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FAQ – Faculdade XV de Agosto ELABORAÇÃO DE UM PROJETO AUTO- SUSTENTÁVEL PARA UMA ORGANIZAÇÃO DO TERCEIRO SETOR Marta Dall’Olio Pereira Socorro / 2008

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FAQ – Faculdade XV de Agosto

ELABORAÇÃO DE UM PROJETO AUTO-SUSTENTÁVEL PARA UMA ORGANIZAÇÃO DO

TERCEIRO SETOR

Marta Dall’Olio Pereira

Socorro / 2008

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FAQ – Faculdade XV de Agosto

ELABORAÇÃO DE UM PROJETO AUTO-SUSTENTÁVEL PARA UMA ORGANIZAÇÃO DO

TERCEIRO SETOR

Aluna: Marta Dall’Olio Pereira Orientadora: Profa. Ms. Claudia Cobêro Prof.Ms. Luiz Antônio Fernandes

Socorro / 2008

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à Faculdade XV de Agosto, Curso de Administração com ênfase em Sistema de Informação Gerencial.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado tantas boas oportunidades para

chegar até aqui e, tenho certeza, ir além.

Agradeço ao Marcelo, meu marido e companheiro, por seu imensurável apoio a

todos os meus projetos e pela credibilidade que depositou em mim ao longo desses anos.

Certamente o caminho até aqui seria muito cinza sem ele.

Merle, minha mãe, também merece um agradecimento muito especial por todos os

sacrifícios em prol do meu bem estar, por ser um exemplo de força e coragem e uma fonte de

constante inspiração.

Agradeço aos meus irmãos, Murilo e Danilo, pela amizade fiel de sempre e por

serem pessoas realmente maravilhosas.

Agradeço a minha sogra, Lucile, e as minhas meninas, Isabela e Maria Luiza, por

serem pessoas sempre presentes e que, de uma forma ou de outra, me instigam a ir sempre em

frente.

Como não poderia deixar de fazer, agradeço à minha orientadora Claudia Côbero

e meu professor Luiz pela dedicação e paciência durante todo o curso e a elaboração deste

trabalho. Assim como não posso deixar de mencionar a dedicação de Maria, bibliotecária e

amiga, que esteve sempre disposta a ajudar em cada detalhe.

À instituição que abriu suas portas para meu projeto e a todas as crianças e

adolescentes queridos que dedicaram seu tempo a me ouvir, deixo meu carinho e um

agradecimento profundo por estarmos realizando tanta coisa boa juntos.

E por fim, agradeço ao João Marcelo, meu filho querido, cuja existência é

simplesmente a razão mais maravilhosa que tenho para seguir e vencer.

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Não apenas as formas de vida mais avançadas, mas também muitos dos insetos mais diminutos são seres sociais que, sem nenhuma religião, lei ou educação, sobrevivem graças à cooperação mútua baseada em um reconhecimento inato da relação existente entre eles. Tenzin Gyatso, o décimo quarto Dalai Lama (2002). A vida de compaixão. Rio de Janeiro:Bertrand Brasil, p. 19.

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Resumo

Este trabalho descreve a estruturação de um curso para montagem de bijuteria como projeto auto-sustentável para uma ONG situada na cidade de Socorro-SP. Estão detalhadas aqui, além de explicações sobre o tema, as ações necessárias para adequar o projeto às necessidades da instituição filantrópica em questão. O objetivo foi elaborar o projeto de forma que este possa ser implantado em qualquer outra empresa do terceiro setor com características semelhantes à citada neste trabalho. O projeto pôde ser estruturado através das reuniões efetuadas junto aos responsáveis pela instituição onde o mesmo foi implantado. Além de resultados práticos (as bijuterias confeccionadas nas aulas) o trabalho também apresenta resultados humanos afinal, as pessoas são a principal razão de existência das ONG’s.

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SUMÁRIO

• 1- Introdução ................................................................................................ 06 • 1.1- Empresa Analisada ............................................................................ 06 • 2- Referencial Teórico ................................................................................. 08 • 2.1- Definições para Terceiro Setor............................................................08 • 2.2- Terceiro Setor, hoje, no Brasil............................................................ 09 • 2.3- O que é sustentabilidade .................................................................... 10 • 2.4- A auto-sustentabilidade em organizações do Terceiro Setor ........... 10 • 2.5- A diferença entre lucro e superávit.....................................................11 • 2.6- O trabalho voluntário..........................................................................12 • 3- Metodologia ............................................................................................. 14 • 3.1- Procedimentos metodológicos ............................................................14 • 3.1.1 A elaboração do projeto.......................................................................14 • 3.1.2 A implantação do projeto ....................................................................15 • 3.1.3 As aulas ...............................................................................................16 • 3.2- Público ................................................................................................16 • 3.3- Material utilizado ................................................................................17 • 4- Resultados ..................................................................................................19 • 4.1- Resultados humanos .......................................................................... 19 • 4.2- Resultados das aulas práticas .............................................................19 • 5- Considerações Finais .................................................................................22

Referências Bibliográficas ..........................................................................................23

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1. INTRODUÇÃO

É crescente o número de organizações do Terceiro Setor atuantes no Brasil. A

princípio todas elas mantinham suas atividades através de doações, mas este perfil foi

transformado, gradativamente, até adquirir um conceito mais organizacional e menos

filantrópico.

Embora a sobrevivência dessas organizações ainda dependa de doações, muitos de

seus ganhos são oriundos da venda de produtos confeccionados por seus voluntários. A partir

dessas informações, fica claro que as organizações do Terceiro Setor têm uma necessidade

latente por projetos que as torne auto-sustentáveis.

A consciência desta necessidade fez surgir a idéia de elaborar um curso de

bijouterias e o seguinte problema de pesquisa: Quais as ações necessárias para elaborar um

projeto auto-sustentável para uma empresa do terceiro setor?

A proposta consiste em buscar a melhor maneira de se estruturar um projeto de

maneira que ele venha a gerar renda, ou, como já foi dito antes, seja auto-sustentável.

Este trabalho mostra, de forma detalhada, o desenvolvimento do processo de

elaboração cujo objetivo é deixar o projeto pronto para ser implantado.

1.1 Empresa Analisada

A empresa do terceiro setor para a qual foi elaborado o projeto, existe desde 11 de

janeiro de 2003 na cidade de Socorro – SP. As atividades da ONG estão voltadas para

crianças e adolescentes carentes e a assistência inclui aulas de reforço escolar, computação,

artesanato, esporte, educação alimentar entre outras. O números flutuante de menores

assistidos pela organização chega a 75 crianças e adolescentes.

Depois de 5 anos de existência, a organização procura formas realizar seus

compromissos sem contar unicamente com as doações filantrópicas. Para tanto foi necessário

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buscar parceiros que trouxessem novos projetos que possam tornar a ONG cultural, social e

economicamente sustentável.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

Será apresentado a seguir, neste referencial teórico, livros, cartilhas e sites cujos

conteúdos foram usados como fonte de pesquisa para este trabalho.

2.1 Definições para Terceiro Setor

Terceiro setor é o conjunto de associações ou sociedades privadas sem fins

lucrativos que desenvolvem atividades de utilidade pública. Diferencia-se do setor público por

não responder aos cidadãos eleitores, e do setor privado por não ter fins lucrativos.

(PLANETA SUSTENTÁVEL – Terceiro Setor, 2008)

Lopes (2006) afirma que “[...] a complexidade conceitual do Terceiro Setor

retrata a dificuldade em conceituar suas ações[...]”,pois são chamadas de ONG’s

(organizações não-governamentais, sociedade civil organizada, sociedade sem fins lucrativos,

etc. Essa diversidade de denominações dificulta a definição exata das iniciativas dessas

organizações.

Segundo Cunha et al (2005), as entidades do Terceiro Setor são regidas pelo

Código Civil (Lei nº 10.402/02) e juridicamente constituídas sob a forma de associações ou

fundações.

Ainda segundo Cunha et al (2005), Terceiro Setor é o conjunto de entidades

privadas sem fins lucrativos que realizam atividades que tragam soluções para problemas

sociais em prol do bem comum. O Primeiro Setor é representado por entes da Administração

Pública ou das atividades de mercado e Segundo Setor pelas empresas com finalidade

lucrativa.

Já D’urso (2005) afirma que Terceiro Setor é a união do poder público a parceiros

como as ONG’s a fim de vencer as deficiências do Estado no que diz respeito a suprir as

necessidades de educação, saúde, lazer e segurança das comunidades carentes reduzindo a

exclusão social e evidenciando que somos todos socialmente responsáveis.

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D’urso (2005) ainda avalia que “O Terceiro Setor demonstra que podemos e devemos

encontrar respostas criativas para muitos problemas da população” , o que faz dele um setor estratégico para

construirmos um futuro melhor para cada brasileiro.

2.2 Terceiro Setor, hoje, no Brasil.

Segundo Landim (1999), o terceiro setor se fortalece quando o governo (primeiro

setor), embora arrecade impostos, não supri as necessidade sociais gerando a falta de

confiança nas políticas públicas.

O Terceiro Setor não para de crescer no Brasil. “São mais de 250 mil instituições

no país, que movimentam R$12 bilhões/ano, oriundos da prestação de serviços, do comércio

de produtos e da arrecadação de doações.”. O valor corresponde a 12% do PIB (Produto

Interno Bruto) brasileiro, o que comprova o grande potencial de um setor que está em

constante e dinâmico crescimento. (SETOR3)

Um dos dados capazes de confirmar esta expansão é que em 1995, entre as

pessoas físicas, no Brasil, havia 15 milhões de doadores, já em 1998 este número chegou a

44,2 milhões de pessoas, o que corresponde a 50% da população adulta brasileira. (SETOR3)

As organizações do terceiro setor vêm, cada vez mais, se consolidando em um

formato que as distancia da tradicional dedicação à filantropia e à caridade, de forma que seu

principal foco vem sendo o de estruturar um espaço mais politizado da sociedade buscando a

ampliação e a racionalização de suas ações sociais. (SETOR3)

No que diz respeito à credibilidade depositada nas empresas do Terceiro Setor,

segundo pesquisa realizada pelo instituto Datafolha em 18 de setembro de 2001, 53% dos al

2830 entrevistados em todo o país, afirmam acreditar muito nas entidades que utilizam o

trabalho voluntário. Acreditam pouco nessas entidades, 38% e o número de pessoas que não

acredita chega a 5%, quase o mesmo percentual daqueles que não souberam responder (6%).

(DATAFOLHA, 2001)

2.3 O que é sustentabilidade

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Sustentabilidade é um conceito relacionado à continuidade dos aspectos

econômico, social, cultural e ambiental da sociedade humana, que tem o objetivo de recompor

as agressões impostas à sociedade e ao meio ambiente. (PLANETA SUSTENTÁVEL -

Sustentabilidade, 2008)

Já para que um empreendimento seja considerado sustentável, este

empreendimento deverá ser “ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente

justo e culturalmente aceito.” (PLANETA SUSTENTÁVEL - Sustentabilidade, 2008)

Uma colocação sobre posição nacional a respeito do tema “sustentabilidade”,

questiona e cobra um momento de reflexão, a fim de que se possa perceber que o discurso

sobre o tema exige uma mudança no meio de vida de cada um, o que, conseqüentemente,

exigiria mudanças culturais drásticas e irreversíveis.

De fato, a idéia da sustentabilidade por si só não poderá nos tirar das encrencas econômicas, sociais, ambientais e culturais em que nos metemos enquanto estávamos entretidos em competir e acumular. Ela será sempre só a idéia de sustentabilidade, capaz de produzir um certo efeito cênico com o poder relativo de amenizar as nossas angústias em relação às inequidades que promovemos e com que convivemos. Só nós, mudando o padrão de ação no mundo, conseguiremos reverter as ameaças que hoje nos afligem. E aí, a idéia de sustentabilidade será mais do que útil, será essencial! (ESTEVES, 2008, p. 01.)

2.4 A auto-sustentabilidade nas organizações do Terceiro Setor

Segundo Cruz (2008), para levarem adiante sua missão e alcançarem realizações

de qualidade, as instituições sem fins lucrativos sabem que precisam conseguir um equilíbrio

financeiro que lhes permitam manter a confiança da comunidade na execução de seus

serviços.

McKinsey (2006) define organizações “auto-sustentáveis” aquelas cujo superávit

consegue sustentar a operação de forma que não necessite de doações e financiamentos.

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Segundo Salamon (2000), o grande desafio para o Terceiro Setor é o da

sustentabilidade, tanto em termos financeiros quanto de capital humano.

O autor também afirma que muitas organizações do Terceiro Setor começaram

graças ao apoio inicial de doadores. No entanto, ao crescerem em escala e complexidade,

deparam-se com graves problemas de sobrevivência, sobretudo porque um número cada vez

maior de organizações tem de competir por um número cada vez menor de doadores.

(SALAMON, 2000)

Ainda segundo Salamon (2000), o setor precisa “escapar à armadilha que a

filantropia privada seja sua única fonte de sustentação”, sendo que mesmo nos Estados

Unidos, onde as existe um grande número de ONGs, a filantropia privada mal chega a 18%.

Assim, as empresas do terceiro setor necessitam do desenvolvimento de ações

que gerem um superávit a fim de propiciar o cumprimento das missões dessas ONGs, além de

garantir a sustentabilidade financeira no longo prazo.

2.5 A diferença entre lucro e superávit

Para Iudícibus et. al (1980) o conceito de superávit é genérico, uma vez que

depende tanto do regime contábil quanto do tipo de organização. O regime contábil pode ser

de competência ou de caixa e as organizações podem ter ou não a finalidade lucrativa.

No regime de competência, ainda segundo Iudícibus et. al (1980), as receitas e as

despesas devem ser consideradas em função do seu fator gerador e não em função do

recebimento da receita ou pagamento da despesa, em dinheiro.

Segundo Marion (1982), nesse regime, se a diferença entre a receita e a despesa

for positiva em organizações com fins lucrativos, ela denomina-se lucro. Porém, se essa

diferença for positiva em organizações sem fins lucrativos, ela denomina-se superávit, uma

vez que a sua razão de existência não é o lucro.

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Já no regime de caixa, segundo Marion (1982), devemos considerar como receita

do exercício a entrada de dinheiro recebida dentro do exercício, assim como despesa deve ser

considerada como o desembolso realizado dentro do exercício.

Em empresas sem fins lucrativos (associações religiosas, filantrópicas, etc),

segundo Marion (1982), é comum o regime de caixa, assim como também é comum em micro

e pequenas empresas dispensadas da obrigatoriedade do regime de competência.

2.6 O trabalho voluntário

Segundo Bindo (2006), o trabalho voluntário existe há muito tempo, mas antes

estava atrelado à igreja. Os demais cidadãos tranqüilizavam a consciência doado dinheiro e

roupas usadas. No entanto, a partir de 1977, quando as ditaduras foram substituídas por

governos democráticos, a sociedade civil, com o intuito de participar ativamente de questões

sociais, começou a se concentrar em Organizações Não-Governamentais, promovendo a

cidadania.

Para Landim (1999), "As atividades voluntárias são uma bela iniciativa da

sociedade, mas não são uma solução mágica para os problemas do mundo nem devem

substituir a função do Estado. São, sobretudo, uma forma de exigirmos nossos direitos".

O Datafolha realizou em 18 de setembro de 2001 uma pesquisa sobre o trabalho

voluntário em todo o país. Foram entrevistados 2830 brasileiros, e a margem de erro é de dois

pontos percentuais, para mais ou para menos.

Para 83% dos entrevistados, o trabalho voluntário é muito importante para o

Brasil. São 12% os que atribuem um pouco de importância e 2% os que acham que o trabalho

voluntário não é nada importante para o país. No entanto, 73% do total de entrevistados nunca

prestou serviço à comunidade como voluntário. Já participaram, mas atualmente não

participam mais 16% e continuam participando 12%. (DATAFOLHA, 2001)

Ainda na mesma pesquisa, mas no que diz respeito à classe econômica, estão em

maior números os que possuem melhor condição socioeconômica (renda familiar mensal

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superior a 20 salários mínimos) somando 38% entre os voluntários. Entre os que têm nível

superior essa taxa é de 29%, e entre os que fazem parte das classes A e B, de 24%.

(DATAFOLHA, 2001)

Quando a questão é o motivo que levou cada uma destas pessoas ao trabalho

voluntário, 26% afirmam que o objetivo foi ajudar ao próximo de maneira geral, 25% para

ajudar aos necessitados. Já 12% afirmam ter se tornado voluntários simplesmente por

disporem de conhecimentos ou meios para ajudar e o mesmo percentual por influência de

outros. (DATAFOLHA, 2001)

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3. Metodologia

Para responder ao problema de pesquisa deste trabalho foi utilizada o método de

pesquisa exploratória.

Segundo Lakatos (1991) pesquisa exploratória é “uma investigação de pesquisa

empírica” através da formulação de um problema e desenvolvendo hipóteses para o problema

em questão.

Ainda para Lakatos (1991), os dados coletados para a para respaldar a pesquisa

podem ser adquiridos por meio de entrevista, observação participante, análise de conteúdo e

etc.

3.1 Procedimentos metodológicos

A origem de todo esse trabalho é a conscientização pela necessidade que muitas

empresas do terceiro setor têm em desenvolver projetos auto-sustentáveis.

A partir daí surgiu a idéia do “Acessório Solidário”, um curso de criação,

montagem e comércio de bijuterias que capacitasse jovens a gerar renda para a empresa do

terceiro setor em questão e, posteriormente, para si próprios.

O tema do curso foi escolhido para este projeto primeiro por se tratar de um

assunto cujo conteúdo é de domínio da autora, segundo por poder ser aplicado para qualquer

pessoa, independentemente de seu grau de escolaridade e finalmente por exigir uma estrutura

ambiental simples e baixo investimento financeiro.

3.1.1 A elaboração do projeto

As informações necessárias para a elaboração do projetos foram colhidas em

reuniões, num total de quatro, realizadas na instituição em março de 2008.

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A primeira reunião teve como finalidade principal uma prévia apresentação do

projeto proposto. Também nesta reunião foi discutido com a instituição o ideal conteúdo do

curso e apontadas as necessidades primordiais dos alunos no que diz respeito ao tipo de

atividade a ser desenvolvida.

Na segunda reunião, além de conhecer as instalações disponíveis para a realização

das aulas, também foi feita a apresentação do projeto aos assistidos e futuros alunos. Neste

momento, pôde-se avaliar o interesse de cada um além de ouvir sugestões e responder as

dúvidas.

A decisão de dar início ao curso no mês de abril também foi tomada nesta

segunda reunião. Por se tratar de alunos ainda em período escolar, a ONG apontou a

necessidade de realizar as aulas aos sábados e domingos com duração de quatro horas cada

aula, contando com um intervalo de meia hora.

A única sala disponível para a aplicação do curso foi o tema da terceira reunião

para a elaboração do projeto. Foram avaliadas todas as adequações necessárias pelas quais a

sala deve passar, a grande maioria sugeridas pelos próprios alunos como, por exemplo,

melhorar a iluminação e trocar a janela existente por outra maior.

Os resultados de todas as reuniões anteriores deram respaldo para que, na quarta e

última reunião, se pudesse enfim calcular o montante necessário para a implantação do curso

e realizar as adequações na sala de aula.

Naquele momento a instituição não tinha o total de verba suficiente disponível

para a realização do projeto, portanto nesta última reunião também estudou-se a solução para

um fator estratégico do projeto: a captação de recursos prioritariamente para a compra de

ferramentas e materiais.

3.1.2 A implantação do projeto

A solução encontrada foi adquirir o material e ferramentas necessárias com o

dinheiro de doações feitas por pessoas físicas e comerciantes parceiros da instituição.

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Não foi possível, por falta de verba, fazer todas as adequações necessárias na sala

de aula. No entanto, gradativamente, a sala será pintada e receberá cadeiras e mesas novas à

medida que a quantia suficiente para a execução de cada adequação for adquirida.

3.1.3 As aulas

As aulas foram todas 100% práticas. A cada nova aula uma peça diferente é

desenvolvida pelo aluno. A professora leva uma bijuteria pronta e ensina o passo a passo até

que os alunos estejam aptos a reproduzi-la.

Nem todos os alunos têm a mesma habilidade no manejo das ferramentas e, se por

esta razão, um aluno não consegue finalizar a peça até o final daquela aula, ele poderá, sem

nenhum prejuízo em seu aprendizado, continuá-la nas aulas seguintes.

O objetivo real das aulas é capacitá-los a montar bijuterias comercialmente

aceitas tanto pela beleza quanto pela qualidade.

Um aluno não deve ser pressionado com determinado limite de tempo para

terminar uma bijuteria, assim a professora deve estar disponível para acompanhá-lo,

independendo do estágio de aprendizagem se encontre.

A agilidade de cada aluno será desenvolvida na prática.

3.2 Público

A princípio só participariam do projeto as crianças e adolescentes assistidos pela

instituição. Posteriormente, porém, foi constatada a importância da participação das famílias

no que diz respeito à motivação dos alunos pelo curso. No entanto, a maioria dos familiares se

interessaram apenas em acompanhar o desempenho de seus filhos ou parentes.

Ficou decidido que o número máximo de alunos nesta classe experimental seria de

15, sobretudo pela necessidade de a professora estar o mais disponível possível para cada

aluno.

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Devido ao fato de haver uma larga diferença de idade entre os mais velhos e os

mais novos é natural que as dificuldades variem na mesma proporção. Portanto, monitorar o

desenvolvimento individual dos alunos durante as atividades é imprescindível para o sucesso

do projeto.

3.3 Material utilizado

Optou-se por não utilizar apostilas didáticas pelo fato de alguns alunos não serem

alfabetizados. Portanto, as aulas são 100% práticas e todas as etapas do curso têm o

acompanhamento direto e integral da professora do curso e autora do projeto.

As principais ferramentas utilizadas na confecção das peças utilizadas são:

Alicate de ponta redonda

Alicate de ponta meia cana

Alicate de corte diagonal

Figura 1: Ferramentas utilizadas na confecção das peças. Fonte: Dados de pesquisa elaborados pelo autor

Já o material utilizado nas primeiras peças são pedrarias de modelos, cores e

materiais variados (madeira, acrílico, cristais, etc) além de fios e correntes apresentados na

figura a seguir:

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Alfinete

Contra pino

Fio de nylon

Fio de silicone

Madeiras

Pedras variadas

Cristais

Resinas

Correntes

Bases para brincos

Fechos

Pingentes

Figura 2: Alguns dos materiais utilizados nas confecções das peças. Fonte: Dados de pesquisa elaborado pelo autor

É importante esclarecer que muitos outros tipos de materiais podem vir a ser utilizados no lugar das pedrarias específicas para a montagem de bijuterias. Crochê, papel reciclado, garrafa pet, feltro e sementes secas são algumas possibilidades de material alternativo freqüentemente utilizado na confecção destes acessórios.

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4. Resultados e Análises

Nesse capítulo é possível conferir todos os resultados alcançados no trabalho em questão e a análise dos mesmos.

4.1 Resultados Humanos

Com intenção de documentar os resultados humanos, foram colhidos

depoimentos dos alunos a respeito do que esperam aprender e quais mudanças eles acreditam

que o projeto “Acessório Solidário” trará ou trouxe para suas vidas. Tais depoimentos estão

apresentados no quadro a seguir:

A.S., 15 anos “Ainda estou começando, mas espero encontrar uma profissão.”

D. M. P., 18 anos “Estou aprendendo ter mais paciência pra ficar ali sentada, montando

as peças.”

T. M., 10 anos “Quero fazer muitas bijuterias pra mim e pra minha mãe.”

L. F., 08 anos “Vou ficar famosa aqui em Socorro.”

Quadro 1 Fonte: Dados de pesquisa elaborados pelo autor.

4.2 Resultados das aulas práticas

Após sua elaboração junto à coordenação da instituição, o projeto “Acessório

Solidário” foi implantado e as ações para este fim estão apresentadas no quadro a seguir:

1. Apresentar o projeto para os alunos, informando data, local e horário das aulas.

2. Fazer a inscrição dos alunos.

3. Comprar as ferramentas e materiais necessários para a montagem das bijuterias.

4. Organização e limpeza da sala e aula.

5. Reunião com os demais colaboradores da ONG.

6. Início do curso.

Quadro 2 Fonte: Dados de pesquisa coletados pelo autor

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Os resultados práticos das aulas podem ser avaliados conferindo as peças

produzidas pelos alunos:

Figura 3: Peças montadas pelos alunos Fonte: Dados de pesquisa elaborados pelo autor.

Em uma análise geral pode-se dizer que o projeto ainda encontra-se em fase

embrionária. Ainda há muito a ser desenvolvido e alcançado.

Uma análise superficial classificaria o projeto apenas como uma aula de

artesanato. A tarefa, no entanto é bem maior.

Colar com pedras variadas e pingentes de cor ouro velho no fio de silicone.

Colar com pingentes de temas variados e corrente na cor ouro velho.

Pulseira no fio de silicone com pedrinhas de resina e bolas de madeira presas por “separadores” na cor níquel.

Conjunto étnico de pulseiras feitas no fio de silicone com pedras variadas e sementes “olho de boi” (vermelhas).

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Mais adiante, para uma avaliação de resultados, poderiam ser contabilizados

apenas o número de peças fabricadas e o quanto estas renderam em dinheiro para a

instituição. Mas e segundo Drucker (1990 – p.82) as ONG’s “(...) são agentes de mudanças

humanas. Portanto seus resultados são sempre mudanças em pessoas – de comportamento,

condições, visão, saúde, esperanças e, acima de tudo, de sua competência e capacidade”.

Frente a afirmação de Drucker (1990) constata-se uma imensa dificuldade em

monitorar a parte humana de desempenho do projeto, pois as medidas utilizadas na avaliação

desses resultados não são mensuráveis.

O grande desafio do projeto é torná-lo um agente de mudanças sociais. Antes

disso porém, é imprescindível que o voluntário entenda e aprenda a trabalhar com um mundo

que, na maioria das vezes, é tão diferente do qual ele faz parte. Neste sentido, são grandes os

obstáculos encontrados pela autora.

Existe ainda a grande resistência dos alunos no que diz respeito a obedecer as

regras. Fazer com que eles cumpram os horários e respeitem a hierarquia exige muita

disposição do voluntário, mas é fundamental para a continuidade do projeto. Seria vitorioso

envolver a família de cada um dos alunos nesta tarefa, mas isso exigiria a presença constante

de um psicólogo ou psicopedagogo e a ONG ao dispõem do trabalho deste profissional.

No entanto, os resultados humanos e práticos não são os únicos esperados deste

projeto, visto que há ainda o objetivo de torná-lo sustentável, ou seja, que ele independa de

doações para continuar existindo e ainda gerar lucro com a vendas das peças apresentadas na

figura 3.

Para alcançar o objetivo da sustentabilidade, as peças confeccionadas pelos

alunos serão postas à venda no lançamento da primeira coleção do projeto. O lançamento

ocorrerá em um bazar de natal realizado todos os anos pela instituição no mês de dezembro.

Parte do lucro será reinvestida para a continuidade do projeto e o restante será utilizado para

pequenas melhorias na instituição.

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5. Considerações finais

Embora tenha chegado a um resultado para o problema de pesquisa em

questão, o trabalho está distante do fim.

Acredito que o projeto ainda será muito enriquecido pelo principal objeto deste

trabalho: as pessoas. À medida que os alunos forem se aperfeiçoando nas técnicas de

montagem e no manuseio das ferramentas, a criatividade poderá ser posta em evidência e

tomará proporções, tenho certeza, surpreendentes.

No decorrer do projeto ainda tenho o objetivo de proporcionar cursos

complementares com temas como, por exemplo, a utilização de materiais alternativos ou

reciclados na composição dos acessórios ou ainda, como trabalhar a venda no atacado.

No entanto, este projeto sozinho não trará resultados significativos para suprir

todas as necessidades da ONG. Será preciso ações simultâneas que insiram a instituição num

contexto administrativo contemporâneo.

Hoje, o voluntariado já não é suficiente para atender às crianças e adolescentes.

Mas se a ONG pode ser capaz de gerar emprego e renda para toda a comunidade, porque

permanecer dependente do trabalho voluntário? Questões como esta libertarão a ONG do

trabalho com mentalidade militante, cujo método já se mostrou ineficaz e ,por isso, tornou-se

inadequado e obsoleto.

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