32
Em EDIÇÃO 24 ANO 3 MAIO 2016 INFORMATIVO DOS JESUÍTAS DO BRASIL PAPA VISITA REFUGIADOS NA GRÉCIA pág. 10 CÚRIA LANÇA LOGOTIPO DA 36ª CG pág. 19 ENCONTRO DE RELIGIOSOS DA TRÍPLICE FRONTEIRA pág. 21 COLABORADORES NA MISSÃO MILHARES DE PESSOAS ATUAM NAS MAIS DIVERSAS PRESENÇAS APOSTÓLICAS DA COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL especial pág. 12

Em Companhia - Informativo da Companhia de Jesus no Brasil

Embed Size (px)

DESCRIPTION

24ª Edição | Maio 2016

Citation preview

  • JESUTAS BRASIL

    Em EDIO 24ANO 3MAIO 2016INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL

    PAPA VISITA REFUGIADOS NA GRCIA

    pg. 10

    CRIA LANA LOGOTIPO DA 36 CG

    pg. 19

    ENCONTRO DE RELIGIOSOS DA TRPLICE FRONTEIRA

    pg. 21

    COLABORADORES NA MISSOMILHARES DE PESSOAS ATUAM NAS MAIS DIVERSAS PRESENAS

    APOSTLICAS DA COMPANHIA DE JESUS NO BRASILespecial pg. 12

  • 4 5Em Em

    SUMRIO EDIO 24 | ANO 3 | MAIO 2016

    EDITORIAL A colaborao com outros na misso

    CALENDRIO LITRGICO

    ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO Missionrio alm fronteiras

    O MINISTRIO DE UNIDADENA IGREJA SANTA S Visita humanitria ilha de Lesbos Jubileu dos Adolescentes A Alegria do Amor, do papa Francisco

    ESPECIAL Colaboradores na misso

    MUNDO CRIA GERAL Missionrios jesutas recebem mxima distino

    boliviana

    Pobreza, Solidariedade e Obedincia Terremoto no Equador Logotipo da 36 CG

    AMRICA LATINA CPAL Memria do futuro Congresso Internacional de F e Alegria Visita do Secretrio de Justia Socioambiental da BRA Encontro dos religiosos da trplice fronteira

    DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO Padre Jaldemir Vitrio lana novo livro Cadernos do CEAS esto disponveis para download

    6

    78

    10

    12

    18

    20

    22

    Fernando Meyer, que trabalha h cinco dcadas no Colgio Anchieta, de Porto Alegre (RS), um dos mais de 8.900 colaboradores da Companhia de Jesus

    FOTO

    : M

    ATH

    EUS

    KIE

    SLIN

    G/ A

    SAV

  • 4 5Em Em

    EmJESUTAS BRASIL

    PROMOO DA JUSTIA E ECOLOGIA Cardeal Ravasi ministra aula magna sobrea encclica Laudato Si

    EDUCAO Colgio Antnio Vieira homenageado ETE FMC ganha destaque em evento na USP Colgio Anchieta, de Nova Friburgo, celebra 130 anos FEI, 75 anos de histria

    JUVENTUDES E VOCAES I I Frum MAGIS Brasil

    NA PAZ DO SENHOR Pe. Arthur Lupurine Sampaio Pe. Pedro Odilo Mentges

    AGENDA

    23

    24

    28

    29

    31

    INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL

    EXPEDIENTE

    EM COMPANHIA uma publicao mensal dos

    Jesutas do Brasil, produzida pelo Ncleo de

    Comunicao Integrada (NCI)

    CONTATO [email protected]

    www.jesuitasbrasil.com

    DIRETOR EDITORIALPe. Anselmo Dias

    EDITORA E JORNALISTA RESPONSVELSilvia Lenzi (MTB: 16.021)

    REDAOJuliana Dias

    DIAGRAMAO E EDIO DE IMAGENSHanderson Silva

    rica Silva

    ANNCIOrica Silva

    COLABORADORES DA 24 EDIODayane Silva, Ir. Eudson Ramos, Fabrcio

    Bomfim, Pe. Jaldemir Vitrio, Joo Taero, Pe.

    Jonas Caprini, Pe. Josaf Carlos de Siqueira, Pe.

    Jos Luis Fuentes Rodriguez, Marcia Savino,

    Rodrigo Marques, Pe. Valrio Sartor e Ana Zic-

    cardi (reviso). Um agradecimento especial a

    todos que colaboraram com a matria especial

    dessa edio.

    FOTO DA CAPAEquipe-Centro Santa F

    FOTOSBanco de imagens / Divulgao

    TRADUO DAS NOTCIAS DA CRIA E DA CPALPe. Jos Luis Fuentes Rodriguez

  • 6 7Em Em

    Para a Companhia de Jesus, a no-o de MISSO fundamental, pois ela que define a obra como sendo inaciana. A misso atual da

    Companhia de Jesus a participao

    na misso da Igreja evangelizadora em

    sua totalidade, cujo fim a realizao

    do Reino de Deus em toda a sociedade

    humana, no s na vida futura, mas

    tambm na vida presente [...]. Nesse

    contexto e de acordo com nosso caris-

    ma original [...], a misso atual o ser-

    vio da f e a promoo, na sociedade,

    da justia evanglica, que como o

    sacramento do amor e da misericrdia

    de Deus (NC VII, 245 1e 2). De modo

    geral, a finalidade e misso so defini-

    das em termos de ajudar as almas.

    Da que, quando se fala de colaborao

    A COLABORAO COM OUTROS NA MISSO

    Pe. Carlos A. Contieri, SJSecretrio para a Colaborao com Outros e o Servio da F e Espiritualidade

    com outros na misso, fala-se de cola-

    borao apostlica (cf. CG XXXV d. 6,

    n.2). A colaborao com outros na mis-

    so uma das caractersticas de nos-

    so modo de proceder e um modo de

    compreender a realizao da misso e

    de promover a unidade entre todos (cf.

    CG XXXIV d.26, n. 15-17).

    A colaborao apostlica com ou-

    tros no apresenta, de fato, uma no-

    vidade radical; ela nos remete, em

    primeiro lugar, ao prprio Senhor que

    quis reunir o grupo dos doze, como

    colaboradores de sua misso (cf. Mc 3,

    13-19; Lc 5, 1-11; 9, 1-6), um grupo maior

    de discpulos (72), que ele tambm en-

    viou sua frente (Lc 10, 1-12), e ainda

    um grupo de mulheres, que integrava

    o grupo dos discpulos e o ajudava com

    os seus bens (cf. Lc 8, 1-3). Santo Incio,

    quando criou seu primeiro ministrio,

    em Roma, criou tambm a Confraria da

    Graa, conjunto de leigos que se enga-

    jaram no ministrio e chegaram a ser

    os primeiros colaboradores de Incio,

    que cultivou essa amizade, oferecendo

    a seus amigos o grande dom dos Exerc-

    cios Espirituais.

    No entanto, a vocao de ajudar

    est sempre intrinsecamente ligada a

    receber ajuda. Os jesutas so no s

    homens para os outros, mas tambm

    homens com os outros. Essa recipro-

    cidade (ajudar e receber ajuda) exige

    estarmos dispostos a cooperar, escutar

    e aprender a partilhar nossa herana es-

    piritual e apostlica. Ser homens com

    os outros um aspecto central de nos-

    so carisma e aprofunda nossa identida-

    de (CG XXXIV, d.13, n. 4).

    Em cada obra, visibiliza-se e con-

    GRAA DE TER E RECONHECER QUE TANTAS E TO DIVERSAS PESSOAS ESCOLHERAM TRABALHAR CONOSCO E PARTILHAR NOSSO SENTIDO DE MISSO [...]

    cretiza-se a misso e a identidade de

    toda a Companhia de Jesus. Grande par-

    te das pessoas com quem partilhamos

    a misso partilha de nossa f (leigos,

    religiosos, sacerdotes), mas h pessoas

    de outras tradies religiosas. A todos,

    porm, devemos oferecer meios apro-

    priados para o melhor conhecimento

    da tradio e espiritualidade inacianas

    e para o cultivo da vocao prpria de

    cada um, tendo sempre presente que

    essa colaborao deve ser selada por

    uma verdadeira cooperao inspirada

    pelo amor.

    A colaborao com outros na mis-

    so deve se exprimir de maneira prti-

    ca: todos os colaboradores na obra de-

    veriam exercer a corresponsabilidade

    e comprometer-se no processo de dis-

    cernimento, participando da tomada de

    deciso, quando for oportuno. Segundo

    sua capacitao e empenho, os leigos

    devem ter acesso a cargos de responsa-

    bilidade e serem preparados para tanto

    (CG XXXIV, d. 13, n. 13). preciso, con-

    tudo, garantir que da parte deles haja

    identificao com os princpios da

    espiritualidade inaciana que inspiram

    nossa misso [...] (NC VII, 307 3).

    A Companhia de Jesus contribui com

    a misso de seus colaboradores medi-

    da que possibilita o aprofundamento do

    conhecimento da misso que partilha-

    mos, promovendo, assim uma formao

    para alm das capacidades profissionais.

    Essa formao deve procurar desenvol-

    ver uma compreenso da espirituali-

    dade inaciana, especialmente no seu

    sentido de misso. graa de ter e reco-

    nhecer que tantas e to diversas pessoas

    escolheram trabalhar conosco e parti-

    lhar nosso sentido de misso e a nossa

    paixo por ir ao encontro dos homens e

    mulheres de nosso mundo fragmentado,

    mas digno de ser amado (CG XXXV, d.6,

    n.3). Deus amou tanto o mundo que enviou

    o seu Filho ao mundo [...] (Jo 3, 16).

    Boa leitura!

  • 6 7Em Em

    So Jos Maria Rbio

    Santo Andr Bobola

    Nossa Senhora da Estrada

    calendrio litrgicoPrprio da Companhia de Jesus MAIO

    DIA 4

    DIA 16

    DIA 24

  • 8 9Em Em

    ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO

    Pe. Rogrio Mosimann da Silva, SJ

    Com mais de 32 anos dedicados Companhia de

    Jesus, o padre Rogrio Mosimann da Silva est

    em misso no Haiti h um ano. Em entrevista

    especial ao informativo Em Companhia, o jesuta ressalta que ser missionrio alm

    fronteiras, mergulhado em outra cultura,

    vem acompanhado da experincia de uma

    Comunho muito profunda. Porm, mesmo

    geograficamente distante, ele diz que se sente

    muito prximo e unido ao Brasil, famlia, a

    tanta gente amiga, aos companheiros jesutas e

    caminhada da nova Provncia do Brasil. Sou

    imensamente grato por tudo o que tenho, pelo

    carinho grande (dedicado no s a mim, mas

    ao povo haitiano) e pelas oraes.

    Como sua misso no Haiti?

    Faz apenas um ano que estou no Haiti. Nesses primeiros tem-

    pos, inevitavelmente, minha misso , antes de tudo, mergulhar

    na cultura do pas, compreender as suas dinmicas, estabelecer

    relao com as pessoas e os grupos. E o quanto se tem a aprender!

    preciso ir aprendendo, a cada dia, a abrir mo de nossos

    juzos prvios, preconceitos mesmo, para acolher um horizon-

    te diverso, outra sensibilidade, outros costumes, uma maneira

    diferente de enfocar o conhecimento, de vivenciar valores, etc.

    Minha misso principal, recebida da Companhia de Jesus,

    pela mediao do provincial, colaborar na espiritualidade

    inaciana. Tomo parte de uma pequena equipe atualmen-

    te composta apenas por trs jesutas , responsvel por esse

    apostolado no Haiti. a que colaboro mais diretamente, com

    retiros inacianos em suas diferentes modalidades, algum cur-

    so, acompanhamento espiritual e atividades afins. Chama-se

    centro Manresa de espiritualidade inaciana do Haiti, iniciado

    oficialmente em 23 de janeiro de 2016.

    Como o contexto social da regio?

    Em relao ao Haiti, existe esse esteretipo: pas caracteri-

    zado pela misria (o pas mais pobre das Amricas) e, agora, por

    esse terrvel terremoto de janeiro de 2010. Claro, no h que ne-

    gar que esses fatos fazem parte da realidade do pas e a marcam

    profundamente. Porm, o Haiti muito mais do que isso, est

    H quanto tempo o senhor est no Haiti?

    E como tornou-se missionrio no pas?

    At pouco tempo atrs, nunca havia

    pensado em ir para o Haiti, atuar em outro

    pas. Porm, em conversa com um jesu-

    ta, responsvel poca pelo Apostolado

    Social da Companhia de Jesus na Amrica

    Latina e Caribe, ele partilhou que acabara

    de visitar o Haiti e ficara muito impactado

    com a dura realidade do povo haitiano. Co-

    mentou, ento, que ns, jesutas (de modo

    especial em nosso continente), devera-

    mos olhar com mais ateno para o Haiti,

    dispondo-nos no apenas a uma contri-

    buio financeira como tambm colabo-

    rao por meio do envio de pessoas. Essas

    palavras ressoaram em mim e, a partir des-

    se momento, esse apelo passou a habitar

    o meu corao. Essa conversa ocorreu em

    fins de 2009. Um ms depois, aconteceu

    o grande terremoto de janeiro de 2010.

    Quando ouvi tal notcia, experimentei-a

    como a confirmao desse chamado.

    Depois dessa primeira semente, pas-

    saram-se cinco anos at que recebi a des-

    tinao do padre provincial, tempo de

    maturao e de discernimento, e perodo

    necessrio para concluir os estudos. De-

    sembarquei no Haiti em 28 de abril de 2015.

    A previso que permanea no pas trs

    anos, renovveis por outros trs.

    Assim, pelo modo como tudo se deu, no

    posso duvidar de que algo de Deus em mi-

    nha vida, e vejo esse processo vivido como

    um sinal forte de que o Senhor quem me

    est chamando.

    MISSIONRIOALM FRONTEIRAS

  • 8 9Em Em

    longe de se restringir a esses dados do senso comum que, trai-

    oeiramente, podem nos induzir a propagar as mazelas do pas,

    distraindo-nos com elas, de modo a no ver os reais valores

    deste povo. No h porque concentrar a ateno no negativo. O

    chamado de adotar uma atitude positiva, de acolhida, de valo-

    rizao da sociedade haitiana, sua histria, suas lutas e vitrias,

    sua fora de seguir sempre com o p na estrada.

    Pessoalmente, sempre me despertou a ateno a alegria do

    povo haitiano, que se manifesta no dia a dia, em meio luta co-

    tidiana por sobreviver a tanto sofrimento. Admiro igualmente

    o esprito de acolhida da gente haitiana - tenho-o experimen-

    tado pessoalmente. E h a dimenso histrica: o Haiti o pri-

    meiro pas a proclamar, ao mesmo tempo, a independncia do

    poder colonial e o fim da escravido. E isso em 1804, quase 20

    anos antes do grito do Ipiranga e 84 anos antes da abolio da

    escravatura no Brasil. Contudo, o pas pagou um alto preo por

    sua ousadia: as potncias colonizadoras impuseram embargo,

    indenizao, etc, de modo que existem todos esses terremo-

    tos histricos. O tremor geolgico apenas agravou essa herana

    injustamente imposta desde as origens da nao haitiana.

    verdade tambm que existem ambiguidades: os lderes negros

    revolucionrios se dividiram, cederam por vezes tentao do

    luxo das cortes imperiais e se transmutaram em uma elite que,

    inclusive, usufruiu de escravos.

    Paradoxalmente, porque tambm eu venho de fora, tenho,

    para mim, que h estrangeiros demais no Haiti: as tropas da

    ONU, ONGs, a assim (mal e eufemisticamente) chamada co-

    munidade internacional... Gente e grupos que, muitas vezes, no

    favorecem a soberania e que acabam, uma vez mais, por culpa-

    bilizar as prprias vtimas. Uma mescla de boas intenes mal

    enfocadas e mal geridas, com interesses mesquinhos e a mani-

    pulao da misria do Haiti, aproveitada por alguns como opor-

    tunidade de obter lucro e outros benefcios para si mesmos.

    Tristemente, a configurao de nosso mundo hoje, com a glo-

    balizao da indiferena, a que se refere o papa Francisco, acarreta

    um grande abandono do povo haitiano. E quando no se vislum-

    bra uma sada, uma situao das mais pungentes constatar que

    esse povo vai sendo empurrado para essa soluo (muitas vezes

    ilusria) de migrar, deixar o pas, por absoluta falta de perspectiva.

    H anos o Haiti enfrenta problemas econmicos e so-

    ciais, agravados pelo terremoto de 2010. Como est o

    pas hoje?

    Ainda hoje podemos ver sinais do abalo e falta muito a ser

    reconstrudo. Todavia, melhor do que os frios dados estatsticos,

    a vida de uma famlia pode nos dar a noo da situao do pas.

    Um senhor, que conheci, sofrera um acidente de trabalho: ao le-

    vantar um peso, molestou gravemente a sua coluna. Desassisti-

    do pelos mdicos, sem poder contar com um sistema de sade

    pblica, passou um longo ano de dor e de descaso, em cima de

    um catre. Quando, enfim, foi levado a um hospital, na esperan-

    a de um tratamento, a resposta foi sbria,

    fria, fatal: vocs chegaram tarde. Esse Pobre

    faleceu poucos dias depois, deixando viva

    e filhos pequenos. Bons telogos da Amrica

    Latina (Gustavo Gutirrez; Jon Sobrino) j nos

    alertaram e lanaram questes: Pobre quem

    morre antes do tempo, sem necessidade (porque

    no teriam morrido se houvesse Justia).

    Quais so as principais atividades so-

    ciais e religiosas da Companhia de Jesus

    no Haiti?

    Os jesutas construram uma longa hist-

    ria no Haiti, e bem movimentada. Chegaram

    regio em 1704, instalando-se em torno ao

    ento Cap Franais (que, com sua libertao,

    os negros renomearam para Cap Hatien). Fo-

    ram expulsos duas vezes do pas. A primeira

    em 1763, poca da supresso da Companhia. A

    isso se seguiu um longo perodo de ausncia,

    pois os jesutas s voltaram quase duzentos

    anos depois, em 1953. Sua permanncia, con-

    tudo, no se prolongou por muito tempo, pois

    novo exlio lhes foi impingido em 1964, du-

    rante a ditadura. Alguns poucos lograram se

    manter na clandestinidade, mas a existncia

    como Companhia s foi readmitida em 1986.

    Atualmente, somos pouco mais de 50

    jesutas do territrio do Haiti: uns cinco

    estrangeiros e os demais todos haitianos,

    a maioria jovens. Quase a metade est em

    outros pases (para cursar o Juniorado, a Fi-

    losofia, a Teologia, ou na 3 Provao e em es-

    tudos especiais). Alm da formao no pas

    (acompanhamento dos candidatos, Novicia-

    do e a etapa do Magistrio), a Companhia leva

    em frente uma rede de quase 20 escolas de

    F e Alegria; encarrega-se de uma Parquia;

    coordena um centro de reflexo, pesquisa

    e ao social; marca presena no ambiente

    universitrio; algo no campo da animao

    rural e da ecologia; e presta importante ser-

    vio aos migrantes e refugiados. Alm disso,

    recentemente, articularam-se melhor os es-

    foros j existentes na rea da espiritualida-

    de inaciana, com a criao do Centro Manre-

    sa, que citei anteriormente.

    Acesse a ntegra da entrevista no Portal

    Jesutas Brasil:

    http://bit.ly/1WYjvqn

  • 10 11Em Em

    O MINISTRIO DE UNIDADE NA IGREJA SANTA S

    VISITA HUMANITRIA ILHA DE LESBOS

    Em 16 de abril, o papa Francisco via-jou ilha de Lesbos (Grcia), para uma visita ecumnica e humanit-ria, na tentativa de levar conforto aos in-

    meros refugiados. O pontfice foi recebi-

    do pelo primeiro-ministro grego, Alexis

    Entre os dias 23 e 25 de abril, dentro do contexto do Ano da Misericrdia, foi celebrado o Jubileu dos Adolescentes, com o tema

    Crescer misericordiosos como o Pai.

    Segundo o papa Francisco, crescer

    misericordioso significa aprender a

    ser corajoso no amor desinteressado,

    tornando-se uma pessoa grande no

    fsico e no ntimo.

    No primeiro dia da celebrao, s-

    bado (23), o papa surpreendeu os fiis

    ao estar entre os 150 sacerdotes que

    atenderam as confisses dos jovens,

    na Praa de So Pedro, no Vaticano.

    Durante uma hora e meia, Francisco

    confessou 16 rapazes e moas.

    Tsipras, o patriarca de Constantinopla e

    lder espiritual da igreja ortodoxa mun-

    dial, Bartolomeu, e o arcebispo de Atenas

    e da Igreja Ortodoxa grega, Ieronymos.

    Ainda durante o voo, Francisco disse

    aos jornalistas: uma viagem marcada

    JUBILEU DOS ADOLESCENTES

    FOTO

    : LO

    SSER

    VATO

    RE

    RO

    MA

    NO

    FOTO

    : ASS

    OCI

    ATED

    PR

    ESS

    (AP)

    pela tristeza. Vamos encontrar a maior

    catstrofe depois da Segunda Guerra

    Mundial. Vamos ver tanta gente que sofre

    e no sabe para onde ir.

    Sim, o papa j sabia a realidade que

    iria encontrar. Em um acampamento,

    adultos e crianas beijaram suas mos,

    choraram a seus ps e imploraram por

    ajuda. E, mesmo com o fechamento das

    fronteiras por deciso da Unio Euro-

    peia, Francisco levou para o Vaticano

    trs famlias de refugiados srios, seis

    adultos e seis menores, em um ato sim-

    blico de ajuda a todos. O Papa quis re-

    alizar um gesto de acolhimento em re-

    lao aos refugiados, afirmou o diretor

    da Sala de Imprensa da Santa S, padre

    Federico Lombardi, acrescentando que

    a hospitalidade e a ajuda s famlias fi-

    caro a cargo do Vaticano.

    Duas das famlias so de Damasco,

    capital da Sria, e a outra da provncia

    Deir Azzor regio ocupada pelos ex-

    tremistas do Estado Islmico. Todas

    tiveram suas casas destrudas pelos

    bombardeios que assolam o pas.

    Fontes: sites Rdio Vaticano | Cano Nova

    No mesmo dia tarde, teve lugar

    um grande evento musical no Estdio

    Olmpico de Roma, ao qual Francis-

    co no pde comparecer, mas enviou

    uma mensagem em vdeo pedindo

    aos adolescentes para serem capa-

    zes de perdo: Ser misericordiosos

    quer dizer ser capaz de perdo. E isto

    no fcil, no ? Pode suceder que,

    s vezes, na famlia, na escola, na

    parquia, na ginstica ou nos locais

    de divertimento, algum possa fazer

    asneiras que nos faam sentir ofen-

    didos; ou ento, em algum momento

    de nervosismo, possamos ser ns a

    ofender os outros. No fiquemos com

    rancor ou com desejo de vingana.

  • 10 11Em Em

    O Vaticano apresentou, em 8 de abril, a Exortao Apostlica Ps-Sinodal Amoris Laetitia (A alegria do amor), do papa Francis-

    co. O documento, to esperado, rene

    A ALEGRIA DO AMOR, DO PAPA FRANCISCO

    FOTO

    : AG

    NCI

    A F

    RA

    NC

    E-PR

    ESSE

    (AFP

    )

    No domingo (24), o papa presidiu a

    celebrao com mais de 60 mil adolescen-

    tes, na Praa de So Pedro, aos quais ele fa-

    lou sobre amor, liberdade e felicidade. Em

    sua homilia, partindo do Evangelho deste

    V Domingo da Pscoa, Francisco deixou

    claro aos adolescentes que o amor o bi-

    lhete de identidade cristo: Por outras pa-

    lavras, o amor o bilhete de identidade do

    cristo, o nico documento vlido para

    sermos reconhecidos como discpulos de

    Jesus. Se este documento perde a validade

    e no se renova, deixamos de ser testemu-

    nhas do Mestre.

    O santo padre convidou os ado-

    lescentes a serem discpulos de Jesus,

    verdadeiros amigos que se distinguem

    pelo amor concreto que brilha na sua

    vida. Um amor que no fcil, exi-

    gente, requer esforo disse o papa.

    Durante os trs dias em que parti-

    ciparam do Jubileu dos Adolescentes,

    os jovens percorreram tambm o ca-

    minho jubilar na Via da Conciliao,

    passaram a Porta Santa da Baslica

    Vaticana e, principalmente, viveram

    momentos de alegria e convvio. O

    acolhimento aos adolescentes foi fei-

    to por parquias, institutos religiosos

    e escolas catlicas com a organizao

    do Servio para a Pastoral Juvenil da

    Diocese de Roma e do Centro Orat-

    rios Romanos (Itlia).

    Fontes: sites Rdio Vaticano | Cano Nova

    | Zenit

    reflexes dos dois Snodos sobre a Fa-

    mlia, convocados pelo pontfice em

    2014 e 2015, trazendo indicaes pas-

    torais e ateno s famlias feridas.

    Entre as orientaes feitas ao lon-

    go de mais de 250 pginas, o papa res-

    salta que a Igreja no deve continuar

    a atirar pedras contra quem no

    consegue viver de acordo com ideais

    de casamento e vida familiar do Evan-

    gelho. Em outro ponto, ele expressa

    ainda o desejo, antes de mais nada,

    reafirmar que cada pessoa, indepen-

    dentemente da prpria orientao

    sexual, deve ser respeitada na sua

    dignidade e acolhida com respeito,

    procurando evitar qualquer sinal de

    discriminao injusta e, particular-

    1 luz da Palavra

    2 A realidade e os desafios das famlias

    3 O olhar fixo em Jesus: a vocao da famlia

    4 O amor no matrimnio

    5 O amor que se torna fecundo

    6 Algumas perspectivas pastorais

    7 Reforar a educao dos filhos

    8 Acompanhar, discernir e integrar a fragilidade

    9 Espiritualidade conjugal e familiar

    Fontes: sites Rdio Vaticano | Cano Nova | G1

    EDIES LOYOLA PUBLICA EXORTAO AMORIS LAETITIA

    Aqueles que desejarem ler a ntegra da Exortao Apostlica Ps-Sinodal

    Amoris Laetitia (A alegria do amor) podem solicitar o documento para Edies

    Loyola por telefone (11) 3385-8500 ou e-mail [email protected]

    mente, toda a forma de agresso e

    violncia.

    Ao todo, a Exortao A alegria do

    amor tem nove captulos:

  • 12 13Em Em

    ESPECIAL

    12 Em

    [...] UMA COLABORAO CRESCENTE COM OS LEIGOS EXPANDIU

    NOSSA MISSO E MUDOU A MANEIRA DE REALIZ-LA EM

    PARCERIA COM OUTROS. A COLABORAO ENRIQUECEU O QUE

    FAZEMOS E A FORMA DE ENTENDER NOSSO PAPEL NA MISSO

    34 CONGREGAO GERAL

  • 12 13Em Em

    CAMINHANDO JUNTOS

    13Em

    Jesus chamou os apstolos para ajud--lo a compartilhar a Palavra de Deus com as pessoas e cada um deles tor-nou-se colaborador da misso do Pai. As-

    sim como Ele, Incio de Loyola procurou

    colaboradores para a misso de Cristo e

    isso antes mesmo de fundar a Companhia

    J de Jesus. Ainda como leigo, sem ainda pensar no sacerdcio ou em uma Ordem religiosa, ele comeou a experincia dos

    Exerccios Espirituais com seus compa-

    nheiros. O que nos mostra seu desejo de

    servir aos demais.

    Atualmente, no Brasil, a Companhia

    de Jesus rene mais de 8.900 colaborado-

    res, que atuam nas mais diversas presen-

    as apostlicas no pas. Isso, sem contar

    as pessoas que so voluntrias nas obras

    jesutas. O lao que cada uma delas tem

    com a instituio diferente, mas todas

    valorizam, assim como Santo Incio, um

  • 14 15Em Em

    aspecto em comum: o servio aos demais.

    Ns, como colaboradores, podemos

    identificar o impacto do nosso trabalho

    no sorriso das crianas e das famlias que

    atendemos nas creches e nos projetos so-

    ciais, em cada aluno formado em nossas

    instituies de ensino, em cada instncia

    de proteo de direitos, nas quais estamos

    representados, pois essa a traduo livre

    do cumprimento da misso jesuta, afir-

    ma Priscila Ruiz, 35 anos, coordenadora

    geral do Centro Administrativo So Paulo.

    A caracterstica inaciana de servir

    o que a inspira a atuar como colabora-

    dora da Companhia de Jesus. Trabalhar

    aqui ter o privilgio de vivenciar valo-

    res como a espiritualidade e a promoo

    da justia e, por meio disso, reconhecer

    a parcela de contribuio do esforo de

    cada pessoa na busca incessante pelo

    bem comum, acredita.

    Imbuda por esse esprito, Priscila

    conta que sempre busca inspirar cada co-

    laborador em seu trabalho. Segundo ela,

    o cuidado com as pessoas essencial.

    importante estarmos a servio das obras

    e do prximo com confiana. A minha

    responsabilidade apoiar as equipes que

    integram o Centro Administrativo, em So

    Paulo, para que todos realizem suas ativi-

    dades da melhor forma. Eu estou a servio

    das pessoas para que possamos ter um

    bom ambiente de trabalho, afirma ela,

    que tambm j foi colaboradora da Fun-

    dao F e Alegria do Brasil.

    Os laos de Priscila com a Companhia

    de Jesus so antigos. Ex-aluna do Colgio

    So Francisco Xavier, em So Paulo (SP),

    e com uma breve passagem pela Univer-

    sidad Pontificia Comillas, em Madri (Es-

    panha), ambas instituies jesutas, ela

    conta que a ligao com a instituio vai

    muito alm da formao ou do vnculo

    empregatcio. O padre Luiz Fernando

    Klein sempre disse uma frase que me guia

    e que procuro disseminar para todos os

    colaboradores: Que amor que te move? E

    sob essa inspirao que acordo todos os

    dias para ir trabalhar, diz.

    A frase de padre Klein marcou a vida

    de Priscila e a inspira at hoje no trabalho

    que ela realiza. Incio, desde o incio da

    Ordem religiosa, tambm incentivava as

    pessoas por meio de suas atitudes. Padre

    Jorge Cela, presidente da CPAL (Confern-

    cia dos Provinciais Jesutas da Amrica

    Latina), conta que, para Incio, as pesso-

    as poderiam ajudar umas as outras para

    a maior glria de Deus. Dessa forma,

    os leigos sempre estiveram presentes na

    misso dos jesutas ao longo da histria.

    Padre Cela lembra, por exemplo, que essa

    atuao foi importante na poca da su-

    presso da Ordem religiosa (1773-1814).

    Pensemos como teria sido possvel o tra-

    balho das redues com um sacerdote e

    um irmo jesuta apenas se no houvesse

    tido um exrcito de colaboradores na mis-

    so educativa, organizadora e evangeliza-

    dora, ressalta.

    Hoje, no Brasil, grande nmero de

    colaboradores ajuda de forma significati-

    va a misso dos jesutas no pas. O amor

    pelas pessoas e o desejo de servir so a

    inspirao de Ivone de Souza Leito, 49

    anos, voluntria no SIES (Servio Inaciano

    de Espiritualidade), em Manaus (AM). Na

    obra jesuta, Ivone coordenadora e res-

    ponsvel, junto com um grupo de mais

    10 pessoas, por promover atividades na

    regio. Para ela, viver a espiritualidade

    inaciana e lev-la a outras pessoas o que

    mais a encanta e deixa feliz. Os Exerc-

    cios Espirituais so um aprendizado para

    toda vida. Sou grata a Deus por ter inspi-

    rado Santo Incio de Loyola a escrever os

    EE e aos jesutas por nos proporcionar os

    conhecimentos desse legado, afirma.

    A relao de Ivone com a Companhia

    de Jesus existe h cerca de 30 anos. Segun-

    do ela, durante muito tempo, os jesutas

    foram procos da Parquia Cristo Liber-

    tador, em Manaus (AM). Alm disso, par-

    ticiparam de importantes celebraes da

    famlia da voluntria, como casamento,

    batismo dos filhos, dentre outros mo-

    mentos. Eu e minha famlia temos uma

    histria muito bonita de convivncia e

    afeto com os jesutas, confessa.

    Ivone atuou por muitos anos como

    assistente administrativa e, atualmente,

    microempresria. Ela conta que o desejo

    de tornar-se voluntria no SIES nasceu de-

    pois de fazer os Exerccios Espirituais na

    vida cotidiana. Aps terminar os EE, eu

    fiz novas eleies no meu Projeto de Vida,

    pois, por muito tempo, fui tesoureira de

    uma comunidade, mas o trabalho no me

    deixava feliz. Como sempre gostei muito

    de liturgia e espiritualidade, surgiu o con-

    vite para participar do SIES como volunt-

    ria, conta.

    A variedade do servio apostlico dos

    leigos alcanou dimenses notveis na

    Companhia de Jesus, nas mais diferentes

    reas de atuao, como Educao, Social,

    Espiritualidade, dentre outras. Em entre-

    vista ao site da Cria dos Jesutas (Boletim

    8.900colaboradores trabalham

    nas mais diversas presenas

    apostlicas da Companhia de

    Jesus no Brasil

    Trabalhar na Companhia de Jesus ter o privilgio de vivenciar valores como a espiritualidade e a promoo da justia, afirma Priscila Ruiz

    14 Em

  • 14 15Em Em

    n6/maro 2016), o superior geral, padre

    Adolfo Nicols, falou sobre essa diversi-

    dade de atuao dos leigos na misso: no

    presente, encontramos que so tantos os

    leigos com desejo de trabalhar pelos de-

    mais e com interesse na espiritualidade

    inaciana, que nos vemos obrigados a con-

    sider-los como um sinal de que os novos

    tempos, e Deus com eles, nos convidam a

    trabalhar de modo diferente. Em outras pa-

    lavras, no podemos continuar pensando

    que nosso trabalho nosso, o que estamos

    levando a cabo nossa limitada misso,

    mas, antes, que somos apenas, na Igreja,

    uma mnima parte da misso de Deus.

    Fernando Meyer, colaborador do Co-

    lgio Anchieta, de Porto Alegre (RS), pode

    afirmar que faz parte dessa misso. H

    mais de cinco dcadas trabalhando na

    instituio, esse senhor de 79 anos reco-

    nhecido pela dedicao com que realiza

    seu trabalho no Museu Anchieta de Cin-

    cias Naturais.

    Hoje, com mais de 200 mil unidades

    cientficas, o Museu Anchieta de Cincias

    Naturais referncia para os estudantes

    do Anchieta e de outras instituies. Esse

    rico acervo atrai alunos universitrios, de

    diversas regies, que buscam aprofundar

    suas pesquisas acadmicas, explica Fer-

    nando. Esse reconhecimento resultado

    do carinho que ele sente pelo trabalho que

    realiza, pois sabe que essa dedicao se re-

    flete na misso dos jesutas.

    Fernando conheceu a Companhia

    de Jesus ainda criana. Aps anos como

    aluno da instituio, tornou-se professor

    e, atualmente, coordenador do Museu

    do Colgio. So muitos anos de histria,

    mas Fernando lembra at hoje como um

    jesuta despertou nele o fascnio pela rea

    de Biologia. Eu estava na 4 srie do gin-

    sio e, estimulado pelo padre Pio Buck, do

    Museu Anchieta, comecei a ajudar na or-

    ganizao das colees de insetos de alto

    valor cientfico, lembra o zologo e ento-

    mlogo, que h anos dedica-se ao estudo

    dos insetos.

    Em 1973, aps o falecimento do padre

    Pio, diretor do Museu Anchieta, o ento

    diretor do Colgio, padre Joo Roque, indi-

    cou Fernando para assumir o cargo. Des-

    de ento, a dedicao marca registrada

    desse colaborador que h anos encanta a

    todos com sua simplicidade. Minha atu-

    ao tem como meta agir com sensibili-

    dade, compreenso, presena e amizade,

    ressalta.

    Um dos alicerces dessa cooperao

    entre jesutas e leigos a experincia dos

    Exerccios Espirituais de Santo Incio de

    Loyola, a marca distintiva de uma obra

    inaciana, como afirma a 35 CG (Pg. 212).

    O contato com a espiritualidade inaciana

    foi o que inspirou Jos Carlos Aguilera,

    45 anos, a atuar como voluntrio no CCB

    (Centro Cultural de Braslia).

    H sete anos, ele participa ativamente

    das atividades da instituio. Atualmente,

    assessor da Coordenao Colegiada do

    Grupo Diversidade Crist de Braslia, que

    rene homoafetivos que buscam acolhi-

    da, respeito e misso na igreja. A inicia-

    tiva nasceu no CCB com apoio dos jesu-

    tas que acolheram, em seu espao fsico,

    homens e mulheres que buscam dialogar

    sobre a realidade da homoafetivade e dos

    novos ncleos familiares, explica Jos

    Carlos, secretrio executivo da ABRUC

    (Associao Brasileira das Universidades

    Comunitrias).

    Em Braslia (DF), Jos Carlos conta que

    procurou uma comunidade que favore-

    cesse seu crescimento na f. Aps conver-

    sar com uma amiga, que j tinha realiza-

    dos os Exerccios Espirituais, ele decidiu

    conhecer o CCB. A espiritualidade ina-

    ciana um consolo para minhas inquie-

    taes e um apoio que me lana em novos

    projetos e desafios na vida. Da, para dedi-

    car-me a atividades pastorais, culturais e

    formativas no CCB foi instantneo. Mui-

    tas coisas me motivam a continuar atuan-

    do como voluntrio aqui, afirma.

    EM BUSCA DO MAGIS

    A identificao com a misso da Com-

    panhia de Jesus uma das caractersticas

    dos colaboradores que atuam em obras

    jesutas, seja como funcionrios, seja

    como voluntrios. Para o padre Carlos

    Alberto Contieri, secretrio para a Cola-

    borao com Outros e o Servio da F e

    Espiritualidade da Provncia dos Jesutas

    do Brasil (BRA), preciso cada um buscar,

    no trabalho que realiza, o magis inaciano.

    necessrio que esse trabalho seja dis-

    tinguido pela profundidade, criatividade

    e excelncia apostlica, no importando

    qual seja a rea de atuao, afirma.

    As obras jesutas precisam estar em

    sintonia com os valores da Companhia de

    Jesus, para que isso fortalea ainda mais o

    entendimento da importncia de cada lei-

    go na misso de Cristo. Nesse contexto, o

    Ivone de Souza Leito (de camiseta vermelha) orienta participante de encontro de acompanhamento de EVC (Exerccios Espirituais na Vida Cotidiana)

    15Em

  • 16 17Em Em

    compromisso com a prtica da f, da justi-

    a e do dilogo precisam ser cultivados por

    toda pessoa que atua com os jesutas. A 35

    Congregao Geral ressalta que: o dilogo

    regular, levado em esprito de confiana e

    respeitando a subsidiariedade adequada,

    serve para promover o discernimento, a

    responsabilidade e um sentido mais claro

    de colaborao na misso.

    No Plano Apostlico da Companhia

    de Jesus no Brasil, a dimenso da cola-

    borao uma das seis caractersticas

    fundamentais do modo de proceder je-

    sutico. Segundo o provincial do Brasil,

    padre Joo Renato Eidt, trata-se de um

    novo modo de compreender a realiza-

    o de nossa ao apostlica, numa ati-

    tude de aprendizado e de partilha com

    outros, em mbito civil e eclesial. Se-

    guindo esse mesmo pensamento, padre

    Contieri complementa: uma forma

    de compreender a realizao da misso

    e de promover a unidade entre todos.

    Promover a unio das pessoas tam-

    bm uma das responsabilidades de

    cada colaborador e, aqui, cabe ressaltar a

    importncia dos que ocupam funes de

    liderana nas instituies jesutas. Os l-

    deres devem ter um compromisso com a

    misso da Companhia de Jesus como se

    concretiza na obra particular, mesmo que

    possam ser de tradies religiosas ou es-

    pirituais diferentes das nossas. A clareza

    acerca da misso de cada obra apostlica

    e as funes respectivas de cada um dos

    seus componentes evitam mal-entendi-

    dos, promovem maior responsabilidade e

    estimulam o trabalho em equipe, esclare-

    ce a 35 CG (Pg. 213).

    O compromisso de melhor servir,

    presente em cada colaborador, o que d

    nimo para a forte atuao dos jesutas no

    Brasil, pas de dimenses continentais. A

    Companhia de Jesus no teria condies

    de realizar sua misso se no contasse

    com os colaboradores que esto presentes

    em todas as esferas de responsabilidade de

    nossas obras, acredita padre Joo Renato.

    Nos ltimos anos, a participao das

    mulheres nas obras jesutas cresceu sig-

    nificativamente e outro fator que forta-

    leceu ainda mais a dimenso da colabo-

    rao. A presena das mulheres refora

    a descoberta por novos caminhos para o

    melhor servio misso reconciliadora

    do Cristo. Este carisma feminino essen-

    cial em diversas situaes e contextos,

    afirma o provincial do Brasil.

    Atualmente, a formao inaciana dos

    colaboradores realizada por cada obra

    individualmente. Segundo o padre Con-

    tieri, a perspectiva que esse cenrio ga-

    nhe um apoio a mais no futuro. Com a

    criao da Secretaria de Colaborao com

    Outros e o Servio da F e Espiritualida-

    de, ns estamos pensando e elaborando

    um projeto de formao comum para os

    nossos colaboradores no Brasil, sem pres-

    cindir da iniciativa de cada obra ou plata-

    forma apostlica, explica. Nesse sentido,

    compartilhar a espiritualidade inaciana

    um aspecto importante para a misso. Os

    Exerccios Espirituais so a fonte inspi-

    radora para nossa ao apostlica, acres-

    centa padre Joo Renato.

    A partir de uma formao mais abran-

    gente, baseada na histria da Companhia

    de Jesus e nas caractersticas da espiritua-

    lidade inaciana, ser possvel reforar ain-

    da mais o sentido de unidade da Provncia

    do Brasil. A Companhia de Jesus reconhe-

    ce como uma graa muito importante de

    nosso tempo esse compromisso que os je-

    sutas possuem de compartilhar a misso

    que lhes confiada com os colaboradores

    leigos e religiosos, diz o provincial do

    Brasil. Segundo ele, aliar o conhecimento

    profissional dos colaboradores com o es-

    Caractersticas fundamentais de

    nossa ao apostlica

    a. Presenas apostlicas

    b. Ministrio instrudo

    c. Formao de lideranas

    d. Colaborao com outros e parti-

    cipao em redes

    e. Novos meios e novas linguagens

    f. Incidncia scio-poltico-cultural

    MAGIS,O SIGNIFICADO

    Magis um termo em la-

    tim que significa o mais, o

    maior, o melhor. Essa palavra,

    muito utilizada por Santo In-

    cio de Loyola, quer dizer que

    sempre podemos nos doar

    mais em relao quilo que j

    fazemos ou vivemos.

    Fernando Meyer colaborador do Colgio Anchieta, de Porto Alegre (RS), h mais de cinco dcadas

    16 Em

  • 16 17Em Em

    prito dos jesutas garantir o melhor de-

    sempenho para servir misso de Cristo.

    De maneira qualificada, essa colaborao

    nos abre campos e reflexes atravs dos

    quais atuamos em conjunto, ressalta.

    Para o padre Joo Geraldo Kolling, ad-

    ministrador da Provncia dos Jesutas do

    Brasil, caminhar conjuntamente na reali-

    zao da misso impulsiona um esforo

    unido, humilde e despojado. Os colabora-

    dores leigos auxiliam significativamente a

    Companhia de Jesus na realizao de sua

    misso, contribuindo com seus talentos e

    com sua qualificao profissional nas di-

    ferentes frentes de trabalho, afirma.

    SER COMPANHIA COM OS OUTROS

    A dimenso da colaborao sempre

    esteve presente na Companhia de Jesus,

    desde o tempo de Santo Incio, mas esse

    vnculo entre jesutas e leigos estreitou-

    -se, ainda mais, aps o Conclio Vaticano

    II (1962-1965), quando a Igreja Catlica de-

    clarou a importncia do laicato na misso

    de Deus. Inspirados pelo Conclio, os jesu-

    tas aprovaram, na 34 Congregao Geral

    (1995), o decreto Colaborao com os leigos

    na misso, que afirmava e encorajava co-

    laborao apostlica e convidava os jesu-

    tas a cooperarem com outros na misso. A

    partir de ento, muitos foram os desafios

    e as conquistas, aps as reflexes advin-

    das desse encontro.

    Em 2008, durante a 35 Congregao

    Geral, a Companhia de Jesus renovou seu

    compromisso com a colaborao apost-

    lica e a partilha do trabalho para a vida da

    Igreja e para a transformao do mundo.

    No discurso aos membros da Congrega-

    o, o ento papa Bento XVI salientou a

    importncia da misso dos jesutas: Fa-

    zei com que o rosto do Senhor seja co-

    nhecido pelas muitas pessoas para quem

    permanece escondido ou irreconhecvel.

    Com essas palavras do pontfice em men-

    te, os jesutas aprovaram o decreto 6 com

    o tema Colaborao no centro da misso,

    reforado a importncia da atuao dos

    leigos na Companhia de Jesus.

    COMPANHEIROS

    Segundo a 35 Congregao Geral,

    a expresso leigo que, etimologi-

    camente, se aplica a crentes cris-

    tos no ordenados, na Companhia

    de Jesus ganha outro significado.

    Hoje, as pessoas que colaboram

    com os jesutas so certamente lei-

    gos, mas tambm sacerdotes, reli-

    giosos, pessoas de outras religies

    ou, simplesmente, gente de boa

    vontade, que tambm so conside-

    rados companheiros.

    O papa Bento XVI evidenciou que a

    misso dos jesutas ajudar a Igreja a levar

    a Palavra de Deus s pessoas. Na Compa-

    nhia de Jesus, esse chamado partilhado

    com os leigos, que, em muitos lugares,

    so essenciais para garantir a atuao das

    obras jesutas. So homens e mulheres

    das mais diversas convices religiosas

    e humanitrias que colaboram de forma

    generosa com os apostolados da Ordem

    religiosa. A espiritualidade inaciana res-

    peita a espiritualidade prpria de cada

    um, por isso possvel encontrar colabo-

    radores de diversos credos religiosos nas

    instituies jesutas. Isso no impede a

    cooperao, pois, na Companhia de Jesus,

    os leigos compartilham do mesmo senti-

    do de misso, baseado nos valores huma-

    nos, como justia, paz e defesa dos mais

    necessitados.

    A 34 CG sinalizou tambm que os je-

    sutas deveriam enxergar o termo nossos

    apostolados por uma perspectiva diferen-

    te. [...] teremos de entender por nosso

    algo diferente: significar um autntico

    companheirismo inaciano de leigos e je-

    sutas, cada um atuando de acordo com

    sua prpria vocao. Os leigos assumiro

    com todo direito um papel de maior res-

    ponsabilidade e liderana nessas obras,

    34 CG (Pg. 215).

    O trabalho dos colaboradores leigos

    e dos voluntrios fortalece a misso da

    Companhia de Jesus. Atuando em con-

    junto com os jesutas, cada pessoa con-

    tribui para que Cristo se faa presente

    no mundo. Como homens de colabora-

    o, os jesutas souberam responder s

    necessidades do mundo e inspiraram

    outros a fazer o mesmo. A responsabi-

    lidade pela misso de Jesus de todos.

    [...] o nosso desejo de nos unir a pesso-

    as de boa vontade, no servio famlia

    humana e na instaurao do Reino de

    Deus. uma graa que nos concedida

    neste momento, perfeitamente coeren-

    te com o nosso modo jesuta de proce-

    der 35 Congregao Geral (Pg. 223).

    Jos Carlos Aguilera (o terceiro da esq. p/ dir.) com os membros da Coordenao Colegiada do Grupo Diversidade Crist de Braslia

    17Em

  • 18 19Em Em

    COMPANHIA DE JESUS CRIA GERAL

    POBREZA, SOLIDARIEDADE E OBEDINCIA

    MISSIONRIOS JESUTAS RECEBEM MXIMA DISTINO BOLIVIANA

    Em 20 de abril, o boletim ele-trnico da Cria Geral publi-cou mais uma entrevista com o padre Adolfo Nicols, intitulada

    Conversaes com o Padre Geral. Na

    edio atual, as reflexes do superior

    Os jesutas espanhis Xavier Alb e Maurici Bacardit receberam recentemente a condecorao do Cndor de los Andes como reconheci-

    mento do compromisso de ambos com a

    democracia e os pobres na Bolvia.

    O presidente Evo Morales entre-

    gou-lhes as mximas distines da

    Bolvia em um ato no Palcio do Go-

    verno e recordou o trabalho que, du-

    rante anos, os dois religiosos tm re-

    alizado junto populao indgena e

    camponesa do pas.

    O telogo e filsofo Maurici Ba-

    cardit, nascido em Manresa (Espa-

    nha), em 1936, e residente na Bolvia

    desde 1955, valorizou o reconheci-

    mento pelo trabalho que tem tentado

    realizar durante mais de 40 anos em

    prol das minorias postergadas e mar-

    ginalizadas. Os aplausos do pblico

    interromperam-no quando disse que

    acondecorao tem que ser para a

    gente pobre que ele procurou ajudar,

    para que eles assumam seu verdadei-

    ro protagonismo e passem a ter dias

    melhores, com justia e liberdade.

    O jesuta Xavier Alb, nascido na ci-

    dade barcelonesa de La Garriga, em 1934,

    ingressou na Companhia de Jesus, em

    1951. antroplogo e erudito e, ao mes-

    mo tempo, ativista pela justia social.

    Dedicou sua vida defesa dos direitos

    das populaes indgenas. Estudioso do

    aymara, do quetchua e do guarani, uma

    das pessoas mais ativas, comprometidas

    e reconhecidas que trabalham no m-

    bito das lnguas da Amrica Latina. Em

    sua interveno ao receber o prmio e

    na presena dos mximos dirigentes do

    pas, no duvidou em expressar a sua

    opinio sobre alguns dos temas polticos

    e sociais que vive a Bolvia, assinalando

    que jamais renunciar liberdade de

    dizer o que sente.

    Fonte: OMPRESS-BOLIVIA

    FOTO

    : AB

    I (A

    GEN

    CIA

    BO

    LIV

    IAN

    A D

    E IN

    FOR

    MA

    CI

    N)

    O presidente da Bolvia, Evo Morales, condecora os jesutas Xavier Alb e Maurici Bacardit com Cndor de los Andes, no Palcio do Governo

    da Companhia de Jesus esto ligadas

    aos temas da pobreza, solidariedade

    e obedincia.

    Ao ser questionado sobre o que diria

    a um jesuta que tem pouco contato

    com os pobres, padre Adolfo Nicols

    A ntegra da entrevista, em espanhol,

    est disponvel no link:

    http://bit.ly/1rugySw

    responde: Os pobres nos ensinam

    algo nico sobre a humanidade e coi-

    sas semelhantes. Da mesma forma,

    eles nos ensinam algo do Evangelho

    que, caso contrrio, no poderamos

    aprender, pelo menos se no estiver-

    mos muito avanados no caminho do

    Senhor, coisa que nenhum pode afir-

    mar de si mesmo.

  • 18 19Em Em

    TERREMOTO NO EQUADOR

    LOGOTIPO DA 36 CG

    Em 16 de abril, um tremor de terra (de 7,8 na escala Richter) abalou o Equador, deixando mais de 650 mortos, 16.500 feridos e 25.500 desabri-

    gados. O epicentro foi registrado a cerca

    de 400 km de Quito, capital do pas.

    Os jesutas das comunidades de Por-

    toviejo, Manta e Guaiaquil esto bem, ape-

    sar de algumas edificaes locais terem

    sido afetadas, como da Pontifcia Univer-

    sidade Catlica do Equador-sede Manabi

    (PUCE-Manabi), nas localidades de Cho-

    ne, Bahia de Carquez e Portoviejo e do

    Centro de Promoo Social Rio Manta.

    Os povoados mais prejudicados

    so Pedernales e Muisne. A 17 km de

    Pedernales, na comunidade Caaveral,

    a Companhia de Jesus tem uma escola

    popular e pequenas casas do Colgio

    So Gabriel, que esto sendo utilizadas

    para refugiar vizinhos.

    A Cria Geral disponibilizou o logotipo da 36 Congregao Geral, com o tema Reman-do mar a dentro. A identidade visual

    estar presente em materiais e pu-

    blicaes, para marcar e lembrar des-

    se importante momento na vida da

    Companhia de Jesus no mundo.

    As manifestaes de solidariedade de Comunidades e

    Obras da Companhia de Jesus, Organizaes, Instituies

    e pessoas particulares tm sido significativas. O provin-

    cial dos jesutas do Equador, Pe. Gilberto Freire, agrade-

    ceu a todos e pediu que sigam apoiando e orando pelas

    vtimas da tragdia.

    Tremor de terra de

    7,8na escala Richter

    FOTO

    : JU

    AN

    CEV

    ALL

    OS/

    AFP

    PH

    OTO

  • 20 21Em Em

    A COMPANHIA DE JESUS NA AMRICA LATINA CPAL

    V isitando museus ou lugares histricos, muitas vezes tenho--me perguntado por que esto pensados para receber turistas. No

    seria melhor se constiturem espaos

    de construo de identidades coleti-

    vas? As nossas memrias coloniais no

    deveriam nos fazer presentes os povos

    trazidos da frica ou as tribos indge-

    nas como maneiras de questionar as

    nossas pobrezas e excluses atuais?

    No deveriam ser a memria que nos

    permite construir um futuro melhor?

    Algo assim como o Museu da Memria

    de Santiago de Chile?

    Assim, os lugares e tempos para

    recordar a histria da Companhia de

    Jesus devem ser espaos de memria

    do nosso futuro. [...] Nossos arquivos

    histricos, o patrimnio artstico, as

    runas das redues do Paraguai ou as

    igrejas vivas do Moxos e a Chiquita-

    nia (Bolvia), o Pateo de So Paulo ou a

    lechuga (alface) colombiana no de-

    veriam ser convites para nos questio-

    narmos nossos estilos e compromissos

    de hoje? O Pe. Kolvenbach insistia na

    fidelidade criativa que nasce dessa ca-

    pacidade de ler o nosso passado como

    forma de discernir o nosso futuro.

    O recente encontro, em Lima (Peru),

    do mais novo Grupo da CPAL (Confern-

    cia dos Provinciais Jesutas da Amrica

    Latina), Grupo de Histria, Memria e

    Patrimnio, despertou em mim essas

    inquietudes. Acompanhando-o por

    dois dias, confirmou em mim a impor-

    tncia de criar esse grupo de trabalho

    MEMRIADO FUTURO

    em rede, no s para nos ajudar a conservar melhor a nossa

    histria e o nosso patrimnio, como para torn-los peas de

    discernimento para nosso presente.

    [...]

    Hoje, debatemo-nos na busca de formas de financiamen-

    to para nossas obras sociais menos dependentes de capitais

    externos. Seria interessante redescobrir o sistema de manter

    as misses entre indgenas com nossas fazendas e (outras)

    obras apostlicas. [...] O estudo de outras pocas no poderia

    nos iluminar para reinventar novas frmulas?

    [...]

    Finalmente, pergunto-me como foi possvel, apesar das

    distncias e das dificuldades de comunicao entre as re-

    dues, estender-se to rapidamente o mesmo projeto com

    uma grande flexibilidade para adaptar-se aos contextos e cul-

    turas diferentes. Mais ainda, quando pensamos no projeto

    missionrio incluindo sia e frica, descobrimos a mesma

    dinmica de inculturao da f, do dilogo intercultural, do

    empoderamento das demais culturas. No nos inspira isso

    para nosso trabalho em um mundo globalizado, no qual as

    redes se transformam em instrumentos de construo de

    conhecimentos e novas culturas, e de colaborao para as

    mais diversas empresas, com a ajuda de uma tecnologia

    que nos permite comunicao global e imediata? Diante da

    Congregao Geral que se aproxima, no teramos que in-

    cluir essa perspectiva histrica para compreender melhor

    como responder hoje s demandas de nossa modernidade

    tardia para incorporar no governo as novas tecnologias, as

    vises globais, a interculturalidade e as redes, como ins-

    trumentos de busca da vontade de Deus como o foram para

    Incio as cartas, as consultas e a representao?

    [...] No deveramos estudar em profundidade os momen-

    tos e as causas que debilitaram a integrao de nossa espiritua-

    lidade, comunidade e misso, convertendo essas trs dimen-

    ses em compartimentos estanques quase independentes?

    Penso na Eucaristia como memorial da nossa redeno.

    No simples lembrana. atualizao da memria que se

    torna transformadora do presente e criadora do Reino que

    esperamos. Que a Eucaristia nos inspire nesse caminho de

    construo como corpo desde a fidelidade criativa.

    Leia a ntegra da mensagem (em espanhol) do Pe. Jorge

    Cela pelo link: http://bit.ly/26UdUpW

    Pe. Jorge Cela, SJPresidente da CPAL

  • 20 21Em Em

    Fonte: Pan-Amaznia SJ Carta Mensal n 25 Abril 2016 | Acesse o link (http://bit.ly/1rtNIlu) do Portal Jesutas Brasil e faa o

    download das edies completas da Pan-Amaznia SJ Carta Mensal.

    Os padres jesutas Alfredo Ferro, coordenador do Projeto Pan-ama-znico da CPAL (Conferncia dos Provinciais Jesutas da Amrica Latina),

    e Pablo Mora participaram do Encontro

    Internacional da F e Alegria - FyA, que

    aconteceu no ms de abril, na cidade de

    Santa Cruz de la Sierra (Bolvia). Eles tam-

    bm marcaram presena no encontro de

    formao sobre REDES e da Assembleia

    VISITA DO SECRETRIO DE JUSTIA SOCIOAMBIENTAL DA BRA

    ENCONTRO DOS RELIGIOSOS DA TRPLICE FRONTEIRA

    CONGRESSO INTERNACIONAL DE F E ALEGRIA

    O padre Jos Ivo Follmann, secre-trio para a Justia Socioam-biental da Provncia dos Jesutas do Brasil (BRA) e vice-reitor da Unisinos

    (Universidade do Vale do Rio dos Sinos),

    esteve na cidade de Letcia (Colmbia),

    para visitar o Projeto Pan-amaznico

    No dia 23 de abril, em Letcia (Co-lmbia), aconteceu mais um encontro de religiosos que atu-am na trplice fronteira. Nessa ocasio,

    foi possvel conhecer mais sobre o que

    e como anda a REPAM-Rede Eclesial

    Pan-amaznica. Tambm houve um mo-

    Geral de FyA, o qual coincidiu com as ce-

    lebraes do aniversrio dos 50 anos da

    instituio no pas. Na ocasio, alm

    de apresentar o Projeto Pan-amaznico

    da CPAL-PAM SJ, os jesutas aproveita-

    ram para conversar com os diretores

    nacionais da FyA sobre um projeto que

    est sendo elaborado conjuntamente

    pelas duas instituies, com o objetivo

    de criar uma rede de articulao com

    os Centros de F e Alegria dos pases da

    Pan-amaznica em torno da Sensibili-

    zao Amaznica e da Educao Inter-

    cultural Bilngue EIB.

    da CPAL e dialogar com os jesutas para

    fortalecer a relao com a Provncia BRA,

    a Plataforma Apostlica Amaznia e as

    universidades do Brasil. O padre Jos Ivo

    teve a oportunidade de conhecer tam-

    bm a realidade da fronteira e da cidade

    colombiana de Puerto Nario.

    mento para refletir sobre o cuidado com

    a casa comum de que nos fala a Carta

    Encclica Laudato S, do papa Francisco,

    e sobre possveis servios que, como reli-

    giosos, podemos prestar s Igrejas locais,

    enquanto vida e misso da Vida Religiosa

    Consagrada na Amaznia.

  • 22 23Em Em

    COMPANHIA DE JESUS DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO

    PADRE JALDEMIR VITRIO LANA NOVO LIVROO padre Jaldemir Vitrio acaba de publicar, pela editora Paulinas, o livro

    Anlise Narrativa da Bblia - Primei-

    ros passos de um mtodo. Escrito de

    maneira esquemtica, em linguagem

    simples e acessvel, a obra ensina a ler

    a Bblia como catequese narrativa.

    As narraes bblicas so meios en-

    contrados pelos telogos e catequistas

    daqueles tempos para falar de Deus e dos

    problemas das comunidades. E, assim,

    oferecer uma luz para a caminhada, de

    modo especial, em poca de crise, ex-

    plica padre Vitrio, professor do depar-

    tamento de Teologia da FAJE (Faculdade

    Jesuta de Filosofia e Teologia).

    A obra poder ser til para estudio-

    sos de Bblia, catequistas, ministros da

    Palavra, pregadores, seminaristas, reli-

    giosos e religiosas que desejem ver a B-

    Os Cadernos do CEAS (Centro de Estudos e Ao Social) buscam discutir criticamente temas diversos que se relacionam com ques-

    tes sociais. Agora, as publicaes es-

    to disponveis para download pelo site

    cadernosdoceas.ucsal.br

    CADERNOS DO CEAS ESTO DISPONVEIS PARA DOWNLOAD

    blia com um olhar diferente das leituras

    tradicionais. No fim de cada captulo,

    ainda foram inseridos exerccios para

    ajudar os leitores a fixarem o tema estu-

    dado, conclui o jesuta.

    A linha editorial da publicao con-

    templa leituras crticas da realidade,

    fomentando, assim, a discusso de no-

    vas temticas colocadas pela dinmica

    social. Atualmente, o Cadernos do CEAS

    coeditado por meio de uma trplice

    parceria entre o prprio CEAS, locali-

    Saiba mais

    Informaes pelo e-mail:

    [email protected]

    Conhea o site do CEAS :

    www.ceas.com.br

    Servio

    Livro| Anlise Narrativa da Bblia -

    Primeiros passos de um mtodo

    Editora| Paulinas

    www.paulinas.org.br

    zado em Salvador (BA), a Unicap (Uni-

    versidade Catlica de Pernambuco), em

    Recife (PE), e a UCSAL (Universidade

    Catlica de Salvador), em Salvador (BA).

    Em 2016, sero publicadas trs edies

    dos Cadernos do CEAS, que estaro dis-

    ponveis on-line.

  • 22 23Em Em

    COMPANHIA DE JESUS PROMOO DA JUSTIA E ECOLOGIA

    O cardeal italiano Gianfranco Ravasi, presidente do Pontif-cio Conselho para a Cultura do Vaticano, ministrou a Aula Magna da

    PUC-Rio (Pontifcia Universidade Cat-

    lica do Rio de Janeiro), no dia 8 de abril.

    Com o tema A tica na Laudato Si, ele

    abordou a relao entre tica e susten-

    tabilidade e pediu sociedade para ce-

    lebrar sempre, e jamais devastar a cria-

    o. O cardeal explicou que, apesar de

    o termo sustentabilidade ter se tornado

    muito popular nos dias atuais, o termo

    muitas vezes apenas enche bocas e

    deixa indiferentes as mos.

    O reitor da PUC-Rio, padre Josaf Car-

    los de Siqueira, SJ, e o gro-chanceler da

    Universidade e arcebispo do Rio de Ja-

    neiro, cardeal dom Orani Joo Tempesta,

    recepcionaram o ilustre convidado, que

    ressaltou a importncia da encclica. O

    apelo do papa Francisco na Laudato Si

    como um chamado unio de toda a

    famlia humana, na busca de um desen-

    volvimento sustentvel e integral para

    proteger nossa casa comum, o planeta,

    afirmou. O cardeal Ravasi ainda comple-

    mentou que importante unir a questo

    ecolgica dimenso existencial, social e

    histrica prpria dignidade humana.

    Segundo Ravasi, experiente crtico

    dos textos sagrados cristos, a relao

    entre o homem e a criao ou seja, a

    natureza , primeiramente, de con-

    templao. A palavra grega kals, muito

    presente no Livro do Gnesis, que trata

    da criao do mundo, pode ser traduzi-

    da como belo ou bom. Para o cardeal,

    isso significa que ver e cuidar da natu-

    reza um tipo de experincia esttica.

    A Bblia tambm ressalta, apontou

    Ravasi, uma estreita relao entre a hu-

    manidade e a terra: o homem p e ao

    p retornar. O ser humano desrespeita

    a natureza porque teria esquecido des-

    sa aliana primria feita com Deus, a de

    guardar e proteger a criao. O cardeal

    explicou que a Igreja Catlica tem segui-

    do a linha de Estados e organizaes in-

    ternacionais nos esforos para definir o

    que sustentabilidade e criar uma agen-

    da ecolgica. Ele citou, por exemplo, a

    Assembleia Geral da ONU, em dezembro

    de 2002, que definiu o arco entre os anos

    2005 e 2014 como o decnio da educao

    para o desenvolvimento sustentvel.

    Ao fim da solenidade, o vice-reitor,

    padre Francisco Ivern Sim, SJ, e o ex-

    -reitor da PUC-Rio, padre Jesus Hortal

    Snchez, SJ, entregaram ao cardeal o

    diploma de honra ao mrito e a Meda-

    lha Cardeal Leme, maior condecorao

    conferida pela Universidade. Padre Jo-

    saf ressaltou a importncia de trazer

    autoridades, como cardeal Ravasi, para

    dialogar com a comunidade acadmica.

    Como casa do conhecimento cientfi-

    co e cultural, consciente em sua misso

    de zelar pela sua excelncia acadmica,

    cultivar os valores cristos e dialogar

    com a sociedade, a PUC-Rio, como pri-

    meira universidade catlica e comu-

    nitria do Brasil, sempre se enriquece

    quando temos a oportunidade de ouvir

    a voz de grandes intelectuais como o

    Cardeal Ravasi, disse o reitor, que en-

    tregou ao cardeal uma cpia do livro de

    sua autoria Laudato Si: um presente para

    o planeta, que ser lanado em breve.

    Reitor da PUC-Rio, padre Josaf Carlos de Siqueira ( esq.), recepcionou o cardeal italiano Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifcio Conselho para a Cultura do Vaticano

    CARDEAL RAVASI MINISTRA AULA MAGNA SOBRE A ENCCLICA LAUDATO SI

    O APELO DO PAPA FRANCISCO NA LAUDATO SI COMO UM CHAMADO UNIO DE TODA A FAMLIA HUMANA, NA BUSCA DE UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL []

    Cardeal Gianfranco Ravasi

  • 24 25Em Em

    COMPANHIA DE JESUS EDUCAO

    O Colgio Antnio Vieira foi home-nageado pela Cmara de Verea-dores de Salvador (BA) pelos seus 105 anos de fundao, no dia 8 de abril. A

    solenidade aconteceu no Plenrio Cosme

    de Farias e reuniu membros da direo,

    funcionrios, professores, alunos e ex-

    -alunos da instituio.

    Compuseram a mesa da Cmara de

    Vereadores a diretora geral do Colgio An-

    tnio Vieira, Prof. Maringela Risrio; o

    assistente espiritual e reitor do Santurio

    Nossa Senhora de Ftima, Pe. Eduardo

    Henriques, SJ; o aluno Jorge Henrique

    Rosal, presidente do Grmio Estudantil;

    o representante da Associao de Pais e

    COLGIO ANTNIO VIEIRA HOMENAGEADO

    Mestres, Jos Paulo Santos; o represen-

    tante da Associao de ex-alunos, Mrcio

    Fonsca; o professor de Literatura e coor-

    denador da Academia Vieirense de Letras

    e Artes, Paulo Reis; e o vereador Joceval

    Rodrigues, que presidiu a sesso.

    A Prof. Maringela Risrio ressaltou a

    satisfao pelo reconhecimento da Cma-

    ra de Vereadores histria e ao trabalho

    desenvolvido pela escola ao longo desses

    105 anos. Ser homenageado um motivo

    de muita alegria e jbilo para o Colgio

    Antnio Vieira. Significa um reconheci-

    mento ao percurso educativo e a tudo o

    que representamos para a cidade de Salva-

    dor. Acredito que todos que trabalham no

    Vieira esto muito felizes por esse reco-

    nhecimento oficial da Cmara Municipal

    nossa instituio de ensino, disse ela.

    Muito emocionado durante seu dis-

    curso, o Pe. Eduardo Henriques, que en-

    cerrou a solenidade, agradeceu Cmara

    pela cerimnia e rememorou a impor-

    tncia dos jesutas para a cidade. uma

    honra muito grande para o Vieira ser ho-

    menageado na casa do povo, nesta cidade

    que os meus irmos jesutas ajudaram a

    fundar. Com isso, o Colgio Antnio Viei-

    ra materializa, uma vez mais, o desejo de

    misso que no passa. Os 105 anos po-

    dem ser contados, mas a misso no tem

    tempo. Ela eterna, destacou.

    Da esq. p/ dir., a Prof. Maringela Risrio (diretora geral do Colgio Antnio Vieira), o vereador Joceval Rodrigues e o padre Eduardo Henriques (assistente espiritual e reitor do Santurio Nossa Senhora de Ftima)

  • 24 25Em Em

    ETE FMC GANHA DESTAQUE EM EVENTO NA USP

    H 14 anos, a ETE FMC (Escola Tcnica de Eletrnica Francis-co Moreira da Costa) participa da Febrace (Feira Brasileira de Cincias

    e Engenharia), realizada na USP (Uni-

    versidade de So Paulo). Ao longo desse

    perodo, os projetos desenvolvidos pe-

    los alunos da instituio j conquista-

    ram 75 premiaes.

    Em 2016, a ETE FMC ganhou des-

    taque novamente no evento, reali-

    zado entre os dias 15 e 17 de maro.

    Nessa 14 edio, trs equipes repre-

    sentaram a instituio e conquista-

    ram oito prmios. Entre eles, o 2 e

    o 4 lugar na categoria Engenharia,

    alm da escolha como o melhor pro-

    jeto do estado de Minas Gerais.

    Segundo a aluna Alzira Mendes

    Baldoni, do 3 ano do curso tcnico

    em Equipamentos Biomdicos, parti-

    cipar da Febrace representando a es-

    cola foi uma honra. Ser reconhecido

    como o melhor projeto de Minas Ge-

    Projetos de alunos foram premiados durante a 14 edio da Febrace

    rais e ganhar o segundo lugar em En-

    genharia muito gratificante. Quan-

    do entramos na ETE, j percebemos

    que uma escola diferente. E, ao lon-

    go do tempo, sentimos que a Escola

    no forma apenas bons profissionais,

    mas tambm excelentes pessoas.

    Nessa edio, 265 escolas, de 26

    estados brasileiros, e 750 estudantes

    participaram da Febrace. Cerca de 2200

    projetos foram enviados, 341 foram se-

    lecionados, dentre eles os da ETE FMC.

  • 26 27Em Em

    COMPANHIA DE JESUS EDUCAO

    COLGIO ANCHIETA, DE NOVA FRIBURGO, CELEBRA 130 ANOS

    O Colgio Anchieta, de Nova Fri-burgo (RJ), completou 130 anos de fundao no ltimo dia 12 de abril. Para comemorar a data, o pro-

    vincial dos jesutas do Brasil, padre Joo

    Renato Eidt, celebrou uma Missa Solene,

    que contou com a presena de jesutas e

    da comunidade educativa.

    Antes da cerimnia, o Setor de Artes

    apresentou uma montagem documen-

    tal, relembrando os fatos que marcaram

    a fundao e os primeiros passos do Co-

    lgio Anchieta, ressaltando os laos da

    instituio com a cidade de Nova Fribur-

    go (RJ). Na ocasio, o padre jesuta Luiz

    Yabar, que atuou na instituio no incio

    do sculo XX, professores e ex-alunos fo-

    ram homenageados.

    Como parte das celebraes de

    seus 130 anos, o Colgio Anchieta

    ainda inaugurou, no dia 11 de abril,

    seu Corredor Histrico, um conjunto

    de ambientes que faz um resgate de

    alguns espaos da instituio.

    Localizado no terceiro andar do

    prdio principal do Colgio Anchieta,

    o Corredor Histrico abriga os seguin-

    tes ambientes: a tradicional Biblioteca

    de Filosofia, que tem em seu acervo li-

    vros antigos e raros; uma exposio de

    documentos da vida escolar de alunos

    ilustres, como do escritor Carlos Drum-

    mond de Andrade; uma Sala de Aula Re-

    tr, com carteiras antigas de madeira; e

    uma Sala de Msica que rene, alm de

    instrumentos, um grande acervo em dis-

    co de vinil.

    A Capela Mater Pietatis, em mar-

    chetaria, que foi recuperada, outro

    ambiente do Corredor Histrico. Alm

    disso, h a Sala Nobre de Reunies, que

    encanta a todos pelo trabalho em madei-

    ra, e o quarto do padre Luiz Yabar, que foi

    reitor de vrios colgios jesutas.

    Agora, os turistas e moradores da

    cidade de Nova Friburgo podem visitar

    o Colgio Anchieta, pois o Corredor His-

    trico ficar aberto visitao pblica.

    A ideia sempre foi abrir o colgio para

    a cidade. Ns nos preparamos para rece-

    ber visitantes que possam se maravilhar

    conosco e conhecer de perto a nossa his-

    tria. O Colgio Anchieta prepara alu-

    nos para o mundo, para a sua insero

    na sociedade. Esse o sentido de toda

    Educao. Nesse momento, temos uma

    fora - no apenas simblica - de abrir o

    Colgio para a cidade, mas tambm uma

    maneira de expressar muito concreta-

    mente a nossa misso, comenta o padre

    Luiz Antonio de Arajo Monnerat, dire-

    tor geral da instituio.

    HISTRIA

    Fundado em 12 de abril de 1886, o

    Colgio Anchieta, de Nova Friburgo

    (RJ), iniciou suas atividades com ape-

    nas sete alunos. Hoje, so mais de 1.500

    estudantes, na Educao Bsica e nos

    Cursos Livres. Uma histria que se con-

    funde com a da prpria cidade.

    O provincial dos jesutas do Brasil, padre Joo Renato Eidt, presidiu Missa Solene, no Colgio Anchieta (RJ)

  • 26 27Em Em

    qualidade acadmica s necessidades

    dos setores industriais e empresariais.

    Isso gera conhecimento e forma pes-

    soas que sero atores dos processos de

    inovao to demandados pela socieda-

    de atual.

    Atualmente, a FEI desenvolve es-

    tudos nas reas de gesto da inovao,

    processos de inovao, alm de me-

    todologias aplicadas s organizaes,

    automobilstica, robtica, inteligncia

    artificial, engenharia de produo, bio-

    combustveis e energia. Nossa viso

    inovadora, de priorizar a tecnologia para

    melhoria da qualidade de vida, conti-

    nuar a orientar cada uma de nossas

    escolhas e passos institucionais. Desse

    modo, a Instituio seguir cumprindo,

    na prtica, sua inspirao fundacional:

    atuar em vista do bem maior, do novo,

    do mais justo. Estamos prontos para,

    com ousadia e segurana, escrever esse

    futuro, refora o Prof. Fbio.

    Em 2016, o Centro Universitrio FEI completa 75 anos de funda-o. Uma histria que comeou no dia 4 de maro de 1941, quando o

    padre Roberto Saboia de Medeiros

    fundou (foto), no bairro da Liberda-

    de, em So Paulo (SP), a ESAN (Escola

    Superior de Administrao de Neg-

    cios), a primeira escola de Adminis-

    trao da Amrica Latina.

    A criao da ESAN s foi possvel

    porque o padre Saboia, prevendo a

    intensa industrializao e fomento

    da economia brasileira na dcada de

    1940, conseguiu o apoio de empres-

    rios que, por meio de doaes, apos-

    taram na iniciativa. O objetivo da

    instituio era formar profissionais

    qualificados para o setor empresarial,

    que tivessem aptides em pesquisa

    cientfica e que atuassem com base

    em valores humansticos e ticos.

    Em 1945, dando continuidade a

    esse objetivo, padre Saboia instituiu a

    FCA (Fundao de Cincias Aplicadas)

    e, aps um ano, criou a FEI (Faculdade

    de Engenharia Industrial). O primei-

    ro curso oferecido pela instituio

    foi o de Engenharia Qumica, poste-

    riormente, foram criadas as demais

    engenharias: Civil, de Automao e

    Controle, de Materiais, de Produo,

    Eltrica, Mecnica, Qumica e Txtil.

    A partir da dcada de 1950, houve

    uma mudana significativa nas carac-

    tersticas das indstrias da regio do

    Grande ABC, em So Paulo. Aps uma

    srie de investimentos privados e es-

    tatais, as empresas comearam a ne-

    cessitar de mo de obra especializada.

    FEI, 75 ANOS DE HISTRIADessa forma, esse cenrio impulsio-

    nou a transferncia dos cursos de En-

    genharia da FEI para um novo campus,

    em So Bernardo do Campo (SP). Em

    1999, a FCI (Faculdade de Informtica)

    iniciou suas atividades, oferecendo o

    curso de Cincia da Computao. Em

    2002, a ESAN, a FEI e a FCI foram agre-

    gadas em uma nica Instituio, com

    a criao do Centro Universitrio FEI.

    Hoje, com dois campi na Regio

    Metropolitana de So Paulo, o Centro

    Universitrio FEI tornou-se referncia

    entre as instituies universitrias do

    pas nas reas de Administrao, Ci-

    ncia da Computao e Engenharia,

    tendo formado mais de 50 mil profis-

    sionais nos vrios cursos de gradua-

    o e ps-graduao (especializao,

    mestrado e doutorado). Ao longo de

    seus anos de histria, o Centro Uni-

    versitrio FEI se desenvolveu pautado

    em princpios claros, como a forma-

    o integral de pessoas, o efetivo di-

    logo com a cultura, a articulao do

    ensino, da pesquisa e da extenso, o

    desenvolvimento da criatividade, a

    qualidade como fim, a inovao como

    meta e a cincia e tecnologia a servi-

    o do homem e da sociedade, afirma

    o reitor do Centro Universitrio FEI,

    Prof. Fbio do Prado.

    Para a vice-reitora de Extenso e

    Atividades Comunitrias da FEI, profes-

    sora Rivana Marino, esses profissionais

    so um dos indicativos da contribuio

    da instituio. Para mantermos nosso

    compromisso de atender demandas so-

    ciais, precisamos nos manter atualiza-

    dos, de modo a agregar parmetros de

    A INSTITUIO J FORMOU MAIS DE 50 MIL PROFISSIONAIS NAS REAS DE ADMINISTRAO, CINCIA DA COMPUTAO E ENGENHARIA.

  • 28 29Em Em

    COMPANHIA DE JESUS JUVENTUDES E VOCAES

    Entre os dias 15 e 17 de abril, o Cen-tro Cultural Joo XXIII, no Rio de Janeiro (RJ), foi sede do II Frum MAGIS Brasil. O encontro reuniu 98

    pessoas, entre lideranas juvenis, jesu-

    tas e colaboradores, representantes de

    28 instituies que trabalham com ju-

    ventudes e vocaes na Companhia de

    Jesus, em 17 estados brasileiros. Partici-

    param tambm do evento representan-

    tes da CVX-Comunidade de Vida Crist,

    MEJ-Movimento Eucarstico Jovem e

    Congregaes Marianas.

    Alm da apresentao oficial do

    Instrumento de Trabalho e Orientaes

    para a misso com Juventude e Vocaes

    2015/2018, durante o encontro, houve:

    apresentao sobre o significado do ter-

    mo MAGIS Inaciano; socializao das di-

    versas experincias vividas nos Centros,

    nas Casas e nos Espaos que trabalham

    com juventudes e vocaes; partilha de

    como o MAGIS est sendo vivenciado no

    cotidiano; reflexo e aprofundamento

    dos eixos do programa MAGIS Brasil e a

    implementao de suas aes.

    A grande riqueza deste encontro foi

    darmos conta de que no estamos so-

    zinhos na misso, ressalta padre Jonas

    Elias Caprini, secretrio para Juventudes

    e Vocaes da Provncia dos Jesutas do

    Brasil (BRA) e coordenador do programa

    MAGIS Brasil. H muita gente sonhando

    junto, realizando coisas bonitas e dese-

    II FRUM MAGIS BRASIL

    II Frum MAGIS Brasil, realizado no Centro Cultural Joo XXIII (Rio de Janeiro), reuniu 98 participantes

    EIXOS CENTRAIS

    jando fazer conexo. Ou seja, trabalhar

    em rede para somar foras na misso.

    Com base nessa perspectiva, segun-

    do o jesuta, os prximos passos so:

    Trabalhar com as equipes dos cin-

    co eixos centrais no aprofundamento e

    apropriao dos objetivos.

    Alinhar a visibilidade do Progra-

    ma MAGIS Brasil.

    Buscar conectar-se com as demais

    instituies da Companhia de Jesus que

    trabalham com juventudes, pois, o Pro-

    grama MAGIS no se restringe aos Cen-

    tros, Casas e Espaos MAGIS.

    Realizar, em 2017, cinco fruns

    simultneos em diferentes locais, para

    o aprofundamento dos cinco eixos do

    Programa. Previamente, as equipes dos

    eixos e as Plataformas Apostlicas faro

    preparaes para articular e aprofundar

    a misso.

    Padre Jonas Caprini relembra que

    o I Frum MAGIS Brasil, realizado em

    abril de 2015, contou com a participa-

    o apenas de jesutas, para o estudo e

    a elaborao do material Instrumento

    de Trabalho e Orientaes para a misso

    com Juventude e Vocaes 2015/2018,

    da Companhia de Jesus no Brasil. Foi

    um momento de nos apropriarmos do

    programa, ele ressalta. O progresso

    vermos que a implementao j est

    acontecendo em vrias partes da Pro-

    vncia e estamos mais esclarecidos dos

    objetivos do programa.

    1. ExercciosEspirituais

    2. Voluntariado Jovem e insero

    sociocultural

    3. Pedagogia e metodologia do

    trabalho4. Socioambiental

    5. Vocaes Jesutas

    PROGRAMAMAGIS

  • 28 29Em Em

    do Bom Jesus em Itu, sua cidade natal.

    Sempre com muita fidelidade, cele-

    brou missas e atendeu s confisses

    dos que procuravam o Santurio. Ao

    mesmo tempo, a partir de 1970, pas-

    sou a dar uma grande ajuda em Santa

    Brbara do Oeste (SP), como substi-

    tuto do Proco da Parquia de Nossa

    Senhora Aparecida. L, de 1974 a 1986,

    exerceu a funo de Proco. Sua cola-

    borao foi notvel e seu ministrio,

    muito intenso, certamente reconheci-

    do pelo povo. Em meio a esses minis-

    trios, preocupava-se com o problema

    das vocaes, procurando ser instru-

    mento de Deus para descobrir e ajudar

    as pessoas que manifestassem algum

    sinal do chamado divino, a fim de fe-

    cundar, pela orao e orientao, um

    autntico discernimento.

    Lembramos, assim, algumas coi-

    sas de sua vida que so do conheci-

    mento de muitos. Certamente, diante

    de Deus, padre Arthur tinha outros

    muitos mritos. Sua formao espiri-

    tual e teolgica o fez sentir que esses

    mritos so frutos das graas dEle, a

    quem sempre devemos agradecer.

    Em 2012, deixa a parquia de Sta.

    Teresinha, para poder cuidar da debi-

    litada sade. Desde a Casa de Retiros

    Vila Koskta, continuou colaborando

    ocasionalmente com a parquia de Sta.

    Teresinha e orando pela Igreja e a Com-

    panhia de Jesus. Em 2013, precisando de

    cuidados especiais, foi transferido para

    a Residncia Ir. Luciano Brando, em

    Belo Horizonte (MG), onde continuou

    o tratamento de sade at o seu faleci-

    mento. O Senhor da vida lhe conceda o

    convvio eterno de seus santos. Servo

    fiel, descanse em paz!

    NA PAZ DO SENHORPE. ARTHUR LUPURINE SAMPAIOPor Pe. Jos Luis Fuentes Rodriguez

    Em 19 de maro de 2016, festivi-dade de S. Jos, faleceu em Belo Horizonte (MG), o padre Arthur Lupurine Sampaio, com 88 anos de

    idade e 71 de vida religiosa na Compa-

    nhia de Jesus. Um cncer no intestino

    teria sido a causa ltima da sua morte.

    Encerrava-se, assim, uma longa vida

    de servio sacerdotal em diversas pa-

    rquias do estado de So Paulo, entre-

    meado de outros ministrios prprios

    do sacerdote jesuta, como a orienta-

    o de retiros.

    Padre Sampaio, como era conheci-

    do no meio dos amigos, dada sua esta-

    tura avantajada, (fazendo jus fama de

    seu lugar de procedncia) nasceu em

    Itu (SP), aos 25 de julho de 1927. Em sua

    terra natal, fez o ginsio (1 grau) e, an-

    tes de seu ingresso na Companhia de Je-

    sus, preparou-se de perto, ao frequentar

    a Escola Apostlica em Nova Friburgo

    (RJ), onde completou o Ensino Mdio.

    Na mesma cidade, ingressou no Novi-

    ciado em 1 de fevereiro de 1945 e, con-

    cludo este, fez tambm o Juniorado,

    includo o curso de Cincias e Filosofia.

    Preparou-se bem em Letras Clssicas,

    capacitando-se a ensinar com compe-

    tncia Portugus e Latim. No Colgio

    Santo Incio, do Rio de Janeiro, passou

    os trs anos de Magistrio lecionando

    Portugus, Latim, Religio e Caligrafia.

    Ao mesmo tempo, colaborou na for-

    mao religiosa dos alunos menores

    frente da Cruzada Eucarstica, hoje co-

    nhecido como MEJ (Movimento Euca-

    rstico Jovem).

    Passado o perodo de magistrio

    no Santo Incio, os Superiores acha-

    ram por bem envi-lo Argentina para

    os estudos teolgicos, que realizou em

    nosso Escolasticado de San Miguel. Ao

    fim do 3 ano, como era do plano de

    formao daquele tempo, recebeu a

    grande graa do Sacerdcio, sendo or-

    denado Presbtero na viglia da festa da

    Imaculada Conceio, a 7 de dezembro

    de 1958. Concluda a Teologia e de re-

    torno ao Brasil, fez em Trs Poos, Volta

    Redonda (RJ), no ano de 1960, a Terceira

    Provao, ou Schola affectus, to cara a

    nosso Santo Pai Incio.

    Seu esprito religioso e seus dotes

    em Letras Clssicas permitiram aos

    superiores destin-lo para a Casa de

    Retiros Vila Kostka, em Itaici (Indaia-

    tuba/SP), onde exerceu vrias funes

    com muita dedicao, mas, sobretu-

    do, entregou-se ao ensino e formao

    dos juniores e, em parte tambm, dos

    novios com as aulas de Latim. Ao

    mesmo tempo, ocupava-se parcial-

    mente da Capela de Santa Terezinha,

    vizinha da Casa de Retiros, ajudando

    com muito zelo o povo de Itaici e de

    seus arredores no crescimento da f e

    de toda a vida crist. A capela cresceu

    e tornou-se parquia. Padre Arthur,

    encontrar-se- entre os anos de 1988

    a 2011 com o mesmo povo, desta vez

    como proco.

    De 1966 a 1973, exerceu seu minis-

    trio apostlico em nossa Residncia

  • 30 31Em Em

    de escritor e revisor de textos.

    No decorrer dos anos, dedicou-se

    muito a pesquisas e publicaes sobre

    a Sagrada Escritura. Com o trmino do

    Escolasticado, em 1980, o Pe. Odilo dei-

    xou o trabalho de secretrio e assumiu

    a capelania do Carmelo Senhor dos Pas-

    sos, em So Leopoldo (RS). Exerceu o

    cargo de capelo das Irms por mais de

    30 anos. Suas pregaes sempre foram

    apreciadas pela profundidade e, ao mes-

    mo tempo, simplicidade de mensagem.

    Em maio de 2012, retornou Resi-

    dncia Cristo Rei para ser o capelo da

    comunidade em substituio ao Pe. Lo-

    domilo Mallmann, que falecera repen-

    tinamente. Seu interesse pelo estudo e

    pesquisa sobre a Bblia continuou vivo.

    Com a diminuio de suas foras,

    Pe. Odilo recebeu destinao para a

    Casa de Sade, em julho de 2013. Len-

    tamente, o cncer tomou conta do seu

    organismo. Embora sofrendo muito,

    continuou seu trabalho de escritor. Em

    sntese, foi um homem simples, piedo-

    so, discreto, dedicado, estudioso, in-

    teligente, um tanto solitrio. Em seus

    ministrios e escritos, o zelo apostlico

    o impulsionou para a maior glria de

    Deus e o bem das almas.

    Recebeu os santos sacramentos,

    sendo assistido pelos companheiros.

    Faleceu no dia 13 de abril, com 86 anos

    de idade e 68 de Companhia de Jesus.

    Que o Senhor ressuscitado o receba na

    sua paz!

    NA PAZ DO SENHORPE. PEDRO ODILO MENTGESPor Pe. Incio Spohr

    Pedro Odilo Mentges, conhecido como Odilo Mentges, nasceu na Linha Santo Antnio, Cerro Largo (RS), em 28 de maio de 1929, mas essa

    data uma inverdade histrica, pois,

    segundo a certido de batismo, ele nas-

    ceu no dia 19, sendo batizado na igreja

    matriz de Cerro Largo, dia 21 de maio.

    Ele foi aluno do Colgio Santo In-

    cio, em Salvador do Sul (RS), de 1942 a

    1947. Esses anos foram bastante sofri-

    dos com relao ao sustento dos alunos

    devido II Guerra Mundial, com a es-

    cassez de alimentos e outros produtos.

    Em 28 de fevereiro de 1948, Odilo

    ingressou na Companhia de Jesus, em

    Pareci Novo (RS), tendo como mestre

    de novios o Pe. Lo Kohler. No final

    do binio do noviciado, emitiu os pri-

    meiros votos, em 1950. Em seguida, fez

    o Juniorado (curso de Letras Clssicas),

    que concluiu em 1951.

    Entre 1952 e 1954, estudou Filosofia

    no Colgio Cristo Rei, em So Leopoldo

    (RS). J o magistrio foi realizado no

    Colgio Catarinense, em Florianpolis

    (SC), entre 1955 e 1956, onde tambm

    exerceu a funo de professor de Mate-

    mtica, Portugus, Latim e Religio.

    Em So Leopoldo (RS), Odilo estudou

    Teologia entre os anos de 1957 e 1960. No

    decorrer dos estudos teolgicos, tam-

    bm cursou Pedagogia na Faculdade de

    Filosofia, Cincias e Letras de So Leo-

    poldo. Em 8 de dezembro de 1959, foi or-

    denado presbtero por dom Alonso Sil-

    veira de Mello, SJ, bispo de Diamantino,

    na capela do Colgio Cristo Rei.

    A Terceira Provao de Pe. Odilo,

    que teve como instrutor o Pe. Csar

    Dainese, foi na Fazenda Trs Poos, no

    Rio de Janeiro (RJ). Em 15 de agosto de

    1965, foi incorporado definitivamente

    na Companhia de Jesus com a profisso

    dos ltimos votos.

    Em 1962, voltou ao Colgio Catari-

    nense, em Florianpolis (SC), onde foi

    professor de Matemtica. Na ocasio,

    cursou o 4 ano de Pedagogia na Uni-

    versidade de Santa Catarina. Na cidade,

    foi tambm capelo no Asilo Irmo Jo-

    aquim. Entre abril e junho de 1963, foi

    auxiliar do capelo na Santa Casa de Mi-

    sericrdia, em Porto Alegre (RS).

    A partir do segundo semestre de

    1963 at fins de 1973, Pe. Odilo atuou

    como professor de Matemtica no Co-

    lgio Santo Incio, em Salvador do Sul

    (RS), e no ginsio estadual. Alm do

    magistrio, foi o mentor espiritual dos

    alunos e o encarregado do teatro. Ele

    ajudava tambm na Parquia So Pedro.

    Aps onze anos de ministrios em

    Salvador do Sul (RS), em 1974, foi des-

    tinado ao Colgio Cristo Rei, em So

    Leopoldo (RS), onde permaneceu por 30

    anos. Em 1980, foi secretrio da Facul-

    dade de Teologia e iniciou seu trabalho

    [...] FOI UM HOMEM SIMPLES, PIEDOSO, DISCRETO, DEDICADO, ESTUDIOSO [...]

  • 30 31Em Em

    AGENDA |

    Centro Loyola de F e Cultura PUC-RioTema | Salmos MessinicosHorrio | 19h s 21hLocal | Rio de Janeiro (RJ)Professor | Pe. Leonardo Agostini FernandesSite | www.clfc.puc-rio.br

    AnchietanumLocal | So Paulo (SP) Site | www.anchietanum.com.br

    Casa de Retiro Vila FtimaLocal | Florianpolis (SC)Site | www.casaderetiros.com.br

    Centro Loyola de F e Cultura PUC-RioTema | Experincia de orao inaciana: o corao na experincia da fHorrio | 14h s 18hLocal | Rio de Janeiro (RJ)Site | www.clfc.puc-rio.br

    JUNHO

    SIES Salvador (Servio Inaciano de Espiritualidade) Horrio | 8h s 12hLocal | Igreja de Santo Antnio da Barra, Salvador (BA)Contato | [email protected]

    CECREI (Centro de Espiritualidade Cristo Rei)Local | So Leopoldo (RS)Orientador | Pe. Dorvalino Alieve, SJSite | www.cecrei.org.br

    1 A 13 17 A 25TREZENA DE SANTO ANTNIO RETIRO 8 DIAS

    6, 13 E 20

    11 24 A 26

    18

    CATEQUESE NARRATIVA ENCONTRO DE ESPIRITUALIDADE PARA JOVENS

    TARDE DE ORAOCURSO