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Em EDIçãO 19 ANO 2 OUTUBRO 2015 INFORMATIVO DOS JESUíTAS DO BRASIL SíNODO REúNE RELIGIOSOS EM ROMA pág. 11 REFUGIADOS SãO ACOLHIDOS PELA EUROPA pág. 18 ENCONTRO LATINO-AMERICANO DA FLACSI pág. 22 CAMINHANDO COM CRISTO EM 2015, JOVENS DO MUNDO INTEIRO CELEBRAM O CENTENÁRIO DO MOVIMENTO EUCARÍSTICO JOVEM especial pág. 12 Encontro de jovens durante as celebrações do Centenário do MEJ, em Roma (Itália)

Em Companhia - Informativo da Companhia de Jesus no Brasil

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19ª Edição | Outubro 2015

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  • JESUTAS BRASIL

    Em edio 19ANO 2OutubrO 2015InformatIvo dosJesutas do BrasIl

    SNOdO reNereligiOSOS em rOmA

    pg. 11

    refugiAdOS SO AcOlhidOS pelA eurOpA

    pg. 18

    eNcONtrOlAtiNO-AmericANO dA flAcSi

    pg. 22

    CAMiNHANdo CoM CRiSTo Em 2015, jovEns do mundo intEiro cElEbram o cEntEnrio

    do movimEnto Eucarstico jovEm

    especial pg. 12

    Encontro de jovens durante as celebraes do Centenrio do MEJ, em Roma (Itlia)

  • 4 5Em Em

    SuMRio edio 19 | ANO 2 | OutubrO 2015

    edItorIal Um caminho do corao!

    CalendrIo lItrgICo

    entrevIsta PeregrInos em mIsso Pe. Pedro Pereira da Silva, SJ

    o mInIstrIo de unIdadena IgreJa santa s Cuba e EUA: uma viagem especial Snodo dos Bispos sobre a Famlia

    esPeCIal Olhar e Corao em Jesus

    mundo CrIa geral Acolhimento aos refugiados Novo editor das publicaes de Histria da

    Companhia de Jesus

    Nomeaes

    amrICa latIna CPal Chamados misso comum Encontro Latino-americano da FLACSI Encontro dos Bispos Amaznicos da Colmbia Visita apostlica do Bispo peruano na trpi-

    ce fronteira

    servIo da f Imagem de Nossa Senhora entronizada no

    Santurio de Anchieta

    Ncleo de Espiritualidade Inaciana promove retiro

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    O MEJ um movimento internacional de

    formao crist para adolescentes e jovens

  • 4 5Em Em

    EmJESUTAS BRASIL

    Juventude e voCaes Jovens participam de retiro espiritual

    Promoo da JustIa e eCologIa Alunos do Medianeira realizam trabalho voluntrio

    eduCao FEI uma das vencedoras da SAE BRASIL de Frmula ETE FMC promove projeto esportivo em Minas Gerais Colgio dos Jesutas promove Feira de Cincias

    CuIdado do amaznIa Um jeito amaznico de fazer Educao Popular

    na Paz do senhor

    agenda

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    InformatIvo dosJesutas do BrasIl

    expedieNte

    EM COMPANHIA uma publicao mensal dos

    Jesutas do Brasil, produzida pelo Ncleo de Co-

    municao Integrada (NCI)

    CoNTATo [email protected]

    www.jesuitasbrasil.com

    diReToR ediToRiAlIr. Eudson Ramos

    ediToRA e joRNAliSTA ReSpoNSvelSilvia Lenzi (MTB: 16.021)

    RedAoJuliana Dias

    diAgRAMAo e edio de iMAgeNSHanderson Silva

    ColAboRAdoReS dA 19 edioAndria Pedroso, Esc. Antnio Anderson Ra-

    blo Costa, Dhyovaine Nascimento, Pe. Jonas

    Elias Caprini, Luza Costa, Pe. Plutarco de Sou-

    za Almeida, Pe. Valrio Sartor, Vincius Moraes,

    Vincius Soares Pinto e Ana Ziccardi (reviso).

    Um agradecimento especial a todos que colabo-

    raram com a matria especial dessa edio.

    FoToSBanco de imagens / Divulgao

    TRAduo dAS NoTCiAS dA CRiAPe. Jos Luis Fuentes Rodriguez

  • 6 7Em Em

    Para Santo Incio de Loyola, a finalidade do ser humano louvar, reveren-ciar, servir e amar a Deus, nosso Senhor e, assim, salvar a prpria vida, ou seja, viver a vida como resposta ao que Deus deseja de cada um. Juntamente com essa finalidade original, toda a espiritualidade inaciana quer ajudar a pessoa

    a colocar os afetos no lugar para buscar e encontrar a Deus em todas as coisas.

    Tudo isso significa viver uma experincia profunda que faa com que a pessoa

    seja livre diante de tudo e de todos.

    O Apostolado da Orao (AO) nasceu do desejo de alguns jovens seminaris-

    tas jesutas de estar de corpo e alma na misso. Na impossibilidade disso, foram

    orientados a oferecer diariamente a prpria vida, a examinar o corao quanto

    vontade de Deus e, mais tarde, a unir suas preces s intenes do Papa para cada

    ms. H 170 anos nascia, portanto, no interior da Igreja, uma proposta nova de

    unir-se ao Corao de Jesus, devoo que estava tambm sendo aprovada e ga-

    nhando fora na Igreja. Aps alguns anos, o AO deixa de ser uma proposta voltada

    aos jovens e passa a contar com mais adultos e idosos em seus grupos.

    Ento, como brao jovem do AO, nasce o Movimento Eucarstico Jovem (MEJ),

    que busca oferecer a crianas, adolescentes e jovens uma modalidade nova de

    pertena Igreja. A base espiritual a mesma. No incio, nasce como Cruzada

    Eucarstica e, em 1963, o Papa Joo XXIII muda o nome do movimento. Aos jovens,

    oferecida uma proposta de crescimento humano e espiritual que lhes ajude a

    viver seu projeto de vida.

    So propostas para auxiliar as pessoas a encontrar o Senhor e a servi-lo nas

    realidades deste mundo: tanto o AO como o MEJ so movimentos espirituais mis-

    sionrios. Trata-se de sermos interiormente disponveis misso de Cristo numa

    rede mundial de orao a servio dos desafios da humanidade e da misso da Igre-

    ja. Cada vez mais vai-se descobrindo que no basta somente rezar, preciso tam-

    bm mudar o corao e colocar a vida a servio.

    O AO-MEJ um itinerrio espiritual que a Igreja prope aos cristos para aju-

    d-los a serem amigos e apstolos de Jesus Ressuscitado na vida diria, desper-

    tando neles a capacidade missionria. Assim, somos conduzidos em um caminho

    do corao para uma aliana de amor pessoal com Cristo, simbolizada no seu Co-

    rao, fonte de todo o bem.

    Dessa forma, quem muda o seu mundo muda o mundo todo. A espirituali-

    dade inaciana que alicera a vida dos membros do AO e do MEJ permite pessoa

    a identificao com Cristo em sua vida e misso, ao ponto de, nas coisas mais

    simples do dia a dia, experimentar-se o que So Paulo viveu em sua experincia:

    j no sou eu que vivo, mas Cristo que vive em mim (Gal.2,20).

    Boa leitura!

    ediToRiAl

    uM CAMiNHo do CoRAo!

    pe. eliomar Ribeiro de Souza, SJDiretor Nacional do Apostolado da Orao e do Movimento Eucarstico Jovem do Brasil

    Quem muda o seu mundo muda o mundo o todo

  • 6 7Em Em

    CAleNdRio liTRgiCo

    So Francisco de Borja, presbtero

    Santos Joo de Brbeuf

    Isaac Jogues, presbteros

    e companheiros mrtires

    Beato Joo Beyzym, presbtero

    Beato Diogo Lus de San Vtores,

    presbtero, e So Pedro Calungsod,

    mrtires

    Beato Domingos Collins, mrtir

    calendrio litrgicoPrprio da Companhia de Jesus ouTubRo

    DIA 3DIA 12

    DIA 19

    DIA 30

    DIA 31

    DIA 21

    Santo Afonso Rodrguez

  • 8 9Em Em

    eNTReviSTA peregriNOS em miSSO

    diSCeRNiMeNTo pARA A MiSSo

    pe. pedro pereira da Silva , Sj

    O Pe. Pedro Pereira da Silva assumiu a

    direo nacional da Fundao F e Alegria

    do Brasil em agosto passado. Desde ento,

    vem trabalhando com muita dedicao e

    enfrentado grandes desafios. Em entrevista

    especial ao informativo Em Companhia, o

    jesuta conta sobre as responsabilidades e

    alegrias da nova misso.

    logo de imediato, pois conto com uma equipe muito qualifi-

    cada tambm. Alm disso, percebi a alegria de muitos com-

    panheiros jesutas que tm se preocupado com a misso de

    F e Alegria e que tm o desejo de colaborar. Isso me d muita

    alegria, muita paz em meu corao.

    O senhor assumiu sua nova misso em

    agosto. Como est sendo esse trabalho?

    Est sendo desafiador, porm com mui-

    ta confiana! Desafiador porque chego F

    e Alegria em um contexto de reestruturao

    da fundao. Isso significa que momento

    de pacincia, serenidade, firmeza e convic-

    o diante de vozes e rudos contrrios

    nossa misso. E confiana porque, em tem-

    po de mudana, crise, somos obrigados a

    sair do comodismo, da mesmice e isso aju-

    da-nos a enxergar novos cenrios de maior

    liberdade e criatividade. Ademais, percebe-

    mos com maior clareza as fragilidades e as

    possibilidades.

    Quais as maiores alegrias e desafios ao

    assumir essa nova funo?

    uma alegria visvel, que experimentei

    Procuramos viver e trabalhar essa sinergia de educao PoPular integral e Promoo social com muito entusiasmo e esPerana

  • 8 9Em Em

    Qual o papel do Diretor-Presidente na Fundao F e

    Alegria? As principais responsabilidades e os desafios

    da funo?

    Escutar, refletir e ponderar os ecos da instituio. De-

    pois, apontar caminhos e perspectivas para o futuro dela.

    Sempre por meio de gesto transparente e relao justa.

    Podemos dizer que a funo de Diretor-Presidente

    estratgica para a Fundao F e Alegria?

    Sim, a funo de Diretor-Presidente estratgica. Como

    em toda instituio, o gestor responde juridicamente e mo-

    ralmente por ela. Com a Fundao F e Alegria, no dife-

    rente. Educao Popular no uma entidade deriva e que

    se faz sem planejamento. Pelo contrrio, Educao Popular

    sublime e deve ter impregnado em si uma gesto compro-

    metida com o direito e o dever.

    Como o relacionamento com os jesutas de outros

    pases que atuam na mesma funo que o senhor em

    F e Alegria?

    Todos ns procuramos caminhar juntos com a Fe-

    derao Internacional de F e Alegria. Somos um corpo

    apostlico e, aqui no Brasil, no se procede diferente.

    Procuramos viver e trabalhar essa sinergia de educao

    popular integral e promoo social com muito entusias-

    mo e esperana.

    Antes de assumir sua atual misso, o senhor era ad-

    ministrador paroquial da Parquia de Todos os Santos,

    em Feira de Santana (BA). Quais as principais diferen-

    as e similaridades entre essas funes?

    Toda experincia nica. Entretanto, o trabalho paro-

    quial me ajudou a exercitar o ABC da liberdade e do discer-

    nimento para a misso. O importante no perder o foco e

    impregnar em nossa vida um esprito de liberdade diante

    dos entraves que existem em nossas aes! Porm, traba-

    lhei em duas parquias e sempre estive preocupado com a

    dimenso social e educativa, da a similaridade.

  • 10 11Em Em

    o MiNiSTRio de uNidAde NA igRejA SANtA S

    Cuba e euA: uma viagem especial

    Com importante significado his-trico, a 10 Viagem Apostlica Internacional do Papa Francisco ocorreu a Cuba e aos Estados Unidos, en-

    tre os dias 19 e 28 de setembro. Os dois pa-

    ses se aproximaram depois de quase ses-

    senta anos de discrdia. Paralelamente

    transformao da situao geopoltica do

    mundo, a mediao do lder da Igreja Ca-

    tlica foi essencial para o sucesso e a ace-

    lerao do processo de pacificao, com

    a retomada das relaes diplomticas e a

    reabertura das respectivas embaixadas.

    CubA

    No dia 19, ao desembarcar em Havana

    (Cuba), o Pontfice foi recebido pelo presi-

    dente cubano, Raul Castro, com boas-vin-

    das e agradecimento pelo apoio ao dilo-

    go entre os dois pases. O Papa Francisco

    tambm discursou e disse que o mundo

    precisa de reconciliao, citando, ainda,

    a retomada das relaes do pas com os

    EUA. Estamos sendo testemunhas de

    um acontecimento que nos enche de es-

    peranas: o processo de normalizao das

    relaes entre dois povos, depois de anos

    de distanciamento. um processo. um

    smbolo da vitria da cultura do encon-

    tro, do dilogo, disse Francisco.

    Alm da capital cubana, onde cele-

    brou missa campal na praa da Revolu-

    o, o Papa visitou tambm as cidades

    de Holgun e Santiago de Cuba. Nessa

    ltima, convocou todos a cuidarem da

    famlia, para impedir a fragmentao

    e a massificao que convertem os ho-

    mens em indivduos isolados, fceis de

    manipular e de governar.

    Ao final da viagem a Cuba, o Pontfice

    agradeceu ao povo cubano pela hospita-

    lidade calorosa. Terminar minha visita

    vivendo esse encontro em famlia um

    motivo para agradecer a Deus pelo calor

    de gente que sabe receber, acolher, fazer

    se sentir em casa. Obrigado a todos os

    cubanos, finalizou.

    eSTAdoS uNidoS

    eSCubA

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  • 10 11Em Em

    Snodo dos bispos sobre a famlia

    eSTAdoS uNidoS

    Ao chegar base naval de Andrews,

    no estado de Maryland, o Papa Francisco

    foi recebido pelo presidente Barack Oba-

    ma, acompanhado da primeira-dama,

    Michelle, e das duas filhas do casal.

    J em Washington, o primeiro com-

    promisso oficial do Pontfice foi a visita

    a Obama, na Casa Branca, onde conver-

    saram sobre a aproximao entre EUA e

    Cuba, crise migratria e dos refugiados,

    alm das mudanas climticas no mun-

    do. Porm, o ponto alto da visita ca-

    pital norte-americana foi o discurso de

    Francisco no Congresso, primeiro Papa

    a ter esse privilgio. Diante de parla-

    mentares, pediu o fim da mentalidade

    de hostilidade contra os imigrantes e

    da pena de morte no mundo.

    Em sua passagem por Nova York, o

    Papa foi recebido na sede da ONU (Or-

    ganizao das Naes Unidas), onde

    discursou contra a opresso financeira

    sobre o mundo em desenvolvimento.

    Na manh de 4 de outubro, do-mingo, em uma celebrao eu-carstica na Baslica de So Pe-dro, o Papa Francisco inaugurou a XIV

    Assembleia Geral Ordinria do Snodo

    dos Bispos, cujo tema dos debates A vo-

    cao e a misso da famlia na Igreja e

    no mundo contemporneo.

    Depois, participou de cerimnia ecu-

    mnica pela paz, no Memorial do 11 de

    Setembro. A despedida da cidade acon-

    teceu em uma missa para 20 mil pesso-

    as no Madison Square Garden.

    Na Filadlfia, em discurso improvi-

    sado multido, Francisco defendeu a

    famlia como a fbrica de esperana,

    pedindo para que elas superem as difi-

    culdades com pacincia e amor e nunca

    terminem o dia sem se reconciliar. Na

    cidade, o Papa visitou ainda uma priso.

    Assim como em Cuba, a passagem

    do Papa pelos Estados Unidos reuniu

    milhares de pessoas. Em sua ltima

    celebrao no pas, em frente ao Mu-

    seu de Arte da Filadlfia, o jornal New

    York Times estimou que quase 1 mi-

    lho de pessoas esteve presente.

    Fontes: Radio Vaticana | G1 |

    Folha de S. Paulo | UOL

    A assembleia, que aconteceu entre

    4 e 25 de outubro, reuniu cerca de 400

    cardeais e bispos de todo o mundo 107

    europeus, 64 americanos, 54 africanos,

    36 asiticos e 9 da Oceania que tiveram

    como misso discutir sobre os desafios

    da famlia catlica atual diante das mu-

    danas da sociedade moderna. A cada

    semana, os debates desenvolveram-se

    sob um argumento especfico: Escutar

    os desafios da famlia; O discernimento

    da vocao familiar; e A misso da fa-

    mlia de hoje em dia.

    Alm dos cardeais e bispos, a XIV

    Assembleia Geral Ordinria do Snodo

    de Bispos contou tambm com a par-

    ticipao de 24 especialistas, 51 audi-

    tores, 14 delegados fraternos (os de

    outras religies), 18 casais, pais e mes

    de famlia.

    O material colhido nesses deba-

    tes servir para oferecer conselho ao

    Papa Francisco, que poder redigir

    um documento ps-sinodal ou inspi-

    rar-se nas concluses para governar

    sua Igreja.

    Fontes: Veja | Agncia EFE | G1 | News.VA

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  • 12 13Em Em

    eSpeCiAleSpeCiAl

    Ana Carolina Santos Cruz e Papa Francisco,

    em audincia do MEJ, no Vaticano

  • 12 13Em Em

    Em agosto deste ano, uma imagem chamou a ateno do mundo in-teiro: a gargalhada do Papa Fran-cisco ao conversar com uma jovem. A

    cena foi clicada por dezenas de fotgrafos

    e compartilhada por milhes de pessoas

    ao redor do mundo. E o que tanto chamou

    a ateno de todos? Com certeza, a alegria

    e leveza do Pontfice e da brasileira Ana

    Carolina Santos Cruz, 19 anos. Ela foi uma

    das escolhidas para fazer uma pergunta a

    Francisco, durante audincia com 1500

    jovens que celebravam o centenrio do

    MEJ (Movimento Eucarstico Jovem), em

    Roma (Itlia). Alm da resposta de quem

    era melhor Pel ou Maradona, respon-

    svel pela espontaneidade de Francisco,

    Ana fez uma primeira pergunta ao Pont-

    fice: qual foi seu maior desafio em uma

    misso?. O Papa logo respondeu: Saber

    distinguir a verdadeira paz de Jesus.

    Nessa busca pela verdadeira paz ci-

    tada por Francisco, o MEJ tem papel im-

    portante, pois o elo que ajuda o jovem

    a encontrar-se com Cristo, por meio da

    orao, do Evangelho, da Eucaristia e, so-

    bretudo, da misso da Igreja. Hoje, o nos-

    so desafio saber qual a verdadeira paz

    de Jesus. Nesse sentido, o MEJ nos ajuda

    a entender a Igreja e, sem dvida nenhu-

    ma, a ser Igreja, afirma Ana Carolina.

    O MEJ um movimento internacio-

    nal de formao crist para adolescentes

    e jovens, cujo intuito principal ajud-

    -los a viver ao estilo de Jesus. Em 2015, o

    movimento celebra seu centenrio, um

    momento especial para os mais de 100

    mil mejistas ao redor do mundo. Assim,

    vrios eventos foram realizados, inclusi-

    ve no Brasil. O pice das celebraes foi

    o encontro em Roma. Alm da audincia

    com o Papa Francisco, jovens de diversos

    pases tiveram a oportunidade de estar

    prximos uns dos outros, em uma s-

    rie de reunies promovidas pela Equipe

    Mundial do MEJ. A experincia em Roma

    foi magnfica, nos encontramos com pes-

    soas que tm o mesmo amor ao Sagrado

    Corao, diz Ana Carolina.

    Pe. Eliomar Ribeiro de Souza, dire-

    tor nacional do Apostolado da Orao

    e do Movimento Eucarstico Jovem do

    Brasil, acompanhou a delegao bra-

    sileira, formada por 35 jovens e cinco

    adultos. Vibramos com a presena, o

    testemunho e as palavras do Papa. Ele

    sempre nos surpreende e talvez isso

    seja o que caracteriza a simplicidade e,

    ao mesmo tempo, a profundidade que

    o Papa Francisco deixa transparecer.

    Para ns do MEJ, foi um momento es-

    pecial, ressalta Pe. Eliomar.

    A alegria de estar com o Pontfice

    reflete o entusiasmo dos jovens com

    a misso da Igreja. Pe. Eliomar relem-

    bra que no encontro, Francisco foi

    respondendo s perguntas feitas pelos

    jovens, animando os coraes. Aps

    cem anos de atuao, o MEJ mantm

    o mesmo esprito juvenil do incio de

    sua histria, preservando sua essncia

    baseada na espiritualidade inaciana.

    olHAR e CoRAo eM jeSuS mEj tem como intuito ensinar os jovens a viver ao estilo de cristo

  • 14 15Em Em

    iNCio

    O Movimento Eucarstico Jovem

    nasceu sob a inspirao do AO (Apos-

    tolado da Orao), que tem como obje-

    tivo ser, na Igreja, uma rede de coraes

    a servio da orao. O principal trabalho

    do AO incentivar as pessoas a con-

    tribuir na misso de Cristo, por meio

    de grupos e nas Parquias onde esto

    presentes. O Apostolado da Orao

    um grupo muito importante para man-

    ter acesa a chama da orao na vida da

    Igreja. Foi para isso que nasceu: todos

    os dias oferecer a vida, revisar o corao

    e rezar com as intenes do Papa, ex-

    plica Pe. Eliomar. Segundo ele, o MEJ o

    brao jovem do Apostolado da Orao e

    quer oferecer aos jovens a mesma expe-

    rincia para lev-los a viver bem o seu

    projeto de vida.

    O Apostolado da Orao conquis-

    tou o reconhecimento da Igreja Ca-

    tlica em 1849. E, a partir de 1910,

    motivados pelos decretos do Papa Pio

    X, o AO comeou a incentivar a co-

    munho das crianas, convidando-

    -as a interceder pela paz no perodo

    dos conflitos do incio do sculo XX,

    como a 1 Guerra Mundial. Nesse

    contexto, o Congresso Eucarstico

    Internacional de 1914, realizado em

    Lourdes (Frana), animou alguns

    grupos de catlicos a organizarem

    iniciativas com crianas e jovens. Es-

    ses movimentos ficaram conhecidos

    como Ligas Eucarsticas e Cruzadas

    de Orao Infantil. nesse cenrio da

    Cruzada de Bordeaux, criada em 13 de

    novembro de 1915, pelo padre jesu-

    ta Albert Bessires, SJ, e pelo padre

    Genevive Boseli, que tem origem a

    Cruzada Eucarstica.

    Segundo Pe. Eliomar, o MEJ uma

    continuidade recriada da antiga Cruza-

    da Eucarstica. Em 1962, So Joo XXIII

    mudou o nome da iniciativa, dando um

    ApoSTolAdo dA oRAo

    No Brasil, o primeiro centro do Apostola-

    do da Orao foi fundado em 1867, no Recife

    (PE), na Igreja de Santa Cruz pelo padre jesuta

    Bento Schembri, fundador e primeiro diretor.

    Mas foi o padre Bartolomeu Taddei, fundador

    do AO em Itu (SP), em 1871, o grande respon-

    svel pela divulgao e implantao do mo-

    vimento no Brasil, sendo o primeiro diretor

    nacional. A sede atual do AO est localizada

    na Editora Loyola, no bairro do Ipiranga, em

    So Paulo (SP). No espao, so realizados en-

    contros, retiros e reunies.

  • 14 15Em Em

    Ana Carolina Santos Cruz

    O MEJ MuitO iMpOrtantE para MiM, pOis, atravs dElE, sintO quEEstOu Mais pErtinhO dO sagradO

    sentido mais pleno para a misso do

    MEJ: oferecer a vida estando atento di-

    menso da Palavra de Deus, da Orao,

    da Eucaristia e da Misso, explica.

    Hoje, o MEJ est presente em,

    aproximadamente, 56 pases, nos

    cinco continentes. No Brasil, cerca

    de 6 mil jovens integram o movi-

    mento, baseado na formao de co-

    munidades, na conscincia eclesial,

    na vivncia da orao, na Eucaristia

    no dia a dia, na Palavra de Deus e no

    discernimento. No se trata de uma

    proposta simplesmente de espiritua-

    lidade externa e emocional. O que se

    quer que o jovem possa viver com

    o corao unido, ou seja, deixar que

    Cristo possa ser a razo principal de

    sua vida, para estar mais disponvel

    para a misso de ajudar a temperar o

    mundo, ressalta Pe. Eliomar.

    CoMpANHiA de jeSuS e Mej

    O Apostolado da Orao e o MEJ

    so movimentos fundados por jesu-

    tas que tm como base a espirituali-

    dade inaciana. Confiados pela Igreja

    Companhia de Jesus, o AO e o MEJ

    dedicam-se Eucaristia e ao Sagrado

    Corao de Jesus. A relao de nos-

    sa Ordem religiosa com o MEJ mais

    afetiva. Em alguns pases, os jesutas

    escolheram trabalhar com os jovens

    por meio do Movimento Eucarstico

    Jovem, afirma Pe. Eliomar, que assu-

    miu a direo nacional do Apostolado

    da Orao e do Movimento Eucarsti-

    co Jovem no final de 2014.

    O jesuta, que trabalhou com jo-

    vens antes de ingressar na Compa-

    nhia de Jesus e durante sua formao

    na Ordem religiosa, estudou mestra-

    do em Teologia Pastoral com nfase

    em Juventude, em Roma. Segundo

    ele, essa formao, aliada ao contato

    constante com os jovens, est sen-

    do essencial para o trabalho no MEJ.

    No mestrado, eu pude compreender

    o universo juvenil com suas particu-

    laridades e suas riquezas. O jovem

    sempre caminho aberto! preciso

    ter gosto para estar com eles. Deve-

    mos ter coragem de oferecer propos-

    tas claras que os ajudem a despertar

    o projeto mais profundo a que so

    chamados neste mundo confuso,

    explica. O trabalho, portanto, requer

    braos e corao abertos para acolher,

    acompanhar e encaminhar seus pro-

    cessos, acrescenta o jesuta.

    Despertar no jovem o sentido

    pleno da vida, ajudando-o a desco-

    brir seu lugar no mundo um de-

    safio complexo que o MEJ ajuda a

    construir. O MEJ quer oferecer um

    caminho de crescimento humano e

    espiritual para os jovens. O desafio

    principal viver com outros e apren-

    der a crescer com outros, mantendo o

    olhar fixo em Jesus e o corao unido

    a Ele, diz Pe. Eliomar.

    A estudante Ana Carolina, respon-

    svel pelo sorriso espontneo do Papa

    em Roma, participa do MEJ h oito

    anos. Ela conheceu o movimento na

    O MEJ est presente em,

    aproximadamente

    pases, nos cinco

    continentes

    56

  • 16 17Em Em

    eSpeCiAl

    [...] O quE sE quEr quE O JOvEM pOssa vivEr cOM O cOraO unidO, Ou sEJa, dEixar quE cristO pOssa sEr a razO principal dE sua vida para Estar Mais dispOnvEl para a MissO dE aJudar a tEMpErar O MundO

    Parquia So Geraldo das Perdizes, em

    So Paulo. Desde ento, participa ativa-

    mente das atividades. Atualmente, ela

    atua na Coordenao Arquidiocesana

    do MEJ (SP). O MEJ muito importan-

    te para mim, pois, atravs dele, sinto

    que estou mais pertinho do Sagrado,

    conta. A partir da orao, misso, evan-

    gelho e eucaristia, que so os pilares

    do Movimento Eucarstico Jovem, eu

    tenho uma vida diria com Cristo, pois

    oferecemos, todos os dias, uma orao

    com as intenes do Santo Padre. Des-

    sa forma, eu percebo que estou unida

    com outras pessoas ao redor do mundo

    e com Jesus Cristo, conclui.

    Para saber mais sobre o MEJ, leia a

    matria especial sobre os grupos e

    movimentos leigos que vivenciam

    a espiritualidade inaciana, publica-

    da na 9 edio do informativo Em

    Companhia (Outubro/2014):

    http://bit.ly/1rvRwuH

    eNCoNTRo NACioNAl

    Em julho de 2016, ser realizado o

    Encontro Nacional do MEJ, que reuni-

    r jovens de todo o Brasil, em Belo Ho-

    rizonte (MG). Esses encontros visam

    encontrar os jovens, olhar a experin-

    cia vivida e traar caminhos novos,

    afirma Pe. Eliomar Ribeiro de Souza,

    diretor nacional do Apostolado da

    Orao e do Movimento Eucarstico

    Jovem do Brasil.

    pe. eliomar Ribeiro de Souza

  • 16 17Em Em

  • 18 19Em Em

    A CoMpANHiA de jeSuS No MuNdo criA gerAl

    AColHiMeNTo AoS ReFugiAdoS

    Em setembro, o Papa Francisco pediu que toda parquia e co-munidade religiosa na Europa receba, ao menos, uma famlia imi-

    Jesus, por meio de suas provncias e

    do Servio Jesuta aos Refugiados (JRS,

    sigla em ingls), est respondendo ao

    chamado do Pontfice.

    grante. Um gesto importante de solida-

    riedade em um momento em que o n-

    mero de refugiados que chegam Europa

    atinge nvel recorde. A Companhia de

    fOtO

    : ww

    w.j

    rS

    pO

    rt

    ug

    Al.

    pt

    Conhea algumas iniciativas:

    iTliAO Provincial da Itlia, Pe. Gian-

    franco Matarazzo, convidou os jesu-

    tas do pas a considerarem seriamen-

    te a possibilidade de acolher famlias

    de refugiados nas comunidades

    jesutas ou em seus locais. A Provn-

    cia convidou as comunidades a tra-

    balharem com as autoridades civis

    locais, para dar resposta atual crise

    de refugiados. O Pe. Matarazzo afirma

    que, assim como outras Provncias,

    a Provncia da Itlia dar mais ajuda

    ao projeto do Servio de Refugiados

    do Centro Astalli, ao mesmo tempo

    em que explorar outros meios para

    abrir um centro de acolhida para

    pessoas procura de asilo. Na Itlia,

    o JRS ajuda cerca de 30 mil refugiados

    ao ano, servindo comida quente diaria-

    mente, oferecendo assistncia mdica e

    legal, proporcionando material escolar a

    crianas, organizando cursos de lngua,

    dentre outras aes.

    uSTRiA Em visita ustria, o diretor regional

    do JRS no Oriente Mdio, Michael Zam-

    mit, SJ, viu centenas de refugiados che-

    garem ao pas. Ele conta que: Estava l,

    ao meio-dia, quando chegou da fronteira

    um trem carregado de refugiados. Havia

    muita gente do povo comum para dar as

    boas-vindas aos recm-chegados. Vi uma

    famlia austraca com duas jovenzinhas

    repartindo chocolates. Outro jovem, com

    seu pai, que vinha com uma bandeja de

    cafs. Os jesutas daqui esto fazendo

    um trabalho maravilhoso. Todas as

    comunidades acolhem, pelo menos,

    uma famlia. Uma noite, s 23h, o di-

    retor da Casa, cardeal Koenig, recebeu

    uma chamada telefnica da Critas,

    para saber quantos refugiados pode-

    ria acolher. Respondeu: uns cem, nas

    diversas salas grandes do prdio.

    poRTugAlEm Portugal, o JRS oferece cur-

    sos de formao em ofcios diversos

    aos migrantes reassentados, am-

    pliando as possibilidades de encon-

    trar trabalho. No pas, o JRS faz parte

    de um movimento que se ocupa de

    dar resposta a questes legais e de

    dar apoio a outras iniciativas para

    que os grupos locais possam ofere-

    cer ajuda aos refugiados.

  • 18 19Em Em

    O presidente da Conferncia de

    Provinciais Europeus, Pe. John Dar-

    dis, enviou uma carta convidando

    os jesutas europeus a responde-

    rem ao chamado do Santo Padre,

    que pede ao frente crise dos

    refugiados. Na mensagem, o jesu-

    ta sugere que sejam dados passos

    concretos, nimo aos Superiores

    Maiores para que considerem a

    melhor maneira de promover uma

    poltica humana, solidria e aber-

    ReSpoSTA dA CoNFeRNCiA de pRoviNCiAiS euRopeuS CRiSe doS MigRANTeS

    ta nos pases de suas Provncias ou

    Regies. Os Superiores podem con-

    vidar os jesutas em formao para

    que se tornem voluntrios em alber-

    gues de refugiados como parte de seu

    apostolado semanal. Podero nossos

    colgios preparar seminrios de sen-

    sibilizao para professores, pais e

    alunos e, em alguns casos, abrir as

    portas para albergar refugiados? Al-

    gumas de nossas universidades tm

    centros de direitos humanos e migra-

    es e especialistas em doutrina

    social da Igreja. Temos que utilizar

    essa experincia agora em nossa

    anlise da situao. Seria possvel

    trabalhar conjuntamente, talvez

    sob a coordenao do JRS, para re-

    fletir e planejas aes? Poderiam

    as nossas parquias organizar um

    Domingo da Solidariedade, onde

    um refugiado ou um representante

    de um de nossos escritrios do JRS

    na Europa falasse nas Missas?.

    A Dra. Camila Russell a nova integrante da direo das publicaes de Histria da Companhia de Jesus e do Arquivo

    Romano da Companhia (ARSI), que

    inclui a revista Archivum Historicum,

    O Papa Francisco nomeou:

    O Irmo Guy Consolmagno (MAR) para diretor do Observatrio Va-ticano. Nascido em 1952, Guy

    Nova editora das publicaes de histria da companhia de jesus

    NoMeAeS

    Societatis Iesu, dentre outras publi-

    caes. Camila, que sucedeu o Pe.

    Norman Tanner, SJ, australiana e

    autora de vrios artigos sobre hist-

    ria de Companhia de Jesus. Ela resi-

    de em Roma (Itlia), onde leciona na

    PUG (Pontifcia Universidade Grego-

    riana) e na Universidade Roma Tre.

    No momento, Dra. Camila completa

    um estudo biogrfico coletivo sobre

    jesutas italianos do primeiro sculo

    da Ordem religiosa.

    ingressou na Companhia em 1989. um

    cientista planetrio que, como astrnomo

    do Observatrio Vaticano, tem estudado

    meteoritos e asteroides, desde 1993. O Ir.

    Consolmagno substitui o padre jesuta Jos

    Funes (ARU), que foi diretor desde 2006.

  • 20 21Em Em

    A CoMpANHiA de jeSuS NA AMRiCA lATiNA cpAl

    Neste ms, inicia-se a 36 Congregao Geral da Com-panhia de Jesus. Convocada para eleger um novo Superior Geral,

    aps a renncia do Pe. Adolfo Nicols,

    ela tambm ocasio para refletir so-

    bre a situao da Companhia e legislar

    sobre nossa vida e misso.

    Nesta oportunidade, estamos es-

    treando nova frmula da Congregao

    Geral que introduz importantes mu-

    danas. Na composio da Congrega-

    o, encontramos as primeiras. Pela

    primeira vez, participar um Irmo

    de cada Conferncia. O processo de

    reconfigurao das provncias, que

    temos vivido nos ltimos anos, tam-

    bm se ver refletido na participao.

    Na Amrica Latina, em vez de 17 pro-

    vncias e 3 regies que tnhamos na

    35 CG, agora teremos 12 provncias e

    nenhuma regio. Seremos 33 eleitores

    da Amrica Latina, aproximadamente

    a stima parte do total: 5 do Brasil, 3

    do Mxico e Colmbia, 2 de Centro

    Amrica, Antilhas, Venezuela, Equa-

    dor, Peru, Bolvia, Chile e Argentina-

    -Uruguai; um do Paraguai; e, alm dos

    assistentes, o Presidente da Confern-

    cia, o irmo eleito e o delegado do Pe.

    Geral para as Casas Internacionais de

    Roma. O Secretrio para Educao B-

    sica da Companhia tambm assistir,

    como convidado do Pe. Geral.

    Outra novidade que a Congrega-

    CHAMAdoS MiSSo CoMuM

    pe. jorge Cela, SjPresidente da CPAL

    o no comea com a reunio do plenrio de eleitores em

    Roma em outubro de 2016, mas com as reunies de eleito-

    res por Conferncias, nos meses de outubro e novembro

    de 2015. A da Amrica Latina ser de 2 a 5 de novembro em

    Santiago, no Chile. O Coetus Previus (composto por 14 je-

    sutas: de cada Conferncia, o Presidente e outro eleitor de-

    signado pelo Pe. Geral, mais um coordenador o Pe. Dou-

    glas Marcouller, assistente do Canad e Estados Unidos, e

    o Pe. Geral), portanto, deixar de funcionar quando se ini-

    ciarem essas reunies de eleitores por Conferncias. Ser

    substitudo pelo Comit Coordenador, composto por seis

    jesutas - um de cada Conferncia -, eleitos nas reunies

    de eleitores.

    Esse Comit ser o responsvel pela organizao e con-

    duo da Congregao. O responsvel pela logstica ser o

    Pe. Arturo Sosa, e o coordenador da comunicao ser o Pe.

    Patrick Mulemi.

    Esse primeiro momento da Congregao, em cada Con-

    ferncia, alm de eleger o membro correspondente do Co-

    mit Coordenador, escolher um eleitor para a Comisso

    De Statu Societatis. Na reunio, se tratar do Estado da

    Companhia a partir da perspectiva de nossa assistncia.

    Com esses dados, o eleitor escolhido para essa Comisso

    trabalhar durante o ano com os das outras Conferncias

    para preparar o informe que estar pronto ao comear a

    Congregao. Isso permitir ser feito com mais tempo e

    evitar que, na Congregao, haja perda de tempo por sua

    espera. Esse informe, com as mudanas vividas no mundo,

    na Igreja e na Companhia, muito importante como base

    para a reflexo e tomada de decises da Congregao.

    nessa oPortunidade, estamos estreando nova frmula da congregao geral Que introduz imPortantes mudanas

  • 20 21Em Em

    Tambm na reunio de Santiago,

    comearemos a ver os temas a serem

    tratados na Congregao. Para isso, o

    Coetus Previus, com a ajuda da Cria

    Geral, estudou os postulados e temas

    propostos por todas as Congregaes

    Provinciais e os chamados que senti-

    mos que o Senhor nos faz no tempo

    presente, e relatou a Relatio Previa.

    Nela, depois de coletar os chamados,

    prope-se dois grandes temas para

    trabalhar na Congregao Geral.

    H um tema sobre o Governo da

    Companhia. As mudanas introduzi-

    das pelas transformaes tecnolgi-

    cas, pelos novos ares que se respiram

    na Igreja com o Papa Francisco, foram

    levando a Companhia a acrescen-

    tar instncias e mecanismos para o

    governo do corpo apostlico que te-

    nham em conta as novas tecnologias,

    o chamado globalizao, a conscin-

    cia ecolgica, as novas sensibilidades

    sociais e polticas, o surgimento das

    redes como novas formas de intera-

    o social, a reforma eclesial em mar-

    cha. Mas se foram acrescentando sem

    uma reflexo integradora que pense o

    governo organicamente a partir dos

    novos paradigmas. Parece necessria

    essa reflexo para discernir e tomar

    medidas que nos ajudem a melhorar

    nossa resposta como corpo apostlico

    misso de hoje. E, dessa forma, in-

    tegrar assistentes regionais, Secreta-

    riados e Conferncias; o governo glo-

    bal e local; o novo sujeito apostlico

    integrado pelo corpo da Companhia e

    outros colaboradores leigos e religio-

    sos, na misso; as redes e a obedincia

    religiosa na Companhia; as mudanas

    na vida econmica e a pobreza dos je-

    sutas; e muitos outros elementos.

    O outro grande tema que surge das

    Congregaes Provinciais o chama-

    do renovao espiritual, comunit-

    ria e da misso. Vrios temas relacio-

    nados com nossa misso aparecem

    nos postulados como necessitados de

    novas decises, a ecologia e suas im-

    plicaes em nossa vida pessoal, co-

    munitria e apostlica; as migraes e

    sua necessidade de uma coordenao

    em nvel global; os fundamentalismos

    em relao ao chamado a promover a

    paz e a reconciliao; os povos origi-

    nrios e outras populaes vtimas

    de novas violncias e discriminaes.

    Mas no parecem necessrios grandes

    documentos sobre esses temas, sobre

    os quais temos material abundante e

    recente. Precisamos de decises que

    nos ajudem a avanar em nossa res-

    posta a esses chamados.

    Os eleitores devero eleger, tam-

    bm entre eles, um membro para cada

    uma dessas duas comisses que tra-

    balharo, durante o ano, preparando

    os decretos que considerem necess-

    rios. Finalmente, na reunio de elei-

    tores, comear a preparao para a

    eleio do novo Superior Geral, ela-

    borando o perfil do Superior de que

    necessitamos.

    Comea assim um ano de Con-

    gregao Geral no qual no s os

    eleitores estaro envolvidos. Toda

    a Companhia, e os companheiros e

    companheiras em misso, espera-se

    que participem ativamente, man-

    tendo esses temas em sua orao, e

    participando do processo de discer-

    nimento desde suas comunidades,

    nessa busca comum da vontade de

    Deus sobre a Companhia no tempo

    presente. Seu sentir chegar Con-

    gregao atravs dos eleitores de sua

    Provncia, mas tambm pode chegar

    atravs de postulados. Eles devem

    dizer expressamente por que envia-

    -se diretamente e no atravs da Con-

    gregao Provincial. As orientaes

    para redigir postulados aparecem na

    Nova Frmula da Congregao Geral,

    nmero 113.

    Convidamos a todos os jesutas e

    demais colaboradores na misso a de-

    dicar este ano reflexo e ao discerni-

    mento pessoal e comunitrio que nos

    prepare para buscar, discernir e eleger

    o que mais convm a nossa misso

    comum nesta Congregao Geral que

    estamos comeando.

    convidamos a todos os jesutas e demais colaboradores na misso a dedicar este ano reflexo e ao discernimento Pessoal e comunitrio

  • 22 23Em Em

    A CoMpANHiA de jeSuS NA AMRiCA lATiNA cpAl

    encontro latino-americano da flAcSi

    O Pe. Alfredo Ferro, coordena-dor do Projeto Pan-amaz-nico da CPAL (Conferncia dos Provinciais Jesutas da Amrica

    Latina), participou como convidado

    do V Encontro dos Reitores da FLAC-

    SI (Federao Latino-americana de

    O Secretariado Nacional da Pastoral Social (Caritas da Colmbia) organizou um encontro com os bispos colombia-

    nos presentes no territrio da Ama-

    znia, nos dias 26 e 27 de setembro.

    Para a ocasio, foram convidados o

    Pe. Alfredo Ferro SJ, coordenador do

    Projeto PAMSJ, e Mauricio Lopez, se-

    cretrio executivo da REPAM (Rede

    Eclesial Pan-Amaznica), com o in-

    tuito de dialogar sobre a realidade da

    Amaznia colombiana, os desafios

    enfrentados pela Igreja e sobre a pro-

    posta da REPAM. O evento foi uma

    oportunidade de partilhar tambm

    com os bispos as perspectivas do Pro-

    jeto PAMSJ.

    O bispo do Vicariato de San Jos de Amazonas (Peru), D. Javier Travieso Martin, realizou sua vi-sita pastoral nas comunidades de Santa

    Rosa e Islndia, na fronteira peruana. O

    encontro dos bispos Amaznicos da Colmbia

    visita apostlica do bispo peruano na trplice fronteira

    Colgios da Companhia de Jesus),

    realizado em Bogot (Colmbia),

    entre os dias 7 e 12 de setembro. Na

    ocasio, o jesuta apresentou o Pro-

    jeto Pan-Amaznico da CPAL-PAMSJ

    e uma proposta aos estudantes dos

    colgios com o objetivo de sensibi-

    religioso hospedou-se na comunidade SJ

    Samuel Fritz e aproveitou para conhecer

    de perto o Projeto PAMSJ. Ele aproveitou

    ainda para visitar o bispo do Vicariato de

    Leticia, D. Jos de Jesus Quintero Diaz.

    Fonte: Pan-Amaznia SJ Carta Mensal n 19 Setembro 2015

    Acesse o link ((http://bit.ly/1OyDzx3) do Portal Jesutas Brasil e faa o download da edio completa da Pan-Amaznia SJ Carta Mensal

    liz-los sobre a realidade amaznica

    por meio de atividades pedaggicas,

    campanhas e possveis experincias

    de contato com esse territrio e com

    seus habitantes. A proposta foi muito

    bem recebida e esperamos avanar a

    sua implementao.

  • 22 23Em Em

    CoMpANHiA de jeSuS ServiO dA f

    Ncleo de espiritualidade inaciana promove retiro

    imagem de Nossa Senhora entronizada no Santurio de Anchieta

    A imagem de Nossa Senhora da Con-ceio Aparecida foi entronizada no Santurio Nacional de Anchie-ta, em celebrao realizada no dia 18 de ou-

    tubro, domingo. A imagem da padroeira do

    Brasil, doada pelo Santurio Nacional de

    Aparecida, est em lugar de destaque, em

    um dos altares laterais do templo.

    Em preparao chegada da santa, foi

    realizado um trduo entre os dias 15 e 17.

    Alm disso, houve uma procisso das ve-

    las em homenagem chegada da imagem

    da Santa. O padre redentorista Carlos Ar-

    tur, ex-reitor do Santurio de Aparecida,

    acompanhou a multido.

    Prtica comum entre os devotos do

    Sagrado Corao de Jesus, a entronizao

    de uma imagem, cone ou quadro de san-

    to significa dar destaque ou lugar de hon-

    O Ncleo de Espiritualidade Ina-ciana de Pelotas (RS) promoveu seu terceiro retiro entre os dias 11 e 13 de setembro, na Casa das Irms Fran-

    ciscanas. O padre Matias Martinho Lenz

    orientou a experincia, que contou com a

    presena de sete integrantes do Ncleo. O

    tema de orao foi Educao e Espirituali-

    dade Ecolgicas, os participantes refleti-

    ram sobre o VI captulo da Encclica Lau-

    dato Si Louvado seja, do Papa Francisco.

    Ao final do retiro, o grupo partilhou

    as moes interiores, os mais citados

    foram: o rompimento com o ritmo acele-

    rado da vida e o consumismo, e a impor-

    tncia de mudar pequenos hbitos no dia

    a dia. Nos sentimos tocados a buscar vi-

    ra a uma figura importante da f. Em rela-

    o a Maria, segundo a doutrina catlica,

    a me do Salvador no est acima de seu

    filho, mas disposio dele para cooperar

    com o projeto redentor de Deus.

    O gesto simblico de colocar a ima-

    gem de Nossa Senhora Aparecida em

    um dos altares do Santurio remete

    devoo do povo brasileiro e do prprio

    Jos de Anchieta, que amava a Virgem

    com todo o corao, a ponto de escrever

    o maior poema mariano que existe em

    homenagem a Maria, explica o reitor do

    Santurio Nacional de Anchieta, padre

    jesuta Csar Augusto dos Santos.

    Para a Igreja Catlica, o dogma da Ima-

    culada Conceio de Maria garante que

    Maria esteve livre de todo pecado desde o

    seio de sua me, Santa Ana, como explica

    o especialista em Teologia Dogmtica e p-

    roco da Parquia Sagrado Corao de Jesus,

    em Cariacica (ES), padre Ermindo Rapozo

    de Assis: Esse dogma revela que Maria foi

    escolhida desde a sua concepo para ser a

    me do Salvador, ou seja, foi redimida ante-

    cipadamente para receber o Verbo Encarna-

    do. Mas preciso estabelecer uma diferena

    importante do culto a Jesus Cristo, nico

    Salvador, e da venerao a Nossa Senhora,

    cuja contribuio interceder e apontar

    para o verdadeiro Centro, seu Filho.

    Em maio de 2015, em Ftima, Portu-

    gal, a imagem de Nossa Senhora Aparecida

    tambm foi entronizada na comemorao

    ao Centenrio das Bnos, j que, em

    2017, celebram-se 100 anos da apario da

    Virgem em solo portugus e 300 anos do

    encontro da imagem no rio Paraba do Sul.

    ver o que o Papa interpela: que possvel

    necessitar de pouco e viver muito, sobre-

    tudo, quando se capaz de dar espao a

    outros prazeres, encontrando satisfao

    nos encontros fraternos, no servio, na

    frutificao dos prprios carismas, na

    msica, na arte, no contato com a na-

    tureza e na orao, afirmou Llia Sallis,

    participante do encontro.

    Segundo Llia, o grupo do Ncleo de

    Espiritualidade Inaciana, que existe des-

    de 2003, vem amadurecendo e crescendo

    no amor e no servio a Deus. Durantes

    esse tempo, passaram por aqui vrios

    jesutas, que nos acompanharam e for-

    maram. O que tem sido uma graa e uma

    beno para ns e para a Diocese de Pe-

    lotas, onde atuamos colocando nosso ca-

    risma a servio da Igreja, ressalta.

  • 24 25Em Em

    CoMpANHiA de jeSuS juveNtudeS e vOcAeS

    jovens participam de retiro espiritual

    Entre os dias 4 e 7 de setem-bro, jovens participaram dos Exerccios Espirituais de San-to Incio de Loyola para Jovens, nas

    cidades de Salvador (BA) e do Rio de

    Janeiro (RJ). Os EE para a juventude

    proporcionam uma experincia de

    orao profunda nos mtodos ina-

    cianos numa linguagem prpria,

    explica padre Jonas Caprini, Secre-

    trio para Juventude e Vocaes da

    BRA e coordenador do Programa

    MAGIS Brasil.

    exerccios espirituais proporcionam experincia de orao profunda atravs dos mtodos inacianos

  • 24 25Em Em

    CoMpANHiA de jeSuS prOmOO dA juStiA e ecOlOgiA

    Alunos do medianeira realizam trabalho voluntrio

    Os alunos do 9 ano do Ensi-no Fundamental do Colgio Medianeira (Curitiba/PR) vi-sitaram o Lar dos Idosos Recanto do

    Tarum, em setembro. A iniciativa faz

    parte do trabalho voluntrio desen-

    volvido pelo Colgio.

    O Lar dos Idosos Recanto do Ta-

    rum destina-se ao abrigo de idosos

    abandonados ou que no tm famlia,

    e tambm para aqueles que esto em

    situao de carncia, principalmente

    afetiva. O objetivo do trabalho volun-

    trio cultivar e desenvolver princ-

    pios e valores humanitrios, como a

    promoo da fraternidade e da solida-

    riedade na convivncia com os idosos.

    Os alunos do projeto tiveram a

    oportunidade de vivenciar um pou-

    co da realidade dos 120 idosos que

    vivem no Recanto do Tarum. Os

    jovens perceberam a importncia e

    a necessidade do carinho e do afeto

    para a vida de cada um dos atendidos,

    o que representa um valor formativo

    muito forte e intenso para todos.

    estudantes do 9 ano do ensino Fundamental visitaram o lar dos idosos Recanto do Tarum

  • 26 27Em Em

    CoMpANHiA de jeSuS educAO

    Fei uma das vencedoras da SAe bRASil de Frmula

    O Centro Universitrio da FEI e a Escola de Engenharia de So Carlos-USP (Universi-dade de So Paulo), venceram a 12

    Competio SAE BRASIL-Petrobras de

    Frmula SAE, nas categorias Eltri-

    co e Combusto, respectivamente. O

    evento, realizado entre os dias 1 e 4

    de outubro, em Piracicaba (SP), reuniu

    42 equipes de diversas instituies de

    ensino do pas.

    A FEI destacou-se na categoria

    Eltrico e assumiu, pela primeira

    vez, a liderana. A equipe Frmu-

    la FEI Eltrico festejou o resultado.

    Conseguimos! H trs anos, a gente

    vinha acumulando a segunda coloca-

    o. Essa liderana foi resultado de

    muito esforo, afirmou Guilherme

    Lus Paulo, membro da equipe. Ago-

    ra, os estudantes da FEI representa-

    ro o Brasil na Formula SAE Lincoln,

    que ser realizada em junho de 2016,

    em Nebraska (EUA).

    O Frmula Eltrico SAE um desa-

    fio lanado aos estudantes de Engenha-

    CoNSelHo de ReiToReS dAS uNiveRSidAdeS bRASileiRAS

    O reitor do Centro Universitrio da

    FEI, Prof. Dr. Fbio do Prado, foi empos-

    sado como vice-presidente do CRUB

    (Conselho de Reitores das Universida-

    des Brasileiras), em solenidade reali-

    zada em Braslia (DF), no dia 16 de se-

    tembro. O CRUB, que tem como misso

    promover o intercmbio e a cooperao

    entre as universidades brasileiras, a

    nica entidade que representa reitores

    e reitoras do Brasil.

    ria que j competem h alguns anos

    na categoria combusto e tm como

    principal objetivo propiciar a difuso

    e o intercmbio de tcnicas e conheci-

    mentos de Engenharia Automotiva en-

    tre estudantes e futuros profissionais

    da engenharia da mobilidade, focando

    na nova gerao de veculos eltricos,

    atravs de aplicaes prticas e da

    competio entre equipes.

    Com o resultado, a instituio jesuta representar o pas em competio internacional

    primeiro da direita para esquerda, prof. dr. Fbio do prado

    fOtO

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    rd

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  • 26 27Em Em

    Feira de Cincias no Colgio dos jesutas

    A ETE FMC (Escola Tcnica de Eletrnica Francisco Moreira da Costa), em parceria com a empresa Metagal, quarta maior fabri-

    cante de espelhos retrovisores auto-

    motivos do mundo, e com o Governo

    de Minas Gerais, lanou o Projeto Co-

    nexo Esportiva, que visa incentivar a

    prtica do esporte entre alunos de es-

    colas pblicas e privadas de Santa Rita

    do Sapuca (MG).

    Cerca de 500 estudantes sero be-

    neficiados pela iniciativa, cujas ati-

    vidades comeam em maro de 2016.

    Alunos entre 7 e 14 anos podero par-

    ticipar de aulas nas seguintes moda-

    lidades: atletismo, basquete, futebol,

    futebol americano, futebol de salo,

    handebol e vlei.

    As aulas sero na ETE FMC e no Ina-

    O Colgio dos Jesutas promoveu sua 1 Feira de Cincias, no dia 26 de setembro. No evento, os alunos do 6 ao 9 ano do Ensino Fun-

    damental apresentaram os resultados

    dos experimentos desenvolvidos.

    A atividade, proposta pela rea de

    Cincias e Biologia, teve como obje-

    tivo proporcionar aos alunos oportu-

    nidades de reflexo e uma ao mais

    realista sobre a interao cincia-co-

    tidiano. O intuito era incentivar os

    estudantes a perceberem que as ati-

    vidades experimentais desenvolvem

    habilidades de raciocnio e aprendi-

    zado do contedo.

    Os temas propostos para a Feira

    ete fmc promove projeto esportivo em minas gerais

    tel (Instituto Nacional de Telecomuni-

    caes), que tambm apoia o projeto.

    O Inatel disponibilizar sua infraestru-

    tura esportiva aos participantes.

    O Conexo Esportiva integra o

    programa Minas Olmpica Incenti-

    vo ao Esporte, promovido pelo Go-

    verno Estadual, para que a prtica

    esportiva aumente no estado. Esse

    mecanismo uma forma de no s

    impulsionar o esporte, mas tambm

    mostrar para as empresas o quanto

    benfico vincularem sua marca s

    aes esportivas, afirma o secretrio

    de esportes de Minas Gerais, Carlos

    Henrique Alves da Silva.

    Por meio do Conexo Esportiva,

    empregamos os nossos esforos na

    promoo humana que norteia todos

    os passos da Instituio. Nosso obje-

    tivo atuar na transformao social,

    por meio do ensino de qualidade e da

    transmisso de valores como tica,

    compaixo e cidadania, diz o diretor

    Geral da ETE FMC, professor Alexan-

    dre Barbosa.

    Segundo o professor da ETE,

    Eduardo Ribeiro, responsvel pelo

    projeto, a escola tem uma excelente

    infraestrutura, que proporciona es-

    pao para a prtica das mais diversas

    modalidades esportivas. Com rea de

    131 mil m, sendo 31 mil m de rea

    construda e instalaes para uso da

    comunidade educativa, a ETE tem

    dois campos com medidas oficiais,

    piscina semiolmpica, quatro qua-

    dras poliesportivas para a prtica de

    jogos, como futsal, vlei, basquete,

    dentre outros.

    de Cincias correspondem ao conte-

    do trabalhado em cada srie: 6 ano

    - Ar, gua, Solo e Espao Celeste; 7

    ano - Seres Vivos; 8 ano - Corpo Hu-

    mano; e 9 ano - Fsica e Qumica.

    Apresentada a ideia da Feira, os

    alunos organizaram-se em grupos e,

    em momentos especficos na escola,

    sob a orientao dos professores de

    Cincias da instituio, desenvolve-

    ram, entre os meses de agosto e se-

    tembro, os trabalhos contendo uma

    poro experimental, na qual de-

    monstraram alguma parte da cincia

    e explicaram o fenmeno, e um car-

    taz com as informaes e os objetivos

    do experimento.

    Durante as apresentaes dos alu-

    nos na Feira de Cincias, uma comis-

    so, formada por professores de diver-

    sas reas do conhecimento, avaliou os

    trabalhos considerando critrios como

    originalidade, criatividade, domnio do

    contedo e postura dos estudantes.

    Na opinio do coordenador da

    rea de Cincias e Biologia do Col-

    gio dos Jesutas, professor Luiz Fran-

    cisco Alves Fazza, o envolvimento

    dos estudantes foi decisivo para que

    a atividade atingisse os objetivos

    propostos. O empenho dos alunos e

    a felicidade em explicar o que desen-

    volveram contagiaram muito, desta-

    cou o educador.

  • 28 29Em Em

    CoMpANHiA de jeSuS cuidAdO dA AmAZNiA

    No Brasil, a Educao Popular transforma a vida de milha-res de pessoas, atravs dela possvel criar um dilogo constante

    com a sociedade. Mas voc sabe o que

    Educao Popular? Podemos defini-la

    como o trabalho realizado em conjun-

    to com a comunidade local, seu prin-

    cipal objetivo ajudar na formao de

    sujeitos que tenham conscincia de

    seu papel como cidados.

    Nas periferias da cidade de Belm

    (PA), a Educao Popular mostra-se

    presente atravs do CAC (Centro Alter-

    nativo de Cultura), entidade fundada

    pelo jesuta belga Freddy Servais, em

    1991. Segundo o padre Plutarco de

    Souza Almeida, a inspirao do padre

    Freddy surgiu depois que uma pesqui-

    sa constatou os altos ndices de repe-

    tncia escolar das crianas.

    O foco principal do CAC sempre

    foi a educao popular de crianas e

    pr-adolescentes da periferia. Aliada

    a isso, surgiu a necessidade de se tra-

    balhar tambm com a cultura em todas

    as suas manifestaes, uma vez que o

    Par um estado rico em expresses

    folclricas e artsticas em geral, afir-

    ma padre Plutarco.

    Atualmente, 600 crianas e ado-

    lescentes recebem, alm do reforo

    escolar de portugus, matemtica e

    leitura, material didtico e merenda

    de qualidade. Os jovens tambm par-

    ticipam de atividades artsticas. Os

    voluntrios e a parceria com as lide-

    ranas comunitrias so fundamen-

    tais para o sucesso do trabalho desen-

    volvido. O CAC realiza a sua misso a

    partir da solidariedade e do compro-

    misso dos agentes da prpria comuni-

    dade, explica o jesuta.

    Hoje, cerca de 90 monitores oferecem

    servios voluntrios nas comunidades.

    Alm disso, aproximadamente, 30 pesso-

    as, tambm voluntrias, atuam na capta-

    o de recursos e no apoio aos projetos. O

    CAC desenvolve suas aes atravs de trs

    projetos principais:

    Educao e Cidadania Arte e Cultura Popular Gerao de Renda

    As crianas e os pr-adolescentes

    frequentam pelo menos dois turnos

    de reforo escolar por semana. O tea-

    O CAC atende

    crianas e adolescentes.

    600

    uM jeiTo AMAzNiCo de fAZer educAO pOpulAr

  • 28 29Em Em

    CoMpANHiA de jeSuS cuidAdO dA AmAZNiA

    A partir da segunda metade do scu-

    lo XX, o conceito de Educao Popular

    desenvolveu-se na Amrica Latina, por

    meio de movimentos e projetos desen-

    volvidos nas regies perifricas dos pa-

    ses latino-americanos.

    Conhea mais sobre o CAC

    www.cacbelem.com

    centroalternativodecultura

    tro educativo, as danas folclricas e as

    brincadeiras tradicionais so atividades

    que acontecem diversas vezes ao longo

    do ano. Por sua vez, as monitoras vo-

    luntrias e as lideranas comunitrias

    participam de pequenos cursos e ofi-

    cinas profissionalizantes para que pos-

    sam gerar alguma renda tambm para

    as suas famlias. Seguindo o mesmo

    esprito que norteia as suas aes, es-

    ses cursos e oficinas so realizados em

    parceria com outras instituies, como

    a Critas Regional e as universidades,

    esclarece padre Plutarco.

    O CAC mantm ncleos em 16 comu-

    nidades que contemplam os municpios

    de Belm, Ananindeua e Barcarena. Para

    atender essas pessoas, h duas equipes

    de trabalho: tcnica e apoio. A Equipe

    Pedaggica, ou seja, tcnica, composta

    por trs pedagogos, com especializao

    em Educao Popular e Inclusiva, que

    ficam sob a coordenao da Prof. Dra.

    Maria Olinda Pimentel. Essa equipe

    apoiada por uma assistente social e um

    arte-educador. Esses profissionais so

    remunerados, com exceo da coorde-

    nadora, que voluntria. J a equipe de

    captao de recursos trabalha sob o regi-

    me de voluntariado e tem como objetivo

    conseguir recursos financeiros, facili-

    tando a realizao dos projetos.

    Para o padre Plutarco, a parceria, o

    voluntariado e a solidariedade so o tri-

    p que apoia o CAC. A comunidade ofe-

    rece o espao fsico e disponibiliza pelo

    menos um monitor voluntrio para cada

    grupo de 15 crianas. As famlias tambm

    colaboram e um grupo de mes se encar-

    rega de fazer a merenda. O CAC entra com

    a capacitao, a orientao e a superviso

    pedaggica, o material escolar, os gneros

    alimentcios para o lanche das crianas

    e, eventualmente, outros tipos de apoio

    material, ressalta o jesuta.

    Em 2015, o Centro Alternativo de

    Cultura finalizou o seu projeto poltico-

    -pedaggico que fundamenta todo o seu

    trabalho socioeducativo. Segundo padre

    Plutarco, o projeto foi construdo de for-

    ma participativa ao longo de dois anos,

    tendo como base o crculo de cultura na

    mesma linha de reflexo/ao do educa-

    dor Paulo Freire, referncia em Educao

    Popular na Amrica Latina.

    O CAC tem o rosto amaznico e

    quer continuar investindo na educa-

    o popular e na cultura alternativa

    como formas de resgate da dignidade

    das crianas empobrecidas e margi-

    nalizadas. Apesar das dificuldades

    encontradas ao longo desses quase 25

    anos de existncia, assistimos, hoje,

    um novo alvorecer, um tempo de mui-

    ta esperana!, conclui padre Plutarco,

    que atuou como coordenador geral do

    CAC entre janeiro de 2013 e outubro de

    2015. Agora, o Centro Alternativo de

    Cultura ser coordenado pelo padre

    Carlos Giovanni Salomo.

    O cac tEM O rOstO aMaznicO E quEr cOntinuar invEstindO na EducaO pOpular E na cultura altErnativape. plutarco de Souza Almeida

  • 30 31Em Em

    NA pAz do SeNHoRpe. eStANiSlAu KOStKA e SilvAPor Pe. Jos luis fuentes

    Nasceu em Franca, estado de So Paulo, em 8 de setem-bro de 1929. Na parquia de Nossa Senhora da Conceio, na

    cidade natal, foi batizado alguns

    dias aps o nascimento e crismado,

    dois anos depois. Ainda adolescente,

    seguiu para a Escola Apostlica de

    Nova Friburgo (RJ), onde fez os es-

    tudos de primeiro e de segundo grau

    como aluno interno. Muito deve ter

    gostado do local, pois Nova Friburgo

    seria seu destino, no s de estudos,

    como tambm de servio apostlico

    ao longo da sua vida e, particular-

    mente, nos ltimos anos.

    Ali mesmo, ingressou na Com-

    panhia aos 19 anos de idade (no ano

    de 1948), onde fez o Noviciado, os

    Primeiros votos, o Juniorado e a Filo-

    sofia, permanecendo at 1956. Nesse

    ano, saiu de l pela primeira vez para

    o perodo de magistrio no Colgio

    So Lus, em So Paulo.

    Em 1959, seguiu para So Leopol-

    do (RS), onde estudou Teologia e re-

    cebeu a ordenao diaconal. Como

    presbtero, foi ordenado em So Pau-

    lo, em 1961. Dois anos depois, passou

    pela ltima etapa da formao da

    Companhia, a Terceira Provao, rea-

    lizada em Trs Poos, Volta Redonda

    (RJ). Para os ltimos Votos, em 1964,

    encontramo-lo de volta em Nova Fri-

    burgo, onde realizaria seu primeiro

    apostolado na Escola Apostlica, sua

    velha conhecida. Teve, ainda, o privi-

    lgio de complementar os votos sole-

    nes em 1977, no Rio de Janeiro, diante

    do Superior Geral da Companhia de

    Jesus, Pe. Pedro Arrupe.

    A partir de 1964, desempenha seus

    ofcios de sacerdote e jesuta, a maior

    parte deles nos Colgios de Nova Fri-

    burgo, So Paulo, Belo Horizonte. Mas

    no apenas...

    Nos 18 anos do perodo de Nova

    Friburgo, serviu, em perodos diver-

    sos, como ministro, consultor da

    Casa, diretor da Cruzada Eucarstica e

    da Congregao Mariana, vigrio pa-

    roquial em diversas parquias da re-

    gio, vice-reitor do Colgio, professor

    de Ensino Religioso, reitor e diretor

    acadmico e da Formao Crist.

    De 1984 a 1993, trabalhou em Cam-

    pinas (SP) sucessivamente como mi-

    nistro do Noviciado, scio do Mestre

    de Novios, promotor vocacional e

    superior da Comunidade. Em Belo

    Horizonte (MG), passa um perodo

    no ISI (Instituto Santo Incio, atual

    FAJE - Faculdade Jesuta de Filosofia

    e Teologia) como ministro, prefeito

    da sade, consultor da Casa e admi-

    nistrador. Nos Colgios Loyola e So

    Lus, foi superior das Comunidades.

    De volta ao Colgio Anchieta, de Nova

    Friburgo, em 2005, orientador espi-

    ritual de alunos, encarregado da pas-

    toral de professores e funcionrios

    e realiza ministrios sacerdotais na

    rea da cidade.

    Em 2013, enviado Casa de Sa-

    de em Belo Horizonte, onde permane-

    ce at a partida definitiva para a Casa

    do Pai, em 13 de outubro de 2015.

    Apreciado como homem de ser-

    vio, disponvel e prestativo, toda a

    sua vida foi marcada pelo exerccio

    da ajuda comunidade, seja como

    ministro, como reitor, acompanhante

    de estudantes jesutas. Sempre alegre

    e otimista, transmitia o sentimento

    de estar de bem com a vida reli-

    giosa e sacerdotal. Exerceu benfica

    influncia nos jovens, em particular

    quando trabalhou na Pastoral da Ju-

    ventude (PJ) e no TLC (Treinamento

    de Liderana Crist), que ele implan-

    tou e acompanhou por muito tempo.

    Tambm sempre se mostrou aberto e

    disponvel para qualquer destinao,

    assumindo com alegria o que lhe era

    pedido e facilitando os encaminha-

    mentos feitos pelos seus superiores.

    Sua sade j vinha se debilitando

    nos ltimos tempos e, por isso, suas

    foras foram diminuindo gradativa-

    mente. As causas principais de seu

    falecimento foram falncia de ml-

    tiplos rgos e miocardiopatia seg-

    mentar dilatada. Tinha 86 anos de

    idade e 67 de Companhia de Jesus.

    aPreciado como homem de servio disPonvel e Prestativo, toda a sua vida foi marcada Pelo exerccio da ajuda comunidade [...]

  • 30 31Em Em

    AgeNdA

    centro loyola da puc-rioorientador| padre jos maria fernandes, SJlocal | rio de janeiro (rj)Site | www.clfc.puc-rio.br

    ccb (centro cultural de braslia)local | braslia (df)Site | www.ccbnet.org.br

    novemBro

    centro loyola de goinia local | goinia (gO)Site | centroloyola.com.br

    casa de retiros vila ftima orientador| pe. Quirino weber, SJlocal | florianpolis (Sc)Site | www.casaderetiros.com.br

    casa de retiros itaici/vila Kostka orientador | lia Andriani /Alexandre barbutolocal | indaiatuba (Sp) Site | www.itaici.org.br

    Anchietanumlocal | So paulo (Sp)Site | www.anchietanum.com.br

    4 9 A 17

    14

    rezando Com taIz: Jornada do Corao retIro de 8 dIas

    InICIao exPerInCIa dos ee

    semana da ConsCInCIa negra

    7

    7

    exPerInCIa de orao InaCIana: regras do dIsCernImento

    Caf Cultural Com venCIo artur de lIma

    13 A 15