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“Qualificando seus profissionais e valorizando seus colaboradores.” APOSTILA DE ELETRICIDADE PREDIAL ANDIRÁ 2010

ELETRICIDADE PREDIAL

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Page 1: ELETRICIDADE PREDIAL

“Qualificando seus profissionais e valorizando seus colaboradores.”

APOSTILA DE ELETRICIDADE PREDIAL

ANDIRÁ 2010

Page 2: ELETRICIDADE PREDIAL

“Qualificando seus profissionais e valorizando seus colaboradores.”

Curso realizado na empresa

COTAN S/A sob a

responsabilidade do

Tecnólogo em Automação:

Eliseu de Souza.

ANDIRÁ 2010

Page 3: ELETRICIDADE PREDIAL

SUMÁRIO

1 - ELETRICIDADE PREDIAL ....................................................................................... 5 1.1 - Energia ................................................................................................................. 5

1.1.1 - Tipos de Energia......................................................................................... 5 1.1.2 - Energia Hidrelétrica.................................................................................... 5 1.1.3 - Energia Potencial........................................................................................ 6 1.1.4 - Energia cinética .......................................................................................... 6 1.1.5 - Energia Mecânica....................................................................................... 6 1.1.6 - Energia Química ......................................................................................... 7 1.1.7 - Energia Elétrica .......................................................................................... 7

2 - MAGNETISMO .......................................................................................................... 7 3 - CAMPO MAGNÉTICO .............................................................................................. 7 4 - CAMPO ELÉTRICO ................................................................................................... 7 5 - FUNDAMENTOS DA ELETRICIDADE.................................................................... 8

5.1 - Tensão Elétrica ..................................................................................................... 8 5.2 - Corrente Elétrica ................................................................................................... 8 5.3 - Resistência Elétrica ............................................................................................... 8 5.4 - Condutância Elétrica ............................................................................................. 8

6 - CIRCUITO ELÉTRICO .............................................................................................. 9 7 - POTÊNCIA ELÉTRICA.............................................................................................10 8 - CORRENTE CONTÍNUA E CORRENTE ALTERNADA.........................................10

8.1 - Representação Gráfica de Corrente Contínua .......................................................10 8.2 - Representação Gráfica de Corrente Alternada ......................................................11

9 - INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA...........................................................................11 10 - PRIMEIRA LEI DE OHM........................................................................................11 11 - ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES...........................................................................12

11.1 - Associação Série ................................................................................................12 11.2 - Associação Paralela............................................................................................12 11.3 - Associação Mista ...............................................................................................12

12 - SISTEMA ELÉTRICO .............................................................................................13 12.1 - Geração .............................................................................................................14 12.2 - Transmissão ......................................................................................................14 12.3 - Distribuição ......................................................................................................15 12.4 - Utilização..........................................................................................................15

13 - SISTEMA MONOFÁSICO ......................................................................................16 14 - SISTEMA BIFÁSICO ..............................................................................................16 15 - SISTEMA TRIFÁSICO ............................................................................................16 16 - SETORES DE UMA INSTALAÇÃO .......................................................................17 17 - SIMBOLOGIA DOS DISPOSITIVOS E EQUIPAMENTOS ...................................18 18 - DIAGRAMAS..........................................................................................................22

18.1 - Diagrama funcional ..........................................................................................22 18.2 - Diagrama Multifilar ..........................................................................................23 18.3 - Diagrama Unifilar .............................................................................................23

19 - EXEMPLOS DE INSTALAÇÃO .............................................................................24 19.1 - Ligação Série ....................................................................................................24 19.2 - Ligação Paralelo ...............................................................................................26

19.2.1 - Exemplos Resolvidos..............................................................................26 20 - INTERRUPTOR PARALELO (OU THREE-WAY).................................................28

Page 4: ELETRICIDADE PREDIAL

21 - INTERRUPTOR INTERMEDIÁRIO .......................................................................29 22 - LÂMPADAS DE BAIXA PRESSÃO - FLUORESCENTES ....................................31

22.1 - Vantagens da Lâmpada Fluorescente ...............................................................32 22.2 - Desvantagens ....................................................................................................32 22.3 - Exemplos de Diagramas ...................................................................................32

23 - RELÉ FOTOELÉTRICO ..........................................................................................33 23.1 - Exemplo de diagramas com relé fotoelétrico ...................................................33

24 - CAMPAINHA ..........................................................................................................34 24.1 - EIetromagnética................................................................................................34

25 - INTERRUPTOR DE MINUTERIA ..........................................................................35 25.1 - Tipos de minuterias ..........................................................................................35

26 - DISJUNTORES........................................................................................................37 26 - DISJUNTORES........................................................................................................38

26.1 - Sequência de manobra e atuação de um disjuntor termomagnético .................39 26.2 - Dimensinamento ...............................................................................................39

26.2.1 - Exercício...................................................................................................41 27 - BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................42

Page 5: ELETRICIDADE PREDIAL

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1 - ELETRICIDADE PREDIAL

1.1 - Energia

É a capacidade de realizar uma ação ou um trabalho. Realizar trabalho é

transformar energia ou transferí-la de um local para outro.

1.1.1 - Tipos de Energia

●Energia Hidrelétrica

●Energia Potencial

●Energia Cinética

●Energia Mecânica

●Energia Química

●Energia Elétrica

1.1.2 - Energia Hidrelétrica

A energia hidrelétrica é a energia que vem do movimento das águas,

usando o potencial hidráulico de um rio de níveis naturais, queda d’água. Essa

energia é a segunda maior fonte de eletricidade do mundo. Freqüentemente

constroem-se represas que reprimem o curso da água, fazendo com que ela se

acumule em um reservatório denominado barragem.

No Brasil, devido a sua enorme quantidade de rios, a maior parte de energia elétrica

disponível é proveniente de grandes usinas hidrelétricas.

Page 6: ELETRICIDADE PREDIAL

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1.1.3 - Energia Potencial

É a energia que um objeto possui devido à sua posição. Um martelo

levantado, uma mola enroscada e um arco esticado de um atirador, todos

possuem energia potencial. Esta energia está pronta a ser modificada noutras

formas de energia e, consequentemente, produzir trabalho: quando o martelo cair,

pregará um prego; a mola, quando solta, fará andar os ponteiros de um relógio; o

arco disparará uma seta. Assim que ocorrer algum movimento, a energia

potencial da fonte diminui, enquanto se modifica em energia do movimento

(energia cinética). Levantar o martelo, enrolar a mola e esticar o arco faz, por sua

vez, uso da energia cinética e produz um ganho de energia potencial.

Generalizando, quanto mais alto e mais pesado um objeto está, mais energia

potencial terá.

1.1.4 - Energia cinética

É possuída por qualquer coisa em movimento; quanto mais depressa um

objeto se move, maior a sua energia cinética. Além disso, quanto mais pesado é

um objeto, maior é a sua energia cinética (apenas quando está em movimento).

As máquinas mecânicas - automóveis, tornos, bate-estacas ou quaisquer outras

máquinas motorizadas - produzem energia cinética, e esta espécie de energia é

muitas vezes chamada de energia mecânica.

1.1.5 - Energia Mecânica

A energia mecânica é a energia que pode ser transferida por meio de força. A

energia mecânica total de um sistema é a soma da energia potencial com a energia cinética.

Page 7: ELETRICIDADE PREDIAL

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1.1.6 - Energia Química

É a energia que está armazenada num átomo ou numa molécula. Existem

várias formas de energia, mas os seres vivos só utilizam a energia química. A

energia química está presente nas ligações químicas. Os seres vivos utilizam a

glicose como principal combustível (fonte de energia química). As reações

químicas geralmente produzem calor. A energia química também pode ser

transformada em qualquer forma de energia, por exemplo, em eletricidade

(bateria) e em energia cinética (nos músculos ou nos motores).

1.1.7 - Energia Elétrica

É uma forma de energia baseada na geração de diferenças de potencial

elétrico entre dois pontos, que permitem estabelecer uma corrente elétrica entre

ambos.

2 - MAGNETISMO

O magnetismo está relacionado com a propriedade que um corpo tem de

ser atraído por outro.

3 - CAMPO MAGNÉTICO

É uma região do espaço localizado ao redor de uma fonte de magnetismo,

que apresenta propriedades magnéticas, originadas pelo movimento de cargas

elétricas.

4 - CAMPO ELÉTRICO

Uma carga elétrica cria em torno de si um conjunto de linhas de forças orientadas,

conhecidas como linhas de força eletrostática. A região do espaço onde atuam estas forças

é chamada de Campo Elétrico.

Page 8: ELETRICIDADE PREDIAL

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5 - FUNDAMENTOS DA ELETRICIDADE

A seguir serão descritos os fundamentos da eletricidade.

5.1 - Tensão Elétrica

É a força que faz com que os elétrons se movimentam. Sua unidade de

medida é Volts e representada pela letra (V).

5.2 - Corrente Elétrica

É a quantidade de carga que circulam por um condutor em um determinado

tempo. É medida em Ampéres e representada pela letra(I).

5.3 - Resistência Elétrica

É a propriedade que os materiais possuem de oposição a passagem de

corrente elétrica.É medida em Ohms e representada pela letra (Ω).

5.4 - Condutância Elétrica

A condutância é um conceito inverso ao da resistência elétrica. Enquanto a

resistência é a característica de oposição à passagem da corrente elétrica, a

condutância é o grau de facilidade que uma corrente elétrica encontra ao

percorrer um condutor. A condutância é expressa pela letra G e medida em

Siemens [S]. Matematicamente, a condutância também é expressa pelo inverso

da resistência, ou seja:

G = 1/R

Assim, resistência e condutância são inversamente proporcionais, ou seja,

quanto maior a resistência, menor a condutância, e vice-versa. Em outras

palavras, “quanto maior é a dificuldade, menor é a facilidade” de passagem da

corrente elétrica.

Page 9: ELETRICIDADE PREDIAL

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6 - CIRCUITO ELÉTRICO

É um conjunto de equipamentos elétricos alimentados por uma mesma

fonte e protegidos pelos mesmos dispositivos de proteção, de modo que formem

pelo menos um caminho para a corrente elétrica. No entanto para que ocorra o

movimento de elétrons, é necessário dois potenciais elétricos diferentes, ou seja,

uma diferença de potencial (ddp), ou força eletromotriz (f.e.m) ou mais usual

(tensão elétrica).

Portanto, concluímos que só existirá corrente elétrica em um circuito, se

houver tensão elétrica. Também deverá haver no circuito um elemento conversor

de energia (carga), responsável por transformar energia elétrica em outra forma

de energia. Este elemento pode ser, por exemplo, uma lâmpada, um motor

elétrico ou uma campainha.

Em resumo, podemos definir circuito elétrico como um caminho fechado

por onde circula uma corrente elétrica. Este circuito é formado por quatro

elementos básicos:

●Uma fonte de alimentação

●Fios Condutores

●Um receptor de energia, também chamado de carga

●Um elemento de controle (interruptor)

Page 10: ELETRICIDADE PREDIAL

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7 - POTÊNCIA ELÉTRICA

É a quantidade de energia transformada ou um trabalho realizado em um

determinado intervalo de tempo. É medida em Watts e representada pela letra

(W).

8 - CORRENTE CONTÍNUA E CORRENTE ALTERNADA

As pilhas e baterias têm a característica de fornecer corrente contínua

para o circuito, o que significa dizer que a corrente flui continuamente em um

único sentido de circulação, o que implica em dizer que a tensão mantém sempre

a mesma polaridade. A corrente contínua é muitas vezes abreviada por CC ou DC

(do inglês, direct current).

No entanto, esta forma de energia não é a que encontramos, por exemplo,

nas tomadas de nossas casas. Neste caso, a tensão alterna (inverte) sua

polaridade periodicamente, em intervalos de tempo bem definidos, o que faz com

que a corrente também apresenta sentido de circulação alternado, ora num

sentido, ora no sentido oposto. A este tipo de corrente damos o nome de corrente alternada, abreviada por CA ou AC (do inglês, alternate current).

8.1 - Representação Gráfica de Corrente Contínua

Page 11: ELETRICIDADE PREDIAL

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8.2 - Representação Gráfica de Corrente Alternada

9 - INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

Quando um condutor é submetido a um campo magnético variável, entre

seus extremos aparece uma diferença de potencial (d.d.p.) que, no caso, é

conhecida como força eletromotriz induzida (fem). Esse fenômeno é chamado de

indução eletromagnética.

10 - PRIMEIRA LEI DE OHM

O cientista George Simon Ohm observou, em suas experiências uma

relação de proporcionalidade existente em certos materiais entre a tensão elétrica

aplicada e a corrente elétrica resultante desta tensão aplicada. A primeira Lei de

Ohm é representada da seguinte forma:

V = R x I

Page 12: ELETRICIDADE PREDIAL

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11 - ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES

11.1 - Associação Série

Req = R1 + R2 + R3

11.2 - Associação Paralela

Req = 2121

RRxRR

11.3 - Associação Mista

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12 - SISTEMA ELÉTRICO

Um sistema elétrico, na sua concepção geral, é constituído pelos

equipamentos e materiais necessários para transportar a energia elétrica desde a

“fonte” até os pontos de utilização. Desenvolvendo-se em quatro etapas básicas:

geração, transmissão, distribuição e utilização, como mostra o esquema a seguir:

Page 14: ELETRICIDADE PREDIAL

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12.1 - Geração

É a etapa desenvolvida nas usinas geradoras que produzem energia elétrica

por transformação, a partir das fontes primárias, que por sua vez, podem ser

classificadas em:

hidroelétricas: utilizam a energia mecânica das quedas d’àgua;

termoelétricas: utilizam a energia térmica da queima de combustíveis

(carvão, óleo diesel, gasolina, etc.);

nucleares: utilizam a energia térmica produzida pela fissão nuclear de

materiais (urânio, e outros, etc.).

12.2 - Transmissão

Consiste no transporte da energia elétrica em tensões elevadas, desde a

usina até os centros consumidores. Algumas vezes segue-se à transmissão uma

etapa intermediária (entre transmissão e distribuição ) denominada de

subtransmissão, com níveis de tensões mais baixos. Grandes consumidores, tais

como complexos industriais de grande porte, são alimentados pelas

concessionárias a partir de linhas de transmissão ou subtransmissão. Nestes

casos, as etapas seguintes (abaixamento da tensão e distribuição) são realizadas

pelo próprio consumidor.

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12.3 - Distribuição

É a etapa desenvolvida, via de regra, nos centros consumidores. As linhas de

transmissão alimentam subestações abaixadoras nos centros urbanos e, delas

partem as linhas de distribuição primária. Estas podem ser aéreas com cabos nus ou

isolados, de alumínio ou cobre, suspensos em postes; podem ser subterrâneas com

cabos isolados (geralmente em vias públicas excessivamente congestionadas).

As linhas de distribuição primária alimentam diretamente indústrias e

edifícios de grande porte (comerciais , institucionais e residenciais), que

possuem subestação ou transformador próprio. Alimenta também transformadores

de distribuição, de onde partem as linhas de distribuição secundária com tensões

reduzidas, utilizadas em aplicações domésticas e/ou “atividades de baixa potência”.

Nos grandes centros urbanos, dá-se preferência à distribuição subterrânea

(primária ou secundária), pois como a potência a ser transportada é elevada, os

cabos a serem empregados são de seção elevada, impossibilitando o uso de

estruturas aéreas. O custo de tais sistemas de distribuição é elevado, pois até

mesmo os transformadores abaixadores são instalados em galerias subterrâneas.

Por outro lado, consegue-se uma melhoria no aspecto estético urbano, eliminando-

se postes e seus inúmeros acessórios.

Aumenta-se a confiabilidade do sistema, pois evita-se interrupções de

energia devido a queda de postes, fato tão comum em centros urbanos.

12.4 - Utilização

Consiste na última etapa dos sistemas elétricos. Ocorre, via de regra, nas

instalações elétricas, onde a energia elétrica é transformada em energia mecânica

(através de motores), ou térmica ou ainda, em energia luminosa para finalmente

ser utilizada.

Page 16: ELETRICIDADE PREDIAL

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13 - SISTEMA MONOFÁSICO

É aquele formado por 2 condutores, sendo um deles o condutor fase (R ou S

ou T) e o outro é o neutro (N). O condutor fase possui tensão de 220V e o condutor

neutro, geralmente é aterrado, portanto não possui tensão.

Desta forma, para formarmos um sistema monofásico basta combinarmos:

Fase R e N: 110V (geralmente 127V);

Fase S e N: 110V (geralmente 127V);

Fase T e N: 110V (geralmente 127V).

Normalmente o sistema monofásico é utilizado em instalações de baixa

potência (até 10kW de carga instalada).

14 - SISTEMA BIFÁSICO

Formado por três condutores: duas fases (R e S, ou R e T, ou S e T) e um

neutro (N). A tensão entre duas fases, no sistema COPEL, é 220V (tensão de linha)

e entre uma fase e o neutro é 127V (tensão de fase). Dependendo do tipo de ins-

talação (por exemplo, instalações industriais) é possível ter outros níveis de

tensão de linha (380V, 440V, 760V, etc.).

15 - SISTEMA TRIFÁSICO

Possui as três fases (R, S e T) com o neutro (N). Da mesma forma que o

sistema bifásico, podemos ter tensões de linha em 220V, 380V, 440V, etc. Depende

do tipo da instalação. Normalmente os sistemas trifásicos são utilizados em

indústrias ou para consumidores de alta potência, cujas cargas são motores,

bombas, ou ainda, grande potência de carga instalada (edifícios comerciais ou

condomínios residenciais).

Page 17: ELETRICIDADE PREDIAL

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16 - SETORES DE UMA INSTALAÇÃO

Pode-se considerar como origem de uma instalação:

Os terminais de saída do dispositivo geral de comando e/ou proteção,

geralmente bases (ou chaves) com fusíveis ou disjuntores; terminais de saída do

transformador.

A partir da origem distribuem-se os circuitos da instalação que podem ser:

● circuitos de distribuição: é o circuito que alimenta um ou mais quadros de

distribuição;

● circuito terminal: é o circuito que alimenta diretamente os equipamentos de

utilização e/ou tomadas de corrente. Os circuitos terminais podem ser:

● de iluminação;

● de tomadas de uso geral (TUG’s) ou de tomadas de uso específico (TUE’s),

por exemplo chuveiro elétrico;

● de iluminação e tomadas;

● de motores;

●especiais: alimentam equipamentos de potência elevada, como por

exemplo, fornos, caldeiras, máquinas de solda, etc.

Page 18: ELETRICIDADE PREDIAL

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17 - SIMBOLOGIA DOS DISPOSITIVOS E EQUIPAMENTOS

Quando se projeta uma instalação elétrica, deve-se representar

precisamente a função, posição, tipo e ligação de cada componente. Por isso, é

necessário utilizar uma linguagem que seja entendida por todas as pessoas que

leiam ou interpretem este projeto ou “esquema elétrico”. Esta linguagem é

constituída de símbolos, porém, estes não podem ser simplesmente “criados”

aleatóriamente. Tais símbolos são normalizados pela ABNT (Associação Brasileira

de Normas Técnicas) através das normas NB3, NBR5410/90 e NBR5444.

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A seguir será mostrada uma lista de simbologia conforme as normas

técnicas:

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Page 22: ELETRICIDADE PREDIAL

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18 - DIAGRAMAS

O diagrama é a representação gráfica de todos os equipamentos e suas

ligações à instalação. Dependendo do tipo da instalação, é possível utilizar três tipos

distintos de esquemas: funcional, multifilar e unifilar.

18.1 - Diagrama funcional

É o diagrama no qual se representa todos os fios conectados ao

equipamento de forma rápida e clara, não levando em conta a posição física do

equipamento na instalação, preocupando-se apenas com o funcionamento e ligação

deste.

Page 23: ELETRICIDADE PREDIAL

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18.2 - Diagrama Multifilar

É o diagrama que representa com clareza todos os componentes, não

considerando sua posição física na instalação, mas considerando todos os fios

utilizados nas conexões de forma objetiva e resumida. É utilizado somente para

circuitos elementares, pois se o circuito é complexo sua representação torna-se

confusa.

18.3 - Diagrama Unifilar

Representa através de um único traço todos os fios, seus trajetos e posição

física exata, em escala, porém não é claro na representação da seqüência funcional

dos circuitos e do funcionamento do equipamento. Na figura a seguir esta

representado o diagrama unifilar da instalação de um interruptor simples, uma tomada

monofásica e uma lâmpada incandescente de 100W-127V.

Page 24: ELETRICIDADE PREDIAL

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19 - EXEMPLOS DE INSTALAÇÃO

19.1 - Ligação Série

Com uma tensão de 127V, podemos acionar uma lâmpada de 100W-127V, ou

120V, ou 110V.

Com uma tensão de 220V, podemos alimentar duas lâmpadas de potências iguais.

Porém a ligação série não é utilizada, pois já sabemos que a somatória das

quedas de tensão em cada equipamento, resulta na tensão aplicada pela fonte,

neste caso 127V ou 220V. Não é possível portanto, montar toda uma instalação

elétrica, como por exemplo de uma resistência, sabendo que as lâmpadas não

apresentarão luminosidade adequada e que, caso uma delas queime, as demais

apagarão.

Page 25: ELETRICIDADE PREDIAL

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Este tipo de ligação é muito utilizada em iluminação de árvores de Natal, nas

quais são usadas, por exemplo, 20 lâmpadas de 6V. Se cada uma apresenta uma

queda de tensão de 6V então teremos 20 x 6V = 120V, que é a tensão nominal da

tomada.

Page 26: ELETRICIDADE PREDIAL

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19.2 - Ligação Paralelo

É o tipo de ligação utilizado nas instalações, pois apresenta vários caminhos

para a corrente elétrica e se uma lâmpada ou qualquer outro aparelho queimar, não

causará influência alguma no funcionamento dos demais aparelhos.

Da mesma forma, se a tensão for de 220V, podemos alimentar várias

lâmpadas de igual tensão, ou seja, de 220V.

19.2.1 - Exemplos Resolvidos

1 - Represente os diagramas multifilar e unifilar de uma instalação com 2

lâmpadas incandescentes 60W-127V, comandadas por um conjunto de interruptor

com duas teclas simples.

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2 - Um conjunto de interruptor de 3 teclas, 3 lâmpadas incandescentes, sendo 1

de 100W, 1 de 60W e 1 de 40W, todas de 127V.

3 - Uma lâmpada incandescente de 60W-220V, comandada por um interruptor

bipolar.

4 - Uma instalação contendo: 2 lâmpadas incandescentes de 100W-220V, comandadas

por um interruptor bipolar.

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20 - INTERRUPTOR PARALELO (OU THREE-WAY)

São os interruptores utilizados quando deseja-se comandar uma lâmpada

ou grupo de lâmpadas de dois pontos diferentes. Por isso são muito utilizados em

edifícios, nos lances de escadas, pois desta forma é possível acender ou apagar a

(s) lâmpada (s) de pisos diferentes.

Podem ser usados em salas, quartos, corredores e outros cômodos onde seja

necessário comandar de dois pontos diferentes.

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Exemplo:

Há situações em que encontramos dois pontos de luz num mesmo

ambiente,sendo que os mesmos são comandados por um único par de interruptores.

21 - INTERRUPTOR INTERMEDIÁRIO

Utilizados em corredores e/ou escadas onde são necessários mais de dois

pontos de comando para uma ou mais lâmpadas.

É possível usar qualquer número de interruptores intermediários, dependendo

apenas do número de pontos de comando.

NOTA! É importante observar que sempre será preciso instalar o interruptor

intermediário entre dois interruptores paralelos.

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Exemplo:

Diagramas Unifilar e Multifilar de um circuito com “n” pontos de comando

Page 31: ELETRICIDADE PREDIAL

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22 - LÂMPADAS DE BAIXA PRESSÃO - FLUORESCENTES

A fluorescência é a propriedade que um material tem de se “auto-iluminar’

quando sob a ação de uma energia radiante, como por exemplo a radiação

ultravioleta ou raio X. A partir desta definição é fácil entender o funcionamento das

lâmpadas fluorescentes, pois devemos ter uma fonte de energia radiante

(arco elétrico) e um material fluorescente (pó de fósforo).

Podemos resumir o funcionamento nas seguintes etapas:

● o circuito é energizado;

● os elétrons abandonam os cátodos ou filamentos (vagarosamente nos

circuitos convencionais ou rapidamente nos circuitos de partida rápida);

● a tensão entre os filamentos atrai os elétrons

● os elétrons, em excesso, ionizam o gás reduzindo a resistência do tubo e o

arco elétrico surge;

● o fluxo de elétrons no arco excita os elétrons nos átomos de mercúrio e

eles mudam de órbita, gerando a radiação;

● a radiação da colisão de elétrons é absorvida emitindo luz visível.

Page 32: ELETRICIDADE PREDIAL

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22.1 - Vantagens da Lâmpada Fluorescente

Grande eficiência luminosa;

Vida útil longa;

Utilização econômica;

Conforto e uniformidade na iluminação;

Maior variedade de potências e tamanhos.

22.2 - Desvantagens

O reator pode apresentar ruído com a depreciação;

O custo inicial é relativamente maior comparado a outros tipos de lâmpadas.

22.3 - Exemplos de Diagramas

01 reator partida rápida duplo 2x40 W 127 V; 01 interruptor simples;

02 lâmpadas fluorescentes 40 W.

Page 33: ELETRICIDADE PREDIAL

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23 - RELÉ FOTOELÉTRICO

Utilizado para o controle automático de iluminação, ou seja, as lâmpadas

podem ser ligadas ou desligadas em função da luminosidade ambiente. Por isso,

são instalados em redes elétricas de distribuição urbana , para

acionamento e desligamento automático quando anoitece e amanhece,

respectivamente.

23.1 - Exemplo de diagramas com relé fotoelétrico

1 Relé fotoelétrico 127V - 1000W.

1 Lâmpada incandescente 127 V - 60W.

Page 34: ELETRICIDADE PREDIAL

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24 - CAMPAINHA

24.1 - EIetromagnética

Ao pressionarmos o botão ou pulsador, o eletroimã é alimentado com a

tensão necessária, que atrai a lâmina de ferro e faz o martelo golpear a campainha

(tímpano) Então o circuito é interrompido no interruptor de contato; o eletroimã solta

a lâmina que é afastada pela a ação da mola. O eletroimã atrai a lâmina de ferro de

modo que o martelo golpeia a campainha (tímpano) novamente.

Exemplos de Diagramas

Page 35: ELETRICIDADE PREDIAL

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25 - INTERRUPTOR DE MINUTERIA

Aplicações:

_ iluminação de escadarias de prédios de apartamentos;

_ corredores;

_ ambientes que necessitam ser iluminados durante

curtos períodos do tempo;

_ hall social de apartamentos;

_ ante-salas.

25.1 - Tipos de minuterias

Os tipos de minuterias encontradas atualmente no comércio são as

eletrônicas. Devido às dimensões reduzidas, substituem com vantagem as

precursoras eletromecânicas e eletropneumáticas.

Podem ser:

a) de sobrepor, com fixação diretamente na parede, através de suporte

apropriado ou fixadas no quadro de disjuntores

b) de embutir, que podem ser instaladas com facilidade em uma caixa 10 x 5cm

(4"x2").m

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NOTA: A minuteria apresenta um aquecimento normal, que é dissipado em suas

partes metálicas laterais (6). Sendo assim, na sua instalação deve ser mantida

uma distância entre ela e outros aparelhos (disjuntores, outra minuteria, etc).

Funcionamento

1) Ao pressionarmos o botão de campainha (pulsador), é fornecida a tensão

necessária para o funcionamento do circuito da minuteria.

2) A temporização pode variar de 15 segundos a 5 minutos.

3) Após o tempo programado para a lâmpada permanecer acesa, ocorrerá um

pré-aviso de extinção com 50 % das luminosidade durante 10 segundos.

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26 - DISJUNTORES

São equipamentos que garantem a proteção do circuito elétrico e permitem

a manobra acionamento e desligamento do circuito com segurança.

Atualmente os disjuntores exercem três funções em um circuito:

_ proteção contra curto-circuito;

_ proteção contra sobrecarga;

_ manobra (ligar ou desligar).

A maior vantagem da utilização dos disjuntores é o fato de que o mesmo

pode ser religado com segurança depois da ocorrência de uma falha no circuito

(curto-circuito ou sobrecarga) não havendo necessidade de substituí-lo.

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26.1 - Sequência de manobra e atuação de um disjuntor termomagnético

26.2 - Dimensinamento

O disjuntor deve suportar com segurança a corrente nominal do circuito,

proteger a carga e os condutores de alimentação.

Sempre que for necessário dimensionar um disjuntor, deve-se conhecer:

● a corrente nominal da carga;

● a máxima capacidade de condução dos condutores que alimentam esta

carga;

Em circuitos de baixas potências considera-se a(s) carga(s) como sendo resistiva,

portanto, seu fator de potência (cos φ) é unitário (cos φ = 1,0).

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O cálculo deve ser feito como segue:

Onde:

IN = Intensidade da Corrente Elétrica Nominal, em ampères (A).

P = Potência Elétrica, em watt (W).

E = Tensão Elétrica, em volt (V).

A corrente de operação ou de ajuste dos disjuntores deve ter um valor 25%

maior que a corrente nominal do circuito.

Portanto, a fórmula para o cálculo do disjuntor será:

Onde:

Id = Corrente do operação ou de ajuste do disjuntor, em ampères (A).

IN = Intensidade da Corrente Elétrica Nominal, em ampères (A).

1 ,25 = Fator multiplicativo (acréscimo de 25 % no valor da corrente nominal).

Exemplo

Calcular o valor do disjuntor para um circuito, cuja potência é 1240W, alimentação

por uma tensão de 127V.

DADOS

P = 1.240 W

E = 127 V

IN = ?

Id = ?

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SOLUÇÃO

Consultando as tabelas dos disjuntores, concluímos que o disjuntor deve ser de

15A - UNIPOLAR.

26.2.1 - Exercício

1 - Determinar a capacidade de corrente dos disjuntores a serem instalados num

QL (Quadro de Luz) de uma residência, contendo 5 circuitos, conforme

abaixo:

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27 - BIBLIOGRAFIA

Geraldo Cavalin Instalações Elétricas Prediais

MAMEDE FILHO, João. Instalações elétricas industriais

CIPELLI, Marco; MARKUS, Otávio. Eletricidade – Circuitos em Corrente Contínua.

CIPELLI, Marco; MARKUS, Otávio. Eletricidade – Circuitos em Corrente

Alternada.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Circuito_el%C3%A9trico

http://www.dee.feb.unesp.br/~cagnon/Circuitos%20de%20Corrente%20Alternada.

pdf