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Em EDIÇÃO 14 ANO 2 MAIO 2015 INFORMATIVO DOS JESUÍTAS DO BRASIL FRANCISCO VISITARÁ A AMÉRICA DO SUL pág. 11 SOLIDARIEDADE AOS IMIGRANTES AFRICANOS pág. 17 COOPERAÇÃO COM AS COMUNIDADES INDÍGENAS pág. 20 PROTAGONISTAS DA PRÓPRIA HISTÓRIA especial pág. 12 ASSIM COMO RODOLFO RODRIGUES GOMES, MAIS DE 63 MIL PESSOAS SÃO BENEFICIADAS PELOS PROGRAMAS SOCIAIS DA COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL

Em Companhia - Informativo da Companhia de Jesus no Brasil

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14ª Edição | Maio 2015

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  • JESUTAS BRASIL

    Em EDIO 14ANO 2MAIO 2015INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL

    FRANCISCO VISITAR A AMRICA DO SUL

    pg. 11

    SOLIDARIEDADE AOS IMIGRANTES AFRICANOS

    pg. 17

    COOPERAO COM AS COMUNIDADES INDGENAS

    pg. 20

    PROTAGONISTAS DAPRPRIA HISTRIA

    especial pg. 12

    ASSIM COMO RODOLFO RODRIGUES GOMES, MAIS DE 63 MIL PESSOAS SO BENEFICIADAS PELOS PROGRAMAS SOCIAIS DA COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL

  • ANNCIO

  • ANNCIO

  • 4 Em

    SUMRIO EDIO 14 | ANO 2 | MAIO 2015

    EDITORIAL Apostolado Social, essencial Misso da

    Companhia de Jesus

    CALENDRIO LITRGICO

    ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO Cuidado com o bem-estar dos jesutas

    O MINISTRIO DE UNIDADE NA IGREJA SANTA S Jubileu da Misericrdia Papa visitar Equador, Bolvia e Paraguai

    ESPECIAL A oportunidade de ampliar horizontes

    MUNDO CRIA GERAL Anurio 2015 da Companhia de Jesus Solidariedade aos imigrantes africanos Nomeaes Pontifcio Instituto Oriental MAGIS 2016 aproxima-se!

    AMRICA LATINA CPAL Para que se formar? Semana Santa na regio Pan-amaznica Visitas s comunidades indgenas

    SERVIO DA F Processo de beatificao de Dom Helder Santurio Nacional de Anchieta Eleito novo presidente da CNBB

    6

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    21

  • 5Em

    EmJESUTAS BRASIL

    INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL

    EXPEDIENTE

    EM COMPANHIA uma publicao mensal dos

    Jesutas do Brasil, produzida pelo Ncleo de Co-

    municao Integrada (NCI)

    CONTATO [email protected]

    www.jesuitasbrasil.com

    DIRETOR EDITORIALIr. Eudson Ramos

    EDITORA E JORNALISTA RESPONSVELSilvia Lenzi (MTB: 16.021)

    REDAOJuliana Dias

    DIAGRAMAO E EDIO DE IMAGENSHanderson Silva

    Dimas Oliveira

    COLABORADORES DA 14 EDIOPe. Adelson Arajo dos Santos, Dhyovaine Nas-

    cimento, Pe. Jonas Carvalho de Moraes, Ir. Orival

    Bonicoski, Pedro Risaffi, Rodrigo Marques, Pe.

    Valrio Sartor e Ana Ziccardi (reviso). Um agra-

    decimento especial a todos que colaboraram

    com a matria especial dessa edio.

    FOTOSBanco de imagens / Divulgao

    TRADUO DAS NOTCIAS DA CRIAPe. Jos Luis Fuentes Rodriguez

    ERRATANa 13 edio (abril) do informativo Em Com-panhia, pg. 17, foi publicado a notcia Petar Barbarie, Servo de Deus. O ttulo correto Petar

    Barbarie, um Venervel.

    PROMOO DA JUSTIA E ECOLOGIA CCB promove Curso de Formao de Educadores Professores do Vieira visitam escola de

    educao inclusiva

    DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO Pateo do Collegio promover Ciclo de Debates Edies Loyola participa de Salo do Livro em Paris

    EDUCAO Secretrio Mundial para Educao Bsica participa de

    reunio no Rio

    FEI e Centro Paula Souza premiam projetos inovadores

    Colgio Loyola inaugura Ncleo de Inovao Alunos do Colgio So Lus produzem vdeo

    sobre a gua

    SERVIO S JUVENTUDES E VOCAES Primeiro Frum Magis Jesutas participam de encontro da CONAFEJ Casa da Juventude Padre Burnier promove Manh

    de Orao

    FORMAO E CUIDADO DA SADE Instituto So Jos realiza aes com a equipe

    interdisciplinar

    NA PAZ DO SENHOR

    JUBILEUS

    AGENDA

    22

    23

    24

    27

    29

    303131

  • 6 Em

    A vida apostlica da Companhia de Jesus, a partir do exemplo de Santo Incio, sem-

    pre foi estimulada a estar atenta aos empobrecidos da sociedade e suas pesadas cargas

    de discriminao, excluso e precarizao humana e social. Na concepo inaciana,

    segundo leitura que podemos fazer com o olhar de hoje, no se trata de uma categoria

    sociolgica nem, muito menos, de uma generalizao piedosa, como s vezes trans-

    parece no emprego da palavra: os pobres. Trata-se de pessoas que foram desfiguradas

    em sua dignidade pelas estruturas de pecado, presentes na prpria sociedade.

    Santo Incio e seus companheiros deram mostras concretas de que isto que hoje

    denominamos de Apostolado Social parte constituinte essencial da Misso da Com-

    panhia de Jesus. Alis, para alm do campo da educao, da pesquisa e da espirituali-

    dade, a Companhia de Jesus sempre foi conhecida e reconhecida por iniciativas im-

    portantes e bem-sucedidas no campo social.

    Na histria recente, assistimos a um processo denso de decises na Companhia

    de Jesus em termos de Apostolado Social que nos reporta dcada de 1950. A refern-

    cia principal a Instruo Apostlica, de 1949, do Pe. Joo Baptista Janssens, SJ, ento

    Superior Geral. Aquela Instruo recolocou o Apostolado Social como expresso ge-

    nuna da vocao jesuta, caracterizando-se como vocao no de servios puramente

    caritativo-assistenciais, mas de incidncia estrutural.

    Segundo o atual Secretrio para a Justia Social e Ecologia, do Governo Central da

    Companhia de Jesus, Pe. Patxi Alvarez, SJ, aquela Instruo significou grande mudana

    na concepo deste Apostolado, ao colocar, no centro da ateno, o apelo para as prticas

    de incidncia transformadora na sociedade, mediante investigao e sensibilizao.

    O que, no lxico interno da Companhia de Jesus, o Apostolado Social mais usu-

    almente conhecido, tambm, como a Ao Social ou as Aes Sociais da Companhia

    de Jesus, somando-se a elas o conjunto de programas, projetos ou servios de incluso

    socioeducativa ou de incidncia social direta, desenvolvidos pelas instituies confia-

    das Companhia de Jesus e seus colaboradores, com vistas transformao das rela-

    es sociais na busca de uma sociedade arraigada na justia social.

    Hoje, quando falamos em Aes Sociais, preferimos fazer o convite para report-

    -las ao horizonte da justia socioambiental, em coerncia com os grandes avanos, ao

    longo das ltimas dcadas, na compreenso do mundo e da sociedade. Na formulao

    da Misso da Companhia de Jesus, a reconciliao com a criao e a reconciliao com

    os outros fazem parte da promoo da justia. O Apostolado Social, ou a Ao Social

    da Companhia, carrega dentro de si um chamado a sermos agentes de construo de

    sociedades sustentveis, promovendo a justia socioambiental: - pelo reconhecimen-

    to interpessoal e empenho contra as discriminaes; - pela busca da superao das

    desigualdades e empenho contra as excluses sociais; - pelo cuidado com a vida e com

    o nosso ecossistema, contra a perversa manuteno de ambientes materiais indignos

    para a vida humana. Em todos esses mbitos, o olhar atento inaciano percebe o insis-

    tente apelo do rosto dos empobrecidos.

    Boa leitura!

    EDITORIAL

    APOSTOLADO SOCIAL, ESSENCIAL MISSODA COMPANHIA DE JESUS

    Pe. Jos Ivo Follmann, SJSecretrio para a JustiaSocial e Ecologia

    (...) A COMPANHIA DE JESUS SEMPRE FOI CONHECIDA E RECONHECIDA POR INICIATIVAS IMPORTANTES E BEM-SUCEDIDASNO CAMPO SOCIAL.

  • 7Em

    CALENDRIO LITRGICO

    calendrio litrgico Prprio da Companhia de Jesus

    MAIO

    DIA 4 | So Jos Maria Rbio

    DIA 16 | Santo Andr Bobola

    DIA 24 | Nossa Senhora da Estrada

    So Jos Maria Rbio Santo Andr Bobola

  • 8 Em

    Qual a importncia de se aproximar mais das pessoas, conhe-

    cer suas histrias?

    Conhecendo a histria da pessoa com a qual se trabalha, poss-

    vel compreend-la melhor, ajud-la mais. O conhecimento melho-

    ra a relao de confiana e abertura entre o idoso ou enfermo com

    o Delegado para o Cuidado da Sade. O dilogo entre pessoas que

    se conhecem muito mais fluido, por causa do conhecimento da

    linguagem e, por isso mesmo, muito mais proveitoso para os inter-

    locutores.

    Em 2015, qual ser a principal atuao da rea do Cuidado da

    Sade da Companhia de Jesus?

    Penso que, durante este ano, a atuao maior se dar no

    estreitamento das relaes humanas entre o jesuta idoso,

    enfermo. As visitas j feitas sero seguidas de outras mais

    especficas, tendo em vista a situao de cada um, sua sade

    e limitaes. Tambm o acompanhamento religioso e espiri-

    tual desses jesutas, considerando que os jesutas idosos e/

    ou enfermos continuam em misso e so, constantemente,

    confirmados na misso.

    ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO

    Na 10 edio do informativo Em

    Companhia, o senhor disse que um

    dos primeiros passos da funo de De-

    legado seria o de conhecer as pessoas,

    se aproximar delas. Esse trabalho j

    est sendo realizado?

    Desde fevereiro, j foram visitadas

    as trs casas de Sade Instituto So

    Jos, em So Leopoldo (RS), Residncia

    Ir. Luciano Brando, em Belo Horizonte

    (MG), e Residncia So Lus Gonzaga,

    em Fortaleza (CE). Falta visitar a Resi-

    dncia Nossa Senhora da Estrada, em

    So Paulo (SP), depois da Congregao

    Provincial. Alm disso, so feitas visi-

    tas tambm s pessoas, idosas ou en-

    fermas, mas que ainda trabalham. Com

    esse acompanhamento, ser possvel

    estar mais atento para, dependendo da

    situao de cada um, fazer os encami-

    nhamentos necessrios.

    CUIDADO COM OBEM-ESTAR DOS JESUTAS

    Pe. Carlos Henrique Mller , SJ

    Estar prximo aos jesutas idosos ou enfer-mos, conhecer suas histrias de vida e, as-sim, estabelecer uma relao de confiana so algumas das particularidades do traba-lho que o padre Carlos Henrique Mller vem desenvolvendo como Delegado para o Cui-dado da Sade. Em entrevista ao informativo Em Companhia, o jesuta contou sobre os desafios da nova misso, que tem por obje-tivo prestar auxlio direto ao Provincial nas questes de sade e, paralelamente, zelar pelo bem-estar do Corpo Apostlico da Com-panhia de Jesus.

  • 9Em

    Quais so os maiores desafios e oportunidades da rea do

    Cuidado da Sade na Companhia de Jesus?

    Um primeiro desafio configurar bem a funo do Delega-

    do para o Cuidado da Sade na Provncia. Outro desafio impor-

    tante o de encontrar momentos, durante o tempo de formao

    dos nossos, para tratar destes temas: sade, envelhecimento,

    enfraquecimento. preciso tomar conscincia das limitaes

    que todo o ser humano enfrenta e aceitar, humildemente, a aju-

    da que seja necessria. O terceiro o de, junto com o Gestor da

    Sade na Provncia, estabelecer processos para organizar bem o

    cuidado da sade na Provncia e ajudar o Provincial, Superiores

    de Plataforma e Assistentes a realizarem sua misso, nesse as-

    pecto particular.

    Como ser realizado o trabalho da rea com os jesutas idosos

    e com os jesutas que esto em atividade? Quais so as caracte-

    rsticas e diferenciais de cada atuao?

    No que diz respeito aos idosos, acompanh-los na sua

    sade, ajudando, quando necessrio, nos encaminhamentos

    para tratamento. Trata-se de ajudar o Gestor da Sade e o Pro-

    vincial, na sua misso. No que diz respeito aos jesutas em

    atividade, estimul-los e encoraj-los a assumirem suas li-

    mitaes e fraquezas permitindo que outros os ajudem nes-

    ses momentos. Ou seja, preparar os jesutas para acolherem,

    humildemente, o envelhecimento e a enfermidade. Isso tem

    impacto tambm sobre o responsvel pela sade, uma vez

    que ele tem que dar o exemplo.

    Por que a Companhia de Jesus acredita ser importante esse

    cuidado especial com o processo de envelhecimento?

    A Companhia de Jesus um Corpo Apostlico. Como tal,

    s pode ser eficaz em seu apostolado se tiver boa sade. As-

    sim, desde o incio da Ordem religiosa, a sade fator im-

    portante. Santo Incio, em diversas partes das Constituies,

    estabeleceu modos de proceder para o cuidado da Sade: na

    entrada do candidato no Noviciado, no Exame Geral [89]; na

    Terceira Parte, [272], conservao quanto alma e progres-

    so nas virtudes; preocupao para que haja algum na casa

    para cuidar da sade [303]; para a conservao da Companhia

    [826]. O mesmo se diga do processo de envelhecimento. Mui-

    tos jesutas, mesmo com idade avanada, continuam reali-

    zando trabalhos apostlicos. H diversos exemplos no Brasil.

    necessrio, assim, cuidar para que ele viva o processo de

    envelhecimento com sade. O dinamismo apostlico depen-

    de, em boa parte, da qualidade de vida e sade de quem faz

    parte do Corpo Apostlico.

    O que importante ressaltar para um jesu-

    ta quando ele vai para a Casa de Sade?

    Essa pergunta importante porque permite

    manifestar a razo pela qual a Companhia de Je-

    sus atribui tanta importncia ao cuidado com a

    Sade. Primeiro, o jesuta vai para a Casa de Sa-

    de quando isso se faz necessrio, para receber

    os cuidados que o ajudem a superar as limita-

    es que o tempo e a enfermidade impem. Em

    segundo lugar, esse um trabalho que tem que

    ser feito durante o tempo da formao e ao lon-

    go da vida do religioso jesuta. Como qualquer

    ser humano, importante que o jesuta aceite e

    assuma as limitaes quando elas se apresen-

    tam. S assim se podero superar os efeitos da

    falta de mobilidade, de energia, com a ajuda e

    acompanhamento adequados. Um terceiro as-

    pecto, consequncia dos dois anteriores, que

    o jesuta idoso ou enfermo precisa aprender a

    deixar-se ajudar. Aceitando a ajuda dos compa-

    nheiros e da Provncia, o sofrimento menor.

    O Delegado para o Cuidado da Sade atua

    em parceira com os jesutas que trabalham

    como Assistentes nas Casas de Sade? Como

    desenvolvido esse trabalho conjunto?

    O trabalho feito em parceria com os Assis-

    tentes e equipes das Casas de Sade, com os Su-

    periores de Plataforma, e com o Gestor na Sade

    no Brasil, o Ir. Orival Bonicoski, que enfermei-

    ro. O entrosamento mais forte, nestes primeiros

    meses, tem sido com o Ir. Orival. Alm de co-

    nhecer as pessoas, necessrio que o Delega-

    do para os Cuidados da Sade tenha, tambm,

    algum conhecimento bsico na rea tcnica,

    obtido justamente nesta parceria. Por isso, as

    reunies com as equipes das Casas de Sade

    so importantes. Estamos nos primeiros passos

    dessa nova funo. medida que a funo do

    Delegado for clarificada, outros passos de apro-

    fundamento se colocaro. Para maior clareza,

    preciso mencionar que a atividade do Delegado

    para o Cuidado da Sade , por um lado, de aux-

    lio direto ao Padre Provincial. Trata-se de ajud-

    -lo no Governo da Provncia, particularmente

    nas questes de sade e, por outro lado, de zelar,

    diretamente, pelo bem-estar dos jesutas.

  • 10 Em

    O MINISTRIO DE UNIDADE NA IGREJA SANTA S

    JUBILEU DA MISERICRDIA

    Em 5 de maio, o Vaticano realizou uma conferncia de imprensa para a apresentao do Jubileu Extraor-dinrio da Misericrdia. Com coordena-

    o do padre Federico Lombardi, diretor

    da Sala de Imprensa e da Rdio Vaticano,

    o evento contou tambm com a presena

    de dom Salvatore Fisichella, presidente

    do Pontifcio Conselho para a Promoo

    da Nova Evangelizao, e monsenhor

    Graham Bell, subsecretrio do mesmo

    departamento.

    Em seu discurso, dom Salvatore

    Fisichella ressaltou que a Exortao

    Apostlica Evangelii Gaudium, que per-

    manece como a carta programtica do

    pontificado do papa Francisco, expres-

    sa o sentido deste Jubileu extraordin-

    rio, anunciado em 11 de abril: A Igreja

    vive um desejo inexaurvel de oferecer

    misericrdia, fruto de ter experimen-

    tado a misericrdia infinita do Pai e a

    sua fora difusiva (Eg 24). , por con-

    seguinte, disse o prelado, a partir desse

    desejo que deve ser relida a Bula de Pro-

    clamao do Jubileu Misericordiae vul-

    tus, no qual o Papa Francisco descreve

    as finalidades do Ano Santo. Ele recor-

    dou ainda as duas datas indicativas: 8

    de dezembro de 2015, com a Solenidade

    da Imaculada Conceio, que marca a

    abertura da Porta Santa na Baslica de

    So Pedro, e 20 de novembro de 2016,

    Solenidade de Jesus Cristo, Senhor do

    Universo, que a concluso do Ano

    Santo. Entre essas duas datas, realiza-

    -se um calendrio de celebraes com

    diferentes eventos.

    Dom Fisichella ressaltou tambm que

    o Jubileu da Misericrdia no e no de-

    seja ser o Grande Jubileu do Ano 2000.

    Qualquer comparao, segundo ele, no

    tem sentido, porque cada Ano Santo tem

    as suas peculiaridades e as prprias finali-

    dades. O Papa deseja que este Jubileu seja

    vivido em Roma, bem como nas Igrejas

    locais. Esse fato implica especial ateno

    vida das Igrejas individuais e s suas exi-

    gncias, de modo que as iniciativas no

    sejam uma sobreposio ao calendrio,

    mas sejam antes complementares.

    Durante a conferncia, foi apre-

    sentado tambm o logotipo do Jubi-

    leu, que representa uma suma teol-

    gica da misericrdia e do lema que o

    acompanha. No lema, tirado do Evan-

    gelho segundo S. Lucas(Lc 6,36), Mi-

    sericordiosos como o Pai, prope-se

    viver a misericrdia seguindo o exem-

    plo do Pai, que pede para no julgar e

    no condenar, mas perdoar e dar amor

    e perdo sem medida (cf. Lc 6,37-38).

    Obra do padre M. I. Rupnik, o logo-

    tipo apresenta uma imagem do Filho

    que carrega em seus ombros o homem

    perdido. Essa imagem muito queri-

    da da Igreja primitiva, porque indica o

    amor de Cristo que realiza o mistrio

    da sua encarnao com a redeno.

    Fonte: site Rdio Vaticana

    Dom Rino Fisichella, presidente do Pontifcio Conselho para a Promoo daNova Evangelizao

    FOTO

    : AN

    SA

    logotipo do Jubileu Obra do padre M. I. Rupnik

    O PAPA DESEJA QUE ESTE JUBILEU SEJA VIVIDO EM ROMA, BEM COMO NAS IGREJAS LOCAIS.

  • 11Em

    Papa visitar Equador, Bolvia e Paraguai

    Em 16 de abril, o Vaticano con-firmou a visita do Papa Fran-cisco a trs pases da Amrica Latina Equador, Bolvia e Paraguai

    , acolhendo o convite dos presiden-

    tes e dos episcopados locais. A viagem

    acontecer entre os dias 6 e 12 de julho

    e servir para o papa enfatizar a defe-

    sa dos pobres e os pedidos por justia

    social, como tem sido comum em seu

    pontificado. Ele tem pedido a redistri-

    buio da renda e enfatizado questes

    que afetam mais duramente os pases

    pobres, como as mudanas climticas.

    Essa ser a segunda visita do Papa

    Amrica Latina desde sua eleio, em

    2013. O Brasil foi o primeiro pas da re-

    gio a ser visitado pelo pontfice, durante

    a realizao da Jornada Mundial da Ju-

    ventude (JMJ), em julho de 2013.

    Fonte: Reuters | site Rdio Vaticana

    AGENDA DA VIAGEM DATA - JULHOPASEQUADOR

    VENEZUELA

    COLMBIA

    EQUADOR

    PER

    BOLVIA

    BRASIL

    PARAGUAI

    CHILE

    URUGUAIARGENTINA

    6 A 8

    BOLVIA 8 A 10

    PARAGUAI 10 A 12

  • 12 Em

    ESPECIAL

    A OPORTUNIDADEDE AMPLIARHORIZONTES O que move as pessoas a sair de casa e encarar o mundo? Para Rodol-fo Rodrigues Gomes, 21 anos, so seus sonhos que o estimulam a enfrentar os

    desafios. Atualmente, o jovem est fazendo

    um intercmbio, por meio do programa

    Cincias sem Fronteiras, na Universidade

    do Arizona, em Tucson, Estados Unidos.

    Em maro de 2014, cheguei ao pas para

    estudar ingls por seis meses e Engenharia

    Qumica por um ano, explica Rodolfo, alu-

    no bolsista da FEI (Fundao Educacional

    Inaciana Pe. Sabia de Medeiros).

    At chegar ao exterior, o jovem contou

    com o apoio da famlia, de amigos e da

    Companhia de Jesus, que o ajudou no seu

    desenvolvimento acadmico e pessoal, por

    meio de programas sociais. Com alegria,

    posso dizer que a instituio me ajudou a

    ser quem sou. Eu me considero uma pes-

    soa de muita sorte por ter tido os jesutas no

    rumo da minha vida, afirma o estudante.

    A histria de Rodolfo com a Compa-

    nhia de Jesus comeou quando ele cursa-

    va a 3 srie do Ensino Fundamental. Na

    poca, minha professora me indicou para

    fazer uma prova para concorrer bolsa de

    estudo no Colgio So Lus, em So Paulo.

    Eu fiz a prova e passei. Ento, comecei a es-

    tudar na instituio, onde conclu o Ensi-

    no Fundamental e Mdio, conta. O curso

    no colgio foi uma etapa muito importan-

    te, porque me ajudou a trilhar meus ca-

    minhos e, at posso dizer, parte da minha

    personalidade, ressalta Rodolfo.

    No Colgio So Lus, o jovem teve o pri-

    meiro contato com o atletismo. Em uma

    aula de Educao Fsica, meu professor

    aplicou um teste de resistncia e enxer-

    gou em mim um talento esportivo. Ento,

    ele me aconselhou a praticar esporte e

    me indicou para outro professor, que me

    apresentou o atletismo, relembra o jovem.

    Hoje, alm de estudar Engenharia Qumi-

    ca, Rodolfo atleta dos 800 metros rasos.

    Nos EUA, o esporte universitrio de alto

    nvel e o pas proporciona toda a estrutura

    para que as pessoas se tornem estudantes

    atletas. Eu estou tendo a experincia de re-

    presentar a Universidade em competies

    pelo pas, conta.

    O estudante atribui seu bom desempe-

    nho nos estudos e no esporte educao

    jesuta que recebeu. Os jesutas valorizam

    muito a formao humana dos alunos. As

    aulas de Ensino Religioso, tica, Sociologia

    e a participao em Projetos Sociais foram

    um grande diferencial para mim. Todo

    esse conjunto me mostrou o lado humano

    das coisas, afirma.

    Aps concluir o Ensino Mdio, Rodol-

    fo prestou vestibular na FEI e foi aprova-

    do. Ele no tinha condies de arcar com a

    mensalidade, dessa forma, o jovem foi in-

    dicado pelo irmo Carlos Diniz, conhecido

    como Ir. Bolinha, para entrar no programa

    de bolsistas da ANEAS (Associao Nbre-

    ga de Educao e Assistncia Social), uma

    das mantenedoras da Companhia de Jesus.

    Atualmente, Rodolfo est no 6 semestre de

    Engenharia Qumica.

    Aps a temporada de estudos nos EUA,

    o jovem pretende retornar ao Brasil e con-

    tinuar a graduao na FEI. Ele afirma que

    tem muitos sonhos e demostra gratido

    pelas chances que teve. Eu, da maneira que

    posso, tento retribuir todo carinho e apoio

    que os jesutas tiveram por mim. No Col-

    gio So Lus, eu tive grandes experincias e

    conquistei amigos que levarei para toda a

    minha vida. L, foi o incio de tudo, onde fui

    apresentado s oportunidades, conclui.

  • 13Em

    APOSTOLADO SOCIAL DACOMPANHIA DE JESUS

    Oportunidade, uma palavra simples,

    mas que tem muita fora e significado para

    Rodolfo e para tantas pessoas que j tive-

    ram ou tm contato com as aes sociais da

    Companhia de Jesus. O Apostolado Social

    da Ordem religiosa est presente na essn-

    cia de sua atuao. No livro Apostolado So-

    cial: Setor e Dimenso Apostlica, o padre

    jesuta Ricardo Antoncich afirma que a pro-

    moo da justia encontra-se entranhada

    na misso dos jesutas de anunciar a f. Para

    o padre Jos Ivo Follmann, Secretrio para a

    Justia Social e Ecologia da Provncia BRA,

    a caracterstica central da atuao da Com-

    panhia de Jesus a incidncia transforma-

    dora, ou seja, o DNA do apostolado jesuta

    focado na busca da emancipao do sujeito

    no sentido de ajud-lo a assumir o seu pro-

    tagonismo como agente transformador.

    A emancipao do indivduo, como

    destaca o padre Jos Ivo, est presente

    em todos os projetos, programas e aes

    sociais da Companhia de Jesus. Em 2014,

    foi realizado um amplo levantamento e

    diagnstico das aes sociais dos jesu-

    tas no Brasil. Segundo ele, h 49 unida-

    des ou obras que possuem aes sociais.

    Esse nmero abrange desde a conces-

    so e gesto de bolsas de estudo, como

    programas de incluso socioeducativa,

    at a concepo e gesto de programas,

    projetos e servios sociais de incidncia

    socioambiental direta, explica o jesuta.

    Sem levar em conta a grande riqueza

    dos trabalhos de F e Alegria que j tm os

    seus mapeamentos prprios e conhecidos

    e, tambm, sem ter tido condies de con-

    templar, nesta fase, as obras da Amaznia

    e as vinculadas s Parquias, o levanta-

    mento constatou que, em 2014, mais de

    63 mil pessoas foram beneficiadas pelas

    iniciativas socioeducativas e sociais da

    Companhia de Jesus no Brasil. Essas ini-

    ciativas esto localizadas em 13 estados e

    OS JESUTAS VALORIZAMMUITO A FORMAO HUMANA DOS ALUNOS

    Rodolfo Rodrigues Gomes,alunobolsistada FEI

    PRIORIDADE APOSTLICA

    No Plano Apostlico da Provn-

    cia dos Jesutas do Brasil-BRA, uma

    das opes preferenciais : A Su-

    perao do abismo da desigual-

    dade socioeconmica e suas gra-

    ves implicaes sociais, culturais e

    ambientais. Segundo o padre Jos

    Ivo Follmann, Secretrio para a Jus-

    tia Social e Ecologia da Provncia

    BRA, para contribuir efetivamente

    com essa opo, necessrio inci-

    dir em trs espaos estratgicos:

    Na reconciliao das relaes

    interpessoais, reconhecendo o

    outro em sua dignidade, inde-

    pendente das diferenas de raa,

    religio, cultura ou sucesso e

    prestgio social.

    No empenho pela superao da

    pobreza e na rejeio da situao

    injusta dos empobrecidos e estru-

    turalmente impedidos de acesso

    aos bens materiais e simblicos,

    buscando a erradicao das exclu-

    ses, da misria e da pobreza.

    No cuidado com o meio ambien-

    te e no modelo de desenvolvimento

    atual, para que se tenha compro-

    misso permanente com condies

    materiais de vida saudveis para to-

    dos, no presente e no futuro.

    1

    2

    3

  • 14 Em

    ESPECIAL

    22 cidades do territrio nacional.

    Esses nmeros demostram a forte atu-

    ao da Companhia de Jesus no Brasil e o

    cuidado com as comunidades e famlias

    que participam das iniciativas. Os jesu-

    tas esto espalhados por todo o Brasil e eu

    fico muito feliz com isso, pois aproximar-

    -se dos empobrecidos e deixar-se interpe-

    lar pela sua condio de vida se converte

    em uma fonte valiosa no s para a ao

    social, mas tambm para o apostolado

    como um todo, ressalta padre Jos Ivo.

    O depoimento de Rodolfo, que estudou

    no Colgio So Lus, apenas uma histria

    de tantas que demostram a importncia de

    oferecer oportunidades para as pessoas. S

    os colgios da Rede Jesuta de Educao,

    por meio do programa de bolsas de estu-

    do, beneficiam cerca de 6 mil alunos. Alm

    do programa de bolsas integrais e parciais,

    pessoas so beneficiadas pelas iniciativas sociais da Companhia de Jesus

    63 mil

    alguns colgios, como o Antnio Vieira, de

    Salvador (BA), promovem o EJA (Ensino de

    Jovens e Adultos), que realiza um trabalho

    significativo com pessoas que, aps anos

    longe dos estudos, decidem voltar s salas

    de aula. Atualmente, a instituio d su-

    porte a 400 alunos e, desde 1969, quando

    surgiu a proposta, at hoje mais de 30 mil

    pessoas j passaram pela iniciativa. Nos

    colgios da Companhia de Jesus no Brasil

    existe uma tradio no oferecimento dos

    cursos noturnos gratuitos.

    Alm do programa de bolsas e de inicia-

    tivas como o Ensino de Jovens e Adultos e

    dos cursos noturnos gratuitos, outros pro-

    jetos da Companhia de Jesus tambm se

    destacam. Em 2013, o projeto Vida com Arte,

    iniciativa da Unisinos (Universidade do

    Vale do Rio dos Sinos) e do Colgio Anchieta

    de Porto Alegre (RS), recebeu o prmio TOP

    Cidadania da Associao Brasileira de Re-

    cursos Humanos ABRH/RS e, em 2014, o

    Prmio Responsabilidade Social da Assem-

    bleia Legislativa do Estado do Rio Grande do

    Sul. Esses prmios so importante reconhe-

    cimento do projeto, que promove a incluso

    social de crianas e adolescentes, da rede

    pblica de ensino, atravs da msica. O

    projeto funciona em trs turnos por sema-

    na. Aqui, os jovens tm contato com instru-

    mento, canto, percusso e formao cidad.

    Ns fornecemos aos alunos os instrumen-

    tos tambm. Dessa forma, eles podem levar

    para casa e estudar, explica Evandro Matt,

    msico, maestro, coordenador e fundador

    do Vida com Arte.

    As crianas e adolescentes do projeto

    so acompanhadas por assistentes sociais

    e, quando necessrio, por psiclogos vincu-

    lados ao PAAS (Projeto de Ateno Amplia-

    da Sade). O projeto, em parceria com a

    Prefeitura de So Leopoldo (RS), atravs da

    Secretaria de Educao, conta tambm com

    o apoio de outras aes sociais da Unisinos,

    como o Educas (Programa de Educao e

    Ao Social), o Eu-Cidado (incluso digital

    e cidadania) e o Pr-Maior (relao inter-

    geracional). Em 2015, o projeto realizar 45

    espetculos. Atravs dessa iniciativa, pode-

    mos formar cidados comprometidos com

    valores como respeito, dedicao e compa-

    nheirismo, afirma Evandro.

    Em Belo Horizonte (MG), outra ini-

    ciativa tambm est ajudando dezenas

    de pessoas. o GRUFAJE (Grupo FAJE de

    Pr-vestibular), iniciativa dos estudantes

    jesutas da Faculdade Jesuta de Filoso-

    fia e Teologia (FAJE). O GRUFAJE oferece

    Estudar e ter f

    Ariane dos Santos Lima, 27 anos, ex-

    -aluna da Escola Santo Afonso Rodriguez

    e j foi professora da instituio. A jovem

    Mestre em Histria do Brasil e, atualmen-

    te, trabalha no Instituto Federal de Educa-

    o, Cincia e Tecnologia do Piau.

    Eu no tive dificuldades de com-

    preender os contedos durante o es-

    tudo na universidade por conta da

    formao que recebi na Escola Santo

    Afonso Rodriguez e no cursinho pre-

    paratrio do Colgio Diocesano, onde

    fui bolsista. A disciplina para estudar

    me ajudou a tirar as melhores notas,

    ingressar em grupos de pesquisa e

    participar de congressos. Quando me

    perguntavam por que eu sempre me

    dava bem nas atividades da univer-

    sidade, eu respondia que o segredo

    era saber estudar e ter f. Aps a mi-

    nha formatura, o padre Plutarco

    Almeida, ento diretor da Escola

    Santo Afonso, me convidou para

    dar aulas na instituio. Foi mo-

    tivador trabalhar na mesma insti-

    tuio que em estudei. Ser da co-

    munidade e conhecer os pais dos

    alunos facilitava meu trabalho de

    entender o comportamento dos

    alunos e suas dificuldades em sala

    de aula. Eu me dediquei para apre-

    sentar um bom trabalho e, assim,

    retribuir os anos em que estudei

    na instituio.

  • 15Em

    comunidade local a possibilidade de

    retomar os estudos e se preparar para o

    ENEM e para concursos pblicos.

    A equipe composta por 12 professores

    voluntrios, dos quais dois so ex-alunos da

    GRUFAJE que j se formaram e agora con-

    tribuem com a iniciativa. A equipe coor-

    denada pelos jesutas Eduardo Meja, Jos

    Robson Silva Sousa, estudantes de Teologia;

    Isaias Gomes da Silva, estudante de Filo-

    sofia; e pelo leigo Igor Britto Lica, que est

    fazendo mestrado em Filosofia pela FAJE.

    O GRUFAJE um meio para que muitos de

    nossos alunos possam construir seus so-

    nhos, para que possam ser protagonistas da

    prpria histria, afirma Jos Robson.

    Ser protagonista da prpria histria e

    torna-se um empreendedor. Esses so al-

    guns dos objetivos do Programa de Incluso

    Produtiva, que est transformando vidas

    em Cascavel (PR). A iniciativa favorece a

    insero de mulheres a partir de 18 anos no

    mercado de trabalho, seja por meio do em-

    prego formal, do empreendedorismo ou de

    empreendimentos da economia solidria.

    Promovemos oficinas de artesanato e de

    costura industrial como alternativas poss-

    veis para gerao de renda, atravs do con-

    vvio participativo, explica padre Paulo Do-

    mingo Pelizer, coordenador do programa.

    O Programa de Incluso Produtiva es-

    timula a ampliao e o fortalecimento dos

    pequenos negcios e, alm disso, apoia o

    microempreendedor individual, com prio-

    ridade para aqueles que so beneficirios

    do Programa Bolsa Famlia. Os esforos de

    incluso produtiva urbana, via economia

    solidria, compreendem aes de estmulo

    criao de empreendimentos de autoges-

    to, microcrdito produtivo orientado, as-

    sistncia tcnica e apoio comercializao

    de produtos e servios desses empreendi-

    mentos, completa padre Paulo.

    A Escola Santo Afonso Rodriguez, lo-

    calizada em Teresina (PI), oferece o En-

    sino Fundamental e Mdio para cerca de

    800 crianas e adolescentes em situao

    de vulnerabilidade social. Todos os alu-

    nos so bolsistas e a escola participa de

    um convnio institucional com a Prefei-

    tura e com o Governo do Estado do Piau.

    O Ensino Mdio oferecido profissionali-

    zante e a instituio mantm uma parce-

    ria com a Fundao F e Alegria. Alm da

    educao bsica, a escola oferece tambm

    algumas atividades na rea de esportes,

    artes, sade e gerao de emprego/renda

    para os alunos e suas famlias.

    O irmo Raimundo Nonato Oliveira

    Barros, diretor da Escola Santo Afonso Ro-

    driguez, destaca que a acolhida e a busca

    por uma formao de excelncia so ca-

    ractersticas da instituio. Acredito que o

    grande diferencial que a escola tem a cara,

    o cheiro e o jeito da comunidade. Aqui, to-

    dos se sentem em casa, afirma. Esse rela-

    cionamento cuidadoso com a comunidade

    faz toda a diferena no aprendizado dos alu-

    nos, tanto que muitos, aps conclurem os

    estudos, retornam para dar sua contribui-

    o (saiba mais nos boxes).

    A atuao da Companhia de Jesus na

    rea Social tambm acontece por meio

    de parcerias com algumas instituies,

    como o caso do Programa Brasileiro de

    Reassentamento Solidrio de Refugia-

    dos, realizado na regio Sul do pas pelo

    Governo Federal, por meio do CONARE

    (Comit Nacional para os Refugiados),

    lotado no Ministrio da Justia, pela AC-

    NUR (Agncia da ONU para os Refugia-

    dos) e pela ASAV (Associao Antnio

    Vieira), mantenedora da Companhia de

    Jesus e representante da sociedade civil

    organizada. Segundo Karin Kaid Wape-

    chowski, coordenadora do Programa,

    o reassentamento de refugiados repre-

    senta um papel importante e um com-

    plemento ao sistema de proteo inter-

    nacional s vtimas do deslocamento

    forado. A iniciativa possibilita tanto a

    proteo legal e fsica, como oferece as

    condies locais necessrias para que

    A ATUAO DA COMPANHIA DE JESUS NA REA SOCIAL TAMBM ACONTECE POR MEIO DE PARCERIAS

    Caminho certo

    Tullyo Urbano Silva, 22 anos,

    analista financeiro, fez um curso

    profissionalizante de administrao

    em servio de sade na Fundao F

    e Alegria, de Recife (PE).

    Na Fundao F e Alegria, eu

    aprendi conceitos profissionais impor-

    tantes. A minha trajetria profissional,

    por mais curta que seja, considero bem

    dinmica e produtiva. Como a maioria

    dos jovens, eu tinha dvidas sobre que

    rumo seguir no mercado de trabalho.

    As temticas pedaggicas que aprendi

    na Fundao F e Alegria me ajudaram

    a perceber que o crescimento profis-

    sional era possvel. Sempre que posso,

    entro em contato com a direo da Fun-

    dao, j cheguei at a ministrar uma

    oficina sobre Protagonismo Juvenil

    para trs turmas. Essa experincia me

    proporcionou timos resultados.

  • 16 Em

    ESPECIAL

    essas pessoas possam reiniciar suas vi-

    das, explica.

    O primeiro acordo do CONARE e da

    ACNUR com a ASAV foi assinado em

    2003. Desde ento, anualmente, um

    novo acordo firmado entre as partes.

    Os refugiados mais atendidos no pro-

    grama vm de pases como Afeganisto,

    Colmbia, Palestina, Sri Lanka e Sria.

    Cerca de 330 refugiados j foram atendi-

    dos pela iniciativa. As famlias dessas

    pessoas tambm so atendidas, alm de

    outras populaes de interesse que, por

    intermdio dos que chegaram primeiro,

    foram atradas pelas condies de se-

    gurana e trabalho oferecidos pela vida

    no Brasil. Estimamos que, aproximada-

    mente, mais 260 pessoas se agregaram

    aos indivduos e famlias reassentadas,

    ressalta Karin.

    Segundo ela, a ASAV realiza a divul-

    gao e o treinamento de outras insti-

    tuies da sociedade civil e tambm de

    autoridades. A mantenedora promove,

    juntamente com a ACNUR e o CONARE,

    uma pauta positiva e humanitria a res-

    peito do tema do refgio. A cada ano,

    desenvolvemos novas redes e condies,

    isso fortalece o Programa que est se con-

    solidando tambm em outras regies do

    Brasil e da Amrica do Sul. A visibilidade

    e a sensibilizao da sociedade sobre o

    tema da proteo e integrao de refu-

    giados so ganhos diretos acumulados a

    partir desse trabalho, finaliza Karin.

    PROJETO SINERGIAPara fortalecer cada vez mais as ini-

    ciativas do seu Apostolado Social, desde

    2014, a Companhia de Jesus no Brasil

    tem realizado o mapeamento de suas

    aes sociais. A iniciativa est integra-

    da com o Projeto Sinergia Ao Social

    Brasil, que est sendo implementado

    no pas. O objetivo do projeto pro-

    mover a padronizao dos processos

    e da tecnologia, nas mantenedoras e

    mantidas com atividades de ao social

    (programas de incluso socioeducativa

    e programas, projetos e servios de inci-

    dncia socioambiental direta) da Com-

    panhia de Jesus, explica padre Jos Ivo.

    FormaoEu tinha 3 anos de idade quando a

    minha famlia veio morar num povoa-

    do chamado Redonda, que fica prxi-

    mo Escola Santo Afonso Rodriguez,

    no bairro de Socopo, Teresina (PI). Eu

    estudei na instituio da creche ao 9

    ano do Ensino Fundamental, ou seja,

    vivi a minha infncia e comeo da

    adolescncia na ESAR, onde minha

    base de aprendizado, formao hu-

    mana e religiosa foram construdas.

    Hoje, eu trabalho como coordenadora

    pedaggica do Ensino Mdio na ins-

    tituio. uma alegria imensa poder

    trabalhar na escola em que estudei,

    fazer parte da equipe de funcionrios

    e ser colega de trabalho dos meus anti-

    gos professores. um prazer dar conti-

    nuidade a esse projeto.

    Maria Auzenira Pereira da Rocha

    Reis, 35 anos, ex-aluna e coordena-

    dora pedaggica do Ensino Mdio na

    Escola Santo Afonso Rodriguez.

    O Projeto Sinergia proporcionar

    maior agilidade na obteno das infor-

    maes para gesto e operao da ao

    social no Brasil. O intuito buscar a coe-

    rncia dessa atuao com nossa misso,

    ajudando, tambm, no atendimento s

    obrigaes legais existentes nas mante-

    nedoras. O nome Sinergia traz esse con-

    ceito de esforo em conjunto, de traba-

    lho em cooperao, afirma o jesuta.

    Segundo padre Jos Ivo, o projeto

    tem muita importncia para a Compa-

    nhia de Jesus, pois contribuir com a

    elaborao de uma proposta de unida-

    de, visando unificao de conceitos

    e o entendimento da ao social, con-

    forme a misso dos jesutas. O Proje-

    to Sinergia ajudar no entendimento

    comum sobre o que ao social para

    a Companhia de Jesus no Brasil, o que

    praticado, quem realiza, para quem,

    onde e como a ao social realizada.

    O Projeto Sinergia est sendo reali-

    zado em trs etapas: a primeira, deno-

    minada Levantamento e Diagnstico,

    concluda em 2014, aconteceu de forma

    conjunta com todas as mantenedoras e

    mantidas com atividade de ao social.

    A segunda etapa, chamada de Constru-

    o e Implantao, est em andamento

    e visa uma nica soluo tcnica para

    todas as mantenedoras e mantidas. A

    etapa final, chamada tecnicamente de

    Estabilizao, ser a consolidao, o

    acompanhamento e o apoio nos pro-

    cessos de tecnologia.

    Para padre Jos Ivo, 2015 o ano da

    construo, ou seja, tempo de adequar

    a soluo tcnica para contemplar os

    requisitos identificados na primei-

    ra etapa. Estamos muito confiantes.

    Confiantes, sobretudo, na boa coorde-

    nao tcnica do trabalho e muito es-

    peranosos de podermos colher boas

    sinergias tambm em conexo fecunda

    com o Frum Permanente para a Justia

    Social e Ecologia, em fase de constitui-

    o, afirma. Creio que estamos dando

    passos importantes como Provncia

    dos Jesutas do Brasil, conclui.

  • 17Em

    ANURIO 2015 DA COMPANHIA DE JESUS

    O Anurio da Companhia de Je-sus, edio 2015, tem como tema principal a Ecologia e o Meio Ambiente. Ao longo da publicao, es-

    sas questes so analisadas por meio de

    exemplos, colhidos em vrias partes do

    mundo, de como evitar a destruio do

    ecossistema, propondo novo estilo de

    vida. Os textos mostram ainda como os je-

    sutas esto cada vez mais conscientes de

    que a sua misso deve mostrar uma mais

    eficaz solidariedade ecolgica em nossa

    A COMPANHIA DE JESUS NO MUNDO CRIA GERAL

    vida espiritual, comunitria e apostlica.

    O Anurio aborda tambm trs aspec-

    tos ecolgicos que preocupam os jesutas:

    Fonte: Agncia Informativa Catlica Argentina

    1 O cuidado com a natureza.

    2 A defesa dos mais vulnerveis.

    3 A proposta de novo estilo de vida.

    De janeiro de 2015 at o momento, estima-se que mais de 2.000 pesso-as tenham morrido no Mar Medi-terrneo ao tentar chegar Europa. Outras

    dezenas sofrem leses graves no intento de

    cruzar a fronteira entre Nador (Marrocos) e

    Melilla, cidade autnoma espanhola, situa-

    das ao norte de frica. Muitas das vtimas so

    menores de idade no acompanhados. Essa

    desesperada situao moveu os delegados

    sociais da Companhia de Jesus na Europa

    para realizarem a sua reunio anual em Na-

    dor. luz do que l presenciaram, emitiram

    o seguinte comunicado:

    Assinamos a declarao, os jesutas e

    colaboradores de toda a Europa, comprome-

    tidos com a promoo da justia social. Aqui

    nos reunimos precisamente porque somos

    chamados a ir s fronteiras, sobretudo quan-

    do o sofrimento das pessoas mais evidente.

    Escolhemos estar aqui para expressar a nossa

    solidariedade com a equipe local dos jesutas

    que trabalham em Nador. As fronteiras entre

    o Norte da frica e o Sul da Europa so de so-

    SOLIDARIEDADE AOS IMIGRANTES AFRICANOS

    frimento, violncia e violaes dos direitos

    humanos. O muro de seguridade fortemente

    armado entre Nador e Melilla um trgico

    subproduto da Fortaleza da Europa. Estamos

    preocupados pela vulnerao dos direitos

    bsicos nesta encruzilhada, o que fica de-

    monstrado pelo incremento do uso da fora

    fsica em mos dos corpos de seguridade.

    Junto com o sofrimento, temos sido tes-

    temunhas da compaixo e solidariedade de

    homens e mulheres de todas as religies e

    nacionalidades, unidos pelo seu compro-

    misso de apoiar estes jovens imigrantes afri-

    canos. Temo-nos sentido particularmente

    comovidos pela ateno oferecida a mulhe-

    res vtimas do trfico de pessoas.

    Como resultado da nossa reunio, com-

    prometemo-nos a:

    Renovar nosso compromisso de

    acompanhar e servir nossos irmos e irms

    no seu sofrimento.

    Continuar fomentando apenas as

    polticas de migrao e asilo na Unio Eu-

    ropeia que promovam a dignidade dos se-

    res humanos, includas as vtimas do trfi-

    co de pessoas.

    Estimular mais pesquisas das causas

    fundamentais da migrao.

    Promover a responsabilidade global

    e a ao como a nica resposta vivel a essa

    tragdia humanitria.

    Alm de reforar o nosso atual com-

    promisso com os migrantes na Europa,

    expressamos nosso desejo de incrementar

    a colaborao com os Jesutas na frica,

    como resposta aos desafios provocados

    pelas fronteiras.

    Delegados Sociais Europeus da Com-

    panhia de Jesus.

    JUNTO COM O SOFRIMENTO, TEMOS SIDO TESTEMUNHAS DA COMPAIXO E SOLIDARIEDADE DE HOMENS E MULHERES DE TODAS AS RELIGIES E NACIONALIDADES (...)

  • 18 Em

    Com a finalidade de melhorar o ser-vio s Igrejas Orientais, a partir do Pontifcio Instituto Oriental em Roma (Itlia), o Superior Geral da Compa-

    nhia de Jesus, padre Adolfo Nicols, como

    Vice-Gro-Chanceler, iniciou um proces-

    so de reorganizao da instituio.

    A misso do Pontifcio Instituto Orien-

    tal tem hoje novos desafios. Seus Estatutos

    (art. 3,b) expressam isso da seguinte forma:

    Promover um conhecimento mais pro-

    O Papa Francisco nomeou:O Pe. Donatien Bafuidinso-ni como bispo auxiliar da Arqui-diocese de Kinshasa, Repblica Democr-

    tica de Congo. A Arquidiocese conta com

    5.830.000 catlicos numa povoao de 10,5

    milhes. Padres so 1.166, e religiosos 3.643.

    O Pe. Bafuidinsoni atualmente juiz vigrio

    da arquidiocese. Nascido em 11 de dezem-

    bro de 1962, foi aceito na Companhia de Je-

    sus em 23 de setembro de 1981 e ordenado

    presbtero em 18 de julho de 1993.

    Pontifcio Instituto Oriental

    Nomeao

    fundo do Oriente cristo, antigo e moder-

    no, bem como as condies concretas nas

    quais vive, e a compreenso mtua entre

    cristo orientais e ocidentais.

    Para ajudar na reorganizao iniciada

    e garantir a normalidade das atividades

    acadmicas e administrativas do Institu-

    to, iniciou-se uma etapa de transio sob

    a direo dos padres Samir Khalis Samir,

    como Pr-Reitor, Sunny KoKKaravfajil,

    como Pr-Decano da Faculdade de Direi-

    to Cannico Oriental, e Edward Farrugia,

    como Pr-Decano da Faculdade de Cin-

    cias Eclesisticas Orientais.

    A importncia e complexidade da re-

    organizao requer longo processo que

    envolve toda a comunidade acadmica

    do Pontifcio Instituto Oriental, das ou-

    tras instituies universitrias jesutas

    em Roma (Itlia) e o compromisso do

    corpo universal da Companhia de Jesus

    que recebeu essa exigente misso.

    COMPANHIA DE JESUS CRIA GERAL

    A XXXI Jornada Mundial da Ju-ventude (JMJ) em Cracvia (Po-lnia) acontecer em menos de 500 dias! Por isso, o MAGIS 2016, que

    antecede a JMJ, j comeou a ser orga-

    nizado por jovens jesutas em todo o

    mundo. Para preparar a convocao, jo-

    vens poloneses esto colaborando com

    MAGIS 2016 aproxima-se!

    as Provncias da Eslovquia, Checoslo-

    vquia e Litunia. O Coordenador Geral

    do MAGIS 2016 o padre Waldemar P.

    Los (PME) e o lema do encontro uma

    expresso de Santo Incio de Loyola,

    tomada da orao da generosidade:

    dar sem olhar o preo. Os jovens (de

    18 a 30 anos) das parquias, colgios,

    universidades e ministrios da Com-

    panhia de Jesus so convidados para

    uma viagem espiritual com Jesus Cris-

    to e sua Me.

    Informaes mais detalhadas do

    MAGIS 2016 esto disponveis em po-

    lons, ingls e espanhol no site:

    www.magis2016.org

    FOTO

    : HT

    TP:/

    /MA

    GIS

    20

    16.O

    RG

  • 19Em

    No ms de junho, teremos o Seminrio de Formao para facilitadores do Curso de Formao para a Colaborao. A CPAL

    (Conferncia dos Provinciais Jesutas

    da Amrica Latina) tem, alm disso,

    trs Centros Interprovinciais de For-

    mao em Teologia para nossos es-

    tudantes, trs Terceiras Provaes e

    estamos comeando a experincia de

    trs centros zonais de Formao em

    Filosofia (alm de outros trs provin-

    ciais) e nove noviciados. Temos 328

    estudantes jesutas e 94 novios na

    Conferncia. Todos eles se formam

    para levar adiante a Misso da Compa-

    nhia de Jesus.

    pensando nessa tarefa que deve-

    mos nos perguntar: afinal, para que

    somos formados? Quais so as exi-

    gncias de formao que a misso da

    Companhia, hoje, na Amrica Latina

    nos apresenta?

    A primeira resposta que somos

    formados para a vida, segundo o esti-

    lo da espiritualidade inaciana. O pri-

    meiro objetivo de nossa formao tem

    que ser partilhar essa espiritualidade

    que est na raiz de nossa misso e que

    inspira nossa vida e nosso trabalho.

    Uma espiritualidade que nos ancora

    na profundidade de nosso esprito.

    Que nos ensina a viver para em todo

    amar e servir, que nos convida sempre

    pergunta radical que deita razes no

    mais fundo de nossa f. Que nos ensi-

    na a contemplar desde a realidade pr-

    PARA QUE SE FORMAR?

    A COMPANHIA DE JESUS NA AMRICA LATINA CPAL

    Pe. Jorge Cela, SJPresidente da CPAL

    xima, a rez-la com o Senhor e refletir para tirar proveito

    e mover-nos a transformar a realidade desde nossa misso.

    Essa profundidade que nos induz sempre a perguntar-nos a

    fundo e a estudar as causas e rezar as respostas. Formamo-

    -nos na amizade com o Senhor.

    Formamo-nos tambm para a misso. Nossa identidade

    est, inseparavelmente, ligada misso do servio f e pro-

    moo da justia em um mundo intercultural e inter-religioso.

    E isso, no contexto da Igreja Latino-americana, passa por uma

    clara e decidida opo pelos pobres. Nossa formao tem que

    contribuir para fazer crescer nossa paixo por essa misso. Con-

    verter-nos em apstolos apaixonados e competentes para reali-

    zar essa misso na complexidade do mundo contemporneo.

    Necessitamos de ferramentas para nos aproximar da realidade,

    entend-la e colaborar para sua transformao, desde o olhar

    evanglico da Trindade, que envia o Filho para se encarnar, para

    redimir; desde o olhar esperanado do discpulo que experi-

    menta a presena do Senhor ressuscitado e se dispe a segui-Lo

    em atitude de em tudo amar e servir.

    A espiritualidade inaciana encarna-se tambm em um

    corpo apostlico composto por instituies e redes. Temos

    que formar para a gesto desse corpo que, encarnado em

    sistemas sociais concretos, requer habilidades para a ges-

    to, mas que, inspirado pelo Esprito, tem uma inspirao

    evanglica que responde a outros critrios que o mundo

    empresarial desconhece. Temos que estar no mundo sem

    ser do mundo, e atuando com as tecnologias e saberes des-

    te mundo, mover-nos com critrios de eficcia e eficincia

    evanglica. Aprender a administrar a partir dessa perspec-

    tiva requer uma formao que, conhecendo as habilidades

    da gesto, as saiba reler luz do Evangelho.

    Finalmente, temos que formar para um novo estilo de li-

    derana. Estamos em um mundo onde a participao demo-

    crtica um desejo crescente. As novas tecnologias convi-

    dam ao trabalho em rede cada vez mais global e participativo.

    Mas, ao mesmo tempo, onde os poderes so mais fortes. O

    que se tem chamado de a nova primavera eclesial tem mui-

    to do esprito de comunho e participao prprio da Igreja,

    que se reconhece como povo de Deus em marcha pela hist-

    ria desde o Vaticano II. A presena do laicato e da vida reli-

    giosa se vive cada vez mais como uma riqueza que nos ajuda

    a superar o clericalismo e os autoritarismos fora de moda.

    Mas isso requer formao para novas formas de liderana

    mais partilhada, comunitria e participativa.

    Esse novo enfoque da formao tarefa urgente e prio-

    ritria. Estamos trabalhando nisso em nossas casas de for-

    mao. Esperamos que o novo curso de formao para a co-

    laborao seja um novo e definitivo impulso nessa direo.

  • 20 Em

    VISITAS S COMUNIDADES INDGENAS

    Semana Santa na regioPan-amaznicaAs celebraes da Semana Santa marcaram momentos especiais na trplice fronteira da regio Pan-amaznica.

    No Brasil, atendendo ao convite do

    proco da Parquia de Benjamin Cons-

    tant, Frei Paulo Xavier, na diocese de Alto

    Solimes, o Pe. Valrio Sartor, SJ, colabo-

    rador do Projeto Pan-amaznico da CPAL

    (Conferncia dos Provinciais Jesutas da

    Amrica Latina), participou das celebra-

    es do Trduo Pascal na comunidade in-

    dgena de etnia Ticuna de So Pedro. Foi

    um momento muito bonito, quando, em

    companhia de alguns jovens, foi possvel

    visitar praticamente todas as famlias dessa

    comunidade, convidando-as para participa-

    rem das celebraes e da Via Sacra.

    O jesuta colombiano Pe. Luis Alfon-

    so Castellanos, SJ, vice-reitor da Univer-

    sidade Javeriana de Bogot (Colmbia),

    teve uma bonita experincia missionria

    com as Celebraes da Semana Santa na

    comunidade indgena San Pedro, perto

    de Leticia, capital do departamento da

    Fonte: Pan-Amaznia SJ Carta Mensal n

    14 Abril 2015

    Acesse o link (http://bit.ly/1EkaStl) do Portal

    Jesutas Brasil e faa o download da Pan-

    Amaznia SJ Carta Mensal

    No 24 de abril, a Comunida-de Jesuta do Projeto PAM SJ (Projeto Pan-amaznico da CPAL) acolheu em sua casa represen-

    tantes da FUCAI (Fundacin Caminos

    de Identidad), do CIMI (Conselho In-

    digenista Missionrio) e de Irms Re-

    ligiosas, para planejar visitas no lado

    brasileiro s comunidades indgenas

    do Alto do Javari, So Paulo de Oliven-

    a e Belm do Solimes. O encontro

    teve por objetivo multiplicar a me-

    todologia do trabalho da FUCAI, que

    atua no lado colombiano, com progra-

    mas de formao de lideranas, de-

    senvolvimento sustentvel e prtica

    de produo de alimentos orgnicos.

    A FUCAI busca que essa experincia

    acontea nas comunidades indgenas

    do lado brasileiro e tambm no lado

    Amaznia colombiana. A oportunidade

    serviu para ele conhecer e vivenciar me-

    lhor a cultura, as tradies, o estilo de

    vida e a realidade dos povos amaznicos,

    como tambm abriu a vpossibilidade de

    um dilogo entre a Universidade e essa

    regio atravs do Projeto PAM SJ, para fu-

    turo apoio.

    O Pe. Pablo Mora, SJ, colaborou nas

    Celebraes da Semana Santa na par-

    quia de Caballococha do Vicariato de

    San Jos de Amazonas (Peru), que est

    sem proco h trs anos. Mas as Irms

    da Congregao Mexicana de Religiosas

    Franciscanas de Jesus Crucificado fazem

    um bom trabalho pastoral nessa cidade,

    capital de Provncia. O programa e os

    preparativos da Semana Santa na par-

    quia incluiu tambm uma srie de visitas

    em canoa nas comunidades prximas,

    que sofrem muito neste perodo de chu-

    vas, por causa das enchentes. Durante a

    Celebrao da Eucaristia, houve um mo-

    mento especial com um novo animador

    leigo, eleito pela comunidade.

    peruano. Nesse sentido, o Projeto

    PAM SJ est sendo um aliado na arti-

    culao dessa proposta de trabalho

    com comunidades indgenas nessa

    trplice fronteira.

    Brasil

    Colmbia

    Peru

    A COMPANHIA DE JESUS NA AMRICA LATINA CPAL

  • 21Em

    Santurio Nacional de Anchieta

    PROCESSO DE BEATIFICAO DE DOM HELDER

    ELEITO NOVO PRESIDENTE DA CNBB

    Em 3 de maio, foi aberto oficialmen-te o processo de beatificao de dom Helder Cmara. Para celebrar o anncio, na mesma data, fiis reuni-

    ram-se, na Igreja Catedral do Santssimo

    Salvador do Mundo, para a missa presidi-

    da pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom

    Fernando Saburido.

    Na ocasio, foram apresentados

    tambm os cinco membros da comis-

    so jurdica responsvel por reconhecer

    as virtudes heroicas de dom Helder. O

    objetivo da comisso ser analisar os

    No dia 24 de abril, os parti-cipantes da 53 Assembleia Geral da CNBB (Conferncia Nacional dos Bispos do Brasil) apro-

    varam a concesso do ttulo de San-

    turio Nacional ao referido Santurio

    de So Jos de Anchieta (foto), locali-

    zado na cidade de Anchieta (ES). No

    Brasil, apenas o Santurio Baslica de

    Nossa Senhora Aparecida, em Apare-

    O arcebispo de Braslia, dom Sr-gio da Rocha, o novo presi-dente da Conferncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ele foi elei-

    to, em 20 de abril, pelos religiosos que

    participam da Assembleia Nacional dos

    Bispos no Santurio Nacional de Apare-

    cida, no interior de So Paulo.

    Dom Srgio substituir dom Raymun-

    COMPANHIA DE JESUS SERVIO DA F

    textos publicados por dom Helder e ou-

    vir pessoas que tiveram contato com o

    Servo de Deus, explicou o postulador

    da causa, frei Jociel Gomes.

    Dom Helder era algum que pensa-

    va muito na frente. Tinha ideias muito

    claras e bastante voltadas para os inte-

    resses dos pequenos, dos pobres. Ele

    era um homem de muita viso, que en-

    frentou desafios, sobretudo, durante o

    tempo da represso. militar.

    Fonte: br.radiovaticana.va

    cida (SP), possua esse ttulo.

    Para o padre Csar Augusto dos

    Santos, SJ, reitor do Santurio de So

    Jos de Anchieta, o local torna-se re-

    ferncia para todo o Brasil e para o

    mundo. Esse ttulo significa reconhe-

    cimento ao evangelizadora de An-

    chieta, que j atingiu toda a nao. Sua

    devoo est viva e espalhada por todo

    o territrio nacional, afirmou.

    A CNBB, por decreto, tambm ou-

    torgou a So Jos de Anchieta o ttulo

    de padroeiro secundrio do Brasil, jun-

    to de Nossa Senhora Aparecida, com

    todos os direitos e privilgios litrgi-

    cos que estejam de acordo com as ru-

    bricas. O povo brasileiro ter, agora, o

    privilgio de contar com a proteo de

    Nossa Senhora Aparecida e de So Jos

    de Anchieta, concluiu padre Csar.

    do Damasceno, arcebispo de Aparecida,

    ocupando a presidncia da CNBB por

    quatro anos, podendo ser reeleito. A fun-

    o do presidente da entidade definir os

    rumos da Igreja Catlica no pas.

    O novo presidente da CNBB nasceu

    em Dobrada (SP), em 1959. Foi nome-

    ado bispo pelo papa Joo Paulo II em

    2001, como auxiliar de Fortaleza (CE),

    e sua ordenao episcopal foi realiza-

    da em agosto do mesmo ano, na Ca-

    tedral de So Carlos (SP). Em 2007, o

    papa Bento XVI o nomeou arcebispo

    coadjutor da Arquidiocese de Teresina

    (PI) e depois, em 2011, indicou-o arce-

    bispo metropolitano de Braslia.

    Fontes: CNBB e G1

  • 22 Em

    CCB promove Curso de Formao de Educadores

    Os professores da 8 srie do Ensino Fundamental do Colgio Antnio Vieira participaram de uma experi-ncia de cidadania na Escola Estadual Vtor Soares, reconhecida como Centro de Referncia Inclusiva de Salva-

    dor (BA). A ao, uma das etapas do Projeto Direitos Huma-

    nos e Cidadania, aconteceu no dia 16 de maro.

    O Servio de Orientao Religiosa e Pastoral (Sorpa) do

    Colgio organizou o evento. Na visita, os educadores tiveram

    a oportunidade de conhecer, sentir e aprofundar aspectos e

    prticas que envolvem o trabalho com educandos portado-

    res de necessidades educacionais especiais. Alm disso, os

    professores conheceram a metodologia de ensino adotada

    pela escola e como funciona a distribuio por deficincia

    (visuais, auditivas ou fsicas) nas salas de aula. Eles tambm

    foram apresentados equipe pedaggica especializada e aos

    estudantes da Escola.

    Para a professora de Lngua Portuguesa do Colgio Antnio

    Vieira, Suzana Tourinho, a experincia foi muito prazerosa e trou-

    xe uma infinidade de informaes importantes sobre a educao

    inclusiva. Segundo a professora, a ideia tambm trazer os alunos

    da 8 srie do Ensino Fundamental para conhecer o trabalho.

    Aps a visita, alunos e educadores da Escola Vtor Soares

    proporcionaram aos professores do Vieira uma aula relaxan-

    te de Tai Chi Chuan, arte marcial chinesa conhecida por ser

    uma meditao com movimentos.

    Iniciativa do CCB resultado de parceria com a Universidade Catlica de Braslia e o Centro Educacional Jesus Maria Jos

    Visita faz parte do Projeto Direitos Humanos e Cidadania

    Professores do Vieira visitam escola de educaoinclusiva

    O CCB (Centro Cultural de Bras-

    lia) realizar, em parceria com a UCB

    (Universidade Catlica de Braslia) e o

    Centro Educacional Jesus Maria Jos, o

    Curso de Formao de Educadores Po-

    pulares para o binio 2015-2016.

    A iniciativa oferece a possibilidade

    de ampliar contatos com pastorais so-

    ciais, ONGs e movimentos sociais di-

    versos. O curso tem carga horria de 196

    horas, distribudas em 10 etapas, que

    sero realizadas entre junho de 2015 e

    novembro de 2016. Ao final, os partici-

    pantes recebero certificados de exten-

    so universitria.

    Mais informaes:

    Site | www.ccbnet.org.br

    COMPANHIA DE JESUS PROMOO DA JUSTIA E ECOLOGIA

  • 23Em

    Pateo do Collegio promoverCiclo de Debates

    Edies Loyola participa deSalo do Livro em Paris

    O Pateo do Collegio promover a 9 edio de seu Ciclo de Debates, entre os dias 13 e 27 de maio. O frum de discusses, que perpassa a his-

    tria e a misso da Companhia de Jesus,

    j reuniu pesquisadores consagrados de

    universidades paulistas, dentre eles os

    professores Ulpiano Bezerra de Mene-

    zes, Joo Adolfo Hansen, Regina Meyer,

    Rafael Ruiz, Paulo Csar Garcez Marins,

    Bruno Feitler, entre outros.

    O intuito do evento promover o debate

    entre estudantes e professores das reas de

    Cincias Humanas, sobretudo Histria, An-

    tropologia, Letras, Filosofia e Teologia. Ar-

    quitetura jesutica, patrimnio e a memria

    no centro de So Paulo foram alguns dos te-

    mas abordados em edies anteriores.

    Essa edio contar com os seguintes

    A Edies Loyola foi uma das re-presentantes do Brasil no Salo do Livro de Paris (Frana), que aconteceu entre os dias 20 e 23 de mar-

    o. Em sua 35 edio, o evento reuniu

    escritores, tradutores e editores para

    homenagear o Brasil. Antes da feira, a

    Edies Loyola participou do Encontro

    Profissional Franco-Brasileiro, nas de-

    pendncias do Centre National du Li-

    vre, nos dias 17 e 18 de maro.

    O evento foi promovido e financiado

    pelo Bureau International de ldition

    Franaise (BIEF) e pela Embaixada da

    Frana no Brasil, com apoio da Cmara

    Brasileira do Livro (CBL), do Sindicato Na-

    cional dos Editores de Livros (SNEL) e do

    COMPANHIA DE JESUS DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO

    Centre National du Livre (CNL).

    O Encontro Profissional Franco-

    -Brasileiro teve como finalidade pro-

    mover mais conhecimento e inter-

    cmbio entre editores brasileiros e

    franceses. Entre as 18 editoras convi-

    dadas na rea de Cincias Humanas,

    participaram tambm: Cosac Naify,

    Editora 34, EDUSP, Estao Liberdade,

    Martins Fontes, Record, Edies SESC

    e Editora UNESP.

    Nas reunies, com a presena de re-

    presentantes do Brasil e da Frana, fo-

    ram discutidos os seguintes temas: O

    mercado do livro no Brasil e na Frana; O

    mercado do livro eletrnico; Produo e

    mercados editoriais em literatura, Cin-

    cias Humanas e Sociais, juventude, arte e

    histrias em quadrinhos.

    Segundo Marcelo Perine, editor de

    Edies Loyola, o evento proporcio-

    nou uma rica troca de conhecimentos.

    O Encontro Profissional Franco-Bra-

    sileiro serviu para reforar as relaes

    comerciais j existentes com editoras

    francesas, alm de abrir novas possi-

    bilidades de relaes. Alm disso, ser-

    viu como excelente preparao para a

    presena de Edies Loyola no Salo

    do Livro de Paris. Esse convite tradu-

    ziu o reconhecimento nacional e in-

    ternacional da qualidade da produo

    de Edies Loyola na rea das Cincias

    Humanas, afirmou Perine.

    palestrantes: Pe. Francisco Ivern, SJ, Dra.

    Eliane Cristina Deckmann Fleck e Dr. Carlos

    Alberto de Moura Zeron.

    Mais informaes:

    Site | www.pateodocollegio.com.br

  • 24 Em

    CONGRESSO MUNDIAL

    Em 2017, o Congresso Mun-

    dial de Delegados para Educao

    Bsica da Companhia de Jesus vai

    reunir mais de 100 educadores

    no Centro Cultural Joo XXIII, no

    COMPANHIA DE JESUS EDUCAO

    Secretrio Mundial para Educao Bsica participa de reunio no Rio

    O Secretrio Mundial para Edu-cao Bsica da Companhia de Jesus, padre Jose Alberto Mesa, e os secretrios executivos da

    FLACSI (Federao Latino-americana

    de Colgios da Companhia de Jesus),

    Rafael Galaz e Felipe Carrillo, parti-

    ciparam do primeiro encontro da Co-

    misso Organizadora do JESEDU (Con-

    gresso Mundial de Delegados para

    Educao Bsica da Companhia de Je-

    sus), nos dias 19 e 20 de maro. A reu-

    nio foi realizada no escritrio central

    da Rede Jesuta de Educao no Brasil,

    localizado no Rio de Janeiro.

    O JESEDU, abreviao de Jesuit Edu-

    cation, ser organizado por meio de

    parceria do Secretariado de Educao

    da Companhia de Jesus, da FLACSI e

    da Rede Jesuta de Educao do Brasil.

    A previso que o congresso acontea

    em outubro de 2017, no Rio de Janeiro.

    O evento dar seguimento ao Collo-

    quium de Boston de 2012 e ao SIPEI

    (Seminrio Internacional de Pedagogia

    e Espiritualidade Inacianas) de 2014. O

    objetivo problematizar e repensar os

    paradigmas da educao nos colgios

    da Companhia de Jesus luz dos novos

    e atuais desafios. A realizao do JESU-

    No centro da foto, o Pe. Jose Alberto Mesa (Secretrio Mundial para Educao Bsica), que participou do 1 encontro da Comisso Organizadora do Congresso Mundial de Delegados para Educao Bsica

    DU fechar o ciclo iniciado em 2012,

    em Boston.

    Para 2016, est previsto o lana-

    mento de novo documento que pre-

    tende ser um passo alm do Caracte-

    rsticas da Educao da Companhia de

    Jesus e do Paradigma Pedaggico Ina-

    ciano, publicados em 1986 e 1993, res-

    pectivamente. O desejo da Companhia

    de Jesus manter um ciclo de reflexes

    e recolhimento de prticas pedaggicas

    relevantes, para manter-se preparada

    para responder aos desafios da socie-

    dade atual, que vive em contnua mu-

    dana, afirmou padre Mrio Snder-

    mann, Delegado para Educao Bsica.

    Segundo a Prof. Snia Magalhes,

    diretora logstica do JESEDU, o evento

    um importante passo para a Companhia

    de Jesus. O movimento de reflexo so-

    bre a prtica que a Companhia de Jesus

    tem realizado levar, sem dvida, a um

    processo de renovao qualificada do

    trabalho nos colgios. Nas reunies ple-

    nrias do SIPEI, ouviu-se, em diferentes

    idiomas e a partir de realidades diversas,

    uma constante afirmao, que poderia

    ser resumida assim: temos que vencer o

    medo e arriscar em movimentos de ino-

    vao real, j no podemos continuar fa-

    zendo mais do mesmo, explicou Snia.

    Rio de Janeiro. Estaro presentes no

    evento delegados para Educao de

    todas as conferncias, lideranas da

    Companhia de Jesus no mundo e con-

    vidados especiais ligados Educao

    e Pedagogia Inaciana. O evento tem

    como objetivo estreitar as relaes

    da rede global de escolas jesutas

    para que todos reflitam sobre o

    novo documento norteador apre-

    sentado para que, a partir dele,

    se estabelea um planejamento

    estratgico para os prximos seis

    anos, em nvel mundial.

  • 25Em

    FEI e Centro Paula Souza premiam projetos inovadores

    No dia 23 de abril, aconteceu a ce-rimnia do Prmio FEI Inova Paula Souza, que reconhece as prticas docentes inovadoras na educa-

    o. Indito no Brasil, o prmio inicia-

    tiva do Departamento de Administrao

    do Campus So Paulo da FEI, em parceria

    com o Centro Paula Souza, destinada a

    professores de Escolas Tcnicas do Esta-

    do de So Paulo ETECs.

    O evento foi realizado no campus da

    FEI em So Paulo e nove projetos foram

    premiados nas categorias:

    Empreendedorismo

    Sustentabilidade

    Inovao

    Os primeiros lugares receberam R$ 3 mil

    cada; os segundos, R$ 2 mil, e os terceiros,

    R$ 1 mil. Alm disso, outros seis projetos re-

    ceberam meno honrosa. Foi um prmio

    rigoroso e difcil de escolher os melhores.

    uma satisfao saber que os professores es-

    to fazendo um timo trabalho, diz Edson

    Sadao, professor do curso de Administrao

    da FEI e um dos coordenadores do Prmio.

    Para definir os ganhadores do Prmio

    FEI - Inova Paula Souza, foi formada uma

    banca examinadora composta por profis-

    sionais reconhecidos nas reas de educa-

    o, empreendedorismo, sustentabilidade

    e inovao: Camila Cheibub Figueiredo,

    assessora da presidncia da Fundao Edu-

    car DPaschoal; Jos Carlos Barbieri, profes-

    sor da Escola de Administrao de Empre-

    sas de So Paulo, mantida pela Fundao

    Getlio Vargas (EAESP-FGV); Juliano Se-

    abra, presidente executivo da empresa

    Endeavor; Marcus Alexandre Y. Salusse,

    empresrio e doutorando em Empreende-

    dorismo na Eaesp-FGV; Maria Amlia Lo-

    pes Sampaio, assessora da presidncia do

    Instituto de Cidadania Empresarial (ICE);

    Ricardo Voltolini, presidente da empresa

    Ideia Sustentvel e Celso Fonseca, coorde-

    nador executivo do Observatrio de Inova-

    o da Universidade de So Paulo (USP).

    Na prxima etapa do Prmio, ser

    criada uma plataforma on-line com os

    projetos premiados, que podero ser com-

    partilhados entre todos os professores da

    rede das ETECs em So Paulo. Haver ain-

    da curso de capacitao para professores

    pr-selecionados e inscritos no Prmio,

    com 60h de apresentaes e discusso

    das melhores prticas.

    OS VENCEDORESO vencedor da categoria Empreende-

    dorismo o projeto intitulado Criao,

    implantao e administrao de empresa

    jnior, do professor Silvio Rodrigo dos

    Reis Prestar, do curso Tcnico em Admi-

    nistrao da ETEC Gildo Maral Bezerra

    Brando, localizada no bairro de Perus,

    em So Paulo (SP). A iniciativa visa que

    alunos do Ensino Mdio, por meio de em-

    presa jnior, prestem servios de consul-

    toria administrativa, contbil e logstica a

    microempresas da regio de Perus.

    Na categoria Sustentabilidade, o pro-

    jeto vencedor foi o de Silvia Helena Ferrei-

    ra Pagliarini Zen Gorayeb, professora da

    ETEC Jos Martimiano da Silva, de Ribei-

    ro Preto (SP). A ideia buscar a participa-

    o solidria dos alunos na comunidade,

    por meio de uma campanha para ajudar

    entidades assistenciais, nas quais os alu-

    nos executam tarefas de acordo com a

    rea de estudo.

    O primeiro lugar na categoria Ino-

    vao o projeto Ensinando com QR

    CODE, de autoria de Alison da Rocha

    Alves, professor da ETEC zona Sul - Ex-

    tenso CEU, localizada no bairro Vila

    Rubi, em So Paulo (SP). A ideia utilizar

    o Quick Response QR Code (Cdigo de

    Resposta Rpida) em sala de aula. O pro-

    fessor disponibiliza um tipo de cdigo de

    barras, no qual o aluno, usando aplicati-

    vos gratuitos, escaneia o cdigo atravs

    de aparelhos celulares e tablets. Aps a

    decodificao, o cdigo direcionado a

    um contedo (textos, imagens, vdeos)

    cadastrado pelo professor.

    Orientao a entidades assistenciais, consultoria administrativa e implantao deQR Code em sala de aula foram as iniciativas vencedoras

  • 26 Em

    Colgio Loyola inaugura Ncleo de Inovao

    Alunos do Colgio So Lus produzem vdeo sobre a gua

    O Colgio Loyola inaugurou seu N-cleo de Inovao e Empreendedo-rismo, no dia 23 de maro. O espa-o, que abrigar o programa, voltado para

    alunos do 6 ano do Ensino Fundamental

    3 srie do Ensino Mdio. Nesse ambiente,

    os estudantes tero a oportunidade de colo-

    car em prtica planos de negcio e estudos

    de mercado. Os trabalhos sero orientados

    por uma equipe do Loyola e por mentores

    da Fundao Dom Cabral.

    O lanamento do iLO, como conhe-

    cido o Ncleo de Inovao e Empreende-

    dorismo, fez parte das comemoraes do

    COMPANHIA DE JESUS EDUCAO

    aniversrio de fundao do Colgio Loyola,

    que celebrou 72 anos no dia 25 de maro.

    O iLO uma grande oportunidade de con-

    tribuir para que as pessoas criem coisas

    novas. Esse o desafio e ns estamos jun-

    tos nesse propsito, disse Carlos Arruda,

    diretor adjunto de Parcerias Empresariais e

    coordenador do Ncleo de Inovao e Em-

    preendedorismo da Fundao Dom Cabral.

    No projeto, os alunos tero contato

    com especialistas da rea de Inovao e

    Empreendedorismo por meio de pales-

    tras. O objetivo incentivar os jovens a

    desenvolverem novas ideias e o esprito

    empreendedor, alm de usar diferentes

    estratgias para despertar o interesse dos

    alunos para os estudos. Pais, antigos alu-

    nos e colaboradores tambm sero convi-

    dados a participar dos eventos. Ns acre-

    ditamos que o iLO uma experincia que

    trar muitos bons frutos e que pretende

    criar um movimento de inovao e em-

    preendedorismo, afirmou padre Germa-

    no Cord Neto, diretor geral do Colgio.

    Em 2015, as experincias do projeto Estudo do Meio, do Colgio So Lus, sero transformadas no mdia-me-tragem Entre Meios. Os alunos do 6 ano do

    Ensino Fundamental ao 3 ano do Ensino

    Mdio, organizados por sries, vo explo-

    rar a relao da gua com o meio ambiente

    em sete cidades brasileiras, entre elas: Pa-

    raty (RJ), Braslia (DF) e Cordisburgo (MG).

    Os jovens vo registrar tudo em vdeos,

    que sero editados para compor o filme,

    com durao entre 30 e 69 minutos. Para

    isso, tero a orientao do cineasta Caio

    Ferraz, ex-aluno do Colgio So Lus, conhe-

    cido por ter dirigido o documentrio Entre

    Rios a urbanizao de So Paulo (2009),

    referncia de material didtico entre profes-

    sores, com mais de 500 mil visualizaes.

    Os alunos tambm participaro de

    debates e oficinas com o cineasta, que

    ajudar na edio dos vdeos. A ideia in-

    serir esses adolescentes no uso da lingua-

    gem audiovisual e ensin-los, de maneira

    simples, como confeccionar os vdeos,

    captando os pontos mais relevantes de

    suas pesquisas. Alm de contextualizar

    o conhecimento que eles tm sobre a re-

    educao no uso da gua, explica Caio.

    Entre outras salas de exibio, o Cine Li-

    vraria Cultura ter uma sesso exclusiva

    para o Colgio, no final do ano.

    Essa edio do projeto Estudo do Meio

    ser realizada nas regies banhadas por

    rios e que tm sofrido com a crise hdri-

    ca. Os estudos do meio j so muito ricos

    em contedo, porm, este ano, podere-

    mos aprofundar e aumentar os conheci-

    mentos sobre a gua e suas dimenses.

    A produo dos vdeos ampliar a viso

    dos estudantes, que podero avaliar a in-

    terferncia do uso da gua na indstria

    agrcola, na biodiversidade, nas mudan-

    as climticas e geogrficas, entre outros

    aspectos, afirma o assessor pedaggico e

    responsvel pelo projeto, Laez Fonseca.

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  • 27Em

    Jesutas participam do 1 Frum Magis

    Entre os dias 20 e 23 de abril, ocorreu no Rio de Janeiro, o I Frum MAGIS. O Programa MAGIS a proposta do Secretariado de Articulao e Capacitao

    para a Misso Juventude e Vocaes da

    Provncia do Brasil (BRA) ao apelo do Plano

    Apostlico que aponta a juventude como

    uma das opes preferenciais da Compa-

    nhia de Jesus no Brasil. Participaram do

    encontro 30 jesutas que desenvolvem tra-

    balho com juventude no Brasil.

    O frum teve como principal objetivo

    apresentar e discutir o Programa MAGIS,

    elaborado por um Grupo de Trabalho (GT)

    ao longo de 2014 e aprovado pelo Padre Pro-

    vincial. At ento, a maioria dos jesutas

    presentes no frum no tinha tido acesso ao

    Programa. Isso tornou a experincia muito

    enriquecedora para a equipe central do MA-

    GIS Brasil, que pode ouvir os comentrios e

    as contribuies desses jesutas com vasta

    COMPANHIA DE JESUS SERVIO S JUVENTUDES E VOCAES

    experincia no trabalho com jovens., avaliou

    o padre Jonas Caprini, Secretrio de Juven-

    tude e Vocaes, e tambm coordenador do

    Programa MAGIS.

    Ao longo do frum, os participantes pu-

    deram se debruar sobre vrios aspectos do

    Programa MAGIS, como os eixos temticos,

    a metodologia de trabalho, as estruturas fsi-

    cas e administrativas, os recursos humanos

    e financeiros necessrios e os principais de-

    safios que sero enfrentados. Paralelamente

    s discusses do Programa, foi redigida uma

    carta expondo a opinio desses jesutas, con-

    trria reduo da maioridade penal. A carta

    foi divulgada nas redes sociais e encaminha-

    da aos deputados componentes da comisso

    que est debatendo o assunto.

    Durante 2015, sero constitudas equipes

    de jesutas e jovens para elaborar e estruturar

    cada eixo do Programa. J, em 2016, est pre-

    visto o II Frum MAGIS com a participao

    de jesutas e lideranas jovens, para dar mais

    um passo na implementao do Programa

    MAGIS Brasil. Os eixos estruturais do Pro-

    grama Metodologia, Exerccios Espirituais,

    Voluntariado Jovem e Socioambiental daro

    sustentabilidade misso que busca formar

    jovens Conscientes, Competentes, Compas-

    sivos e Comprometidos, sendo homens e

    mulheres para os demais, transformando a

    sociedade mais justa e fraterna.

    Aos poucos o MAGIS Brasil vai se con-

    figurando e ganhando o rosto da misso!

    Para ler a carta contra a reduo

    da maioridade penal, acesse o link:

    http://bit.ly/1JypoVP

    ISSO TORNOU A EXPERINCIA MUITO ENRIQUECEDORA PARA A EQUIPE CENTRAL DO MAGIS BRASIL (...)

    Pe. Jonas Caprini

  • 28 Em

    A CONAFEJ (Comisso Nacional de Formao e Estudos dos Jesutas) realizou seu primeiro encontro de

    A Casa da Juventude Padre Burnier promoveu mais uma edio da atividade Manh de Orao, no dia 19 de abril. Jovens de diversas parquias da

    Arquidiocese de Goinia, da PUC-GO (Pon-

    tifcia Universidade Catlica de Gois) e da

    UFG (Universidade Federal de Gois) parti-

    ciparam do encontro.

    A atividade, realizada todo terceiro

    domingo do ms, pertence dimenso

    espiritual da Casa e busca oferecer ju-

    ventude de Goinia e cidades do entorno

    a riqueza espiritual da Companhia de Je-

    sus, por meio dos Exerccios Espirituais

    de Santo Incio de Loyola.

    A Manh de Orao inicia-se com um

    caf da manh, seguido de pontos para

    orao e tempo para orao pessoal. Aps

    2015, entre os dias 25 e 26 de abril, nas de-

    pendncias do Noviciado Nossa Senhora

    da Graa, em Feira de Santana (BA).

    COMPANHIA DE JESUS SERVIO S JUVENTUDES E VOCAES

    O documento sobre a formao acad-

    mica dos jesutas, a misso de fim de ano

    dos estudantes, a formao dos irmos

    e a reorganizao dos espaos fsicos do

    escolasticado e das faculdades, em Belo

    Horizonte (MG), foram alguns dos temas

    abordados durante o encontro. Alm da

    reunio, os membros da comisso apro-

    veitaram para ter um contato maior com a

    comunidade do noviciado, que os acolheu

    com muita amizade e hospitalidade, des-

    tacou padre Adelson Arajo, Delegado para

    a Formao e coordenador da CONAFEJ.

    Os seis jesutas que compem a comis-

    so participaram do evento: padre Edison

    de Lima, superior do CIF (Centro Internacio-

    nal de Formao - Teologado); padre Walter

    Honorato, superior do Juniorado e Filoso-

    fado; padre lvaro Pimentel, reitor da FAJE

    (Faculdade Jesuta de Filosofia e Teologia);

    padre Jair Barbosa, superior do Noviciado;

    irmo Vanderlei Backes, representante dos

    irmos; e padre Adelson Arajo.

    Jesutas participam de encontro da CONAFEJ

    Casa da Juventude Padre Burnier promove Manh de Orao

    um breve intervalo, acontece o momento

    de partilha em grupos menores e o encer-

    ramento, com a celebrao da Eucaristia.

    Segundo o padre Jonas Carvalho de Moraes,

    diretor da Casa da Juventude Padre Burnier,

    os jovens tm se alegrado com a experi-

    ncia de sentir e saborear internamente o

    amor de Deus em suas vidas, afirmou.

    Na foto (esq. p/ dir.), os padres Walter Honorato, Jair Barbosa e Edison de Lima, o irmo Vanderlei Backes e os padres lvaro Pimentel e Adelson Arajo

    Atividade busca oferecer a riqueza espiritual da Companhia de Jesus juventude

  • 29Em

    O Instituto So Jos, em So Leo-poldo (RS), comeou o ano com nimo e generosidade. A equipe interdisciplinar da instituio realizou

    aes para alinhamento de novas dire-

    trizes. Na ocasio, os colaboradores par-

    ticiparam de reunies e da apresentao

    do projeto piloto que pretende trazer um

    conceito mais focado na promoo de

    qualidade de vida dos jesutas do Brasil.

    A atuao do Instituto So Jos di-

    recionada para a abordagem interdisci-

    plinar das reas de Enfermagem, Psico-

    logia, Nutrio, Fisioterapia e Medicina.

    Esses profissionais possibilitam o cui-

    dado integral do jesuta. A construo

    de saberes conduz a uma terapia mais

    assertiva para as necessidades individu-

    ais de cada jesuta. Essa abordagem ofe-

    rece os alicerces para as aes de aten-

    o primria sade, onde a nfase o

    envelhecimento saudvel, em proces-

    sos de cuidado que so levados por toda

    a vida, afirma Ir. Orival Bonicoski, ges-

    tor nacional da Sade da Provncia BRA.

    Dessa forma, o enfermeiro busca

    conectar todas essas especialidades

    em condutas que possam proporcionar

    qualidade de vida ao jesuta. O psic-

    logo apoia o religioso no momento de

    fragilidade que a doena causa. O fisio-

    terapeuta proporciona a reabilitao, o

    fortalecimento da musculatura, o que

    diminui a dor. A nutricionista orien-

    ta, acompanha e prescreve dietas para

    cada caso. O mdico busca diminuir os

    riscos sade.

    A tcnica de enfermagem Patrcia

    Santos destaca que as aes da equipe

    interdisciplinar ajudam na capaci-

    tao do colaborador. Essas reuni-

    es nos proporcionam momentos de

    crescimento pessoal e de integrao

    da equipe de trabalho, alm de nos

    oferecer novos horizontes e perspec-

    tivas de cuidado em excelncia, des-

    sa forma podemos melhorar cada vez

    Instituto So Jos realiza aes com a equipe interdisciplinar

    COMPANHIA DE JESUS FORMAO E CUIDADO DA SADE

    mais o nosso atendimento aos jesu-

    tas, afirma Patrcia.

    Os alunos da rea da Sade da Uni-

    sinos tambm participam da rotina do

    Instituto So Jos. Eles tm contato

    com os padres e irmos idosos, o que

    ajuda no desenvolvimento das compe-

    tncias pautadas na ateno ao outro.

    Os alunos relatam grande aprendizado

    com os jesutas idosos, principalmente

    no que diz respeito escuta das hist-

    rias de vida de cada um e dos valores

    que so passados, conta a professora

    Patrcia Martins.

  • 30 Em

    NA PAZ DO SENHORPE. JACOB ISIDORO SCHNEIDER Por Pe. Incio Spohr

    Padre Isidoro Schneider, como era conhecido, nasceu dia 18 de maro de 1918, em Arroio Grande, munic-pio de Arroio do Meio, no Rio Grande do

    Sul. Fez o curso primrio na terra natal, e

    mais tarde, ingressou no Seminrio me-

    nor de So Leopoldo (RS).

    Ingressou na Companhia de Jesus, em

    Pareci Novo (RS), em 28 de fevereiro de 1937.

    Emitiu os primeiros votos em 5 de maro de

    1939. Logo aps o Noviciado, iniciou o Junio-

    rado tambm em Pareci Novo.

    Realizou o primeiro ano do curso de

    Filosofia no Seminrio Central de So Leo-

    poldo, em 1941. Mas o segundo e o terceiro

    foram no Colgio Mximo Cristo Rei, aberto

    aos escolsticos em maro de 1942.

    A seguinte etapa de formao, o Magist-

    rio, ocorreu no Colgio Santo Incio, em Sal-

    vador do Sul (RS), de 1944 a 1947. Nesses quatro

    anos, no lhe faltou trabalho: dar aulas de ma-

    temtica, histria, geografia, portugus, auxi-

    liar no teatro e ser o prefeito da segunda e ter-

    ceira diviso dos alunos. Era preciso dedicar-se

    dia e noite formao dos apostlicos, junto

    com outros companheiros padres e irmos.

    Em 1948, Pe. Isidoro voltou ao Colgio

    Cristo Rei, em So Leopoldo, para fazer a Te-

    ologia. Foi ordenado presbtero em 7 de de-

    zembro de 1950. Em 1952, o jesuta esteve no-

    vamente em Pareci Novo, onde fez a Terceira

    Provao, tendo como Instrutor o Pe. Jorge

    Steiger. Foi incorporado, definitivamente, na

    Companhia de Jesus por meio dos ltimos

    votos no dia 15 de agosto de 1953.

    De 1953 a 1956, encontramos o Pe. Isido-

    ro, outra vez, no Colgio Santo Incio, em

    Salvador do Sul. Coube-lhe o ofcio de mi-

    nistro da casa e ecnomo. Alm de cuidar do

    setor administrativo, tambm foi professor

    de matemtica, catequista dos empregados,

    diretor do teatro e capelo na igreja Trs Mr-

    tires (hoje, Parquia Trs Santos Mrtires das

    Misses). Entre outras atividades, a apicultu-

    ra foi uma de suas ocupaes prediletas, que

    praticou por quase toda a vida. Em 1957, o

    Pe. Isidoro foi destinado como missionrio

    Misso do Mato Grosso, onde ficou quase 50

    anos. Primeiramente, foi proco da Parquia

    Nossa Senhora da Imaculada Conceio, em

    Diamantino, alm de ministro e ecnomo da

    residncia. Em 1959, foi diretor do Pr-Semi-

    nrio, em Diamantino, e auxiliar paroquial.

    Em 1962, o Pe. Isidoro foi enviado a Utia-

    riti, distante uns 500 km de Diamantino. L,

    havia um centro indgena, junto ao salto

    do rio Papagaio. Nessa regio quase deserta,

    distante de tudo o que civilizado, o jesu-

    ta estava no seu cho de misso. De fato, foi

    missionrio ambulante. Morou com os n-

    dios Rikbktsa por diversos anos. Tambm

    foi ecnomo, diretor da estao missionria

    Santo Incio junto ao rio Juruena, professor

    e ca