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ELABORAÇÃO DE UM MODELO DE FICHA PARA O ACOMPANHAMENTO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PARTURIENTE* Sônia Maria Junqueira V. de Oliveira ** OLIVEIRA, S.M.J.V. de Elaboração de um modelo de ficha para o acompanhamento da assistência de enfermagem à parturiente. Rev. Esc. Enf. USP, v. 26, n. 2, p. 257-70, Ago. 1992. A aplicação de um questionário a 47 enfermeiras obstetras forneceu dados para a reformulação da ficha inicialmente proposta para o acompanhamento da assistência de enfermagem à parturiente. UNITERMOS: Enfermagem obstétrica. Assistência de enfermagem à parturiente. INTRODUÇÃO O trabalho de parto e o parto, na maioria das vezes, consistem em um processo fisiológico. Acarretam, no entanto, algumas alterações na parturiente que, somadas àquelas decorrentes da hospitalização, re- querem atenção especial da equipe que a assiste. A experiência nos mostra que, entre o serviço de pré-natal, o cen- tro obstétrico ou a unidade de pré-parto e a unidade de puerperio, há pouco ou mesmo nenhum intercâmbio de informações, principal- mente quanto às condições e às necessidades da mulher. A falta des- tas informações dificulta o planejamento e a implementação dos cui- dados de enfermagem durante o parto e o puerperio. Nosso estudo envolve um sistema de comunicação do pessoal das unidades de pré-parto e sala de parto com o pessoal da unidade de puerperio ou alojamento conjunto. É necessário que exista um ins- trumento de comunicação que traga informações suficientes para re- tratar a condição da parturiente, fornecendo dados necessários para planejar a assistência de enfermagem à puérpera. Essa assistência deve ser vista na sua integralidade e de modo contínuo. A puérpera pode apresentar sinais e sintomas indesejáveis, como estafa, fome, sede, sangramento vaginal e outros, decorrentes do tra- * Resumo da dissertação de mestrado apresentada à Escola de Enfermagem da USP. ** Enfermeira. Professor Assistente do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Psi- quiátrica.

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ELABORAÇÃO DE UM MODELO DE FICHA PARA O ACOMPANHAMENTO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

À PARTURIENTE*

Sônia Maria Junqueira V. de Oliveira **

OLIVEIRA, S.M.J.V. de Elaboração de um modelo de ficha para o acompanhamento da assistência de enfermagem à parturiente. Rev. Esc. Enf. USP, v. 26, n. 2, p. 257-70, Ago. 1992.

A aplicação de um questionário a 47 enfermeiras obstetras forneceu dados para a reformulação da ficha inicialmente proposta para o acompanhamento da assistência de enfermagem à parturiente.

UNITERMOS: Enfermagem obstétrica. Assistência de enfermagem à parturiente.

INTRODUÇÃO

O trabalho de parto e o parto, na maioria das vezes, consistem em um processo fisiológico. Acarretam, no entanto, algumas alterações na parturiente que, somadas àquelas decorrentes da hospitalização, re­querem atenção especial da equipe que a assiste.

A experiência nos mostra que, entre o serviço de pré-natal, o cen­tro obstétrico ou a unidade de pré-parto e a unidade de puerperio, há pouco ou mesmo nenhum intercâmbio de informações, principal­mente quanto às condições e às necessidades da mulher. A falta des­tas informações dificulta o planejamento e a implementação dos cui­dados de enfermagem durante o parto e o puerperio.

Nosso estudo envolve um sistema de comunicação do pessoal das unidades de pré-parto e sala de parto com o pessoal da unidade de puerperio ou alojamento conjunto. É necessário que exista um ins­trumento de comunicação que traga informações suficientes para re­tratar a condição da parturiente, fornecendo dados necessários para planejar a assistência de enfermagem à puérpera. Essa assistência deve ser vista na sua integralidade e de modo contínuo.

A puérpera pode apresentar sinais e sintomas indesejáveis, como estafa, fome, sede, sangramento vaginal e outros, decorrentes do tra-

* R e s u m o d a d i s s e r t a ç ã o d e m e s t r a d o a p r e s e n t a d a à E s c o l a d e E n f e r m a g e m d a U S P .

* * E n f e r m e i r a . P r o f e s s o r A s s i s t e n t e d o D e p a r t a m e n t o d e E n f e r m a g e m M a t e r n o - I n f a n t i l e Ps i ­

q u i á t r i c a .

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balho de parto e do parto. Tendo-se em mente estas considerações, é fundamental transmitir o maior número de informações sobre o que está acontecendo com a parturiente, a fim de se subsidiar o pla­nejamento da assistência de enfermagem à mulher durante o puer­perio. Surge daí a importância do fornecimento de dados relevantes das condições da parturiente durante o trabalho de parto e o parto, através de um instrumento sistematizado.

Na maioria das instituições hospitalares existe uma ficha obsté­trica de internação. Esta ficha, em geral, contém dados básicos, como identificação, antecedentes familiares, pessoais e obstétricos, história obstétrica atual, exame físico e obstétrico, diagnóstico obstétrico, evo­lução e condições do parto. Não há necessidade, portanto, de nos preocuparmos em coletar estes dados novamente, uma vez que esta ficha é parte do prontuário da parturiente e nos é acessível.

No entanto, sente-se falta de um instrumento que permita a iden­tificação e o registro sistemático de outros problemas e necessidades da parturiente, além de servir como fonte de comunicação entre a unidade de pré-natal e a de puerperio. Em vista desta problemática, propõe-se uma ficha para o acompanhamento da assistência de en­fermagem já contendo os problemas e desconfortos mais comumente apresentados pelas parturientes, durante o trabalho de parto e o par­to, a fim de propiciar uma assistência de continuidade à mulher. Neste estudo, o termo "problema da parturiente" compreende uma condição ou uma dificuldade da parturiente que requer a atuação da equipe de enfermagem e foi baseada na conceituação de HORTA 5.

O estudo teve como objetivo geral elaborar uma ficha para o acompanhamento e o registro da assistência de enfermagem à partu­riente. Os objetivos específicos foram:

— avaliar a pertinência das informações contidas na ficha para o acompanhamento da assistência de enfermagem à parturiente.

— verificar a opinião das enfermeiras quanto à aplicabilidade da ficha na prática profissional.

— verificar a opinião das enfermeiras quanto à utilização da fi­cha para a continuidade de assistência de enfermagem à parturiente e puérpera.

MATERIAL E MÉTODO

A população deste estudo foi constituída por 47 enfermeiras obste-tras ligadas à assistência de enfermagem à parturiente, selecionadas dentre aquelas que atenderam aos seguintes critérios:

— atuavam na área de ensino de Enfermagem Obstétrica, das escolas de Enfermagem da Região Metropolitana de São Paulo;

— atuavam na área de assistência das unidades de pré-parto e sala de parto dos hospitais ou maternidades utilizados como campo de

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estágio, pelas escolas de Enfermagem, na Região Metropolitana de São Paulo.

Para esta pesquisa foi utilizado um questionário para a avaliação e sugestões das enfermeiras. Foram emitidas opiniões a respeito da ficha proposta e das orientações para o seu preenchimento.

O questionário foi elaborado com base na formulação de JOU-CLAS 6 e é composto de questões abertas e fechadas. As questões fechadas tiveram a finalidade de verificar a pertinência dos itens pro­postos para constarem da ficha e as questões abertas se destinavam a verificar a opinião das enfermeiras quanto à aplicabilidade da ficha e a sua utilização para a continuidade da assistência de enfermagem. Determinamos como critério de aceitação das questões fechadas do questionário o percentual de 75%, que corresponde à somatória das categorias todos os itens citados são necessários e suficientes e todos os itens citados são necessários mas insuficientes... Este critério foi estabelecido a fim de se verificar a necessidade ou não dos itens pro­postos constarem da ficha.

Quanto à questão da suficiência ou insuficiência dos itens para comporem a ficha, as respostas dadas pelas enfermeiras foram anali­sadas e incorporadas ou rejeitadas, com base na bibliografia consul­tada e em nossa experiência profissional.

Com relação à ficha, esta é constituída de três partes, sendo que a primeira corresponde às áreas de atenção, a segunda ao período de dilatação e a terceira aos períodos de expulsão, dequitação e ao quarto período do parto. A segunda e terceira partes da ficha são divididas em 4 colunas, sendo a primeira para anotação do horário, a segunda para os dados encontrados, a terceira para anotação dos cuidados prestados e a última coluna para a assinatura.

Elaborou-se a ficha contendo a listagem dos problemas e das ne­cessidades mais comumente encontradas, durante o trabalho de parto e o parto. Procuramos manter uma seqüência lógica, baseada nos procedimentos necessários ao atendimento da parturiente, com base em nossa experiência e nos Padrões de Assistência de Enfermagem propostos por CARTER et a l 3 e naqueles existentes na literatura na­cional 2 e i 3 e ainda nas recomendações de vários autores. Convém res­saltar também que alguns itens da ficha, por sua natureza, poderiam ser incluídos em outra área de atenção.

Assim, os dados obtidos na ficha para acompanhamento da assis­tência de enfermagem à parturiente consistem em: identificação (no­me e registro), data e hora do início do preenchimento; sinais vitais (respiração, temperatura, pulso e pressão arterial); higiene e confor­to (sujidade, halitose, lábios ressecados, transpiração, decúbito dor­sal e lateral, posição ginecológica, lençol ou campo sujo e outra); ali­mentação e hidratação (fome, sede e infusão endovenosa); eliminação (distensão vesical, perda de fezes no leito ou na mesa, perda san­guínea vaginal e vômitos); atividade (deambulação, relaxamento mus­cular e esforços expulsivos); percepção dolorosa (dor lombar ou

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ventral, câibra e outra); ambiente (odor, ruído, número de pessoas, frio e calor); comunicação (informação sobre a evolução do trabalho de parto, informação sobre as condições do feto, comprtamento co­operador, comportamento agitado, expressão facial de choro e expres­são facial de medo); e inter correncias (observadas pela enfermeira e relatadas pela parturiente).

A ficha proposta se destina à anotação dos problemas e necessi­dades da parturiente, por toda a equipe de enfermagem.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados obtidos do questionário, em relação à aceitação ou não dos itens, são apresentados em Gráfico e Tabelas e as sugestões feitas pela população são apresentadas em forma de Quadros.

GRAFICO — Respos tas relativas às áreas de atenção da ficha. São Paulo, 1990.

1101 • 1

l T - 3 4 5 6 1 8 9

(a) Somatór ia das categorias T o d o s o s i tens c i tados s ã o necessár ios e suficien-entes e Todos os i tens c i tados são necessár ios m a s insuficientes .

(b) N e m todos o s i tens são necessários .

(c ) N e m todos os i tens são necessár ios m a s ex i s tem outros que devem ser intro­duzidos.

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Neste gráfico os números 1 a 9 colocados no eixo horizontal cor­respondem às áreas de atenção propostas na ficha.

Verificamos neste gráfico que os itens propostos para todas as áreas de atenção obtiveram um percentual entre 80 a 100% de acei­tação.

QUADRO 1 — I tens suger idos pe las enfermeiras que foram incluídos na ficha. S ã o Paulo, 1990.

I tens N '

Insôn ia 2

Efe i to d o enteroc l i sma 1

Intens idade da dor 1

Expressão de dor 1

Outra 1

Sabe-se que o sono é uma das necessidades humanas básicas, e sua alteração constitui queixa freqüente das parturientes, justificán­dose, portanto, sua inclusão.

O sono e, principalmente, o repouso, são fundamentais para a recuperação de energia em situações de desgaste físico. É uma neces­sidade que a enfermeira deve observar proporcionando condições fa­vorecedoras ao repouso da parturiente.

A sugestão de incluir o efeito do enteroclisma é adequada, pois seu efeito insatisfatório pode ser uma indicação para a repetição do procedimento ou para se observar a perda de fezes durante o evolver do parto. Cabe ressaltar que muitas vezes, mesmo com evacuação apos o enteroclisma, a parturiente elimina fezes no parto, pois de­pende também da quantidade de alimento ingerido e do tumanho e localização do bolo fecal.

A sugestão de incluir, mais detalhes da dor, como sua intensida­de, nos parece necessária, pois é um dado objetivo para avaliar as ações propostas para o seu alívio. Cabe ressaltar que a identificação da dor deve ser feita através da queixa e do comportamento da par­turiente, o que leva a enfermeira a deduzir o nível de tolerância e a decidir, juntamente com a parturiente e o médico, que medida ado­tar para o seu controle. Tendo-se em vista que a dor afeta tanto a área biológica como a psicológica, MOLINA 9 e PIMENTA 1 0 reco­mendam que sejam considerados uma combinação das técnicas não farmacológicas e tratamentos, segundo as necessidades de cada in­divíduo.

Com relação aos itens a serem excluídos da ficha, as sugestões das enfermeiras aparecem no Quadro a seguir.

Rev. Eac. Enf. U8P, v . 36, n . 2, p . 257-70. a g o . 1992 261

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QUADRO 2 — Itens sugeridos pe las enfermeiras que foram excluídos da ficha. S ã o Paulo , 1990.

I tens

L e n ç o l / c a m p o s u j o 2

Expressão de m e d o / c h o r o 1

Decúbito lateral 1

Acreditamos que os problemas lençol e campo sujo podem ser incluídos no item sujidade.

O item "decúbito lateral" foi retirado para conservar a unifor­midade dos itens, pois o decúbito lateral não é problema, e sim cui­dado recomendado.

A única sugestão a respeito da área de atenção Comunicação foi a de substituir a "expressão facial de medo e de choro" para somente "Expressão facial". Essa sugestão foi incorporada, uma vez que a enfermeira deverá registrar o tipo de expressão na coluna "dado en­contrado".

TABELA 1 — Opinião das enfermeiras relativas à aplicabilidade da ficha. São Paulo, 1990.

Enfermeiras Docentes Assistenciais Total

Opinião N ' N* N" %

Favorável 3 12 15 31,9 Favorável c o m restrição 10 16 26 55,3 Desfavorável — 3 3 6,4 Indefinida 2 — 2 4,3 S e m resposta — 1 1 2,1

Total 15 32 47 100,0

Observa-se na Tabela 1 que a maioria, 41 enfermeiras (87,2%), foi favorável à aplicação da ficha na prática profissional. Das favo­ráveis, 55,3% fizeram algumas restrições. Apenas 6,4% foram desfa­voráveis à aplicação da ficha, e 4,3% foram categorizadas como in­definidas.

As principais justificativas das enfermeiras para aderência à fi­cha são a facilidade de aplicação ou sua adequação à prática profis­sional, bem como sua relevância para a melhoria da assistência de enfermagem. Seguem-se alguns dos comentários feitos pelas enfer­meiras: "ajuda na rotina do serviço..., proposta mais séria no aten­dimento à parturiente e puérpera"; "ótima, pois fornece informações

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que contribuem para a melhoria da assistência de enfermagem"; é indispensável para a implantação do processo de enfermagem".

Quanto as opiniões favoráveis à aplicabilidade, porém, com res­trições, merece destaque a grande freqüência da citação relacionada ao reduzido número de enfermeiras e ao pouco tempo disponível das mesmas.

Pode-se notar, através das justificativas, a carência de recursos humanos e a preocupação de que seja valorizada a atuação da enfer­meira. Estes pareceres vêm reforçar os resultados obtidos por PI-NELLI et a l 1 1 , que mostram que a maioria das enfermeiras que tra­balham na unidade de centro obstétrico acumulam as funções assis­tencial, administrativa e educativa. Também, LIMA et a l 7 , em um es­tudo sobre a atuação do enfermeiro nas maternidades municipais, estaduais, federais e universitárias do Rio de Janeiro, concluíram que a assistência de enfermagem obstétrica não está sendo prestada satis­fatoriamente naqueles locais pesquisados, devido à falta de formação específica dos enfermeiros, associada à sobrecarga de atividades dos mesmos, uma vez que trabalham em mais de uma unidade. Sob nosso ponto de vista, a enfermeira que atua no centro obstétrico deve pro­curar delegar as funções administrativas para poder dedicar-se mais à função assistencial. Nesse sentido, um instrumento que sistematize a assistência pode contribuir para atuação da enfermagem junto à parturiente.

TABELA 2 — Opinião relativa à uti l ização d a f icha para a cont inuidade da ass is tência de enfermagem. São Paulo, 1990.

Enfermeiras Docentes Assistenciais Total

Opinião N* N* N 9 %

Favorável 9 22 31 66,0 Favorável c o m restrição 3 4 7 14,9 Desfavorável 2 3 5 10,6 Indefinida — 3 3 6,4 S e m resposta 1 — 1 2,1

Total 15 32 47 100,0

Examinando os resultados da Tabela 2 percebe-se que 38 enfer­meiras (80,9%) foram favoráveis à utilização da ficha para a conti­nuidade da assistência de enfermagem, sendo que, destas, 14,9% opi­naram pela necessidade de algumas condições para sua efetividade.

As justificativas mais citadas para a categoria "Favorável" con­sideraram que a ficha fornece subsídios e facilita a continuidade da assistência de enfermagem. São exemplos os seguintes relatos: "im­portante para subsidiar a atuação da enfermeira na unidade de puer­perio"; "proporciona subsídios para a elaboração do plano de assis-

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tência de enfermagem"; "facilita a assistência continuada frente às ne­cessidades da clientela". Ressalta-se que os padrões de assistência de enfermagem ditados pelo Ministério da Saúde (BRASIL 2) estabele­cem o intercâmbio de informações entre a equipe como condição para a continuidade de assistência ao cliente.

Acreditamos que a utilização da ficha se presta também à con­tinuidade da assistência no próprio centro obstétrico, favorecendo a assistência global à parturiente. Essa foi uma vantagem apontada por quatro enfermeiras, destacando-se os seguintes comentários: "seria uma boa forma de se dar assistência de maneira ideal, pois o pessoal que trabalha no centro obstétrico está sempre voltado ao parto, ape­nas deixando em segundo plano a assistência global" e "facilita a visualização e coordenação de cuidados essenciais a serem prestados à parturiente".

Analisando-se as restrições citadas pelas respondentes quanto à utilização da ficha para a continuidade de assistência de enfermagem, verificou-se que algumas justificativas coincidem com determinadas condições referidas como necessárias para que a ficha fosse aplicável. É o caso da falta de enfermeiras e do pouco tempo disponível das mesmas.

Nesse sentido, servem como ilustração as seguintes citações: "se for num hospital onde existam enfermeiras suficientes para dar assis­tência seria muito bom" e a ficha "torna o processo de assistência mais trabalhoso, porém, sem dúvida, levantará os problemas da par­turiente".

É usual que, ao se proporem mudanças na assistência de enfer­magem, ocorram reações de oposição e que apareçam obstáculos ini­ciais. Uma das dificuldades mais freqüentemente alegada é a falta de tempo; é como se cada mudança exigisse mais do profissional.

A esse respeito, ASHWORTH 1 diz que a assistência ou a dificul­dade em trabalhar com mudanças é problema comum, que pode ser contornado à medida que o enfermeiro percebe que a assistência pro­fissional sistematizada torna-o mais individualmente responsável pelo cuidado dos clientes no campo legal e ético.

A respeito da opinião desfavorável à utilização da ficha para a continuidade da assistência de enfermagem, cabe ressaltar que duas enfermeiras foram categóricas ao discordar da ficha: . . . "não perce­bi onde ela (ficha) se presta para a continuidade (da assistência)" e "traz muita informação desnecessária para a continuação da assis­tência". As demais se manifestaram de forma menos contundente, afirmando, "não acho viável", "não há necessidade" e "sugiro um ou­tro modelo..."

CONCLUSÕES

O estudo sobre a elaboração de um modelo de ficha para o acom­panhamento da assistência de enfermagem à parturiente permitiu che­gar às seguintes conclusões:

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1 — A maioria dos itens propostos é necessária e suficiente para constar da ficha, para o acompanhamento da assistência de en­fermagem à parturiente, segundo o critério de aceitação estabe­lecido na Metodologia.

2 — Foram modificados itens nas áreas Higiene e Conforto, Elimina­ção, Atividade, Percepção dolorosa, Ambiente, Comunicação e Intercorrências acatando-se as sugestões feitas pela população e considerando a experiência da Autora.

3 — Entre as enfermeiras obstetras que opinaram a respeito da apli­cabilidade ou não da ficha, 31,9% foram favoráveis, com por­centual maior entre as enfermeiras assistenciais; 55,3% vincula­ram a aplicabilidade da ficha à existência de determinadas con­dições (porcentual maior entre enfermeiras docentes); 6,4% fo­ram desfavoráveis (porcentual referente a somente enfermeiras assistenciais); 4,3% não opinaram se a ficha é ou não aplicável (porcentual referente a somente enfermeiros docentes); e 2,1% não responderam à questão.

4 — Das enfermeiras obstetras que opinaram quanto à utilização da ficha para a continuidade da assistência de enfermagem, 66,0% foram favoráveis, com porcentual maior entre as enfermeiras assistenciais; 14,9% vincularam a utilização da ficha à existência de determinadas condições (porcentual maior entre enfermei­ros docentes); 10,6% foram desfavoráveis (porcentual maior en­tre enfermeiros docentes); 6,4% não opinaram sobre a utilização da ficha para a continuidade da assistência de enfermagem (por­centual referente a somente enfermeiras assistenciais); e 2,1% não responderam à questão.

Atendendo ao objetivo deste estudo, foi proposto um modelo de ficha (ANEXO D e adaptadas as orientações para o seu preenchimen­to (ANEXO 2), tomando-se como base as sugestões das enfermeiras que participaram da pesquisa e o conhecimento acrescentado por este estudo à nossa experiência profissional.

Consideramos que a nossa proposta de ficha para o acompanha­mento da assistência de enfermagem à parturiente deve ser testada e aperfeiçoada. Julgamos que, na dependência da estrutura do ser­viço de enfermagem, pode ser implantada não somente a primeira fase do processo de enfermagem (levantamento de problemas), mas também a evolução e a prescrição de enfermagem.

OLIVEIRA, S.M.J.V. de De proposal of a follow-up tool for nursing care of women in labor. Rev. Esc. Enf. USP, v. 26, n. 2, p. 257-70, Aug. 1992.

This study shows the remodelation of a follow-up tool for nursing care of woman in labor, based in evaluation and suggestion of 47 obstetrical nurses.

UN1TERMS: Obstetrical nursing. Nursing care of women in labor.

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s o c i a ç ã o B r a s i l e i r a d e E n f e r m a g e m , 1986. p . 315-32.

12 . P O T T E R , P . A . ; P E R R Y , A . G . F u n d a m e n t a l s o f n u r s i n g : c o n c e p t s , p r o c e s s a n d p r a c t i c e . S a i n t L o u i s , M o s b y , 1985. c a p . 37, p . 1007-37: P a i n .

1 3 . U N I V E R S I D A D E D B S A O P A U L O . H o s p i t a l U n i v e r s i t á r i o . D e p a r t a m e n t o d e A s s i s t ê n c i a

d e E n f e r m a g e m . M a n u a l d e p r o c e d i m e n t o s d o c e n t r o o b s t é t r i c o . S ã o P a u l o , s .d .

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ANEXO 1

FICHA PARA O ACOMPANHAMENTO DA ASSISTÊNCIA

D E ENFERMAGEM À PARTURIENTE

Nome: R e g i s t r o : D a t a : I n í c i o :

áreas de atenção

Dl LATAÇÀO CERVICAL EXPULSÃO. DEQUITAÇXO E 4 * PERIODO

áreas de atenção hora

dade encon t r ado c u i d a d o p r e s t a d o a s s . nora

dado e n c o n t r a d o c u i d a d o p r e s t a d o kSS.

SINAIS VITAIS

R e s p i r a ç ã o (R) Tempera tura (T) P u l s o (P) P r e s s ã o A r t e r i a l (PA)

Kl G LENE E CONFORTO

Suj ldaoe (SJ) Hal l t o s e (KL) Lábios r e s s e c a d o s (LP) T r a n s p i r a ç ã o (TR) I n s a n i a ( IS) P o s i ç ã o G i n e c o l ó g i c a (PC) O u t r a

ALIMENTAÇÃO E KLDRATAÇÃO

Fome (FM) Sede (SD) I n f u s ã o endovenosa (LEV)

ELIMINAÇÃO

Dis tensão v e s i c a l (DVj E f e i t o do e n t e r o c l i s m a (EET) Perda de f e z e s no l e i t o / m e s a (PFL/PJM) Perda sanguínea vaginal (PSV) Vómitos (VI)

ATIVIDADE

Acamado (AC) Decúbi to dorsal (DD) Tensão m u s c u l a r (TMi Esforços e x p u l s i v o s Inade­quados ( E t ] )

PEJK1PÇÃ0/LOLOROSA

Dor lcrbar/abcominaj (DL'DAí Lntensiaaò" da dor - ( a 1C (ID Câurfcra (Cb Outra

AMBIET/TL

Odor (OD) Ruido (RD) NÍmero de pes soas (NP) F r i o (F) Calor (C) Outra

ccKjracAÇÃo

Comportamento a g i t a d o (CA) Expressão f a c i a l (EF) Expressão de dor (EL) Outra

INTEftCORRñJClAS

Observadas p e l a equipe dt-Enfermagem Relatadas p e l a p a r t u r i e n t e ou acorrrianhanre

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ANEXO 2

ORIENTAÇÕES S O B R E O P R E E N C H I M E N T O DA FICHA PARA O ACOMPANHAMENTO D E ENFERMAGEM À PARTURIENTE

1. Preencher o cabeçalho c o m o s seguintes dados: n o m e da parturiente, número do registro de internação, data e hora do início do preenchimento da ficha e horário de saída da parturiente da sala de parto .

Nota: caso a ficha es te ja comple tamente s e m espaço para m a i s anotações , abrir u m a n o v a ficha.

2. N a anotação d o s dados encontrados utilizar as s iglas conforme o proposto entre parenieses para cada i tem, a f im de facilitar o registro.

3 . Os problemas e as necess idades da parturiente deverão ser pesquisados com intervalos regulares, de acordo c o m a dinâmica do serviço e do trabalho de parto o u con iorme o aparec imento d o s m e s m o s . A anotação do horário e do cuidado pres tado deverá ser feita nas co lunas correspondentes , s endo , que o cui­dado deverá ser registrado de forma sucinta.

4. S e houver necess idade de descrever qualquer u m dos i tens c o m maiores detalhes, anotar u m número após a sigla o u o cuidado e util izar o verso da folha n o espaço reservado para tal, co locando o n ú m e r o e a anotação nas colunas correspondentes .

5. Sinais Vitais

A Respiração, a Temperatura, o Pulso e a Pressão Arterial, o s valores referentes a e s se s i tens deverão ser anotados na coluna "dados encontrados" e o horário na co luna correspondente . O t ipo de respiração (profunda, ofegante o u outra) deverá ser registrado conforme a orientação do i t e m 4. A freqüência de verifi­cação dos s inais vitais dependerá das condições c l in icas e obstétr icas de cada parturiente. E m geral, aconselha-se que o s s inais vitais s e j a m verif icados pe lo m e n o s a cada 4 horas .

6. Hig iene e Conforto

Inclui suj idade e m qualquer parte d o corpo, a s s i m c o m o hal i tose, lábios resse­cados , transpiração, insonia e pos ição ginecológica, a l é m de outros problemas l igados a higiene e conforto . N a pos ição ginecológica, anotar o horário do posi­c ionamento e da retirada, seguido da sigla correspondente .

7. Al imentação e Hidratação

Inclui queixas de fome, sede, a lém de infusão endovenosa . Anotar a duração do je jum, conforme o i t e m 4. N a infusão endovenosa , anotar aquelas medicações n ã o prescritas e administradas por ordem verbal o u de rotina.

8. E l iminação

Refere-se à d i s tensão vesical , efe i to do enterocl i sma, perda espontânea de fezes n o leito o u na m e s a cirúrgica, perda sanguina vaginal e vômi tos . N o efeito d o enterocl isma, anotar após a sigla, o resultado. Caso tenha ocorrido a contami­nação da cavidade vaginal c o m fezes , e e s tando a parturiente c o m bolsa rota, anotar conforme o i t e m 4.

Nota: registrar a quantidade de sangue que a parturiente esteja perdendo, con­forme i t e m 4.

9. Atividade

N o i t e m acamada, deve ser anotado se a parturiente permaneceu todo ou parte do t e m p o deitada durante o per íodo de di latação.

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N o i t e m decúbito dorsal , registrar se a parturiente permaneceu todo o u parte do per íodo de dilatação, nes ta pos ição . Considerar t ensão muscular c o m o aumen­t o do tônus muscular traduzido por enr i jec imento a nível da pele . Caso a par­turiente apresente tensão muscular deve ser registrado s e é n o corpo inteiro ou e m parte dele. Considerar inadequado o s es forços expuls ivos quando a partu­riente realiza o s "puxos" e o s m e s m o s n ã o resul tam na evolução do trabalho de parto.

Obs.: Anotar o t e m p o que a parturiente p e r m a n e c e u realizando o s "puxos", con­forme i t e m 4.

10. Percepção Dolorosa

Inclui queixa de dor lombar e abdominal relativas a contração uterina e cãibra. N o i t e m intens idade da dor usar a escala numér ica de zero a dez. Anotar a sigla e o valor referido pela parturiente: zero corresponde à ausência de dor e dez à dor insuportável . Qualquer outro t ipo de queixa dolorosa poderá ser anotada n o i t e m "Outra".

11. Ambiente

Refere-se à s queixas da parturiente quanto a odor desagradável , ruído, número excess ivo d e pessoas , frio e calor. N o i t e m "Outra" d e v e m ser anotadas queixas que surgirem, c o m o luminosidade, vent i lação e l impeza.

12. Comunicação

Refere-se ao c o m p o r t a m e n t o agitado da parturiente e à expressão facial que pode ser de choro o u de m e d o . Considerar expressão facial d e m e d o , quando a partu­riente arregalar o s o lhos e contrair as pálpebras, o ros to pode estar pál ido ou c o r a d o 4 .

N o i t e m expressão de dor considerar o conjunto de s inais c o m o : contração dos múscu los faciais e c o r p o r a i s 4 , cerrar o s d e n t e s 8 , prender o s l á b i o s 9 , náuseas e v ô m i t o s 1 2 , t r a n s p i r a ç ã o 1 2 , a g i t a ç ã o 4 , chorar o u g e m e r 4 e 1 2 , e tocar a parte do corpo d o l o r o s a 1 2 , a l ém de outras mani fes tações c o m o aumento da pressão arte­rial, da freqüência cardíaca e da freqüência re sp ira tór ia 8 e n . N o i t e m "Outra" registrar a presença e a part ic ipação de a c o m p a n h a m e n t o n o trabalho de parto e parto.

13. Intercorrências

Anotar dados encontrados ta is c o m o reações medicamentosas , reje ição a o pri­meiro contato c o m o filho recém-nascido, entre outros e observações d o s elemen­tos da equipe de enfermagem o u relatos da parturiente o u acompanhante .