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27 SÃO JOÃO BATISTA, 19 DE AGOSTO DE 2011 CORREIO CATARINENSE CALÇADOS & CIA Dirleni Dalbosco D esde 2008, o Esta- do de Santa Catarina concede incentivo fiscal para fabricantes de artigos têxteis, de vestuário e artefatos de couro. Neste ano, o benefício que reduz para 3% o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) foi remode- lado , mas ainda as- sim não contempla os empresários do setor calçadista da Capital Catarinen- se do Calçado. O presidente do Sin- casjb (Sindicato das Indústrias de Calçados de São João Batis- ta), Wander- ley Zunino explica que a maioria dos calçados fa- bricados pela indústria ba- tistense é com- posto por arti- gos sintéticos, plásticos, borracha e têxtil, “Por isso, não nos enquadramos nos artefatos de couro”, relata. Preocupado com isso, ainda em julho, Zunino organizou uma comitiva composta por empresá- rios e autoridades políticas para levar o caso ao Secretário de Es- tado da Fazenda, Ubiratan Rezen- de, que está analisando a situação desde então. “O sindicato conta com mais de 150 associados. As indústrias de calçados são a prin- cipal fonte econômica e de desen- volvimento da cidade de São João Batista e região. Além disso, já so- mos referência como polo de cal- çados femininos. Precisamos deste benefício também”, argumenta o presidente. Zunino descreve que a enti- dade solicita a inclusão de todo o ramo da indústria de fabricação de calçados na redação dos Artigos 15 e 21 do Anexo II do Regulamento do ICMS. “Com a atual redação dos dispositivos legais, todos os calçados que não sejam de couro ficam excluídos deste benefício oferecido pelo governo do Estado. Uma alternativa poderia ser passar a classificar os calçados como item de vestuário”, frisa Zunino. Em busca de mais ganho para o setor calçadista Comitiva do Sincasjb está de olho no benefício que reduz para 3% o ICMS para fabricantes de artigos têxteis, de vestuário e artefatos de couro A falta de qualidade de energia elétrica forneci- da pela Celesc levou uma comitiva de empresários calçadistas, juntamente com o prefeito Aderbal Manoel dos Santos, para buscar soluções, após as constantes queixas feitas. “Saímos de lá satisfeitos com o que o presidente nos repassou. Estão pre- vistos investimentos logo na região”, relata o presi- dente do Sincasjb, Wan- derley Zunino. O encontro aconteceu na tarde de se- gunda-feira, 15 de agosto. Por e-mail, o pre- sidente Antonio Marcos Gavazzoni, confirmou a previsão e disse que a Ce- lesc tem um amplo plano de investimentos progra- mados para o sistema elé- trico em todo o Estado, de agora até 2015. Somente para a regional Celesc da Grande Florianópolis, que atende São João Ba- tista, estão programados investimentos de R$ 115 milhões. “São investimen- tos que atenderão grandes e pequenas demandas, das quais dependem consumi- dores residenciais, comer- ciais e industriais. Entre os investimentos em alta ten- são para a região destaca- se a construção de novas linhas de transmissão em 138 kV e 69kV, de novas subestações de 138kV, 69 kV e 34,5kV, ampliações das capacidades transfor- madoras e melhorias em subestações existentes.”. Gavazzoni destacou que tem conhecimento dos entraves relatados e em breve apresentarão em detalhes o plano de obras para a Regional. Outro argumento que fundamenta o pedido, segundo o consultor, Orli Albano de Souza, é que a arrecadação do ICMS certamente iria aumentar, pois todos os fabricantes que pudessem aderir a este benefício passariam a recolher 3% sobre suas vendas tributadas a título de ICMS, e por ser esta a forma de apuração simpli- ficada resultaria numa melhor eficiência “ O benefício é bastante expressivo, principalmente para as empresas maiores” Professor e consultor, explica os benecios na práca Vantagens expressivas da fiscalização do setor. Orli é professor universitário, sócio da Premier Eccellen- za Assessoria Empresarial, atua na área de gestão/controladoria desde 1991. “O benefício é bastante expressivo, principalmente para as empresas maiores que atuam neste ramo.”, informa Orli, que assessora várias empresas batisten- ses e também o Sincasjb. Leia ainda... Visita à Celesc deixa empresários omistas Veja como é hoje e como ficaria no exemplo abaixo 1 - CÁLCULO DO ICMS DEVIDO NA FORMA ATUAL ICMS DEVIDO % R$ Vendas fora do Estado 2.000.000 12 240.000 Compras de matérias primas no Estado 630.000 17 (107.100) Compras de matérias primas fora do Estado 12 (32.400) ICMS devido na forma atual 100.500 Desenvolvimento sustentável em pauta O Sebrae/SC, o Sin- dicato das Indústrias de Calçado de São João Ba- tista (Sincasjb) e o Banco do Brasil tem a satisfa- ção de convidar a todos para participarem da reu- nião de apresentação da Ação “Desenvolvimento Regional Sustentável do setor calçadista de São João Batista”. Entre os temas debatidos, a for- malização dos ateliês ga- nhará destaque na pauta. O encontro será no pró- ximo dia 23 de agosto, às 19h, no auditório do Se- nai. É necessários que os interessados em partici- par confirmem presença até o dia 22 pelos telefo- nes : (48) 3265 – 0393 ou 3263 - 0830 5,03 % sobre as vendas 2- ICMS DEVIDO DE FORMA PRESUMIDA COM DÉBITO DE 3% 60.000 3,00% sobre as vendas 3- ECONOMIA GERADA DE 40.500 2,03% sobre as vendas 270.000

Em busca de mais ganho para o setor calçadista para o setor … · 2011. 8. 22. · CORREIO CATARINENSE CALÇADOS & CIA Dirleni Dalbosco D esde 2008, o Esta-do de Santa Catarina

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Page 1: Em busca de mais ganho para o setor calçadista para o setor … · 2011. 8. 22. · CORREIO CATARINENSE CALÇADOS & CIA Dirleni Dalbosco D esde 2008, o Esta-do de Santa Catarina

27SÃO JOÃO BATISTA, 19 DE AGOSTO DE 2011

CORREIO CATARINENSECALÇADOS & CIA

Dirleni Dalbosco

Desde 2008, o Esta-do de Santa Catarina concede incentivo

fiscal para fabricantes de artigos têxteis, de vestuário e artefatos de couro. Neste ano, o benefício que reduz para 3% o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) foi remode-

lado , mas ainda as-sim não contempla os empresários do setor calçadista da Capital Catarinen-se do Calçado. O presidente do Sin-casjb (Sindicato das Indústrias de Calçados de São

João Batis-ta), Wander-ley Zunino

explica que a maioria dos calçados fa-bricados pela indústria ba-tistense é com-posto por arti-gos sintéticos, plásticos, borracha e têxtil, “Por isso, não nos enquadramos nos artefatos de couro”, relata.

Preocupado com isso, ainda em julho, Zunino organizou uma comitiva composta por empresá-rios e autoridades políticas para levar o caso ao Secretário de Es-tado da Fazenda, Ubiratan Rezen-de, que está analisando a situação desde então. “O sindicato conta com mais de 150 associados. As indústrias de calçados são a prin-cipal fonte econômica e de desen-volvimento da cidade de São João

Batista e região. Além disso, já so-mos referência como polo de cal-çados femininos. Precisamos deste benefício também”, argumenta o presidente.

Zunino descreve que a enti-dade solicita a inclusão de todo o ramo da indústria de fabricação de calçados na redação dos Artigos 15 e 21 do Anexo II do Regulamento do ICMS. “Com a atual redação dos dispositivos legais, todos os calçados que não sejam de couro ficam excluídos deste benefício oferecido pelo governo do Estado. Uma alternativa poderia ser passar a classificar os calçados como item de vestuário”, frisa Zunino.

Em busca de mais ganho para o setor calçadista

Comitiva do Sincasjb está de olho no benefício que reduz para 3% o ICMS para fabricantes de artigos têxteis, de vestuário e artefatos de couro

A falta de qualidade de energia elétrica forneci-da pela Celesc levou uma comitiva de empresários calçadistas, juntamente com o prefeito Aderbal Manoel dos Santos, para buscar soluções, após as constantes queixas feitas. “Saímos de lá satisfeitos com o que o presidente nos repassou. Estão pre-vistos investimentos logo na região”, relata o presi-dente do Sincasjb, Wan-derley Zunino. O encontro aconteceu na tarde de se-gunda-feira, 15 de agosto.

Por e-mail, o pre-sidente Antonio Marcos Gavazzoni, confirmou a previsão e disse que a Ce-lesc tem um amplo plano de investimentos progra-mados para o sistema elé-trico em todo o Estado, de agora até 2015. Somente para a regional Celesc da Grande Florianópolis, que atende São João Ba-tista, estão programados investimentos de R$ 115 milhões. “São investimen-tos que atenderão grandes e pequenas demandas, das quais dependem consumi-

dores residenciais, comer-ciais e industriais. Entre os investimentos em alta ten-são para a região destaca-se a construção de novas linhas de transmissão em 138 kV e 69kV, de novas subestações de 138kV, 69 kV e 34,5kV, ampliações das capacidades transfor-madoras e melhorias em subestações existentes.”. Gavazzoni destacou que tem conhecimento dos entraves relatados e em breve apresentarão em detalhes o plano de obras para a Regional.

Outro argumento que fundamenta o pedido, segundo o consultor, Orli Albano de Souza, é que a arrecadação do ICMS certamente iria aumentar, pois todos os fabricantes que pudessem aderir a este benefício passariam a recolher 3% sobre suas vendas tributadas a título de ICMS, e por ser esta a forma de apuração simpli-ficada resultaria numa melhor eficiência

“ O benefício é bastante expressivo, principalmente para

as empresas maiores”Professor e consultor, explica os benefícios na prática

Vantagens expressivasda fiscalização do setor. Orli é professor universitário, sócio da Premier Eccellen-za Assessoria Empresarial, atua na área de gestão/controladoria desde 1991.

“O benefício é bastante expressivo, principalmente para as empresas maiores que atuam neste ramo.”, informa Orli, que assessora várias empresas batisten-ses e também o Sincasjb.

Leia ainda...Visita à Celesc deixa empresários otimistas

Veja como é hoje e como ficaria no exemplo abaixo

Em busca de mais ganho para o setor calçadista Comitiva do Sincasjb está de olho no benefício que reduz para 3% o ICMS para fabricantes de artigos têxteis, de vestuário e artefatos de couro Dirleni Dalbosco Desde 2008, o Estado de Santa Catarina concede incentivo fiscal para fabricantes de artigos têxteis, de vestuário e artefatos de couro. Neste ano, o benefício que reduz para 3% o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) foi remodelado, mas ainda assim não contempla os empresários do setor calçadista da Capital Catarinense do Calçado. O presidente do Sincasjb (Sindicato das Indústrias de Calçados de São João Batista), Wanderley Zunino explica que a maioria dos calçados fabricados pela indústria batistense é composto por artigos sintéticos, plásticos, borracha e têxtil, “Por isso, não nos enquadramos nos artefatos de couro”, relata. Preocupado com isso, ainda em julho, Zunino organizou uma comitiva composta por empresários e autoridades políticas para levar o caso ao Secretário de Estado da Fazenda, Ubiratan Rezende, que está analisando a situação desde então. “O sindicato conta com mais de 150 associados. As indústrias de calçados são a principal fonte econômica e de desenvolvimento da cidade de São João Batista e região. Além disso, já somos referência como polo de calçados femininos. Precisamos deste benefício também”, argumenta o presidente. Zunino descreve que a entidade solicita a inclusão de todo o ramo da indústria de fabricação de calçados na redação dos Artigos 15 e 21 do Anexo II do Regulamento do ICMS. “Com a atual redação dos dispositivos legais, todos os calçados que não sejam de couro ficam excluídos deste benefício oferecido pelo governo do Estado, pois a maioria dos calçados fabricados pela indústria batistense é composto por artigos sintéticos, plásticos, borracha e têxtil. Uma alternativa poderia ser passar a classificar os calçados como item de vestuário”, frisa Zunino.

Vantagens expressivas

Outro argumento que fundamenta o pedido, segundo o consultor, Orli Albano de Souza, da Premier Assessoria e Consultoria Empresarial, a arrecadação do ICMS certamente iria aumentar, pois todos os fabricantes passariam a recolher 3% sobre suas vendas a título de ICMS, e por ser esta a forma de apuração simplificada resultaria numa melhor eficiência da fiscalização do setor. “O benefício é bastante expressivo. Seria ótimo que o governo sinalizasse positivamente”, analisa. Orli, que atua no setor calçadista prestando serviços para várias empresas batistenses e também para o Sincasjb, explica no quadro abaixo o que muda na prática.

Box: Confira um exemplo para verificar as vantagens

1 - CÁLCULO DO ICMS DEVIDO NA FORMA ATUAL ICMS DEVIDO % R$ Vendas fora do Estado 2.000.000

12 240.000

Compras de matérias primas no Estado 630.000 17 (107.100) Compras de matérias primas fora do Estado 12 (32.400) ICMS devido na forma atual 100.500 Desenvolvimento sustentável em pauta

O Sebrae/SC, o Sin-dicato das Indústrias de Calçado de São João Ba-tista (Sincasjb) e o Banco do Brasil tem a satisfa-ção de convidar a todos para participarem da reu-nião de apresentação da

Ação “Desenvolvimento Regional Sustentável do setor calçadista de São João Batista”. Entre os temas debatidos, a for-malização dos ateliês ga-nhará destaque na pauta. O encontro será no pró-

ximo dia 23 de agosto, às 19h, no auditório do Se-nai. É necessários que os interessados em partici-par confirmem presença até o dia 22 pelos telefo-nes : (48) 3265 – 0393 ou 3263 - 0830

5,03 % sobre as vendas

2- ICMS DEVIDO DE FORMA PRESUMIDA COM DÉBITO DE 3%

60.000

3,00% sobre as vendas

3- ECONOMIA GERADA DE 40.500 2,03% sobre as vendas

FOTO ORLI Professor e consultor, Orli Albano de Souza explica os benefícios na prática Olho: Com a atual redação dos dispositivos legais, todos os calçados que não sejam de couro ficam excluídos deste benefício FOTO CALÇADOS, NÃO PRECSIA TER LEGENDA, CONFORME FALAMOS

Leia ainda... Visita à Celesc deixa empresários otimistas

A falta de qualidade de energia elétrica fornecida pela Celesc levou uma comitiva de empresários calçadistas, juntamente com o prefeito Aderbal Manoel dos Santos, para buscar soluções, após as constantes queixas feitas. “Saímos de lá satisfeitos com o que o presidente nos repassou. Estão previstos investimentos logo na região”, relata o presidente do Sincasjb, Wanderley Zunino. O encontro aconteceu na tarde de segunda-feira, 15 de agosto. Por e-mail, o presidente Antonio Marcos Gavazzoni, confirmou a previsão e disse que a Celesc tem um amplo plano de investimentos programados para o sistema elétrico em todo o Estado, de agora até 2015. Somente para a regional Celesc da Grande Florianópolis, que atende São João Batista, estão programados investimentos de R$ 115 milhões. “São investimentos que atenderão grandes e pequenas demandas, das quais dependem consumidores residenciais, comerciais e industriais. Entre os investimentos em alta tensão para a região destaca-se a construção de novas linhas de transmissão em 138 kV e 69kV, de novas subestações de 138kV, 69 kV e 34,5kV, ampliações das capacidades transformadoras e melhorias em subestações existentes.”. Gavazzoni destacou que tem conhecimento dos entraves relatados e em breve apresentarão em detalhes o plano de obras para a Regional.

Desenvolvimento sustentável em pauta

O Sebrae/SC, o Sindicato das Indústrias de Calçado de São João Batista (Sincasjb) e o Banco do Brasil tem a satisfação de convidar a todos para participarem da reunião de apresentação da Ação “Desenvolvimento Regional Sustentável do setor calçadista de São João Batista”. Entre os

5,03 % sobre as vendas

2- ICMS DEVIDO DE FORMA PRESUMIDA COM DÉBITO DE 3%

60.000

3,00% sobre as vendas

3- ECONOMIA GERADA DE 40.500 2,03% sobre as vendas

FOTO ORLI Professor e consultor, Orli Albano de Souza explica os benefícios na prática Olho: Com a atual redação dos dispositivos legais, todos os calçados que não sejam de couro ficam excluídos deste benefício FOTO CALÇADOS, NÃO PRECSIA TER LEGENDA, CONFORME FALAMOS

Leia ainda... Visita à Celesc deixa empresários otimistas

A falta de qualidade de energia elétrica fornecida pela Celesc levou uma comitiva de empresários calçadistas, juntamente com o prefeito Aderbal Manoel dos Santos, para buscar soluções, após as constantes queixas feitas. “Saímos de lá satisfeitos com o que o presidente nos repassou. Estão previstos investimentos logo na região”, relata o presidente do Sincasjb, Wanderley Zunino. O encontro aconteceu na tarde de segunda-feira, 15 de agosto. Por e-mail, o presidente Antonio Marcos Gavazzoni, confirmou a previsão e disse que a Celesc tem um amplo plano de investimentos programados para o sistema elétrico em todo o Estado, de agora até 2015. Somente para a regional Celesc da Grande Florianópolis, que atende São João Batista, estão programados investimentos de R$ 115 milhões. “São investimentos que atenderão grandes e pequenas demandas, das quais dependem consumidores residenciais, comerciais e industriais. Entre os investimentos em alta tensão para a região destaca-se a construção de novas linhas de transmissão em 138 kV e 69kV, de novas subestações de 138kV, 69 kV e 34,5kV, ampliações das capacidades transformadoras e melhorias em subestações existentes.”. Gavazzoni destacou que tem conhecimento dos entraves relatados e em breve apresentarão em detalhes o plano de obras para a Regional.

Desenvolvimento sustentável em pauta

O Sebrae/SC, o Sindicato das Indústrias de Calçado de São João Batista (Sincasjb) e o Banco do Brasil tem a satisfação de convidar a todos para participarem da reunião de apresentação da Ação “Desenvolvimento Regional Sustentável do setor calçadista de São João Batista”. Entre os

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