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Em EDIÇÃO 18 ANO 2 SETEMBRO 2015 INFORMATIVO DOS JESUÍTAS DO BRASIL PAPA VISITARÁ PAÍSES AFRICANOS pág. 10 JESUÍTAS PARTICIPAM DA CONFERÊNCIA DA PAZ pág. 19 PROJETO PAMSJ E UNICAP INICIAM DIÁLOGO pág. 21 SER MISSIONÁRIO IR ÀS FRONTEIRAS E SER LIVRE PARA SERVIR SÃO CARACTERÍSTICAS DOS COMPANHEIROS DE JESUS, OS JESUÍTAS especial pág. 12

Em Companhia - Informativo da Companhia de Jesus no Brasil

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18ª Edição | Setembro 2015

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  • JESUTAS BRASIL

    Em EDIO 18ANO 2SETEMBRO 2015INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL

    PAPA VISITAR PASES AFRICANOS

    pg. 10

    JESUTAS PARTICIPAM DA CONFERNCIA DA PAZ

    pg. 19

    PROJETO PAMSJ E UNICAPINICIAM DILOGO

    pg. 21

    SER MISSIONRIOIR S FRONTEIRAS E SER LIVRE PARA SERVIR SO

    CARACTERSTICAS DOS COMPANHEIROS DE JESUS, OS JESUTAS

    especial pg. 12

  • 4 5Em Em

    SUMRIO EDIO 18 | ANO 2 | SETEMBRO 2015

    EDITORIAL F, Razo e Universalidade na

    misso Jesuta

    CALENDRIO LITRGICO

    ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO Pe. Jos Luis Fuentes, SJ

    O MINISTRIO DE UNIDADENA IGREJA SANTA S Papa visitar pases africanos Acolhimento aos refugiados Mais rapidez nos processos de

    nulidade matrimonial

    ESPECIAL Enviado s fronteiras

    PROMOO DA JUSTIA E

    MUNDO CRIA GERAL 36 Congregao Geral Solidariedade em favor da paz Concurso de curtas sobre justia social Nomeaes

    AMRICA LATINA CPAL escuta da palavra PAMSJ e UNICAP iniciam dilogo Seminrio da Rede de Enfrentamento ao

    Trfico de Pessoas

    Aula Viva em So Paulo de Olivena

    GOVERNO Companhia de Jesus promove 3 Assembleia

    das Mantenedoras

    Plano Apostlico estudado por comunica-dores de BH e Santa Luzia

    SERVIO DA F Bblia, a Palavra de Deus

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  • 4 5Em Em

    EmJESUTAS BRASIL

    ECOLOGIA Centro Santa F celebra 18 anos Nova direo nacional da Fundao F e Alegria

    DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO Livro ilustrado sobre a Companhia de Jesus Obra sobre a histria dos jesutas no RJ lanada

    EDUCAO Plano Educativo Comum entra em nova fase Em evento, alunos debatem questes internacionais Equipe da FEI ganha destaque em Frum Mundial Colgio Antnio Vieira escolhe embaixador da Campa-

    nha Inacianos pelo Haiti

    JUVENTUDE E VOCAES Jovens participam de Trilha Inaciana no Cear

    NA PAZ DO SENHOR

    JUBILEUS E AGENDA

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    3031

    INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL

    EXPEDIENTE

    EM COMPANHIA uma publicao mensal dos

    Jesutas do Brasil, produzida pelo Ncleo de Co-

    municao Integrada (NCI)

    CONTATO [email protected]

    www.jesuitasbrasil.com

    DIRETOR EDITORIALIr. Eudson Ramos

    EDITORA E JORNALISTA RESPONSVELSilvia Lenzi (MTB: 16.021)

    REDAOJuliana Dias

    DIAGRAMAO E EDIO DE IMAGENSHanderson Silva

    COLABORADORES DA 18 EDIODayse Lacerda, Pe. Jaldemir Vitrio, Pe. Jonas Ca-

    prini, Luza Costa, Marcia Savino, Matheus Kies-

    ling, Pedro Risaffi, Pe. Valrio Sartor, Vincius

    Moraes, Thas Santana e Ana Ziccardi (reviso).

    Um agradecimento especial a todos que colabo-

    raram com a matria especial dessa edio.

    FOTOSBanco de imagens / Divulgao

    TRADUO DAS NOTCIAS DA CRIAPe. Jos Luis Fuentes Rodriguez

  • 6 7Em Em

    O intento de Incio de Loyola e dos seus companheiros estudantes de Paris, em missionar em Jerusalm, ou para ir aonde o Papa os enviasse, j carac-terizava a Companhia de Jesus no seu momento fundante, 15 de agosto de 1534, como um fenmeno de dimenso global, que perpassa fronteiras nacionais

    e continentais. A Bulla Regimini militantis Ecclesiae, 1540, que aprova a Frmula do

    Instituto da nova Ordem, na qual a obedincia ao Papa, misso e seleo de novos

    integrantes adquirem um relevo, mostra o modo de conceber uma ordem religiosa

    para os primeiros jesutas: o esprito ad extra, missionrio e ao servio da Igreja.

    Eles estavam, ao mesmo, tempo vinculados entre si, pelo voto de obedincia a um

    deles, a Roma, pelo voto de obedincia ao Papa, e disponvel disperso universal.

    Em 1539, D. Joo III (1521-1557), o Piedoso e Colonizador, escreve a D. Pedro de Mas-

    carenhas, embaixador de Portugal na Santa S, solicitando que se esforce junto ao

    Papa Paulo III para que a Companhia de Jesus seja designada pelo Romano Pontfice

    para as misses do ensino mdio e universitrio em Portugal e no alm-mar.

    O convite de D. Joo III e patrono da Igreja Companhia de Jesus alicerava-se

    no intuito de modificar no seu reino as condies precrias que o catolicismo na

    Europa herdara do sculo XV, devido decadncia moral, desgaste institucional,

    crise de vocaes e da formao sacerdotal, a pouca atuao dos bispos nas dioceses

    confiadas a eles, a tnue evangelizao interna na Europa e, em particular, na carn-

    cia de atuao de missionrios seculares e regulares, em Portugal.

    O crescimento de colgios e residncias dos missionrios em Portugal e alm-

    -mar deu-se de forma rpida, graas ao patrocnio do gro-mestre da Ordem de Cris-

    to, o rei, e seus sucessores.

    No sculo XVIII, a Provncia Portuguesa contava com 861 membros, a maioria a

    trabalhando nos colgios. No Brasil, de acordo com Serafim Leite (1948), encontrava-se

    o maior nmero de jesutas da Assistncia Portuguesa. Eram 631 religiosos no total.

    Os jesutas atuavam em 17 Colgios em So Paulo, Rio de Janeiro, Baa, Par, Reci-

    fe, Olinda, Porto Seguro, Cear, Maranho, Santos, Esprito Santo, Paranagu, Paraba,

    Vigia; dois seminrios em Belm e Maranho; 37 residncias e misses.

    Esses nmeros so para elucidar o volume da ao missionria jesutica no Brasil,

    o crescimento da Ordem entre sua aprovao e o sculo XVIII, o carter universal da

    Companhia de Jesus, a racionalidade expressa pela Ratio Studiorum, a administrao e o

    trabalho sistemtico e programado nos aldeamentos. Portanto, a F dos inacianos com

    base no Evangelho, na tradio apostlica, na sustentao teolgica tridentina no pos-

    terga a racionalidade expansionista e civilizadora por meio de aes missionrias que

    contemplavam espiritualidade, pedagogia, tcnica arquitetnica, arte, dilogo com

    outras linguagens e ritos religiosos, administrao temporal e relaes de diplo-

    macia com poder poltico na Europa, sia e com o Estado Pontifcio. A f em Deus

    e em um sistema universal de educao, inspirado nos mtodos dos Exerccios

    Espirituais, no se opunha razo e harmonizava-se com as ideias modernas em

    andamento durante os primeiros sculos de Misso da Companhia de Jesus.

    Boa leitura!

    EDITORIAL

    F, RAZO E UNIVERSALIDADE NA MISSO JESUTA

    Roberto Barros Dias, SJDoutorando em Educao pela Universidade Federal do Cear (UFC) e Professor do Curso de Histria da Universidade Catlica de Pernambuco (UNICAP)

    A BULLA REGIMINI MILITANTIS ECCLESIAE [...] MOSTRA O MODO DE CONCEBER UMA ORDEM RELIGIOSA PARA OS PRIMEIROS JESUTAS: O ESPRITO AD EXTRA, MISSIONRIO E AO SERVIODA IGREJA

  • 6 7Em Em

    CALENDRIO LITRGICO

    Bem-aventurado Tiago Bonnaud, presbtero e companheiros

    Bem-aventurados Jos Imbert e Joo Nicolau Cordier, presbteros

    Bem-aventurado Toms Sitjar, presbtero e companheiros mrtires

    So Pedro Claver, presbtero

    Beato Francisco Grate, religioso So Roberto Bellarmino

    calendrio litrgicoPrprio da Companhia de Jesus SETEMBRO

    DIA 2

    DIA 9

    DIA 10 DIA 17

  • 8 9Em Em

    ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO

    servio exigido pelo arquivo: foram reunidos no Rio de Janeiro,

    na nova Provncia dos Jesutas do Brasil BRA, os arquivos das

    quatro Provncias existentes anteriormente (por um tempo, trs

    Provncias e mais a Regio Amaznica). Isso est exigindo um

    trabalho de fuso, padronizao e reorganizao do novo arqui-

    vo. S de pessoas, passou-se de um nmero em torno de 200,

    em cada Provncia anterior, para outro superior a 500.

    Qual a importncia do arquivista na gesto das in-

    formaes?

    O arquivista no produz informaes; organiza as exis-

    tentes de modo a facilitar a procura de quem tem direito e ne-

    cessidade de acess-las ou para o prprio arquivista fornec-

    -las. No raro, informaes so solicitadas para ontem; da a

    necessidade de t-las disponveis. Creio ser, tambm, respon-

    sabilidade do arquivista correr atrs dos dados que esto fal-

    tando ou que esto desatualizados, o que acontece com frequ-

    ncia. A Companhia de Jesus, na sua experincia centenria

    e na sabedoria de seu fundador, estabelece momentos deci-

    O senhor exerce duas funes distintas,

    a de secretrio e a de arquivista. Quais as

    responsabilidades de cada uma delas?

    Na realidade, atualmente, atuo basica-

    mente na funo de arquivista. A funo de

    secretrio espordica: de vez em quando,

    me pedem para fazer ou revisar uma carta ou

    documento, fazer ou revisar uma traduo do

    espanhol (raramente, do ingls). O Secretrio

    oficial do Provincial e da Provncia o Scio,

    neste momento o Ir. Eudson Ramos, que, ali-

    s, realiza seu ofcio muito bem. Ele pode so-

    licitar, ocasionalmente, meu servio pontual.

    Em sua opinio, essas funes, em

    algum momento, se completam?

    Neste momento, mais que se completam,

    interferem uma na outra, dado o volume de

    GUARDIO DAS INFORMAES

    Pe. Jos Luis Fuentes , SJ

    Nesta edio, o informativo Em Companhia traz a entrevista especial com o Pe. Jos Luis Fuentes, que desempenha a funo de Arquivista da Provncia dos Jesutas do Brasil BRA desde a sua criao, em novembro de 2014. So muitos os desafios diante da responsabilidade de organizar as informaes da Ordem religiosa. Entre eles, est o volume de documentos manipulados, que aumentou significativamente depois da nova configurao da Companhia de Jesus no pas. Ao jesuta, porm, no faltam bom humor e disposio no cumprimento de mais essa misso.

  • 8 9Em Em

    sivos na formao dos seus membros para coletar informa-

    es valiosas das pessoas: o ingresso na Ordem; os estudos,

    o acesso Teologia e, em especial, ordenao presbiteral;

    os ltimos votos; a seleo para misses e funes de maior

    responsabilidade (governo das comunidades, das obras mais

    complexas, de uma Provncia).

    Como administrar tantas informaes, dadas as di-

    menses da nova configurao da Companhia de Jesus

    no Brasil?

    Divertido! Desafiantes! Primeiro, a quantidade: somos

    mais de 500 jesutas na nova Provncia e um nmero de obras

    que ainda no pude contabilizar. Segundo: reunir em um

    arquivo nico os quatro ou cinco existentes anteriormente,

    cada um com diferenas substanciais na maneira de organi-

    zar e no estado dos materiais, tarefa longa e, por vezes, com-

    plexa. Na minha curta experincia com arquivo, pelo menos

    no que se refere s pastas PESSOAIS, adotei um esquema de

    trs ou quatro captulos que me permitem enquadrar as infor-

    maes essenciais de cada pessoa. O esquema lgico, relati-

    vamente simples e fcil de compreender e manejar.

    Quais os maiores desafios como arquivista?

    Alm dos desafios mencionados acima, citarei dois: pri-

    meiro, chegar a certo nvel de padronizao sobre o contedo

    das informaes (o que guardar? o que solicitar?) e sobre o

    material e a forma ( imensa a variedade de formatos, tama-

    nhos e tipos de papel utilizados pelas pessoas), o que muito

    dificulta a sua guarda. Segundo, o uso da tecnologia: vi-

    vel, necessrio, conveniente digitalizar tantos documentos

    e guard-los com segurana? Que documentos devero ser

    conservados para sempre no papel? Sem dvida, a tecnologia

    deve agilizar a busca e facilitar o uso de espaos e dos pr-

    prios contedos. Para isso, necessrio um conhecimento

    razovel das tecnologias e, depois, a questo da segurana. A

    velocidade nos avanos da tecnologia pode criar problemas

    srios: documentos so armazenados com uma tecnologia e

    ela cai em desuso.

    Quais os cuidados que se deve ter ao ar-

    quivar a documentao, principalmente

    para que seja encontrada com facilidade,

    caso necessrio?

    Todo cuidado pouco.... No deixar do-

    cumentos de algum na pasta de outrem; no

    misturar alhos com bugalhos, no deixar de

    datar e assinar documentos (como algum

    diria, isso s acontece na Patagnia); guardar

    cuidadosa e adequadamente os materiais; ter

    clareza nos critrios de classificao e locao

    dos assuntos; guardar o necessrio (eliminar

    cpias inteis - impressora e copiadora su-

    prem qualquer necessidade de cpias); iden-

    tificar corretamente os materiais...

    O trabalho de arquivamento de docu-

    mentos dentro da Companhia de Jesus

    tem alguma caracterstica peculiar?

    No sou um expert no assunto. Acredito

    que sim, como qualquer empresa pode ter.

    A Companhia, tradicionalmente, prioriza a

    comunicao, a correspondncia, especial-

    mente entre os membros e seus superiores.

    H documentos que devem ser escritos

    mo e assinados, por exemplo, os votos, a

    renncia aos bens... Acima, mencionei que

    a Companhia exige coleta de informaes

    sobre a pessoa em determinados momen-

    tos de sua formao. Alguns documentos

    tm que ser enviados a Roma logo aps

    acontecimentos como os votos, a ordena-

    o, outros; nomeaes feitas ou aprovadas

    pelo Superior Geral...

    Considero meu servio uma misso que

    a Companhia me confia. Mais ou menos

    importante do que outras, no cabe com-

    parar. Ela necessria para o governo da

    Provncia e exige dedicao, empenho, cui-

    dado. Tambm no exclui outras atividades

    prprias da Companhia, como os minist-

    rios sacerdotais e outros mais especficos

    do nosso carisma; tenho, ainda, outras fun-

    es pontuais no mbito da mantenedora e

    colaboro em outras obras da Provncia.

    CONSIDERO MEU SERVIO UMA MISSO QUE A COMPANHIA ME CONFIA

  • 10 11Em Em

    O MINISTRIO DE UNIDADE NA IGREJA SANTA S

    Papa visitar pases africanos O Papa Francisco visitar o con-tinente africano pela primei-ra vez, entre os dias 25 e 30 de novembro. No roteiro da viagem, esto

    Qunia, Uganda e Repblica Centro-

    -Africana. A viagem resultado de um

    convite feito pelos chefes de Estado e

    chefes dos episcopados africanos.

    Desde que chegou ao Vaticano,

    em maro de 2013, Francisco viajou

    algumas vezes para sia, Amrica La-

    tina e Europa, mas nunca para frica.

    Qunia e Uganda, pases de lngua

    inglesa, e Repblica Centro-Africana,

    de lngua francesa, tm grandes co-

    munidades catlicas e esto imersos

    em conflitos.

    O Qunia enfrenta os rebeldes

    shebab somalis, que, desde 2011, mul-

    tiplicam os ataques no pas como re-

    preslia deciso do governo de in-

    tervir militarmente na Somlia.

    Em Uganda, outro pas sob ame-

    Fontes: O Globo | G1

    aa dos shebab, o Papa pretende re-

    cordar e celebrar a canonizao, em

    1964, por Paulo VI, dos primeiros

    santos africanos, 22 jovens que foram

    assassinados em 1878.

    A Repblica Centro-Africana tam-

    bm enfrenta uma crise poltica e as

    eleies presidenciais e legislativas,

    previstas para outubro, podem ser

    adiadas por causa dos confrontos.

    QUNIA

    UGANDA

    REPBLICA CENTRO-AFRICANA

  • 10 11Em Em

    Diante do crescente drama dos refugiados que chegam Euro-pa, nos ltimos tempos, o Papa Francisco convidou, em 6 de setembro,

    todas parquias e comunidades religio-

    sas na Europa a fazerem um gesto con-

    creto de Misericrdia, acolhendo uma

    dessas famlias. A solidariedade come-

    ar por duas parquias do Vaticano,

    assegurou o Pontfice.

    Na Itlia, existem mais de 25 mil

    parquias e outras 12 mil, na Alema-

    nha, destino de muitos dos srios que

    fogem da guerra civil e das pessoas

    que tentam escapar da pobreza em

    outros pases. Apelo s parquias, s

    comunidades religiosas, aos monas-

    trios e santurios de toda a Europa

    que recebam uma famlia de refugia-

    dos, disse Francisco, aps seu discur-

    so dominical no Vaticano.

    Fonte: Rdio Vaticano | G1

    Em 8 de setembro, o Vaticano anunciou as principais mudan-as em relao aos processos de nulidade matrimonial. Conforme res-

    saltado, o objetivo do Papa Francisco

    no favorecer a nulidade dos matri-

    mnios, mas dar rapidez a esse proces-

    so, evitando que, por causa de atrasos

    no julgamento, o corao dos fiis que

    aguardam o esclarecimento sobre seu

    estado seja longamente oprimido pe-

    las trevas da dvida.

    As alteraes constam nos dois do-

    cumentos Mitis Iudex Dominus Iesus

    (Senhor Jesus, manso juiz) e Mitis et mi-

    Acolhimento aos refugiados

    Mais rapidez nos processos de nulidade matrimonial

    sericors Iesus (Jesus, manso e misericor-

    dioso). Entre as mudanas, o Pontfice

    determinou que o trmite ser gratuito

    para todos e mais curto para os casos

    mais evidentes.

    importante ressaltar que, para

    conseguir o decreto de nulidade,

    preciso mostrar que o casamento no

    foi vlido de acordo com a lei da Igre-

    ja, sendo necessrio provar que alguns

    pr-requisitos no foram respeitados,

    como a livre vontade, a maturidade psi-

    colgica e a abertura para ter filhos.

    Fontes: Rdio Vaticano | G1

    APELO S PARQUIAS, S COMUNIDADES RELIGIOSAS, AOS MONASTRIOS E SANTURIOS DE TODA A EUROPA QUE RECEBAM UMA FAMLIA DE REFUGIADOS

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    Papa Francisco

  • 12 13Em Em

    O carter missionrio uma das caractersticas mais mar-cantes dos companheiros de Jesus, os jesutas. No sculo XVI,

    quando se lanaram alm-mar, esses

    homens no sabiam o que iriam en-

    contrar, mas tinham o profundo dese-

    jo de anunciar o Senhor a povos e cul-

    turas que ainda no conheciam sua

    face. E o que caracteriza um missio-

    nrio? Segundo o dicionrio, missio-

    nrio pode ser definido como aquele

    que recebe ou assume a incumbncia

    de realizar determinada tarefa ou pro-

    move sua concretizao.

    Na Companhia de Jesus, ser mis-

    sionrio ir s fronteiras e, aqui, fa-

    lamos no s dos limites geogrficos,

    mas de todas as formas de barreiras

    que impedem o pleno desenvolvi-

    mento humano das pessoas, como as

    fronteiras entre ricos e pobres, entre

    pases, entre cultos e iletrados, por

    exemplo. A partir do momento em

    que Incio de Loyola e os primeiros

    companheiros compreenderam a im-

    portncia de chegar a todas as pesso-

    as, quer elas estivessem nas fronteiras

    ou no centro da sociedade, eles co-

    mearam a ser enviados para o novo

    mundo. Segundo a 35 Congregao

    Geral, milhares de jesutas seguiram

    pregando o Evangelho a muitas cul-

    turas e naes, partilhando conheci-

    mentos e aprendendo de outros.

    Os jesutas so homens dispostos a

    estar naqueles lugares onde outros no

    podem ou no querem estar. Reconhe-

    cida como corpo apostlico na Igreja, a

    Companhia de Jesus est ligada Santa

    S e ao Papa, que a envia para onde hou-

    ver maior necessidade. [...] obedecer ao

    Romano Pontfice acerca das misses,

    tornou-se nosso princpio e principal

    fundamento, ratifica a 34 Congregao

    ENVIADO S FRONTEIRAS

    Geral da Companhia de Jesus.

    Constantemente desafiados a bus-

    car o magis, os jesutas so instigados

    a no se acomodarem com o j reali-

    zado. Para realizar a misso, neces-

    srio ter audcia de conhecer novas

    fronteiras e desafios. Portanto, o je-

    suta precisa ser aberto, pronto para

    adaptar-se a novas realidades e livre

    para servir a todos.

    Na Igreja Catlica, o ms de outubro

    dedicado s Misses, tempo de inten-

    sificar as oraes e os trabalhos. A di-

    ESPECIAL

    Os jesutas so homens dispostos a estar naqueles lugares onde outros no podem ou no querem estar

  • 12 13Em Em

    NA COMPANHIA DE JESUS, SER MISSIONRIO IR S FRONTEIRAS E, AQUI, FALAMOS NO S DOS LIMITES GEOGRFICOS, MAS DE TODAS AS FORMAS DE BARREIRAS, QUE IMPEDEM O PLENO DESENVOLVIMENTO HUMANO

    menso missionria a mais profunda

    identidade da Igreja. Ela existe para con-

    tinuar a misso de Cristo aqui na terra,

    afirmou o cardeal Orani Joo Tempesta,

    arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), em carta

    publicada no site da CNBB (Conferncia

    Nacional dos Bispos do Brasil).

    A inteno do ms missionrio

    promover uma conscientizao para

    lembrar os fiis cristos da misso de

    cada um. Os religiosos, sacerdotes,

    membros de novas comunidades so

    missionrios e assim denominados,

    mas os leigos tambm tm o dever de

    evangelizar, explicou o arcebispo.

    Durante a 35 Congregao Ge-

    ral da Companhia de Jesus, realizada

    em 2008, o Papa Bento XVI confiou a

    misso de levar o Evangelho para as

    fronteiras da f, da cultura e da so-

    ciedade civil aos jesutas. Na ocasio,

    o pontfice expressou sua confiana

    na capacidade da Companhia de Jesus

    para realizar essa misso. Atualmente,

    no Brasil, os jesutas esto espalhados

    por diversas cidades brasileiras, nas

    mais diferentes fronteiras, sejam elas

    geogrficas, culturais ou sociais.

    MISSIONRIOS HOJE

    Atualmente, 511 jesutas compem o

    corpo apostlico da Companhia de Jesus

    no Brasil. Cada um deles com misses nos

    mais diferentes lugares do pas. Educao,

    Social, Juventudes, Espiritualidade so al-

  • 14 15Em Em

    ESPECIAL

    gumas das reas de atuao dos jesutas.

    O Ir. Ubiratan de Oliveira Costa, dire-

    tor do Centro MAGIS Fortaleza, conta que,

    para atuar junto aos jovens, preciso de-

    sejar ser um novo Cristo, ou seja, preci-

    so amar os jovens e acolh-los como eles

    so. preciso ser uma presena amiga

    entre eles, compartilhando, assim, suas

    alegrias, sonhos e tristezas.

    As juventudes so uma das opes

    preferenciais do Plano Apostlico da

    Provncia dos Jesutas do Brasil-BRA

    (2015-2020). A Companhia de Jesus, ao

    priorizar o trabalho junto aos jovens, as-

    sume um compromisso de anim-los a

    construir outro mundo, a partir dos va-

    lores e princpios de Jesus Cristo, ressal-

    ta Ir. Bira, como conhecido.

    Segundo ele, quando os jesutas as-

    sumem misses que ningum quer as-

    sumir, os jovens vislumbram tambm

    essa possibilidade de romper barreiras

    e ir alm-fronteiras. O testemunho da

    Companhia de Jesus ajuda os jovens a se

    questionarem: se eles podem, eu tam-

    bm posso, assim como fez Santo Incio

    ao conhecer a vidas dos santos, acredita.

    A falta de oportunidades nos mbitos

    educacionais, artsticos e profissionais

    provoca abismos socioeconmicos e cul-

    turais na vida dos jovens. Para Ir. Bira, esse

    contexto, muitas vezes, responsvel

    pela excluso e pelo sofrimento. A juven-

    511 jesutas compem o corpo apostlico da Companhia de Jesus

    no Brasil

    tude enfrenta muitos desafios, por isso

    preciso estar perto, ser companheiro,

    mas, ao mesmo tempo, imprescindvel

    que a juventude se empodere e seja pro-

    tagonista. Apesar das dificuldades, um

    trabalho gratificante, porque os jovens

    so dinmicos e muito criativos. So ou-

    sados e cheios de energia. Aprendo muito

    com eles. Percebo que carregam aquela

    fora revolucionria do Cristo amigo, re-

    sistente e terna, ousada e generosa. Isso

    encantador, confessa.

    Assim como o trabalho com juven-

    tudes, os missionrios que atuam no

    A COMPANHIA DE JESUS, AO PRIORIZAR O TRABALHO JUNTO AOS JOVENS, ASSUME UM COMPROMISSO DE ANIM-LOS A CONSTRUIR OUTRO MUNDO, A PARTIR DOS VALORES E PRINCPIOS DE JESUS CRISTO

    Ir. Ubiratan de Oliveira Costa, diretor do Centro MAGIS Fortaleza

  • 14 15Em Em

    apostolado espiritual tambm precisam

    estar atentos s pessoas. O Pe. Lus Re-

    nato Carvalho de Oliveira, assessor do

    SIES (Servio Inaciano de Espiritualida-

    de) e orientador de Exerccios Espiritu-

    ais, em Manaus (AM), ressalta que, para

    atuar nesse apostolado, necessrio ter

    a capacidade de acolher e de escutar com

    respeito as pessoas. Aqui, na Amaznia,

    tem sido uma experincia itinerante

    muito forte e bonita com a populao.

    H uma troca, uma relao de recipro-

    cidade muito bonita, um intercmbio

    mstico de riqueza espiritual entre a

    misso e o ministrio com os Exerccios

    Espirituais, afirma Pe. Lus Renato.

    O SIES formado por uma equipe de

    leigos e religiosos que se colocam a ser-

    vio das comunidades na Igreja de Ma-

    naus e regio. Temos procurado contri-

    buir com a formao das lideranas na

    Igreja. Nesse sentido, oferecemos espa-

    os de formao em vrias reas: bblica,

    humana, litrgica, para catequistas, para

    casais e tambm espaos de formao

    espiritual, explica o jesuta.

    A Equipe Itinerante dedica-se a

    apoiar os leigos, as parquias, as comu-

    nidades, as pastorais e as lutas sociais do

    povo. Os religiosos que atuam na orga-

    nizao realizam visitas s famlias das

    comunidades, escutam seus anseios e

    preocupaes, ou seja, estabelecem di-

    logo. A itinerncia um desafio e uma

    alegria! um dom e uma graa termos

    pessoas liberadas para a misso com

    os retiros, pois so muitos os pedidos.

    Aqui, h uma sede de Deus muito gran-

    de. As pessoas nos reconhecem por nos-

    sa proposta mais sria de espiritualida-

    de, algo mais profundo, bblico e de mais

    compromisso com a vida e a transforma-

    o da realidade, diz Pe. Lus Renato.

    Segundo o jesuta, o carter missio-

    nrio da Companhia de Jesus sempre foi

    cultivado, pois essa uma caractersti-

    ca de seus membros, obras e da prpria

    espiritualidade inaciana. Todos que

    bebem desta fonte se inspiram, se ali-

    mentam, se fortalecem nesta misso,

    sempre crescendo e amadurecendo este

    seguimento de Cristo!.

    Para o Pe. Jos Maria de Andrade Cou-

    to, diretor do Centro Santa F, em So Pau-

    lo (SP), os missionrios de hoje so chama-

    dos a ser sinal de esperana diante de uma

    sociedade regida pela lgica social, segre-

    AQUI, NA AMAZNIA, TEM SIDO UMA EXPERINCIA ITINERANTE MUITO FORTE E BONITA, QUE ENRIQUECE E FORTALECE MUITO ESPIRITUALMENTE

    Pe. Lus Renato Carvalho de Oliveira, assessor do SIES e orientador dos EE

  • 16 17Em Em

    ESPECIAL

    gacionista, em que as populaes mais po-

    bres so discriminadas e excludas.

    Na rea Social, muitas obras jesutas

    tm a misso de oferecer uma formao

    integral aos adolescentes mais necessi-

    tados, para que sejam lderes comunit-

    rios em vista da transformao social. O

    Centro Santa F um centro de educao

    popular que prepara os jovens para a vida.

    A nossa ao tem como objetivo a pro-

    moo da justia e da igualdade, a defesa

    dos direitos humanos, o respeito pela di-

    versidade cultural e pelo meio ambiente.

    Acreditamos na formao partilhada, no

    protagonismo juvenil, num outro mundo

    possvel, explica Pe. Jos Maria.

    O jesuta tambm atua no bairro Brasi-

    lndia, periferia da zona norte paulistana.

    Na regio, ele colabora na Parquia local e

    atende moradores. Uma das minhas ati-

    vidades acompanhar os movimentos e

    as organizaes sociais das comunidades.

    Participo atravs de redes de colaborao

    entre as diversas aes sociais das entida-

    des assistenciais. Colaboro tambm nas

    lutas populares e nas histrias cotidianas

    da populao, procuro contribuir na busca

    da superao de seus desafios. Alm disso,

    auxilio no curso de Teologia para leigos e

    no acompanhamento da juventude, diz.

    Para exercer essa misso, essencial

    ter respeito e ateno para com as pessoas.

    Para mim, a grande alegria de ser missio-

    nrio ser um instrumento de esperana

    para uma alternativa de mudana na vida

    das pessoas, confessa Pe. Jos Maria.

    Atuando h 18 anos na rea de Educa-

    o, o Pe. Carlos Alberto Jahn, atual dire-

    tor do Colgio Medianeira, localizado em

    Curitiba (PR), acredita que, no apostolado

    educacional, essencial que os missio-

    nrios tenham um entendimento amplo

    sobre a realidade e as necessidades brasi-

    leiras na rea de Ensino. Entendo que a

    prtica de educao demanda, por exem-

    plo, conhecimentos do status e identi-

    dade da educao brasileira e suas preo-

    cupaes, conhecimento da identidade

    e misso da Companhia de Jesus para a

    educao e muita capacidade de trabalho

    em equipe, afirma.

    Para ele, o desafio que a excelncia

    acadmica e humana seja um valor perce-

    bido. Em um colgio ou sala da aula, h

    muita diversidade. Um dos maiores desa-

    fios da educao gerar espaos acolhe-

    dores e estimulantes para fazer da escola

    um ambiente de aprendizagem. Crianas

    e adolescentes so curiosos, imediatistas,

    tm expectativas sobre o estar na escola,

    sobre o aprender e querem ser acolhidos,

    explica Pe. Jahn.

    Entre 1996 e 1999, o jesuta lecionou

    Literatura Brasileira e Portugus em cur-

    sos pr-vestibulares populares. Foi uma

    experincia extremamente gratificante.

    Os alunos eram trabalhadores jovens

    que, ao final do dia, vinham cheios de

    expectativa preparar-se para ingressar

    no Ensino Superior. Mesmo com o can-

    sao, a falta de estrutura das salas de aula

    e dos precrios materiais didticos, essa

    experincia me legou aprendizados im-

    pressionantes, conta.

    Pe. Jahn tambm trabalhou no Ensi-

    no Superior. Sua experincia foi na Uni-

    sinos (Universidade do Vale do Rio dos

    Sinos), que tem cinco campus no Rio

    Grande do Sul. O jesuta chegou a coor-

    denar a rdio e a televiso da instituio.

    Trabalhei com pessoas criativas, gene-

    rosas e qualificadas. Conheci estudantes

    inquietos com as injustias do Brasil e

    da Amrica Latina e que sonhavam com

    uma sociedade mais humana. Vivi mui-

    tas experincias de incluso social via

    processos ensino-aprendizagem na edu-

    cao superior, relembra.

    Aps 14 anos atuando na Unisinos,

    entre 2000 e 2014, Pe. Jahn foi destinado

    para outra misso: o Colgio Medianeira.

    Desde dezembro do ano passado, o jesu-

    ta est frente da instituio, que, atual-

    mente, conta com cerca de 3 mil alunos,

    distribudos na Educao Infantil e no

    Ensino Fundamental e Mdio. Estar na

    direo de um Colgio envolve ateno a

    diferentes frentes. Porm, o foco dos pro-

    cessos de gesto deve estar a servio da

    educao, a servio da aprendizagem dos

    alunos. Esse trabalho envolve: receber e

    escutar pessoas, fazer a gesto da iden-

    tidade e da misso jesutica, relaciona-

    mento institucional com as organizaes

    internas, ou seja, fazer a cura personalis,

    cuidar de toda a pessoa, da instituio.

    DESAFIOS CONTEMPORNEOS

    Todo jesuta est disponvel para se-

    guir Jesus. Nesse sentido, a atuao dos

    companheiros de Cristo se d em diver-

    ACREDITAMOS NA FORMAO PARTILHADA, NO PROTAGONISMO JUVENIL, NUM OUTRO MUNDO POSSVEL

    Pe. Jos Maria de Andrade

    Couto

  • 16 17Em Em

    sas fronteiras. Por isso, assim como no

    sculo XVI, os missionrios continuam

    lanando-se a novos desafios. A comple-

    xidade do mundo contemporneo, ao

    mesmo tempo em que desafia o exerccio

    da misso, estimula o desejo de servir aos

    homens e s mulheres. Ser missionrio,

    portanto, faz parte da identidade jesuta.

    A experincia de fraternidade e parti-

    lha que os jesutas vivenciam pode cola-

    borar para o vislumbre de outros modelos

    de relaes pessoais, sociais e polticas.

    Alm disso, a luta e o engajamento mis-

    sionrio dos jesutas junto aos empobre-

    cidos sinal de profecia e de anncio, no

    qual se indica, concretamente, o caminho

    para as mudanas necessrias: amor ao

    prximo e servio para a promoo da paz

    e da justia, afirma Ir. Ubiratan de Oliveira

    Costa, diretor do Centro MAGIS Fortaleza.

    No contexto da juventude brasileira,

    Ir. Bira acredita que as principais frontei-

    ras hoje so a intolerncia ao diferente e

    o individualismo. Cada vez mais cresce

    a necessidade de encontrar Deus isola-

    damente, longe do prximo, atravs de

    uma relao vertical com a f. Para mim,

    a no acolhida de uma espiritualidade

    libertadora uma fronteira porque, sem

    ela, a juventude se isola e no consegue

    vislumbrar a construo coletiva de outro

    mundo possvel, diz o jesuta.

    Para o Pe. Lus Renato Carvalho de

    Oliveira, assessor do SIES e orientador

    de Exerccios Espirituais (EE), a huma-

    nidade est vivendo um tempo de mui-

    tas buscas de sentido para a vida. Segun-

    do ele, h uma carncia muito grande

    de propostas mais srias nesse campo

    da espiritualidade. Nesse sentido, os EE

    contribuem para o fortalecimento da f.

    As pessoas conhecem a espiritualidade

    inaciana. A minha experincia muito

    forte, pois tenho estado disponvel para

    atender a muitos pedidos em vrias

    partes do Brasil, no s na regio norte.

    So tantos os pedidos, que no consigo

    atender todos e vivo indicando outros

    jesutas para orientar os retiros. Temos

    a uma grande misso, que est muito

    presente em nosso plano apostlico: a

    redescoberta e o aprofundamento da

    experincia transformadora da f por

    meio da partilha da espiritualidade ina-

    ciana, acredita Pe. Lus Renato.

    As fronteiras na regio amaznica

    perpassam diferentes cenrios: ecolgi-

    cos, de comunidades indgenas e ribeiri-

    nhas, de cuidado com a casa comum, da

    cultura e da cincia nos ambientes uni-

    versitrios. Nesse contexto, a dimenso

    missionria faz parte de nossa misso, de

    nossa vida como jesutas, compreende-

    mos a misso num horizonte imenso de

    possibilidades, explica o jesuta.

    Reler, constantemente, a tradio e

    os seus apelos de mudana importante

    para o trabalho missionrio da Compa-

    nhia de Jesus. Diante de tantos cenrios

    novos, precisamos redescobrir a univer-

    salidade da misso atravs de redes de co-

    laborao entre as diversas frentes apos-

    tlicas, afirma Pe. Jos Maria de Andrade

    Couto, diretor do Centro Santa F.

    Na Educao, articular os conheci-

    mentos das cincias, os aspectos tcni-

    cos, humanos, sociais, espirituais e afe-

    tivos so fronteiras latentes, segundo Pe.

    Carlos Alberto Jahn, diretor do Colgio

    Medianeira. A proposta educativa para

    os colgios jesutas visa formao in-

    tegral. O intuito ajudar para um mundo

    mais justo, solidrio e inclusivo, de mais

    vida e preocupado com o futuro da Terra.

    Noto que a tradio educativa jesutica

    vem sendo revitalizada, luz da misso

    da Companhia de Jesus.

    Estar disposto a assumir novas mis-

    ses, a ajudar o prximo e a servir as

    pessoas so sentimentos importantes

    nos dias atuais. O Papa Francisco, em

    suas recentes viagens internacionais,

    tem nos mostrado que o esprito mis-

    sionrio continua mais forte do que

    nunca na Igreja Catlica. Suas palavras,

    em cada discurso, em cada pas visita-

    do, no tm fronteiras, pois alcanam

    o corao de todos que as escutam.

    Francisco chega ao corao das pessoas,

    porque ele se abre ao encontro do ou-

    tro, assim como os primeiros jesutas

    fizeram ao se dispersarem pelo mundo.

    Somos missionrios quando samos

    de ns e abrimo-nos ao encontro do ou-

    tro e, junto a ele, construmos algo novo

    e transformador, conclui Ir. Bira.

    UM DOS MAIORES DESAFIOS DA EDUCAO GERAR ESPAOS ACOLHEDORES E ESTIMULANTES PARA FAZER DA ESCOLA UM AMBIENTE DE APRENDIZAGEM

    Pe. Carlos Alberto Jahn

  • 18 19Em Em

    A COMPANHIA DE JESUS NO MUNDO CRIA GERAL

    36 Congregao Geral

    Com a primeira reunio do Coetus Praevius (Comis-so Preparatria) em Roma (Itlia), de 31 de agosto at 12 de

    setembro de 2015, iniciaram-se

    plenamente os preparativos para

    a Congregao Geral (CG 36). A co-

    misso est constituda por dois

    representantes de cada uma das

    seis Conferncias: da frica e Ma-

    dagascar, Amrica Latina, Canad

    e Estados Unidos, Europa, sia Sul

    e sia Pacfico. Tanto o Pe. Geral,

    Adolfo Nicols, como o Pe. Dou-

    glass Marcouiller, da Cria Geral de

    Roma, integram o Coetus Praevius.

    Alm do Padre Geral, Adolfo Nicols, estiveram presentes reunio os padres: Douglas Marcouiller (UCS, Consejero General), Moderador del CP Paul Br (AOC, Profesor en el Instituto de Teologa de la Compaa en Abidjan); Jorge Cela (ANT, Presidente de CPAL); John Dardis (HIB, Presidente de CEP); Stefan Dartmann (GER, Rector del Colegio Germanico e Ungarico de Roma); David Fernndez (MEX, Rector de la Universidad Iberoamericana de Mxico); Thomas Greene (UCS, Rector de la casa de estudio Bellarmino de St. Louis); Timothy Kesicki (CDT, Presidente de JCU); Michael Lewis (SAF, Presidente de JESAM); Antonio Moreno (PHI, Provincial); George Pattery (CCU, Presidente de JCSA); Francis Xavier Perinayagam (MDU, Director de la Escuela de Ingeniera Loyola de Chennai) e Mark Raper (ASL, Presidente de JCAP).

  • 18 19Em Em

    NOMEAES

    Solidariedade em favor da paz

    Concurso de curtas sobre justia social

    A colaborao no Apostolado Social est crescendo rapida-mente entre as Provncias de Jesutas da Coreia e do Japo. As duas

    Provncias celebraram um encontro

    que coincidiu com a Conferncia de

    Paz de Gangjeong, de 7 a 9 de setem-

    bro de 2015, realizada no novo Centro

    pela Paz, St. Francis, da Diocese de

    Jeju (Coreia do Sul).

    Localizada na ilha Jeju, Gangjeong

    foi designada para a Conferncia pelo

    movimento da paz opondo-se cons-

    truo de uma base naval coreana na

    regio. A ilha vulcnica e os tneis de

    lava de Jeju foram declarados patri-

    mnio da humanidade pela UNESCO

    (Organizao das Naes Unidas para

    America Media e Ignatian Soli-darity Network lanaram novo concurso de curtas sobre jus-tia social, chamado Voces desde los

    Mrgenes 15 (Vozes desde as Margens

    15), dirigido a estudantes universit-

    O PAPA FRANCISCO NOMEOU:

    O Pe. David E. Nazar (CDA) como reitor do Instituto Pontifcio Oriental. Nas-cido em 1952, ele ingressou na Com-

    panhia de Jesus em 1973 e foi orde-

    nado presbtero em 1983. Trabalhou

    pastoralmente com a populao ind-

    gena de Ontrio no Canad. Tambm

    foi educador no Regis College em

    Toronto (Canad), bem como Provin-

    cial da Companhia do Canad ingls

    (1996-2002). Posteriormente, foi Su-

    perior dos jesutas na Ucrnia.

    O Pe. Paolo Bizzeti (ITA) como

    bispo e vigrio apostlico de Anatlia

    a Educao, a Cincia e a Cultura).

    Os 16 jesutas, vindos do Japo,

    participaram da Conferncia de Paz

    e do encontro do Apostolado Social,

    que reuniu a maioria dos jesutas da

    Provncia da Coreia que trabalham

    nesse campo. Tambm estiveram

    presentes os provinciais do Japo e

    da Coreia.

    (Turquia). Nasceu em 1947, ingressou

    na Companhia de Jesus em 1966 e foi

    ordenado presbtero em 1975. Desde

    2007, o Pe. Bizzeti foi diretor do Cen-

    tro para a formao do laicato em P-

    dua. Fundou uma associao italiana

    chamada Amigos do Mdio Oriente.

    Ser sagrado bispo dia 1 de novem-

    bro na Baslica de Santa Justina, em

    Pdua (Itlia).

    O PE. GERAL, ADOLFO NICOLS,NOMEOU:

    O Pe. Tomasz Michal Ortmann

    (PMA) como Superior maior da Pro-

    vncia da Polnia do Norte e Mazovia

    (PMA). Nasceu em 1969, ingressou na

    Companhia de Jesus em 1988 e foi or-

    denado presbtero em 29 de junho de

    2000. Dar incio sua tarefa de Pro-

    vincial em 17 de setembro de 2015.

    O Pe. Gian Giacomo Rotelli (ITA)

    como secretrio pessoal do Pe. Geral.

    Nascido em 1939, ingressou na Com-

    panhia de Jesus em 1965 e foi ordena-

    do presbtero em 1972. At h pouco

    era Scio do Provincial da Itlia.

    rios. Os filmes premiados sero estre-

    ados em um novo festival cinemato-

    grfico, que acontecer por ocasio do

    Debate pela justia na famlia inacia-

    na, em novembro. Os curtas devero

    abordar temas como pobreza, imigra-

    o, diversidade tnica e de gnero,

    direitos humanos, meio ambiente e

    ecologia. Sero pontuados de acordo

    com os seguintes critrios: a perten-

    a da temtica, o mrito artstico e de

    produo e a criatividade.

  • 20 21Em Em

    A COMPANHIA DE JESUS NA AMRICA LATINA CPAL

    A espiritualidade de Incio de Loyola tem, como experincia fundante, a vivncia trinitria. E, assim, reflete-se na contemplao da

    Encarnao nos Exerccios Espirituais.

    a experincia de um Deus comunidade,

    cuja dinmica dar-se na comunicao

    nascida do amor. a experincia de Deus

    que culmina nos Exerccios com a Con-

    templao para Alcanar Amor. Um Deus

    que sempre cria, dando o ser e dando-se

    a si mesmo criatura. O Deus que se faz

    Palavra de carne. Portanto, a orao fun-

    damentalmente escuta. Como diria Karl

    Rahner, nossa condio sermos ouvin-

    tes da Palavra. Logo, a espiritualidade que

    nasce dos Exerccios implica estar aten-

    tos voz de Deus, escuta de Sua Palavra,

    que se comunica conosco em nossa vida

    exterior (a histria) e interior. a atitude

    de discernimento pessoal e comunit-

    rio. Por isso a importncia que Incio d

    ao exame como momento de escuta da

    passagem de Deus por nossa vida. Uma

    comunicao que comea pela escuta

    da Palavra de Deus antes de pronunciar

    a nossa. Dessa forma, aconselhvel que

    aquele que d os Exerccios no fale de-

    masiado, para no criar rudo na voz do

    Senhor, que se comunica.

    Da a importncia que Incio dava

    comunicao para a vida do corpo

    da Companhia. A nfase que In-

    cio pe na conta de conscincia, na

    escuta dos consultores, no dilogo

    espiritual, na busca comunitria da

    vontade de Deus, que tem sua expe-

    rincia fundante na deliberao dos

    Primeiros Padres e que desemboca

    ESCUTA DA PALAVRA

    Pe. Jorge Cela, SJPresidente da CPAL

    na fundao da Companhia de Jesus.

    Isso explica a importncia da comu-

    nicao: pessoal, comunitria ou por

    carta nos comeos da Companhia.

    As novas tecnologias puseram em

    nossas mos instrumentos que nos

    ajudam comunicao, que nos abrem

    novas possibilidades, inusitadas nos

    tempos de Incio. No apenas expan-

    dem a velocidade e quantidade da in-

    formao e facilitam a participao,

    seno transformam as capacidades de

    escuta e de comunicao.

    A velocidade e alcance da comuni-

    cao virtual permite-nos melhorar a

    quantidade de informao e a rapidez

    para obt-la, fazendo possvel tomar

    decises muito mais complexas, mas

    tentando-nos de superficialidade e pro-

    visoriedade que podem produzir a su-

    perabundncia de insumos pouco pro-

    cessados. As novas oportunidades de

    contemplao e aplicao de sentidos,

    com tecnologias cada vez mais senso-

    riais, tm que afinar o discernimento

    pelos perigos que a comunicao vir-

    tual abre ao ocultamento, mentira e

    falta de compromisso.

    Este mundo pluriconcentrado,

    atravs de mltiplas redes, pode le-

    var-nos lgica do zapping, da falta

    de concentrao, disperso, a nos

    distrair de nosso princpio e funda-

    mento. Mas, se os fios que nos conec-

    tam esto carregados de uma identi-

    dade plena de sentido partilhado que

    nos facilite uma linguagem comum

    LOGO, A ESPIRITUALIDADE QUE NASCE DOS EXERCCIOS IMPLICA ESTAR ATENTOS VOZ DE DEUS, ESCUTA DE SUA PALAVRA, QUE SE COMUNICA CONOSCO EM NOSSA VIDA EXTERIOR (A HISTRIA) E INTERIOR

    de transparncia e diafaneidade e de

    uma misso comum que nos com-

    promete e nos une em um projeto de

    vida comum, a comunicao conver-

    te-se em um estilo de ser e de fazer

    fundamental para nossa vocao. Ela

    arma o corpo apostlico, ampliado a

    todos os colaboradores da misso de

    Cristo, e faz-se necessria para a vida

    espiritual e apostlica.

    Por isso, o governo da Companhia,

    a vida espiritual de quantos partilha-

    mos a maneira inaciana de viver o

    Evangelho, a vida comunitria - cons-

    titutiva de nossa misso - e a projeo

    apostlica requerem ser repensadas a

    partir das novas possibilidades e esti-

    los que as tecnologias da comunicao

    nos abrem.

    Na reunio do Setor Comunicao,

    realizada em Santo Domingo, propu-

    semo-nos a pensar em como melhorar

    a comunicao interna: as formas de

    acompanhamento, de discernimento

    pessoal e comunitrio de nossa identi-

    dade e misso em um mundo em mu-

    tao, intercultural e inter-religioso; a

    necessidade do dilogo - comunicao

    de via dupla, especializada na escuta

    - que nos permita aprender a escutar

    a Deus juntos, para poder falar dEle

    com a mesma linguagem pentecostal,

    com a qual possamos entender-nos

    sem perder a riqueza da diversidade

    e mostrar-nos como um corpo para a

    misso comum ao servio da f e da

    promoo da justia.

  • 20 21Em Em

    PAMSJ E UNICAP INICIAM DILOGO

    AULA VIVA EM S. PAULO DE OLIVENA

    SEMINRIO DA REDE DE ENFRENTAMENTO AO TRFICO DE PESSOAS

    Com a inteno de avanar no campo da sensibilizao e da investigao sobre a Amaznia, os padres Alfre-do Ferro, coordenador do Projeto Pan-amaznico da CPAL (Conferncia dos Provinciais Jesutas da Amrica Lati-

    na), e Pedro Rubens, reitor da UNICAP (Universidade Catlica

    de Pernambuco), iniciaram um dilogo com foco na impor-

    tncia estratgica do territrio amaznico para o planeta, para

    o continente e, em particular, para o Brasil, uma das priorida-

    des da Provncia BRA.

    O Pe. Valrio Sartor, colaborador do Projeto Pan-amaz-nico da CPAL, participou do Seminrio de Formao e Capacitao para o Enfrentamento ao Trfico de Pessoas na Trplice Fronteira: Colmbia, Peru e Brasil. Reali-

    zado em Tabatinga, em 1 de agosto, o encontro contou com

    a assessoria da Ir. Roselei Bertoldo e da Ir. Eurides Oliveira,

    da equipe da Rede Um Grito pela Vida. Tambm participou o

    Bispo da Diocese do Alto Solimes, dom Adolfo Zon Pereira,

    Entre os dias 22 e 27 de agosto, realizou-se mais uma Aula Viva, promovida pela FUCAI (Fundacin Caminos de Identidad). Desta vez, a iniciativa envolveu as comuni-dades indgenas Cokamas, Ticunas e Cambebas, localizadas no

    municpio de So Paulo de Olivena (AM). Participaram tambm

    as comunidades indgenas de Vendaval, Benjamin Constant,

    Alto do Rio Itacui (Indgenas Canamari), da Colmbia e do Peru.

    O Pe. Valrio Sartor, do Projeto Pan-amaznico da CPAL, fi-

    cou responsvel pela organizao do evento, que contou com

    cerca de 90 participantes.

    Fonte: Pan-Amaznia SJ Carta Mensal n 18 Agosto 2015.Acesse o link (http://bit.ly/1FaljGV) do Portal Jesutas Brasil e

    faa o download da edio completa da Pan-Amaznia SJ Carta Mensal

    que, na abertura do encontro, enfatizou a necessidade de or-

    ganizao a fim de fazer frente rede dos criminosos, muito

    ordenada e alastrada por todos os lugares.

    O Seminrio teve como objetivo fortalecer a Rede de En-

    frentamento ao Trfico de Pessoas nas fronteiras, por meio da

    formao, capacitao e sensibilizao de seus integrantes e de

    outras entidades, visando ao mais integrada. Participaram

    cerca de 70 pessoas das diferentes comunidades fronteirias.

  • 22 23Em Em

    COMPANHIA DE JESUS GOVERNO

    Companhia de Jesus promove3 Assembleia das Mantenedoras

    O encontro, em ritmo e cli-ma de sinergia, foi funda-mental para a construo administrativa da BRA e para maior

    convergncia de foras na misso da

    Companhia de Jesus, afirmou padre

    Geraldo Kolling, Administrador Pro-

    vincial, sobre a 3 Assembleia das

    O Frum de Gesto Apostlica tem incentivado as obras a dissemi-narem, entre seus colaboradores, o Plano Apostlico da Provncia dos Jesu-

    tas do Brasil. Foi com esse objetivo que os

    Plano Apostlico estudado por comunicadores de BH e Santa Luzia

    comunicadores de instituies localiza-

    das em Belo Horizonte e Santa Luzia, em

    Minas Gerais, reuniram-se, em meados de

    agosto, para estudar no s o Plano Apos-

    tlico, mas tambm o Estatuto da Compa-

    nhia de Jesus no pas.

    O encontro a primeira iniciativa do

    Grupo de Trabalho que, desde o ms de

    maio, vem empenhando-se de forma in-

    tegrada em aes que possam, por meio

    da troca de experincias e transferncia

    de conhecimento, fortalecer e dar maior

    visibilidade misso da Companhia de

    Jesus em mbito local.

    O estudo foi orientado pelo padre

    Edison de Lima, superior do Teologado,

    e reuniu, alm dos responsveis diretos

    pela Comunicao, outros colaboradores

    de diversas reas das unidades jesutas

    nas duas cidades.

    De acordo com a gerente de Comuni-

    cao do Colgio Loyola, Dayse Lacerda,

    a disseminao e o entendimento dessas

    informaes ajudam o comunicador a re-

    alizar melhor o seu trabalho, alinhando

    seu projeto de vida pessoal e profissional

    misso da Companhia de Jesus.

    Participam do GT representantes do

    Centro Loyola, Centro Zanmi, Colgio

    Loyola, Creche Caiaras, FAJE (Faculdade

    Jesuta de Filosofia e Teologia), Funda-

    o F e Alegria e Parquias Santssima

    Trindade e So Francisco Xavier.

    Mantenedoras, realizada entre os

    dias 20 e 21 de agosto, no Rio de Ja-

    neiro (RJ).

    Participaram do encontro o Pro-

    vincial do Brasil, padre Joo Renato

    Eidt, os sete Superiores de Plataforma,

    os membros das diretorias das mante-

    nedoras, os colaboradores dos Centros

    Administrativos de Salvador (BA), So

    Paulo (SP) e Porto Alegre (RS), e demais

    lideranas. Essa foi a 3 Assembleia

    das Mantenedoras realizada, mas a

    primeira desde a criao da Provncia

    do Brasil-BRA. A 4 est prevista para

    os dias 25 e 26 de agosto de 2016, em

    Itaici (Indaiatuba/SP).

    Iniciativa busca fortalecer a misso da Companhia de Jesus localmente

  • 22 23Em Em

    COMPANHIA DE JESUS SERVIO DA F

    Bblia, a Palavra de Deus

    Em setembro, a Igreja Catlica no Brasil comemora o Ms da Bblia, iniciativa que nasceu entre biblis-tas da Arquidiocese de Belo Horizonte

    (MG) e tomou propores nacionais. Se-

    gundo o padre Jaldemir Vitrio, professor

    de Teologia Bblica na Faculdade Jesuta

    de Filosofia e Teologia (FAJE), localizada

    na capital mineira, a celebrao um

    tempo oportuno para a leitura dos textos

    sagrados em comunidade, procurando-se

    relacionar f e vida e perguntar-se o que

    a Palavra de Deus, ou seja, Deus mesmo,

    nos pede nesse momento complicado da

    humanidade.

    O jesuta ressalta ainda que a B-

    blia, sendo Palavra de Deus, deve ser

    entendida como sabedoria de vida

    ensinada por Deus humanidade,

    por meio de Israel, como caminho de

    salvao. Infelizmente, princpios

    importantssimos da sabedoria bbli-

    ca tm sido transgredidos de manei-

    ra cruel. Destaco o respeito pela vida

    do ser humano, criado imagem e

    semelhana de Deus. Ao se esquecer

    dessa sabedoria fundamental para

    as relaes interpessoais, a vida

    banalizada e os homicdios e outras

    formas de eliminao da vida huma-

    na se multiplicam incontrolados,

    acrescenta padre Jaldemir Vitrio. A

    civilizao est sendo desconstru-

    da por se caminhar na contramo de

    Deus. Assim, se a tica bblica fosse

    mais valorizada, sem dvida, nossa

    humanidade seria muito distinta.

    diante desse contexto atual que

    o Apostolado Intelectual cristo, seja

    qual for sua rea de atuao, assume

    relevncia ainda maior quando tem a

    Palavra de Deus como pano de fundo.

    No Apostolado Teolgico, a Palavra de

    Deus est na raiz da reflexo. Porm,

    qualquer forma de Apostolado Intelec-

    tual cristo dever estar permeado e

    ser guiado pelo ethos subjacente Pa-

    lavra de Deus. Isso lhe d transcendn-

    cia e possibilita ter alguma relevncia

    para a sociedade e a Igreja, comenta o

    jesuta. Se o pano de fundo do pensa-

    mento for o humanismo, j ser louv-

    vel. Porm, se se der um passo a mais,

    iluminando-o com a Palavra de Deus,

    sem dvida, a cincia ganhar em qua-

    lidade e relevncia.

    A CIVILIZAO EST SENDO DESCONSTRUDA POR SE CAMINHAR NA CONTRAMO DE DEUS. ASSIM, SE A TICA BBLICA FOSSE MAIS VALORIZADA, SEM DVIDA, NOSSA HUMANIDADE SERIA MUITO DISTINTAPe. Jaldemir Vitrio

  • 24 25Em Em

    COMPANHIA DE JESUS PROMOO DA JUSTIA E ECOLOGIA

    Centro Santa F celebra 18 anos

    No ms de julho, o Centro Santa F festejou junto a colaborado-res, padres jesutas, ex-educan-dos, parceiros e amigos, seus 18 anos de

    atuao na regio de Perus e Anhangue-

    ra, bairros da periferia de So Paulo.

    Durante jantar comemorativo, em

    Nova direo nacionalda Fundao F e Alegria

    O padre Pedro Pereira da Silva assu-miu a direo nacional da Fun-dao F e Alegria do Brasil. A cerimnia de posse foi realizada no dia 13

    de agosto, na Sede Nacional da instituio,

    em So Paulo, e contou com a presena

    do Provincial do Brasil, padre Joo Renato

    Eidt, e do padre lvaro Negromonte, que

    esteve frente da instituio desde 2012.

    Sobre a importncia do trabalho

    de F e Alegria Brasil, padre Pedro res-

    saltou que a instituio faz o que mui-

    tas escolas formais pblicas no con-

    seguem fazer. A fundao promove

    acompanhamento personalizado, pre-

    ocupa-se com a formao para o exer-

    ccio da cidadania, prepara para a vida.

    F e Alegria, por meio de sua ao edu-

    cativa, que une a Pedagogia Inaciana

    Educao Popular, levanta os pequenos

    e inflama em seus coraes um ardor

    maior pela vida, afirmou.

    Padre lvaro tambm elogia o traba-

    lho realizado por F e Alegria, que, hoje,

    se faz presente em 14 estados brasilei-

    ros. Em F e Alegria, ns acreditamos

    em processos democrticos e foi uma

    grande alegria viver essa busca por uma

    31 de julho, Maria Madalena Alves, co-

    ordenadora do projeto social, relem-

    brou os principais momentos desses

    longos anos de trajetria.

    At 2011, o Centro Santa F tinha

    como foco a preparao de jovens para

    a vida universitria. Foi a partir de 2012

    que o trabalho ganhou nova roupagem.

    Atualmente, so atendidas, em progra-

    mas socioeducativos, aproximadamente

    470 pessoas, entre adolescentes, suas fa-

    mlias e comunidade. Nesta nova fase,

    alm de realizar aes voltadas juventu-

    de, nos preocupamos em desenvolver ati-

    vidades junto a educadores e instituies

    da regio, explica a coordenadora.

    Somente em 2014, passaram pelo

    Centro Santa F profissionais de 17 equi-

    pamentos socioassistenciais diferentes,

    que participaram do Encontro de Prticas

    Socioculturais com Crianas e Adoles-

    centes organizado em parceria com o

    Ncleo Corao Materno.

    A festa contou ainda com uma missa

    em homenagem ao Dia de Santo Incio

    de Loyola, fundador da Companhia de Je-

    sus. Um dos momentos mais marcantes

    da noite, foi a celebrao, realizada pelos

    padres Carlos Fritzen, ex-diretor da Obra

    Centro Pastoral Santa F, e Jos Maria

    Couto, atual diretor da instituio.

    Na ocasio, padre Carlos ressaltou a

    importncia de festejar os 18 anos de his-

    tria do Centro Santa F na mesma data

    em que Santo Incio celebrado. Nes-

    ta noite, damos graas por tudo que foi

    construdo at aqui. Se hoje comemora-

    mos essas tantas conquistas, somente

    porque, no passado, Incio de Loyola ini-

    ciou sua peregrinao.

    De 1997 at 2015, mais de 15 mil ado-

    lescentes e jovens passaram pelo projeto

    social e, a partir dessa experincia, trans-

    formaram suas trajetrias. Hoje foi

    aquele momento de perceber o quanto

    nosso trabalho fez diferena na vida de

    cada um. timo reencontrar nossos ex-

    -educandos formados, construindo suas

    carreiras e constituindo suas prprias

    famlias, compartilha Maria Madalena.

    gesto democrtica, por espaos demo-

    crticos e participativos, comentou.

    Finalizando, padre lvaro desejou

    a padre Pedro muita alegria. Que real-

    mente possa alimentar esse povo, cui-

    dar dessas pessoas e, ao mesmo tem-

    po, fazer com que os companheiros

    jesutas e leigos, que trabalham em

    nossas diversas obras, possam olhar

    F e Alegria como uma obra da Com-

    panhia de Jesus no Brasil que, vincu-

    lada a outras unidades de F e Alegria

    no mundo, formam uma Federao,

    finalizou o ex-diretor.

  • 24 25Em Em

    COMPANHIA DE JESUS DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO

    Obra sobre a histria dos jesutas no RJ lanada

    O Pateo do Collegio, em parceria com a Edies Loyola, lanou o livro Jesutas: uma pequena his-tria ilustrada, no dia 27 de setembro. A

    obra narra, atravs de aquarelas de Luiz

    Boschi Grecco e do texto do padre jesu-

    ta Gerardo Cabada Castro, a histria da

    Companhia de Jesus, desde a converso

    de Santo Incio de Loyola at a eleio

    No dia 21 de agosto, o livro Os Je-sutas e o Rio de Janeiro, do au-tor Cesar Augusto Tovar da Sil-va, foi lanado no Colgio Anchieta, em

    Nova Friburgo (RJ). A obra, resultado de

    uma parceria entre a Editora PUC-Rio e

    o Colgio Santo Incio, visita a memria

    do interior do estado ao estudar as fa-

    Livro ilustrado sobre a Companhia de Jesus

    zendas que abasteciam o Colgio dos Je-

    sutas, instalado no Monte Castelo, nos

    primrdios da cidade do Rio de Janeiro.

    A imagem ilustrativa da capa do

    livro uma cena do Brasil Colnia, a

    mesma retratada no pano de boca do

    Teatro do Colgio Anchieta - relquia

    do incio do sculo passado. A pintura

    reproduz o encontro de Jos de Anchie-

    ta com Mem de S e seu filho, Estcio

    de S, no Rio. O autor do livro, Cesar

    Augusto Tovar da Silva, pesquisador e

    professor de Histria, do Colgio Santo

    Incio, foi contratado pela Companhia

    de Jesus para desenvolver o trabalho

    como parte das comemoraes dos 450

    anos da cidade do Rio de Janeiro.

    A renda, obtida com a noite de aut-

    grafos, foi revertida para a Casa dos Po-

    bres So Vicente de Paula, instituio que

    acolhe idosos e deficientes carentes de

    Nova Friburgo e regio Serrana do Rio.

    Obra foi lanada no Pateo do Collegio

    do Papa Francisco.

    A Companhia de Jesus teve, desde seu

    incio, preocupao especial com a edu-

    cao e a formao das crianas, porque

    a partir delas que podemos construir um

    mundo mais justo e mais humano.

    Pensando nesse pblico, o Pateo do

    Collegio, por ocasio das comemora-

    es do Bicentenrio da Restaurao da

    Companhia de Jesus (2014), idealizou

    uma publicao que trouxesse, em lin-

    guagem leve e acessvel, a histria da

    Companhia de Jesus.

    O lanamento foi realizado no Pateo

    do Collegio, em So Paulo, e a data no foi

    escolhida por acaso. No dia 27, a Compa-

    nhia de Jesus celebrou seu 475 anivers-

    rio de fundao.

  • 26 27Em Em

    COMPANHIA DE JESUS EDUCAO

    Plano Educativo Comum entra em nova fase

    Nos dias 27 e 28 de agosto, acon-teceu uma reunio entre os GTs (Grupos de Trabalho) 1 e 2 do PEC (Plano Educativo Comum),

    no Rio de Janeiro (RJ). No encontro,

    iniciou-se o processo de redao do do-

    cumento e, no final de outubro, o GT 2

    apresentar uma verso que passar por

    processos de melhoria.

    O Delegado para a Educao Bsi-

    ca, padre Mrio Sndermann, afirma

    que o PEC uma oportunidade para a

    Companhia de Jesus no Brasil. Ser um

    documento que inspirar e direcionar

    o Apostolado Educacional e o processo

    de construo, que j vem envolven-

    do diversos profissionais, de todas as

    unidades educativas da Rede Jesuta de

    Educao no pas, afirma.

    A professora e diretora geral do Col-

    Na foto (esq. p/ dir.), Pe. Mrio Sndermann, Alexandra Gazzinelli (Col. Loyola), Paulo Henrique Cavalcanti (Col. Loyola), Snia Magalhes (Col. So Lus), Margareth Santos (Col. Diocesano), Juliano Oliveira (Col. Loyola), Joo Ramiro (Col. Antnio Vieira), Sergio Silveira (Col. Antnio Vieira), Louisa Schrter (Col. Catarinense) e Pe. Carlos Jahn (Col. Medianeira). Sentados: Ana Loureiro (Col. Santo Incio-RJ) e Pe. Srgio Mariucci (Col. dos Jesutas)

    gio So Lus, Snia Magalhes, conduziu

    os dois dias de trabalho. Trabalhamos

    imersos nos resultados dos seminrios

    realizados no primeiro semestre e nas re-

    flexes realizadas no SIPEI 2014 (Semin-

    rio de Pedagogia e Espiritualidade Inacia-

    nas) e, finalmente, no modelo norteador

    do SGQE (Sistema de Gesto de Qualidade

    Educativa) da FLACSI (Federao Latino-

    -americana de Colgios da Companhia de

    Jesus), disse Snia.

    A previso que a redao do PEC

    seja concluda ao longo do primeiro

    semestre de 2016, com a participao

    de professores de vrias unidades da

    Rede Jesuta de Educao. O primeiro

    passo dessa nova etapa a sistemati-

    zao de um texto mrtir sobre o qual

    haver leituras crticas e aportes. O

    documento final nortear os proces-

    sos pedaggicos, administrativos e de

    pastoral dos colgios jesutas do Brasil

    nos prximos anos.

    Segundo padre Mrio, percep-

    tvel a oportunidade de crescimento

    humano e profissional que esta nova

    forma de compreender e nos organi-

    zar na educao bsica vem trazendo.

    Foi consolador perceber educadores de

    todo o Brasil, de Porto Alegre (RS) a Te-

    resina (PI), unidos, problematizando

    os desafios da Educao Bsica no pas

    e analisando possibilidades de sadas

    criativas e atuais, no intuito de ofere-

    cer aos nossos alunos uma educao

    de excelncia, nos moldes da Compa-

    nhia de Jesus, conclui padre Mrio.

    V ENCONTRO DE DIRETORES DA FLACSI

    Representantes de colgios da Rede

    Jesuta de Educao do Brasil partici-

    param do V Encontro de Diretores de

    Colgios da FLACSI (Federao Latino-

    -americana de Colgios da Companhia

    de Jesus), em Bogot, na Colmbia, en-

    tre os dias 8 e 11 de setembro. O objetivo

    do evento, realizado no Colegio Mayor

    de San Bartolom, um dos mais tradi-

    cionais e importantes da capital colom-

    biana, fundado em 1604, foi refletir so-

    bre as experincias que vo ao encontro

    das Competncias Diretivas Inacianas

    no Servio do Apostolado Educacional.

    Os participantes do encontro busca-

    ram, atravs da congregao de ideias,

    construir uma agenda de trabalho volta-

    da para novos enfoques, que respondam

    a desafios nos campos institucionais

    e de aprendizagem. O diretor geral do

    Colgio Medianeira, padre Carlos Jahn,

    destaca que a ideia de rede de colgios

    na Amrica Latina vem ganhando for-

    ma. Conceitos como Aprendizagem

    Integral, Educao Integral ou liderana

    inaciana, se apresentam como nortes

    para as atualizaes de projetos poltico-

    -pedaggicos e dos planejamentos estra-

    tgicos dos colgios jesutas. Vejo nes-

    ta dinmica um momento de grandes

    oportunidades, afirmou padre Jahn.

  • 26 27Em Em

    Duzentos alunos do Ensino M-dio diurno e noturno do Col-gio dos Jesutas participaram do encontro NUJe (Naes Unidas dos

    Jesutas), projeto de simulao da ONU

    (Organizao das Naes Unidas), entre

    os dias 13 e 15 de agosto. O evento pro-

    move, entre os estudantes, o debate so-

    bre questes internacionais. O objetivo

    principal da NUJe buscar o consenso

    sobre questes internacionais e compre-

    ender como esses temas afetam a vida de

    cada um, percebendo que o trabalho da

    ONU est bem mais prximo de nosso

    cotidiano do que imaginamos, aponta

    Henrique Lovisi Ennes, aluno da 3 srie

    do Ensino Mdio diurno.

    Nesta edio, 57 delegados, repre-

    sentando pases e organizaes no-

    -governamentais dos cinco continen-

    tes, participaram de trs espaos de

    debate: o Conselho de Segurana, que

    tratou do Estado Islmico e do Extre-

    mismo no Oriente; o Conselho de Di-

    reitos Humanos, que tratou dos Obje-

    tivos do Milnio; e a Assembleia Geral,

    Em evento, alunos debatem questes internacionais

    COLGIO ANCHIETA REALIZA A PRIMEI-RA ONU COLEGIAL

    O Colgio Anchieta de Nova Fri-

    burgo (RJ) realizou a primeira edi-

    o do SiNUCA (Simulao das Na-

    es Unidas), entre os dias 20 e 21 de

    agosto. No evento, os alunos atuaram

    como diplomatas e posicionaram-se

    sobre temas de destaque no cenrio

    internacional.

    Em 2015, os temas escolhidos

    para os debates foram: o Tribunal

    de Nuremberg, o Narcotrfico na

    Amrica Latina, a Guerra na Sria e

    a Questo do Ebola. A atividade pos-

    sibilita aos participantes maior en-

    tendimento do funcionamento das

    Naes Unidas e a compreenso do

    dilogo como ferramenta imprescin-

    dvel para a busca da paz. Em geral,

    so assuntos que geram bastante di-

    vergncia entre as naes, trazendo

    tona graves problemas humanitrios.

    Esse encontro contribui para o de-

    senvolvimento de uma experincia

    nica para os alunos, explica Daniel

    Campos, professor e coordenador do

    Colgio Anchieta.

    Alm de diplomatas, alguns alu-

    nos tambm assumem a funo de

    jornalistas e produzem matrias so-

    bre os debates realizados. Ao todo,

    cerca de 120 alunos so envolvidos.

    O evento resultado de uma prepa-

    rao que teve incio em setembro

    de 2014 e foi acompanhada de um

    estudo realizado pelos alunos acerca

    dos cenrios polticos, econmicos e

    sociais dos pases. No ano passado,

    alunos do Anchieta participaram da

    dcima edio da ONU Colegial no

    Colgio Santo Incio, no Rio de Ja-

    neiro (RJ).

    que tratou da Corrida ao rtico.

    Alm da delegao, estudantes de-

    senvolveram trabalhos no Comit de

    Comunicao - responsvel pela co-

    bertura jornalstica das atividades; no

    Comit de Cultura - responsvel por

    ampliar o conhecimento dos partici-

    pantes em relao cultura de outros

    pases; e no Staff - responsvel por

    toda a logstica do projeto.

    Um dos diferenciais do projeto o

    fato de as atividades serem planejadas

    e organizadas diretamente pelos es-

    tudantes, que contam com o apoio da

    direo e dos educadores da escola para

    os encaminhamentos necessrios. A

    organizao da NUJe envolve muitos

    aspectos e o compromisso com a ati-

    vidade ajuda a nos informarmos sobre

    atualidades e a criarmos senso crtico,

    aumentando nossa responsabilidade

    e nosso entendimento sobre culturas

    diferentes e leis internacionais, por

    exemplo, destaca Ana de Castro Con-

    tinentino, aluna da 3 srie do Ensino

    Mdio diurno.

  • 28 29Em Em

    COMPANHIA DE JESUS EDUCAO

    Colgio Antnio Vieira escolhe embaixador da Campanha Inacianos pelo Haiti

    Equipe da FEI ganha destaque em Frum Mundial

    A equipe do Centro Universitrio da FEI foi um dos destaques da 4 edio do Frum PACE (Parceiros pelo Avano da Educao

    da Engenharia de forma Colaborativa),

    programa mundial liderado pela GM

    (General Motors), realizado pela pri-

    meira vez no Brasil, entre os dias 26 e 30

    de julho. O evento reuniu 235 estudan-

    tes de 50 instituies e de 12 pases.

    Os alunos dos cursos de Engenharia

    Civil, Mecnicae de Produo, traba-

    lharam em parceria com estudantes da

    ITESM (Universidade Iberoamericana,

    de Toluca/Mxico, da Universidade de

    Porto Rico e do College for Creative Stu-

    dies (EUA). Junto, eles desenvolveram

    a construo do projeto REVO, veculo

    para o transporte de at trs pessoas

    mais bagageiro. O REVO foi vice-cam-

    O Colgio Antnio Vieira tem buscado caminhos para en-volver cada vez mais toda a comunidade educativa na Campanha

    Inacianos pelo Haiti. Alm das mo-

    bilizaes de arrecadao realizadas

    ao longo do ano, uma iniciativa ino-

    vadora foi a escolha de um embaixa-

    dor, que contou com a participao

    dos integrantes do Grmio Estudan-

    til. Eles selecionaram o tesoureiro e

    aluno da 2 srie do Ensino Mdio,

    Lucas Gil, para ser o agente de mo-

    bilizao para as aes que visam

    peo na categoria Engenharia, terceiro

    colocado na categoria Manufatura e

    premiado com o exclusivo PLM Sof-

    tware, oferecido pela empresa Siemens

    como reconhecimento ao melhor dese-

    nho utilizando o software NX.

    melhoria da educao das crianas e

    jovens haitianos.

    Tornar um dos nossos alunos

    embaixador vai fazer com que as nos-

    sas mobilizaes sejam intensifica-

    das e que possamos fazer muito pelo

    Haiti, destacou o coordenador do

    Servio de Orientao Religiosa e Pas-

    toral (Sorpa), prof. Joo Ramiro.

    Lucas Gil destacou a necessidade

    de colocar a campanha dentro das

    iniciativas do Grmio. Vamos trazer

    diversas aes relacionadas ao Haiti,

    a fim de motivar as doaes, afir-

    mou. Ele complementou: Ter sido

    eleito embaixador foi muito impor-

    tante para mim, pois uma experin-

    cia que supera as barreiras do colgio,

    da Bahia e do Brasil. Ns reclamamos

    muito da realidade que enfrentamos

    aqui no nosso pas, mas temos que

    ter a noo de que tudo no Haiti

    muito mais difcil. Poder passar essa

    conscincia para todas as pessoas que

    formam a comunidade educativa do

    Vieira (pais, alunos e funcionrios)

    uma misso muito importante, que

    trar timos resultados.

    Projeto dos estudantes da instituio ganhou trs prmios na 4 edio do Frum PACE

  • 28 29Em Em

    COMPANHIA DE JESUS JUVENTUDE E VOCAES

    Jovens participam de Trilha Inaciana no Cear

    Entre os dias 7 e 9 de agosto, o Cen-tro Magis Fortaleza (Casa Inacia-na da Juventude/CIJ) realizou a Trilha Inaciana para Jovens, no Mostei-

    ro dos Jesutas, em Baturit (CE). A ex-

    perincia, que compe a programao

    anual da CIJ, visa promover a iniciao

    dos jovens em seu processo de discerni-

    mento vocacional, despertando-os para

    a vivncia cotidiana e encarnada da es-

    piritualidade inaciana.

    Para Ana Gabriela Barbosa, de Teresi-

    na (PI), a trilha promoveu uma experin-

    cia de autoconhecimento. Eu pude me

    sentir conectada com o outro e com a na-

    tureza e, assim, experimentar o ver Deus

    em todas as coisas e em todas as coisas

    ver Deus, foi uma experincia de reco-

    nhecimento de que sou como um gro

    de areia em um deserto, mas que fao

    parte de algo maior, afirmou a jovem.

    A vida de Santo Incio de Loyola, seu

    processo de converso e os Exerccios

    Espirituais compuseram o foco da for-

    mao. O encontro contou com momen-

    tos orantes e formativos, trilha ecolgica

    e dinmicas de integrao entre os jo-

    vens das cidades de Fortaleza, Baturit,

    Russas, Vazantes, no Cear, e do munic-

    pio de Teresina, no Piau.

    A VIDA DE SANTO INCIO DE LOYOLA, SEU PROCESSO DE CONVERSO E OS EXERCCIOS ESPIRITUAIS COMPUSERAM O FOCO DA FORMAO.

  • 30 31Em Em

    NA PAZ DO SENHORIR. BENNO KLEINPor Ir. Eudson Ramos

    Nasceu na localidade de Picada So Paulo, municpio de So Le-opoldo (RS), no dia 3 de outubro de 1933. Ingressou na Companhia de Jesus

    em Pareci Novo (RS), em 24 de fevereiro

    de 1954. No final do binio, emitiu os pri-

    meiros votos em 4 de maro de 1956.

    Sua primeira destinao foi a Porto

    Alegre, para trabalhar na Cria Provincial

    como cozinheiro e por l ficou dois anos

    (1956 e 1957). No ano seguinte, voltou a

    Pareci Novo para ser o encarregado dos

    trabalhos de encadernao dos livros. De

    1959 a 1962, esteve no Colgio Cristo Rei,

    em So Leopoldo, trabalhando como en-

    cadernador e encarregado da colchoaria.

    A Terceira Provao foi feita no ano

    de 1963 em Pareci Novo. Professou os l-

    timos Votos em 15 de agosto de 1964, no

    Colgio Cristo Rei, na cidade de So Leo-

    poldo. At o ano de 1971, Ir. Benno esteve

    trabalhando na encadernao de livros

    no Colgio Cristo Rei. J nos anos de 1972

    e 1973, encontramo-lo no Seminrio Trs

    Mrtires em Sede Capela na cidade de

    Itapiranga (SC), atuando como prefeito

    (espcie de tutor) e professor dos semi-

    naristas. Pelo fato de desempenhar com

    perfeio e esmero a funo de encader-

    nador de livros, voltou ao Colgio Cristo

    Rei em So Leopoldo nos anos de 1974 a

    1978. Nesse mesmo perodo de tempo,

    ele fez o curso de Cincias Sociais na

    Unisinos. Novamente, foi solicitado ao

    Ir. Benno que se tornasse prefeito dos se-

    minaristas, desta vez no Seminrio Nossa

    Senhora de Ftima, em Nova Trento (SC).

    Isso aconteceu no ano de 1979.

    Entre os anos de 1980 e 1981, atuou no

    Noviciado Paulo Apstolo, em Cascavel

    (PR), como ministro e ecnomo, alm de

    ajudar na liturgia da Parquia Santo Incio e

    nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs).

    Quase no final do ano de 1981, Ir.

    Benno voltou, mais uma vez, ao Colgio

    Cristo Rei, agora com o nome de Centro

    de Espiritualidade Cristo Rei (CECREI),

    em So Leopoldo, para ser o encaderna-

    dor de livros e ajudar na Parquia So Jos

    no Fio. Nessa mesma casa, tambm foi o

    encarregado dos servios da cozinha.

    Em 1986 e 1987, foi destinado para a

    Igreja So Jos, em Porto Alegre, no intui-

    to de ser o comprador da casa e encarre-

    gado de servios gerais. Entre os anos de

    1988 e 1990, ele foi subministro da casa,

    encadernador de livros, secretrio e au-

    xiliar na administrao do Colgio Santo

    Incio em Salvador do Sul. Em seguida,

    foi destinado para a Parquia So Pedro,

    em So Pedro da Serra (RS), onde traba-

    lhou em atividades tanto na casa quanto

    na parquia. Esse perodo compreendeu

    os anos de 1991 a 1995. Fez o curso de

    formao permanente para jesutas da

    Amrica Latina (CURFOPAL) em So Le-

    opoldo, no ano de 1991.

    Entre os anos de 1996 e 2004, Ir. Ben-

    no atuou como ministro e secretrio na

    casa em Salvador do Sul (RS), alm de

    desenvolver atividades pastorais na Pa-

    rquia Trs Mrtires das Misses naque-

    la mesma cidade. Por um perodo mais

    curto, Ir. Benno foi destinado para Porto

    Alegre, onde voltou a trabalhar na Cria

    Provincial e l realizou vrias atividades,

    dentre as quais foi ministro, sacristo e

    encarregado dos hspedes.

    Em 2005, foi transferido para a Pa-

    rquia So Pedro Cansio, em Itapiranga

    (SC), onde trabalhou por dois anos. Em

    2007, foi destinado ao Instituto So Jos

    (Casa de Sade) em So Leopoldo para

    prestar servios aos irmos idosos e en-

    fermos. Desde ento, sempre desempe-

    nhou a funo de sacristo na capela.

    Um de seus superiores escreveu cer-

    ta vez: Ir. Benno fez um bom curso de

    encadernao e recuperao de livros.

    um timo encadernador de livros e prin-

    cipalmente um bom jesuta. Na verda-

    de, ele recebeu trs diplomas no campo

    da encadernao (encadernao, dou-

    rao e restaurao) e ainda transmitiu

    seu ofcio de encadernador a jovens que

    estavam em discernimento vocacional

    para a Companhia.

    Uma das caractersticas principais do

    Ir. Benno foi a disponibilidade apostli-

    ca. A prova dissoso as vrias mudanas

    de misses que lhe foram solicitadas e

    ele sempre disse SIM, merecendo desta-

    que o seu gosto pelo trabalho pastoral,

    especialmente, em lugares mais empo-

    brecidos. Estava sempre aberto para fazer

    o que fosse para a maior glria de Deus.

    Foi exemplo de vida de orao e trabalho.

    Um homem bom, alegre, fiel. Gostava de

    alegrar o ambiente comunitrio com al-

    gumas msicas quando tocava piano.

    Ir. Benno faleceu no dia 13 de setem-

    bro. Tinha 81 anos de idade e 61 de Com-

    panhia de Jesus.

    UMA DAS CARACTERSTICAS PRINCIPAIS DO IR. BENNO FOI A DISPONIBILIDADE APOSTLICA.A PROVA DISSO SOAS VRIAS MUDANAS DE MISSES QUE LHE FORAM SOLICITADAS E ELE SEMPRE DISSE SIM

  • 30 31Em Em

    JUBILEUS

    AGENDA

    60 ANOS DE COMPANHIA Em 6 de outubro

    Pe. Ilrio Govoni

    50 ANOS DE COMPANHIA Em 2 de outubro

    Pe. Bernard-Andr Lestienne

    Orientador | Pe. Alfredo Sampaio, SJLocal | CARPA (Casa de Retiros Pe. Anchieta) Rio de Janeiro (RJ)Site | www.casaderetiros.org.br

    OUTUBRO

    Casa Inaciana da Juventude(Centro Magis Fortaleza)Local | Russas (CE)Site | www.casainacianadajuventude.com

    Local | Anchietanum So Paulo (SP) Site | www.anchietanum.com.br

    Orientador | Pe. Raniri de Arajo Gonalves, SJLocal | Casa de Retiros Itaici /Vila Kostka Indaiatuba (SP) Site | www.itaici.org.br

    9 A 12 17

    21 A 23

    MISSO JOVEM ESCOLA DE LITURGIA PARA JOVENS

    A FORMAO ESPIRITUAL - MDULO 1

    16 A 18

    RETIRO PARA INICIANTES