionários.

O treinamento deverá incluir no mínimo:

− A forma de operação da instalação;

− Os procedimentos para o preenchimento dos quadros de registro de movimentação e armazenamento de resíduos; e

− A apresentação e simulação do plano de emergência.

12.2.2.4.10 CARACTERÍSTICAS DO ARMAZENAMENTO

De maneira geral, os critérios para o armazenamento de resíduos estocados em contêineres e/ou tambores e, eventualmente, para armazenamento a granel, seguem abaixo.

No armazenamento em contêineres e/ou tambores serão consideradas as seguintes condições:

− Os contêineres e/ou tambores devem se apresentar em boas condições de uso, sem ferrugem acentuada nem defeitos estruturais aparentes;

− Dependendo das características dos resíduos a serem armazenados, os contêineres e/ou tambores deverão ser de material compatível ou ter recebido algum tipo de revestimento ou impermeabilização, de modo a evitar reações indesejáveis e, consequentemente, danos ao recipiente;

− Os recipientes contendo os resíduos deverão estar sempre fechados, exceto por ocasião da manipulação dos resíduos, seja adição ou remoção;

− O contêiner e/ou tambor contendo resíduos perigosos não deve ser aberto, manuseado ou armazenado de modo a possibilitar o vazamento do material ou, ainda, o rompimento ou dano ao recipiente;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 144

− As operações de transferência, armazenamento, adição, retirada, abertura e fechamento de recipientes (contêineres, tambores, etc.) com resíduos corrosivos, tóxicos ou, sob qualquer outro modo, nocivos ao homem, devem ser executadas com pessoal dotado de Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado;

− Os recipientes devem ser dispostos na área de armazenamento, de tal forma que possam ser inspecionados visualmente;

− Cada recipiente deve ser identificado quanto a seu conteúdo, sendo que essa identificação deve ser efetuada de forma a resistir à manipulação dos mesmos, bem como as condições da área de armazenamento em relação a eventuais intempéries;

− Cada recipiente deve ser armazenado em sua área específica de acordo com as características de compatibilidade dos resíduos.

O armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis será realizado com o estrito atendimento aos critérios de armazenamento estabelecidos na ABNT NBR 7.505 / 2006.

O eventual armazenamento de resíduos a granel, principalmente no caso de resíduos oriundos das obras, deverá ocorrer em área fechada e impermeabilizada e com uma cobertura adequada, para controlar a possível dispersão do resíduo pelo vento. No caso de resíduo corrosivo e/ou perigosos, a área destinada à armazenagem a granel deverá ser dotada com material e/ou revestimento adequado.

12.2.2.4.11 RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE

Os resíduos gerados pelos serviços de saúde, oriundos do ambulatório, serão segregados, acondicionados e identificados conforme determina a ABNT NBR- 12.809 - Manuseio de resíduos de serviços de saúde, e em consonância com a Resolução ANVS/RDC nº 306, NR 32 do Ministério do Trabalho e Resolução Conama 358/05.

No caso de instalações tipo ambulatório médico, os resíduos gerados nas salas de atendimento de enfermagem devem ser descartados em cestos forrados com sacos brancos leitosos impermeáveis (conforme saco para lixo tipo II da ABNT NBR 9191) identificados conforme a simbologia definida na ABNT NBR 7500. Os cestos devem permanecer tampados.

12.2.2.4.11.1 Segregação, Acondicionamento e Identificação

Os resíduos perfurocortantes (agulhas, bisturis, ampolas) serão descartados em coletor estanque, rígido, resistente à ruptura, à punctura, ao corte ou à escarificação e atender às especificações próprias, conforme norma ABNT NBR 12809 - Manuseio de resíduos de serviço de saúde.

Os sacos serão recolhidos das unidades de atendimento e colocados em recipientes fornecidos por empresa contratada para o transporte externo. Estes recipientes devem ser identificados com a simbologia definida na ABNT NBR 7500 e nome da unidade geradora e os dizeres “Resíduo de Serviço de Saúde” e devem ser conduzidos para a área de armazenamento.

Os resíduos contendo substâncias químicas que apresentem risco à saúde pública ou ao meio ambiente, incluindo medicamentos e demais resíduos químicos devem estar identificados com o símbolo de risco associado conforme a NBR 7500, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 145

Os recipientes contendo resíduos do serviço de saúde permanecerão tampados, identificados conforme as exigências anteriormente descritas e também com a etiqueta padrão estabelecida.

12.2.2.4.11.2 Armazenamento

Os sacos de resíduos não podem ser retirados de dentro dos recipientes e não devem permanecer diretamente sobre o piso.

A área de armazenamento, contígua ao ambulatório, será exclusiva para resíduos de saúde, identificada e restrita a funcionários da área e deve ostentar o símbolo de substância infectante. Deve ser construída em alvenaria ou em material impermeável e lavável, fechada e dotada apenas de aberturas de ventilação teladas. A saída de efluente, se necessário, deve ser interligada à rede de efluentes sanitários. As dimensões da área devem ser suficientes para armazenar a produção de resíduos de até três dias, sem empilhamento dos recipientes acima de 1,20 m.

Os resíduos do serviço de saúde serão retirados por empresa especializada e licenciada para tal atividade, conforme periodicidade definida em contrato.

12.2.2.4.11.3 Coleta e Destinação Final

12.2.2.4.12 EMERGÊNCIA

As instalações de armazenamento serão operadas e mantidas de forma a minimizar a possibilidade de fogo, explosão, derramamento ou vazamento de resíduos para o ar, água superficial ou solo, os quais possam constituir ameaça à saúde humana ou ao meio ambiente.

Em casos de acidentes serão tomadas, coordenadamente, medidas que minimizem ou restrinjam os possíveis efeitos danosos decorrentes do empreendimento. Tal sequência de procedimentos estará discriminada no Plano de Controle Ambiental da Construção ou da Operação do Porto do PIM, bem como no Plano de Emergência elaborado pela empreiteira contratada, que deverá conter minimamente:

• Informações de possíveis incidentes e das ações a serem tomadas;

• Indicação da pessoa que deve atuar como coordenador e seu substituto, indicando seus telefones e endereços; esta lista deve estar sempre atualizada;

• Lista de todo equipamento de segurança existente, incluindo localização, descrição do tipo e capacidade.

Nota: A forma de apresentação do Plano de Controle Ambiental da Construção ou da Operação do Porto do PIM seguirá os critérios estabelecidos na ABNT NBR 10157 e na Resolução Conama 398/2008.

Para a instalação de armazenamento e tratamento de resíduos será designado um funcionário e seu substituto, que, lotados na própria instalação ou em lugar de rápido acesso, têm condições de coordenar todas as medidas necessárias para o controle de casos de emergência.

O citado coordenador e seu substituto estarão familiarizados com o Plano de Emergência, com as operações existentes nas instalações e a localização e características dos resíduos manuseados, assim como terá autoridade para liberar os recursos necessários para a consecução de tal plano.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 146

12.2.2.4.13 EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA

A instalação será equipada e manterá adequadamente todos os equipamentos de segurança necessários aos tipos de emergências possíveis de ocorrer, por exemplo: equipamentos de combate a incêndio, onde houver possibilidade de fogo. Além disso, deve existir na instalação um sistema de comunicação que permita um contato rápido com o corpo de bombeiros, defesa civil e órgão de controle ambiental. O proprietário ou encarregado da operação deve inspecionar a instalação de modo a identificar e corrigir eventuais problemas que possam provocar a ocorrência de acidentes prejudiciais ao meio ambiente. Para tanto, a instalação deverá possuir um plano de inspeção e manutenção, cuja frequência deve levar em conta a probabilidade de falhas.

12.2.2.4.14 REGISTRO DE OPERAÇÃO

A instalação possuirá um registro de sua operação, que deve ser mantido até o fim de sua vida útil, incluindo o período de encerramento das atividades.

12.2.2.4.15 REQUISITOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE OCUPACIONAL E MEIO AMBIENTE

Todas as empresas e colaboradores envolvidos neste plano deverão obedecer aos preceitos do Manual de orientações básicas de Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional, procedimento interno do Porto do PIM.

12.2.2.4.16 TRANSPORTE EXTERNO

O caminhão que irá transportar os resíduos até sua destinação final deverá estar equipado com os rótulos de risco e os painéis de segurança conforme determina a NBR 7500, quando necessário.

Essas sinalizações devem possuir as seguintes características:

• O painel de segurança será retangular de cor laranja, com altura de 300 mm e largura de 400 mm, com uma borda preta de 10 mm e deve conter o número ONU e o número de risco do produto transportado em caracteres pretos com dimensões de 100 mm de altura;

• O veículo deve portar rótulos de risco com dimensões de 300 mm por 300 mm com uma linha da mesma cor do símbolo a 12,5 mm da borda e paralela a todo o seu perímetro. Devem corresponder ao rótulo de risco estipulado para classe do produto perigoso em questão, quanto à cor e ao símbolo e conter o número da classe e da subclasse.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 147

Os resíduos enviados para disposição final acondicionados em tambores, bombonas, big bags, caçambas e contêineres móveis deverão ser identificados mediante a aplicação de uma etiqueta adesiva, que contém nome e a classe do resíduo, código de identificação, número ONU, classe de risco, telefone para emergência, etc., conforme Figura 12.2.2.4.16-1 – Modelo de Etiqueta para Resíduos Perigosos.

RS-001 – Resíduos Diversos Contaminados

Resíduos Sólidos Classe I

Nome apropriado para embarque: Resíduo, Substância que apresenta risco para o meio ambiente, sólida, N.E

Número ONU: 3077

Número Risco: 90

Classe de Risco: 9

Gerador e Destino: De acordo com nota fiscal que acompanha a carga.

Emergência: Acionar XXX

Fonte: NBR 10.004

FIGURA 12.2.2.4.16-1: Modelo de Etiqueta para Resíduos Perigosos.

Os veículos utilizados no transporte de resíduos e produtos perigosos, não devem ser usados para o transporte de pessoas, animais, medicamentos ou alimentos destinados ao consumo humano ou animal, ou ainda, embalagens destinadas a estes bens.

Somente poderão ser carregados resíduos e produtos compatíveis entre si, consultar Figura 12.2.2.4.8.1-1 - Tabela de Incompatibilidade Química entre Resíduos, já apresentada.

Caso ocorra vazamento de resíduo ou produtos perigosos durante o transporte, o veículo deve ser limpo e descontaminado, antes da próxima viagem.

O código do Registro Nacional de Transportador Rodoviário de Carga (ANTT) deverá estar fixado nas laterais externas da cabine de cada veículo automotor e de cada reboque ou semi-reboque.

Os elementos indicativos de risco devem ser todos aplicáveis aos materiais constantes na documentação, visíveis à distância e estar em bom estado, de forma a permitir a identificação rápida dos riscos do carregamento e devem estar posicionados nos dois lados opostos da unidade de transporte, e na traseira e dianteira conforme disposição definida na legislação.

O horário de transporte respeitará as legislações das cidades/estados por onde o caminhão irá passar, assim como as rotas. Esses detalhes serão definidos conforme a demanda de retirada dos resíduos.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 148

O Porto do PIM ou a empreiteira contratante do transporte exigirá do transportador o uso de veículo e equipamento em boas condições operacionais e adequados para a carga a ser transportada e o atendimento à legislação em vigor.

Quando da contratação, o transportador deve receber orientações sobre a inspeção do veículo a ser realizada nas instalações do mesmo, antes da sua liberação para dirigir-se aos fornecedores previamente aprovados.

Os condutores de veículos de transporte de resíduos devem possuir habilitação adequada e devem estar qualificados, por meio de treinamento, para exercer tal atividade (MOPP), para o conhecimento dos perigos específicos do resíduo e do produto transportado, para uso do material de emergência e do uso de equipamentos de proteção individual.

O condutor de veículo de transporte de resíduo/produto perigoso não deve participar das operações de carregamento, transbordo e descarregamento da carga.

Resíduos perigosos e materiais perigosos são transportados por transportadoras licenciadas com veículos exclusivos para este fim.

Todos os veículos de carga que serão utilizados no transporte de resíduos perigosos e não perigosos devem ser vistoriados antes de seu carregamento pelo SMS do Porto do PIM ou da empreiteira responsável, no caso da fase de implantação, devendo ser utilizado o modelo contido na Figura 12.2.2.4.16-2 – Check-list de veículos para transporte de resíduos.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 149

MATERIAL TRANSPORTADO: CLASSE:

SIM NÃO OBSERVAÇÃO

Vestimenta do Motorista adequada (calça comprida, camisa e sapato fechado)?

Possui dispositivo para sustentação de corda ou fita?

Possui Manifesto para Transporte em 5 vias? NºPossui Ficha de Emergência e envelope pardo?

Anexo - Rev 00

DATA:

Sistema de sinalização do veículo funcionando adequadamente (setas, painel, ré, etc)?Possui extintor de incêndio na cabine em perfeito estado de funcionamento?O tacógrado está funcionando?Os cintos de segurança estão funcionando?

DADOS DO TRANSPORTE

TRANSPORTADORA: ENTIDADE DE DESTINAÇÃO:

CHECK-LIST DE VEÍCULOS PARA TRANSPORTE DE RESÍDUOS

APROVADO?

RESPONSÁVEL PELA INSPEÇÃO:

Possui declaração para transporte?A simbologia de risco está instalada e é a correta?Possui Nota Fiscal de Simples Remessa?

Resultado da Inspeção

Documentação

Possui fita para isolamento?

O limpador de pára-brisa está funcionando?

Possui triângulo de sinalização?Possui caixa de ferramentas?Possui telefone celular ou cartão telefônico? Caixa de primeiros socorros?

Possui pá e enxada?

Possui cones para isolamento na cor laranja com tarja reflexiva (4), corda e/ou fita?Possui 2 calços de madeira no mínimo?

Possui mantas absorventes?Possui martelo e batoques?

Possui 04 placas de advertência “PERIGO AFASTE-SE”?

Os retrovisores estão em perfeito estado de funcionamento?

Possui lanterna e pilhas e está funcionando adequadamente?

Possui extintores sobressalentes (carreta, produto)?

O veículo possui lonagem adequada (resíduos sólidos - 3x4m)?Kit de Emergência

ITEM

01 Par de Luvas de PVC

ENTIDADE GERADORA:

DADOS DO VEÍCULO E MOTORISTA

NOME DO MOTORISTA: PLACA DO "CAVALO":

EPI (Equipamentos de Proteção Individual)

PLACA DO REBOQUE:

Nº MOPP: VENCIMENTO:CAPACITAÇÃO Nº:

Nº CNH/CATEGORIA/VENCIMENTO: ANTT:

Condições do VeículoPneus em bom estado? (Rodantes e Sobressalentes)

01 Capacete de Segurança01 Óculos de Segurança tipo Ampla Visão01 Par de Calçado de Segurança

VENCIMENTO:

FIGURA 12.2.2.4.16-2: Check-list de veículos para transporte de resíduos.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 150

12.2.2.4.17 DOCUMENTOS PARA O TRANSPORTE

Durante todo o transporte, deve estar no veículo o Documento Fiscal do resíduo transportado, contendo as seguintes informações:

• Número e nome apropriado para embarque;

• Classe e, quando for o caso, subclasse à qual o produto pertence;

• Declaração assinada pelo expedidor de que o produto está adequadamente acondicionado para suportar os riscos normais de carregamento, descarregamento e transporte, conforme a regulamentação em vigor.

Deve também estar no veículo durante todo o transporte, a Ficha de emergência e Envelope para o Transporte, emitidos pelo expedidor, de acordo com as NBR-7503, preenchidos conforme instruções fornecidas pelo fabricante ou importador do produto transportado, contendo:

• Orientação do fabricante do produto quanto ao que deve ser feito e como fazer em caso de emergência, acidente ou avaria; e

• Telefone de emergência da corporação de bombeiros e dos órgãos de policiamento do trânsito, da defesa civil e do meio ambiente ao longo do itinerário.

12.2.2.4.18 DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS

A destinação final dos resíduos será definida após a c aracterização do resíduo (quando necessário), inspeção ambiental na empresa selecionada e obtenção da documentação e autorizações pertinentes.

O Porto do PIM adotará os critérios de escolha das empresas adotando-se a melhor tecnologia de destruição/destinação do resíduo sólido, objetivando o melhor “custo x benefício” ambiental.

O Porto do PIM destinará seus resíduos somente em instalações com capacidade comprovada de recebimento e aprovadas pelo Órgão Ambiental competente.

O Porto do PIM gerenciará a destinação final de forma a reduzir o número de entidades receptoras/tratadoras de resíduos minimizando os riscos de gestão do PGRS, conforme explicitado no Cadastro de Fornecedores (Figura 12.2.2.4.18-1).

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 151

EMPRESA ENDEREÇO DA EMPRESA CONTATO SERVIÇOS

OFERECIDOS

NÚMERO DAS LICENÇAS DE

FUNCIONAMENTO E VALIDADE

RESÍDUOS TELEFONE E-MAIL SITE

Cadastro de Potenciais Fornecedores

FIGURA 12.2.2.4.18-1: Modelo de Cadastro de Fornecedores.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 152

12.2.2.4.19 PROCEDIMENTOS DE GESTÃO AMBIENTAL NOS FORNECEDORES

Todas as instalações externas de disposição, reciclagem ou tratamento de resíduos, selecionadas pelo Porto do PIM, serão visitadas e inspecionadas a fim de verificar se o método de gerenciamento adotado é ambientalmente correto, bem como se a documentação pertinente a atividade encontra-se atualizada e em conformidade com a legislação.

Toda a documentação legal aplicável será monitorada pelo SMS do Porto do PIM de forma a manter os registros disponíveis aos Órgãos Ambientais Federal, Estadual e Municipal, bem como, de todos aqueles envolvidos no processo.

Para todos os resíduos previamente identificados pelo Porto do PIM, será realizada uma consulta prévia e confeccionada um lista com vários fornecedores conforme modelo já apresentado na Figura 12.2.2.4.18-1 (Cadastro de Fornecedores).

12.2.2.4.19.1 Fornecedores Potenciais

Dentre as opções levantadas, o Porto do PIM irá realizar as inspeções ambientais para posterior contratação dos serviços. Ressalta-se que as destinações finais, não se restringem à lista elaborada, outras opções podem ser adotadas e inseridas.

12.2.2.5 PÚBLICO ALVO

O Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos é voltado à e quipe de funcionários e representantes do Porto do PIM, que irão acompanhar todo o processo de gerenciamento de resíduos gerados nas fases de implantação e operação do terminal, assim como acompanhar a gestão de resíduos gerados pelas empreiteiras contratadas.

12.2.2.6 RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

Os recursos materiais e humanos serão os mesmos relacionados nos seguintes Planos/Programas: Plano de Controle Ambiental da Construção (PCA-C) e no Programa de Controle Ambiental da Operação (PCA-O)

12.2.2.7 RESPONSABILIDADE PELA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

Todos os colaboradores do Porto do PIM e das empresas contratadas têm responsabilidade quanto a aplicar e cumprir as diretrizes desse Programa.

Cabe ao SMS do Porto do PIM a responsabilidade pela implementação, revisão e contínua adequação desse Programa.

Cabe aos responsáveis pelas áreas/unidades organizacionais do Porto do PIM informar ao SMS quanto à necessidade de revisão da geração/destinação de resíduos, originados a p artir da operação (normal ou acidental), ou de mudanças (permanentes ou temporárias) nas respectivas áreas/processos.

Cabe aos colaboradores buscarem a redução da geração de resíduos na empresa.

Cabe aos gestores de resíduos seguirem as determinações deste Plano no tocante ao correto gerenciamento de resíduos gerados pelos seus respectivos setores/áreas em situações normais de operação.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 153

12.2.2.8 INTERFERÊNCIA COM OUTROS PROGRAMAS AMBIENTAIS

O Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos tem interface com toda e qualquer atividade realizada no Terminal, tanto na fase de implantação como na fase de operação.

Além do Programa de Gestão Ambiental, que se constitui numa ferramenta de acompanhamento de todos os programas no âmbito do EIA, cabe destacar alguns planos e programas específicos que, devido ao potencial de algumas atividades de gerar resíduos, requerem controle específico. Entre os programas estão:

− Plano de Controle Ambiental da Construção - PCA – C;

− Programa de Controle de Supressão da Vegetação e Resgate da Fauna;

− Programa de Controle Ambiental da Operação - PCA – O;

− Programa de Gerenciamento de Efluentes;

− Programa de Monitoramento da Qualidade da Água.

12.2.2.9 ETAPA DO EMPREENDIMENTO E CRONOGRAMA

Este programa aplica-se à fas e de implantação do empreendimento, conforme cronograma constante da caracterização do empreendimento (Capítulo 8 deste EIA) e ao longo de toda a vida útil de operação do Terminal Portuário.

12.2.2.10 ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS

O Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos deve atender a diversas normas técnicas e requisitos legais, dentre as quais se destacam:

FEDERAL

− Lei nº 12.305, de 2 de Agosto de 2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos) - Dispõe sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.

− Lei Federal 9.605 de 12.02.1998 - Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

− Decreto Federal 2.350 de 15.10.1997 - Regulamenta a Lei nº 9.055, de 1º de junho de 1995, e dá outras providências.

− Decreto Federal 96.044 de 18.05.1988 - Aprova o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, e dá outras providências.

− Federal/Decreto Nº 3.665 de 20.11.2000 - Dá nova redação ao Regulamento para a Fiscalização de produtos Controlados (R-105).

− Portaria Minter 53 de 01.03.1979 - Dispõe sobre o destino e tratamento de resíduos.

− Resolução Conama 237, de 19.12.1997 - Dispõe sobre licenciamento ambiental.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 154

− Resolução Conama 275, de 25.04.2001 - Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.

− Resolução Conama 313 de 29.10.2002 - Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.

− Resolução Conama 358 de 29.04.2005 - Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e outras providências.

− Resolução Conama 257 de 30.06.1999 - Dispõe sobre o uso de pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, necessárias ao funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, bem como os produtos eletro-eletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura de forma não substituível, e dá outras providências".

− Resolução Conama 307 de 5 .07. 2002 - Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.

− Resolução Conama 348 de 16.08.2004 - Altera a Resolução Conama nº 307, de 05 de julho de 2002, incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos.

− Resolução Conama 398, de 11.06.2008 - Dispõe sobre o conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual para incidentes de poluição por óleo em águas sob jurisdição nacional, originados em portos organizados, instalações portuárias, terminais, dutos, sondas terrestres, plataformas e suas instalações de apoio, refinarias, estaleiros, marinas, clubes náuticos e instalações similares, e orienta a sua elaboração.

− Resolução ANTT 420 de 12.02. 2004 - Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.

− Resolução - RDC nº 306, de 7.12.2004 - Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

ESTADUAL

− Lei Estadual no 1.531 de 06 de julho de 1982 - Disciplina a Política Estadual de Prevenção e Controle da Poluição, melhoria e recuperação do meio ambiente e da proteção aos recursos naturais, e dá outras providências.

− Decreto nº 10.028, de 04 de fevereiro de 1.987 - Dispõe sobre o Sistema Estadual de Licenciamento de Atividades com Potencial de Impacto no Meio Ambiente e aplicação de penalidades e dá outras providências.

MUNICIPAL

− Lei Municipal nº 605 de 24 de julho de 2001 - Institui o Código Ambiental do Município de Manaus e dá outras providências.

− Lei municipal nº 1.411de 20 de janeiro de 2010 - Institui o sistema de limpeza urbana do Município de Manaus (SLUMM).

− Plano de Diretor de Resíduos Sólidos de Manaus, de julho de 2010 - Consiste num instrumento de planejamento, agregando proposições para operação e gerenciamento do

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 155

sistema de resíduos sólidos, dos aspectos legais correlatos e dos estudos de viabilidade econômica.

NORMAS TÉCNICAS

− ABNT NBR 10.004/2004 - Resíduos Sólidos, Classificação.

− ABNT NBR 10.005/2004 - Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos.

− ABNT NBR 12.809/1993 - Manuseio de resíduos de serviços de saúde.

− ABNT NBR 12.235/1992 – Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos.

− ABNT NBR 11.174/1990 – Armazenamento de Resíduos Classe II – não inertes e III – inertes.

− ABNT NBR 7500/2007 – Identificação para o Transporte Terrestre, Manuseio, Movimentação e Armazenamento de produtos.

− ABNT NBR 7501/2005 – Transporte Terrestre de Produtos Perigosos – Terminologia.

− ABNT NBR 7503/2008 - Transporte terrestre de produtos perigosos - Ficha de emergência e envelope - Características, dimensões e preenchimento.

− ABNT NBR 7.505 / 2006 – Armazenamento de líquidos inflamáveis e Combustíveis.

− ABNT NBR 10.007/2004 – Amostragem de Resíduos Sólidos.

− ABNT NBR 14.619/2006 - Transporte terrestre de produtos perigosos - Incompatibilidade química.

− ABNT NBR 9191/2008 - Sacos plásticos para acondicionamento de lixo - Requisitos e métodos de ensaio.

NORMAS REGULAMENTADORAS

− NR 20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis.

− NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde.

12.2.2.11 SISTEMA DE REGISTRO

O conjunto de atividades do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos deverá possuir registro periódico diário/semanal realizado na planilha de “Controle de Geração e Destinação de Resíduos” (CGDR), gerada periodicamente pelas empreiteiras e pelo SMS, na fase de construção, e pelo SMS na fase de operação.

Na fase de construção, Relatórios/Planilhas de acompanhamento deverão ser apresentados semanalmente ao SMS do Porto do PIM, com recomendações para medidas de controle e de mitigação.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 156

12.2.3 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS

12.2.3.1 INTRODUÇÃO

Este programa apresenta as diretrizes para gerenciamento dos efluentes, sob responsabilidade do Porto do PIM, a serem gerados durante a fase de implantação e de operação do Terminal Portuário.

Neste Programa são considerados os preceitos da Lei Federal nº 9.966/2000, que dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em corpos hídricos.

A geração de efluentes durante as obras de implantação do terminal terão as seguintes origens:

− Efluentes de esgotos sanitários, resultantes da captação nos diversos sanitários do canteiro;

− Efluentes provenientes de resíduos nas centrais de formas e armações e nas oficinas de manutenção, contendo óleos e lubrificantes.

Em relação à geração de esgoto doméstico está previsto, para o pico das obras, um volume da ordem de 36 m³/dia. Conforme apresentado no Capítulo 8 deste EIA, serão instaladas estações compactas por processo biológico para o tratamento do esgoto doméstico. Em eventuais pontos isolados do canteiro de obras serão instalados banheiros químicos.

Os demais efluentes, água de lavagem ou pluviais contaminadas com óleos ou lubrificantes, serão coletados em caixas separadoras de água e óleo instaladas junto às centrais de forma e armação e oficina de manutenção. Estes últimos serão coletados em tambores e enviados para reprocessamento. As áreas onde se localizarão as oficinas de manutenção serão dotadas de canaletas que captarão os eventuais efluentes e os encaminharão para caixas separadoras de água e óleo, conforme esquema apresentado no Capítulo 8 deste EIA. Também nos locais previstos para a troca de óleo dos equipamentos serão instaladas canaletas coletoras e caixas separadoras, que serão construídas sob bases de concreto armado e serão do tipo pré-fabricado.

O lançamento dos efluentes gerados no canteiro de obras será através de tubos de PVC, no rio Negro, respeitados os padrões legais de lançamento.

Para o posto de combustível que alimentará máquinas e veículos (não haverá abastecimento das embarcações no terminal) está prevista a execução de laje de concreto armado e mureta lateral, criando uma bacia de contenção do tanque para o caso de vazamentos. O tanque será do tipo aéreo apoiado em blocos de concreto armado estaqueados. Será também construída caixa de contenção para a r etirada dos eventuais vazamentos. Todas as estruturas utilizadas serão construídas de acordo com as normas técnicas brasileiras em vigor (bacia de contenção, piso impermeável e caixa separadora água/óleo), ou na ausência delas, normas internacionalmente aceitas.

Na fase de operação, os efluentes relacionados a qualquer atividade serão lançados, direta ou indiretamente, nos corpos de água ou nas redes coletoras, mas somente após o devido tratamento e desde que obedeçam às condições, padrões e exigências dispostos na legislação vigente, seja na Resolução Conama nº 357/05, na Resolução Conama nº 397/08 ou na Resolução Conama 430/11, conforme o caso.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 157

As áreas com potencial de gerar efluentes na fase de operação são:

− Armazenagem de combustíveis: serão armazenados em tanques aéreos e estas áreas terão bacia de contenção. Os efluentes serão analisados e liberados para o sistema de drenagem;

− Sistema de drenagem de águas pluviais: terá um sistema de rede pluvial contemplando toda a área do terminal contendo caixas separadoras de águas e óleo nas regiões nas regiões de potencial geração de efluentes.

Os resíduos químicos e oleosos que poderão ser gerados na etapa de operação serão oriundos da manutenção de equipamentos utilizados na operação do terminal, tais como: empilhadeiras, transtêineres, portêineres, caminhões, etc. Para o correto armazenamento e destinação destes resíduos, serão disponibilizadas na área das oficinas, caçambas especiais e/ou tambores devidamente sinalizados e posicionados em área com contenção de líquidos encaminhados para sistema de separação água e óleo (SAO). Os resíduos líquidos (óleos usados) serão enviados para re-refino e a fase sólida (trapos, estopas, filtros, etc) enviada para co-processamento ou aterro sanitário.

É importante ressaltar também que a APM Terminals da Amazônia Participações Ltda., apesar de ter elaborado o projeto básico vencedor do concurso e o EIA-Rima do Porto do PIM, não necessariamente será a empresa que obterá a concessão para a exploração do porto, já que a licitação é pública e outras empresas podem participar.

O Porto do PIM prevê a implantação de cinco pátios de contêineres, em quatro fases diferentes de implantação. Todas as edificações serão construídas na Fase 1, com previsão de início em 2015. Implantada a Fase 1, terá início a operação do terminal. A conclusão da implantação (Fase 4) está projetada para o ano de 2032, sendo prevista, portanto, para alguns períodos, a realização de obras concomitantemente à operação do terminal.

12.2.3.2 JUSTIFICATIVA

As atividades relacionadas à implantação do Porto do PIM são potencialmente poluidoras, uma vez que geram efluentes líquidos que deverão ser adequadamente gerenciados, de forma a evitar uma possível degradação do ambiente.

Este Programa constitui-se em um conjunto de recomendações e diretrizes que visam aplicar os procedimentos operacionais, em consonância com os conceitos e práticas de preservação ambiental, bem como em conformidade com a legislação pertinente em vigor, definindo, de forma clara e objetiva, as rotinas e responsabilidades a todos os envolvidos nas atividades que envolvem a geração de efluentes líquidos.

Desta forma, a ad oção deste Programa como parte integrante de um conjunto de programas inseridos neste EIA, se justifica pela necessidade de mitigar, controlar e gerenciar os impactos associados à geração de efluentes líquidos gerados durante as fases de implantação e de operação do empreendimento.

Vale ressaltar que o entendimento e divulgação deste Programa a todos os níveis funcionais do empreendedor e dos terceiros envolvidos são fundamentais para seu desempenho efetivo.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 158

12.2.3.3 OBJETIVOS

12.2.3.3.1 OBJETIVO GERAL

Este Programa tem como objetivo geral a manutenção da qualidade ambiental do Porto do PIM e seu entorno, principalmente por meio do controle e minimização das fontes de poluição identificadas e do adequado gerenciamento dos efluentes líquidos decorrentes das obras de implantação e das atividades de operação do empreendimento e suas instalações acessórias.

12.2.3.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

São objetivos específicos deste Programa:

− Garantir que os efluentes gerados e/ou tratados apresentem conformidade com os padrões de lançamento estipulados pela legislação em vigor;

− Garantir a adoção, por parte dos trabalhadores, dos procedimentos estipulados no presente Programa;

− Garantir o cumprimento dos procedimentos descritos nesse programa e consequentemente o sucesso no gerenciamento dos aspectos levantados.

12.2.3.4 METAS E INDICADORES DE DESEMPENHO

Esse Programa tem como metas:

− Promover o tratamento adequado de 100% dos efluentes gerados, de forma a atender aos padrões de lançamento estipulados pela legislação pertinente;

− Promover a c orreta segregação e destinação final de 100% dos efluentes gerados nas obras e nas atividades de operação;

− Conscientizar 100% dos trabalhadores para os procedimentos a s erem adotados com relação ao correto gerenciamento dos efluentes líquidos gerados.

Os indicadores deste Programa são os parâmetros que permitirão verificar o parcial ou total atendimento das metas propostas. Adicionalmente tais parâmetros permitirão verificar a eficiência e a confiabilidade das ações e procedimentos propostos neste programa, possibilitando a identificação e implementação de melhorias e ações corretivas, caso sejam necessárias.

Os indicadores ambientais para o acompanhamento e avaliação de desempenho deste Programa encontram-se abaixo relacionados:

− Percentual de efluentes tratados, em conformidade aos padrões ambientais estipulados;

− Percentual de efluentes corretamente segregados e destinados;

− Percentual da força de trabalho conscientizada sobre os procedimentos para gerenciamento dos efluentes, por meio do Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores (item 12.2.12 deste EIA).

Cabe ressaltar que o estabelecimento de metas, mensuráveis e coerentes com os objetivos e principalmente com a Política Ambiental do Porto do PIM, e a efetividade do indicador estabelecido serão avaliados conforme a geração de dados, sendo que novos indicadores poderão ser gerados

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 159

ou substituirão o indicador em uso, caso este se mostre ineficaz para medir o desempenho da atividade.

12.2.3.5 PÚBLICO ALVO

O público-alvo deste Programa abrange:

− Trabalhadores das empreiteiras contratadas para realização das obras e para aplicação dos Programas citados neste EIA;

− Empreendedor, por meio de seus colaboradores, principalmente os envolvidos nas áreas de SMS;

− Empresas contratadas para atividades de tratamento ou destinação final adequada dos efluentes líquidos gerados;

− Órgãos ambientais da administração pública;

− Comunidade diretamente afetada pelas obras e do entorno.

12.2.3.6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O Programa de Gerenciamento de Efluentes tem como pressuposto o atendimento aos requisitos legais aplicáveis, bem como as Normas e Procedimentos Internos do Porto do PIM no que diz respeito à correta coleta, tratamento e encaminhamento dos efluentes domésticos e industriais gerados na implantação e na operação do Porto do PIM.

O programa em pauta é dividido em fase de implantação e fase de operação. Na fase de implantação prevê-se a utilização de uma Estação de Tratamento de Esgoto, instalada e gerenciada pela empreiteira responsável pela construção, enquanto que na fase de operação, inicialmente está prevista a utilização de uma Estação de Tratamento de Esgoto e o posterior lançamento do mesmo no rio Negro.

FASES DA IMPLANTAÇÃO

Durante a fas e inicial de implantação, a e mpreiteira contratada instalará uma Estação de Tratamento de Esgoto provisória, conforme layout apresentado no Capítulo 8 (Caracterização do Empreendimento), destinada ao tratamento dos efluentes do esgoto gerado no canteiro de obras dos sanitários, vestiários, cozinha e escritórios, recebendo tratamento no próprio local, de acordo com as normas NBR 7229/93 e NBR 13969/97 da ABNT. Ressalta-se que em pontos distantes dos sanitários do canteiro e onde existirem frentes de trabalho, poderão ser instalados sanitários químicos.

O lançamento do efluente tratado será monitorado periodicamente com a finalidade de controlar as características deste efluente de acordo com os parâmetros necessários.

Os combustíveis utilizados nas máquinas e equipamentos do canteiro de obras serão acondicionados em tanques aéreos com capacidade para 5.000 litros cada, o abastecimento destas máquinas será feito no local por profissional devidamente treinado.

A instalação para abastecimento de combustíveis, que alimentará máquinas e veículos internamente ao terminal, será construída sobre laje de concreto armado e mureta lateral, criando uma bacia de contenção do tanque para o caso de vazamentos. O tanque será do tipo externo

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 160

apoiado em blocos de concreto armado estaqueados. Será também construída caixa de contenção para a retirada dos eventuais vazamentos.

FASE DA OPERAÇÃO

Durante a fas e de operação, conforme apresentado na caracterização do empreendimento (Capítulo 8), o projeto prevê a coleta de esgoto gerado nos sanitários, vestiários, cozinha e escritórios, recebendo tratamento no próprio local, de acordo com as normas NBR 7229/93 e NBR 13969/97 da ABNT. No Desenho 03734-MA-00-DSK-0035, apresentado no Capítulo 8 deste EIA, é apresentado o detalhamento das redes de coleta de esgotos.

Para a drenagem da área dos pátios das pilhas de contêineres o projeto prevê a implantação de uma série de canaletas pré-moldadas de concreto com tampas vazadas em concreto armado. Estas canaletas por sua vez descarregam as águas pluviais em coletores tubulares (galerias) enterrados e transversais ao cais que descarregam as águas coletadas para o rio (vide Desenho 03734-MA-00-DSK-0033, já apresentado no Capítulo 8 deste EIA).

Os resíduos líquidos oleosos resultantes da operação e lavagem de equipamentos assim como da manutenção preventiva e corretiva de máquinas e equipamentos, durante as fases de construção e operação do Terminal, serão tratados em sistema independente, obedecendo aos requisitos da legislação ambiental aplicável, destacando-se as Normas técnicas que tratam sobre: Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis (NBR 17505/2006), Projeto, seleção e montagem de instalações elétricas (ABNT NBR IEC 60079-14:2009), entre outras.

Para prevenção de derramento de óleos e graxas no solo, a oficina de equipamentos contará um piso de concreto impermeável, com sistema de canaletas de drenagem e com caixa separadora de água e óleo.

Eventuais vazamentos de óleos e graxas serão tratados no âmbito do Plano de Controle Ambiental da Operação – PCA-O e no Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, objeto de programas específicos do EIA.

12.2.3.6.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

Na etapa de planejamento, os profissionais responsáveis pelo desenvolvimento das atividades de SMS propostas neste EIA, juntamente aos coordenadores de SMS do empreendedor e das contratadas, deverão estimar os locais de geração de efluentes, tipos e quantitativos dos efluentes a serem gerados em cada frente de obra e durante a operação do terminal, de modo a prever e dimensionar os sistemas de contenção, tratamento e destinação a ser dada a cada efluente gerado.

De posse dessa definição, os canteiros e frentes de obras envolvidos na implantação do empreendimento, bem como os locais de operação do empreendimento, serão dotados dos sistemas de tratamento ou armazenamento provisório adequados para cada tipo de efluente previsto.

Os itens a seguir trazem o descritivo das ações a serem realizadas para o correto gerenciamento dos efluentes líquidos previstos na obra e na operação do empreendimento.

Os efluentes líquidos gerados serão monitorados conforme legislação pertinente antes de serem lançados no corpo receptor, o qual deverá ser previamente autorizado.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 161

EFLUENTES SANITÁRIOS E DOMÉSTICOS

Os efluentes sanitários oriundos dos banheiros químicos instalados nos canteiros e nas frentes de serviço, bem como os originados em fossas sépticas, serão succionados e coletados periodicamente em caminhão-vácuo ou outra tecnologia apropriada, e encaminhados para tratamento em uma ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) projetada, conforme apresentado no Capítulo 8 deste EIA.

Os tanques sépticos que forem necessários terão que atender à Norma NBR 7.229/93, da ABNT, que dispõe sobre seus projetos, construção e operação. Da mesma forma, será aplicada a Norma NBR–13.969, também da ABNT, que cuida das Unidades de Tratamento e disposição final dos efluentes líquidos de tanques sépticos.

As empresas contratadas pelo Porto do PIM deverão manter registro dos envios dos efluentes, especificando a empresa coletora bem como a empresa receptora do efluente. O formulário de registro de envio de efluente deverá conter no mínimo as seguintes informações:

• Datas de envio e de recebimento;

• Nome da empresa que coletou e da empresa que recebeu o efluente;

• Quantidade de efluente retirado;

• Nome legível e assinatura do responsável pelo transporte e de quem recebeu o efluente.

Os efluentes oriundos dos vestiários, cozinha e escritórios receberão tratamento prévio, por intermédio de caixas de gordura, de modo a possibilitar sua destinação adequada para Estação de Tratamento e posterior lançamento no corpo d’água.

EFLUENTE DE LAVAGEM DE BETONEIRAS

O efluente gerado durante a lavagem de betoneira é composto basicamente de cimento e água.

A lavagem de betoneiras ou ferramentais sujos com concreto deverá ser realizada em local dotado de tanque de sedimentação com o objetivo de evitar o carregamento de sólidos para corpos hídricos.

Após a decantação em tanque, a água da lavagem de betoneiras poderá ser direcionada ao sistema de drenagem pluvial do canteiro de obras.

Os tanques de sedimentação deverão ser limpos periodicamente de forma a aumentar a vida útil dos mesmos.

EFLUENTES OLEOSOS

Todos os locais em que possam ser gerados efluentes que contenham hidrocarbonetos, tais como áreas de abastecimento de combustíveis e oficinas de manutenção de veículos e equipamentos, deverão ser cobertas e pavimentadas com piso impermeável e com canaletas de drenagem superficial direcionadas a uma caixa separadora de água e óleo. Deverão possuir, ainda, bacias de contenção localizadas abaixo das conexões das mangueiras de combustível, óleo ou graxas.

As águas de drenagem, provenientes de todos os locais passíveis de contaminação com óleo serão encaminhadas ao sistema de separação água-óleo, antes de proceder ao descarte adequado dos efluentes.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 162

O material recolhido nas caixas separadoras e coletoras (óleos, graxas, demais derivados de petróleo) será acondicionado em tambores apropriados a esse fim, e destinado a empresas devidamente certificadas para reciclagem destes produtos.

Em hipótese alguma será permitido o descarte premeditado de qualquer tipo de efluente diretamente em corpos d’água, sem o adequado tratamento prévio.

12.2.3.6.2 DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS DE DRENAGEM

Os sistemas de drenagem de águas pluviais conterão completa segregação entre águas limpas e contaminadas, conforme apresentado no Capítulo 8 deste EIA (Caracterização do Empreendimento).

Independente das fases de implantação ou operação, todas as áreas onde houver equipamentos passíveis de contaminação do piso serão, preferencialmente, pavimentadas e segregadas, formando áreas contidas através de construção de muretas, ressaltos ou pontos altos no piso, para se evitar espalhamento e contaminação em caso de vazamentos.

Os efluentes contaminados serão acumulados em bacia ou tanque para a contenção de águas contaminadas, específica para essas áreas, com esgotamento por caminhão a vácuo. Serão encaminhados para os citados recipientes os seguintes efluentes contaminados:

• Águas de lavagem da área dos equipamentos;

• Drenos e descarte de produtos contidos em equipamentos.

Os líquidos gerados durante o descarte dos produtos contidos nos equipamentos e tubulações serão acumulados em um tanque (ou bacia) para serem esgotados por caminhão a vácuo.

As águas de chuva precipitadas sobre ruas e áreas administrativas escoarão para o sistema pluvial limpo. A coleta e o escoamento serão feitos por gravidade, sempre que possível, por meio de canaletas abertas (gradeadas, se necessário).

O sistema pluvial que conduz águas limpas será chamado de Sistema Pluvial Limpo, para ser diferenciado do sistema de águas contaminadas, que também contém águas pluviais, mas pode conter contaminação.

12.2.3.6.3 AMOSTRAGEM

As coletas das amostras de água efluentes deverão ser realizadas com recipientes inertes, como os próprios frascos de armazenamento das amostras sem preservante.

12.2.3.6.4 ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS IN SITU

Em campo, deverão ser realizadas as medições físico-químicas das amostras de efluentes para os seguintes parâmetros: pH e temperatura.

O procedimento para a medida dos parâmetros físico-químicos consiste na inserção do eletrodo e termômetro em uma alíquota da amostra ou no reservatório de efluente tratado.

12.2.3.6.5 TRATAMENTO DAS AMOSTRAS

O preparo das amostras e as respectivas análises deverão ser realizados dentro do prazo de validade para cada um dos parâmetros investigados. As amostras deverão ser acondicionadas em frascos de vidro ou plástico, com os respectivos preservantes, conforme apresentado no

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 163

Quadro 12.2.3.6.5-1 e conservadas em caixas térmicas com gelo, de forma a manter a temperatura a 4 ± 2ºC, desde o momento da coleta até o envio ao laboratório. As cadeias de custódia deverão ser preenchidas em campo e encaminhadas juntamente com as amostras para o laboratório.

12.2.3.6.6 PARÂMETROS DE ANÁLISE

No Quadro 12.2.3.6.5-1 são apresentados os protocolos de preservação e armazenamento dos parâmetros os quais serão analisados nas amostras de efluentes.

QUADRO 12.2.3.6.5-1: Protocolo de preservação e armazenamento para as amostras de efluentes.

Parâmetros Método de análise Prazo para análise

Recipiente de armazenamento Preservação Quantidade

de amostra

Óleos e graxas EPA 1664 (análise) 28 dias (para análise) vidro âmbar Refrigerar a 4º C;

HCl (pH<2) 1000 ml

N amoniacal EPA 350.1 ou EPA 350.2

28 dias (para análise) plástico Refrigerar a 4ºC;

H2SO4 (pH<2) 250 ml

Sólidos totais suspensos Série EPA 160 7 dias (para

análise) plástico / vidro Refrigerar a 4°C 250 ml

Turbidez EPA 180.1 48h (para análise) plástico / vidro Refrigerar a 4°C 100 ml

Fósforo total EPA 3005A ou EPA 3015A (preparação) EPA 6010C (análise)

28 dias para Hg e P plástico Refrigerar a 4°C;

HNO3 (pH<2) 500 ml

Nitrogenio Kjeldahl SM4500NorgC 28 dias (para

análise) plástico Refrigerar a 4ºC; H2SO4 (pH<2) 250 ml

DQO SM - 5220-D 28 dias (para análise) plástico / vidro Refrigerar a 4 ºC;

H2SO4 (pH<2) 500 ml

Carbono Orgânico Total EPA 415.2 (análise) 28 dias (para

análise) vidro âmbar Refrigerar a 4°C; filtrar em campo; H2SO4 (pH<2)

100 ml

Metais totais EPA 3005A ou EPA 3015A (preparação) EPA 6010C (análise)

6 meses (para análise) plástico Refrigerar a 4°C;

HNO3 (pH<2) 500 ml

Metais dissolvidos EPA 6010C (análise)

24 horas para filtrar em laboratório; 6 meses (para análise)

plástico Refrigerar a 4°C; Filtrar no campo; HNO3 (pH<2)

500 ml

Os resultados obtidos deverão ser comparados com a Resolução Conama nº 357/05, a Resolução Conama nº 397/08 e a Resolução Conama nº 430/11.

12.2.3.6.7 ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS

Deverão ser elaborados relatórios técnicos para cada campanha amostral incluindo os seguintes itens:

• Capa com nome do programa, responsável e data;

• Detalhamento das atividades de campo e metodologias empregadas;

• Resultados, discussão e análise dos resultados.

Estes relatórios serão submetidos ao órgão ambiental na frequência a ser definida pelo mesmo.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 164

12.2.3.6.8 PERIODICIDADE

O Quadro 12.2.3.6.8-1, a seguir, apresenta a periodicidade em que os parâmetros propostos deverão ser monitorados nos efluentes nas fases de implantação e operação do empreendimento.

QUADRO 12.2.3.6.8-1: Periodicidade do monitoramento dos efluentes.

Parâmetros Frequência

Fase de Implantação Fase de operação

pH, Turbidez, Sólidos Sedimentáveis, Condutividade Diário Semanal

Sólidos Totais em Suspensão, DQO, Óleos e Graxas Semanal Semanal

Fósforo Total, Nitrogênio Kjeldahl Total, Carbono Orgânico Total Mensal Mensal

Parâmetros da Resolução Conama 357/2005, Resolução Conama 397/08 e Resolução Conama 430/11 Trimestral* Semestral*

(*) Campanhas compatibilzadas com as coletas referentes ao Programa de Monitoramento da Qualidade da Água

12.2.3.7 RESPONSÁVEL PELA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

Durante as fases de implantação do Porto do PIM, deverão atuar os seguintes profissionais:

• Coordenadores de Meio Ambiente das empreiteiras contratadas: os quais ficarão responsáveis por definir as estratégias de aplicação do Programa e coordenar a equipe técnica responsável por sua execução;

• Inspetores de Meio Ambiente das empreiteiras contratadas: os quais ficarão responsáveis por fiscalizar o andamento de todas as atividades relacionadas ao cumprimento dos procedimentos estipulados no Programa;

• Profissionais técnicos em meio ambiente: responsáveis pela execução do Programa em todas as suas etapas;

• Gerente e Coordenador de SMS do empreendedor.

Na fase de operação, cabe ao SMS do Porto do PIM a r esponsabilidade pela implementação, revisão e contínua adequação deste Programa de gerenciamento de efluentes.

12.2.3.8 INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS

As instituições envolvidas na operacionalização deste Programa são:

• O empreendedor por meio de todos os seus colaboradores responsáveis pela fiscalização;

• As empreiteiras contratadas para realização das obras de implantação do empreendimento;

• As empresas contratadas para o tratamento, transporte e destinação final dos efluentes líquidos a serem gerados;

• Os órgãos ambientais federal, estadual e municipal envolvidos no licenciamento das atividades.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 165

12.2.3.9 RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

O Porto do PIM disponibilizará e/ou contratará todos os recursos materiais exigíveis para o correto gerenciamento dos efluentes líquidos gerados durante os processos de implantação e operação, visando à adequada gestão ambiental e contribuindo para a melhoria contínua de todo o processo.

No que se refere a r ecursos humanos, a i mplementação, revisão e contínua adequação deste Programa caberá à equipe do SMS do Porto do PIM e da empreiteira contratada, nas fases de implantação do Terminal, conforme apresentado no organograma do Porto do PIM, anexo ao Programa de Gestão Ambiental – PGA.

12.2.3.10 INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS AMBIENTAIS

O Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos, por sua natureza, possui estreita relação com o Plano de Controle Ambiental da Construção (PCA-C), considerando as diretrizes e as técnicas básicas recomendadas para serem empregadas durante a fase de implantação do empreendimento, e com o Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança do Trabalhador, além do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, possuindo também interações indiretas com os demais Programas Ambientais do empreendimento.

12.2.3.11 ATENDIMENTO A REQUISITOR LEGAIS E INSTITUCIONAIS

O desenvolvimento deste Programa deverá seguir as diretrizes de Saúde, Segurança e Meio Ambiente do empreendedor, bem como as demais normas e legislações de âmbito federal, estadual e municipal, dentre as quais se destacam:

FEDERAL

− Lei Federal 6.938/81 - Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.

− Lei Federal 9.433/97 - Dispõe sobre a Política Nacional dos Recursos Hídricos.

− Decreto Federal 5.300/04 - Dispõe sobre regras de uso e ocupação da zona costeira.

− Lei Federal 9.966/00 - Dispõe sobre a p revenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas.

− Resolução Conama 357/05 - Dispõe sobre a qualidade das águas doces, salobras e salinas.

− Resolução Conama 430, de 13/05/2011 - Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução Conama no 357/05.

ESTADUAL

− Lei Estadual nº 1.531/82 - Disciplina a Política Estadual de Prevenção e Controle da Poluição, melhoria e recuperação do meio ambiente e da proteção aos recursos naturais, e dá outras providências.

− Decreto nº 10.028/87 - Dispõe sobre o Sistema Estadual de Licenciamento de Atividades com Potencial de Impacto no Meio Ambiente e aplicação de penalidades e dá outras providências.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 166

MUNICIPAL

− Lei Municipal nº 605/01 - Institui o Código Ambiental do Município de Manaus e dá outras providências.

NORMAS TÉCNICAS ABNT

− NBR-7.229 - Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos.

− NBR-13.969 - Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos.

PROCEDIMENTOS INTERNOS

− Manual de gestão de Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional.

− Inspeções Planejadas de SMS (Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional).

− Instruções de Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional para Empresas Contratadas, instruções a constarem de contrato.

12.2.3.12 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Este programa aplica-se à fase de construção do empreendimento e ao longo de toda a vida útil de operação do Terminal Portuário.

12.2.3.13 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO (SISTEMAS DE REGISTRO)

O Porto do PIM atenderá aos registros legais referentes às análises químicas obrigatórias, bem como aos registros de atividades de acompanhamento das Estações de Efluentes, observando a particularidade de cada uma delas (esgotos, efluentes oleosos e outras), organizando as informações de forma a garantir o acompanhamento dos dados no que diz respeito a preservação ambiental.

O acompanhamento deste Programa deverá possuir registro periódico diário/semanal realizado na planilha de “Controle de Geração de Efluentes Líquidos” (CGEL) gerada periodicamente pelas empreiteiras e pelo SMS, nas fases de construção, e pelo SMS na fase de operação.

Os registros serão compostos por: laudos de análises químicas, folhas de leitura, relatórios, etc.

Caberá às empresas contratadas para execução das obras a elaboração de relatórios quadrimestrais, a serem entregues à fiscalização do empreendedor, nos quais deverão constar todas as atividades relacionadas aos procedimentos realizados para o correto gerenciamento dos efluentes líquidos gerados, abrangendo as ações adotadas desde a g eração até a etapa de destinação final dos mesmos.

A avaliação do desempenho do Programa será feita mediante a quantificação dos indicadores de desempenho relacionados às metas pretendidas, com base nos registros efetuados e nos certificados das empresas responsáveis pelo correto tratamento e destino final dos efluentes gerados.

O conjunto de atividades do Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos deverá possuir ainda o acompanhamento da evolução de eventuais “não-conformidades” em relação ao previsto, de forma a sinalizar, preventiva e corretivamente, todo e qualquer desvio aos requisitos legais. Os relatórios de acompanhamento deverão ser apresentados semanalmente ao SMS do Porto do PIM, com recomendações para medidas de controle e de mitigação.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 167

12.2.4 PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO – PCA-C

12.2.4.1. APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

Obras de engenharia, em geral, interferem significativamente no meio ambiente, requerendo a elaboração de critérios técnicos e procedimentos operacionais que definam medidas de controle e ações, inclusive de saúde e segurança do trabalhador, tudo isto para prevenir e reduzir os impactos ambientais e os perigos e riscos à saúde e segurança do trabalhador decorrentes das atividades de construção.

O Plano de Controle Ambiental da Construção – PCA-C constitui um dos principais instrumentos da gestão ambiental para a i mplantação física do Terminal Portuário intitulado Porto do Polo Industrial de Manaus – Porto do PIM, no qual são ressaltados elementos que possam causar impactos significativos ao meio ambiente e à saúde e segurança do trabalhador, ou seja, os aspectos ambientais relevantes, e os procedimentos de proteção e de controle dos elementos sócio-ambientais envolvidos, proporcionando o acompanhamento intensivo da obra.

O Porto do PIM consiste em um terminal portuário capaz de promover a movimentação de carga geral conteinerizada (carga e descarga). Sua implantação se dará em quatro fases, sendo que toda a terraplenagem e todas as edificações serão construídas na Fase 1, conforme descrito ao longo deste PCA-C. O início da implantação está previsto para o ano de 2015 e o final da última etapa de obras previsto para 2032. Esta setapas incluem a demolição das estruturas existentes na área da antiga Siderama, com geração de resíduos de construção associados a esta atividade.

Para este empreendimento, no qual, em algumas fases haverá obras de implantação durante a operação do terminal, é ainda mais importante o alinhamento do PCA-C com o Programa de Controle Ambiental da Operação – PCA-O.

Dentro deste contexto, o Programa de Gestão Ambiental, via SMS corporativo, intenciona fazer a gestão integrada, principalmente acompanhando a i nteração dos procedimentos construtivos e operacionais estabelecidos nas diferentes fases do Porto do PIM, e considerando ainda que a gestão da operação do porto será por conta da empresa ganhadora da concessão para a exploração do porto e que a gestão da construção se dará por conta de terceiros.

Sendo assim, de forma a facilitar o controle ambiental, vale ressaltar que os critérios e procedimentos de controle ambiental, de saúde e de segurança serão inseridos em documentação contratual a ser estabelecida com as empresas contratadas, principalmente às empreiteiras responsáveis pela construção do empreendimento, e deverão, obrigatoriamente, ser considerados e seguidos durante o processo construtivo.

Ressalta-se que este PCA-C pode sofrer novas complementações para atender eventuais condicionantes emitidas pelo órgão licenciador, no âmbito do licenciamento.

12.2.4.2. OBJETIVOS

12.2.4.2.1 OBJETIVO GERAL

O Plano de Controle Ambiental da Construção – PCA-C tem como objetivo geral apresentar as diretrizes e orientações operacionais ambientalmente adequadas a serem seguidas pelas empresas contratadas pelo Porto do PIM para a i mplantação do empreendimento, principalmente empreiteiras. Tais diretrizes visam à preservação e restauração da qualidade ambiental dos meios físico, biótico e antrópico das áreas que irão sofrer intervenção ou influência das atividades ligadas à obra, buscando minimizar os impactos ambientais das diversas fases construtivas que se desenvolverão, inclusive, simultaneamente às atividades de operação do Porto do PIM.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 168

Este PCA-C visa também assegurar que as obras se desenvolvam em condições de plena segurança, por meio da adoção de procedimentos construtivos que apresentem o menor nível de interferência ambiental possível, e por meio do controle de todas as atividades que possam desencadear processos de degradação ou redução da qualidade ambiental na área de influencia do empreendimento, bem como risco a seus trabalhadores.

12.2.4.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Identificar para cada atividade a ser desenvolvida nas diversas fases de obras, os aspectos e respectivos impactos ambientais significativos e os perigos e riscos voltados à saúde e segurança dos trabalhadores;

• Propor ações e medidas de controle adequadas, voltadas ao controle ambiental, bem como à saúde e à segurança do trabalhador, assegurando que as obras sejam desenvolvidas em condições de segurança, evitando danos ambientais às áreas de trabalho e seu entorno;

• Identificar e assegurar o atendimento pleno à legislação, regulamentos, normas técnicas relacionados com o meio ambiente, assim como às exigências e recomendações dos órgãos ambientais, aplicáveis ao objetivo de prevenir, mitigar e controlar os impactos ambientais;

• Acompanhar tecnicamente e verificar a e fetiva incorporação das ações e medidas de controle previstas no PCA-C;

• Alinhar os procedimentos de controle ambiental das fases de construção, com as atividades de operação que se desenvolverão simultaneamente, conforme cronograma executivo apresentado no Capítulo 8 deste EIA, referente à caracterização do empreendimento.

12.2.4.3. METAS

As metas estão vinculadas aos objetivos específicos, são elas:

• Atender a todos os aspectos da legislação, principalmente ambiental e ocupacional;

• Minimizar os impactos ambientais decorrentes do processo construtivo e os impactos à população diretamente afetada;

• Reduzir ao máximo os riscos inerentes a execução das obras, principalmente no que se refere à geração de passivos ambientais; e

• Manter a total integridade da imagem pública do empreendimento.

O estabelecimento das Metas Ambientais, mensuráveis e coerentes com os objetivos e principalmente com a Política Ambiental do Porto do PIM, será realizado com a apuração de um histórico de registros das atividades e da situação ambiental da obra.

Para as fases de construção em questão será estabelecido o Indicador de Comportamentos Seguros, ou seja, será necessário atingir e manter classe de desempenho acima do percentual definido pelo empreendedor nas Inspeções Comportamentais, apontados nos Relatórios de Inspeções Comportamentais e apurados nos relatórios de atividades gerados semanalmente e enviados, à equipe de SMS do Porto do PIM, pelas empresas responsáveis pela construção do Centro Portuário. Tudo isto conforme sistemática para a realização de inspeções comportamentais de SMS (segurança do trabalho, meio ambiente e saúde ocupacional) apresentada no item 12.2.4.15.1 adiante.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 169

Cabe ressaltar que o estabelecimento de metas e a efetividade do indicador estabelecido serão avaliados conforme a geração de dados e que novos indicadores poderão ser gerados ou substituirão o indicador em uso, caso este se mostre ineficaz para medir a performance da atividade.

12.2.4.4. DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES E FASES DE IMPLANTAÇÃO DO PORTO DO PIM

Conforme apresentado na caracterização do empreendimento e conforme o layout do terminal portuário e as instalações previstas (Desenho Nº 03734-MA-00-DSK-003 no Capítulo 8 deste EIA), o Porto do PIM consiste em um terminal portuário capaz de promover a movimentação de carga geral (carga e descarga), acondicionada em contêineres e relacionada a navios tipo Panamax e de cabotagem.

Na fase de obras, estima-se um contingente de cerca de 300 funcionários diretos, durante o pico da obra.

O Porto do PIM está previsto para ser implantado em quatro fases, para acomodar a demanda projetada, com os cinco pátios de contêineres sendo construídos ao longo dessas fases, como indicado no Quadro 12.2.4.4. Todas as edificações serão construídas na Fase 1.

QUADRO 12.2.4.4-1: Fases de Implantação do Terminal.

Fases de Implantação 1 2 3 4

Pátios de Contêineres PC 1 e PC 3 PC 2 PC 4 PC 5

Ano 2015 2018 2026 2032

Capacidade 147.972 TEUs 408.707 TEUs 547.411 TEUs 665.000 TEUs

O projeto do Porto do PIM contempla as seguintes instalações:

• Píer flutuante de 500 metros de comprimento, na Fase 1, que possibilitará a at racação e operação simultânea de 2 embarcações em seus berços externos;

• Extensão do píer por mais 250 metros (Fase 2 do píer), possibilitando a atracação adicional de uma embarcação em seu braço externo;

• Sete guindastes giratórios fixos serão instalados no píer flutuante, na Fase 1, e proverão operação segura e eficiente. Quando o cais for expandido (Fase 2 do píer), mais três guindastes do mesmo tipo serão instalados;

• Uma ponte flutuante com duas pistas de rolamento para acesso dos caminhões ao cais;

• 5 (cinco) pátios de contêineres, cuja localização é ilustrada na Figura 12.2.4.4-1;

• 2 (dois) pátios para operação com racks para 350 contêineres refrigerados;

• 8 (oito) guindastes em pórtico sobre pneus RTG – Rubber Tyred Gantry Cranes;

• Armazém alfandegado de 6.000 m², dotado de todas as instalações necessárias para seu funcionamento;

• Estações de inspeção de contêineres; portaria de acesso com seis faixas de rolamento; área de fumegação; áreas de produtos perigosos; áreas de oficinas de manutenção e

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 170

reparos de equipamento; estacionamento para carretas, automóveis e demais equipamentos;

• Instalações de infraestrutura (água e esgotamento sanitário, rede de energia e outros serviços);

• Sistema viário interno, com cerca de 10.800 m de extensão na Fase 1 e + 2.130 m na Fase 2;

• Área de estacionamento com 2.147 m², para apoio a motoristas e espera de caminhões;

• Edifício Administrativo para as atividades operacionais, administrativas, comerciais e das autoridades aduaneiras, a saber:

− Salas operacionais, onde se instalará o pessoal técnico operacional do terminal, isto é, o pessoal ligado à execução das operações, acompanhamento, programação de atividades etc; Salas administrativas, onde se instalarão os funcionários administrativos do terminal com suas diversas gerências, salas para o pessoal de despacho de mercadorias e salas para a diretoria; Sanitários / vestiários para os funcionários operacionais do terminal; Sanitários / vestiários para os funcionários operacionais terceirizados; Sala da SRF, com área de escritórios, sanitários, copa e vagas de estacionamento demarcadas; Refeitório: o edifício do refeitório atenderá a todo o pessoal autorizado. O pessoal administrativo terá acesso direto ao terminal e o pessoal operacional também, entretanto com controle de saída de modo a impedir que pessoal não autorizado possa acessar a área primária; e Ambulatório médico.

PÁTIO 1

PÁTIO 5

PÁTIO 2

PÁTIO 3

PÁTIO 4

FIGURA 12.2.4.4-1: Localização dos Pátios de Contêineres.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 171

12.2.4.5. DESCRIÇÃO GERAL DAS ATIVIDADES DE CONSTRUÇÃO

Conforme o projeto básico do empreendimento, a sequência e descrição das atividades necessárias para a construção das diversas unidades que compõem o empreendimento são apresentadas abaixo, de forma sucinta. O cronograma de implantação do empreendimento se encontra no Quadro 8.4.5-1 do Capítulo 8 – Caracterização do Empreendimento.

Uma série de frentes de trabalho será realizada simultaneamente:

• Construção do cais flutuante: a estrutura de aço flutuante deverá atender às dimensões preliminares indicadas no desenho 03734-MA-00-DSK-0039 (Capítulo 8 deste EIA);

• Fabricação da ponte de acesso do cais: a estrutura de aço que liga o cais ao pilar de concreto vai apoiar em pontões flutuantes, de modo que as flutuações do nível da água possam ser acomodadas;

• Construção do pilar elevado de concreto que leva à ponte flutuante de acesso ao cais;

• Dois píeres apoiados sobre estacas para suportar a ponte de acesso do cais durante condições de nível d’água baixo;

• Terraplenagem: consistindo de escavações e aterros;

• A construção de edifícios, iluminação, áreas de pátios e cercas;

• O sistema viário completo, com dispositivos para a drenagem de águas pluviais;

• Outros sistemas de drenagem para águas de lavagem e de vazamentos perigosos de contêiner;

• Redes hidráulicas e de energia elétrica.

Cabe esclarecer que a descrição e detalhamento das ações de prevenção e controle das atividades de construção, que deverão ser adotadas pelas empresas contratadas para a implantação do empreendimento, são apontadas no item 12.2.4.6 deste PCA-C, intitulado “Procedimentos metodológicos e atividades”.

12.2.4.5.1 PREPARAÇÃO DO LOCAL DA OBRA

Para a implantação do empreendimento, será necessária a supressão da vegetação existente, por meio de técnicas e equipamentos adequados, uma vez que deve anteceder a remoção do solo e qualquer outra intervenção de obras para a implantação do empreendimento.

A atividade de supressão da vegetação incluirá a orientação quanto à execução do corte, cuidados com a fauna, remoção e destinação da biomassa vegetal, dentre outras, tudo isto conforme diretrizes constantes do Programa de Controle de Supressão de Vegetação e Resgate de Fauna.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 172

12.2.4.5.2 CONSTRUÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS

Para atender a t odas as necessidades da implantação do aproveitamento, está prevista a construção de canteiro de obras em área localizada no próprio terreno do terminal, em local onde futuramente (Fase 4) será implantado o pátio de contêineres PC 5 (Figura 12.2.4.5.2-1).

FIGURA 12.2.4.5.2-1: Localização do Canteiro de Obras.

A estrutura básica dos canteiros de obras consta das seguintes instalações: (i) Central de concreto; (ii) Depósito de areia, brita e cascalho; (iii) Carpintaria; (iv) Pátio de armaduras; (v) Pátio de equipamentos; (vi) Depósito/Almoxarifado; (vii) Oficina/Posto de combustíveis; (viii) Escritório administrativo e de apoio técnico da construtora e da fiscalização; (ix) Ambulatório; (x) Refeitório; (xi) Vestiários e sanitários; (xii) guarita; (xiii) estacionamento frota veículos para transporte de pessoal; e (xiv) estacionamento. As instalações serão provisórias e definidas por áreas cobertas, áreas descobertas e áreas mistas. O projeto para as instalações provisórias prevê: coleta seletiva de resíduos sólidos, gestão dos resíduos, caixas de contenção de sólidos, separadora de água/óleo nas drenagens, ETE, ETA e estação de tratamento de efluente da central de concreto.

Não está planejada a construção de alojamento específico para os trabalhadores. Será instituído um sistema de transporte até o canteiro, por meio de frota de ônibus e microônibus. Além disso, prevê-se a contratação de trabalhadores que residem na região de Manaus.

Além dessas edificações, estão previstas estruturas para tratamento de água, efluentes sanitários, separadores de água e óleo, e drenagem de áreas de contêineres de produtos perigosos ou com vazamento.

Não haverá central de britagem no canteiro de obras; serão contratados fornecedores de brita já instalados na região.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 173

12.2.4.5.3 SISTEMA DE FORNECIMENTO DE ÁGUA

A previsão de demanda de água potável para a etapa de obras é de 45 m³/dia, prevendo-se abastecimento pela rede pública.

12.2.4.5.4 SISTEMAS PARA CONTROLE E DESTINAÇÃO DE EFLUENTES DOMÉSTICOS E INDUSTRIAIS

A geração de efluentes durante as obras de implantação do terminal terão as seguintes origens:

• Efluentes de esgotos sanitários, resultantes da captação nos diversos sanitários do canteiro;

• Efluentes provenientes de resíduos nas centrais de formas e armações e nas oficinas de manutenção, contendo óleos e lubrificantes.

O lançamento dos efluentes gerados no canteiro de obras será através de tubos de PVC, no rio Negro, respeitados os padrões legais de lançamento.

Em relação à geração de esgoto doméstico estão previstos, no pico das obras, um volume da ordem de 36 m³ /dia. Serão instaladas estações compactas por processo biológico, para o tratamento do esgoto doméstico. Em eventuais pontos isolados do canteiro de obras serão instalados banheiros químicos.

Os demais efluentes, água de lavagem ou águas pluviais contaminadas com óleos ou lubrificantes, serão coletados em caixas separadoras de água e óleo instaladas junto às centrais de forma e armação e oficina de manutenção. Estes últimos serão coletados em tambores e enviados para reprocessamento. As áreas onde se localizarão as oficinas de manutenção serão dotadas de canaletas que captarão os eventuais efluentes e os encaminharão para caixas separadoras de água e óleo.

Também nos locais previstos para a t roca de óleo dos equipamentos serão instaladas canaletas coletoras e caixas separadoras, que serão construídas sob bases de concreto armado e serão do tipo pré-fabricado.

Para o posto de combustível que alimentará máquinas e veículos (não haverá abastecimento das embarcações no terminal), está prevista a execução de laje de concreto armado e mureta lateral, criando uma bacia de contenção do tanque para o caso de vazamentos. O tanque será do tipo aéreo apoiado em blocos de concreto armado estaqueados. Será também construída caixa de contenção para a r etirada dos eventuais vazamentos. Todas as estruturas utilizadas serão construídas de acordo com as normas técnicas brasileiras em vigor (bacia de contenção, piso impermeável e caixa separadora água/óleo), ou na ausência delas, normas internacionalmente aceitas.

12.2.4.5.5 SISTEMAS PARA CONTROLE E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMÉSTICOS E INDUSTRIAIS

Para atender a todas as necessidades de controle e destinação de resíduos sólidos, domésticos e industriais, gerados durante as diversas fases de implantação do Porto do PIM, bem como atender a legislação vigente, foi elaborado no âmbito do EIA o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos –PGRS, que tem como objetivo principal o estabelecimento de procedimentos para a coleta, segregação, caracterização, classificação, transporte, armazenamento, tratamento ou disposição final dos resíduos gerados nas atividades de implantação e operação do Terminal Portuário APM, com destaque para a minimização na geração de resíduos.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 174

O PGRS, do ponto de vista macro e de forma direta, objetiva ainda prevenir e minimizar os riscos de contaminação do solo e dos recursos hídricos, bem como, de forma indireta, prevenir e minimizar o risco do desencadeamento de processos erosivos e as suas consequências potenciais em termos de geração de sedimentos e assoreamento da rede de drenagem, por meio dos corretos acondicionamentos/armazenamentos temporários e disposição final dos resíduos sólidos gerados.

Vale salientar que a previsão de geração de resíduo sólido doméstico durante a etapa de obras é de 100m³/dia.

12.2.4.5.6 SERVIÇOS PÚBLICOS

Pelo fato de a o bra estar inserida em uma cidade com o porte de Manaus, entende-e que o aumento de demanda pelos diversos serviços públicos decorrente da população de trabalhadores na implantação do empreendimento não irá requerer convênios específicos com os governos estadual ou municipal.

12.2.4.5.7 ÁREAS DE EMPRÉSTIMOS DE SOLOS E ÁREAS DE BOTA-FORA

Devido às características do solo local e com base no projeto básico de terraplenagem, não foi identificada a necessidade de empréstimo de solo e nem mesmo excedente de solo. A elaboração do projeto executivo e a execução da terraplenagem deverá ratificar tal condição, tornando-se desnecessária qualquer área de empréstimo de solo ou mesmo para a disposição de bota-fora.

12.2.4.5.8 JAZIDAS DE AREIA E BRITA

Para a implantação do empreendimento será necessária a utilização de concreto, cujos principais componentes são a brita, a areia e o cimento. Essa matéria prima será obtida de locais que já as comercializa, que podem ser encontrados em Manaus e outas cidades próximas.

12.2.4.5.9 CONSTRUÇÃO DA ÁREA DE CAIS

O terminal é caracterizado por instalações implantadas em conjunto de patamares e uma ponte de acesso ao cais flutuante, que pode atender a embarcações de maior porte do lado externo e de menor porte do lado interno.

Do ponto de vista da concepção, os píeres flutuantes são formados por módulos retangulares devidamente encaixados ao longo do comprimento, formando uma unidade linear de 500 m na primeira fase e de 750 m na segunda fase de implantação do pier.

Do ponto de vista estrutural, os berços foram concebidos em aço naval e o piso do convés do píer e das pontes será revestido por uma argamassa de concreto e hidrocarboneto plastificante.

Os Desenhos 03734-MA-00-DSK-0036 e 03734-MA-00-DSK-0037 (ver Capítulo 8) apresentam o arranjo geral do píer e ponte de acesso, nas fases 1 e 2, respectivamente.

Os Desenhos 03734-MA-00-DSK-0036 a 03734-MA-00-DSK-0039, APM 41 a APM 43 (ver Capítulo 8) mostram o arranjo geral da ponte e dos flutuantes de apoio centrais.

As estruturas serão construídas em local adequado e transportadas até a área do Porto do PIM apenas no momento para sua efetiva implantação.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 175

12.2.4.5.10 CONSTRUÇÃO DA RETROÁREA

A terraplenagem da Retroárea consistirá em escavação (corte), aterro (preenchimento), mistura de solo e execução de muros de contenção.

12.2.4.5.10.1 Execução de Terraplanagem

A fim de se obter um equilíbrio no balanço, os taludes das encostas também foram revistos. Uma análise geotécnica de estabilidade de taludes preliminar indicou que taludes de 1,5 horizontal para 1 vertical (1,5:1), com uma berma de 3 m etros de largura a c ada 5 me tros de altura, proporcionará um talude que é seguro a curto prazo, com um fator de segurança a longo prazo entre 1 e 1,5. Qualquer talude mais íngreme não é recomendado. As bermas são recomendadas para mitigar a erosão do solo arenoso, característico da área do empreendimento.

A inclinação das vias foi limitada a 8% como regra geral, por segurança e para evitar o excesso de trabalho e sobreaquecimento dos caminhões de pátio no calor da região.

Assumiu-se que os muros de contenção sejam de concreto amarrado ou de gabião.

A terraplenagem deverá ser executada completamente na primeira fase de implantação dos pátios, para viabilizar o equilíbrio dos volumes.

O pavimento-tipo proposto para as áreas do terminal é mostrado na Figura 12.2.4.5.10-2, e inclui:

12.2.4.5.10.2 Implantação de Pavimentação

• Subleito em Cimento Estabilizado: a construção dessa camada envolve a pulverização da camada de subleito superior (com a e ventual introdução de cal para alcançar a pulverização requerida), a mistura de cimento seco ao solo, e compactação. A camada é molhada e deixada a curar, formando uma firme camada de base estrutural relativamente impermeável;

• Camada de Geotêxtil e Drenagem: Esta camada consiste em um geotêxtil permeável e uma camada permeável de brita, projetada para permitir que a água que escoa através das camadas superiores do pavimento drene para um sistema central de coleta de água;

• Base de Cimento Tratado: Esta camada é composta de brita ou concreto moído atendendo a requisitos específicos de granulometria, misturado com cimento Portland seco e compactado a uma densidade relativa especificada;

• Concreto Compactado a Rolo - CCR: Esta camada é constituída de uma mistura de concreto com baixo teor de água e "slump" muito baixo, para permitir o espalhamento e compactação. Devido à natureza do processo de pavimentação por compactação a rolo, trituração ou outros processos de controle devem ser seguidos para garantir que a superfície final seja plana e uniforme, para o tráfego nas pistas e para o empilhamento dos contêineres.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 176

O pavimento proposto considera vida útil de 30 anos e não inclui revestimento com blocos.

FIGURA 12.2.4.5.10-2: Seção-tipo de Pavimento.

12.2.4.5.11 IMPLANTAÇÃO E ADEQUAÇÃO DE ACESSOS

O acesso terrestre ao Porto do PIM se dará pela rodovia BR-319, carecendo da implantação apenas a p ortaria exclusiva e os dispositivos viários para permitir o adequado acesso de caminhões por esse local.

O sistema viário do terminal terá uma área pavimentada de 51.140 m², incluindo o portão principal e 12.930 metros de extensão. As vias são projetadas com rampa máxima de 8%, com largura da faixa adequada e raios de giro para permitir o movimento contínuo de caminhões no pátio à velocidade de 5 km/h. Sua implantação requer o acerto do terreno, cabendo a implantação imediata de sistema de drenagem das águas pluviais, desde o provisórios até o d efinitivo. As superfícies do terreno exposta pelo acerto da topografia e que não serão objeto de pavimentação serão protegidas por vegetação adequada (gramíneas), podendo ser ou não consorciada à exemplares de espécies arbustivas ou arbóreas.

O acesso entre a área retroportuária ao cais flutuante se dará por meio de uma ponte fixa, a partir do pátio de contêineres, conectada a um trecho de ponte flutuante, até atingir o cais. A estrutura do cais flutuante e da ponte flutuante será construída em estaleiro externo à área do empreendimento, sendo transportado à área do Porto do PIM e lá implantado.

12.2.4.5.12 EXECUÇÃO DE DRAGAGEM

Não há, atualmente, nenhuma dragagem prevista para as instalações propostas.

12.2.4.5.13 EXECUÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E DEMAIS ESTRUTURAS

Prevê-se a implantação do edifício administrativo com área total de cerca de 1.400 m² distribuídos em três pavimentos.

12.2.4.5.13.1 Construção do Prédio Administrativo

Toda a estrutura deste edifício será em concreto armado com as fundações, a princípio, por meio de estacas.

No Desenho APM 013 (ver Capítulo 8) é apresentado o projeto básico de arquitetura deste edifício administrativo.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 177

As fundações desta oficina deve ser do tipo direta face as boas características geotécnicas do solo da região (corte), e o piso interno será em concreto armado.

12.2.4.5.13.2 Construção de Oficinas

A estrutura será em concreto armado e a cobertura em estruturas metálicas com telhas de alumínio.

Esta oficina terá 1.400 m² e o Desenho APM 14 mostra o projeto de arquitetura (ver Capítulo 8).

O Portão de acesso ao terminal portuário é formado por um conjunto de cabine de entrada e saída, com a implantação de uma balança rodoviária em cada cabine.

12.2.4.5.13.3 Construção do Portão

A estrutura metálica de cobertura será apoiada numa base de concreto armado estaqueada.

Os Desenhos 03734-MA-00-DSK-0007a e 03734-MA-00-DSK-0007b (Capítulo 8) apresentam o arranjo dos portões de entrada e de saída, respectivamente.

O projeto prevê uma área para estacionamento de carretas e um edifício voltado ao atendimento dos motoristas e seus acompanhantes, dotado de sanitários, copa e refeitório.

Área coberta com aproximadamente 75 m², construída em estrutura metálica com telhas de alumínio e piso de concreto armado para suportar cargas correntes de veículos com contêineres. Ver Desenho APM 20 no Capítulo 8.

12.2.4.5.13.4 Construção de Área para Inspeção Aduaneira

Área com aproximadamente 72 m², coberta por estrutura metálica com telhas de alumínio, piso de concreto armado dotado de caixa para captação e posterior descarte de eventuais resíduos nela contidos. O concreto terá traço e tratamento compatíveis com as exigências de agressividade dos resíduos. O Desenho APM 22 apresenta o projeto desse edifício (vide Capítulo 8).

12.2.4.5.13.5 Construção da Área para Produtos Perigosos

As fundações do armazém principal, com área de cerca de 1.850 m², devem ser do tipo direta, face às boas características geotécnicas do solo da região (corte), e o piso interno será em concreto armado. A estrutura será em concreto armado e a cobertura em estruturas metálicas, com telhas de alumínio. A altura do armazém será de cerca de nove metros, o que permite a operação de empilhadeiras em toda a área.

12.2.4.5.13.6 Construção do Armazém

No Desenho 03734-MA-00-DSK-0050 é apresentado o projeto básico de arquitetura deste armazém.

Trabalhos de demolição, separação dos diferentes materiais e destinação adequada serão necessários para a implantação dos pátios de contêineres PC4 e PC5. A área é o local de uma antiga fábrica de aço, com grandes edifícios de escritórios de alvenaria e industriais de aço, uma pilha de fornalha, torre de água e diversas estruturas de concreto de grandes dimensões.

12.2.4.5.13.7 Demolições

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 178

12.2.4.6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS E ATIVIDADES

A formulação do PCA-C, mais do que uma exigência dentro do processo de licenciamento ambiental do empreendimento, representa uma função da expressão da política ambiental do empreendedor.

Os procedimentos apontados no PCA-C, principalmente na forma de especificações técnicas, referem-se basicamente à descrição e detalhamento das ações que deverão ser adotadas pela empresa contratada para construção e montagem durante as diversas fases de implantação do empreendimento, de modo que estas ações possibilitem a implementação do empreendimento de acordo com a legislação e as melhores práticas ambientais aplicáveis.

Assim, as especificações operacionais elencadas no corpo deste programa deverão ser incorporadas aos contratos a serem firmados com as empresas responsáveis pela construção civil e montagem das obras, para a garantia da execução do PCA - C.

Ressalta-se que a eventual não inclusão de ações operacionais que possam representar potenciais riscos de impactos ambientais e à saúde do trabalhador não exime as contratadas de incorporar medidas preventivas ou corretivas para controle dos impactos e riscos associados às tarefas.

12.2.4.6.1 DISPOSIÇÕES GERAIS

Além do Porto do PIM e das contratadas, os órgãos governamentais de controle ambiental e, eventualmente, outros órgãos e instituições poderão se envolver na implementação dos programas ambientais e de saúde e segurança do trabalho. Assim, poderão ser requisitados medidas ou relatórios adicionais de cumprimento destes programas.

As contratadas deverão ter conhecimento dos programas preconizados no âmbito do EIA, verificando, monitorando e registrando o alinhamento dos mesmos ao PCA-C.

As contratadas, ao firmarem contrato com o Porto do PIM, se obrigarão a cumprir integralmente o que preceituam as presentes especificações/diretrizes técnicas e todos os regulamentos e procedimentos de trabalho relativos à SM S, permitindo ampla e total fiscalização em suas instalações e serviços pelas equipes técnicas de supervisão designadas pelo Porto do PIM.

A contratada será responsável pelos atos de seus empregados e consequências cíveis e penais decorrentes da inobservância de quaisquer leis, normas e regulamentos de SMS vigentes no país.

As equipes de supervisão do Porto do PIM e das contratadas deverão analisar criticamente a execução das ações operacionais preconizadas no corpo deste PCA-C, em intervalos previamente planejados, suficientes para assegurar sua contínua adequação e eficácia, bem como avaliar a necessidade de alterações.

12.2.4.6.2 SUBCONTRATAÇÃO

Para assegurar que as Contratadas executarão suas atividades dentro dos preceitos estabelecidos pela legislação pertinente e pelas normas internas de Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho, o Porto do PIM explicita que no caso da Contratada subcontratar parte dos serviços, fica esta totalmente responsável pelas Subcontratadas, as quais estarão sujeitas a todas as obrigações deste regulamento.

Todas as categorias de atividades deverão, obrigatoriamente, estar enquadradas nas respectivas Normas Regulamentadoras – NRs aprovadas pela Portaria 3.214 de 08/06/78, do Capítulo V Título II da Consolidação das Leis do Trabalho relativo à Segurança e Medicina do Trabalho, bem como

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 179

demais legislações e diretrizes técnicas normativas vigentes e pertinentes citadas, ou não, no corpo deste documento, tais como Diretrizes da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN, NBRs, Legislações Nacionais relativas à Regulamentação para o trânsito de veículos, entre outras, que serão igualmente fiscalizadas pelas equipes de supervisão do Porto do PIM.

Fica a Contratada obrigada por força de contrato a cumprir a Política, as Normas e os eventuais Procedimentos Internos do Porto do PIM. O empreendedor (ou contratante) reserva-se o direito de proceder, a qualquer tempo, inspeções e auditorias relativas ao pessoal alocado e às instalações ocupadas, bem como aos documentos pertinentes ao cumprimento de requisitos legais e normativos.

Os relatórios destas Auditorias/Inspeções serão apresentados e discutidos em reunião com os responsáveis pela contratada, ocasião em que serão definidas as ações corretivas, os responsáveis e os prazos para correção das irregularidades apontadas.

12.2.4.6.3 HABILITAÇÃO PROFISSIONAL

A Contratada é totalmente responsável pela qualificação da mão-de-obra que estará fornecendo, devendo comprovar junto ao empreendedor que seus profissionais estão qualificados ou habilitados ou certificados para executar o trabalho objeto da contratação e que estão adequadamente treinados quanto às Normas e Procedimentos adotados no desempenho deste trabalho.

12.2.4.6.4 ESPECIFICAÇÕES PARA CONTROLE DE FORNECEDORES

As contratadas deverão avaliar e selecionar fornecedores de produtos e serviços com base na sua capacidade de fornecimento, conforme os requisitos estabelecidos.

Critérios para seleção, avaliação e reavaliação devem ser estabelecidos, de forma a permitir o acompanhamento do desempenho ambiental, a conformidade legal e as práticas de prestadores de serviços e fornecedores de produtos.

Devem ser mantidos registros dos resultados das avaliações e de quaisquer ações necessárias e oriundas das avaliações.

12.2.4.6.5 ESPECIFICAÇÕES PARA MOBILIZAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA E CONTRATAÇÃO

Com o objetivo de priorizar a contratação de mão de obra local, recomenda-se que a contratada forneça capacitação profissional da mão de obra local, a ser ministrada por entidades idôneas e qualificadas, para que os contratados possam ser qualificados para cargos como pedreiros, carpinteiros, armadores, encanadores, entre outros.

Devem ser dadas informações às comunidades da área de influência direta, a respeito do volume e tipo de contratação que as contratadas pretendam efetuar, bem como do período programado para realizar os serviços e do tipo de trabalho a ser realizado. A divulgação das informações deve utilizar os meios de comunicação disponíveis na comunidade: emissoras de rádio, serviços de alto-falantes, jornais, distribuição de panfletos, palestras abertas ao público e/ou exposições, alinhado às diretrizes do Programa de Comunicação Social proposto no item 12.2.13 deste EIA.

Vale ressaltar que, ao admitir funcionários, as contratadas devem atender as especificações relativas à saúde do trabalhador.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 180

12.2.4.6.6 ESPECIFICAÇÕES PARA ACESSO ÀS OBRAS E MINIMIZAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS COM O TRÁFEGO

Considerando o objetivo de mitigar interferências com o trafego do entorno, durante as fases de construção do empreendimento , seguem descritos abaixo especificações técnicas para acesso às obras:

• Coordenação com os Órgãos Responsáveis pela Gestão do Setor de Transportes para atendimento aos requisitos legais e institucionais para implantar os procedimentos operacionais temporários e/ou permanentes de gestão de tráfego;

• Procedimentos Operacionais de Gestão Temporária de Tráfego e do Sistema Viário para atender às necessidades das obras de implantação do empreendimento;

• Diretrizes de Comunicação e Participação Pública associadas aos procedimentos operacionais de gestão temporária de tráfego;

• Monitoramentos das Condições de Tráfego e Infraestrutura Viária para propósitos de planejamento;

• Diretrizes para preservação da Saúde do Trabalho, Segurança e Meio Ambiente, alinhadas às medidas e procedimentos do SMS do Porto do PIM, destacando-se o Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores.

O acesso rodoviário ao local do empreendimento será feito pela R. Min. João Gonçalves de Araújo, a partir do Distrito Industrial de Manaus, que dá acesso à BR-319, junto ao bairro Mauazinho; o Porto do PIM tem acesso direto por essa rodovia.

Há também a possibilidade do acesso fluvial dos trabalhadores, pelo rio Negro, já que a área do empreendimento se localiza junto ao Terminal da Ceasa, que promove o serviço de transporte por balsas de Manaus ao município vizinho de Careiro da Várzea, interligando a rodovia BR-319 de uma margem à outra.

Visando minimizar os impactos gerados pelas operações de transporte durante a obra (sobrecarga das vias de acesso e incômodos à população de entorno), deverão ser adotadas as seguintes medidas pelas contratadas:

• O transporte de funcionários pelas empresas transportadoras contratadas, bem como o acesso de caminhões e maquinário à obra deverá ocorrer pelos acessos pré-estabelecidos;

• As operações de transporte serão otimizadas, com o objetivo de diminuir ao máximo o número de viagens por dia e evitar concentrações no recebimento de insumos (materiais e equipamentos);

• Orientação às equipes de operadores de máquinas e equipamentos quanto aos cuidados relativos ao trânsito em áreas que envolvam riscos para pessoas e animais;

• Realização de palestras de educação no trânsito aos trabalhadores, para que todos conheçam as regras relativas ao Porto do PIM e ao município, alinhadas às medidas e procedimentos do SMS do Porto do PIM, destacando-se o Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores;

• Além destas, deverão ser previstas medidas de sinalização de obra, as quais compreendem o conjunto de providências destinadas a alertar e prevenir os trabalhadores e a população

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 181

no entorno, ou que eventualmente possa transitar nos locais de execução das obras, principalmente nas fases de construção que forem realizadas simultaneamente às atividades de operação, sobre os riscos de acidentes envolvendo as atividades construtivas. As principais medidas previstas são:

− Sinalização dos locais que possam estar sujeitos ao acesso de pessoas e/ou veículos alheios às obras, indicando a entrada e saída de veículos ligados às obras;

− Garantia de bloqueios ao tráfego onde necessário e a segurança de passantes quanto ao trânsito de máquinas, carretas, etc.;

− Sinalização de áreas urbanizadas situadas nas proximidades dos pontos de apoio logístico da obra;

− Sinalização dos locais que possam ser identificados como passagem de animais silvestres.

A sinalização da obra deverá ser cuidadosamente planejada para cada etapa dos serviços, incluindo delimitação dos locais em obra, delimitação de áreas de restrição, indicação de eixos de circulação de veículos e equipamentos e sinalização de tráfego.

Nas vias locais a serem utilizadas pelos veículos a serviço das obras, a sinalização deverá ser previamente acordada com os responsáveis pela obra e, principalmente, pela operação do porto, quando as obras ocorrerem concomitante às atividades de operação.

No que se refere ao transporte dos funcionários advindos dos centros urbanos do entorno ou das comunidades vizinhas, este deverá ser realizado por meio de veículos fechados, fornecidos pela contratada.

Este serviço visará equalizar de maneira segura e eficiente, por meio de um planejamento de transporte com linhas para diversos locais do entorno, o transporte coletivo que atenderá todos os fornecedores e suas subcontratadas que estiverem atuando nos canteiros de obras. O serviço de atendimento à mobilização interna de pessoal deverá ser organizado pela empresa contratada, alinhado às diretrizes de trafego do SMS do Porto do PIM, estabelecidas para a o peração do terminal.

Eventualmente, há também a possibilidades acesso dos funcionários por via fluvial, por meio de balsas. Neste caso, a c ontratante disponibilizará a i nfraestrutura necessária para tal atividade. Contudo, o planejamento e operação das embarcações ficarão sob responsabilidade das contratadas, sob supervisão do SMS do Porto do PIM.

12.2.4.6.7 ESPECIFICAÇÕES PARA EDUCAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO DOS TRABALHADORES

O objetivo geral desta ação é informar e conscientizar os trabalhadores envolvidos nas obras sobre a importância do respeito ao meio ambiente, saúde e segurança do trabalho e orientá-los para executarem cotidianamente ações ambientalmente corretas. São objetivos específicos desta atividade:

• Sensibilizar o funcionário para o desenvolvimento de atitudes preventiva e participativa que melhorem as condições de segurança, meio ambiente e saúde;

• Trazer informações e conhecimentos ao funcionário que possibilitem uma conscientização para a necessidade de uma mudança de atitude;

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• Mostrar ao empregado que os ganhos advindos com essa mudança não se refletem apenas no âmbito profissional, mas também na sua vida cotidiana, de maneira a sensibilizá-lo para a adoção dessa nova postura.

O programa de treinamento dos trabalhadores, sob responsabilidade das empresas contratadas, deverá contemplar a realização de palestras, direcionadas para o envolvimento e a sensibilização dos funcionários, com foco sobre as atividades diretamente vinculadas à execução da obra, bem como as características sócio-ambientais da região e os hábitos e costumes das comunidades locais.

Este treinamento deverá ser ministrado para todos os empregados envolvidos, em várias turmas, desde o início das etapas de implantação, e incluídos nos Diálogos Diários de Segurança (DDSs), abrangendo os seguintes temas:

• Integração do Grupo;

• Prevenção de acidentes e preservação da saúde, conforme definido na NR-18 e na NR-7;

• Orientações referentes a deslocamento, consumo e lazer, principalmente no sentido de minimizar impactos sobre as populações do entorno;

• Conceitos Básicos de Meio Ambiente (uso da água, destinação de resíduos, coleta seletiva, proteção à flora e fauna em especial a caça predatória, atropelamento de animais, diretrizes do Programa de Controle da Supresão de Vegetação e Resgate da Fauna, dentre outros);

• Apresentação da área de influência do empreendimento, potenciais impactos e suas consequências negativas e positivas;

• Discussão sobre responsabilidade técnica e ações de prevenção de acidentes ambientais, prevenção de acidentes com animais peçonhentos;

• Discussão sobre cidadania, padrões de consumo, diversidade cultural, código de postura e desenvolvimento sustentável;

• Discussão sobre o papel do indivíduo e da coletividade nos programas de saúde pública e as ações de prevenção contra epidemias, Doenças Sexualmente Transmissíveis- DST e, principalmente, dando destaque às doenças endêmicas na região de influência do Terminal Portuário, especialmente em relação aos vetores de malária, febre amarela, dengue, leishmaniose e doença de Chagas no canteiro de obras e demais instalações de apoio.

As diretrizes indicadas neste item estarão alinhadas às diretrizes estabelecidas no Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores, incluído no âmbito deste EIA.

O referido programa tem como objetivo principal a implementação de procedimentos preventivos e corretivos que assegurem a manutenção da competência e da conscientização dos colaboradores que, para ela ou em seu nome, incluindo as contratadas, realizem tarefas que tenham o potencial de causar danos ao meio ambiente, à saúde e à segurança, por meio de uma análise criteriosa das necessidades de treinamento, minimizando os impactos negativos e otimizando efeitos positivos que envolvam os trabalhadores durante as etapas de construção.

No que se refere à Prospecção e Resgate Arqueológico, tratada no item 12.2.4.6.24 deste PCA-C, haverá um treinamento dos trabalhadores para habilitação em identificação de achados

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 183

arqueológicos. Serão treinados os trabalhadores que atuarão nas áreas de terraplanagem e construção.

Esse treinamento deverá ser feito por arqueólogo e consistirá na divulgação de elementos para reconhecimento e no detalhamento dos procedimentos a serem tomados em caso de suspeita de identificação de “achados”. Nesse caso, os trabalhadores deverão seguir as orientações fornecidas pelo arqueólogo durante o treinamento.

12.2.4.6.8 ESPECIFICAÇÕES PARA A SAÚDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES

A prioridade de recrutamento de pessoal residente na região é fator positivo do ponto de vista de saúde pública, pois as migrações populacionais favorecem a introdução ou recrudescência de endemias, especialmente em relação aos vetores de malária, febre amarela, dengue, leishmaniose e doença de Chagas no canteiro de obras e demais instalações de apoio.

Os trabalhadores deverão contar com boas condições de saúde, tanto em benefício próprio como para reduzir os impactos que a introdução de um novo grupo populacional (trabalhadores não arregimentados localmente e suas famílias) possa criar sobre as condições de saúde da população local.

As contratadas devem atender aos seguintes quesitos ao admitir funcionários ou transferí-los de outras obras:

• Executar os exames médicos admissionais preconizados por lei;

• Encaminhar ao sistema público de saúde para o devido tratamento os portadores de moléstias infecto-contagiosas, quando eventualmente detectadas nos exames admissionais;

• Realizar exames admissionais específicos, visando assegurar o controle de introdução e disseminação de doenças transmitidas por vetores (DTV) (malária, febre amarela, dengue, leishmaniose e doença de Chagas);

• Fornecer uniformes e equipamentos de proteção individual (EPI) compatíveis com a função;

• Fazer registros detalhados de todos os atendimentos médicos ambulatoriais ou de emergência, incluindo controle de vacinas aplicadas aos empregados da obra.

As instalações sanitárias, vestiários, refeitórios, cozinhas, lavanderias, áreas de lazer e ambulatório dos canteiros de obras, devem ser instaladas de acordo com o preconizado na NR-18.

As contratadas assumem inteira responsabilidade pelas condições de segurança dos empregados dentro do ambiente de trabalho, higiene e medicina do trabalho, que devem estar em conformidade com o previsto na Lei 6.514, de 22 de dezembro de 1977, e pela Portaria 3.214 de 8 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho. Assumirão ainda as responsabilidades fixadas nessas normas, bem como acatarão as exigências específicas que lhes sejam feitas pela Fiscalização do Empreendedor, na figura do SMS, durante a execução das obras.

As contratadas são responsáveis pela segurança na execução de seus serviços e pelos atos de seus empregados que venham resultar em acidentes no trabalho.

As contratadas devem manter nos canteiros de obras, Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) registrado no DRT, conforme a NR-4,

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 184

dimensionado de acordo com seu plano de mobilização de pessoal e com as fases de execução dos contratos.

O dimensionamento do Serviço de Medicina do Trabalho deve estar de acordo com o Quadro II da NR-4, considerando-se para este cálculo o pessoal das empresas sub-contratadas.

Cabe às contratadas implementar, de acordo com a legislação, os seguintes programas de Saúde e Segurança:

• Programa de Prevenção de Risco Ambientais (PPRA) conforme NR-9;

• Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) conforme NR-18, item 18.3;

• Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), previsto na NR-7, do seu Pessoal, e da(s) sua(s) sub-contratada(s), contendo o nome do Médico do Trabalho, empregado ou não da empresa, responsável pelo PCMSO.

Antes do início de qualquer tarefa nas obras deverá ser realizada uma identificação criteriosa de riscos (Análise Preliminar de Risco – APR) com a p articipação do responsável pelos trabalhos (contratante e contratada). Da mesma forma, diariamente, deverá ser emitida Permissão para o Trabalho – PT, junto ao responsável pela área onde a atividade será executada e aprovada pelo representante de segurança do trabalho responsável pela liberação da atividade.

Deverá também ser realizada uma reunião prévia com todos que irão participar dos trabalhos, para esclarecer eventuais dúvidas sobre os riscos envolvidos na área operacional e aspectos relevantes de segurança e meio ambiente, devidamente registrada em atas.

Deverá ser realizada a análise das tarefas a serem executadas, observando-se cada etapa sequencialmente, com a finalidade de identificar riscos potenciais em cada uma delas e, propor medidas de atenuação dos riscos relacionados, assim como identificar os EPIs adequados. O objetivo desta análise é determinar, de forma escrita, padronizada e à disposição de todos, a maneira correta de executar cada tarefa com segurança.

A contratada deverá estabelecer os requisitos mínimos para identificar, reconhecer, avaliar, monitorar e controlar riscos nos espaços confinados e garantir o acesso a essas áreas somente após emissão, por escrito, da Permissão de Entrada e Trabalho, conforme modelo constante no anexo II da NR-33.

Compete às contratadas fornecer a estatística mensal de acidentes, preenchendo os formulários próprios, que devem ser entregues ao final de cada mês, por ocasião da medição dos serviços.

Deve ser colocado em local visível e de passagem dos trabalhadores, placar diário informativo de acidentes, bem como, apresentação de estatísticas por tipo de acidente.

O preenchimento da Ficha de Acidente de Trabalho – Anexo I da NR-18 é de caráter obrigatório, devendo as Contratadas enviar uma cópia da mesma às equipes de SMS do Porto do PIM. Todos os acidentes, por mais leves que sejam, ocorridos no local de trabalho ou a s erviço da obra, devem ser comunicados imediatamente ao seu superior imediato e ao setor de SMS, sendo relatados fielmente pelo acidentado e pelas testemunhas.

As contratadas devem submeter à aprovação da equipe de supervisão do empreendedor, indicadas pelo SMS do Porto do PIM, um plano de atendimento e remoção de trabalhadores acidentados dos canteiros de obras, discriminando o treinamento e capacitação do pessoal para os primeiros

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 185

socorros, o material a ser disponibilizado para o atendimento dos acidentados, o sistema de comunicação disponível e suas alternativas, os veículos a serem utilizados – próprios, contratados ou do serviço público – as rotas para remoção e listagem das instituições de saúde de referência e os prováveis locais de atendimento médico de urgência/emergência.

As contratadas devem implantar, tão logo tenha início a obra, Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, conforme legislação vigente.

As contratadas devem, com base no Mapa de Riscos, planejar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) necessários a cada tipo de serviço. O fornecimento, o controle e a obrigação ao uso devem estar de acordo com a NR-6. Devem ainda sinalizar as áreas indicando a obrigatoriedade e o tipo adequado de EPI a ser usado.

As contratadas devem manter um responsável geral pelo setor de Segurança no Trabalho, com formação de acordo com legislação vigente.

Cabe por fim destacar que, como medida de segurança, as empresas contratadas devem elaborar um Plano de Emergência

O Plano de Emergência das empresas contratadas deve estar alinhado com os Planos de Ajuda Mutua (PAM) eventualmente existentes na região de influencia do empreendimento.

para situações de incêndio e eventuais acidentes com materiais inflamáveis, capacitando uma brigada para controle e/ou combate a i ncêndios. A coordenação dessa atividade e treinamento dos componentes deve ficar sob a responsabilidade da equipe de Segurança do Trabalho da contratada, supervisionada pela equipe de SMS do Porto do PIM.

12.2.4.6.9 ESPECIFICAÇÕES PARA HIGIENE

A guarda de víveres deverá ser feita em local mantido permanentemente limpo, refrigerado nos casos de alimentos perecíveis. Deverão ser utilizadas telas e cercas protetoras, garantindo inacessibilidade a animais e insetos.

As cozinhas do canteiro deverão ser projetadas e construídas de forma a permitir total higiene e possuir todos os equipamentos e recursos necessários para a limpeza do local e do pessoal envolvido no preparo de refeições, conforme Resolução Anvisa – RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004 – MS.

As instalações dos refeitórios deverão prever o uso de telas, sistema de ventilação, contar com sanitários em número e capacidade adequados, entre outros, conforme critérios especificados nas normas de projeto, bem como devem dispor de Manual de Boas Práticas e de Procedimentos Operacionais Padronizados (POP), acessíveis aos funcionários envolvidos e disponíveis à autoridade sanitária, quando requerido.

Os POPs devem conter as instruções sequenciais das operações e a frequência de execução, especificando o nome, o cargo e/ou a função dos responsáveis pelas atividades. Devem ser aprovados, datados e assinados pelo responsável do estabelecimento, e relacionados aos seguintes itens:

• Higienização de instalações, equipamentos e móveis;

• Controle integrado de vetores e pragas urbanas;

• Higienização do reservatório de água;

• Higiene e saúde dos manipuladores.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 186

Os coletores utilizados para disposição dos resíduos das áreas de preparação e armazenamento de alimentos devem ser dotados de tampas acionadas sem contato manual e os resíduos devem ser frequentemente coletados e estocados em local fechado e isolado da área de preparação e armazenamento dos alimentos, de forma a evitar focos de contaminação e atração de vetores e pragas.

As caixas de gordura e de esgoto devem possuir dimensão compatível ao volume de resíduos e ser periodicamente limpas, devendo estar localizadas fora da área de preparação e armazenamento de alimentos e apresentar adequado estado de conservação e funcionamento. O descarte dos resíduos deve atender ao disposto no item “Especificações para Gerenciamento de Resíduos Sólidos”.

12.2.4.6.10 ESPECIFICAÇÕES PARA SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO

As diretrizes básicas a serem cumpridas durante a supressão vegetal visam à minimização dos impactos ambientais por meio da precisa delimitação das áreas de supressão, do uso racional das técnicas e ferramental de supressão, do uso ecologicamente e socialmente adequado da matéria lenhosa e do pleno conhecimento das características da vegetação local.

As atividades de supressão de vegetação deverão seguir os seguintes critérios e controles operacionais básicos descritos abaixo:

• O corte de árvores deverá ser realizado por equipe especialmente treinada;

• A equipe deverá ter consigo uma cópia autenticada da Autorização de Supressão de Vegetação, a ser emitida pelo órgão licenciador competente, inclusive com o mapa dos limites da área de intervenção liberada para a obra;

• O responsável pela gestão ambiental da obra deverá orientar e acompanhar as atividades, de forma a garantir e verificar que o corte da vegetação ocorra apenas onde necessário e que sejam seguidos os procedimentos de forma correta;

• Deverá ser realizado o piqueteamento para a ad elimitação da área de supressão da vegetação;

• Não deverão ser formados depósitos de material lenhoso em áreas de preservação permanente (APPs);

• Sob hipótese alguma deverá ser feito o uso de herbicidas ou qualquer tipo de produto químico destinado a fac ilitar a s upressão por métodos convencionais, ou o uso de desfolhantes ou produtos que reduzam o volume do material das copas de árvores.

Os técnicos deverão se reunir diariamente com o Coordenador para reportar as ocorrências diárias e buscar soluções para problemas ocorridos nas frentes de supressão.

Caso ocorra a c ontratação de empresas especializadas em supressão vegetal, estas deverão preferencialmente absorver a mão-de-obra local.

Cabe destacar a proposição do Programa de Controle de Supressão de Vegetação e Resgate de Fauna, que prevê a constituição de uma equipe habilitada, que acompanhará constantemente os trabalhos de desmatamento e limpeza de terrenos, pronta a i nterferir caso algum espécime relevante da fauna e da flora necessite ser realocada. Todas as frentes de trabalho deverão contar com um profissional habilitado, devidamente equipado, para eventual necessidade.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 187

É expressamente proibido o transporte e destinação de matéria lenhosa oriunda de supressão vegetal sem o devido Documento de Origem Florestal – DOF , ou documento pertinente.

Tanto os acessos como as áreas das frentes de supressão deverão ser marcados em campo com auxílio de equipe de topografia para que só haja intervenção nas áreas estritamente necessárias.

12.2.4.6.11 ESPECIFICAÇÕES EM RELAÇÃO À AQUISIÇÃO E ARMAZENAMENTO DE PRODUTO QUÍMICO PERIGOSO

O Técnico de Segurança responsável, da empreiteira contratada, deve ser consultado antes da aquisição de qualquer produto químico perigoso ou que requeira cuidados especiais.

Para definir se um produto químico está classificado como perigoso ou que requeira cuidados especiais, o Setor de Compras deve solicitar ao fabricante / representante o documento Material Safety Data Sheet – MSDS ou Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos – FISPQ.

O MSDS ou FISPQ deve ser submetido à an álise do Técnico de Segurança responsável, para definição da periculosidade e da compatibilidade do produto químico, bem como a necessidade de identificação, construção de contenção, local apropriado para armazenamento, quantidade máxima de estoque, compatibilidade química, destino da embalagem vazia e outros.

Somente depois de tomadas as medidas especificadas no item anterior é que o produto químico pode ser comprado e utilizado nas obras.

Similarmente a aq uisição de qualquer produto químico perigoso ou que requeira cuidados especiais, as empresas contratadas para efetivação de serviços que envolvam aplicação de produtos químicos devem enviar previamente ao Técnico de Segurança a relação dos produtos químicos que serão utilizados pela empresa. De posse desta relação o Técnico de Segurança deve analisar se o produto químico pode gerar impactos ambientais e, em caso positivo, solicitar MSDS ou FISPQ, que deverá ser aprovada conforme estabelecido pela ABNT NBR 14725:2005.

12.2.4.6.12 ESPECIFICAÇÕES PARA ABASTECIMENTO E ARMAZENAMENTO DE COMBUSTÍVEL E LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS

O armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis nos canteiros de obras, realizado pelas empreiteiras contratadas, deverá ser feito de acordo com as orientações estabelecidas pela Norma ABNT NBR 17.505/2006, que fixa requisitos exigíveis para os projetos de instalações de armazenamento, manuseio e uso de líquidos inflamáveis e combustíveis, incluindo os resíduos líquidos contidos em tanques estacionários e/ou em recipientes.

Caso o posto de abastecimento de veículos e máquinas existente no Porto do PIM venha a atender as obras, no caso das fases de obras realizadas concomitantes as atividades de operação, é imprescindível que sejam observadas as normas técnicas e ambientais referentes a postos de combustível.

No que se refere à Usina de Asfalto, os tanques para armazenamento de óleos com origem betuminosa, utilizados na produção do concreto asfáltico, deverão ser instalados sobre uma área pavimentada, construídos sobre bases de concreto e localizados dentro de uma bacia de contenção. A bacia de contenção deve ser dimensionada para reter um volume 10% superior à capacidade de armazenamento do maior tanque.

As empreiteiras e/ou terceirizados, devem estabelecer e implantar um Plano de Emergência, para o qual deve ser previsto treinamento e revisões periódicas.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 188

12.2.4.6.13 ESPECIFICAÇÕES PARA ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Na primeira etapa das obras, a distribuição de água potável para os funcionários deverá ser realizada por caminhões pipa e/ou galões de água potável. A água fornecida por caminhões pipa deverá ser bombeada diretamente para um reservatório de água para estocagem.

No caso do reservatório, prevê-se a necessidade de apenas uma desinfecção por meio da adição de um oxidante (p. ex. hipoclorito de sódio) seguida do acerto de pH com alcalinizante (p. ex. soda cáustica). Analisadores de cloro e pH deverão ser utilizados para controle da dosagem dos respectivos produtos (hipoclorito de sódio ou soda cáustica), que poderá ser feito na linha de alimentação ou diretamente no reservatório de água.

Os reservatórios deverão ser providos de indicadores e controladores de nível que atuarão na válvula de controle da linha de alimentação de água. Esse controlador de nível também atuará nos inversores de frequência das bombas de distribuição de água.

Cabe destacar que a qualidade requerida para água potável deverá atender aos parâmetros estabelecidos pela Portaria do Ministério da Saúde nº 2.914 de 12/12/2011, que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

Deverá ser realizado um monitoramento do padrão de potabilidade da água potável por meio de coleta e análise da água contida no reservatório, conforme plano de amostragem pré estabelecido, conforme preconizado na Portaria do Ministério da Saúde nº 2.914/11.

Todo o sistema de abastecimento deve estar protegido contra contaminação, especialmente caixas d'água e poços, por meio da escolha adequada de sua localização, e da utilização de cercas, sobrelevações e dispositivos similares.

12.2.4.6.14 ESPECIFICAÇÕES PARA SISTEMA DE COLETA DE EFLUENTES LÍQUIDOS

Para promover o correto gerenciamento dos efluentes na fase de implantação, o Porto do PIM desenvolveu o Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos (item 12.2.3 deste EIA).

A geração de efluentes durante as obras de implantação do Porto do PIM terão as seguintes origens:

− Efluentes de esgotos domésticos, resultantes da captação do esgoto nos diversos sanitários dos canteiros, incluindo escritórios, refeitórios, oficinas, laboratórios, instalações de manutenção, pátios de estocagem de materiais, ambulatório, entre outros; e

− Efluentes de fontes difusas, provenientes das centrais de formas e armações e nas oficinas de manutenção, contendo especificamente óleos e lubrificantes.

O Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos tem como pressuposto o atendimento aos preceitos legais e aos procedimentos desenvolvidos pelo Porto do PIM no que diz respeito à coleta e tratamento dos efluentes domésticos e industriais gerados no Porto do PIM.

Em relação à geração de esgoto doméstico estão previstos, no pico das obras, um volume da ordem de 36 m³/dia.

Serão instaladas estações compactas de tratamento do esgoto doméstico por processo biológico. Em eventuais pontos isolados do canteiro de obras serão instalados banheiros químicos.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 189

Os demais efluentes, água de lavagem ou pluviais contaminadas com óleos ou lubrificantes, serão coletados em caixas separadoras de água e óleo instaladas junto às centrais de forma e armação e oficina de manutenção. Estes últimos serão coletados em tambores e enviados para reprocessamento. As áreas onde se localizarão as oficinas de manutenção serão dotadas de canaletas que captarão os eventuais efluentes e os encaminharão para caixas separadoras de água e óleo

Nos locais previstos para a troca de óleo dos equipamentos serão instaladas canaletas coletoras e caixas separadoras, que serão construídas sob bases de concreto armado e serão do tipo pré-fabricado.

O lançamento dos efluentes gerados no canteiro de obras e após o tratamento na ETE se dará por meio de tubos de PVC, no rio Negro, respeitados os padrões legais de lançamento.

Para o posto de combustível que alimentará máquinas e veículos (não haverá abastecimento das embarcações no terminal), está prevista a execução de laje de concreto armado e mureta lateral, criando uma bacia de contenção do tanque para o caso de vazamentos. O tanque será do tipo aéreo apoiado em blocos de concreto armado estaqueados. Será também construída caixa de contenção para a r etirada dos eventuais vazamentos. Todas as estruturas utilizadas serão construídas de acordo com as normas técnicas brasileiras em vigor (bacia de contenção, piso impermeável e caixa separadora água/óleo), ou na ausência delas, normas internacionalmente aceitas.

As contratadas deverão realizar monitoramento dos efluentes lançados, conforme estabelecido no Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos, mais especificamente no item 12.2.3.6, que trata sobre procedimentos metodológicos e atividades.

12.2.4.6.15 ESPECIFICAÇÕES PARA GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Para promover o correto gerenciamento dos resíduos sólidos e dos efluentes na fase de construção, foi desenvolvido o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS, que se constitui, essencialmente, em um conjunto de ações normativas e operacionais para a administração dos resíduos sólidos da obra de construção, levando em consideração aspectos referentes à geração, segregação, coleta, acondicionamento, armazenamento, transporte, tratamento e destinação final, priorizando atender requisitos ambientais e de saúde pública.

Nesta fase de implantação, o controle da geração e da destinação dos resíduos é de responsabilidade dos gestores designados pelas empresas contratadas, supervisionados pelo SMS do Porto do PIM, definidos e indicados em conjunto com os responsáveis por cada área geradora de resíduos, os “Gestores de Resíduos”.

O SMS das empreiteiras contratadas deverá providenciar a capacitação dos Gestores de Resíduos por meio de treinamentos, para que os mesmos possam desempenhar adequadamente essa atividade, na busca do cumprimento dos seguintes objetivos permanentes:

• Reduzir a geração de resíduos na fonte;

• Aprimorar a segregação de maneira a permitir um maior nível de recuperação, reuso e reciclagem;

• Promover a conscientização permanente dos colaboradores facilitando a gestão do PGRS do Porto do PIM.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 190

O controle da geração e da destinação de resíduos será realizado por meio do preenchimento do Controle de Geração e Destinação de Resíduos - CGDR, conforme previsto no PGRS, que deve ser mantido atualizado, em meio físico ou eletrônico. Cópia do CGDR deve ser disponibilizada pelos Gestores de Resíduos, que deve consolidar todas as informações referentes à geração e destinação de resíduos.

Todos os documentos referentes à destinação em empresas externas serão encaminhados para o SMS do Porto do PIM que controlará o arquivo referente à documentação legal aplicável.

Conforme definido no PGRS, os resíduos somente poderão ser destinados para instalações com capacidade comprovada de recebimento.

Segundo as estimativas do EIA, a previsão de geração de resíduo sólido doméstico durante a etapa de obras é de 100 m3/dia.

Os resíduos da construção civil (solo inservível não contaminado, entulhos, pedras, concreto e brita), no caso de não aproveitado na própria obra, serão inicialmente oferecidos para as Prefeituras Municipais da Região ou, no caso de haver interesse, encaminhados para aterro de resíduos da construção civil prioritariamente, sendo gerenciados segundo Resolução Conama nº 307/2002.

Os resíduos sólidos que possuem potencial para reciclagem, tais como, madeira, conexões metálicas, alumínio, latão, aço, pontas de ferro de armação, tambores, bombonas e embalagens usadas não contaminadas (aço, plástico e papelão), sucatas de polietileno, sucata metálica, plásticos em geral, cartuchos, papel/papelão, equipamentos e móveis usados, pneus usados, entre outros, serão coletados separadamente, triados, identificados, armazenados e destinados à empresas, cooperativas ou associações de coleta seletiva que comercializam ou reciclam estes resíduos.

Os resíduos domésticos, tais como materiais orgânicos provenientes do refeitório, sanitários e vestiários serão coletados periodicamente por empresas responsáveis pela coleta e destinação dos resíduos sanitários.

Os resíduos perigosos, tais como óleos, graxas, lubrificantes e materiais contaminados, bem como EPIs contaminados, além de lâmpadas, pilhas e baterias, serão identificados conforme descrito no PGRS, e armazenados em locais devidamente preparados, conforme legislação vigente, e encaminhados para disposição final em aterros apropriados para recepção de resíduos perigosos.

O material lenhoso e foliar resultante da supressão da vegetação será tratado no âmbito do PGRS e, a princípio, considerando a composição do material, será verificada a possibilidade de viabilizar a utilização destes resíduos por meio de duas medidas principais:

− Material lenhoso: poderá tanto ser utilizado pelo empreendedor na obra de implantação do empreendimento, como também ser doado a particulares, para utilização como mourões ou produção de lenha e carvão;

− Ramos e Folhas: após triturados, poderiam ser destinados à compostagem para produção de adubo por prefeituras, viveiros e /ou destinados à empresas de reposição florestal da região.

Resíduos do serviço de saúde gerados nos ambulatórios dos canteiros serão especialmente armazenados em locais previamente definidos e coletados por empresas especializadas, gerenciados segundo Resolução RDC Anvisa nº 306.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 191

O PGRS apresenta alguns cuidados que devem ser adotados na disposição final de diferentes tipologias de resíduos sólidos oriundos das atividades de implantação.

Nenhum material deverá ser disposto sem a prévia avaliação do responsável da área de meio ambiente da Contratada. A Contratada deverá evidenciar o recebimento dos resíduos por parte das empresas por ela contratada, por meio de formulário próprio para a destinação final dos mesmos.

Por fim, ressalta-se que o recolhimento dos resíduos dos canteiros de obras e seu transporte aos destinos finais são de responsabilidade das Contratadas e devem ser feitos em intervalos regulares, de modo a evitar a proliferação de animais e insetos.

12.2.4.6.16 ESPECIFICAÇÕES PARA FONTES DE EMISSÕES SONORAS

Os impactos de ruídos e de vibrações gerados durante as obras de construção sobre receptores situados fora do terreno se encontram associados, entre outros fatores, à distância entre estes e as fontes de geração (inclusive das rotas de acesso dos veículos à obra), à topografia e ao uso e ocupação predominantes nestas áreas.

As fontes de emissão de ruídos associados às atividades de implantação do empreendimento serão provenientes da movimentação de veículos e equipamentos pesados, além de ruídos típicos de obras civis como bate-estacas, furadeiras, lixadeiras, serras elétricas, dentre outros.

Estes ruídos deverão ser controlados de acordo com os limites previstos nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e a Norma da ABNT NBR 10.151 para os períodos diurno e noturno.

As diretrizes abaixo também deverão ser adotadas pelas empresas contratadas:

• Manutenção dos veículos e equipamentos para controle da emissão de ruído;

• Monitoramento dos níveis de ruído junto às principais fontes geradoras e receptores (núcleos residenciais) localizados próximos ao empreendimento; e

• Priorização da escolha de equipamentos que apresentem baixos índices de ruídos.

Cabe destacar que o acompanhamento dos efeitos do impacto de afugentamento da fauna causada pela emissão de ruídos será realizado no âmbito do Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores.

12.2.4.6.17 ESPECIFICAÇÕES PARA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Os potenciais impactos sobre a qualidade do ar durante a e tapa de implantação serão restritos, basicamente, às atividades de movimentação de veículos e trânsito de equipamentos e na usina de concreto.

As contratadas deverão adotar as seguintes medidas:

• Umectação das vias de acesso internas não pavimentadas e demais áreas com solo exposto, realizado por meio de caminhão pipa;

• Proteção das caçambas dos caminhões de transporte de terra ou outros materiais em percursos externos com lonas;

• Lavagem de vias de acesso internas pavimentadas;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 192

• Limitação da velocidade dos veículos em estradas e vias internas sem pavimento;

• Permissão à circulação apenas de veículos autorizados nas áreas envolvidas;

• Manutenção e Controle de emissão de partículas (fumaça preta) dos caminhões e outros motores do ciclo diesel, usando a escala Ringelmann;

• Manutenção da frota de veículos do ciclo Otto, evitando emissões excessivas de gases e partículas provenientes dos veículos e máquinas móveis;

• Manutenção e Controle de emissão de partículas e gases provenientes da usina de concreto, incluindo óxidos de enxofre, óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono e hidrocarbonetos.

Para a instalação destinada à produção de concreto, única e exclusivamente, para a construção do referido empreendimento, as principais matérias primas consumidas são: areia, pedra britada, cimento e água. Sendo que a areia e a pedra britada deverão ser armazenadas em baias a céu aberto e o cimento armazenado em silos metálicos aéreos, totalmente vedados. Para controlar a poeira e o ruído oriundo do processo de usinagem do concreto deverão ser utilizados dispositivos como: sistema de filtros coletores de pó, válvulas de alívio de pressão e comunicação visual através de placas e sinalização da área.

12.2.4.6.18 ESPECIFICAÇÕES PARA DESMOBILIZAÇÃO DOS CANTEIROS DE OBRA E DA MÃO-DE-OBRA

A desmobilização dos canteiros, após a conclusão de cada fase construtiva, iniciar-se-á imediatamente após a conclusão das obras referentes à fase em que se encontra.

A principal ação desta etapa é a remoção de todos os equipamentos e máquinas, inclusive de materiais descartados, como sucata, peças etc..

As contratadas e o empreendedor deverão informar à prefeitura municipal, antecipadamente, o cronograma de desmobilização de mão-de-obra, para eventual divulgação dessas informações para a comunidade em geral e para as entidades que atuam com captação de mão de obra na região.

A conclusão dos trabalhos de recuperação da área dos canteiros será fiscalizada pelo SMS do empreendedor, após a conclusão de todas as fases de implantação previstas neste EIA, e incluem principalmente as seguintes atividades:

• Remoção de todos os equipamentos e máquinas, inclusive de materiais descartados, como sucata, peças etc.;

• Desmontagem e remoção das estruturas das Usinas de Concreto e Asfalto;

• Descompactação do solo e recuperação da área degradada, como os pátios de manobras e áreas edificadas, se necessário e/ou planejado.

12.2.4.6.19 ESPECIFICAÇÕES PARA CONTROLE DA EROSÃO E DO ASSOREAMENTO

Ao longo de todo o período construtivo, as contratadas deverão adotar todas as medidas de engenharia necessárias para garantir que o escoamento superficial da área de trabalho, das drenagens do retroporto e das vias de acesso atinjam o corpo d’água sem o carreamento de sedimentos, evitando o assoreamento das áreas baixas, entre elas, o rio Negro.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 193

O manejo do solo no entorno da obra deverá sempre ser realizado de forma que as condições da cobertura a s er preservada sejam mantidas, impedindo a o corrência de erosão e aporte de sedimentos para os corpos hídricos. Os trabalhos temporários da obra deverão também considerar a proteção da flora e da fauna terrestre e aquática do entorno.

Durante os serviços de terraplenagem necessários para a implantação das obras – compreendendo limpeza e regularização do terreno, cortes e aterros – processos erosivos poderão se instalar sobre a superfície do terreno natural e dos taludes dos cortes, aterros e pilhas de resíduos e materiais.

Os materiais gerados pelas erosões, em especial as do tipo laminar, irão se encaminhar para os pontos baixos podendo atingit o rio Negro. As erosões profundas promoverão a fo rmação de depósitos localizados e poderão evoluir para rupturas e escorregamentos nos taludes afetados. Desta forma, além da redução gradativa da seção das canaletas e galerias, e colmatação de caixas e escadas hidráulicas, os depósitos de assoreamento poderão se estender para a AID.

As contratadas deverão identificar os processos de erosão por meio de inspeções sistemáticas a ser realizadas nas superfícies dos taludes de cortes e aterros; pilhas de resíduos e materiais e demais superfícies desprotegidas, assim como nos dispositivos de drenagem superficial como canaletas, trincheiras, caixas e escadas hidráulicas, onde irão se depositar os materiais transportados, indicativos dos processos erosivos.

Para a identificação da erosão laminar, as contratadas deverão observar evidências como alterações na coloração do solo para tons mais claros, texturas e estruturas mais pronunciadas, destaque de concreções e fragmentos de rocha na superfície exposta do solo e exposição de raízes da vegetação instalada nos taludes.

As erosões profundas, que se formam ao longo das faixas onde ocorrem concentrações de fluxo do escoamento das águas superficiais e podem comprometer a estabilidade do talude afetado, poderão ser identificadas pela ocorrência de ravinas; grotas; massas de solo descalçadas ou “em balanço”; solapamentos de canaletas, caixas e escadas hidráulicas; trincas e rupturas por descalçamento do solo; e escorregamentos.

As contratadas deverão inspecionar sistematicamente os pontos baixos dos taludes e pilhas de resíduos e materiais, os elementos hidráulicos e as drenagens, principalmente em caso de suspeita de erosão laminar ou quando da ocorrência de erosão profunda. Além disso, as contratadas deverão identificar e caracterizar os depósitos formados, no que se refere à sua extensão, largura, espessura e tipo de material, determinando-se, também, sua origem e estágio evolutivo.

As contratadas deverão consubstanciar em relatórios de monitoramento os elementos obtidos durante as inspeções, que compreenderão croqui e cortes típicos; identificação do tipo da ocorrência e seu estágio de evolução; estimativas das dimensões de rupturas, trincas, sulcos, ravinas e depósitos de assoreamento; fotografias gerais e de detalhes; descrição tátil-visual dos materiais; diagnóstico sobre a origem do processo e prognóstico sobre sua evolução, e recomendações para medidas de controle e mitigação.

12.2.4.6.20 ESPECIFICAÇÕES PARA CONTROLE DE ALTERAÇÕES NA DRENAGEM E ESCOAMENTO SUPERFICIAL

O preparo do terreno e a construção dos cortes e aterros irão promover alterações na drenagem e nas condições de escoamento das águas superficiais na área do retroporto e sistema viário do empreendimento.

O projeto prevê sistemas provisórios de drenagem para a fase de construção dos cortes e aterros, de forma a compatibilizar a atual drenagem instalada com a realização dos trabalhos.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 194

Os procedimentos de controle ambiental referentes a sistemas de drenagem deverão incluir a adoção de medidas preventivas, mitigadoras e corretivas de controle de erosão e assoreamento de cursos d’água que poderão ser afetados em decorrência das atividades das obras.

As principais medidas preconizadas para as obras de drenagem são:

• Implantação de sistema de drenagem (canais abertos, calhas, canaletas, caixas de sedimentação, separadores de óleo/água para águas pluviais potencialmente contaminadas e dispositivos para dissipação do escoamento concentrado), assegurando a captação, condução e dissipação das águas pluviais e evitando processos de erosão superficial;

• Todos os componentes do sistema de drenagem provisória deverão ser periodicamente limpos;

• Proteção das áreas com solos expostos;

• Implantação de dispositivos de amortecimento hidráulico.

As contratadas deverão realizar inspeção sistemática do sistema de drenagem e locais de lançamento nos corpos d’água, observando-se as feições erosivas instaladas e possíveis pontos de assoreamento a elas associadas, obstruções, estrangulamentos, soleiras e eventuais solapamentos, trincas e outras ocorrências nos elementos das drenagens. As informações obtidas durante as inspeções deverão ser consubstanciadas em relatórios de monitoramento que compreenderão os elementos e informações descritos no item sobre erosão e assoreamento.

12.2.4.6.21 ESPECIFICAÇÕES PARA CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS

As contaminações poderão ocorrer a partir do manuseio inadequado do cimento, dos aditivos em pó, das argamassas e do concreto; por extravasamentos e derramamentos, e pelo retorno da calda de cimento injetada, para a boca dos furos.

As contratadas deverão monitorar as águas superficiais da área de influência do empreendimento durante a construção de estruturas de concreto moldadas in loco e na etapa de pavimentação dos pátios, tendo em vista a eventual contaminação das águas pelos álcalis do cimento e aditivos do concreto. Deverão ainda considerar no monitoramento a possibilidade de uma eventual contaminação por produtos químicos típicos de construção, por extravasamentos e vazamentos não controlados de produtos, máquinas, equipamentos e veículos ligados às obras, tais como combustíveis, óleos, graxas, solventes, aditivos, etc.

O controle ambiental consistirá de inspeção visual das obras, áreas de serviços e equipamentos, para detecção de extravasamentos, falhas de vedação, infiltrações, vazamentos e “surgências” de calda em fraturas relacionadas à área de realização dos serviços. Também será observada a eventual turbidez das águas de drenagens, realizadas medidas expeditas de pH, e poderão ser usados corantes para a verificação da continuidade e comunicação de fraturas.

Sistematicamente, ou a partir de indícios de contaminação, as contratadas deverão realizar análises químicas e proceder a caracterização físico-química de águas superficiais e dos efluentes tratados na estação de tratamento, conforme os parâmetros e níveis de aceitação determinados pela Resolução Conama 357/05, para lançamento de efluentes de qualquer fonte poluidora, direta ou indiretamente, em corpos d’água.

Os elementos obtidos durante as inspeções e investigações deverão ser consubstanciados em relatórios de monitoramento que compreenderão croqui com indicação das ocorrências;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 195

fotografias; turbidez; segregação de sólidos; pH; boletins de análises químicas, e recomendações para medidas de controle e mitigação, incluindo a aplicação de ações corretivas quando necessário.

Neste contexto, cabe mencionar o Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos e o Programa de Monitoramento da Qualidade da Água, constantes do presente EIA, que abrangem a execução de campanhas de amostragem de água superficial e efluentes, e a interpretação dos resultados obtidos nestas amostragens visando ao monitoramento da qualidade da água, por todo o período de implantação. Sendo assim, as contratadas deverão alinhar-se às ações propostas no Programa supra mencionado.

12.2.4.6.22 ESPECIFICAÇÕES PARA A RECUPERAÇÃO E ESTABILIZAÇÃO DE ÁREAS TERRAPLENADAS

A realização de atividades de terraplenagem necessárias para a i mplantação do porto do PIM gerará áreas com a exposição do solo ao intemperismo. Tratam-sem de taludes de corte e de aterro, além de eventuais trechos de platôs que não receberão pavimentação. Tais áreas receberão a proteção superficial por meio do plantio de gramíneas, consorciado ou não com exemplares arbustivos ou arbóreos de espécies nativas. Como não se tratam de áreas de preservação permanente e por consistirem trechos descontínuos, fragmentados, essas áreas receberão plantio de árvores com maior espaçamento, com densidade aproximada de uma muda a cada 15 m², com o objetivo de promover a arborização, e não o reflorestamento, que implicaria um maior adensamento (uma muda a cada 6 m², por exemplo).

Além de contribuir para a estabilidade das áreas terraplenadas, o plantio de gramíneas e de árvores auxiliará na atenuação do impacto visual causado pela terraplenagem, embora este impacto se torne pouco expressivo considerando-se a intensa antropização das áreas do entorno. A eventual implementação de cortina vegetal em locais específicos da área do empreendimento será avaliada na etapa de implantação do mesmo.

A implantação de sistema de drenagem das águas pluviais evitará a ocorrência de erosão nessa sáreas, mantendo-as estáveis. Como já informado anteriormente, inspeções periódicas serão realizadas a fim de constatar eventual desconformidade no funcionamento do sistema de drenagem e na consequente instalação de processos erosivos.

12.2.4.6.23 ESPECIFICAÇÕES PARA CONTROLE DE RUPTURA DE TALUDES

As obras de terraplenagem serão executadas com base em projeto específico, elaborado considerando parâmetros de estabilidade previamente analisados e que conferem estabilidade aos terraplenos gerados. Os parâmetros considerados foram a g eometria dos taludes (altura, inclinação e bermas), e foram propostos considerando as características da rocha e do solo locais. Importante lembrar que para o aterro do Pátio de Contêineres PC1, a ser realizado próximo ao rio Negro, foi proposto muro de contenção (concreto amarrado ou gabião) visando à sua estabilidade do aterro a ser realizado próximo ao rio Negro. Este trecho merecerá atenção especial durante as atividades de controle da estabilidade dos taludes e platôs.

O monitoramento dos taludes de corte e de aterro, assim como dos platôs gerados pela terraplenagem, será realizado pelas contratadas, por meio de leituras diárias de uma série de instrumentos de medidas de recalques (placas) e de movimentação lateral de taludes (inclinômetros).

Diariamente serão realizadas leituras e a e quipe técnica da obra fará a i nterpretação dos resultados, com a p rogramação de medidas de intervenção, se necessárias. Caso sejam

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 196

identificados eventos relevantes sua identificação e medidas corretivas serão incluídos nos relatórios consibstanciados pelas empreiteiras.

12.2.4.6.24 ESPECIFICAÇÕES PARA ARQUEOLOGIA PREVENTIVA

Durante as atividades de terraplenagem, prevê-se o acompanhamento por especialistas em patrimônio arqueológico, para investigações e registro de eventuais achados, informando-se quaisquer vestígios arqueológicos ou outros artefatos importantes.

Para prevenir e proteger o patrimônio arqueológico, o Porto do PIM desenvolveu um Programa de Prospecção e Gestão do Patrimônio Arqueológico (vide item 12.2.10 do EIA) de forma a promover o devido acompanhamento durante, principalmente, a p rimeira fase de construção do empreendimento e atendendo às especificações legais, do IPHAN, prevendo todas as medidas para as ações relacionadas aos potenciais achados arqueológicos.

Esse programa, detalhado no corpo do mesmo, tem seu andamento vinculado ao início das obras e inclui questões referentes ao treinamento dos trabalhadores para habilitação em identificação de achados arqueológicos.

12.2.4.6.25 ESPECIFICAÇÕES PARA AVALIAÇÃO DA GESTÃO DE SMA

Para garantir o correto desempenho ambiental durante as diversas fases de construção do empreendimento, o Porto do PIM desenvolveu o Plano de Gestão Ambiental (item 12.2.1 do EIA) com o objetivo, dentre outros, de promover a verificação do atendimento às ações de mitigação dos impactos ambientais propostas no âmbito dos estudos desenvolvidos para o licenciamento ambiental do empreendimento.

O acompanhamento do desempenho ambiental, no âmbito do PGA, é voltado a todas as atividades previstas para as obras de construção e para as atividades de operação do empreendimento, incluindo as atividades dos respectivos prestadores de serviços envolvidos, ou seja, as empreiteiras contratadas.

Os benefícios gerados refletirão na salvaguarda da qualidade ambiental local e da área de influência direta e em melhores condições de trabalho aos envolvidos. Seus detalhes estão descritos no corpo do referido programa.

12.2.4.7. ASPECTOS AMBIENTAIS

Os principais aspectos ambientais associados ao desenvolvimento do Plano de Controle Ambiental da Construção estão relacionados à possibilidade/potencialidade de ocorrência de impactos gerados durante as diversas fases de construção do empreendimento.

Segundo a NBR ISO 14001, o aspecto ambiental pode ser definido como "elemento das atividades, produtos e serviços de uma organização que pode interagir com o meio ambiente" e impacto ambiental como "qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, das atividades, produtos ou serviços de uma organização". Dessa forma, o Plano de Controle Ambiental da Construção propõe medidas de controle para solucionar os conflitos entre a atividade da obra de implantação do Terminal Portuário, os trabalhadores, o meio ambiente e a comunidade.

Os principais aspectos relacionados à i mplantação do projeto e à m edidas de controle são: emissão atmosférica, a qualidade do ar, vazamentos de combustível e lubrificante, geração de ruídos e vibrações, Tráfego intenso de veículos, Riscos de acidentes, consumo de água e energia

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 197

elétrica, geração de resíduos e de efluentes, desencadeamento de processos erosivos, negligência nos trabalhos de escavação, entre outros.

12.2.4.8. PÚBLICO ALVO

O Plano de Controle Ambiental da Construção é voltado à equipe de funcionários e representantes do Porto do PIM, que irão acompanhar todo o processo de gerenciamento ambiental da implantação física do Empreendimento, durante suas diversas fases de construção, e principalmente para as empreiteiras contratadas.

12.2.4.9 RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

12.2.4.9.1 RECURSOS MATERIAIS

Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) indicadas no âmbito do Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores, cartilhas orientadoras para trabalhadores da obra, procedimentos internos e/ou das empreiteiras contratadas e instrumentos legais vigentes.

12.2.4.9.2 RECURSOS HUMANOS

O dimensionamento dos recursos humanos disponíveis na obra terá por base o número estimado de trabalhadores em cada etapa da obra e contará com o quadro profissional abaixo, além do Gestor de Contrato:

• Engenheiros de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente;

• Analista Ambiental;

• Técnicos de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente;

• Recepcionista;

• Auxiliar de serviços de enfermagem;

• Médicos do trabalho; e

• Enfermeiro.

12.2.4.10 ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS

Seguem abaixo as principais legislações relacionadas com o Controle Ambiental da Construção nas esferas Federal, Estadual e Municipal, bem como, Normas e Procedimentos Internos do Porto do PIM. Cabe destacar que a atualização da legislação aplicável será realizada periodicamente ou sempre que necessário.

FEDERAL

− Lei Federal 6.938 de 31/08/81 - Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.

− Lei nº 12.305, de 2 de Agosto de 2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos) - Dispõe sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.

Page 266: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 198

− Lei Federal 9.605 de 12/02/98 - Dispõe sobre os crimes ambientais.

− Resolução Conama 257 de 30.06.1999 - Dispõe sobre o uso de pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, necessárias ao funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, bem como os produtos eletro-eletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura de forma não substituível, e dá outras providências".

− Resolução Conama 313 de 29.10.2002 - Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.

− Resolução Conama 357, de 17.03.2005 - Dispõe sobre a qualidade das águas doces, salobras e salinas.

− Resolução Conama 358 de 29.04.2005 - Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e outras providências.

− Portaria 53 de 01.03.1979 - Dispõe sobre o destino e tratamento de resíduos.

− Resolução ANTT 420 de 12.02.2004 - Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.

− Portaria do Ministério da Saúde nº 2.914 de 12/12/2011 - Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

− Resolução da Agência Nacional de Águas – ANA no 317/2003 - Instituiu o Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos – CNARH para registro obrigatório de lançamentos de efluentes, dentre outras providências.

− Resolução Anvisa – RDC nº 216, de 15/09/2004 – MS - Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação.

− Resolução Anvisa – RDC nº 306 de 07/12/2004 – MS - Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviço de saúde.

ESTADUAL

− Lei Estadual no 1.532 de 06 de julho de 1982 - Disciplina a Política Estadual de Prevenção e Controle da Poluição, melhoria e recuperação do meio ambiente e da proteção aos recursos naturais, e dá outras providências.

− Decreto nº 10.028, de 04 de fevereiro de 1.987 - Dispõe sobre o Sistema Estadual de Licenciamento de Atividades com Potencial de Impacto no Meio Ambiente e aplicação de penalidades e dá outras providências.

MUNICIPAL

− Lei Municipal nº 605 de 24 de julho de 2001 - Institui o Código Ambiental do Município de Manaus e dá outras providências.

− Lei municipal nº 1.411de 20 de janeiro de 2010 - Institui o sistema de limpeza urbana do Município de Manaus (SLUMM).

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 199

− Plano de Diretor de Resíduos Sólidos de Manaus de julho de 2010 - Consiste num instrumento de planejamento, agregando proposições para operação e gerenciamento do sistema de resíduos sólidos, dos aspectos legais correlatos e dos estudos de viabilidade econômica.

NORMAS

− Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, aprovadas pela Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978.

− NR-4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – Dispões sobre a manutenção do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho.

− NR-6 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI – Dispõe sobre a obrigação de fornecer aos empregados EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento.

− NR-7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – Dispõe sobre a elaboração e a implementação do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO.

− NR-9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – Dispõe sobre a elaboração e a implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.

− NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – Dispõe sobre as condições e o ambiente de trabalho na indústria da construção.

− NR-33 – Norma regulamentadora de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados – Estabelece os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados, seu reconhecimento, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores.

NORMAS TÉCNICAS DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS

− ABNT NBR 14725:05 – define um modelo para a elaboração e preenchimento de uma Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ).

− ABNT NBR 17.505:06 – Armazenamentos de líquidos inflamáveis e combustíveis.

− ABNT NBR 12.212:06 – Poço tubular – fixa as condições exigíveis para a elaboração de projeto de poço de captação de águas subterrâneas.

− ABNT NBR 12.244:06 – Poço tubular – Padroniza a construção de poços para captação de águas subterrâneas.

− ABNT NBR 8160:83 – define os termos utilizados no projeto e fixa as exigências mínimas pelas quais devem ser projetadas e executadas as instalações prediais de esgotos sanitários, atendendo às condições mínimas de higiene, segurança, economia e conforto dos usuários.

− ABNT NBR 7229:93, que fixa as condições para a construção de fossas sépticas e disposição de seus efluentes, de modo a preservar a higiene, segurança e conforto dos usuários nos prédios situados em zonas desprovidas de redes de esgotos sanitários.

Page 268: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 200

− ABNT NBR 11174:90 fixa as condições exigíveis para obtenção das condições mínimas necessárias ao armazenamento de resíduos classes II-não inertes e III-inertes, de forma a proteger a saúde pública e o meio ambiente.

− ABNT NBR 12235:88 – fixa as condições exigíveis para o armazenamento de resíduos sólidos perigosos de forma a proteger a saúde pública e o meio ambiente.

− ABNT NBR 10.004:04 – classificação de resíduos sólidos.

− ABNT NBR 10.151:88 – fixa como elementos básicos para avaliação de ruídos em áreas habitadas.

OUTROS DOCUMENTOS PERTINENTES

− Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do Porto do PIM.

− Licença Prévia nº 065/12, emitida pelo IPAAM para o empreendimento Porto do PIM.

Observação: Esta listagem não exclui a obrigatoriedade de cumprimento e adoção de futuras exigências que possam vir a ser publicadas após a elaboração deste PCA.

Todas as demais legislações e diretrizes técnicas normativas vigentes e pertinentes não citadas no corpo deste documento, tais como demais NRs e NBRs aplicáveis, Legislações Nacionais relativas à Regulamentação para o trânsito de veículos, entre outras devem ser igualmente consideradas e implementadas.

12.2.4.11 INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS AMBIENTAIS

O Plano de Controle Ambiental da Construção possui inter-relação com o Plano de Gestão Ambiental, Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores, Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos, Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais, Programa de Prospecção e Gestão do Patrimônio Arqueológico, entre outros.

12.2.4.12 ETAPA DO EMPREENDIMENTO

O Plano de Controle Ambiental da Construção será desenvolvido durante as obras de implantação do empreendimento em sua diversas fases.

12.2.4.13 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

O cronograma do Plano de Controle Ambiental da Construção ocorre simultaneamente às atividades de implantação e, após a primeira fase de construção, integra-se às atividades de operação do Porto do PIM, conforme consta do cronograma do empreendimento - Quadro 8.4.5.1 - no Capítulo 8 – Caracterização do Empreendimento.

12.2.4.14 RESPONSÁVEL PELA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

As empreiteiras contratadas serão responsáveis tecnicamente pelas ações desenvolvidas e pelos resultados, com co-responsabilidade do empreendedor, conforme organograma apresentado no Plano de Gestão Ambiental. A revisão e contínua adequação deste Plano estarão a cargo do SMS do Porto do PIM.

Page 269: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 201

12.2.4.15 SISTEMAS DE REGISTRO

O conjunto de atividades do Plano de Controle Ambiental da Construção, independente da fase em que se encontra, deverá possuir registro diário das atividades e situação ambiental da obra, observando, relatando e acompanhando a evolução de eventuais “não-conformidades” ou desvios em relação ao previsto, de forma a sinalizar para a empreiteira, preventiva e corretivamente, toda e qualquer ação não adequada aos requisitos ambientais.

Os relatórios de acompanhamento deverão ser apresentados semanalmente ao SMS do Porto do PIM, com recomendações para medidas de controle e de mitigação.

Para a fase de construção em questão será estabelecido o Indicador de Comportamentos Seguros, ou seja, as atividades de construção deverão atingir e manter classe de desempenho acima do percentual definido pelo empreendedor nas Inspeções Comportamentais, a ser apontado nos Relatórios de Inspeções Comportamentais, conforme sistemática para a realização de inspeções comportamentais de SMS (segurança do trabalho, meio ambiente e saúde ocupacional), e apurado nos relatórios de atividades gerados semanalmente e enviados, à equipe de SMS do Porto do PIM, pelas empresas responsáveis pela construção do Terminal Portuário.

Vale por fim destacar que as inspeções comportamentais de Segurança, Saúde e Meio Ambiente - SMS tem por objetivo:

• Identificar, de forma planejada, possíveis desvios nas condições dos equipamentos, instalações e frentes de serviços, propondo ações preventivas e corretivas para minimização dos riscos e conseqüentemente acompanhamento dessas correções.

• Manter o atendimento às legislações pertinentes e promover a o rientação dos Colaboradores quanto às questões de Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional do Porto do PIM.

A sistemática completa para a realização das Inspeções Comportamentais está descrita nio item a segui.

12.2.4.15.1 SISTEMÁTICA PARA A REALIZAÇÃO DE INSPEÇÕES COMPORTAMENTAIS DE SMS

Este procedimento se aplica a todas as Inspeções Comportamentais de Segurança, Saúde e Meio Ambiente, realizadas nas dependências do Porto do PIM, incluindo aquelas nas Empresas Contratadas, suas instalações, documentação legal e frentes de serviços.

O foco das inspeções deve ser nas ações corretivas e preventivas sistêmicas e não somente nas correções isoladas.

As inspeções comportamentais visam à busca de causas de desvios e não de culpados, destacando que o processo de inspeção comportamental deve ser utilizado como fator de motivação da força de trabalho, das empresas contratadas e de seus dirigentes.

A realização de inspeções comportamentais é importante na medida em que:

− Fornece ao líder oportunidade de conhecer melhor o que se passa "nas pontas" de sua organização, deslocando-se por instalações geralmente fora de sua rota habitual e consolidando perante a força de trabalho o princípio da liderança pelo exemplo;

Page 270: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 202

− Possibilita a correção de desvios "in loco", diminuindo as chances de que um evento de maior gravidade venha a ocorrer;

− Identifica comportamentos e condições que se desviam dos parâmetros esperados, provendo uma base de dados para análise crítica e possibilitando a administração de desvios.

O presente anexo define o método de apuração do Indicador de Comportamentos Seguros – ICS, conforme proposto no âmbito deste Plano de Controle Ambiental da Construção – PCA-C.

Destaca-se que a efetividade do indicador estabelecido deverá ser avaliada conforme a geração de dados, não excluindo a possibilidade de que novos indicadores sejam gerados ou substituam o indicador em uso, caso este se mostre ineficaz para medir a performance da atividade, caracterizando assim o processo de busca pela melhoria contínua.

Estabelecer a sistemática para a realização de Inspeções Comportamentais de Segurança, Saúde e Meio Ambiente - SMS, com o objetivo de:

Objetivo

− Identificar, de forma planejada, possíveis desvios nas condições dos equipamentos, instalações e frentes de serviços, propondo ações preventivas e corretivas para minimização dos riscos e conseqüentemente acompanhamento dessas correções;

− Manter o atendimento às legislações pertinentes e promover a orientação dos Colaboradores quanto às questões de Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional do Porto do PIM.

Todos os Colaboradores do Porto do PIM e das Empresas Contratadas têm responsabilidade quanto a aplicar corretamente este procedimento.

Definição de responsabilidades

A Contratada deve apresentar previamente à equipe de SMS do Porto do PIM um planejamento das inspeções comportamentais, abrangendo minimamente o planejamento de Inspeções:

Planejamento das inspeções

− Para máquinas e equipamentos pesados (inclusive mobilização);

− Para veículos e embarcações;

− Para ferramentas manuais e pequenos equipamentos;

− Para cabos e outros dispositivos de içamento de cargas;

− Nos canteiros de obras e outras instalações provisórias; e

− De uso de EPI’s.

As inspeções comportamentais deverão ser conduzidas por pessoas que exercem função de liderança sobre a força de trabalho e pelos profissionais de SMS, formalmente treinadas nas técnicas de identificação e tratamento de desvios e execução de auditorias. São considerados aptos para fins deste padrão:

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 203

− Gerentes;

− Coordenadores;

− Supervisores;

− Fiscais e gerentes de contrato;e

− Profissionais de SMS.

Na realização das Inspeções Comportamentais é obrigatório o acompanhamento de pelo menos um representante da área, local ou frente de serviço inspecionada e um representante do Porto do PIM, previamente designado.

Cabe ressaltar o fato das inspeções serem amostrais e que a ab rangência de eventuais desvios deve ser analisada na ocasião da inspeção. Da mesma forma, os desvios sistêmicos devem ser investigados e analisados.

As Inspeções Comportamentais deverão ser realizadas diariamente, obedecendo ao Plano de Inspeções previamente estabelecido, de comum acordo com o SMS do empreendedor, e estar em concordância com eventuais instruções e/ou procedimentos estabelecido pelo SMS do empreendedor.

Periodicidade das Inspeções

A periodicidade para a r ealização das Inspeções será definida de forma a at ender no mínimo a legislação vigente e obedecerá à seguinte frequencia:

− Inspeções na Área Operacional: semanal, abrangendo todos os turnos e períodos distintos;

− Inspeções de documentos legais (licenças, autorizações, treinamentos, entre outros) das empresas contratadas: mensal;

− Inspeções em canteiros de obras, prédios administrativos, armazéns, vestiários, ambulatórios e demais dependências: mensal;

− Inspeção em Lavadores de Máquinas, Separadores de Água e Óleo, Subestações Elétricas e Estações de Tratamento de efluentes: semanal, preferencialmente no período administrativo, não descartando a hipótese de realização em períodos distintos;

− Inspeções em veículos das contratadas, incluindo carros e caminhões do tipo comboio, bem como a documentação dos condutores: semanal, ou quando houver suspeita de desvio;

− Inspeções a b ordo de navios/embarcações: diário, abrangendo todo e qualquer navio/embarcação a ser atracado, incluindo todos os turnos e períodos;

− Inspeções em Materiais e procedimentos de Emergência: semanal, preferencialmente no período administrativo, não descartando a hipótese de realização em períodos distintos.

A utilização da técnica correta de abordagem durante uma Inspeção Comportamental é a base do sucesso desta ferramenta de gestão. O objetivo da técnica é conseguir que o Colaborador “inspecionado” reconheça que poderia estar trabalhando de maneira mais segura e que o mesmo tenha comprometimento em trabalhar conforme os requisitos estabelecidos nos planos e

Técnica de abordagem para as inspeções comportamentais

Page 272: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 204

programas, bem como nas legislações vigentes e nas eventuais normas e procedimentos internos estabelecidos no Porto do PIM.

As técnicas de abordagem contemplarão os seguintes itens:

− Observação da reação das pessoas quando o Inspetor é notado na área;

− Observação dos desvios que estão ocorrendo nas frentes de trabalho;

− Interrupção da prática insegura sem causar nenhum agravamento do risco;

− Diálogo sobre a prática insegura, expondo sua preocupação e comentando as possíveis conseqüências;

− Questionamento para esclarecer e aprender, não para ensinar;

− Questionamento para chegar ao consenso de realizar a tarefa de uma forma mais segura;

− Compartilhamento dos desvios observados chegando ao consenso;

− Reforço positivo quando observar práticas seguras;

− Obtenção da concordância e compromisso com a melhoria sugerida;

− Diálogo sobre outros riscos associados à tarefa;

− Agradecimento cordial.

Ressalta-se que quando da observação diária sobre a postura e a conduta de SMS que representem riscos no desempenho seguro das atividades dos Colaboradores, em caso de reincidência de desvios, o SMS e/ou as Gerências, Coordenações e Supervisões podem aplicar a adoção de medidas disciplinares, uma vez que a Norma Regulamentadora número 1 - NR-1, expedida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, qualifica como ato faltoso a não observância, por parte do empregado, das disposições legais e normas e procedimentos internos sobre Segurança e Medicina do Trabalho, inclusive do uso dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI, que lhes foram fornecidos pelo empregador com o devido treinamento adequado e obrigatório.

Este tipo de inspeção descrita neste procedimento é a única que possui indicador de desempenho específico e para tal deve-se registrar corretamente os seguintes itens no Formulário de Inspeção Comportamental:

Indicador de desempenho das inspeções comportamentais

− Indicar o número total de Colaboradores observados praticando os desvios (N);

− Descrever os desvios observados (comportamentos inseguros);

− Registrar o número de comportamentos inseguros praticados pelos Colaboradores observados (Q);

− Registrar a Severidade equivalente para cada comportamento inseguro observado (S);

− Registrar a quantidade de desvios nos campos de categorias e subcategorias, e

Page 273: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 205

− Fechar o Indicador de Comportamentos Seguros (ICS) d a Inspeção Comportamental equivalente.

Nota: É recomendável não citar nomes de Colaboradores que praticaram os desvios.

O registro do número de comportamentos inseguros deve considerar 7 (sete) categorias conforme abaixo:

I – EPI;

II – Risco dos Colaboradores;

III – Procedimentos;

IV – Risco ao Meio Ambiente;

V – Ferramentas e equipamentos;

VI – Ordem, limpeza e arrumação;

VII – Reação dos Colaboradores.

Os responsáveis pelas Inspeções Comportamentais devem entrar em consenso quanto a Severidade dos desvios observados durante as inspeções antes do lançamento no Formulário de Inspeção Comportamental, para que o ICS r eflita a r eal condição de comportamento dos Colaboradores na execução das suas tarefas nas áreas do Porto do PIM.

Tabela de referência para a severidade dos desvios

Para isso, deverá ser utilizado o Quadro 12.2.4.15.1 -1 abaixo como referência de graduação dos valores da Severidade.

QUADRO 12.2.4.15.1-1: Referência de Graduação dos Valores da Severidade.

Severidade - Valor Definição

Levemente prejudicial – 1,0

Durante a prática dos desvios observados os riscos de ferimentos podem ser leves e/ou de impactos ambientais poderão causar danos de pequena magnitude, pontuais ou locais, suscitando a necessidade de medidas preventivas. Quando muito a pessoa será submetida a primeiros socorros ou, no caso do meio ambiente, deverão ser tomadas medidas corretivas de baixo custo ou que não causem a paralisação das atividades. Configura-se como uma “oportunidade de melhoria”.

Prejudicial – 2,0

Durante a prática dos desvios observados os ferimentos e enfermidades podem provocar afastamento, restrição ao trabalho e/ou tratamento médico. No caso do meio ambiente, os impactos ambientais poderão causar danos de média magnitude, restringindo-se a área do empreendimento, suscitando a necessidade de medidas corretivas, com a possibilidade de acionar medidas emergenciais de combate. Configura-se como uma “Não Conformidade” menor.

Extremamente prejudicial – 3,0

Durante a prática dos desvios observados os ferimentos e enfermidades podem causar incapacidade, implicando em perda de membros, surdez, cegueira ou mesmo a morte. No caso do meio ambiente, os impactos ambientais poderão causar danos de grande magnitude, com risco ou evidencia de extrapolar a área do empreendimento, suscitando a necessidade de medidas corretivas e emergenciais, com a necessidade de acionamento das medidas emergenciais de combate. Configura-se como uma “Não Conformidade” maior

Page 274: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 206

As Inspeções Comportamentais terão como indicador o ICS (Indicador de Comportamento Seguro) demonstrado abaixo:

Indicador de Desempenho

ICS = 100 – [(∑QxS)/N] x 100 (%)

Q = Número de comportamentos inseguros observados;

S = Severidade;

N = Número total de Colaboradores observados na inspeção.

As classes de desempenho serão apontadas conforme Quadro 12.2.4.15.1 -2.

QUADRO 12.2.4.15.1-2: Classes de desempenho.

Classes de Desempenho

> 95% Excelente

71% a 95% Bom

51% a 70% Regular

Menor ou igual a 50% Insatisfatório

Os registros das Inspeções Comportamentais serão de forma eletrônica apontadas em Formulário de Inspeção Comportamental, a ser elaborado pela contartada, e arquivados em pasta eletrônica.

Formas de registros das inspeções comportamentais

Ao término da inspeção, a e quipe, por meio de um representante indicado por ela, deverá reportar-se novamente à gerência da área, local ou frente de trabalho inspecionada, ou ao seu representante, para comunicar a conclusão da diligência, solicitar eventuais esclarecimentos, dados, documentos ou ações que estejam pendentes.

A consolidação dos dados para apresentação às Diretorias e Gerências do Porto do PIM é de responsabilidade do SMS do Porto do PIM.

Formas de encaminhamento do resultado das inspeções

O conjunto de atividades do Plano de Controle Ambiental da Construção deverá possuir registro diário das atividades e situação ambiental da obra, observando, relatando e acompanhando a evolução de eventuais “não-conformidades” ou desvios em relação ao previsto, de forma a sinalizar, preventiva e corretivamente, toda e qualquer ação não adequada aos requisitos ambientais

A apresentação e consolidação dos resultados das Inspeções Comportamentais será de forma quantitativa e gráfica para envio aos Gestores das Empresas Contratadas.

Os Formulários de Inspeção Comportamental deverão ser preenchidos pela equipe de inspeção, sempre que efetuadas inspeções em qualquer área, local ou frente de trabalho e, quando Evidenciado “não conformidades maiores” que representem riscos eminentes, os responsáveis pela inspeção deverão agendar, com a equipe de SMS do Porto do PIM, reunião específica para discussão do Plano de Ação referente à não conformidade apontada, dentro de um prazo máximo de 24 hs.

Page 275: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 207

À parte às não conformidades maiores acima referidas, a e quipe responsável pelas inspeções deverão enviar semanalmente ao SMS os Planos de Ação estabelecidos durante as inspeções.

Os resultados das Inspeções Comportamentais deverão ser consolidados em um relatório mensal, que poderá ser enviado via e-mail ou ser discutido com as Diretorias e Gerências do Porto do PIM e/ou Contratadas em reuniões específicas, contendo recomendações para medidas de controle e de mitigação dos desvios detectados, bem como pontos positivos e eventuais descrição dos desvios corrigidos durante a execução das inspeções.

Destaca-se que os eventuais desvios constatados nas inspeções nos equipamentos, instalações e documentação legal deverão ser consolidados em Planos de Ação, estabelecidos em consenso com os responsáveis pela implantação das medidas preventivas e corretivas (Gestores das Áreas ou Empresas Contratadas) e terão o acompanhamento do SMS. Os Planos de Ação deverão ser enviados semanalmente via e-mail ou, no caso de “não conformidades maiores” que representem riscos eminentes, discutidos dentro de um prazo máximo de 24hs em reuniões específicas com as Diretorias e Gerências do Porto do PIM e/ou Contratadas.

Segue abaixo o Fluxograma simplificado das etapas necessárias para realização das Inspeções Comportamentais (Figura 12.2.4.15.1-1).

Page 276: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 208

Reprogramar

Programar a Inspeção

Inspeção acordada entre

as partes? Não

Início

Executar Inspeção utilizando o Formulário de Inspeção

Comportamental (Anexo I)

Enviar Planos de Ação semanalmente e Elaborar

Relatório de Inspeção Mensal com os devidos acompanhamentos

dos Planos de Ação

Evidenciado “não conformidades maiores” que

representem riscos eminentes?

Agendar reunião específica para discussão do Plano de Ação dentro

de um prazo máximo de 24 hs. Sim

Sim

Não

FIM

FIGURA 12.2.4.15.1-1: Fluxograma simplificado das etapas necessárias para realização das Inspeções Comportamentais.

Page 277: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 209

12.2.5 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA

12.2.5.1 APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

O Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais visa garantir um controle efetivo dos possíveis impactos sobre o rio Negro durante as fases de implantação e operação do empreendimento. Na fase de implantação do porto estão previstas diversas atividades, entre elas: mobilização e transporte de máquinas e equipamentos, abastecimento de embarcações e veículos com combustíveis, instalação e desinstalação de áreas de apoio (pátios, armazéns, administração, processamento alfandegário, infra-estrutura de saneamento, áreas de empréstimo e de bota-fora, canteiros de obras, alojamentos), limpeza e terraplenagem de regularização do terreno, escavação em solo, instalação e ancoragem do píer flutuante e execução de obras civis. Já na fase de operação, as atividades que merecem destaque correspondem à movimentação e operação de máquinas, equipamentos, caminhões e embarcações. Tais atividades poderão alterar a qualidade física e química das águas devido a vazamentos de produtos oleosos, lançamento de efluentes do sistema de drenagem, e carreamento de sólidos e produtos químicos para o corpo d’água.

12.2.5.2 OBJETIVOS

Este programa tem como objetivo o monitoramento da qualidade das águas superficiais, por meio da avaliação periódica das características físicas e químicas da água nas áreas de influência do empreendimento (ADA e AID), em comparação com as condições e aos padrões de qualidade estabelecidos pela Resolução CONAMA 357/05, em face dos possíveis impactos decorrentes de sua implantação e operação.

12.2.5.3 METAS

Garantir que as atividades desenvolvidas no empreendimento não resultem na alteração da qualidade das águas superficiais nas imediações do empreendimento e executar o monitoramento periódico da mesma.

12.2.5.4 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA

A. Definição dos pontos de monitoramento

O monitoramento de qualidade da água deverá ser realizado por meio de amostragens de água de superfície, meio de coluna e fundo. Serão considerados os cinco pontos de amostragem avaliados na realização do Diagnóstico Ambiental (Capítulo 10), lembrando que os pontos PA-01 a PA-04 estão inseridos na AID do empreendimento, enquanto que o Ponto PA-05, fora da AID do emprendimento, será monitorado devido a proximidade do ponto de captação de água do Proama. Os pontos de amostragem constam da Tabela 12.2.5.4-1 e do Desenho AGU 12.2.5-1 a seguir.

TABELA 12.2.5.4-1: Coordenadas georreferenciadas dos pontos de amostragem para monitoramento da qualidade da água.

Nome do Ponto Coordenadas UTM*

Zona Eastings (mE) Northings (mN) PA-01 21M 173427 9652516

PA-02 21M 173781 9653348

PA-03 21M 172759 9652324

PA-04 21M 172624 9651823

PA-05 21M 177724 9655273 * Coordenadas referenciadas ao datum horizontal SAD 69

Page 278: EIA Porto Do PIM - Volume 5

210

DDEESSEENNHHOO AAGGUU 1122..22..55--11:: PPOONNTTOOSS DDEE MMOONNIITTOORRAAMMEENNTTOO DDEE ÁÁGGUUAA SSUUPPEERRFFIICCIIAALL

Page 279: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIMESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIAMAPA DE COBERTURA VEGETAL

1:10.000 JUNHO/2011 ANEXO 7

ASSUNTO

ESCALA DATA DESENHO

!(

!(

!(

!(

!(

Refinaria (REMAN)

Refinaria(REMAN)

Marinha

Vila da Felicidade

Termelétrica

Proama

Siderama

PA-05

PA-04

PA-03

PA-02

PA-01

Município deMANAUS

Município deIRANDUBA

Município deCAREIRO DA VÁRZEA

Rio Solimões

Rio Negro

Rio Pa

raná-X

iboren

a

Rio Amazonas

Ig. da

Refi

naria

Ig. do Mauazinho

Ig. da

Serra

ria

Ig. do

Mau

á

Lago Joanico

Mauazinho

Vila Buriti

Ponta das Lajes

Distrito Industrial I

Ig. do Cururu

170.000

170.000

172.000

172.000

174.000

174.000

176.000

176.000

178.000

178.000

180.000

180.000

9.650

.000

9.650

.000

9.652

.000

9.652

.000

9.654

.000

9.654

.000

9.656

.000

9.656

.000

PONTOS DE MONITORAMENTO DE ÁGUA SUPERFICIAL

1:15.000 JULHO/2012 AGU 12.2.5-1

µ

Manaus

Careiro

Iranduba Careiro da Várzea

Manaquiri

Rio Preto da Eva

Manacapuru

Autazes Autazes

Áreas de InfluênciaADA - Área Diretamente Afetada

AID - Área de Influência Direta do Porto do PIM

!( Pontos de coleta de água superficial e monitoramento ambientalPROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)

0 0,5 10,25km

FUSO 21 SULDATUM HORIZONTAL: SAD-69

ESCALA GRÁFICAFontes: - PMM - Prefeitura Municipal de Manaus: base hidrográfica do Mapa de Zoneamento digital;- Engemap: Imagem de satélite Worldview-2, 21/07/2011- Google Earth: Imagem de satélite Geoeye, 2/8/2010

DESAGUA10161_A1L15k_GE

Page 280: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 211

B. PARÂMETROS A SEREM MONITORADOS

B 1. ANÁLISES FÍSICO-QUIMICAS IN SITU

Em campo, deverão ser realizadas as seguintes medidas físico-químicas nas amostras de água:

• Oxigênio dissolvido (O.D.);

• Salinidade;

• Condutividade;

• pH;

• EH;

• Temperatura da água.

A medição dos parâmetros físico-químicos em campo deverá ser feita em triplicata, utilizando uma sonda multiparamétrica, calibrada em laboratório acreditado segundo a n orma NBR/ISO IEC 17.025:2005 para condutividade, pH e temperatura. Adicionalmente, a sonda deverá ser calibrada para todos os parâmetros, com padrões rastreáveis ao Sistema Internacional, antes do uso e verificada diariamente em campo. Os resultados obtidos deverão ser plotados em gráficos de controle.

B 2. ANÁLISES LABORATORIAIS

Em laboratório, deverão ser analisados os mesmos parâmetros avaliados no Diagnóstico Ambiental, associados à movimentação e operação de máquinas, equipamentos e embarcações (meio aquático); a implantação e operação de canteiro de obras e demais instalações de apoio às obras e as escavações, aterros, movimentação e exposição dos solos nas imediações do Porto do PIM. Os parâmetros a serem avaliados são:

• Arsênio total;

• Metais totais;

• Metais dissolvidos;

• Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA);

• Pesticidas organoclorados (POC);

• Nitrogênio amoniacal total;

• Nitrato;

• Nitrito;

• Sólidos suspensos totais;

• Turbidez;

• Fósforo total;

Page 281: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 212

• Clorofila-a;

• Coliformes termotolerantes.

A lista de parâmetros de cada classe acima descrita deverá atender a Resolução CONAMA nº 357/05.

O laboratório contratado deverá adotar métodos analíticos que propiciem limites de quantificação praticável (LQP) que atendam aos valores da Resolução CONAMA 357/05. Todas as amostras deverão ser encaminhadas para o laboratório, juntamente com um branco de temperatura e acompanhadas de cadeia-de-custódia.

C. METODOLOGIA DE COLETA

Para a coleta das amostras de água superficial e sub-superficial, deverão ser utilizadas garrafas do tipo Van Dorn ou Niskin, cujo funcionamento consiste na abertura da garrafa dentro da embarcação, sendo que na profundidade desejada, a mesma é desarmada por meio de um peso de metal (mensageiro) coletando a amostra correspondente à região pretendida. A amostragem deverá seguir as recomendações de APHA et al (2005) ou ISO 5667-6 (2005).

D. TRATAMENTO DAS AMOSTRAS

As amostras deverão ser armazenadas em frascos de material apropriado, contendo o preservante adequado, em função do analito ao qual se destina cada alíquota. Os frascos com as amostras deverão ser armazenados em caixas térmicas com gelo e mantidos sob refrigeração entre 2°C a 6°C, desde o momento da coleta até o seu processamento em laboratório. O preparo de amostras e as respectivas análises deverão ser realizados dentro do holding time específicos para cada parâmetro a s er analisado, de acordo com metodologias internacionalmente reconhecidas, tais como Standard Methods e USEPA.

E. CONTROLE DE QUALIDADE

Deverão ser coletadas amostras de controle de qualidade representativas da amostragem, bem como os resultados dos ensaios realizados em laboratório deverão ser analisados criticamente para validação dos mesmos.

12.2.5.5 ASPECTOS AMBIENTAIS

• Carreamento de sólidos para o corpo d´água;

• Carreamento de produtos químicos pelas águas pluviais;

• Lançamento de efluentes domésticos para o corpo d´água;

• Vazamento de produtos oleosos.

12.2.5.6 PÚBLICO-ALVO

• Este Programa tem como público-alvo o empreendedor, por meio de seus colaboradores, principalmente os envolvidos nas áreas de SMS.

Page 282: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 213

12.2.5.7 RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

• Equipe técnica com profissionais qualificados para a realização dos procedimentos e análises;

• Insumos e equipamentos para a c oleta, acondicionamento, transporte e análise das amostras de água;

• Transporte terrestre e aquático.

12.2.5.8 ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS

• Resolução CONAMA nº 357/2005 que dispõe sobre a c lassificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento.

12.2.5.9 INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS AMBIENTAIS

• Programa de Controle Ambiental da Construção – PCA-C;

• Programa de Controle Ambiental da Operação – PCA-O;

• Programa de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos;

• Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos.

12.2.5.10 ETAPA DO EMPREENDIMENTO

O programa de monitoramento da qualidade da água deverá ser executado durante toda a etapa de implantação (desenvolvimento de pátio fases 1 a 4 e desenvolvimento de píer flutuante fases 1 e 2) e etapa de operação do empreendimento (Porto do PIM).

12.2.5.11 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

O programa de monitoramento da qualidade da água deverá ser executado durante toda a fase de implantação e operação do empreendimento. A frequência de amostragem deverá ser trimestral, durante toda a fas e de implantação, e semestral durante a fas e de operação. As campanhas deverão ser compatibilizadas com as coletas referentes ao Programa de gerenciamento de Efluentes Líquidos.

12.2.5.12 RESPONSÁVEL PELA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

O empreendedor e as empresas contratadas para a i mplantação do empreendimento, são responsáveis pela implementação deste programa ambiental.

Durante as fases de implantação do empreendimento deverão atuar na implementação deste programa os Coordenadores de Meio Ambiente e os Inspetores de Meio Ambiente das empreiteiras contratadas, além do Gerente e Coordenador de SMS do empreendedor e de profissionais especializados na execução dos serviços.

Na fase de operação, cabe ao empreendedor (SMS do Porto do PIM) a r esponsabilidade pela implementação, revisão e contínua adequação deste Programa de monitoramento da qualidade das águas superficiais.

Page 283: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 214

12.2.5.13 SISTEMAS DE REGISTRO

Deverão ser elaborados relatórios técnicos para cada campanha amostral incluindo os seguintes itens:

• Capa com nome do programa, responsável e data;

• Detalhamento das atividades de campo e metodologias empregadas;

• Resultados, discussão e análise dos resultados.

Estes relatórios serão submetidos ao órgão ambiental na frequência a ser definida pelo mesmo.

12.2.6 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DOS SEDIMENTOS

12.2.6.1 APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

O Programa de Monitoramento da Qualidade dos Sedimentos Superficiais visa garantir um controle efetivo dos possíveis impactos de alteração nas características físicas e químicas dos sedimentos nas imediações do empreendimento, durante as fases de implantação e operação.

Estas alterações estão relacionadas à eventual ocorrência de vazamentos de produtos oleosos ou outros produtos químicos, seja pela circulação e abastecimento de equipamentos, circulação de embarcações, pelo recebimento e armazenamento de produtos perigosos durante a operação do terminal, ou ainda pela instalação e operação de atividades de apoio, como usina de asfalto e de concreto. Da mesma forma, alterações de qualidade dos sedimentos podem ocorrer devido ao carreamento de sedimentos para os corpos d’água por conta das obras de terraplenagem necessárias para a implantação do empreendimento e de áreas de apoio. A instalação do píer flutuante e a execução de obras civis também podem contribuir para o carreamento de partículas sólidas para os corpos d’água. O lançamento de efluente domésticos, tanto na fase de implantação quanto na fase de operação do empreendimento, também pode comprometer a qualidade dos sedimentos. Desta forma, este programa ambiental se justifica para garantir que a qualidade dos sedimentos superficiais no entorno do empreendimento não seja alterada.

12.2.6.2 OBJETIVOS

Este programa tem como objetivo o monitoramento da qualidade dos sedimentos superficiais, por meio da avaliação das características física e químicas dos sedimentos nas áreas de influência do empreendimento (ADA e AID) em comparação com os valores orientadores estabelecidos pela Resolução CONAMA 344/04, em face dos possíveis impactos decorrentes de sua implantação e operação.

12.2.6.3 METAS

Garantir que as atividades desenvolvidas no empreendimento não resultem na alteração da qualidade dos sedimentos superficiais nas imediações do empreendimento.

12.2.6.4 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA

A. DEFINIÇÃO DOS PONTOS DE MONITORAMENTO

Os pontos de monitoramento da qualidade dos sedimentos superficiais serão posicionados dentro das áreas de influência do empreendimento, sendo três pontos na ADA e um ponto na AID, correspondendo aos mesmos locais utilizados na etapa de Diagnóstico Ambiental - item 10.1.7

Page 284: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 215

deste EIA. A Tabela 12.2.6.4-1 contempla as coordenadas geográficas para monitoramento da qualidade dos sedimentos superficiais, indicados no Desenho SED 12.2.6-1 a seguir.

TABELA 12.2.6.4-1: Coordenadas georreferenciadas dos pontos de amostragem para monitoramento da qualidade dos sedimentos superficiais.

Nome do Ponto Coordenadas UTM*

Descrição Zona Eastings (mE) Northings (mN)

PS-01 21M 173451 9652521

ADA PS-06 21M 173195 9652206

PS-07 21M 173575 9652777

PS-05 21M 177739 9655301 AID * Coordenadas referenciadas ao datum horizontal SAD 69

Page 285: EIA Porto Do PIM - Volume 5

216

DDEESSEENNHHOO SSEEDD 1122..22..66--11:: PPOONNTTOOSS DDEE MMOONNIITTOORRAAMMEENNTTOO DDEE SSEEDDIIMMEENNTTOOSS SSUUPPEERRFFIICCIIAAIISS

Page 286: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIMESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIAMAPA DE COBERTURA VEGETAL

1:10.000 JUNHO/2011 ANEXO 7

ASSUNTO

ESCALA DATA DESENHO

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

Refinaria (REMAN)

Refinaria(REMAN)

Marinha

Vila da Felicidade

Termelétrica

Proama

Siderama

PS-10

PS-09

PS-08

PS-04

PS-03

PS-02

PS-07

PS-06

PS-05

PS-01

Município deMANAUS

Município deIRANDUBA

Município deCAREIRO DA VÁRZEA

Rio Solimões

Rio Negro

Rio Pa

raná-X

iboren

a

Rio Amazonas

Ig. da

Refi

naria

Ig. do Mauazinho

Ig. da

Serra

ria

Ig. do

Mau

á

Lago Joanico

Mauazinho

Vila Buriti

Ponta das Lajes

Distrito Industrial I

Ig. do Cururu

170.000

170.000

172.000

172.000

174.000

174.000

176.000

176.000

178.000

178.000

180.000

180.000

9.650

.000

9.650

.000

9.652

.000

9.652

.000

9.654

.000

9.654

.000

9.656

.000

9.656

.000

PONTOS DE MONITORAMENTO DE SEDIMENTO SUPERFICIAL

1:15.000 JULHO/2012 SED 12.2.6-1

µ

Manaus

Careiro

Iranduba Careiro da Várzea

Manaquiri

Rio Preto da Eva

Manacapuru

Autazes Autazes

Áreas de InfluênciaADA - Área Diretamente Afetada

AID - Área de Influência Direta do Porto do PIM

!( Pontos de coleta de sedimento superficial (diagnóstico ambiental)

!( Pontos de monitoramento ambiental e coleta de sedimento superficial para diagnóstico ambiental PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)

0 0,5 10,25km

FUSO 21 SULDATUM HORIZONTAL: SAD-69

ESCALA GRÁFICA

DESSEDI10171_A1L15k_GE

Fontes: - PMM - Prefeitura Municipal de Manaus: base hidrográfica do Mapa de Zoneamento digital;- Engemap: Imagem de satélite Worldview-2, 21/07/2011- Google Earth: Imagem de satélite Geoeye, 2/8/2010

Page 287: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 217

B. PARÂMETROS A SEREM MONITORADOS

B.1. ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS IN SITU

Em campo, deverão ser realizadas as seguintes medidas físico-químicas nas amostras de sedimento superficial:

• pH;

• EH;

• Temperatura.

A medição dos parâmetros físico-químicos em campo deverá ser feita em triplicata, utilizando uma sonda multiparamétrica, calibrada em laboratório acreditado segundo a n orma NBR/ISO IEC 17.025:2005. Adicionalmente, a sonda deverá ser calibrada para todos os parâmetros, com padrões rastreáveis ao Sistema Internacional, antes do uso e verificada diariamente em campo. Os resultados obtidos deverão ser plotados em gráficos de controle.

B 2. ANÁLISES LABORATORIAIS

Em laboratório, deverão ser analisados os mesmos parâmetros avaliados no Diagnóstico Ambiental, correspondentes aos parâmetros estabelecidos na Resolução CONAMA 344/04, ou seja:

• Granulometria (07 frações);

• Metais totais;

• Arsênio total;

• Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA);

• Pesticidas organoclorados (POC);

• Bifenilas policloradas (PCB);

• Nitrogênio Kjeldahl total;

• Carbono orgânico total;

• Fósforo total;

• Óleos e graxas.

A lista de parâmetros de cada classe acima descrita deverá atender a Resolução CONAMA nº 344/04.

O laboratório contratado deverá adotar métodos analíticos que propiciem limites de quantificação praticável (LQP) que atendam aos valores da Resolução CONAMA 344/04. Todas as amostras deverão ser encaminhadas para o laboratório, juntamente com um branco de temperatura e acompanhadas de cadeia-de-custódia.

Todas as análises químicas realizadas nos sedimentos deverão utilizar a amostra integral ou total sem que haja separação da amostra em frações granulométricas mais finas, conforme determinado pela Resolução CONAMA 344/04.

Page 288: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 218

C. METODOLOGIA DE COLETA

O sedimento superficial pode ser coletado com pegadores de fundo do tipo Van-Veen, Birge-Eckman, Ponar, Peterson, entre outros. Caso seja utilizada a porção superior de uma coluna de sedimento coletada com algum tipo de “corer”, deve ser informado o tamanho do segmento que corresponde ao sedimento superficial (ex. 0-20 cm), sendo que, em cada ponto, devem ser coletadas amostras compostas, ou seja, cada amostra de sedimento superficial deverá ser constituída por três subamostras (de acordo com métodos descritos pela USEPA, 2003 ou ISO 5667).

Após a coleta, os sedimentos deverão ser homogeneizados em bandeja de aço inox, com auxílio de uma espátula do mesmo material para serem acondicionadas em frascos de vidro ou plástico, previamente limpos, conforme o parâmetro a ser determinado.

D. TRATAMENTO DAS AMOSTRAS

As amostras deverão ser armazenadas em frascos de material apropriado, de acordo com o analisto ao qual se destina cada alíquota. Os frascos com as amostras deverão ser armazenados em caixas térmicas com gelo e mantidos sob refrigeração entre 2°C a 6°C, desde o momento da coleta até o seu processamento em laboratório. O preparo de amostras e as respectivas análises deverão ser realizados dentro do holding time específicos para cada parâmetro a ser analisado, de acordo com metodologias internacionalmente reconhecidas, tais como Standard Methods e USEPA.

E. CONTROLE DE QUALIDADE

Deverão ser coletadas amostras de controle de qualidade representativas da amostragem, bem como os resultados dos ensaios realizados em laboratório deverão ser analisados criticamente para validação dos mesmos.

12.2.6.5 ASPECTOS AMBIENTAIS

• Carreamento de sólidos para o corpo d´água;

• Carreamento de produtos químicos pelas águas pluviais;

• Vazamento de produtos oleosos e/ou cargas perigosas.

12.2.6.6 PÚBLICO-ALVO

Este Programa tem como público-alvo o empreendedor, por meio de seus colaboradores, principalmente os envolvidos nas áreas de SMS.

12.2.6.7 RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

• Equipe técnica com profissionais qualificados para a realização dos procedimentos e análises;

• Insumos e equipamentos para a c oleta, acondicionamento, transporte e análise das amostras de sedimento;

• Transporte terrestre e aquático.

Page 289: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 219

12.2.6.8 ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS

• Resolução CONAMA nº 344/2004 que estabelece as diretrizes gerais e os procedimentos mínimos para avaliação do material a ser dragado em águas jurisdicionais brasileiras, e dá outras providencias:

A Resolução CONAMA 344/04 refere-se à caracterização de sedimento para dragagem, que apesar de não ser o caso do empreendimento em questão, é a única resolução da legislação brasileira que dispõe sobre a qualidade de sedimentos, sendo, por este motivo, utilizada para comparação no presente programa de monitoramento ambiental.

12.2.6.9 INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS AMBIENTAIS

• Programa de Controle Ambiental da Construção – PCA-C;

• Programa de Controle Ambiental da Operação – PCA-O;

• Programa de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos;

• Programa de Gerenciamento dos Efluentes Líquidos;

• Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais.

12.2.6.10 ETAPA DO EMPREENDIMENTO

O programa de monitoramento da qualidade dos sedimentos superficiais deverá ser executado após a etapa de implantação e durante a etapa de operação do empreendimento (Porto do PIM).

12.2.6.11 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

O programa de monitoramento da qualidade dos sedimentos superficiais deverá ser executado em uma única campanha após a fase de implantação, no máximo 60 dias deste término, e campanhas anuais durante a fase de operação.

12.2.6.12 RESPONSÁVEL PELA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

O empreendedor e as empresas contratadas para a i mplantação do empreendimento, são responsáveis pela implementação deste programa ambiental.

Durante as fases de implantação do empreendimento deverão atuar na implementação deste programa os Coordenadores de Meio Ambiente e os Inspetores de Meio Ambiente das empreiteiras contratadas, além do Gerente e Coordenador de SMS do empreendedor e de profissionais especializados na execução dos serviços.

Na fase de operação, cabe ao empreendedor (SMS do Porto do PIM) a r esponsabilidade pela implementação, revisão e contínua adequação deste Programa de monitoramento da qualidade dos sedimentos.

12.2.6.13 SISTEMAS DE REGISTRO

Deverão ser elaborados relatórios técnicos para cada campanha amostral incluindo os seguintes itens:

• Capa com nome do programa, responsável e data;

Page 290: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 220

• Detalhamento das atividades de campo e metodologias empregadas;

• Resultados, discussão e análise dos resultados.

Estes relatórios serão submetidos ao órgão ambiental na frequência a ser definida pelo mesmo.

12.2.7 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA FAUNA E BIOINDICADORES

12.2.7.1 SUBPROGRAMA DE MONITORAMENTO DA FAUNA DE VERTEBRADOS TERRESTRES

12.2.7.1.1 APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

O monitoramento da fauna de vertebrados terrestres - anfíbios, répteis, aves e mamíferos - é um componente importante dos Programas Ambientais vinculados aos empreendimentos causadores de impactos. Ele fornece informações sobre a presença, dinâmica e o comportamento das espécies no ambiente durante as diferentes etapas de atividade dos empreendimentos. Os vertebrados terrestres são indicadores biológicos comumente monitorados durante a implantação e operação de empreendimentos de diferentes naturezas. Em cada um dos grupos de vertebrados há espécies mais e menos sensíveis a alterações do ambiente original, e os estudos continuados dessa fauna promovem uma visão ampla da dinâmica do ambiente concomitante à implantação e à operação dos empreendimentos.

O Subprograma de Monitoramento da Fauna de Vertebrados Terrestres deve ser desenhado e dimensionado especificamente para cada empreendimento, de forma a responder da melhor forma às suas questões, como a composição da fauna potencialmente impactada, e sua dinâmica durante a operação do empreendimento.

Pretende-se, a partir dos dados coletados, identificar eventuais efeitos do empreendimento sobre a fauna terrestre e, a partir do conhecimento destes, fazer inferências sobre os efeitos do empreendimento sobre a biota terrestre. Assim, será possível não apenas avaliar as consequências do empreendimento sobre o ambiente terrestre, mas, também, validar a avaliação dos impactos realizados no presente EIA-Rima do Porto do PIM.

12.2.7.1.2 OBJETIVO

Com base no diagnóstico da fauna de vertebrados terrestres apresentado no item 10.2.2 do presente EIA-Rima, apresentamos aqui o Subrograma de Monitoramento de Fauna de Vertebrados Terrestres do Porto do PIM, detalhando as metodologias e análises a serem desenvolvidas. Os objetivos do monitoramento são:

− Realizar campanhas de monitoramento da avifauna, mastofauna e herpetofauna, a fim de verificar eventuais interferências do empreendimento sobre a fauna, com relação aos seus impactos negativos nas comunidades das áreas de influência do Porto do PIM;

− Enriquecer as informações disponíveis sobre a r iqueza, diversidade e composição das espécies da fauna de vertebrados terrestres, anfíbios, répteis, aves e mamíferos, nas proximidades das áreas de instalação do empreendimento, incluindo áreas vizinhas com fragmentos de vegetação nativa;

− Registrar a ocorrência e uso dos hábitats de espécies ameaçadas dos grupos estudados nas proximidades das áreas de instalação, manutenção e operação do Porto do PIM.

Page 291: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 221

Em relação ao grupo de sauim-de-coleira registrado na ADA do Porto do PIM, considerando a sua importância e fragilidade, optou-se por propor um subprograma de monitoramento especificamente para essa espécie (ver item 12.2.7.2 deste Capítulo).

12.2.7.1.3 MÉTODOS

O diagnóstico da fauna de vertebrados terrestres das áreas de influência do Porto do PIM que compõe o presente o EIA-Rima (item 10.2.2) foi realizado nos meses de março, abril e maio de 2012, ou seja, em época de chuva

12.2.7.1.3.1 Áreas de Monitoramento

7

O levantamento da fauna de vertebrados terrestres no período de seca, antes da implantação do empreendimento, será feito nos mesmos pontos de amostragem do período de chuva, utilizando os mesmos métodos, conforme Tabelas 12.2.7.1.3.1-1, 12.2.7.1.3.1-2, 12.2.7.1.3.1-3 e Desenhos HERP 12.2.7-1, MAST 12.2.7-1 e AVI 12.2.7-1. As campanhas de campo terão duração de 15 dias.

. Desse modo, para alguns grupos, a coleta de dados em campo ficou um pouco prejudicada. Para complementar o diagnóstico feito no período de chuva propomos, portanto, que antes da implantação do empreendimento sejam feitos levantamentos da herpetofauna, mastofauna e avifauna também no período de seca.

7 Em 2012, o nível do rio Negro bateu recorde histórico de cheia, chegando a 29,97 m.

Page 292: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 222

TABELA 12.2.7.1.3.1-1: Coordenadas dos pontos de amostragem e métodos utilizados nas coletas de grupo de mastofauna terretres nas AID e ADA do empreendimento Porto do PIM, Manaus, AM.

Ponto Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21 Sul

Área amostral Método de coleta Grupo Eastings (mE) Northings (mN)

P1 172818 9653037 ADA Armadilhas Sherman e Tomahawk Pequenos mamíferos

P2 173024 9652861 ADA Armadilhas Sherman e Tomahawk Pequenos mamíferos

P3 172878 9653197 ADA Armadilhas Sherman e Tomahawk Pequenos mamíferos

P4 172922 9653715 AID Armadilhas Sherman e Tomahawk Pequenos mamíferos

P5 173002 9653512 AID Armadilhas Sherman e Tomahawk Pequenos mamíferos

P6 172720 9653755 AID Armadilhas Sherman e Tomahawk Pequenos mamíferos

P7 172860 9653091 ADA Pitfall - linha de baldes Pequenos mamíferos

P8 172801 9653044 ADA Pitfall - linha de baldes Pequenos mamíferos

P9 173002 9652867 ADA Pitfall - linha de baldes Pequenos mamíferos

P10 173053 9652867 ADA Pitfall - linha de baldes Pequenos mamíferos

P11 172874 9653850 AID Pitfall - linha de baldes Pequenos mamíferos

P12 172933 9653632 AID Pitfall - linha de baldes Pequenos mamíferos

P13 172846 9653660 AID Pitfall - linha de baldes Pequenos mamíferos

P14 172840 9653778 AID Pitfall - linha de baldes Pequenos mamíferos

P15 173124 9652946 ADA Armadilha fotográfica Médios e grandes mamíferos

P16 172921 9653775 AID Armadilha fotográfica Médios e grandes mamíferos

P17 172820 9653830 AID Armadilha fotográfica Médios e grandes mamíferos

P18 173014 9652868 ADA Redes de neblina Morcegos

P19 172971 9653094 ADA Redes de neblina Morcegos

P20 172851 9653044 ADA Redes de neblina Morcegos

P21 172905 9653162 ADA Redes de neblina Morcegos

P22 172903 9653760 AID Redes de neblina Morcegos

P23 172828 9653616 AID Redes de neblina Morcegos

P24 172921 9653835 AID Redes de neblina Morcegos

P25 172869 9653897 AID Redes de neblina Morcegos

Page 293: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 223

TABELA 12.2.7.1.3.1-2: Coordenadas dos pontos de amostragem de avifauna para o diagnóstico ambiental do Porto do PIM, Manaus, AM.

Pontos Coordenadas UTM Sad 69 Fuso 21 Sul Área de

amostragem Métodos de amostragem Eastings (mE) Northings (mN)

Av01 - avifauna aquática 172361 9651936 AID censo

Av02 - avifauna aquática 172475 9652100 AID censo

Av03 - avifauna aquática 172616 9652242 AID censo

Av04 - avifauna aquática 172777 9652361 AID censo

Av05 - avifauna aquática 172952 9652459 AID censo

Av06 - avifauna aquática 173113 9652584 AID censo

Av07 - avifauna aquática 173151 9652781 ADA censo

Av08 - avifauna aquática 173251 9653416 AID censo

Av09 - avifauna aquática 173132 9653583 AID censo

Av10 - avifauna aquática 173381 9653575 AID censo

Av11 - avifauna aquática 173414 9653795 AID censo

Av12 - avifauna aquática 173546 9653722 AID censo

Av13 - avifauna aquática 173688 9653868 AID censo

Av14 - avifauna terrestre 172882 9653138 ADA censo e captura

Av15 - avifauna terrestre 172826 9653045 ADA censo e captura

Av16 - avifauna terrestre 172973 9653047 ADA censo e captura

Av17 - avifauna terrestre 173087 9652947 ADA censo e captura

Av18 - avifauna terrestre 173008 9652867 ADA censo e captura

Av19 - avifauna terrestre 172579 9653362 ADA censo e captura

Av20 - avifauna terrestre 172591 9653777 AID censo e captura

Av21 - avifauna terrestre 172728 9653782 AID censo e captura

Av22 - avifauna terrestre 172831 9653653 AID censo e captura

Av23 - avifauna terrestre 172988 9653554 AID censo e captura

Av24 - avifauna terrestre 172734 9652799 AID censo e captura

Av25 - avifauna terrestre 172721 9652655 AID censo e captura

Av26 - avifauna terrestre 172673 9652471 AID censo e captura

Av27 - avifauna terrestre 172790 9652763 AID censo e captura

Av28 - avifauna terrestre 172846 9652558 AID censo e captura

Av29 - avifauna terrestre 172712 9652413 AID censo e captura

Ninhal 1 172878 9653295 ADA censo e observações

Ninhal 2 172750 9653156 ADA censo e observações

Ninhal 3 172750 9653062 ADA censo e observações

Ninhal 4 172361 9651937 AID censo e observações

Ninhal 5 172692 9652319 AID censo e observações

Ninhal 6 172777 9652361 AID censo e observações

Ninhal 7 172952 9652459 AID censo e observações

Ninhal 8 173140 9652719 AID censo e observações

Page 294: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 224

TABELA 12.2.7.1.3.1-3: Coordenadas dos pontos de amostragens de herpetofauna terrestre na AID e na ADA do Porto do PIM, Manaus, AM, e respectivos métodos de amostragem.

Pontos Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21 Sul

Área de Amostragem

Métodos de amostragem

Eastings (mE) Northings (mN) Pitfalls Busca ativa

PA1 173002 9652867 ADA 1 X

173053 9652867 ADA 1 X

PA2 172860 9653091 ADA 1 X

172801 9653044 ADA 1 X

PA3 172495 9653031 ADA 0 X

Total de horas de amostragem 240hs 46hs

PB1 172840 9653778 AID 1 X

172874 9653850 AID 1 X

PB2 172846 9653660 AID 1 X

172933 9653632 AID 1 X

PB3 172640 9652570 AID 0 X

Total de horas de amostragem 240hs 46hs

Page 295: EIA Porto Do PIM - Volume 5

225

DDEESSEENNHHOO HHEERRPP 1122..22..77--11:: PPOONNTTOOSS DDEE MMOONNIITTOORRAAMMEENNTTOO DDAA HHEERRPPEETTOOFFAAUUNNAA TTEERRRREESSTTRREE

Page 296: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIMESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIAMAPA DE COBERTURA VEGETAL

1:10.000 JUNHO/2011 ANEXO 7

ASSUNTO

ESCALA DATA DESENHO

!( !(

!(

!(!(

!(

!(

!(

!(

!(PB3

PA3

PB2.2PB2.1

PB1.2

PB1.1

PA2.2

PA2.1

PA1.2PA1.1

Porto do PIM

Rio Negro

Ig. do Cururu

Ponta do Catalão

Ig. da

Refi

naria

172.000

172.000

173.000

173.000

174.000

174.000

175.000

175.000

9.652

.000

9.652

.000

9.653

.000

9.653

.000

9.654

.000

9.654

.000

PONTOS DE MONITORAMENTO DE HERPETOFAUNA TERRESTRE

indicada JULHO/2012 HERP 12.2.7-1

µ

Manaus

Careiro

Iranduba Careiro da Várzea

Manaquiri

Rio Preto da Eva

Manacapuru

Autazes Autazes

ADA - Área Diretamente Afetada

AID - Área de Inflência Direta do Porto do PIM PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)

0 75 150 225 300 37537,5m

FUSO 21 SULDATUM HORIZONTAL: SAD-69

ESCALA GRÁFICA

Fontes: - Engemap: Imagem de Satélite WorldView2, 11/07/2011 - Google Earth: Imagem de satélite Geoeye, 2/8/2010

!( !(

!(

!(!(

!(

!(

!(!(

!(

Município deManaus

Rio Negro

Ig. da

Refi

naria

Ig. do Mauazinho

Ig. do

Mau

á

Ig. do Cururu

Mauazinho

Ponta do Catalão

escala escala 1:15.0001:5.000

Pontos de Amostragem de Herpetofauna Terrestre (diagnóstico e monitoramento)

!(

!( Pitfalls

!( Busca ativa

Transecções (Busca ativa e procura visual por tempo)

Page 297: EIA Porto Do PIM - Volume 5

226

DDEESSEENNHHOO MMAASSTT 1122..22..77--11:: PPOONNTTOOSS DDEE MMOONNIITTOORRAAMMEENNTTOO DDAA MMAASSTTOOFFAAUUNNAA TTEERRRREESSTTRREE

Page 298: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIMESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIAMAPA DE COBERTURA VEGETAL

1:10.000 JUNHO/2011 ANEXO 7

ASSUNTO

ESCALA DATA DESENHO

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!( !(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

P17

P16

P15

P6

P5

P4

P3

P2

P1

P9

P8

P7

P14

P13P12

P11

P10

P25

P24

P23

P22

P21

P20

P19

P18

Porto do PIM

Rio Negro

Ig. do Cururu

Ponta do Catalão

Ig. da

Refi

naria

172.000

172.000

173.000

173.000

174.000

174.000

175.000

175.000

9.652

.000

9.652

.000

9.653

.000

9.653

.000

9.654

.000

9.654

.000

PONTOS DE MONITORAMENTO DE MASTOFAUNA TERRESTRE E ALADA

indicada JULHO/2012 MAST 12.2.7-1

µ

Manaus

Careiro

Iranduba Careiro da Várzea

Manaquiri

Rio Preto da Eva

Manacapuru

Autazes Autazes

ADA - Área Diretamente Afetada

AID - Área de Influência Direta do Porto do PIM PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)

0 80 160 240 320 40040m

FUSO 21 SULDATUM HORIZONTAL: SAD-69

ESCALA GRÁFICA

Fontes: - Engemap: Imagem de Satélite WorldView2, 11/07/2011 - Google Earth: Imagem de satélite Geoeye, 2/8/2010

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

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!(

!(!(

!(

!(

!(

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!(

!(

!(

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!(

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!(

!(

Município deManaus

Rio Negro

Ig. da

Refi

naria

Ig. do Mauazinho

Ig. do

Mau

á

Ig. do Cururu

Mauazinho

Ponta do Catalão

escala escala 1:15.0001:5.000

Pontos de Amostragem Mastofauna Terrestre e Alada (diagnóstico e monitoramento)!( Armadilha fotográfica

!( Armadilhas Sherman e Tomahawk

!( Pitfall - linha de baldes

!( Redes de neblina

Busca ativa

Page 299: EIA Porto Do PIM - Volume 5

227

DDEESSEENNHHOO AAVVII 1122..22..77--11:: PPOONNTTOOSS DDEE MMOONNIITTOORRAAMMEENNTTOO DDAA AAVVIIFFAAUUNNAA TTEERRRREESSTTRREE EE

AAQQUUÁÁTTIICCAA

Page 300: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIMESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIAMAPA DE COBERTURA VEGETAL

1:10.000 JUNHO/2011 ANEXO 7

ASSUNTO

ESCALA DATA DESENHO

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!( !(

!(

!(

!(

!(

!( !(

!(

!(

!(

!( !(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

Av13

Av12

Av11

Av10Av09

Av08

Av07

Av06

Av05

Av04

Av03

Av02

Av01

Av29

Av28

Av27

Av26

Av25

Av24

Av23

Av22

Av21Av20

Av19

Av18

Av17

Av16Av15

Av14

Ninhal 8

Ninhal 7

Ninhal 6Ninhal 5

Ninhal 4

Ninhal 3

Ninhal 2

Ninhal 1

Porto do PIM

Rio Negro

Ig. do Cururu

Ponta do Catalão

Ig. da

Refi

naria

172.000

172.000

173.000

173.000

174.000

174.000

175.000

175.000

9.652

.000

9.652

.000

9.653

.000

9.653

.000

9.654

.000

9.654

.000

PONTOS DE MONITORAMENTO DE AVIFAUNA TERRESTRE E AQUÁTICA

indicada JULHO/2012 AVI 12.2.7-1

µ

Manaus

Careiro

Iranduba Careiro da Várzea

Manaquiri

Rio Preto da Eva

Manacapuru

Autazes Autazes

ADA - Áreas Diretamene Afetada

AID - Área de Inflência Direta do Porto do PIM PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)

0 80 160 240 320 40040m

FUSO 21 SULDATUM HORIZONTAL: SAD-69

ESCALA GRÁFICA

Fontes: - Engemap: Imagem de Satélite WorldView2, 11/07/2011 - Google Earth: Imagem de satélite Geoeye, 2/8/2010

!(

!(

!(

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!(

!(

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!(

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!(

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!(

!(

Município deManaus

Rio Negro

Ig. da

Refi

naria

Ig. do Mauazinho

Ig. do

Mau

á

Mauazinho

Ponta do Catalão

Ig. do Cururu

escala escala 1:15.0001:5.000

Pontos de Amostragem de Avifauna Terrestre(diagnótico e monitoramento)

!( Pontos de escuta

!( Ninhais

Transecções

Pontos de Amostragem de Avifauna Aquática e Ripária(diagnótico e monitoramento)

!( Detecções visuais e auditivas

Deslocamentos a baixa velocidade em barco a remo

Page 301: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 228

Os diagnósticos da fauna de vertebrados terrestres das áreas de influência do Porto do PIM nos períodos de chuva e de seca serão considerados como a amostragem inicial que fornecerá informações sobre o grupo antes da implantação do empreendimento, funcionando, portanto, como a amostragem-controle.

O monitoramento da fauna de vertebrados terrestre será realizado imediatamente após a implantação do Porto do PIM e durante a sua operação. Como toda vegetação presente na ADA será suprimida, o monitoramento será realizdo na AID do Porto do PIM, nos fragmentos florestais adjacentes à área do empreendimento, principalmente, considerando que grande parte da fauna que ocorre hoje na ADA será afugentada e realocada nessas áreas e que a fauna da AID é mais rica e diversa do que a ADA.

A princípio, os pontos de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres após a implantação e durante a o peração do empreendimento na AID se limitarão aos trechos da AID do empreendimento considerada definitiva, nos quais foram feitos os levantamentos para o diagnósico do grupo nos períodos de chuva e de seca, utilizando os mesmos métodos de amostragem (ver pontos da AID nos Desenhos HERP 12.2.7-1, MAST 12.2.7-1 e AVI 12.2.7-1).

A seguir, são apresentados os métodos de amostragem a serem utilizados no monitoramento da fauna de vertebrados terrestres do Porto do PIM.

O monitoramento enfocará os anfíbios, répteis, aves e mamíferos das áreas de influência do Porto do PIM (AID e ADA). As amostragens do monitoramento serão realizadas em campanhas de 15 dias de duração, onde cada grupo será amostrado por diferentes métodos e esforço, que serão detalhados a seguir.

12.2.7.1.3.2 Grupos Faunísticos, Métodos e Esforço de Coletas

Todas as atividades de captura, coleta e transferência de indivíduos serão devidamente licenciadas pelo órgão ambiental competente, no caso o Ibama, e realizadas por profissionais especializados e experientes.

HERPETOFAUNA

A composição, riqueza e abundância de espécies de anfíbios anuros (sapos, rãs e pererecas) e répteis (serpentes, lagartos e anfisbenas) na AID do Porto do PIM serão monitoradas por meio de:

a) Procura Visual Limitada por Tempo (PLT) (CRUMP e SCOTT, 1994). Consiste em caminhar em velocidade lenta no interior da mata durante o período diurno e noturno, com a inspeção detalhada dos microambientes acessíveis, procurando por espécimes escondidos no folhiço, em tocas, sob troncos caídos, sob pedras, galhos. Este método será usado tanto para a amostragem de anfíbios quanto de répteis. Serão gastas duas horas diárias nesta metodologia, ao longo dos 15 dias de campo;

b) Censo Auditivo em Sítios Reprodutivos (CSR). Consiste em registrar os anfíbios anuros que vocalizam nos sítios reprodutivos, como beiras de rios e riachos, poças, brejos ou lagoas. Para auxiliar na identificação específica, os cantos dos anfíbios poderão ser registrados em gravador digital (Olympus, Marantz). O censo será conduzido durante duas horas diárias, a partir do entardecer, nos 15 dias de campo;

c) Armadilha de Interceptação e Queda com Cerca-Guia (AIQ) (CECHIN e MARTINS, 2000), ou pitfall. Sistema de captura com cinco baldes de plástico de 60 litros, enterrados com a extremidade superior nivelada no solo, a cada 10 m, e unidos por uma cerca-guia, medindo

Page 302: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 229

50 m de comprimento por 0,50 m de altura. A cerca-guia, de lona plástica, é mantida em posição vertical presa por estacas de madeira, e sua base é enterrada a 7 cm no solo, para evitar que os animais atravessem por debaixo da lona. Os baldes são furados para evitar o acúmulo de água de chuvas. Este método será usado tanto para amostragem de anfíbios quanto de répteis. Em cada área, o monitoramento será feito com três linhas de baldes, distanciadas em 300 metros, totalizando 15 baldes e 150 metros de cerca-guia. Diariamente, durante 15 dias os baldes serão vistoriados e os exemplares capturados serão registrados em formulários padrão, medidos e pesados. Anfíbios anuros serão marcados por amputação de dígitos, serpentes e lagartos por marcação em escama ventral.

AVIFAUNA

A composição, riqueza e abundância de espécies de aves da AID do Porto do PIM serão monitoradas por meio de métodos quantitativos e qualitativos, a saber:

a) Amostragem quantitativa - Pontos de Escuta de Aves (PEA): esta metodologia foi desenvolvida por Vielliard e Silva (1990; apud VIELLIARD et al., 2010), e consiste no registro de espécies com o observador em pontos fixos, durante três dias consecutivos bimestralmente. Em cada sítio amostral serão estabelecidos pontos de escuta distanciados em no mínimo 200 m, onde, durante 15 minutos, será realizado o registro da vocalização e presença de aves, num raio de detecção ilimitado. O levantamento por Ponto de Escuta será realizado durante o período da manhã, e o primeiro e o último pontos sorteados diariamente, para reduzir a influência do horário em que cada ponto foi amostrado, durante 15 dias de campo. Como resultados desta metodologia são apresentados a lista total de espécies detectadas por amostra, bem como seus índices de pontos de amostragem (IPA), que consistem na razão do número total de contatos por espécie pelo número de contatos total da amostra;

b) Amostragem qualitativa: serão realizados censos, que consistem no registro de espécies durante caminhadas a pé nas áreas de monitoramento, durante duas horas diárias, divididas entre o período da manhã e tarde, ao longo de 15 dias. Os espécimes observados serão registrados em formulários específicos. Será utilizado um binóculos (aumento 8 X 32 mm) para viabilizar a observação das aves, e na medida do possível, os espécimes serão fotografados;

c) Redes de neblina: em cada ponto de monitoramento serão intaldas cinco redes de neblina com malha de 36 mm, as quais serão operadas 6 e 11 horas da manhã, que compreende o período de maior atividade das aves. Os indivíduos capturados serão identificados em nível de espécie. Além da identificação, serão observados dados acerca de presença e estágio de placas de incubação, gordura acumulada visível, estágio de ossificação craniana, presença de mudas e outros dados biométricos básicos com auxílio de régua, paquímetro e balança (tipo Pesola®). Para a marcação da avifauna serão utilizadas anilhas metálicas fornecidas pelo CEMAVE.

As abundâncias relativas calculadas para esta metodologia consistem da razão do número de indivíduos registrados por espécie sobre o número total de indivíduos da amostra. As comunidades de aves serão categorizadas em guildas de alimentação (e.g., insetívoras, onívoras, frugívoras, etc.) e ao hábito ambiental (e.g., florestal, aquático, generalista, etc.), grau de endemismos, status de Residência (R=residente; evidências de reprodução no país; VN=visitante sazonal do hemisfério norte), baseado no Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos, e grau de sensibilidade a distúrbios antrópicos (STOTZ et al.,1996).

No monitoramento da avifauna após a implantação do empreendimento e também durante a sua operação, especial atenção deve ser dada à avifauna aquática e ripária que ocorre ao longo da

Page 303: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 230

orla do rio Negro na AID do Porto do PIM. Foi registrada a ocorrência de 15 espécies de aves aquáticas e ripárias ao longo da orla do rio Negro, na AID do Porto do PIM. De acordo com o diagnóstico da avifauna, a avifauna aquática e ripária pode ser a mais afetada localmente pelo empreendimento. Isso porque, a avifauna de vegetação ripária ocupa apenas uma estreita faixa na orla do empreendimento; e a construção da ponte e da rampa de acesso ao cais flutuante poderá ser uma barreira de dispersão para toda a avifauna da estreita faixa de vegetação ripária. Algumas espécies não apresentam voos prolongados e evitam espaços abertos (como uma praia), preferindo pequenos deslocamentos no interior da vegetação. Como não há muitos dados biológicos das espécies registradas ao longo da orla do rio Negro na AID do Porto do PIM, primeiramente, será proposto apenas um monitoramento desse grupo com o intuito de identificar a sua resposta à instalação da ponte e da rampa flutuantes e, posteriormente, à operação do terminal portuário, para verificar se, de fato, a implantação do empreendimento poderá ser uma barreira de dispersão para o grupo.

O diagnóstico da avifauna do Porto do PIM (item 10.2.2 do presente EIA-Rima) identificou a ocorrência de três ninhais de martim-pesador-grande (Megaceryle torquata) na ADA. Esses ninhais ocorrem nos paredões formados pela erosão existente na ADA. Foram identificadas 390 cavidades, sendo 170 ativas, e mais de cem indivíduos de martim-pescador-grande na área. Essa espécie não consta das listas de espécies ameaçadas de extinção. A espécie é o maior martim-pescador do Brasil, se alimenta de peixes e insetos pescados no espelho d’água vivendo sempre na margem dos rios e lagos. Vive aos casais e nidifica em barrancos onde macho e fêmea se revezam na escavação de profunda e tortuosa galeria que pode chegar a 2 m de comprimento. A postura é de até quatro ovos, que provavelmente são incubados entre 20 e 30 dias. Os filhotes abandonam o ninho em 35 dias ou mais (SICK, 1997; NAIFF et al, 2011). Como o número de indivíduos de martim-pescador-grande nidificando na área é grande e no local haverá a construção do Pátio de Contêiner 2, na Fase 2 de implantação do Porto do PIM com início previsto em 2016 ( ver Capítulo 8 – Caracterização do Empreendimento do presente EIA-Rima), é necessário propor uma medida para minizar esse impacto. A princípio, a me lhor maneira de minimizar o impacto da exclusão dos ninhais é fazê-la gradualmente, sempre fora da época reprodutiva (fevereio a junho - SICK, 1997; NAIFF, 2011), até o início das obras. Sugerimos que sejam colocadas redes ou telas nos paredões formados pelas erosões de modo que os indivíduos de martim-pescador-grande não consigam escavá-las. A ideia é que, aos poucos, os indivíduos procurem outras áreas para nidificar, não intervindo no ciclo reprodutivo da espécie no local.

Complementarmente à exclusão gradual, fora do período reprodutivo, dos ninhais, é importante fazer um monitoramento específico dessas áreas, principalmente em relação à:

− Identificação e monitoramento do ninhal e da espécie no local no período reprodutivo;

− Monitoramento dos ninhais em outras épocas do ano para a identificação de espécies que potencialmente também utilizam os barrancos para reprodução, como o periquitão-maracanã Aratinga leucophthalma, a corujinha-do-mato Megascops choliba e a andorinha-do-campo Progne tapera.

Outro aspecto de grande relevância da ADA em relação à avifauna é a presença de grande grupo de urubus-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) que se utilizam das instalações abandonadas da Siderama como dormitório e área de reprodução. A demolição dessas estruturas desalojará em curto espaço de tempo uma grande quantidade de aves, que estimamos em mais de 1.000 indivíduos. Certamente essas aves buscarão novos dormitórios e áreas de reprodução nas imediações, podendo ocasionar grandes transtornos, alojando-se em edificações pela cidade, e oferecendo riscos em áreas como a refinaria de Manaus (Reman), a Usina Termoelétrica de Mauá, assim como para a av iação, principalmente aos pousos e decolagens realizados no aeroporto da Ponta Pelada localizado a cerca de 4 km em linha reta a oeste do Porto do PIM. A demolição das

Page 304: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 231

edificações da Siderama está prevista para ocorrer apenas em 2026 e em 2032, nas Fases 3 e 4 do empreendimento. Na ocasião, a demolição das edificações deve ser feita lentamente, possibilitando que os indivíduos busquem novas áreas de vida. Após a demolição das estruturas será realizado um monitoramento dos indivíduos de urubu-de-cabeça-preta para analisar o destino dessas aves e possíveis impactos da perda desse habitat para a vizinhança.

MASTOFAUNA

Como os mamíferos constituem um grupo muito diverso em relação a tamanhos corporais, hábitos e comportamentos, diferentes metodologias devem ser utilizadas para monitorar a gama de grupos de espécies. As diferentes espécies são divididas nos seguintes grupos, baseados no tamanho e modo de vida.

a) Pequenos mamíferos terrestres não-voadores: inclui todos os marsupiais neotropicais e a maioria das espécies de roedores pertencentes às famílias Muridae, Sciuridae, Ctenomyidae, Echymidae e Caviidae (cf. MANGINI, 2003);

b) Morcegos: mamíferos de pequeno porte exclusivamente voadores;

c) Mamíferos de médio e grande porte: inclui os demais mamíferos, em geral com massa corpórea maior que 1 Kg, embora algumas espécies registradas visualmente ou indiretamente (esquilos, saguis) pesem menos do que isso.

A composição, riqueza e abundância de espécies de mamíferos pequenos, médios e grandes serão monitoradas por métodos quantitativos e qualitativos, em 15 dias de campo a cada dois meses, a saber:

a) Pequenos mamíferos terrestres não-voadores:

1. Armadilha de Interceptação e Queda, com Cerca-Guia: as mesmas utilizadas para a amostragem de herpetofauna. Este método é muito eficiente para roedores e marsupiais, tanto de hábitos terrestres quanto arborícolas;

2. Armadilhas de Captura Viva metálicas, tipo Shermann e Tomahawk: em cada sítio amostral serão montadas 15 armadilhas pequenas (20 X 9,5 X 8,0 cm) dispostas no sub-bosque (em altura > 1,60 m). As armadilhas serão montadas em um transecto paralelo à l inha de baldes, a uma distância mínima de 15 m da mesma. Em cada transecto, haverá estações de captura a c ada 10 m d e distância, cada uma composta de uma armadilha no sub-bosque. Cada armadilha será iscada com uma fatia de linguiça defumada, e amostrada durante 15 noites consecutivas.

Todos os indivíduos capturados em ambas as metodologias citadas terão registrados em formulários específicos, seus dados biométricos (peso, medidas de corpo, cauda, orelha e pata posterior), sexo e identificação específica (ao menos em nível de família e gênero). Cada indivíduo será marcado com brinco metálico numerado, para serem reconhecidos no caso de recaptura. A identificação em campo se dará a partir da experiência dos biólogos da equipe e com o auxílio de guia de campo. Após a marcação os espécimes serão liberados próximo ao local da captura.

Os animais capturados serão fotografados e, caso o exemplar seja inédito e não puder ser identificado em campo, ele deverá ser sacrificado e recolhido para identificação por especialista. A pele deverá ser depositada em coleção científica de instituições de pesquisas como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.

Page 305: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 232

b) Mamíferos de médio e grande porte:

Armadilhas Fotográficas: em cada uma das áreas de amostragem será disposta uma armadilha fotográfica (câmeras fotográficas digitais, com sensor de calor e movimento), em locais com maior probabilidade de passagem dos mamíferos silvestres, como beiras de riachos, bordas de mata e carreiros. Em cada área de amostragem as câmeras ficarão em funcionamento continuamente, tendo suas baterias trocadas e seus registros copiados a cada visita.

12.2.7.1.4 PÚBLICO-ALVO

Não se aplica.

12.2.7.1.5 RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

Equipamentos de captura de fauna terrestre: armadilhas de interceptação e queda, ganchos, armadilhas metálicas de captura viva (armadilhas tipo Shermann e Tomahawk); equipe de biólogos e auxiliares de campo.

As equipes de amostragem serão compostas por especialistas nos diferentes grupos de vertebrados, principalmente biólogos (eventualmente engenheiros florestais e ecólogos) e auxiliares de campo.

12.2.7.1.6 ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS

O Subprograma de Monitoramento da Fauna de Vertebrados Terrestres do Porto do PIM atende aos seguintes requisitos legais:

• Lei Federal nº 12.651/2012 - Código Florestal Federal;

• Lei Federal nº 5.197/1967 - Lei de Proteção à F auna, alterada pela Lei Federal nº 7.653/1988;

• Lei Federal nº 9.605/1998 - Crimes Ambientais e Decreto Federal nº 3.179/1999, que a complementa;

• Instruções Normativas MMA nº 3/2003 e nº 5/2004 - Declara as Espécies Brasileiras da Fauna Silvestre Ameaçadas de Extinção;

• Instrução Normativa MMA nº 06/2008 - Dispõe sobre o reconhecimento de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção como aquelas constantes do Anexo I a esta Instrução Normativa.

12.2.7.1.7 INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este programa se relaciona com o Plano de Controle Ambiental da Construção – PCA-C e com o Programa de Controle Ambiental da Operação – PCA-O.

12.2.7.1.8 RESPONSÁVEL PELA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

O responsável pela implementação deste subprograma é o empreendedor. A operacionalização deste programa ficará a cargo das empreiteiras que contarão com equipes técnicas especializadas e auxiliares de campo, munidos de equipamento e infraestrutura adequados.

Page 306: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 233

12.2.7.1.9 SISTEMAS DE REGISTRO

Serão produzidos Relatórios Semestrais com resultados das amostragens, com análise da riqueza observada e estimativas de riqueza por estimadores (Jacknife, Bootstrap), composição, abundância e diversidade de espécies (Índice de Diversidade de Shannon-Wienner - H’ - para expressar a relação entre o número de espécies e a abundância relativa de cada uma).

Os Relatórios Semestrais serão acompanhados por Relatórios Fotográficos que registrarão as atividades que serão desenvolvidas.

12.2.7.1.10 ETAPA DO EMPREENDIMENTO

O subprograma deverá ser iniciado antes da implantação do empreendimento com a realização do diagnóstico da fauna de vertebrados terrestres da AID e da ADA do Porto do PIM na época de seca. O monitoramento da fauna de vertebrados terrestres terá início imediatamente após a instalação do empreendimento, abrangendo a fase de operação do mesmo.

12.2.7.1.11 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

O monitoramento da fauna de vertebrados terrestres será realizado bimestralmente nos dois primeiros anos de operação do empreendimento, trimestralmente do segundo ao quarto anos de operação, e semestralmente a partir do quinto ano.

O monitoramento da herpetofauna será concentrado nos meses mais úmidos, de outubro a março, quando os organismos estão ativos, em três dias consecutivos. Aves e mamíferos serão monitorados nos meses da estação seca e chuvosa, durante 15 dias consecutivos. O monitoramento por meio de câmeras fotográficas deverá ser contínuo durante a o peração do empreendimento.

12.2.7.2 SUBPROGRAMA DE MONITORAMENTO DO SAUIM-DE-COLEIRA

12.2.7.2.1 APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

O sauim-de-coleira (Saguinus bicolor) é um primata endêmico que apresenta distribuição geográfica restrita a parte dos municípios de Manaus, Rio Preto da Eva e Itacoatiara, cobrindo cerca de 7.500 km² (ICMBio, 20128). Essa é a região onde está situado o maior núcleo urbano da Amazônia e, portanto, a pressão sobre o habitat dessa espécie é muito grande devido à expansão desordenada das áreas urbanas e rurais dos municípios supracitados. O sauim-de-coleira é um primata considerado criticamente em perigo pelo Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (MMA, 20089

Visando à conservação da espécie, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) publicou em 5 de dezembro de 2011 a P ortaria n° 94 que aprova o Plano de Ação Nacional para a conservação do Saguinus bicolor – PAN Sauim de Coleira. Ainda, foi consolidada uma política pública nos termos da Portaria Conjunta ICMBio/MMA nº 316/2009, com o intuito de reverter a frágil situação deste primata.

).

8 Disponível em http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-plano-de-acao/pan-sauim-de-coleira/sumario_sauim.pdf. Acesso em 05/06/2012.

9 MMA. Livro vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção. A. B. M. Machado, G. M. Drummond, A. P. Paglia (Eds.). Brasília, DF: MMA; Belo Horizonte, MG : Fundação Biodiversitas, 2008. Disponível em: http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=179&idConteudo=8122&idMenu=8631. Acesso em 05/06/2012.

Page 307: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 234

No levantamento da mastofauna terrestre realizado na ADA do Porto do PIM que compõe o presente EIA-Rima (item 10.2.2) foi identificada a ocorrência de pelo menos sete indivíduos de sauim-de-coleira, utilizando a mata da área na qual será implantado o empreendimento. Com a supressão da vegetação que ocorre na ADA do empreendimento, haverá a perda do habitat dessa espécie no local.

Desse modo, considerando a fragilidade da espécie, é imprescindível que sejam propostas e implementadas medidas para a mitigação desse impacto.

12.2.7.2.2 OBJETIVOS

Os objetivos do Subprograma de Monitoramento do Saui-de-Coleira são:

− Realizar campanhas de monitoramento do grupo de sauim-de-coleira identificado na ADA do Porto do PIM antes da implantação do empreendimento;

− Propor a melhor alternativa para minimizar o impacto sobre essa espécie; e

− Registrar a ocorrência e uso dos hábitats de espécies ameaçadas dos grupos estudados nas proximidades das áreas de instalação, manutenção e operação do Porto do PIM.

12.2.7.2.3 METAS

As metas do presente subprograma são:

− Não perder indivíduos de sauim-de-coleira com a implantação do empreendimento;

− Garantir a adptação do grupo em seu novo habitat.

12.2.7.2.4 MÉTODOS

Antes da implantação do empreendimento é imprescindível que se faça um monitoramento do grupo de sauim-de-coleira identificado na ADA do Porto do PIM. Por meio de observações, o objetivo desse monitoramento é confirmar o número de indivíduos pertencentes ao grupo, a sua área de vida e se há mais algum grupo de sauim-de-coleira utilizando essa região, tanto na ADA quanto na AID do empreendimento, indicadas no Desenho MAST 12.2.7-1 apresentado anteriormente (Pontos de Monitoramento da Mastofauna Terrestre). Estes animais possuem comportamento territorial extremamente acentuado, com área de vida em fragmentos urbanos bastante variável (entre oito e 55 ha para cada grupo).

Caso seja confirmada a existência de apenas um grupo de sauins na ADA, esse grupo deverá ser resgatado e transferido para um outro fragmento, com qualidade ambiental razoável e protegido. Uma alternativa é realocar o grupo para os fragmentos vizinhos ao empreendimento localizado nas áreas da Marinha do Brasil. Se for constatada a presença de outro grupo de sauins nos fragmentos adjacentes à ADA, deve-se tomar os cuidados necessários para a verificação se a área apresenta suporte aos dois grupos.

Para a r etirada dos animais da ADA sugerem-se algumas alternativas as quais deverão ser analisadas e escolhidas conforme os resultados obtidos com o monitoramento do grupo.

A primeira alternativa é afugentar o grupo para os fragmentos florestias adjacentes à ADA antes da supressão da vegetação, de modo que os animais transitem pelo corredor existente entre a ADA e a AID do empreendimento. Os animais devem então ser monitorados, pelo menos, durante um período de cinco anos, considerando as fases de pré-implantação, implantação e operação do

Page 308: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 235

empreendimento. Esse monitoramento deverá ser realizado bimestralmente nos dois primeiros anos, trimestralmente do segundo ao quarto anos de operação, e semestralmente a p artir do quinto ano, para constatar se a transferência foi realizada com sucesso e os animais se adaptaram à nova área. Esta ação de afugentamento, no entanto, é considerada arriscada e pode causar danos aos animais.

Uma segunda alternativa de retirada dos animais de forma mais segura consiste na captura e translocação dos sauins para uma área escolhida previamente. Esta área pode ser uma Unidade de Conservação ou ainda um fragmento bem conservado, seguindo as indicações presentes no Plano de Ação Nacional para a conservação do Saguinus bicolor - PAN Sauim-de-Coleira (ICMBio, 201210

Sugere-se que o Subprogarma de Monitoramento do Sauim-de-Coleira seja realizado sob orientação e em interação com representantes do Projeto Sauim-de-Coleira, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), coordenado pelo Prof. Marcelo Gordo, com o qual já foi realizado um contato inicial nesta fase dos estudos.

). A captura dos animais deve ser iniciada com a escolha de pontos de ceva, que consistem em plataformas dispostas nas árvores com a adição de frutos (ex. banana) todos os dias. A medida que os animais forem se habituando com o local, devem ser colocadas armadilhas do tipo Tomahawk, iscadas com o mesmo tipo de fruto da ceva. Estas armadilhas devem permanecer travadas por alguns dias, de modo que os animais se acostumem também com ela. Após este período, as travas devem ser retiradas para se efetuar a t entativa de captura. A quantidade de armadilhas pode variar de acordo com o tamanho do grupo encontrado e este procedimento deve ser acompanhado por observadores especializados. Caso a segunda alternativa de resgate do grupo de sauim-de-coleira seja considerada a melhor, também deverá ser feito o monitoramento do grupo na nova área de vida da mesma forma como proposto para a primeira alternativa.

12.2.7.2.5 PÚBLICO-ALVO

Não se aplica.

12.2.7.2.6 RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

Equipamentos de captura de fauna terrestre, como armadilhas tipo Tomahawk); equipe de biólogos e auxiliares de campo.

As equipes de monitoramento serão compostas por especialistas, principalmente biólogos, em primatas, de preferência do Projeto Sauim-de-Coleira da Ufam.

12.2.7.2.7 ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS

O Subprograma de Monitoramento do Sauim-de-Coleira do Porto do PIM atende aos seguintes requisitos legais:

• Lei Federal nº 12.651/2012 - Código Florestal Federal;

• Lei Federal nº 5.197/1967 - Lei de Proteção à F auna, alterada pela Lei Federal nº 7.653/1988;

• Lei Federal nº 9.605/1998 - Crimes Ambientais e Decreto Federal nº 3.179/1999, que a complementa;

10 Disponível em http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-plano-de-acao/pan-sauim-de-coleira/sumario_sauim.pdf. Acesso em 05/06/2012.

Page 309: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 236

• Instruções Normativas MMA nº 3/2003 e nº 5/2004 - Declara as Espécies Brasileiras da Fauna Silvestre Ameaçadas de Extinção;

• Instrução Normativa MMA nº 06/2008 - Dispõe sobre o reconhecimento de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção como aquelas constantes do Anexo I a esta Instrução Normativa;

• Portaria Conjunta ICMBio/MMA nº 316/2009 - Aplica Instrumentos de implementação da Política Nacional da Biodiversidade voltados para a conservação e recuperação de espécies ameaçadas de extinção;

• Portaria ICMBio nº 94/2011 - Aprova o Plano de Ação Nacional para a Conservação do Saguinus bicolor – PAN Sauim de Coleira, contemplando uma espécie ameaçada de extinção, estabelecendo seu objetivo, objetivos específicos, ações, prazo de execução, abrangência e formas de implementação e supervisão.

12.2.7.2.8 INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS AMBIENTAIS

Este subprograma se relaciona com os seguinte programas: Plano de Controle Ambiental da Construção – PCA-C, Programa de Controle Ambiental da Operação – PCA-O, Subprograma de Monitoramento da Fauna Terrestre, Programa de Controle de Supressão de Vegetação e Programa de Resgate de Fauna.

12.2.7.2.9 RESPONSÁVEL PELA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

O empreendedor é o responsável pela implementação do presente subprograma.

12.2.7.2.10 ETAPA DO EMPREENDIMENTO

O subprograma deverá ser iniciado antes da implantação do empreendimento com a realização do monitoramento do grupo de sauim-de-coleira, continuando após a r ealocação do grupo, e abrangendo as fases de implantação e operação do Porto do PIM.

12.2.7.2.11 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

O monitoramento do sauim-de-coleira será realizado mensalmente, antes de realocação do grupo. Após a realocação o monitoramento deverá ser bimestral nos dois primeiros anos de operação do empreendimento, trimestral do segundo ao quarto anos de operação, e semestral a p artir do quinto ano.

12.2.7.3 SUBPROGRAMA DE MONITORAMENTO DA BIOTA AQUÁTICA

12.2.7.3.1 APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

O manejo de recursos biológicos, que se constituem na maior fonte pontual de interferência humana nos regimes hídricos, é uma atividade complexa e que, para tanto, necessita de informações a partir de monitoramentos periódicos. O Subprograma de Monitoramento da Biota Aquática realizará um acompanhamento permanente e periódico de diversos compartimentos da biota que compõem a comunidade da área diretamente afetada e área de influência direta do empreendimento, com a finalidade de acompanhar os efeitos sobre diversos estratos da biota e sobre as dinâmicas ecológicas.

Page 310: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 237

Dessa forma, acompanhamentos na dinâmica populacional de fitoplâncton, zooplâncton, peixes e mamíferos aquáticos são importantes para diagnosticar as possíveis modificações do meio, subsidiando, assim, possíveis estratégias de conservação, manejo e mitigação dos impactos.

Além disso, considerando-se que as medidas propostas para atenuar os eventuais processos de invasão de espécies indesejáveis não apresentem eficiência garantida, a melhor prática de gestão desta situação é acompanhar o desempenho da biota aquática e caso sejam verificadas alterações bruscas na estrutura desta biota, que venham a comprometer a integridade ecológica, ou que venha trazer consequências de ordem econômica e social, adotar medidas mais extremas. O acompanhamento destes fenômenos será feito através do monitoramento proposto.

12.2.7.3.2 OBJETIVOS

O objetivo do monitoramento da biota aquática é identificar e quantificar os procesos ecológicos na área de influência do Porto do Polo Industrial de Manaus e avaliar as influências das atividades portuárias sobre a comunidade biológica do entorno do porto e propor ações que visem melhorar sua qualidade e mitigar os possíveis impactos.

12.2.7.3.3 METAS

− Qualificar eventuais alterações sobre a biota aquática ocasionadas pelo empreendimento;

− Mitigar eventuais alterações.

12.2.7.3.4 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA

O monitoramento da comunidade planctônica é muito importante para avaliar a q ualidade do meio. A importância deste grupo encontra-se no fato de estar na base da cadeia alimentar, servindo como suporte à sobrevivência de diferentes organismos aquáticos.

12.2.7.3.4.1 Comunidade Planctônica (Fitoplâncton e Zooplâncton)

Este monitoramento será realizado por amostragens trimestrais nos pontos amostrados no diagnóstico ambiental (Tabela 12.2.7.3.4.1-1), estando os pontos PA-01 a PA-04 inseridos na AID do empreendimento, e o ponto PA-05 fora da AID do empreendimento, seguindo os critérios de monitoramento para a qualidade das águas superficiais.

TABELA 12.2.7.3.4.1-1: Coordenadas das estações de coletas de fitoplâncton e zooplâncton no rio Negro.

Pontos Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21 Sul

Easting (mE) Northing (mN)

PA-01 173427 965251,6

PA-02 173782 965334,6

PA-03 173759 965232,4

PA-04 173624 965182,3

PA-05 173724 965527,3

O Desenho ZOOFITO 12.2.7-1 na sequência indica os pontos de monitoramento propostos para o monitoramento do plâncton.

Page 311: EIA Porto Do PIM - Volume 5

238

DDEESSEENNHHOO ZZOOOOFFIITTOO 1122..22..77--11:: PPOONNTTOOSS DDEE MMOONNIITTOORRAAMMEENNTTOO DDEE FFIITTOOPPLLÂÂNNCCTTOONN EE ZZOOOOPPLLÂÂNNCCTTOONN

Page 312: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIMESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIAMAPA DE COBERTURA VEGETAL

1:10.000 JUNHO/2011 ANEXO 7

ASSUNTO

ESCALA DATA DESENHO

!(

!(

!(

!(

!(

Refinaria (REMAN)

Refinaria(REMAN)

Marinha

Vila da Felicidade

Termelétrica

Proama

Siderama

PA-05

PA-04

PA-03

PA-02

PA-01

Rio Solimões

Rio Negro

Rio Pa

raná-X

iboren

a

Rio Amazonas

Ig. da

Refi

naria

Ig. do Mauazinho

Ig. da

Serra

ria

Ig. do

Mau

á

Lago Joanico

Mauazinho

Vila Buriti

Ponta das Lajes

Distrito Industrial I

Ig. do Cururu

170.000

170.000

172.000

172.000

174.000

174.000

176.000

176.000

178.000

178.000

180.000

180.000

9.650

.000

9.650

.000

9.652

.000

9.652

.000

9.654

.000

9.654

.000

9.656

.000

9.656

.000

PONTOS DE MONITORAMENTO - ZOOPLÂNCTON E FITOPLÂNCTON

JULHO/2012 ZOOFITO 12.2.7-1

µ

Manaus

Careiro

Iranduba Careiro da Várzea

Manaquiri

Rio Preto da Eva

Manacapuru

Autazes Autazes

Áreas de InfluênciaADA - Área Diretamente Afetada

AID - Área de Influência Direta do Porto do PIM

Pontos de Amostragem!( Pontos de monitoramento e diagnótico ambiental de zooplâncton e fitoplâncton

PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)

0 0,5 10,25km

FUSO 21 SULDATUM HORIZONTAL: SAD-69

ESCALA GRÁFICA

Fontes: - PMM - Prefeitura Municipal de Manaus: base hidrográfica do Mapa de Zoneamento digital;- Engemap: Imagem de satélite Worldview-2, 21/07/2011- Google Earth: Imagem de satélite Geoeye, 2/8/2010

1:15.000

Page 313: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 239

As coletas serão realizadas por meio de arrastos verticais e horizontais de redes de plâncton (zooplâncton) e coleta de água com utilização de garrafa de Niskin (fitoplâncton). As campanhas trimestrais permitem o entedimento das alterações na estrutura das comunidades planctônicas em função das estações do ano.

Os dados são comparados com estudos pretéritos existentes para a área de estudo, buscando identificar o comportamento e eventuais alterações na estrutura desta comunidade.

Os parâmetros analisados para o fitoplâncton são: densidade absoluta total, densidade relativa de cada táxon, índices de dominância, abundância e riqueza de cada amostra.

O material coletado deve ser acondicionado em frascos polietileno e fixado em solução resfriada de formaldeído a 4%. Em laboratório, o material deverá ser examinado com o auxílio de microscópio estereoscópico, microscópio óptico e máquina fotográfica, além da utilização da literatura bibliografia de auxílio. Será calculado o número de indivíduos por metro cúbico, e realização de estatísticas para determinar diferenças entre as diferentes épocas de coleta, com a utilização do teste estatístico não paramétrico de Kruskal-Wallis.

Apesar dos resultados do diagnóstico ambiental não apresentarem nenhum indivíduo coletado nos pontos de coleta amostrados para a comunidade bentônica, durante a operação do Porto do Polo Industrial de Manaus, recomenda-se o monitoramento trimestral da estrutura e composição específica das comunidades bentônicas nas adjacências do empreendimento. Serão consideradas amostragens de fundo inconsolidado e fundo consolidado nos mesmos pontos de coleta amostrados no diagnóstico ambiental do EIA e inseridos na AID do empreendimento, conforme indicado Tabela 12.2.7.3.4.2-1 e no Desenho BENT 12.2.7-1.

12.2.7.3.4.2 Comunidade Bentônica

TABELA 12.2.7.3.4.2-1: Pontos amostrais e coordenadas geográficas para as coletas das comunidades bentônicas.

Pontos Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21 Sul

Easting (mE) Easting (mE)

PS-01 173.450.979 9652521,137

PS-02 173781,425 9653348,464

PS-03 172750,568 9652328,530

PS-04 172641,691 9651814,029

PS-06 173195,493 9652205,823

PS-07 173575,230 9652776,855

Page 314: EIA Porto Do PIM - Volume 5

240

DDEESSEENNHHOO BBEENNTT 1122..22..77--11:: PPOONNTTOOSS DDEE MMOONNIITTOORRAAMMEENNTTOO DDEE MMAACCRROOIINNVVEERRTTEEBBRRAADDOOSS

BBEENNTTÔÔNNIICCOOSS

Page 315: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIMESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIAMAPA DE COBERTURA VEGETAL

1:10.000 JUNHO/2011 ANEXO 7

ASSUNTO

ESCALA DATA DESENHO

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

Refinaria (REMAN)

Refinaria(REMAN)

Marinha

Vila da Felicidade

Termelétrica

Proama

Siderama

B-10

B-09

B-08

B-05

B-07

B-06

B-04

B-03

B-02

B-01

Rio Solimões

Rio Negro

Rio Pa

raná-X

iboren

a

Rio Amazonas

Ig. da

Refi

naria

Ig. do Mauazinho

Ig. da

Serra

ria

Ig. do

Mau

á

Lago Joanico

Mauazinho

Vila Buriti

Ponta das Lajes

Distrito Industrial I

Ig. do Cururu

170.000

170.000

172.000

172.000

174.000

174.000

176.000

176.000

178.000

178.000

180.000

180.000

9.650

.000

9.650

.000

9.652

.000

9.652

.000

9.654

.000

9.654

.000

9.656

.000

9.656

.000

PONTOS DE MONITORAMENTO - MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS

JULHO/2012 BENT 12.2.7-1

µ

Manaus

Careiro

Iranduba Careiro da Várzea

Manaquiri

Rio Preto da Eva

Manacapuru

Autazes Autazes

Áreas de InfluênciaADA - Área Diretamente Afetada

AID - Área de Influência Direta do Porto do PIM

!( Pontos de amostragem (diagnóstico ambiental) de macroinvertebrados bentônicos!( Pontos de monitoramento e diagnóstico ambiental de macroinvertebrados bentônicos PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)

0 0,5 10,25km

FUSO 21 SULDATUM HORIZONTAL: SAD-69

ESCALA GRÁFICA

Fontes: - PMM - Prefeitura Municipal de Manaus: base hidrográfica do Mapa de Zoneamento digital;- Engemap: Imagem de satélite Worldview-2, 21/07/2011- Google Earth: Imagem de satélite Geoeye, 2/8/2010

1:15.000

Page 316: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 241

As amostragens de fundo consolidado serão do tipo destrutiva, nas quais todos os organismos serão retirados de cada quadrado com auxílio de uma espátula e/ou faca de coleta. A seguir, todos os organismos contidos em cada quadrado serão acondicionados adequadamente em solução de formaldeído a 4% e levados ao laboratório para análises qualitativas e quantitativas.

As amostragens serão obtidas de modo aleatório e independente, buscando-se alcançar o número mínimo necessário para descrever a comunidade. No laboratório, o material contido em cada quadrado será triado até a menor categoria taxonômica possível e, posteriormente, identificado taxonomicamente e quantificado.

As amostragens de fundo inconsolidado serão realizadas a bordo de embarcação de alumínio com a obtenção das amostras através de um busca-fundo tipo Van Veen de 0,1 m² de área. A amostragem da comunidade bentônica será efetuada em tréplica aleatória em cada ponto e o sedimento lavado em malha de 0,5 milímetros para retenção do macrobentos.

O material biológico e o sedimento serão fixados em formol diluído a 4% em água do rio, neutralizado com bórax. No laboratório, o mesmo será triado até a menor categoria taxonômica possível e, posteriormente, identificado taxonomicamente e quantificado.

Os peixes representam um dos grupos faunísticos de maior diversidade nos sistemas aquáticos continentais. A pesca pode ser fonte de recursos financeiros importantes para a manutenção de diversas comunidades. Além disso, os peixes respondem a uma série de variáveis hidrológicas, de qualidade da água e de outras relacionadas à estrutura do ambiente, servindo como ferramentas para o entendimento da dinâmica de corpos d’água.

12.2.7.3.4.3 Ictiofauna

Um dos fatores mais importantes na determinação da distribuição, comportamento e diversidade das formas de vida dos ambientes aquáticos amazônicos é a variação sazonal na profundidade da água causada pelas enchentes e vazantes dos rios. Esta sazonalidade resulta em marcantes alterações na disponibilidade de habitats e nas condições físicas gerais.

Os peixes são um componente comum e familiar nos ecossistemas aquáticos, sendo vistos como excelentes indicadores das condições ambientais, uma vez que podem refletir os distúrbios em variada escala devido às suas características de mobilidade, estilo de vida e por sua posição próxima do topo da cadeia alimentar.

Ressalta-se que, segundo diagnóstico da ictiofauna apresentado no estudo de impacto ambiental, as funções ecológicas nas áreas de influência do empreendimento não deverão ser afetadas pela construção e operação do Porto do Polo Industrial de Manaus – Porto PIM. Mesmo assim, recomenda-se o monitoramento da qualidade ambiental utilizando a assembléia de peixes.

Serão avaliados trimestralmente 14 at ributos ou métricas das populações de peixes (Quadro 12.2.7.3.4.3-1), os quais se relacionam à abundância de indivíduos, riqueza, diversidade e dominância de espécies, nível de tolerância e à composição trófica e nível de Descarga do Órgão Elétrico – DOE, para os peixes da ordem Gymnotiformes (peixes elétricos).

Page 317: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 242

QUADRO 12.2.7.3.4.3-1: Expectativa de resposta da comunidade de peixes às alterações ambientais.

Expectativa de resposta da comunidade de peixes às alterações ambientais

− Diminuição da abundância − Número de indivíduos − Biomassa de indivíduos − Descarga do Órgão Elétrico

− Diminuição da riqueza, número de espécies dominantes e diversidade de espécies número de espécies Dominância (núm. de sp. compondo 90% dos indivíduos em núm. e biomassa e núm. de sp. compondo e 50% dos indivíduos em núm. e biomassa)

− Índice de diversidade de Shanon Winner (H’) (núm. e biomassa) − Diminuição de Espécies Intolerantes − % de espécies intolerantes (núm. e biomassa) − Aumento da espécie tolerante − % de espécies tolerantes (núm. e biomassa) − Alteração da composição trófica − Diminuição do % de espécies carnívoras − Diminuição do % de indivíduos carnívoros (núm. e biomassa) − Diminuição do % de espécies invertívoras − Diminuição do % de indivíduos invertívoros (núm. e biomassa) − Aumento do % de espécies onívoras

− Aumento do % de indivíduos onívoros (núm. e biomassa)

Serão realizadas excursões trimestrais para capturar os peixes e medir os parâmetros durante a etapa de instalação do empreendimento. Durante a etapa de operação, serão realizadas excursões semestrais.

Serão amostrados 06 pontos entre aqueles amostrados na etapa de diagnóstico ambiental e que estão inseridos na AID do empreendimento, conforme indicado Tabela 12.2.7.3.4.3-1 e no Desenho ICTI 12.2.7-1.

TABELA 12.2.7.3.4.3-1: Localização e descrição dos ambientes dos pontos de amostragem.

Ponto Nome popular Ambiente Coordenadas UTM Sad 69 Fuso 21 Sul

X Y

I02 Siderama Água aberta – praia - lótico 172718 9652277

I03 Porto da Ceasa Água aberta - lótico 173402 9653138

I04 Siderama Água aberta – praia - lótico 172008 9652432

I05 Igarapé do Cururu Igarapé com plantas aquáticas – lêntico 173006 9653711

I07 - Ilha - água aberta com vegetação flutuante - lótico 173698 9653723

I09 - Enseada – igapó - lêntico 173499 9653742

Page 318: EIA Porto Do PIM - Volume 5

243

DDEESSEENNHHOO IICCTTII 1122..22..77--11:: PPOONNTTOOSS DDEE MMOONNIITTOORRAAMMEENNTTOO DDEE IICCTTIIOOFFAAUUNNAA

Page 319: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIMESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIAMAPA DE COBERTURA VEGETAL

1:10.000 JUNHO/2011 ANEXO 7

ASSUNTO

ESCALA DATA DESENHO

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

Refinaria (REMAN)

Refinaria(REMAN)

Marinha

Vila Felicidade

Termelétrica

Proama

I05

I13

I12

I10

I08I06

I01

I09 I07

I04

I03

I02

Rio Solimões

Rio Negro

Rio Pa

raná-X

iboren

a

Rio Amazonas

Ig. da

Refi

naria

Ig. do Mauazinho

Ig. da

Serra

ria

Ig. do

Mau

á

Lago Joanico

Mauazinho

Vila Buriti

Ponta das Lajes

Distrito Industrial I

Ig. do Cururu

170.000

170.000

172.000

172.000

174.000

174.000

176.000

176.000

178.000

178.000

180.000

180.000

9.650

.000

9.650

.000

9.652

.000

9.652

.000

9.654

.000

9.654

.000

9.656

.000

9.656

.000

PONTOS DE MONITORAMENTO DE ICTIOFAUNA

JUNHO/2012 ICTI 12.2.7-1

µ

Manaus

Careiro

Iranduba Careiro da Várzea

Manaquiri

Rio Preto da Eva

Manacapuru

Autazes Autazes

Áreas de InfluênciaADA - Área Diretamente Afetada

AID - Área de Influência Direta do Porto do PIM

Pontos de Amostragem!( Pontos de amostragem (diagnóstico ambiental) de Ictiofauna

!( Pontos de monitoramento e diagnótico ambiental de ictiofaunaPROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)

0 0,5 10,25km

FUSO 21 SULDATUM HORIZONTAL: SAD-69

ESCALA GRÁFICA

Fontes: - PMM - Prefeitura Municipal de Manaus: base hidrográfica do Mapa de Zoneamento digital;- Engemap: Imagem de satélite Worldview-2, 21/07/2011- Google Earth: Imagem de satélite Geoeye, 2/8/2010

1:15.000

Page 320: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 244

Devido à grande diversidade de espécies de peixes conhecidas para a região amazônica e à variedade de habitats disponíveis, serão empregadas várias técnicas e diferentes apetrechos de captura, como covo, rede de arrasto, cerco, malhadeiras, tarrafas, detector de peixes elétricos e puçá e tarrafa.

Os exemplares de peixes destinados à dissecção para os estudos reprodutivos deverão ser acondicionados em caixas de isopor com gelo e transportados ao laboratório para medição dos parâmetros.

Os dados obtidos no monitoramento serão utilizados para a indicação da possível alteração na estrutura das comunidades de peixes locais, assim como do próprio ambiente a que está relacionada, alteração essa decorrente da implantação e operação do empreendimento.

Nos laboratórios das instituições contratadas, proceder-se-á à triagem dos lotes de peixes coletados e à s ua identificação definitiva pelos especialistas, incluindo o material destinado ao estudo da reprodução e de conteúdo estomacal. Uma vez identificado, o material deverá ser preservado em recipiente de vidro com tampa plástica, contendo álcool 70° GL, e será incorporado aos acervos ictiológicos das instituições científicas.

No final de cada campanha de monitoramento será elaborado um relatório consolidando todas as informações.

A ampliação de um porto e o decorrente aumento considerável no fluxo de navios e embarcações pode causar diferentes impactos na mastofauna aquática. Um programa de monitoramento de mamíferos aquáticos durante a implantação e operação na área do Porto do Polo Industrial de Manaus – Porto do PIM é recomendável, uma vez que o empreendimento tem por objetivo proporcionar um aumento no tráfego de embarcações de grande porte na região, podendo colocar em risco a população de mamíferos aquáticos nesta área se não forem adequadamente ordenadas.

12.2.7.3.4.4 Mamíferos Aquáticos

Apesar da área de instalação do Porto do Polo Industrial de Manaus – Porto PIM já ser de uma área portuária, mesmo que com um menor fluxo de embarcações do que a que irá apresentar com a implantação do Porto, existe a possibilidade dos mamíferos aquáticos presentes já terem se habituado à presença de embarcações e o ruído gerado por elas. Por este motivo, a diminuição da velocidade das embarcações, mesmo sem a v isualização desses animais, é uma estratégia eficiente para a mitigação deste impacto.

A construção do píer flutuante e os guindastes presentes previstos nesta construção podem produzir um alto nível de ruídos e gerar resíduos. Para que estes resíduos não sejam ingeridos por representantes da fauna aquática, devem ser tomados os cuidados necessários para que eles sejam depositados em locais corretos, através da implantação do Programa de gerenciamento de Resíduos Sólidos Programa e Procedimentos de Gerenciamento dos Riscos de Poluição.

O monitoramento será realizado a partir de observações e registros de ocorrência de espécies usando como base o trajeto indicado no Desenho MAM 12.2.7-1 que segue, semelhante ao utilizado na etapa de diagnóstico ambiental, mas, desta vez, com enfoque na AID do empreendimento.

Biólogos utilizarão binóculos, fichas de campo padronizadas e máquina fotográfica para o registro das observações, identificações e localização espacial dos animais dentro da área de monitoramento. Será registrada a espécie, o número de indivíduos observados e ponto de ocorrência de cada animal.

Page 321: EIA Porto Do PIM - Volume 5

245

DDEESSEENNHHOO MMAAMM 1122..22..77--11:: PPOONNTTOOSS DDEE MMOONNIITTOORRAAMMEENNTTOO DDEE MMAASSTTOOFFAAUUNNAA AAQQUUÁÁTTIICCAA

Page 322: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIMESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIAMAPA DE COBERTURA VEGETAL

1:10.000 JUNHO/2011 ANEXO 7

ASSUNTO

ESCALA DATA DESENHO

!(

!(!(

!(

!(

Refinaria (REMAN)

Refinaria(REMAN)

Marinha

Vila da Felicidade

Termelétrica

Proama

Siderama P5P3 P2

P1

P4Rio Solimões

Rio Negro

Rio Pa

raná-X

iboren

a

Rio Amazonas

Ig. da

Refi

naria

Ig. do Mauazinho

Ig. da

Serra

ria

Ig. do

Mau

á

Lago Joanico

Mauazinho

Vila Buriti

Ponta das Lajes

Distrito Industrial I

Ig. do Cururu

170.000

170.000

172.000

172.000

174.000

174.000

176.000

176.000

178.000

178.000

180.000

180.000

9.650

.000

9.650

.000

9.652

.000

9.652

.000

9.654

.000

9.654

.000

9.656

.000

9.656

.000

PONTOS DE MONITORAMENTO DE MASTOFAUNA AQUÁTICA

JULHO/2012 MAM 12.2.7-1

µ

Manaus

Careiro

Iranduba Careiro da Várzea

Manaquiri

Rio Preto da Eva

Manacapuru

Autazes Autazes

Áreas de InfluênciaADA - Área Diretamente Afetada

AID - Área de Influência Direta do Porto do PIM

Pontos de Amostragem de Mastofauna Aquática!( Pontos fixos de visualização

Visualização em percursos com voadeirasPROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)

0 0,5 10,25km

FUSO 21 SULDATUM HORIZONTAL: SAD-69

ESCALA GRÁFICA

Fontes: - PMM - Prefeitura Municipal de Manaus: base hidrográfica do Mapa de Zoneamento digital;- Engemap: Imagem de satélite Worldview-2, 21/07/2011- Google Earth: Imagem de satélite Geoeye, 2/8/2010

1:15.000

Pontos de monitoramento e diagnóstico ambiental de Mastofauna Aquática!( Pontos fixos de visualização

Page 323: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 246

Durante todo o período de monitoramento serão realizadas observações em dez dias/por trimestre. O esforço amostral diário de 12 horas será em dois turnos (manhã e tarde). A partir dos resultados será feita uma listagem das espécies com a época de ocorrência sazonal e mapeamento das áreas de utilização.

Os resultados do monitoramento deverão ser comunicados à administração do Porto do Polo Industrial de Manaus – Porto PIM, registrando a necessidade real da execução de ações que evitem colisões e morte desses animais na região de circulação das embarcações.

Considerando as modificações as quais o ambiente estará sujeito, o monitoramento se faz necessário como forma de avaliar os impactos da atividade portuária e como ferramenta para a gestão e direcionamento de esforços e recursos que favoreçam a minimização dos efeitos sobre a biota. Dessa forma, o acompanhamento de parâmetros de abundância, distribuição e diversidade de espécies de mastofauna aquática da área deve ser feito de forma contínua e vinculada às atividades do empreendimento. Assim, o subprograma de monitoramento deverá ocorrer de forma contínua e periódica, sendo os esforços de amostragem mais intensos durante a fase de instalação do empreendimento e com frequência menor durante a fase de operação.

Os relatórios serão emitidos trimestralmente durante toda a fase de instalação do Porto. Durante a operação, sugere-se a continuidade do programa devido à possibilidade do não afugentamento natural dos animais pela emissão de ruídos e o aumento do tráfego de embarcações.

A partir dos resultados do monitoramento na fase inicial de operação, mínimo de 01 (um) ano, poderá ser avaliada pelos profissionais responsáveis pela execução do programa a necessidade de continuidade do monitoramento utilizando-se a mesma metodologia.

O monitoramento deve prever os impedimentos que podem afetar diretamente as espécies de quelônios consideradas como migratórias, mapeando os locais alternativos e disponíveis para as atividades reprodutivas destes animais em áreas fora da área de impacto direto. Esta proposta visa, inclusive, garantir a sobrevida dos quelônios migradores, caso existam praias com desovas confirmadas fora da área diretamente afetada. A presença da tartaruga-da-amazônia nas áreas de influência do empreendimento deve ser investigada na estação seca. Em caso afirmativo de desova, sugere-se o uso da técnica de implantação de transmissores via satélite, de maneira a monitorar o destino desses animais após a conclusão da obra.

12.2.7.3.4.5 Quelônios e Crocodilianos

Para este monitoramento, também se destaca atenção especial ao jacaré Paleosuchus trigonatus apontado em entrevistas, a espécie parece utilizar para reprodução locais na área de influência direta (AID) e na área diretamente afetada (ADA).

A confirmação de que algumas espécies de quelônios desovam nos bancos de areia ao longo do rio, inclusive em pontos da área de influência direta, é necessário para se comprovar que os grupos utilizam a região como berçários. Uma vez que iniciada a operação Porto do Polo Industrial de Manaus – Porto do PIM, a demanda de pessoas que terão acesso a essas áreas de ocorrência de berçários será consideravelmente ampliada, o que pode levar ao aumento nas taxas de predação dos ninhos de quelônios, bem como a caça destes espécimes.

A captura de indivíduos para o monitoramento será por meio de armadilhas Trammel nets e armadilhas de funil tipo Hoop traps, técnicas descritas como eficazes para captura de quelônios, e ocorrerá em pontos inseridos na AID do empreendimento, conforme indicado na Tabela 12.2.7.3.4.5-1 e no Desenho QUEL 12.2.7-1. Durante todo o período de monitoramento serão realizadas observações de quinze dias/por trimestre. O esforço amostral diário de 12 horas será em dois turnos (tarde e noite).

Page 324: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 247

TABELA 12.2.7.3.4.5-1: Localização dos pontos de amostragem de quelônios.

Pontos Coordenadas UTM SAD 69 Fuso 21 Sul

Easting (mE) Northing (mN)

Q-M 172702 96523276

Q-10/Q-11 173464 9653689

A partir dos resultados será feita uma listagem das espécies com a época de ocorrência sazonal e mapeamento das áreas de utilização. Os resultados do monitoramento deverão ser comunicados à administração do Porto do PIM com as devidas ações mitigadoras a serem executadas.

Além das capturas e marcação dos quelônios, um programa de médio/longo prazo sobre educação ambiental com os residentes locais, bem como com trabalhadores ligados diretamente as atividades portuárias, é imprescindível no sentido de minimizar os impactos que as comunidades de quelônios estarão sujeitas por pressão humana. Sugere-se que a adequação desse subprograma de monitoramento, siga em parceria estabelecida com o programa de educação ambiental do Projeto Tartarugas da Amazônia: Conservando para o Futuro, projeto do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA.

12.2.7.3.5 ASPECTOS AMBIENTAIS

− Circulação de embarcações;

− Emissão de ruídos;

− Disposição de resíduos sólidos e químicos na área de influência do empreendimento.

12.2.7.3.6 PÚBLICO-ALVO

− Administração do Porto do Polo Industrial de Manaus;

− Órgão ambiental licenciador;

− Comunidade local.

12.2.7.3.7 RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

Para a execução deste subprograma são necessários materiais de transporte, coleta e registro, como: binóculos, GPS, fichas de campo, câmera digital, puçá, covo, armadilha fyke-net, rede de cerco, detector de pulsos elétricos, barco, isopor, gelo, peneira, régua, fracos plásticos, rede de plâncton, disco de Secchi, sonda limnológica multiparamétrica, microscópio estereoscópico e óptico, álcool, formol, pinças e etiquetas.

A execução do programa deve ser realizada por instituições reconhecidamente habilitadas para tal tarefa, que possuam renomada competência no tocante a questão do estudo de organismos aquáticos.

Page 325: EIA Porto Do PIM - Volume 5

248

DDEESSEENNHHOO QQUUEELL 1122..22..77--11:: PPOONNTTOOSS DDEE MMOONNIITTOORRAAMMEENNTTOO DDEE QQUUEELLÔÔNNIIOOSS

Page 326: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIMESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIAMAPA DE COBERTURA VEGETAL

1:10.000 JUNHO/2011 ANEXO 7

ASSUNTO

ESCALA DATA DESENHO

!(!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

!(

Super Terminais

Chibatão 1

Refinaria (REMAN)

Refinaria(REMAN)

Marinha

Vila da Felicidade

Termelétrica

Proama

Siderama

QM

Q11Q10

Q9Q8

Q7Q6

Q2

Q1Q12

Rio Solimões

Rio Negro

Rio Amazonas

Rio Pa

raná-X

iboren

a

Ig. da

Refi

naria

Ig. do Mauazinho

Ig. da

Serr

aria

Ig. do

Mau

á

Rio Paraná do Careiro

Ig. da Vovó

Ig. da Freira

Ig. d e

Petr

ópoli

s

Ig. do Quarenta

Lago Joanico

Rio Negro

Japiim

Betânia

Mauazinho

Vila Buriti

Ponta das Lajes

Distrito Industrial I

Conjunto Nova República

Ig. do Cururu

Ig. da

Cac

hoeir

inha

168.000

168.000

172.000

172.000

176.000

176.000

180.000

180.000

9.648

.000

9.648

.000

9.652

.000

9.652

.000

9.656

.000

9.656

.000

PONTOS DE MONITORAMENTO DE QUELÔNIOS

JULHO/2012 QUEL 12.2.7-1

µ

Manaus

Careiro

Iranduba Careiro da Várzea

Manaquiri

Rio Preto da Eva

Manacapuru

Autazes Autazes

Áreas de InfluênciaADA - Área Diretamente Afetada

AID - Área de Influência Direta do Porto do PIM

!( Armadilhas Trammel Nets - Diagnóstico Ambiental!( Armadilhas de funil Hoop traps - Diagnóstico Ambiental

Busca visualPROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)

0 0,5 1 1,50,25km

FUSO 21 SULDATUM HORIZONTAL: SAD-69

ESCALA GRÁFICA

Fontes: - PMM - Prefeitura Municipal de Manaus: base hidrográfica do Mapa de Zoneamento digital;- Engemap: Imagem de satélite Worldview-2, 21/07/2011- Google Earth: Imagem de satélite Geoeye, 2/8/2010

1:20.000

!( Diagnóstico Ambiental e Monitoramento

Page 327: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 249

12.2.7.3.8 ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS

− Decreto 58.054/66, de 23/03/66 - Promulga a Convenção para a proteção da flora, fauna e das belezas cênicas naturais dos países da América, assinada pelo Brasil, em 27/02/40;

− Lei 5.197/67, de 03/01/67 - Dispõe sobre a proteção à fauna (alterada pelas Leis 7.584/87, 7.653/88, 7.679/88 e 9.111/75; v. Lei 9.605/98, Decreto 97.633/89 e Portaria Ibama 1.522/89);

− Instrução Normativa Ibama Nº 146/2007 -Estabelece critérios relativos ao manejo da fauna silvestre – levantamento, monitoramento, salvamento, resgate e destinação, em áreas de influência de empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de impacto à fauna, sujeitos ao licenciamento ambiental;

− Lei Federal nº 9.605 de 12/08/98 – Dispõe sobres Crimes Ambientais.

12.2.7.3.9 INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS AMBIENTAIS

O Subprograma de Monitoramento da Biota Aquática está ligado a outros programas, direta ou indiretamente, com os quais deverá haver diferentes níveis de interação, estes programas são:

− Plano de Gestão Ambiental;

− Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos;

− Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;

− Programa de Monitoramento da Qualidade da Água;

− Programa de Controle Ambiental da Operação - PCA-O.

12.2.7.3.10 ETAPA DO EMPREENDIMENTO

Este subprograma deve ser executado durante a fase de instalação e parte da fase de operação para o monitoramento de mamíferos aquáticos e apenas durante a operação para o monitoramento de ictiofauna, comunidade planctônica e bentônica.

12.2.7.3.11 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Este subprograma deve ser executado a p artir da fase de implantação do empreendimento e prolongar-se durante toda a sua fase de operação.

12.2.7.3.12 RESPONSÁVEL PELA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

Este subprograma é de responsabilidade da administração do Porto do Polo Industrial de Manaus, a qual deverá contratar profissionais especializados para a sua execução.

12.2.7.3.13 SISTEMAS DE REGISTRO

− Relatórios parciais de monitoramento de todos os grupos;

− Relatórios encaminhados para o órgão ambiental licenciador;

− Relatórios consolidados quanto às alterações na biota aquática;

− Registro das ações de mitigação de impactos.

Page 328: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 250

12.2.8 PROGRAMA DE CONTROLE DE SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃO E RESGATE DE FAUNA

12.2.8.1 APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

Para a implantação do Porto do Polo Industrial de Manaus – Porto do PIM serão necessárias a limpeza e adequação do terreno e, consequentemente, a supressão de vegetação nativa que ocorre no local. Prevê-se a supressão de 15,7 ha de vegetação secundária arbórea nativa (capoeirinha, capoeira e capoeirão de floresta ombrófila densa de terra firme), conforme apresentado no item 10.2.1 – Vegetação do presente EIA-Rima e na Tabela 12.2.8.1-1, reproduzida abaixo.

TABELA 12.2.8.1-1: Quadro de áreas das classes de uso do solo e cobertura vegetal da ADA do Porto do Polo Industrial de Manaus – Porto do PIM, Manaus, AM, inseridas ou não em Áreas de

Preservação Permanente.

Uso do solo e cobertura vegetal

ÁREA

Dentro de APP Fora de APP Total

ha % ha % ha %

Capoeirinha 1,2

3,8 12,6 5,0 16,5

Capoeira - - 6,6 21,5 6,6 21,5

Capoeirão - - 4,1 13,4 4,1 13,4

Área Antropizada 0,1

8,8 28,8 8,9 29,1

Solo Exposto - - 5,9 19,4 5,9 19,4

Total 1,3 4,1 29,2 95,9 30,5 100,0

Apesar de ser um impacto negativo e inevitável, a supressão da vegetação arbórea nativa presente na área de implantação do Porto do PIM deve ser realizada seguindo procedimentos específicos, principalmente quando consideramos a fauna associada a essa vegetação. Assim, os procedimentos e os recursos necessários à sua realização, incluindo mão de obra, maquinários, prazos, entre outros, são descritas no presente Programa de Controle de Supressão de Vegetação, com o intuito de planejar, orientar e garantir maior eficiência dessa atividade.

A coordenação das atividades de corte, de desmonte, de remoção e de transporte da biomassa é importante para garantir maior eficácia no desenvolvimento do desmatamento, alocando a mão de obra e os maquinários de maneira mais eficiente e reduzindo custos. O planejamento da destinação adequada da biomassa removida, considerando um possível aproveitamento comercial da madeira e deposição do material a ser descartado em local apropriado, também é importante para a eficiência da supressão, e pode auxiliar na preservação dos recursos naturais, evitando a retirada de madeira de outros locais e garantindo que a biomassa restante seja disposta em local adequado à sua decomposição.

A orientação temporal e espacial do desmatamento auxilia na redução do tempo de exposição do solo, evitando a intensificação de processos erosivos e consequente carreamento de terra para os cursos d’água adjacentes.

A elaboração de um programa de supressão permite, ainda, a i nterface com as atividades de direcionamento do afugentamento e resgate da fauna presente na área, pois sendo bem conduzida, a r emoção da cobertura vegetal promoverá a migração da fauna terrestre, antes do início das obras, reduzindo a perda de indivíduos. O planejamento do resgate da fauna é uma etapa primordial e deve considerar as características da área afetada pelo empreendimento e das

Page 329: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 251

áreas no entorno que serão potencialmente utilizadas para soltura de indivíduos resgatados, o conhecimento prévio das espécies existentes na área, o treinamento do pessoal envolvido no resgate, e o contato prévio com possíveis instituições receptoras de indivíduos feridos.

As medidas referentes à compensação florestal em face da supressão de vegetação considerada inevitável para a implantação do empreendimento também estão propostas neste Programa.

12.2.8.2 OBJETIVOS

O principal objetivo desse programa é coordenar as atividades de supressão da vegetação, orientando a execução do corte, remoção e destinação da biomassa, visando maior efetividade dos trabalhos, da alocação de recursos humanos e materiais e minimizando a interferência sobre a fauna local.

Os objetivos específicos são:

− Planejar e coordenar as atividades de corte, desmonte, remoção e transporte da vegetação, buscando uma maior adequação e eficiência dos procedimentos, alocando de maneira adequada a mão de obra, maquinário e outros recursos necessários;

− Delimitar em campo a vegetação que será suprimida (fragmentos ou indivíduos), de maneira que fique garantido que somente a vegetação presente na ADA seja removida;

− Promover o maior aproveitamento possível dos recursos madeireiros oriundos da remoção da vegetação;

− Propor uma destinação adequada do material vegetal a ser descartado;

− Reduzir ao máximo o tempo de exposição do solo, evitando, assim, a intensificação de processos erosivos;

− Afugentar a fauna silvestre por meio de métodos passivos não invasivos;

− Resgatar o maior número possível de espécimes afetados pelas atividades das obras;

− Reconhecer áreas no entorno com fisionomias similares aos habitats afetados, a fim de translocar os espécimes aptos e sadios;

− Capturar animais feridos em decorrência das atividades de supressão de vegetação e encaminhá-los ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Refúgio da Vida Silvestre Sauim Castanheiras, para fins de tratamento e relocação, quando possível;

− Encaminhar às Instituições de Pesquisa os animais que porventura sofrerem óbito durante as atividades de supressão de vegetação;

− Identificar, durante as atividades de resgate, cavidades, ninhos e tocas de mamíferos e herpetofauna, aves e, eventualmente, de outros vertebrados terrestres;

− Acompanhar a adaptação dos espécimes soltos nas novas áreas;

− Propor a compensação florestal em face da supressão de vegetação inevitável para a implantação do empreendimento, conforme estabelece a legislação específica.

Page 330: EIA Porto Do PIM - Volume 5

PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 252

12.2.8.3 METAS

As metas do Programa de Controle de Supressão de Vegetação do Porto do PIM são:

• Limitar a s upressão de vegetação à ár ea estritamente necessária à implantação do empreendimento;

• Garantir o cumprimento de 100% dos procedimentos descritos neste subprograma;

• Detectar eventuais não-conformidades relacionadas às atividades de supressão de vegetação para aplicação das medidas corretivas cabíveis;

• Garantir o menor impacto possível em relação à fau na terrestre seja por meio de afugentamento, seja por meio de resgate;

• Garantir a sobrevivência e integridade da fauna local atingida pela instalação do empreendimento;

• Translocar espécimes para áreas do entorno que não serão afetadas pela obra;

• Garantir o atendimento às diretrizes de compensação florestal estabelecidas na legislação específica.

12.2.8.4 MÉTODOS

As ações, atividades e operacionalização que serão executadas na supressão da vegetação são descritas a seguir, subdivididas em etapas.

12.2.8.4.1 SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃO

Com intuito de viabilizar a instalação deste empreendimento, faz-se necessária a realização de um detalhado diagnóstico da cobertura vegetal a ser afetada, com apresentação de sua florística, fitossociologia e quantificação volumétrica a ser obtida com sua remoção.

12.2.8.4.1.1 Inventário Florestal

Frente ao exposto, no âmbito do presente EIA-Rima foi realizada a caracterização da cobertura vegetal a ser suprimida (ver item 10.2.1 – Vegetação), seguindo o disposto no Termo de Referência nº 001/10 – GEPE11

O mapeamento da vegetação é necessário para o reconhecimento das fisionomias presentes na área a ser desmatada, avaliando-se o porte da vegetação e a possibilidade de interesse comercial da mesma, o que poderá definir os métodos de corte e extração ou remoção. Também é importante a quantificação, em hectares, da área ocupada por cada fisionomia, para o adequado planejamento das atividades. Ressalta-se que para a v egetação de porte herbáceo não é necessário plano de desmate.

, sendo que os valores de supressão estão apresentados na Tabela 12.2.8.1-1 apresentada anteriormente.

Uma estimativa do volume de madeira a ser removido também é necessária para se avaliar a melhor forma de execução do desmatamento, a possibilidade de utilização do material, e a quantidade a ser descartada e que deverá receber destinação adequada. Os cálculos apresentados 11 Termo de Referência para a elaboração e apresentação de inventário florístico para fins de obtenção da ASV (autorização de supressão de vegetação) – Gerência de Projetos Especiais e Infraestrutura do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas – Ipaam.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 253

no inventário florestal das áreas de supressão (ver item 10.2.1 – Vegetação) estimam que para área total de supressão o volume de madeira a ser removido com a implantação do empreendimento seja de 858,09 m³.

A supressão da vegetação nativa será realizada apenas quando o Ipaam emitir a Autorização de Supressão de Vegetação (ASV). A ASV será solicitada antes do início das obras pelo empreendedor, conforme cronograma de implantação do empreendimento, com base no Inventário Florestal apresentado no item 10.2.1 do presente EIA-Rima.

12.2.8.4.1.2 Autorização de Supressão de Vegetação

Antes de iniciar qualquer ação de desmatamento será necessária a obtenção das autorizações, fornecidas pelo órgão ambiental competente (para a supressão de vegetação e para a exploração e transporte de produtos da flora nativa).

12.2.8.4.1.3 Estruturação da Base de Serviços

Para a execução do desmatamento, será necessária a contratação de mão de obra especializada e de maquinários e equipamentos a s erem utilizados. Pesquisas, negociações e contratações de empresas especializadas, e que tenham interesse no aproveitamento da madeira e, eventualmente, dos resíduos orgânicos gerados, são procedimentos que facilitarão a execução dos trabalhos.

Alternativamente, e especialmente quando não há interesse comercial pelo material proveniente da remoção da vegetação, poderá ser realizada a locação de maquinário, equipamentos e veículos de transporte, bem como contratação dos respectivos operadores e trabalhadores braçais, por empreitada. Essa definição e acordos comerciais deverão ser realizados assim que possível, anteriormente ao início das atividades.

Será ainda necessária a realização de pesquisa sobre os possíveis locais de recebimento do material a s er descartado. Preferencialmente, empresas de compostagem, ou de produção de lenha, entre outras possíveis interessadas, serão as alternativas buscadas. Todos os atores envolvidos nesse processo (o detentor da autorização de supressão de vegetação; quem fizer o transporte; e quem receber o material) deverão possuir cadastro no Ibama (CTF - Cadastro Técnico Federal). As toras traçadas serão estocadas em pilhas, até serem transportadas para seus respectivos destinos finais, em pontos a serem definidos, em função da topografia, segurança, da infraestrutura existente, dos acessos possíveis e da facilidade de escoamento do material, sempre dentro da ADA do Porto do PIM.

Antecedendo a supressão da vegetação da área de implantação do Porto do PIM, a equipe do programa, juntamente com a empreiteira contratada para executar a supressão, fará um trabalho de remoção de mudas e coleta de frutos e sementes de espécies nativas, de interesse conservacionista, levantadas no inventário florestal, podendo ser espécies do estrato arbóreo como inferior (herbáceas, arbustivas, epífitas, cactáceas, etc).

12.2.8.4.1.4 Resgate de Germoplasma

A seleção final das espécies que serão resgatadas deverá ser feita por técnico especializado (biólogo ou engenheiro florestal), tendo como base o inventário florístico realizado por ocasião da elaboração do EIA-Rima do empreendimento e também para a solicitação das autorizações de supressão de vegetação nativa.

O salvamento de germoplasma tem como objetivo garantir a integridade de espécies nativas encontradas na área em que ocorrerá a supressão de vegetação nativa. As sementes e demais

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propágulos resgatados durante a supressão da vegetação, deverão ser doados a instituições interessadas.

RESGATE DE SEMENTES

Inicialmente, serão buscadas informações biológicas na literatura (por exemplo, LORENZI, 2002a, 2002b, 2009) das espécies alvo do resgate de germoplasma, de modo a conhecer o seu período de frutificação, o tipo de dispersão e as características fisiológicas das sementes (para melhor armazenamento e posterior germinação). Com base nas informações de período de frutificação é de fundamental importância que se estabeleça, primeiramente, um calendário de coleta de sementes, contemplando todas as espécies escolhidas para o resgate de suas sementes.

Após o estabelecimento do calendário de coleta, antes do início das obras, será feito um levantamento para a i dentificação das matrizes por profissional especializado (biólogo ou engenheiro florestal). Serão consideradas boas matrizes aquelas árvores de maior porte e com frutificação abundante. Todos esses indivíduos serão marcados, codificados e georreferenciados. Como a árvore matriz será futuramente suprimida, deve-se coletar a maior quantidade possível de sementes. Se não for possível a i dentificação instantânea da espécie coletada, o coletor deve separar um ramo do indivíduo e junto com as sementes encaminhá-lo ao biólogo responsável por esse subprograma para a sua identificação.

Para se determinar o número de matrizes das quais serão coletadas as sementes, deve-se levar em conta alguns fatores genéticos. Uma vez que é praticamente impossível coletar todos os propágulos produzidos por uma espécie em uma determinada área, busca-se, por meio de resgate, coletar amostras que representem a variabilidade genética de suas populações.

As áreas em que ocorrerá a supressão de vegetação serão percorridas mensalmente para a coleta de sementes, antes e durante a supressão de vegetação. Essa frequência é justificada pela variação das épocas de frutificação das espécies. Durante a época de frutificação, no entanto, as matrizes serão acompanhadas diariamente para a coleta de sementes. Essa periodicidade se justifica diante de algumas espécies terem o período de frutificação bastante curto, às vezes restrito a poucas horas, necessitando portanto de um acompanhamento bem próximo, que resulte em sucesso na coleta de suas sementes. Visando o pleno atendimento desses procedimentos, serão treinados mateiros, preferencialmente da região, com dedicação exclusiva, diária e integral à coleta de sementes. A coleta de sementes será contínua até o término da supressão da vegetação. A equipe do projeto acompanhará este processo, quando será coletado o máximo de propágulos existentes.

Os métodos para a c oleta de sementes das espécies arbóreas são aqueles tradicionalmente utilizados, podendo ser realizado diretamente na árvore matriz ou na projeção de sua copa. Consistem basicamente no uso do podão aéreo, onde o técnico pode ou não subir no exemplar; e no estiramento de uma lona no solo que possibilite o resgate das sementes quando o espécime é balançado. No caso de espécies anemocórias, o fruto deverá ser abraçado por um saco plástico de forma a g arantir a e ficiência da coleta. As ferramentas utilizadas são cinturões de segurança, equipamentos de escalada, esporas, tesouras de poda, podões, facões, etc.

As sementes coletadas deverão ser colocadas em sacos de papel e/ou plástico e encaminhadas ao viveiro temporário onde deverão ser beneficiadas por meio da retirada de impurezas como talos, ramos e folhas e das sementes imperfeitas, quebradas e/ou brocadas. Os lotes de sementes identificadas deverão ser doados a entidades recebedoras de material genético, onde serão armazenadas até sua destinação final.

Todas as sementes coletadas serão transportadas para instituições interessadas, em sacos plásticos, identificado e datado antes de ser armazenado. Dadas as características do material a

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ser transportado, não é necessário veículo especial para a tarefa. Considerando a especificidades das sementes ou exemplares coletados, o processo de acondicionamento poderá ser diferenciado de forma a garantir a integridade e vitalidade do material.

RESGATE DE MUDAS

Inicialmente, em conjunto com o começo das atividades de resgate de flora que envolve a identificação de matrizes para coleta de sementes, deve se iniciar a identificação das mudas que serão transplantadas. Para isso deve-se marcar as mudas com fita zebrada, numerá-las e identificá-las. A equipe responsável por esse programa deve, a partir da quantificação das mudas a ser resgatadas, planejar o número aproximado de dias para a atividade de resgate.

O resgate da muda propriamente dito deve ser realizado com ferramentas específicas. Existem dois métodos principais para a retirada da muda que o responsável pelo subprograma ou o coletor pode definir como a m ais adequada, de acordo com a l ocalização da muda e prioridade para resgate: a primeira, que costuma ter um maior pegamento posterior das mudas, consiste em, com o uso de uma pá reta e com movimentos verticais, “cortar” um torrão de aproximadamente seis vezes o tamanho do colo da muda e retirá-lo com um movimento de alavanca e com cuidado puxar a muda para cima. Após a retirada da muda, esta deve ser colocada dentro de um saco de ráfia para transporte. A segunda metodologia prevê o uso de uma chibanca ou enxadão para “afofar” o solo ao redor da muda e com auxílio de ferramentas específicas (xibanquinha ou enxadão) as mudas serão puxadas do solo em pequenos solavancos, procurando-se evitar danos às raízes.

Quando necessário, as mudas poderão ter suas folhas e raízes podadas para reduzir a desidratação da planta pela respiração. Para aumentar as chances de sobrevivência das mudas, recomenda-se a colocação das mesmas, imediatamente após sua retirada do solo, em recipientes plásticos (podem ser utilizadas garrafas PET cortadas) contendo uma solução aquosa com hormônio enraizador para minimizar o eventual impacto por dano físico à raiz durante o processo de remoção do solo. Da mesma forma que sementes e demais propágulos resgatados durante a supressão da vegetação, as mudas deverão ser doados a instituições interessadas.

A supressão da cobertura vegetal consiste basicamente em atividades de corte de árvores, desgalhamento, desdobro de toretes, coleta de resíduos, destocamento, empilhamento, carregamento e transporte de madeira, conforme descrição a seguir. As atividades de supressão de vegetação serão ser limitadas ao mínimo necessário para a implantação do empreendimento.

12.2.8.4.1.5 Atividades da Supressão de Vegetação

Durante todas essas etapas, o pessoal envolvido nas atividades será ser informado de que é proibida a retirada de material vegetal para comercialização e/ou uso próprio, bem como o uso de fogo para qualquer fim, assim como o uso de equipamentos de terraplenagem para a derrubada da vegetação. Será obrigatório o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) para todas as atividades de campo constantes do programa. O Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores (item 12.2.12 deste EIA) traz mais detalhes sobre o treinamento contínuo das equipes de campo sobre os cuidados relativos à flora, fauna e resíduos gerados no âmbito do Programa de Controle de Supressão de Vegetação.

DELIMITAÇÃO DA VEGETAÇÃO/ ÁREA A SER PRESERVADA

Nos trechos em que será removida parte de um fragmento de vegetação arbórea, deverá ser afixada em campo fita zebrada delimitando a vegetação que será suprimida da vegetação que será preservada. Essa delimitação será implementada previamente ao desbaste do sub-bosque.

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A equipe de campo responsável pela supressão da vegetação obrigatoriamente deve ter consigo uma cópia autenticada da autorização de supressão de vegetação, inclusive com o mapa dos limites da área de intervenção liberada para a obra.

DEFINIÇÃO DAS DIREÇÕES E SENTIDOS DO DESMATAMENTO

A remoção da vegetação será realizada de acordo com a área a ser desmatada. A supressão será sempre perpendicular à área que será aberta para a implantação das estruturas do Porto do PIM, procurando direcionar a fauna para outros fragmentos remanescentes e distanciando-a das áreas com ocupação humana e da Rodovia BR-319, nunca permitindo que os animais fiquem encurralados. Os trabalhadores envolvidos com a supressão receberão treinamento prévio da equipe de salvamento de fauna dos procedimentos adequados em cada caso quando do avistamento de qualquer animal e da proibição de sua captura.

DESBASTE DO SUB-BOSQUE

Nas porções onde a vegetação é mais densa, será realizada uma roçada no sub-bosque anteriormente ao corte de árvores, a fim de abrir caminhos para a penetração da mão de obra e do maquinário, e de manter áreas com tamanhos suficientes para a operação do corte e retirada da madeira. Dessa forma, o sub-bosque deverá ser removido, por meio da utilização de moto-serra e outros equipamentos manuais como enxada, serrote e machados.

É importante destacar que o desbaste do sub-bosque deverá ser realizado apenas nas áreas de fragmentos de vegetação arbórea, uma vez que se almeja o aproveitamento dos recursos madeireiros dos mesmos, que, portanto, necessitarão de procedimentos dependentes da penetração de maquinário e remoção de toras. Portanto, para abrir espaço a essa movimentação, deverá ser feita a remoção do sub-bosque.

A frente de trabalho será iniciada no período imediatamente anterior ao corte, e deverá seguir as mesmas etapas deste, conforme o andamento dos trabalhos. Ou seja, a roçada do sub-bosque será realizada em área proporcional àquela que será desmatada. Dessa forma, garante-se menor impacto sobre o solo e maior eficácia no afugentamento da fauna.

CORTE E DERRUBADA DE ÁRVORES

O corte e a derrubada do componente arbóreo, cuja madeira será aproveitada, deverão ser realizados com cuidado especial no limite entre a vegetação a ser suprimida e a vegetação a ser preservada, direcionado a derrubada das árvores de maneira a não prejudicar a vegetação a ser preservada e facilitando sua retirada do fragmento.

A escolha da técnica de corte adequada será feita de acordo com as características da árvore: para aquelas com boa formação de copa e ausência de imperfeições ou inclinação do tronco na direção do corte, deverá ser utilizada técnica padrão; para aquelas que apresentarem ocos, inclinação desfavorável, curvaturas no tronco e fissuras, deverão ser utilizadas técnicas especiais.

As árvores de interesse econômico (qualidade do fuste e da madeira) serão identificadas e marcadas por profissional especializado (engenheiro florestal ou biólogo), de forma a conceder a estes espécimes uma supressão diferenciada, como por exemplo, um traçamento de tora em comprimentos maiores, almejando-se um aproveitamento mais nobre da madeira.

A exploração será uniforme e contínua, facilitando o arraste e o baldeio das toras. O corte será realizado de forma semimecanizada (com uso de motosserras) e manual, quando o diâmetro da árvore ou arbusto for menor que 15 cm.

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DESGALHAMENTO

O desgalhamento deverá ocorrer após a derrubada das árvores, sempre rente ao tronco, evitando assim a ocorrência de pontas de galhos que possam provocar acidentes. Os galhos finos deverão ter destino fora da área do empreendimento, enquanto os galhos médios e grossos serão dispostos junto com as pilhas de toras dos fustes.

O desgalhamento poderá ser efetuado de forma manual ou semimecanizada. No processamento manual o desgalhamento pode ser executado através de machado, foice ou facão, sendo o machado a ferramenta que detêm maior praticidade de uso. O desgalhamento através de motosserra (forma semimecanizada), deve ser preferido para os casos em que os galhos das árvores possuam grandes diâmetros, ou quando se pretende dar um destino mais nobre ao fuste da árvore, haja vista que a u tilização das ferramentas manuais, muitas vezes, causa cortes imperfeitos na madeira.

TRAÇAMENTO (CORTE EM TORAS)

O traçamento será realizado manualmente com o uso de motosserra e obedecerá às seguintes regras:

a) Os fustes e os galhos com diâmetro igual ou superior a 0,05 m serão cortados em comprimentos que facilite o transporte e sua futura utilização, dependendo da árvore, de forma a se obter o maior rendimento aproveitável em termos de madeira para lenha;

b) O comprimento mínimo aproveitável fica estabelecido como 1,2 m. Este número não deve ser entendido como obrigatório, cabendo ao operador a decisão do comprimento das peças, visando sempre obter peças com possibilidade de uso futuro;

c) Devem ser observados critérios de classificação, de acordo com a espécie e o diâmetro;

d) Deve ser considerada nesta classificação, e no próprio traçamento da madeira, a espécie da árvore, ou seja, a densidade da madeira, para ser enquadrada nos usos como lenha, moirões e toras, independente do diâmetro do fuste.

Para facilitar a retirada da madeira, recomenda-se o ordenamento em pilhas provisórias, imediatamente após a operação de traçamento, localizando-as próximas às estradas de serviços e/ou corredores.

BALDEIO

O material cortado será removido do local com o auxílio de tratores agrícolas acoplados a guinchos de arraste. Essa operação, chamada de guinchamento, consiste no engate de um cabo de aço em uma pilha de toretes, transversalmente à área de corte. Para facilitar o engate, as pilhas serão formadas sobre dois toretes transversais, de forma que fique um espaço entre essas e a superfície do solo. O operador de campo desce com os cabos até a pilha, onde será feito o engate.

As pilhas de toretes são então arrastadas até o local de interesse para serem empilhadas. Nesse processo, serão removidas apenas as toras principais, sendo que os ramos e folhas permanecerão no local de corte.

EMPILHAMENTO E CUBAGEM

A mensuração das pilhas fornecerá o volume da madeira suprimida em metros estéreis, com uma precisão maior que o estimado pelo Inventário Florestal, se aproximando do volume real. Sobre o

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volume em estéreis deverá ser aplicado um fator de cubicação referenciado pela literatura de forma a se obter o volume sólido (metros cúbicos).

As peças desdobradas serão agrupadas em pilhas separadas por classes de aproveitamento (comprimentos de toras iguais), facilitando o ordenamento para a medição (cubagem) e carregamento. Elas deverão possuir até 1,5 m de altura, não devendo alcançar mais de cinco metros de comprimento. A largura das pilhas dependerá do comprimento das toras, que será dado em função do tipo de aproveitamento, por exemplo, pilhas de madeira para lenha poderão ser formadas por toras de 1 m d e comprimento, consequentemente a l argura dessa pilha será também de 1 m.

DESTOCAMENTO

A retirada dos tocos será realizada de forma mecanizada, nas áreas em que for viável o uso de tratores. Sempre que possível, será evitada a destoca em áreas muito íngremes. O procedimento a ser seguido para o destocamento é posicionar a p onta lâmina do trator no toco, de forma a levantá-lo e removê-lo do solo. Deve ser evitado o empurramento de toco e raízes já removidas do solo, por um trecho extenso, visto que essa prática poderá triturar muito o material vegetal, misturando-o com solo.

CARREGAMENTO E TRANSPORTE DE MADEIRA

As peças desdobradas e já empilhadas deverão ser carregadas para o transporte segundo suas classes de aproveitamento - cargas uniformes.

DESTINAÇÃO DAS TORAS E DEMAIS RESÍDUOS VEGETAIS

O material madeirável (toras e galhos de maiores diâmetros) poderá tanto ser utilizado pelo empreendedor na obra de implantação do empreendimento, como também ser doado a particulares. Para o caso de doação, o procedimento será efetuado a partir da assinatura de um Termo de Recebimento de Madeira, assinado pelo responsável legal pela recepção da madeira.

Todo transporte de material nativo para fora da área do empreendimento seár realizado mediante a aquisição do Documento de Origem Florestal (DOF), emitido pelo órgão ambiental responsável, e requerido pelo empreendedor.

A madeira removida também poderá ser aproveitada comercialmente por empresas interessadas, podendo ser utilizada como moirões e toras, como lenha ou na produção de carvão. As próprias empresas interessadas pela utilização da madeira deverão se responsabilizar pela obtenção do DOF, conforme indicado pela Instrução Normativa Ibama nº 112/2006, para retirada do material do local. O material lenhoso deverá ser separado e quantificado de acordo com a o rigem da espécie (se nativa ou exótica), e receber marcação que deverá acompanhá-lo até o seu destino final.

Em relação ao material residual produzido (galhos, raízes, folhas, etc.), estes serão triturados por um picador de material vegetal. O local de destino desse material será definido pelo empreendedor junto com o órgão ambiental, podendo ser utilizado diretamente nos remanescentes florestais localizados nas imediações do empreendimento (servindo como adubo orgânico), ou misturado ao solo orgânico superficial.

No Estado do Amazonas não há legislação que regulamente a supressão de vegetação nativa. Quanto à c ompensação florestal decorrente de supressão de vegetação, o Ipaam exige o

12.2.8.4.1.6 Compensação Florestal

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 259

atendimento à Lei Estadual 3.219/2007, que dispõe sobre o licenciamento ambiental no estado tratando, entre outros aspectos, sobre as taxas de licenciamento, entre elas as taxas para a atividade de desmatamento e supressão vegetal.

A supressão de vegetação requer licenciamento prévio do Ipaam, quando deverá ser recolhida a taxa para a atividade de desmatamento e supressão de vegetação acima citada, a ser calculada conforme a Tabela 12.2.8.4.1.6-1 abaixo:

TABELA 12.2.8.4.1.6-1: Cálculo da taxa de autorização para desmatamento da vegetação com base na Lei Estadual nº 3.219/2007. VA = valor da autorização; ha = hectares; Tf = taxa fixa;

N = número de hectares.

Porte Valor de Autorização de Desmatamento (VA) = Tf + VA/ha

Área em ha VA/ha Tf

Micro ≤ 3 ha R$ 300,00 R$ 150,00

Pequeno 3,0<ha ≤10 R$ 600,00 R$ 300,00

Médio 10<ha ≤30 R$ 1.000,00 R$ 600,00

Grande 30<ha ≤100 R$ 1.500,00 R$ 900,00

Excepcional > 100 ha R$ 2.000,00 R$ 1000,00

Fonte: Lei Estadual nº 3.219/2007.

Considerando que a área objeto de supressão de vegetação é de 15,7 ha, tal intervenção é enquadrada como “porte médio”. O valor da taxa seria:

VA = Tf + VA x ha

Sendo:

VA = R$ 600,00 + R$ 1.000,00 x 15,7

VA = R$ 16.300,00

Dessa forma, a Taxa de Autorização para Desmatamento para o empreendimento Porto do PIM será de R$ 16.300,00, que, segundo orientação do Ipaam, consiste, também, na medida cabível para a compnsação florestal.

Considerando a r ecente edição da Lei Estadual 3.785/2012, que dispõe sobre o licenciamento ambiental no Estado do Amazonas tratando, entre outros aspectos, sobre as taxas de licenciamento, entre elas a taxa para a atividade de desmatamento e supressão vegetal que passa a ser calculada conforme parâmetros que constam da Tabela 12.2.8.4.1.6-2 abaixo.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 260

TABELA 12.2.8.4.1.6-2: Cálculo da taxa de autorização para desmatamento da vegetação com base na Lei Estadual nº 3.785/2012. VA = valor da autorização; Nh = hectares; Tf = taxa fixa.

Porte Valor de Autorização de Desmatamento (VA) = Tf + VA x Nh

Área em ha VA Tf

Micro ≤ 3 ha R$ 40,00 R$ 150,00

Pequeno 3,0<ha ≤10 R$ 80,00 R$ 200,00

Médio 10<ha ≤30 R$ 120,00 R$ 400,00

Grande 30<ha ≤100 R$ 160,00 R$ 800,00

Excepcional > 100 ha R$ 200,00 R$ 1500,00

Fonte: Lei Estadual nº 3.785/2012.

Considerando que a área objeto de supressão de vegetação é de 15,7 ha, tal intervenção é enquadrada como porte médio. O valor da taxa seria:

VA = Tf + VA x Nh

Sendo:

VA = R$ 400,00 + R$ 120,00 x 15,7

VA = R$ 2.284,00

No âmbito do Município de Manaus, por sua vez, a Resolução CMMA nº 002/2001 estabelece que “para autorização de desmatamento nas áreas urbanas e de expansão urbana superior a 10.000 m² (...) a Semmas deverá exigir do proponente do empreendimento levantamento da fauna silvestre encontrada na área, bem como projeto de resgate de fauna e/ou de plano de manejo realizado por profissional habilitado e aprovado pelo Ibama”. Já a Resolução Comdema nº 090/2006 dispõe que somente poderá ser autorizado o corte de árvore e/ou remoção de vegetação, para construção ou parcelamento do solo, inclusive em obras públicas desde que: (i) seja comprovada a impossibilidade de sua manutenção e/ou transplante; (ii) o responsável pelo corte de árvore e/ou supressão de vegetação apresente quando for o caso, Proposta de Execução de Cumprimento de Medida Compensatória, aprovada pela Semmas.

De acordo com o artigo 45 da Resolução Comdema nº 090/2006, “caberá a Semmas estabelecer as formas de implementação de medida compensatória ou mitigadora, efetuadas mediante prévia indicação técnica da Semmas e sob sua orientação, em relação aos serviços de supressão de vegetação, bem como em relação à fiscalização de obras e/ou instalação de atividades capazes de causar impacto ambiental ou consideradas potencialmente poluidoras”. São formas de compensação ou mitigação do dano ambiental, segundo artigo 46 dessa resolução:

− Plantio de mudas;

− Doação de mudas;

− Execução de arborização pública;

− Recuperação de áreas degradadas;

− Limpeza de corpos hídricos;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 261

− Implantação de medidas de proteção visando o controle da poluição, em qualquer de suas formas;

− Execução de tarefas ou serviços junto a parques e jardins públicos e Unidades de Conservação, com exceção da gestão de conservação;

− Restauração de bem público danificado;

− Custeio de programas ou de projetos ambientais e educacionais;

− Aquisição de ferramentas para uso em projetos de recuperação ambiental da Semmas;

− Capacitação de profissionais para ministrar treinamentos aos técnicos da Prefeitura em áreas afins.

Assim sendo, considerando que o empreendimento deverá ser licenciado também no âmbito municipal, adimensão e a forma mais adequada para a compensação florestal será definida em conjunto com o órgão municipal de licenciamento ambiental – SEMMAS – no atendimento à legislação municipal acima mencionada.

12.2.8.4.2 RESGATE DA FAUNA

No geral, a área na qual se pretende implantar o Porto do PIM e que sofrerá supressão de vegetação já está bastante alterada e com forte influência antrópica, conforme vimos no item 10.2.1 do prsente EIA-Rima. Além disso, as espécies vegetais registradas na ADA do empreendimento são majoritariamente generalistas.

12.2.8.4.2.1 Acompanhamento da fauna durante a supressão

Apesar disso, durante a supressão da vegetação há riscos para os componentes da fauna presentes nas áreas. Pode haver ninhos e dormitórios permanentes nas árvores, podendo, o corte dessas, acarretar a morte e/ou ferimento dos indivíduos das espécies de fauna presentes. Além da possibilidade de acidentes, as atividades de supressão podem afugentar as espécies de fauna para as áreas urbanas, causando distúrbios à população e ficando com sua sobrevivência comprometida, tanto pela ameaça antrópica quanto pela ausência de recursos adequados (alimento e refúgio).

O objetivo geral deste item é apresentar o procedimento que será adotado para mitigar o impacto da supressão de vegetação sobre a fauna que ocorre na área a ser desmatada, evitando a perda de indivíduos ou seu afugentamento para áreas inadequadas. Sob essa ótica, esse programa visa verificar a presença de animais, silvestres ou domésticos, nos locais que sofrerão a supressão de vegetação, acompanhar a supressão e estimular o afugentamento e a realocação espontânea dos animais que por ventura apareçam devido à supressão, conduzindo-os para áreas adequadas à sua presença e sobrevivência, evitando a perda de indivíduos e os distúrbios devido a seu deslocamento para as áreas urbanas ou naturais, em função da invasão de animais silvestres, no primeiro caso, ou domésticos, no segundo.

Especificamente, os objetivos são:

− Retirar, por captura ou afugentamento, animais vertebrados, isto é, anfíbios, répteis, aves e mamíferos das áreas de vegetação que serão suprimidas para a implantação do sistema de dutos, visando minimizar os impactos negativos desta atividade sobre as populações;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 262

− Marcar indivíduos capturados e soltos para posterior acompanhamento durante o monitoramento da fauna;

− Enriquecer as informações disponíveis sobre a r iqueza e composição das espécies da fauna de vertebrados terrestres nas proximidades das áreas de instalação do empreendimento, potencialmente vítimas dos impactos da alteração do habitat.

Para a liberação das áreas de corte, uma equipe fará uma vistoria no local com o intuito de traçar a maneira de ação da equipe de desmatamento. A vistoria tem o objetivo de encontrar locais de nidificação ou mesmo animais já em fase de reprodução.

12.2.8.4.2.2 Vistoria das Áreas de Corte

Caso a equipe visualize pequenos animais, como lagartos, anfíbios, serpentes, quelônios, roedores ou marsupiais ou invertebrados, os mesmos deverão ser capturados e mantidos em caixas de transporte ventiladas e umidificadas até que possam ser soltos em áreas próximas não afetadas. Os ninhos que forem encontrados deverão ter seu entorno isolado num raio de 20 m, e somente o corte será liberado após a desocupação do ninho pela prole.

Também serão removidas as estruturas naturais, como troncos caídos e ocos de árvores, que poderão ser remanejados para as áreas que não serão cortadas, a fim de manter locais propícios para abrigar a fauna. Durante esse processo também serão vasculhados locais que possam abrigar espécimes para realização do resgate e posterior soltura.

A translocação de animais a áreas naturais distintas é um procedimento muito complexo, uma vez que essas áreas geralmente já possuem populações das espécies a serem liberadas. A capacidade de suporte dessas áreas deverá ser considerada como fator determinante para permitir a translocação. Devem ser considerados aspectos como tamanho das populações já residentes, disponibilidade de alimento e de áreas para abrigo e procriação. Este procedimento é complexo, varia de espécie para espécie e requer profundo conhecimento da biologia da espécie a ser translocada. No entanto, sua realização, indicada pela Instrução Normativa Ibama Nº 146/2007, é de grande importância para garantir a s obrevivência de maior número de animais silvestres e mitigar, assim, os impactos negativos da criação do empreendimento, principalmente devido ao número considerável de espécimes da fauna que se espera encontrar na área.

Apesar da alta capacidade de deslocamento de muitas espécies de aves, algumas situações, como ninhos ativos em cavidades de árvores que serão suprimidas, fazem com que o grupo das aves também seja incluído no objeto de resgate e salvamento da fauna. Assim, ações de resgate e salvamente para este grupo deverão ser focadas especialmente em ninhos ativos.

Pode-se encontrar ninhegos e mesmo animais subadultos diretamente em seus sítios reprodutivos, ou seja, ninhos, plataformas em ramificações ou em rochas e em cavidades (ocos) de árvores de maior porte. O cuidado destinado a av es eventualmente assim encontradas deve ser máximo, visando-se a manutenção o mais próxima possível da condição em que se encontravam e procedendo-se a destinação imediata para o Centro de Triagem, em inversa proporção ao seu estádio etário.

Ninhos contendo ovos e filhotes, desta forma, deverão ser colhidos inteiros e embalados de maneira a protegê-los dos raios solares, da visão da movimentação de dentro da embarcação e preferencialmente também de ruídos ali formados. Para isso, é possível usar uma embalagem plástica grande, respeitando-se a presença de orifícios que permitam a respiração dos animais e a colocação do lote em ponto maximamente protegido. Indivíduos de maior porte, já quase prontos para voar, poderão ser acondicionados em sacos de pano, preferencialmente suspensos por um

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cordão. Para as aves, essa prática é das mais eficientes, visto que possibilitam certa proteção contra o frio e isolamento visual, deixando os indivíduos mais ou menos confortáveis e calmos.

No caso de ser impossível a coleta do ninho ou do material onde estavam os animais ou ovos, o resgatador precisa buscar por reproduzir as condições oferecidas e, para isso, poderá usar pedaços de algodão ou tecido macio, de forma a oferecer um substrato agradável.

Com relação às aves adultas, espera-se que o resgate ocorra apenas com indivíduos que estejam privados de algum detalhe de suas condições naturais e que impossibilitem ou dificultem sua fuga para locais seguros. Um desses casos seria o das aves estritamente florestais, muitas delas com pequeno potencial de voo e que se tornam desorientadas quando privadas de seu território usual, em particular quando não encontram caminhos, ou corredores de mata, que possibilitem a sua transferência para locais com qualidade ambiental similar à anterior.

Assim que a equipe de corte iniciar o trabalho deverá estar acompanhada da equipe de resgate, para que se possa proceder com a captura da fauna que porventura não consiga se deslocar. Após a seleção da área a ser desmatada, os trabalhadores da supressão de vegetação deverão vasculhar a área a pé, utilizando foices e facões para a retirada de galhos e pequenos arbustos, e ao mesmo tempo verificando a presença ou não de animais, em conjunto com a equipe de resgate da fauna. Somente depois deste procedimento a área poderá ser liberada para o corte com moto-serras.

12.2.8.4.2.3 Acompanhamento do Desmatamento

As áreas no entorno do fragmento a ser suprimido devem ser preservadas e corredores ecológicos que liguem esta área a ser desmatada e as áreas que serão conservadas devem ser mantidos. Estas áreas de vegetação nativa são fundamentais para a manutenção do fluxo gênico com outras populações e funcionam como via de fuga para os animais se deslocarem da ADA para áreas vizinhas. As duas áreas de influência direta pertencentes à Marinha do Brasil são situadas próximas ao empreendimento, sendo uma delas ligada ao fragmento da ADA na antiga fábrica da Siderama, e possuindo características para atuar como área a ser protegida e receber os animais afugentados e resgatados.

Caso sejam encontrados espécimes feridos durante as atividades de supressão de vegetação, os mesmos deverão ser manejados e encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). Os animais de médio e grande porte, como carnívoros, grandes roedores, preguiças, cervídeos, primatas e outros, deverão ser anestesiados pelo médico veterinário responsável a fim de evitar o estresse causado pela ação de manejo e deslocamento ao Cetas.

No Cetas os animais deverão ser tratados até sua reabilitação, que deverá ser definida em conjunto pela equipe de fauna.

Aqueles indivíduos encontrados em boas condições de saúde serão relocados para áreas adjacentes aos limites do desmatamento, por meio de coleta manual com auxílio de apetrechos adequados como redes, puçás, ganchos, pinções e eventualmente anestesiados por intermédio de zarabatanas, sempre observando a similaridade e a qualidade dos habitats.

Os trabalhos de acompanhamento da fauna silvestre (e doméstica se for o caso) serão realizados em todos os pontos de supressão de vegetação ao longo do empreendimento.

12.2.8.4.2.4 Métodos de Resgate da Fauna

Antes do início das atividades de supressão da vegetação, as árvores que serão suprimidas devem ser checadas quanto à presença de ninhos e possíveis locais onde possa haver dormitórios, como

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por exemplo, ocos nos troncos e “aglomerados” de bromélias, onde pode haver dormitórios de pássaros e pequenos mamíferos respectivamente. Esses locais, ao serem identificados, serão demarcados e isolados, para posterior remoção e translocação dos animais para os remanescentes florestais adjacentes à área de intervenção (na AID) ou outros locais mais adequados.

A supressão só será realizada nas áreas onde a busca por locais propícios à presença de fauna já estiver concluída. Ressalta-se a importância de não se realizar a supressão durante a época de reprodução, mais comum entre setembro e março. Durante a etapa de supressão da vegetação, ao menos um técnico especializado acompanhará todo o processo, observando a p resença de animais. Ao localizar um animal as atividades de supressão cessarão para que o técnico possa “afugentar” o espécime para o remanescente florestal adjacente à área de supressão. Caso não seja possível a condução do animal para áreas adjacentes na AID, deve-se proceder com a captura e translocação para os remanescentes da AID ou outros locais mais adequados. Caso sejam verificados animais feridos durante essas atividades, estes serão conduzidos ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Refúgio da Vida Silvestre Sauim Castanheiras, localizado em Manaus, nas proximidades da área na qual se pretende implantar o Porto do PIM.

Ressaltamos, conforme já mencionado anteriormente, que a supressão será sempre perpendicular a área de intervenção do empreendimento em direção aos fragmentos de vegetação a s erem preservados, procurando direcionar a fauna para outros fragmentos remanescentes e distanciando-a das áreas com ocupação humana e da Rodovia BR-319, nunca permitindo que os animais fiquem encurralados. Os trabalhadores envolvidos com a supressão receberão treinamento prévio da equipe de acompanhamento de fauna, no sentido dos procedimentos adequados a cada caso quando do avistamento de qualquer animal e da proibição de sua captura.

Em todos os casos em que se faça necessária a translocação de fauna silvestre, esta será realizada em local com ambiente semelhante ao de origem dos animais, minimizando assim o estresse dos indivíduos e aumentando a suas chances de sobrevivência. Animais acidentalmente mortos ou de interesse taxonômico especial serão encaminhados à coleção científica de instituições de pesquisa e educacionais do Amazonas, como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.

Caso em algum ponto de supressão de vegetação não seja possível realizar a r ealocação espontânea dos indivíduos presentes nas áreas de supressão, serão utilizados métodos de resgate de fauna e posterior soltura conforme apresentado a s eguir. Todas as atividades de captura, coleta e transferência de indivíduos serão devidamente autorizadas pelo órgão ambiental competente, no caso o Ibama – Superintendência do Amazonas.

HERPETOFAUNA

− Armadilha de Interceptação e Queda com Cerca-Guia (AIQ), ou pitfall

Sistema de captura com 10 baldes de plástico de 60 litros, enterrados com a extremidade superior nivelada no solo, a cada 10 m, e unidos por uma cerca-guia, medindo 100 m de comprimento por 0,50 m de altura. A cerca-guia, de lona plástica, é mantida em posição vertical presa por estacas de madeira, e sua base é enterrada a 7 cm no solo, para evitar que os animais atravessem por debaixo da lona.

− Captura por meio de Procura Ativa

Consiste na captura de indivíduos a partir da inspeção detalhada dos microambientes acessíveis, como o folhiço, em tocas, sob troncos caídos, sob pedras, galhos. Este método será usado tanto para captura de anfíbios quanto de répteis. A inspeção será realizada ao longo do período diurno e noturno. Serpentes serão capturadas com laços e pinções.

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Os exemplares coletados serão colocados e mantidos em caixas plásticas (com substrato de folhiço para manterem um ambiente fresco), e levados para áreas de vegetação adjacentes (distantes, no mínimo, em 100 m), que não serão perturbadas.

AVIFAUNA

Ninhos com ovos e ninhegos serão procurados ativamente na vegetação a ser suprimida. Todos os exemplares encontrados serão transferidos para áreas adjacentes que não serão perturbadas. Esta procura e retirada se dará durante três dias anteriores à supressão (resgate pré-supressão), e durante os trabalhos de retirada da vegetação (acompanhamento da supressão).

MASTOFAUNA

Os pequenos mamíferos, roedores e marsupiais serão capturados em armadilhas de interceptação e queda, as mesmas utilizadas para herpetofauna e no mitoramento do grupo. Após serem pesados e medidos, marcados com brincos numerados e fotografados serão colocados em caixas plásticas e levados para áreas adjacentes que não serão perturbadas, a distancia mínima de 200 metros.

Todos os indivíduos que vierem a óbito na operação de resgate serão preparados em via úmida (anfíbios e répteis) ou seca (aves e mamíferos) e posteriormente serão depositados na coleção científica de instituições de pesquisa e educacionais do Amazonas, como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.

Para o resgate e relocação da fauna será implantada uma base de operações próxima às áreas de supressão (canteiro de obras) que consistirá de um acampamento com mesas e cadeiras para a realização de medições dos exemplares capturados e estantes para a manutenção diária das caixas de coleta.

As equipes iniciarão os trabalhos de acompanhamento da fauna três dias antes do início da supressão da vegetação. A composição da equipe será: um biólogo sênior, três biólogos especialistas (herpetofauna, mastofauna e avifauna) e três auxiliares de campo.

12.2.8.4.2.5 Composição e Treinamento das Equipes de Campo

O treinamento das equipes de profissionais e auxiliares para o trabalho de resgate e relocação de fauna se dará com aulas teóricas (com apostila e apresentações ilustradas em multimídia) e práticas, onde serão apresentados os seguintes tópicos:

− Etapas do trabalho de resgate e relocação;

− Equipes envolvidas (fauna, flora);

− Características da fauna (e flora) das áreas de trabalho;

− Uso de EPIs (luvas, máscaras, perneiras, botas, etc...), cuidados sanitários e primeiros socorros durante os trabalhos de campo;

− Procedimentos da operação diária das procuras, capturas e relocações;

− Procedimentos para biometria, marcação e acondicionamento dos exemplares, e preenchimento dos formulários-padrão de registros;

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− Procedimentos de transporte e deposição dos espécimes nas áreas de soltura adjacentes;

− Procedimentos caso seja encontrado algum animal machucado;

− Prevenção e controle de doenças e acidentes com animais silvestres;

− Comunicação entre os membros da equipe: registro de não conformidades e de incidentes em campo;

− Registros dos procedimentos de campo: fotos, imagens, posicionamento (coordenadas UTM SAD 69).

Durante os trabalhos de acompanhamento da fauna deve ser dada atenção especial aos animais que possuam peçonha ou veneno inoculante, como serpentes (répteis), artrópodes peçonhentos (aranhas e escorpiões) e insetos (abelhas, vespas, etc), evitando-se acidentes com os trabalhadores ou a sua morte intencional. Tanto animais pequenos como animais de grande porte, podem trazer injúrias, doenças ou quaisquer danos aos seres humanos, portanto, a utilização de EPIs é primordial e o afugentamento deve ser feito para evitar possíveis contatos com os animais e também para afastá-lo de posteriores contatos com a sociedade onde estariam sujeitos às ações antrópicas.

Kits de suprimentos medicamentosos e primeiros-socorros deverão estar sempre próximos à área onde estiver ocorrendo a supressão de vegetação e deverá conter materiais esterilizantes, materiais para curativos e suturas, suprimentos alimentares e re-hidratantes (soros), drogas anestésicas que irão tranquilizar o animal facilitando sua contenção. Estes suprimentos estarão disponíveis apenas para ser utilizados em última instância, pois como citado anteriormente, o afugentamento é a primeira opção a ser adotada. Além disso, os suprimentos serão ministrados apenas por profissional comprovadamente habilitado.

Serão produzidos relatórios de atividades do resgate/relocação dos vertebrados terrestres, com número capturas, pontos de captura (coordenadas UTM SAD 69), riqueza de espécies e abundância relativa. Todas as etapas do trabalho de resgate/relocação dos animais serão fotografadas e, na medida do possível, filmadas (Digital HD) como forma de documentação e registro.

12.2.8.4.2.6 Sistemas de Registro e Comunicação dos Resultados

12.2.8.5 INSPEÇÃO AMBIENTAL

Independentemente dos responsáveis técnicos da contratada para a instalação, o empreendedor manterá uma equipe qualificada para fiscalização de todos os serviços executados neste programa.

12.2.8.6 ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO TÉCNICO

Ao final da supressão da vegetação será elaborado um relatório técnico conclusivo sobre a atividade e encaminhado ao órgão ambiental competente. No relatório constarão, no mínimo, informações quanto à localização da área, o volume de material vegetal retirado e sua destinação, além de registro fotográfico e documental. Além disso, serão documentadas também as atividades de salvamento de germoplasma.

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12.2.8.7 RESPONSÁVEIS TÉCNICOS

A equipe prevista para realização da supressão da vegetação deverá ser composta por um engenheiro florestal ou biólogo que será o coordenador e responsável pela operação, operadores de motosserras e auxiliares de campo.

12.2.8.8 PÚBLICO-ALVO

Esse subprograma é voltado à equipe do sistema de gestão ambiental da APM Terminals, que acompanhará a obtenção das autorizações necessárias para a supressão de vegetação e, além desses, aos funcionários diretamente envolvidos com o Plano de Controle Ambiental da Construção PCA-C, especificamente para supervisão e controle das atividades de desmatamento e supressão de vegetação de acordo com o plano aprovado. Além destes, incluem-se os órgãos licenciadores estadual e municipal, se for o caso, as comunidades científicas locais interessadas, e a sociedade em geral.

12.2.8.9 ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS

Entre os requisitos legais atendidos por este programa destacam-se:

• Lei Federal nº12.651/2012 - Código Florestal;

• Instruções Normativas MMA nº 3/2003 e nº 5/2004 - Declara as Espécies Brasileiras da Fauna Silvestre Ameaçadas de Extinção;

• Instrução Normativa MMA nº 06/2008 - Dispõe sobre o reconhecimento de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção como aquelas constantes do Anexo I a esta Instrução Normativa;

• Instrução Normativa Ibama nº 112/2006 - Trata do Documento de Origem Florestal – DOF;

• Lei Estadual 3.219/2007, do Estado do Amazonas, que dispõe sobre o licenciamento ambiental no estado tratando, entre outros aspectos, sobre as taxas de licenciamento, entre elas as taxas para a atividade de desmatamento e supressão vegetal;

• Resolução Comdema nº 090/2006 (Manaus) – dispõe, entre outros aspectos, sobre a necessidade de apresentar Proposta de Execução de Cumprimento de Medida Compensatória, aprovada pela Semmas, para o corte de vegetação arbporea nativa; estabelece as formas de implementação de medida compensatória ou mitigadora, efetuadas mediante prévia indicação técnica da Semmas e sob sua orientação.

12.2.8.10 INTERAÇÃO COM OUTROS PLANOS E PROGRAMAS

O programa tem inter-relação com:

− Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores;

− Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança do Trabalhador;

− Plano de Controle Ambiental da Construção - PCA-C.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 268

12.2.8.11 CRONOGRAMA E ETAPA DO EMPREENDIMENTO

Este programa será desenvolvido na etapa de implantação do empreendimento, sendo que todas as licenças e autorizações necessárias para o início da supressão serão solicitadas antes do início das obras. O monitoramento da fauna afugentada ocorrerá por pelo menos 36 meses durante a fase de operação do empreendimento, seguindo os métodos definidos no Subprograma de Monitoramento da Fauna de Vertebrados Terrestres.

12.2.8.12 RESPONSÁVEL PELA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

O empreendedor será responsável pelos recursos materiais a serem direcionados para as empresas que executarão as ações da etapa de construção. A empreiteira a ser selecionada será responsável tecnicamente pelas ações desenvolvidas e pelos resultados, com co-responsabilidade do empreendedor.

12.2.8.13 SISTEMAS DE REGISTRO

Serão elaborados relatórios de acompanhamento, fichas de vistoria de campo e relatórios fotográficos, sendo que ao final dos trabalhos um relatório específico deverá ser encaminhado ao Ipaam para o devido acompanhamento e considerações.

12.2.9 PROGRAMA DE CONTROLE DE VETORES E PRAGAS URBANAS

12.2.9.1 APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

Durante a operação do Porto do Polo Industrial de Manaus, os procedimentos de carregamento e descarregamento das embarcações e caminhões, toda a movimentação de cargas e disposição dos resíduos sólidos e líquidos pode favorecer a atração e proliferação de vetores e pragas urbanas, pois estes se aproveitam desses dejetos e desperdícios na área do empreendimento.

12.2.9.2 OBJETIVOS

Este subprograma tem como objetivo manter o controle destas espécies a fim de evitar a proliferação e contaminação de cargas e produtos, tornando a área do empreendimento menos atrativa para esta fauna.

12.2.9.3 METAS

Desfavorecer o ambiente para proliferação de vetores e pragas.

12.2.9.4 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA

Por meio de empresa especializada em controle e monitoramento de pragas urbanas, as metodologias aplicadas serão: formulário de monitoramento de pragas e amostragem com iscas.

12.2.9.4.1 INSPEÇÃO E AMOSTRAGEM

Inicialmente a área deve ser examinada em busca de dados e informações sobre a situação, tais como: o tipo de ambiente onde a infestação está ocorrendo (se área construída ou se área livre a céu aberto e sua extensão); o que estaria garantindo ou facilitando a instalação e livre proliferação das pragas; o tipo de utilização que é dado ao ambiente (forma e frequência de uso, fins, horários de uso, etc); busca de focos (concentração, dispersão).

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Desta forma, as ocorrências de pragas serão registradas em uma “Planilha de Controle de Pragas” afixada em pontos estratégicos no terminal, indicando o local onde foi observada a presença de pragas. A finalidade desse exame inicial é um melhor conhecimento do conjunto de ambientes, infestados ou não, onde a atuação deverá ocorrer. Serve para reunir dados necessários e indispensáveis ao planejamento das ações.

Para as amostragens com iscas deverão ser gerados relatórios mensais de atividades enviados pela empresa contratada, onde constem o número de ocorrências das pragas, o consumo de pesticidas e locais críticos, nos quais, então, será intensificado o tratamento para que não haja infestação ou uma possível contaminação no Porto Novo de Manaus.

12.2.9.4.2 MEDIDAS PREVENTIVAS E CORRETIVAS CONTRA VETORES E PRAGAS URBANAS

Tendo como base os dados obtidos através dos formulários, pelo registro de consumo de iscas e inspeções, o Porto Novo de Manaus orienta a empresa contratada prevenindo, assim, possíveis falhas, enquanto a empresa executa o tratamento adequado.

Algumas das medidas são corretivas e visam a retirada de certas condições que estão facilitando a infestação desses animais. Entre elas, por exemplo:

• Manejo adequado do lixo com melhor acondicionamento, locais de deposição e transporte apropriados e fechados;

• Reparos de danos estruturais que possam estar servindo de via de acesso a esses animais;

• Modificação de vias de acesso naturais eventualmente existentes;

• A remoção de entulhos e materiais inservíveis que possam estar servindo de abrigo;

• Criação de barreiras físicas nas galerias subterrâneas de água, esgotos, águas pluviais ou de cabeamento;

• Uso de ralos metálicos chumbados ao piso com grade permanente;

• Uso de telas metálicas de 6 mm vedando os respiradouros (especialmente dos porões) e no bocal das calhas e condutos de águas de chuva;

• Evitar o acúmulo de entulhos ou outros materiais inservíveis;

• Construção de lixeiras de alvenaria vedadas.

No caso de focos resistentes ou inesperados, a empresa contratada executa o tratamento quantas vezes forem necessárias para resolver o problema.

Complementarmente a este controle, buscando prevenir a ocorrência de pragas no Porto do Polo Industrial de Manaus, o mesmo deverá adotar também um procedimento de ordem, limpeza e boas práticas de manuseio entre todos os funcionários.

12.2.9.5 ASPECTOS AMBIENTAIS

Atração e proliferação de vetores, pragas e fauna sinantrópica.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 270

12.2.9.6 PÚBLICO-ALVO

− Administração do Porto do Polo Industrial de Manaus;

− Trabalhadores;

− Comunidades vizinhas.

12.2.9.7 RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

Empresa especilizada em controle e monitoramento de vetores e pragas urbanas.

12.2.9.8 ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS

Ibama Instrução Normativa N° 141 , de 19 de dezembro de 2006 - Regulamenta o controle e o manejo ambiental da fauna sinantrópica nociva.

12.2.9.9 INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este Programa está relacionado aos seguintes programas: Plano de Gestão Ambiental, Programa de Comunicação Social, Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos, Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores e Programa de Controle Ambiental da Operação - PCA-O.

12.2.9.10 ETAPA DO EMPREENDIMENTO

Será executado durante toda a operação do Porto do Polo Industrial de Manaus.

12.2.9.11 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Este programa deverá ser iniciado logo após a implantação do empreendimento e deverá se prolongar durante toda a operação do Porto do Polo Industrial de Manaus.

12.2.9.12 RESPONSÁVEL PELA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

Este programa é de responsabilidade do empreendedor, o qual poderá contratar empresas especializadas para a sua execução.

12.2.9.13 SISTEMAS DE REGISTRO

A Planilha de Controle de Pragas, produto do monitoramento e amostragem, será preenchida de acordo com calendário enviado pela empresa contratada ou necessidades levantadas pela administração do Porto do Polo Industrial de Manaus com periodicidade mensal.

12.2.10 PROGRAMA DE PROSPECÇÃO E GESTÃO DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO

Este Programa deverá ser executado para a liberação da Licença de Instalação pelo Iphan. Deverá ser realizado antes do início das obras.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 271

12.2.10.1 APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

De acordo com a Portaria Iphan 230/02, em seu art. 4º, faz-se necessária a proposição de um Programa de Prospecção e Resgate Arqueológico juntamente com o diagnóstico inicial, de forma a servir de diretriz para a próxima etapa do Licenciamento Ambiental.

Tal exigência é plenamente cabível no caso específico deste projeto, em que existe um sítio arqueológico na área a ser diretamente afetada pelo empreendimento (ADA) e áreas com potencial arqueológico, implicando a necessidade de realização de sondagens para verificar a ocorrência de registros arqueológicos em profundidade, bem como outros estudos patrimoniais.

Assim, propõem-se diretrizes gerais para o Programa de Prospecção e Gestão do Patrimônio Arqueológico, com a realização de prospecção e ações de educação patrimonial, cujo detalhamento ficará por conta da coordenação da equipe que será contratada pelo empreendedor.

12.2.10.2 OBJETIVOS

− Realizar pesquisa no sítio arqueológico Siderama e na ADA do empreendimento, conforme indicado no diagnóstico realizado, visando aprimorar o reconhecimento do terreno já realizado;

− As sondagens de subsuperfície deverão abranger a área diretamente afetada pelas obras;

− Realizar pesquisa arqueológica no sítio arqueológico Siderama, que permita sua delimitação e caracterização, visando ao planejmaneto de seu resgate e divulgação;

− Realizar atividades de Educação Patrimonial divulgando o patrimônio regional e a importância do patrimônio arqueológico amazônico.

12.2.10.3 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA

− Definição da malha de pontos para realização das sondagens;

− Leitura da matriz pedológica identificada a partir das sondagens;

− Análise da relação das características do Meio Físico, Biótico e Antrópico com as áreas estudadas e seu patrimônio;

− Caracterização e delimitação dos sítios identificados;

− Estudo, conservação e interpretação de qualquer registro arqueológico encontrado;

− Levantamento histórico-documental sobre as áreas de influência e seu contexto;

− Diagnóstico do público-alvo para ações de educação patrimonial; implementação das ações educativas pertinentes à fas e de licença de instalação com o patrimônio até então reconhecido.

12.2.10.4 RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

Equipe de Arqueologia e estrutura para os trabalhos

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 272

12.2.10.5 ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS

− Elaboração e aprovação prévia do Programa de Gestão junto ao Iphan;

− Atendimento da legislação arqueológica vigente, em especial as Portarias Iphan 230/02 e 07/88 e a Lei Federal 3924/61, sem prejuízo de outros diplomas legais;

− Elaboração de Relatório Final, protocolo e aprovação no Iphan.

12.2.10.6 INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

O Programa de Prospecção e Gestão do Patrimônio Arqueológico e sua etapa subsequente, a prospecção propriamente dita, terão relação com o Programa de Controle Ambiental da Construção – PCA-C e com o Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores.

12.2.10.7 ETAPA DO EMPREENDIMENTO

Solicitação de Licença de Instalação - LI

12.2.10.8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Após a manifestação do Iphan acerca da conclusão sobre o diagnóstico do potencial arqueológico da área de estudo, os trabalhos de prospecção arqueológica atenderão às seguintes etapas:

− Elaboração do Programa de Prospecção e educação patrimonial e protocolo no Iphan;

− Após a aprovação do Iphan, execução do Programa de Prospecção e estudo do acervo arqueológico;

− Elaboração do Relatório final e protocolo no Iphan.

Os prazos para a execução dessas etapas deverá considerar o tempo de tramitação e aprovação do Programa, desde sua fase inicial, com a publicação da Portaria Iphan no Diário Oficial da União, e, depois a ap rovação do relatório. Importante frisar que as etapas os trabalhos de prospecção conforme proposto no Programa de Prospecção deverão ser executados antes do início das obras.

12.2.10.9 RESPONSÁVEL PELA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

Empresa de arqueologia contratada, com arqueólogos coordenadores credenciados pelo Iphan, contratadas pelo empreendedor.

12.2.10.10 PARA AS AÇÕES DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL

Consiste na realização de palestras e oficinas com a d ivulgação da pesquisa e do patrimônio histórico e arqueológico regional; confecção de expositores com os resultados da pesquisa e divulgação dos estudos na imprensa escrita e televisiva. Tais atividades estarão voltadas a professores e estudantes da rede pública e a comunidade local.

Ações de Educação Patrimonial previstas: Diagnóstico do público alvo; Palestras e oficinas em escolas; Confecção de banners e material gráfico (folders ou cartilha).

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 273

12.2.11 PROGRAMA DE CONTROLE AMBIENTAL DA OPERAÇÃO – PCA-O

12.2.11.1 APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

Este Programa constitui um dos principais instrumentos de Gestão Ambiental do Porto do Polo Industrial de Manaus – Porto do PIM, no qual são ressaltados os aspectos e impactos ambientais significativos e as normas e procedimentos adotados para a proteção e o controle dos elementos socioambientais, incluindo aspectos de saúde e de segurança dos trabalhadores envolvidos, proporcionando um acompanhamento efetivo durante a operação do Terminal Portuário.

O Porto do PIM, ainda na sua fase de construção, iniciará o processo de desenvolvimento e de implantação de procedimentos operacionais internos, conforme cronograma de implantação apresentado no corpo deste Programa, não só no intuito de garantir o controle ambiental da operação, mas também o controle da saúde e da segurança do trabalhador e preparar o empreendimento para o gerenciamento operacional de suas atividades por meio de um Sistema de Gestão de meio ambiente, saúde e segurança, atendendo assim a todo arcabouço legal e normativo vigente, destacando-se, neste caso, a Resolução Conama 306/02, que pressupõe que o Porto do PIM possua um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) estruturado e implantado, conforme exposto no Programa de Gestão Ambiental (PGA).

Além das normas e procedimentos do Porto do PIM a serem desenvolvidos na Fase de Operação, também serão atendidos os procedimentos e resoluções específicos da empresa responsável pela operação do Porto Organizado de Manaus.

Este PCA-O deverá atender, também, as complementações e medidas condicionantes, a ele pertinentes, estabelecidas pelo órgão ambiental, podendo sofrer, novas complementações para atender outras possíveis condicionantes estabelecidas nas etapas subsequentes do licenciamento (emissão das licenças de Instalação – LI - e de Operação – LO).

O Porto do PIM está previsto para ser implantado em quatro fases, distribuídas ao longo de 17 anos, com previsão de início em 2015 e de termino em 2032, incluindo etapas que contemplam a demolição das estruturas existentes na área da antiga Siderama, com geração de resíduos de construção associados a esta atividade.

O fato de ocorrerem obras paralelamente à o peração do porto, conforme mencionado acima, implica na existência de controles ambientais ocorrendo simultaneamente. Dentro deste contexto, o Programa de Gestão Ambiental, via SMS corporativo, intenciona fazer a g estão integrada, principalmente acompanhando a interação dos procedimentos construtivos e operacionais estabelecidos nas diferentes fases do Porto do PIM, e considerando ainda que a gestão da operação do porto será por conta da empresa ganhadora da concessão para a exploração do porto e que a gestão da construção se dará por conta de terceiros.

Sendo assim, de forma a facilitar o controle ambiental, os critérios e procedimentos de controle ambiental, de saúde e de segurança da construção, estabelecidos no âmbito do Plano de Controle Ambiental da Construção - PCA-C, deverão estar alinhados àqueles estabelecidos no âmbito deste PCA-O e estar inseridos em documentação contratual a ser estabelecida com as empresas contratadas, principalmente às empreiteiras responsáveis pela construção do empreendimento, e deverão, obrigatoriamente, ser considerados e seguidos durante o processo construtivo.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 274

12.2.11.2 OBJETIVOS

12.2.11.2.1 OBJETIVO GERAL

O Plano de Controle Ambiental da Operação – PCA-O do Porto do PIM tem como objetivo principal apresentar as diretrizes e orientações a serem seguidas pelos colaboradores próprios e contratados durante a operação do empreendimento, visando o monitoramento da qualidade ambiental dos meios físico, biótico e socioeconômico das áreas sob influência das atividades portuárias e minimizando os impactos ambientais e os riscos à saúde e à segurança do trabalhador na Fase de Operação do Terminal Portuário.

12.2.11.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Este Programa será desenvolvido no âmbito de um Sistema de Gestão e terá como objetivos específicos:

• Identificar para cada atividade a ser desenvolvida no Terminal Portuário, os aspectos ambientais e os perigos voltados à saúde e segurança dos trabalhadores, de forma a minimizar os respectivos impactos ambientais e riscos significativos;

• Propor ações e medidas de controle adequadas, voltadas ao controle ambiental, bem como à saúde e a segurança do trabalhador, assegurando que as operações sejam desenvolvidas em condições de segurança, evitando danos ambientais às áreas de trabalho e seu entorno, e a geração de passivos ambientais;

• Identificar e assegurar o atendimento pleno à legislação, regulamentos, normas técnicas relacionados com o meio ambiente, assim como às exigências e recomendações dos órgãos ambientais, aplicáveis ao objetivo de prevenir, mitigar e controlar os impactos ambientais; e

• Acompanhar tecnicamente e verificar a e fetiva incorporação das ações e medidas de prevenção e controle previstas no PCA-O, bem como a adoção de medidas corretivas, para que permitam solucionar eventuais imprevistos que possam surgir no decorrer das operações.

12.2.11.3 INDICADORES DE METAS

Para a Fase de Operação em questão será estabelecido o Indicador de Comportamentos Seguros - ICS, ou seja, atingir e manter classe de desempenho acima do percentual definido pelo empreendedor nas inspeções de segurança de SMS (segurança do trabalho, meio ambiente e saúde ocupacional), que podem ser semanais ou mensais, conforme, apontados nos Relatórios de Inspeções de segurança periódicos e apurados nos relatórios de atividades gerados mensalmente e enviados, à equipe de SMS do Porto do PIM, pelos colaboradores próprios e prestadores de serviços responsáveis por atividades específicas desenvolvidas durante as operações do Terminal Portuário.

O estabelecimento das metas ambientais, mensuráveis e coerentes com os objetivos e principalmente com a política ambiental do Porto do PIM, será realizado com a apuração de um histórico de registros das atividades e da situação ambiental do empreendimento.

As metas vinculadas aos objetivos específicos são:

• Atender a todos os aspectos da legislação, principalmente ambiental e ocupacional;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 275

• A minimização dos impactos ambientais referente aos processos operacionais do Terminal Portuário e dos impactos à população diretamente afetada;

• A máxima redução dos riscos inerentes à execução das operações, principalmente no que se refere à geração de passivos ambientais; e

• Manter a total integridade da imagem pública do empreendimento.

Cabe ressaltar que o estabelecimento de metas e a efetividade do indicador estabelecido serão avaliados conforme a geração de dados e que novos indicadores poderão ser gerados ou substituirão o indicador em uso, caso este se mostre ineficaz para medir o desempenho da atividade.

12.2.11.4 DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕAES E FASES DE IMPLANTAÇÃO DO PORTO DO PIM

Conforme apresentado na caracterização do empreendimento (Capítulo 8 deste EIA) e o layout do terminal portuário e as instalações previstas (Desenho Nº 03734-MA-00-DSK-003), o Porto do PIM consiste em um terminal portuário capaz de promover a movimentação de carga geral (carga e descarga), acondicionada em contêineres e relacionada a navios tipo Panamax e de cabotagem.

O Porto do PIM deverá possuir as seguintes instalações:

• Píer flutuante de 500 metros de comprimento, na Fase 1, que possibilitará a at racação e operação simultânea de 2 embarcações em seus berços externos.

• Na Fase 2, o píer será estendido por mais 250 metros, possibilitando a atracação adicional de uma embarcação em seu braço externo.

• Sete guindastes giratórios fixos serão instalados no píer flutuante, na Fase 1, e proverão operação segura e eficiente. Quando o cais for expandido na Fase 2, mais três guindastes do mesmo tipo serão instalados.

• Uma ponte flutuante com duas pistas de rolamento para acesso dos caminhões ao cais.

• 5 (cinco) pátios de contêineres, cuja localização é ilustrada na Figura 12.2.11.4-1.

• 2 (dois) pátios para operação com racks para 350 contêineres refrigerados.

• 8 (oito) guindastes em pórtico sobre pneus RTG – Rubber Tyred Gantry Cranes

• Armazém alfandegado de 6.000 m², dotado de todas as instalações necessárias para seu funcionamento.

• Estações de inspeção de contêineres; portaria de acesso com 6 faixas de rolamento; área de fumegação; áreas de produtos perigosos; áreas de oficinas de manutenção e reparos de equipamento; estacionamento para carretas, automóveis e demais equipamentos.

• Instalações de infraestrutura (água e esgotamento sanitário, rede de energia e outros serviços).

• Sistema viário interno, com cerca de 10.800 m de extensão na Fase 1 e + 2.130 m na Fase 2.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 276

• Área de estacionamento, com 2.147 m², para apoio a motoristas e espera de caminhões.

• Edifício Administrativo para as atividades operacionais, administrativas, comerciais e das autoridades aduaneiras, a saber:

− Salas operacionais, onde se instalará o pessoal técnico operacional do terminal, isto é, o pessoal ligado à execução das operações, acompanhamento, programação de atividades etc;

− Salas administrativas, onde se instalarão os funcionários administrativos do terminal com suas diversas gerências, salas para o pessoal de despacho de mercadorias e salas para a diretoria;

− Sanitários / vestiários para os funcionários operacionais do terminal;

− Sanitários / vestiários para os funcionários operacionais terceirizados;

− Sala da SRF, com área de escritórios, sanitários, copa e vagas de estacionamento demarcadas;

− Refeitório: o edifício do refeitório atenderá a todo o pessoal autorizado. O pessoal administrativo terá acesso direto ao terminal e o pessoal operacional também, entretanto com controle de saída de modo a impedir que pessoal não autorizado possa acessar a área primária;

− Ambulatório médico.

FIGURA 12.2.11.4-1: Localização dos Pátios de Contêineres.

O empreendimento denominado Porto do Polo Industrial de Manaus – Porto do PIM corresponde a projeto de instalação de terminal portuário fluvial de cargas geral conteinerizadas - destinadas ou oriundas do Polo Industrial de Manaus (carga e descarga) - que consideram os tráfegos marítimos de longo curso e cabotagem, englobando o fluxo de e para a cidade de Manaus.

PC 1

PC 2

PC 3

PC 4

PC 5

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 277

O Porto do PIM está projetado para operações de cunho retroportuário, logístico e de apoio às operações portuárias (pátio para contêineres vazios, armazéns frigoríficos, pátio para movimentação de cabotagem ou de estocagem de contêineres cheios, armazenagem alfandegada e reparos de contêineres) em consonância com as demandas geradas no Distrito Industrial da Zona Franca de Manaus.

O Projeto Básico do terminal foi estruturado pela APM Terminals Participações da Amazônia Ltda a partir de uma avaliação preliminar de demanda de 498.000 TEU12

A partir destas premissas operacionais o Projeto Básico do Porto do PIM dimensionou as instalações e recursos para a operação portuária eficiente de carga e descarga de contêineres.

no início da operação do terminal passando a 665.000 TEU após a implantação completa.

Para melhor alinhar a previsão da demanda à movimentação prevista para o empreendimento, a implementação do projeto foi planejada em quatro fases definidas para implantação do Porto do PIM, conforme apresentadas no Quadro 12.2.11.4-1 a seguir.

QUADRO 12.2.11.4-1: Faseamento implantação do Porto do PIM.

Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4

Pátios de Conteineres Pátio 1 e Pátio 3 Pátio 2 Pátio 4 Pátio 5

Ano (operação) 2015 - 2017 2018 -2025 2026 -2031 2032 -2040

Capacidade operacional (TEU) 147.972 408.707 547.411 665.000

Operação projetada anual (TEU) 86.382 169.339 250.561 320.364

Cais flutuante (extensão em metros) 500 - 250* *. A ampliação do cais flutuante está projetada para 2027 entre as Fases 3 e 4 de implantação do empreendimento.

O Porto do PIM ocupa uma área de 365.255,28 m² e conta com infraestrutura e instalações para as operações de cunho retroportuário, logístico e de apoio às operações portuárias de carga geral conteinerizada, conforme layout do Projeto Básico (Desenho 03734-MA-00-DSK-0003), apresentado a seguir.

12 Um TEU (Twenty Foot Equivalent Unit) equivale a capacidade de um contêiner de 20 pés de comprimento.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 279

12.2.11.4.1 CAIS FLUTUANTE PARA MOVIMENTAÇÃO DE CONTÊINERES

O cais é a estrutura com resistência para suportar os esforços de atracação e amarração das embarcações, assim como de suporte dos guindastes portuários utilizados na movimentação dos contêineres do navio para os caminhões e vice-versa. Conterá um pequeno escritório de apoio para estivadores e uma subestação elétrica para atender os guindastes do cais.

O cais flutuante será construído em duas fases. Na primeira fase, consistirá de sete (7) pontões de 62,5m de comprimento e 30,5 m de largura, com um pontão curto de 31,25 m de comprimento em cada extremidade, resultando uma extensão total de cais de 500 metros. A expansão para 750 metros de extensão está prevista para 2027, entre as Fases 3 e 4 de implantação do Porto do PIM.

12.2.11.4.2 PÁTIO DE CONTÊINERES

O pátio de contêineres é a área onde serão depositados os contêineres de exportação e importação que chegam ao terminal e que sairão do terminal após a liberação das documentações alfandegárias. O pátio representa o pulmão do terminal na movimentação dos contêineres.

Cinco Pátios de Contêineres serão implantadosm conforme segue:

− Pátio de Contêiner 1 (PC1 ou CY1), na cota + 45 metros, com uma área pavimentada de 21.400 m² e 3 blocos de contêineres secos empilhados. Os locais (slots) finais dos blocos de contêineres empilhados são destinados para carga perigosa, com sinalização adequada e restrições quanto à altura de empilhamento. A pista entre o Pátio 1 e o Pátio 2 é equipada com uma área para contêineres com vazamento, concebida para conter vazamento de fluidos de dois contêineres de 40 pés, é equipada com um sistema de drenagem com válvula de bloqueio e um separador óleo e água;

− Pátio de Contêiner 2 (PC2 ou CY2), na cota + 55 metros, com uma área pavimentada de 33.070 m² e cinco blocos de contêineres secos empilhados;

− Pátio de Contêiner 3 (PC3 ou CY3), na cota + 74 metros, com uma área pavimentada de 61.380 m², dois blocos de contêineres secos empilhados, rack para contêiner refrigerado (reefer), uma área de fiscalização aduaneira com capacidade de escanear com raio X, uma área para carga de contêineres, um reservatório elevado de água, um armazém, uma unidade de manutenção, um posto de abastecimento, e slots (locais) para contêineres vazios e armazenamento de chassis de caminhão. O Pátio3 também é acessível através de um portão de acesso controlado secundário a partir do entroncamento entre o Acesso da Marinha e a Rodovia BR-319;

− Pátio de Contêiner 4 (PC4), também na cota + 74 metros, com uma área pavimentada de 26.360 m² e quatro blocos de contêineres secos empilhados. A implantação do Pátio 4 exige a demolição de estruturas de uma usina siderúrgica desativada (Siderama). Todas as estruturas associadas com a siderúrgica serão removidas e a área será pavimentada com nova estrutura de pavimento;

− Pátio de Contêiner 5 (PC5), também na cota + 74 metros, com uma área pavimentada de 18.527 m² e dois blocos de contêineres secos empilhados. A implantação do Pátio 5 pode exigir a d emolição de uma estrutura de grande armazém associado à s iderúrgica desativada (Siderama). O projeto prevê que a laje de concreto do armazém será reutilizada para armazenagem de contêineres, através do preenchimento e pavimentação sobre as galerias subterrâneas.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 280

Todos os pátios são dotados de faixas para caminhões de carga e corredores de passagem, visando um movimento eficiente dos caminhões e raio de giro requeridos para manter a velocidade mínima do caminhão em 5 km/h.

12.2.11.4.3 ARMAZÉM DE CONSOLIDAÇÃO E DESCONSOLIDAÇÃO

O armazém previsto tem uma dupla função: a primeira, de criar áreas cobertas para os serviços legais previstos pela Secretaria da Receita Federal - SRF e, a segunda, de se ter uma área para a consolidação de contêineres para exportação ou desconsolidação de contêineres de importação com área de 1.850 m².

12.2.11.4.4 ESTACIONAMENTO PARA CAMINHÕES

A área de estacionamento antes do portão de entrada para recebimento de caminhões apresenta 2.147 m² para apoio a motoristas e espera de caminhões.

12.2.11.4.5 PORTÃO DE ENTRADA

O portão de entrada é o local onde os veículos autorizados para as operações de descarga ou retirada de contêineres receberão orientação e procedimentos a serem seguidos. Um sistema de OCR e CFTV está previsto para ser instalado nas portarias de entrada e saída,

Antes deste Portão, o projeto prevê uma área para estacionamento de carretas e um edifício voltado ao atendimento dos motoristas e seus acompanhantes, dotado de sanitários, copa e refeitório.

12.2.11.4.6 OFICINAS DE MANUTENÇÃO

Os edifícios das oficinas atenderão não só a manutenção da frota veicular interna do terminal (carretas e veículos leves de transporte de pessoal e peças), como também servirão para atender à manutenção dos equipamentos portuários. Estas oficinas contarão ainda com rampas para troca de óleo dos equipamentos e um posto de combustível para a alimentação dos veículos e equipamentos operacionais.

A oficina de manutenção terá instalações para a manutenção dos equipamentos rodantes, baias de lavagem e de troca de óleo, escritórios operacionais e almoxarifado. O piso interno será em concreto armado.

12.2.11.4.7 EDIFÍCIO ADMINISTRATIVO

O edifício administrativo com área total de cerca de 1.400 m² distribuídos em 3 (três) pavimentos é constituído de: Salas operacionais, onde se instalará o pessoal técnico operacional do terminal, isto é, o pessoal ligado à execução das operações, acompanhamento, programação de atividades etc.; Salas administrativas, onde se instalarão os funcionários administrativos do terminal com suas diversas gerências, salas para o pessoal de despacho de mercadorias e salas para a diretoria; Sanitários / vestiários para os funcionários operacionais do terminal; Sanitários / vestiários para os funcionários operacionais terceirizados; Sala da SRF, com área de escritórios, sanitários, copa e vagas de estacionamento demarcadas; Refeitório: o edifício do refeitório atenderá a todo o pessoal autorizado. O pessoal administrativo terá acesso direto ao terminal e o pessoal operacional também, entretanto com controle de saída de modo a impedir que pessoal não autorizado possa acessar a área primária; Ambulatório médico; Instalações para a Anvisa, Ministério da Agricultura e Suframa.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 281

O edifício administrativo terá acesso pela rodovia BR-319, com um estacionamento para veículos leves. Também estão previstas neste edifício as salas de comando operacional e de segurança patrimonial. Toda a estrutura deste edifício será em concreto armado.

12.2.11.4.8 PORTÃO DE CONTROLE DE PESSOAL OPERACIONAL E ADMINISTRATIVO

Os funcionários do terminal (operacionais, administrativos ou terceirizados), terão o controle de acesso neste Portão, com catracas de controle de saída e entrada. Também neste Portão, serão realizados a recepção dos visitantes do terminal, integração, treinamento, se necessário, e liberação. Ainda neste local serão liberados os veículos com acesso ao estacionamento interno do edifício administrativo.

12.2.11.4.9 PORTÃO DE CONTROLE DE ENTRADA DE VEÍCULOS LEVES

Os veículos autorizados para a entrada no estacionamento interno do edifício administrativo só poderão acessar a ár ea alfandegada do terminal (área primária) desde que autorizados neste Portão de controle.

12.2.11.4.10 ÁREA PARA PRODUTOS PERIGOSOS

Área com aproximadamente 72 m², coberta por estrutura metálica com telhas de alumínio, piso de concreto armado dotado de caixa para captação e posterior descarte de eventuais resíduos nela contidos. O concreto terá traço e tratamento compatíveis com as exigências de agressividade dos resíduos.

12.2.11.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS E ATIVIDADES

O Porto do PIM irá manter uma estrutura de forma a facilitar a consulta, por parte dos colaboradores, das normas e procedimentos elaborados e implementados, bem como um processo eficaz de treinamento e de avaliação.

O Porto do PIM, ainda na fase de construção do terminal, iniciará o processo de desenvolvimento e de implantação de procedimentos operacionais internos, não só no intuito de garantir o controle ambiental da operação, mas também o controle da saúde e da segurança do trabalhador e preparar o empreendimento para o gerenciamento operacional de suas atividades por meio de um Sistema de Gestão de meio ambiente, saúde e segurança (SGI), atendendo assim a todo arcabouço legal e normativo vigente, destacando-se, neste caso, à Resolução Conama 306/02, que pressupõe que o Porto do PIM possua um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) estruturado e implantado, conforme exposto no Plano de Gestão Ambiental (PGA).

Além do SGI mencionado, atividades específicas da operação do empreendimento serão tratadas em programas ambientais específicos nos quais as atividades são detalhadas e serão incorporadas aos procedimentos operacionais internos, tais como:

• Controle e monitoramento da qualidade das águas superficiais e subterrâneas, tendo em vista a possibilidade de eventuais contaminações por produtos químicos em geral, por vazamentos não controlados de produtos oriundos das máquinas, equipamentos e veículos ligados às suas operações;

• Gerenciamento dos resíduos sólidos e efluentes, visando promover o correto gerenciamento desses resíduos, dos riscos de poluição por vazamentos;

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• Requisitos de educação ambiental, saúde e segurança dos trabalhadores, promovendo ações eficazes de prevenção a saúde e segurança dos trabalhadores próprios e contratados;

• Gerenciamento de riscos, de forma a operar e manter atividades com substancias perigosas dentro de padrões toleráveis de riscos, ao longo de toda a vida útil do Terminal, prevenindo situações que possam gerar passivos ambientais e riscos aos trabalhadores, à integridade física das instalações e ao cumprimento da legislação; e

• Desenvolvimento e operacionalização do Plano de Emergência Individual - PEI, como parte integrante do processo de gerenciamento de riscos acima mencionado, a ser desenvolvido durante a fase de implantação;

• Adoção de rígidos padrões de controle das operações de abastecimento das embarcações, de forma a reduzir significativamente o risco de ocorrência de acidentes/vazamentos.

Os principais aspectos ambientais associados ao desenvolvimento do Plano de Controle Ambiental da Operação estão relacionados à possibilidade/potencialidade de ocorrência de impactos gerados durante a operação do Porto do PIM.

Segundo a NBR ISO 14001, o aspecto ambiental pode ser definido como "elemento das atividades, produtos e serviços de uma organização que pode interagir com o meio ambiente" e impacto ambiental como "qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, das atividades, produtos ou serviços de uma organização". Dessa forma, o Plano de Controle Ambiental da Operação propõe medidas de controle para solucionar os conflitos entre a atividade operação do complexo portuário, os trabalhadores, o meio ambiente e a comunidade.

12.2.11.5.1 DISPOSIÇÕES GERAIS

Além dos colaboradores diretamente envolvidos na operação do Porto do PIM e de terceiros, envolvidos indiretamente, os órgãos governamentais de controle ambiental e, eventualmente, outros órgãos e instituições poderão se envolver na implementação dos programas ambientais e de saúde e segurança do trabalho. Desta forma, poderão ser requisitados medidas ou relatórios adicionais de cumprimento destes programas.

Os colaboradores diretos e indiretos deverão ter conhecimento dos programas preconizados no âmbito do EIA, principalmente aqueles que tenham relação direta com as atividades que estejam sob sua responsabilidade, verificando, monitorando e registrando o alinhamento dos mesmos ao PCA-O.

As empresas parceiras, terceirizadas ou prestadoras de serviço, ao firmarem contrato com o Porto do PIM, se obrigarão a c umprir integralmente o que preceituam as presentes especificações/diretrizes técnicas e todos os regulamentos e procedimentos de trabalho relativos à SMS, permitindo ampla e total fiscalização em suas instalações e serviços pela equipes técnicas de supervisão designadas pelo Porto do PIM.

As empresas parceiras, terceirizadas ou prestadoras de serviço serão responsáveis pelos atos de seus empregados e pelas conseqüências cíveis e penais decorrentes da inobservância de quaisquer leis, normas e regulamentos de SMS vigentes no país.

As equipes de supervisão do Porto do PIM e das empresas parceiras, terceirizadas ou prestadoras de serviço deverão analisar criticamente a execução das ações operacionais preconizadas no corpo deste PCA-O, em intervalos previamente planejados, suficientes para assegurar sua contínua

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 283

adequação e eficácia, bem como avaliar a necessidade de alterações, conforme metodologia estabelecida para apuração do Indicador apresentada neste PCA-O .

12.2.11.5.2 ESPECIFICAÇÕES PARA SUBCONTRATAÇÃO

Para assegurar que as empresas parceiras, terceirizadas ou prestadoras de serviço executarão suas atividades dentro dos preceitos estabelecidos pela legislação pertinente e pelas normas internas de Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho, o Porto do PIM explicita que no caso da terceiros ou prestadores de serviços subcontratar parte dos serviços, fica esta totalmente responsável pelas Subcontratadas, as quais estarão sujeitas a todas as obrigações deste regulamento.

Todas as categorias de atividades deverão, obrigatoriamente, estar enquadradas nas respectivas Normas Regulamentadoras – NRs aprovadas pela Portaria 3.214 de 08/06/78, do Capítulo V Título II da Consolidação das Leis do Trabalho relativo à Segurança e Medicina do Trabalho, bem como demais legislações e diretrizes técnicas normativas vigentes e pertinentes citadas, ou não, no corpo deste documento, tais como Diretrizes da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN, NBRs, Legislações Nacionais relativas à Regulamentação para o trânsito de veículos, entre outras, que serão igualmente fiscalizadas pelas equipes de supervisão do Porto do PIM.

Ficam as empresas parceiras, terceirizadas ou prestadoras de serviço obrigados, por força de contrato, a cumprir a Política, as Normas e os eventuais Procedimentos Internos do Porto do PIM. O empreendedor (ou contratante) reserva-se o direito de proceder, a qualquer tempo, inspeções e auditorias relativas ao pessoal alocado e às instalações ocupadas, bem como aos documentos pertinentes ao cumprimento de requisitos legais e normativos.

Os relatórios destas Auditorias/Inspeções serão apresentados e discutidos em reunião com os responsáveis pela contratada, ocasião em que serão definidas as ações corretivas, os responsáveis e os prazos para correção das irregularidades apontadas.

12.2.11.5.3 ESPECIFICAÇÕES PARA HABILITAÇÃO PROFISSIONAL

Deve ser assegurado que todos os colaboradores sejam competentes com base em formação apropriada, treinamento ou experiência, comprovado por meio de registros associados.

Devem ser identificadas as necessidades de treinamento associadas às atividades de cada colaborador e estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para fazer com que os trabalhadores estejam conscientes

a) Da importância de se estar em conformidade com a política ambiental e com os requisitos do sistema da gestão ambiental;

b) Dos aspectos ambientais significativos e respectivos impactos reais ou potenciais associados com seu trabalho e dos benefícios ambientais provenientes da melhoria do desempenho pessoal;

c) De suas funções e responsabilidades em atingir a conformidade com os requisitos do sistema da gestão ambiental; e

d) Das potenciais conseqüências da inobservância de procedimento(s) especificado(s).

As empresas parceiras, terceirizadas ou prestadoras de serviço são totalmente responsáveis pela qualificação da mão-de-obra que estará fornecendo, devendo comprovar junto ao empreendedor que seus profissionais estão qualificados ou habilitados ou certificados para executar o trabalho

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 284

objeto da contratação e que estão adequadamente treinados quanto às Normas e Procedimentos adotados no desempenho deste trabalho.

12.2.11.5.4 ESPECIFICAÇÕES PARA CONTROLE DE FORNECEDORES

Os fornecedores de produtos e serviços deverão ser avaliados e selecionados com base na sua capacidade de fornecimento, conforme os requisitos estabelecidos.

Critérios para seleção, avaliação e re-avaliação devem ser estabelecidos, de forma a permitir o acompanhamento do desempenho ambiental, a conformidade legal e as práticas de prestadores de serviços e fornecedores de produtos.

Devem ser mantidos registros dos resultados das avaliações e de quaisquer ações necessárias e oriundas das avaliações.

12.2.11.5.5 ESPECIFICAÇÕES PARA MOBILIZAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA E CONTRATAÇÃO

Devem ser dadas informações às comunidades da área de influência direta, a respeito do volume e tipo de contratação que os terceiros ou prestadores de serviços pretendam efetuar, bem como do período programado para realizar os serviços e do tipo de trabalho a ser realizado. A divulgação das informações deve utilizar os meios de comunicação disponíveis na comunidade: emissoras de rádio, serviços de alto-falantes, jornais, distribuição de panfletos, palestras abertas ao público e exposições.

Vale ressaltar que as empresas parceiras, terceirizadas ou prestadoras de serviço devem atender as especificações relativas à Saúde do trabalhador, ao admitir funcionários.

Deve ser priorizada a contratação de mão de obra local, e deve ser incentivada a capacitação profissional da mão de obra local para que a mesma possa ser qualificada para alguns cargos, minimamente para o preenchimento das vagas de nível primário e secundário, a serem ministrados por entidades idôneas e qualificadas.

12.2.11.5.6 ESPECIFICAÇÕES PARA MINIMIZAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS COM O TRÁFEGO

Visando minimizar os impactos gerados pelas operações de transporte durante a operação do Porto do PIM (sobrecarga das vias de acesso e incômodos à população de entorno), deverão ser adotadas as seguintes medidas pelas contratadas:

• O transporte de funcionários pelas empresas transportadoras contratadas, bem como o acesso de caminhões e maquinário às unidades de negócio deverá ocorrer através dos acessos pré estabelecidos;

• Otimizar as operações de transporte, com o objetivo de diminuir ao máximo o número de viagens por dia e evitar concentrações nos recebimentos de insumos (materiais e equipamentos);

• Orientar as equipes de operadores de máquinas e equipamentos quanto aos cuidados relativos ao trânsito em áreas que envolvam riscos para pessoas e animais;

• Promover palestras de educação no trânsito aos trabalhadores, para que todos conheçam as regras existentes no Porto do PIM e no município;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 285

• Além destas, deverão ser previstas medidas de sinalização, as quais compreendem o conjunto de providências destinadas a alertar e prevenir os trabalhadores e a população no entorno, ou que eventualmente possa transitar no empreendimento, sobre os riscos de acidentes envolvendo as atividades operacionais. As principais medidas previstas são:

− Sinalizar os locais que possam estar sujeitos ao acesso de pessoas e/ou veículos alheios ao empreendimento, indicando a entrada e saída de veículos ligados à operação do empreendimento;

− Garantir os bloqueios ao tráfego onde necessário e a segurança de passantes quanto ao trânsito de máquinas, carretas, etc.;

− Sinalizar as áreas urbanizadas situadas nas proximidades dos pontos de apoio logístico da operação do empreendimento;

− Sinalizar os locais que possam ser identificados como passagem de animais silvestres;

− Implantar dispositivos de redução de velocidade onde eventualmente se fizer necessário, tanto no interior da área do porto quanto no entorno e áreas de acesso.

A sinalização do site deverá ser cuidadosamente planejada para cada etapa dos serviços, incluindo delimitação dos locais em obra ou manutenção, delimitação de áreas de restrição, indicação de eixos de circulação de veículos e equipamentos e sinalização de tráfego.

Nas vias locais a serem utilizadas por veículos, a sinalização deverá ser previamente acordada com os responsáveis do SMS do Porto do PIM.

No que se refere ao transporte dos funcionários advindos dos centros urbanos do entorno ou das comunidades vizinhas, este deverá ser realizado por meio de veículos fechados, fornecidos pela empresa contratante ou em comum acordo com a equipe de SMS do Porto do PIM.

Este serviço visará equalizar de maneira segura e eficiente, por meio de um planejamento de transporte com linhas para diversos locais do entorno, o transporte coletivo que atenderá todos os fornecedores e suas subcontratadas que estiverem atuando no Porto do PIM. O serviço de atendimento à mobilização interna de pessoal deverá ser organizado pela equipe de SMS do Porto do PIM.

Há também a possibilidade de acesso dos funcionários por via fluvial, por meio de barcaças ou embarcações fechadas. Neste caso, a e mpresa contratante disponibilizará a i nfraestrutura necessária para tal atividade. Contudo, o planejamento e operação das embarcações ficarão sob responsabilidade das contratadas, previamente acordado e autorizado pela equipe de SMS do Porto do PIM.

12.2.11.5.7 ESPECIFICAÇÕES PARA EDUCAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO DOS TRABALHADORES

O objetivo geral desta ação é informar e conscientizar os trabalhadores envolvidos nas atividades operacionais do Porto do PIM sobre a i mportância do respeito ao meio ambiente, saúde e segurança do trabalho e orientá-los para executarem cotidianamente ações ambientalmente corretas. Os objetivos específicos desta atividade:

• Sensibilizar o funcionário para o desenvolvimento de atitudes preventiva e participativa que melhorem as condições de segurança, meio ambiente e saúde;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 286

• Trazer informações e conhecimentos ao funcionário que possibilitem uma conscientização para a necessidade de uma mudança de atitude;

• Mostrar ao empregado que os ganhos advindos com essa mudança não se refletem apenas no âmbito profissional, mas também na sua vida cotidiana, de maneira a sensibilizá-lo para a adoção dessa nova postura.

O programa de treinamento dos trabalhadores deverá contemplar a r ealização de palestras, direcionadas para o envolvimento e a sensibilização dos funcionários, com foco sobre as atividades diretamente vinculadas à execução da atividades operacionais, bem como as características sócio-ambientais da região e os hábitos e costumes das comunidades locais.

Este treinamento deverá ser ministrado para todos os empregados envolvidos, em várias turmas e incluídos nos Diálogos Diários de Segurança (DDSs), abrangendo os seguintes temas:

• Integração do Grupo;

• Prevenção de acidentes e preservação da saúde, conforme definido na NR-18 e na NR-7;

• Orientações referentes a deslocamento, consumo e lazer, principalmente no sentido de minimizar impactos sobre as populações do entorno;

• Conceitos Básicos de Meio Ambiente (uso da água, destinação de resíduos, coleta seletiva, proteção à flora e fauna em especial a caça predatória, atropelamento de animais, dentre outros);

• Apresentação da área de influência do empreendimento, potenciais impactos e suas conseqüências negativas e positivas;

• Discussão sobre responsabilidade técnica e ações de prevenção de acidentes ambientais, prevenção de acidentes com animais peçonhentos;

• Discussão sobre cidadania, padrões de consumo, diversidade cultural, código de postura e desenvolvimento sustentável;

• Discussão sobre o papel do indivíduo e da coletividade nos programas de saúde pública e as ações de prevenção contra epidemias e Doenças Sexualmente Transmissíveis.

As diretrizes indicadas neste item deverão estar alinhadas às diretrizes estabelecidas no Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores, incluído no âmbito deste EIA.

O referido programa tem como objetivo principal a implementação de procedimentos preventivos e corretivos que assegurem a manutenção da competência e da conscientização dos colaboradores que, para ela ou em seu nome, incluindo os terceiros, realizem tarefas que tenham o potencial de causar danos ao meio ambiente, à saúde e à segurança, por meio de uma análise criteriosa das necessidades de treinamento, minimizando os impactos negativos e otimizando efeitos positivos que envolvam os trabalhadores.

12.2.11.5.8 ESPECIFICAÇÃOES PARA A SAÚDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES

A prioridade de recrutamento de pessoal residente na região é fator positivo do ponto de vista de saúde pública, pois as migrações populacionais favorecem a introdução ou recrudescência de endemias.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 287

Os trabalhadores deverão contar com boas condições de saúde, tanto em benefício próprio como para reduzir os impactos que a introdução de um novo grupo populacional (trabalhadores não arregimentados localmente e suas famílias) possa criar sobre as condições de saúde da população local.

Deverão ser atendidos os seguintes quesitos ao admitir funcionários:

• Executar os exames médicos admissionais preconizados por lei;

• Quando detectados nos exames admissionais, portadores de moléstias infecto-contagiosas devem ser encaminhados ao sistema público de saúde para tratamento;

• Realizar exames admissionais específicos, visando assegurar o controle de introdução e disseminação de doenças transmitidas por vetores (DTV) (malária, febre amarela, dengue, leishmaniose e doença de Chagas);

• Fornecer uniformes e equipamentos de proteção individual (EPI) compatíveis com a função;

• Fazer registros detalhados de todos os atendimentos médicos ambulatoriais ou de emergência, incluindo controle de vacinas.

As instalações sanitárias, vestiários, refeitórios, cozinhas, lavanderias, áreas de lazer e ambulatório, devem ser instaladas de acordo com o preconizado na NR-18.

O dimensionamento do Serviço de Medicina do Trabalho deve estar de acordo com o Quadro II da NR-4, considerando-se para este cálculo o pessoal das empresas sub-contratadas.

Cabe à equipe de SMS do Porto do PIM implementar, de acordo com a legislação, os seguintes programas de Saúde e Segurança:

• Programa de Prevenção de Risco Ambientais (PPRA) conforme NR-9;

• Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) conforme NR-18, item 18.3;

• Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), previsto na NR-7, do seu Pessoal, e da(s) sua(s) sub-contratada(s), contendo o nome do Médico do Trabalho, empregado ou não da empresa, responsável pelo PCMSO.

Antes do início de qualquer atividade operacional ou de manutenção deverá ser realizada uma identificação criteriosa de riscos (Análise Preliminar de Risco – APR) com a p articipação do responsável pelos trabalhos (contratante e contratada). No caso de atividades de manutenção, deverá ser emitida Permissão para o Trabalho – PT, junto com ao responsável pela área onde a atividade será executada e aprovada pelo representante de segurança do trabalho responsável pela liberação da atividade.

Deverá também ser realizada uma reunião prévia com todos que irão participar dos trabalhos, para esclarecer eventuais dúvidas sobre os riscos envolvidos na área operacional e aspectos relevantes de segurança e meio ambiente, devidamente registrada em atas.

Deverá ser realizada a análise das atividades a serem desenvolvidas, observando-se cada etapa seqüencialmente, com a finalidade de identificar riscos potenciais em cada uma delas e, propor medidas de atenuação dos riscos relacionados, assim como identificar os EPIs adequados. O

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objetivo desta análise é determinar de forma correta, escrita e padronizada, à disposição de todos, indicando a maneira correta de executar a tarefa com segurança.

Deverão ser estabelecidos os requisitos mínimos para identificar, reconhecer, avaliar, monitorar e controlar riscos nos espaços confinados e garantir o acesso a essas áreas somente após emissão, por escrito, da Permissão de Entrada e Trabalho, conforme modelo constante no anexo II da NR-33.

Compete às equipes de SMS, seja do Porto do PIM ou das contratadas, fornecer a estatística mensal de acidentes, preenchendo os formulários próprios, que devem ser entregues ao final de cada mês, por ocasião da medição dos serviços.

Deve ser colocado em local visível e de passagem dos trabalhadores, placar diário informativo de acidentes, bem como, apresentação de estatísticas por tipo de acidente.

O preenchimento da Ficha de Acidente de Trabalho – Anexo I da NR-18 é de caráter obrigatório, devendo ser enviada cópia da mesma à equipe de supervisão de SMS do Porto do PIM. Todos os acidentes, por mais leves que sejam, ocorridos no local de trabalho, devem ser comunicados imediatamente ao superior imediato e ao setor de Segurança, Meio Ambiente e Saúde – SMS, sendo relatados fielmente pelo acidentado e pelas testemunhas.

O Plano de atendimento e remoção de trabalhadores acidentados devem ser submetidos à aprovação da equipe de supervisão de SMS do Porto do PIM, discriminando o treinamento e capacitação do pessoal para os primeiros socorros, o material a ser disponibilizado para o atendimento dos acidentados, o sistema de comunicação disponível e suas alternativas, os veículos a serem utilizados – próprios, contratados ou do serviço público – as rotas para remoção e listagem das instituições de saúde de referência e os prováveis locais de atendimento médico de urgência/emergência.

Devem ser implantado, tão logo tenha início a operação do empreendimento, mesmo que parcial, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, conforme legislação vigente.

Com base no Mapa de Riscos, devem ser planejados os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) necessários a cada tipo de serviço ou atividade. O fornecimento, o controle e a obrigação ao uso devem estar de acordo com a NR-6. Devem ainda sinalizar as áreas indicando a obrigatoriedade e o tipo adequado de EPI a ser usado.

No que se refere ao controle do fornecimento de EPIs, a responsabilidade pela requisição dos EPIs é do coordenador da área e/ou pessoa designada por este. Os EPIs são requisitados via email para o almoxarifado com Cc para o responsável pelo SMS, seja para visitantes ou quando haja necessidade de troca. Sua entrega devera ser registrada em documento específico, assinado pelo empregado ou acompanhante responsável. Observada a falta ou o uso inadequado de EPI's, caberá ao responsável pela atividade corrigir tal não-conformidade imediatamente ou retirar o empregado da exposição aos agentes agressivos, até que seja suprida a falta ou adotada a prática de uso adequado.

A entrada de visitantes na área portuária só será autorizada mediante utilização dos EPIs básicos (capacete modelo visitante, colete refletivo e calçado de segurança)

No que se refere ao controle dos Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC’s deverão ser observadas as determinações contidas na NR-18 e ainda o controle de riscos identificados no PPRA.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 289

Em todos os locais que ofereçam risco, tais como, trabalho em altura, em ambientes confinados, ambientes contaminados ou locais perigosos, deverão ser utilizadas, obrigatoriamente, barreiras de isolamento constituídas de guarda corpo rígido, firmemente fixado e telas plásticas com sinalização refletiva.

Em todas as áreas operacionais, é obrigatório para todos os funcionários e colaboradores, a utilização do uniforme refletivo, calçado de segurança e capacete. Além destes, medidas específicas de proteção devem ser tomadas, conforme a função/atividade a ser exercida.

Como todos os funcionários atestam ciência sobre o controle da utiização de EPIs, conforme fomulário específico de entrega, será considerado ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento das normas de segurança, sendo definido pelo setor de recursos humanos falta grave "Ato de Indisciplina ou Insubordinação",

Em cada unidade de negócios, ou quando necessário, deve haver um responsável geral pelo setor de Segurança no Trabalho, com formação de acordo com legislação vigente.

Cabe por fim destacar que, como medida de segurança, deve ser disseminado o Plano de Emergência Individualizado – PEI, a ser desenvolvido durante a fase de implantação, para situações de incêndio e eventuais acidentes com materiais inflamáveis, capacitando membros da brigada para controle e/ou combate a incêndios. A coordenação dessa atividade e treinamento dos componentes deve ficar sob a responsabilidade da equipe de Segurança do Trabalho do Porto do PIM e deve estar alinhado com os Planos de Ajuda Mutua (PAM) eventualmente existentes na região de influencia do empreendimento.

As diretrizes indicadas neste item deverão estar alinhadas às diretrizes estabelecidas no Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores, incluído no âmbito deste EIA.

12.2.11.5.9 ESPECIFICAÇÕES PARA HIGIENE

A guarda de víveres deverá ser feita em local mantido permanentemente limpo, refrigerado nos casos de alimentos perecíveis. Deverão ser utilizadas telas e cercas protetoras, garantindo inacessibilidade a animais e insetos.

As cozinhas dos refeitórios e restaurantes presentes no Porto do PIM, independente de serem de administração direta ou indireta do empreendedor, deverão possuir todos os equipamentos e recursos necessários para a limpeza do local e do pessoal envolvido no preparo de refeições, conforme Resolução Anvisa – RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004 – MS.

As instalações dos refeitórios deverão prever o uso de telas, sistema de ventilação, contar com sanitários em número e capacidade adequados, entre outros, conforme critérios especificados nas normas de projeto, bem como devem dispor de Manual de Boas Práticas e de Procedimentos Operacionais Padronizados (POP), acessíveis aos funcionários envolvidos e disponíveis à autoridade sanitária, quando requerido.

Os POPs devem conter as instruções seqüenciais das operações e a freqüência de execução, especificando o nome, o cargo e/ou a função dos responsáveis pelas atividades. Devem ser aprovados, datados e assinados pelo responsável do estabelecimento, e serem relacionados aos seguintes itens:

• Higienização de instalações, equipamentos e móveis;

• Controle integrado de vetores e pragas urbanas;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 290

• Higienização do reservatório de água;

• Higiene e saúde dos manipuladores.

Os coletores utilizados para disposição dos resíduos das áreas de preparação e armazenamento de alimentos devem ser dotados de tampas acionadas sem contato manual e os resíduos devem ser freqüentemente coletados e estocados em local fechado e isolado da área de preparação e armazenamento dos alimentos, de forma a evitar focos de contaminação e atração de vetores e pragas.

As caixas de gordura e de esgoto devem ser periodicamente limpas e apresentar adequado estado de conservação e funcionamento. O descarte dos resíduos deve atender ao disposto no item “Especificações para Gerenciamento de Resíduos Sólidos”.

12.2.11.5.10 ESPECIFICAÇÕES EM RELAÇÃO À AQUISIÇÃO E ARMAZENAMENTO DE PRODUTO QUÍMICO PERIGOSO

O Técnico de Segurança responsável deve ser consultado antes da aquisição de qualquer produto químico perigoso ou que requeira cuidados especiais.

Para definir se um produto químico está classificado como perigoso ou que requeira cuidados especiais, o Setor de Compras deve solicitar ao fabricante / representante o documento Material Safety Data Sheet – MSDS ou Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos – FISPQ.

O MSDS ou FISPQ deve ser submetido à análise pelo Técnico de Segurança responsável, para definição da periculosidade do produto químico, bem como a necessidade de identificação, construção de contenção, local apropriado para armazenamento, quantidade máxima de estoque, compatibilidade química, destino da embalagem vazia e outros.

Somente depois de tomadas as medidas especificadas no item anterior é que o produto químico pode ser comprado e utilizado nas obras.

Similarmente a aquisição de qualquer produto químico perigoso ou que requeira cuidados especiais, para efetivação de serviços que envolvam aplicação de produtos químicos devem enviar previamente ao Técnico de Segurança a relação dos produtos químicos que serão utilizados. De posse desta relação o Técnico de Segurança deve analisar se o produto químico pode gerar impactos ambientais e, em caso positivo, solicitar MSDS ou FISPQ, que deverá ser aprovada conforme estabelecido pela ABNT NBR 14725:2005.

12.2.11.5.11 ESPECIFICAÇÕES PARA ABASTECIMENTO E ARMAZENAMENTO DE COMBUSTÍVEL E LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS

O armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis deverá ser feito de acordo com as orientações estabelecidas pela Norma ABNT NBR 17.505 / 2006, que fixa requisitos exigíveis para os projetos de instalações de armazenamento, manuseio e uso de líquidos inflamáveis e combustíveis, incluindo os resíduos líquidos contidos em tanques estacionários e/ou em recipientes.

Deve ser estabelecido e implantado um Plano de Emergência, a ser desenvolvido durante a fase de implantação, para o qual deve ser previsto treinamento e revisões periódicas.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 291

12.2.11.5.12 ESPECIFICAÇÕES PARA ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Os reservatórios deverão ser providos de indicadores e controladores de nível que atuarão na válvula de controle da linha de alimentação de água. Esse controlador de nível também atuará nos inversores de freqüência das bombas de distribuição de água.

Cabe destacar que a qualidade requerida para água potável deverá atender aos parâmetros estabelecidos pela Portaria do Ministério da Saúde nº 2.914, de 12/12/2011, que estabelece o padrão de potabilidade de água para consumo humano.

Deverá ser realizado um monitoramento do padrão de potabilidade da água potável trimestralmente, através de coleta e análise da água contida em todos os reservatórios existentes no empreendimento.

12.2.11.5.13 ESPECIFICAÇÕES PARA SISTEMA DE COLETA DE EFLUENTES LÍQUIDOS

Para promover o correto gerenciamento dos efluentes, o Porto do PIM desenvolveu o Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos (item 12.2.3 do EIA).

O Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos tem como pressuposto o atendimento aos preceitos legais e aos procedimentos desenvolvidos pelo Porto do PIM no que diz respeito à coleta e encaminhamento dos efluentes domésticos e industriais gerados no Terminal Portuário.

O lançamento dos efluentes gerados no empreendimento será realizado no rio Negro. Serão respeitados os padrões legais de lançamento.

Deverá ser realizado o monitoramento dos efluentes lançados, conforme estabelecido no Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos, mais especificamente no item 12.2.3.6, que trata sobre procedimentos metodológicos e atividades.

12.2.11.5.14 ESPECIFICAÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Para promover o correto gerenciamento dos resíduos sólidos na fase de operação, foi desenvolvido o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS, que constitui-se essencialmente em um conjunto de ações normativas e operacionais, para a administração dos resíduos sólidos, levando em consideração aspectos referentes à geração, segregação, coleta, acondicionamento, armazenamento, transporte, tratamento e destinação final, priorizando atender requisitos ambientais e de saúde pública.

O controle da geração e da destinação dos resíduos é de responsabilidade dos gestores designados pelas empresas terceirizadas e supervisionados pelo SMS do Porto do PIM, ou pela própria equipe de SMS do Porto do PIM, definidos e indicados em conjunto com os responsáveis por cada área geradora de resíduos, os “Gestores de Resíduos”.

No caso dos terceiros, o SMS das empresas terceirizadas deverá providenciar a capacitação dos Gestores de Resíduos por meio de treinamentos, alinhados ao Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores, para que os mesmos possam desempenhar adequadamente essa atividade, na busca do cumprimento dos seguintes objetivos permanentes:

• Reduzir a geração de resíduos na fonte;

• Aprimorar a segregação de maneira a permitir um maior nível de recuperação, reuso e reciclagem;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 292

• Promover a conscientização permanente dos colaboradores facilitando a gestão do PGRS do Porto do PIM.

O controle da geração e da destinação de resíduos será realizado por meio do preenchimento do CGDR, que deve ser mantido atualizado, em meio físico ou eletrônico. Cópia do CGDR deve ser disponibilizada pelos Gestores de Resíduos, que deve consolidar todas as informações referentes à geração e destinação de resíduos.

Todos os documentos referentes à destinação em empresas externas serão encaminhados para o SMS do Porto do PIM que controlará o arquivo referente à documentação legal aplicável.

Conforme definido no PGRS, os resíduos somente poderão ser destinados para instalações com capacidade comprovada de recebimento.

Nenhum material deverá ser disposto sem a prévia avaliação do responsável da área de meio ambiente.

12.2.11.5.15 ESPECIFICAÇÕES PARA FONTES DE EMISSÕES SONORAS

Os impactos de ruídos e de vibrações gerados sobre receptores situados fora do terreno encontram-se associados, entre outros fatores, à distância entre estes e as fontes de geração (inclusive das rotas de acesso dos veículos), à topografia e ao uso e ocupação predominantes nestas áreas.

As fontes de emissão de ruídos associados às atividades de operação do empreendimento serão provenientes da movimentação de veículos e equipamentos pesados, além de ruídos específicos das atividades de operação.

Estes ruídos deverão ser controlados de acordo com os limites previstos nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e a Norma da ABNT NBR 10.151 para os períodos diurno e noturno.

As diretrizes abaixo também deverão ser adotadas pelos responsáveis pela atividade, sejam eles colaboradores diretos ou indiretos do Porto do PIM:

• Manutenção dos veículos e equipamentos para controle da emissão de ruído;

• Monitoramento dos níveis de ruído junto às principais fontes geradoras e receptores (núcleos residenciais) localizados próximos ao empreendimento; e

• Priorizar a escolha de equipamentos que apresentem baixos índices de ruídos.

Cabe destacar que o acompanhamento dos efeitos do impacto de afugentamento da fauna causada pela emissão de ruídos será realizado no âmbito do Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores.

Da mesma forma, vale mencionar a existência do Programa de Comunicação Social, que abre um canal permanente de comunicação entre o Porto do PIM com as comunidades do entorno e todos os grupos de interesse da região envolvidos, que pode ser usado como ferramenta para dirimir eventuais conflitos gerados pela emissão de ruídos.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 293

12.2.11.5.16 ESPECIFICÇÕES PARA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Os potenciais impactos sobre a q ualidade do ar durante a e tapa de operação serão restritos, basicamente, às atividades de movimentação de veículos e embarcações e trânsito de equipamentos.

As emissões atmosféricas deverão atender aos limites previstos na legislação vigente.

As diretrizes abaixo deverão ser adotadas pelos responsáveis pela atividade, sejam eles colaboradores diretos ou indiretos do Porto do PIM:

• Permissão à circulação apenas de veículos autorizados nas áreas envolvidas;

• Manutenção e Controle de emissão de partículas (fumaça preta) dos caminhões e outros motores do ciclo diesel das contratadas e subcontratadas, usando a escala Ringelmann;

• Manutenção da frota de veículos do ciclo Otto das contratadas e subcontratadas, evitando emissões excessivas de gases e partículas provenientes dos veículos e máquinas móveis;

• Manutenção, Controle e monitoramento de emissão de partículas e gases provenientes dos locais de estocagem de líquidos voláteis, incluindo óxidos de enxofre, óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono e hidrocarbonetos.

Dentro deste contexto, as atividades de monitoramento das emissões deverão orientar as atividades de controle, demandando, caso necessário, alteração ou incremento de medidas de controle.

12.2.11.5.17 ESPECIFICAÇÕES PARA CONTROLE DA EROSÃO E DO ASSOREAMENTO.

O Porto do PIM adotará diretrizes de controle e de monitoramento de erosão e do assoreamento durante toda a fase de operação do empreendimento, incluindo:

• O monitoramento dos sistemas de drenagem, de forma a conservar sua integridade e mantê-las desobstruídas, mitigando assim impactos decorrentes dos processos de erosão, de contaminação das águas superficiais por sólidos em suspensão e de assoreamento;

• O monitoramento dos recalques nas fundações de aterros, iniciados na fase de construção, apenas para aferição, de forma a evitar ocorrências de rupturas dos solos moles.

Cabe destacar que o acompanhamento dos efeitos do impacto na biota aquática existente na área de influência do empreendimento causada pelo efeito de uma potencial erosão e assoreamento, será realizado no âmbito do Subprograma de Monitoramento da Biota Aquática, integrante do Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores.

12.2.11.5.18 ESPECIFICAÇÕES PARA CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS

As contaminações poderão ocorrer tendo em vista a possibilidade de eventuais contaminações por produtos químicos em geral, por vazamentos não controlados de produtos oriundos das máquinas, equipamentos e veículos ligados às suas operações.

Sistematicamente, ou a partir de indícios de contaminação, deverão ser realizadas análises químicas e proceder a caracterização físico-química de águas superficiais, e dos efluentes tratados na estação de tratamento, conforme os parâmetros e níveis de aceitação determinados pelas

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 294

Resoluções Conama 357/05 e 430/11, que se complementam e estabelecem padrões de lançamento de efluentes de qualquer fonte poluidora, direta ou indiretamente, em corpos d’água.

Os elementos obtidos durante as inspeções e investigações deverão ser consubstanciados em relatórios de monitoramento que compreenderão croqui com indicação das ocorrências; fotografias; turbidez; segregação de sólidos; pH; boletins de análises químicas, e recomendações para medidas de controle e mitigação, incluindo a aplicação de ações corretivas quando necessário.

Para promover o correto gerenciamento da qualidade das águas superficiais e subterrâneas na fase de operação, foi desenvolvido o Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos, constante do presente EIA, que constitui-se essencialmente em um conjunto de ações normativas e operacionais, abrangendo a execução de campanhas de amostragem de água superficial e efluentes e a interpretação dos resultados obtidos nestas amostragens visando o monitoramento da qualidade da água, por todo o período de operação, tanto para os corpos hídricos subterrâneos quanto para os superficiais.

Há também que se destacar o desenvolvimento e operacionalização do Plano de Emergência Individual - PEI, como parte integrante do processo de gerenciamento de riscos acima mencionado, a ser desenvolvido durante a fase de implantação, atendendo à Resolução Conama 398/08, que dispõe sobre o conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual para incidentes de poluição por óleo em águas sob jurisdição nacional, originados em portos organizados, instalações portuárias, terminais, dutos, sondas terrestres, plataformas e suas instalações de apoio, refinarias, estaleiros, marinas, clubes náuticos e instalações similares, e orienta a sua elaboração.

12.2.11.5.19 ESPECIFICAÇÕES PARA AVALIAÇÃO DA GESTÃO DE SMS

Para garantir o correto desempenho ambiental durante a fase de operação do Empreendimento, o Porto do PIM desenvolveu o Programa de Gestão Ambiental - PGA (item 12.2.1 do EIA) com o objetivo, dentre outros, de avaliar o desempenho dos sistemas de gestão e controle ambiental de sua instalação portuária durante a operação do empreendimento, tendo em vista o cumprimento da legislação vigente e dos preceitos do licenciamento ambiental.

O acompanhamento do desempenho ambiental, no âmbito do PGA, é voltado a todas as atividades previstas durante a i mplantação e a o peração do empreendimento, incluindo as atividades de todos os colaboradores envolvidos direta ou indiretamente nas atividades do empreendimento e as empreiteiras que serão responsáveis pela implantação das diversas fases de construção do Porto do PIM, conforme apresentado na caracterização do empreendimento (Capítulo 8 deste EIA).

Os benefícios gerados refletirão na salvaguarda da qualidade ambiental local e da área de influência direta e em melhores condições de trabalho aos envolvidos. Seus detalhes estão descritos no corpo do referido programa.

12.2.11.6 PÚBLICO-ALVO

O Plano de Controle Ambiental da Operação é voltado aos funcionários e representantes do Porto do PIM, especialmente designados, que irão participar do processo de gerenciamento ambiental da operação do empreendimento. A sua efetivação se dará por equipe multidisciplinar composta por profissionais das diferentes áreas de abrangência, conforme as medidas a serem implementadas.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 295

12.2.11.7 RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

O Porto do PIM disponibilizará e/ou contratará todos os Recursos Materiais e Humanos exigíveis para a operação adequada do Terminal Portuário contribuindo para a Melhoria Contínua de todo o processo.

O Porto do PIM disponibilizará um espaço de apoio aos programas ambientais desenvolvidos e de realização dos Treinamentos de Educação Ambiental para os trabalhadores próprios e terceirizados, quando cabível.

Os equipamentos de Proteção Individual (EPIs) indicados no âmbito do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) / Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) serão fornecidos de forma contínua, bem como Cartilhas orientadoras em Segurança, Meio Ambiente e Saúde para trabalhadores próprios e terceirizados.

Os recursos humanos disponíveis no Porto do PIM contará minimamente com um quadro profissional especializado, considerando o grau de risco da atividade, dimensionado à luz da Norma Regulamentadora NR 4, que trata sobre Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, aprovada pela Portaria MTE nº 33, de 27/10/1983.

12.2.11.8 ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS

Abaixo as principais legislações relacionadas com o Controle Ambiental da Operação na esfera Federal e Estadual.

FEDERAL

− Lei Federal 6.938 de 31.08.81 - Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.

− Lei Federal 9.605 de 12.02.98 - Dispõe sobre os crimes ambientais.

− Lei Federal 12.305/10 (Política Nacional de Resíduos Sólidos) - Dispõe sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à g estão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis

− Resolução Conama 257 de 30.06.1999 - Dispõe sobre o uso de pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, necessárias ao funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, bem como os produtos eletro-eletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura de forma não substituível, e dá outras providências".

− Resolução Conama 313 de 29.10.2002 - Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.

− Resolução Conama 357, de 17.03.2005 - Dispõe sobre a qualidade das águas doces, salobras e salinas e dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes.

− Resolução Conama 430, de 13.05.2011 - Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a R esolução Conama no 357, de 17.03.2005

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 296

− Resolução Conama 358 de 29.04.2005 - Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e outras providências.

− Resolução Conama 398 11.06.2008 - Dispõe sobre o conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual para incidentes de poluição por óleo em águas sob jurisdição nacional, originados em portos organizados, instalações portuárias, terminais, dutos, sondas terrestres, plataformas e suas instalações de apoio, refinarias, estaleiros, marinas, clubes náuticos e instalações similares, e orienta a sua elaboração.

− Portaria Minter 53 de 01.03.1979 - Dispõe sobre o destino e tratamento de resíduos.

− Resolução ANTT 420 de 12.02.2004 - Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.

− Resolução da Agência Nacional de Águas – ANA no 317/2003 - Instituiu o Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos – CNARH para registro obrigatório de lançamentos de efluentes, dentre outras providências

− Resolução Anvisa – RDC nº 216/ 2004 – MS - Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação

− Portaria do Ministério da Saúde nº 2.914 / 2011 - Estabelece o padrão de potabilidade de água para consumo humano.

ESTADUAL

− Lei Estadual no 1.532 de 06 de julho de 1982 - Disciplina a Política Estadual de Prevenção e Controle da Poluição, melhoria e recuperação do meio ambiente e da proteção aos recursos naturais, e dá outras providências.

− Decreto nº 10.028, de 04 de fevereiro de 1.987 - Dispõe sobre o Sistema Estadual de Licenciamento de Atividades com Potencial de Impacto no Meio Ambiente e aplicação de penalidades e dá outras providências

MUNICIPAL

− Lei Municipal nº 605 de 24 de julho de 2001 - Institui o Código Ambiental do Município de Manaus e dá outras providências

− Lei municipal nº 1.411de 20 de janeiro de 2010 - Institui o sistema de limpeza urbana do Município de Manaus (SLUMM).

− Plano de Diretor de Resíduos Sólidos de Manaus de julho de 2010 - Consiste num instrumento de planejamento, agregando proposições para operação e gerenciamento do sistema de resíduos sólidos, dos aspectos legais correlatos e dos estudos de viabilidade econômica.

NORMAS TÉCNICAS

− ABNT NBR 10.004/04 - Resíduos Sólidos, Classificação.

− ABNT NBR 10.005/04 - Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 297

− ABNT NBR 12.212:06 – Poço tubular – fixa as condições exigíveis para a elaboração de projeto de poço de captação de águas subterrâneas.

− ABNT NBR 12235:88 – fixa as condições exigíveis para o armazenamento de resíduos sólidos perigosos de forma a proteger a saúde pública e o meio ambiente.

− ABNT NBR 12.244:06 – Poço tubular – Padroniza a construção de poços para captação de águas subterrâneas.

− ABNT NBR 12.807/93 – Define termos empregados em relação aos resíduos de serviços de saúde.

− ABNT NBR 12.808/93 – Classifica resíduos de serviços de saúde quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública.

− ABNT NBR 12.809/93 - Manuseio de resíduos de serviços de saúde.

− ABNT NBR 12.810/93 – Fixa procedimentos exigíveis para coleta interna e externa dos resíduos de serviços de saúde.

− ABNT NBR 13.221/05 – Transporte terrestre de resíduos – Especifica os requisitos para o transporte terrestre de resíduos.

− ABNT NBR 12.235/92 – Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos.

− ABNT NBR 11.174/90 – Armazenamento de Resíduos Classe II – não inertes e III – inertes.

− ABNT NBR 7500/07 – Identificação para o Transporte Terrestre, Manuseio, Movimentação e Armazenamento de produtos.

− ABNT NBR 8160:83 – define os termos utilizados no projeto e fixa as exigências mínimas pelas quais devem ser projetadas e executadas as instalações prediais de esgotos sanitários, atendendo às condições mínimas de higiene, segurança, economia e conforto dos usuários.

− ABNT NBR 7229:93, que fixa as condições para a construção de fossas sépticas e disposição de seus efluentes, de modo a preservar a higiene, segurança e conforto dos usuários nos prédios situados em zonas desprovidas de redes de esgotos sanitários.

− ABNT NBR 10.151:88 – fixa como elementos básicos para avaliação de ruídos em áreas habitadas.

− ABNT NBR 7501/05 – Transporte Terrestre de Produtos Perigosos – Terminologia.

− ABNT NBR 7503/08 - Transporte terrestre de produtos perigosos - Ficha de emergência e envelope - Características, dimensões e preenchimento.

− ABNT NBR 17.505 /06 – Armazenamento de líquidos inflamáveis e Combustíveis.

− ABNT NBR 10.007/04 – Amostragem de Resíduos Sólidos.

− ABNT NBR 14253/98 – Cargas Perigosas – manipulação em áreas portuárias – Procedimento.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 298

− ABNT NBR 14.619/06 - Transporte terrestre de produtos perigosos - Incompatibilidade química.

− ABNT NBR 14.725/05 – modelo para a e laboração e preenchimento de Ficha de informações de segurança de produtos químicos – FISPQ.

− ABNT NBR 9191/08 - Sacos plásticos para acondicionamento de lixo - Requisitos e métodos de ensaio.

− ABNT NBR 9.735/06 – Conjunto de equipamentos para emergências no transporte terrestre de produtos perigosos.

− ABNT NBR IEC 60079/08 – Atmosferas Explosivas.

NORMAS REGULAMENTADORAS DA PORTARIA 3.214/ 78, DO MINISTÉRIO DO TRABALHO.

− NR-4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – Dispõe sobre a manutenção do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho.

− NR-6 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI – Dispõe sobre a obrigação de fornecer aos empregados EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento

− NR-7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – Dispõe sobre a elaboração e a implementação do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO

− NR-9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – Dispõe sobre a elaboração e a implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA

− NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – Dispõe sobre as condições e o ambiente de trabalho na indústria da construção

− NR20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis

− NR 29 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

− NR-33 – Norma regulamentadora de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados – Estabelece os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados, seu reconhecimento, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores.

PROCEDIMENTOS INTERNOS

Internamente, grande parte das ações de controle e monitoramento ambientais planejadas para o empreendimento, inclusive as estruturadas no âmbito dos Planos e Programas do EIA, serão transformadas em procedimentos internos, conforme previsto no Sistema de Gestão do Porto do PIM.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 299

RESOLUÇÕES DO PORTO ORGANIZADO

Os requisitos do Porto Organizado de Manuas, relacionados com a Gestão de SMS do Porto do PIM, serão integralmente cumpridos e fazem parte da elaboração das Normas Internas e Procedimentos da organização.

OUTROS DOCUMENTOS PERTINENTES

Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do Porto do PIM e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).

Vale ainda ressaltar que esta listagem não exclui a obrigatoriedade de cumprimento e adoção de futuras exigências que possam vir a ser publicadas após a elaboração deste PCA-O.

Todas as demais legislações e diretrizes técnicas normativas vigentes e pertinentes não citadas no corpo deste documento, tais como demais NRs e NBRs aplicáveis, Diretrizes da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN, Legislações Nacionais relativas à Regulamentação para o trânsito de veículos, entre outras devem ser igualmente consideradas e implementadas.

12.2.11.9 INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS AMBIENTAIS

O Programa de Controle Ambiental da Operação (PCA –O) do Porto do PIM será compatibilizado com os Programas e Planos Ambientais do EIA desenvolvidos para a Fase de Operação, tais como:

• Programa de Gestão Ambiental;

• Programa ade Controle Ambiental da Construção – PCA-C (obra em 4 fases);

• Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores;

• Programa de Gerenciamento de Resíduos Solidos;

• Programas/Subprogramas de Controle e Monitoramento da Fauna e Bioindicadores;

• Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos.

12.2.11.10 ETAPA DO EMPREENDIMENTO

O Plano de Controle Ambiental da Operação será desenvolvido durante a etapa de operação do Porto do PIM.

12.2.11.11 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Prevê-se o início das atividades do Programa de Controle Ambiental quando se consolidar a Fase de Operação do empreendimento.

12.2.11.12 RESPONSÁVEL PELA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

Cabe ao SMS do Porto do PIM a responsabilidade pela implementação, revisão e contínua adequação deste Plano.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 300

12.2.11.13 SISTEMAS DE REGISTRO

O conjunto de atividades do Plano de controle Ambiental da Operação deverá possuir registro diário das atividades e situação ambiental do empreendimento, observando, relatando e acompanhando a evolução de eventuais “não-conformidades” ou desvios em relação ao previsto, de forma a s inalizar, preventiva e corretivamente, toda e qualquer ação não adequada aos requisitos ambientais, de saúde e segurança dos trabalhadores, apontadas principalmente nas inspeções de segurança de SMS (segurança do trabalho, meio ambiente e saúde ocupacional), que podem ser semanais ou mensais, conforme segue:

12.2.11.13.1 INSPEÇÕES DE SEGURANÇA

A inspeções de segurança tem o objetivo de Inspecionar todas as áreas e rotinas operacionais do Terminal a fim de minimizar e/ou eliminar os riscos existentes.

As inspeções de darão por meio de visitas às áreas pré-definidas a fi m de detectar possíveis irregularidades e/ou pendências que interfiram na segurança dos trabalhadores, na operação e/ou no meio ambiente.

Após as cada inspeção, os setores responsáveis são contatados via e-mail, para as devidas providências.

TIPOS DE INSPEÇÃO DE SEGURANÇA:

INSPEÇÕES SEMANAIS

São acompanhados os serviços e atividades diários – incluindo rotinas operacionais – que possam evidenciar risco ou inobservância das Normas de Segurança.

Nestas inspeções também são verificadas as condições de limpeza que interferem na segurança, a correta utilização de EPIs, cumprimento do plano de controle de vetores, além de outras condições/situações que possam interferir na saúde, segurança e/ou meio ambiente.

As constatações das irregularidades e ou pendências verificadas serão encaminhadas aos setores responsáveis para as devidas providências imediatas, através de um dos seguintes meios:

− Comunicação verbal;

− E-mai lpara a área interessada, com cópia para as gerências envolvidas;

− Formulários de check-list.

INSPEÇÕES MENSAIS

Realizadas pelo Coordenador de Saúde e Segurança do Trabalho, são verificadas, de uma forma mais detalhada, as condições do ambiente de trabalho, situações geradoras de riscos, estado de máquinas e equipamentos, armazenagem de carga e outros fatores que possam caracterizar risco ao funcionário, ao terminal e/ou ao meio ambiente.

Deverão ser elaborados formulários próprios, pela equipe de inspeção, para preenchimento sempre que efetuadas inspeções em qualquer área, local ou frente de trabalho e, quando evidenciado “não conformidades maiores” que representem riscos eminentes. Os responsáveis pela inspeção deverão agendar, com a equipe de SMS do Porto do PIM, reunião específica para

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 301

discussão do Plano de Ação – Safety Meeting, referente à não conformidade apontada, dentro de um prazo máximo de 24 hs ou incorporados à pauta da reunião interna de segurança.

A parte às não conformidades maiores acima referidas, eventuais desvios “menores” constatados nas inspeções nos equipamentos, instalações e documentação legal deverão ser consolidados em Planos de Ação, estabelecidos em consenso com os responsáveis pela implantação das medidas preventivas e corretivas (Gestores das Áreas ou Empresas Contratadas) e terão o acompanhamento do SMS. Os Planos de Ação deverão ser enviados ao SMS semanalmente.

A consolidação dos dados para apresentação às Diretorias e Gerências do Porto do PIM é de responsabilidade do SMS do Porto do PIM.

Por fim, os resultados das Inspeções de Segurança deverão ser consolidados em um Relatório de Inspeções mensal, que poderá ser enviado via e-mail ou ser discutido com as Diretorias e Gerências do Porto do PIM e/ou Contratadas em reuniões específicas, contendo recomendações para medidas de controle e de mitigação dos desvios detectados, bem como pontos positivos e eventuais descrição dos desvios corrigidos durante a execução das inspeções.

12.2.12 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, SAÚDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES

12.2.12.1 APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

O Programa de Educação Ambiental Saúde e Segurança dos Trabalhadores - PEASST define o processo a ser adotado para a boa execução de um conjunto de ações destinadas a evitar ou a mitigar as consequências dos impactos provocados pelas obras de construção e pela operação do Porto do Polo Industrial de Manaus – Porto do PIM, tanto no que se refere ao meio ambiente como à saúde e segurança dos trabalhadores das obras e da operação do Terminal portuário.

As obras de construção e as atividades de operação do Terminal Portuário Porto do PIM, interferem no meio ambiente e geram riscos à saúde e à segurança do trabalhador. A implementação do Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores contribuirá para a correta gestão das ações que possam potencialmente causar danos ao meio ambiente e à saúde e à segurança do trabalhador, bem como para a adoção das medidas de prevenção e de redução dos impactos ambientais e perigos e riscos decorrentes das etapas de implantação e operação do empreendimento.

Para obter a excelência em suas práticas ambientais, de saúde e de segurança, o Porto do PIM pretende consolidar uma cultura inspirada na sensibilização ambiental, de segurança e saúde ocupacional do trabalhador.

Por meio deste programa o Porto do PIM assegura que os colaboradores, cujas atividades possam causar impactos significativos ao Meio Ambiente ou apresentem perigos à Saúde e Segurança, sejam capacitados com base em formação acadêmica, experiência ou treinamento para lidar com as questões ambientais e ocupacionais. Para tanto, o Programa foca a conscientização dos colaboradores sobre os riscos de não se cumprir os procedimentos, assim como, delimita as funções e responsabilidades de cada um.

Desta forma, o Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança ultrapassa as questões operacionais, técnicas e de segurança, constituindo uma estratégia mais abrangente, que incorpora a educação em SMS como valor cultural da Empresa. Por meio deste, o Porto do PIM procura consolidar sua cultura preventiva, trabalhando conceitos técnicos, de forma assimilável, para os colaboradores diretos e terceiros, permitindo a formação de uma consciência ambiental,

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 302

de saúde e segurança atuante, que expresse o conhecimento de suas influências no meio ambiente, na saúde e na segurança e as diferentes formas de controlá-las. Este Programa contempla, ainda, as atividades de capacitação da mão de obra a s er utilizada no empreendimento, seja para as atividades da etapa de obras ou mesmo para as atividades de operação do terminal, atividades estas que contemplarão até mesmo atividades de alfabetização, se for necessário.

O Programa justifica-se pela necessidade de assegurar a sustentabilidade do Terminal Portuário, considerando os impactos e benefícios nas dimensões econômica, ambiental e social.

O Porto do PIM consiste em um terminal portuário capaz de promover a movimentação de carga geral (carga e descarga), acondicionada em contêineres e relacionada a navios tipo Panamax e de cabotagem. Está previsto para ser implantado em quatro fases, para acomodar a d emanda projetada, com os cinco pátios de contêineres sendo construídos ao longo dessas fases, sendo que todas as edificações serão construídas na Fase 1, conforme descrito no Capítulo 8 deste EIA, que aborda a caracterização do empreendimento.

As fases de implantação estão distribuídas ao longo de 17 anos, com previsão de início em 2015 e de término em 2032 e incluem etapas que contemplam a demolição das estruturas existentes na área da antiga Siderama, com geração de resíduos de construção associados a esta atividade.

O fato de ocorrerem obras simultaneamente à operação do porto, conforme mencionado acima, reforça a importância da existência de um Programa de Gestão Ambiental que inclua em sistema de gestão integrado que não aborde somente os períodos de implantação, mas que inclua também a Fase Operação do empreendimento.

No EIA do Porto do PIM foram propostos programas ambientais, com características específicas, no intuito de evitar e mitigar impactos ambientais negativos e potencializar impactos positivos, além do enfoque à segurança e à saúde ocupacional desde a implantação até a Fase de Operação do empreendimento.

Durante o período de dois anos previsto para a implantação da Fase 1 do Novo Porto de Manaus está prevista a u tilização de 2.900 Homens, sendo, para o pico da obra, cerca de 300 pessoas, conforme apresentado no histograma presente na Gráfico 8.4.3-1 do Capítulo 8 deste EIA, que trata da caracterização do empreendimento.

Para a etapa de operação do terminal a estimativa quanto à mão-de-obra é de 600 empregos diretos, gerando cerca de 1.800 empregos, incluindo indiretos e avulsos.

Uma das diretrizes gerais da contratação de mão-de-obra é a preferência por aquela do mercado local, principalmente das comunidades mais próximas ao empreendimento. Desta forma, as atividades de capacitação profissional previstas neste programa estão voltadas principalmente às comunidades locais, extensivamente às comunidades tradicionas regionais, incluindo as comunidades indígenas, quando couber.

12.2.12.2 OBJETIVOS

12.2.12.2.1 OBJETIVO GERAL

O Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores tem como objetivo principal a implementação de procedimentos preventivos e corretivos que assegurem a manutenção da competência e da conscientização dos colaboradores, isto com relação à realização de tarefas que tenham o potencial de causar danos ao meio ambiente, à saúde e à segurança. A implementação desses procedimentos se dará por meio de uma análise criteriosa das necessidades

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 303

de treinamento, de forma a minimizar os impactos negativos e otimizar efeitos positivos que envolvam os trabalhadores durante as etapas de construção e de operação do Porto do PIM. Os treinamentos incluem a capacitação profissional voltada às atividades da etapa de obras e de operação do empreendimento.

12.2.12.2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

O Programa deve nortear e contribuir para o bom desenvolvimento das obras de implantação e operação do Terminal Portuário, por meio da introdução e/ou reforço de conhecimentos e práticas que permitam o cumprimento dos seguintes objetivos específicos:

• Contribuir para a prevenção e a minimização dos impactos ambientais decorrentes da implantação e operação do empreendimento, por meio da inserção da Educação Ambiental, incluindo descarte e disposição final de efluentes e de resíduos;

• Incentivar a formação de hábitos e atitudes seguras;

• Contribuir para a modificação de hábitos e atitudes dos trabalhadores em relação ao Meio Ambiente, Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional;

• Viabilizar a participação na gestão do uso dos recursos naturais e na tomada de decisões que afetem a qualidade do meio ambiente;

• Discutir o papel do indivíduo e da coletividade nos programas de saúde pública e as ações de prevenção contra epidemias, visando assegurar o controle de introdução e disseminação de doenças transmitidas por vetores (DTV) (malária, febre amarela, dengue, leishmaniose e doença de Chagas) e Doenças Sexualmente Transmissíveis;

• Desenvolver uma reflexão sobre a importância de preservar a biodiversidade, esclarecendo sobre espécies raras e ameaçadas de extinção, sobretudo a castanheira;

• Desenvolver uma reflexão sobre a ilegalidade da caça, da pesca e da retiradas de flora sem autorização dos órgãos competentes;

• Capacitar os trabalhadores para o exercício das funções relativas às etapas de instalação e operação do Terminal; e

• Capacitar trabalhadores para identificação de animais peçonhentos, formas de prevenção de acidentes ofídicos e a conduta diante destes animais.

12.2.12.3 METAS

As metas estão vinculadas aos objetivos específicos, são elas:

• Promover por meio de um conjunto de ações a reflexão e entendimento da área em Terminal Portuário;

• Promover a educação ambiental de maneira que seja incluída e integrada como uma prática contínua e permanente;

• Contribuir para a melhoria da saúde dos trabalhadores por meio de ações educativas e preventivas;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 304

• Capacitar e reciclar os trabalhadores para desenvolver as tarefas, especialmente aquelas consideradas como de risco ao meio ambiente, à saúde e à segurança do trabalho.

O estabelecimento das Metas mensuráveis e coerentes com os objetivos e principalmente com a Política Ambiental do Porto do PIM, será realizado com a apuração de um histórico de registros das atividades e da situação ambiental da obra.

Para as fases de construção e operação serão estabelecidos os seguintes indicadores:

• Manter Taxa de Freqüência de Acidentes Com Afastamento e Sem Afastamento acumulada semestral de todos os colaboradores em trabalho nas fases de Construção e de Operação do Terminal abaixo de 0,10 %, ou seja, um Acidente Com Afastamento e Sem Afastamento acumulado semestralmente a cada 1000 colaboradores em trabalho nas fases de Construção e de Operação;

• Manter Carga Horária semestral dos Treinamentos de SMS dos Colaboradores em trabalho nas fases de Construção e de Operação do Terminal acima de 15 horas.

Cabe ressaltar que o estabelecimento de metas e a efetividade do indicador estabelecido serão avaliados conforme a geração de dados e que novos indicadores poderão ser gerados ou substituirão o indicador em uso, caso este se mostre ineficaz para medir a performance da atividade.

12.2.12.4 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA

12.2.12.4.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

As diretrizes desse Programa tratam da prevenção dos acidentes, incidentes, impactos ambientais reais ou potenciais, a manutenção da saúde dos trabalhadores e a conduta adequada diante de dificuldades, sejam eventuais ou corriqueiras, encontradas pelos trabalhadores nas áreas sob responsabilidade do Porto do PIM.

Dentro deste contexto, o Porto do PIM identificará as necessidades de capacitação associadas com seus aspectos ambientais, de saúde e segurança e proverá treinamento ou tomará ação para atender a essas necessidades, específicas ou gerais, mantendo os respectivos registros associados.

Todos os trabalhadores, diretos ou indiretos, deverão receber treinamentos de integração de SMS e periódico, visando garantir a execução de suas atividades com segurança, independente de sua habilitação, qualificação e capacitação do exercício de sua função, considerando que:

− Profissional legalmente habilitado é o trabalhador previamente qualificado e com registro no respectivo conselho de classe;

− Trabalhador qualificado é aquele que concluiu curso específico reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino;

− Trabalhador capacitado é aquele que atenda às seguintes condições, simultaneamente:

− Receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado; e

− Trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 305

O empregador deve desenvolver e implantar programa de capacitação, compreendendo treinamento admissional, periódico e sempre que ocorrer qualquer das seguintes situações:

− Mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;

− Evento que indique a necessidade de novo treinamento;

− Acidente grave ou fatal.

O treinamento admissional deve ter carga horária mínima de seis horas, constando de informações sobre:

− Os riscos inerentes à atividade;

− As condições e meio ambiente de trabalho;

− Os equipamentos de proteção coletiva - epc existentes no estabelecimento;

− O uso adequado dos equipamentos de proteção individual - epi.

O treinamento periódico deve ter carga horária mínima de quatro horas e ser realizado anualmente ou quando do retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias.

A capacitação deve ser realizada durante o horário normal de trabalho.

Ao término da capacitação, deve ser emitido certificado contendo o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, data e local de realização do treinamento e assinatura do responsável técnico. O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia deve ser arquivada na empresa.

O trabalhador deve receber o material didático utilizado na capacitação.

O Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos trabalhadores será desenvolvido a partir de três grandes linhas de ação:

• Educação Ambiental para os trabalhadores das obras de implantação e operação do futuro Terminal e inserção das preocupações com a conservação do meio ambiente e a prevenção e o controle de epidemias e disseminação de doenças transmitidas por vetores (DTV) (malária, febre amarela, dengue, leishmaniose e doença de Chagas) e Doenças Sexualmente Transmissíveis;

• Produção e/ou ampliação do conhecimento sobre os riscos ocupacionais, doenças profissionais e do trabalho, acidentes de trabalho e dos aspectos que envolvam a segurança e saúde do trabalhador;

• Divulgação das informações relativas à Saúde e à Segurança do Trabalho.

12.2.12.4.2 METODOLOGIA DOS TREINAMENTOS DE SMS

O Programa está desenvolvido obedecendo a um método participativo, ou seja, todos os trabalhadores devem participar das atividades obedecendo-se as seguintes etapas:

• Agrupamento dos trabalhadores apropriadamente de acordo com o espaço, o número de pessoas e horário;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 306

• Desenvolvimento do conteúdo pré-estabelecido, inter-relacionando os processos de aquisição e de ampliação de conhecimentos, sensibilização e habilidades para prevenção de problemas;

• Orientações que possibilitem desenvolver capacidades e repensar atitudes e valores;

• Esclarecimento de dúvidas;

• Oportunidade de compartilhar as experiências vivenciadas em outros locais e expectativas;

• Avaliação por meio de questionário, visando reconhecer o que foi e o que não foi aprendido;

• Monitoramento do comportamento dos trabalhadores por meio de Inspeções Planejadas de Segurança, conforme procedimento estabelecido no âmbito do Programa de Controle Ambiental;

• Treinamentos extras de suporte para um reforço do conteúdo aplicado de acordo com o resultado da avaliação e/ou a necessidade;

• Avaliação do sucesso do Programa por meio de diagnóstico no final de cada ano de desenvolvimento do Programa;

• O conteúdo Programático abordado pelas ações educativas deve apresentar uma visão integrada sobre a formação dos recursos naturais, seus usos múltiplos, principais impactos e preceitos da sustentabilidade ambiental; e

• As ações de Educação Ambiental desenvolvidas deverão possuir articulação com os Programas propostos neste EIA, em especial com o Plano de Controle Ambiental da Construção PCA-C, de forma a disseminar entre os trabalhadores as ações ambientalmente adequadas para as diversas fases de implantação, e o Plano de Controle Ambiental da Operação PCA-O, para aplicação ao longo da fase de operação.

Integram o Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores os Procedimentos Internos do Porto do PIM, bem como procedimentos de apoio.

Durante suas atividades nas áreas do Porto do PIM, os trabalhadores participarão periodicamente de treinamentos relativos à SMS conforme cronograma pré-estabelecido pelo Setor de SMS, ou, no caso das fases de implantação, entre as Contratadas e os responsáveis pelo SMS do Porto do PIM, conforme Quadro 12.2.12.4.2-1 abaixo:

QUADRO 12.2.12.4.2-1: Periodicidade e conteúdo básico de treinamentos (SMS)

Título Periodicidade Formas de Registro Responsáveis

Uso, Guarda e Conservação de Equipamentos de proteção Individual (EPI’s)

Antes do início do trabalho contratado e reciclagem quando necessário.

Lista de Presença Setor de SMS e Contratadas

Diálogos Diários de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (DDSMS) Diariamente Lista de Presença Setor de SMS e

Contratadas

Integração e Segurança, Meio Ambiente e Saúde

Antes do início do trabalho contratado e reciclagem quando necessário.

Lista de Presença Setor de SMS e Contratadas

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 307

Título Periodicidade Formas de Registro Responsáveis

Inspeções Planejadas de SMS (Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional)

Anual Lista de Presença Setor de SMS e Contratadas

Instruções de Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional para Empresas

Antes do início do trabalho contratado e reciclagem quando necessário.

Lista de Presença Setor de SMS e Contratadas

Padrão de Segurança para Visitantes Antes do início do trabalho contratado. Lista de Presença Setor de SMS e

Contratadas

Será destacado nos Treinamentos de SMS, a importância da Educação Ambiental, o conceito sobre ecossistema, a caracterização, importância e fragilidade do meio ambiente, biodiversidade, espécies ameaçadas, fauna associada (em especial aves), solo e água, poluição e tecnologia ambiental, higiene e saúde, Águas de Lastro, impactos ambientais e medidas mitigadoras, a familiarização com os programas ambientais que estiverem ocorrendo e suas possíveis interferências, o conhecimento e atendimento à legislação vigente (Normas Regulamentadoras da Portaria 3214/78, Lei dos Crimes Ambientais, Procedimentos Internos do Porto do PIM, etc.) e ações educacionais e de prevenção de acidentes, doenças ocupacionais e incidentes.

Todo trabalhador antes de iniciar qualquer atividade dentro das áreas do Porto do PIM será treinado e orientado sobre os procedimentos ambientalmente corretos a s erem adotados no exercício de suas funções, assim como, nas ações preventivas e corretivas relacionadas ao Meio Ambiente, Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional chamado de Integração de SMS, conforme Procedimento Interno do Porto do PIM.

O Treinamento inicial de Integração de SMS será realizado abordando, no mínimo, os seguintes temas:

• Familiarização com as áreas do Porto do PIM;

• Mapas de Riscos;

• Padrões de Poluição (interno/externo) a qual estarão expostos (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA e Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO);

• Programas de SMS da Empresa;

• Procedimentos internos;

• Permissão para o trabalho;

• Análise Preliminar de Riscos;

• Inspeções de Segurança;

• Instruções para emergências, acidentes e incidentes;

• Registro de Ocorrências Diversas;

• Como usar, guardar e conservar os EPI’s – NR-06;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 308

• Critérios Básicos de Ergonomia;

• DDSMS – Diálogo Diário de Segurança, Meio Ambiente e Saúde;

• Ordem, limpeza e arrumação;

• Lei de Crimes Ambientais;

• Proteção da Fauna e da Flora; Proteção e conscientização da importância da fauna e da flora;

• Proibição de caça, pesca, captura e comercialização de animais silvestres;

• Proibição de extração, transporte e comercialização de espécies vegetais nativas;

• Controle na Geração de Resíduos;

• Trânsito e fluxo de pessoas e veículos;

• Prevenção de epidemias;

• Prevenção da disseminação de doenças transmitidas por vetores (DTV) (malária, febre amarela, dengue, leishmaniose e doença de Chagas);

• Prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis;

• Prevenção e proteção arqueológica;

• Permissões Especiais.

Além dos itens acima, na integração de novos funcionários, serão abordados ainda os seguintes assuntos:

• Sistema de Gestão Ambiental (ISO 14001);

• Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9001);

• Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) e Coleta Seletiva;

• Procedimentos Emergênciais – Incêndio, Evacuação, Vítimas, Ambientais, ;

• Política de Gestão – Saúde e Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e Qualidade;

• Organograma Saúde e Segurança do trabalho;

• Áreas do Terminal – Equipamentos de Proteção, Áreas de riscos, Áreas especificas;

• Equipamento de Proteção Individual e Coletivo - Uso, guarda, conservação, higienização e troca;

• Riscos Ambientais – Identificação dos riscos no ambiente de trabalho e prevenção;

• Relato de Quase Acidentes;

• Substâncias Perigosas – Área Segregada, Riscos associados;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 309

• Regras de Segurança do Terminal;

• Proteção Global e a Solução Global (ISPS Code);

• Medidas de proteção implantadas no terminal;

• Ameaças de proteção do terminal;

• Operação da Unidade de Segurança e seus componentes;

• Origem e mudanças na Convenção SOLAS 1974 (Objetivos e aplicação);

• Componentes do Código ISPS;

• Unidade de Segurança: Composição e Procedimentos.

Além dos temas acima elencados, abordados no âmbito da integração, a legislação trabalhista vigente determina ainda, com base nas Normas Regulamentadoras – NRs da Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego, o treinamento de Saúde e Segurança do Trabalho - SST. O papel do treinamento de SST é preponderante para evitar acidentes e doenças do trabalho. O Porto do PIM promoverá, ou exigirá, os devidos treinamentos para atendimento das NRs, quando cabíveis.

No caso da NR 05, o Porto do PIM promoverá treinamento para os membros da CIPA (quando aplicável), titulares e suplentes, antes da posse, contemplando, no mínimo, os seguintes itens:

− Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como, dos riscos originados do processo produtivo;

− Metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho;

− Noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos existentes na empresa;

− Noções sobre a síndrome da imunodeficiência adquirida - aids, e medidas de prevenção;

− Noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à segurança e saúde no trabalho;

− Princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos;

− Organização da cipa e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da comissão.

O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas diárias e será realizado durante o expediente normal da empresa, sendo que será ministrado pelo Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT da empresa, entidade patronal, entidade de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre os temas ministrados.

Da mesma forma:

− A NR 7 – PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional), determina a realização de treinamento de primeiros socorros para emprego correto dos recursos destinados a essa finalidade;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 310

− A NR 9 – PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), determina a realização de treinamento visando a orientação dos colaboradores sobre a característica dos riscos a que estão sujeitos e as medidas de proteção disponíveis e necessárias para a sua proteção;

− A NR 10 – Instalações e Serviços em Eletricidade, determina que todos os profissionais envolvidos direta ou indiretamente nas atividades com eletricidade sejam treinados;

− A NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais, também determina que os colaboradores sejam orientados, se envolvidos em atividades manuais ou mecânicas;

− A NR 13 – Caldeiras e Vasos sob Pressão, considera operador habilitado o colaborador treinado conforme critério estabelecido nos Anexos I-A e I-B;

− A NR 17 – Ergonomia, complementa com treinamento as recomendações de ambiente de trabalho confortável;

− A NR 23 – Proteção contra Incêndios, determina que todos os colaboradores devam ser orientados sobre prevenção e utilização dos recursos para combate a incêndios, além das equipes de brigadistas, com conhecimento aprimorado para controle de emergências;

− A NR 29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário;

− A NR 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados, determina a proibição de envolvimento de trabalhador não treinado em qualquer fase deste tipo de atividade;

− A NR 34 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção e reparação naval.

12.2.12.4.3 APLICAÇÃO DO DIÁLOGO DIÁRIO DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE (DDSMS)

O Porto do PIM usará da sistemática de Diálogos Diários de Segurança, Meio Ambiente e Saúde – DDSMS, visando desenvolver e manter, em cada componente da força de trabalho da Empresa, comportamento e atitudes prevencionistas e um estado de consciência e de responsabilidade para com os princípios de Segurança, respeito e proteção ao Meio Ambiente e à Saúde individual e coletiva, na busca constante da melhoria da qualidade de vida.

Esta sistemática consiste na realização de uma breve reunião diária, com tempo mínimo de 5 minutos, podendo ocorrer em dois momentos, de mesma duração. No primeiro, deverá ser tratado o tema proposto, e no segundo momento, que ocorrerá ao final da jornada de trabalho, será dedicado à análise e tratamento de alguma ocorrência ou incidente observado nas áreas durante o dia ou outro tema livre.

Terá como público alvo, todos os colaboradores que executam atividades operacionais e de implantação ou manutenção das instalações, sob supervisão direta ou indireta do Porto do PIM, incluindo os colaboradores terceirizados e empreiteiras.

As formas de implementação e realização do DDSMS são de responsabilidade dos Gestores das Áreas do Porto do PIM, seja diretos ou indiretos, sob acompanhamento de representantes do setor de SMS.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 311

Os temas abordados serão de livre escolha de cada Gestor e devem atender, também, às expectativas do público alvo, porém, deverão estar inseridos nos princípios de Segurança, Meio Ambiente e Saúde e em conformidade com as tarefas realizadas em campo.

O DDSMS será realizado preferencialmente, nos locais onde as equipes realizam os seus trabalhos e com foco na participação de todos os integrantes (diálogo), evitando o uso desta ferramenta como palestra.

Será estabelecida uma programação mensal e um cronograma de realização, priorizando os temas pela sua importância e segundo sua representação do risco. Os temas serão repetidos para todos os turnos de trabalho.

As fontes de pesquisa e de preparação dos temas considerarão minimamente as seguintes referências bibliográficas:

• Normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas;

• Procedimentos Operacionais e de Segurança;

• Ocorrências Diversas, Incidentes e Acidentes;

• Análises Preliminares de Riscos;

• Fichas de informação de segurança de produtos químicos; e

• Normas Regulamentadoras da Portaria 3214/78 do MTE.

A realização do DDSMS será registrada, tanto no que se refere ao conteúdo discutido, como na coleta das assinaturas dos participantes, e arquivada em formulários próprios e estes serão encaminhados pelas áreas para o SMS do Porto do PIM no primeiro dia útil de cada mês para análise crítica, arquivamento e controle do setor.

12.2.12.5 PÚBLICO-ALVO

As ações propostas tem como público-alvo o contingente de trabalhadores alocados nas etapas de implantação e de operação do Terminal Portuário.

12.2.12.6 RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

O Porto do PIM disponibilizará os recursos materiais e humanos para a execução dos Treinamentos de SMS visando ampliação do conhecimento, à adequada Gestão Ambiental da Empresa e contribuindo para a melhoria contínua de todo o processo.

Estima-se a disponibilização dos recursos materiais e humanos discriminados abaixo:

RECURSOS MATERIAIS

• Ambulatório médico;

• Equipamentos para curativos e pequenas cirurgias;

• Material ambulatorial;

• Medicamentos;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 312

• Auditório com mesa e cadeiras, equipado com:

− 01 computador;

− 01 data-show;

− 01 tela de projeção;

− 01 quadro branco móvel;

− 01 flip-chart;

− 01 aparelho de ar condicionado; e

− 01 armário para os equipamentos.

• Material de escritório, material informativo (folders e cartilhas) e material de apoio (fotos, revistas e livros).

RECURSOS HUMANOS NA ETAPA DE CONSTRUÇÃO

• 02 Engenheiros de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente;

• 01 Analista Ambiental;

• 08 Técnicos de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente;

• 01 Recepcionista;

• 01 Auxiliar de serviços de enfermagem;

• 02 Médicos do trabalho; e

• 01 Enfermeiro.

RECURSOS HUMANOS NA ETAPA DE OPERAÇÃO

• 01 Engenheiro de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente ;

• 01 Analista Ambiental;

• 06 Técnicos de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente;

• 02 Enfermeiros; e

• 01 Médico do trabalho.

12.2.12.7 ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS

Segue abaixo as principais legislações relacionadas com a Educação Ambiental na esfera Federal, Estadual e Municipal, bem como, Estudos/Relatórios, Normas e Procedimentos Internos do Porto do PIM.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 313

FEDERAL

− Lei Federal 6.938 de 31.08.81 - Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.

− Lei Federal 9.605 de 12.02.98 - Dispõe sobre os Crimes Ambientais.

− Lei Federal 9.795 de 27.04.99 - Dispõe sobre a Educação Ambiental e institui a Política nacional de Educação Ambiental.

NORMAS REGULAMENTADORAS

− Portaria 3.214/78, do Ministério do Trabalho.

ESTUDOS/ RELATÓRIOS

− Estudo de Impacto Ambiental do Porto do PIM – EIA.

− Procedimentos Internos Porto do PIM.

NORMAS DA AUTORIDADE MARÍTIMA

− NORMAM-30/DPC Volume II/2012 - Destina-se aos órgãos que executam o Programa do Ensino Profissional Marítimo (PREPOM) para Portuários e Atividades Correlatas e aos Órgãos de Execução, de forma a prover-lhes as orientações necessárias, podendo ser de utilidade, ainda, aos demais órgãos envolvidos com o Ensino Profissional Marítimo, os Órgãos de Apoio, Conveniados ou Terceirizados e o público interessado, em geral.

12.2.12.8 INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS AMBIENTAIS

O Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores – PEA, por sua natureza, apresenta inter-relação, em especial, com o Plano de Gestão Ambiental, o Plano de Controle Ambiental da Construção e o Plano de Controle Ambiental da Operação, possuindo também interações indiretas com os demais Programas Ambientais do empreendimento.

12.2.12.9 ETAPA DO EMPREENDIMENTO

O Programa deverá ser aplicado durante toda a etapa da Construção e Operação, com suas atividades se iniciando conforme cronograma de obras e de operação.

12.2.12.10 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Inclui toda a fase de obras do Terminal, cujo cronograma é apresentado no item “Caracterização do Empreendimento”, estendendo-se por toda a vida útil do Terminal.

12.2.12.11 RESPONSÁVEL PELA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

Cabe ao SMS do Porto do PIM a responsabilidade pela implementação, revisão e contínua adequação deste documento. O Porto do PIM buscará, quando cabível, parcerias com instituições diversas, tais como universidades, órgãos de saúde, Senai, Senac, entre outras, de forma a viabilizar o treinamento de sua força de trabalho, conforme previsto neste programa.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 314

12.2.12.12 SISTEMAS DE REGISTRO

O Porto do PIM providenciará todos os registros legais aplicáveis aos treinamentos de SMS, organizando as informações de forma a garantir o acompanhamento dos resultados esperados por esse Programa.

Os treinamentos serão registrados em Lista de Presença e após, os trabalhadores passarão por uma avaliação que consiste num questionário para avaliar a assimilação do conteúdo quando se tratar da integração de SMS.

12.2.13 PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

12.2.13.1. APRESENTAÇÃOE JUSTIFICATIVA

A degradação ambiental ocasionada pela instalação de qualquer empreendimento pode ocorrer em maior ou menor grau, assim como, a geração de emprego e renda decorrente da implantação do mesmo, como é o caso do Porto do Polo Industrial de Manaus - Porto do PIM. Deste modo, um empreendimento desse porte tende a promover um processo difusor de informações por meio de mídias locais e regionais, bem como por contatos diretos pré-estabelecidos, resultando na formação de um conhecimento, a partir do qual os grupos sociais modelam suas opiniões e criam expectativas relacionadas à implantação e operação do empreendimento.

Este Programa fundamenta-se nas diretrizes de comunicação social indicadas no Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima), onde constam informações sobre o Porto do PIM e as atividades a serem executadas, bem como os impactos socioambientais decorrentes de sua implantação e operação. Tais informações serão passadas às comunidades e aos grupos interessados com transparência e compromisso, de modo a construir uma relação de diálogo entre comunidade e empreendedor.

A implantação e operação do Porto influenciarão diretamente os meios físico, biótico e antrópico, considerando que o mesmo desempenha influência direta na dinâmica social e ambiental das áreas de influência. Dessa forma, a criação de mecanismos de comunicação e interação com a sociedade da Área de Influência Direta do empreendimento é imperativo, possibilitando captar anseios e demandas, informando quanto às políticas e ações adotadas pelo empreendedor.

O conhecimento público sobre as obras e operação do empreendimento constitui condição fundamental para a colaboração da população em sua implantação e manutenção, demonstrando respeito à sociedade e o acesso a mais completa informação sobre todos os fatores capazes de serem inseridos em seu cotidiano.

De forma suplementar, este programa servirá para promover ações visando à melhoria de ensino nas coomunidades vizinhas, como a Vila da Felicidade, isto por meio de incremento dos equipamentos de educação lá existentes e de gestões junto aos órgãos públicos de ensino, proporcionando condições para a expansão do serviço de ensino e possibilitando o atendimento a uma maior quantidade de alunos, assim como o oferecimento de uma etapa de ensino mais avançada (ensino fundamental completo, ou até mesmo o ensino médio).

12.2.13.2 OBJETIVOS

O principal objetivo deste programa é criar um canal de comunicação contínuo entre o empreendedor e a sociedade, além de desenvolver ações que visem à integração da comunidade com a implantação do Porto do PIM, por meio da aplicação dos programas socioambientais junto à população, órgão públicos, dentre outras instituições locais.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 315

Este canal disponibilizará um conhecimento correto sobre o empreendimento, suas interferências sobre o meio, os investimentos que serão realizados pelo empreendedor para otimizar impactos positivos e minimizar/compensar impactos negativos, além de servir como instrumento de interação entre o empreendedor, a população, os órgãos públicos locais e as representações da sociedade civil organizada.

Além disso, este programa terá a função de promover medidas que possibilitem a melhoria na prestação de serviço de ensino às comunidades locais, como a Vila da Felicidade.

12.2.13.3 METAS

As metas propostas para a implementação deste Programa são:

• Manter 100% dos seguimentos identificados como público-alvo informados sobre os aspectos concernentes à obra e sobre os programas ambientais em desenvolvimento;

• Realizar reuniões junto ao Poder Público local e as lideranças e entidades comunitárias inseridas nas Áreas de Influências;

• Identificar e responder 100% dos pleitos, demandas, expectativas e receios da população local durante as atividades de implantação e operação do empreendimento;

• Criar um canal de comunicação interno e manter empreendedor e executores da obra informados sobre as demandas e pleitos comunitários;

• Estabelecer, treinar e orientar 100% dos técnicos de comunicação sobre normas de conduta, segurança e meio ambiente;

• Reduzir ao máximo os possíveis conflitos e problemas relacionados à i mplantação do empreendimento, respondendo às solicitações de informações e de questionamentos enviados ao empreendedor pelos instrumentos de comunicação implantados;

• Documentar todo o processo de implantação do empreendimento (antes, durante e depois da instalação);

• Esclarecer e informar sobre modificações nos acessos, rotas alternativas e demais alterações com a implantação do Porto do PIM aos moradores da Vila da Felicidade;

• Adquirir novos equipamentos e/ou ampliar as dependências da escola existente na Vila da Felicidade, medidas a serem acordadas com os órgãos de ensino.

12.2.13.4 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA

A implantação deste programa deverá acontecer antes e durante a instalação do Porto do PIM, e estará voltado para a circulação e transparência da informação, pois a criação de um canal de informação, estabelecido de forma clara e sistemática, diminuirá o grau de conflito entre a população e o empreendedor, evitará boatos e distorções de notícias, os quais poderiam provocar expectativas negativas nos públicos envolvidos, além de contribuir para evitar que ocorram acidentes por falta de informações.

Para facilitar a abrangência do Programa, este pode ser aplicado em 03 (três) linhas de ação distintas:

• Comunicação Formal ao Municipal (órgãos municipais, entidades, associações, etc.);

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 316

• Comunicação Comunitária;

• Comunicação na Obra.

Para cada uma dessas linhas, as informações são divulgadas com linguagem acessível ao público alvo.

VERTENTES DO PROGRAMA

O Programa de Comunicação foi estruturado a partir das vertentes listadas a seguir.

− Articulação: Abrange as atividades e ações de comunicação desenvolvidas com o objetivo de estabelecer um relacionamento construtivo com as instituições governamentais, em especial na Prefeitura Municipal, com o público interno (empresas contratadas para as obras e equipes responsáveis pelos Programas Ambientais) e, principalmente, com a população local e suas entidades representativas. Nesta vertente estão incluídas as gestões com relação às melhorias de ensino para as comunidades locais;

− Informação: Envolve o conjunto de ações e instrumentos de comunicação (Banco de dados, Centros de Referência de Comunicação Social, Caixas de comunicação) desenvolvidos com o objetivo de informar aos diferentes públicos sobre os diversos aspectos do Empreendimento, impactos associados, adoção de medidas e implantação e desenvolvimento dos Programas Ambientais;

− Monitoramento e Avaliação: Envolve o processo de acompanhamento e avaliação das ações de comunicação, bem como da confecção dos relatórios.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 317

ATIVIDADES DO PROGRAMA

As atividades das diversas vertentes do Programa de Comunicação Social serão desenvolvidas nas fases de Planejamento, Instalação e Operação do Porto do PIM.

No Quadro 12.2.13.4-1 são apresentadas as principais atividades das vertentes de articulação, informação e monitoramento do Programa de Comunicação Social.

QUADRO 12.2.13.4-1: Principais atividades das vertentes de articulação, informação e monitoramento do Programa de Comunicação Social.

Atividades Objetivos Responsabilidade

Sistematização, em banco de dados, das informações básicas das obras e de avanço.

- Criar mecanismo ágil de repasse de informações, por lote, de dados básicos (cronograma, localização de canteiros, alojamentos, etc.), e estabelecer rotina e procedimentos para informar sobre o avanço das obras.

Equipe do Programa de Comunicação Social

Implantação de Centros de Referência de Comunicação Social

- Planejar e implantar Centros de Referência em locais estratégicos de grande afluxo de população.

Equipe do Programa de Comunicação Social

Elaboração dos Instrumentos de Comunicação.

Elaborar peças publicitárias, folders, folhetos, cartazes, cartilhas e vídeos visando atingir adequadamente os diferentes públicos-alvo.

Equipe do Programa de Comunicação Social

Campanha de esclarecimento da população do entorno.

- Fornecer informações sobre o empreendimento, impactos e Programas Ambientais; - Divulgar o Código de Conduta dos Trabalhadores, e as formas de comunicação para o encaminhamento de preocupações, queixas e sugestões. - Responder a demandas e questionamentos

Equipe do Programa de Comunicação Social

Campanha de divulgação de início das obras. - Divulgar o início das obras Equipe do Programa de

Comunicação Social

Aquisição de novos equipamentos e/ou ampliação das dependências da escola existente na Vila da Felicidade

- Promover melhores condições de ensino para a comunidade local.

Equipe do Programa de Comunicação Social

Este Programa será desenvolvido de acordo com cada uma das fases do empreendimento.

12.2.13.4.1 FASE DE PRÉ-INSTALAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Por meio da realização de contatos e parcerias com a Prefeitura Municipal de Manaus, com as empresas contratadas para as obras de implantação do projeto, órgãos de licenciamento, entidades governamentais e não governamentais envolvidas com o empreendimento e entidades representantes da sociedade civil organizada, serão organizadas palestras para que o empreendimento seja apresentado à p opulação, principalmente à c omunidade da Vila da Felicidade.

Como forma de enriquecer o trabalho de comunicação com a comunidade e todo o município, serão adotadas as seguintes diretrizes:

• Divulgar a importância estratégica do empreendimento como instrumento de desenvolvimento local e regional;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 318

• Informar o planejamento e o cronograma do empreendimento;

• Informar o número de trabalhadores a ser contratado inicialmente;

• Informa as medidas adotadas para preservação ambiental e benefícios para o município.

O conteúdo das informações está detalhado no Quadro 12.2.13.4-2.

QUADRO 12.2.13.4-2: Conteúdos a serem trabalhados.

Público alvo Conteúdo da informação

Comunicação Formal ao Município (Órgãos do Município de Manaus, Sindicatos, Associações, Entidades Ambientalistas e Organizações da Sociedade Civil).

- Importância do empreendimento no contexto local e regional; - Concepção atual do Projeto; - Apresentação do projeto e do processo de licenciamento do empreendimento; - Cronograma das obras e diretrizes ambientais para as obras. - Geração de empregos diretos e indiretos.

- Estratégias preventivas a serem adotadas para a minimização de impactos durante as obras e normas de segurança e cuidados ambientais na construção; - Impactos e Programas Ambientais - objetivos e cronograma de implantação; - Benefícios do empreendimento; - Código de Conduta dos Trabalhadores; - Formas de comunicação para o encaminhamento de preocupações, queixas e sugestões.

Comunicação Comunitária (Comunidade Vila da Felicidade).

- Trabalhos a serem executados e prazos de início e estimativa de término das obras; - Geração de empregos diretos e indiretos. - Impactos e Programas Ambientais - objetivos e cronograma de implantação; - Benefícios do empreendimento; - Normas de segurança e cuidados ambientais na construção; - Código de Conduta dos Trabalhadores; - Formas de comunicação para o encaminhamento de preocupações, queixas e sugestões.

Comunicação na Obra (Técnicos e Trabalhadores).

- Formas de comunicação para o encaminhamento de preocupações, queixas e sugestões; Implementação do Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores.

Além dos órgãos e instituições já mencionadas, também se deve fazer parceria com o Sistema Nacional de Emprego (SINE) vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), para entendimentos sobre a contratação da mão-de-obra semiespecializada (pedreiros, carpinteiros, ajudantes de mecânica, dentre outros) e não especializada (serventes e trabalhadores braçais).

Por meio dos contatos e parcerias com a Prefeitura Municipal de Manaus e, eventualmente com órgãos do Estado, deverá ser discutida a melhor forma de investimento no sentido de promover melhorias para o ensino na comunidade local.

12.2.13.4.2 FASE DE INSTALAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

É imprescindível que as parcerias permaneçam até esta etapa e que estejam mais consolidadas e fortalecidas. Esta é a fase do empreendimento com a mai or ocorrência de conflitos com a população do enotrno.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 319

Serão diretrizes para esta etapa:

• Manter o canal previamente estabelecido com a população local (Centro de Comunicação) para viabilizar o andamento das obras da melhor forma possível, proporcionando a soluição para eventuais conflitos.

• Promover reuniões periódicas com a população;

• Proporcionar a visitação das obras.

Os detalhes do conteúdo constam no Quadro 12.2.13.4-3.

QUADRO 12.2.13.4-3: Conteúdo das informações.

Público alvo Conteúdo da informação

Comunicação Formal ao Município (Órgãos do Município de Manaus, Sindicatos, Associações, Entidades Ambientalistas e Organizações da Sociedade Civil).

- Avanço das obras em relação ao cronograma de construção; - Avanço na implantação dos Programas Ambientais e supervisão dos Órgãos Ambientais; - Trechos críticos, áreas sensíveis, obras especiais e cuidados ambientais adotados; - Medidas a serem adotadas para a minimização dos impactos das obras; - Benefícios gerados pelo empreendimento; - Parcerias realizadas e experiências exitosas nas áreas de saúde, educação ambiental, saneamento, apoio à atividade produtiva, segurança, proteção ambiental, etc;

- Benefícios gerados pelo empreendimento para a população regional e local; - Formas de comunicação para o encaminhamento de preocupações, queixas e sugestões; - Avanço das ações de melhoria do ensino na comunidade local.

Comunicação Comunitária (Comunidade Vila Felicidade).

- Avanço das obras em relação ao cronograma de construção; - Avanço na implantação dos Programas Ambientais; - Trechos críticos, áreas sensíveis e obras especiais locais - cuidados ambientais adotados; - Medidas de segurança e proteção ambiental adotadas durante as obras; - Benefícios gerados pelo empreendimento para a população local; - Formas de comunicação para o encaminhamento de preocupações, queixas e sugestões.

Comunicação na Obra (Técnicos e Trabalhadores).

- Código de Conduta dos Trabalhadores; - Normas ambientais e técnicas de construção; - Conteúdos específicos relacionados aos Programas Ambientais.

Ao final da instalação do empreendimento, o empreendedor deverá realizar a divulgação da finalização das obras de instalação e início da operação e realizar enquetes de opinião, visando avaliar o grau de satisfação da população com o processo de implantação do empreendimento.

A comunicação social referente à fase de operação do empreendimento será detalhada na sequência do liccenciamento ambiental, antes da emissão da Licença de Operaçlão.

12.2.13.4.3 DETALHAMENTO DOS EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS DO PROGRAMA

São detalhados, a seguir, os principais equipamentos e instrumentos propostos no Programa.

BANCOS DE DADOS

O Banco de Dados será constituído visando dar agilidade aos processos de comunicação do empreendimento. Os dados, relacionados no quadro de atividades do Programa, deverão ser complementados e atualizados permanentemente. No caso da Prefeitura Municipal de Manaus, deverá ser realizado contato logo no início da implementação do Programa visando identificar os interlocutores preferenciais da municipalidade.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 320

Os dados básicos sobre o projeto e ações e atividades decorrentes deverão ser organizados visando atender aos diferentes públicos-alvo identificados, e neste sentido, deverão poder ser desagregados por unidades (municípios, lotes de obras, população afetada).

CENTROS DE REFERÊNCIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

O Centro de Comunicação é o espaço concebido enquanto local de atendimento à população para informar, divulgar, esclarecer dúvidas e receber sugestões, preocupações e queixas. Espera-se, para a implantação do centro, uma parceria com as empreiteiras encarregadas das obras.

CAIXAS DE COMUNICAÇÃO

As caixas de comunicação têm como objetivo receber sugestões, queixas e preocupações, assim como a solicitação de informações da população local sobre o empreendimento. Na implantação do programa, deverão ser avaliados os locais mais apropriados para alocação das caixas, sempre e quando sejam locais centrais e de grande de afluxo das respectivas populações. Propõe-se, preliminarmente, uma caixa na sede municipal, visando garantir que todas as questões encaminhadas tenham garantia de resposta.

Escola Municipal da Vila da Felicidade

A escola municipal será alvo de ações visando melhorias no ensino à comunidade local.

12.2.13.4.4 ELABORAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE COMUNICAÇÃO

Os instrumentos de comunicação deverão ser concebidos a partir da perspectiva do público alvo a que se destina, em linguagem e formas adequadas e, acima de tudo, respeitando as características sociais e culturais do público alvo.

− Vídeo Institucional: O vídeo será elaborado para a d ivulgação do projeto, enfocando os seguintes grandes temas: importância estratégica do empreendimento no contexto nacional e regional; os programas básicos ambientais, benefícios esperados no contexto nacional, regional e local; principais aspectos do projeto;

− Folheteria: Folheto institucional, contendo as justificativas para o projeto, sua importância para o desenvolvimento nacional e regional, as principais fases e características, obras especiais, cuidados ambientais adotados e programas ambientais;

− Material para a Mídia: De acordo com o veículo de comunicação (jornal, televisão, rádio, revista) deverá ser produzido material de divulgação e informação adequado a cada público alvo a que se destina;

− Material informativo para a População em geral, associações e entidades representativas:

• Folheteria e cartazes informando sobre o início das obras, resumo do Código de Conduta dos Trabalhadores, localização dos Centros de referência de Comunicação Social e das Caixas de Comunicação, formas de contato com o empreendedor;

• Folheteria e cartazes informando sobre trechos em obras, procedimentos a serem adotados durante as obras, cuidados para a proteção ambiental na construção, locais e formas de contato com o empreendedor;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 321

• Divulgação em rádios locais com informações sistemáticas sobre todos os assuntos relevantes relacionados ao empreendimento e a divulgação das formas de contato com o empreendedor.

12.2.13.4.5 DETALHAMENTO DOS MECANISMOS DE RESPOSTA

O retorno às solicitações de informações e eventuais reclamações e dúvidas dos diversos setores interessados deverá ser permanentemente garantido, independente do teor da questão e das formas utilizadas para o seu encaminhamento.

Parte-se do pressuposto que a criação de mecanismos de comunicação sem um retorno constitui-se em fator muito mais negativo do que a própria ausência desses mecanismos na medida em que cria falsas expectativas. Esta concepção deverá ser discutida exaustivamente no âmbito das oficinas de integração, particularmente com aqueles que forem diretamente encarregados das respostas à população.

O Programa de Comunicação Social terá como responsabilidade, além de informar a partir dos instrumentos implantados com este objetivo, receber e garantir o retorno aos questionamentos da sociedade. Para tal, deverá direcioná-los aos setores competentes, que deverão ser identificados nominalmente na fase de implantação do Programa, e acompanhar o processo de encaminhamento das respostas.

Para a estruturação do esquema de respostas podem se caracterizar 4 grandes grupos de questões que serão objeto de solicitação de informações, dúvidas ou questionamentos, e que são apresentados a seguir:

− Questões Gerais: abrangendo a justificativa e os objetivos do projeto, custos, período de construção, financiamento, benefícios esperados, etc.;

− Obras: incluindo cronograma e avanço das obras, localização de alojamentos e canteiros, etc.;

− Meio Ambiente: - relacionadas aos impactos ambientais do empreendimento (meios físico, biótico e antrópico) e Programas Ambientais - implantação e avanço, critérios e população beneficiária, sítios históricos, patrimônio arqueológico, etc;

− Segurança e Emergências - abrangendo as questões relativas à s egurança da população e dos trabalhadores em relação às obras, notificação de emergências durante o período de construção, etc.

Os setores responsáveis pelas respostas aos questionamentos da sociedade em cada um destes grandes grupos de questões:

− Questões Gerais: serão de responsabilidade do empreendedor;

− Obras: terá como responsável principal a Gerenciadora (Supervisão de Obras), com o apoio das empreiteiras encarregadas em cada um dos trechos de obras;

− Meio Ambiente: serão de responsabilidade da empresa encarregada do Gerenciamento Ambiental;

− Segurança e Emergências - estas questões, principalmente as que envolvem a segurança das pessoas e situações emergenciais exigem, na maioria dos casos, respostas imediatas, e serão de responsabiliade das empreiteiras e do empreendedor.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 322

Deverão ser estabelecidas as responsabilidades, dentro do sistema de gestão, para resolver/responder imediatamente estas questões. O retorno deverá ser realizado através dos mesmos meios de comunicação utilizados pelo público alvo (cartas, telefone, contatos pessoais nos Centros de Referência de Comunicação Social, etc.), num período que não deve ultrapassar 24 horas em casos de emergência ou de notória gravidade, 48 horas quando a informação estiver disponível e uma semana para as demais solicitações, inclusive para informar o encaminhamento que está sendo realizado no caso em que ainda não se disponha de uma resposta.

12.2.13.5 ASPECTOS AMBIENTAIS

• Interferências no cotidiano da população do entorno (geração de conflitos);

• Contratação de mão de obra;

• Expectativa da comunidade regional (município de Manaus) e local (Comunidade Vila da Felicidade).

12.2.13.6 PÚBLICO-ALVO

Foram identificados como público alvo do Programa de Comunicação Social os seguintes segmentos:

• Opinião pública em geral;

• Mídia local e regional;

• Prefeitura Municipal de Manaus;

• Sindicatos, Associações, Entidades Ambientalistas e Organizações da Sociedade Civil;

• Comunidade da Vila da Felicidade;

• Técnicos e trabalhadores.

12.2.13.7 RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

A implementação do Programa de Comunicação Social requer equipe técnica especializada na área de comunicação, mas com suporte em diversas áreas, devendo, portanto, contar com profissionais das áreas de engenharia sanitarista e ambiental, assistência social, entre outras.

Com relação aos recursos material tem-se a utilização de computadores, data-show, televisor, DVD player, e como material informativo e de divulgação tem-se cartilhas informativas, panfletos e/ou cartazes.

12.2.13.8 ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS

O detalhamento das ações proposta pelo Programa de Comunicação Social é uma exigência do órgão ambiental licenciador para a obtenção da Licença de Instalação do empreendimento.

12.2.13.9 INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS AMBIENTAIS

Em função de sua abrangência e importância, o Programa de Comunicação Social tem interface com todos os demais Programas propostos no EIA, cabendo a ele o planejamento e o suporte à divulgação das atividades desenvolvidas em cada um dos Programas Ambientais.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 323

12.2.13.10 ETAPA DO EMPREENDIMENTO

Este Programa de Comunicação Social foi planejado de forma a atender as fases de pré-implantação e implantação do empreendimento, cabendo a p roposição das atividades de comunicação relativas à operação do empreendimento para a própxima etapa do licenciamento ambiental.

12.2.13.11 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

O Programa de Comunicação Social deve ser implantado, de maneira ininterrupta, ao longo de todo ciclo do empreendimento, com início o mais breve possível, principalmente na comunidade da Vila da Felicidade, onde serão realizadas reuniões comunitárias, no que tange a educação ambiental e interações sociais.

12.2.13.12 RESPONSÁVEL PELA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

O desenvolvimento do Programa de Comunicação Social é de responsabilidade da administração do empreendimento.

12.2.13.13 SISTEMAS DE REGISTRO

O monitoramento e avaliação das atividades do Programa serão de responsabilidade da equipe do Programa de Comunicação Social e será realizado durante todas as fases do empreendimento.

A avaliação da eficácia das ações de comunicação será realizada a partir da definição das metas a serem atingidas em cada fase do empreendimento e da identificação de indicadores apropriados - quantitativos e qualitativos.

Na fase de pré-instalação serão desenvolvidos contatos iniciais com o público alvo do Programa (Sindicatos, associações e entidades da sociedade civil, comunidades, mídia em geral);

Na fase de implantação, serão fundados os principais instrumentos de comunicação (Bancos de Dados, Centros de Referência de Comunicação Social, Caixas de Comunicação).

A partir da utilização dos instrumentos propostos, o processo de desenvolvimento do programa e atendimento das metas planejadas poderá ser avaliado, viabilizando a correção de estratégias e rumos do programa.

Para a espacialização das informações e monitoramento do Programa de Comunicação Social, os instrumentos e dados de acompanhamento e avaliação deverão ser emitidos em relatórios bimestrais, nos quais serão registrados os principais problemas detectados e apontadas às correções a serem devidamente implementadas.

12.2.14 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE ENDEMIAS

12.2.14.1. APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

As doenças endêmicas são caracterizadas por se manifestarem em uma determinada região, sendo consideradas doenças de causa local. Na Amazônia, o calor e a umidade intensos acabam por contribuír com a proliferação de agentes causadores de determinadas doenças. Nesse sentido, muitas pessoas nessa região, em alguma fase da vida, já tiveram ou conviveram com algum tipo de doença endêmica.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 324

De acordo com a Fundação de Medicina Tropical do Amazonas - FMT/AM (2011), as endemias que aparecem com frequencia são: malária, hepatites virais, febre amarela, dengue, leishmanioses, filaríoses, enteroparasitoses, leptospiroses, meningites, cólera, entre outras. Vale salientar que, os inúmeros rios contribuem para a p roliferação das doenças endêmicas, considerando o estreito contato do homem com a floresta. Nesse sentido, existem vírus, protozoários e mosquitos que contribuem para o desenvolvimento dessas doenças, constituindo verdadeiros reservatórios de agentes infecciosos, podendo contaminar a população local.

A malária ainda é considerada a principal endemia no estado do Amazonas, onde são registrados aproximadamente 500 mil casos da doença por ano. Dentro desse quadro, o Programa de Prevenção de Endemias tem o objetivo de estabelecer uma forma de maximizar as ações de controle e monitoramento de endemias em todos os níveis de atenção, em especial no canteiro de obras e alojamento dos trabalhadores do empreendimento. Nesse sentido, o programa busca informar as formas de prevenção e tratamentos da Malária, bem como apresentar a análise das medidas necessárias de monitoramento e controle da proliferação dos vetores e doenças endêmicas nos canteiros de obras do Porto do Polo Industrial de Manaus - Porto do PIM.

A implantação de um empreendimento da natureza do Porto do PIM requer o monitoramento e controle da proliferação de doenças endêmicas. Haja vista que, a própria dinâmica de funcionamento de um porto, considerando a intensa circulação de pessoas no local, torna o ambiente mais propício à propagação dessas doenças. Nessa perspectiva, a criação de mecanismos que viabilizem a p revenção e o controle dessas doenças por meio do Programa de Prevenção de Endemias, terá papel fundamental no fomento de informações relevantes aos sintomas das principais doenças identificadas na região, sua prevenção, controle e tratamento.

12.2.14.2 OBJETIVOS

O principal objetivo deste programa é criar medidas que auxiliem na prevenção, controle e monitoramento das doenças endêmicas na área de influência direta do empreendimento, a fim de minimizar a proliferação dos vetores e dessas doenças na população local, bem como nos canteiros de obras do Porto do PIM.

12.2.14.3 METAS

Este Programa trem como metas:

• Informar 100% dos seguimentos identificados como público-alvo sobre os aspectos concernentes a prevenção, controle e monitoramento das doenças endêmicas.

• Realizar reuniões junto aos funcionários do empreendimento e às lideranças comunitárias inseridas nas Áreas de Influências.

• Documentar os casos de doenças endêmicas em todo o processo de implantação do Porto do PIM (antes, durante e depois da instalação), para um posterior monitoramento do Programa de Prevenção de Endemias.

• Visitar as localidades do entorno do empreendimento, esclarecendo e informando sobre prevenção, controle e monitoramento das doenças endêmicas.

12.2.14.4 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA

A implantação deste programa deverá acontecer antes e durante a implantação e operação do Porto do PIM, e estará voltado para a prevenção de endemias e o controle das mesmas, principalmente na área diretamente afetada do empreendimento. Nesse sentido, a metodologia

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 325

proposta também visa reduzir a proliferação de vetores das endemias, considerando que a circulação de pessoas no empreendimento é bastante significativa e diversificada. Além disso, o Programa de Prevenção de Endemias deve contribuir com melhorias na saúde da população.

O controle integrado de doenças endêmicas, que envolve ações em todos os níveis de atenção a saúde, precisa contar com profissionais de saúde capacitados, bem como profissionais para o monitoramento dos vetores de doenças endêmicas. Para facilitar a abrangência do Programa, este pode ser aplicado em 03 (três) linhas de ação distintas, juntamente como o Programa de Comunicação Social:

• Comunicação Formal ao Municipal (órgãos municipais, entidades, associações, etc.);

• Comunicação Comunitária (Vila da Felicidade);

• Comunicação no Porto do PIM.

Para cada uma dessas linhas, as informações são divulgadas com linguagem especificamente voltada ao público alvo.

No Quadro 12.2.14.4-1 são apresentadas as principais atividades das vertentes de articulação, informação e monitoramento do Programa de Prevenção de Endemias.

QUADRO 12.2.14.4-1: Atividades das vertentes de articulação, informação e monitoramento do Programa de Prevenção de Endemias.

Atividades Objetivos Responsabilidade

Sistematização do banco de dados a partir dos indicadores.

Criar mecanismo ágil de repasse das informações ao banco de dados.

Equipe do Programa de Prevenção de Endemias.

Elaboração dos Instrumentos de Comunicação.

Elaborar peças publicitárias, folders, folhetos, cartazes, cartilhas visando atingir adequadamente os diferentes públicos-alvo.

Equipe do Programa de Prevenção de Endemias.

Palestra. - Prevenção a Doenças Endêmicas da Região, dentre elas estão: Dengue, Leptopirose, Leishmaniose, Hanseníase e Malária. - Controle de doenças e da proliferação de vetores; - Cuidados no tratamento das doenças - Identificação de Diagnostico e Medidas Imediatistas.

Equipe do Programa de Prevenção de Endemias.

As atividades previstas nesse programa poderão ser realizadas em postos de saúde locais, principalmente se localizado na comunidade Vila da Felicidade. Nesse sentido, é oportuno ressaltar que as atividades estabelecidas no Programa de Prevenção de Endemias devem ser realizadas em parcerias com as demais campanhas já estabelecidas na área da saúde pública, facilitando assim a sua utilização como instrumento para aplicação das atividades do programa.

Os Agentes Comunitários e os Agentes de Controle de Endemias, cada um dentro das suas competências, deverão estar qualificados para:

• Identificar casos suspeitos de endemias;

• Instruir para a identificação de um diagnóstico precoce;

• Instruir para o tratamento adequado;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 326

• Desenvolver ações educativas, a fim de estabelecer medidas de controle e prevenção de endemias, com impacto na melhoria das situações identificadas.

12.2.14.5 ASPECTOS AMBIENTAIS

Os determinantes sociais e ambientais de endemias estão pautados em uma perspectiva que incorpora métodos e categorias de análise de diferentes áreas.Nesse sentido, o programa deverá desempenhar papel importante na abordagem dos aspectos ambientais, identificando aqueles que de certa forma colaboram para a proliferação de vetores de doenças endêmicas.

12.2.14.6 PÚBLICO-ALVO

Este programa apresenta como público alvo a comunidade da Vila da Felicidade e todos os trabalhadores e prestadores de serviços envolvidos na instalação e operação do empreendimento.

12.2.14.7 RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

Para a realização do Programa de Prevenção de Endemias, segue uma sugestão da Equipe Técnica e dos Materiais de Uso.

A equipe técnica do Programa deverá ser composta por um coordenador especialista em Saúde Pública, além de profisisonais da área de enfermagem e de educação ambiental.

O material a ser utilizado deve contemplar computador, aparelho de TV e DVD, Data-show, cartilhas informativas, panfletos, cartazes e matérias de divulgação em geral.

12.2.14.8 ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS

− As ações proposta pelo Programa de Prevenção de Endemias é uma exigência do órgão ambiental licenciador – IPAAM para a obtenção da Licença de Instalação do empreendimento.

12.2.14.9 INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS AMBIENTAIS

Em função de sua abrangência e importância, o Programa de Prevenção de Endemias tem interface com alguns Programas integrantes do PBA, entre outros:

− Programa de Educação Ambiental, Saúde e Segurança dos Trabalhadores;

− Programa de Comunicação Social.

12.2.14.10 ETAPA DO EMPREENDIMENTO

O Programa de Prevenção de Endemias foi planejado de forma a atender as fases de implantação do Empreendimento, compreendendo as etapas de implantação e operação do Porto do PIM.

12.2.14.11 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

O Programa deverá ser implantado, de maneira ininterrupta, ao longo de todo ciclo do empreendimento, devendo ter início imediato, já na fase de planejamento da implantação do Porto do PIM, principalmente para os funcionários do empreendimento e de empresas terceirizadas (fase de obras e de operação) e também para a população do entorno, como os moradores da Vila da Felicidade.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 327

12.2.14.12 RESPONSÁVEL PELA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

O desenvolvimento do Programa de Prevenção de Endemias é de responsabilidade do empreendedor.

12.2.14.13 SISTEMAS DE REGISTRO

O monitoramento e avaliação das atividades do Programa serão de responsabilidade da equipe do Programa de Prevenção de Endemias e será realizado durante todas as fases do empreendimento.

Para o controle e avaliação dessas atividades serão realizadas:

• Articulação com os órgãos oficiais de saúde da região para acompanhamento da anotação compulsória das endemias e eventual aplicação de medidas de controle;

• Elaboração de relatórios mensais de verificação e avaliação das medidas propostas e encaminhamento para o responsável geral pela Auditoria Ambiental; e,

• Realização de auditorias ambientais periódicas, para verificar o grau de adequação das atividades executadas, bem como o acompanhamento da proliferação de vetores dessas doenças.

12.2.15 PROGRAMA DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL (SNUC)

12.2.15.1 APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

O presente Programa de Compensação Ambiental apresenta a p roposição de medida de compensação ambiental relativa à implantação do empreendimento Porto do PIM. O Programa está direcionado à aplicação de quantia correspondente a um percentual do custo total do empreendimento, conforme previsto na legislação ambiental vigente, notadamente no estabelecido pelo Artigo 36 (parágrafos 2º e 3º) da Lei Federal nº 9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação - Snuc, reproduzido a seguir:

“Artigo 36: Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim considerados pelo órgão ambiental competente, com fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo relatório - EIA/Rima, o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral, de acordo com o disposto neste artigo e no regulamento desta Lei.

§2o Ao órgão ambiental licenciador compete definir as unidades de conservação a serem beneficiadas, considerando as propostas apresentadas no EIA/Rima e ouvido o empreendedor, podendo inclusive ser contemplada a criação de novas unidades de conservação.

§3o Quando o empreendimento afetar unidade de conservação específica ou sua zona de amortecimento, o licenciamento a que se refere o caput deste artigo só poderá ser concedido mediante autorização do órgão responsável por sua administração, e a unidade afetada, mesmo que não pertencente ao Grupo de Proteção Integral, deverá ser uma das beneficiárias da compensação definida neste artigo”.

O valor da compensação ambiental consiste em uma porcentagem, que deve variar entre 0 e 0,5 %, do valor total dos investimentos para a implantação do empreendimento, isto de acordo com o Decreto Federal nº 4.340/2002, na Resolução Conama nº 371/2006 e no Decreto Federal nº 6.848/2009 (altera o Decreto nº 4.340/2002).

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 328

Para efeito de previsão orçamentária, o empreendimento Porto do PIM em pauta apresenta custo de instalação estimado de R$ 230.903.682,00 (duzentos e trinta milhões, novecentos e três mil, seiscentos e oitenta e dois reais), obtido a partir do estágio atual de detalhamento do projeto.

Calculado o valor da compensação, o Programa irá propor a destinação dos rursos com base em premissas, como:

− Alocar recursos em Unidade de Conservação e/ou outra área legalmente protegida já constituída ou em processo de implantação;

− Privilegiar a alocação em UC e/ou outra área legalmente protegida cuja zona de amortecimento sofrerá intervenção direta do empreendimento, uma vez que o Projeto do Porto do PIM não irá intervir em UCs ou outras áreas protegidas;

− Verificar ações em andamento que possam ser apoiadas com a alocação de recursos do empreendimento em questão, visando obter a maior sinergia possível com relação aos benefícios esperados no âmbito de uma compensação ambiental dessa natureza.

Além dessas premissas, a elaboração deste Programa foi pautada pelas conclusões do Capítulo 11 dete EIA, relativo à av aliação dos impactos ambientais a s erem gerados pelo empreendimento.

12.2.15.2 CÁLCULO DO VALOR DA COMPENSAÇÃO AMBIENTAL

Com a publicação do Decreto Federal no 6.848/2009, ficou estabelecido o método para o cálculo do valor a ser destinado à compensação ambiental no âmbito do processo de licenciamento ambiental, conforme determinado pelo Artigo 36 da Lei Federal no 9985/2000. Pelo artigo 31-A do Decreto Federal nº 4.340/2002, acrescido pelo Decreto Federal nº 6.648/09, fica definido que o Valor da Compensação Ambiental (CA) deve ser calculado pelo produto do Grau de Impacto (GI) com o Valor de Referência (VR), de acordo com a fórmula: CA = VR x GI.

O Valor de Referência (VR) é entendido como “o somatório dos investimentos necessários para a implantação do empreendimento, não excluídos os investimentos referentes aos planos, projetos e programas exigidos no processo de licenciamento ambiental para a mitigação de impactos causados pelo empreendimento, bem como os encargos e custos incidentes sobre o financiamento do empreendimento, inclusive os relativos às garantias, e os custos com apólices e prêmios de seguros pessoais e reais”. No caso do empreendimento Porto do PIM, o valor de referência considerado é R$ 230.903.682,00.

Com relação ao Grau de Impacto do projeto sobre os ecossistemas (GI), conforme Decreto Federal no 6.848/2009, esta variável fica restrito entre os valores de 0 a 0,5%, e deve ser calculado pelo órgão licenciador baseado na metodologia apresentada no Anexo do Decreto Federal no 6.848/2009.

O GI é calculado pela fórmula: GI = ISB + CAP + IUC. As variáveis ISB (Impacto sobre a Biodiversidade); CAP (Comprometimento de Área Prioritária); e IUC (Influência em Unidades de Conservação) são obtidos, por sua vez, da seguinte forma:

• ISB = IM x IB (IA+IT);

• CAP = IM x ICAP x IT; e

• IUC obtido diretamente da avaliação de eventuais impactos sobre unidades de conservação e/ou zonas de amortecimento.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 329

Portanto, o cálculo de GI depende da avaliação das seguintes variáveis:

• IM (Índice de Magnitude);

• IB (Índice de Biodiversidade);

• IA (Índice de Abrangência);

• IT (Índice de Temporalidade);

• ICAP (Índice de Comprometimento de Área Prioritária);

• IUC (Influência em Unidade de Conservação).

12.2.15.2.1 VARIÁVEIS QUE COMPÕEM O CÁLCULO DO VALOR DA COMPENSAÇÃO AMBIENTAL

Neste item são apresentadas as análises das variáveis que compõem o cálculo do valor da compensação ambiental tendo como base as características do empreendimento e dos ambientes sob influência do mesmo.

IM (ÍNDICE DE MAGNITUDE)

O item 2.1 do Anexo do Decreto Federal nº 6.848/2009 estabelece os critérios para a definição do valor do IM. De acordo com o referido decreto os valores de IM variam de 0 a 3 e avaliam “a existência e a relevância dos impactos ambientais concomitantemente significativos negativos sobre os diversos aspectos ambientais associados ao empreendimento, analisados de forma integrada”. Os valores de IM devem ser definidos, desta forma, pela magnitude dos impactos ambientais negativos, conforme apresentado no Quadro 12.2.15.2.1-1.

QUADRO 12.2.15.2.1-1: Valores do Índice de Magnitude.

Valor Atributo

0 Ausência de impacto ambiental significativo negativo

1 Pequena magnitude do impacto ambiental negativo em relação ao comprometimento dos recursos ambientais

2 Média magnitude do impacto ambiental negativo em relação ao comprometimento dos recursos ambientais

3 Alta magnitude do impacto ambiental negativo

Fonte: Decreto Federal nº 6.848/2009

A partir da avaliação dos impactos ambientais realizada no âmbito deste EIA, considera-se que o impacto ambiental negativo em relação ao comprometimento dos recursos ambientais para o Projeto Porto do PIM é de pequena magnitude (IM= 1). Embora alguns impactos tenham magnitude mais significativa, como o relativo ao sauim-de-coleira, por exemplo, no geral, o comprometimento dos recursos ambientais decorrentes da implantação e operação do Porto do PIM é pequeno.

IB (ÍNDICE DE BIODIVERSIDADE)

O item 2.2 do Anexo do Decreto Federal nº 6.848/2009 estabelece os critérios para a definição do valor do IB. De acordo com o referido decreto os valores de IB variam de 0 a 3 e avaliam “o estado da biodiversidade previamente à i mplantação do empreendimento”. Os valores de IB

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 330

devem ser definidos, desta forma, pelo nível de comprometimento da diversidade biológica da área, conforme apresentado no Quadro 12.2.15.2.1-2.

QUADRO 12.2.15.2.1-2: Valores do Índice de Biodiversidade.

Valor Atributo

0 Biodiversidade se encontra muito comprometida

1 Biodiversidade se encontra medianamente comprometida

2 Biodiversidade se encontra pouco comprometida

3 Área de trânsito ou reprodução de espécies consideradas endêmicas ou ameaçadas de extinção

Fonte: Decreto Federal nº 6.848/2009

O empreendimento Porto do PIM está projetado sobre uma área bastante antropizada, embora apresente ainda fragmentos de vegetação nativa secundária, em regeneração, o que levaria à conclusão de que a b iodiversidade se encontra comprometida. Contuido, devido à ocorrência do Sauim-de-coleira, espécie endêmica em situação de perigo de extinção, pela simples ocorrência dessa espécie, entende-se que o valor para o Índice de Biodiversidade aqui analisado deva ser IB = 3.

IA (ÍNDICE DE ABRANGÊNCIA)

No item 2.3 do Anexo do Decreto Federal nº 6.848/2009 são definidos os critérios para a determinação do valor do IA. De acordo com o referido decreto, os valores de IA variam de 1 a 4 e avaliam “a extensão espacial de impactos negativos sobre os recursos ambientais”, conforme apresentado no Quadro 12.2.15.2.1-3.

QUADRO12.2.15.2.1-3: Valores do Índice de Abrangência.

Valor

Atributos para empreendimentos

terrestres, fluviais e lacustres

Atributos para empreendimentos marítimos ou localizados

concomitantemente nas faixas terrestre e marítima da Zona Costeira

Atributos para empreendimentos marítimos (profundidade em relação à

lâmina d’água)

1 Impactos limitados à área de uma microbacia Impactos limitados a um raio de 5 km Profundidade maior ou igual a

200 metros

2

Impactos que ultrapassem a área de

uma microbacia limitados à área de uma

bacia de 3ª ordem

Impactos limitados a um raio de 10 km Profundidade inferior a 200 e superior a 100 metros

3

Impactos que ultrapassem a área de uma bacia de 3ª ordem e limitados à área de

uma bacia de 1ª ordem

Impactos limitados a um raio de 50 km Profundidade igual ou inferior a 100 e superior a 50 metros

4 Impactos que

ultrapassem a área de uma bacia de 1ª ordem

Impactos que ultrapassem o raio de 50 km Profundidade inferior ou igual a 50 metros

Fonte: Decreto Federal nº 6.848/2009

A área do projeto Porto do PIM se situa às margens do rio Negro, e os impactos dele decorrentes se restringem a poucos igarapés que contribuem diretamente com o rio Negro. Dessa forma, o entendimento PE de que os impactos decorrentes do Projeto Porto do PIM se limitam a área de uma bacia de 3ª ordem, se enquadrando no valor 2 proposto pela legislação (IA = 2).

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 331

IT (ÍNDICE DE TEMPORALIDADE)

Item 2.4 do Anexo do Decreto Federal nº 6.848/2009 estabelece os critérios para a definição do valor do IT. De acordo com o referido decreto os valores de IT variam de 1 a 4 e avalia “a persistência dos impactos negativos do empreendimento”, conforme apresentado no Quadro 12.2.15.2.1-4.

QUADRO 12.2.15.2.1-4: Valores do Índice de Temporalidade.

Valor Atributo

1 Imediata: até 5 anos após a instalação do empreendimento

2 Curta: superior a 5 e até 15 anos após a instalação do empreendimento

3 Média: superior a 15 e até 30 anos após a instalação do empreendimento

4 Longa: superior a 30 anos após a instalação do empreendimento

Fonte: Decreto Federal nº 6.848/2009

Para o empreendimento Porto do PIM, considerando que os impactos mais significativos são aqueles referentes à fase de implantação da obra e estarão sujeitos à adoção de medidas de mitigação e compensação, considerando que entre esses impactos mais significativos estão os relativos à fauna e flora, entendemos que, o reestabelecimento do equilíbrio e a adequação do ecossistema às mudanças introduzidas pelo empreenidmento não ultrapassará quinze anos. Assim sendo , o índice de temporalidade deve ser considerado “2” (IT = 2).

ICAP (ÍNDICE DE COMPROMETIMENTO DE ÁREA PRIORITÁRIA)

Item 2.5 do Anexo do Decreto Federal nº 6.848/09 define os critérios para a definição do valor do ICAP. De acordo com o referido decreto os valores de ICAP variam de 0 a 3 e avalia “o comprometimento sobre a integridade de fração significativa da área prioritária impactada pela implantação do empreendimento, conforme mapeamento oficial de áreas prioritárias aprovado mediante ato do Ministro de Estado do Meio Ambiente”, conforme apresentado no Quadro 12.2.15.2.1-5.

QUADRO 12.2.15.2.1-5: Valores do Índice de comprometimento de área prioritária.

Valor Atributo

0 Inexistência de impactos sobre áreas prioritárias ou impactos em áreas prioritárias totalmente sobrepostas a unidades de conservação.

1 Impactos que afetem áreas de importância biológica alta

2 Impactos que afetem áreas de importância biológica muito alta

3 Impactos que afetem áreas de importância biológica extremamente alta ou classificadas como insuficientemente conhecidas

Fonte: Decreto Federal nº 6.848/2009

Conforme descrito no diagnóstico ambiental da área do empreendimento, mais especificamente no item 10.2.4.5 deste EIA, da análise do Porto do PIM sobre o mapa de Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira do Mistério do Meio Ambiente observa-se que a parte norte da área do empreendimento Porto do PIM se localiza em região classificada como de importância biológica e prioridade de ação extremamente alta, sob o código “Am199 – Manaus – Presidente Figueiredo – Itacoatiara” (vide Desenho MMA 10.2.4.5-1 e Figura 10.2.4.5-1 naquele capítulo, e Figura 12.2.15.2.1-1 adiante).

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 332

Essa região, na qual o Porto do PIM está parcialmente inserido, se caracteriza pela intensa urbanização, com desmatamento crescente devido à expansão do município de Manaus, ao mesmo tempo que apresenta alta diversidade. Embora seja considerada a área mais impactada de todo o Estado do Amazonas, contém remanescentes de vegetação que abriga espécies importantes como o sauim-de-coleira (Saguinus bicolor), espécie de primata endêmica da região e criticamente ameaçada.

A área de implantação do empreendimento, especificamente, já se encontra bastante antropizada, já que, no passado, ali funcionava uma indústria siderúrgica.

Assim sendo, apesar das contradições entre a degradação e a importância biológica referntes a essa região, por conta da ocorrência do sauim-de-coleira considera-se, para fins de cálculo da compensação amabiental, o enquadramento na clase de “valor 3” (ICAP = 3).

FIGURA 12.2.15.2.1-1: Características da região de implantação do Porto do PIM (polígono azul), com base no mapa de Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e

Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira ou Áreas Prioritárias para a Biodiversidade (MMA, 2007).

IUC (INFLUÊNCIA EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO)

Item 2.1 do Anexo do Decreto Federal nº 6.848/2009 estabelece os critérios para a definição do valor do IUC. De acordo com o referido decreto os valores de IUC variam de 0 a 0,15% e avalia “a influência do empreendimento sobre as unidades de conservação ou suas zonas de amortecimento, sendo que os valores podem ser considerados cumulativamente até o valor máximo de 0,15 %”. Conforme o decreto, o valor de IUC será “diferente de 0 quando for constatada a incidência de impactos em unidades de conservação ou suas zonas de amortecimento, de acordo com os valores abaixo”:

• G1: parque (nacional, estadual e municipal), reserva biológica, estação ecológica, refúgio de vida silvestre e monumento natural = 0,15 %;

• G2: florestas (nacionais e estaduais) e reserva de fauna = 0,10 %;

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 333

• G3: reserva extrativista e reserva de desenvolvimento sustentável = 0,10 %;

• G4: área de proteção ambiental, área de relevante interesse ecológico e reservas particulares do patrimônio natural = 0,10%; e

• G5: zonas de amortecimento de unidades de conservação = 0,05 %”.

O Porto do PIM não irá intervir em nenhuma Unidade de Conservação e nem mesmo em Zonas de Amortecimento, sendo, por isso, proposto o enquadramento “G5”, ou seja irá intervir apenas nas zonas de amortecimento da Estação Ecológica do Barreiro Rico, no município de Anhembi, e na Estação Ecológica Ibicatu, no município de Piracicaba. O valor de IUC será, portanto, 0,05%.

12.2.15.2.2 VALOR DA COMPENSAÇÃO AMBIENTAL

Embora de responsabilidade do órgão licenciador, conforme Decreto Federal no 6.848/2009, em caráter ilustrativo é apresentado a seguir o cálculo do valor da compensação ambiental, com base na análise das variáveis realizadas nos itens anteriores.

• Valor de ISB

ISB = IM x IB (IA+IT)/140 = 1 x 3 (2+2)/140 = 0,086

• Valor de CAP

CAP = IM x ICAP x IT/70 = 1 x 3 x 2/70 = 0,086

• Valor de IUC

IUC = 0,05 %

Desta forma, o valor do Grau de Impacto (GI) será:

GI = ISB + CAP + IUC = 0,086 + 0,086 + 0,05 = 0,22

Conforme estabelece a legislação, o valor da compensação ambiental deve variar entre 0 e 0,5% do valor do investimento. Para o caso estudado, com base nos cálculos realizados, o valor da compensação ambiental seria:

Valor da Compensação = VR x GI = R$ 230.903.682,00 x 0,0022 = R$ 507.988,10

12.2.15.3 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO INSERIDAS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO

(quinhentos e sete mil, novecentos e oitenta e oito reais e dez centavos).

Conforme consta do diagnóstico das áreas de influência do Porto do PIM (item 10.2.4 deste EIA), considerando as Unidades de Conservação conforme a definição e classificação definidas pela Lei Federal nº 9.985/2000, considerando que nenhuma delas sofrerá intervenção direta do empreendimento, foram relacionadas as UCs com maior proximidade ao empreendimento, conforme consta do Quadro 12.2.15.3-1 a seguir:

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 12 334

QUADRO 12.2.15.3-1: Relação das Unidades de Conservação mais próximas ao empreendimento Porto do PIM.

Categoria Área Protegida

Diploma legal de criação

Área total (ha)

Atributo/Objetivo Órgão Gestor

Plano de Manejo

PR

OTE

ÇÃ

O

INTE

GR

AL

(Snu

c)

Reserva da Vida Silvestre Sauim-Castanheiras

Decreto Federal 87.455/1982

95,45

Proteger uma área plantada de castanha-do-pará (Bertholetia excelsa) e populações do primata sauim-de-coleira (Saguinus bicolor)

Semmas (desde 2002)

Não

USO

SU

STEN

TÁV

EL

(Snu

c)

APA Ufam, Inpa, Ulbra, Elisa Miranda, Lagoa do Japiim e Acariquara

Decreto Municipal 1.503/2012

759,15

Disciplinar o processo de ocupação humana, manter a diversidade biológica, proteger os atributos abióticos, bióticos, estéticos e culturais, assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.

Semmas Não

RPPN Soka Gakkai (Nazaré das Lajes e Lajes)

Portaria Ibama 49/1995

52,06

Proteger e preservar os recursos naturais e conservar a biodiversidade da área

Particular (Associação Brasil-SGI)

Não

Dentre essas três áreas, a RVS Sauim-Castanheira é a única unidade de conservação de proteção integral, além de ter como um de seus atributos a preservação da espécie sauim-de-coleira, a qual tem relação direta com o licenciamento do empreendimento Porto do PIM, como foi observado no Capítulo 11 deste EIA, referente à avaliação de impactos ambientais e proposição de medidas mitigdoras.

Desta forma, sugere-se que os recursos referentes à compensação ambiental contemplada na Lei Federal nº 9.985/2000 sejam destinados preferencialmente à unidade de conservação Refúgio da Vida Silvestre Sauim-Castanheira.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 13 335

13. PROGNÓSTICO

O objetivo deste capítulo é avaliar a situação futura do ambiente afetado mediante o cenário de implantação do empreendimento, considerando suas consequências sobre esse meio a curto, médio e longo prazo, comparando, ainda, com o cenário de sua não implantação.

No Capítulo 7 – Estudo de Alternativas, mais especificamente no item 7.3, foi analisada a alternativa de não implantação do empreendimento, conforme prevê a Resolução Conama nº 01/1986. O enfoque dado naquela análise foi o de não implantação da alternativa adotada no projeto, ficando para esta etapa de prognóstico ambiental a análise do cenário da não implantação do empreendimento.

13.1 CENÁRIO FUTURO COM A IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

A implantação do empreendimento Porto do PIM implicará um cenário com a ocorrência dos impactos ambientais previstos e avaliados no Capítulo 11 Avaliação de Impactos Ambientais e Proposição de Medidas Mitigadoras, tanto os impactos positivos quanto os negativos. De forma complementar, seriam também implementados todos os programas ambientais contendo as medidas de mitigação e compensação ambiental, contemplados no Capítulo 12 – Programas Ambientais, atenuando ao máximo os efeitos dos impactos negativos.

De forma mais específica, considerando os impactos previstos, o prognóstico decorrente da implantação e operação do empreendimento é o que segue.

No tocante ao potencial de erosão característico da área do projeto e à geração de áreas de instabilidade, é esperado que logo após a implantação da Fase 1 do empreendimento, a área se encontre estabilizada, isto mediante a adoção das medidas propostas para o controle de erosão e estabilização dos taludes e dos platôs. Embora a implantação dos demais pátios esteja prevista para as fases de ampliação do empreendimento (Fases 2, 3 e 4), a terraplenagem será totalmente realizada na Fase 1, gerando a expectativa de que, logo após a implantação da Fase 1, toda a área já se encontre totalmente estabilizada, cabendo apenas o acompanhamento proposto nos programas ambientais.

Com relação à qualidade das águas do rio Negro, a expectativa é de que, durante a implantação da Fase 1, na qual as intervenções de maior porte serão realizadas, os cuidados sejam redobrados no sentido de controlar o aporte de resíduos/sedimentos e de efluentes para o rio; isto será possível mediante a adoção criteriosa das medidas de controle propostas nos programas ambientais. Após a implantação da Fase 1 e início da operação do Porto, as preocupações com o aporte de efluentes ou de resíduos/sedimentos para o rio será menor.

O diagnóstico mostrou que a qualidade das águas nesse trecho do rio apresenta nível muito baixo de contaminação por metais, compostos orgânicos e nutrientes, da mesma forma que os sedimentos nos trechos do rio onde eles ocorrem, já que em alguns pontos de coleta nem mesmo foi constatada a o corrência de sedimentos. Quanto à c omunidade bentônica, não foram encontrados organismos nos pontos analisados. Quanto ao zooplâncton e fitoplâncton, o diagnóstico indicou baixo número de indivíduos e baixa diversidade de espécies, ocorrendo o mesmo com relação à ictiofauna no rio Negro. Os baixos teores de nutrientes e a correnteza da água do rio Negro tendem a ser desfavoráveis ao desenvolvimento do fitoplâncton e, por consequência do zooplâncton e da ictiofauna.

Todos esses resultados podem ter sido influenciados pela realização da campanha de coletas no período de cheia do rio Negro. Contudo, mesmo no período de vazante, o volume e a velocidade

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 13 336

das águas do rio são bastante elevados, o que, provavelmente, deve manter os parâmetros de qualidade de suas águas durante a seca.

No tocante à hidrodinâmica do rio Negro, a modelagem matemática indicou que a implantação da parte aquática do terminal não traria qualquer alteração significativa à sua hidrodinâmica.

Ou seja, no que diz respeito às características específicas do rio Negro, tanto no tocante às suas características físicas quanto às referentes à biota aquática, não haverá qualquer influência negativa diretamente decorrente da implantação ou operação do Porto do PIM. Indiretamente, cabe o cuidado com o gerenciamento das águas de lastro dos navios que atracarão no Porto do PIM. O correto gerenciamento dessa situação se dará pelo atendimento integral às diretrizes constantes de normas nacionais e internacionais, conforme proposto no Plano de Controle Ambiental da Operação.

Quanto aos sistemas de abastecimento público de água, não é esperada qualquer interferência sobre os mesmos, isto considerando a l ocalização relativa dos três principais sistemas de abastecimento de Manaus, as ETAS da Ponta do Ismael, o sistema Mauazinho e o sistema PROAMA, na Ponta das Lajes, em fase pré-operação.

Com relação à única fonte de contaminantes identificada na área durante os trabalhos de diagnóstico ambiental, que consiste de borra contendo material oleoso em um antigo dique de contenção, o proposto é que a destinação adequada desse material ocorra antes da implantação do empreendimento, o que impedirá a disseminação do contaminante (TPH) pelo solo, encerrando o seu potencial de contaminação.

Quanto à supressão da vegetação nativa, a curto prazo, após a Fase 1 de implantação e início da operação, espera-se que o ambiente ainda esteja em uma etapa de estabilização. Não tanto por conta da perda da vegetação, já que se trata de uma região já bastante antropizada, mas principalmente por conta da fauna associada a essa vegetação.

A principal espécie a ter que se adaptar a esse novo cenário é o Sauim-de-coleira, já que, antes da implantação do empreendimento, o grupo de sete indivíduos identificado durante o diagnóstico ambiental terá sido remanejado da forma mais adequada possível, conforme orientação de especialistas habituados a trabalhar com essa importante espécie da fauna. Logo após a implantação da Fase 1 e início da operação, o monitoramento desses indivíduos de Sauim-de-coleira persistirá, até a completa adaptação dessa espécie ao novo cenário, que é esperada a médio prazo, alguns anos após a intervenção.

Da mesma forma ocorrerá para outras espécies que, embora não se encontrem em situação tão delicada quanto o Sauim-de-coleira, também serão alvo de diagnóstico complementar (estação seca) e monitoramento. A curto prazo, durante a implantação da Fase 1 e iniciada a operação do Terminal, o resultado do monitoramento da avifauna terrestre e aquática, dos quelônios e outros grupos faunísticos indicará a situação de cada grupo, com a expectativa de que, logo após o início da atividade, todas essas espécies estejam adaptadas ao novo cenário.

No tocante ao tráfego aquaviário e à sinergia do Porto do PIM com atividades já em operação na área de influência, considerando que a at ividade portuária de transporte de carga já é realizada nessa região, o entendimento é de que o acréscimo de navios decorrentes da operação do Porto do PIM (cerca de um navio por dia) é compatível com a capacidade de navegação nesse trecho do rio Negro, cabendo, contudo, o ordenamento desse tráfego. Nesse aspecto é de fundamental importância a manifestação da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental (CFAOC), órgão responsável pelo ordenamento aquaviário, que irá determinar a melhor maneira de compatibilizar a operação do Porto do PIM com as diversas atividades aquaviárias já desenvolvidas nessa região, como o trânsito das balsas que partem do Porto da Ceasa, as barcaças que transportam carga em

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 13 337

baús (“Ro-Ro caboclo”), as diversas embarcações que transportam passageiros e os demais navios de grande porte, que transportam carga conteinerizada ou carga em granéis sólidos ou líquidos. O Anexo 4 do presente EIA, apresenta o ofício SEP (Ofício 1213/2012/SEP/PR) solicitando “nada a opor” da CFAOC, e o esperado é que, antes de o empreendimento iniciar a s ua operação, a questão do ordenamento já tenha sido definida pela CFAOC.

A operação do Porto do PIM trará incentivo à economia local, já que propiciará à principal atividade econômica de Manaus, a i ndústria, a solução para o gargalo logístico existente, facilitando o recebimento de insumos para a produção e, também, a distribuição dos produtos manufaturados para o mercado interno e externo. Da mesma forma, esse incentivo também repercute na economia regional, já que o mercado consumidor depende da facilidade de escoamento dos produtos produzidos em Manaus. Este benefício é esperado a curto prazo, a partir do início da operação do Porto do PIM, com tendência de melhora à medida que ocorra a ampliação dos pátios e do píer (Fases 2, 3 e 4).

À medida que a operação do Porto do PIM se consolidar, espera-se que o trânsito de cargas conteinerizadas proveniente do Polo Industrial de Manaus seja redirecionado preferencialmente para o Porto do PIM, devido às facilidades de transporte e de acesso. Isto implicará, então, à médio prazo, a diminuição do tráfego pesado de contêineres pelas áreas urbanizadas de Manaus, minimizando conflitos como a geração de acidentes, o congestionamento do tráfego e o eventual prejuízo ao patrimônio histórico e cultural da cidade.

Não é esperado eventual prejuízo a outras atividades já desenvolvidas na região, como o turismo e a pesca (pouco desenvolvida na área de influência do empreendimento). Da mesma forma, não é esperado aumento significativo sobre a d emanda de serviços públicos, como os serviços de transporte, educação ou saúde; a premissa de priorizar a contratação de mão de obra local, tanto para as obras quanto para a operação, auxilia nesse sentido.

Quanto ao aumento do trânsito de caminhões na BR-319, considerando que a mesma apresenta condições adequadas a esse aumento de tráfego, a expectativa é de que este fato não implique prejuízos significativos ao trânsito da região, considerando, também, que a estrutura do terminal foi projetada para atender ao acesso de toda essa demanda ao terminal, sem gerar filas. Apenas as questões relativas à adequada sinalização das áreas de acesso aos terminais e ao treinamento de motoristas, inclusive da frota terceirizada, medidas estas de responsabilidade do empreendedor e contemplada nos Programas Ambientais específicos.

A implantação e operação do Terminal Portuário será acompanhada da implementação de medidas de controle de propagação de doenças endêmicas, ou seja, o cenário de implementação do Porto do PIM não pode implicar o aumento da ocorrência de doenças endêmicas, pelo contrário, espera-se que as medidas propostas no Programa de Prevenção de Endemias contribuam para a diminuição desses números.

Com relação à comunidade habitacional mais próxima da área do Porto do PIM, a V ila da Felicidade, o projeto da forma como foi proposto não provocará qualquer intervenção direta sobre essa comunidade. A relação indireta é de caráter positivo, já que entre as diretrizes para a contratação de trabalhadores, tanto para as etapas de obra quanto para a operação do empreendimento, está a preferência por moradores locais, dentre os quais se enquadram os moradores da Vila da Felicidade.

Quanto às comunidades tradicionais, não haverá qualquer influência negativa decorrente da implementação do empreendimento sobre terras indígenas ou comunidades ribeirinhas, que se situam apenas em uma extremidade da AII, bastante distantes da área do empreendimento; da mesma forma ocorre com relação às comunidades quilombolas, que nem mesmo ocorrem na AII.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 13 338

Já quanto ao patrimônio arqueológico identificado na área do empreendimento, o mesmo será devidamente resgatado, por meio de atividades desenvolvidas por especialistas, sendo o material destinado a c oleções adequadas. Desta forma, a i mplantação do empreendimento permitirá o resgate de todo o patrimônio arqueológico e o melhor conhecimento das ocupações ali existentes no passado, o que dificilmente seria viabilizado pela atuação exclusiva do poder público.

Com relação às Unidades de Conservação e outras áreas protegidas, não é esperada intervenção em qualquer dessas áreas, nem mesmo sobre a área de tombamento do Encontro das Águas.

13.2 CENÁRIO FUTURO SEM A IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Conforme estabelece a Resolução Conama nº 01/1986, em seu artigo 5º, alínea I, uma das diretrizes gerais de um estudo de impacto ambiental é “contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto”.

A não implantação do Porto do PIM implicaria um cenário sem a ocorrência dos impactos ambientais previstos no Capítulo 11 Avaliação de Impactos Ambientais e Proposição de Medidas Mitigadoras, tanto os positivos quanto os negativos. Da mesma forma, os fatores positivos elencados no Capítulo 3 Justificativa do Empreendimento também não seriam viabilizados.

A não implantação do Porto do PIM não causaria modificações na área da antiga Siderama, que permaneceria com suas antigas instalações, persistindo, também, os processos erosivos lá instalados há décadas. Da mesma forma, a fo nte de contaminantes (TPH) persistiria no local, carecendo de adequada remoção e destinação.

O rio Negro não correria o risco de receber resíduos ou efluentes decorrentes da implantação ou operação do Porto do PIM, embora a sua enorme vazão seja uma garantia de que a qualidade dessa água não seria afetada por eventual aporte inadequado desses resíduos ou efluentes.

A não implantação do Porto do PIM preservaria a vegetação secundária existente na área da forma como se encontra. Da mesma forma permaneceria também a fauna associada a essa vegetação, inclusive o grupo de indivíduos de sauim-de-coleira, persistindo assim até que seja proposto um novo uso para essa propriedade. Quanto aos demais grupos da fauna, sua situação permaneceria a mesma, o que provavelmente ocorreria, também, no cenário de implantação do empreendimento.

Com relação ao tráfego aquaviário, não haveria interferência do trânsito adicional de navios de carga relativos à operação do Porto do PIM, trânsito este pouco significativo se considerarmos o tráfego aquaviário já existente nesse trecho do rio Negro. Lembrando, também, que o incremento do trânsito de embarcações de carga seria compatibilizado por meio da atuação da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental (CFAOC), que definiria as regras para o trânsito de todas as embarcações envolvidas promovendo o ordenamento aquaviário.

O gargalo existente no tocante à logística de recebimento de insumos e distribuição da produção do Polo Industrial de Manaus persistiria, assim como os inconvenientes gerados pelo transporte de cargas entre as indústrias do Polo e os terminais portuários existentes, que geram conflitos devido ao transporte pesado de cargas por áreas densamente urbanizadas. Isto afeta diretamente a economia local, que tem a indústria como sua base.

Quanto às comunidades habitacionais próximas, mais especificamente a Vila da Felicidade, não teriam qualquer benefício pela não implantação do empreendimento, mas perderiam a oportunidade de acesso aos empregos referentes à sua implantação e operação.

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 13 339

Quanto aos aspectos sociais e culturais, a não implantação do empreendimento não traria repercussão sobre os mesmos, com exceção do patrimônio arqueológico. Não intervir na área da antiga Siderama não significa “preservar” o patrimônio arqueológico lá existente, mas, sim, deixá-lo lá da forma como se encontra. O resgate desse patrimônio e a sua destinação adequada não ocorreriam, impedindo a o btenção do conhecimento que poderia advir da análise desse patrimônio.

Da mesma forma, a não implantação do Porto do PIM impediria a possibilidade de redirecionar parte da carga conteinerizada proveniente do Polo Industrial, o que ajudaria na preservação das áreas com maior adensamento urbano a até mesmo na sua revitalização, auxiliando na preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade de Manaus e, também, na prevenção contra acidentes de trânsito envolvendo cargas conteinerizadas.

Em resumo, a não implantação do empreendimento desperdiçaria a oportunidade de solucionar, ou ao menos minimizar, os efeitos do gargalo logístico que impede o desenvolvimento da atividade do Polo Industrial de Manaus, atividade importantíssima para a socioeconomia de Manaus e região. Este ganho socioeconômico se daria ao custo dos impactos ambientais identificados e avaliados, mas que seriam minimizados pela adoção de medidas de mitigação e compensação, as quais fazem parte dos programas ambientais propostos no EIA.

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14. CONCLUSÃO

O objetivo deste capítulo é apresentar aspectos conclusivos sobre a viabilidade ambiental do projeto do Porto do PIM da forma como foi apresentado, com base nas justificativas do empreendimento e, principalmente, com base no processo de avaliação dos impactos ambientais previstos.

O presente Estudo de Impacto Ambiental tem como objetivo o licenciamento ambiental de um terminal portuário para movimentação de carga conteinerizada, principalmente a carga relacionada ao Polo Industrial de Manaus, em área localizada à margem esquerda do rio Negro, município de Manaus, em propriedade onde no passado funcionou a Companhia Siderúrgica do Amazonas – Siderama.

A elaboração do EIA se deu em conformidade com o que estabelece o Termo de Referência nº 05/11 – GEPE, emitido pelo Ipaam em 30 de agosto de 2011.

O desenvolvimento da produção industrial (Polo Industrial de Manaus) aliado às dificuldades de transporte de cargas na região de Manaus (ausência dos modais rodoviário e ferroviário) gerou um gargalo logístico e de transporte, com prejuízos socioeconômicos para a região. O Porto do PIM se justifica principalmente por solucionar ou minimizar o referido gargalo logístico. Além disso, o empreendimento servirá para atenuar conflitos socioambientais decorrentes das condições atuais de desenvolvimento da atividade portuária na cidade de Manaus.

Para a análise dos impactos ambientais foram consideradas as características das áreas de influência propostas preliminarmente, obtidas por meio de seu diagnóstico ambiental, assim como as características do empreendimento, as intervenções propostas para a sua implantação e a sua forma de operação. Do cruzamento dessas informações foi possível prever os potenciais impactos ambientais e, posteriormente, avaliá-los.

A avaliação dos impactos considerou as diferenças entre as fases de planejamento, implantação e operação do empreendimento. Por se tratar de empreendimento com vida útil considerável, os impactos decorrentes da desativação total do empreendimento não foram considerados neste estudo, mas apenas os decorrentes da desativação parcial, considerada para fins de avaliação de impactos como uma etapa inserida na fase de operação.

Da análise da avaliação dos impactos realizada, dos 63 impactos potenciais previstos, observa-se que apenas sete (11%) são considerados como de grande magnitude, enquanto três (5%) foram considerados de grande significância.

Dentre os impactos mais significativos destacam-se as intervenções sobre a fauna, principalmente sobre a espécie sauim-de-coleira, a supressão de vegetação e a geração de áreas com instabilidade física. Para todos esses impactos foram propostas medidas de minimização, correção e controle, além de compensação para os impactos considerados inevitáveis.

Quanto aos impactos positivos, como visto na síntese dos impactos (item 11.4 do EIA), o destaque é para a solução ou minimização do gargalo logístico que limitava o desenvolvimento do Polo Industrial de Manaus, assim como a melhoria nas condições de tráfego de cargas, diminuindo a pressão por transporte pesado de cargas por áreas densamente urbanizadas da cidade de Manaus.

Aliados aos impactos positivos devem ser considerados os diversos aspectos técnicos, econômicos e ambientais que justificam o empreendimento (vide Capítulo 3 – “Justificativa do empreendimento”), em especial, a sua localização estratégica, considerando a proximidade ao

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PORTO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS - PORTO DO PIM Capítulo 14 341

PIM e as boas condições de acesso rodoviário, além do incentivo ao modal de transporte considerado como o mais adequado em termos ambientais.

Desta forma, apresentadas as informações acima, considerando:

− A concepção do projeto buscando a minimização dos impactos;

− A previsão de ocorrência de impactos ambientais negativos, predominantemente de magnitude e significância pequenas e acompanhados de propostas de medidas para sua minimização, mitigação e compensação;

− A adoção de medidas de minimização e compensação mais expressivas para os poucos impactos considerados mais significativos;

− A previsão de ocorrência de impactos ambientais positivos;

− As justificativas do empreendimento;

− Os relevantes benefícios socioambientais encerrados no projeto, principalmente devido aos princípios de transporte sustentável, considerando os três itens abaixo (triple bottom line):

• Econômico: devido à viabilização do desenvolvimento da atividade do Polo Industrial de Manaus, importantíssimo para a socioeconomia da região de Manaus;

• Social: da mesma forma, pela viabilização do desenvolvimento industrial na região de Manaus e pelo seu potencial de geração de empregos e renda;

• Ambiental: por incentivar o desenvolvimento do modal hidroviário, considerado, ambientalmente, o mais adequado modal para o transporte de cargas, além de minimizar o transporte de cargas por caminhões entre as indústrias e os terminais portuários.

Considerando todos os aspectos acima, o grupo de especialistas que elaborou o presente estudo conclui pela viabilidade ambiental do Projeto do Porto do PIM da forma como foi proposto.

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