Elementos Finitos

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elementos finitos vigas mistas

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  • Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia

    Programa de Ps-Graduao em Engenharia Civil

    Anlise Numrica de Vigas Mistas pelo Mtodo dos Elementos Finitos

    Jorge Luis Palomino Tamayo

    Porto Alegre 2011

  • ii

    JORGE LUIS PALOMINO TAMAYO

    ANLISE NUMRICA DE VIGAS MISTAS PELO MTODO DOS ELEMENTOS FINITOS

    Dissertao apresentada ao Programa de Ps-Graduao em Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,

    como parte dos requisitos para obteno do ttulo de Mestre em Engenharia

    Porto Alegre

    2011

  • CIP - Catalogao na Publicao

    Elaborada pelo Sistema de Gerao Automtica de Ficha Catalogrfica da UFRGS com osdados fornecidos pelo(a) autor(a).

    Tamayo, Jorge Luis Palomino Anlise Numrica de Vigas Mistas pelo Mtodo dosElementos Finitos / Jorge Luis Palomino Tamayo. --2011. xvi, 147 f.

    Orientador: Incio Benvegnu Morsch. Coorientador: Armando Miguel Awruch.

    Dissertao (Mestrado) -- Universidade Federal doRio Grande do Sul, Escola de Engenharia, Programa dePs-Graduao em Engenharia Civil, Porto Alegre, BR-RS, 2011.

    1. Vigas mistas. 2. Elementos finitos. 3.Concreto armado. 4. Estruturas de ao. I. Morsch,Incio Benvegnu , orient. II. Awruch, ArmandoMiguel, coorient. III. Ttulo.

  • iii

    JORGE LUIS PALOMINO TAMAYO

    ANLISE NUMRICA DE VIGAS MISTAS PELO MTODO DOS ELEMENTOS FINITOS

    Esta dissertao de mestrado foi julgada adequada para a obteno do ttulo de MESTRE EM

    ENGENHARIA, rea de Estruturas, e aprovada em sua forma final pelo professor orientador

    e pelo Programa de Ps-Graduao em Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio

    Grande do Sul.

    Porto Alegre, 25 de maro de 2011

    Prof. Incio Benvegnu Morsch Prof. Armando M. AwruchDr. PPGEC/UFRGS Dr. COPPE/UFRJ

    Orientador Co-orientador

    Prof. Luiz Carlos Pinto da Silva Filho Coordenador do PPGEC/UFRGS

    BANCA EXAMINADORA

    Profa. Virginia Maria Rosito dAvila (UFRGS) Dra. PPGEC / UFRGS

    Prof. Herbert Martins Gomes (UFRGS) Dr. PROMEC / UFRGS

    Prof. Pedro Colmar Gonalves da Silva Vellasco (UERJ) PhD. pela Imperial College of Science Technology and Medicine

    University of London (UK)

  • iv

    Dedico este trabalho a minha esposa, meus pais e meus irmos pela compreenso durante o perodo de seu

    desenvolvimento.

  • v

    AGRADECIMENTOS

    Agradeo a Deus por brindar o conhecimento e a sabedoria necessria para culminar esta

    dissertao.

    Agradeo Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Ensino Superior - CAPES pela

    bolsa de estudos que possibilitou a minha total dedicao aos meus estudos para alcanar um

    dos objetivos importantes de minha vida.

    Ao Professor Incio Benvegnu Morsch, pelas orientaes e disponibilidade que sempre

    mostrou durante a realizao deste trabalho e a amizade brindada.

    Agradeo especialmente ao Professor Armando M. Awruch, pelas orientaes brindadas e

    pelo apoio recebido para que minha estada na UFRGS seja a melhor possvel.

    Ao Professor Victor Sanchez Moya, Director do Instituto de Pesquisas da Universidade

    Nacional de Engenharia (UNI), pelo apoio para que meus estudos na UFRGS fossem

    possveis.

    Aos professores do Programa de Ps-Graduao em Engenharia Civil - PPGEC/UFRGS pelos

    conhecimentos brindados. Um agradecimento especial aos professores: Eduardo Bittencourt,

    Virginia M. R. dAvila e Joo Massuero.

    Aos professores Graziano Leoni, Nofal Mostafa e Hong Hao, pelos comentrios e respostas a

    minhas dvidas.

    Aos colegas e amigos da ps-graduao, Paulo, Carla, Vitor, Claudia, Paula, Marcelo e

    Dbora pela convivncia agradvel.

    Agradeo aos meus pais Jorge e Elena, e meus irmos Martin, Carlos e Elena do Rosrio pelo

    apoio constante e conselhos para a realizao deste trabalho.

    Agradeo a minha esposa Karena pelo apoio brindado e por todo seu amor. Por sempre estar

    conmigo sem preguntas em todo momento.

  • vi

    RESUMO

    PALOMINO, T.J. Anlise Numrica de Vigas Mistas pelo Mtodo dos Elementos Finitos. Dissertao (Mestrado em Engenharia Civil) Programa de Ps-Graduao em Engenharia Civil, UFRGS, Porto Alegre.

    O emprego das vigas mistas na atualidade uma das opes atrativas para a

    construo de pontes e das lajes dos andares de prdios. A obteno das melhores

    caractersticas individuais em resistncia e rigidez dos materiais envolvidos aproveitada

    neste tipo de estruturas. O presente trabalho visa formulao de um modelo matemtico e

    sua implementao numrica atravs de um cdigo computacional capaz de representar com

    confiabilidade este tipo de estruturas para cargas de curta durao. Assim utilizada a teoria

    de plasticidade associada com um algoritmo de retorno explcito para o concreto e o ao

    estrutural, sendo inserido estes procedimentos dentro de um processo incremental iterativo

    baseado num critrio de convergncia de foras ou deslocamentos. Para a modelagem da laje

    de concreto desenvolvido o elemento finito quadriltero de casca degenerada de oito ns,

    que considera as tenses de corte fora do plano, usando a teoria de Reissner-Mindlin. O

    fenmeno de travamento por cortante, caracterstico neste tipo de elemento finito,

    solucionado usando uma regra de integrao reduzida e uma modificao do fator de forma

    aplicado s tenses de corte. Para a modelagem da viga de ao foi implementado um elemento

    de casca polidrica produto do acoplamento das rigidezes do elemento de placa delgada e de

    membrana proposto por Batoz & Tahar (1982) e Ibrahimbegovic et al. (1990),

    respectivamente. Os conectores de corte so modelados mediante elementos de barra

    tridimensional viga-coluna que unem os planos mdios da laje de concreto e mesa superior da

    viga de ao nas posies reais dos conectores de corte de acordo com os relatrios

    experimentais para os exemplos estudados. A compatibilidade nas rotaes e deslocamentos

    axiais no conector conseguida mediante a incluso de valores muito grandes nas rigidezes

    correspondentes. O trabalho em conjunto dos trs elementos desenvolvidos, laje de concreto,

    viga de ao e conectores, possibilita a abordagem de qualquer estrutura complexa do tipo viga

    mista. A validao do modelo numrico proposto demonstrada atravs dos exemplos de

    aplicao testados.

    Palavras-chave: vigas mistas; elementos finitos; concreto armado; estruturas de ao.

  • vii

    ABSTRACT

    PALOMINO,T.J. Numerical Analysis of Composite Beams by the Finite Element Method. Dissertao (Mestrado em Engenharia Civil) Programa de Ps-Graduao em Engenharia Civil, UFRGS, Porto Alegre.

    Currently, composite sections are one of the more attractive options to be used for

    bridge and building floors construction. The reason is that the best individual characteristics

    in strength and stiffness of the involved materials are obtained for these structures.

    Formulation of a mathematical model and its numerical implementation for a reliable

    simulation of these structures for short time analysis is the main objective of the present work.

    An associated theory of plasticity and an explicit return algorithm for concrete and steel

    materials are used, being these procedures part of the well known incremental iterative

    procedure based on criteria of unbalanced forces or displacements. The quadrilateral

    degenerated shell element of eight nodes, which considers out of plane shear stresses in

    accordance with Reissner-Mindlin theory was developed to modeling the concrete slab. The

    shear locking phenomena for these elements was avoided with a reduced integration rule and

    by using a modified shape factor for shear stresses. For modeling the steel beam, a plane shell

    element, which is originated by the assemble of the plate element and membrane element

    proposed by Batoz & Tahar (1982) and Ibrahimbegovic et al. (1990) was formulated. The

    shear stud connectors were modeled trough a three-dimensional bar element, which joint the

    middle plane of the concrete slab and the middle plane of the top steel flange of the steel

    beam representing the actual positions of the connectors, according to the experimental works

    for the examples studied here. These three elements, working simultaneously allow to model

    any complex structure of composite section. The validation of the numerical model is

    demonstrated with the aid of several examples.

    Key-words: composite beams; finite elements; reinforced concrete; steel structures.

  • viii

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 2.1: Superfcie de escoamento definida no espao das tenses principais....................10

    Figura 2.2: Representao unidimensional do diagrama tenso-extenso dos diferentes

    modelos usados para o concreto ............................................................................13

    Figura 2.3: Configuraes admitidas para o concreto fissurado ..............................................14

    Figura 2.4: Definio do referencial da fissura ........................................................................16

    Figura 2.5: Diagrama de reteno de tenses para o concreto fissurado..................................18

    Figura 2.6: Diagrama tenso-extenso para o ao a) trilinear b) bilinear.................................19

    Figura 2.7: a) Elemento tridimensional slido quadrtico b) Elemento de casca degenerada 21

    Figura 2.8: Sistemas de coordenadas a) global e nodal b) sistema de coordenadas local,

    material e curvilneo ..............................................................................................22

    Figura 2.9: Deslocamento num ponto da normal no n k .......................................................25

    Figura 2.10: Sistema de eixos para a definio das deformaes ............................................26

    Figura 2.11: Definio da coordenada curvilnea do elemento de cabo de protenso .............31

    Figura 2.12: Malha de elementos finitos usada para a laje retangular engastada.....................37

    Figura 2.13: Variao do deslocamento central normalizado com a espessura da laje............37

    Figura 3.1: Critrio de escoamento em trao e compresso para o ao..................................45

    Figura 3.2: Elemento quadriltero com grau de liberdade rotacional ......................................47

    Figura 3.3: Elemento quadriltero da placa..............................................................................51

    Figura 4.1: Elemento de barra viga-coluna tridimensional para a modelagem do conector ....60

    Figura 4.2: Conector de corte tpico antes e depois da deformao .........................................61

    Figura 4.3: Curvas fora-deslocamento para os conectores de corte usados no experimento de

    Chapman & Barakrishanan (1964) ........................................................................68

    Figura 4.4 Ajuste das curvas fora-deslocamento com o modelo exponencial proposto por

    Yam & Chapman (1972) .......................................................................................68

    Figura 5.1: a) Elementos que conformam a viga mista b) Elemento de viga mista montado ..75

    Figura 5.2: Construo da matriz de rigidez de um elemento finito de seo mista ................76

    Figura 6.1: Geometria e armadura na placas de Peter (1966) ..................................................78

    Figura 6.2: Idealizao da placa com o mtodo dos elementos finitos ....................................79

    Figura 6.3: Comparao das curvas cargas -deslocamento longitudinal..................................79

    Figura 6.4: Comparao das curvas cargas-deslocamento longitudinal...................................80

    Figura 6.5: Variao do deslocamento transversal com o ngulo de reforo para um nvel de

    carga de 343 KN ....................................................................................................81

  • ix

    Figura 6.6: Geometria das placas .............................................................................................83

    Figura 6.7: Idealizao das placas em elementos finitos..........................................................83

    Figura 6.8: Diagramas para o espcime B7..............................................................................85

    Figura 6.9: Diagramas para o espcime B10............................................................................86

    Figura 6.10: Geometria e seo transversal das vigas A-3 e B-3 .............................................88

    Figura 6.11: Curvas numricas e experimentais para a viga A-3.............................................90

    Figura 6.12: Curvas numricas e experimentais para a viga B-3 .............................................90

    Figura 6.13: Geometria e modelo de elementos finitos para as placas.....................................93

    Figura 6.14: Comparao das curvas experimental e numrica para a placa S1 para a deflexo

    no centro da placa ..................................................................................................94

    Figura 6.15: Comparao das curvas experimental e numrica para a placa S2 para a deflexo

    no centro da placa ..................................................................................................94

    Figura 6.16: Comparao das curvas experimental e numrica para a placa S3 para a deflexo

    no centro da placa ..................................................................................................95

    Figura 6.17: Configurao de fissurao para uma carga de 11.4 kN......................................96

    Figura 6.18: Configurao de fissurao para uma carga de 15 kN.........................................96

    Figura 6.19: Configurao de fissurao para uma carga de 35.4 kN......................................97

    Figura 6.20: Configurao de fissurao para uma carga de 55.2 kN......................................97

    Figura 6.21: Geometria, reforo e idealizao em elementos finitos da placa de Mcniece .....98

    Figura 6.22: Deslocamento vertical no n 3 para apoio livre.................................................100

    Figura 6.23: Deslocamento vertical no n 3 para apoio fixo..................................................100

    Figura 6.24: Geometria e condies de carga da coluna ........................................................101

    Figura 6.25: Curva fora-deslocamento na seo intermdiaria. ...........................................102

    Figura 6.26: Geometria da viga e malha de elementos finitos ...............................................103

    Figura 6.27: Curva carga-deslocamento na seo extrema no engastada.............................104

    Figura 6.28: Geometria da placa ............................................................................................105

    Figura 6.29: Curva carga-deslocamento vertical no ponto A.................................................106

    Figura 6.30: Geometria da casca cilndrica ............................................................................107

    Figura 6.31: Curva-carga deslocamento vertical no ponto A.................................................107

    Figura 6.32: Seo transversal da viga mista e foras aplicadas num extremo......................108

    Figura 6.33: Malha de elementos finitos para a viga em estudo ............................................109

    Figura 6.34: a) Tenses x na face superior da laje de concreto obtidas com o presente modelo numrico b) Mesmas tenses obtidas com o programa comercial ANSYS ........110

  • x

    Figura 6.35: a) Tenses y na face superior da laje de concreto obtidas com o presente modelo numrico b) Mesmas tenses obtidas com o programa comercial ANSYS

    .............................................................................................................................111

    Figura 6.36: a) Tenses xy na face superior da laje de concreto obtidas com o presente modelo numrico b) Mesmas tenses obtidas com o programa comercial ANSYS

    .............................................................................................................................112

    Figura 6.37: Vista Lateral da viga mista U4...........................................................................114

    Figura 6.38: Seo Transversal da viga mista U4 ..................................................................114

    Figura 6.39: Malha de elementos finitos utilizada (malha 1) .................................................115

    Figura 6.40: Malha de elementos finitos utilizada (malha 2) .................................................115

    Figura 6.41: Curva carga-deslocamento vertical na seo central obtidas com as malhas 1 e 2

    .............................................................................................................................116

    Figura 6.42: Curva carga-deslocamento vertical na seo central .........................................117

    Figura 6.43: Vista lateral da viga mista E1 ............................................................................118

    Figura 6.44: Seo transversal da viga mista E1 ....................................................................118

    Figura 6.45: Malha de elementos finitos utilizada no modelo numrico da viga E1 .............120

    Figura 6.46: Curva fora-deslocamento vertical para a seo central da viga E1..................120

    Figura 6.47: Vista lateral da viga mista CTB4 .......................................................................121

    Figura 6.48: Sees transversais da viga mista CTB4 ...........................................................122

    Figura 6.49: Malha de elementos finitos utilizada para a viga mista CTB4 ..........................123

    Figura 6.50: Curva fora-deslocamento vertical para a seo central da viga CTB4 ............124

    Figura C.7.1: Diagrama de fluxo do programa principal .......................................................143

    Figura C.7.2: Esquerda) diagrama de fluxo rotina de ensamblaje da matriz de rigidez global

    Direita) Diagrama de fluxo da montagem do vetor de foras globais

    desbalanceadas .................................................................................................144

    Figura C.7.3: Esquerda) Diagrama de fluxo para o clculo da matriz de rigidez do elemento

    de casca polidrica Direita) Diagrama de fluxo para o clculo do vetor de foras

    globais do mesmo elemento finito....................................................................146

    Figura C.7.4: Esquerda) Diagrama de fluxo para o clculo da matriz de rigidez do elemento

    de casca degenerada Direita) Diagrama de fluxo para o clculo do vetor de

    foras globais do mesmo elemento finito. ........................................................147

  • xi

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 5.1: Graus de liberdade globais e ns na estrutura .......................................................76

    Tabela 5.2: Estrutura de dados de liberdade do elemento ........................................................76

    Tabela 6.1: Parmetros para o problema ..................................................................................78

    Tabela 6.2: Parmetros para o problema ..................................................................................82

    Tabela 6.3: Propriedades do material para os espcimes .........................................................82

    Tabela 6.4: Comparao dos momentos de fissurao e momentos de escoamento................83

    Tabela 6.5: Parmetros para o problema da viga A-3 ..............................................................87

    Tabela 6.6: Parmetros para o problema da viga B-3...............................................................87

    Tabela 6.7: Comparao das cargas de colapso .......................................................................89

    Tabela 6.8: Parmetros para o problema das placas.................................................................92

    Tabela 6.9: Comparao das cargas de colapso .......................................................................92

    Tabela 6.10: Parmetros para o problema da placa ..................................................................99

    Tabela 6.11: Parmetros para o problema da coluna..............................................................102

    Tabela 6.12: Parmetros para o problema da viga engastada.................................................103

    Tabela 6.13: Parmetros para o problema da placa apoiada...................................................105

    Tabela 6.14: Parmetros para o problema da casca cilndrica................................................106

    Tabela 6.15: Comparao dos deslocamentos no n carregado .............................................109

    Tabela 6.16: Parmetros para a viga U4.................................................................................113

    Tabela 6.17: Parmetros para a viga E1 .................................................................................119

    Tabela 6.18: Parmetros para a viga CTB4............................................................................122

  • xii

    SUMRIO

    AGRADECIMENTOS........................................................................................ v

    RESUMO ............................................................................................................ vi

    ABSTRACT .......................................................................................................vii

    LISTA DE FIGURAS ......................................................................................viii

    LISTA DE TABELAS........................................................................................ xi

    CAPTULO 1

    INTRODUO ................................................................................................... 1

    1.1 OBJETIVOS .................................................................................................................1

    1.2 JUSTIFICATIVA .........................................................................................................1

    1.3 REVISO BIBLIOGRFICA ....................................................................................2

    1.4 BREVE DESCRIO DO CONTEDO DA DISSERTAO..............................6

    CAPTULO 2

    SIMULAO NUMRICA DE ESTRUTURAS DE CONCRETO

    ARMADO E PROTENDIDO............................................................................. 8

    2.1 MODELO PARA O CONCRETO EM COMPRESSO .........................................8

    2.1.1 Critrio de Escoamento ..............................................................................................8

    2.1.2 Lei de Escoamento .....................................................................................................9

    2.1.3 Lei de Endurecimento...............................................................................................11

    2.1.4 Critrio de Esmagamento .........................................................................................12

    2.2 MODELO PARA O CONCRETO EM TRAO ..................................................13

    2.2.1 Critrio de Fissurao...............................................................................................13

    2.2.2 Modulo de Elasticidade Transversal para o Concreto Fissurado .............................17

  • xiii

    2.2.3 Diagrama de Reteno de Tenses de Trao ..........................................................17

    2.3 MODELO CONSTITUTIVO PARA O AO..........................................................19

    2.4 CONCRETO PROTENDIDO ...................................................................................20

    2.5 FUNDAMENTOS DO MTODO DOS ELEMENTOS FINITOS........................20

    2.5.1 Sistemas de Coordenadas .........................................................................................21 2.5.1.1 Sistema de Coordenadas Global ......................................................................................................... 21 2.5.1.2 Sistema de Coordenadas Nodal .......................................................................................................... 21 2.5.1.3 Sistema de Coordenadas Curvilneas ................................................................................................. 23 2.5.1.4 Sistema de Coordenadas Local........................................................................................................... 23 2.5.2 Geometria e Campo de Deslocamentos....................................................................24

    2.5.3 Definio das Deformaes......................................................................................26

    2.5.4 Definio das Tenses ..............................................................................................30

    2.5.5 Formulao para o Concreto Protendido ..................................................................30 2.5.5.1 Perdas de Protendido .......................................................................................................................... 32 2.5.5.2 Foras Nodais Equivalentes e Matriz de Rigidez ............................................................................... 33 2.5.6 Elemento de Casca Quadrtico.................................................................................35

    2.5.7 Modelo de Camadas .................................................................................................38

    2.5.8 Matriz de Rigidez e Vetor de Foras Nodais Equivalentes ......................................38 2.5.8.1 Clculo das Foras de Superfcie ....................................................................................................... 39

    2.6 ALGORITMO NUMRICO.....................................................................................40

    CAPTULO 3

    SIMULAO NUMRICA DE PEAS ESTRUTURAIS DE AO.......... 44

    3.1 MODELO PARA A ANLISE ELASTOPLSTICA DO AO...........................44

    3.1.1 Critrio de Escoamento ............................................................................................44

    3.1.2 Lei de Escoamento e Lei de Endurecimento ............................................................45

    3.2 FORMULAO DO MTODO DOS ELEMENTOS FINITOS..........................46

    3.2.1 Contribuio da Membrana do Elemento de Casca Plana........................................46

    3.2.2 Contribuio da Flexo do Elemento de Casca Plana ..............................................50

    3.2.3 Matriz de Rigidez de Acoplamento Membrana-Flexo ...........................................57

    3.2.4 Montagem da Matriz de Rigidez do Elemento.........................................................58

  • xiv

    CAPTULO 4

    CONECTORES................................................................................................. 60

    4.1 DESCRIO ..............................................................................................................60

    4.2 MATRIZ DE RIGIDEZ DO ELEMENTO..............................................................61

    4.3 EQUAO CONSTITUTIVA..................................................................................67

    CAPTULO 5

    MONTAGEM .................................................................................................... 71

    5.1 DESCRIO ..............................................................................................................71

    5.2 ARRANJO PARA OS GRAUS DE LIBERDADE DO N....................................71

    5.3 DESIGNAO DE CDIGOS DOS GRAUS DE LIBERDADE DO N ...........72

    5.4 TABELA DE DISTRIBUIO DOS GRAUS DE LIBERDADE DO N...........72

    5.5 TABELA DE MAPEAMENTO DOS GRAUS DE LIBERDADE DO N NO

    SISTEMA DE EQUAES GLOBAL ....................................................................73

    5.6 DESIGNAO DOS GRAUS DE LIBERDADE DO ELEMENTO.....................73

    5.7 PROCEDIMENTO DE MONTAGEM E SOLUO DO SISTEMA DE

    EQUAES LINEARES ..........................................................................................74

    5.8 EXEMPLO DE APLICAO ..................................................................................75

    CAPTULO 6

    APLICACES................................................................................................... 77

    6.1 APLICAES EM CONCRETO ARMADO .........................................................77

    6.1.1 Placas de Concreto Armado de Peter (1966)............................................................77 6.1.1.1 Aspectos Gerais.................................................................................................................................. 77 6.1.1.2 Caractersticas geomtricas e propriedades dos materiais .................................................................. 77 6.1.1.3 Modelo de elementos finitos .............................................................................................................. 78 6.1.1.4 Resultados .......................................................................................................................................... 79

  • xv

    6.1.2 Placas de Concreto Armado de Crdenas e Sozen (1968)........................................82 6.1.2.1 Aspectos Gerais.................................................................................................................................. 82 6.1.2.2 Caractersticas geomtricas e propriedades dos materiais .................................................................. 82 6.1.2.3 Modelo de elementos finitos .............................................................................................................. 82 6.1.2.4 Resultados .......................................................................................................................................... 83 6.1.3 Viga de Concreto Armado de Bresler e Scordelis (1963) ........................................87 6.1.3.1 Aspectos Gerais.................................................................................................................................. 87 6.1.3.2 Caractersticas geomtricas e propriedades dos materiais .................................................................. 87 6.1.3.3 Modelo de elementos finitos .............................................................................................................. 88 6.1.3.4 Resultados .......................................................................................................................................... 89 6.1.4 Placa de Duddeck et al. (1976).................................................................................91 6.1.4.1 Aspectos Gerais.................................................................................................................................. 91 6.1.4.2 Caractersticas geomtricas e propriedades dos materiais .................................................................. 91 6.1.4.3 Modelo de elementos finitos .............................................................................................................. 91 6.1.4.4 Resultados .......................................................................................................................................... 92 6.1.5 Placa de Jofriet & Mcniece (1971) ...........................................................................98 6.1.5.1 Aspectos Gerais.................................................................................................................................. 98 6.1.5.2 Caractersticas geomtricas e propriedades dos materiais .................................................................. 98 6.1.5.3 Discretizao em elementos finitos .................................................................................................... 99 6.1.5.4 Resultados .......................................................................................................................................... 99 6.1.6 Coluna de Aroni (1968)..........................................................................................101 6.1.6.1 Aspectos Gerais................................................................................................................................ 101 6.1.6.2 Caractersticas geomtricas e propriedades dos materiais ................................................................ 101 6.1.6.3 Discretizao em elementos finitos .................................................................................................. 102 6.1.6.4 Resultados ........................................................................................................................................ 102

    6.2 APLICAES EM AO ESTRUTURAL ............................................................103

    6.2.1 Viga engastada num extremo e livre no outro........................................................103

    6.2.2 Placa quadrada........................................................................................................104

    6.2.3 Casca Cilndrica......................................................................................................106

    6.3 APLICAES DE VIGAS MISTAS DE AO .....................................................108

    6.3.1 Anlise elstica de viga mista.................................................................................108 6.3.1.1 Aspectos Gerais................................................................................................................................ 108 6.3.1.2 Caractersticas geomtricas e propriedades dos materiais ................................................................ 108 6.3.1.3 Modelo de elementos finitos ............................................................................................................ 108 6.3.1.4 Resultados da anlise elstica........................................................................................................... 109 6.3.2 Viga mista U4 testada por Chapman & Balakrishnan (1964) ................................113 6.3.2.1 Aspectos Gerais................................................................................................................................ 113

  • xvi

    6.3.2.2 Caractersticas geomtricas e propriedades dos materiais ................................................................ 113 6.3.2.3 Modelo de elementos finitos ............................................................................................................ 114 6.3.2.4 Resultados da anlise plstica .......................................................................................................... 116 6.3.3 Viga mista E1 testada por Chapman & Balakrishnan (1964).................................117 6.3.3.1 Aspectos Gerais................................................................................................................................ 117 6.3.3.2 Caractersticas geomtricas e propriedades dos materiais ................................................................ 117 6.3.3.3 Modelo de elementos finitos ............................................................................................................ 118 6.3.3.4 Resultados da anlise plstica .......................................................................................................... 119 6.3.4 Viga mista CTB4 testada por Ansourian (1960) ....................................................121 6.3.4.1 Aspectos Gerais................................................................................................................................ 121 6.3.4.2 Caractersticas geomtricas e propriedades dos materiais ................................................................ 121 6.3.4.3 Modelo de elementos finitos ............................................................................................................ 121 6.3.4.4 Resultados da anlise plstica .......................................................................................................... 123

    CAPTULO 7

    CONCLUSES E RECOMENDAES..................................................... 125

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.......................................................... 130

    APNDICE A

    A.1 Expresses para o clculo da matriz de deformao do ao protendido.............138

    APNDICE B

    B.1 Expresses para o clculo da matriz de deformao do elemento de concreto

    (no-linearidade geomtrica) ...................................................................................141

    APNDICE C

    C.1 Diagramas de fluxos do modelo numrico implementado ....................................143

  • 1

    CAPTULO 1

    INTRODUO 1 INTRODUO

    1.1 OBJETIVOS

    O presente trabalho tem como objetivo apresentar um modelo numrico de elementos

    finitos que permita representar adequadamente o comportamento de estruturas tipo vigas

    mistas no regime elstico, de servio e colapso para cargas de curta durao, considerando a

    no linearidade fsica dos materiais envolvidos.

    Para conseguir este objetivo necessrio atingir objetivos parciais desde o ponto de vista

    da implementao numrica. Assim, necessrio desenvolver individualmente a formulao

    de cada uma das partes que formam a viga mista, ademais de escolher com certeza os tipos de

    elementos finitos para a modelagem da laje de concreto, viga de ao e conectores de corte.

    1.2 JUSTIFICATIVA

    Na atualidade as vigas de seo mista apresentam uma soluo estrutural atrativa na

    construo. O uso destas estruturas em pontes e edificaes permite, em vrios casos, a

    reduo dos custos e a otimizao do comportamento estrutural. A principal justificativa para

    o uso deste tipo de estruturas devido ao bom desempenho que apresentam para resistir

    cargas de trao e compresso e ao peso adequado obtido.

    bem conhecido que o concreto resiste tenses altas em compresso, sendo frgil em

    trao, e o ao um material dctil e adequado para resistir cargas em trao e compresso.

    Portanto resulta ideal utilizar ambos materiais e aproveitar suas propriedades individuais em

    forma conjunta.

  • 2

    Existem vrios mtodos de anlise, que so usados para modelar estes tipos de estruturas,

    como o mtodo da banda finita, diferenas finitas e o mtodo dos elementos finitos. Embora,

    os xitos com as aproximaes usando elementos finitos unidimensionais tipo viga-coluna,

    existem situaes onde os estados de tenses biaxiais no plano da laje de concreto so

    significativos e uma representao bidimensional da laje deve ser considerada (Ver Macorini

    et al., 2006). A existncia de distribuies no uniformes das deformaes na interface da laje

    e da viga de ao, fornece o fenmeno bem conhecido na literatura como shear lag, que

    complexo de modelar, inclusive no campo elstico. As consideraes acima justificam a

    modelagem tridimensional deste tipo de estruturas.

    A literatura sobre o tema ampla a nvel internacional, no obstante at a presente data

    existem poucos trabalhos desenvolvidos no Brasil, que utilizem uma ferramenta

    computacional particular para fazer uma modelagem tridimensional deste tipo de estruturas,

    considerando a interao parcial na interface laje-viga (a grande maioria dos autores

    empregam programas comerciais). Neste trabalho espera-se contribuir ao estudo do tema

    atravs do desenvolvimento de um programa computacional de anlise.

    1.3 REVISO BIBLIOGRFICA

    A modelagem deste tipo de estrutura complexa devido a vrias de suas caractersticas

    presentes, tais como a flexibilidade na interface laje-viga, o comportamento complexo do

    concreto (principalmente quando existe fissurao) e o comportamento dos conectores de

    corte. Pode-se considerar, dentro da anlise deste tipo de estruturas, uma anlise at o colapso

    ou para cargas de servio de curta ou longa durao (embora este ltimo aspecto no seja

    tratado no presente trabalho).

    Os primeiros elementos finitos usados para modelar este tipo de estrutura estavam

    baseados na teoria e hiptese de Euler-Bernoulli para modelos de barra uniaxiais, sendo

    utilizada a teoria de placas delgadas de Kirchhoff para as partes que forem modeladas com

    elementos de casca. No caso das anlises numricas, onde a laje de concreto modelada com

    elementos de casca, sempre desejvel conhecer as tenses de corte fora do plano da laje,

    embora estes valores sejam muito pequenos, na maioria destas estruturas. Assim, nestes

    ltimos anos, existe uma maior tendncia ao uso de elementos de casca baseados na teoria de

    Reissner-Mindlin (placa grossa), que em conjunto com algum procedimento numrico evita o

    problema de travamento (ou locking, na terminologia em ingls) devido ao cortante.

  • 3

    Tambm so usados elementos finitos de propsito gerais que permitem considerar ambas

    teorias simultaneamente (utilizando-se para placas delgadas e espessas).

    Um dos primeiros modelos numricos desenvolvidos no tema foi proposto por Yam &

    Chapman (1968) para vigas mistas simplesmente apoiadas e Yam & Chapman (1972) para

    vigas mistas continuas, nos quais considera-se a interao parcial na interface. Logo, Hirst &

    Yeo (1979) utilizaram elementos finitos bidimensionais planos para a modelagem da viga de

    ao e a laje de concreto. Neste modelo o deslizamento relativo existente na interface laje-viga

    (conhecido na literatura inglesa como slip) considerado tambm atravs de elementos

    planos com propriedades equivalentes aos conectores. Por outro lado, Razaqpur & Nofal

    (1988) desenvolveram um elemento de barra tridimensional para modelar o comportamento

    no-linear dos conectores de corte na interface. No modelo computacional a viga de ao e a

    laje de concreto foram modeladas com elementos finitos de cascas polidricas de placa

    delgada considerando a no linearidade fsica dos materiais envolvidos. A anlise foi

    realizada at o colapso da estrutura.

    Posteriormente, foram desenvolvidos modelos numricos mais elaborados, os quais

    podem-se classificar de acordo ao tipo de elemento finito adotado para a laje, para a viga e

    para os conectores de corte. Dentro dos modelos mais simples, nos quais a viga e a laje so

    modeladas por elementos viga-coluna conectados em forma flexvel mediante molas, esto os

    denominados modelos unidimensionais. Tm-se as formulaes propostas por Salari et al.

    (1998), Gattesco (1999), Faella et al. (2002), DallAsta & Zona (2002), Ranzi et al. (2004),

    DallAsta & Zona (2004a, 2004b), Ranzi el al. (2006), Ranzi & Zona (2007), Ranzi &

    Bradford (2007), Batista et al. (2007), Sandeep et al. (2007), Sakr & Sakla (2008), Ranzi &

    Bradford (2009), Queiroz et al. (2009), Quang et al. (2009) e Amilton et al. (2009). Os

    modelos de Gara et al. (2009), Ranzi & Bradford (2005), Gara et al. (2009) e Jiang et al.

    (2009), so adequados para anlises em longa durao considerando o fenmeno denominado

    na terminologia em ingls como shear lag na laje e a interao parcial na interface.

    Existem tambm modelos nos quais a laje de concreto modelada com um elemento

    finito de casca polidrica e a viga de ao mediante um elemento viga-coluna tridimensional

    unido por conexes rgidas ou flexveis. Dentro destes modelos podem-se citar os trabalhos de

    Sapountzakis & Katsikadelis (2003) e de Macorini et al. (2006). Neste ltimo trabalho, os

    autores apresentam um modelo tridimensional com anlises para cargas de servio e colapso.

    O objetivo principal deles avaliar a formulao proposta por alguns cdigos de projeto para

  • 4

    o clculo da largura efetiva neste tipo de seces. Outros estudos so dirigidos ao clculo da

    largura efetiva em condies de servio e no campo inelstico de curta durao, como os

    trabalhos de Amadio & Fragiacomo (2002), Castro et al. (2007) e o trabalho de Amadio et al.

    (2004).

    Dentro dos modelos mais complexos, que so totalmente tridimensionais, tem-se os

    trabalhos de Brockenbrough (1986) e Bishara et al. (1993) que apresentam tcnicas de

    modelagem de pontes de seo mista para o calculo de fatores de distribuo de cargas. Fu &

    Lu (2003) apresentam um modelo para anlise de curta durao em carga de servio. A laje de

    concreto modelada com elementos de casca, as mesas da viga de ao so modeladas com

    elementos de placa e a alma com elementos de tenso plana.

    Em Chung & Sotelino (2006) so apresentados tcnicas de modelagem de pontes de

    seo mista utilizando uma serie de combinaes para os diferentes elementos da estrutura

    usando o programa comercial ABAQUS. A laje testada considerando elementos de cascas

    polidricas baseados na teoria de placa grossa ou elementos slidos tridimensionais e a viga

    de ao modelada totalmente com elementos de casca polidrica de placa delgada ou

    considerando, alternativamente, elementos unidimensionais tipo viga-coluna, sendo que a

    conexo realizada com enlaces rgidos (conhecido na literatura inglesa como Multipoint

    Constrains). A analise efetuada at o colapso da estrutura.

    Outros investigadores apresentam modelos tridimensionais complexos para a anlise at

    o colapso da estrutura, usando tambm programas comerciais, como por exemplo, ANSYS ou

    ABAQUS, como realizado nos trabalhos de Pitanga (2004), Lam & El-lobody (2005), Liang

    et al. (2005), Kirchhof & Neto (2005), Barth & Wu (2006), Queiroz et al. (2007), David

    (2007) e Zheng et al. (2009). Thevendran et al. (1999) desenvolveram um modelo numrico

    em ABAQUS para analisar estruturas mistas curvas em planta at cargas de colapso. A laje e

    a viga foram modeladas com elementos de casca de placa grossa e delgada, respectivamente.

    Sendo, estes elementos conectados com elementos de barra rgida. Baskar et al. (2002)

    pesquisou a resistncia ultima de vigas mistas em momento negativo usando o programa

    ABAQUS.

    Em Sebastian & Mc-Conel (2002), Sebastian (2003) e Sebastian (2005) descreve-se um

    programa de elementos finitos particular para modelar vigas mistas, onde so utilizadas molas

    axiais com relaes empricas de deslocamento relativo e fora para modelar em forma

  • 5

    discreta os conectores de corte. Um modelo cinemtico foi proposto por Fabbrocino et al.

    (2000) para analisar vigas mistas continuas com interao parcial. Huang et al. (1999)

    tambm descreve um programa de elementos finitos para analisar vigas mistas submetidas ao

    fogo com interao parcial. Nesse trabalho, a laje de concreto modelada com elementos de

    placa grossa, sendo os demais elementos modelados com elementos de barra. A anlise foi

    feita at o colapso da estrutura. Em Oliveira (2007) so desenvolvidos os programas

    particulares denominados Grecon e PAEST3D para a modelagem de pisos mistos

    semicontinuos de ao-concreto.

    Existem tambm modelos analticos que fornecem solues fechadas que sirvem de

    comparao para os modelos numricos. Em Bradford & Gilbert (1992) estuda-se um modelo

    terico para a resposta no tempo para vigas mistas simplesmente apoiadas considerando a

    interao na interfase. Sobrinho (2002) fornece expresses para o calculo de deflexes em

    vigas mistas biapoiadas em condies de servio para anlise de curta ou longa durao. Em

    Catai (2005) so apresentadas expresses analticas para o calculo das tenses na seo

    transversal de vigas mistas para carregamentos de curta ou longa durao. Ranzi & Bradford

    (2007) fornecen solues fechadas para o comportamento de vigas mistas com interao

    parcial em temperaturas elevadas. Considerem-se tambm os trabalhos de Girhammar &

    Gopu (1993) e Xu & Wu (2007).

    Alm dos elementos usados para a viga e a laje, existe na literatura propostas de

    elementos de interface para a conexo horizontal deformvel, como a apresentada nos

    trabalhos de Razaqpur & Nofal (1988), Huang et al. (1999), Tristo (2002), Izzudin (2003),

    Silva (2006), Valente (2007) e Silva et al. (2009).

    Recentemente Zona & Ranzi (2011) apresentam modelos uniaxiais com interao parcial.

    O trabalho deles mostra a importncia da incluso da deformao ao corte na viga de ao e a

    laje de concreto, especialmente, quando a falha na viga mista uma falha ao corte da laje ou

    da viga de ao. A no considerao da deformao ao corte leva a resultados muito diferentes

    aos obtidos quando estas deformaes so includas na formulao, como no caso dos

    elementos de barra baseados nas hipteses de Timoshenko. Xu & Wu (2007) apresentam

    tambm expresses analticas, que confirmam o fato importante de considerar as deformaes

    por corte na laje de concreto e a viga de ao, quando a razo comprimento/altura da viga

    mista pequena.

  • 6

    1.4 BREVE DESCRIO DO CONTEDO DA DISSERTAO

    O presente trabalho organizado da seguinte maneira: no captulo dois apresentada a

    teoria de plasticidade associada, destinada a estabelecer os critrios de escoamento, ruptura e

    fissurao do modelo de concreto armado e protendido de acordo ao critrio modificado de

    Ducker-Prager proposto por Figueiras (1983). Posteriormente desenvolvida a formulao do

    elemento finito quadriltero de casca degenerada de oito ns proposto por Ahmad et al.

    (1970). Graas a sua formulao Lagrangiana atualizada possvel realizar anlises

    incorporando os efeitos de no-linearidade geomtrica e fsica com maior facilidade.

    Tambm, so apresentados procedimentos numricos para a soluo dos problemas com estas

    no linearidades por um mtodo incremental iterativo baseado num critrio de convergncia

    de foras.

    Seguindo o mesmo estilo do captulo anterior, no captulo trs apresentada tambm a

    teoria de plasticidade associada ao critrio de Von Mises para o ao estrutural. A formulao

    do elemento finito de casca polidrica baseada na teoria de placas delgadas de Kirchhoff

    desenvolvida, sendo apenas considerado a no-linearidade fsica do material para o presente

    elemento finito.

    No captulo quatro desenvolvida a formulao do elemento finito de barra

    tridimensional para a modelagem do conector de corte. A partir das matrizes de rigidez

    propostas na literatura existente, considerada uma matriz de rigidez para este elemento, a

    qual utilizada no presente trabalho e implementada no cdigo computacional desenvolvido.

    Tambm so apresentadas curvas experimentais para o modelo constitutivo do conector de

    corte, sendo feita uma descripo do algoritmo numrico utilizado para a atualizao das

    foras nodais no conector e de sua matriz de rigidez.

    O captulo cinco apresenta o processo de montagem da matriz de rigidez da estrutura

    utilizado no cdigo computacional para tratar com elementos finitos de diferente nmero de

    ns e diferentes nmeros de graus de liberdade por n, como os descritos nos captulos

    anteriores e desenvolvidos nesse trabalho. So feitas as definies necessrias com respeito ao

    arranjo dos graus de liberdade em cada elemento. A soluo tipo banda utilizada para

    armazenar a matriz de rigidez global da estrutura.

    No captulo seis so reunidos os exemplos de aplicao que demonstram a efetividade

    das ferramentas implementadas. Primeiramente so apresentadas aplicaes que comprovam

  • 7

    o funcionamento individual do elemento finito de casca degenerada para a laje de concreto.

    Elas compreendem anlises estticas no lineares de vigas e placas com camadas ao longo da

    espessura. Posteriormente so apresentadas trs aplicaes para testar o funcionamento do

    elemento finito de casca polidrica para a viga de ao. Estas aplicaes testam

    individualmente os possveis estados de tenso que pode estar submetida uma estrutura, sendo

    eles o comportamento s de membrana, o de flexo fora do plano e a ao conjunta destas.

    Finalmente so apresentados quatro exemplos de aplicao de vigas mistas. O primeiro deles

    um teste no campo elstico para verificar o clculo dos deslocamentos e as tenses na

    estrutura. Os trs ltimos exemplos so usados constantemente na literatura para verificar o

    comportamento e eficcia do modelo numrico no campo inelstico. Nestes exemplos o

    cdigo computacional testado para verificar o comportamento complexo em regies de

    momento positivo e negativo, assim como s altas no linearidades fsicas que acontecem nos

    materiais envolvidos devido fissurao e escoamento do concreto, o escoamento da viga de

    ao e dos conectores de corte.

  • 8

    CAPTULO 2

    SIMULAO NUMRICA DE ESTRUTURAS DE

    CONCRETO ARMADO E PROTENDIDO 2 SIMULAO NUMERICA DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO E PROTENDIDO

    2.1 MODELO PARA O CONCRETO EM COMPRESSO

    Para modelar o concreto em compresso utiliza-se a teoria de plasticidade associada que

    permite uma idealizao eficaz do comportamento no-linear do concreto. No

    estabelecimento das relaes constitutivas de tipos incrementais, associados ao modelo elasto-

    plstico com endurecimento no linear preciso conhecer as seguintes leis: (i) a lei que

    estabelece a condio de escoamento; (ii) a lei de escoamento plstico e (iii) a lei de

    endurecimento.

    2.1.1 Critrio de Escoamento

    O critrio de escoamento elasto-plstico associado definio de duas superfcies de

    escoamento que dividem os diversos comportamentos do modelo de concreto considerado,

    sendo elas as seguintes: (i) a superfcie de escoamento inicial, que determina o incio da

    deformao plstica; e (ii) a superfcie de escoamento limite que separa o estado com

    endurecimento no linear e o estado com comportamento elasto-plstico perfeito.

    No presente trabalho considerado que ambas superfcies de escoamento so definidas

    em base aos invariantes de tenses, 1I e 2J (onde 1I o primeiro invariante do tensor de

    tenses e 2J o segundo invariante do tensor das tenses desviadoras), sendo expressas pela

    funo de escoamento )( 2,1 JIf que corresponde a uma variao do critrio de Drucker-Prager

    (Ver Figueiras, 1983 e Ver Cervera et al., 1987) sendo definida pela equao (2.1), que

    associada ao critrio de tenso mxima para o concreto em trao, define o espao de tenses

    permitidas para o concreto.

  • 9

    ( ) oIJJIf =+= 21122,1 3)( o 355.0= ; 355.1= (2.1)

    Na equao anterior, o a tenso efetiva equivalente considerada como a tenso de compresso de um ensaio uniaxial, e so parmetros do material obtidos por ajuste da equao (2.1) a partir dos resultados experimentais de Kupfer et al. (1969). Assim, para caso

    particular em que 0= e 0.1= recupera-se a condio bem conhecida para metais de Von Mises. A equao (2.1) pode-se expressar em termos das componentes das tenses no plano

    estrutural da seguinte maneira:

    ( ) ( )[ ] ( ){ } oyxoyzxzxyyxyxf =++++++= 2122222 355.03355.1)( (2.2)

    Quando a superfcie de escoamento inicial atingida e a carga incrementada, o

    processo elasto-plstico inicia-se com a subseqente expanso das superfcies de acordo com

    a lei de endurecimento adotada. Depois que atingida a superfcie limite de escoamento,

    comea o comportamento elasto-plstico perfeito at que a condio de fratura do concreto

    em compresso seja verificada. Para detectar esta condio de fratura considerada

    adicionalmente uma condio de esmagamento baseada em um critrio de deformaes.

    Na Figura 2.1 apresenta-se a representao em duas dimenses do critrio de escoamento

    no espao das tenses principais ( 1 , 2 ). Como explicado anteriormente com o carregamento progressivo do material, vo sendo criadas sucessivas superfcies de carga no

    espao das tenses que definem a nova condio de escoamento do material. Na Figura 2.1,

    cf a tenso media da resistncia compresso uniaxial do concreto.

    2.1.2 Lei de Escoamento

    A lei de escoamento plstica relaciona os incrementos de deformaes plsticas com o

    vetor das componentes das tenses a que o material est sujeito. A teoria de plasticidade

    associada considera que estes incrementos esto na mesma direco que a derivada da funo

    de escoamento definida pela equao (2.2). O incremento da deformao plstica definido

    pela equao (2.3).

    ij

    pij

    fdd

    = )( (2.3)

  • 10

    Na equao anterior, d a constante de proporcionalidade que determina a magnitude do incremento da deformao plstica e o gradiente ijf )( define sua direco perpendicular superfcie de escoamento atual. A funo de tenses )(f a condio de escoamento ou a funo de carga atual subseqente no modelo com endurecimento de

    deformao. As derivadas da funo de escoamento, as quais definem o vetor de fluxo

    plstico { }a para a presente superfcie de escoamento, so expressas nas equaes (2.4) e (2.5). Nestas equaes 1775.0=c , sendo e constantes dos materiais, definidas previamente na equao (2.1).

    /fc

    0.2

    0.6

    1.0

    -0.2

    -0.2

    0.2 0.6 1.0

    12=1

    /fc2

    supeficie de escoamento

    inicial

    supeficie de carga

    compresso

    trao

    supeficie de escoamento limite

    Figura 2.1: Superfcie de escoamento definida no espao das tenses principais

    { }

    =

    yzxzxyyx

    T fffffa (2.4)

    ( ) ( )[ ] yxx cccfa +++== 221 22 (2.5a)( ) ( )[ ] xyy cccfa +++== 222 22 (2.5b)

  • 11

    xyxyfa 63 =

    = (2.5c)

    xzxzfa 64 =

    = (2.5d)

    yzyzfa 65 =

    = (2.5e)

    ( ) ( ) ( ) ( )[ ] 2122222222 322 yzxzxyyxyx ccc +++++++= (2.5f)

    O valor do multiplicador plstico d obtido em detalhe nos trabalhos de Hinton & Owen (1980) e Povoas & Martins (1986), sendo igual:

    { } [ ]{ } [ ]{ }{ } daDaH

    Dad TT

    += (2.5g)

    onde [ ]D a matriz de elasticidade do material, H a declividade local da curva deformao plstica e tenso uniaxial definida na equao (2.7) e { }d o vetor de deformaes totais. Por outro lado, a relao constitutiva elasto-plstica pode ser expressa em forma diferencial

    como:

    { } [ ] { } dDd ep= (2.5h)

    sendo, { }d o vetor incremental de tenses e [ ]epD a matriz elasto-plstica, definida como:

    [ ] [ ] [ ]{ }{ } [ ]{ } [ ]{ }aDaHDaaDDD T

    T

    ep += (2.5i)

    2.1.3 Lei de Endurecimento

    A lei de endurecimento define o movimento da superfcie de escoamento conforme a

    deformao plstica aumenta. Considerando o concreto como um material com

    endurecimento isotrpico, a evoluo da superfcie de escoamento expressa mediante a

    relao:

    ( ) ( ) 0)(, == kfkF Y (2.6)

  • 12

    onde ( )f a funo de escoamento definida anteriormente e )(kY representa a tenso de escoamento relacionada ao parmetro de endurecimento k . Para a presente formulao, o

    parmetro k corresponde deformao plstica efetiva p . A deformao plstica efetiva p calculada utilizando a hiptese de endurecimento do trabalho (Ver Hinton & Owen ,1980),

    sendo p igual ao multiplicar plstico d definido pela equao (2.5g).

    A definio da tenso e da deformao plstica efetiva permite extrapolar a partir de um

    espao multiaxial a um caso uniaxial. Utiliza-se a funo de escoamento para o clculo da

    tenso efetiva, enquanto a deformao plstica efetiva como estabelecido acima calculada a

    partir do conceito de trabalho plstico. Assim, estabelecido o clculo dos parmetros efetivos,

    precisa-se estabelecer uma relao uniaxial, que defina o incremento da tenso efetiva. Nesta

    etapa utiliza-se a equao parablica empregada por Figueiras & Povoas (1994), e que vem

    dada pela equao:

    +++

    ++==

    2/122

    2)(

    pooopoocpY EH (2.7)

    onde cE o mdulo de elasticidade longitudinal inicial, o representa a deformao total correspondente a cf que a tenso de fratura do concreto em compresso e p a deformao plstica efetiva, sendo que um fator igual a 0.96. Na Figura 2.2 mostrada a representao unidimensional do modelo elasto-plstico perfeito e do modelo com

    endurecimento no linear. O comportamento em trao com critrio de tenso mxima (onde

    tf a resistncia trao mxima do concreto), que ser explicado depois, tambm

    apresentado.

    2.1.4 Critrio de Esmagamento

    O critrio de esmagamento do concreto em compresso para um estado multiaxial de

    tenses considerado simplesmente convertendo o critrio de escoamento descrito em termos

    das tenses diretamente em deformaes de acordo com Figueiras & Povoas (1994). Onde

    1I e 2J so os invariantes das deformaes e u a deformao total ltima extrapolada dos resultados dos ensaios uniaxiais.

    2123 uIJ =+ (2.8)

  • 13

    ft

    0.3fc

    fc

    U

    esmagamento

    carga-descarga

    curva de amolecimento

    criterio de tensomxima

    modeloelasto-plstico

    perfeito

    modelo com endurecimento

    no linear

    Figura 2.2: Representao unidimensional do diagrama tenso-extenso dos diferentes modelos usados para o concreto

    A condio de escoamento expressa em termos das componentes de deformao como:

    ( ) ( )[ ] ( ) 222222 355.075.0355.1 uyxuyzxzxyyxyx =++++++

    (2.9)

    Quando u alcana um valor especificado como a deformao ltima, o material perde todas suas caractersticas de rigidez e resistncia.

    2.2 MODELO PARA O CONCRETO EM TRAO

    2.2.1 Critrio de Fissurao

    No presente trabalho, o concreto em trao idealizado com base no conceito de

    fissurao distribuda. Basicamente, este tipo de aproximao considera a fissurao

    distribuda na zona de influncia associada ao ponto representativo do material. Neste modelo

    necessita-se apenas que se atualize a relao tenso-deformao aps a ocorrncia da

    fissurao, sem necessidade de modificar a malha de elementos finitos original.

  • 14

    O critrio de fissurao formulado considerando o critrio de tenso mxima que

    define a superfcie de fratura por trao do concreto. Desta maneira, excedida a tenso de

    fratura do concreto pela tenso principal mxima instalada no ponto em considerao, admite-

    se a formao de uma fissura na direco perpendicular referida tenso principal,

    transformando-se posteriormente o concreto num material orttropo com os eixos de

    ortotropia coincidentes com as direes das tenses principais.

    No presente modelo permitida a formao de duas fissuras mutuamente ortogonais para

    cada ponto do material, mantendo-se a respectiva direco fixa ao longo do processo de carga,

    independente das modificaes ocorridas nas direes das tenses principais. Admitem-se as

    diferentes configuraes de fissurao ilustradas na Figura 2.3 (Ver Povoas, 1991 e Ver

    Povoas & Martins, 1986) e que so estabelecidas com base no valor da extenso instalada

    segundo a direco do plano que contem a fissura (o fechamento da fissura associado a

    valores negativos da extenso).

    (a) no fissurado

    (b) fissurao simples; fissura inicial aberta

    (c) fissura inicial fechada

    (d) fissurao dupla; fissuras abertas

    (e) fissura inicial fechada; fissura nova aberta

    (g) fissuras fechadas

    (f) fissura inicial aberta; fissura nova fechada

    Figura 2.3: Configuraes admitidas para o concreto fissurado

    As relaes constitutivas formuladas para o concreto fissurado so estabelecidas no

    referencial local ),,( ztn definido a partir do ngulo cr , que define a orientao das fissuras

  • 15

    (Ver Figura 2.4). Estas relaes so expressas em termos de tenses e deformacoes totais e

    podem ser representadas genericamente por:

    [ ] [ ] [ ]crcrcr D =

    (2.10)

    ou, explicitando, por:

    =

    zt

    zn

    nt

    t

    n

    tz

    nz

    nt

    tttn

    ntnn

    zt

    zn

    nt

    t

    n

    GG

    GEEEE

    000000000000000000

    (2.11)

    onde os mdulos de elasticidade indicados, E e G , tomam valores variveis de acordo com a

    configurao de fissurao instalada. Tomando como referncia as configuraes indicadas na

    Figura 2.3, tem-se:

    Concreto no fissurado (configuraes (a), (c) e (g)):

    21 vE

    EE cttnn == , 21 vvE

    EE ctnnt == , )1(2 vE

    GG cnt +== e GG zn )65(= (2.12a)

    Concreto com a fissura inicial aberta (configuraes (b) e (f)):

    0=== tnntnn EEE , ctt EE = , GG zt )65(= , GGG nznnt == com n definido nas equaes (2.16) e (2.17)

    (2.12b)

    Concreto com a segunda fissura aberta (configuraes (e)):

    0=== tnnttt EEE , cnn EE = , GG zn )65(= , GGG tztnt == com n definido nas equaes (2.16) e (2.17)

    (2.12c)

    Concreto com as duas fissuras abertas (configuraes (d)):

    0==== tttnnttt EEEE , GG ntnt 21= com ),( tnnt MIN = , GG nzn = e

    GG tzt =

    (2.12d)

  • 16

    x

    xyy

    x

    y

    x'

    xy

    xyxy

    y'

    y'x'

    xx'

    12

    21

    cr

    X

    Y

    n

    t

    1

    2

    2

    1

    cr

    X

    Y

    n

    t

    x' > ft > y' ; cr = xx' x' < ft < y' ; cr = xx'-/2

    Figura 2.4: Definio do referencial da fissura

    As relaes indicadas definem a matriz constitutiva, [ ]crD , a ser considerada na determinao da contribuio do concreto fissurado para a formao da matriz de rigidez da

    estrutura. Aps torna-se necessria a transformao dos eixos de referencia da fissura ),,( ztn para o referencial local ),,( zyx atravs da relao usual:

    [ ] [ ] [ ][ ]TDTD crT= (2.13)

    onde a matriz de transformao [ ]T vem definida por:

    [ ]

    =

    zt

    zn

    nt

    t

    n

    cssc

    scscscsccsscsc

    T

    000000

    00220000

    22

    22

    22

    (2.14)

    com,

  • 17

    crsens = e crc cos= (2.15)

    2.2.2 Modulo de Elasticidade Transversal para o Concreto Fissurado

    A engrenamento que se estabelece entre as faces das fissuras, bem como na presena de

    armaduras, a rigidez ao corte e flexo das armaduras que as atravessam, so fenmenos que

    contribuem de forma significativa para a capacidade evidenciada pelo concreto fissurado na

    conduo de foras de corte. Testes experimentais indicam que a largura da fissura um fator

    determinante, na quantificao da rigidez ao corte a atribuir ao concreto fissurado. A soluo

    adotada no modelo de fissurao considera uma reduo gradual daquele mdulo definida

    atravs do coeficiente de reteno da rigidez ao corte, n , includo nas relaes (2.12). Expressando este coeficiente em termos da extenso aparente de trao normal ao plano da

    fissura n e adotando a aproximao linear usada por Figueiras (1983), tem-se:

    =

    sr

    nn

    125.0 para srn < (2.16)

    com,

    0=n para srn (2.17)

    O valor de sr para objetivos prticos toma os valores entre (0.003-0.005). Finalmente , na hiptese de se verificar o fechamento total da fissura, admite-se a ocorrncia de um

    contacto perfeito entre as respectivas superfcies de fratura, repondo-se, em conseqncia, o

    mdulo de elasticidade transversal, G , inicialmente estabelecido para o concreto no

    fissurado.

    2.2.3 Diagrama de Reteno de Tenses de Trao

    A aderncia que se estabelece entre o concreto e a armadura responsvel pela

    capacidade de reteno das tenses normais de trao atribuda ao concreto fissurado (Ver

    Gilbert & Warner, 1978). Este efeito modelado indiretamente atravs da relao

    estabelecida entre as componentes normais dos estados de tenso e de deformao

    coincidentes com a direco do plano da fissura, que ilustrada pelo diagrama representado

    na Figura 2.5a. A adoo do diagrama mostrado restringe-se naturalmente a regies da

    estrutura onde a interao entre o concreto e a armadura permite mobilizar o mecanismo de

    aderncia que fundamenta a adoo do diagrama (Ver Povoas 1991).

  • 18

    Em estruturas de concreto simples ou onde o concreto encontra-se fora da zona da

    influncia da armadura, o diagrama ilustrado substitudo por um diagrama tenso-extenso

    definido com base num critrio energtico de propagao de fissuras que assegure a

    objetividade da soluo relativamente malha de elementos finitos utilizada (Ver Figura

    2.5b). Basicamente, a aproximao referida considera como parmetros caractersticos do

    material a energia de fratura, fG , e a forma do ramo descendente includo no diagrama de

    tenso-extenso normal de trao.

    Na Figura 2.5 tf a resistncia mxima trao do concreto, cE o mdulo de

    elasticidade do concreto, ct a deformao correspondente mxima trao tf . Na Figura 2.5a, tm a mxima deformao em funo do grau do mecanismo de aderncia considerado entre o concreto e a armadura, tomando para um valor entre 0.5-0.7. Na Figura 2.5b, o valor de tm calculado em funo da energia de fratura fG e a espessura da pea de concreto h (Ver Povoas, 1991).

    ct tm

    ft

    ct

    ft

    tmft

    Gf / h

    a) b)

    Ec Ec

    dd

    dd i

    ii i

    i = d d i

    i i

    i = tm i-( ) tmft i < i < d

    i = 0 i > tm

  • 19

    2.3 MODELO CONSTITUTIVO PARA O AO

    Nas estruturas de concreto estrutural, as barras de ao resistem fundamentalmente s

    foras axiais. Deste modo, faz-se necessrio s considerar modelos uniaxiais para descrever o

    comportamento do material. No modelo computacional desenvolvido, implementou-se um

    diagrama tenso-extenso bi-linear ou tri-linear para o ao convencional ou protendido (Ver

    Figura 2.6) conforme vrios cdigos de projeto. Na Figura 2.6, sE o modulo elstico do

    ao, sE a inclinao no segundo tramo da curva e sE a inclinao no terceiro tramo. A descarga pode acontecer, seguindo a inclinao inicial sE da curva (Ver Hinton & Owen,

    1984).

    s1

    fs2

    fs1

    s2Es

    Es'

    Es''=0

    s1

    fs1

    Es

    Es'

    a) b)

    Figura 2.6: Diagrama tenso-extenso para o ao a) trilinear b) bilinear

    O calculo do incremento da tenso axial do ao conseguida a partir das tenses atuantes

    no sistema local do ponto de integrao correspondente. Isto , mediante uma transformao

    das tenses atuantes neste sistema coordenado para o sistema material (armaduras

    distribuidas). No caso dos cabos de protenso, a formulao prpia deste elemento permite

    obter direitamente o valor da tenso axial no cabo. Obtidos estes incrementos de tenses,

    utilizado um algoritmo preditor-corretor elasto-plstico que permite corrigir as tenses para

    satisfacer as equaes constitutivas mostradas na Figura 2.6. importante estabelecer que a

    forma do diagrama de ao adoptado influi na resposta da estrutura, sendo esta resposta

    geralmente representada por curvas deslocamento-fora, como as apresentadas no exemplos

    de concreto armado no captulo seis

  • 20

    2.4 CONCRETO PROTENDIDO

    A fissurao no concreto em trao pode acontecer na laje das vigas mistas especialmente

    nas zonas de apoio ou momento negativo. Com a finalidade de eliminar tal fissurao utiliza-

    se o concreto protendido nestas zonas. Assim, o modelo numrico desenvolvido requer

    modelar a ao da protenso.

    Dependendo do modo da transferncia da tenso ao cabo, necessrio fazer a distino

    entre elementos pr-tensionados e ps-tensionados e a considerao das perdas respectivas. O

    presente modelo numrico incorpora estas duas tcnicas considerando aderncia perfeita entre

    o cabo de protenso e o concreto da laje.

    A modelagem dos cabos feita de modo discreto, distinto da armadura convencional. Os

    elementos de trelia utilizados para representar os cabos de protenso encontram-se

    incorporados no elemento finito de concreto. O tratamento numrico similar ao das

    armaduras convencionais, sendo que a diferena est principalmente no clculo de aes

    nodais equivalentes devido s tenses instaladas nos cabos de protenso. Assim, consideram-

    se estas ltimas aes conjuntamente com as cargas de peso prprio da estrutura no incio do

    processo incremental iterativo elasto-plstico.

    2.5 FUNDAMENTOS DO MTODO DOS ELEMENTOS FINITOS

    A Figura 2.7 mostra um elemento de slido tridimensional baseado num campo de

    deslocamentos quadrtico. A Figura 2.7 e a Figura 2.8a ilustram o elemento de casca

    degenerado. Na Figura 2.8b observam-se os sistemas de coordenadas local, material e

    curvilneas. Duas suposies bsicas so consideradas no processo de desenvolvimento. Em

    primeiro lugar, supe-se que em camadas grossas, normais superfcie, permanecem

    praticamente retas depois da deformao. Em segundo lugar, a energia de deformao

    correspondente componente da tenso perpendicular superfcie mdia do elemento finito

    no considerada.

    Cinco graus de liberdade so especificados em cada ponto nodal que corresponde aos trs

    deslocamentos e s duas rotaes da normal em cada n. A definio da independncia

    rotacional e dos deslocamentos dos graus de liberdade permite a considerao das

  • 21

    componentes transversais da tenso de corte. Esta aproximao equivale a usar a teoria geral

    de cascas e se reduz hiptese de Reissner & Mindlin aplicados a placas.

    superficie mdianormal

    a) b)

    Figura 2.7: a) Elemento tridimensional slido quadrtico b) Elemento de casca degenerada

    2.5.1 Sistemas de Coordenadas

    Na formulao dos elementos finitos de casca degenerados, diferentes sistemas de

    coordenadas devem ser definidos.

    2.5.1.1 Sistema de Coordenadas Global

    Este sistema selecionado em forma arbitrria em relao geometria da estrutura

    definida no espao. As coordenadas e deslocamentos dos ns, a matriz de rigidez global e

    vetor de foras aplicadas so referidos a este sistema. A seguinte notao utilizada:

    ix )3,1( =i ; zxyxxx === 321 ,, iu )3,1( =i ; wuvuuu === 321 ,,

    { }ix )3,1( =i um vetor unitrio na direo ix (2.18)

    2.5.1.2 Sistema de Coordenadas Nodal

    O sistema de coordenadas nodal definido em cada n do elemento finito com origem na

    superfcie de referncia, que na presente formulao corresponde superfcie mdia (Ver

  • 22

    Figura 2.8a). O vetor { } kV 3 obtido desde as coordenadas nodais da superfcie superior e inferior do n k .

    V2K

    V1K

    V3K

    2K

    1Kcamada j

    X Y

    Z

    sistema coordenado

    sistema coordenadonodal k

    x'

    y'1

    direo dasfibras de reforo SUPERFICIE = CONSTANTE

    camada j

    x'

    z'

    a)

    b)

    Figura 2.8: Sistemas de coordenadas a) global e nodal b) sistema de coordenadas local, material e curvilneo

    { } { } { }{ } { }infsupinfsup

    3kk

    kkk

    xx

    xxV

    = , { } [ ]Tkkkk zyxx = (2.19)

    onde o vetor { } kV 1 perpendicular ao vetor unitrio { } kV 3 e paralelo ao plano global xz

    { } [ ][ ]TxkzkTx

    kzk

    kVV

    VVV

    33

    331

    0

    0

    = (2.20)

    Se o vetor { } kV 3 esta na direco y ( 0.033 == zkxk VV ) tem-se

  • 23

    { } [ ][ ]TykTy

    kk

    V

    VV

    00

    00

    3

    31

    = (na direco x ) (2.21)

    onde os sobrescritos so referidos s componentes dos vetores no sistema de coordenadas

    global. O vetor { } kV 2 perpendicular ao plano definido pelos vetores { } kV 1 e { } kV 3 , ou seja que

    { } { } { } kkk VxVV 132 =

    (2.22)

    2.5.1.3 Sistema de Coordenadas Curvilneas

    Neste sistema , representam as coordenadas curvilneas no plano mdio do elemento degenerado e a coordenada linear na direco da espessura. Presume-se que , e variam entre -1 e +1 nas respectivas faces do elemento. Deve-se notar que a direco aproximadamente perpendicular superfcie mdia do elemento (Ver Figura 2.8b).

    2.5.1.4 Sistema de Coordenadas Local

    Este sistema cartesiano se define nos pontos de integrao onde as tenses e as

    deformaes so calculadas (Ver Figura 2.8b). A direco 3x (ou z ) perpendicular superfcie constante , sendo obtida pelo produto vetorial das direes e .

    { }

    ==

    z

    y

    x

    x

    z

    y

    x

    xz 3 (2.23)

    A direco 1x (ou x ) pode ser considerada como tangente direco no ponto de integrao.

    { } Tzyxxx

    == 1 (2.24)

  • 24

    Defina-se a direco 2x (ou y ) como o produto vetorial das direes 3x e 1x .

    { } { } { }132 xxxxy == (2.25)

    Este sistema de coordenadas local varia ao longo da espessura do elemento, dependendo

    da curvatura da casca e da espessura varivel. A matriz de cossenos de direco [ ] relaciona a transformao entre o sistema de coordenadas local e global e se define como:

    [ ] { } { } { }[ ]zyx = (2.26)

    onde { }x ,{ }y e { }z correspondem aos vetores unitrios nas direes dos eixos x , y e z respectivamente.

    2.5.2 Geometria e Campo de Deslocamentos

    As coordenadas globais do par de pontos sobre a superfcie superior e inferior em cada n

    so usualmente dados da geometria do elemento. Na formulao isoparamtrica as

    coordenadas do ponto dentro do elemento se conseguem mediante a aplicao das funes de

    interpolao das coordenadas nodais, mediante a equao (2.27), na qual kN representa as

    funes de forma do elemento.

    ==

    +

    +=n

    kikk

    n

    kikki xNxNx

    1

    sup

    1

    sup

    21),(

    21),( (2.27)

    Tomando em considerao as suposies feitas no processo degenerativo do elemento de

    casca, o campo de deslocamentos se define por cinco graus de liberdade da normal. Os trs

    deslocamentos do ponto meio midiku e as duas rotaes k1 e k2 (Ver Figura 2.9). Assim, os deslocamentos de um ponto sobre a normal, resultante das duas rotaes mencionadas so

    calculados mediante a seguinte equao:

    kk h 21 = , kk h 12 = (2.28)

  • 25

    X Y

    z

    V3K

    V2K

    V1K

    2K

    1K

    1K2K

    hPosio deformada

    da normal

    Normal indeformadano n k

    Figura 2.9: Deslocamento num ponto da normal no n k

    em que k1 o deslocamento na direco do vetor { } kV 1 e k2 o deslocamento na direco { } kV 2 , sendo h a espessura do elemento no n k . As componentes dos deslocamentos iu so obtidos como:

    ( ) ( )ikki Vu k 112 = , ( ) ( )ikki Vu k 221 = (2.29)

    Na expresso (2.29) a relao linear estabelece que as rotaes incrementais so

    pequenas. O campo de deslocamentos do elemento pode-se expressar como:

    { } { }[ ]==

    +=n

    k k

    kkk

    kk

    n

    k

    midikki VV

    hNuNu

    1 2

    112

    1 2 (2.30)

    ou:

    ==

    +

    =

    nk k

    k

    zk

    yk

    xk

    zk

    yk

    xk

    kk

    n

    kmid

    k

    VVV

    VVV

    hN

    wvu

    Nwvu

    1 2

    1

    1

    1

    1

    2

    2

    2

    1 2 (2.31)

    A contribuio aos deslocamentos locais do n k vem dada por:

    =

    k

    k

    k

    k

    k

    zk

    kk

    yk

    kkk

    yk

    kk

    yk

    kkk

    xk

    kk

    xk

    kkk

    wvu

    VhNVhNN

    VhNVhNN

    VhNVhNN

    wvu

    2

    112

    12

    12

    2200

    2200

    2200

    (2.32)

  • 26

    2.5.3 Definio das Deformaes

    Para conseguir a hiptese de tenso zero na direco z )0( =z , as componentes de deformao devem ser definidas em termos dos eixos locais (Ver Figura 2.10) ix , onde

    zx =3 perpendicular ao plano .

    x'

    y'

    z'

    GP

    Figura 2.10: Sistema de eixos para a definio das deformaes

    O sistema local tambm o sistema mais conveniente para expressar as componentes das

    tenses e suas resultantes para a anlise e projeto. As cinco componentes da deformao so:

    { }

    +

    +

    +

    =

    =

    yw

    zv

    xw

    zu

    yu

    xv

    yvxu

    zy

    zx

    yx

    y

    x

    (2.33)

    onde u , v e w so as componentes dos deslocamentos no sistema local. Estas derivadas locais so obtidas das derivadas globais dos deslocamentos da seguinte maneira:

  • 27

    [ ] [ ]

    =

    wvu

    wvu

    wvu

    zw

    zv

    zu

    yw

    yv

    yu

    xw

    xv

    xu

    T (2.34)

    sendo que [ ] a matriz de transformao definida na equao (2.26). As derivadas dos deslocamentos no sistema global so obtidos fazendo-se:

    =

    wvu

    wvu

    wvu

    J

    zw

    zv

    zu

    yw

    yv

    yu

    xw

    xv

    xu

    1 (2.35)

    em que J a matriz jacobiana, que vem expressa por:

    =

    zyx

    zyx

    zyx

    J (2.36)

    sendo sua inversa dada por:

    =

    zzz

    yyy

    xxxJ

    1 (2.37)

    As derivadas dos deslocamentos referidos ao sistema de coordenadas curvilneas so

    obtidas pela equao (2.30), enquanto a matriz jacobiana obtida da equao (2.36).

    possvel calcular os termos desta matriz em forma explicita da seguinte forma:

    =

    +

    +

    = n

    kkk

    k xxNx

    1

    infsup

    21

    21

    (2.38a)

  • 28

    =

    +

    +

    = n

    kkk

    k yyNy

    1

    infsup

    21

    21

    (2.38b)

    =

    +

    +

    = n

    kkk

    k zzNz

    1

    infsup

    21

    21

    (2.38c)

    =

    +

    +

    = n

    kkk

    k xxNx

    1

    infsup

    21

    21

    (2.38d)

    =

    +

    +

    = n

    kkk

    k yyNy

    1

    infsup

    21

    21

    (2.38e)

    =

    +

    +

    = n

    kkk

    k zzNz

    1

    infsup

    21

    21

    (2.38f)

    ( )=

    = n

    k

    kkk

    xxNx

    1

    infsup

    2 (2.38g)

    ( )

    =

    = n

    k

    kkk

    yyNy

    1

    infsup

    2 (2.38h)

    ( )=

    = n

    k

    kkk

    zzNz

    1

    infsup

    2 (2.38i)

    A matriz de deformao [ ]cB que relaciona as componentes de deformao no sistema local s variveis nodais do elemento obtida como:

    { } [ ] { } cB=

    (2.39)

    onde { } definida na equao (2.33), { } o vetor dos deslocamentos nodais { }Tkkwvu 21 e [ ]cB a matriz com cinco linhas e o nmero de colunas iguais ao nmero das variveis nodais do elemento. Para obter os termos da matriz [ ]cB preciso primeiro definir as matrizes auxiliares [ ]A e [ ]G da seguinte maneira:

    [ ] [ ] [ ]

    ==

    333231

    232221

    1312111

    AAAAAAAAA

    JA T (2.40a)

  • 29

    [ ]

    =

    =

    +

    +

    +

    =wvu

    Gwvu

    yz

    xz

    xy

    y

    x

    yw

    zv

    xw

    zu

    yu

    xv

    yvxu

    0

    0

    0

    00

    00

    (2.40b)

    Assim, transformando o vetor de deslocamentos local ao sistema global possvel obter

    os termos da matriz [ ]cB como:

    { } [ ][ ]

    =wvu

    G T (2.41a)

    { } [ ][ ] [ ] [ ][ ][ ]

    ++

    =k

    k

    zk

    yk

    xk

    zk

    yk

    xk

    Tkk

    kTk

    VVV

    VVV

    CBh

    wvu

    B2

    1

    1

    1

    1

    2

    2

    2

    2 (2.41b)

    { } [ ][ ] [ ] [ ][ ][ ]

    +=

    k

    k

    k

    k

    k

    zk

    yk

    xk

    zk

    yk

    xk

    Tkk

    kTk w

    vu

    VVV

    VVV

    CBh

    B

    2

    11

    1

    1

    2

    2

    2

    2,

    (2.41c)

    [ ] [ ][ ] [ ] [ ][ ][ ]

    +=zk

    yk

    xk

    zk

    yk

    xk

    Tkk

    kTkc

    VVV

    VVV

    CBh

    BB

    1

    1

    1

    2

    2

    2

    2, , 8...2,1=k

    (2.41d)

    onde,

    =

    23

    13

    12

    2

    1

    00

    00000

    BBBB

    BBB

    B

    Bk

    =

    21

    31

    32

    2

    3

    00

    00000

    CCCC

    CCC

    C

    Ck (2.42a)

  • 30

    12111 ANANB kk

    += 331 ANC k=

    22212 ANANB kk

    += 232 ANC k=

    32313 ANANB kk

    += 133 ANC k=

    (2.42b)

    2.5.4 Definio das Tenses

    Considerando a hiptese de tenso zero na direco z )0( =z , as cinco componentes de tenso no sistema local so:

    { } [ ]{ }

    =

    =

    D

    zy

    zx

    yx

    y

    x

    (2.43)

    onde { } definida na equao (2.33) e [ ]D definida na equao (2.13) para o concreto fissurado e no fissurado.

    2.5.5 Formulao para o Concreto Protendido

    O modelo do concreto protendido considera que o cabo modelado em forma discreta

    dentro do elemento de casca degenerada (Ver Figura 2.11). A geometria do troo de armadura

    incorporada pode ser definida a partir das coordenadas globais dos ns que definem o

    elemento de cabo unidimensional. Estas coordenadas globais so obtidas a partir das

    coordenadas naturais dos mesmos ns do elemento, utlizando a equao (2.27). Nesse

    trabalho utilizou-se como dados de entrada ao cdigo computacional as coordendas naturais

    dos ns que definen o elemento de cabo em cada elemento finito, embora um algoritmo mais

    robusto pode ser implementado siguendo o procedimento proposto no trabalho de Jirousek et

    al. (1979) . Assim, a formulao correspondente utilizada apresentada em detalhe no

    trabalho de Povoas (1991), Roca & Mari (1993a) e Roca & Mari (1993b).

  • 31

    Tomando para origem do vetor de posio )(r de um ponto genrico do elemento de cabo unidimensional submetido a uma fora de protenso oP , a origem do referencial global,

    tem-se:

    {} { } { }kzjyixxr p )()()()()( ++== (2.44a)

    =

    =

    3

    1,

    ,

    ,

    )()()()(

    jjp

    jp

    jp

    j

    zyx

    Nzyx

    (2.44b)

    Po

    t

    X Y

    z

    sistema coordenado

    elemento de cabo

    1

    2

    3

    sistema coordenadonodal k

    r()

    V2K

    V1K

    V3K

    2K

    1K

    Figura 2.11: Definio da coordenada curvilnea do elemento de cabo de protenso

    onde )(jN so as funes de forma comuns do elemento de barra com trs ns (Ver Hinton & Owen, 1977). Levando em conta o vetor tangente unitrio correspondente (Ver Figura

    2.11) expresso pelas relaes:

    ( ){ } ( ){ }( ){ }

    vvt = (2.45)

    com,

    ( ){ } {} { } { }kddzj

    ddyi

    ddxv ++= (2.46a)

  • 32

    ( ){ } vddz

    ddy

    ddxv =

    +

    +

    =

    21222

    (2.46b)

    possvel determinar a matriz [ ]pB que relaciona a deformao axial no cabo p com os deslocamentos do elemento finito em que incorporado, como indicado na expresso (2.47).

    No apndice A do presente trabalho apresentado o desenvolvimento da matriz de

    de