Upload
companhia-de-jesus
View
222
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
14ª Edição | Maio 2015
Citation preview
JESUTAS BRASIL
Em EDIO 14ANO 2MAIO 2015INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL
FRANCISCO VISITAR A AMRICA DO SUL
pg. 11
SOLIDARIEDADE AOS IMIGRANTES AFRICANOS
pg. 17
COOPERAO COM AS COMUNIDADES INDGENAS
pg. 20
PROTAGONISTAS DAPRPRIA HISTRIA
especial pg. 12
ASSIM COMO RODOLFO RODRIGUES GOMES, MAIS DE 63 MIL PESSOAS SO BENEFICIADAS PELOS PROGRAMAS SOCIAIS DA COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL
ANNCIO
ANNCIO
4 Em
SUMRIO EDIO 14 | ANO 2 | MAIO 2015
EDITORIAL Apostolado Social, essencial Misso da
Companhia de Jesus
CALENDRIO LITRGICO
ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO Cuidado com o bem-estar dos jesutas
O MINISTRIO DE UNIDADE NA IGREJA SANTA S Jubileu da Misericrdia Papa visitar Equador, Bolvia e Paraguai
ESPECIAL A oportunidade de ampliar horizontes
MUNDO CRIA GERAL Anurio 2015 da Companhia de Jesus Solidariedade aos imigrantes africanos Nomeaes Pontifcio Instituto Oriental MAGIS 2016 aproxima-se!
AMRICA LATINA CPAL Para que se formar? Semana Santa na regio Pan-amaznica Visitas s comunidades indgenas
SERVIO DA F Processo de beatificao de Dom Helder Santurio Nacional de Anchieta Eleito novo presidente da CNBB
6
78
10
12
17
19
21
5Em
EmJESUTAS BRASIL
INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL
EXPEDIENTE
EM COMPANHIA uma publicao mensal dos
Jesutas do Brasil, produzida pelo Ncleo de Co-
municao Integrada (NCI)
CONTATO [email protected]
www.jesuitasbrasil.com
DIRETOR EDITORIALIr. Eudson Ramos
EDITORA E JORNALISTA RESPONSVELSilvia Lenzi (MTB: 16.021)
REDAOJuliana Dias
DIAGRAMAO E EDIO DE IMAGENSHanderson Silva
Dimas Oliveira
COLABORADORES DA 14 EDIOPe. Adelson Arajo dos Santos, Dhyovaine Nas-
cimento, Pe. Jonas Carvalho de Moraes, Ir. Orival
Bonicoski, Pedro Risaffi, Rodrigo Marques, Pe.
Valrio Sartor e Ana Ziccardi (reviso). Um agra-
decimento especial a todos que colaboraram
com a matria especial dessa edio.
FOTOSBanco de imagens / Divulgao
TRADUO DAS NOTCIAS DA CRIAPe. Jos Luis Fuentes Rodriguez
ERRATANa 13 edio (abril) do informativo Em Com-panhia, pg. 17, foi publicado a notcia Petar Barbarie, Servo de Deus. O ttulo correto Petar
Barbarie, um Venervel.
PROMOO DA JUSTIA E ECOLOGIA CCB promove Curso de Formao de Educadores Professores do Vieira visitam escola de
educao inclusiva
DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO Pateo do Collegio promover Ciclo de Debates Edies Loyola participa de Salo do Livro em Paris
EDUCAO Secretrio Mundial para Educao Bsica participa de
reunio no Rio
FEI e Centro Paula Souza premiam projetos inovadores
Colgio Loyola inaugura Ncleo de Inovao Alunos do Colgio So Lus produzem vdeo
sobre a gua
SERVIO S JUVENTUDES E VOCAES Primeiro Frum Magis Jesutas participam de encontro da CONAFEJ Casa da Juventude Padre Burnier promove Manh
de Orao
FORMAO E CUIDADO DA SADE Instituto So Jos realiza aes com a equipe
interdisciplinar
NA PAZ DO SENHOR
JUBILEUS
AGENDA
22
23
24
27
29
303131
6 Em
A vida apostlica da Companhia de Jesus, a partir do exemplo de Santo Incio, sem-
pre foi estimulada a estar atenta aos empobrecidos da sociedade e suas pesadas cargas
de discriminao, excluso e precarizao humana e social. Na concepo inaciana,
segundo leitura que podemos fazer com o olhar de hoje, no se trata de uma categoria
sociolgica nem, muito menos, de uma generalizao piedosa, como s vezes trans-
parece no emprego da palavra: os pobres. Trata-se de pessoas que foram desfiguradas
em sua dignidade pelas estruturas de pecado, presentes na prpria sociedade.
Santo Incio e seus companheiros deram mostras concretas de que isto que hoje
denominamos de Apostolado Social parte constituinte essencial da Misso da Com-
panhia de Jesus. Alis, para alm do campo da educao, da pesquisa e da espirituali-
dade, a Companhia de Jesus sempre foi conhecida e reconhecida por iniciativas im-
portantes e bem-sucedidas no campo social.
Na histria recente, assistimos a um processo denso de decises na Companhia
de Jesus em termos de Apostolado Social que nos reporta dcada de 1950. A refern-
cia principal a Instruo Apostlica, de 1949, do Pe. Joo Baptista Janssens, SJ, ento
Superior Geral. Aquela Instruo recolocou o Apostolado Social como expresso ge-
nuna da vocao jesuta, caracterizando-se como vocao no de servios puramente
caritativo-assistenciais, mas de incidncia estrutural.
Segundo o atual Secretrio para a Justia Social e Ecologia, do Governo Central da
Companhia de Jesus, Pe. Patxi Alvarez, SJ, aquela Instruo significou grande mudana
na concepo deste Apostolado, ao colocar, no centro da ateno, o apelo para as prticas
de incidncia transformadora na sociedade, mediante investigao e sensibilizao.
O que, no lxico interno da Companhia de Jesus, o Apostolado Social mais usu-
almente conhecido, tambm, como a Ao Social ou as Aes Sociais da Companhia
de Jesus, somando-se a elas o conjunto de programas, projetos ou servios de incluso
socioeducativa ou de incidncia social direta, desenvolvidos pelas instituies confia-
das Companhia de Jesus e seus colaboradores, com vistas transformao das rela-
es sociais na busca de uma sociedade arraigada na justia social.
Hoje, quando falamos em Aes Sociais, preferimos fazer o convite para report-
-las ao horizonte da justia socioambiental, em coerncia com os grandes avanos, ao
longo das ltimas dcadas, na compreenso do mundo e da sociedade. Na formulao
da Misso da Companhia de Jesus, a reconciliao com a criao e a reconciliao com
os outros fazem parte da promoo da justia. O Apostolado Social, ou a Ao Social
da Companhia, carrega dentro de si um chamado a sermos agentes de construo de
sociedades sustentveis, promovendo a justia socioambiental: - pelo reconhecimen-
to interpessoal e empenho contra as discriminaes; - pela busca da superao das
desigualdades e empenho contra as excluses sociais; - pelo cuidado com a vida e com
o nosso ecossistema, contra a perversa manuteno de ambientes materiais indignos
para a vida humana. Em todos esses mbitos, o olhar atento inaciano percebe o insis-
tente apelo do rosto dos empobrecidos.
Boa leitura!
EDITORIAL
APOSTOLADO SOCIAL, ESSENCIAL MISSODA COMPANHIA DE JESUS
Pe. Jos Ivo Follmann, SJSecretrio para a JustiaSocial e Ecologia
(...) A COMPANHIA DE JESUS SEMPRE FOI CONHECIDA E RECONHECIDA POR INICIATIVAS IMPORTANTES E BEM-SUCEDIDASNO CAMPO SOCIAL.
7Em
CALENDRIO LITRGICO
calendrio litrgico Prprio da Companhia de Jesus
MAIO
DIA 4 | So Jos Maria Rbio
DIA 16 | Santo Andr Bobola
DIA 24 | Nossa Senhora da Estrada
So Jos Maria Rbio Santo Andr Bobola
8 Em
Qual a importncia de se aproximar mais das pessoas, conhe-
cer suas histrias?
Conhecendo a histria da pessoa com a qual se trabalha, poss-
vel compreend-la melhor, ajud-la mais. O conhecimento melho-
ra a relao de confiana e abertura entre o idoso ou enfermo com
o Delegado para o Cuidado da Sade. O dilogo entre pessoas que
se conhecem muito mais fluido, por causa do conhecimento da
linguagem e, por isso mesmo, muito mais proveitoso para os inter-
locutores.
Em 2015, qual ser a principal atuao da rea do Cuidado da
Sade da Companhia de Jesus?
Penso que, durante este ano, a atuao maior se dar no
estreitamento das relaes humanas entre o jesuta idoso,
enfermo. As visitas j feitas sero seguidas de outras mais
especficas, tendo em vista a situao de cada um, sua sade
e limitaes. Tambm o acompanhamento religioso e espiri-
tual desses jesutas, considerando que os jesutas idosos e/
ou enfermos continuam em misso e so, constantemente,
confirmados na misso.
ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO
Na 10 edio do informativo Em
Companhia, o senhor disse que um
dos primeiros passos da funo de De-
legado seria o de conhecer as pessoas,
se aproximar delas. Esse trabalho j
est sendo realizado?
Desde fevereiro, j foram visitadas
as trs casas de Sade Instituto So
Jos, em So Leopoldo (RS), Residncia
Ir. Luciano Brando, em Belo Horizonte
(MG), e Residncia So Lus Gonzaga,
em Fortaleza (CE). Falta visitar a Resi-
dncia Nossa Senhora da Estrada, em
So Paulo (SP), depois da Congregao
Provincial. Alm disso, so feitas visi-
tas tambm s pessoas, idosas ou en-
fermas, mas que ainda trabalham. Com
esse acompanhamento, ser possvel
estar mais atento para, dependendo da
situao de cada um, fazer os encami-
nhamentos necessrios.
CUIDADO COM OBEM-ESTAR DOS JESUTAS
Pe. Carlos Henrique Mller , SJ
Estar prximo aos jesutas idosos ou enfer-mos, conhecer suas histrias de vida e, as-sim, estabelecer uma relao de confiana so algumas das particularidades do traba-lho que o padre Carlos Henrique Mller vem desenvolvendo como Delegado para o Cui-dado da Sade. Em entrevista ao informativo Em Companhia, o jesuta contou sobre os desafios da nova misso, que tem por obje-tivo prestar auxlio direto ao Provincial nas questes de sade e, paralelamente, zelar pelo bem-estar do Corpo Apostlico da Com-panhia de Jesus.
9Em
Quais so os maiores desafios e oportunidades da rea do
Cuidado da Sade na Companhia de Jesus?
Um primeiro desafio configurar bem a funo do Delega-
do para o Cuidado da Sade na Provncia. Outro desafio impor-
tante o de encontrar momentos, durante o tempo de formao
dos nossos, para tratar destes temas: sade, envelhecimento,
enfraquecimento. preciso tomar conscincia das limitaes
que todo o ser humano enfrenta e aceitar, humildemente, a aju-
da que seja necessria. O terceiro o de, junto com o Gestor da
Sade na Provncia, estabelecer processos para organizar bem o
cuidado da sade na Provncia e ajudar o Provincial, Superiores
de Plataforma e Assistentes a realizarem sua misso, nesse as-
pecto particular.
Como ser realizado o trabalho da rea com os jesutas idosos
e com os jesutas que esto em atividade? Quais so as caracte-
rsticas e diferenciais de cada atuao?
No que diz respeito aos idosos, acompanh-los na sua
sade, ajudando, quando necessrio, nos encaminhamentos
para tratamento. Trata-se de ajudar o Gestor da Sade e o Pro-
vincial, na sua misso. No que diz respeito aos jesutas em
atividade, estimul-los e encoraj-los a assumirem suas li-
mitaes e fraquezas permitindo que outros os ajudem nes-
ses momentos. Ou seja, preparar os jesutas para acolherem,
humildemente, o envelhecimento e a enfermidade. Isso tem
impacto tambm sobre o responsvel pela sade, uma vez
que ele tem que dar o exemplo.
Por que a Companhia de Jesus acredita ser importante esse
cuidado especial com o processo de envelhecimento?
A Companhia de Jesus um Corpo Apostlico. Como tal,
s pode ser eficaz em seu apostolado se tiver boa sade. As-
sim, desde o incio da Ordem religiosa, a sade fator im-
portante. Santo Incio, em diversas partes das Constituies,
estabeleceu modos de proceder para o cuidado da Sade: na
entrada do candidato no Noviciado, no Exame Geral [89]; na
Terceira Parte, [272], conservao quanto alma e progres-
so nas virtudes; preocupao para que haja algum na casa
para cuidar da sade [303]; para a conservao da Companhia
[826]. O mesmo se diga do processo de envelhecimento. Mui-
tos jesutas, mesmo com idade avanada, continuam reali-
zando trabalhos apostlicos. H diversos exemplos no Brasil.
necessrio, assim, cuidar para que ele viva o processo de
envelhecimento com sade. O dinamismo apostlico depen-
de, em boa parte, da qualidade de vida e sade de quem faz
parte do Corpo Apostlico.
O que importante ressaltar para um jesu-
ta quando ele vai para a Casa de Sade?
Essa pergunta importante porque permite
manifestar a razo pela qual a Companhia de Je-
sus atribui tanta importncia ao cuidado com a
Sade. Primeiro, o jesuta vai para a Casa de Sa-
de quando isso se faz necessrio, para receber
os cuidados que o ajudem a superar as limita-
es que o tempo e a enfermidade impem. Em
segundo lugar, esse um trabalho que tem que
ser feito durante o tempo da formao e ao lon-
go da vida do religioso jesuta. Como qualquer
ser humano, importante que o jesuta aceite e
assuma as limitaes quando elas se apresen-
tam. S assim se podero superar os efeitos da
falta de mobilidade, de energia, com a ajuda e
acompanhamento adequados. Um terceiro as-
pecto, consequncia dos dois anteriores, que
o jesuta idoso ou enfermo precisa aprender a
deixar-se ajudar. Aceitando a ajuda dos compa-
nheiros e da Provncia, o sofrimento menor.
O Delegado para o Cuidado da Sade atua
em parceira com os jesutas que trabalham
como Assistentes nas Casas de Sade? Como
desenvolvido esse trabalho conjunto?
O trabalho feito em parceria com os Assis-
tentes e equipes das Casas de Sade, com os Su-
periores de Plataforma, e com o Gestor na Sade
no Brasil, o Ir. Orival Bonicoski, que enfermei-
ro. O entrosamento mais forte, nestes primeiros
meses, tem sido com o Ir. Orival. Alm de co-
nhecer as pessoas, necessrio que o Delega-
do para os Cuidados da Sade tenha, tambm,
algum conhecimento bsico na rea tcnica,
obtido justamente nesta parceria. Por isso, as
reunies com as equipes das Casas de Sade
so importantes. Estamos nos primeiros passos
dessa nova funo. medida que a funo do
Delegado for clarificada, outros passos de apro-
fundamento se colocaro. Para maior clareza,
preciso mencionar que a atividade do Delegado
para o Cuidado da Sade , por um lado, de aux-
lio direto ao Padre Provincial. Trata-se de ajud-
-lo no Governo da Provncia, particularmente
nas questes de sade e, por outro lado, de zelar,
diretamente, pelo bem-estar dos jesutas.
10 Em
O MINISTRIO DE UNIDADE NA IGREJA SANTA S
JUBILEU DA MISERICRDIA
Em 5 de maio, o Vaticano realizou uma conferncia de imprensa para a apresentao do Jubileu Extraor-dinrio da Misericrdia. Com coordena-
o do padre Federico Lombardi, diretor
da Sala de Imprensa e da Rdio Vaticano,
o evento contou tambm com a presena
de dom Salvatore Fisichella, presidente
do Pontifcio Conselho para a Promoo
da Nova Evangelizao, e monsenhor
Graham Bell, subsecretrio do mesmo
departamento.
Em seu discurso, dom Salvatore
Fisichella ressaltou que a Exortao
Apostlica Evangelii Gaudium, que per-
manece como a carta programtica do
pontificado do papa Francisco, expres-
sa o sentido deste Jubileu extraordin-
rio, anunciado em 11 de abril: A Igreja
vive um desejo inexaurvel de oferecer
misericrdia, fruto de ter experimen-
tado a misericrdia infinita do Pai e a
sua fora difusiva (Eg 24). , por con-
seguinte, disse o prelado, a partir desse
desejo que deve ser relida a Bula de Pro-
clamao do Jubileu Misericordiae vul-
tus, no qual o Papa Francisco descreve
as finalidades do Ano Santo. Ele recor-
dou ainda as duas datas indicativas: 8
de dezembro de 2015, com a Solenidade
da Imaculada Conceio, que marca a
abertura da Porta Santa na Baslica de
So Pedro, e 20 de novembro de 2016,
Solenidade de Jesus Cristo, Senhor do
Universo, que a concluso do Ano
Santo. Entre essas duas datas, realiza-
-se um calendrio de celebraes com
diferentes eventos.
Dom Fisichella ressaltou tambm que
o Jubileu da Misericrdia no e no de-
seja ser o Grande Jubileu do Ano 2000.
Qualquer comparao, segundo ele, no
tem sentido, porque cada Ano Santo tem
as suas peculiaridades e as prprias finali-
dades. O Papa deseja que este Jubileu seja
vivido em Roma, bem como nas Igrejas
locais. Esse fato implica especial ateno
vida das Igrejas individuais e s suas exi-
gncias, de modo que as iniciativas no
sejam uma sobreposio ao calendrio,
mas sejam antes complementares.
Durante a conferncia, foi apre-
sentado tambm o logotipo do Jubi-
leu, que representa uma suma teol-
gica da misericrdia e do lema que o
acompanha. No lema, tirado do Evan-
gelho segundo S. Lucas(Lc 6,36), Mi-
sericordiosos como o Pai, prope-se
viver a misericrdia seguindo o exem-
plo do Pai, que pede para no julgar e
no condenar, mas perdoar e dar amor
e perdo sem medida (cf. Lc 6,37-38).
Obra do padre M. I. Rupnik, o logo-
tipo apresenta uma imagem do Filho
que carrega em seus ombros o homem
perdido. Essa imagem muito queri-
da da Igreja primitiva, porque indica o
amor de Cristo que realiza o mistrio
da sua encarnao com a redeno.
Fonte: site Rdio Vaticana
Dom Rino Fisichella, presidente do Pontifcio Conselho para a Promoo daNova Evangelizao
FOTO
: AN
SA
logotipo do Jubileu Obra do padre M. I. Rupnik
O PAPA DESEJA QUE ESTE JUBILEU SEJA VIVIDO EM ROMA, BEM COMO NAS IGREJAS LOCAIS.
11Em
Papa visitar Equador, Bolvia e Paraguai
Em 16 de abril, o Vaticano con-firmou a visita do Papa Fran-cisco a trs pases da Amrica Latina Equador, Bolvia e Paraguai
, acolhendo o convite dos presiden-
tes e dos episcopados locais. A viagem
acontecer entre os dias 6 e 12 de julho
e servir para o papa enfatizar a defe-
sa dos pobres e os pedidos por justia
social, como tem sido comum em seu
pontificado. Ele tem pedido a redistri-
buio da renda e enfatizado questes
que afetam mais duramente os pases
pobres, como as mudanas climticas.
Essa ser a segunda visita do Papa
Amrica Latina desde sua eleio, em
2013. O Brasil foi o primeiro pas da re-
gio a ser visitado pelo pontfice, durante
a realizao da Jornada Mundial da Ju-
ventude (JMJ), em julho de 2013.
Fonte: Reuters | site Rdio Vaticana
AGENDA DA VIAGEM DATA - JULHOPASEQUADOR
VENEZUELA
COLMBIA
EQUADOR
PER
BOLVIA
BRASIL
PARAGUAI
CHILE
URUGUAIARGENTINA
6 A 8
BOLVIA 8 A 10
PARAGUAI 10 A 12
12 Em
ESPECIAL
A OPORTUNIDADEDE AMPLIARHORIZONTES O que move as pessoas a sair de casa e encarar o mundo? Para Rodol-fo Rodrigues Gomes, 21 anos, so seus sonhos que o estimulam a enfrentar os
desafios. Atualmente, o jovem est fazendo
um intercmbio, por meio do programa
Cincias sem Fronteiras, na Universidade
do Arizona, em Tucson, Estados Unidos.
Em maro de 2014, cheguei ao pas para
estudar ingls por seis meses e Engenharia
Qumica por um ano, explica Rodolfo, alu-
no bolsista da FEI (Fundao Educacional
Inaciana Pe. Sabia de Medeiros).
At chegar ao exterior, o jovem contou
com o apoio da famlia, de amigos e da
Companhia de Jesus, que o ajudou no seu
desenvolvimento acadmico e pessoal, por
meio de programas sociais. Com alegria,
posso dizer que a instituio me ajudou a
ser quem sou. Eu me considero uma pes-
soa de muita sorte por ter tido os jesutas no
rumo da minha vida, afirma o estudante.
A histria de Rodolfo com a Compa-
nhia de Jesus comeou quando ele cursa-
va a 3 srie do Ensino Fundamental. Na
poca, minha professora me indicou para
fazer uma prova para concorrer bolsa de
estudo no Colgio So Lus, em So Paulo.
Eu fiz a prova e passei. Ento, comecei a es-
tudar na instituio, onde conclu o Ensi-
no Fundamental e Mdio, conta. O curso
no colgio foi uma etapa muito importan-
te, porque me ajudou a trilhar meus ca-
minhos e, at posso dizer, parte da minha
personalidade, ressalta Rodolfo.
No Colgio So Lus, o jovem teve o pri-
meiro contato com o atletismo. Em uma
aula de Educao Fsica, meu professor
aplicou um teste de resistncia e enxer-
gou em mim um talento esportivo. Ento,
ele me aconselhou a praticar esporte e
me indicou para outro professor, que me
apresentou o atletismo, relembra o jovem.
Hoje, alm de estudar Engenharia Qumi-
ca, Rodolfo atleta dos 800 metros rasos.
Nos EUA, o esporte universitrio de alto
nvel e o pas proporciona toda a estrutura
para que as pessoas se tornem estudantes
atletas. Eu estou tendo a experincia de re-
presentar a Universidade em competies
pelo pas, conta.
O estudante atribui seu bom desempe-
nho nos estudos e no esporte educao
jesuta que recebeu. Os jesutas valorizam
muito a formao humana dos alunos. As
aulas de Ensino Religioso, tica, Sociologia
e a participao em Projetos Sociais foram
um grande diferencial para mim. Todo
esse conjunto me mostrou o lado humano
das coisas, afirma.
Aps concluir o Ensino Mdio, Rodol-
fo prestou vestibular na FEI e foi aprova-
do. Ele no tinha condies de arcar com a
mensalidade, dessa forma, o jovem foi in-
dicado pelo irmo Carlos Diniz, conhecido
como Ir. Bolinha, para entrar no programa
de bolsistas da ANEAS (Associao Nbre-
ga de Educao e Assistncia Social), uma
das mantenedoras da Companhia de Jesus.
Atualmente, Rodolfo est no 6 semestre de
Engenharia Qumica.
Aps a temporada de estudos nos EUA,
o jovem pretende retornar ao Brasil e con-
tinuar a graduao na FEI. Ele afirma que
tem muitos sonhos e demostra gratido
pelas chances que teve. Eu, da maneira que
posso, tento retribuir todo carinho e apoio
que os jesutas tiveram por mim. No Col-
gio So Lus, eu tive grandes experincias e
conquistei amigos que levarei para toda a
minha vida. L, foi o incio de tudo, onde fui
apresentado s oportunidades, conclui.
13Em
APOSTOLADO SOCIAL DACOMPANHIA DE JESUS
Oportunidade, uma palavra simples,
mas que tem muita fora e significado para
Rodolfo e para tantas pessoas que j tive-
ram ou tm contato com as aes sociais da
Companhia de Jesus. O Apostolado Social
da Ordem religiosa est presente na essn-
cia de sua atuao. No livro Apostolado So-
cial: Setor e Dimenso Apostlica, o padre
jesuta Ricardo Antoncich afirma que a pro-
moo da justia encontra-se entranhada
na misso dos jesutas de anunciar a f. Para
o padre Jos Ivo Follmann, Secretrio para a
Justia Social e Ecologia da Provncia BRA,
a caracterstica central da atuao da Com-
panhia de Jesus a incidncia transforma-
dora, ou seja, o DNA do apostolado jesuta
focado na busca da emancipao do sujeito
no sentido de ajud-lo a assumir o seu pro-
tagonismo como agente transformador.
A emancipao do indivduo, como
destaca o padre Jos Ivo, est presente
em todos os projetos, programas e aes
sociais da Companhia de Jesus. Em 2014,
foi realizado um amplo levantamento e
diagnstico das aes sociais dos jesu-
tas no Brasil. Segundo ele, h 49 unida-
des ou obras que possuem aes sociais.
Esse nmero abrange desde a conces-
so e gesto de bolsas de estudo, como
programas de incluso socioeducativa,
at a concepo e gesto de programas,
projetos e servios sociais de incidncia
socioambiental direta, explica o jesuta.
Sem levar em conta a grande riqueza
dos trabalhos de F e Alegria que j tm os
seus mapeamentos prprios e conhecidos
e, tambm, sem ter tido condies de con-
templar, nesta fase, as obras da Amaznia
e as vinculadas s Parquias, o levanta-
mento constatou que, em 2014, mais de
63 mil pessoas foram beneficiadas pelas
iniciativas socioeducativas e sociais da
Companhia de Jesus no Brasil. Essas ini-
ciativas esto localizadas em 13 estados e
OS JESUTAS VALORIZAMMUITO A FORMAO HUMANA DOS ALUNOS
Rodolfo Rodrigues Gomes,alunobolsistada FEI
PRIORIDADE APOSTLICA
No Plano Apostlico da Provn-
cia dos Jesutas do Brasil-BRA, uma
das opes preferenciais : A Su-
perao do abismo da desigual-
dade socioeconmica e suas gra-
ves implicaes sociais, culturais e
ambientais. Segundo o padre Jos
Ivo Follmann, Secretrio para a Jus-
tia Social e Ecologia da Provncia
BRA, para contribuir efetivamente
com essa opo, necessrio inci-
dir em trs espaos estratgicos:
Na reconciliao das relaes
interpessoais, reconhecendo o
outro em sua dignidade, inde-
pendente das diferenas de raa,
religio, cultura ou sucesso e
prestgio social.
No empenho pela superao da
pobreza e na rejeio da situao
injusta dos empobrecidos e estru-
turalmente impedidos de acesso
aos bens materiais e simblicos,
buscando a erradicao das exclu-
ses, da misria e da pobreza.
No cuidado com o meio ambien-
te e no modelo de desenvolvimento
atual, para que se tenha compro-
misso permanente com condies
materiais de vida saudveis para to-
dos, no presente e no futuro.
1
2
3
14 Em
ESPECIAL
22 cidades do territrio nacional.
Esses nmeros demostram a forte atu-
ao da Companhia de Jesus no Brasil e o
cuidado com as comunidades e famlias
que participam das iniciativas. Os jesu-
tas esto espalhados por todo o Brasil e eu
fico muito feliz com isso, pois aproximar-
-se dos empobrecidos e deixar-se interpe-
lar pela sua condio de vida se converte
em uma fonte valiosa no s para a ao
social, mas tambm para o apostolado
como um todo, ressalta padre Jos Ivo.
O depoimento de Rodolfo, que estudou
no Colgio So Lus, apenas uma histria
de tantas que demostram a importncia de
oferecer oportunidades para as pessoas. S
os colgios da Rede Jesuta de Educao,
por meio do programa de bolsas de estu-
do, beneficiam cerca de 6 mil alunos. Alm
do programa de bolsas integrais e parciais,
pessoas so beneficiadas pelas iniciativas sociais da Companhia de Jesus
63 mil
alguns colgios, como o Antnio Vieira, de
Salvador (BA), promovem o EJA (Ensino de
Jovens e Adultos), que realiza um trabalho
significativo com pessoas que, aps anos
longe dos estudos, decidem voltar s salas
de aula. Atualmente, a instituio d su-
porte a 400 alunos e, desde 1969, quando
surgiu a proposta, at hoje mais de 30 mil
pessoas j passaram pela iniciativa. Nos
colgios da Companhia de Jesus no Brasil
existe uma tradio no oferecimento dos
cursos noturnos gratuitos.
Alm do programa de bolsas e de inicia-
tivas como o Ensino de Jovens e Adultos e
dos cursos noturnos gratuitos, outros pro-
jetos da Companhia de Jesus tambm se
destacam. Em 2013, o projeto Vida com Arte,
iniciativa da Unisinos (Universidade do
Vale do Rio dos Sinos) e do Colgio Anchieta
de Porto Alegre (RS), recebeu o prmio TOP
Cidadania da Associao Brasileira de Re-
cursos Humanos ABRH/RS e, em 2014, o
Prmio Responsabilidade Social da Assem-
bleia Legislativa do Estado do Rio Grande do
Sul. Esses prmios so importante reconhe-
cimento do projeto, que promove a incluso
social de crianas e adolescentes, da rede
pblica de ensino, atravs da msica. O
projeto funciona em trs turnos por sema-
na. Aqui, os jovens tm contato com instru-
mento, canto, percusso e formao cidad.
Ns fornecemos aos alunos os instrumen-
tos tambm. Dessa forma, eles podem levar
para casa e estudar, explica Evandro Matt,
msico, maestro, coordenador e fundador
do Vida com Arte.
As crianas e adolescentes do projeto
so acompanhadas por assistentes sociais
e, quando necessrio, por psiclogos vincu-
lados ao PAAS (Projeto de Ateno Amplia-
da Sade). O projeto, em parceria com a
Prefeitura de So Leopoldo (RS), atravs da
Secretaria de Educao, conta tambm com
o apoio de outras aes sociais da Unisinos,
como o Educas (Programa de Educao e
Ao Social), o Eu-Cidado (incluso digital
e cidadania) e o Pr-Maior (relao inter-
geracional). Em 2015, o projeto realizar 45
espetculos. Atravs dessa iniciativa, pode-
mos formar cidados comprometidos com
valores como respeito, dedicao e compa-
nheirismo, afirma Evandro.
Em Belo Horizonte (MG), outra ini-
ciativa tambm est ajudando dezenas
de pessoas. o GRUFAJE (Grupo FAJE de
Pr-vestibular), iniciativa dos estudantes
jesutas da Faculdade Jesuta de Filoso-
fia e Teologia (FAJE). O GRUFAJE oferece
Estudar e ter f
Ariane dos Santos Lima, 27 anos, ex-
-aluna da Escola Santo Afonso Rodriguez
e j foi professora da instituio. A jovem
Mestre em Histria do Brasil e, atualmen-
te, trabalha no Instituto Federal de Educa-
o, Cincia e Tecnologia do Piau.
Eu no tive dificuldades de com-
preender os contedos durante o es-
tudo na universidade por conta da
formao que recebi na Escola Santo
Afonso Rodriguez e no cursinho pre-
paratrio do Colgio Diocesano, onde
fui bolsista. A disciplina para estudar
me ajudou a tirar as melhores notas,
ingressar em grupos de pesquisa e
participar de congressos. Quando me
perguntavam por que eu sempre me
dava bem nas atividades da univer-
sidade, eu respondia que o segredo
era saber estudar e ter f. Aps a mi-
nha formatura, o padre Plutarco
Almeida, ento diretor da Escola
Santo Afonso, me convidou para
dar aulas na instituio. Foi mo-
tivador trabalhar na mesma insti-
tuio que em estudei. Ser da co-
munidade e conhecer os pais dos
alunos facilitava meu trabalho de
entender o comportamento dos
alunos e suas dificuldades em sala
de aula. Eu me dediquei para apre-
sentar um bom trabalho e, assim,
retribuir os anos em que estudei
na instituio.
15Em
comunidade local a possibilidade de
retomar os estudos e se preparar para o
ENEM e para concursos pblicos.
A equipe composta por 12 professores
voluntrios, dos quais dois so ex-alunos da
GRUFAJE que j se formaram e agora con-
tribuem com a iniciativa. A equipe coor-
denada pelos jesutas Eduardo Meja, Jos
Robson Silva Sousa, estudantes de Teologia;
Isaias Gomes da Silva, estudante de Filo-
sofia; e pelo leigo Igor Britto Lica, que est
fazendo mestrado em Filosofia pela FAJE.
O GRUFAJE um meio para que muitos de
nossos alunos possam construir seus so-
nhos, para que possam ser protagonistas da
prpria histria, afirma Jos Robson.
Ser protagonista da prpria histria e
torna-se um empreendedor. Esses so al-
guns dos objetivos do Programa de Incluso
Produtiva, que est transformando vidas
em Cascavel (PR). A iniciativa favorece a
insero de mulheres a partir de 18 anos no
mercado de trabalho, seja por meio do em-
prego formal, do empreendedorismo ou de
empreendimentos da economia solidria.
Promovemos oficinas de artesanato e de
costura industrial como alternativas poss-
veis para gerao de renda, atravs do con-
vvio participativo, explica padre Paulo Do-
mingo Pelizer, coordenador do programa.
O Programa de Incluso Produtiva es-
timula a ampliao e o fortalecimento dos
pequenos negcios e, alm disso, apoia o
microempreendedor individual, com prio-
ridade para aqueles que so beneficirios
do Programa Bolsa Famlia. Os esforos de
incluso produtiva urbana, via economia
solidria, compreendem aes de estmulo
criao de empreendimentos de autoges-
to, microcrdito produtivo orientado, as-
sistncia tcnica e apoio comercializao
de produtos e servios desses empreendi-
mentos, completa padre Paulo.
A Escola Santo Afonso Rodriguez, lo-
calizada em Teresina (PI), oferece o En-
sino Fundamental e Mdio para cerca de
800 crianas e adolescentes em situao
de vulnerabilidade social. Todos os alu-
nos so bolsistas e a escola participa de
um convnio institucional com a Prefei-
tura e com o Governo do Estado do Piau.
O Ensino Mdio oferecido profissionali-
zante e a instituio mantm uma parce-
ria com a Fundao F e Alegria. Alm da
educao bsica, a escola oferece tambm
algumas atividades na rea de esportes,
artes, sade e gerao de emprego/renda
para os alunos e suas famlias.
O irmo Raimundo Nonato Oliveira
Barros, diretor da Escola Santo Afonso Ro-
driguez, destaca que a acolhida e a busca
por uma formao de excelncia so ca-
ractersticas da instituio. Acredito que o
grande diferencial que a escola tem a cara,
o cheiro e o jeito da comunidade. Aqui, to-
dos se sentem em casa, afirma. Esse rela-
cionamento cuidadoso com a comunidade
faz toda a diferena no aprendizado dos alu-
nos, tanto que muitos, aps conclurem os
estudos, retornam para dar sua contribui-
o (saiba mais nos boxes).
A atuao da Companhia de Jesus na
rea Social tambm acontece por meio
de parcerias com algumas instituies,
como o caso do Programa Brasileiro de
Reassentamento Solidrio de Refugia-
dos, realizado na regio Sul do pas pelo
Governo Federal, por meio do CONARE
(Comit Nacional para os Refugiados),
lotado no Ministrio da Justia, pela AC-
NUR (Agncia da ONU para os Refugia-
dos) e pela ASAV (Associao Antnio
Vieira), mantenedora da Companhia de
Jesus e representante da sociedade civil
organizada. Segundo Karin Kaid Wape-
chowski, coordenadora do Programa,
o reassentamento de refugiados repre-
senta um papel importante e um com-
plemento ao sistema de proteo inter-
nacional s vtimas do deslocamento
forado. A iniciativa possibilita tanto a
proteo legal e fsica, como oferece as
condies locais necessrias para que
A ATUAO DA COMPANHIA DE JESUS NA REA SOCIAL TAMBM ACONTECE POR MEIO DE PARCERIAS
Caminho certo
Tullyo Urbano Silva, 22 anos,
analista financeiro, fez um curso
profissionalizante de administrao
em servio de sade na Fundao F
e Alegria, de Recife (PE).
Na Fundao F e Alegria, eu
aprendi conceitos profissionais impor-
tantes. A minha trajetria profissional,
por mais curta que seja, considero bem
dinmica e produtiva. Como a maioria
dos jovens, eu tinha dvidas sobre que
rumo seguir no mercado de trabalho.
As temticas pedaggicas que aprendi
na Fundao F e Alegria me ajudaram
a perceber que o crescimento profis-
sional era possvel. Sempre que posso,
entro em contato com a direo da Fun-
dao, j cheguei at a ministrar uma
oficina sobre Protagonismo Juvenil
para trs turmas. Essa experincia me
proporcionou timos resultados.
16 Em
ESPECIAL
essas pessoas possam reiniciar suas vi-
das, explica.
O primeiro acordo do CONARE e da
ACNUR com a ASAV foi assinado em
2003. Desde ento, anualmente, um
novo acordo firmado entre as partes.
Os refugiados mais atendidos no pro-
grama vm de pases como Afeganisto,
Colmbia, Palestina, Sri Lanka e Sria.
Cerca de 330 refugiados j foram atendi-
dos pela iniciativa. As famlias dessas
pessoas tambm so atendidas, alm de
outras populaes de interesse que, por
intermdio dos que chegaram primeiro,
foram atradas pelas condies de se-
gurana e trabalho oferecidos pela vida
no Brasil. Estimamos que, aproximada-
mente, mais 260 pessoas se agregaram
aos indivduos e famlias reassentadas,
ressalta Karin.
Segundo ela, a ASAV realiza a divul-
gao e o treinamento de outras insti-
tuies da sociedade civil e tambm de
autoridades. A mantenedora promove,
juntamente com a ACNUR e o CONARE,
uma pauta positiva e humanitria a res-
peito do tema do refgio. A cada ano,
desenvolvemos novas redes e condies,
isso fortalece o Programa que est se con-
solidando tambm em outras regies do
Brasil e da Amrica do Sul. A visibilidade
e a sensibilizao da sociedade sobre o
tema da proteo e integrao de refu-
giados so ganhos diretos acumulados a
partir desse trabalho, finaliza Karin.
PROJETO SINERGIAPara fortalecer cada vez mais as ini-
ciativas do seu Apostolado Social, desde
2014, a Companhia de Jesus no Brasil
tem realizado o mapeamento de suas
aes sociais. A iniciativa est integra-
da com o Projeto Sinergia Ao Social
Brasil, que est sendo implementado
no pas. O objetivo do projeto pro-
mover a padronizao dos processos
e da tecnologia, nas mantenedoras e
mantidas com atividades de ao social
(programas de incluso socioeducativa
e programas, projetos e servios de inci-
dncia socioambiental direta) da Com-
panhia de Jesus, explica padre Jos Ivo.
FormaoEu tinha 3 anos de idade quando a
minha famlia veio morar num povoa-
do chamado Redonda, que fica prxi-
mo Escola Santo Afonso Rodriguez,
no bairro de Socopo, Teresina (PI). Eu
estudei na instituio da creche ao 9
ano do Ensino Fundamental, ou seja,
vivi a minha infncia e comeo da
adolescncia na ESAR, onde minha
base de aprendizado, formao hu-
mana e religiosa foram construdas.
Hoje, eu trabalho como coordenadora
pedaggica do Ensino Mdio na ins-
tituio. uma alegria imensa poder
trabalhar na escola em que estudei,
fazer parte da equipe de funcionrios
e ser colega de trabalho dos meus anti-
gos professores. um prazer dar conti-
nuidade a esse projeto.
Maria Auzenira Pereira da Rocha
Reis, 35 anos, ex-aluna e coordena-
dora pedaggica do Ensino Mdio na
Escola Santo Afonso Rodriguez.
O Projeto Sinergia proporcionar
maior agilidade na obteno das infor-
maes para gesto e operao da ao
social no Brasil. O intuito buscar a coe-
rncia dessa atuao com nossa misso,
ajudando, tambm, no atendimento s
obrigaes legais existentes nas mante-
nedoras. O nome Sinergia traz esse con-
ceito de esforo em conjunto, de traba-
lho em cooperao, afirma o jesuta.
Segundo padre Jos Ivo, o projeto
tem muita importncia para a Compa-
nhia de Jesus, pois contribuir com a
elaborao de uma proposta de unida-
de, visando unificao de conceitos
e o entendimento da ao social, con-
forme a misso dos jesutas. O Proje-
to Sinergia ajudar no entendimento
comum sobre o que ao social para
a Companhia de Jesus no Brasil, o que
praticado, quem realiza, para quem,
onde e como a ao social realizada.
O Projeto Sinergia est sendo reali-
zado em trs etapas: a primeira, deno-
minada Levantamento e Diagnstico,
concluda em 2014, aconteceu de forma
conjunta com todas as mantenedoras e
mantidas com atividade de ao social.
A segunda etapa, chamada de Constru-
o e Implantao, est em andamento
e visa uma nica soluo tcnica para
todas as mantenedoras e mantidas. A
etapa final, chamada tecnicamente de
Estabilizao, ser a consolidao, o
acompanhamento e o apoio nos pro-
cessos de tecnologia.
Para padre Jos Ivo, 2015 o ano da
construo, ou seja, tempo de adequar
a soluo tcnica para contemplar os
requisitos identificados na primei-
ra etapa. Estamos muito confiantes.
Confiantes, sobretudo, na boa coorde-
nao tcnica do trabalho e muito es-
peranosos de podermos colher boas
sinergias tambm em conexo fecunda
com o Frum Permanente para a Justia
Social e Ecologia, em fase de constitui-
o, afirma. Creio que estamos dando
passos importantes como Provncia
dos Jesutas do Brasil, conclui.
17Em
ANURIO 2015 DA COMPANHIA DE JESUS
O Anurio da Companhia de Je-sus, edio 2015, tem como tema principal a Ecologia e o Meio Ambiente. Ao longo da publicao, es-
sas questes so analisadas por meio de
exemplos, colhidos em vrias partes do
mundo, de como evitar a destruio do
ecossistema, propondo novo estilo de
vida. Os textos mostram ainda como os je-
sutas esto cada vez mais conscientes de
que a sua misso deve mostrar uma mais
eficaz solidariedade ecolgica em nossa
A COMPANHIA DE JESUS NO MUNDO CRIA GERAL
vida espiritual, comunitria e apostlica.
O Anurio aborda tambm trs aspec-
tos ecolgicos que preocupam os jesutas:
Fonte: Agncia Informativa Catlica Argentina
1 O cuidado com a natureza.
2 A defesa dos mais vulnerveis.
3 A proposta de novo estilo de vida.
De janeiro de 2015 at o momento, estima-se que mais de 2.000 pesso-as tenham morrido no Mar Medi-terrneo ao tentar chegar Europa. Outras
dezenas sofrem leses graves no intento de
cruzar a fronteira entre Nador (Marrocos) e
Melilla, cidade autnoma espanhola, situa-
das ao norte de frica. Muitas das vtimas so
menores de idade no acompanhados. Essa
desesperada situao moveu os delegados
sociais da Companhia de Jesus na Europa
para realizarem a sua reunio anual em Na-
dor. luz do que l presenciaram, emitiram
o seguinte comunicado:
Assinamos a declarao, os jesutas e
colaboradores de toda a Europa, comprome-
tidos com a promoo da justia social. Aqui
nos reunimos precisamente porque somos
chamados a ir s fronteiras, sobretudo quan-
do o sofrimento das pessoas mais evidente.
Escolhemos estar aqui para expressar a nossa
solidariedade com a equipe local dos jesutas
que trabalham em Nador. As fronteiras entre
o Norte da frica e o Sul da Europa so de so-
SOLIDARIEDADE AOS IMIGRANTES AFRICANOS
frimento, violncia e violaes dos direitos
humanos. O muro de seguridade fortemente
armado entre Nador e Melilla um trgico
subproduto da Fortaleza da Europa. Estamos
preocupados pela vulnerao dos direitos
bsicos nesta encruzilhada, o que fica de-
monstrado pelo incremento do uso da fora
fsica em mos dos corpos de seguridade.
Junto com o sofrimento, temos sido tes-
temunhas da compaixo e solidariedade de
homens e mulheres de todas as religies e
nacionalidades, unidos pelo seu compro-
misso de apoiar estes jovens imigrantes afri-
canos. Temo-nos sentido particularmente
comovidos pela ateno oferecida a mulhe-
res vtimas do trfico de pessoas.
Como resultado da nossa reunio, com-
prometemo-nos a:
Renovar nosso compromisso de
acompanhar e servir nossos irmos e irms
no seu sofrimento.
Continuar fomentando apenas as
polticas de migrao e asilo na Unio Eu-
ropeia que promovam a dignidade dos se-
res humanos, includas as vtimas do trfi-
co de pessoas.
Estimular mais pesquisas das causas
fundamentais da migrao.
Promover a responsabilidade global
e a ao como a nica resposta vivel a essa
tragdia humanitria.
Alm de reforar o nosso atual com-
promisso com os migrantes na Europa,
expressamos nosso desejo de incrementar
a colaborao com os Jesutas na frica,
como resposta aos desafios provocados
pelas fronteiras.
Delegados Sociais Europeus da Com-
panhia de Jesus.
JUNTO COM O SOFRIMENTO, TEMOS SIDO TESTEMUNHAS DA COMPAIXO E SOLIDARIEDADE DE HOMENS E MULHERES DE TODAS AS RELIGIES E NACIONALIDADES (...)
18 Em
Com a finalidade de melhorar o ser-vio s Igrejas Orientais, a partir do Pontifcio Instituto Oriental em Roma (Itlia), o Superior Geral da Compa-
nhia de Jesus, padre Adolfo Nicols, como
Vice-Gro-Chanceler, iniciou um proces-
so de reorganizao da instituio.
A misso do Pontifcio Instituto Orien-
tal tem hoje novos desafios. Seus Estatutos
(art. 3,b) expressam isso da seguinte forma:
Promover um conhecimento mais pro-
O Papa Francisco nomeou:O Pe. Donatien Bafuidinso-ni como bispo auxiliar da Arqui-diocese de Kinshasa, Repblica Democr-
tica de Congo. A Arquidiocese conta com
5.830.000 catlicos numa povoao de 10,5
milhes. Padres so 1.166, e religiosos 3.643.
O Pe. Bafuidinsoni atualmente juiz vigrio
da arquidiocese. Nascido em 11 de dezem-
bro de 1962, foi aceito na Companhia de Je-
sus em 23 de setembro de 1981 e ordenado
presbtero em 18 de julho de 1993.
Pontifcio Instituto Oriental
Nomeao
fundo do Oriente cristo, antigo e moder-
no, bem como as condies concretas nas
quais vive, e a compreenso mtua entre
cristo orientais e ocidentais.
Para ajudar na reorganizao iniciada
e garantir a normalidade das atividades
acadmicas e administrativas do Institu-
to, iniciou-se uma etapa de transio sob
a direo dos padres Samir Khalis Samir,
como Pr-Reitor, Sunny KoKKaravfajil,
como Pr-Decano da Faculdade de Direi-
to Cannico Oriental, e Edward Farrugia,
como Pr-Decano da Faculdade de Cin-
cias Eclesisticas Orientais.
A importncia e complexidade da re-
organizao requer longo processo que
envolve toda a comunidade acadmica
do Pontifcio Instituto Oriental, das ou-
tras instituies universitrias jesutas
em Roma (Itlia) e o compromisso do
corpo universal da Companhia de Jesus
que recebeu essa exigente misso.
COMPANHIA DE JESUS CRIA GERAL
A XXXI Jornada Mundial da Ju-ventude (JMJ) em Cracvia (Po-lnia) acontecer em menos de 500 dias! Por isso, o MAGIS 2016, que
antecede a JMJ, j comeou a ser orga-
nizado por jovens jesutas em todo o
mundo. Para preparar a convocao, jo-
vens poloneses esto colaborando com
MAGIS 2016 aproxima-se!
as Provncias da Eslovquia, Checoslo-
vquia e Litunia. O Coordenador Geral
do MAGIS 2016 o padre Waldemar P.
Los (PME) e o lema do encontro uma
expresso de Santo Incio de Loyola,
tomada da orao da generosidade:
dar sem olhar o preo. Os jovens (de
18 a 30 anos) das parquias, colgios,
universidades e ministrios da Com-
panhia de Jesus so convidados para
uma viagem espiritual com Jesus Cris-
to e sua Me.
Informaes mais detalhadas do
MAGIS 2016 esto disponveis em po-
lons, ingls e espanhol no site:
www.magis2016.org
FOTO
: HT
TP:/
/MA
GIS
20
16.O
RG
19Em
No ms de junho, teremos o Seminrio de Formao para facilitadores do Curso de Formao para a Colaborao. A CPAL
(Conferncia dos Provinciais Jesutas
da Amrica Latina) tem, alm disso,
trs Centros Interprovinciais de For-
mao em Teologia para nossos es-
tudantes, trs Terceiras Provaes e
estamos comeando a experincia de
trs centros zonais de Formao em
Filosofia (alm de outros trs provin-
ciais) e nove noviciados. Temos 328
estudantes jesutas e 94 novios na
Conferncia. Todos eles se formam
para levar adiante a Misso da Compa-
nhia de Jesus.
pensando nessa tarefa que deve-
mos nos perguntar: afinal, para que
somos formados? Quais so as exi-
gncias de formao que a misso da
Companhia, hoje, na Amrica Latina
nos apresenta?
A primeira resposta que somos
formados para a vida, segundo o esti-
lo da espiritualidade inaciana. O pri-
meiro objetivo de nossa formao tem
que ser partilhar essa espiritualidade
que est na raiz de nossa misso e que
inspira nossa vida e nosso trabalho.
Uma espiritualidade que nos ancora
na profundidade de nosso esprito.
Que nos ensina a viver para em todo
amar e servir, que nos convida sempre
pergunta radical que deita razes no
mais fundo de nossa f. Que nos ensi-
na a contemplar desde a realidade pr-
PARA QUE SE FORMAR?
A COMPANHIA DE JESUS NA AMRICA LATINA CPAL
Pe. Jorge Cela, SJPresidente da CPAL
xima, a rez-la com o Senhor e refletir para tirar proveito
e mover-nos a transformar a realidade desde nossa misso.
Essa profundidade que nos induz sempre a perguntar-nos a
fundo e a estudar as causas e rezar as respostas. Formamo-
-nos na amizade com o Senhor.
Formamo-nos tambm para a misso. Nossa identidade
est, inseparavelmente, ligada misso do servio f e pro-
moo da justia em um mundo intercultural e inter-religioso.
E isso, no contexto da Igreja Latino-americana, passa por uma
clara e decidida opo pelos pobres. Nossa formao tem que
contribuir para fazer crescer nossa paixo por essa misso. Con-
verter-nos em apstolos apaixonados e competentes para reali-
zar essa misso na complexidade do mundo contemporneo.
Necessitamos de ferramentas para nos aproximar da realidade,
entend-la e colaborar para sua transformao, desde o olhar
evanglico da Trindade, que envia o Filho para se encarnar, para
redimir; desde o olhar esperanado do discpulo que experi-
menta a presena do Senhor ressuscitado e se dispe a segui-Lo
em atitude de em tudo amar e servir.
A espiritualidade inaciana encarna-se tambm em um
corpo apostlico composto por instituies e redes. Temos
que formar para a gesto desse corpo que, encarnado em
sistemas sociais concretos, requer habilidades para a ges-
to, mas que, inspirado pelo Esprito, tem uma inspirao
evanglica que responde a outros critrios que o mundo
empresarial desconhece. Temos que estar no mundo sem
ser do mundo, e atuando com as tecnologias e saberes des-
te mundo, mover-nos com critrios de eficcia e eficincia
evanglica. Aprender a administrar a partir dessa perspec-
tiva requer uma formao que, conhecendo as habilidades
da gesto, as saiba reler luz do Evangelho.
Finalmente, temos que formar para um novo estilo de li-
derana. Estamos em um mundo onde a participao demo-
crtica um desejo crescente. As novas tecnologias convi-
dam ao trabalho em rede cada vez mais global e participativo.
Mas, ao mesmo tempo, onde os poderes so mais fortes. O
que se tem chamado de a nova primavera eclesial tem mui-
to do esprito de comunho e participao prprio da Igreja,
que se reconhece como povo de Deus em marcha pela hist-
ria desde o Vaticano II. A presena do laicato e da vida reli-
giosa se vive cada vez mais como uma riqueza que nos ajuda
a superar o clericalismo e os autoritarismos fora de moda.
Mas isso requer formao para novas formas de liderana
mais partilhada, comunitria e participativa.
Esse novo enfoque da formao tarefa urgente e prio-
ritria. Estamos trabalhando nisso em nossas casas de for-
mao. Esperamos que o novo curso de formao para a co-
laborao seja um novo e definitivo impulso nessa direo.
20 Em
VISITAS S COMUNIDADES INDGENAS
Semana Santa na regioPan-amaznicaAs celebraes da Semana Santa marcaram momentos especiais na trplice fronteira da regio Pan-amaznica.
No Brasil, atendendo ao convite do
proco da Parquia de Benjamin Cons-
tant, Frei Paulo Xavier, na diocese de Alto
Solimes, o Pe. Valrio Sartor, SJ, colabo-
rador do Projeto Pan-amaznico da CPAL
(Conferncia dos Provinciais Jesutas da
Amrica Latina), participou das celebra-
es do Trduo Pascal na comunidade in-
dgena de etnia Ticuna de So Pedro. Foi
um momento muito bonito, quando, em
companhia de alguns jovens, foi possvel
visitar praticamente todas as famlias dessa
comunidade, convidando-as para participa-
rem das celebraes e da Via Sacra.
O jesuta colombiano Pe. Luis Alfon-
so Castellanos, SJ, vice-reitor da Univer-
sidade Javeriana de Bogot (Colmbia),
teve uma bonita experincia missionria
com as Celebraes da Semana Santa na
comunidade indgena San Pedro, perto
de Leticia, capital do departamento da
Fonte: Pan-Amaznia SJ Carta Mensal n
14 Abril 2015
Acesse o link (http://bit.ly/1EkaStl) do Portal
Jesutas Brasil e faa o download da Pan-
Amaznia SJ Carta Mensal
No 24 de abril, a Comunida-de Jesuta do Projeto PAM SJ (Projeto Pan-amaznico da CPAL) acolheu em sua casa represen-
tantes da FUCAI (Fundacin Caminos
de Identidad), do CIMI (Conselho In-
digenista Missionrio) e de Irms Re-
ligiosas, para planejar visitas no lado
brasileiro s comunidades indgenas
do Alto do Javari, So Paulo de Oliven-
a e Belm do Solimes. O encontro
teve por objetivo multiplicar a me-
todologia do trabalho da FUCAI, que
atua no lado colombiano, com progra-
mas de formao de lideranas, de-
senvolvimento sustentvel e prtica
de produo de alimentos orgnicos.
A FUCAI busca que essa experincia
acontea nas comunidades indgenas
do lado brasileiro e tambm no lado
Amaznia colombiana. A oportunidade
serviu para ele conhecer e vivenciar me-
lhor a cultura, as tradies, o estilo de
vida e a realidade dos povos amaznicos,
como tambm abriu a vpossibilidade de
um dilogo entre a Universidade e essa
regio atravs do Projeto PAM SJ, para fu-
turo apoio.
O Pe. Pablo Mora, SJ, colaborou nas
Celebraes da Semana Santa na par-
quia de Caballococha do Vicariato de
San Jos de Amazonas (Peru), que est
sem proco h trs anos. Mas as Irms
da Congregao Mexicana de Religiosas
Franciscanas de Jesus Crucificado fazem
um bom trabalho pastoral nessa cidade,
capital de Provncia. O programa e os
preparativos da Semana Santa na par-
quia incluiu tambm uma srie de visitas
em canoa nas comunidades prximas,
que sofrem muito neste perodo de chu-
vas, por causa das enchentes. Durante a
Celebrao da Eucaristia, houve um mo-
mento especial com um novo animador
leigo, eleito pela comunidade.
peruano. Nesse sentido, o Projeto
PAM SJ est sendo um aliado na arti-
culao dessa proposta de trabalho
com comunidades indgenas nessa
trplice fronteira.
Brasil
Colmbia
Peru
A COMPANHIA DE JESUS NA AMRICA LATINA CPAL
21Em
Santurio Nacional de Anchieta
PROCESSO DE BEATIFICAO DE DOM HELDER
ELEITO NOVO PRESIDENTE DA CNBB
Em 3 de maio, foi aberto oficialmen-te o processo de beatificao de dom Helder Cmara. Para celebrar o anncio, na mesma data, fiis reuni-
ram-se, na Igreja Catedral do Santssimo
Salvador do Mundo, para a missa presidi-
da pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom
Fernando Saburido.
Na ocasio, foram apresentados
tambm os cinco membros da comis-
so jurdica responsvel por reconhecer
as virtudes heroicas de dom Helder. O
objetivo da comisso ser analisar os
No dia 24 de abril, os parti-cipantes da 53 Assembleia Geral da CNBB (Conferncia Nacional dos Bispos do Brasil) apro-
varam a concesso do ttulo de San-
turio Nacional ao referido Santurio
de So Jos de Anchieta (foto), locali-
zado na cidade de Anchieta (ES). No
Brasil, apenas o Santurio Baslica de
Nossa Senhora Aparecida, em Apare-
O arcebispo de Braslia, dom Sr-gio da Rocha, o novo presi-dente da Conferncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ele foi elei-
to, em 20 de abril, pelos religiosos que
participam da Assembleia Nacional dos
Bispos no Santurio Nacional de Apare-
cida, no interior de So Paulo.
Dom Srgio substituir dom Raymun-
COMPANHIA DE JESUS SERVIO DA F
textos publicados por dom Helder e ou-
vir pessoas que tiveram contato com o
Servo de Deus, explicou o postulador
da causa, frei Jociel Gomes.
Dom Helder era algum que pensa-
va muito na frente. Tinha ideias muito
claras e bastante voltadas para os inte-
resses dos pequenos, dos pobres. Ele
era um homem de muita viso, que en-
frentou desafios, sobretudo, durante o
tempo da represso. militar.
Fonte: br.radiovaticana.va
cida (SP), possua esse ttulo.
Para o padre Csar Augusto dos
Santos, SJ, reitor do Santurio de So
Jos de Anchieta, o local torna-se re-
ferncia para todo o Brasil e para o
mundo. Esse ttulo significa reconhe-
cimento ao evangelizadora de An-
chieta, que j atingiu toda a nao. Sua
devoo est viva e espalhada por todo
o territrio nacional, afirmou.
A CNBB, por decreto, tambm ou-
torgou a So Jos de Anchieta o ttulo
de padroeiro secundrio do Brasil, jun-
to de Nossa Senhora Aparecida, com
todos os direitos e privilgios litrgi-
cos que estejam de acordo com as ru-
bricas. O povo brasileiro ter, agora, o
privilgio de contar com a proteo de
Nossa Senhora Aparecida e de So Jos
de Anchieta, concluiu padre Csar.
do Damasceno, arcebispo de Aparecida,
ocupando a presidncia da CNBB por
quatro anos, podendo ser reeleito. A fun-
o do presidente da entidade definir os
rumos da Igreja Catlica no pas.
O novo presidente da CNBB nasceu
em Dobrada (SP), em 1959. Foi nome-
ado bispo pelo papa Joo Paulo II em
2001, como auxiliar de Fortaleza (CE),
e sua ordenao episcopal foi realiza-
da em agosto do mesmo ano, na Ca-
tedral de So Carlos (SP). Em 2007, o
papa Bento XVI o nomeou arcebispo
coadjutor da Arquidiocese de Teresina
(PI) e depois, em 2011, indicou-o arce-
bispo metropolitano de Braslia.
Fontes: CNBB e G1
22 Em
CCB promove Curso de Formao de Educadores
Os professores da 8 srie do Ensino Fundamental do Colgio Antnio Vieira participaram de uma experi-ncia de cidadania na Escola Estadual Vtor Soares, reconhecida como Centro de Referncia Inclusiva de Salva-
dor (BA). A ao, uma das etapas do Projeto Direitos Huma-
nos e Cidadania, aconteceu no dia 16 de maro.
O Servio de Orientao Religiosa e Pastoral (Sorpa) do
Colgio organizou o evento. Na visita, os educadores tiveram
a oportunidade de conhecer, sentir e aprofundar aspectos e
prticas que envolvem o trabalho com educandos portado-
res de necessidades educacionais especiais. Alm disso, os
professores conheceram a metodologia de ensino adotada
pela escola e como funciona a distribuio por deficincia
(visuais, auditivas ou fsicas) nas salas de aula. Eles tambm
foram apresentados equipe pedaggica especializada e aos
estudantes da Escola.
Para a professora de Lngua Portuguesa do Colgio Antnio
Vieira, Suzana Tourinho, a experincia foi muito prazerosa e trou-
xe uma infinidade de informaes importantes sobre a educao
inclusiva. Segundo a professora, a ideia tambm trazer os alunos
da 8 srie do Ensino Fundamental para conhecer o trabalho.
Aps a visita, alunos e educadores da Escola Vtor Soares
proporcionaram aos professores do Vieira uma aula relaxan-
te de Tai Chi Chuan, arte marcial chinesa conhecida por ser
uma meditao com movimentos.
Iniciativa do CCB resultado de parceria com a Universidade Catlica de Braslia e o Centro Educacional Jesus Maria Jos
Visita faz parte do Projeto Direitos Humanos e Cidadania
Professores do Vieira visitam escola de educaoinclusiva
O CCB (Centro Cultural de Bras-
lia) realizar, em parceria com a UCB
(Universidade Catlica de Braslia) e o
Centro Educacional Jesus Maria Jos, o
Curso de Formao de Educadores Po-
pulares para o binio 2015-2016.
A iniciativa oferece a possibilidade
de ampliar contatos com pastorais so-
ciais, ONGs e movimentos sociais di-
versos. O curso tem carga horria de 196
horas, distribudas em 10 etapas, que
sero realizadas entre junho de 2015 e
novembro de 2016. Ao final, os partici-
pantes recebero certificados de exten-
so universitria.
Mais informaes:
Site | www.ccbnet.org.br
COMPANHIA DE JESUS PROMOO DA JUSTIA E ECOLOGIA
23Em
Pateo do Collegio promoverCiclo de Debates
Edies Loyola participa deSalo do Livro em Paris
O Pateo do Collegio promover a 9 edio de seu Ciclo de Debates, entre os dias 13 e 27 de maio. O frum de discusses, que perpassa a his-
tria e a misso da Companhia de Jesus,
j reuniu pesquisadores consagrados de
universidades paulistas, dentre eles os
professores Ulpiano Bezerra de Mene-
zes, Joo Adolfo Hansen, Regina Meyer,
Rafael Ruiz, Paulo Csar Garcez Marins,
Bruno Feitler, entre outros.
O intuito do evento promover o debate
entre estudantes e professores das reas de
Cincias Humanas, sobretudo Histria, An-
tropologia, Letras, Filosofia e Teologia. Ar-
quitetura jesutica, patrimnio e a memria
no centro de So Paulo foram alguns dos te-
mas abordados em edies anteriores.
Essa edio contar com os seguintes
A Edies Loyola foi uma das re-presentantes do Brasil no Salo do Livro de Paris (Frana), que aconteceu entre os dias 20 e 23 de mar-
o. Em sua 35 edio, o evento reuniu
escritores, tradutores e editores para
homenagear o Brasil. Antes da feira, a
Edies Loyola participou do Encontro
Profissional Franco-Brasileiro, nas de-
pendncias do Centre National du Li-
vre, nos dias 17 e 18 de maro.
O evento foi promovido e financiado
pelo Bureau International de ldition
Franaise (BIEF) e pela Embaixada da
Frana no Brasil, com apoio da Cmara
Brasileira do Livro (CBL), do Sindicato Na-
cional dos Editores de Livros (SNEL) e do
COMPANHIA DE JESUS DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO
Centre National du Livre (CNL).
O Encontro Profissional Franco-
-Brasileiro teve como finalidade pro-
mover mais conhecimento e inter-
cmbio entre editores brasileiros e
franceses. Entre as 18 editoras convi-
dadas na rea de Cincias Humanas,
participaram tambm: Cosac Naify,
Editora 34, EDUSP, Estao Liberdade,
Martins Fontes, Record, Edies SESC
e Editora UNESP.
Nas reunies, com a presena de re-
presentantes do Brasil e da Frana, fo-
ram discutidos os seguintes temas: O
mercado do livro no Brasil e na Frana; O
mercado do livro eletrnico; Produo e
mercados editoriais em literatura, Cin-
cias Humanas e Sociais, juventude, arte e
histrias em quadrinhos.
Segundo Marcelo Perine, editor de
Edies Loyola, o evento proporcio-
nou uma rica troca de conhecimentos.
O Encontro Profissional Franco-Bra-
sileiro serviu para reforar as relaes
comerciais j existentes com editoras
francesas, alm de abrir novas possi-
bilidades de relaes. Alm disso, ser-
viu como excelente preparao para a
presena de Edies Loyola no Salo
do Livro de Paris. Esse convite tradu-
ziu o reconhecimento nacional e in-
ternacional da qualidade da produo
de Edies Loyola na rea das Cincias
Humanas, afirmou Perine.
palestrantes: Pe. Francisco Ivern, SJ, Dra.
Eliane Cristina Deckmann Fleck e Dr. Carlos
Alberto de Moura Zeron.
Mais informaes:
Site | www.pateodocollegio.com.br
24 Em
CONGRESSO MUNDIAL
Em 2017, o Congresso Mun-
dial de Delegados para Educao
Bsica da Companhia de Jesus vai
reunir mais de 100 educadores
no Centro Cultural Joo XXIII, no
COMPANHIA DE JESUS EDUCAO
Secretrio Mundial para Educao Bsica participa de reunio no Rio
O Secretrio Mundial para Edu-cao Bsica da Companhia de Jesus, padre Jose Alberto Mesa, e os secretrios executivos da
FLACSI (Federao Latino-americana
de Colgios da Companhia de Jesus),
Rafael Galaz e Felipe Carrillo, parti-
ciparam do primeiro encontro da Co-
misso Organizadora do JESEDU (Con-
gresso Mundial de Delegados para
Educao Bsica da Companhia de Je-
sus), nos dias 19 e 20 de maro. A reu-
nio foi realizada no escritrio central
da Rede Jesuta de Educao no Brasil,
localizado no Rio de Janeiro.
O JESEDU, abreviao de Jesuit Edu-
cation, ser organizado por meio de
parceria do Secretariado de Educao
da Companhia de Jesus, da FLACSI e
da Rede Jesuta de Educao do Brasil.
A previso que o congresso acontea
em outubro de 2017, no Rio de Janeiro.
O evento dar seguimento ao Collo-
quium de Boston de 2012 e ao SIPEI
(Seminrio Internacional de Pedagogia
e Espiritualidade Inacianas) de 2014. O
objetivo problematizar e repensar os
paradigmas da educao nos colgios
da Companhia de Jesus luz dos novos
e atuais desafios. A realizao do JESU-
No centro da foto, o Pe. Jose Alberto Mesa (Secretrio Mundial para Educao Bsica), que participou do 1 encontro da Comisso Organizadora do Congresso Mundial de Delegados para Educao Bsica
DU fechar o ciclo iniciado em 2012,
em Boston.
Para 2016, est previsto o lana-
mento de novo documento que pre-
tende ser um passo alm do Caracte-
rsticas da Educao da Companhia de
Jesus e do Paradigma Pedaggico Ina-
ciano, publicados em 1986 e 1993, res-
pectivamente. O desejo da Companhia
de Jesus manter um ciclo de reflexes
e recolhimento de prticas pedaggicas
relevantes, para manter-se preparada
para responder aos desafios da socie-
dade atual, que vive em contnua mu-
dana, afirmou padre Mrio Snder-
mann, Delegado para Educao Bsica.
Segundo a Prof. Snia Magalhes,
diretora logstica do JESEDU, o evento
um importante passo para a Companhia
de Jesus. O movimento de reflexo so-
bre a prtica que a Companhia de Jesus
tem realizado levar, sem dvida, a um
processo de renovao qualificada do
trabalho nos colgios. Nas reunies ple-
nrias do SIPEI, ouviu-se, em diferentes
idiomas e a partir de realidades diversas,
uma constante afirmao, que poderia
ser resumida assim: temos que vencer o
medo e arriscar em movimentos de ino-
vao real, j no podemos continuar fa-
zendo mais do mesmo, explicou Snia.
Rio de Janeiro. Estaro presentes no
evento delegados para Educao de
todas as conferncias, lideranas da
Companhia de Jesus no mundo e con-
vidados especiais ligados Educao
e Pedagogia Inaciana. O evento tem
como objetivo estreitar as relaes
da rede global de escolas jesutas
para que todos reflitam sobre o
novo documento norteador apre-
sentado para que, a partir dele,
se estabelea um planejamento
estratgico para os prximos seis
anos, em nvel mundial.
25Em
FEI e Centro Paula Souza premiam projetos inovadores
No dia 23 de abril, aconteceu a ce-rimnia do Prmio FEI Inova Paula Souza, que reconhece as prticas docentes inovadoras na educa-
o. Indito no Brasil, o prmio inicia-
tiva do Departamento de Administrao
do Campus So Paulo da FEI, em parceria
com o Centro Paula Souza, destinada a
professores de Escolas Tcnicas do Esta-
do de So Paulo ETECs.
O evento foi realizado no campus da
FEI em So Paulo e nove projetos foram
premiados nas categorias:
Empreendedorismo
Sustentabilidade
Inovao
Os primeiros lugares receberam R$ 3 mil
cada; os segundos, R$ 2 mil, e os terceiros,
R$ 1 mil. Alm disso, outros seis projetos re-
ceberam meno honrosa. Foi um prmio
rigoroso e difcil de escolher os melhores.
uma satisfao saber que os professores es-
to fazendo um timo trabalho, diz Edson
Sadao, professor do curso de Administrao
da FEI e um dos coordenadores do Prmio.
Para definir os ganhadores do Prmio
FEI - Inova Paula Souza, foi formada uma
banca examinadora composta por profis-
sionais reconhecidos nas reas de educa-
o, empreendedorismo, sustentabilidade
e inovao: Camila Cheibub Figueiredo,
assessora da presidncia da Fundao Edu-
car DPaschoal; Jos Carlos Barbieri, profes-
sor da Escola de Administrao de Empre-
sas de So Paulo, mantida pela Fundao
Getlio Vargas (EAESP-FGV); Juliano Se-
abra, presidente executivo da empresa
Endeavor; Marcus Alexandre Y. Salusse,
empresrio e doutorando em Empreende-
dorismo na Eaesp-FGV; Maria Amlia Lo-
pes Sampaio, assessora da presidncia do
Instituto de Cidadania Empresarial (ICE);
Ricardo Voltolini, presidente da empresa
Ideia Sustentvel e Celso Fonseca, coorde-
nador executivo do Observatrio de Inova-
o da Universidade de So Paulo (USP).
Na prxima etapa do Prmio, ser
criada uma plataforma on-line com os
projetos premiados, que podero ser com-
partilhados entre todos os professores da
rede das ETECs em So Paulo. Haver ain-
da curso de capacitao para professores
pr-selecionados e inscritos no Prmio,
com 60h de apresentaes e discusso
das melhores prticas.
OS VENCEDORESO vencedor da categoria Empreende-
dorismo o projeto intitulado Criao,
implantao e administrao de empresa
jnior, do professor Silvio Rodrigo dos
Reis Prestar, do curso Tcnico em Admi-
nistrao da ETEC Gildo Maral Bezerra
Brando, localizada no bairro de Perus,
em So Paulo (SP). A iniciativa visa que
alunos do Ensino Mdio, por meio de em-
presa jnior, prestem servios de consul-
toria administrativa, contbil e logstica a
microempresas da regio de Perus.
Na categoria Sustentabilidade, o pro-
jeto vencedor foi o de Silvia Helena Ferrei-
ra Pagliarini Zen Gorayeb, professora da
ETEC Jos Martimiano da Silva, de Ribei-
ro Preto (SP). A ideia buscar a participa-
o solidria dos alunos na comunidade,
por meio de uma campanha para ajudar
entidades assistenciais, nas quais os alu-
nos executam tarefas de acordo com a
rea de estudo.
O primeiro lugar na categoria Ino-
vao o projeto Ensinando com QR
CODE, de autoria de Alison da Rocha
Alves, professor da ETEC zona Sul - Ex-
tenso CEU, localizada no bairro Vila
Rubi, em So Paulo (SP). A ideia utilizar
o Quick Response QR Code (Cdigo de
Resposta Rpida) em sala de aula. O pro-
fessor disponibiliza um tipo de cdigo de
barras, no qual o aluno, usando aplicati-
vos gratuitos, escaneia o cdigo atravs
de aparelhos celulares e tablets. Aps a
decodificao, o cdigo direcionado a
um contedo (textos, imagens, vdeos)
cadastrado pelo professor.
Orientao a entidades assistenciais, consultoria administrativa e implantao deQR Code em sala de aula foram as iniciativas vencedoras
26 Em
Colgio Loyola inaugura Ncleo de Inovao
Alunos do Colgio So Lus produzem vdeo sobre a gua
O Colgio Loyola inaugurou seu N-cleo de Inovao e Empreendedo-rismo, no dia 23 de maro. O espa-o, que abrigar o programa, voltado para
alunos do 6 ano do Ensino Fundamental
3 srie do Ensino Mdio. Nesse ambiente,
os estudantes tero a oportunidade de colo-
car em prtica planos de negcio e estudos
de mercado. Os trabalhos sero orientados
por uma equipe do Loyola e por mentores
da Fundao Dom Cabral.
O lanamento do iLO, como conhe-
cido o Ncleo de Inovao e Empreende-
dorismo, fez parte das comemoraes do
COMPANHIA DE JESUS EDUCAO
aniversrio de fundao do Colgio Loyola,
que celebrou 72 anos no dia 25 de maro.
O iLO uma grande oportunidade de con-
tribuir para que as pessoas criem coisas
novas. Esse o desafio e ns estamos jun-
tos nesse propsito, disse Carlos Arruda,
diretor adjunto de Parcerias Empresariais e
coordenador do Ncleo de Inovao e Em-
preendedorismo da Fundao Dom Cabral.
No projeto, os alunos tero contato
com especialistas da rea de Inovao e
Empreendedorismo por meio de pales-
tras. O objetivo incentivar os jovens a
desenvolverem novas ideias e o esprito
empreendedor, alm de usar diferentes
estratgias para despertar o interesse dos
alunos para os estudos. Pais, antigos alu-
nos e colaboradores tambm sero convi-
dados a participar dos eventos. Ns acre-
ditamos que o iLO uma experincia que
trar muitos bons frutos e que pretende
criar um movimento de inovao e em-
preendedorismo, afirmou padre Germa-
no Cord Neto, diretor geral do Colgio.
Em 2015, as experincias do projeto Estudo do Meio, do Colgio So Lus, sero transformadas no mdia-me-tragem Entre Meios. Os alunos do 6 ano do
Ensino Fundamental ao 3 ano do Ensino
Mdio, organizados por sries, vo explo-
rar a relao da gua com o meio ambiente
em sete cidades brasileiras, entre elas: Pa-
raty (RJ), Braslia (DF) e Cordisburgo (MG).
Os jovens vo registrar tudo em vdeos,
que sero editados para compor o filme,
com durao entre 30 e 69 minutos. Para
isso, tero a orientao do cineasta Caio
Ferraz, ex-aluno do Colgio So Lus, conhe-
cido por ter dirigido o documentrio Entre
Rios a urbanizao de So Paulo (2009),
referncia de material didtico entre profes-
sores, com mais de 500 mil visualizaes.
Os alunos tambm participaro de
debates e oficinas com o cineasta, que
ajudar na edio dos vdeos. A ideia in-
serir esses adolescentes no uso da lingua-
gem audiovisual e ensin-los, de maneira
simples, como confeccionar os vdeos,
captando os pontos mais relevantes de
suas pesquisas. Alm de contextualizar
o conhecimento que eles tm sobre a re-
educao no uso da gua, explica Caio.
Entre outras salas de exibio, o Cine Li-
vraria Cultura ter uma sesso exclusiva
para o Colgio, no final do ano.
Essa edio do projeto Estudo do Meio
ser realizada nas regies banhadas por
rios e que tm sofrido com a crise hdri-
ca. Os estudos do meio j so muito ricos
em contedo, porm, este ano, podere-
mos aprofundar e aumentar os conheci-
mentos sobre a gua e suas dimenses.
A produo dos vdeos ampliar a viso
dos estudantes, que podero avaliar a in-
terferncia do uso da gua na indstria
agrcola, na biodiversidade, nas mudan-
as climticas e geogrficas, entre outros
aspectos, afirma o assessor pedaggico e
responsvel pelo projeto, Laez Fonseca.
FOTO
: RE
PR
OD
U
O
27Em
Jesutas participam do 1 Frum Magis
Entre os dias 20 e 23 de abril, ocorreu no Rio de Janeiro, o I Frum MAGIS. O Programa MAGIS a proposta do Secretariado de Articulao e Capacitao
para a Misso Juventude e Vocaes da
Provncia do Brasil (BRA) ao apelo do Plano
Apostlico que aponta a juventude como
uma das opes preferenciais da Compa-
nhia de Jesus no Brasil. Participaram do
encontro 30 jesutas que desenvolvem tra-
balho com juventude no Brasil.
O frum teve como principal objetivo
apresentar e discutir o Programa MAGIS,
elaborado por um Grupo de Trabalho (GT)
ao longo de 2014 e aprovado pelo Padre Pro-
vincial. At ento, a maioria dos jesutas
presentes no frum no tinha tido acesso ao
Programa. Isso tornou a experincia muito
enriquecedora para a equipe central do MA-
GIS Brasil, que pode ouvir os comentrios e
as contribuies desses jesutas com vasta
COMPANHIA DE JESUS SERVIO S JUVENTUDES E VOCAES
experincia no trabalho com jovens., avaliou
o padre Jonas Caprini, Secretrio de Juven-
tude e Vocaes, e tambm coordenador do
Programa MAGIS.
Ao longo do frum, os participantes pu-
deram se debruar sobre vrios aspectos do
Programa MAGIS, como os eixos temticos,
a metodologia de trabalho, as estruturas fsi-
cas e administrativas, os recursos humanos
e financeiros necessrios e os principais de-
safios que sero enfrentados. Paralelamente
s discusses do Programa, foi redigida uma
carta expondo a opinio desses jesutas, con-
trria reduo da maioridade penal. A carta
foi divulgada nas redes sociais e encaminha-
da aos deputados componentes da comisso
que est debatendo o assunto.
Durante 2015, sero constitudas equipes
de jesutas e jovens para elaborar e estruturar
cada eixo do Programa. J, em 2016, est pre-
visto o II Frum MAGIS com a participao
de jesutas e lideranas jovens, para dar mais
um passo na implementao do Programa
MAGIS Brasil. Os eixos estruturais do Pro-
grama Metodologia, Exerccios Espirituais,
Voluntariado Jovem e Socioambiental daro
sustentabilidade misso que busca formar
jovens Conscientes, Competentes, Compas-
sivos e Comprometidos, sendo homens e
mulheres para os demais, transformando a
sociedade mais justa e fraterna.
Aos poucos o MAGIS Brasil vai se con-
figurando e ganhando o rosto da misso!
Para ler a carta contra a reduo
da maioridade penal, acesse o link:
http://bit.ly/1JypoVP
ISSO TORNOU A EXPERINCIA MUITO ENRIQUECEDORA PARA A EQUIPE CENTRAL DO MAGIS BRASIL (...)
Pe. Jonas Caprini
28 Em
A CONAFEJ (Comisso Nacional de Formao e Estudos dos Jesutas) realizou seu primeiro encontro de
A Casa da Juventude Padre Burnier promoveu mais uma edio da atividade Manh de Orao, no dia 19 de abril. Jovens de diversas parquias da
Arquidiocese de Goinia, da PUC-GO (Pon-
tifcia Universidade Catlica de Gois) e da
UFG (Universidade Federal de Gois) parti-
ciparam do encontro.
A atividade, realizada todo terceiro
domingo do ms, pertence dimenso
espiritual da Casa e busca oferecer ju-
ventude de Goinia e cidades do entorno
a riqueza espiritual da Companhia de Je-
sus, por meio dos Exerccios Espirituais
de Santo Incio de Loyola.
A Manh de Orao inicia-se com um
caf da manh, seguido de pontos para
orao e tempo para orao pessoal. Aps
2015, entre os dias 25 e 26 de abril, nas de-
pendncias do Noviciado Nossa Senhora
da Graa, em Feira de Santana (BA).
COMPANHIA DE JESUS SERVIO S JUVENTUDES E VOCAES
O documento sobre a formao acad-
mica dos jesutas, a misso de fim de ano
dos estudantes, a formao dos irmos
e a reorganizao dos espaos fsicos do
escolasticado e das faculdades, em Belo
Horizonte (MG), foram alguns dos temas
abordados durante o encontro. Alm da
reunio, os membros da comisso apro-
veitaram para ter um contato maior com a
comunidade do noviciado, que os acolheu
com muita amizade e hospitalidade, des-
tacou padre Adelson Arajo, Delegado para
a Formao e coordenador da CONAFEJ.
Os seis jesutas que compem a comis-
so participaram do evento: padre Edison
de Lima, superior do CIF (Centro Internacio-
nal de Formao - Teologado); padre Walter
Honorato, superior do Juniorado e Filoso-
fado; padre lvaro Pimentel, reitor da FAJE
(Faculdade Jesuta de Filosofia e Teologia);
padre Jair Barbosa, superior do Noviciado;
irmo Vanderlei Backes, representante dos
irmos; e padre Adelson Arajo.
Jesutas participam de encontro da CONAFEJ
Casa da Juventude Padre Burnier promove Manh de Orao
um breve intervalo, acontece o momento
de partilha em grupos menores e o encer-
ramento, com a celebrao da Eucaristia.
Segundo o padre Jonas Carvalho de Moraes,
diretor da Casa da Juventude Padre Burnier,
os jovens tm se alegrado com a experi-
ncia de sentir e saborear internamente o
amor de Deus em suas vidas, afirmou.
Na foto (esq. p/ dir.), os padres Walter Honorato, Jair Barbosa e Edison de Lima, o irmo Vanderlei Backes e os padres lvaro Pimentel e Adelson Arajo
Atividade busca oferecer a riqueza espiritual da Companhia de Jesus juventude
29Em
O Instituto So Jos, em So Leo-poldo (RS), comeou o ano com nimo e generosidade. A equipe interdisciplinar da instituio realizou
aes para alinhamento de novas dire-
trizes. Na ocasio, os colaboradores par-
ticiparam de reunies e da apresentao
do projeto piloto que pretende trazer um
conceito mais focado na promoo de
qualidade de vida dos jesutas do Brasil.
A atuao do Instituto So Jos di-
recionada para a abordagem interdisci-
plinar das reas de Enfermagem, Psico-
logia, Nutrio, Fisioterapia e Medicina.
Esses profissionais possibilitam o cui-
dado integral do jesuta. A construo
de saberes conduz a uma terapia mais
assertiva para as necessidades individu-
ais de cada jesuta. Essa abordagem ofe-
rece os alicerces para as aes de aten-
o primria sade, onde a nfase o
envelhecimento saudvel, em proces-
sos de cuidado que so levados por toda
a vida, afirma Ir. Orival Bonicoski, ges-
tor nacional da Sade da Provncia BRA.
Dessa forma, o enfermeiro busca
conectar todas essas especialidades
em condutas que possam proporcionar
qualidade de vida ao jesuta. O psic-
logo apoia o religioso no momento de
fragilidade que a doena causa. O fisio-
terapeuta proporciona a reabilitao, o
fortalecimento da musculatura, o que
diminui a dor. A nutricionista orien-
ta, acompanha e prescreve dietas para
cada caso. O mdico busca diminuir os
riscos sade.
A tcnica de enfermagem Patrcia
Santos destaca que as aes da equipe
interdisciplinar ajudam na capaci-
tao do colaborador. Essas reuni-
es nos proporcionam momentos de
crescimento pessoal e de integrao
da equipe de trabalho, alm de nos
oferecer novos horizontes e perspec-
tivas de cuidado em excelncia, des-
sa forma podemos melhorar cada vez
Instituto So Jos realiza aes com a equipe interdisciplinar
COMPANHIA DE JESUS FORMAO E CUIDADO DA SADE
mais o nosso atendimento aos jesu-
tas, afirma Patrcia.
Os alunos da rea da Sade da Uni-
sinos tambm participam da rotina do
Instituto So Jos. Eles tm contato
com os padres e irmos idosos, o que
ajuda no desenvolvimento das compe-
tncias pautadas na ateno ao outro.
Os alunos relatam grande aprendizado
com os jesutas idosos, principalmente
no que diz respeito escuta das hist-
rias de vida de cada um e dos valores
que so passados, conta a professora
Patrcia Martins.
30 Em
NA PAZ DO SENHORPE. JACOB ISIDORO SCHNEIDER Por Pe. Incio Spohr
Padre Isidoro Schneider, como era conhecido, nasceu dia 18 de maro de 1918, em Arroio Grande, munic-pio de Arroio do Meio, no Rio Grande do
Sul. Fez o curso primrio na terra natal, e
mais tarde, ingressou no Seminrio me-
nor de So Leopoldo (RS).
Ingressou na Companhia de Jesus, em
Pareci Novo (RS), em 28 de fevereiro de 1937.
Emitiu os primeiros votos em 5 de maro de
1939. Logo aps o Noviciado, iniciou o Junio-
rado tambm em Pareci Novo.
Realizou o primeiro ano do curso de
Filosofia no Seminrio Central de So Leo-
poldo, em 1941. Mas o segundo e o terceiro
foram no Colgio Mximo Cristo Rei, aberto
aos escolsticos em maro de 1942.
A seguinte etapa de formao, o Magist-
rio, ocorreu no Colgio Santo Incio, em Sal-
vador do Sul (RS), de 1944 a 1947. Nesses quatro
anos, no lhe faltou trabalho: dar aulas de ma-
temtica, histria, geografia, portugus, auxi-
liar no teatro e ser o prefeito da segunda e ter-
ceira diviso dos alunos. Era preciso dedicar-se
dia e noite formao dos apostlicos, junto
com outros companheiros padres e irmos.
Em 1948, Pe. Isidoro voltou ao Colgio
Cristo Rei, em So Leopoldo, para fazer a Te-
ologia. Foi ordenado presbtero em 7 de de-
zembro de 1950. Em 1952, o jesuta esteve no-
vamente em Pareci Novo, onde fez a Terceira
Provao, tendo como Instrutor o Pe. Jorge
Steiger. Foi incorporado, definitivamente, na
Companhia de Jesus por meio dos ltimos
votos no dia 15 de agosto de 1953.
De 1953 a 1956, encontramos o Pe. Isido-
ro, outra vez, no Colgio Santo Incio, em
Salvador do Sul. Coube-lhe o ofcio de mi-
nistro da casa e ecnomo. Alm de cuidar do
setor administrativo, tambm foi professor
de matemtica, catequista dos empregados,
diretor do teatro e capelo na igreja Trs Mr-
tires (hoje, Parquia Trs Santos Mrtires das
Misses). Entre outras atividades, a apicultu-
ra foi uma de suas ocupaes prediletas, que
praticou por quase toda a vida. Em 1957, o
Pe. Isidoro foi destinado como missionrio
Misso do Mato Grosso, onde ficou quase 50
anos. Primeiramente, foi proco da Parquia
Nossa Senhora da Imaculada Conceio, em
Diamantino, alm de ministro e ecnomo da
residncia. Em 1959, foi diretor do Pr-Semi-
nrio, em Diamantino, e auxiliar paroquial.
Em 1962, o Pe. Isidoro foi enviado a Utia-
riti, distante uns 500 km de Diamantino. L,
havia um centro indgena, junto ao salto
do rio Papagaio. Nessa regio quase deserta,
distante de tudo o que civilizado, o jesu-
ta estava no seu cho de misso. De fato, foi
missionrio ambulante. Morou com os n-
dios Rikbktsa por diversos anos. Tambm
foi ecnomo, diretor da estao missionria
Santo Incio junto ao rio Juruena, professor
e ca