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neuza-teixeira
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poema
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em chamas?
Sabem a história triste
Do bom reitor?
Mísero, toda a vida
Levou com dor.
Fez quanto bem podia,
Mas... afinal
Morre, e na pobre campa
Nem um sinal.
Nem uma cruz ao menos
Se ergue no chão!
Geme-lhe só no túmulo
A viração.
Vedes, além, na relva
Junto ao rosai,
Flores que há desfolhado
O vendaval?
Cobrem-lhe a lousa humilde;
A criação
Paga-lhe assim a dívida
De compaixão.
Pobres, que amava tanto,
Nunca, ao passar,
Choram, curvando a cara
Para rezar.
Nunca, ao romper do dia,
O lavrador
Pára e lamenta a sorte
Do bom reitor.
As criancinhas nuas
Que estremeceu,
Já nem sequer se lembram
Do nome seu.
No salgueiral vizinho,
Ao pôr do Sol,
Vai carpir-lhe saudades
O rouxinol.
Lágrimas... pobre campal
Ai, não as tem;
Só da manhã o orvalho
Rociá-la vem.
Da solitária Lua