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JESUÍTAS BRASIL Conheça as Plataformas Apostólicas da Província do Brasil pág. 24 COMPANHIA DE JESUS, UMA ÚNICA PROVÍNCIA NO BRASIL EDIÇÃO 10 | ANO 1 | NOV. /DEZ. 2014 | JESUITASBRASIL.COM Padre Adolfo Nicolás e padre João Renato Eidt em cerimônia realizada no dia 16 de novembro ESPECIAL 8

Em Companhia - Informativo da Companhia de Jesus no Brasil

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10ª Edição | Nov./Dez. 2014

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  • JESUTAS BRASIL

    Conhea as Plataformas Apostlicas daProvncia do Brasil

    pg. 24

    COMPANHIA DE JESUS, UMANICA PROVNCIA NO BRASIL

    EDIO 10 | ANO 1 | NOV. /DEZ. 2014 | JESUITASBRASIL.COM

    Padre Adolfo Nicols e padre Joo Renato Eidt em cerimnia realizada no dia 16 de novembro

    ESPECIAL 8

  • Peo a Deus que continue inflamando com a misso

    Provincial do Brasil, Pe. Joo Renato Eidt ( dir. do Pe. Adolfo Nicols), em

  • em nossos coraes o desejo de colaborarde seu filho [...]mensagem de agradecimento aos que acompanharam a cerimnia de criao da BRA.

  • 4EDITORIAL

    Em tempos de PASSAGEM, partilhar as reservas de VIDA

    A tentativa de fazer um relato exaustivo dos anos de construo da Provncia do Brasil seria tarefa sem fim. Vendo, agora, os aconteci-mentos pelas costas lcito operar uma reduo ao essencial, resumi-da nestas palavras: Deus aconteceu em nossa vida de companheiros de Jesus e nos lanou a uma aventura arriscada; de nossa parte, acolhemos essa pro-vocao e nos pusemos a caminho, conduzidos pelo Senhor do impossvel.

    Ele aconteceu, no incio, como desinstalao que nos fez sair do co-nhecido e nos projetou para um futuro que escapa s nossas mos. Comeo de uma aventura que afetou a todos, sem deixar ningum indiferente. Ex-perincia de desapego, abertura ao desconhecido, renncia s seguranas e, sobretudo, abandono ao mistrio do Deus semper maior.

    Para alguns, a proposta e os ob-jetivos estabelecidos se apresenta-vam como tarefa impossvel, desa-conselhvel aos olhos da prudncia humana. A maioria, porm, aceitou a

    pro-vocao como um chamado do Senhor: apostar na reserva de vida da Companhia pessoas e corpo , num excesso no explorado, que o chamado do Senhor pode reacender. E cegamente ou talvez por exces-so de luz, deslumbrados pela clarida-de da graa recebida iniciamos o processo.

    O Senhor foi confirmando o ca-minho. Em momentos decisivos, nos fez experimentar que o verdadeiro condutor do processo foi sempre Ele. Quem teria podido prever a con-vergncia que se deu nas reunies de Plataformas Apostlicas? Ou imagi-nar, de antemo, o clima vivenciado na Assembleia de Itaici? Passo a passo, guiados pelo mestre do impossvel, o sonho foi tornando-se realidade e o improvvel tomou corpo diante de nossos olhos.

    No faltou o lado opaco da ex-perincia momentos difceis, impasses, sofrimentos e noites escuras , contraponto sombrio de toda vida humana, marcada ine-vitavelmente pela ambiguidade. A superao dessas discrdias no se fez pelo confronto. Foi ao redor de Cristo que experimentamos a alegria de estarmos unidos para alm das discordncias: aceitando que elas fossem crucificadas e morressem com Ele na cruz, para ressurgir re-conciliadas no Cristo (cfr. Ef 2, 16 no conjunto 14-22).

    Concludo o processo, o desafio a vida. Para levar a cabo o projeto e alcanar os objetivos da nova Provn-

    cia, no bastam as estruturas. Mesmo novas, por si s, elas no produzem vida. Devem ser animadas, imbudas de esprito; o mesmo que presidiu o processo e s pode ser transmitido por pessoas tomadas por esse esp-rito: cada jesuta (responsvel pelo corpo) e os Superiores que carrega-ro o peso da implantao. Revitali-zar a vida das pessoas e a misso do corpo apostlico ser um sonho con-denado ao fracasso, se no estiver ancorado em Deus, fundamentado na pedra angular, Jesus Cristo, e subme-tido ao discernimento constante dos espritos que nos movem.

    Cada jesuta convidado a agir com esprito no ingente trabalho de implantao, a realizar um agir discernido. Nesse trabalho res-ponsvel, decisivo que cada um experimente a riqueza desses trs princpios de antropologia espiritual inaciana que tocam a misteriosa re-lao entre graa e liberdade: a) ter a conscincia de ser antes e depois tudo impedimento, mas lutar para no pr obstculos ao que Deus de-seja realizar em ns; b) deixar-se surpreender e admirar-se ao cons-tatar o que pode dar de si toda liber-dade humana quando desafiada por Deus; e c) ter experimentado que, cada pessoa, quando se deixa condu-zir por Deus, liberta o que possui de melhor e se torna capaz de dar muito mais de si.

    Aplicar e verificar esses princ-pios no cuidado de cada jesuta e do corpo todo nos far vislumbrar uma riqueza com a qual no contvamos e fortalecer a confiana no mestre do impossvel. Que Ele nos conceda viver a passagem para a nova Provn-cia como momento pascal, momento de graa pessoal e institucional que nos transforme em instrumen-tos dceis nas mos do Senhor.

    Pe. Carlos Palcio, SJ

    O SENHOR FOI CONFIRMANDO O CAMINHO. EM MOMENTOS

    DECISIVOS, NOS FEZ EXPERIMENTAR QUE O

    VERDADEIRO CONDUTOR DO PROCESSO FOI SEMPRE ELE

  • 5I N F O R M AT I V O D O S J E S U TA S D O B R A S I L

    23 de novembro

    Bem-aventurado Miguel Agostinho Pro, presbtero e mrtir

    26 de novembro

    So Joo Berchmans, religioso

    29 de novembro

    Bem-aventurado Bernardo Francisco de Hoyos, presbtero

    1 de dezembro

    Santos Edmundo Campion, Roberto Southwell, presbteros e companheiros, mrtires

    03 de dezembro

    So Francisco Xavier, presbtero 12 de dezembro

    Nossa Senhora de Guadalupe

    CALENDRIO LITRGICO NOVEMBRO | DEZEMBROPrprio da Companhia de Jesus

    EXPEDIENTE

    EM COMPANHIA uma publicao mensal dos Jesutas do Brasil, pro-duzida pelo Ncleo de Comunicao Integrada (NCI).

    CONTATO [email protected]

    Colaboradores da 10 EdioFazemos tambm um agra-decimento especial a todos que colaboraram com essa edio.

    FotosDimas Oliveira / Banco deimagens / Divulgao

    Ir. Eudson Ramos, SJPe. Francys Silvestrini Ado, SJ

    Diretores editoriais

    Pe. Geraldo Lacerdine, SJ

    Diretor do NCI

    Silvia Lenzi (MTB: 16.021)

    Editora e jornalista responsvel

    Juliana Dias

    Redao

    Victor PisaniDiagramao e edio de imagens

    Os Milagres de So Francisco Xavier, Peter Paul Rubens

    JESUTAS BRASIL

  • 6ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO

    Em 3 de setembro, o padre Adolfo Ni-cols, Superior Geral da Companhia de Jesus, comunicou ao padre Carlos Palcio, ento provincial do Brasil, a deciso de confiar ao padre Joo Re-nato Eidt a misso de conduzir, como primeiro Provincial, a futura Provn-cia dos Jesutas do Brasil (BRA). Em entrevista exclusiva ao informativo Em Companhia, o jesuta conta que recebeu a notcia com surpresa e susto, ressaltando que sabia que algum receberia essa incumbncia, mas sempre imaginava e pensava em outros nomes que, no meu entender, eram os mais aptos para assumirem esta misso. Empossado oficialmen-te como Provincial em 16 de novem-bro, em cerimnia realizada no Rio de Janeiro (RJ), o padre Joo Renato fala ainda sobre os desafios e as expecta-tivas da sua nova misso, assim como um pouco da sua formao, entre ou-tros assuntos. Leia a seguir:

    Em agosto, mais de 300 jesutas reuniram-se para discernir sobre a misso. Para o senhor, como foi par-ticipar desse momento?

    Participar da Primeira Assembleia da BRA, para mim, foi, acima de tudo, uma oportunidade de conhecer e conviver com os jesutas. Foram dias de alegria e consolao pelo esprito alegre, de partilha e de esperana, manifestado e vivenciado pela assembleia reunida. Tive tambm a grata sensao de que j estvamos vivendo o esprito da nova e nica provncia no Brasil.

    Quais as expectativas e os desafios do senhor em relao a sua nova misso?

    As expectativas so de colaborar, animar e garantir a unidade da vida e misso da Companhia de Jesus no Brasil. Da mesma forma, vejo como expectativa e desafio ao mesmo tempo, animar tanto jesutas quanto colaboradores, leigos e leigas, para, juntos, abrirmos o corao e o esp-rito ao novo que o Senhor nos pede, em nossa misso, a favor da vida. Trata-se de animar e incentivar, com esprito de discernimento, todo Cor-

    po Apostlico da Companhia de Jesus no Brasil, para que a nova proposta de vida e misso passe do ideal para o real. Cabe tambm, a mim, percorrer o Brasil, de norte a sul, visitando jesu-tas, colaboradores (as), nas distintas obras apostlicas, para que o Corpo Apostlico da Companhia de Jesus se mantenha unido, como uma nica pro-vncia, de forma dinmica, criativa e alegre na vida e misso que o Senhor nos confia.

    Nos prximos anos, o que esperar da misso da Companhia de Jesus no Brasil?

    Dentro da perspectiva da nova pro-vncia, podemos esperar um Corpo Apostlico de Jesutas, leigos e lei-gas unido, com novo esprito, bus-cando viver e servir a vida e misso que Cristo nos confia, com mais qua-lidade, mais alegria (Alegria do Evan-gelho), luz do carisma inaciano.

    Como jesutas, colaboradores (as) e leigos (as) podem ajudar nesse processo?

    Acredito que a ajuda de todos os que esto envolvidos com a mis-

    FORMAMOS UM SCORPO APOSTLICO

  • 7I N F O R M AT I V O D O S J E S U TA S D O B R A S I L

    so da Companhia de Jesus no Bra-sil, antes de mais nada, procurar entender a nova proposta de vida e misso que a BRA quer viver. importante abrir-se ao novo e ao diferente. A misso, para a grande maioria, se dar nas Plataformas Apostlicas. No entanto, o conjun-to das Plataformas Apostlicas forma a Provncia BRA. Mesmo que cada Plataforma Apostlica tenha caractersticas especficas, no podemos perder de vista a unidade da misso da Companhia de Jesus no Brasil. Formamos um s Corpo Apostlico.

    Qual mensagem o senhor gostaria de deixar a todos?

    Que todos (as) entrem com o cora-o e o esprito abertos para este momento novo e importante que a Companhia de Jesus est vivendo aqui no Brasil. Que o esprito de es-perana, de vida nova, de alegria, de colaborao, de abertura e de disponibilidade seja alimentado em cada um e cada uma dos que forma-mos esse grande Corpo Apostlico. Que cada um e cada uma partilhe os seus dons e talentos para poder-mos servir com qualidade humana, espiritual e profissional. Que o Se-nhor nos abenoe e fortalea como Corpo Apostlico a servio de sua misso.

    O que ser jesuta para o senhor?

    Ser jesuta, para mim, significa ser parte da Companhia de Jesus, do seu carisma e jeito de ser, respon-dendo ao chamado de Deus. Ser jesuta significa colaborar com a misso de Cristo, colocando a vida a servio da vida, na Igreja. Ser jesu-ta significa sentir-se profundamen-te marcado pela experincia dos Exerccios Espirituais de Santo In-cio que levam a uma relao ntima com Cristo. Essa relao prxima e amiga com o Mestre marca o jeito de ser e agir do jesuta, levando-o a em tudo amar e servir.

    ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO

    FORMAMOS UM SCORPO APOSTLICO

    O padre Joo Renato Eidt nasceu na cidade de Itapiranga, em Santa Catarina, no dia 29 de outubro de 1962. Criou-se em Santa F, comuni-dade rural do municpio. Fao parte de uma famlia numerosa, 14 filhos. Destaco a importncia dos valores religiosos, honestidade e trabalho que aprendi na famlia desde a mi-nha infncia, ressalta o jesuta.

    Os primeiros contatos com a Companhia de Jesus aconteceram ainda em sua cidade natal. A par-quia de Itapiranga sempre foi anima-da pelos padres jesutas, que tinham tambm um seminrio no munic-pio. Assim me criei e eduquei, sendo marcado pela presena e orientao religiosa dos jesutas, comenta o pa-dre Joo Renato. Foi essa proximida-de que o levou tambm a descobrir sua vocao. A vocao iniciativa de Deus. No meu caso, desde a mi-nha infncia, participando da comu-nidade eclesial, animada e orientada pelos jesutas, foi despertando em mim o desejo de ser padre jesuta. Pela participao na vida eclesial, o desejo de seguir Jesus Cristo, para anunciar o Evangelho, sempre me tocou profundamente. Como tive mais contato com a Companhia de Jesus, fui me identificando com o seu jeito de ser e atuar apostolicamente.

    Em 18 de fevereiro de 1986, padre Joo Renato ingressou na Compa-

    nhia de Jesus, sendo ordenado pres-btero em 11 de julho de 1998. Fez seus ltimos votos em 26 de maio de 2007. Alm da formao prpria da Ordem religiosa, fez mestrado em Counseling, na Loyola University, em Chicago, Estados Unidos. O processo de formao na Companhia de Jesus longo e srio. Alm da formao acadmica, h a formao espiritual, pastoral e humana, ele conta. Alm do estudo acadmico de Filosofia e Teologia, eu me formei em Pastoral Counseling. Este estudo de psicologia e pastoral me ajuda muito para tra-balhar na orientao espiritual, ofe-recer retiros espirituais, acompanhar, terapeuticamente, pessoas nas suas lutas, conflitos e buscas por uma vida mais integrada, digna e qualifi-cada. Viver fora do pas tambm me ajudou a compreender e acolher as diferentes culturas, valores e mani-festaes religiosas.

    Entre as misses desempenha-das na Companhia de Jesus, padre Joo Renato foi orientador espiritual do Juniorado Interprovincial Pe. Ga-briel Malagrida, em Joo Pessoa (PB), diretor do CECREI (Centro de Espiri-tualidade Cristo Rei), em So Leopol-do (RS), reitor do Filosofado So Fran-cisco Xavier, em Belo Horizonte (MG), e, desde 2012, era reitor do Teologado (CIF) Santo Incio de Loyola, em Belo Horizonte (MG).

  • 8ESPECIAL

    UMA NICA MISSOAssim como nos tempos de Ma-

    nuel da Nbrega e Jos de Anchieta, a Companhia de Jesus no pas vol-tou a organizar-se em uma estru-tura nica. A criao da nova Pro-vncia do Brasil e a posse do padre Joo Renato Eidt, como Provincial, foram oficializadas em cerimnia realizada no Rio de Janeiro (R J), em 16 de novembro, com a presena do Superior Geral da Companhia de Je-sus, padre Adolfo Nicols, jesutas e colaboradores. Transmitido ao vivo, via internet, o momento hist-rico pde ser compar tilhado ainda por aqueles que estavam fisica-mente distantes, mas em comunho de coraes.

    Durante o colquio, que deu in-cio cerimnia, padre Adolfo Nico-ls ressaltou a importncia de se ter uma nica Provncia no Brasil e os desafios que isso significa. Entre eles, lembrou que o momento uma grande oportunidade de se recriar

    a Companhia de Jesus. Acredito que toda gerao tem de recri-la, incorporando o esprito de Santo Incio e estabelecendo novas estru-turas e formas de responder mis-so da Ordem religiosa. Entretanto, as novas estruturas, por melhores que sejam, s funcionaro se todos souberem colaborar e contribuir na misso. Creio que a nova Provncia responsabilidade de todos. Nem tudo est terminado e perfeito, por-que no h nada perfeito, observou.

    Ao final do colquio, o padre Joo Renato agradeceu ao Supe-rior Geral da Companhia. Muito obrigado por suas palavras de in-centivo, de apoio e de desafios que teremos com a nova Provncia do Brasil, disse.

    Em seguida, os presentes parti-ciparam da celebrao eucarstica em ao de graas pela criao da Provncia do Brasil, presidida pelo padre Adolfo Nicols. No incio da

    missa, ainda como Provincial do Brasil, padre Carlos Palcio lem-brou que Agradecer, Agradecimen-to e Dar Graas so termos muito frequentes na linguagem de Santo Incio. Uma atitude que, para o fun-dador da Companhia de Jesus, cons-titui e deveria caracterizar a nossa vida como cristos. Dessa forma, gostaria que os agradecimentos fossem estendidos a Deus, Com-panhia de Jesus, ao Padre Geral e a todos, jesutas e leigos, que contri-buram para tornar possvel e levar adiante o processo de criao da nova Provncia, pediu padre Pal-cio. Nessa Eucaristia, de modo es-pecial, eu gostaria que agradecs-semos a Deus pela disponibilidade do padre Joo Renato e do grupo de superiores locais, que partilharo a conduo da vida e da misso, para que o Senhor nos conceda a todos a graa de mostrarmos com a vida que vivemos de graa.

  • 9I N F O R M AT I V O D O S J E S U TA S D O B R A S I L

    ESPECIAL

    Ao final da missa, padre Palcio leu o decreto de criao da Provn-cia do Brasil e da nomeao do novo Provincial. Padre Joo Renato, en-to, agradeceu seu antecessor pelo esforo incansvel empregado ao longo da conduo de todo esse pro-cesso e a todos que nele estiveram envolvidos, em especial aos padres Luiz Fernando Klein e Francys Sil-vestrini Ado, que desempenharam a funo de Scios nesse perodo. Os agradecimentos foram estendi-dos tambm aos Provinciais das ex-tintas provncias, que trabalharam para viabilizar as mudanas.

    Em seguida, o padre Joo Rena-to apresentou os jesutas que faro parte do novo Governo da Provncia do Brasil, agradecendo-os tambm por aceitarem a misso. Por fim, o novo Provincial pediu, em nome de toda a Provncia: Que Deus conti-nue nos abenoando, que nos ilumi-ne e nos conduza pelo caminho que Ele tem pensado para ns, Corpo Apostlico.

    ACREDITO QUE TODA GERAO TEM DE RECRI-LA, INCORPORANDO O ESPRITO DE SANTO INCIO E ESTABELECENDO NOVAS ESTRUTURAS E FORMAS DE RESPONDER MISSO DA ORDEM RELIGIOSA

    Padre Adolfo Nicols

  • 10

    ESPECIAL

    PRIMEIRA PROVNCIA DO BRASIL

    Criada em 9 de julho de 1553, a primeira Provncia do Brasil foi tambm a 6 Provncia estabelecida pela Ordem religiosa. Como des-crito no livro Histria da Companhia de Jesus, de Se-rafim Leite, aps a criao, Incio de Loyola ordenou que o padre Nbrega fizesse a profisso solene, circuns-tncia requerida para as-sumir o ofcio de Provincial. Ora s em 25 de maro de 1555 que Nbrega se refere carta do Padre Geral, que acabava de receber, com a ordem de fazer a profisso. F-la a 27 de abril de 1556.

    O autor conta ainda que as casas que constituam a

    Provncia do Brasil dividiam--se em casas das Aldeias, casas das Capitanias e Col-gios das vilas e cidades. Nas Aldeias, havia um Superior, subordinado ao Reitor ou Padre Superintendente, que vivia habitualmente no Colgio. Mas nisso houve alguma flutuao no scu-lo XVI. Nas residncias das Capitanias, o Superior era, como Reitor dos Colgios, subordinado ao Provincial, escreve Serafim Leite, acres-centando: Cada Colgio tinha o seu mbito de ati-vidade bem determinado, formando cada qual uma zona geogrfica, econmica e missionria.

    Partida de Estcio de S, quadro de Benedito Calixto em que o padre Manuel da Nbrega benze esquadra que se dirijir a batalha.

  • 11I N F O R M AT I V O D O S J E S U TA S D O B R A S I L

    ESPECIAL

    NESSA EUCARISTIA, DE MODO ESPECIAL, EU GOSTARIA QUE AGRADECSSEMOS A DEUS PELA DISPONIBILIDADE DO PADRE JOO RENATO E DO

    GRUPO DE SUPERIORES LOCAIS, QUE PARTILHARO A CONDUO DA VIDA E DA MISSO

    Padre Carlos palcio

  • 12

    ESPECIAL

    CELEBRAO E GRATIDO

    Expresso meus sinceros agradecimentos pela presena e apoio dos jesutas e colabo-radores (as) no colquio e na celebrao do ltimo domingo (16 de novembro), por ocasio da criao da Provncia dos Je-sutas do Brasil. A alegria e a comunho de ideais e misso eram visveis no semblante de cada um (a).

    Sei tambm que muitos (as) outros (as) acompanha-ram a cerimnia em tempo real, de seus lugares de ori-gem e misso. Nesse momen-to, recordando a expresso to cara a Incio, amigos no Senhor, renovo os laos que nos unem mesmo que esteja-mos distantes.

    Peo a Deus que continue inflamando, em nossos cora-es, o desejo de colaborar com a misso de seu Filho, nas mais diversas realidades apostlicas onde vivemos.

    Muito obrigado!Pe. Joo Renato Eidt, SJ

    Provincial do Brasil

  • 13I N F O R M AT I V O D O S J E S U TA S D O B R A S I L

    ESPECIAL

    QUE DEUS CONTINUE NOS ABENOANDO, QUE NOS ILUMINE E NOS CONDUZA PELO CAMINHO QUE ELE TEM

    PENSADO PARA NS, CORPO APOSTLICO.Padre Joo Renato Eidt

  • 14

    ESPECIAL PE. GERAL PELO BRASIL

    PADRE ADOLFO NICOLSEM SO PAULO

    Em sua visita ao Brasil, o Superior Geral da Compa-nhia de Jesus, padre Adolfo Nicols, reservou o dia 15 de novembro (sbado) para v-rias atividades em So Paulo. Logo cedo, reuniu-se com os jesutas da antiga Provncia Brasil Centro-Leste (BRC), no Pateo do Collegio. Em se-guida, na igreja local, presidiu a Celebrao Eucarstica, com a presena tambm de colaboradores das obras da Companhia de Jesus e do ar-cebispo de So Paulo, dom Odilo Scherer. Na ocasio, padre Adolfo Nicols falou sobre a importncia de doar--se s pessoas. Viver para os outros, isso que o cris-tianismo diz, afirmou.

    O padre Mieczyslaw Smyda, como provincial da Provncia BRC, agradeceu a

    presena de todos na missa. Esse encontro representa o esprito de unidade dos jesutas e dos colaborado-res de nossas obras. Nesse local, So Jos de Anchieta, Nbrega e seus companhei-ros celebraram a 1 missa dos jesutas no pas. Hoje, temos a alegria de celebrar essa Eucaristia, pois es-tamos iniciando a volta de uma provncia nica no Bra-sil, declarou o jesuta.

    Aps a Eucaristia e o al-moo de confraternizao no Pateo do Collegio, o pa-dre Adolfo Nicols visitou o Centro Santa F, onde se encontrou com crianas, adolescentes e educado-res dos projetos sociais da Companhia de Jesus em So Paulo. Com o objetivo de mostrar um pouco dos

    trabalhos realizados pe-los projetos OCA (Oficinas Culturais Anchieta), Centro Santa F e Fundao F e Alegria, foram realizadas apresentaes de msica, street dance, maculel, ca-poeira e teatro.

    Muito obrigado por esta tarde. Diverti-me mui-to. Eu s sinto muito por no ser mais jovem para po-der danar com vocs, brin-cou o padre Adolfo Nicols. Ele acrescentou ainda que esses so os jovens a que a Companhia de Jesus quer servir e, se viesse em mis-so ao Brasil, gostaria de trabalhar nesses projetos.

    Estar perto do Superior Geral da Companhia de Je-sus e mostrar os trabalhos que so desenvolvidos pela Ordem religiosa em So Paulo foi um momento es-pecial tambm para crian-as, adolescentes e educa-dores dos projetos sociais. A visita do Padre Geral ao Brasil e, em especial, a So Paulo, trouxe muita espe-rana aos membros do F e Alegria. Esperana de que possamos realmente atender ao que o papa Fran-cisco tem pedido Igreja e Companhia de Jesus: que os pastores estejam jun-

  • 15I N F O R M AT I V O D O S J E S U TA S D O B R A S I L

    ESPECIAL PE. GERAL PELO BRASIL

    to ao povo. Hoje, o padre Adolfo Nicols sentiu que a Companhia est onde deve estar, nos lugares onde o desafio e o nvel de pobreza so maiores, afirmou padre lvaro Negromonte, diretor presidente da Fundao F e Alegria do Brasil.

    Para Sarah Cazella, su-pervisora pedaggica do Centro Santa F, as apre-sentaes realizadas no Centro Santa F trazem um significado que vai alm

    de atividades pontuais de dana, capoeira ou msica. Para chegarmos ao resul-tado visto no palco, os edu-candos dos projetos sociais discutiram e trabalharam antes o que sentem, o que querem e o que devem fa-zer. O que vimos foi o re-sultado desse processo, contou Sarah. Fiquei emo-cionada ao ver o que pos-svel fazer com a unio dos trs projetos da Companhia de Jesus em So Paulo.

    Valria Castilho, coor-denadora do Projeto OCA, ressaltou que a experi-ncia de se apresentar ao Padre Geral reforou para os educandos o sentido de pertena a uma instituio muito maior e, para ns, colaboradores, alm des-se sentimento de unida-de, nos anima a continuar a Misso. Ela comentou ainda que foi tambm um momento de alegria e de encontro entre os adoles-

    centes das trs obras, o que amplia os horizontes e aumenta a autoestima. Os jovens sentiram-se importantes, valorizados e capazes ao apresentar um pouco do trabalho que realizamos dentro do Pro-jeto OCA para o Superior Geral da Companhia de Je-sus. Alm disso, eles fica-ram impressionados com a simplicidade, a simpatia e a alegria do padre Adolfo Nicols, finalizou.

  • 16

    A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL GOVERNO DA PROVNCIA

    UNIO DOS CORAESO Governo da Provncia do Bra-

    sil tem como intuito manter viva a unio dos coraes, garantindo assim a eficcia da ao apostlica. Suas decises devem assegurar a fidelida-de identidade e misso do corpo apostlico da Companhia de Jesus no

    Pas, animando os jesutas na misso recebida.

    Alm disso, o Governo assume o papel de principal responsvel pela execuo do Plano Apostlico, des-tinando, dessa forma, recursos hu-manos e financeiros para as diversas

    misses assumidas pela Provncia, de modo especial para aquelas que foram definidas como opo prefe-rencial. Investir na formao do cor-po apostlico, sobretudo dos jovens jesutas, tambm uma das respon-sabilidades do Governo.

    ORGANOGRAMA DO GOVERNO DAPROVNCIA DOS JESUTAS DO BRASIL

  • 17I N F O R M AT I V O D O S J E S U TA S D O B R A S I L

    Irmo Eudson Ramos

    Na nova Provncia do Brasil, as funes de Scio e Admonitor sero desempenha-das pelo irmo Eudson Ramos. Como Scio, ele dever auxiliar o Provincial em todas as atividades e processos internos da Provncia, como: responsabilizar--se pelas correspondn-cias com a Cria Geral dos jesutas em Roma, e com os representan-tes das parquias e dioceses brasileiras; da documentao dos je-sutas (vivos, falecidos e egressos); acompanhar, elaborar e divulgar pu-blicaes da Compa-nhia (por exemplo, o Catlogo dos Jesutas do Brasil e o informa-tivo Em Companhia); e participar, quando so-licitado, de reunies de diferentes comisses e apostolados, dentre outros.

    J como Admonitor, ir-mo Eudson zelar para que o Provincial realize adequadamente sua mis-so, alm de cuidar de sua sade e proporcionar o devido descanso a ele. Trata-se de apoiar o Pro-vincial no modo de gover-nar, na eficcia do gover-no e no exemplo pessoal que ele desempenhar diante dos demais com-panheiros jesutas, diz irmo Eudson. O princi-pal desafio que terei o de realizar atividades em nvel nacional que, antes, eram realizadas pelos scios de cada uma das extintas provncias. As atribuies no sofrero alterao, mas as propor-es e expanses sero redimensionadas.

    Nascido em Arcoverde (PE), irmo Eudson sempre esteve envolvido em ativi-dades pastorais, desde a adolescncia. Foi a partir desse engajamento que

    Scio e Admonitordo Provincial

    A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL GOVERNO DA PROVNCIA

    percebi que a opo por dedicar minha vida e dons a servio do Reino come-ava a me entusiasmar, ele conta. Porm, a iden-tificao com a vocao sacerdotal no despertava minha busca vocacional. Aps o contato inicial com os jesutas, fui informado de que poderia discernir as vocaes de Irmo e Padre. Ser Jesuta Irmo ser um sinal da presena de Deus nos diversos seto-res por onde podemos ser enviados em misso.

    Aps o perodo de acompanhamento nos encontros vocacionais, ir-mo Eudson foi enviado Comunidade Vocacional, em Fortaleza (CE), e, em seguida, morou em Rus-sas (CE), colaborando em uma parquia confiada Companhia. Em 1995, ini-

    ciou o Noviciado em Feira de Santana (BA), professando os primei-ros votos como Jesuta Irmo, em 2 de feverei-ro de 1997, e seguindo para a etapa do Junio-rado, em Joo Pessoa (PB). Naquele mesmo ano, iniciei o curso de Administrao de Em-presas, na Unicap (Uni-versidade Catlica de Pernambuco), conta. Aps quase oito anos, fui transferido para Salvador (BA), onde realizei meus estudos teolgicos. Em 2009, fui enviado Irlanda para realizar a Terceira Provao. Desde 2010, atuava na Administra-o da FAJE (Faculdade Jesuta de Filosofia e Teologia), em Belo Ho-rizonte (MG).

    STAFF DE GOVERNOCom a responsabilidade

    de assessorar o Provincial na conduo da Provncia do Brasil, o Staff de Governo constitudo pelo Scio e Admonitor, Administrador e Secretrio/Arquivista, alm

    dos Delegados para a Educa-o, para a Formao e para o Cuidado da Sade. Nas prximas pginas, ser pos-svel conhecer mais sobre a misso de cada um desses jesutas.

  • 18

    A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL GOVERNO DA PROVNCIA

    Padre Joo Geraldo Kolling

    A funo de Administrador Provincial est prevista e descrita nos documentos da Companhia de Jesus, especialmente em ter-mos de colaborador do Provincial em questes administrativas, gesto dos bens e patrimnios da Provncia, com vistas realiza-o da misso. No Brasil, a cria-o de uma s Provncia implica desafios novos, principalmente ao se considerar a complexidade de situaes existentes no Pas, como as distncias significativas e a amplido de presenas apos-tlicas e de bens da Ordem reli-giosa no territrio nacional.

    Para conduzir essa misso, foi escolhido o padre Joo Ge-raldo Kolling. Nasci e cresci em Chapada, Rio Grande do Sul, para ainda jovem migrar para Guaraciaba, em Santa Ca-tarina, relembra o jesuta. L, conheci a Companhia de Jesus e entrei no Seminrio menor, em

    Sede Capela, no municpio de Itapiranga.

    Padre Geraldo cursou o an-tigo Ginsio em Salvador do Sul (RS) e o Cientfico, em Florian-polis (SC). Ingressou no Novicia-do, em Porto Alegre (RS), em 24 de fevereiro de 1972. Aps cur-sar Filosofia e Estudos Sociais na UNISINOS, em So Leopoldo (RS), e Teologia na Pontificia Universi-t Gregoriana (PUG), em Roma, fui ordenado sacerdote em 9 de julho de 1983, em Guaraciaba, Santa Catarina. Concluda a gra-duao em Psicologia, pela PUG, fui mestre de Novios, em Casca-vel (PR), diretor do Centro de Es-piritualidade Cristo Rei (CECREI), em So Leopoldo, e Provincial da BRM e, desde 2012, Administra-dor Provincial da BRM. Com a graa de Deus e ajuda de todos, espero realizar fecunda misso como Administrador Provincial da BRA, conclui padre Geraldo.

    Administrador Provincial

  • 19I N F O R M AT I V O D O S J E S U TA S D O B R A S I L

    A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL GOVERNO DA PROVNCIA

    Secretrio/ArquivistaPadre Jos Luis Fuentes Rodrguez

    O Secretrio auxi-lia o Scio e, eventu-almente, o Provincial com a redao de cor-respondncias que lhe forem confiadas. J o Arquivista o res-ponsvel pelo registro, organizao e guar-da dos documentos da Provncia referen-tes s pessoas, obras, residncias, alm de correspondncia e as-suntos importantes, entre outras atribui-es. O governo da Provncia depende bastante das infor-maes guardadas no arquivo. A essas recor-re frequentemente o Provincial. O conheci-mento e a organizao do Arquivista so de-cisivos para a rapidez e eficcia do fluxo das informaes neces-srias, explica o pa-dre Jos Luis Fuentes Rodrguez. O grande desafio o tamanho e a complexidade de quatro provncias reunidas em uma s. Cada uma teve vrios Arquivistas ao lon-go dos anos. Por mais que existam normas universais na Compa-nhia para guarda dos arquivos, cada cabe-a organiza concreta-mente do seu jeito.

    Padre Fuentes nas-ceu na Galcia, Espa-

    nha. Na Companhia de Jesus, frequentou o Noviciado e o Junio-rado em Salamanca. De l, viajou para o Brasil, onde estudou Filosofia, em Nova Fri-burgo (RJ), Magistrio, no Seminrio Vocacio-nal, em Belo Horizon-te (MG), e um semes-tre em Santa Rita do Sapuca, na ETE. Em 1964, foi enviado para estudar Teologia, nos Estados Unidos. Re-tornei ao Brasil j or-denado sacerdote no Mxico, em 1967, e com um Master of Education, feito na Loyola Univer-sity, em 1969, alm de uma passagem pela Espanha, onde revi a famlia aps 10 anos, relembra o jesuta que, nesse perodo, foi tam-bm coordenador/as-sessor pedaggico do Colgio dos Jesutas, em Juiz de Fora (MG). Para concluir minha formao, faltava a Terceira Provao, a qual tive como instru-tor Dom Luciano Men-des de Almeida, ainda padre, pouco antes de ser feito bispo. Pro-nunciei os ltimos vo-tos em Juiz de Fora, em 15 de agosto de 1973.

    Segundo padre Fuentes, a formao em Educao o orien-tou para o servio nos

    Colgios. De orienta-dor espiritual de alu-nos a diretor pedag-gico e diretor geral, passei por cinco dos sete colgios da Pro-vncia Brasil Centro--Leste (BRC). Servi, ainda, no Centro Pe-

    daggico Pedro Arrupe (CPPA) e na Associao dos Colgios (ACOJE), durante 11 anos. S mudei de ramo em 2012, para servir na cria da BRC, onde me encontro hoje, finali-za o jesuta.

  • 20

    Delegado para a EducaoPadre Mrio Sndermann

    O Delegado para a Educao Bsica est encarregado, pelo Pro-vincial, de acompa-nhar o trabalho nas unidades educativas, apoiando diretamen-te os diretores gerais para que o projeto educativo de cada es-cola se alinhe com a misso da Compa-nhia no Brasil e com as orientaes do Se-cretariado Mundial para Educao Bsica. A estrutura criada em torno desta dele-gao pode favorecer a construo de um novo modo de atuar nos e entre os col-gios. Alm disso, pode e deve favorecer a ar-ticulao com as de-mais presenas apos-tlicas da Companhia de Jesus no Brasil, afirma padre Mrio Sndermann, nome-ado Delegado para a Educao Bsica em janeiro de 2014.

    O jesuta elenca, a seguir, um conjunto de desafios para o cumpri-mento de sua misso:

    Criar a cons-cincia de Rede Jesu-ta de Educao re-conhecer-se parte de uma rede de educao que vai alm das cida-des onde o colgio si-tua-se, transcende at mesmo o Brasil.

    Promover umaeducaoqueleveaocom-promissosocial outro de-safio, cada vez mais visvel, como educar hoje. Que estratgias educativas con-seguem promover maior humanizao, conscincia e compromisso social de nossos alunos?

    Como apropriar--se melhor de recursostecnolgicos nas media-es pedaggicas mais do que diversificar o uso das TICs (Tecnologia da In-formao e Comunicao), preciso ter, no horizonte, o novo modo com que as nossas crianas lidam com as informaes e a forma como aprendem. Isso tam-bm refora o constante desafio da contnua forma-o docente.

    Desafio da sus-tentabilidade econmico--financeira cada vez mais estamos desafiados a uti-lizar os recursos de modo eficaz. A eficincia apenas j no nos basta.

    Nascido em So Joo do Oeste, atual Itapiranga (SC), padre Mrio conhe-ceu a Companhia de Jesus ainda pequeno. Meus pais so de Santa Cruz do Sul (RS), onde a presena dos jesutas era muito grande. Depois, eles foram morar em So Joo do Oeste, onde a parquia dos jesutas. Assim sendo, o contato com a Companhia de Jesus foi natural, relembra. Mi-

    nha famlia era bastante religiosa. Desde cedo, ima-ginava ser padre.

    Aps o Seminrio me-nor (1984-86), o padre cum-priu as etapas normais da formao de um jesuta: Noviciado, em Cascavel (PR); Juniorado, em Joo Pessoa (PB); Filosofia, em Belo Horizonte (MG); Ma-gistrio, em Ubirat (PR); Teologia, em Belo Horizon-te (MG). A ordenao sacer-dotal aconteceu em 18 de dezembro de 1999, em So Joo do Oeste (SC). Como Padre, foi diretor da Co-munidade Vocacional, em So Leopoldo (RS). Durante esse perodo, fez tambm mestrado em Educao, pela UNISINOS. Depois, trabalhei um ano e meio em Florianpolis (SC), no

    Colgio Catarinense. E, em seguida, fiz minha terceira provao, em Salamanca, na Espa-nha. Ao voltar ao Bra-sil, trabalhei durante quatro anos no Cen-tro de Espiritualidade Cristo Rei (CECREI), em So Leopoldo, conta o jesuta. Nesse perodo, orientava Exerccios Espirituais, dava aulas na UNISINOS e contri-bua na Comunidade Vocacional, alm de ser superior da Comu-nidade Religiosa. Em 2010, fui destinado a Florianpolis, onde fui superior da residncia dos Jesutas. Em 2011, tambm assumi a Di-reo Geral do Colgio Catarinense, at 2013.

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  • 21I N F O R M AT I V O D O S J E S U TA S D O B R A S I L

    A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL GOVERNO DA PROVNCIA

    Delegado para a FormaoPadre Adelson Arajo dos Santos

    A funo princi-pal do Delegado para a Formao a de assessorar e colabo-rar com o Provincial no que diz respeito formao dos je-sutas. Significa, antes de tudo, acom-panhar os nossos estudantes, irmos e padres jovens no seu processo de for-mao inicial, com especial ateno boa transio, con-tinuidade e gradua-lidade neste proces-so, como tambm integrao das di-versas dimenses da vocao jesuta (es-piritual, intelectual, apostlica e comu-nitria) ao longo das etapas, tendo sem-pre como horizonte a misso futura, diz padre Adelson.

    A formao um eixo muito impor-tante para a misso da Companhia de Jesus, que, historica-mente, sempre pro-cura dar a melhor formao para seus membros. Falando, certa vez, aos pro-vinciais da Amrica Latina, o padre Pe-dro Arrupe afirmou que a formao decisiva para o tipo de jesuta que nossa misso atual exige. E,

    quando o Pe. Kolvenbach escreveu sobre a forma-o do jesuta, ele lem-brou que, no obstante Deus e o prprio forman-do serem os principais formadores, so neces-srias outras mediaes humanas para ajudar o jovem em seu caminho vocacional e formativo, afirma padre Adelson, que fala sobre os futu-ros desafios da misso. Creio que, entre os mui-tos desafios, est o de sabermos valorizar as caractersticas trazidas pelos jovens, que hoje entram na Companhia, ressalta.

    Natural de Manaus (AM), padre Adelson o segundo filho de uma famlia de trs irmos. Formado em Direito, pela UFAM (Universida-de Federal do Amazo-nas), ele fala sobre como descobriu sua vocao. Eu cresci num ambiente familiar amoroso e mui-to cristo. Para mim, foi natural, desde cedo, par-ticipar de grupos de jo-vens. Por volta dos meus quinze anos, comecei a pensar seriamente na vocao sacerdotal, re-lembra. O jesuta fez o Noviciado, em Salvador (BA), e o Juniorado, em Joo Pessoa (PB). Cursou tambm Filosofia e Teo-logia, na FAJE, em Belo Horizonte (MG). Depois,

    foi destinado a Belm do Par, para dar incio ao trabalho e a comu-nidade vocacional dos jesutas na regio Norte do Brasil. Aps esse pe-rodo, morei 5 anos em Roma, onde fiz mestra-do e doutorado em Te-

    ologia Espiritual, na universidade Grego-riana. Minha tercei-ra provao foi em So Leopoldo (RS) e meus ltimos votos ocorreram no dia 31 de julho de 2007, em Manaus, conta.

  • 22

    Delegado para o Cuidado da SadePadre Carlos Henrique Mller

    O Delegado para o Cuidado da Sade uma funo nova, que tem como objetivo auxiliar o Pro-vincial no acompanhamento do bem-estar do Corpo Apostlico da Companhia de Jesus. Acom-panhar um verbo importante no exerccio dessa funo. Signi-fica conhecer as pessoas tendo, atravs de conversas regulares com elas, conscincia do seu es-tado de sade, sofrimentos e dia a dia. Nessa funo, importan-te ser o animador daqueles que esto envelhecidos, debilitados e ajud-los a compreender que, mesmo assim, esto realizando a misso que a Companhia lhes confiou, explica padre Carlos Henrique Mller.

    Outro aspecto importante dessa funo o acompanha-mento da sade dos jesutas que esto em atividade. Preparar os jesutas para a velhice e para a enfermidade, conservando a ale-gria de servir a Jesus Cristo no ser-vio Igreja, muito importante nessa misso, afirma padre Hen-rique. O jesuta fala que um dos primeiros passos na funo ser o de conhecer as pessoas, suas histrias, para, em seguida, iniciar o acompanhamento de cada um.

    O padre Carlos Henrique nas-ceu em Santa Cruz do Sul (RS), ci-dade na Serra Gacha conhecida pela forte presena dos jesutas na regio. Desde criana, eu co-nheo a Companhia de Jesus. O municpio de Salvador do Sul abri-gava o Colgio Santo Incio, que, dos anos 1930 a 1980, funcionou

    como escola apostlica. Muitos dos jesutas que conheci na minha infncia e juventude estudaram nesse local. Eu mesmo fiz o ginsio l, conta padre Henrique. O jesu-ta entrou na Companhia de Jesus com 28 anos, ele ressalta seu in-teresse pelo aprofundamento dos estudos: No Juniorado, nos cursos de Filosofia e Teologia, minha de-dicao era quase que exclusiva. Alm disso, o acompanhamento espiritual, que comeou no Novi-ciado e foi at o fim da formao, me ajudou e me ajuda muito no conhecimento da f crist, na Pa-lavra de Deus, no conhecimento de vida consagrada e, principalmente, na caminhada pessoal, conclui.

    A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL GOVERNO DA PROVNCIA

  • A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL GOVERNO DA PROVNCIA

  • 24

    H 25 anos, o padre Incio Luiz Rhoden, 50 anos, ingressava na Companhia de Jesus. O jesuta bacharel em Filosofia e mestre em Antropologia Teolgica pelo Centro de Estudos Superiores da Companhia de Jesus-CES, de Belo Horizonte (MG), atual FAJE (Faculdade Jesuta de Filosofia e Teologia), e bacharel em Teologia pela Pontifcia Universidade Gre-

    goriana (Roma) j assumiu al-gumas funes e ministrios na Companhia de Jesus.

    Em 2005, foi scio do mestre de novios, no Noviciado Paulo Apstolo, em Cascavel (PR), e, en-tre 2006 e 2013, assumiu a funo de mestre de novios na mesma instituio. Em 2014, o jesuta foi reitor da Igreja da Ressurreio, em Porto Alegre (RS).

    PLATAFORMAS APOSTLICAS A misso apostlica da

    Companhia de Jesus reali-zada de forma qualitativa e articulada. Um dos objetivos da nova organizao em sete Plataformas Apostlicas, que constituem a Provncia do Brasil (BRA), garantir a qualidade dessa articulao entre vida e misso. As Pla-taformas Apostlicas so: Amaznia, Centro-Oeste, Nordeste 1, Nordeste 2, Les-te, Sul 1 e Sul 2.

    Cada Plataforma Apos-tlica estar sob a liderana de um nico Superior, que, sendo o responsvel imedia-to pela misso da Compa-nhia de Jesus naquela regio, zelar pelo cuidado pessoal e apostlico dos jesutas que

    Plataforma Apostlica Amaznia

    AM

    RO

    PA

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    APRR

    A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL GOVERNO DA PROVNCIA

    a vivem e trabalham. Alm disso, o discernimento con-tnuo e a animao da misso tambm sero de sua res-ponsabilidade.

    Os Superiores das Plata-formas Apostlicas consti-tuem o Frum de Superiores, juntamente com os Superio-res das Casas de Formao [leia mais na pg. 28], e co-laboram com o Provincial da BRA no fortalecimento do corpo e discernimento apos-tlico. O Superior Geral da Companhia de Jesus, padre Adolfo Nicols, anunciou, no dia 7 de novembro, quais seriam os Superiores das Plataformas Apostlicas no pas. A seguir, confira o perfil de cada um deles.

    Superior:Padre Incio Luiz Rhoden

    DatadeNascimento:2 de outubro de 1964

    EntradanaCompanhia:14 de fevereiro de 1989

    OrdenaoSacerdotal:25 de novembro de 2000

    ltimosVotos:11 de janeiro de 2006

  • 25I N F O R M AT I V O D O S J E S U TA S D O B R A S I L

    Em 2014, o padre Cludio Antnio Lorencini, 44 anos, desempenhou a funo de proco da Parquia Nossa Se-nhora do Rosrio, em Russas (CE). Entre 2011 e 2013, assu-miu a mesma funo na Par-quia de Todos os Santos, em Feira de Santana (BA). Padre Cludio tambm foi diretor da Comunidade Vocacional

    do Peregrino, em Teresina (PI), nos anos de 2007 a 2010, e animador da Pastoral Voca-cional, em Capim Grosso (BA), entre 2005 e 2006.

    Padre Cludio Lorencini bacharel em Filosofia e Teo-logia pelo Centro de Estudos Superiores da Companhia de Jesus-CES, atual FAJE, em Belo Horizonte (MG).

    Bacharel em Filosofia e Te-ologia pelo Centro de Estudos Superiores da Companhia de Jesus-CES, atual FAJE, em Belo Horizonte (MG), e mestre em Ci-ncias Sociais pela PUC-SP (Pon-tifcia Universidade Catlica de So Paulo), padre Carlos Fritzen j assumiu diversas funes e ministrios.

    Em 1998, atuou no Apostola-

    do do Centro Pastoral Santa F. Em 2004, assumiu a funo de diretor Nacional da Fundao F e Alegria, e, em 2011, foi diretor presidente na mesma instituio. Antes de cumprir a funo de Su-perior da Plataforma Apostlica Centro-Oeste, o jesuta foi diretor do Centro Pastoral Santa F e ad-ministrador Provincial da Provn-cia BRC (Brasil Centro-Leste).

    MA

    PI

    CERN

    MTTO

    GO

    MS

    DF

    Plataforma Apostlica Centro-Oeste

    Plataforma Apostlica Nordeste 1

    A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL GOVERNO DA PROVNCIA

    Superior:Padre Carlos Fritzen

    DatadeNascimento:8 de abril de 1963

    EntradanaCompanhia:10 de fevereiro de 1986

    OrdenaoSacerdotal:3 de janeiro de 1998

    ltimosVotos:31 de julho de 2003

    Superior:Padre Cludio Antnio Lorencini

    DatadeNascimento:7 de julho de 1970

    EntradanaCompanhia:15 de fevereiro de 1993

    OrdenaoSacerdotal:9 de julho de 2005

    ltimosVotos:19 de agosto de 2012

  • 26

    H cerca de 30 anos no Brasil, o pa-dre Mieczyslaw Smyda, 57 anos, no esquece sua terra natal, a Polnia, mas sempre que pode declara seu amor pelo nosso pas. Ele bacharel em Filosofia e Teologia, ttulos obtidos em Cracvia e Varsvia, na Polnia, e mestre em Litur-gia pela Faculdade Nossa Senhora da Assuno, instituio de So Paulo (SP).

    Padre Smyda, j assumiu diver-sas funes na Companhia de Jesus. Foi prefeito da Igreja do Colgio Santo

    Incio, no Rio de Janeiro (RJ), diretor de Pastoral do Colgio So Francisco Xavier, e da Pastoral do Colgio So Lus, ambas em So Paulo (SP), e di-retor Geral do Colgio So Lus, entre 2003 e 2008, e do Colgio Santo In-cio, entre 2009 e 2011. Alm disso, entre 1989 e 1998, assumiu diversos ministrios durante sua passagem no Anchietanum. Entre 2011 e 2014, de-sempenhou a funo de provincial da Provncia BRC (Brasil Centro-Leste).

    J tendo assumido as funes de diretor do Colgio Santo In-cio de Fortaleza (CE) e da Casa de Retiros Sagrado Corao de Jesus, em Baturit (CE), o padre Antnio Tabosa Gomes, 43 anos, torna-se agora Superior da Pla-taforma Apostlica Nordeste 2. Padre Antnio Tabosa tambm j foi assistente de Pastoral no Colgio Antnio Vieira, Salvador

    (BA), e, atualmente, proco da Parquia So Cristvo, em Ca-pim Grosso (BA).

    Bacharel em Filosofia e Te-ologia pelo Centro de Estudos Superiores da Companhia de Jesus-CES, atual FAJE, em Belo Horizonte (MG), e tambm ps--graduado em Gesto Empresa-rial pela FGV (Fundao Getlio Vargas).

    BA

    SEAL

    PE

    PB

    MG

    ES

    RJ

    Plataforma Apostlica Nordeste 2

    Plataforma Apostlica Leste

    A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL GOVERNO DA PROVNCIA

    Superior:Padre Antnio Tabosa Gomes

    DatadeNascimento:19 de setembro de 1971

    EntradanaCompanhia:10 de fevereiro de 1994

    OrdenaoSacerdotal:16 de julho de 2005

    ltimosVotos:8 de janeiro de 2012

    Superior:Padre Mieczyslaw Smyda

    DatadeNascimento:1 de setembro de 1957

    EntradanaCompanhia:31 de agosto de 1973

    OrdenaoSacerdotal:31 de julho de 1984

    ltimosVotos:21 de junho de 1993

  • 27I N F O R M AT I V O D O S J E S U TA S D O B R A S I L

    O padre Vicente Palotti Zorzo, 49 anos, j exerceu a funo de Forma-dor no Juniorado Interprovincial Pe. Gabriel Malagrida, em Joo Pessoa (PB). Em Moambique, foi formador e missionrio na Comunidade Vo-cacional, entre 1999 e 2004, e Pro-co na Parquia So Joo Batista. Em 2005, de volta ao Brasil, padre Vicen-te realizou atividades pastorais, em Porto Alegre (RS), onde tambm foi Reitor da Igreja da Ressurreio.

    Bacharel em Filosofia e Teologia pelo Centro de Estudos Superiores da Companhia de Jesus-CES, atual FAJE, em Belo Horizonte (MG), pa-dre Vicente tambm foi reitor do Teologado Interprovincial Santo Incio de Loyola, na mesma cida-de. O jesuta, que foi o provincial da Provncia BRM (Brasil Meridional), entre 2012 e 2014, mestre em Educao pela UFPB (Universidade Federal da Paraba).

    O padre Luiz Neis, 56 anos, bacharel em Teologia pela Pon-tifcia Universidade Gregoriana (Roma), bacharel em Filosofia e mestre em Teologia pelo Centro de Estudos Superiores da Compa-nhia de Jesus-CES, atual FAJE, em Belo Horizonte (MG).

    Entre 1995 e 1999, o jesuta exerceu a funo de vice-reitor

    do Filosofado Interprovincial So Francisco Xavier, em Belo Hori-zonte (MG). Foi Superior da re-gio do Mato Grosso entre 2000 e 2007. Em seguida, foi reitor do Juniorado Interprovincial Pe. Ga-briel Malagrida, em Joo Pessoa (PB), e, desde 2012, proco da Pa-rquia Nossa Senhora de Ftima, em Pelotas (RS).

    SP MG

    PR

    SC

    RS

    Plataforma ApostlicaSul 2

    Plataforma ApostlicaSul 1

    A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL GOVERNO DA PROVNCIA

    Superior:Padre Vicente Palotti Zorzo

    DatadeNascimento:26 de maio de 1965

    EntradanaCompanhia:7 de fevereiro de 1984

    OrdenaoSacerdotal:28 de dezembro de 1996

    ltimosVotos:6 de abril de 2002

    Superior:Padre Luiz Neis

    DatadeNascimento:13 de maio de 1958

    EntradanaCompanhia:24 de fevereiro de 1978

    OrdenaoSacerdotal:9 de dezembro de 1989

    ltimosVotos:30 de abril de 1996

    PR

  • 28

    Superior do NoviciadoPadre Jair Barbosa Carneiro

    O Noviciado um tempo pro-pcio para que o jovem conhea a Companhia de Jesus de forma mais ampla. Nesse perodo, eles entram em contato com nosso modo de vida e misso, favorecendo, dessa forma, o aprofundamento de seu discerni-mento vocacional, explica o padre Jair Barbosa Carneiro, Mestre e Supe-rior do Noviciado. O jesuta ressalta que a formao e a incorporao no Corpo Apostlico da Companhia no se faz sozinho, mas acompanhado.

    Como Mestre, padre Jair tem como misso acompanhar os no-vios, ajudando-os no aprofun-damento do discernimento voca-cional. Para isso, ele conta com o auxlio do padre Jos Paulino, Scio;

    As Casas de Formao tambm faro parte do Governo da Provncia do Brasil (BRA) e tero a funo de ajudar na pre-parao dos jesutas que integram o Cor-po Apostlico da Companhia de Jesus. No pas, h trs Casas de Formao: Novicia-do, Juniorado e Filosofado, e Teologado. Cada uma delas contar com um Supe-rior, que dever zelar pela integrao efe-tiva dos jovens jesutas em formao na misso do Corpo Apostlico da Provncia.

    Os Superiores do Noviciado e Junio-rado/Filosofado foram nomeados pelo Provincial, com a aprovao do Superior Geral da Companhia de Jesus, padre Adol-fo Nicols. Entre outras atividades, os Su-periores dessas duas Casas de Formao faro parte tambm das seguintes instn-cias auxiliares de Governo: Frum dos Su-periores e Frum de Gesto Apostlica.

    O Teologado um Centro Internacio-nal de Formao (CIF) da CPAL, por isso, seu Superior foi nomeado pelo Presi-

    dente da CPAL, padre Jorge Cela, com prvia autorizao do padre Adolfo Ni-cols. O Superior do Teologado dever governar de acordo com as orientaes da CPAL para os CIFs. Ele tambm far parte do Frum dos Superiores e do F-rum de Gesto Apostlica.

    ETAPAS DE FORMAO

    Alm de ser a primeira etapa de for-mao do jesuta, o Noviciado um pe-rodo de provao. Durante dois anos, o novio vive profundamente a espiritua-lidade inaciana, por meio dos Exerccios Espirituais. Nesse perodo, ele conhece e estuda profundamente a histria, os documentos, a misso atual da Compa-nhia de Jesus e sua insero na Igreja e no mundo. Atualmente, o Noviciado est localizado em Feira de Santana (BA).

    No Juniorado, o jovem inicia sua forma-o acadmica, com durao entre um e

    dois anos. Nesse tempo, ele realiza os es-tudos de humanidades e a preparao para os de Filosofia (para os que sero padres) ou para outros cursos superiores (para os irmos). Aps o Juniorado, o jovem inicia seus estudos filosficos, que duram, aproxi-madamente, trs anos. No Brasil, essas duas etapas acontecem em Belo Horizonte (MG).

    No Teologado, o jovem d incio aos estudos teolgicos, que buscam prepa-rar, de modo adequado, o jesuta para um maior servio Igreja e sociedade. Na Companhia de Jesus, os estudos teolgi-cos so de alta qualidade, pois tm como propsito contribuir para o dilogo cristo com a cultura atual. Dessa forma, o jovem no assimila apenas as doutrinas crists j estabelecidas, mas tambm aprende a refletir teologicamente sobre os temas contemporneos. De acordo com cada te-ologado, o curso pode durar trs anos ou mais. Conhea os Superiores das Casas de Formao nas prximas pginas.

    do irmo Gabriel Schuh, Ministro; e do padre Pedro Pereira, proco e colaborador da equipe. Na funo de Superior, padre Jair tem como responsabilidade animar a vida e a misso da comunidade, articu-lando as diferentes dimenses pre-sentes no dia a dia, e ajudando nos processos de discernimento.

    Natural de Riacho do Jacupe, serto da Bahia, padre Jair, 44 anos, o mais velho de uma famlia de sete irmos. O jesuta conta que, quando era mais jovem, comeou a participar dos trabalhos com a juventude da Parquia, onde hoje est o Noviciado, em Feira de San-tana (BA). Aos poucos, esse trabalho foi despertando sua vocao. Nes-

    se tempo, eu tive contato com os novios, com eles eu criei laos de confiana e amizade. Esse contato foi me trazendo algumas inquieta-es no campo vocacional. Nesse contexto, a Companhia de Jesus foi aparecendo a partir da experincia das pessoas, da pastoral, alm da vida de orao. Tudo isso fez com que brotasse em mim o desejo de oferecer minha vida no seguimento do Senhor, conclui padre Jair.

    CASAS DE FORMAO

    A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL GOVERNO DA PROVNCIA

  • 29I N F O R M AT I V O D O S J E S U TA S D O B R A S I L

    Superior do Juniorado e Filosofado

    Superior do Teologado

    Padre Walter Falchi Honorato

    Padre Edison de Lima

    Aps um tempo de profunda es-piritualidade no Noviciado, o jesuta chamado a iniciar seus estudos. Segundo o padre Walter Falchi Ho-norato, 46 anos, nesse tempo de transio, o grande desafio no deixar que o ardor espiritual inten-so do noviciado se arrefea. Uma das misses do Superior animar seus companheiros no seguimento de Jesus. No devemos ter pressa:

    A etapa dos estudos teolgicos prepara o jesuta para a ordenao presbiteral. essa misso que o pa-dre Edison de Lima assume a partir da criao da Provncia do Brasil. O jesuta, 44 anos, foi nomeado para ser o Superior do Teologado. A for-mao uma etapa importante para os membros da Companhia de Jesus e, desde o incio, esse aspecto esteve presente na vida de padre Edison. Durante sua formao, ele traba-lhou na pastoral vocacional dos je-sutas e no pr-noviciado, ajudando aqueles que iniciavam sua trajetria de entrada na Companhia de Jesus.

    Padre Edison diz que participou de grupos de jovens da igreja, na infncia e juventude. Na poca, eu

    os momentos mais profundos e importantes na formao de um je-suta se do no tempo de Deus, que no o nosso, explica padre Walter.

    Para ele, formar jovens jesutas na liberdade e na responsabilidade, para que possam incorporar-se na vida apostlica da Companhia de Jesus, um dos grandes desafios de sua misso. Ele destaca tambm que dar ateno aos sinais do mundo contemporneo, ou seja, ser capaz de seguir Jesus em tempos tecnol-gicos, de redes sociais e com novas demandas outro grande desafio.

    Quando jovem, padre Walter participou da CVX (Comunidade

    frequentava uma parquia Francis-cana, comenta. O jesuta relembra que o primeiro contato com a Com-panhia de Jesus aconteceu durante um retiro espiritual. Foi uma ex-perincia muito forte e resolvi que queria conhecer a Companhia, conta. Mas, entre a participao na parquia e o retiro, padre Edison se formou em Cincias Contbeis pela Universidade de Sorocaba (SP).

    Antes de se tornar jesuta, padre Edison trabalhou em uma empresa alem de produo de peas auto-mobilsticas e em outra do ramo de calados. Quando me formei, resol-vi parar por um ano meus estudos e pensar no que fazer da vida. Sem-pre gostei da ideia de ser mission-

    de Vida Crist), acompanhado por uma religiosa da Congregao das Filhas de Jesus. Comecei a fazer al-guns Exerccios Espirituais voltados para jovens, da conheci os jesutas de Goinia. Nos anos 80, os jesu-tas do planalto central focaram seu trabalho na formao da juventu-de, relembra padre Walter. O jesu-ta conta que sentiu o chamado de Deus quando tinha 16 anos. Em um domingo, durante um retiro inacia-no na Casa da Juventude de Goinia, na capela, eu disse: Quero ser padre para acabar com a fome do mundo. De modos diversos, esse chamado ainda habita meu peito, afirma.

    rio, mas eu tinha o trabalho e a fa-mlia. Nesse momento, eu precisava pensar e, por isso, busquei o retiro e o acompanhamento espiritual com o padre Herreros, no Anchietanum, relembra padre Edison. Ao conhecer melhor a misso da Companhia de Jesus, veio a vontade de torna-se je-suta, consagrando-se a Deus.

    Adaptado da revista Sino, edio denovembro de 2013.

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    O trabalho do Secretariado de Articulao e Capacitao para a Misso ser o de ajudar o Provincial e os Superiores no discernimento da misso da Companhia de Jesus. Para o Secretrio Elton Vitoriano Ribeiro, 43 anos, do eixo de Colabo-rao com outros, atualmente, um dos grandes desafios da Ordem re-ligiosa deixar de viver a misso de maneira individual, a partir do tra-balho pessoal ou de obras particu-lares. Nossa perspectiva viver de maneira articulada, tendo, diante dos olhos, o horizonte mais amplo da misso da Companhia no Brasil, a servio da Igreja de Cristo, afirma.

    Natural de So Paulo (SP), mas de famlia mineira, Elton cresceu em Varginha (MG). Se-gundo ele, a famlia sempre foi catlica. Na poca de meu nas-cimento, morvamos em So Paulo. Quando voltamos para Varginha, fomos morar em um bairro novo, que no tinha nada, nem Igreja. Ento, eu cresci jun-to com a comunidade eclesial daquele lugar, relembra o je-suta. No incio, celebrvamos as missas nas ruas e tnhamos as catequeses nas casas das fa-mlias. Depois, pouco a pouco, conseguimos um terreno e, com muito trabalho, construmos nossa Igreja, conta Elton.

    Em 1992, em meio s atividades com grupos de jovens da regio, El-ton comeou a se questionar sobre sua vocao. Orientado pelo pro-co, padre Walter Brito, foi enviado para participar do GAVI (Grupo de Acompanhamento Vocacional Ina-ciano) com o padre Luiz Sefrin, em Santa Rita do Sapuca (MG). Em 1995, ingressou na Companhia de Jesus e, aps muito estudo e dedi-cao aos trabalhos, foi enviado para Cuba, para fazer a Terceira Provao, no ano de 2010. Em fe-vereiro de 2011, voltou ao Brasil e, desde ento, exerce a funo de professor de Filosofia na FAJE (Fa-culdade Jesuta de Filosofia e Teolo-gia), em Belo Horizonte (MG).

    SECRETARIADO DE ARTICULAO E CAPACITAO PARA A MISSO

    O Secretariado de Articulao e Capacitao para a Misso ser um servio oferecido Companhia de Jesus no Brasil . Sua principal funo ser a de auxiliar o gover-no do Provincial e dos Superiores na concepo de um novo modo de compreender e viver a misso. Por meio da criao de ampla rede que sustentar programas de ati-vidades e de formao para jesu-tas e leigos (as), o Secretariado ajudar a Provncia do Brasil a se capacitar para assumir uma nova cultura apostlica, geradora de vida, articulada e itinerante.

    Como uma das instncias auxi-

    l iares do governo, o Secretariado de Articulao e Capacitao para a Misso ser composto por trs Secretrios responsveis por ei-xos transversais da misso (Co-laborao com outros; Servio da F e Espiritualidade; Promoo da Justia) e por um Secretrio, que ser responsvel por uma opo pastoral da Igreja latino-america-na (Juventudes e Vocaes).

    Os Secretrios no sero ex-clusivamente dedicados a esse servio, mas se reuniro regular-mente para exame, planejamento e avaliao das solicitaes dos Superiores de Plataformas Apos-

    tlicas e do Provincial do Brasil . O Secretariado contar com um pe-queno staff local de profissionais para o encaminhamento das soli-citaes e definies.

    Alm dessa funo, os Secre-trios tambm vo compor o F-rum de Gesto Apostlica, que contar com a participao dos membros do Frum de Superio-res, do Staff de Governo, e pelos coordenadores de duas instn-cias nacionais Fundao F e Alegria e Frum de Reitores de Instituies de Ensino Superior. Conhea os Secretrios nas pr-ximas pginas:

    Colaborao comOutrosPadre Elton Vitoriano Ribeiro

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    Nas atribuies dos Secretrios, es-to previstas atividades de articulao e de formao. O eixo do Servio da F e Espiritualidade ir contribuir para que a dimenso transversal da misso dos jesutas seja aprofundada nas diferen-tes iniciativas e obras da Companhia de Jesus no pas. Os Secretrios no tero dedicao exclusiva para essa atividade. E isso muito estimulante, pois deman-dar muita criatividade, no s de quem est frente desta misso, mas tambm dos que esto assumindo as atividades concretas do anncio da f e do servio espiritualidade, afirma padre Geraldo Luiz De Mori, 54 anos, Secretrio para o Servio da F e Espiritualidade.

    O Secretrio para a Justia Social e Ecologia tem como uma de suas res-ponsabilidades estar atento s ques-tes que envolvam a justia social e a ecologia, dentro da misso da Com-panhia de Jesus. Para o padre Jos Ivo Follmann, 67 anos, um dos maiores desafios como Secretrio contribuir para que os jesutas e os que atuam em suas obras, orientem seu modo de vida e atuao para a construo de uma sociedade sustentvel.

    Natural de Cerro Largo (RS), re-gio das misses jesuticas e da colo-nizao alem, Jos Ivo Follmann o

    padre Bruno Schizzerotto trabalhava com jovens e vocacionados. E foi assim que o jesuta conheceu o jovem Geral-do e o convidou para fazer parte do grupo vocacional da regio. Aps um tempo de trabalho e estudos, ingres-sou na Companhia de Jesus com 21 anos. Em 1992, foi ordenado presbtero, indo em seguida para a Frana, onde concluiu o mestrado e o doutorado. Em 2002, retornou ao Brasil e come-ou a ensinar Teologia, interrompendo o magistrio para a Terceira Provao, realizada no Mxico, em 2005.

    transformar a sociedade, conta.Doutor em Sociologia pela Uni-

    versidade Catlica de Louvain la Neuve, na Blgica, padre Ivo Foll-mann ajudou a criar o Programa de Ps-Graduao em Cincias Sociais (Mestrado e Doutorado), na Unisinos, instituio onde atua como professor. Em 2001, como diretor do Centro de Cincias Humanas, protagonizou, junto com o padre Incio Neutzling e outros, a criao do Instituto Huma-nitas Unisinos IHU, que tem como objetivo apontar novas questes e buscar respostas para os desafios do mundo contemporneo a partir da viso do humanismo social cristo.

    Terceiro filho de uma famlia de sete irmos, Geraldo De Mori nasceu em Cachoeiro de Itapemirim (ES). O jesuta diz que descobriu o senti-do da f ainda criana. O primeiro contato com a f foi com minha av materna, depois com meu pai, um homem de Deus. Minha av, apesar de iletrada, conhecia quase todos os grandes textos da Bblia. Quando ia passar as frias em sua casa, aps a reza do tero, ela nos contava aque-les episdios magnficos da Sagrada Escritura, relembra.

    Na cidade de Geraldo, havia ape-nas uma residncia jesutica, o IPA (Instituto Padre Anchieta), local onde

    stimo filho de uma famlia de onze irmos, sendo um j falecido. Aos 11 anos, ele foi para um seminrio em Salvador do Sul, a 550 km de sua terra natal. Concluiu o Ensino Mdio no Colgio Catarinense, em Floria-npolis (SC). Em 1966, ingressou no Noviciado da Companhia de Jesus e, aps dois anos, foi para So Pau-lo, onde fez os dois primeiros anos de Filosofia e deu incio ao curso de Cincias Sociais. Nessa poca, tomei conscincia que queria ser um padre jesuta que desse uma boa contri-buio para a conscientizao social das pessoas, para que, assim, pudes-sem exercer a cidadania, ajudando a

    Servio da F e EspiritualidadePadre Geraldo Luiz De Mori

    Promoo da Justia e EcologiaPadre Jos Ivo Follmann

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    Uma das iniciativas da Compa-nhia de Jesus junto aos jovens a implementao do Programa MAGIS Brasil, que j est sendo realizado no pas. Baseado na experincia do MA-GIS 2013, o programa constitudo por uma equipe central, que coorde-na quatro dimenses (Exerccios Espi-rituais, Voluntariado Jovem, Pedagogia e Vocaes Jesutas) e dois servios (Administrao e Comunicao). Se-gundo padre Jonas Caprini, Secretrio de Juventudes e Vocaes, a dinmica das dimenses e servios reforar a Rede Inaciana de Juventude. Vamos nos articular em trs instncias: 1) Es-critrio MAGIS Brasil, 2) Centros MA-GIS, e 3) Casas MAGIS e demais obras da Companhia de Jesus, explica.

    o pela Companhia de Jesus e seu apostolado, acrescenta.

    Padre Jonas fez curso de Forma-o para formadores e mestrado em Teologia Espiritual, ambos pela Pontifcia Universidade Gregoriana, em Roma. Aps a concluso dos cursos, foi para Salamanca, Espa-nha, onde realizou a Terceira Prova-o. Em 25 de maro de 2014, padre Jonas professou os ltimos votos na Companhia de Jesus. A cerimnia foi realizada na Igreja de Santo An-tnio da Barra, em Salvador (BA).

    Filho caula de uma famlia de cinco irmos, Jonas Caprini nasceu e cresceu na comunidade de Santo Incio de Loyola, em Bom Destino (Iconha/ES). Desde cedo, apren-di o que era ser Igreja. Meus pais e irmos eram envolvidos na comu-nidade. Em casa, sempre tnhamos momentos de orao e sinais cris-tos. A famlia e a comunidade fo-ram os grandes responsveis pela minha vocao, afirma padre Jo-nas. Quando me envolvia nos tra-balhos pastorais, sentia que podia servir mais. Quanto mais eu me en-tregava para o servio aos demais, mais realizado eu me sentia. Ento, acolhi esta proposta de vida como um meio que se concretiza na op-

    Juventudes e Vocaes Padre Jonas Elias Caprini

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    Na Paz do SenhorPe. Guido Edgar Wenzel

    Guido Edgar Wenzel, filho de Balduno Antnio Wenzel e Arminda Ferst, nasceu na Linha Caraguat, Salvador das Misses (RS), no dia 18 de julho de 1936. Foi criado numa fa-mlia muito religiosa, suas duas irms so Franciscanas. Entre 1948 e 1956, estudou no Colgio Santo Incio, em Salvador do Sul (RS).

    Em 28 de fevereiro de 1957, Gui-do ingressou na Companhia de Je-sus, em Pareci Novo (RS), onde fez o Noviciado e o Juniorado (o curso de Letras Clssicas). Depois de cursar Filosofia em So Leopoldo (RS), de 1960 a 1962, Guido foi enviado ao Co-lgio Anchieta de Porto Alegre para o perodo do Magistrio e para fazer o curso de Qumica, na UFRGS (Univer-sidade Federal do Rio Grande do Sul). L, obteve o bacharelado e a licencia-tura em Qumica, em 1967.

    O jesuta tambm ensinou Qumica no Colgio de Aplicao, da UFRGS, e no Colgio Anchieta. Nesse tempo, escreveu o seguinte, em carta ao Pe. Provincial: Minha nica preocupao que a Companhia, atravs de meus estudos, embora profanos, consiga impor-se sempre mais aos homens de cincia. E, a Companhia, como fi-

    lha obediente da Igreja, consiga le-var Cristo a estes homens e queles que, porventura, forem um dia meus alunos. Que se realize o lema: Pela Qumica at Deus. Mostrou-se grato aos colegas de magistrio: A genero-sidade de tantos escolsticos sem-pre me animou a dar o melhor de mim mesmo.

    Entre 1968 e 1970, cursou Teolo-gia e ordenou-se presbtero no dia 19 de dezembro de 1970, em sua terra natal. De 1972 a 1975, o padre Guido cursou o mestrado em Bioqumica na UFP (Universidade Federal do Pa-ran), em Curitiba. No Natal de 1975, emitiu seus ltimos votos. Aps tra-balhar trs anos como professor, na Unisinos, voltou aos estudos na UFP, obtendo, em 1991, o ttulo de Doutor em Cincias Biolgicas.

    Retornando Unisinos, padre Gui-do dedicou sua vida ao apostolado intelectual, atravs do magistrio e da pesquisa cientfica. Alm de pro-fessor e pesquisador em Qumica e Bioqumica, tambm foi coordenador dos laboratrios de Qumica e das atividades de vidraria, e membro do conselho universitrio da Unisinos. Gostava de escrever e foi fiel cola-borador de diversas revistas, tanto cientficas como de divulgao, alm de tradutor de livros do alemo e do ingls para o portugus. Orientou tambm grupos bblicos.

    Conhecemos padre Guido como homem dedicado, srio e trabalhador. Ele assumia encargos com esprito de responsabilidade e era constante na realizao. Na comunidade religiosa, foi bom companheiro e amigo. Culti-vou profunda vida espiritual. Cons-ciente das limitaes, mostrou-se aberto para receber advertncias, como escreveu ao Pe. Provincial an-tes de emitir os ltimos votos: Com o desejo de ser um operrio sempre

    Por Martinho Lenz

    mais eficiente na vinha do Senhor, peo a caridade de ser advertido nas falhas que esto aninhadas em mim.

    No incio de 2014, padre Guido soube que tinha um tumor maligno. Desde ento, se submeteu a sesses de quimioterapia e outras medica-es. Em meio doena, quanto pos-svel, no deixou de rezar, trabalhar, ler e escrever. Esteve consciente de que as foras fsicas estavam che-gando ao fim. Mesmo assim, cultivou boa disposio de nimo, dedicando--se a escrever mais um livro e artigos para revistas sobre temas da Bio-qumica aplicada sade. Sua f em Deus no esmoreceu. Faleceu na paz do Senhor, meia-noite de domingo para segunda-feira, no dia 27 de outu-bro de 2014. Tinha 78 anos de idade, 57 de Companhia e 43 de sacerdcio. Que Deus o tenha na sua paz!

    O Ir. Antonio Ribeiro Martins, 68 anos, faleceu no final da manh do dia 24 de outubro, no hospital Otoclnica, vtima de parada car-daca e insuficincia respiratria. O velrio foi realizado na capela da comunidade So Luiz Gonza-ga, em Fortaleza (CE). A missa de Corpo Presente e o enterro acon-teceram no Parque da Paz.

    IR. ANTONIO RIBEIRO MARTINS

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    NOVEMBRO

    Pe. Juan Fernando Lpez Prez (PAR)Pe. Paulo Csar Barros

    Pe. Antonio BaronioPe. Luiz Fernando Klein

    Pe. Antnio Jos Maria Abreu

    Pe. Jos A. Fayos FlorentIr. Selvino Ternus

    DEZEMBRO

    Pe. Roque Pedro Follmann

    Pe. Gerardo Cabada Castro

    Pe. Jos Larcio de LimaEsc. Juan Carlos Gutirrez Merino (PER)

    Ir. Napoleo Nunes de OliveiraPe. Theodoro Paulo S. PetersIr. Valdemiro Costa

    Pe. Marco Antonio de Oliveira SantosEsc. Ramn Eduardo Lara Mogollon (VEN)

    Ir. Hlio Birck

    Pe. Carlos Srgio VianaPe. Geraldo M. Labarrre NascimentoPe. Werner Spaniol

    Ir. Lus Edilberto de Castro Feitosa

    Pe. Jackson Alves Carvalho

    Pe. Oscar Gonzlez-Quevedo

    Pe. Hugo Jos Mentges

    Pe. Lcio Flvio R. Cirne

    Pe. Edson Tom Pachco Silva

    Esc. Joaquim Lucas Biriate (MOZ)

    Ir. Gabriel Schuh Pe. Luiz Antonio de Arajo Monnerat Pe. Sandoval Alves Rocha

    Pe. Marcelo Fernandes de Aquino

    Pe. Csar Andrade Alves Pe. Emmanuel da Silva e Araujo Pe. Henrique Muniz Puig Ir. Jos Lybino Schtz Pe. Luiz Jos Haas Pe. Shigemi (Miguel) Hirata Ir. Valdir Jac Vanzella

    Pe. Felipe de Assuno Soriano

    Esc. Carlos Miguel de Brum Lopes

    Pe. Claudio Werner Pires Ir. Deivison da Cruz Lima Pe. Roberto Jernimo Gottardo Pe. Setsuro (Silvestre) Horie JPN

    Pe. Antnio Iasi Jnior 60 anos de Sacerdcio

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    JUBILEUS2 de dezembroPe. Andrade Jos da Silva25 anos de Sacerdcio

    3 de dezembroPe. Guilhermo Cardona Grisales (COL) 50 anos de Companhia

    Pe. Shigemi (Miguel) Hirata 60 anos de Sacerdcio

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    09 de dezembroPe. Luiz Neis25 anos de Sacerdcio

    Pe. Heribert Hammes 50 anos de Sacerdcio

    18 de dezembroPe. Dionel Lopes Amaral 50 anos de Sacerdcio

    23 de dezembroIr. Jacob Arsnio Rech70 anos de Companhia

    07 de dezembroPe. Albano Ignacio Ternus 50 anos de Sacerdcio

    Pe. Humberto Pietrogrande 50 anos de Sacerdcio

    Pe. Clemens Kanisius Haas 50 anos de Sacerdcio

    Pe. Benno Leopoldo Petry 50 anos de Sacerdcio

    Pe. Roque Schneider 50 anos de Sacerdcio