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Marcelo Lobo Heldwein, Dr. Sc. <[email protected]>
Introdução à proteção de redes
ativas de distribuição Eletrônica de Potência para
Redes Ativas de Distribuição
Refs.:
Per Karlsson, “DC Distributed Power Systems - Analysis, Design and Control for a
Renewable Energy System ,” 2002.
— Exemplo 1
• Situação 1
o Se a falta for em A ou próxima de DG
o Monitorar a tensão no barramento e abrir PD
Influência de GD em esquemas de
proteção
2
— Exemplo 1
• Situação 2
o Se a falta for em C ou longe de DG
o UMZ-2 deverá ser mais rápida que UMZ-1 e abrir
Influência de GD em esquemas de
proteção
3
— Exemplo 1
• Situação 3
o Se a falta for em B ou mais ou menos longe de DG
o UMZ-1 possivelmente abrirá
Influência de GD em esquemas de
proteção
4
— Outros possíveis problemas
• Islanding
o Fontes de GD mantém energizada uma parte da rede
• Atuação de protetores de rede
o Estes são protetores que só permitem fluxo de potência em uma única direção
Influência de GD em esquemas de
proteção
5
6 INEP
Rede exemplo 1
– Rede radial sem GD
– Fluxo unidirecional
– Somente disjuntores e
fusíveis são utilizados
6
7 INEP
Rede exemplo 2
– Rede radial com GD
– Fluxo bidirecional
– Em caso de falta, todas as
unidades de GD são
desconectadas
– Somente disjuntores e
fusíveis são utilizados
7
8 INEP
Rede exemplo 3
– Rede em anel com GD
– Fluxo bidirecional
– São gerados anéis para
circulação de corrente
– Possibilidades:
• Proteção diferencial
• Proteção contra
sobrecorrentes com
módulos de direção e
comunicação
8
9 INEP
Outros aspectos para a proteção de GD
— Relés de impedância
• Medem correntes, que podem ser menores com a
inclusão de GD
— Flicker (cintilamento)
• Intermitência de fontes
— Aterramento
• Todos os potenciais de terra devem ser
equalizados
— Níveis de corrente de falta
• Inversores têm limitações de corrente
9
— Desligamento quando a rede colapsa
• Vantagens
o Baixo custo
o Facilidade de implementação
• Desvantagens
o Não há aumento de confiabilidade
• Requisitos de desconexão, sobrecorrente e sobretensão
de acordo com IEEE 1547
Esquemas de proteção para geração
distribuída
10
— Desligamento quando a rede colapsa
• Métodos anti-ilhamento (anti islanding)
o Passivos
o Ativos
Esquemas de proteção para geração
distribuída
11
— Desconectar e manter uma pequena parte da rede
(microrrede) operando quando a rede colapsa
• Vantagens
o Há aumento de confiabilidade
• Desvantagens
o Aumento de custo
o Necessidade de métodos de proteção adequados quando em ilhamento
Esquemas de proteção para geração
distribuída mais “evoluídos”
12
— Devem operar em ambos os modos de operação (em
ilhamento e conectada)
— Devem ser capazes de detectar uma ampla faixa de
correntes de falta
— Devem ser capazes de detectar correntes de faltas
“bidirecionais”
— Em resumo: devem ser bem diferentes dos utilizados
em redes de distribuição convencionais
Esquemas de proteção para microrredes
17
— Desconectar toda a microrrede em caso de falta
dentro desta
• Vantagens
o Facilidade de coordenação
o Custo relativamente baixo de implementação
• Desvantagens
o Menos confiabilidade
o A desconexão/conexão de grandes cargas/geradores pode piorar a situação para a concessionária
Esquemas de proteção para microrredes
18
— Desconectar com seletividade apenas a linha sob falta
• Vantagens
o Maior confiabilidade (especialmente para redes interconectadas)
• Desvantagens
o Dificuldade de coordenação
o Alto custo de implementação
• Desafios
o Fontes estão distribuídas
o Limitação de correntes de falta de inversores
Esquemas de proteção para microrredes
19
• Vantagens
o Facilidade de implementação
o Não necessita de alterações para incluir novas fontes
• Desvantagens
o Não há comunicação
o Pode não ser capaz de detectar algumas faltas de alta impedância
• Desafios
o Uso de componentes simétricas
o Coordenação entre operação desbalanceada e sob falta
o Temporização de relés
Proteção plug-and-play
21
— Uso de proteção diferencial contra sobrecorrentes
— Uso de comparação de níveis de tensão
• Vantagens
o Operam bem tanto em ilhamento quanto com a rede conectada
• Desvantagens
o Podem não ser capazes de detectar algumas faltas de alta impedância
Esquemas de proteção com comunicação
22
— Uso de relés digitais de proteção
• Utilizam relés modernos com medição fasorial
sincronizada
o Desnecessário para distâncias < 29 km
• Se baseiam em comunicações de alta velocidade
• São capazes de detectar faltas de alta impedância
• Corrente é amostrada 16 vezes a cada período de rede
e comunicada com os relés próximos
• Relés são utilizados nos terminais de cada linha
Esquemas de proteção com comunicação
23
— Uso de relés digitais de proteção
• Proteção primária
o Proteção diferencial comunicada entre relés nos terminais de cada linha
o Comparam-se as diferenças e se estas forem maior que dado limite, dispara-se a proteção
o Desconecta-se na próxima passagem por zero
Esquemas de proteção com comunicação
24
— Uso de relés digitais de proteção
• Proteção secundária (backup)
o Havendo falha na abertura da linha, dispara-se sinal para todos os dispositivos de proteção do distribuidor
o Envia-se o sinal se a corrente diferencial ainda é medida após 300 ms
Esquemas de proteção com comunicação
25
— Uso de relés digitais de proteção
• Proteção terciária
o Em caso de falta do link de comunicação utiliza-se a proteção por comparação de níveis de tensão
– Dispara-se o relé com maior sobretensão ou
menor subtensão
– Envia-se sinal para o controlador central
o Atua, no máximo, 600 ms após a medição da sobre- ou subtensão para que haja tempo das outras proteções atuarem
o Todas as fontes são desconectadas após 1 s de medição de sobre- ou subtensão
Esquemas de proteção com comunicação
26
27 INEP
Exemplo de proteção com comunicação
– PD 1: Proteção no PCC
– PD 2: Proteção de
alimentador utilizando
mini-disjuntor (MCB),
disjuntor (CB) ou chave
estática (SS)
– PD 3: Ramal de serviço
de utilizando MCB ou SS
em nanorredes ou
Microrredes em CC
– PD 4: Proteção de GD
27
31 INEP
Aterramento e detecção em CC
– Aterramento deve
considerar tensões de
sequência 0
– Capacitores de
aterramento devem
garantir correntes
suficientes para detectar
uma falha
– Capacitância de cabos
deve ser somada
31
32 INEP
Situações de falta
— Curto-circuito no lado CC – Capacitores do
barramento contribuem
para as correntes de falta
32
33 INEP
Situações de falta
— Curto-circuito no lado CC – Constantes de tempo
são tipicamente longas
pelos altos valores de
capacitância
– Após a descarga dos
capacitores o curto é
alimentado pelas fontes
CA através de diodos
dos retificadores
33
34 INEP
Situações de falta
— Curto-circuito no lado CA – As correntes de curto
são alimentadas pelas
fontes de energia
– Proteções em CA devem
atuar facilmente
– Se o curto for próximo a
um conversor, a
proteção ou limitação de
corrente pode atuar sem
problemas
34
35 INEP
Situações de falta
— Curto-circuito no lado CC para terra – Capacitores de
aterramento e de cabos
para a terra contribuem
para as correntes de falta
35
36 INEP
Situações de falta
— Curto-circuito no lado CC para terra – Constantes de tempo
são tipicamente curtas
– Pode-se incluir resistores
em série com capacitores
de aterramento
36
37 INEP
Situações de falta
— Curto-circuito no lado CA para a terra – Condições iniciais
dependem do tempo
37
38 INEP
Situações de falta
— Curto-circuito no lado CA para a terra – As correntes de curto
são alimentadas por
diferentes caminhos
38
39 INEP
Situações de falta
— Curto-circuito no lado CA para a terra – Indutâncias e
semicondutores limitam
os valores de corrente
39
40 INEP
Detecção e seletividade
— Correntes de curto-circuito para a terra fluem como
correntes de modo comum
— Para impedâncias de falta baixas, fluem altas correntes
de modo comum
— Para altas impedâncias de falta, as amplitudes são
baixas e se deve realizar medições diferenciais
40
41 INEP
Detecção e seletividade
— Sugestão: – Em alguns casos é
necessário utilizar
detectores de derivada
ou integral das correntes
medidas e até das
tensões dos barramentos
41
— Interruptores eletromecânicos
• Tempo de abertura:100’s ms até10 s
• Tempos dependem da corrente
• Queda de tensão em condução é baixa (μΩ)
• Boa capacidade de sobrecarga
Proteção por dispositivos
eletromecânicos
42
— Princípios
• Criação de um arco elétrico
• Extingue-se na passagem por zero da corrente (CA)
• Se a tensão sobre o arco crescer mais lentamente que a
capacidade dielétrica, não há re-ignição
• Relação X/R indica a velocidade de crescimento da
tensão de recuperação
• X/R alto = alta velocidade de crescimento da tensão
Proteção por dispositivos
eletromecânicos
43
— Capacidade dielétrica
• Aumenta com
o Resfriamento do arco
o Aumento da pressão
o Aumento de ar fresco
o Aumento do comprimento do arco
Proteção por dispositivos
eletromecânicos
44
— Em CC
• O dispositivo de proteção deve “construir” uma tensão
contrária para abrir um circuito
• A energia armazenada na linha (indutâncias distribuídas)
deve ser absorvida pelo dispositivo antes de abrir
• Contatos mecânicos sofrem erosão = custo de
manutenção
Proteção por dispositivos
eletromecânicos
46
— Abrir uma corrente em CC:
• Aumenta-se a distância do arco
• Melhoram-se as condições para extinção do arco
o Opção: 3 disjuntores CA em série
o Corrente para disparo magnético é √2 vezes para disjuntor CA operando em CC
• Utiliza-se o campo magnético para aumentar a distância
o Opção: 1 disjuntor CC (maior custo)
• Utiliza-se ressonância
o Opções:
Proteção por dispositivos
eletromecânicos
47
— Abrir uma corrente em CC :
• Aumenta-se a distância do arco
• Melhoram-se as condições para extinção do arco
o Opção: 3 disjuntores CA em série
o Corrente para disparo magnético é √2 vezes para disjuntor CA operando em CC
• Utiliza-se o campo magnético para aumentar a distância
o Opção: 1 disjuntor CC (maior custo)
• Utiliza-se ressonância
o Opção: disjuntor híbrido
o Utilizado em HVDC
Proteção por dispositivos
eletromecânicos
48
— Abrir uma corrente em CC :
• Aumenta-se a distância do arco
• Melhoram-se as condições para extinção do arco
o Opção: 3 disjuntores CA em série
o Corrente para disparo magnético é √2 vezes para disjuntor CA operando em CC
• Utiliza-se o campo magnético para aumentar a distância
o Opção: 1 disjuntor CC (maior custo)
• Utiliza-se ressonância
o Opção: disjuntor híbrido
o Utilizado em HVDC
• Utiliza-se interruptores eletrônicos
Proteção por dispositivos
eletromecânicos
49
53 INEP
Relé eletrônico contra sobrecarga
– Vantagens
• Velocidade
• Confiabilidade
• Flexibilidade
• Custo competitivo
• Multifuncionalidade
• Sem arco elétrico
• Sem oscilações
transitórias
• Sem ruído audível
• Baixo consumo
• Facilidade de inclusão
de comunicação
• Altas perdas em
condução
53
69 INEP
Disjuntor híbrido sem arco
– Desempenho
• 100 kA
• 30 kV
• 100 vezes menor que
outras opções
• Vários detalhes por
resolver
69
79 INEP
Disjuntor eletrônico
– Aplicação em MT
– Coordenação
• I: 100 ms
• II: 500 ms
• III: 1,0 s
• IV: 1,5 s
– .: não se pode abrir IV ou
III muito rápido
– Alternativa:
• Limitação de corrente
79
80 INEP
Disjuntor eletrônico
– Aplicação em MT
– Coordenação
• I: 100 ms
• II: 500 ms
• III: 1,0 s
• IV: 1,5 s
– .: não se pode abrir IV ou
III muito rápido
– Alternativa:
• Limitação de corrente
• Com L, C ou LC
80