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EJA PONTOS E CONTRA PONTOS - Processo Educacional no Contexto de Madalena Página 2 de 28 APARECIDA BARBOSA Contribuição de: GLÓRIA CAMANHO REGINA DUARTE INTRODUÇÃO O presente trabalho visa analisar por meio de uma entrevista com uma estudante do CEEJA, quais os fatores que contribuíram para que uma grande parte da população das décadas de 60/70/80 não concluíram seus estudos em idade apropriada, onde houve a necessidade de políticas publicas como a criação da Educação para Jovens e Adultos, para diminuir o analfabetismo no Brasil. E por meio desta entrevista identificaremos quais as políticas educacionais que estavam em vigor na época, pesquisando o que a lei propunha para a educação, e se a mesma ocorreu de fato. Ao obter estes dados, identificaremos por meio desta entrevista, como são as condições de vida desta estudante, e se a ausência de estudo em determinada situação de sua vida fez falta ou se a mesma não sentiu as consequências, e qual a sua visão sobre a educação atual. E mediante todos os dados adquiridos nesta entrevista, elaboraremos um plano de aula para a EJA, contextualizando com vários momentos de sua vida, sendo este plano interdisciplinar que visa interligar as diferentes disciplinas com o meio ambiente.

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APARECIDA BARBOSA

Contribuição de:

GLÓRIA CAMANHO

REGINA DUARTE

INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa analisar por meio de uma entrevista com uma

estudante do CEEJA, quais os fatores que contribuíram para que uma grande parte

da população das décadas de 60/70/80 não concluíram seus estudos em idade

apropriada, onde houve a necessidade de políticas publicas como a criação da

Educação para Jovens e Adultos, para diminuir o analfabetismo no Brasil.

E por meio desta entrevista identificaremos quais as políticas

educacionais que estavam em vigor na época, pesquisando o que a lei propunha

para a educação, e se a mesma ocorreu de fato.

Ao obter estes dados, identificaremos por meio desta entrevista, como

são as condições de vida desta estudante, e se a ausência de estudo em

determinada situação de sua vida fez falta ou se a mesma não sentiu as

consequências, e qual a sua visão sobre a educação atual.

E mediante todos os dados adquiridos nesta entrevista, elaboraremos um

plano de aula para a EJA, contextualizando com vários momentos de sua vida,

sendo este plano interdisciplinar que visa interligar as diferentes disciplinas com o

meio ambiente.

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1. EJA PONTOS E CONTRAPONTOS

1.1 Entrevista com Madalena

a) Como é o seu nome?

Maria Madalena pode me chamar de Lena, lá onde morava eu era

conhecida como Leni.

b) Conte um pouco sobre sua história de vida:

Eu nasci na Bahia em Barra da Estiva no ano de 1960, e fui criada em

Paraguaçu, um povoado muito distante, onde não havia luz nem água encanada

tínhamos que andar muito para pegar água no rio, lavar louça, roupa, etc. e os

vizinhos era muito distante um dos outros (as residências) não são que nem aqui.

Apesar disso, os moradores são muito hospedeiros, gentil um contribuindo com o

outro.

A cidade ficava muito distante do local onde eu morava, e naquela época

não havia transporte.

Hoje tem carros particulares que cobram 50,00 reais por viagem, além de

alguns ônibus da prefeitura que levam as crianças a escola em outra cidade e nos

finais de semana a feira, fora isto se precisar se locomover no decorrer da semana

só conseguimos de carona ou carros particulares.

c) Como foi a sua infância?

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Minha infância foi muito boa para mim, pois tinha liberdade, coisas que

as crianças não têm hoje, pois brincava nos cafezais, subia nas árvores como o pé

de manga, tinha uma vida saudável, alimentação saudável, pois apesar de não ter

muito dinheiro, mas em nossa terra tinha alimentação “pra dar e vender” (risos).

Na roça tinha plantações de café que era o que mais tinha nas fazendas,

onde quando era época de colheita era momento de fartura para os fazendeiros.

Também tinha batata, chuchu, manga, feijão comum, feijão andu, diversas ervas,

algodão, mandioca, mamão, abóboras, abobrinhas e cabaças onde nestas são feito

artesanatos, foi por isso que logo que cheguei aqui me espantei com os preços das

verduras e legumes, e ao mesmo tempo o desperdício nos finais das feiras, e

também a qualidade, pois os legumes, frutas e verduras daqui duram bem menos

tempo e é muito caro.

d) Em que ano você veio para São Paulo?

Eu vim com 12 anos em 1972, para trabalhar em São Paulo em casa de

família, para ajudar meus pais, pois estávamos passando por momentos difíceis

(saúde) e viemos para São Paulo para fazer tratamento da minha mãe, onde a

principio trabalhei na praia, logo em casa de família.

e) Como era a escola do local onde a senhora morou, pode frequentá-la

por quantos anos quando pequena? Conte um pouco de suas

lembranças, se não, fale o que aconteceu para não poder frequentar a

escola?

Na realidade só havia uma escola na cidade bem distante, onde

levávamos quase um dia para chegar lá. Então não tinha como ir à escola. Lembro

que naquela época tinha uma senhora que alfabetizava em sua casa, e nos

chamávamos de escolinha, ficava um pouco distante de minha, aonde íamos e

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voltávamos andando de lá para poder aprender a ler. Lembro-me que o rapaz que

me alfabetizou ele nunca tinha ido a uma escola de verdade, ele tinha aprendido

com esta senhora e começou a dar as aulas também.

Eu fiz as quatro series em um ano, pois as aulas funcionavam da

seguinte forma, os alunos liam um livro e ao fazer os exercícios corretos dos livros

íamos eliminando as séries, porém isto variava de pessoa para pessoa, tinha

pessoas que demoravam mais, foi no ano de 1969 que fiz as quatro primeiras

series.

Então, depois de um ano em São Paulo capital, vim para Praia Grande

no Tude Bastos para a casa do meu tio, pois minha mãe ia vir da Bahia para

trabalhar na praia e para se tratar em Santos.

f) A senhora pode contar sobre sua mãe, pai e outros parentes, se foram

à escola ou não?

Então os meus parentes, como tia mãe e pai, eram todos analfabetos,

minha mãe foi aprender a assinar seu nome há uns 10 anos atrás, e não tive

irmãos sou filha única. Minha mãe é filha de índia e meu pai era descendente de

alemão, onde lembro que eles escreviam, mas não sei dizer sobre os estudos, pois

tive muito pouco contato com sua família, pois moravam muito distante a minha

família por parte de pai.

g) Quando chegou aqui, foi logo trabalhar ou matriculou-se em uma

escola pública?

Quando cheguei aqui a princípio trabalhei em casa de família, e resolvi

me matricular em uma escola no Tude Bastos perto da casa do meu tio, esta

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escola era conhecida como “Escolinha”, não lembro o nome, ela ficava perto do

CAMP- Centro de Amigos do Menor Patrulheiro de Praia Grande, eles acharam

melhor me colocaram na quarta série, pois foi a ultima série que tinha feito na

Bahia.

h) Nesta instituição a senhora terminou os estudos? Como é o nome

desta escola? Você sabe se ela ainda existe?

Não, infelizmente não, pois, surgiram alguns problemas e logo tive que

parar, era difícil conciliar trabalho e escola.

i) Fale um pouco da vida aqui e se a falta de ir a escola impediu de ter

um salário melhor?

Com certeza, pois sempre trabalhei em casa de família. Trabalhava para

sustentar minha família, pois o pai das crianças bebia e não contribuía e ainda era

agressivo, então logo sai de casa com meus filhos pequenos, a menor tinha

apenas três anos, mas a intenção era estudar, porém as coisas foram acontecendo

e os estudos foram ficando para traz.

Aposentei-me esse ano com um salário mínimo, devido à falta de

oportunidade para estudar e conseguir outras profissões. Além de estudar no

CEEJA, fiz cursos de artesanatos como chinelos decorados, bordados, e corte e

costura, esses me ajudam a melhorar um pouquinho minha renda mensal.

j) Conte sobre seus filhos, como eles enfrentaram a escola gostavam?

Eu não tive muita sorte nos estudos, mas graças a Deus meus filhos

tiveram, mesmo tendo a ausência de um pai, pois quando minha filha menor tinha

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três anos sai de casa com meus filhos, pelo fato dele ter me dado um soco no olho

e estava muito inchado isso foi à gota d’água.

Eles tiveram acesso à escola e era próxima de casa, pois ao sair de casa

fui à casa do meu tio, mas uma alma bondosa encaminhada por Deus me deu este

pedacinho de terra onde construímos um cômodo e um banheiro com ajuda dos

irmãos da igreja onde frequentava.

Eles sempre foram muito bem na escola, nunca repetiram, são quatro,

dois homens e duas mulheres, só fiquei triste por que o mais velho parou na oitava

série e nunca mais voltou, mas ele tem muitos livros e lê muito, é muito inteligente.

O do meio (dos homens) parou na oitava, e só foi voltar bem depois, fez

eliminação de matéria e esta na faculdade fazendo letras. Os meninos são mais

velhos, as duas meninas vieram depois.

A minha filha do meio parou também, e voltou em 2008 e terminou o

ensino médio no EJA, já a casula não parou iniciou em 1991 e terminou no final de

2001 o ensino médio, o sonho dela era fazer faculdade, mas não conseguiu devido

às condições financeiras, mas agora graças a Deus ela esta fazendo.

l) Conte a sua história de estudante na EJA e o que a senhora acredita que

pode melhorar nas aulas?

Iniciei a estudar este ano, por incentivo de meus filhos, onde no inicio

encontrei dificuldade, pois a escola onde estudei no Tude Bastos não existe mais,

hoje é uma escola Municipal, foi na escola eles não tinham minha ficha, fui à

SEDUC e na Secretaria de ensino ninguém achava meu cadastro, pois em 76 eles

não tinham informática na escola, e as escolas municipais não quiseram fazer

aquela prova para encaixar na série que mais me enquadrava, falando que tinha

que iniciar da primeira serie.

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Até que fui me Informar no CEEJA, e lá eles fizeram a prova e passei

para a quinta série, e hoje estou fazendo o processo de eliminação de matéria.

Gostei muito de lá, os professores são muito bom e estão sempre dispostos a

tirarem nossas duvidas. E o legal que eu faço meu horário de estudo.

m) A senhora, por favor, diga-nos se os estudos da EJA ajudam os jovens e

os que têm a melhor idade a terem expectativas de emprego melhor e

continuar seguindo os estudos posteriormente em uma faculdade?

Pelo menos aonde eu faço sim, já ouvi falar de outros lugares que não

são bons, os alunos logo desiste, mas gostei muito de lá, e nunca é tarde para

estudar, e ajuda muito sim, mas depende da força de vontade de estudar.

Como o caso de meu filho que desistiu na oitava serie isso porque briguei muito, e

naquela época te batíamos nos filhos para eles estudarem, (rsrs), mas depois que

tomou juízo voltou e fez CEEJA, o mesmo que estou fazendo e hoje esta no quinto

semestre no curso de letras.

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2. O PROCESSO DE EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DE MADALENA

O aluno da EJA- Educação de Jovens e Adultos- geralmente é aquele

que não estudou na época “certa” por falta de oportunidade, como: falta de valor na

família pela educação; por necessidade de trabalhar na infância; por questões de

gêneros ou descriminação que levam a exclusão social; por gravidez precoce; por

envolvimento nas drogas; e por falta de acesso a escola.

“Madalena” na entrevista relata que um dos fatores pelos quais ela não

estudou na idade própria foi à falta de escola em sua localidade, onde este fator é

de caráter econômico, social e político. Apesar de inúmeras dificuldades

enfrentadas por Madalena, hoje ela encontra motivação para estudar, onde fez

vários cursos, como diferentes tipos de bordado (Ponto Cruz, Vagonite, etc),

Pedraria, Corte e Costura no Instituto Universal Brasileiro, além de fazer sabão

caseiro reaproveitando óleo de cozinha.

Hoje aos 52 anos, ela faz parte de uma educação voltada para os jovens

e adultos que não concluíram em idade escolar, o CEEJA - Centro Estadual de

Educação de Jovens e Adultos – que, segundo Priscila Sellis (2010):

O CEEJA é mantido pelo Estado e reconhecido pelo Ministério da Educação em nível de Educação de Jovens e Adultos (EJA), seu ensino é caracterizado como uma escola do futuro. Nela, o aluno frequenta a escola nos dias e horários que considerar viável à sua realidade. A duração do curso dependerá exclusivamente do aluno, visto que é ele quem define quando e como irá realizar o curso.

A educação de jovens e adultos não é recente, pois no Brasil colônia os

jesuítas se dedicaram na educação dos índios e negros visando com isso difundir o

evangelho, porém este sistema de ensino adotado pelos jesuítas foi se

desorganizando gradativamente até ser abandonado por eles em 1759. E com isso

o ensino ficou abandonado nesta época sem nenhuma outra proposta de ensino

consistente.

Porém, com o passar dos anos, foram aparecendo algumas propostas

de educação de adultos, até que no Império em 1824, a primeira constituição

Brasileira garantiu que a instrução primeira deveria ser voltada para todo o cidadão,

não deixando de fora os jovens e adultos, porém, faltaram-se ações neste setor

para que esta garantia legal fosse concretizada.

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Na Primeira República, a discussão que ocorria sobre a educação

englobava a educação básica e a educação de jovens adultos sem haver distinção

entre elas no processo pedagógico, e sem haver uma implementação de políticas

publicas especificas. Quando o estado começou a manifestar suas atribuições e

responsabilidades em 1940 começou-se a distinguir a educação de jovens e

adultos, vinculando as verbas públicas para o atendimento a educação em nível

nacional.

A educação de jovens e adultos segundo HADDAD:

“é uma produto de miséria social, pois é consequência dos males do sistema publico regular de ensino e das condições de vida da maioria da população, sendo um marco condicionante da miséria social”.

...Pois a sociedade mundial está no encanto da tecnologia e comunicação e ao mesmo tempo desencanto por ter destruído uma parte considerável dos seus recursos naturais e não pode realizar um desenvolvimento que beneficiasse uma maioria crescente de empobrecidos, constituída, muitas vezes, como produto deste próprio desenvolvimento.

Produto de miséria social, pois, a EJA, é fruto da falta de instituições

educacionais nas localidades mais carente do Brasil, onde estes não tinham

acesso e nem meios para frequentar a escola, eram poucos que conseguia apenas

se alfabetizar como no caso de Madalena.

Na década de 60, período este pela qual Madalena não teve acesso à

escola, houve a renuncia do presidente Jânio Quadros, a qual o mandato deveria

ser concluído por João Goulart, onde este era considerado a ter interesses

esquerdistas. Mediante esses fatos iniciou-se a crise política a qual resultou no

golpe militar.

Como já foi abordada anteriormente, a EJA, é uma modalidade de

ensino brasileira que carrega na sua história dificuldades desde que os jesuítas

eram os responsáveis pela educação brasileira, porém em 1960 surge a pedagogia

de Paulo Freire uma educação popular entendida como ensino dos conteúdos

escolares relacionados ao cotidiano do individuo e que se articulava com a ação

política.

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2.1 Contribuições de Paulo Freire

Em 1964 foi aprovado o Plano Nacional de Alfabetização

orientado pela proposta de Paulo Freire, porém foi substituído pelo

MOBRAL, um Movimento Brasileiro de Alfabetização instituído pelo

regime militar, um método que se preocupava apenas em fazer os

alunos aprenderem a ler e escrever, sem preocupar-se com a

formação do homem. Uma tática usada pelos militares para manter

seus interesses enquanto dominadores da sociedade, domínio este

que durou de 1964 á 1985.

Já Paulo Freire defendia a Educação como um

instrumento de mudança social, visando à libertação dos sujeitos

de uma consciência ingênuo-resultante de uma sociedade

opressora - para uma consciência critica tornando-os capazes de

lutarem para a transformação da realidade.

Para Paulo Freire a Educação deveria ser significativa,

capaz de desenvolver nos sujeitos à capacidade de perceber a

denuncia da realidade, conduzindo o educando a uma leitura do

seu contexto social, das suas histórias e da sua vida, pois para

qualquer educação é preciso atribuir valor aos saberes que o

educando já traz do seu meio.

Autores como Cunha e Góes, Paiva e Bastos

mencionam que as décadas de 50-60 foram marcadas por projetos

voltados a alfabetização de jovens e adultos, sejam eles para o

acesso à escrita e leitura – grande desafio do momento histórico -,

ou para formar cidadãos participantes em seu meio social.

Porém para o regime militar, qualquer movimento

democrático era combatido.

No entanto não foi o suficiente para apagar ou negar da

nossa história momentos tão importantes para a nossa educação

quanto às experiências educacionais de Paulo Freire, tendo como

a mais marcante o fato de alfabetizar pessoas em 45 dias. A sua

proposta de alfabetização e inspiração para todos os educadores

até os dias atuais (Regina Duarte).

Esse período estabeleceu um momento muito especial na educação de

jovens e adultos, a qual foi e é considerado como um “período de luzes”, que

ocorreu entre 1959 a 1964, pois se começou a confrontar as ideias de

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preconceitos, buscando-se novas ideias e propostas educacionais, passando a

EJA ser reconhecida pelas suas características e peculiaridades nos planos

pedagógicos a qual foram incorporados os pensamentos de Paulo Freire, e

posteriormente com a constituição de 1967, a qual veio assegurar o direito da

educação como direitos de todos, assegurando a gratuidade do ensino, como

descreve o artigo 168:

Art. 168 A educação é direito de todos e será dada no lar e na escola; Assegurada a igualdade de oportunidade, deve inspirar-se no princípio da unidade nacional e nos ideais de liberdade e solidariedade humana. § 1º - O ensino será ministrado nos diferentes graus pelos Poderes Públicos. § 3º - A legislação do Ensino adotará os seguintes princípios: II - O ensino dos sete aos quatorze anos é obrigatório para todos e gratuito nos estabelecimentos primários oficiais; III - o ensino oficial ulterior ao primário será, igualmente, gratuito para quantos, demonstrando efetivo aproveitamento, provarem falta ou insuficiência de recursos. Sempre que possível, o Poder Público substituirá o regime de gratuidade pelo de concessão de bolsas de estudo, exigido o posterior reembolso no caso de ensino de grau superior.

Esta constituição foi formulada sobre vigência do regime militar, onde

esta retirou à vinculação da receita a educação, institucionalizando o subsidio

publico ao setor privado. Defendendo assim, que a educação é um direito que deve

ser efetivo e acessível a todos, onde esta poderá ser realizada nas instituições

escolares, como em lar, com o objetivo de que a educação abranja a todos os

indivíduos, até os locais carentes de instituição de ensino, este fato ocasionou a

educação de Madalena, onde esta teve acesso às quatro primeiras séries do

ensino fundamental I, pois a residência a qual madalena estudou, só ofertava o

ensino até o quarto ano do ensino fundamental.

A EJA é consequência das mazelas das políticas publicas, onde essas

contribuem para os ranços presentes na educação. Pois uma parte considerável da

população brasileira não teve acesso à educação em idade apropriada, pois, nas

regiões menos favorecidas ocorria a falta de escolas, e só havia escolas nas

regiões mais distantes, como nos centros urbanos.

Na constituição de 1988 no artigo 208 e na LDB 9.394/96 afirma que é

dever do estado garantir a educação a todos, até aqueles que não tiveram acesso

em idade apropriada. Na constituição de 88 houve também a designação de verba

para a educação, ficando o estado com o dever de investir 25% da receita na

educação e 18% dever do município, porém era conferida apenas parte deste

dinheiro a educação, onde ocasionou a falta de acesso à população menos

favorecida, pois a renda era bem inferior das regiões sul e sudeste. A outra parte

deste dinheiro que deveria ser investido na educação, era utilizado nos setores

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administrativos onde, não havia um processo de conferencia para averiguar os

investimentos conferindo se estes realmente foram utilizados na educação e com

isso percebemos os fatores que contribuíram para a marginalização da EJA, é de

caráter político, econômico, social, educacional e psicológico, por não haver

conscientização e incentivo a educação.

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3. DESLOCAMENTO

O processo de deslocamento é muito comum, principalmente na década

de 60/ 70/80, onde a população brasileira das regiões menos favorecidas migrava à

busca de melhor condição de vida.

Hoje esse processo ainda é comum, porém, as políticas educacionais

tem melhorado consideravelmente a qual ampliou o numero de instituições de

ensino nas regiões a qual não se tinha acesso a educação, como na Cidade de

Madalena, já se pode encontrar uma escola e universidade na cidade visinha.

Percebemos em nossos pais, que além da emigração também ocorra à

imigração, onde o fator que propicia essa imigração é a chegada do pré-sal e

poucas mão de obras qualificadas, como também, muitos imigram com objetivos de

crescimento a essa nova fase de crescimento em que o Brasil esta passando.

Madalena mudou-se da região a qual habitava para outra região por

necessidades financeiras, ela migrou-se da Bahia para São Paulo a busca de

melhores condições de vida, onde esta por sua vez, não obteve muito sucesso por

não ter tido oportunidades de estudos em idade apropriada.

Segundo o dicionário Aurélio emigrar é sair voluntariamente de seu país

para se estabelecer voluntariamente a outro; migrar: mudar de uma região para

outra e de um país para outro; imigrantes: entrar em um país estranho para nele se

estabelecer;

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4. O CLIMA E O MEIO AMBIENTE DE PARAGUAÇU- BAHIA

No município de Ibicoara, cidade natal de Madalena nasceu onde está

localizado o povoado de Paraguaçu onde esta viveu sua infância, o clima é

semiárido e subúmido a seco. Em 67% da área é semiárido, com chuvas anuais

inferiores a 700 mm, onde na parte superior da região, mais especificamente, na

chapada diamantina, o clima é mais ameno é subúmido a seco.

A sua cobertura vegetal na área da chapada da diamantina sobrevém o

que restou das florestas antigas e campos rupestres, onde predominam as

pastagens intercaladas por áreas com vegetação de caatinga, com seu trecho final

no planalto pré-litorânea, onde sobrevêm áreas agrícolas e florestais secundárias

da mata atlântica.

O clima Semiárido é caracterizado pela baixa umidade, e provoca longos

períodos secos e chuvas ocasionais, e o clima subúmido a seco caracteriza-se por

apresentar frio no inverno e quente e seco no verão, mantendo uma temperatura

média anual de 21,5°C.

Paraguaçu, nome dado ao povoado de Ibicoara onde Madalena foi

criada, sendo este o maior rio baiano que nasce no Morro do Ouro, Serra do Cocal,

município de Barra da Estiva, Chapada Diamantina, segue em direção norte

passando pelos municípios de Ibicoara, Mucugê passando pela cidade de Andaraí,

e muda de direção em seu curso para oeste e leste. Este mesmo rio é uma espécie

de divisor entre os municípios de Itaeté, Boa Vista do Tupim, Marcionílio

Souza, Itaberaba, Iaçu, Rafael Jambeiro, Santa Teresinha, Antônio

Cardoso, Castro Alves, Santo Estevão, Cruz das Almas, Governador

Mangabeira, Cabaceiras do Paraguaçu, Conceição da Feira, Muritiba de São Félix,

e nas cidades de São Felix de Cachoeira e Maragogipe desemboca na Baía de

Todos os Santos entre os municípios de Maragogipe e Saubara.

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Sendo um rio muito extenso com seiscentos quilômetros de curso, onde

banha cidades importantes, inclusive sob o ponto de vista turístico sendo um rio

navegável da foz até as cidades de Cachoeira e São Félix, e ao longo deste trecho

acham-se duas ilhas, a de Monte Cristo e a Ilha dos Franceses, razão pela qual

este rio é considerado turístico pelos seus atrativos, beleza natural das paisagens

com uma visão encantadora do acervo arquitetônico presente a suas margens.

Ibicoara surgiu no século XIX, com a chegada de Garimpeiros a procura

de ouro, e nesta época surgiu à cultura do café sendo fortemente presente até os

dias atuais, como a criação de gado. Ibicoara foi emancipado de Muçugê em 1962.

Hoje são ainda presente os festejos herdados do passado, como a festa junina e o

carnaval.

Os principais pratos típicos são o godó que é o cortado de banana

verde, o beiju e o cuscuz. A cidade é uma das maiores produtoras de café e

hortigranjeiro do estado, como também destacam a apicultura, o artesanato e a

fabricação de cachaça.

Sendo uma cidade que vem crescendo ano a ano, por ser muito

produtora e conter atividade de ecoturismo e quais vem gerando empregos e

rendas para a região.

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EJA PONTOS E CONTRA PONTOS - Processo Educacional no Contexto de Madalena

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5. O CLIMA DE PRAIA GRANDE

Praia Grande é uma cidade litorânea, que faz parte da região

metropolitana da baixada santista, presente no Estado de São Paulo. Foi à primeira

região criada sem status de capital Estadual, mediante a lei complementar 815 de

30 de junho de 1996.

Foi na Praia Grande que madalena viveu uma uma parte de sua

adolecencia, e vive até os dias atuais onde sente falta do clima de sua região ao

relatar que lar o clima e gostoso e fresco, onde o clima da atual cidade (Praia

Grande) onde ela mora segundo o Winkipedia Livre é:

...subtropical úmido, sem meses secos, com verões quentes e invernos brandos, sendo o mês mais quente Janeiro, com uma média de vinte e quatro graus centígrados, e o mais frio julho com uma média de dezessete graus centígrados.

O clima subtropical úmido geralmente se faz presente no interior dos

continentes ou nos litoral lestes destes, com latitudes entre 23º e 35º em ambos os

hemisférios, onde os verões deste clima geralmente contem dias úmido devido as

massas tropicais instáveis.

Com esses dados podemos ter uma aula dialética, ou seja, fazer uma

contraposição do que aprendemos e do que vivemos. Como a media em graus

centígrados do atual verão e inverno de Praia Grande que contrapõe com a teoria,

e as diferenças climáticas das duas cidades onde madalena passou parte de sua

vida.

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EJA PONTOS E CONTRA PONTOS - Processo Educacional no Contexto de Madalena

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6. ALIMENTAÇÃO

A alimentação é à base da vida e dela depende o estado de saúde do

ser humano. A falta de conhecimento sobre os princípios nutritivos como o não

reaproveitamento ocasiona a toneladas de desperdícios de recursos de nutrientes

alimentares no Brasil, onde pesquisas mostram que uma grande parte das

propriedades de nutrientes está presente nas cascas que são desprezadas e

jogadas ao lixo orgânico. Veja a seguir os nutrientes presentes em algumas cascas

de frutas, legumes e verduras:

Valores nutricionais das cascas, talos e folhas:

Talos de salsinha Aproveitados como temperos, contém vitamina C, que auxilia

na absorção de ferro e auxilia na imunidade, elevando a

resistência a doenças.

Folhas e talos de couve flor Sua folha possui vitamina C. Utilizada em recheios de tortas,

esfihas, panquecas, sopas e bolinhos.

Casca de maracujá A casca é rica em fibras que auxiliam no controle do colesterol

elevado.

Casca de Batata Pode-se utilizá-la cozida ou ate frita como aperitivo. Rica em

minerais e fibras, a casca serve para fazer receitas de bolinhos.

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Fonte: Scielo

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Fonte: Recicloteca

Nos países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos, o desperdício é

um serio problema que deve ser resolvido na produção, distribuição e

armazenamento desses alimentos.

Como antigamente as pessoas tinham maior contato com os alimentos

no seu plantio, essas tinham uma relação natural com o ambiente, onde a maioria

vivia no campo e com isso tinha um enorme conhecimento sobre os alimentos

como sua conservação e meios de aproveitar todos os benefícios destes, e essas

ricas informações passavam de geração a geração. Como Madalena na segunda

entrevistas, pois ao reler analisar sua entrevista recorreiamos a ela, a qual nos

acrescentava cada vez mais com sua experiência de vida riquíssima. Ela nos

contou que os mamões que caiam do pé ainda verdes era aproveitados, fazendo

diversas receitas como refogado que fica parecido com o chuchu, e a parte branca

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da melancia e do melão aquele próximo à casca, ela faz uma salada refrescante e

muito saborosa, a qual o sabor é parecido com o do pepino.

Pensando nesses dados obtidos por meio de pesquisas e entrevista, que

vimos à importância do conhecimento para Madalena sobre o reaproveitamento

alimentar, contribuindo para o prosseguimento de uma alimentação saudável por

meio do reaproveitamento de partes de alimento (cascas, caroços, sementes, etc.)

que é descartado ao lixo por muitos, onde este torna se prejudicial ao meio

ambiente se não forem descartados de maneira apropriada, gerando o mau cheiro

e o aparecimento, desenvolvimento e proliferação de bactérias, fungos, insetos e

ratos, esses fatores contribuem para a contaminação do solo e da água,

contribuindo para o surgimento de varias doenças (infectocontagiosas e virais) que

vivem ou frequentam esses ambientes contaminados.

O lixo que descartamos na cozinha, tais como: frutas, verduras,

legumes, casca de ovo, carne, frango, ossos, espinhos, etc. são nomeados como

lixo orgânico, onde este, quando não descartado de maneira correta, ao se

decompor produz o chorume – liquido viscoso e de cheiro forte e desagradável –

que em contato com rios, mares, lençóis freáticos causa a contaminação do solo e

da água.

Em Paraguaçu- Bahia, não há seleta coletiva, onde os moradores

enterram os lixos em suas fazendas ou terrenos, e alguns é misturado na terra das

plantações servindo de adubo.

Hoje em dia há inúmeras possibilidades de reaproveitar os lixos

preservando o meio ambiente e a saúde da população. Como é o caso do lixo

orgânico que pode ser usado para a produção de energia – biogás- o qual ao se

decompor é gerado o gás metano.

O óleo de cozinha também é outro inimigo do meio ambiente, pois seu

acumulo alimenta os ratos e polui rios, interfere a passagem de luz na água,

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EJA PONTOS E CONTRA PONTOS - Processo Educacional no Contexto de Madalena

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retarda o crescimento dos vegetais, além de impossibilitar a oxigenação na água

prejudicando a vida dos peixes e crustáceo.

Madalena sabe o quanto o óleo é prejudicial à saúde, e por isso ela não

descarta na pia, mas reaproveita fazendo sabão caseiro. Percebemos que existem

inúmeras formas de reaproveitamento e de reciclagem que além de contribuir para

o meio ambiente também contribui para a geração de renda além de contribuir para

a economia.

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EJA PONTOS E CONTRA PONTOS - Processo Educacional no Contexto de Madalena

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7. SEQUÊNCIA DIDÁTICA

TEMA: Caminhos interdisciplinares no contexto de Madalena e o meio ambiente.

OBJETIVO: Contextualizar os conceitos a serem assimilados com a vida de

Madalena, partindo do conhecimento de vivência para ampliá-lo.

Conceitos (saber) a serem assimilados:

História: A história da cidade de Ibicoara - Bahia.

Geografia: O clima da região;

Ciências: Alimentação saudável;

Matemática: Fração.

Lingua Portuguesa: Gênero textual: Receita.

Temas transversais: Pluralidade cultural, Meio ambiente e Saúde

8. CONTEUDOS

Aprender a fazer e identificar:

Fatores sociais, políticos e econômicos que contribuem ou não para a

qualidade de vida;

Conhecer e internalizar as diferentes situações climáticas mediante as

estações do ano presentes em nosso país;

Ser capaz de diferenciar as diferenças entre os três conceitos: migração,

emigração e imigração, identificando e como ocorre;

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Material inicial:

Pesquisa com Madalena

Mediante a pesquisa junto com os alunos identificaremos pontos

importantes para debates, a qual será contextualizada com diversos conceitos e

áreas do conhecimento, sendo uma aula interdisciplinar, onde esta ira partir da

realidade vivida de muitos estudantes da EJA.

Das aulas:

1ª aula:

Essa aula objetiva, a princípio levar os educando a saber os conceitos

de Emigração, Imigração e Migração, contextualizando com a o processo de

emigração de Madalena.

2ª aula:

Em um segundo momento visa descrever o clima da cidade natal

(Paraguaçu/Bahia) e da cidade para onde Migrou (Praia Grande / São Paulo),

levando esses a reconstruir seus conhecimentos, passando do senso comum para

o cientifico sobre os diferentes climas das regiões de um mesmo país. Levando

estes, a saber, a fazer e identificar o porquê de um mesmo clima tornar mais

ameno em diferentes regiões.

3ª aula:

Com a conscientização dessas diferenças, visamos levar o aluno a

identificarem as dificuldades encontradas mediante o clima, hábitos, alimentação e

custo de vida, o qual nesses últimos dois tópicos debateremos o processo de

plantar e colher a própria alimentação e as dificuldades encontradas, sendo estas

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inaceitáveis a princípio para Madalena pelo fato de ter que comprar e pagar caro

por algo que tem de fartura em sua terra.

4ª aula:

Desta maneira debateremos com os educando possíveis meios de

reaproveitamento alimentar como instrumento para garantir a qualidade e o

aproveitamento integral dos alimentos, visando com isso contribuir para o

aprendizado de todos ao identificarem possíveis formas de ter uma alimentação

saudável e econômica. Além de ser uma forma de alimentação que os alunos

poderão fazer para a criança com dificuldades alimentares a comer sem identificar

alguns alimentos não aceitáveis por elas.

5ª aula:

Nesta aula iremos ver na prática esse processo de reaproveitamento dos

alimentos, obsevando o que outrora seria descartado possíveis fontes riquíssimas

de vitamina para a alimentação. Levando o aluno a ser um cidadão conciente, onde

suas atitudes irão fazer toda a diferença para o meio ambiente.

Nesta aula prática eles observarão e verão como ocorre o processo de

fermentação, as vitaminas presentes nas cascas e caroços das frutas e verduras e

no que estas vitaminas contribuem para a saúde, ou seja, as suas funções para o

nosso organismo.

Receita a ser utilizada na aula:

Bolo de abobrinha – Glória Camanhos.

Ingredientes

3 xícaras de farinha de trigo;

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1 colher de sopa de fermento em pó;

1 colher de sopa de canela em pó;

1 colher de sopa de achocolatado;

3 ovos;

1 xícara e meia ou duas de açúcar;

1 abobrinha italiana;

1/2 xícara de óleo, 1/2 xícara de leite;

(pode medir meia xícara de óleo e até completar a xícara água,

colocar).

duas colheres de leite em pó);

Cobertura

1 xícara e meia de açúcar;

4 colheres de achocolatado;

1 colher de sopa de margarina;

1 colher de sobremesa de gengibre em pó;

1/2 xícara de água dois cravos da índia;

Preparo

Coloque no liquidificador a abobrinha lavada e cortada a

“grosso modo” o açúcar, o óleo, a água os ovos e bater bem em

uma bacia peneire a farinha o fermento a canela e o achocolatado.

Misture o líquido e bata bem. Unte a assadeira com

margarina, derrame o bolo e leve a assar em forno pré-aquecido a

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280 graus mais ou menos 30 ou 35 minutos, espete um palito e

quando este sair seco apague o fogo.

Recheio

Em uma panela leve ao fogo acrescente o açúcar, a

margarina, o gengibre, os cravo da índia e a água. Faça uma calda

a ponto de fio e derrame sobre o bolo quente.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

EIRÓS, Mauricio. Praia Grande noticias. Disponível em http://www.praiagrande.sp.gov.br/pgnoticias/noticias/noticia_01.asp?cod=23946&cd_categoria= acessado em 15 de agosto de 2012.

IVANA. Educação nas Constituições Brasileiras. Disponível em: http://www.xtimeline.com/evt/view.aspx?id=152841 acessado em 17 de agosto de 2012

HADDAD, Sergio. Escolarização de Jovens e Adultos. http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n14/n14a07.pdf acessado em 17 de agosto de 2012

HADDAD, Sergio. Tendências atuais na Educação de Jovens e Adultos. Disponivel em: http://biblioteca.planejamento.gov.br/biblioteca-tematica-1/textos/educacao-cultura/texto-128-2013-tendencias-atuais-na-educacao-de-jovens-e-adultos.pdf, acessado em 15 de agosto de 2012.

PIERRO, Maria Clara Di. EJA em Segundo Plano http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/modalidades/eja-plano-618045.shtml acessado em 14 de agosto de 2012.

ARANHA, M. L. de A. História da educação. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2000.

Autor desconhecido. Educação de Jovens e Adultos e Movimento Brasileiro de Alfabetização. http://monografias.brasilescola.com/historia/a-educacao-jovens-adultos-

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movimento-brasileiro-alfabetizacao.htm acessado em 15 de agosto de 2012

Outras fontes:

http://www.senept.cefetmg.br/galerias/Anais_2010/Artigos/GT6/PROJETO_ALIMEN

TACAO.pdf

http://www.scielo.br/pdf/cta/v25n4/27658

http://recicloteca.org.br/blog/index.php/2011/09/19/que-tal-uma-refeicao-nutrit