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26 de outubro de 2011 • ano 1 • Nº 017 Mágica e muito talento no Dia dos Profissionais de Secretariado 6 Uma semana para a qualidade de vida 4 Brasília Eletrobras Eletronorte é uma das 20 empresas mais inovadoras do Brasil Única estatal entre as vencedoras, a Empresa concorreu com 100 candidatas numa disputa acirrada entre 28 finalistas A inovação tomou conta do Auditório da Editora Glo- bo em São Paulo na noite de 6 de outubro. A entre- ga do prêmio As Empresas Mais Inovadoras do Brasil, de Época Negócios, em par- ceria com a consultoria A.T. Kearney, reuniu grandes empresas do Brasil e mul- tinacionais. E a Eletrobras Eletronorte, pela terceira vez consecutiva, aparece entre as 20 vencedoras. “Conquistamos isso gra- ças a uma força de trabalho apaixonada e motivada por uma política de inovação pautada pela valorização de ideias. Depois de com- petir com as 100 candida- tas e ficar entre as 28 fina- listas, recebemos a visita da equipe técnica da con- sultoria A.T. Kearney para mostrar nossa evolução em vários aspectos das qua- tro dimensões da inovação consideradas para a classi- ficação: estratégia; organi- zação e cultura; processos, estrutura e suporte; e re- sultado da inovação”, expli- ca o diretor-presidente da Eletrobras Eletronorte, Jo- sias Matos de Araujo. Logo na abertura da ce- rimônia, David Cohen, di- retor de redação da Época Negócios, afirmou que ao inovar as empresas fogem da comoditização. “Por de- finição, inovar é fazer dife- rente dos outros. A forma mais barata de crescer é inovando”. Para Cohen, as empresas vencedoras são exemplo de inovação para gestores de todo o Brasil. “Temos estimulado um processo de desenvolvi- mento das habilidades de cada um. Já vemos muita gente ‘saindo do seu qua- drado’ e imaginando o que ninguém pensou. Estamos sistematizando um proces- so que consolida um loo- ping infinito de melhorias”, afirma o diretor de Opera- ção da Eletrobras Eletro- norte, Wady Charone. Para a superintende de Inovação Tecnológica e Eficiência Energética, Neu- sa Lobato Rodrigues, as palavras da noite foram emoção e orgulho. “Foi emocionante ver CEOs de grande empresas falarem de forma apaixonada du- rante o recebimento do Prêmio. Tivemos muito or- gulho de ver que a nossa Empresa está entre as me- lhores do Brasil, uma em- presa pública reconhecida como grande inovadora”. Os números da inovação Uma das constatações dos jurados do prêmio é que as companhias com as melhores práticas de ino- vação costumam envolver o quadro de funcionários para selecionar líderes dos projetos inovadores. Desde 2002, a Eletrobras Eletro- norte já investiu cerca de R$ 140 milhões em proje- tos de P&D, chegando a ul- trapassar, em alguns anos, o limite mínimo de 1% da Receita Operacional Líqui- da estipulado em Lei. Em 2006, por exemplo, o mon- tante investido chegou a 1,7%. “Acreditamos que o envolvimento das equipes é o grande diferencial da Empresa para estar entre as mais inovadoras do País”, afirma o Diretor-Presidente. Além dos investimentos em inovação tecnológica, a Eletrobras Eletronorte aposta no reconhecimento dos seus talentos. O Prêmio Muiraquitã de Inovação Tec- nológica, por exemplo, in- centiva a força de trabalho a realizar melhorias e ino- vações nos seus produtos e processos, alcançando uma dimensão econômica capaz de trazer retorno financeiro para a Empresa. Amuleto que guarda len- das e sorte na Amazônia, o Muiraquitã representa uma conquista para os chama- dos ‘inventores e inventoras da Casa’. Os contemplados, além dos respectivos tro- féus, recebem uma bonifi- cação financeira. Até agora já foram premiadas 90 ino- vações, 45 projetos e 254 pessoas. Em 1999, a Empresa ti- nha um pedido de depósito de patente, duas marcas arquivadas e um contra- to de transferência. Hoje o cenário é outro: são 94 projetos concluídos, 111 produtos, 31 soluções e 90 inovações de colaboradores nas plantas. Em seis anos, o número de pedidos passou de um para 39, o que dei- xa a Eletrobras Eletronorte como a segunda empresa energética em número de pedidos de patentes. Com o Prêmio Muiraqui- tã, a Empresa transformou um investimento de R$ 600 mil reais em premia- ções numa economia de R$ 84 milhões.

Eletrobras Eletronorte é uma das 20 empresas mais ... · ser encarado como uma forma de oportunidade”, ... bem como fazer uma pesquisa de ... a XXXII Sipat e o III Seminário de

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26 de outubro de 2011 • ano 1 • Nº 017

Mágica e muito talento no Dia dos

Profissionais de Secretariado6Uma semana para a

qualidade de vida4

Brasília

Eletrobras Eletronorte é uma das 20 empresas mais inovadoras do Brasil

Única estatal entre as vencedoras, a Empresa concorreu com 100 candidatas numa disputa acirrada entre 28 finalistas

A inovação tomou conta do Auditório da Editora Glo-bo em São Paulo na noite de 6 de outubro. A entre-ga do prêmio As Empresas Mais Inovadoras do Brasil, de Época Negócios, em par-ceria com a consultoria A.T. Kearney, reuniu grandes empresas do Brasil e mul-tinacionais. E a Eletrobras Eletronorte, pela terceira vez consecutiva, aparece entre as 20 vencedoras.

“Conquistamos isso gra-ças a uma força de trabalho apaixonada e motivada por uma política de inovação pautada pela valorização de ideias. Depois de com-petir com as 100 candida-tas e ficar entre as 28 fina-listas, recebemos a visita da equipe técnica da con-sultoria A.T. Kearney para mostrar nossa evolução em vários aspectos das qua-tro dimensões da inovação consideradas para a classi-ficação: estratégia; organi-zação e cultura; processos, estrutura e suporte; e re-sultado da inovação”, expli-ca o diretor-presidente da Eletrobras Eletronorte, Jo-sias Matos de Araujo.

Logo na abertura da ce-rimônia, David Cohen, di-retor de redação da Época Negócios, afirmou que ao inovar as empresas fogem da comoditização. “Por de-finição, inovar é fazer dife-rente dos outros. A forma mais barata de crescer é inovando”. Para Cohen, as empresas vencedoras são

exemplo de inovação para gestores de todo o Brasil.

“Temos estimulado um processo de desenvolvi-mento das habilidades de cada um. Já vemos muita gente ‘saindo do seu qua-drado’ e imaginando o que ninguém pensou. Estamos sistematizando um proces-so que consolida um loo-ping infinito de melhorias”, afirma o diretor de Opera-ção da Eletrobras Eletro-norte, Wady Charone.

Para a superintende de Inovação Tecnológica e Eficiência Energética, Neu-sa Lobato Rodrigues, as palavras da noite foram emoção e orgulho. “Foi emocionante ver CEOs de grande empresas falarem de forma apaixonada du-rante o recebimento do Prêmio. Tivemos muito or-gulho de ver que a nossa Empresa está entre as me-lhores do Brasil, uma em-presa pública reconhecida como grande inovadora”.

Os números da inovaçãoUma das constatações

dos jurados do prêmio é que as companhias com as melhores práticas de ino-

vação costumam envolver o quadro de funcionários para selecionar líderes dos projetos inovadores. Desde 2002, a Eletrobras Eletro-norte já investiu cerca de R$ 140 milhões em proje-tos de P&D, chegando a ul-trapassar, em alguns anos, o limite mínimo de 1% da Receita Operacional Líqui-da estipulado em Lei. Em 2006, por exemplo, o mon-tante investido chegou a 1,7%. “Acreditamos que o envolvimento das equipes é o grande diferencial da Empresa para estar entre as mais inovadoras do País”, afirma o Diretor-Presidente.

Além dos investimentos em inovação tecnológica, a Eletrobras Eletronorte aposta no reconhecimento dos seus talentos. O Prêmio Muiraquitã de Inovação Tec-nológica, por exemplo, in-centiva a força de trabalho a realizar melhorias e ino-vações nos seus produtos e processos, alcançando uma dimensão econômica capaz de trazer retorno financeiro para a Empresa.

Amuleto que guarda len-das e sorte na Amazônia, o Muiraquitã representa uma

conquista para os chama-dos ‘inventores e inventoras da Casa’. Os contemplados, além dos respectivos tro-féus, recebem uma bonifi-cação financeira. Até agora já foram premiadas 90 ino-vações, 45 projetos e 254 pessoas.

Em 1999, a Empresa ti-nha um pedido de depósito de patente, duas marcas arquivadas e um contra-to de transferência. Hoje o cenário é outro: são 94 projetos concluídos, 111 produtos, 31 soluções e 90 inovações de colaboradores nas plantas. Em seis anos, o número de pedidos passou de um para 39, o que dei-xa a Eletrobras Eletronorte como a segunda empresa energética em número de pedidos de patentes.

Com o Prêmio Muiraqui-tã, a Empresa transformou um investimento de R$ 600 mil reais em premia-ções numa economia de R$ 84 milhões.

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26 de outubro de 2011 • ano 1 • Nº 0172

O Ciclo de Palestras do Programa de Prepa-ração para a Aposenta-doria - PPA foi realiza-do nos dias 13 e 14 de setembro, no auditório da Sede, com transmis-são por videoconferên-cia para as Unidades Descentralizadas. As palestras informativas abordaram temas como preparação familiar e social para a aposenta-doria, previdência social, empreendedorismo e preparação financeira.

O objetivo do PPA é preparar os emprega-dos da Eletrobras Ele-tronorte para uma apo-sentadoria saudável e promover a integração social por meio da capa-citação e de outras ativi-dades para a elaboração de um novo projeto de vida. Para o diretor de Gestão Corporativa, Tito Cardoso, “esse processo gera um grande impac-to emocional, familiar e social, caso a pessoa não esteja preparada. O ciclo de palestras é um instrumento que pode auxiliar no preparo da-queles que desejam aderir à aposentadoria. O objetivo do Programa de Incentivo ao Desliga-mento Voluntário - PIDV é atender aos que se sentem preparados para romper o vínculo de em-pregabilidade. Conside-ramos que o Programa trouxe o máximo de ga-rantias possíveis. Repre-senta um acréscimo de vantagens por toda uma vida que as pessoas de-dicaram à Eletrobras Eletronorte”.

Preparação fami-liar e social – Com o aumento considerável da expectativa média de vida do brasileiro de 54 anos, na década de 60, para 73, em 2010 (se-gundo dados do IBGE), a população passa cada

Empreendedorismo não é sinônimo de negócio, mas buscar a solução de problemas de forma efi-caz e inteligente”, afirma

Evânia (foto abaixo).Existem dois tipos de

empreendedorismo, o social e o empresarial. O empreendedorismo so-cial compreende o tra-balho voluntário, no qual se doa parte do tempo ou mesmo recursos fi-nanceiros para as mais diferentes atividades de bem estar social. O tra-balho voluntário tem se tornado um importan-te fator de crescimento das ONGs, componen-tes do terceiro setor, que buscam pessoas de todas as especialidades para contratar como co-laboradores.

Já o empreendedo-rismo empresarial tem como foco a questão financeira, e envolve atividades como a aber-

Programa prepara força de trabalho para uma aposentadoria saudável

vez mais pelo processo de envelhecimento, au-mentando a longevida-de.

Para a mestre em Psicologia, Jacqueline Marangoni(foto abaixo), responsável pela pales-tra preparação familiar e social para a aposen-tadoria na Eletrobras Eletronorte, o termo de-senvolvimento humano passou a ser usado no século XX para traduzir o contínuo aprendizado, desde a infância à ter-ceira idade, vivenciado por todas as pessoas. “O ser humano está em processo de desenvolvi-mento constante, inde-pendente da sua faixa etária. Buscamos a todo o momento significado para nossas vidas”.

A preparação familiar é fundamental no pro-cesso de aposentadoria, pois a família é a rede social básica, represen-ta a primeira inserção social do indivíduo. Ela é uma rede de suporte social efetivo. “A apo-sentadoria é um evento promotor de mudanças no sistema social fami-liar. Devemos ver como um desafio e não como ameaça. O medo deve ser encarado como uma forma de oportunidade”, explica Jacqueline.

A psicólogga esclare-ceu ainda que o PIDV é uma tomada de decisão, por isso é importante

se falar em preparo. É importante adotar um caminho de reflexão e autocrítica para as de-cisões. “São imprescin-díveis motivações para novos interesses, a fim de possibilitar a manifes-tação de suas potencia-lidades, mantendo e es-tabelecendo novas redes sociais que deem signi-ficado à vida. Hoje exis-tem múltiplas experiên-cias de envelhecimento e as pessoas estão mais engajadas em atividades esportivas, culturais e sociais”, destaca a psicó-loga.

Empreendedorismo - Segundo a Universidade Johns Hopkins, nos Es-tados Unidos, há cinco razões para se continuar na ativa após a aposen-tadoria: manter a saúde mental em prol da luci-dez, manter a saúde físi-ca, afastar a depressão, estimular o convívio so-cial e afastar a solidão.

A palestrante e dou-tora em Empreendedo-rismo, Evânia Mendonça, explica a importância do empreendedorismo nes-se processo, definindo-o como uma postura de vida. “Já nascemos em-preendedores. Ser em-preendedor é sinônimo de dedicação e com-prometimento. Leva-se em conta a qualidade e não o tempo emprega-do para as atividades.

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326 de outubro de 2011 • ano 1 • Nº 017

Representantes da Eletrobras Eletronorte dão Show em Festival Sesi Música 2011

Não teve para nin-guém no Festival Sesi Música 2011! Os repre-sentantes da Eletrobras Eletronorte Hélio de Al-buquerque e Rútila Pe-reira deram um show e, surpreendendo com a qualidade das letras e o arranjo das canções, garantiram o primeiro e segundo lugares na categoria música inédi-ta, respectivamente. O evento aconteceu no úl-timo sábado (15/10), no Sesipark em Cuiabá, e foi marcado pelo empe-nho e dedicação dos fi-nalistas.

Em sua terceira edi-ção, realizado pelo Ser-viço Social da Indústria – Sesi (MT), o festival reuniu 56 competidores, representando 23 indús-trias de diversas cidades do Estado. Para Hélio Albuquerque, a expec-tativa foi muito grande e o resultado gratifican-

te. “Eu fiz este trabalho apostando que seria me-lhor que no ano passado. No começo houve muita expectativa e, então, fi-quei com o pé atrás pelo número de participantes. Mas no final deu tudo certo”, vibrou.

O assistente técnico de engenharia da Eletro-bras Eletronorte, que li-teralmente deu um show nos concorrentes, can-tou a música “Kurireu”,

e retratou de maneira poética as tradições in-dígenas. “Eu fiquei mui-to feliz com o resultado, pois batalhei muito para isso e os frutos foram positivos, o que é ainda mais gratificante. Agora é continuar lutando para melhorar cada vez mais e agradecer a Deus pelo resultado”, adiantou o rondopolitano Hélio.

O vencedor também destacou o papel da Ele-trobras Eletronorte e do Sesi que trabalham apu-rando talentos para arte. “Com qualquer talento, tanto no esporte quan-

to na arte, a Empresa sabe valorizar porque reconhece e agrega os empregados em ações como essas”, observou.

Mas não foi só o as-sistente técnico que brilhou na noite, quem também marcou presen-ça e fez valer o nome foi Rútila Pereira, depen-dente do operador de Sistemas de Ribeirãozi-nho (MT), Marco Pereira, que também participou do Festival, além de sua outra filha Ruana. Rútila levantou a plateia com o louvor inédito “Vaso de Honra”.

tura do próprio negócio, franquia, consultoria e prestação de serviços profissionais. Evânia ex-plica que para se esco-lher um negócio, deve-se estudar a comunidade onde se pretende atuar, suas verdadeiras ne-cessidades, bem como fazer uma pesquisa de

mercado e elaborar um plano de negócios. Mas, a doutora em Empre-endedorismo destaca: “Independente do que se queira fazer, deve-se buscar atividades que tragam felicidade”.

Sobre a importância das palestras, a colabo-radora da Gerência de

Planejamento e Desen-volvimento Educacional, Maria Edite de Farias, conclui: “Todas as pales-tras tiveram sua impor-tância no processo de desligamento de colabo-radores. Trouxeram da-dos atuais e informações que levam a reflexão e que sempre contribuem

na tomada de decisão. Com o ciclo de palestras, acredito que essa certe-za do que se quer fazer e do preparo emocional para viver uma aposen-tadoria pode ser confir-mada ou mesmo pode trazer uma visão/refle-xão diferente, o que é sempre positivo”.

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4 26 de outubro de 2011 • ano 1 • Nº 017

Ao som do Hino Na-cional e do Coral Encan-tos, começou em Brasília a XXXII Sipat e o III Seminário de Qualidade de Vida. Na abertura do evento, no dia 27 de se-tembro, o diretor-presi-dente da Eletrobras Ele-tronorte, Josias Matos de Araujo, enfatizou a im-portância da qualidade de vida para o trabalha-dor. Segundo o Presiden-te, para que a Empresa tenha um bom desempe-nho, é necessária a cola-boração de cada traba-lhador e trabalhadora, que precisam de boa qualidade de vida. Ainda durante a abertura, Jo-sias propôs uma meta: garantir um ambiente em que todos possam ter as mesmas oportunida-des. “A Empresa precisa que todos participem do processo de renovação, de construção e de forta-lecimento da Eletrobras Eletronorte”.

Para o presidente da Cipa, José Aldo Barcelos da Silveira, a sustentabi-lidade empresarial passa pela segurança do traba-lho, pela prevenção da saúde e pela valorização da vida. Segundo ele, a Sipat deve ser vista como a continuidade dos tra-balhos voltados para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.

De acordo com o superintendente de Ges-tão de Pessoas, Iaci Cor-rea de Albergaria, falar em segurança do traba-lho de forma isolada não é o que as empresas de ponta devem fazer. “Esse é o melhor momento para disseminar a quali-dade de vida e seguran-ça no trabalho”.

Com a expectativa de orientar colaboradores da Empresa para a pre-venção de acidentes e doenças do trabalho, o evento reuniu oficinas que prestaram serviços úteis à saúde dos empre-gados da Eletrobras Ele-tronorte. Durante uma semana, todos puderam participar de diversas atividades como medir a pressão arterial, verificar taxa de gordura no cor-po, aprender técnicas de controle de estresse, participar de massotera-pia, massagem nos pés, entre outras.

Palestras diárias tam-bém dominaram o cená-rio do evento. No primeiro dia o pediatra Antônio Marcio Junqueira Lisboa (foto abaixo) focou a ne-cessidade da educação a crianças até os seis anos de idade como forma de prevenção a violência. Em outra palestra o secretá-rio de Estado da Defesa Civil do Distrito Federal, Paulo Roberto Matos,

mostrou a importância da Defesa Civil para o ambiente empresarial. Já na palestra Saúde dos Idosos, ministrada pelo médico Geriatra, Felipe Scopel (foto abaixo), métodos de maiores cui-

dados com higiene, saú-de, alimentação e trata-mento com os idosos foram mostrados. Se-gundo o médico, praticar exercício físico traz be-nefícios no controle, tra-tamento e prevenção de doenças como diabetes, doenças cardiovascula-res, artrose e distúrbios mentais.

Oficina Cozinha BrasilDicas de como apro-

veitar cascas de alimen-tos de forma nutritiva e saudável, com o objetivo de reduzir custos. Esse foi o tema da oficina do programa SESI Cozinha Brasil, ministrada pela nutricionista Mayra Ma-galhães (foto abaixo), durante a semana da XXXII Sipat. Uma das re-ceitas preparadas foi o suco da horta que, por ter a cor verde, deixou algumas pessoas com re-ceio de experimentá-lo.

Uma semana para a qualidade de vida

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Segundo Mayra, é normal que isso aconteça com certos tipos de alimentos. “Precisamos provar a co-mida antes de fazer um pré-julgamento. Nosso objetivo é tentar acabar com esse preconceito e despertar as pessoas para uma nova educação nutri-cional. Esta oficina nos ajuda a divulgar o progra-ma e deixa o convite para todos conheçam um pou-co mais do nosso traba-lho”.

E mesmo para quem já usava os métodos apre-sentados na oficina o en-contro foi muito válido, como afirma a auxiliar de serviços gerais da Empre-sa, Francisca Bezerra: “Costumo aproveitar as cascas de frutas e legu-

mes em casa, mas não sabia dos benefícios trazi-dos. Foi um incentivo para que eu continue consu-mindo esses nutrientes e, para os demais partici-pantes, acredito que te-nha sido um grande aprendizado”.

No último dia, a nutri-cionista Estella Rosa Bor-ges de Brito mostrou di-cas de alimentação e apresentou o projeto do Sesi Cozinha Brasil, pro-grama que visa a constru-ção de alimentos feitos com cascas e outros ele-mentos de frutas e verdu-ras geralmente não apro-veitados

O programa Sesi Cozi-nha Brasil oferece cursos gratuitos de Educação Ali-mentar destinados àque-

les que têm interesse em aprender a aproveitar melhor os alimentos e mudar os hábitos de vida de toda a família. Os inte-ressados devem entrar em contato com a organi-zação do programa por

meio do número 3383. 9612

E para quem ficou curioso em experimentar o suco da horta, o Novo Tempo separou a receita, uma boa fonte de vitami-na E.

Lave bem as folhas de couve, pique-as, coloque no liquidificar e bata com a água. Acrescente a polpa de maracujá e bata rapidamente. Coe e junte os demais ingredientes. Sirva bem gelado.

Tabuleiro do Conhecimento integra

equipes de educação empresarialA Superintendência de

Desenvolvimento e Educa-ção Empresarial propôs uma estratégia diferencia-da de disseminação de in-formações na realização do seu Painel de Gestão, que envolve gerentes e colabo-radores da área. Trata-se de um jogo educativo (foto), que envolve e des-perta o interesse dos parti-cipantes do Painel, realiza-do anualmente, com o objetivo de favorecer a vi-são sistêmica da educação corporativa, bem como proporcionar o melhor en-tendimento da gestão da qualidade e da relação com o planejamento estratégico empresarial, possibilitando que cada um se veja como parte de um processo maior nas atividades da Empre-sa.

De acordo com a supe-rintendente Eden Damas-ceno, “as colaboradoras Ana Carolina e Wânia Mara desenvolveram o jogo para facilitar o processo de ensi-no e aprendizagem, e de fixação dos conteúdos tra-balhados, além de integrar

as equipes de forma lúdi-ca”. Segundo ela, cada tur-ma participante do Painel de Gestão é dividida em equipes de três ou quatro integrantes, que, por meio de um jogo de tabuleiro, têm que responder per-guntas relacionadas ao sis-tema de gestão para se movimentar pelo tabuleiro. No caminho percorrido as equipes podem se deparar com perguntas-bônus, que são de caráter mais refle-xivo, e vinculadas ao pla-nejamento estratégico em-presarial e ao Pacto de Resultados da Diretoria de Gestão Corporativa; e “bombas” que orientam as equipes a voltarem casas, ficarem sem jogar na pró-xima rodada e até mesmo voltarem ao início do jogo. Vence a equipe que com-pletar o percurso primeiro.

“A realização do jogo proporciona a fixação dos conteúdos e conduz os empregados a refletirem sobre os temas discutidos. Além disso, a competição promove a interação entre os integrantes de cada

equipe, estimulando-os a trabalhar juntos para al-cançar um bom resultado no jogo”, afirma Ana Caro-lina. Nas disseminações feitas nos anos anteriores, os empregados apresenta-vam certa resistência em participar, pois a estratégia utilizada era a mesma há alguns anos, tornando a atividade repetitiva e mo-nótona. “Com a nova es-tratégia houve uma ruptu-ra na forma de se trabalhar a atividade de dissemina-ção, contribuindo para que os empregados se interes-

sem pela atividade, e se enxerguem como inte-grantes ativos do processo e incentivadores da parti-cipação dos outros cole-gas”, conta Ana Carolina.

A ideia agora é que o jogo de tabuleiro possa ser utilizado como ferra-menta de trabalho para disseminar assuntos ge-rais da Empresa, ou por cada área para trabalhar assuntos internos e pro-mover a interação entre os empregados, incenti-vando o trabalho em equi-pe.

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“Nessa nova geração da Engenharia de Manuten-ção, as empresas e seus funcionários devem se preocupar com o geren-ciamento de riscos. Se aumentamos a confiabili-dade operacional dos nos-sos ativos, logo os riscos relacionados diminuem. Ao efetuarmos essa ges-tão de modo sistemático, teremos uma poderosa ferramenta de controle das possíveis perdas e poderemos mensurá-las corretamente.

O instrutor do curso, Denis Mortaleri (foto ao lado), explica que a prin-cipal missão é mudar a forma de pensar em ma-nutenção. “Fizemos a for-mação de pessoas capa-zes de implementar a metodologia do RCM na Eletrobras Eletronorte. Falar em Gestão de Ativos

6 26 de outubro de 2011 • ano 1 • Nº 017

A Gerência de Planeja-mento e Desenvolvimento Educacional, por meio do Plano de Ações Educacio-nais Coorporativas pro-moveu, entre os dias 16 e 26 de agosto, na Sede, o curso Manutenção Cen-trada em Confiabilidade – RCM. O objetivo foi pro-porcionar às empresas melhorias em seus pro-cessos de Manutenção da Transmissão e excelência para atuar no Setor Elétri-co brasileiro.

Dividido em três tur-mas, uma de nível inter-mediário (transmissão) e duas de nível avançado (geração/transmissão), o treinamento foi aplicado em duas etapas pela em-presa SQL Systems Brasil, instalada em São Paulo, e reuniu 27 engenheiros da Sede e Regionais.

Encontro discute manutenção da transmissãoTrata-se de um proces-

so usado para determinar, sistemática e cientifica-mente, formas para asse-gurar que os sistemas físicos operacionais conti-nuem atendendo às ne-cessidades de seus usuá-rios. Além disso, o RCM proporciona a obtenção de melhorias na disponi-bilidade e confiabilidade da planta, qualidade do produto, aspectos de se-gurança e meio ambien-te.

Para a engenheira ele-tricista da Empresa, Lilian Ferreira Queiroz (foto abaixo), um ponto forte do curso foi a mu-dança de visão no g e r e n -ciamen-to dos a t i vo s .

não se resume em con-certar e reparar falhas, e sim em minimizar as con-sequências das mesmas", esclarece.

No encerramento do evento, o gerente execu-tivo da Empresa, Paulo Velozo, falou da impor-tância do encontro. Para ele o curso teve temas complexos trabalhados de forma leve. A experi-ência passada nesse cur-so gerará frutos no futu-ro.

Mágica e muito talento no Dia dos Profissionais de Secretariado

30 de setembro é o Dia da Secretária. Mas na Ele-trobras Eletronorte, em-presa que já conquistou três edições do Selo Pró-Equidade, a comemoração não abre mão de contem-plar as secretárias e os secretários. Neste ano a data foi marcada por ale-gria, apresentações, mú-sica e muita mágica.

Na abertura do encon-tro estiveram entre os presentes o diretor de Operação, Wady Charone, o diretor de Gestão Cor-porativa, Tito Cardoso de Oliveira e o diretor-presi-dente da Empresa, Josias Matos de Araujo. Josias destacou a importância da função desempenhada pe-

los profissionais do secre-tariado. “O primeiro con-tato que as pessoas têm ao chegar em uma empre-sa quase sempre é com vocês. Muitas vezes, im-portantes decisões tam-bém são tomadas por se-cretárias e secretários. Peço que continuem fa-zendo a diferença, culti-vando sempre o otimismo e carinho pelo que vocês fazem, pois a excelência empresarial na área em que atuam começa por vocês”, afirmou.

Há muito tempo o pa-pel das secretárias e se-cretários deixou de ser apenas atender telefones, arquivar e datilografar do-cumentos. Hoje, a profis-

são se valorizou e eles são vistos como facilitadores, agentes de mudança e in-fluentes responsáveis pelo desenvolvimento e suces-so das empresas.

Para a secretária da Superintendência de Tec-nologia da Informação, Maria Letícia Silva, o fun-damental é ter um bom relacionamento com todos os colaboradores da Em-presa. Em segundo lugar, vem a atitude e desempe-nho do chefe. "Se você se considera uma excelente secretária ou secretário, boa parte do seu desem-penho pode ser pelo fato de você trabalhar com um excelente executivo. Uma

coisa leva a outra". A animação do evento

ficou por conta do enge-nheiro civil, especialista em tecnologia da Informa-ção, o palestrante Eduardo Rocha (foto acima). Du-rante sua apresentação, ele usou truques de mági-ca, onde arrancou muitos risos da plateia e destacou os valores essenciais para que qualquer trabalho seja executado com êxito, como determinação, solidarieda-de, amor, humildade e co-laboração. A comemoração contou ainda com a Banda Trem das Cores , que acompanhou o show no estilo 'prata da casa' (fo-tos) e encerrou o evento.

Maria AngélicaMariléia Costa

Karen MouraOzenir Fernandes

(participação especial)

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726 de outubro de 2011 • ano 1 • Nº 017

Cigré-Brasil promove debate sobre corrente contínua

meta para atender uma de-manda do setor. “Corrente contínua é um projeto apai-xonante e ao mesmo tempo desafiador. Este é um assun-to que precisa ser debatido constantemente, principal-mente, com o surgimento de inúmeros empreendi-mentos”, explicou.

No segundo dia, Luiz Fernando, da empresa Elec-trovidro, falou sobre isola-dores de vidro, suas vanta-gens e utilidades para Corrente Contínua. Ele des-tacou que usando esse tipo de equipamento é possível prever e evitar maiores pro-blemas. Já o engenheiro da Divisão de Linhas de Trans-

O curso Linhas de Trans-missão em Corrente Contí-nua – HVDC aconteceu en-tre os dias 1º e 2 de setembro, no auditório da Eletrobras Eletronorte, em Brasília. O evento, promovi-do pelo Comitê de Estudo B2 – Linhas Aéreas do Ci-gré-Brasil, tem por objetivo a capacitação de profissio-nais do Setor Elétrico envol-vidos em projetos, constru-ção, operação e manutenção de linhas de transmissão em Corrente Contínua de alta tensão.

No primeiro dia, pales-tras sobre engenharia domi-naram o cenário. Formas de cálculos usados em Corren-te Contínua foram mostra-das pelo consultor, João No-lasco, e pelo gerente de engenharia da SAE Towers, Rogério Guimarães.

Segundo o coordenador do Comitê de Estudo B2, Ruy Carlos Ramos, o curso é uma

missão de Furnas, Ricardo Abdo, mostrou a experiên-cia adquirida pela usina em implantar e transmitir ener-gia por meio da Corrente Contínua, primeira a usar essa tecnologia no Brasil.

Para o engenheiro eletri-cista, Sidney Santana Mato, o encontro foi uma ótima oportunidade para conhecer melhor a tecnologia. “A maioria de nós (engenhei-ros) trabalha com corrente alternada. Estudar possibili-dades de trazer esses avan-ços para o nosso meio é muito importante”, afirmou.

“Todos os eventos ideali-zados pelo Cigré possuem um caráter de atualização

de pesquisas, integração dos fabricantes com os pes-quisadores e dados teóricos dos assuntos. Essa mescla de profissionais é o que tor-na os cursos mais interes-santes”, elogiou o engenhei-ro mecânico, Milton Dinis.

O Comitê Nacional Brasi-leiro de Produção e Trans-missão de Energia Elétrica, Cigré-Brasil, é uma socie-dade civil sem fins lucrati-vos, fundada em 1971, que tem por objetivo promover o intercâmbio e desenvolvi-mento técnico, tecnológico, e de engenharia no Brasil, no campo de produção de energia elétrica, de sua transmissão de alta tensão e distribuição.

Torneio de pesca no lago da Usina Hidrelétrica Samuel atraiu equipes de seis Estados

Cerca de 500 pesca-dores dos estados de Mato Grosso, Acre, Bahia, Roraima, Rio Grande do Sul e Rondônia participa-ram da 7ª edição do Tor-neio de Pesca Amadora – TOPAS, realizado no dia 25 de setembro, no Lago da Usina Hidrelétrica Sa-muel, em Candeias do Jamari.

O torneio é organiza-do pela Associação dos Pescadores Amadores de Rondônia – Sopescar e a Eletrobras Eletronorte é a principal parceira do evento. Desde a primeira edição, a Empresa cede o espaço para a competi-ção que atrai para o local famílias inteiras que aproveitam a oportuni-dade para acampar na área, que tem acesso restrito durante o ano.

De acordo com os or-

ganizadores, a 7ª edição bateu o recorde de inscri-tos: 152 equipes foram em busca de tucunaré (maior medida) e piranha (maior peso), os peixes em disputa do evento. “É impressionante como a cada ano a procura de apaixonados pela pescaria aumenta no torneio. E a Eletrobras Eletronorte tem o maior prazer de receber as famílias em nossas ins-talações”, disse Luis Duar-te, técnico ambiental da Empresa e um dos coor-denadores da Sopescar. Na ocasião, equipes da Eletrobras Eletronorte dis-tribuíram materiais edu-cativos sobre meio am-biente e responsabilidade social. “O apoio da em-presa é essencial para a realização do TOPAS. Desde o primeiro ano a Eletrobras Eletronorte

vem sendo nossa maior parceira”, disse Luis Val-ter, presidente da Sopes-car.

Social Todos os participantes

do evento doaram um quilo de alimento não pe-recível. O resultado da doação foi uma arrecada-ção de uma tonelada e meia de alimentos. Além disso, todo o pescado re-alizado pelas equipes foi também entregue à coor-

denação. Foi retirada do lago uma tonelada de peixe. Tanto os alimentos quanto o pescado serão doados para instituições carentes de Porto Velho cadastradas pela Sopes-car.

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8 26 de outubro de 2011 • ano 1 • Nº 017

Jaider Esbell, o eletricista das arteswapixana, ingariko, yekua-na e ainda na pós-fronteira com os pemons. A minha cara de índio wupixana com makuxi é um convite a uma conversa entre parentes e assim, a Eletronorte está in-serida no meu processo criativo”.

Com o convite da comu-nidade Campo Alegre, da Terra Indígena São Marcos, para ministrar uma oficina de artes plásticas, surgiu o projeto Arte o Berço. “Tra-balhar com diversidade é isso, fazer ações concretas e bem pautadas. Entender os princípios e necessidades de capa realidade dentro de um contexto de futuro. É se perguntar o que queremos que nossas futuras gerações conheçam. Dessa forma, a diversidade é perigosa, pois depende de nós o que vai sobreviver e o que vai dei-xar de existir. E esse não é um trabalho fácil. Com a arte talvez seja mais fácil, pois o resultado é atempo-ral, mas não é toda cultura que é valorizada devida-mente, tampouco toda arte”.

Para quem acompanha o trabalho de Jaider é mais fácil entender porque ele já é uma referência da cultura em Roraima. Reúne o ele-tricista, o escritor, o poeta e o artista plástico orgulhoso da história do seu povo. “Meu papel enquanto artis-ta e indígena é tentar mos-trar como num sobrevôo pelo lavrado que ali exis-tem pessoas que estão mo-rando há muito tempo e antes deles, pelo que se sabe, só tiveram seus an-cestrais. A cultura regional está diluída nas muitas co-munidades e, a cada dia que passa, um velhinho morre e, com eles, o co-nhecimento tradicional. Tudo do que eu puder cole-tar de vivência, rica e en-charcada de influências,

Entre as coisas que esse roraimense de Normandia mais gosta de fazer está “fi-car sozinho para pensar e criar, e estar envolvido em qualquer projeto ou ativida-de que tenha cunho social coletivo”. E o resultado disso está nas telas, camisetas, poesias e em projetos como o Arte no Berço, desenvolvi-do junto à comunidade Campo Alegre, da Terra In-dígena São Marcos.

Jaider nasceu em 27 de março de 1979 no extremo norte do Brasil e aos 18 anos mudou para Boa Vista. Em 1998 entrou para o quadro da Eletrobras Eletronorte como treinando bolsista. E aí surgia o eletricista de li-nha que há 12 anos desem-penha sua função na regio-nal de Roraima. “Ser eletricista de linha foi tudo o que poderia ter me aconte-cido de melhor. Mas isso nem todo mundo entende. Como eletricista, vivo mais tempo ao ar livre, em conta-to com a natureza e com as pessoas, com os povos indí-genas. Tenho amigos de vá-rias etnias ao longo do tre-cho makuxi, taurepang,

vou buscar uma forma de documentar pela arte”

Para Jaider, valorizar a cultura regional é fazer en-tender que é preciso existir, ter identidade para acompa-nhar o mundo e o tempo. “São os meios mais fáceis que achei para contribuir com a difícil tarefa de tentar capturar o tempo e torná-lo belo, podendo freá-lo. Arte para mim é isso, é como você consegue expressar os impulsos que lhe vem”.

Terreiro de MakunaimaEm 2010 Jaider levou

para Roraima uma das cin-co bolsas Funarte de Cria-ção Literária, um programa do Ministério da Cultura para fomentar a produção de textos inéditos por meio

de incentivo financeiro. Fo-ram oferecidas 30 bolsas para as cinco regiões brasi-leiras. A Região Norte foi contemplada com 5 bolsas, uma delas a de Jaider.

“O livro Terreiro de Makunaima faz alusão e é de fato a imagem da vida tradicional no lavrado rorai-mense. O nativo e o misci-genado. Mitos e lendas di-luídos nos viveres ainda hoje. Sincretismos. É uma coletânea de dez contos neste imaginário, com lin-guagem infanto juvenil”, explica orgulhoso.

E o que vem por aí? Jai-der tem a resposta na pon-ta da língua: “Muito traba-lho, militância e nesse meio tempo, fique ligado na agenda cultural”.

E quem você quer conhecer melhor nas próximas edições do Por Dentro da Eletronorte? Mande o seu email com o nome do (a) cole-ga e a área em que ele (a) trabalha para [email protected]