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Aniversário da Jornada Mundial da Juventude Rio! pág. 9 INFORMATIVO DOS JESUÍTAS DO BRASIL Em EDIÇÃO 6 | ANO 1 | JULHO 2014 | JESUITASBRASIL.COM JESUÍTAS BRASIL ESPECIAL 12 Companhia de Jesus celebra o 200º aniversário de sua restauração Jesuítas ampliam trabalhos na Amazônia pág. 21 Projetos de alunos da ETE participam de mostra pág. 25 Dilma Rousseff inaugura HT Micron na Unisinos pág. 29 Alunos da UNICAP desenvolvem app “Ônibus Para Todos” pág. 33 Companhia de Jesus celebra um ano do MAGIS no Brasil pág. 37 Dois períodos de uma mesma história, num mesmo espírito

Em Companhia - Informativo da Companhia de Jesus no Brasil

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6ª Edição | Julho 2014

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Aniversário daJornada Mundialda Juventude Rio!

pág. 9

I N F O R M AT I V O D O S J E S U Í TA S D O B R A S I L

EmEDIÇÃO 6 | ANO 1 | JULHO 2014 | JESUITASBRASIL.COM

JESUÍTAS BRASIL

ESPECIAL • 12

Companhia de Jesus celebra o 200º aniversário de sua restauração

Jesuítas ampliam trabalhos na Amazônia pág. 21

Projetos de alunos da ETEparticipam de mostra pág. 25

Dilma Rousseff inaugura HT Micron naUnisinos pág. 29

Alunos da UNICAP desenvolvem app “ÔnibusPara Todos” pág. 33

Companhia de Jesus celebra um ano do MAGIS no Brasil pág. 37

Dois períodos de umamesma história, num

mesmo espírito

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Recomeçar, sempre

EDITORIAL

Pe. Miguel de Oliveira Martins Filho, sjProvincial do Brasil Nordeste

Pai por continuar nos asso-ciando à missão de seu Filho.

Essa “ação de graças” no começo e “ação de graças” no final educam nosso olhar para ver Deus em todas as coisas e todas as coisas em Deus. O Senhor – que fundou a Companhia, sustentou-a em seus variados ministérios, acompanhou-a durante sua supressão, chamou-a de vol-ta à existência em sua restau-ração – continua, ainda hoje, convidando-nos a recomeçar. A proclamação do Evangelho conduz a essa redescoberta da novidade de Deus em nos-sa vida, para transmiti-la aos outros, com alegria.

Assim como a Compa-nhia de Jesus experimentou a alegria de um recomeço e da possibilidade de um novo futuro, que nós saibamos nos alegrar com as pequenas e grandes “ressurreições” que Deus realiza continuamente em nossas vidas. Com Ele, sempre podemos recomeçar.

Boa leitura!

No próximo mês, dia 7, celebraremos o 200º ani-versário da restauração da Companhia de Jesus. Em tempo de jubileu, somos chamados, sem dúvida, a fazer memória deste mo-mento tão importante da história de nossa “mínima Companhia”. Porém, para nós, jesuítas, celebrar este momento não significa simplesmente olhar para trás e revisitar um evento histórico, fixado no passa-do, mas é um convite para a redescoberta e a revita-lização de elementos es-senciais de nossa própria identidade e carisma.

A novena em prepara-ção para a celebração do

bicentenário de restaura-ção da Companhia de Je-sus, disponível no portal w w w.je s ui tasb rasil .co m , nos oferece algumas pis-tas sobre esses elementos essenciais:

A ação de graças pela fundação da Companhia, que nos convida continua-mente a uma “volta às fon-tes” e ao reconhecimento do dom que Deus oferece à Igreja por meio da expe-riência de Inácio e dos pri-meiros companheiros;

A liberdade espiritual, que nos leva continuamen-te a distinguir as mediações (inclusive a própria Compa-nhia) do único Absoluto de nossas vidas: o Senhor que salva, porque ama.

A união de mentes e de corações, que faz deste grupo de homens um ver-dadeiro Corpo apostólico, unido a serviço da missão de Cristo, na Igreja;

A humildade, que nos conduz a aprender com nossa história, vendo nela a ação da graça de Deus e a nossa contínua necessida-

de de conversão, para nos assemelharmos ao Cristo manso, pobre e humilde;

A generosidade, que brota do reconhecimento agradecido de que “tudo é dom e graça de Deus” e nos leva a partilhar gratuita-mente tudo o que também recebemos de graça.

Ler os sinais dos tempos, que nos faz estar atentos aos movimentos do Espírito e às necessidades de respostas criativas aos novos desafios que temos diante de nós;

Sentir com a Igreja, que revigora nossa pertença eclesial e nos relembra que somos parte de um Corpo maior, o Corpo de Cristo, enviado em missão.

A contemplação para alcançar amor, que reco-nhece nossa vocação como resposta ao imenso amor de Deus, que continuamente se entrega por nós e nos pede para transformarmos nossa vida em dom para os outros.

A ação de graças pela restauração da Companhia, que nos leva a agradecer ao

Faça o download da Novena em PDF no link http://bit.ly/1n9IztJ

1814 2014

NOVENA

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31 de julho

Santo Inácio de Loyola

02 de agosto

São Pedro Fabro

18 de agosto

Santo Alberto Hurtado Cruchaga

CALENDÁRIO LITÚRGICO – JULHO | AGOSTOPróprio da Companhia de Jesus

EXPEDIENTE

EM COMPANHIA é uma publicação mensal dos Jesuítas do Brasil, pro-duzida pelo Núcleo de Comunicação Integrada (NCI)

CONTATO [email protected]

Colaboradores da 6ª EdiçãoColaboradores: Pe. Bruno Schizzerotto (BAM), Pe. Carlos James dos Santos (BRC), Pe. Creômenes Tenório Maciel (BNE) e Pe. Matias Martinho Lenz (BRM). Pe. Alfredo Ferro, Pe. Hugo Bersch, Belisa Lemes da Veiga, Francilma Grana, João Elton de Jesus, SJ, Renato Geraldo Evangelista Salles, Pe. Valério P. Sartor e Ana Ziccardi (revisão).

FotosBanco de imagens / Divulgação

Tradução das notícias da Cúria GeralPe. José Luis Fuentes Rodriguez

ErrataNa 5ª Edição do Em Companhia, na seção Calendário Litúrgico, houve um equívoco na identificação de Santa Maria Zhu Wu (apresentada como São Maria Zhu). O novo calen-dário litúrgico próprio da Compa-nhia, valorizando a colaboração com leigos e leigas, celebra, juntamente, com o martírio dos 4 jesuítas (entre eles, São Leão Mangin), o martírio de 52 leigos e leigas (entre eles, Santa Maria Zhu Wu).

Pe. Francys Silvestrini Adão, SJDiretor editorial

Pe. Geraldo Lacerdine, SJDiretor do NCI

Silvia Lenzi (MTB: 16.021)Editora e jornalista responsável

Juliana DiasRedação

Victor PisaniDiagramação e edição de imagens

Fundador daCompanhia de Jesus

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a gerar maior sinergia nos diferentes processos, sem dúvida, avançaremos muito. O que está em jogo atual-mente é a nossa competên-cia para criar ambiente fa-vorável para compor a Rede Inaciana de Educação Bási-ca no Brasil. Estruturalmen-te, estamos organizados, falta-nos o segundo passo, que seria a elaboração do estatuto da Rede. Nossa tarefa agora é mapear os diferentes processos e avançar na qualificação do funcionamento dessa nova estrutura. Nesse sentido, três eixos de atuação têm sido o fio condutor do tra-balho atual: Construção do PEC (Projeto Educativo Co-mum), Aplicação do Progra-ma de Gestão de Qualidade e Implantação da Platafor-ma Moodle nas unidades.

Em que medida já há avan-ços na construção do Proje-to Educativo Comum (PEC)?

A construção do PEC foi ini-ciada há algum tempo. Nos encontros dos Diretores

ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSÃO

O delegado Nacional para a Educação Básica, Pe. Mário Sündermann, está à frente do cargo há menos de um ano, mais precisa-mente desde 19 de novem-bro de 2013. Em entrevista ao informativo Em Compa-nhia, ele conta um pouco dos desafios enfrentados diante da nova missão e quais os projetos que vêm sendo desenvolvidos para a área educacional da Com-panhia de Jesus.

Em entrevista publicada em dezembro de 2013, logo após a sua nomeação como delegado Nacional para a Educação Básica, você disse que iniciaria essa missão fazendo a visita canônica aos colé-gios. Como tem sido esse trabalho? Neste primeiro semestre, já pude visitar as 14 unida-des educativas. As visitas foram uma oportunidade ímpar de conhecer mais a realidade de cada colégio, assim como de contato

mais próximo com os je-suítas e profissionais lei-gos que aí atuam. Tenho presenciado uma riqueza de experiências que nos coloca em uma posição bastante favorável para darmos os primeiros pas-sos na construção da rede nacional. Em um país de proporções continentais como o Brasil, visitar uni-dades presentes desde o Rio Grande do Sul ao Piauí tem possibilitado uma pri-meira aproximação ao que pode significar um proje-to educativo comum para todo o país. Vejo que os colégios en-frentam desafios impor-tantes que perpassam as três principais dimensões do trabalho educativo: pe-dagógica, administrativa e de formação cristã. Trans-versalmente, estamos vivendo um momento de resgate da nossa matriz de identidade e de atualização dessa matriz. Temos alu-nos e famílias diferentes de outros tempos e que se aproximam da escola com

demandas distintas de outrora. Essa nova reali-dade requer que escolas e educadores inacianos se-jam criativos e eficientes o bastante para trazer, ao momento atual, aquilo que nos identifica e diferencia como obras educativas da Companhia de Jesus.

Quais os principais desa-fios encontrados?

Há diferentes desafios. Al-guns advêm da tecnologia, outros provêm das ques-tões ambientais, outros do novo perfil de alunos e edu-cadores etc. Observando o modo como cada unidade tem enfrentado os desa-fios inerentes ao trabalho escolar no contexto atual, vejo que temos um reper-tório diverso e muito rico de possibilidades de con-tribuir eficazmente com a Igreja do Brasil por meio da educação básica. Se formos capazes de colocar nossas experiências e nossos co-nhecimentos em comum e nos articularmos de modo

Os desafios da Educação

Padre Mário assumiu o cargo de de-legado Nacional para a Educação Bá-sica da Companhia de Jesus em 2013

Líderes de turma do Colégio Catarinense se encontram com o padre Mário

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ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSÃO

Gerais, em 2013, ficou de-finido o processo de cons-trução do projeto. Foi feito um primeiro esboço dos desafios que permeiam a educação básica em nossos dias e traçado um crono-grama de trabalho. As visi-tas canônicas fazem parte desse processo. Em 2014, o foco maior é a fundamen-tação teórica. Contribuem, para isso, os preparativos do Seminário Internacional de Pedagogia e Espiritu-alidade Inacianas (SIPEI), que já está acontecendo virtualmente. De 2 a 8 de novembro, teremos a par-te presencial em Manresa, Espanha. Está previsto, a partir desse evento, a publi-cação de novo documento de educação para a Compa-nhia de Jesus em nível uni-

versal. Em 2015, trabalhare-mos mais intensamente na construção de um projeto educativo estruturado para toda a Rede. Contaremos com a contribuição de edu-cadores das diferentes unidades e especialistas de dentro e de fora da Compa-nhia de Jesus na construção do PEC. Em 2016, promulga--se o documento e dá-se início à sua implantação nas unidades educativas.

E o Programa de Gestão da Qualidade?

Em 2014, começamos o Programa de Gestão da

Qualidade em três uni-dades: Catarinense (SC), São Luís (SP) e Diocesano (PI). Esse programa nos dará condição de, alinha-dos com os indicadores definidos para todas as escolas da América Lati-na, mapear as unidades brasileiras e identificar as áreas que demandam investimento, melhoria e/ou inovação. Já esta-mos finalizando, nessas três unidades, a etapa de avaliação e, no segundo semestre, daremos início à elaboração dos planos de melhoria. Para 2015, temos planejado iniciar o processo em mais quatro unidades: Antonio Viei-ra (BA), Medianeira (PR), Santo Inácio (RJ) e São Francisco Xavier (SP).

Em que medida já está implantado a Plataforma Moodle nas escolas?

A plataforma Moodle veio como uma ferramenta fa-cilitadora das mediações pedagógicas no cotidiano escolar. Nossas escolas atendem alunos nativos digitais que transitam na-turalmente no universo tecnológico. Espera-se que o uso da plataforma traga benefícios aos educadores e aos alunos. Para isso, é importante a capacitação do corpo docente, proces-so que já vem acontecendo nos últimos anos e que tem

qualificado as mediações utilizadas dentro e fora da sala de aula. A Plataforma oferece um conjunto signi-ficativo de oportunidades de mediação e construção do conhecimento utilizando ferramentas tecnológicas. Além disso, é um importan-te espaço para formação de professores, presencial ou à distância, e ainda possibilita maior intercâmbio e diálogo entre as unidades educati-vas espalhadas pelo Brasil. No momento, a plataforma já está sendo utilizada coti-dianamente em dez escolas e outras três devem come-çar com projetos-piloto no segundo semestre de 2014.

Quais são os principais ca-nais de diálogo e aproxi-mação entre as unidades?

Além do já dito acima (PEC, Gestão de Qualidade e

Jesuíta participa do dia de integração e ação social do Colégio Catarinense

Moodle), penso que há ou-tras possibilidades de diá-logo e aproximação das es-colas entre si, seja regional ou nacionalmente. A rique-za e a diversidade de pro-jetos, bastante robustos e transversais de nossas escolas, permitem sonhar com diferentes aproxima-ções. Penso que é possível socializar saídas criativas para os desafios comuns: problemas ambientais, uso dos recursos tecnológicos, projetos de valorização da vida e de espiritualidade, intercâmbios culturais e es-portivos, etc. Sem dúvida, a Rede é rica em possibilidades e os de-safios visualizados são aco-lhidos como possibilidade de contribuir na construção de uma sociedade mais jus-ta, fraterna e solidária por meio de uma educação de excelência.

“PENSO QUE É POSSÍVEL SOCIALIZAR SAÍDAS CRIATIVAS PARA OS DESAFIOS COMUNS: PROBLEMAS AMBIENTAIS, USO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS, PROJETOS DE VALORIZAÇÃO DA VIDA E DE ESPIRITUALIDADE, INTERCÂMBIOS CULTURAIS E ESPORTIVOS, ETC. ”

Leia também a entrevista do Pe. Mário Sündermann, publicada em 23 de dezembro de 2013, no Portal Jesuítas Brasil: http://bit.ly/1nhNA34

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Aniversário da JMJ Rio!As comemorações de um ano da

Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio acontecerão até 27 de julho. A pro-gramação transcorre dentro do proje-to Memória e Missão da Arquidiocese do Rio de Janeiro, que visa a celebrar o primeiro aniversário da JMJ Rio2013, re-cordando o encontro do papa Francisco com os jovens do mundo inteiro, e dis-cernir as ações dos católicos diante dos desafios apresentados atualmente.

Durante as comemorações, serão realizadas catequeses, missões, exposi-ção cultural e peregrinação das réplicas dos símbolos da JMJ – a cruz e o ícone de Nossa Senhora. No dia 26 (sábado), a partir das 13h, acontecerá a grande cele-bração na Quinta da Boa Vista. A missa será presidida pelo Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tem-pesta, às 18h. E, no dia 27 (domingo), às 17h30, haverá o lançamento do livro de fotos da JMJ, no auditório do Ed. João Paulo II (Rua Benjamin Constant, 23, 2º andar, bairro da Glória, Rio de Janeiro).

Fonte: site da Rádio Vaticano

IGREJA SANTA SÉ

o ministério de unidade na

A JMJ Rio 2013 foi realizada entre os dias 23 e 28 de julho de 2013, no Rio de Janeiro (RJ). Naquela semana, mais de três milhões de peregrinos, vindos dos mais diferentes países, testemunharam a fé em Jesus Cristo para o mundo todo.

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O MINISTÉRIO DE UNIDADE NA IGREJA SANTA SÉ

THE POPE APP EM NOVA EDIÇÃO

INAUGURADA PRIMEIRA UNIVERSIDADE DOS JESUÍTAS NA ÍNDIA

Em 7 de julho, o presiden-te do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, dom Claudio Maria Celli, acompanhado por seu co-laborador Thaddeus Jones, apresentou o aplicativo The Pope App, para smartphone e tablete, que reúne toda a mídia do Vaticano.

Em entrevista à Rádio Vaticano, dom Celli disse: “Era nosso desejo apresen-tar ao papa essa iniciativa. Como se sabe, já existia o ‘The Pope App’ e nós esta-mos contentes porque, no passado, mais de 400 mil pessoas baixaram o aplicati-vo. Essa ferramenta permite ao papa aproximar-se de

homens e mulheres de hoje, de estar próximo a eles com suas mensagens, com seus pronunciamentos, com as suas meditações. Com essa iniciativa, aperfeiçoamos a primeira edição do The Pope App, que está mais acessí-vel, mais claro e melhor ad-ministrado”.

Segundo Thaddeus Jones, o aplicativo agrupa os conte-údos, as mídias e as notícias produzidas pelos meios de comunicação do Vaticano, como: Rádio Vaticano, Centro Televisivo Vaticano, Agência Fides, L’Osservatore Romano, em parte a Sala de Impren-sa da Santa Sé e os últimos textos publicados no site va-

tican.va. Além disso, é multi-mídia, oferecendo vídeo, stre-aming e fotografias, também do Serviço Fotográfico. “A ideia é colocar tudo junto em um único App e isso também para satisfazer uma exigência

sempre mais presente hoje, porque as pessoas querem ter notícias no próprio smar-thphone, no próprio tablet”, comentou Jones.

Fonte: site da Rádio Vaticano

No início de julho, foi inaugurada a primeira uni-versidade dos jesuítas na Índia, em Bhubaneswar, capi-tal do estado de Odisha. Em seu discurso de inauguração, o governador do estado in-diano, Naveen Patnaik, disse que a nova instituição quer ser um centro no qual se en-trelaçam excelências acadê-micas e bons valores éticos. O governante agradeceu à

o nome, a nova instituição propõe-se a tornar-se um centro de aprendizagem e de serviço, reconhecido em nível mundial por seu compromis-so de excelência em todos os campos da vida humana.

Em seu discurso de boas--vindas, o vice-chanceler, Pe. Paul Fernandes, SJ, definiu a Jesuit Xavier University como um “dom de Deus para nós. Nós o recebemos com

gratidão e nos empenhamos por sua constituição e cres-cimento. Nós a abençoamos hoje”, disse. Sua missão é imi-tar Cristo como modelo de sabedoria para os jovens a serviço da justiça, da paz, da verdade, e pela construção da civilização do amor.

Por sua vez, o arcebispo de Cuttack-Bhubaneswar, dom John Barwa, disse que “esta universidade será uma mãe amorosa para dar à luz futuros filósofos, grandes cientistas, eminentes pen-sadores e estadistas excep-cionais para o nosso país e para o mundo”.

Fonte: site da Rádio Vaticano

Odisha Jesuit Society, que oferece instrução de quali-dade no país e no mundo, por ter tomado a iniciativa de instituir a universidade.

A Jesuit Xavier University é a primeira universidade “di-gital” do país, a primeira uni-versidade católica do estado e a quarta na Índia. Inspirando--se em São Francisco Xavier, estudioso e jesuíta, do qual tem o privilégio de herdar

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O MINISTÉRIO DE UNIDADE NA IGREJA SANTA SÉ

O padre Geraldo dos Reis Maia, do clero diocesano de Uberaba (MG), tomará posse como novo reitor do Colégio Pio Brasileiro, no dia 30 de setembro. Com a posse do padre Geraldo e sua equipe, concretiza-se a passagem da direção do Colégio, ad-ministrado pela Companhia de Jesus por 80 anos, para a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

O Colégio Pio Brasilei-ro foi criado em 1934, em Roma, com o objetivo de oferecer uma formação

para seminaristas brasi-leiros. Nos anos 90, esse perfil mudou. Atualmente, em vez de seminaristas, o colégio abriga sacerdotes que são enviados para cur-sos de mestrado e douto-rado em Teologia e outras ciências religiosas, em diversas universidades e academias pontifícias.

O colégio pode abrigar mais de 100 estudantes, proporcionando residência e formação espiritual para jovens sacerdotes do clero diocesano, que, ao retor-

NOVO REITOR DO PIO BRASILEIROTOMA POSSE EM SETEMBRO

nar ao Brasil, trabalham na formação do clero e dos leigos, bem como prestam assessoria qualificada a di-versas pastorais.

Em junho, o padre Ge-raldo visitou o Colégio para conhecer melhor a casa, onde se formou em anos anteriores. Na oca-sião, ele presidiu a missa na Festa do Sagrado Co-ração de Jesus, patrono do Pio Brasileiro. O atual rei-tor, Pe. João Roque Rohr, SJ, e o sócio do Provincial da BRM, Pe. Martinho

Lenz, SJ, que dirigiu o Co-légio de 1992 a 2000, par-ticiparam da celebração.

No dia 29 de junho, pa-dre Geraldo participou da entrega da solenidade dos Santos Pedro e Paulo Apostólos, no qual o papa Francisco impôs o pálio ar-quiepiscopal a 24 novos ar-cebispos metropolitanos no mundo inteiro. Dentre eles, os brasileiros dom Jaime Spengler, arcebispo de Por-to Alegre (RS), e dom José Luiz Majella Delgado, arce-bispo de Pouso Alegre (MG).

Da esquerda para a direita: Pe. Geraldo Maia, Pe. Martinho Lenz, SJ, dom Jaime Spengler, Denis Fontes de Souza Pinto, embaixador do Brasil junto à Santa Sé, Pe. João Roque Rhor, SJ, atual reitor do Pio Brasileiro, e dom José Luiz Magella

A Companhia Jesus dirigiu o Colégio Pio Brasileiro por 80 anos. Na foto, da esquerda para a direita, os padres Martinho Lenz, SJ, Geraldo Maia e João Roque Rhor, SJ

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ESPECIAL

A RETOMADA DA MISSÃO

Na manhã de 7 de agosto de 1814, cer-ca de 100 jesuítas se preparavam para a celebração do papa Pio VII, no Altar de Santo Inácio, em Roma, Itália. A ocasião, muito esperada por todos, oficializaria o retorno da Companhia de Jesus à sua mis-são no mundo. Após a Eucaristia, e a pedi-do do pontífice, o Monsenhor Cristaldi leu a Bula Sollicitudo Omnium Ecclesiarum, documento que declarou a restauração da Ordem religiosa, após 41 anos de supres-são. O decreto foi entregue ao provincial Panizzoni, que representou o então padre geral Tadeusz Brzozowski.

No artigo Os primeiros passos para a Restauração (Anuário da Companhia de Jesus - 2014), o jesuíta Paul Oberholzer afirma que, antes da supressão, em 1773, havia mais de 23 mil jesuítas em missão. Na ocasião da restauração da Ordem, resta-vam cerca de 600 religiosos, que viviam na Rússia, no Reino de Nápoles, na Sicília, nos Estados Unidos, na Inglaterra e na França.

Aos poucos e com muita alegria, os jesuítas foram recebendo a notícia do decreto do papa Pio VII. “Foram eles que, com grande entusiasmo e auxilia-dos pelos novos candidatos, rapidamen-te aderiram à Ordem, empreenderam a árdua tarefa de, gradualmente, recu-perar a Companhia de Jesus”, explica o jesuíta Arturo Reynoso, no artigo Os jesuítas exilados nos Estados Papais (Anuário da Companhia de Jesus - 2014).

A VOLTA AO BRASIL

No Brasil, a Companhia de Jesus re-tomaria sua missão somente em 1842, por meio de um grupo de padres espa-nhóis, vindos da Argentina. Esses jesuí-tas fundaram uma residência em Porto Alegre (RS), local que serviria de base para a organização das primeiras mis-sões populares. “Durante a realização dessas missões junto às comunidades

rurais, os padres de origem espanhola solicitaram, às Províncias da Áustria e da Alemanha, a presença de jesuítas de língua alemã, devido à grande quan-tidade de imigrantes estabelecidos em colônias no Estado do Rio Grande do Sul”, ressalta o padre Carlos Alberto Contieri, diretor do Pateo do Collegio e do Museu de Arte Sacra dos Jesuítas, em Embu das Artes (SP).

O recomeço da missão da Ordem no país enfrentou grandes desafios, entre eles, as dificuldades de comunicação com a população. Para o padre Idinei Zen, mestre em História pela Unisinos, “esse reinício foi muito difícil, pois a si-tuação religiosa encontrada na região era de total abandono. As condições de deslocamento também eram muito precárias. A dificuldade da língua entre os colonizadores e os padres também contribuiu para prejudicar a atividade de reconstruir uma identidade cristã”.

O papa Pio VII, em 7 de agosto de 1814, publica o documento que restaura a Companhia de Jesus ao redor do mundo

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ESPECIAL

O reestabelecimento da Compa-nhia de Jesus no Brasil não fez parte de um plano articulado. Conforme as necessidades de cada região, a Ordem foi ampliando sua atuação, segundo padre Contieri. “As missões realizadas no país, em meados do século XIX, não faziam parte de um plano preesta-belecido e, sim, de uma sucessão de respostas às oportunidades e solici-tações que lhe eram apresentadas”, ele afirma. As ações tornaram-se mais delineadas a partir da atuação do pa-dre Jaques Razzini, nomeado visitador da Ordem no Brasil em 1863.

Responsável por articular a fundação do Colégio São Luís, em Itu (SP), em 1867, o padre Razzini deu novo impulso à atu-ação da Ordem no país, tanto no âmbito educacional, como no seu papel político. Segundo o padre Geraldo de Almeida, diretor da Comissão de História Inaciana da Bahia, o papel diplomático do padre

Razzini merece destaque. Para ele, o je-suíta “preparou os caminhos para seus companheiros atuarem no Brasil”.

Dessa forma, a Companhia de Jesus foi ampliando sua atuação no país gra-dativamente. Logo, o primeiro grupo que chegou a Porto Alegre avançou tam-bém para Desterro, atual Florianópolis (SC). Na região, os religiosos fundaram um colégio a pedido das autoridades locais, que sentiram a necessidade de oferecer melhor educação aos jovens. Após um surto de febre amarela, a insti-tuição teve que ser fechada e os jesuítas que lá atuavam foram transferidos para o Uruguai. Foram os religiosos de nacio-nalidade alemã que deram continuidade aos outros trabalhos na cidade.

Em 1862, os jesuítas começaram a atuar nos estados de São Paulo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, região Sudeste do Brasil. No começo do século XX, os reli-giosos chegaram também ao Norte e Nor-

deste do país. Em 1911, fundam o Colégio Antônio Vieira, que se tornou referência em qualidade de ensino em Salvador (BA).

Os desafios e as dificuldades en-contradas no Brasil foram sendo supe-radas com o passar dos anos. O vigor apostólico da Companhia de Jesus e a coragem dos jesuítas foram essenciais para a retomada das atividades da Or-dem no país, após sua restauração.

A SUPRESSÃO

Os jesuítas desembarcaram em Salvador (BA) em 1549, com o primeiro governador-geral da colônia, Tomé de Souza. Liderados pelo padre Manoel da Nóbrega, destacaram-se pela coragem, pela ousadia e pela doação à missão de Deus. Segundo o padre Carlos Alberto Contieri, “a ação apostólica era discer-nida e cuidadosamente planejada”.

A catequese e o ensino escolar foram as atividades que mais se destacaram du-rante a atuação dos jesuítas no período do Brasil Colônia. “Onde se abria uma casa de jesuíta, quase sempre, também surgia uma escola de ler, escrever, contar e, às vezes, cantar. Algumas dessas escolas, nas povo-ações maiores, assumiram, com o tempo, a forma de colégios. Neles, se ensinavam Latim, Humanidades, Matemática e outras matérias. Em alguns, Filosofia e Teologia, chegando o Colégio da Bahia até a conferir graus nessas disciplinas”, afirma o padre Geraldo de Almeida, diretor da Comissão de História Inaciana da Bahia.

A capacidade de adaptação dos jesuítas ao contexto em que estavam inseridos era uma das características da Ordem. “Para a Companhia de Jesus,

NO SÉCULO XVIII, A VITALIDADE DA ORDEM RELIGIOSA DENTRO DA IGREJA CATÓLICA GANHOU DESTAQUE E VISIBILIDADE. A PRESENÇA DOS JESUÍTAS NA EDUCAÇÃO E SUA FORTE INFLUÊNCIA ENTRE O POVO E OS REIS SUSCITARAM ESPECULAÇÕES A RESPEITO DE SEU PAPEL NA SOCIEDADE.

Alegoria francesa, sem autor conhecido, publicada na Revista Broteria, em 2009, na edição especial sobre a Expulsão da Companhia de Jesus

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ac Redemptor e mantiveram os jesu-ítas em seus reinos. Rei Frederico da Prússia, luterano, e czarina Catarina II da Rússia, ortodoxa. Os historiadores acreditam que Frederico e Catarina consideravam essencial conservar os colégios da Companhia em seus reinos para manter a qualidade da educação.

COLÉGIOS E BENS CONFISCADOS

A expulsão dos jesuítas em diferen-tes reinos e o prestígio do Marquês de Pombal, um dos maiores articuladores da supressão, ajudaram na tomada de decisão do papa Clemente XIV. Segun-do o padre Geraldo Coelho, Pombal ar-quitetou uma série de medidas contras os jesuítas.

Além disso, uma vasta literatura difamatória era espalhada pela Eu-ropa, mediante as Embaixadas do Reino. “Dessa forma, simples quei-

ESPECIAL

a missão se realiza levando em conta as circunstâncias de tempo e lugar. É um período de muita criatividade apostóli-ca”, explica padre Contieri.

No século XVIII, a vitalidade da Or-dem religiosa dentro da Igreja Católica ganhou destaque e visibilidade. A pre-sença dos jesuítas na educação e sua forte influência entre o povo e os reis suscitaram especulações a respeito de seu papel na sociedade. Nesse contex-to, um personagem em particular foi o responsável por incitar a perseguição aos jesuítas, Sebastião José de Carva-lho e Mello, mais conhecido como Mar-quês de Pombal, nomeado por D. José I como primeiro-ministro de Portugal.

Em um contexto marcado por interes-ses políticos, Pombal enxergou a Compa-nhia de Jesus como um entrave para a as-censão de seu poder. “Tudo aquilo que não se adequasse a seus planos constituía-se em motivo para suprimir a presença re-ligiosa nos territórios que pertenciam a Portugal”, afirma padre Idinei Zen.

Em 1759, os jesuítas foram expul-sos dos domínios de Portugal em todo o mundo, incluindo o Brasil, totalizan-do mais de 1.700 religiosos. Essa ação foi o início de um processo que culmi-nou com a supressão da Companhia de Jesus. Após o decreto de expulsão de D. José I, outros países também expul-saram os jesuítas de seus territórios e domínios: em 1764, o rei Luís XIV da França; em 1767, o rei Carlos III, da Espanha; e também nas Filipinas, nas Duas Sicílias e no ducado de Parma.

Após a pressão das cortes da Dinastia Bourbon, no dia 21 de julho de 1773, o papa Clemente XIV publica o breve Dominus ac Redemptor, documento que decreta a su-pressão da Companhia de Jesus em todo o mundo. Segundo o artigo A Companhia de Jesus durante a tormenta (Anuário da Companhia de Jesus - 2014), de Sabina Pa-vone, da Universidade de Macerata (Itá-lia), o breve foi dividido em 45 capítulos. O documento não acusava, nem julgava os méritos dos jesuítas, mas discorria sobre a possibilidade de suprimir a Ordem em função das perturbações por ela causa-das no seio da Igreja, ao longo dos anos.

Apesar da supressão, dois monar-cas não promulgaram a bula Dominus

xas dos colonos insatisfeitos, sem verificação posterior, passaram a ser motivo, e fatos menores, razões sufi-cientes para ele prosseguir nos seus propósitos”, completa padre Geraldo.

Com a supressão da Companhia de Jesus, os jesuítas foram declara-dos rebeldes e traidores, seus colé-gios e bens confiscados em diversas partes do mundo. Segundo padre Contieri, nenhuma pessoa, exceto as que o fizessem por imediata ordem régia, poderia ter contato com os reli-giosos, nem por correspondência, sob pena de morte e confisco de bens.

No Brasil, os primeiros deportados foram os jesuítas estrangeiros, e, pouco tempo depois, a ordem de deportação chegou aos demais. “Os jesuítas foram deportados para diversas partes do mundo, muitos foram encarcerados em Portugal e na África. As tropas cerca-vam as casas e confiscavam todos os bens. Os jesuítas foram condenados

GABRIEL MALAGRIDA

O padre Gabriel Malagrida foi preso em 1759, após a Companhia de Jesus ser expulsa de Portugal e de suas colônias. Segundo o padre Ilário Govoni, Malagrida foi perseguido pelo Marquês de Pombal. Em 1761, o jesu-íta foi julgado e condenado à fogueira pela Inquisição em Lisboa, Portugal. Personagem importante para a Com-panhia de Jesus no Brasil, já no século

XVIII, o jesuíta foi o primeiro a visua-lizar a necessidade de um lugar para recolhimento e formação de mulheres para a vida religiosa no país. “Malagri-da imaginou a fundação de um colé-gio, um recolhimento, para acolher as moças que eram rejeitadas pela famí-lia ou que tinham o sonho de tornar--se freira. Foi a primeira instituição nesses moldes na Bahia e está de pé ainda hoje! São as Ursulinas do Cam-po Grande”, conta padre Ilário.

Auto-de-fé de Malagrida

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ESPECIAL

sem serem ouvidos. Eles ficavam pre-sos e incomunicáveis, privados de todo o direito de defesa. Suas missões e obras foram destruídas e o ensino fi-cou estagnado”, conta padre Contieri.

O trabalho que os jesuítas realizavam no país sofreu importantes perdas. Para o padre Geraldo de Almeida, as aldeias, o ensino e o trabalho de evangelização foram os principais prejudicados. Segundo ele, as aldeias, foram transformadas compulso-riamente em vilas e povoados, e a condu-ção administrativa foi entregue, em grande parte, a pessoas despreparadas ou não vo-cacionadas para esse tipo de missão. O en-sino, principalmente nas regiões mais afas-tadas dos centros, sofreu com a falta de professores que pudessem substituir os educadores jesuítas. A evangelização tam-bém perdeu muito do trabalho que já havia começado. “Em minha opinião, a evange-lização foi uma das que mais sofreu, pois, além da ausência da atuação direta dos missionários, pregadores e confessores, nas aldeias e nas cidades, a formação do clero nos Seminários, que já começavam a surgir em várias partes, voltou praticamen-te à estaca zero”, afirma padre Geraldo.

O PROCESSO DE RESTAURAÇÃO

Apesar do documento de supressão da Companhia de Jesus ter sido assina-do pelo papa Clemente XIV, os jesuítas mantiveram-se leais à Igreja e muitos deles foram chamados como consultores por importantes dignitários eclesiásticos, afir-ma o jesuíta Arturo Reynoso, no artigo Os jesuítas exilados nos Estados Papais (Anu-ário da Companhia de Jesus – 2014). Nesse período, a força moral e a criatividade dos jesuítas se fortaleceram. Vários foram res-ponsáveis por produzir importantes textos nas áreas de História, Ciência, Estética, Fi-lologia, Literatura e Teologia.

É importante ressaltar que, na época, o pontífice foi muito pressionado pelas cortes europeias. Tanto que, por muitas vezes, adiou a decisão da supressão. Para o jesuíta Paul Oberholzer, no artigo Primei-ros passos para a Restauração (Anuário da Companhia de Jesus – 2014), a medida foi tomada porque, na Europa daquele tempo, a posição do papa como autorida-

tivos: “em primeiro lugar, não atacar a le-gitimidade da supressão, como expres-sa na bula; em segundo, procurar saídas que pudessem permitir a continuidade da existência legal da Companhia”.

Com a proteção oficial da czarina Ca-tarina II e a gradual aproximação dos jesuí-tas com o papa Pio VII, as expectativas em relação à restauração da Ordem cresce-ram. No dia 7 de março de 1801, o pontífice reconheceu, por meio do breve Catholicae fidei, a Companhia de Jesus na Rússia. “Nesse contexto, diversas outras monar-quias começaram a solicitar ao papa a legitimação dos jesuítas em suas respec-tivas nações”, afirma padre Contieri.

Progressivamente, esses movimen-tos fortaleceram o sentimento de que a restauração oficial da Companhia de Je-sus em todo o mundo era necessária. As-sim, em 1814, os jesuítas se reuniram em Roma para a oficialização do retorno da Ordem religiosa à sua missão no mundo.

de máxima em todos os assuntos relacio-nados à Igreja católica estava sob questio-namentos. Os governantes e reis da época desejavam estender sua autoridade a todos os assuntos da sociedade que con-trolavam, inclusive os eclesiásticos.

Muitas áreas da Igreja não concorda-ram com a decisão do papa e manifesta-vam com frequência sua dor pela expulsão dos jesuítas, afirma o jesuíta Pedro Miguel Lamet, no artigo O Calvário dos jesuítas espanhóis em 1767 (Anuário da Compa-nhia de Jesus - 2014). Ele ressalta que, durante esse período, apenas 20% dos jesuítas exilados abandonaram a Compa-nhia, o que demonstrava a esperança dos religiosos na restauração da Ordem.

Os jesuítas da Rússia informavam constantemente o papa sobre sua exis-tência e atividades. Segundo o jesuíta Paul Oberholzer, esta forma de colabora-ção silenciosa entre os jesuítas e a Santa Sé seguia uma estratégia com dois obje-

Imagem da Revista Artes de Mexico , nº 85, edição especial Missões Jesuítas, da Faculdade ITESO (Universidad Jesuita de Guadalajara) e Universidad Tecnológica del Valle de Chalco

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ESPECIAL

200 ANOS DE RESTAURAÇÃO: É TEMPO DE CELEBRAR!

Em janeiro de 2012, o superior geral da Companhia de Jesus, padre Adolfo Nicolás, enviou uma carta soli-citando que os jesuítas organizassem em suas províncias as comemorações do bicentenário de restauração. A partir disso, o padre Carlos Alberto Contieri e a equipe do Pateo do Colle-gio foram nomeados para coordenar as comemorações dessa importante data no Brasil.

Depois de muitas reuniões, en-contros e trocas de ideias, a equipe elaborou um pré-projeto para a re-alização de um simpósio nacional sobre o tema. Após a aprovação dos provinciais, foi definido que, em 2014, seria realizado o evento que traria historiadores e especialistas sobre a supressão e a restauração da Com-panhia de Jesus. Entre os dias 8 e 10 de maio deste ano, o Simpósio Na-cional Bicentenário da Restauração da Companhia de Jesus foi realizado

com sucesso e reuniu mais de 350 pessoas em São Paulo (SP).

No início do ano, o padre Adolfo Nicolás enviou uma nova carta aos je-suítas de todo o mundo. Na mensagem, agradecia a Deus por esse momento e falava sobre a importância de relem-brar esse período da história. “Peço a Deus que a comemoração agradecida deste 200º aniversário da restauração da Companhia seja abençoada por uma assimilação mais profunda de nosso modo de vida e pelo compromisso cada vez mais criativo, generoso e alegre de entregar nossas vidas ao serviço da maior glória de Deus”, o padre geral es-creve em sua carta.

Para cada jesuíta, para cada ina-ciano, esse é um momento de alegria. Após tantos desafios e adversidades, a Ordem comemora seu 200º aniver-sário de restauração. A esperança, a fé e o serviço para a maior glória de Deus foram os guias daqueles que sempre acreditaram na missão da Companhia de Jesus, que nunca desistiram e que estavam reunidos num mesmo espíri-to, no dia 7 de agosto de 1814.

AS COMEMORAÇÕES CONTINUAM

Em maio, o Simpósio Nacional de Restauração da Companhia de Jesus promoveu um próspero diálo-go sobre a supressão e a restauração da Ordem. Mais de 20 especialistas brasileiros e estrangeiros participa-ram do evento como palestrantes. Nos próximos meses, os temas apre-sentados pelos historiadores e espe-cialistas durante o encontro serão publicados em um livro.

Para dar continuidade ao diálo-go, representantes das províncias da Companhia de Jesus na América Latina reúnem-se entre os dias 21 e 25 de julho, em São Paulo, no Centro Pastoral Santa Fé. O encontro visa partilhar experiências, construir um trabalho comum na linha da pesqui-sa histórica sobre a Companhia de Jesus e viabilizar um ou mais centros

de memória da Ordem na região. Se-gundo o padre Carlos Alberto Con-tieri, na primeira parte do encontro, haverá uma troca de experiências sobre as celebrações do bicentená-rio nas diversas províncias.

Entre 10 e 13 de novembro deste ano, a Unisinos, por meio do IHU (Instituto Humanitas Uni-sinos), promoverá o XVI Simpósio Internacional IHU, com o tema Companhia de Jesus: Da Supres-são à Restauração. A proposta do evento é discutir as questões que levaram à supressão da Ordem e as condições e consequências de sua restauração, assim como a inserção da Companhia de Jesus na sociedade contemporânea e seus desafios. As inscrições para o XVI Simpósio Internacional IHU podem ser realizada no site www.unisinos.br, através do link http://bit.ly/1yoqmvV.

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MUNDO CÚRIA GERAL

a companhia de jesus no

Vozes dasmargens

HEYTHROP CELEBRA 400 ANOS

Hashiye Ki Awaz (Vozes das margens) é uma revista mensal do Social Action Trust (Instituto Social da Índia, Delhi), sendo diri-gida à população de língua Hindi, especial-mente do norte da Índia. A publicação sur-giu de Hum Dalit, fundada pelo padre José Kananaikil, e que, desde 1990, era publica-da como parte de um programa de atenção às castas mais pobres e que falava de tudo o que tem a ver com as comunidades exclu-ídas. O nome atual foi adotado em 2006.

A revista traz artigos muito diversos, al-guns sobre temáticas específicas, mas tam-bém pequenas histórias e obras de teatro, poesias, entrevistas, resenhas, notícias de programas a favor de comunidades margi-

nais e consultas sobre problemas legais ou educativos. Em 12 edições, entre 2013 e 2014, foram publicados 158 artigos que aborda-ram uma variedade de assunto sobre os dalits, os chamados “tribais”, as minorias ét-nicas, a mulher e outros grupos marginais da sociedade. Como indica seu próprio nome, a revista tornou-se uma plataforma aberta aos autores provenientes dos grupos mais pobres do país, que nela podem expressar suas ideias e partilhar suas experiências com a sociedade. Trata-se de uma tentati-va de promover a leitura nas comunidades marginalizadas e de animar escritores em potencial dos estratos mais frágeis a se con-verterem em voz dos que não têm voz.

O segundo dia das celebrações do 400º aniversário de Heythrop começou com uma missa na Farm Street Church (igreja jesuíta no bairro de Mayfair, em Londres, Inglaterra), presidida pelo superior geral da Companhia de Je-sus, padre Adolfo Nicolás, que veio de Roma para a ocasião. Em uma igreja lotada, ele pregou uma homilia impac-tante sobre Mt 6,21, “porque onde está o teu tesouro, aí está teu coração”, ob-servando que a chave da espiritualida-de inaciana é aprender continuamente da experiência escutando o coração.

O padre geral abriu a conferência, no Senate House, fazendo memória da significativa contribuição feita por Heythrop College nos últimos séculos, atribuindo sua longevidade à sua capa-cidade como instituição de se adaptar às circunstâncias e mudanças radicais com

a única finalidade de servir a maior glória de Deus e a seu povo. Ele elogiou duas características particulares da educação jesuíta: o espírito de colaboração e a ên-

fase na “cura personalis” – atenção inte-gral à pessoa, que permite aos estudan-tes desenvolverem-se plenamente como membros ativos da sociedade.

Padre Adolfo Nicolás celebrou missa na Farm Street Church

Para mais informação, consultar o site Indian Social Institute (www.isidelhi.org.in) e clicar em “journals”.

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A COMPANHIA DE JESUS NO MUNDO CÚRIA GERAL

CONFERÊNCIA DE ESPIRITUALIDADE INACIANA NOS ESTADOS UNIDOS

Compensação do carbono no Camboja

Os jesuítas e a Saint Louis University estão organizando a 6ª Conferência de Espiritualida-de Inaciana, intitulada O silêncio inaciano, o coração da missão, que acontecerá de 16 a 19 de julho de 2015. O evento destina--se a executivos e líderes emer-gentes das obras da Companhia de Jesus e a todos aqueles que promovem a espiritualidade inaciana. O tema da conferência tem sua origem nas recentes chamadas do padre geral, Adol-fo Nicolás, à Companhia para recuperar o espírito do silêncio.

Ao final dos anos 90, a

De 26 a 29 de junho, o superior geral da Compa-nhia de Jesus, padre Adolfo Nicolás, visitou os jesuítas da Argélia, acompanhado do padre Antoine Kerhuel, assistente Regional. Du-rante a visita, o padre geral permaneceu na casa de Ben Smen, em Argel, e encon-trou-se com os jesuítas da capital argelina e de Cons-tantina. O padre Esteban Velázquez, que trabalha em Nador (Marrocos), não pôde participar do encontro. O padre Nicolás também visi-tou o arcebispo de Argel e o Núncio Apostólico. Reuniu--se, ainda, com colaborado-res leigos, cristãos e muçul-manos. No dia 27, presidiu a celebração eucarística aberta a todas as comuni-dades cristãs na residência da Diocese de Argel.

O padre geral participou também da consulta dos je-suítas no Magreb, região no Norte do Continente Afri-cano, e visitou as principais obras da Companhia de Je-sus em Argel: a CCI (Centro Cultural Universitário), o centro de formação profis-sional do CIARA, e a casa de Exercícios Espirituais de Ben Smen. A viagem foi uma oportunidade para o padre Nicolás inteirar-se de vários temas, como: a parti-cipação dos jesuítas na for-mação do país, o diálogo in-ter-religioso, o surgimento de uma igreja autóctone na Argélia, a presença entre os estudantes subsaarianos e imigrantes, e os jesuítas no Marrocos e a necessidade de pessoal para o Magreb.

oficina da Missão e Ministério da Saint Louis University e os jesuítas da Província de Mis-souri organizaram uma confe-rência sobre a espiritualidade inaciana, que dedicou especial atenção ao significado dos Exercícios Espirituais. A con-ferência teve grande êxito e a partir daí tem-se repetido a cada três anos, transforman-do-se em uma das poucas reuniões em grande escala dos profissionais da espiritu-alidade inaciana em todas as áreas das faculdades univer-sitárias. O programa inclui

conferências, oficinas, litur-gias e serviços de oração que enriquecerão o conhecimento e a prática da espiritualidade inaciana. Também servirão para outros temas, como a formação de líderes nas obras inacianas e o estabelecimento de relações entre os diferen-tes setores apostólicos para o bem da missão partilhada.

Visita àArgélia

Os jesuítas do Camboja iniciaram um programa de compensação do carbono, para neutralizar a emissão de dióxido de carbono (CO2), um dos causadores do efeito estufa. A iniciativa está ligada ao viveiro plantado em Bante-ay Prieb, escola profissional para alunos com deficiência dirigida pelos jesuítas.

bono, portanto, é calculada segundo os critérios adotados pela International Civil Aviation Organization (ICAO), que leva em conta diversos fatores – como tipo da aeronave, núme-ro de passageiros e consumo de combustível. Com a quan-tidade de carbono emitida, calcula-se o número de árvores que seria necessário plantar e o tempo necessário até que cresçam e possam devolver à atmosfera a quantidade de carbono consumido na viagem.

O custo para plantar as árvores é calculado, os viajan-tes indicam a sua aceitação e recebem um código que indica a árvore ou árvores plantadas no Camboja.

Para mais informação, acesse o site www.slu.edu/ignatian-spirituality--conference-vi

O programa destinado, em primeiro lugar aos jesuítas, voluntários e hóspedes ami-gos, oferece aos que viajam de avião do ou até Camboja a possibilidade de compensar as emissões de carbono que tais deslocamentos causam. Aque-le que aceita colaborar com o projeto tem que preencher um formulário no qual indica a rota aérea realizada, incluindo os aeroportos de trânsito em viagem de ou até Camboja. A emissão aproximada de car-

Para mais informações, acesse o site Jesuit Asia Pacific Conference:www.sjapc.net

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AMÉRICA LATINA CPAL

a companhia de jesus na

ficas ou culturais, abrindo-nos à acolhida e à hospitalidade ao outro. Um olhar que nos permita construir respostas que superem fronteiras desde o diálogo inter-cultural; que nos permita cons-truir redes para conhecer e agir com perspectiva de integração.

Por isso, outro aspecto da metodologia do Projeto Apos-tólico Comum da CPAL (PAC) é sua internacionalidade. Cada vez mais nossa ação apostólica se tece entre essas redes que ultra-passam as fronteiras provinciais e nacionais e vão armando a fraternidade universal em novas formas de colaboração e diá-logo. Não se incorporar nessas redes é ficar fora da dinâmica do mundo contemporâneo, conde-nar-se à exclusão, não entrar no agora em que se forja o futuro.

Assim, nossa própria estru-tura tem de romper os moldes estreitos das províncias e das na-ções. As redes internacionais ofe-recem-nos estruturas inovado-ras, flexíveis, que nos permitem ver a realidade desde um olhar global, para agir localmente com a força de uma rede internacional. Por isso, o PAC está convidando--nos ao fortalecimento das redes internacionais de colaboração, solidariedade e incidência.

Como parte de nossa res-ponsabilidade apostólica e mis-sionária, toca-nos avaliar quanto minha província, minha obra, mi-nha ação situam-se nesse tecido de redes que nos convida a globa-lizar o serviço da fé e a promoção da justiça em diálogo, cada vez mais profundo, com as culturas e religiões de nosso mundo.

Para além das fronteiras

Lima, Peru.

Estamos todos vivendo, com intensidade, a experiência do Campeonato Mundial de Futebol. E, quando dizemos todos, fica aqui incluída, também, Dona Trina, cuja ideia do mundial foi mudando com os anos. Lembro-me bem da história contada por um compa-nheiro. Muito cedo saiu para com-prar leite para o café da manhã. Pelo caminho, encontrou-se com Dona Trina, que lhe perguntou:

– Padre, se vai comprar lei-te, esqueça. Eu já tentei a loja do Pedro, e na outra esquina, e até na da avenida. Não tem em nenhuma. Isto é o mundial!

Nestes anos, as dimensões do mundial foram se ampliando para Dona Trina, dos confins de seu bairro até incluir a coleção de países de todos os continentes participantes na Copa do Mundo no Brasil. O mundial inclui, agora, o arco-íris de etnias, idiomas e culturas que ela viu desfilar estes dias pela tela de seu televisor.

A expansão das distâncias é um dos sintomas da moder-nidade. Está relacionada com

o desenvolvimento da tecnolo-gia que permitiu atravessá-las em maior velocidade, facili-tando a comunicação entre as culturas, e que desenvolveu a capacidade de produção, tor-nando necessária a expansão das fronteiras comerciais.

As culturas entraram, assim, em diálogo. Os centros urbanos destacaram-se pela pluralidade de estilos de vida e a imagina-ção criativa transbordou frente ao estímulo da diversidade.

A Companhia de Jesus, nascida no início da moderni-dade, não esteve alheia a essas mudanças. Inácio de Loyola autodenominou-se ‘o peregrino’ e a ordem que fundou logo se expandiu aos últimos confins da Terra. Em seu encontro com as outras culturas, os jesuítas leva-ram o princípio de sempre tentar salvar a proposição do próximo.

Hoje as distâncias têm ou-sado romper novas barreiras. Enquanto se expandem pelo uni-verso nas navegações espaciais, encolhem-se, fazendo do mundo um lenço, graças à tecnologia. O espaço virtual transforma nossa maneira de pensar as distâncias. Conhecemos melhor o ator de novelas estrangeiras, que dia-riamente nos visita em nosso lar, do que o nosso vizinho do andar de baixo, cuja porta está perma-nentemente fechada!

De repente, nosso ambiente tem se tornado mundial com a carga da interculturalidade que isso nos impõem. Não somente pela telefonia, pela televisão ou pela internet. Também pela cres-cente frequência de viagens, de

Jorge Cela, SJPresidente da CPAL

turistas ou de migrantes, e pela expansão da economia transna-cional e do comércio internacio-nal. A interculturalidade deixou de ser privilégio de classes ilustra-das e das metrópoles elegantes.

Inácio deu grande importân-cia aos espaços em seu caminho espiritual. Ele convida-nos a con-templar os espaços como se nos encontrássemos presentes nele. A encarnação começa com Deus olhando o mundo, como uma câ-mera, por satélite, que pudesse fazer um zoom até as pessoas concretas do céu, as três divinas pessoas, ou a terra, Maria e o anjo.

Na meditação das duas bandeiras, nos faz cair na con-ta da importância do campo no qual me situo para ver o mundo e tomar partido.

Esse olhar capaz de apro-ximar o horizonte, de integrar distâncias, deu o ímpeto mis-sionário à Companhia, aberto a entender as culturas desde seu contexto e fazer propostas de incorporação dos ritos chine-ses e malabares, ou de vestir o barroco com os aspectos das culturas indígenas da América.

Um mundo cada vez mais globalizado exige-nos um olhar mais universal. Que não perca a proximidade com o pobre, para o qual ainda as distâncias se per-correm a pé, mas que alcance a transpassar fronteiras geográ-ficas e culturais e situar-se nos pontos de encontro das novas culturas com as culturas ances-trais. Um olhar que nos permita ver o mundo para além dos muros que a intolerância e o preconceito levantam nas fronteiras geográ-

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Entre os dias 28 e 31 de maio, foi re-alizado o Fórum Social Pan-Amazônico, em Macapá (AP), com a participação do Pe. Alfredo Ferro, coordenador do pro-jeto Pan-Amazônico da CPAL (Confe-rência dos Provinciais da América Lati-na). Durante o encontro, foram tratados os seguintes eixos temáticos:

• As múltiplas identidades pan-amazônicas.

• Terra, águas, cuidado e desenvolvimento.

• Colonialismo, libertação e paz.

• Educação popular e movimen-tos sociais na Pan-Amazônia.

• As lutas das mulheres na Pan-Amazônia.

• Juventude pan-amazônica.

A abordagem dos temas foi realiza-da por meio de diálogos autogestiona-dos e mesas temáticas em cada um dos eixos. Os assuntos, realidades ou temas que se destacaram e que foram tratados no Fórum, nos dão ideia de quais são as grandes problemáticas da Amazônia e

quais são seus desafios. Entre os quais, estão: a integração latino-americana na perspectiva pan-amazônica; as reivindi-cações dos povos indígenas e suas cul-turas – em especial, a luta pela autono-mia e a defesa de seus direitos e de seu território, incluindo seu planejamento; a perpetuação do modelo colonialista e imperialista; as características do mo-delo civilizatório dominante na proposta extrativista; a proposta alternativa ao desenvolvimento que se expressa em “bem viver”; a consulta prévia e seu de-senvolvimento nos países amazônicos, analisando o que ela implica e como será

FÓRUM SOCIAL PAN-AMAZÔNICO

aplicada nos diversos contextos e rea-lidades locais e nacionais; a emissão de carbono, acompanhada do incentivo aos serviços ambientais por parte das comu-nidades, um assunto em disputa; as lutas e resistências das mulheres, dos negros e dos jovens, desde suas identidades, no contexto pan-amazônico; a comunicação como direito humano; a criminalização dos movimentos sociais; e o papel da academia, nesses processos, que vem sendo muito questionado e que é proble-mático, já que as Ciências Sociais estão relegadas e a investigação é cooptada por grandes empresas e consórcios.

A COMPANHIA DE JESUS NA AMÉRICA LATINA CPAL

Como parte das atividades do Projeto Pan-Amazônico, o Pe. Va-lério Sartor está acompanhando a Fundação Fé e Alegria de Manaus (AM) e auxiliando no processo de

renovação da Coordenação Geral, con-forme pedido do Pe. Adelson Araújo dos Santos, superior da Região Brasil Amazônia (BAM). Atualmente, a FyA AM vem trabalhando com Educação

não formal, atendendo 120 jovens e 150 crianças no contra turno escolar. A Ins-tituição tem atuado ainda com o pro-jeto Geração de Renda, beneficiando 40 adultos. Em 7 de junho passado, os jesuítas Pe. Valério, Esc. Mario Cabal e o Ir. Arquelino dos Santos colaboraram com a equipe pedagógica no Retiro da FyA AM, realizado na Chácara dos Jesuítas D. Luciano Mendes. Foi um momento proveitoso de reflexão, de oração, de partilha e de retomada da trajetória da Instituição. Na parte da tarde, também houve espaço para con-vivência e lazer, desfrutando da natu-reza do lugar. Participaram cerca de 90 jovens, alguns pais e a equipe de educa-dores e colaboradores da FyA AM.

ACOMPANHAMENTO À FUNDAÇÃO FÉ E ALEGRIA

Fonte: PAN-AMAZÔNIA SJ CARTA MENSAL Nº. 4 - Julho 2014

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BRASIL AMAZÔNIA

a companhia de jesus no

JESUÍTAS AMPLIAM TRABALHOS DE EDUCAÇÃO POPULAR NA AMAZÔNIA

O CAC (Centro Al-ternativo de Cultu-ra) promove diversas ações em comunida-des de Belém, no Pará, atendendo a mais de 500 crianças da peri-feria da região metro-politana. Atualmente, o CAC atua em 14 comuni-dades locais.

Em maio, uma roma-ria fluvial, de Belém até a comunidade Cafezal, no município de Barca-rena (PA), foi promovi-da pelo CAC. O objetivo foi inaugurar a cober-tura do galpão onde cerca de 80 crianças participam do projeto PEC (Projeto Educação e Cidadania).

Este ano, o CAC também foi implantado na comunidade Bahia do Sol, na Ilha do Mos-queiro (PA), onde tem atendido mais de 70 crianças. O PEC atua em parceria com as co-munidades e oferece reforço escolar, acom-panhamento pedagógi-co e psicológico, me-renda de qualidade e atividades recreativas e culturais. São ofere-cidos também: acom-panhamento às escolas e atendimento psicos-social às famílias das crianças.

No dia 4 de junho, o CAC realizou o se-minário Círculos de cultura em processos inclusivos na metró-pole, durante a XXVIII Feira Pan Amazônica do Livro, em Belém, maior evento cultural da Região Amazônica. O seminário teve como objetivo discutir a educação popular nos dias de hoje a partir da realidade dos povos da Amazônia e tendo

como referência a peda-gogia de Paulo Freire.

Estudantes e professo-res da área de Educação, além de lideranças comu-nitárias, participaram do evento, coordenado pela Prof.ª Dra. Maria Olinda Pimentel, responsável pela equipe pedagógica do CAC.

Ainda no mês de junho, o CAC lançou sua nova li-nha de atuação, o CAC Ação Saúde, cujo objetivo é trabalhar a questão da

saúde preventiva e sua interação com a educação popular.

No dia 7, a primeira ação da iniciativa aconte-ceu em Belém. Um grupo de 30 profissionais e acadê-micos das áreas de Medici-na, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Enfermagem proporcionou atendimento multidisciplinar a cerca de 80 crianças. Para o segun-do semestre, estão progra-madas mais ações do CAC Ação Saúde.

ATIVIDADES DO CAC: FEIRA DO LIVRO E AÇÃO SAÚDE

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CASA ANCHIETA É INAUGURADA EM MANAUS

A Casa Anchieta, que aco-lherá voluntários da BAM, foi inaugurada no dia 28 de junho, em Manaus (AM). O objetivo da Casa é acolher pessoas que farão uma experiência de convivência fraterna e que trabalharão na animação mis-sionária com os Jesuítas, de acordo com o seu carisma.

Na inauguração, o padre Anselmo Dias fez uma reflexão sobre o evangelho de São João

O Pe. Guillermo Antônio Cardona Grisales, que du-rante 18 anos desenvolveu trabalhos em Manaus (AM), despediu-se da região no dia 23 de junho, durante uma celebração eucarística realizada no Centro Pasto-ral Loyola. A missa foi pre-sidida pelo Pe. Guillermo, na qual se fizeram presentes os jesuítas de Manaus, cola-boradores do CDH e SARES (Serviço de Ação, Reflexão e Educação Social), além de representantes da co-munidade de São Pedro do Tarumã Açú.

1 (35-39)., lembrando que a casa de acolhida dos voluntários é casa de acolhida da partilha, da alegria e da missão. Após esse momento, houve uma partilha em que todos colocaram suas preces e, no final, a Casa foi abençoada com água benta.

Segundo Francilma Grana, a inauguração foi marcada por muita animação, alegria, músi-cas, sorrisos e aplausos. Com direito à serenata, rebatizan-

Pe. Guillermo, em sua ho-milia, relembrou a luta pelos direitos socioambientais e do trabalho de formação em ética e política empreendida no SARES, nos últimos tem-pos. Segundo o jesuíta, é um desafio muito grande lutar contra os interesses corpo-rativos e governamentais, mas já aparecem sinais do Reino na organização comu-nitária, como, por exemplo, na comunidade de São Pedro do Tarumã Açú, que impediu a invasão e ocupação dos madeireiros e dos explora-dores dos recursos minerais.

PADRE GUILLERMO CARDONA SE DESPEDE DE MANAUS

Ao final, Pe. Guillermo agradeceu a todos que, de alguma forma, contribuíram para que ele pudesse realizar a sua missão. O superior da BAM, Pe. Adelson Araújo dos Santos, agradeceu ao jesuíta por sua postura, pois, mesmo não tendo pedido, veio tra-balhar em Manaus. Segundo Pe. Adelson, padre Guillermo “desenvolveu várias ativida-des na região, desde a defesa dos direitos humanos à for-

A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL AMAZÔNIA

No dia 30 de junho, Pe. Guillermo viajou para Santarém (PA), sua nova missão, onde será o superior da co-munidade jesuíta e co-laborará na diocese na Pastoral Social.

MISSÃO EM MARABÁ

No dia 1º de julho, os co-lombianos Jairo Alberto Forero Ardila e Carmen Alicia Amaya Rodríguez viajaram para Ma-rabá (PA), onde irão contribuir, como voluntários, na comu-nidade Nossa Senhora da Paz. Além do voluntariado, o casal conhecerá também as iniciati-vas sociais realizadas na paró-quia Sagrada Família.

O padre Anselmo Dias, diretor do ECOAR (Escritório

de Comunicação e Arreca-dação de Recursos) e coor-denador do programa VO-JAM (Voluntariado Jesuíta na Amazônia) acompanhou o casal na viagem. O jesuíta apresentou Jairo e Carmen aos coordenadores da co-munidade Nossa Senhora da Paz. Os voluntários tam-bém participaram de visitas às dependências do Centro Cultural e Biblioteca Padre Gabriel Malagrida, na comu-nidade de Aparecida.

mação de lideranças, além de colaborar com a formação dos estudantes jesuítas”.

do a mais antiga tradição de cantoria popular da cidade.

Atualmente, cincos leigos voluntários estão na Casa: a chilena Mila Zuñiga Acevedo;

um casal da Espanha, Isabella Alfonso e Fede Gerona Plá;e um casal da Colômbia, Jairo Alberto Forero Ardila e Car-mem Alice Amaya Rodriguez.

Casa Anchieta: um lugar de acolhida dos voluntários

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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL AMAZÔNIA

O padre Ronaldo Co-lavecchio, que completou 80 anos no dia 31 de maio, conta-nos sobre a alegria de fazer o que mais gos-ta: lecionar. Após mais um curso sobre o Evangelho de Mateus, oferecido pelo SIES (Serviço Inaciano de Espiritualidade), ele con-cedeu uma entrevista, na qual falou sobre sua vida de jesuíta missionário na Amazônia.

O jesuíta nasceu em 1934, na cidade de Providence, no estado Rhode Island, nos Estados Unidos. Entre os anos de 1969 a 1981, esteve envolvido com o trabalho de evangelização nos colégios da rede pública da cidade de Salvador (BA). Depois, atuou em Marabá (PA), realizando trabalhos pastorais. Atual-mente, é diretor espiritual do Seminário Arquidiocesano São José, em Manaus (AM). Além disso, ensina o Novo Testamento no ITEPES (Ins-tituto de Teologia Pastoral e Ensino Superior da Amazônia

Como nasceu sua vo-cação para o sacerdócio? Por que o senhor escolheu a Companhia de Jesus? Como foi o início de seus estudos?

Eu sentia certa atração pelo sacerdócio ainda bem jovem, mas não sabia o que era isso. Tinha um intuito de que era uma vocação, mas não falei nada durante anos. Finalmente, conheci um grupo na universida-de onde estudava. Mas a questão dos jesuítas e do-minicanos ficava para ser resolvida. Certo dia, um dos dominicanos me deu um li-vro de Santo Inácio sobre os Exercícios Espirituais. Ele sabia que eu estava pensando nos jesuítas. Li o livro e disse para mim mes-mo: “é isso que eu quero”. Então, decidi entrar no novi-ciado dos jesuítas em 1956. Naquele ano, houve um in-cêndio e nosso noviciado foi totalmente destruído. Nos enviaram para outros

noviciados e foi lá que co-nheci o padre jesuíta Braid, mestre dos noviços. Ele era um homem muito sábio e, assim, eu realmente senti que estava no lugar certo.

Depois de ordenado padre, o senhor veio para o Bra-sil. Como foi sua chegada à Bahia?

Cheguei a Salvador, 15 dias depois da minha ordena-ção para trabalhar na pas-toral. Em 1967, voltei para os EUA para cursar a espe-cialização em Teologia. Fi-quei em Salvador durante 12 anos: de 1969 a 1981.

O senhor trabalhou em muitos lugares em Ma-naus (paróquias, comuni-dades, área missionária) e num tempo em que não havia muitas condições materiais. A Igreja era jo-vem, com muitos missio-nários estrangeiros, como foi esse trabalho?

Eu morava no bairro da Compensa com os padres Albano Ternus e Luciano

Padre Ronaldo Colavecchio e sua atuação na Amazônia

Fozzer. O trabalho era mui-to difícil. O padre Alba-no era o pároco e fundou 13 comunidades. Então, a gente prestava muita atenção. Além disso, des-de que cheguei, comecei a ensinar. Em 1986, co-mecei a ensinar o Novo Testamento no CENESCH (Centro de Estudos do Comportamento Humano), atual ITEPES. Na época, era um tipo de evange-lização popular, do nível das comunidades, onde aprendi, especialmente, observando outros padres a estudar, a fazer parte da vida da comunidade. Aos poucos, você vai co-nhecendo e evangelizando daquela maneira mais liga-da na liturgia. Depois, na parte do estudo, você vai aprofundando os temas. Comecei com os Atos dos Apóstolos e, depois, com os Evangelhos. Foi muito proveitoso aquele período da minha vida. De fato, du-rou até hoje, porque ainda estou dando aulas do Novo Testamento, no contexto acadêmico.

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Como nasceu o desejo e a dedicação para escrever livros que ajudam na com-preensão dos Evangelhos?

Quando entrei na Compa-nhia de Jesus, não tinha muito conhecimento de Cristo, eu queria conhecê--lo mais. Mas acho que a experiência dos retiros, especialmente da segun-da semana, me colocou no caminho, que nunca terminou, de maior conhe-cimento de Jesus. Então, sim, vi que, na explicação, eu tinha que ser sequen-cial, isto é, seguindo o Evangelho passo a passo. E fiz isso muitas vezes. Eu tinha na minha frente tan-

tas anotações: ninguém podia ler, somente eu, pois eram rabiscos terríveis, mas eu estava ensinando no CENESCH, atual ITE-PES, nos anos 1980. Even-tualmente, quando vi, ti-nha uma pilha de papel. Eu lembro que comecei a ten-tar colocar isso tudo no computador no início de 1991. Aí, surgiu o primeiro Livro: O Caminho do filho de Deus. E, depois, mais três Evangelhos. Cada vez mais eu me envolvia e en-sinava. Eu considerava o curso um êxito, quando terminava, a turma tinha uma experiência muito viva de testemunhar a mi-sericórdia de Deus.

O que é ser missionário hoje?

Para ser missionário, é preci-so ter muita fé. Tem que ter uma fé que apresenta a pes-soa de Jesus Cristo a você, mas que você nunca vai co-nhecer exaustivamente. Você vai conhecendo-o sempre mais. E, nesse conhecimento, vai descobrindo essa amiza-de. Voltando para nós, essa oferta da amizade é realizar a vocação de cristão primordial. Essa vocação consiste em entrar na comunhão de Jesus com o Pai. É exatamente isso que o Senhor possibilita para nós, e então, nesse sentido, o missionário evangelizador tem que experimentar o que ele está falando. A melhor maneira de experimentar o que eu tento passar para os alunos é ver a pessoa de Jesus do início até o fim de um evan-gelho. Segue todo o desen-volvimento, toda a revelação da pessoa de Jesus para o Pai, toda dinâmica do ciclo fecha-do ao redor de Jesus, porque nem o povo, nem os discípu-los, e muito menos os líderes, o entendem e o aceitam. Jesus vai até a prioridade da pessoa, que o mundo não entende, e o desfecho é o mistério pascal,

CALENDÁRIOBAM

Agenda doSuperior Regional

8 a 28 de julhoTrabalho na cúria regional Manaus (AM)

28 a 30 de julho Viagem a Santarém (PA)

30 de julho a 09 de agosto Posse do Pe. João Pedro Cornado como novo pároco em Marabá – Marabá (PA)

10 a 16 de agostoVários eventos da BRA, em Indaiatuba (SP)

mas sempre é Jesus, é a pre-sença imediata a nós do reino de Deus, na sua misericórdia e na oferta da participação também para nós.

Como o senhor se sente ao completar 80 anos de vida?

Eu me sinto agradecido a Deus. Eu vivi, em Manaus, a maior parte da minha vida, inclusive mais que em minha cidade na-tal. Vivi aqui porque o trabalho estava aqui, com estes grupos de jovens de que gosto muito, dos futuros padres e religio-sos, e de alguns leigos e grupos que são muito bonitos e que procuram também conhecer mais profundamente a Deus e aos Evangelhos.

A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL AMAZÔNIA

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BRASIL CENTRO-LESTE

a companhia de jesus no

PROJETOS DE ALUNOS DA ETEPARTICIPAM DE MOSTRA

Três projetos de alu-nos da ETE FMC marcaram presença na 13ª edição da Mostra Algar Inovação, em Uberlândia (MG), nos dias 10 e 11 de junho. Aberto ao público e com entrada fran-ca, o evento expôs, aproxi-madamente, 50 projetos das empresas do Grupo Algar, além de palestras e oficinas, para incentivar in-vestimentos em inovação. Este foi o primeiro ano em que a instituição jesuíta participou da mostra.

“Profissionais do Gru-po Algar, em visita a Pro-JETE (Feira de Projetos Futuristas da ETE FMC), no ano passado, ficaram empolgados com as solu-ções desenvolvidas pelos alunos e com todo o tra-balho que a instituição faz para estimular a inovação e o empreendedorismo. Os objetivos da visita foram apresentar nossos talen-tos e estreitar relações en-tre as instituições”, explica o professor Fábio Teixeira, coordenador da ProjETE.

A ETE teve um espaço dedicado para apresen-tação de seus projetos e de sua história. Para a instituição e seus alunos, a importância dessa par-ticipação foi a integração empresa-escola. “Os alu-nos tiveram a oportuni-dade de conversar e ex-

plicar seus projetos para profissionais e executivos de diversos setores, além disso, trouxeram novos conhecimentos e ideias para si e para a escola”, fi-naliza Teixeira.

DRUGGIST DISPENSER

Aplicativo que controla a li-beração de medicamentos em hospitais, para tablet (por meio de touch-screen) com sistema operacional Android.

Alunos: Elen Cristina de Oliveira Salustiano, Francine Cássia Machado Fonseca, Giovana Floriano da Costa, Guilherme da Silva Vilela de Almeida.

AVALIADOR POSTURAL

Equipamento que moni-tora a postura do pacien-te durante sessões de fi-sioterapia.

Alunos: Adriene Zilda Corrêa Magalhães, Ana Beatriz Simoes Fontana, Luís Guilherme de Freitas Sousa e Pedro Paulo de Sousa Lima

ROBÔ DE EDUCAÇÃO HOSPITALAR

Robô que interage com crianças hospitalizadas, por meio de jogos educativos.

Alunos: Alessandra Carolina Domiciano, Ingrid Alves de Paiva Barbosa, Jaíne Cássia Fonseca Amaral e Pedro Manoel César Moreira.

PROJETOS DA ETE FMC NA 13ª MOSTRA ALGAR INOVAÇÃO

A escola também este-ve representada institucio-nalmente. “A ETE mostrou o pioneirismo e a inovação que marcam sua história, bem como toda a inovação desenvolvida no Vale da

Eletrônica”, complementa Wanderson Saldanha, co-ordenador do Centro de Desenvolvimento e Negó-cios da ETE (CEDEN), que acompanhou os alunos na mostra.

13ª edição da Mostra Algar Inovação reuniu cerca de 50 projetos em Uberlândia (MG)

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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL CENTRO-LESTE

GIOVANE PARTICIPADE ENCONTRO NOCOLÉGIO DOS JESUÍTAS

EX-ALUNOS DO SANTO INÁCIO SÃO SELECIONADOS POR INSTITUIÇÕES DOS EUA

O ex-jogador de vôlei e ex-aluno do Colégio dos Jesuítas (MG), Giovane Fari-nazzo Gávio, proferiu uma palestra moti-vacional para os alunos da 2ª e 3ª séries do Ensino Médio, em 18 de junho, com o título A Glória é Fruto do Trabalho.

No encontro, o atleta relembrou diver-sos momentos de sua trajetória pessoal e profissional, entre eles, os primeiros contatos com o esporte. No Colégio, ele praticou judô, atletismo e vôlei, espor-te no qual ganhou destaque. O ex-aluno ressaltou a importância dos professores de Educação Física e de treinadores com quem trabalhou ao longo de sua carreira.

Giovane partilhou com os estudantes alguns acontecimentos de sua vida, mar-

cada por grande esforço, trabalho inten-so e superação. “As dificuldades serviram para eu crescer e reconhecer que muitas das coisas de que precisamos estão den-tro de nós!”, comentou o atleta, que ven-ceu muitos desafios antes de se tornar bicampeão olímpico, campeão mundial e tricampeão da Liga Mundial, entre ou-tros títulos e prêmios conquistados nas mais de 400 partidas oficiais disputadas pela Seleção Brasileira de Vôlei.

Diante de uma plateia atenta a suas histórias, o ex-jogador reforçou a ideia de que “o importante não é o que temos, mas o que fazemos com o que temos” e, assim, cada um deve tentar alcançar o seu máximo sempre, não deixando espa-ço para acomodação. Desse modo, com suas palavras, o ex-aluno do Colégio dos Jesuítas evidenciou o magis inaciano.

No final do encontro, Giovane sur-preendeu todos ao anunciar a doação ao Colégio dos Jesuítas de sua primeira me-dalha olímpica, conquistada em 1992, na cidade de Barcelona, Espanha.

Os ex-alunos do Colégio Santo Iná-cio (RJ), Arthur Melo Cruz e Ingrid Glitz, foram aprovados por duas das mais re-conhecidas instituições americanas. A Penn State, Universidade Estadual da Pensilvânia, e a Universidade de Geor-getown, em Washington. Os jovens já co-meçaram a providenciar a mudança para os Estados Unidos. Arthur cursará En-genharia Aeroespacial e Ingrid pretende estudar Relações Internacionais.

Aluno ‘nota dez’ durante toda a traje-tória escolar, Arthur conta que 1 em cada 50 engenheiros nos Estados Unidos fez graduação na Penn State. Embora tenha passado em 1º lugar em Engenharia para a PUC-Rio e esteja, no momento, acom-panhando as aulas do primeiro período de Engenharia Mecânica na UFRJ (Uni-versidade Federal do Rio de Janeiro), o estudante optou pela instituição norte-

-americana. “É muito difícil conseguir uma vaga na Penn, que só destina 15% de suas vagas aos alunos estrangeiros. Que-ro ir para lá por uma questão de mercado. Aqui, só temos a Embraer”, conta o jovem.

Ao Colégio Santo Inácio, Arthur cre-dita a solidez na formação pessoal e na bagagem de conhecimentos adquiridos: “O que mais me marcou, ao longo desses anos, foi a ênfase dada igualmente a to-das as matérias. Além da excelência dos professores, existe uma comunicação in-terdisciplinar que dá ao aluno uma visão global do conhecimento, o que é muito di-ferente dos cursos pré-vestibulares que só preparam para determinadas áreas”.

Ingrid Glitz, que esteve envolvida em diferentes projetos no Colégio, tendo sido secretária-geral da ONU Colegial e presidente do Grêmio, viveu a experiên-cia de estudar, por breves períodos, no

exterior, quando ganhou bolsas do Ins-tituto Goethe para a Alemanha, e do jor-nal O Globo para uma semana de inglês intensivo em Nova Iorque. Em 2013, ela ainda participou da Semana de Estudos da ONU em Genebra, na Suíça. Este ano, teve a notícia de que fora selecionada para a Universidade de Georgetown, em Washington, mas ainda não sabe se po-derá fazer o curso, já que não conseguiu bolsa de estudos.

“Os custos de uma universidade no exterior são muito altos. Para completar o que necessito, estou recebendo contri-buições de amigos até por depósito em site da internet. Meu desejo é trabalhar para organizações internacionais e sei que em Georgetown está o melhor dos cursos”, diz Ingrid, também aprovada para Direito na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e na PUC-Rio.

Ex-jogador de vôlei e ex-aluno da instituição em palestra no Colégio dos Jesuítas

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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL CENTRO-LESTE

FEI ORGANIZA COPA DO MUNDO DE FUTEBOL DE ROBÔS NO BRASIL

5ª EDIÇÃO DO FÓRUM INACIANODE JOVENS EM BELO HORIZONTE

A Copa do Mundo de Futebol terminou. Então, saem os jogadores e en-tram em campo os robôs: a RoboCup, maior evento internacional de robótica, será realizada pela pri-meira vez no Brasil. Orga-nizada pela FEI (SP), em parceria com a Sociedade Brasileira de Computação, a UNESP (Universidade Estadual Paulista) e o Go-verno do Estado da Para-íba, a competição reunirá 400 equipes de 45 países, de 19 a 25 de julho, em João Pessoa (PB).

A expectativa é que o evento receba mais de 3 mil participantes e, aproxima-damente, 60 mil visitantes. A competição divide-se em quatro áreas: RoboCup Soc-cer, RoboCup Rescue, Robo-Cup Home e RoboCup Junior.

Entre as equipes bra-sileiras, a FEI se destaca

Entre os dias 15 e 17 de agosto de 2014, jovens ina-cianos estarão reunidos no 5º Fórum Inaciano de Jo-vens, no Colégio Loyola, em Belo Horizonte (MG). Com o objetivo de reunir a juven-tude que vive a espirituali-dade inaciana e debater sobre a cultura juvenil nas redes sociais, o tema do

pela participação na Ro-boCup Soccer com dois ti-mes, nas categorias Small Size e Humanoide. A equi-pe Small Size é tetracam-peã nacional e bicampeã latino-americana. Na cate-goria Humanoide, o Brasil será representado pela primeira vez pela equipe da instituição.

evento é Ver, Curtir e Com-partilhar nas Redes Sociais Reais – Por uma mística de olhos abertos.

Realizado a cada dois anos e de forma itineran-te, o Fórum Inaciano de Jovens é promovido pela Rede Inaciana da regional Belo Horizonte, Montes Claros e Santa Luzia. O

encontro tem como intuito reunir a juventude que vive a espiritualidade inaciana.

FOMENTO À ROBÓTICA

O Centro Universitário da FEI é referência nacio-nal na área de robótica. Além de desenvolver pes-quisas e projetos impor-tantes na área, organiza

e sedia competições estu-dantis, como a Olimpíada de Robótica – OBR. Volta-da a estudantes de Ensino Médio e Fundamental, a edição de 2014 bateu re-corde de inscrições para as etapas Regionais.

Pela primeira vez, Brasil sediará a RoboCup, maior evento internacional de robótica

Conheça mais sobre a competição em www.robocup2014.org

Para participar, é preci-so ter entre 15 e 29 anos. Os interessados podem entrar em contato com a Rede Inaciana pelo e-mail:[email protected]

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CAJU PROMOVE CAMINHADA INACIANA

ROLEZINHO DO BEM EM BH

A Casa da Juventude Padre Burnier, em parceria com o Centro Loyola de Goiânia, promoveu a Caminhada Inaciana – Cami-nhando com Anchieta, em 8 de junho. O gru-po saiu da Paróquia Santa Genoveva e cami-nhou 15 quilômetros até a Chácara Santiago, na Vila Matinha, em direção ao município Bonfinópolis (GO). A peregrinação teve por objetivo comemorar o Dia de São José de

Anchieta, celebrado em 9 de junho.A Caminhada Inaciana transpassa o

objetivo da prática esportiva. É, principal-mente, um momento de exercitar e alimen-tar a alma com oração. Assim, com duas paradas, os participantes puderam viven-ciar um tema relacionado à espiritualidade Inaciana. As reflexões que foram feitas ser-viram de guia para a meditação silenciosa.

Durante o percurso, esteve presente ainda a Relíquia de São José de Anchieta.

Para a Irmã Maria Eunice, a peregri-nação foi especial, pois aconteceu no Dia de Pentecostes. “Senti um impulso de participar da caminhada. Fez muito bem para mim”, diz a religiosa. Ela ainda refor-ça que a experiência alimenta o lado físi-co e o espiritual, pois, além de refletir e rezar, ainda é possível exercitar o corpo.

O casal Mara Carriel e José Carriel também gostou da peregrinação. Para eles, o momento foi ideal para meditar sobre as dificuldades, sentir paz interior e um encontro individual com a oração. “Tive a oportunidade de refletir sobre como superar e enfrentar as situações adversas que a vida apresenta”, conta Mara. José destaca que “foi gratificante estar com pessoas que, assim como ele, sentem a presença de Deus”.

Ao final da caminhada, na chegada à Chácara Santiago, houve um tempo para partilhar a experiência durante a missa. Em seguida, foi servido um al-moço para o grupo.

Na manhã de 15 de junho, dia da Festa da Santíssima Trindade, em comunhão e em união de corações, mais de 50 jovens das di-versas comunidades da Paróquia São Fran-cisco Xavier, em Belo Horizonte (MG), partici-param do Rolezinho do Bem. Após receber a benção e o envio do padre Roberto Donizeti, os jovens, com muita alegria e bom humor, vi-sitaram dezenas de casas e recolheram mais de 200kg de alimentos que serão distribuí-dos às famílias atendidas pelos Vicentinos.

Para Sâmyra de Oliveira, 18 anos, o Ro-lezinho do Bem foi uma experiência muito boa e proveitosa. “Tivemos a interação dos jovens da Paróquia e também com os mo-radores. Com esse contato, a gente pode ver que, mesmo aquelas famílias que têm pouco, ainda assim ajudaram. Percebemos que não são todas as pessoas que apenas falam que temos que ajudar o próximo, mas que também ajudam da forma que podem, sem serem obrigadas a nada, mas pela

vontade e bondade em seus corações. Aju-dar ao próximo é acima de tudo um ato de amor e um gesto de solidariedade. Se cada pessoa tivesse esse propósito, mesmo que a ajuda fosse pequena, talvez até com um Bom Dia, acredito que o mundo seria bem melhor e mais harmonioso. Para mim, os gestos e detalhes mais simples são os que têm mais impacto e os que fazem maior diferença na vida das pessoas”, diz Sâmyra.

O Rolezinho do Bem é uma ação que tem como objetivo possibilitar a criação de redes sociais reais, de modo que os jovens, olhando para a sua realidade de forma crí-tica, possam colocar seus dons a serviço e ajudar a construir um mundo melhor. Nos próximos meses, acontecerão outras ativi-dades promovidas pelos estudantes jesuí-tas em colaboração com a rede inaciana e com as paróquias da Companhia de Jesus, proporcionando aos jovens maior aprofun-damento na fé e na vivência cristã.

A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL CENTRO-LESTE

CALENDÁRIO BRC

10 de agostoConsulta da ProvínciaIndaiatuba (SP)

11 de agostoReunião com o ConselhoNacional para a MissãoIndaiatuba (SP)

12 a 13 de agosto1ª Assembleia da BRAIndaiatuba (SP)

14 e 15 de agostoConsulta Ampliada da BRA Indaiatuba (SP)

16 de agosto Consulta extraordinária da BRA – Indaiatuba (SP)

A peregrinação celebrou o Dia de São José de Anchieta

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Em 7 de junho, a presi-dente da República, Dilma Rousseff, esteve na Unisi-nos para conhecer a HT Mi-cron, empresa instalada no campus de São Leopoldo (RS) e considerada a maior produtora de encapsula-mento e testes de semicon-dutores da América Latina. Quando estiver no auge de sua produção, a fábrica, que faz parte do Tecnosi-nos – Parque Tecnológico da Universidade, terá ca-pacidade para produzir até 360 milhões de chips por ano e poderá gerar cerca de 800 empregos diretos.

Na cerimônia, além da presidente da República, estavam presentes o reitor

da Unisinos, padre Marce-lo Fernandes de Aquino, o presidente da HT Micron, Ricardo Felizzola, o pre-sidente do Conselho de Administração da Hana Mi-cron, Chang Ho Choi, o go-vernador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, o ex-go-vernador do Estado, Olívio Dutra, além de autoridades municipais e ministros.

Logo após a execução do Hino Nacional, sob a regência do maestro da Or-questra Unisinos, Evandro Matté, o prefeito de São Leopoldo, Anibal Moacir, foi o primeiro a discursar. “Trabalhar em parceria é a melhor coisa do mundo, parceria com universida-

des, indústria e governo. Estamos tornando São Leopoldo uma cidade tec-nológica, mas também que-remos ser referência em saúde, por isso, peço que a presidente olhe com ca-rinho para o pedido de um curso de Medicina para o município”, destacou.

O reitor da Unisinos, pa-dre Marcelo Fernandes de Aquino, abordou a relação entre iniciativa privada, poder público e universi-dade na geração de conhe-cimento e inovação para o mercado. “A inauguração da HT Micron celebra um caso bem sucedido de parceria e colaboração, com grande variedade de atores e pro-

BRASIL MERIDIONAL

a companhia de jesus no

DILMA ROUSSEFF INAUGURA EMPRESA HT MICRON NA UNISINOS

tagonistas, do Brasil e da Coreia do Sul. Essa arqui-tetura de relações institu-cionais entre os poderes públicos, o setor empresa-rial e a Unisinos é uma das características mais im-portantes do Parque Tec-nológico de São Leopoldo, Tecnosinos”, ressaltou.

Depois, foi a vez de Chang Ho Choi, que iniciou sua exposição pronuncian-do algumas palavras em português. Em seguida, continuou, em coreano, enfatizando a importân-cia dada pela presidente à área tecnológica. “Nesses quatro anos, pude sentir seu interesse e paixão pela indústria de semicondu-

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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL MERIDIONAL

tores, através de diversos programas de apoio a esses projetos”, lembrou o repre-sentante da Hana Micron.

“O Brasil é hoje o tercei-ro maior produtor de semi-condutores, o que garante uma posição importante do mercado. Vamos crescer, alavancados por essa opor-tunidade, com o objetivo de nos tornarmos líderes na área”, enfatizou Felizzola, ao expor dados da produ-

ção da empresa. O empre-sário apresentou questões sobre inovação e afirmou que, para que o fenômeno ocorra, é necessário um ambiente propício, em que haja capital humano, conhe-cimento acumulado, meca-nismos de financiamento, espírito empreendedor e infraestrutura tecnológica. “Estar aqui nos irmana com a Unisinos. No Tecnosinos, o conhecimento vai ser culti-

Durante a visita à Uni-sinos, Dilma Rousseff des-tacou a representatividade da instituição no Programa Ciência Sem Fronteiras. “A Unisinos é uma das uni-versidades que mais man-da alunos para estudar no

exterior por meio dessa ini-ciativa. São 217 bolsas con-cedidas, tendo 17 países como destino. As universi-dades mais procuradas são da Coreia do Sul, do Reino Unido e dos Estados Uni-dos”, ressaltou.

DESTAQUE AO CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS

vado e vai gerar ainda mais inovação”, finalizou.

O governador Tarso Genro destacou a impor-tância da sinergia envolvi-da durante todo o projeto. “Quero fazer um agradeci-mento a três pessoas, sem as quais não seria possível esse enlace tecnológico, ca-paz de colocar o nosso es-tado num patamar superior. Ao Felizzola, ao senhor Choi e ao reitor, padre Marcelo, parabéns a todos”, finalizou.

Após descerrar a placa de inauguração da fábrica, a presidente fez seu discur-so. “Fico muito feliz de estar aqui no Rio Grande do Sul, diante deste projeto que hoje é uma realidade. Aqui, nós temos a boa parceria entre uma empresa brasilei-ra e uma empresa coreana, a HT Micron reflete isso. E a parceria entre distintos níveis de governo, como o estado e o município. Esse empreendimento é bastan-te significativo, 10 mil me-tros quadrados aqui dentro da Unisinos, refletindo outra parceria, entre a universida-de e a empresa”, observou.

“Teremos aqui, certa-mente, um processo rico e diversificado e continua-remos apoiando a relação entre o Brasil e a Coreia do Sul e entre empresas e ins-tituições de pesquisa. A ex-periência entre a Unisinos e a HT Micron é o caminho para dar o salto tecnológico necessário para a inovação”, concluiu a presidente. Ao final da cerimônia de inau-guração, Dilma posou para fotos junto aos estudantes que participaram do Progra-ma Ciências Sem Fronteiras.

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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL MERIDIONAL

A Associação Antônio Vieira (ASAV), por meio da Agência Implementadora do Programa Brasileiro de Reassentamento Solidário de Refugiados, participou da 1ª COMIGRAR (Conferência Nacional sobre Migrações e Refúgio), em São Paulo (SP), de 30 de maio a 1º de junho.

O evento, promovido pela Secretaria Nacional de Justiça e pelo Departamento de Estrangeiros do Ministério da Justiça, começou a ser preparado no final de 2013, com o apoio estratégico da sociedade civil, mobilizada pelo Comitê de Acompa-nhamento da Sociedade Civil (CASC).

Formado por meio de uma resolução normativa específica, o CASC é composto por 16 instituições que atuam no serviço de atenção a Migrantes e Refugiados no Brasil. Entre elas, está a Agência ASAV, presente desde o início da organização da Confe-rência. Coube à ASAV a tarefa de fazer a articulação local para a realização das pré--conferências livres, municipais e estadual.

A Conferência Municipal de Caxias do Sul destacou-se pelo maior número de participantes, somando 372 pessoas. Da mesma forma, no Rio Grande do Sul, ocorreu a Conferência Estadual que re-gistrou o maior número de propostas: foram 91 inscrições na plataforma digital da conferência. A coordenadora da Agên-cia, Karin Wapechowski, aponta como momento importante a premiação do Programa de Reassentamento Solidário, na Feira de Boas Práticas, realizada em

paralelo à Conferência, reunindo 15 proje-tos voltados aos temas. “Durante a Feira, foi possível realizar, entre os expositores, trocas de experiências e também acordos de cooperação. Lá, firmamos acordo com uma instituição psicanalítica de Florianó-polis (SC), já visualizando a ampliação do Programa de Reassentamento de Refu-giados naquele Estado”, explica Karin.

O trabalho realizado pela ASAV rece-beu importante destaque ao final do pro-nunciamento do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que premiava três pro-jetos expostos na Feira de Boas Práticas: o Programa de Reassentamento Solidário recebeu o Prêmio Simone Borges Felipe, um reconhecimento à luta pelos direitos e pela proteção dos refugiados no Rio Grande do Sul, assim como pelo trabalho de sensibilização e incidência que a ASAV realiza nos diversos segmentos em que atua. “Trouxemos na mala duas lindas pla-cas contendo o nome da ASAV e a alegria pelo reconhecimento do nosso trabalho. Incluídas na bagagem, vieram também um tanto a mais de responsabilidade e com-promisso pela causa do refúgio e pelo que ainda temos que realizar. A 1ª COMIGRAR é só o começo”, comemora Karin.

O evento teve a marca da mobilização, da participação da sociedade civil e, princi-palmente, da representação de migrantes oriundos de 32 países. “Voltamos para casa de baterias carregadas de esperança, acre-ditando que contribuímos com o objetivo

ASSOCIAÇÃO ANTÔNIO VIEIRA É PREMIADA NA 1ª COMIGRAR

maior desse encontro, fornecendo insu-mos para que o Estado Brasileiro desen-volva uma política e um plano de ação que respeite os direitos e a diversidade das várias populações em deslocamento que chegam ao Brasil”, declara Karin.

Com a visibilidade dos prêmios do Programa e da ASAV, as demandas ten-dem a aumentar. A expansão do Programa de Reassentamento já é uma realidade. Segundo Karin, “o Estado Brasileiro e o ACNUR já contam com a ASAV para o aco-lhimento de refugiados extrarregionais e com o aumento do número de núcleos familiares de nacionalidade colombiana. Temos muito trabalho pela frente e esta-mos bem motivados para isso”.

8ª ROMARIA DO PADRE REUSCom o intuito de renovar a fé no padre

João Batista Reus, fiéis participaram da 8ª Ro-maria do sacerdote no domingo, 13 de julho, em São Leopoldo. Natural da Alemanha, o jesuíta e professor atuou na cidade até 1947, ano de sua morte. Desde então, é considerado santo milagroso. A peregrinação é realizada todos os anos até o Santuário Sagrado Coração de Jesus, onde está localizado o túmulo de Reus.

A caminhada teve concentração a partir das 9h, na Igreja Nossa Senhora da Conceição, na Praça Tiradentes, no centro da cidade. Os devotos percorreram as ruas 1º de Março, Frederico Wonfenbuttel e Theodomiro Porto da Fonseca, entoan-do orações e hinos. O encontro final acon-teceu diante do túmulo do padre, onde foi realizada missa.

Karin Wapechowski, coordenadora do Programa de Reassentamento Solidário de Refugiados da ASAV

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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL MERIDIONAL

CALENDÁRIO BRM

1º a 9 de agosto | Visita à Re-sidência Nossa Senhora Me-dianeira – Curitiba (PR)

10 a 16 de agosto | Compro-missos referentes à BRAIndaiatuba (SP)

18 de agosto | Reunião ASAV Porto Alegre (RS)

19 a 22 de agosto | 2ª As-sembleia das Mantenedoras da BRA – Rio de Janeiro (RJ)

CATARINENSE CELEBRA SÃO LUIZ GONZAGA E REFLETE TRABALHO SOCIAL

Em 13 de junho, foi realizado o 3º Fó-rum de Jovens Inacianos e a celebração do dia de São Luiz Gonzaga, no Colégio Ca-tarinense (SC). As iniciativas visam des-tacar e promover o protagonismo juvenil, despertando os alunos para a importância da espiritualidade, da solidariedade e do voluntariado.

As festividades de São Luiz Gon-zaga, padroeiro da juventude, são re-alizadas pela Pastoral do Colégio Ca-tarinense, desde 2011, com objetivo de propagar o exemplo de vida do santo e estimular a juventude na promoção de um mundo novo. Já o Fórum de Jovens Inacianos teve como tema Jovens cons-truindo um mundo novo, além do lema São Luiz Gonzaga, ontem e hoje, inspi-rando a juventude.

“A preocupação do Colégio Catari-nense não é só transmitir conhecimento e trabalhar à dimensão intelectual do alu-no. Buscamos a formação na sua plenitu-de, o aluno e a aluna como ser integral. Trabalhamos o seu afeto, a sua espiritua-lidade, o seu compromisso, a sua cidada-nia e a sua relação com os demais. Isso é ser estudante inaciano, isso é pertencer a uma escola jesuíta da Companhia de Jesus”, destaca o professor Afonso Luiz Silva, diretor-geral do colégio.

Entre as várias atividades, o Fórum con-tou com a presença do músico e pai de aluno, Gazú, da banda Dazaranha, que realizou um pocket show nos intervalos do evento. Ele destaca a orientação do Colégio Catarinense aos alunos sobre o trabalho voluntário: “Fico muito feliz de ver essa galerinha consciente,

Igreja São José: missas em alemão aolongo da Copa

Durante a Copa do Mundo, as paró-quias de Porto Alegre (RS) prepararam--se para receber fiéis de diversas partes do mundo. A Igreja São José, localizada na região central e histórica da capital, foi uma das que recepcionou os estran-geiros nesse período. Por isso, entre 1º de junho e 13 de julho, foram rezadas mis-sas em alemão todos os domingos, às 9h.

trabalhando com sinceridade, com vontade e com o coração. A iniciativa do Catarinense, além de outras atividades que acontecem aqui e do ensino de qualidade, sempre é man-ter essa essência em fazer o bem”.

Por meio do exemplo de São Luiz Gon-zaga, patrono dos jovens cristãos e dos estudantes, o Fórum possibilita reflexões sobre valores evangélicos e inacianos, promovendo também a participação e o envolvimento dos alunos em projetos so-ciais e voluntários. “Nós temos um grupo que trabalha com idosos, fazendo visitas ao asilo, entre outras atividades. Creio que essas iniciativas façam com que, de fato, vá se moldando um coração com-passivo nos alunos, diferente do mundo em que vivemos atualmente. O trabalho com juventude hoje se dá quando o jovem é desafiado. O desafio é o melhor meio de desenvolver um trabalho efetivo com o jo-vem”, reflete o jesuíta Luiz Carlos Campos.

Além de propor o aprofundamento da vivência da solidariedade cristã, a atividade do voluntariado permite a re-flexão sobre as causas e os modelos de superação dos desafios urbanos, assim como sobre a realidade do campo.

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33I N F O R M AT I V O D O S J E S U Í TA S D O B R A S I L

BRASIL NORDESTE

a companhia de jesus no

ALUNOS DA UNICAP DESENVOLVEM APLICATIVO “ÔNIBUS PARA TODOS”

Supervisionados pelo professor Sérgio Murilo, alunos do 5º período de Ciência da Computação da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) de-senvolveram um aplicativo para facilitar a vida das pes-soas que utilizam o trans-porte público e sofrem com algum tipo de deficiência visual. “Essa é uma ativida-de prática. É uma forma de estimular os alunos, insti-gando a criatividade deles”, afirma o professor.

A plataforma serve tanto para pessoas que têm deficiência visual to-tal como para aqueles in-divíduos que apresentam problemas de vista parcial.

Os alunos já simularam, em maquete, o funciona-mento da plataforma. O

protótipo interage com o indivíduo, informando o número ou nome do ônibus desejado. Além disso, ele está sempre orientando

O documentário Tuba-rão, produzido pelo asses-sor cultural da Universida-de Católica de Pernambuco (Unicap), Léo Tabosa, foi selecionado para partici-par de mais três festivais: 7º Festival de Cinema de Triunfo(PE), 12º Vancouver Latin American Film Festi-val (Canadá) e 12º Brazilian Film Festival of New York

(Estados Unidos). O filme foi um dos mais premia-dos do Festival Audiovisual Cine PE, conquistando as categorias de Melhor Filme, Direção, Direção de Foto-grafia e Melhor Filme pelo Júri da Crítica (Abranccine).

Outra produção de Leo Tabosa, Retratos, feito em co-autoria com Rafael Ne-grão, será destaque no oitavo

onde o veículo está e quan-do está se aproximando do passageiro. O diferencial desse software é que tudo pode ser feito através de

um único toque e toda in-teração é feita por voz. Em outros aplicativos existen-tes, é necessário verificar uma lista.

episódio do programa Cine-ma em Outras Cores, apre-sentado pelo deputado Jean Wyllys no Canal Brasil. O documentário é fruto do tra-balho de conclusão do curso de Jornalismo da Unicap, que teve como orientador o pro-fessor Alexandre Figueirôa.

“Foi com muita alegria que recebemos o convite do Canal Brasil. Retratos é um trabalho que legitima a excelente qualidade aca-dêmica do curso de Jorna-

lismo da Unicap”, comenta Leo Tabosa.

Retratos conta a história de seis travestis que desem-penham atividades profis-sionais desvinculadas da prostituição no estado de Pernambuco. O vídeo mos-tra como a vida de cada um deles pode ser tão comum quanto a de qualquer outra pessoa. O filme nasceu de uma pesquisa realizada pe-los diretores quando cursa-vam Jornalismo na Unicap.

FILME DE ASSESSOR CULTURAL DA UNICAPSELECIONADO PARA FESTIVAIS NOS EUA E CANADÁ

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A Igreja de Santo Antônio da Barra, em Salvador (BA), proporcio-nou ao povo baiano, mais uma vez, momentos de extrema emoção ce-lebrando a memória do seu padro-eiro. Refletimos nas noites da Tre-zena como podemos viver a Alegria do Evangelho de Jesus por meio da figura de Santo Antônio.

Desde o primeiro dia de nossa Trezena até o último, a presença do Espírito Santo nos guiava. As pes-soas que acorreram à nossa Igreja, neste período, eram acolhidas com alegria e simplicidade. Durante as treze noites de festa, nós viven-ciamos momentos de arte, oração, beleza, devoção e festa. Grupos culturais, corais, padres de diversas paróquias de Salvador, movimentos e pastorais de inspiração inacia-na embelezaram e enriqueceram nossa Trezena. O Arcebispo metro-politano, Dom Murilo Krierger, se fez presente durante os festejos, oportunidade em que crismou uma de nossas fiéis. A procissão de San-

to Antônio da Barra e o grande dia da Festa, 13 de Junho, foram os mo-mentos mais fortes e expressivos, manifestando toda nossa devoção e carinho a nosso Santo Padroeiro.

Nesses treze dias de oração e congraçamento, após as celebra-ções de cada noite, uma pequena quermesse era oferecida aos pre-sentes com barracas de Santos, de comidas típicas, brechó, entre outras atividades. E não faltaram as brincadeiras juninas que alegra-vam o coração de crianças, jovens e adultos. A Igreja sempre lotada de fiéis era um sinal claro da ale-gria compartida entre os devotos de Santo Antônio, que buscam co-nhecer a Jesus através da figura do Santo lisboeta.

Todos os ministros de Eucaris-tia da Igreja estiveram presentes para atender o grande público e não mediram esforços para fazer uma grande festa religiosa, que culmi-nou no dia 13 de junho, quando oito missas foram celebradas.

Festa de Santo Antônio pardoeiro em SalvadorRenato Geraldo Evangelista SallesMembro do Conselho da Igreja de Santo Antônio da Barra

A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL NORDESTE

ALUNO DO DIOCESANO É PREMIADO EM CONCURSO

Com a redação Unidos pela bola em nome da Paz, Lucas Felipe Batis-ta Rêgo, aluno do 4º ano do Ensino Fundamental do Colégio Diocesano, ganhou o 2º lugar na categoria Reda-ção, modalidade escola privada, nível II (do 3º ao 5º ano/EF) do IX Concurso Jovens Escritores, promovido pelo sistema O Dia de Comunicação.

Nesta edição do concurso, tema abordado pelos estudantes foi A Copa do Mundo no Brasil. A premia-ção dos 13 ganhadores aconteceu no dia 8 de junho. Para Lucas Felipe, a sua participação foi incentivada pela família e por sua professora de Por-tuguês, Lana Christina. “Ela me falou que eu deveria me inscrever porque tinha muita chance. Sinto-me feliz de ter seguido esse conselho e feito um texto premiado logo no meu primeiro concurso”, comemora.

Lucas Felipe Batista Rêgo é aluno do 4º ano do Ensino Fundamental

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COLÉGIO ANTÔNIO VIEIRA INAUGURA NOVO LABORATÓRIO DE QUÍMICA

No dia 9 de julho, foi inaugurado o novo labo-ratório de Química do Co-légio Antônio Vieira, em Salvador (BA). O espaço foi reformado e apresen-tado aos líderes e vice--líderes das turmas do Ensino Médio (EM), com novos equipamentos e com infraestrutura mais ampla, para favorecer o aprendizado e a interati-vidade entre os alunos.

O diretor do Antônio Vieira, padre Domingos Mianulli, falou aos alu-nos da importância dessa conquista para o Colégio, que busca sempre avançar sem perder a fidelidade aos princípios da Pedago-gia Inaciana. “Esse foi um passo a mais para melho-rarmos a nossa caminha-da”, afirmou.

A ex-professora de Química do Antônio Viei-ra, Nilzete Amorim, con-tou que ajudou na elabo-ração do novo laboratório e mostrou-se bastante satisfeita com o resulta-do. “Trabalhei aqui mais de 30 anos e conheço bas-tante o local, dei muitas

A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL NORDESTE

CALENDÁRIO BNE

Compromissos do Provincial

25 a 27 de julho | Reencontro MAGIS NordesteTeresina (PI)

28 a 31 de julho | Expediente na Cúria BNE / Festa de Santo Inácio – Salvador (BA)

30 de julho | Consulta da BNE – Salvador (BA)

1º a 3 de agosto | Programação pessoal – Recife (PE)

4 a 9 de agosto | Expediente na Cúria BNE – Salvador (BA)

10 a 13 de agosto | 1ª Assembleia da BRA – Indaiatuba (SP)

14 e 15 de agosto | Consulta Ampliada da BRAIndaiatuba (SP)

16 de agosto | Consulta extraordinária da BRAIndaiatuba (SP)

17 a 21 de agosto | Assembleia das mantenedorasSão Paulo (SP)

ideias para este projeto”, explica.

Os alunos ficaram en-cantados com a estrutura moderna do laboratório e com os benefícios que eles terão durante as aulas de Química. “Essas mudanças ajudam a gente a estar em um meio mais moderno e dinâmico, estimulando nosso aprendizado. É bom ver o Colégio se moderni-zando cada vez mais”, disse o aluno Danton Filho, líder da 2ª série do EM.

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BRASIL PROVINCIALADO

a companhia de jesus no

COMPANHIA DE JESUS CELEBRAUM ANO DO MAGIS NO BRASIL

Há um ano, mais de 2 mil jovens de diversos países do mundo vivenciavam experiên-cias espirituais e de inserção sociocultural. Esse encontro especial entre nações acon-teceu durante o MAGIS 2013, realizado no Brasil. Um mo-mento único na vida de cada peregrino que pôde celebrar e demostrar o magis inaciano em cada ação que realizou.

Entre os dias 12 e 21 de julho do ano passado, os pe-regrinos puderam conhecer

O MAGIS é um encon-tro de jovens inacianos, que se preparam para a JMJ. O primeiro aconte-ceu em 1997, na França. Depois disso, foi realiza-do na Itália, em 2000, no Canadá, em 2002, e na Alemanha, em 2005. Após esse período, o evento se consolidou e ganhou o nome de MAGIS, termo em latim que quer dizer o mais, o maior, o melhor.

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o Brasil enquanto se prepara-vam para a JMJ Rio (Jornada Mundial da Juventude), o 1º encontro do papa Francisco com os jovens católicos.

Com o lema Esperam por nós “nações”, inspirado no texto da 35ª Congregação Geral da Companhia de Je-sus, o MAGIS 2013 propor-cionou aos jovens a vivência comunitária, a inserção em diferentes realidades e a disposição para o serviço aos demais.

Uma palavra muito uti-lizada por Santo Inácio de Loyola, que nos faz um convite para a expe-rimentação, um convite para avançarmos em re-lação àquilo que já fa-zemos ou vivemos. Em 2008, o MAGIS foi reali-zado na Austrália e, em 2011, na Espanha. O últi-mo foi no Brasil, em 2013, e o próximo acontecerá na Polônia, em 2016.

ENCONTRO DA JUVENTUDE INACIANA

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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL PROVINCIALADO

CALENDÁRIO BRA

4 a 9 de agosto | Visita do Pe. Carlos Palácio ao CIF-BH Belo Horizonte (MG)

11 de agosto | Reunião com o Conselho Nacional para a Missão – Indaiatuba (SP)

12 e 13 de agosto | 1ª Assembleia da BRA – Indaiatuba (SP)

14 e 15 de agosto | Consulta Ampliada da BRAIndaiatuba (SP)

16 de agosto | Consulta extraordinária BRAIndaiatuba (SP)

17 a 19 de agosto | Visita do Pe. Adelson Araújo, assis-tente de formação, ao Filosofado – Belo Horizonte (MG) 20 e 21 de agosto | 2ª Assembleia das Mantenedoras da BRA – Rio de Janeiro (RJ)

As comunidades jesuí-tas de Belo Horizonte e a FAJE (Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia) vão promover um concer-to musical para encerrar as celebrações do bicen-tenário de restauração da Companhia de Jesus.

O concerto Música nas missões jesuítas na América será apresen-tado pela Orquestra de

CONCERTO MUSICAL CELEBRARÁ O BICENTENÁRIO DE RESTAURAÇÃO

Jesuítas participam deAssembleia em agosto

Câmara Musica Figurata, que contará com a parti-cipação de violista russa, Elena Kraineva. A entrada é franca.

O evento será reali-zado no dia 7 de agosto, às 20h, no Auditório Dom Luciano Mendes de Almei-da, no campus da FAJE. A Companhia de Jesus convi-da a todos para participar desta bela apresentação.

Entre os dias 12 e 13 de agosto, os jesuítas do Brasil

realizarão sua 1ª Assembleia Nacional. Além de promover

um encontro fraterno entre os jesuítas que vivem e tra-balham nas várias regiões do Brasil, esta Assembleia será um passo importante para a definição das preferências apostólicas que nortearão

a missão da Companhia de Jesus nos próximos anos. O encontro será realizado na Casa de Retiros Vila Kostka, em Itaici, Indaiatuba (SP), e contará com a participação de cerca de 300 jesuítas.

Evento promovido pela FAJE e pelas comunidades jesuítas de BH será realizado no dia 7 de agosto

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39I N F O R M AT I V O D O S J E S U Í TA S D O B R A S I L

JULHO

Pe. Adilson Aparecido da Silva – BRCPe. Adilson Felício Feiler – BRMPe. Paul Alexander Schweitzer – NEN/BRC

Ir. Lauro Eidt – BRM

Pe. João Pedro Cornado – BAMPe. José Jomêr Oliveira Jr. – BRC

Ir. Eugênio P. Loewenstein – BRMPe. Mário de França Miranda – BRCPe. Paulo Tadeu Barausse – BRM

Pe. Arthur Lupurine Sampaio – BRCPe. José de Souza Mendes – BRCPe. Leonardo Amaro – ARUPe. Otmar Jacob Schwengber – BRMIr. Walter Wiest – BRM

Pe. Amarilho Checon – BRC

Pe. Guido A. J. Kuhn – BRMPe. Levino Antônio Camilo – BRMPe. Urbano Rodolfo Mueller – BRM

Esc. Andrei Sparremberger – BRM

Ir. Oscar Jorge Knorst – BRM

AGOSTO

Pe. José Ramón F. de la Cigoña – BRC

Pe. Inácio Spohr – BRM

Pe. Dorvalino Alieve – BRM

Pe. Francys Silvestrini Adão – BNEPe. Nilo Ribeiro Júnior – BRCNe. Jobson Ramos Teixeira – BAM

Pe. Eduardo Teixeira Henriques – BRCEsc. Marcos Vinicius Sacramento de Souza – BNE

Ir. Adolfo Nunes de Oliveira – BRMPe. Juan Antonio Ruiz de Gopegui – BRCPe. Manuel Eduardo Iglesias Rivas – BRCPe. Octavio J. Bittencourt Fontoura – BRM

Pe. Charles da Silva Dias – BNEEsc. Neilton Abadio Veloso – BRCPe. Pedro Canísio Melchert – BRCPe. Pedro Magalhães Guimarães Ferreira – BRC

Pe. Donizetti Tadeu Venâncio – BRC

Ir. Aoestelino de Jesus Portela – BRMIr. José Alves Fernandes – BRC

Ir. Kazuo Kimura – BRC

Pe. João Roque Rohr – BRMPe. Jorge Álvaro Knapp – BRM

Ne. Carlos Rafael Pinto – BRCPe. José Garcia Netto – BRC

Pe. José dos Passos da Silva – BRCPe. Pius Therileio Sidegum – BRM

Pe. Isidro Sallet – BRM

Ir. Luis Carballo Vidal – BRC

Pe. Pedro Rubens Ferreira de Oliveira – BNE

Pe. Maurício E. Bozzo Costa – BNE

Pe. Paulo André Hébert – GLC/BNEPe. Paulo Pedreira de Freitas – BRC

JUBILEUS14 de agostoPe. Francisco Ivern Simó – BRC 70 anos de Companhia

14 de agostoPe. Jacques Trudel – GLC 60 anos de Companhia

21 de agostoPe. Álvaro Barreiro Luaña – BRC 60 anos de Companhia

ANIVERSÁRIOS

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