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Família, palavra que vem do latim “famulus” – criado ou servidor, que tem como significado grupo de pessoas unidas por laços de sangue, vivendo na mesma casa e submetidos à autoridade de um mesmo chefe. A isto podemos chamar de núcleo familiar – homem, mulher e filhos. Mas nos dias de hoje vemos outros tipos de famílias onde além dos filhos também aparecem as figuras dos avós inseridos, mães ou pais separados, solteiros, viúvos que vivem com seus filhos e famílias cujos filhos são adotados. A adoção teve sua origem mais remota entre povos orientais Código de Manu – filho do Deus Brahma com Saravasti , considerado legislador – 1300 e 800A.C., cujas normas foram escritas de forma poética (http://buenoecostanze.adv.br/index.php? option=com_content&task=view&id=1137&Itemid=44 ) .e Código de Hamurábi – rei Babilônico, que criou o monumento monolítico talhado em rocha com 46 colunas de escrita tendo 282 leis em 3600 linhas por volta de 1700 A.C. (http://www.angelfire.com/me/babiloniabrasil/hamur.html ). Apesar de existirem dois tipos de adoção em grande parte dos países mundo afora, aqui no Brasil pais e filhos adotivos são parentes civis segundo a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 em seus artigos 226 e seguintes que tratam da família. O processo de adoção é composto de diversas etapas dentre elas um estágio de convivência, exceto para adotados com menos de um ano. Hoje vemos casais impossibilitados de gerar seus próprios filhos bem como aqueles que já têm filhos biológicos, buscarem a adoção. Em agosto de 2009 foi sancionada a lei 12.010/09 que afirma não existir diferença legal entre os filhos biológicos e os adotados. Mesmo tendo havido tantas conquistas na área de adoção tanto para pais quanto para filhos ainda vemos algumas

EM ALGUM LUGAR PODE HAVER ALGUÉM ESPERANDO POR VOCÊ!

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Família, palavra que vem do latim “famulus” – criado ou servidor, que tem como significado grupo de pessoas unidas por laços de sangue, vivendo na mesma casa e submetidos à autoridade de um mesmo chefe.

A isto podemos chamar de núcleo familiar – homem, mulher e filhos.

Mas nos dias de hoje vemos outros tipos de famílias onde além dos filhos também aparecem as figuras dos avós inseridos, mães ou pais separados, solteiros, viúvos que vivem com seus filhos e famílias cujos filhos são adotados.

A adoção teve sua origem mais remota entre povos orientais – Código de Manu – filho do Deus Brahma com Saravasti , considerado legislador – 1300 e 800A.C., cujas normas foram escritas de forma poética (http://buenoecostanze.adv.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1137&Itemid=44) .e Código de Hamurábi – rei Babilônico, que criou o monumento monolítico talhado em rocha com 46 colunas de escrita tendo 282 leis em 3600 linhas por volta de 1700 A.C. (http://www.angelfire.com/me/babiloniabrasil/hamur.html).

Apesar de existirem dois tipos de adoção em grande parte dos países mundo afora, aqui no Brasil pais e filhos adotivos são parentes civis segundo a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 em seus artigos 226 e seguintes que tratam da família. O processo de adoção é composto de diversas etapas dentre elas um estágio de convivência, exceto para adotados com menos de um ano.

Hoje vemos casais impossibilitados de gerar seus próprios filhos bem como aqueles que já têm filhos biológicos, buscarem a adoção. Em agosto de 2009 foi sancionada a lei 12.010/09 que afirma não existir diferença legal entre os filhos biológicos e os adotados.

Mesmo tendo havido tantas conquistas na área de adoção tanto para pais quanto para filhos ainda vemos algumas pessoas tratarem deste assunto com um certo “preconceito” devido ao desconhecimento da herança genética e consequentemente o futuro daquela criança para os pais a nível de “problemas”. Ainda vemos alguns casos em que os pais buscam crianças com possíveis semelhanças com os laços biológicos e quanto à genética comportamental. Segundo Shaffer (2008 pág 621): “Sim os genes podem influenciar nossas reações às estimulações ambientais, mas dificilmente determinam nossa conduta. (...) a natureza precisa da educação para expressar seu comportamento e a educação sempre age sobre a natureza. Não existiria desenvolvimento algum sem a contribuição contínua de ambas.”

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Vejamos, quando um casal tem um filho biológico e este algum dia vem a não corresponder as suas expectativas criando situações de comportamento “errado” seus pais biológicos buscam saber a quem aquele filho puxou, mas em momento algum se questionam quanto à origem daquele filho.

Porém, quando se trata de um filho adotivo muitas vezes a mesma situação traz atitudes diferentes por parte dos pais ao buscarem na origem genética a causa de seu comportamento. Às vezes percebemos que não é a adoção e sim a falta de segurança dos pais na relação afetiva com o filho que contribui para as dificuldades futuras.

Não esqueçamos que cada ser humano é singular, subjetivo. Que assim como nos deparamos com filhos biológicos com temperamentos e atitudes diversas, tendo tido a mesma origem genética e educação, gerando problemas o mesmo pode acontecer com filhos adotivos, independente de sua origem. A única certeza que temos é que a aprendizagem do amor e do afeto, em qualquer das duas circunstâncias, é que vai permitir a estes pais a melhor forma de lidar com as dificuldades que porventura se apresentem.

Enfim, a história da criança deve, sempre que possível, fazer parte das conversas em família, de uma forma clara e sem subterfúgios, para que não haja nada a ser desvendado por ela um dia.

Existem instituições que buscam fazer este trabalho e como exemplo citamos o Quintal da Casa de Ana cuja missão é garantir o direito de cada criança e adolescente de viver em família estimulando a reintegração familiar de crianças e adolescentes institucionalizados, apoiar e orientar as famílias adotivas e pretendentes à adoção e promover a adoção de crianças e adolescentes cujas reintegrações familiares não atendem ao melhor interesse dos mesmos.

Conheça mais sobre este trabalho acessando http://www.quintaldeana.org.br/quem_somos_historico.php

Que este dia 25 de Maio, Dia Nacional da Adoção, seja para muitos pais biológicos ou não, família biológica ou não, motivo de reflexão e que cada vez mais possam ser recebidos novos “filhos adotivos” em lares de “pais adotados!”

“É o afeto dedicado a uma criança que faz dela um filho e que constrói em nós a postura de pais.”

Schetinni Filho

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Ana Porto/Sergio Honorato