34
De todos os livros do mundo a Bíblia é certamente o livro mais singular, é o único livro que ousa colocar toda sua credibilidade em xeque-mate quando é capaz de dizer com antecedência às coisas que irão acontecer. Nenhum livro, religioso ou não, ousa a fazer predições do futuro para em seguida basear toda a sua veracidade no acontecimento de tais predições. Profeta Elias contra os profetas de Baal 1ª Reis 18: 22-40

Em Defesa Da Bíblia

Embed Size (px)

Citation preview

  • De todos os livros do mundo a

    Bblia certamente o livro mais

    singular, o nico livro que

    ousa colocar toda sua

    credibilidade em xeque-mate

    quando capaz de dizer com

    antecedncia s coisas que iro

    acontecer. Nenhum livro,

    religioso ou no, ousa a fazer

    predies do futuro para em

    seguida basear toda a sua

    veracidade no acontecimento

    de tais predies.

    Profeta Elias contra os profetas de Baal 1 Reis 18: 22-40

  • Quando avaliamos as argumentaes para uma defesa da veracidade histrica da Bblia,

    devemos faz-la com uma viso jurdica. Certamente outras mentes j o fizeram. Assim

    vejamos: De todos os livros do mundo a Bblia certamente o livro mais singular, o

    nico livro que ousa colocar toda sua credibilidade em xeque-mate quando capaz de

    dizer com antecedncia s coisas que iro acontecer. Nenhum livro, religioso ou no,

    ousa a fazer predies do futuro para em seguida basear toda a sua veracidade no seu

    acontecimento. Alm disso, no faz apenas algumas predies, mas centenas delas, das

    quais muitas j se cumpriram no seu tempo determinado, com preciso de 100%. Os 66

    livros que formam a Bblia foram escritos por 40 homens sendo os 39 do Velho

    testamento entre 1.445 a 450 A.C e os 27 do Novo Testamento nos anos de 45 a 90 D.C

    totalizando um perodo de aproximadamente 1.600 anos e em pocas diferentes e

    conservando entre si unidade de pensamento, onde na grande maioria os quarentas

    escritores no se conheciam, no possuam o mesmo nvel social, cultural e econmico.

    Nenhum deles escreveu um s versculo que venha contradizer a obra dos demais. Alm

    de ter sido uma obra inspirada por Deus. Podemos observar que os livros contidos na

    Bblia formam um sistema integrado de mensagens de forma harmnica, ou seja, tudo

    que nela est escrito tem o seu objetivo e cada detalhe do texto foi feito atravs de uma

    cuidadosa construo sistemtica que transcende o prprio tempo, permanecendo

    sempre aplicveis os ensinamentos de Deus para com o homem em qualquer poca de

    sua existncia.

    A maior biblioteca do mundo foi construda em Alexandria, uma cidade no

    mediterrneo, fundada por Alexandre, o Grande, durante sua conquista do Egito. Tendo

    incio no sculo 3 a.C., o objetivo desta biblioteca era de possuir uma cpia de todos os

    textos literrios conhecidos do mundo. Estima-se que mais de quinhentos mil

    manuscritos fossem guardados na biblioteca. Muitos textos eram escritos em papiro,

    uma planta nativa do Egito. Outros foram escritos em couro, madeira e at cermica. O

    uso de rolos marcou um novo avano no desenvolvimento da comunicao escrita.

    Comparados s tabuletas de argila, rolos eram mais baratos, mais durveis, mais leves e

    fceis de transportar. bem provvel que as primeiras palavras da Bblia a serem

    gravadas, foram escritas sobre papiro. Mas, o que separa a Bblia de outros livros? As

    palavras da Bblia tinham origem na mente dos que as escreviam, como Moiss ou

    Daniel? Deus estava diretamente envolvido na escolha das palavras, ou apenas nos

    pensamentos? O processo usado por Deus para comunicar Sua mensagem ao homem

    atravs da palavra escrita chamado de Inspirao. Como podemos saber que Deus se

    comunica com o homem. Deus se comunica com o homem atravs da Revelao que

    um ato especial de Deus, nela Ele revela ao homem certas verdades, as quais o homem

    no poderia saber de outra forma. O homem com sua mente finita jamais poderia saber e

    conter o conhecimento absoluto, a verdade absoluta. S uma mente infinita pode conter

    esse conhecimento, a mente de Deus. Ento o nico aspecto da verdade absoluta que

    podemos saber o que Deus decide nos revelar. Assim podemos observar que

    Revelao Deus se fazendo conhecer pelo homem. E isso muito importante, porque

    se Deus no tivesse tomado a iniciativa de se revelar, o homem por si s jamais teria

    conhecido a Deus. Mas, Deus ao revelar-se ao homem mostrou-se ser um Deus

    gracioso.

    Em primeiro lugar a Revelao um ato gracioso de Deus em se comunicar e se

    fazer conhecer pelo homem pecador.

  • Em segundo lugar tambm um desejo da parte de Deus buscar

    companheirismo no homem o que algo maravilhoso porque o homem foi

    criado Sua imagem e semelhana.

    E em terceiro lugar realmente um processo de comunicao, porque Deus

    transmite informaes que o homem precisa saber.

    O primeiro registro que temos na Bblia de que Deus se comunicou com o homem est

    em Gneses 1: 28, onde Deus diz a Ado e Eva para cuidarem do jardim e povoarem a

    Terra. Essa a primeira comunicao verbal registrada. Mas, pode-se dizer facilmente

    que Deus se revelou antes disso, quando Ele literalmente soprou vida em Ado e este se

    tornou ser vivente, quando Ado se tornou consciente de seu ambiente e da presena de

    Deus, Deus j havia comunicado a Ado que Ele um Deus criador. Um Deus de vida,

    um Deus de poder, um Deus onipotente. Muito j havia sido comunicado atravs do ato

    da criao. Atravs da historia Deus se revelou ao homem de diferentes maneiras, o que

    os estudiosos chamam de Revelao Geral e Revelao Especial. No principio Deus

    criou os cus e a terra. Ele disse: haja luz e houve luz. E no importa para onde se olhe

    para o universo da criao, existe a marca de Deus como existe em obra de arte em que

    se pode identificar o artista. Voc pode dizer esse o trabalho do artista X, como

    tambm podemos dizer isso obra da criao de Deus. Assim podemos conhecer a

    Deus pelas coisas que ele criou. Mais isso muito geral e no h nada de especifico

    nisso ou pessoal. Quando Deus criou o homem ele comeou a conversar com ele e se

    fez conhecer de uma maneira pessoal. Essa a chamada Revelao Especial, porque vai

    alm da ideia geral de conhecer a Deus pela criao. E essa Revelao Especial

    acontece de duas maneiras: a primeira sendo a comunicao verbal de Deus que mais a

    frente se tornou escrita. Portanto, a Bblia a comunicao escrita de Deus. a Auto-

    Revelao de Deus. E isso a Revelao Especial. verdade que quando Deus

    comeou a se comunicar com o homem Ele geralmente fazia de forma individual, mas

    quando chegamos ao livro de Josu vemos claramente uma mudana de como Deus

    opera. Depois da morte de Moiss, Josu torna-se o lder da Nao Judaica e Deus lhe

    disse para consultar a lei de Deus, ou seja, os livros de Moiss. Deus estava ordenando

    que ele iria guiar seu povo principalmente atravs de um livro, e no apenas falando

    com ele. Ns temos esse livro nas escrituras hoje, ento temos a direo de Deus, os

    mandamentos de Deus, a orientao de Deus atravs de um livro. Mais havia outra

    questo sobre isso: o prprio Deus veio e nos visitou. Isso aconteceu com a vinda de

    Jesus Cristo ao mundo, mas essa vinda foi antecipada pelas profecias, pelas promessas

    de Deus. Isso aconteceu na Babilnia, quando Deus falou com Eva no jardim do den,

    que estudiosos dizem que foi na baixa Mesopotmia, na regio, hoje conhecida como

    Golfo Prsico. E Deus disse a Eva: sua semente ferir a cabea da serpente. Portanto

    houve uma antecipao de que Deus teria uma presena fsica no mundo. Ele viria nos

    visitar e ns conheceramos a Deus. No de uma maneira distante, verbal, mas

    pessoalmente. O processo usado por Deus para transmitir Sua mensagem escrita ao

    homem chama-se Inspirao. Na verdade veio da palavra grega theopneutos que

    literalmente significa Soprado por Deus. Mais o que interessante dessa palavra que

    tem a conotao no apenas de respirao, mas de inspirao. E no apenas Deus

    inspirando em si mesmo, mas Deus respirando dentro do homem a que a verdade esta

    sendo revelada. literalmente, Deus falando atravs do Espirito Santo, por intermdio

    de um homem, para os homens. um ato de Deus muito miraculoso e misterioso, mas

    absolutamente essencial, porque sem inspirao a Bblia no teria a autoridade divina

    sobre a vida dos homens para ser a base do que eles acreditam e como vivem. A Bblia

  • afirma ter sido inspirada. Em II Timteo, 3: 16 Toda escritura inspirada por

    Deus.... Ento de que a Bblia inspirada? E como Ele fez isso? No temos muita

    informao mais h uma janela muito interessante e est em II Pedro 1: 21 A

    profecia no veio da vontade do homem, mas de homens santos de Deus falavam

    enquanto eram impelidos pelo Espirito Santo. Quando falavam alguma mensagem

    de Deus eram impelidos pelo Espirito Santo. essa palavra, impelidos que nos d

    janela. Ela significa levar adiante. Os escritores usavam seu prprio vocabulrio,

    usavam seu prprio estilo verbal. possvel conhecer pela linguagem original, os

    escritos de Paulo, distinguia-se dos escritos de Pedro por exemplo. Isto prova que Deus

    no estava ditando, seno seriam todos iguais. Deus permitia que eles usassem seu estilo

    pessoal, mas Deus os influenciou para eles escreverem, o que Ele queria que eles

    escrevessem. Deus soprou sobre eles de forma que era a Sua expresso, fluindo pela

    pena da caneta dos escritores de acordo com seu estilo. Deus usou diferentes autores e

    diferentes estilos para comunicar Sua palavra. Ns acreditamos no que chamamos de

    Viso Verbal Plena de Inspirao. A palavra plena significa simplesmente totalidade.

    Ns acreditamos que todas as Escrituras foram Inspiradas por Deus. Isso importante

    porque h pessoas hoje em dia que acreditam que a Bblia a palavra de Deus s

    quando ela fala com eles. Em outras palavras ns temos escritos humanos, mas no so

    necessariamente a palavra de Deus, s o quando a palavra de Deus fala comigo. Mas,

    se atinarmos para o que chamamos de Viso Plena da Inspirao, saberemos que toda a

    escritura inspirada. Ns tambm inclumos nessa viso de inspirao o que chamamos

    de Inspirao Verbal. Isso significa que as prprias palavras so inspiradas. Por

    exemplo: no livro de Glatas no captulo 3 Paulo baseia seu argumento sobre salvao

    no uso de uma nica palavra (f). Ns acreditamos no que chamamos de Viso Verbal

    Plena de Inspirao a totalidade da Bblia em cada palavra. H duas razes pelas quais

    podemos acreditar que a Bblia verdadeiramente a palavra de Deus.

    A primeira porque ela testemunha sobre si mesma, no livro de Mateus captulo

    5:17, o Senhor falando com os fariseus disse: No pensem que eu vim abolir

    a lei ou os profetas.... Ento a primeira razo para acreditarmos nas escrituras

    porque elas testificam sobre si mesmas.

    A segunda razo o que chamamos de Testemunho Interno. Esse o trabalho do

    Espirito Santo. Ele me convence de que as escrituras falam de si mesma

    verdade, no adicionando contedo as escrituras. Nem mesmo nos ajuda a

    interpretar as escrituras. Ele apenas nos convence de que estas palavras so

    realmente as palavras de Deus. E para ilustrar isso temos como exemplo o

    Apstolo Paulo quando ele escreveu sua primeira carta aos Tessalonicenses. (1:

    5) Ele disse porque o nosso evangelho no chegou a vocs somente em

    palavras mais tambm em poder no Espirito Santo e em plena convico.

    Este o trabalho interno do Espirito Santo que estava trabalhando com as

    palavras de Paulo para convencer os tessalonicenses de que o que ele falava era

    realmente a palavra de Deus o Evangelho.

    Deus to complacente. At mesmo em nossa descrena Ele nos d evidncias para

    fortalecer a nossa f. E muitas pessoas leem a Bblia e s vezes tm certas dvidas em

    relao a ela. Mas, eu sugiro que vocs leiam diferentes trechos da Bblia, por exemplo,

    profecias. Como j foi dito, eu no conheo nenhum outro escrito sagrado de alguma

    grande religio que tenha profecias, muito menos profecias cumpridas, somente a

  • Bblia. E no apenas profecias, mas, profecias cumpridas. Especialmente em relao

    primeira vinda do Senhor Jesus Cristo. H mais de trezentas profecias no Antigo

    Testamento que foram cumpridas sobre a vinda de Cristo. Ento profecias cumpridas

    uma grande evidncia de que a Bblia verdadeira. Ento olhamos em outras reas, por

    exemplo, a Bblia foi escrita num perodo de mil e seiscentos anos. H pelo menos

    quarenta autores diferentes. Eles tiveram diferentes tipos de educao, diferentes tipos

    de profisses, no havia como se comunicarem uns com os outros ao longo desse

    perodo e, ainda assim, de Gnesis ao Apocalipse, h uma nica linha de pensamento

    que o plano de Deus para a redeno humana. Outro aspecto que nos d confiana na

    Palavra de Deus so as evidncias cientficas, como a arqueologia. Durante anos os

    cpticos disseram que a Bblia estava errada quando falava sobre o imprio hitita.

    Durante sculos no houve evidncias do Imprio hitita, mas, a cincia da arqueologia

    encontrou, h algumas dcadas, prova absoluta de que no havia apenas um imprio

    hitita, como tambm, era quase uma potencia mundial. Outro artefato em particular

    conhecido como Prisma de Senaqueribe, o rei da Sria, recebeu esse nome porque foi

    feita pelo rei Senaqueribe aps a sua companha contra o Rei de Jud. Tudo isso

    aconteceu por volta de 702, 701 antes de Cristo. Nesta pea arqueolgica consta que o

    rei Senaqueribe conquistou as cidades muradas de Jud, o que verdade; e consta

    tambm que ele aprisionou o rei Ezequias, no entanto no nos conta o resto da histria,

    precisamos buscar nas escrituras para saber. L no livro de II Reis, II Crnicas e at no

    livro de Isaas, nos descobrimos que o anjo do Senhor entrou no acampamento dos

    assrios e matou 185 mil deles. Portanto, essa pea histrica evidencia que a Bblia

    precisa e podemos confiar nela. Vidas de pessoas foram mudadas drasticamente por

    causa da Palavra de Deus. Mas, Deus nos d essas evidncias para que saibamos que

    pisamos em solo firme quando colocamos nossa confiana, nossa f, nossa esperana na

    palavra inspirada de Deus. Hoje a Bblia est acessvel a qualquer pessoa, no entanto

    poucas pessoas sabem de onde ela veio ou sua real importncia. Como a Bblia passou

    de gerao em gerao. Como podemos saber se ela ainda verdadeira? E se for

    verdadeira o que isso significa para mim e para voc? Quase todos, se no todos os

    manuscritos originais feitos pelos escritores da Bblia eram em forma de pergaminho.

    No sculo 2 d.C., os escribas cristos desenvolveram um novo e inovador formato de

    publicao, conhecido como cdice, ou livro. Na cidade de Constantinopla alguns dos

    primeiros livros, ou cdices, foram produzidos. Os escribas que copiavam as escrituras

    mo agora comeavam a escrever em pginas individuais. Essas pginas, ou folhas,

    eram presas em pequenos grupos chamados unies ou assinaturas. As unies eram ento

    costuradas juntas de um lado, numa lombada. Pela primeira vez a Bblia inteira pode ser

    contida em alguns volumes portteis. A produo destes livros permitiu a rpida

    expanso da f crist no mundo mediterrneo. Este perodo tambm viu a traduo das

    escrituras para outros idiomas, como latim, armnio, slovonico, siraco e copta. Ao

    comparar esses manuscritos, estudiosos encontram notvel concordncia entre as

    tradues. Embora estejam em lnguas diferentes, so testemunhas incrveis da maneira

    como Deus preservou a preciso da sua palavra. E quanto aos livros que compem a

    prpria Bblia. Afinal de contas a Bblia uma coleo de 66 trabalhos, escritos ao

    longo de muitos sculos. Os quarenta autores da Bblia no so os nicos escritores de

    material cristo. Como podemos ter certeza que os 66 livros da Bblia so os livros que

    Deus planejou incluir? Ha escrituras perdidas que ainda sero descobertas? H livros em

    nossa Bblia que deveriam ser excludos? Essas perguntas levantam a questo de

    canonicidade. Como sabemos se a Bblia que temos hoje representa o cnon completo

  • das escrituras inspiradas? A Bblia a palavra de Deus, portanto tudo ali deve ser de

    Sua autoria, deve vir de Deus para que possa ser a Palavra de Deus. Assim deve haver

    um controle de quais livros pertencem e quais livros no pertencem. Logo algumas

    decises foram tomadas, algumas regras foram impostas em relao ao que era

    realmente a Palavra de Deus e o que era simplesmente boa literatura, mas no

    especificamente a palavra de Deus. A palavra cnon significa, simplesmente, um

    padro, ou uma regra, um meio de medir a autenticidade de alguma coisa. Os primeiros

    sacerdotes das igrejas criaram um conjunto de regras, atravs das quais iriam descobrir

    quais escritos eram escrituras inspiradas e quais no eram. Porque isto importante?

    Por duas razes: Em primeiro lugar, no queremos livros ou escritos neste cnon se

    preferir, nesta lista, nesta coleo que no sejam autorizados, que no sejam inspirados

    que no pertenam ali, que possam conter erros. Ento, tendo uma lista de padres pelos

    quais medir, elimina-se qualquer coisa que possa no pertencer ali. Mas, a segunda

    razo tambm importante, e esta se assegurar que tm tudo que realmente pertence

    ali. A Bblia moderna, o Antigo testamento composto por trinta e nove livros. Quando

    Deus comeou a dar Sua revelao a Moiss, Ele no apenas o instruiu a escrever o que

    iria dizer, mas tambm fez de Moiss o responsvel por esses manuscritos originais

    inspirados. Em Deuteronmio 31, lemos que Deus disse a Moiss: Pegue os livros que

    escreveste e guarde-os no tabernculo. Mais especificamente na Arca da Aliana. Era o

    lugar mais segura em toda a nao de Israel, e era ali que Deus queria os manuscritos.

    Assim, medida que eram escritos, eles passaram a ser guardados, e era Deus quem

    fazia as escolhas. Deus dizia: Moiss, escreva isso, Moiss, coloque ali, desta forma

    Deus estava direcionando o processo de coleta. Ento quando chegamos aos escritos

    adicionais, Josu, por exemplo, e seus registros de conquistas, ao final do livro de Josu,

    depois que Deus o instruiu a escrever, Ele disse: Pegue o seu livro e coloque-o junto

    com os livros de Moiss, coloque-o no tabernculo, o lugar seguro. O prximo profeta,

    depois de Josu, foi Samuel. Ns lemos em I Crnicas 29:29, que nas crnicas de

    Samuel e de Nat e nas de Gades esto as histrias dos reis. Ento sabemos que havia

    trs profetas envolvidos no registro da histria da monarquia em Israel, e eram Samuel,

    Gades e Nat. Estes livros foram coletados e mantidos pelos sacerdotes no tabernculo a

    princpio, e depois no templo. Em seguida Davi escreveu setenta e trs salmos, e outros

    escreveram alguns salmos que foram coletados. O filho de Davi, seu filho muito sbio,

    Salomo, comeou a escrever e escreveu poesias e tambm provrbios, nos deu o

    Eclesiastes e todos esses diferentes livros foram guardados juntamente com os outros. E

    os profetas, claro, eles mesmos comearam a escrever. Esses livros eram vistos como

    vindos de Deus e esses livros eram colocados no mesmo lugar. Malaquias Malaquias

    chamado de selo dos profetas pelas autoridades judaicas. E com isso queriam dizer que

    ele o ltimo deles. Ele o ltimo profeta a falar, por isso seus escritos foram os

    ltimos a serem includos. Portanto no diz espeito nao judaica, o cnon termina com

    Malaquias. Por volta de 450 A. C., Esdras havia voltado da Babilnia, e era um velho

    sacerdote em Israel. Parece que, de acordo com a tradio, sob a liderana de Esdras, os

    sacerdotes e oficiais da grande sinagoga canonizaram livros adicionais do Antigo

    testamento. Quando Esdras juntou os livros, ele os classificou em duas categorias. Os

    livros de Moiss eram to significativos que foram colocados em uma seo separada.

    Os cinco livros de Moiss, o Pentateuco, chamado de Tor. Ento esta era uma

    categoria porque era muito significativa como a fundao da literatura de Israel. Ento

    os outros livros foram colocados na categoria dos profetas. Os livros histricos eram

    chamados de primeiros profetas e os profetas mesmos eram chamados de ltimos

  • profetas. Assim, temos dois grupos: a lei e os profetas. Foi por isso que Jesus em

    Mateus 5: 17 disse: No pensem que vim para abolir a lei e os profetas, no vim abolir,

    mas cumprir. Essas eram as duas categorias. Mais tarde, na poca da Sepguaginta, aos

    200, sculo dois ou trs A.C., eles foram divididos em trs categorias, foi adicionada a

    categoria dos escritos. Os livros poticos foram colocados nesta categoria: J, Salmos,

    Provrbios, Eclesiastes, Cnticos de Salomo. Havia ento trs divises, mas

    originalmente havia apenas duas. Mais afinal como surgiu a Septuaginta Ptolomeu II

    Filadelfo (287-247 a.C.), rei do Egito, encomendou especialmente para sua Biblioteca

    em Alexandria, uma traduo grega das escrituras sagradas dos judeus. Esta foi a

    primeira traduo feita dos livros hebraicos para outra lngua. A traduo do hebraico

    para o grego, segundo a tradio, foi feita por 72 escribas durante 72 dias, por isso

    possui o nome Septuaginta que significa Traduo dos Setenta.

    A primeira meno verso da Septuaginta encontra-se em um escrito chamado

    Carta de Aristias. Segundo esta carta, Ptolomeu II Filadelfo tinha estabelecido

    recentemente uma valiosa biblioteca em Alexandria. Ele foi persuadido por Demtrio

    de Flaro (responsvel pela biblioteca) a enriquec-la com uma cpia dos livros

    sagrados dos judeus. Para conquistar as boas graas deste povo, Ptolomeu, por

    conselho de Aristias (oficial da guarda real, egpcio de nascimento e pago por

    religio) emancipou 100 mil escravos, de diversas regies de seu reino. Ento, enviou

    representantes entre os quais Aristias, a Jerusalm e pediu a Eliazar, o Sumo

    Sacerdote dos judeus, para que fornecesse uma cpia da Lei e judeus capazes de

    traduzi-la para o grego. A embaixada obteve sucesso: uma cpia da Lei ricamente

    ornamentada foi enviada para o Egito, acompanhada por 72 peritos no hebraico e no

    grego (seis de cada Tribo) para atender o desejo do rei. Estes foram recebidos com

    grande honra e durante sete dias surpreenderam a todos pela sabedoria que possuam,

    demonstrada em respostas que deram a 72 questes; ento, eles foram levados para a

    isolada ilha de Faros e ali iniciaram os seus trabalhos, traduzindo a Lei, ajudando uns

    aos outros e comparando as tradues conforme iam terminando. Ao final de 72 dias, a

    tarefa estava concluda. A traduo foi lida na presena de sacerdotes judeus, prncipes

    e povo, reunidos em Alexandria; a traduo foi reconhecida por todos e declarada em

    perfeita conformidade com o original Os trs manuscritos mais conhecidos da

    Septuaginta so: o Vaticano (Codex Vaticanus), do sc. IV; o Alexandrino (Codex

    Alexandrinus), do sc. V, atualmente no Museu Britnico de Londres; e o do Monte

    Sinai (Codex Sinaiticus), do sc. IV, descoberto por Tischendorf no convento de Santa

    Catarina, no Monte Sinai, em 1844 e 1849, sendo que parte se encontra em Leipzig e

    parte em So Petersburgo, hebraico. O rei ficou profundamente satisfeito com a obra e

    a depositou na sua biblioteca.

    Alguns outros livros quase entraram no Novo Testamento, mas os judeus nunca os

    aceitaram. Outros discutiram ocaso, mas foi Paulo em Romanos, captulo 3, que disse

    que Deus deu aos judeus o maior dos privilgios, e esse foi o de serem os repositrios

    dos orculos de Deus. Deus deu a eles a responsabilidade de serem os editores chefes,

    de manterem tudo junto. De modo que o processo de coletar foi ordenado por Deus, h

    uma superviso providencial, no foi apenas fruto da escolha dos homens. Quem

    coletou os livros e decidiu quais deveriam estar ali? A resposta simples: foi Deus.

    Muitos acreditam que na poca de Cristo, o cnon do Antigo testamento j estava

    fechado. O processo para juntar o livro do Novo Testamento foi bem diferente do usado

    no Antigo. Todos os livros do Novo testamento foram escritos antes do ano 100 d. C.

    Ento podemos dizer que, historicamente, o cnon estava completo no ano 100 d. C.

  • Mas, o trabalho da igreja em reconhecer e organizar esse cnon ocorreu em certo

    perodo. Alguns testes eram aplicados aos livros para determinar se pertenciam ao

    cnon ou no. Novamente precisamos lembrar o que o cnon: uma vara de medida,

    uma vareta. Ainda Deus quem determina o cnon, e responsabilidade do homem

    reconhece-lo.

    O primeiro teste era o teste da inspirao. Eles olhavam para o livro e viam se

    este livro continha s marcas da inspirao. Ele tinha aquele tom elevado? Suas

    palavras eram verdadeiras?

    O segundo teste era o teste da autoria. Quem escreveu o livro? Foi um dos

    apstolos? Algum ligado ao crculo apostlico?

    O terceiro teste lidava com o assunto em questo. Ele centralizava-se na pessoa

    e na obra de Jesus Cristo? Isto porque vlido afirmar que o prprio Cristo o

    cnon. Ento medimos o livro pelo que ele fala sobre Cristo.

    E o quarto teste o que chamamos de leitura pblica das escrituras. Era lido

    em culto de adorao? No Antigo testamento, durante os momentos de culto, os

    judeus liam o livro da lei. Lemos sobre Esdras fazendo isso. Este livro seria lido

    em reunies pblicas, em reunies de culto, da igreja?

    Se um livro passasse por estes quatro testes de canonicidade, ento ele seria includo no

    cnon. E isto nos d outra definio da palavra cnon: Significa uma lista de livros que

    compem as escrituras. Por volta do ano 165 d.C., chegou-se um acordo geral sobre os

    Evangelhos, que circulavam como unidades e as epstolas de Paulo. Mas, naquela

    poca, um herege se manifestou na igreja, e seu nome era marciano. Ele fez o seu

    prprio cnon. Tinha onze livros. Um Evangelho que era o Evangelho de Lucas e dez

    das epstolas de Paulo. E a igreja precisava responder a isso, assim por volta de 200 d.

    C., no apenas se chegou a um acordo em relao aos Evangelhos e as epstolas de

    Paulo, mas, tambm em relao ao livro de Atos, e ao livro de Pedro e, provavelmente,

    as epstolas de Joo e o livro de Apocalipse. Durante esse perodo, alguns livros

    tambm foram criticados e usavam um termo tcnico, era chamado antilegomena. E

    isso simplesmente significa falar contra. E quatro livros foram considerados assim.

    Em outras palavras, havia dvidas se estes livros faziam parte das escrituras. Um deles

    era o livro de Hebreus, pois era um livro annimo; o livro de Tiago aparentemente

    estava ensinando justificao pelas obras, ao contrrio de justificao pela f. O livro de

    II Pedro, pois a linguagem parece to diferente da usada em I Pedro e o livro de Judas,

    pois ele era meio irmo de Jesus. Mas, depois de um perodo de tempo, estes livros que

    originalmente foram desconsiderados, foram reconhecidos como escrituras. A primeira

    meno que temos de todos os vinte e sete livros que compe o cnon do Novo

    Testamento, foi no ano de 367 d. C., quando Atansio, o grande reformador de

    Alexandria, escreveu em sua carta, listou todos os vinte e sete. E o reconhecimento

    oficial desses livros aconteceu em 397 d. C., no conclio de Cartago. Ento, como

    resultado o cnon do Novo Testamento inclui vinte e sete livros. Ns podemos ser

    gratos por Deus ter guiado a igreja em reconhecer quais livros eram as escrituras. Ns

    podemos confiar que temos todos os livros que Deus queria que tivssemos. Foi esse

    confiana que gerou a orientao e dedicao de muitos homens fiis que copiaram as

    escrituras.

    Pode ser uma crena comum de nada importante ocorreu na Idade das Trevas. Pensamos

    em castelos, reis, rainhas, prncipes e princesas, guerras e pragas, Mais durante essa

  • poca tumultuada, Deus continuou a vigiar a Sua Palavra. Quase todos os livros foram

    escritos em monastrios at o ano 1100 d. C., O livro mais frequentemente copiado foi a

    Bblia sagrada. Os monges copiavam geralmente de um livro terminado, chamado de

    exemplar. Parando apenas para as refeies, oraes e cuidar do jardim, eles

    copiavam cuidadosamente cada pgina, mo, com muito capricho. Um dos

    manuscritos que veio dessa poca ainda hoje usado, na igreja Catlica Romana. a

    Vulgata Latina, autorizada pelo papa Damaso. A traduo feita por Gernimo, um dos

    melhores linguistas da igreja primitiva. A Vulgata de Gernimo substituiu a antiga

    Vulgata Latina porque possua muitos erros nas cpias. Durante sculos cpias das

    escrituras gregas, foram guardadas e esquecidas. Com o advento da reforma surge um

    homem chamado Erasmo que era humanista grego e considerado a maior autoridade em

    lingustica grega da Europa. Erasmo queria ver a Palavra de Deus em grego e em latim,

    ento ele traduziu a Bblia do grego para o latim e a verso foi impressa nos dois

    idiomas. um livro que contem o grego na coluna da esquerda e o latim na coluna da

    direita. Este foi o primeiro Novo Testamento a ser publicado. quase impossvel

    diminuir ou exagerar a importncia desse livro. Ele foi o instrumento usado para levar

    adiante a reforma da igreja. Agora os estudiosos das escrituras no vo consultar uma

    traduo para os seus ensinamentos. Antes dessa poca eles tinham que consultar a

    Vulgata Latina. Agora podem voltar s fontes originais por conta prpria, porque um

    dos grandes lemas dos humanistas era ad fontes voltar s fontes. Assim, quando

    pessoas como Martinho Lutero voltaram a estudar as escrituras na sua linguagem

    original descobriram que havia alguns erros na Vulgata de Gernimo. Erros de traduo.

    Uma dessas tradues era da palavra arrependimento. Na vulgata Latina era traduzida

    como fazer penitncia. Um sacramento da igreja. Outro erro de traduo muito mais

    importante foi traduo da palavra justificar. Gernimo quando a traduziu deu o

    sentido de mudana moral. Ele traduziu justificar como agir com retido. Essa uma

    mudana que acontece no interior da pessoa. Mas, quando a palavra justificar usada no

    Novo Testamento grego sempre usada no sentido legal declarar justo. algo que

    Deus declara sobre uma pessoa. O prprio Lutero disse essas palavras:

    Quando eu vi que a retido de Cristo ou a retido de

    Deus, no era um padro impossvel que eu alcaaria

    pelos meus esforos, mas eu vi que era um dom gratuito

    de Deus, recebido apenas pela f, eu senti que havia

    entrado nos portes do paraso.

    Mas, onde Martinho Lutero viu isso: No versculo 17 do primeiro captulo do livro de

    Romanos.

    Monastrios e Universidades em toda a Europa criaram centros de copiagem, onde

    monges e escribas dedicados copiavam minuciosamente o texto da Bblia. Escribas

    passavam suas vidas trabalhando na rdua tarefa. Esses devotos servos de Deus

    atendiam o chamado de Deus para ajudar a levar adiante o Seu plano de salvao. Um

    dos aspectos negativos em relao transmisso da Bblia, que no temos nenhum dos

    escritos originais de Moiss, Davi, Pedro e Paulo, por exemplo. Estes escritos se

    deterioram e desapareceram com o tempo e no temos ideia do que aconteceu com eles.

    Ento, ns temos um texto confivel? Como o texto era transmitido, para que possamos

    ter certeza de que temos uma cpia fiel dos escritos originais? Eu acredito que a

    preservao tem dois lados distintos. Um lado lido com o texto em si, copiando

  • cuidadosamente as escrituras, a integridade ou pureza do texto era preservado. Eu

    acredito que havia outro lado na preservao, que era preservar a Bblia como a prpria

    Bblia. Porque precisamos nos lembrar de que os textos foram copiados em pocas

    muito difceis da humanidade, e especialmente na Europa. Ento voc tem uma ideia

    com dois lados: A preservao dos textos das escrituras e a preservao das escrituras

    propriamente ditas. Durante o perodo Medieval Deus trabalhou para preservar a

    integridade dos textos das escrituras e da Bblia como um livro. Atravs dos calmos e

    disciplinados monges da ordem monstica. Dentro dos monastrios monge trabalhavam

    longas horas para completar uma nica cpia de um livro. Por volta do ano 480 um

    homem chamado So Benedito, ele desenvolveu uma regra chamada de regra de So

    Benedito, para dar estrutura vida dos monges. A regra envolvia quatro atividades:

    Trabalhar com as mos, fazer trabalhos manuais;

    Ler a Palavra de Deus;

    Orar e meditar;

    Desejo de aumentar sua biblioteca;

    Precisamos lembrar que nessa poca, se voc precisasse ter um livro, voc no saa

    simplesmente e comprava um como se faz hoje. Voc tinha que achar a cpia de um

    livro que pertencia a algum e essa pessoa teria que lhe emprestar e voc copiaria mo

    ou mandaria algum fazer uma cpia para voc. Assim em cada monastrio havia um

    cmodo especial. Um quarto de escrever que era o nico local no monastrio que fazia

    calor para preservar a qualidade da tinta e principalmente no deixa-la congelar e

    tambm no permitir que as mos dos monges ficassem dormentes. Eles eram

    verdadeiros artistas, tinham a habilidade de um calgrafo dos dias de hoje, para escrever

    bonita e bem legvel as escrituras. Copiar as escrituras mo comeou muito antes dos

    monastrios. A tradio dos escribas comeou nos tempos do Antigo Testamento, como

    o povo de Deus, na nao de Israel. A tradio dos escribas no Antigo Testamento

    comeou basicamente com Esdras. No entanto como os levitas eram os guardies, os

    protetores e os intrpretes da Palavra de Deus, a tradio ficou mais ou menos com os

    levitas para serem aqueles que manteriam os manuscritos, fariam as copias e os

    interpretariam. Eles tinham a responsabilidade de preservar e guardar a Palavra de Deus.

    As pessoas que faziam isso eram apontadas pelos lideres religiosos. Eles foram ao

    extremo para se certificarem que aquelas cpias eram fieis. Aps copiarem uma pgina

    ou parte do rolo, eles contavam o nmero de palavras para se certificarem de que o que

    estava no novo manuscrito era exatamente o que tinha no antigo. Eles contavam o

    nmero de palavras em uma linha e se certificavam de que era o mesmo nmero. Eles

    pegavam o manuscrito antigo e comeavam pelas laterais em direo ao meio para

    encontrar a letra do meio ai verificavam comparavam com o que tinham acabado de

    copiar, comeavam por cada ponto e se certificavam que a letra do meio era a mesma do

    que a antigo manuscrito. bem diferente quando se trata dos textos do Novo

    Testamento. Qualquer um podia copia-los, no havia restries em relao cpia

    desses textos em relao a um grupo de pessoas em especial. Como resultado os erros

    comearam a se multiplicar, ai voc descobre que enquanto alguns textos eram copiados

    fielmente, outros no eram copiados com o mesmo grau de cuido e diligncia. Um dos

    problemas que os judeus tinham em relao sua histria era que o hebraico antigo

    comeou a ser uma lngua estrangeira para eles. Estiveram na Babilnia e aprenderam o

    aramaico, depois viveram em Roma onde o grego era predominante e o latim era a

  • lngua oficial do imprio Romano. Assim medida que se dispersavam por outros

    pases do mundo, aprendiam outros idiomas. O hebraico interessante, pois no tem

    vogal. Ento era necessrio encontrar uma maneira de reter a vocalizao do texto, o

    que realmente dizia e como era possvel ler. Ento um grupo chamado Massoretas, por

    volta de 800 d. C., apareceu e comeou a desenvolver um sistema de vocalizao.

    Pontos e linhas em volta das letras e acentos que informavam como as palavras eram

    pronunciadas, como eram vocalizadas e de acordos com os sons quando eram cantadas.

    Todo esse sistema foi feito pelos Massoretas, ai eles enterraram os manuscritos antigos,

    pois estavam se deteriorando e perdendo a referncia. Assim tudo o que temos so os

    manuscritos 800 d. C., chamados de textos massoretas. Ento esse foi um pequeno

    problema, pois j havia um grande espao de tempo entre a poca que foram escritos,

    quase dois mil anos. E como sabemos que eram precisos. Mas ento houve uma

    descoberta muito importante. Em 1947, um pastor rabe chamado Mohammed Abdib

    estava procurando sua cabra quando entrou numa caverna o que se tornou conhecido

    como Pergaminhos do Mar Morto. E quando os textos do Mar Morto foram comparados

    com os dos Massoretas encontraram uma tremenda semelhana com relao com os que

    os Massoretas haviam feito. Quando esses pergaminhos foram encontrados na caverna

    de Qumran, eles tinham mil anos a mais que qualquer outro manuscrito at aquela

    poca, todos os livros do Antigo Testamento, em parte ou completo, exceto o de Ester.

    E quando foram traduzidos, descobriu-se que eles tinham 99 por cento de preciso com

    relao aos que j possuam. Num perodo de mais de mil anos, e ainda assim no existe

    quase divergncia no que diziam. Ento, temos aqui um verdadeiro fortalecimento da

    transmisso. A bblia foi transmitida com tanta preciso que se tornou um verdadeiro

    fenmeno de como os escribas haviam conseguido realizar aquilo. Por que existem

    tantas denominaes religiosas que afirmam acreditar na Bblia a palavra de Deus,

    utilizando a mesma escritura, mas interpretam de maneira diferente? Basicamente a

    resposta tem duas partes: Primeiro que as pessoas criam diferentes interpretaes

    porque elas no seguem as regras da hermenutica que uma palavra grega que

    significa interpretar, a arte ou cincia de aplicar certas regras ou princpios, para

    interpretar a Bblia que coloca tudo em seu devido contexto. Alias contexto uma das

    regras da hermenutica. O que vem ates dessa passagem, o que vem depois? Qual o

    tema do livro que contem a passagem? Como avaliamos algo se for uma analogia?

    Como reconhecemos uma metfora? H o que se conhece por expresses idiomticas,

    figura de linguagem. H certas regras, certos princpios que devem ser aplicados a

    qualquer trecho das escrituras para interpret-los corretamente. Porque a interpretao

    correta vem com o significado da palavra que o autor tinha para ela. Ento a

    interpretao a aplicao correta dessas regras, o que o autor, o Espirito Santo, tinha

    em mente quando fez com que o escritor usasse certas palavras. Agora junto com a

    interpretao, a hermenutica em relao interpretao. O segundo que chamado

    teologicamente de iluminao. Iluminao significa simplesmente, que atravs da

    presena do Espirito Santo no corao do fiel, enquanto ele l a Palavra de Deus, que o

    Espirito Santo vai iluminar e abrir a mente e o corao dessa pessoa, no s para o

    significado da escritura, mas como ela se aplica no sua vida pessoal. E essa uma parte

    essencial no s para a compreenso da Bblia, mas para saber fazer com que ela se

    torne parte de sua vida. Um dos grandes problemas do ps- modernismo, que o

    significado esta no interprete e no no autor. As pessoas dizem: significado o que eu

    entendo Isso no est correto. O significado sempre comea com o autor ou a fonte, o

    que aquela pessoa queria comunicar. Isso objetivo. Se dissermos que significado que

  • eu entendo. Se dissermos que significado o que eu entendo isso se torna muito

    subjetivo. Voc pode ter um significado eu posso ter outro, e talvez nunca iremos

    entender o que a pessoa realmente queria dizer. Isso muito importante quando se trata

    da palavra de Deus, porque Deus o autor de Sua palavra e essencial que entendamos

    e saibamos o que Ele quis dizer, no a nossa interpretao sobre a palavra de Deus.

    Cavernas de Qumran. Aqui foram encontrados os pergaminhos de muitos livros da Bblia Sagrada.

    Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuscritos

    Na primeira gruta de Qumran existiam trs fragmentos do Livro de Daniel, os quais

    foram publicados por D. Barthlemy e J. T. Milik, em Discoveries in the Judaean

    Desert I: Qumran Cave I (Descobertas no deserto da Judia l: Caverna 1 de Qumran),

    (Oxford, 1955), pp. 150152. Os fragmentos provm de dois rolos ou de um mesmo

    livro, nos quais os captulos 1 e 2 foram escritos por um escriba e o captulo 3 por outro.

    Uma comparao deste texto com o texto massortico mostra 16 variantes, nenhuma das

    quais afetam o significado da passagem. As diferenas so to insignificantes que no se

    notariam numa traduo. Este um poderoso argumento para sustentar que o texto

    hebreu de Daniel est agora essencialmente na mesma forma em que estava pelo menos

    no tempo de Cristo. Tambm interessante o fato de que o captulo 2 inclui a passagem

    na qual ocorre uma mudana do idioma do hebraico para aramaico. Nesse ponto h um

    espao em branco entre a ltima palavra em hebraico e a primeira em aramaico, o que

    faz uma distino clara entre as sees dos dois idiomas. tambm digno de notar que,

    da mesma maneira que o texto masortico, estes fragmentos no contm o canto

    apcrifo dos trs meninos. A quarta gruta de Qumran produziu fragmentos de couro de

    trs manuscritos de Daniel (ainda no publicados em 1984), os quais, segundo se

    informou, esto em bom estado de conservao e representam pores considerveis do

    livro. F. M. Cross, em Biblical Archaeologist, 19 (1956), 85-86; em Revue Biblique, 63

    (1956), p. 58. Da sexta gruta de Qumran procedem vrios fragmentos de papiros de

    Daniel, os que representam os versos 8:20-21; 10:8-16; e 11:33-38 (contm nove

    variaes ortogrficas menores). Foram publicados por M. Baillet em Discoveries in the

    Judaean Desert III: Les Petites rottes de Qumran (Descobertas no deserto da Judeia III:

    as pequenas grutas de Qumran), (Oxford, 1962).

    A opinio tradicional, tanto de judeus como de cristos, que o livro foi escrito no

    sculo VI a.C., e que Daniel foi realmente o autor. As evidncias em favor dessa

    opinio so as seguintes:

  • Afirmaes presentes no prprio livro. O profeta Daniel fala na primeira

    pessoa em muitas passagens (Daniel 8:1-7 e 13-19, 27; 9:2-22; 10:2-5;

    etc.). Afirma que recebeu pessoalmente a ordem divina de preservar o

    livro (Daniel 12). O fato de que existam sees nas quais o autor se refira

    a si mesmo na terceira pessoa no estranho, j que esse estilo

    frequente em obras antigas.

    O autor conhece bem a histria. Somente um homem do sculo VI a.C.,

    bem versado em assuntos babilnicos, poderia ter escrito quanto a alguns

    dos fatos histricos que se encontram no livro. O conhecimento desses

    fatos se perdeu depois do sculo VI a.C., pois no se registrou em outra

    literatura antiga posterior. Descobertas arqueolgicas mais ou menos

    recentes trouxeram estes fatos novamente luz.

    O depoimento de Jesus Cristo. Jesus mencionou a Daniel como sendo o

    autor (Mateus 24:15). Para todo cristo este depoimento uma evidncia

    convincente.

    Desde que o filsofo Porfrio realizou os primeiros grandes ataques contra a

    historicidade de Daniel (233-304 d.C.), este livro tem estado exposto aos embates dos

    crticos, ao princpio s de vez em quando, mas durante os dois ltimos sculos o ataque

    foi constante. Por isso muitssimos eruditos cristos de hoje consideram que o Livro de

    Daniel obra de um autor annimo que viveu no sculo II AC mais ou menos no tempo

    da revoluo macabeia. Estes eruditos do duas razes principais para localizar o livro

    de Daniel nesse sculo:

    Entendem que algumas profecias se referem a Antoco IV Epfanes (175-

    163 a.c.), e que a maior parte das profecias - pelo menos daquelas cujo

    cumprimento foi demonstrado - teriam sido escritas depois de ocorridos

    os acontecimentos descritos, as profecias de Daniel devem localizar-se

    com posterioridade ao reinado de Antoco IV.

    Segundo seus argumentos, as sees histricas de Daniel contm o

    registo de certos acontecimentos que no concordam com os fatos

    histricos conhecidos de acordo com os documentos disponveis, estas

    diferenas podem ser explicadas se o autor no tivesse vivido os

    acontecimentos e, portanto s possusse um conhecimento limitado do

    que tinha ocorrido 400 anos antes, nos sculos VII e VI a.c.

    Dentre essas incoerncias entre relatos do Livro de Daniel e os fatos histricos, pode-se

    citar.

    No houve uma deportao em 605 AC;

    Beltsasar filho de Nabnides e no de Nabucodonosor;

    Drio, que persa e no medo um dos sucessores de Ciro e no seu

    predecessor;

    O ambiente babilnico descrito com termos de origem persa;

    Os instrumentos da orquestra de Nabucodonosor trazem nomes

    transcritos do grego;

    Daniel no mencionado no Eclesistico, que relaciona os profetas de

    Israel em 48: 22 e 49:7-8.10.

  • Alm do que, a doutrina sobre os anjos, o costume de evitar o nome de Iahweh e outros

    elementos no so do perodo do Exlio na Babilnia, mas bem posteriores.

    O primeiro dos dois argumentos no tem validade para os que defendem existncia

    concreta de Daniel, porque estes creem que os inspirados profetas realmente faziam

    predies precisas quanto ao curso da histria. O segundo argumento merece um maior

    atendimento e por isso apresentamos aqui um breve estudo a respeito da validez

    histrica do Livro de Daniel.

    verdade que Daniel descreve alguns acontecimentos que ainda hoje no podem ser

    verificados por meio dos documentos de que dispomos. Um desses acontecimentos a

    loucura de Nabucodonosor, que no se menciona em nenhum registro babilnico que

    exista hoje. A ausncia de comprovao de uma incapacidade temporria do maior rei

    do Imprio Neo-Babilnico no um fenmeno estranho num tempo quando os

    registros reais s continham narraes dignas de louvor. Daro, o Medo, cujo verdadeiro

    lugar na histria no foi estabelecido por fontes fidedignas alheias Bblia, tambm

    um enigma histrico. Encontram-se insinuaes quanto a sua identidade nos escritos de

    alguns autores gregos e em informao fragmentaria de fontes cuneiformes.

    As outras supostas dificuldades histricas que confundiam aos comentaristas

    conservadores de Daniel foram resolvidas pelo aumento do conhecimento histrico que

    nos proporcionou a arqueologia. Mencionaremos a seguir alguns destes problemas mais

    importantes que j foram resolvidos:

    A suposta discrepncia cronolgica entre Daniel 1:1 e Jeremias 25:1.

    Jeremas, que segundo o critrio geral dos eruditos uma fonte histrica

    digna de confiana, sincroniza o 4. ano de Joaquim de Jud com o

    primeiro ano de Nabucodonosor da Babilnia. No entanto, Daniel fala

    que a primeira conquista de Jerusalm efetuada por Nabucodonosor

    ocorreu no terceiro ano de Joaquim, com o que indubitavelmente afirma

    que o primeiro ano de Nabucodonosor coincide com o terceiro ano de

    Joaquim. Antes da descoberta de registos dessa poca que revelam os

    variados sistemas de computar nos anos de reinado dos antigos

    monarcas, os comentaristas tinham dificuldade para explicar esta

    aparente discrepncia. Tratavam de resolver o problema supondo uma

    corregencia de Nabucodonosor com seu pai Nabopolasar ou pressupondo

    que Jeremas e Daniel localizavam os acontecimentos segundo diferentes

    sistemas de datas: Jeremas segundo o sistema judeu e Daniel segundo o

    babilnico. Ambas as explicaes j no so vlidas. Resolveu-se a

    dificuldade ao descobrir que os reis babilonios, como os de Jud desse

    tempo, contavam os anos de seus reinados segundo o mtodo do "ano de

    ascenso". O ano em que um rei babilonio ascendia ao trono no se

    contava oficialmente como seu primeiro ano, mas como o ano de

    ascenso ao trono. Seu primeiro ano, o primeiro ano completo no

    calendrio, no comeava at o prximo dia de ano novo, quando, numa

    cerimnia religiosa, tomava as mos do deus babilnico Bel. Tambm

    sabemos por Josefo e pela Crnica Babilnica (documento que narra os

    acontecimentos dos onze primeiros anos de Nabucodonosor, descoberto

    em 1956) que Nabucodonosor estava empenhado numa campanha militar

    na Judia contra o Egito quando seu pai morreu e ele tomou o trono.

  • Portanto, Daniel e Jeremas concordam completamente. Jeremas

    sincronizou o primeiro ano do reinado de Nabucodonosor com o quarto

    ano de Joaquim, enquanto Daniel foi tomado cativo no ano que subiu ao

    trono Nabucodonosor, ano que ele identifica como o terceiro de Joaquim.

    Nabucodonosor como grande construtor da Babilonia. De acordo

    com os historiadores gregos, Nabucodonosor desempenhou um papel

    insignificante na histria antiga. Nunca se referem a ele como um grande

    construtor ou como o criador de uma nova e maior Babilnia. Todo leitor

    das histrias clssicas gregas reconhecer que esta honra dada rainha

    Semiramis. No entanto, os registos cuneiformes dessa poca, descobertos

    por arquelogos durante os ltimos cem anos, mudaram inteiramente o

    quadro apresentado pelos autores clssicos e confirmaram o relato do

    Livro de Daniel que atribui a Nabucodonosor a construo - em verdade

    reconstruo - da "Grande Babilnia" (Daniel 4:30). Descobriu-se agora

    que Semiramis era rainha me em Assiria, regente de seu filho menor de

    idade Adad-nirari III (810-782 a.C.), e no reinou em Babilnia como

    afirmavam as fontes clssicas. As inscries mostraram que ela no teve

    nada que ver com a construo da Babilonia. Por outro lado, numerosas

    inscries de Nabucodonosor que ficaram nas construes provam que

    ele foi o criador de uma nova Babilonia, pois reedificou os palcios,

    templos e a torre-templo da cidade, e adicionou novos edifcios e

    fortificaes. J que essa informao se tinha perdido completamente

    antes da poca helenstica, nenhum autor poderia t-la, salvo um

    neobabilnico. A presena de tal informao no Livro de Daniel

    motivo de perplexidade para os eruditos crticos que no crem que o

    Livro de Daniel foi escrito no sculo VI, seno no II. Um exemplo tpico

    de seu dilema a seguinte afirmao de R. H. Pfeiffer, da Universidade

    de Harvard: "Provavelmente nunca saberemos como soube nosso autor

    que a nova Babilonia era criao de Nabucodonosor como o

    provaram as escavaes" - (Introduction to the Old Testament - New

    York, 1941).

    Beltsasar, rei da Babilnia. O assombroso relato da descoberta feita por

    orientalistas modernos a respeito da identidade de Belsasar. O fato de

    que o nome deste rei no se tivesse encontrado em fontes antigas alheias

    Bblia, enquanto Nabonido sempre aparecia como o ltimo rei da

    Babilonia antes da conquista dos persas, usava-se como um dos mais

    poderosos argumentos na contramo da historicidade do Livro de Daniel.

    Mas as descobertas efetuadas desde meados do sculo XIX refutaram a

    todos os crticos de Daniel neste respeito e tm vindicado de maneira

    impressionante o carter fidedigno do relato histrico do profeta com

    respeito a Belsasar.

    Os idiomas do livro. Como Esdras, uma parte do livro de Daniel foi

    escrita em hebraico e outra parte em aramaico. Alguns explicaram este

    uso de dois idiomas supondo que no caso de Esdras o autor tomou

    documentos aramaicos, acompanhados com suas descries histricas, e

    os incorporou a seu livro, o restante estava escrito em hebraico, o idioma

  • nacional de seu povo. Mas tal interpretao no se acomoda com o livro

    de Daniel, onde a seo aramaica comea com o versculo 2:4 e termina

    com o ltimo versculo do captulo 7. A seguir h uma lista parcial das

    muitas explicaes que oferecem os eruditos quanto a este problema,

    junto com algumas observaes entre parnteses que parecem

    contradizer a validez dessas explicaes:

    a. O autor escreveu os relatos histricos para quem falavam aramaico, e as

    profecias para os eruditos de fala hebria. (No entanto existe aramaico nos

    captulos 2 e 7 - ambos contm grandes profecias - indica que esta opinio no

    correta)

    b. Os dois idiomas mostram a existncia de duas fontes. (Esta opinio no pode ser

    correta porque o livro tem uma unidade marcante, coisa que at mesmo alguns

    crticos radicais reconheceram).

    c. O livro foi escrito originalmente em um idioma, e mais tarde algumas partes

    foram traduzidas. (Este ponto de vista deixa sem contestar a pergunta quanto

    razo pela qual se traduziram s algumas sees ao outro idioma e no todo o

    livro)

    d. O autor publicou o livro em duas edies, uma em hebreu, outra em aramaico,

    para que toda classe de pessoas pudessem l-lo; durante as perseguies no

    tempo dos Macabeos, algumas partes do livro se perderam, e as partes que se

    puderam salvar das duas edies foram reunidas num livro sem fazer mudanas

    (esta idia tem o defeito de no poder ser comprovada e de basear-se em

    demasiadas conjecturas).

    e. O autor comeou a escrever em aramaico no ponto onde os caldeos se dirigiram

    "ao rei em lngua aramea" (Daniel 2:4), e continuou neste idioma enquanto

    escrevia nesse tempo; mas depois, quando voltou a escrever, usou o hebreu

    (Daniel 8:1).

    f. A ltima opinio aparentemente est bem orientada porque parecesse que as

    diferentes sees do livro foram escritas em diferentes ocasies. Pelo fato de ser

    um culto servidor pblico do governo, Daniel falava e escrevia em vrios

    idiomas. Provavelmente escreveu alguns dos relatos histricos e algumas das

    vises em hebreu, e outras em aramaico. Partindo desta suposio, o captulo 1

    teria sido escrito em hebreu, provavelmente durante o primeiro ano de Ciro, e os

    relatos dos captulos 3 a o 6 em aramaico em diferentes ocasies. As vises

    profticas foram registradas na maior parte em hebreu (Daniel 8 a 12), ainda que

    a viso do captulo 7 foi escrita em aramaico. Por outro lado, o relato do sonho

    de Nabucodonosor (Daniel 2) foi escrito em hebreu at o ponto em que se cita o

    discurso dos caldeos (Daniel 2:4); e desde este ponto at o fim da narrao o

    autor usou o aramaico.

    g. Ao final de sua vida, quando Daniel reuniu todos seus escritos para formar um

    s livro, possvel que no tivesse considerado necessrio traduzir certas partes

    para dar ao livro unidade lingustica, j que sabia que a maior parte de seus

    leitores entenderiam os dois idiomas.

    Aqueles que datam a origem de Daniel no sculo II a.C. tm tambm o problema de

    explicar por que um autor hebreu do perodo macabeo escreveu parte de um livro em

    hebreu e outra parte do mesmo em aramaico.

  • Rolo de Pergaminhos do Mar Morto.

    Fonte:noticiassudbrasil.

    Tambm as peculiaridades ortogrficas das sees arameas do Livro de Daniel so

    parecidas s do arameo do sia ocidental dos sculos IV e III a.C., devido

    possivelmente a uma modernizao do idioma, h diferenas notveis. A ortografia no

    pode dizer-nos muito quanto data quando se escreveu o livro, bem como a ltima

    reviso do texto da RVR no pode tomar-se como prova de que a Bblia foi

    originalmente escrita ou traduzida no sculo XX d.C. No mximo, as peculiaridades

    ortogrficas podem indicar quando se fizeram as ltimas revises da ortografia.

    Entre os Rolos descoberto no Mar Morto h vrios fragmentos de Daniel que provm do

    sculo II a.C. Pelo menos dois deles contm a seo do captulo 2 onde se faz a

    mudana do hebreu ao arameo e mostram claramente o carter bilingue do livro nessa

    data.

    Rolo do Pergaminho do Profeta Isaias.

    Fonte: Museu Nacional de Israel

    Uma profecia autorrealizvel ou autorrealizada um prognstico que, ao se tornar uma

    crena, provoca a sua prpria concretizao. Quando as pessoas esperam ou acreditam

    que algo acontecer, agem como se a profecia ou previso j fosse real e assim a

  • previso acaba por se realizar efetivamente. Ou seja, ao ser assumida como verdadeira -

    embora seja falsa - uma previso pode influenciar o comportamento das pessoas, seja

    por medo ou por confuso lgica, de modo que a reao delas acaba por tornar a

    profecia real.

    A expresso foi cunhada pelo socilogo Robert K. Merton, que elaborou o conceito

    (self-fulfilling prophecy) no seu livro Social Theory and Social Structure, publicado em

    1949. Merton estudou a corrida aos bancos, verificando que, quando se difunde o boato

    de que um banco est em dificuldades, os correntistas apressam-se em retirar os valores

    ali depositados e liquidar outros negcios, de modo que o banco acaba mesmo falindo.

    Nas palavras de Merton:

    A profecia autorrealizvel , no incio, uma definio falsa da situao, que

    suscita um novo comportamento e assim faz com que a concepo originalmente

    falsa se torne verdadeira.

    Os Pergaminhos do Mar Morto provam que as profecias do Antigo Testamento

    existiram antes de Jesus vir terra, ratificando a vinda do Messias, mas a nica coisa

    que diz que Jesus foi a pessoa que cumpriu estas profecias o Novo Testamento.

    Portanto, temos um livro religioso sendo utilizado para apoiar as profecias em outro

    livro religioso - as narrativas do Novo Testamento documentam o cumprimento

    proftico do Antigo Testamento. No isso raciocnio circular e profecia

    autorrealizadora? No estamos usando a Bblia para validar a Bblia? Como j foi dito

    anterior, Bblia composta de 66 textos separados e distintos escritos por 40 autores que

    muitas vezes no tinham nada a ver uns com os outros.

    Se considerarmos cada texto por si s, o nvel de validade e comprovao dentro de

    cada volume bblico notvel. A Bblia na verdade confirma a si mesma atravs da

    concepo inerente que liga seus 66 livros separados em um trabalho de integrao.

    Quando analisada objetivamente, por que devemos ter um problema em usar os 27

    textos do Novo Testamento para ajudar a validar os 39 textos do Antigo Testamento?

    Estamos apenas usando uma coleo de antigos documentos histricos para estabelecer

    a veracidade de uma outra coleo de antigos documentos histricos. Historiadores

    acadmicos fazem isso o tempo todo. Isso no profecia autorrealizvel. Desse

    conceito, podemos compreender no que diz respeito aos 39 livros do Antigo

    Testamento, onde centenas de anos separaram os autores e textos. No entanto, j que os

    27 livros do Novo Testamento foram colocados juntos em um perodo de tempo

    relativamente curto, talvez eles fossem mais aptos a serem planejados como um todo

    por um grupo de fanticos e conspiradores:

    Existem quaisquer fontes comprovadoras alm deste coeso grupo religioso?

    Outros autores gravaram eventos bblicos fora da Bblia.

    Assim, estamos bem adiantado no processo de elucidar o argumento de profecia

    autorrealizadora sobre a Bblia, e podemos evitar o problema por completo analisando

    a documentao histrica extra-bblica do cumprimento proftico do Antigo

    Testamento. Desta forma podemos indagar: Existe alguma documentao fora do Novo

    Testamento que mostre que Jesus foi executado como previsto nas Escrituras judaicas,

    tais como Salmo 22 e Isaas 53?

  • A resposta a esse questionamento sim, existe vrias fontes no crists fora dos textos

    bblicos que corroboram os eventos do Novo Testamento. Na verdade, h uma

    variedade de fontes fora da bblia que diretamente mencionam Jesus Cristo e a ascenso

    do Cristianismo. Vamos examinar algumas dessas fontes historicas.

    Cornlio Tcito (c. 55-120 DC) considerado um grande historiador da Roma antiga.

    Sua obra-prima, Anais, representada por um conjunto de dois volumes (captulos 1-6,

    com um manuscrito sobrevivente, e os captulos 11-16, conhecido como Histrias, com

    32 manuscritos sobreviventes).

    Como pano de fundo, no dia 19 de julho de 64 DC, um incndio comeou em Roma que

    queimou por nove dias, finalmente destruindo cerca de trs quartos da cidade. De

    acordo com Tcito, surgiram rumores de que o fogo foi planejado pelo prprio (e muito

    instvel) Imperador Nero. Em resposta, Nero criou uma diverso ao condenar os

    Cristos tortura e execuo.

    Por conseguinte, para se livrar da acusao, Nero culpou e infligiu as mais

    terrveis torturas em uma classe odiada por suas abominaes, chamada pelo

    populacho de Cristos. Christus, de quem o nome teve sua origem, sofreu a

    penalidade extrema durante o reinado de Tibrio s mos de um de nossos

    procuradores, Pncio Pilatos, e uma superstio muito perniciosa, portanto,

    marcada para o momento, mais uma vez surgiu, no s na Judeia, a primeira

    fonte do mal, mas tambm em Roma, onde todas as coisas horrveis e

    vergonhosas de toda parte do mundo encontram o seu centro e se tornam

    populares. Assim, de primeiro apenas os que confessavam ser culpados foram

    presos e, em seguida, com base em suas informaes, uma imensa multido foi

    condenada, no tanto do crime de incendiar a cidade, mas por dio contra a

    humanidade. Zombaria de toda espcie foi adicionada s suas mortes. Cobertos

    com as peles dos animais, eles foram dilacerados por ces e assim pereceram, ou

    foram pregados em cruzes, ou foram condenados ao fogo e queimados, para

    servir como uma iluminao noturna quando a luz do dia j tinha expirado. Nero

    oferecia seus jardins como um espetculo e exibia um show no circo, enquanto

    ele se misturava com as pessoas vestido de cocheiro de carruagem, ou ficava

    apenas em p, um tanto distante, em uma de suas carruagens. Por conseguinte,

    at por criminosos que mereciam punio extrema havia um sentimento de

    compaixo, pois estavam sendo punidos no pelo bem da maioria, mas para

    alimentar a crueldade de um s homem.

    De Cornlio Tcito, provavelmente o principal historiador romano daquele perodo, no

    h qualquer dvida de que os Cristos existiam em 64 DC. Alm disso, eles enfrentaram

    perseguio odiosa por sua f em Cristo, uma verdadeira figura histrica que foi

    executada na Judeia durante o reinado de Tibrio s mos de Pncio Pilatos.

    Flvio Josefo (37-100 CC), um general judeu e membro da aristocracia sacerdotal dos

    judeus, voltou-se para o lado do Imprio Romano na grande revolta judaica de 66-70

    DC. Josefo passou o resto de sua vida em Roma (ou perto) como conselheiro e

    historiador a trs imperadores: Vespasiano, Tito e Domiciano. Durante sculos, as obras

    de Josefo foram mais lidas na Europa do que qualquer outro livro, com exceo da

    Bblia. Os seus livros so fontes de valor inestimvel que registram o testemunho ocular

    do desenvolvimento da civilizao ocidental, incluindo a fundao e crescimento do

  • Cristianismo no sculo primeiro. Notavelmente, Flvio Josefo menciona

    acontecimentos e pessoas do Novo Testamento em algumas das suas obras. Para mim,

    esta foi uma das provas mais importantes contra as teorias de lenda que assolavam a

    minha viso do Cristianismo primitivo. Aqui esto alguns trechos fascinantes:

    Nessa poca, havia um homem sbio chamado Jesus. O seu comportamento era

    bom, e ele era conhecido por ser virtuoso. Muitas pessoas dentre os judeus e

    outras naes se tornaram seus discpulos. Pilatos o condenou a ser crucificado e

    morrer. No entanto, aqueles que tinham se tornado seus discpulos no

    abandonaram o seu discipulado. Ao contrrio, eles relataram que Jesus tinha

    aparecido a eles trs dias aps sua crucificao e que estava vivo;

    consequentemente, ele talvez tenha sido o Messias sobre quem os profetas tm

    contado maravilhas.

    Aps a morte do procurador Festo, quando Albinus estava prestes a suceder-

    lhe, o sumo sacerdote Ananias achou uma boa oportunidade de reunir o Sindrio.

    Ele, portanto, fez com que Tiago, irmo de Jesus, que era chamado Cristo, e

    vrios outros, comparecessem perante este conclio que tinha se reunido s

    pressas, e pronunciou sobre eles a sentena de morte por apedrejamento. Todos

    os sbios e observadores estritos da lei que estavam em Jerusalm manifestaram

    a sua desaprovao deste ato.

    Alguns at foram para o prprio Albinus, que tinha partido para Alexandria,

    para levar sua ateno esta violao da lei e para inform-lo que Ananias tinha

    agido ilegalmente na montagem do Sindrio sem a autoridade romana.

    Agora, alguns dos judeus achavam que a destruio do exrcito de Herodes

    tinha vindo (muito justamente) de Deus como uma punio pelo que ele fizera

    contra Joo, chamado de Batista; Herodes matou Joo, um bom homem, e

    ordenou que os judeus exercessem virtude, tanto como a justia para com o outro

    e como piedade para com Deus, e que assim chegassem ao batismo; para que [a

    lavagem com gua] fosse-lhe aceitvel se dela se utilizassem, no para se livrar

    [ou remir] de [apenas] alguns pecados, mas para a purificao do corpo;

    supondo ainda que a alma j tinha sido previamente e completamente purificada

    pela justia.

    Estas trs citaes de Josefo realmente falam por si mesmas! Professor Shlomo Pines,

    um conhecido estudioso israelense, discute o fato da historicidade de Jesus e as

    referncias a Jesus por Flvio Josefo:

    De fato, no que diz respeito s probabilidades, nenhum Cristo poderia ter produzido

    um texto to neutro: para ele o nico ponto importante sobre o assunto poderia ter sido

    sua comprovao da evidncia histrica de Jesus. Mas o fato que at aos tempos

    modernos, esta crena em particular (isto , alegar que Jesus uma farsa) nunca tinha

    comeado. Mesmo os adversrios mais fortes do Cristianismo nunca expressaram

    qualquer dvida sobre a existncia de Jesus.

    Antiguidades Judaicas, Livro 18, captulo 3, pargrafo 3 (traduzida do manuscrito rabe

    do quarto sculo). Uma verso mais fenomenal deste texto ainda existe, e muitos

    estudiosos declaram que foi manipulada um pouco em alguns lugares. No entanto,

    esta verso chegou a ser citada to cedo quanto 325 DC:

  • Agora havia durante este tempo Jesus, um homem sbio, se lcito cham-lo de

    um homem, pois ele era executor de obras maravilhosas, um professor de tais

    homens que recebem a verdade com prazer. Ele atraiu para si muitos dos judeus

    e muitos dos gentios. Ele era [o] Cristo. E quando Pilatos, por sugesto dos

    principais homens entre ns, condenou-o cruz, aqueles que o amavam a

    princpio no o abandonaram, pois ele lhes apareceu vivo novamente no terceiro

    dia, assim como os divinos profetas tinham predito estas e inmeras outras coisas

    maravilhosas a respeito dele. E a tribo dos Cristos, assim chamada por causa

    dele, no est extinta at este dia.

    Plnio o Jovem (c. 62 - c.113 DC) era o governador romano da Bitnia (atual regio ao

    noroeste da Turquia). Cerca de 111 ou 112 DC, ele escreveu a seguinte carta ao

    imperador Trajano de Roma pedindo conselhos sobre como lidar com os Cristos.

    uma regra, Senhor, que eu observo inviolavelmente, referir-me a vs em todas

    as minhas dvidas; pois quem mais capaz de guiar a minha incerteza ou de

    informar a minha ignorncia? Sem nunca ter assistido a sequer um julgamento

    dos Cristos, eu sou ignorante no que diz respeito ao mtodo e aos limites a

    serem observados tanto na anlise quanto na punio. Se alguma diferena deve

    ser permitida entre o mais jovem e o adulto; se o arrependimento permite o

    perdo, ou se nada pode salvar um homem uma vez convertido ao Cristianismo;

    se a mera declarao solene do Cristianismo, embora sem crimes, ou se somente

    os crimes que lhe esto associados so punveis - em todos estes pontos tenho

    grandes dvidas. No entretanto, o mtodo que tenho observado com aqueles que

    tm denunciado a mim que so Cristos o seguinte: eu lhes pergunto se so

    Cristos; se confessaram, repeti a pergunta mais duas vezes, acrescentando a

    ameaa de punio capital; caso eles ainda perseverarem, eu os ordenei

    execuo. Pois qualquer que seja a natureza do seu credo, pelo menos no pude

    sentir nenhuma dvida de que transgresso e obstinao inflexveis merecem

    castigo. Havia outros que tambm possuam a mesma paixo, mas sendo

    cidados de Roma, eu os dirigi para que l pudessem ser julgados. Essas

    acusaes se espalharam (como normalmente o caso) a partir da simples

    investigao do assunto e de diversas formas de corrupo virem tona. Um

    cartaz foi colocado, sem qualquer assinatura, acusando um grande nmero de

    pessoas pelo nome. Aqueles que negaram ser, ou ter sido, Cristos, e que

    repetiram depois de mim uma invocao aos deuses e ofereceram adorao, com

    vinho e incenso, vossa imagem, que eu tinha, juntamente com a dos deuses,

    encomendado para essa ocasio, e que finalmente amaldioaram a Cristo - achei

    que fosse adequado dispensar-lhes. Outros que foram nomeados por esse

    informante de primeira confessaram ser Cristos, mas em seguida negaram;

    verdade, eles tinham sido de persuaso, mas finalmente desistiram de algo que

    para alguns era de cerca de trs anos, outros h muitos anos e alguns tanto como

    vinte e cinco anos atrs. Todos eles adoraram a vossa esttua e as imagens dos

    deuses e amaldioaram a Cristo. Afirmaram, no entanto, que toda a sua culpa, ou

    o seu erro, foi que tinham o hbito de reunio em um determinado dia fixo antes

    do amanhecer do dia, quando cantavam em versos alternados um hino a Cristo,

    como a um deus, e vincularam-se por um juramento solene, no a qualquer

    maldade, mas a nunca cometer qualquer fraude, roubo ou adultrio, nunca

    falsificar a sua palavra, nem deixar de entregar uma relao de confiana

  • quando necessrio; aps essa reunio, era o seu costume se separar para ento

    se reunir novamente e dividir os alimentos - mas a comida de um tipo comum e

    inocente. Mesmo esta prtica, no entanto, eles abandonaram aps a publicao

    do meu edital, pelo qual, de acordo com vossas ordens, eu tinha proibido as

    associaes polticas. Julguei tanto mais necessrio extrair a verdade real, com a

    ajuda de tortura de duas escravas que eram diaconisas de estilo, mas eu no

    consegui descobrir nada mais do que superstio depravada e excessiva. Por isso

    ento adiei o processo e dirigi-me diretamente ao vosso conselho. O assunto

    parecia ser importante o suficiente para que fosse dirigido a vs, especialmente

    considerando os nmeros em perigo. Pessoas de todas as classes e idades e de

    ambos os sexos so, e sero, envolvidas na acusao, pois esta superstio

    contagiosa no se limita apenas s cidades, mas tem se espalhado pelas aldeias e

    zonas rurais; parece possvel, no entanto, verificar e cur-la.

    Esta uma carta impressionante preservada desde a antiguidade. Plnio o Jovem

    fala do Cristianismo se espalhando por todo o Imprio Romano e se dirige ao

    processo de perseguio dos seguidores desta superstio. Plnio tambm

    menciona Cristo por nome trs vezes como o centro do Cristianismo e descreve

    prticas Crists, incluindo a adorao de Cristo como a um Deus.

    Suetnio - era um historiador e secretrio de Adriano, o Imperador de Roma, entre 117

    a 138 DC. A respeito do imperador Cludio (41-54 DC) e da revolta de Roma em 49

    DC, Suetnio escreveu:

    J que os judeus estavam fazendo constantes distrbios na instigao de Christus

    [Cristo], ele [Cludio] os expulsou de Roma.

    Curiosamente, Atos 18:2 diz que Paulo encontrou quila e sua esposa Priscila logo

    depois de terem sado da Itlia porque Cludio os tinha expulsado. Mais tarde, Suetnio

    escreveu sobre o grande incndio de Roma em 64 DC:

    Punio por Nero foi infligida aos Cristos, uma classe de homens dada a uma

    superstio nova e travessa.

    Mara Bar-Serapio - um filsofo estoico da Sria escreveu esta carta ao seu filho da

    priso em algum momento depois de 70 DC:

    Que vantagem os atenienses alcanaram ao pr Scrates morte? Fome e

    praga vieram sobre eles como um julgamento por seus crimes. Que vantagem os

    homens de Samos ganharam por queimar Pitgoras? Em um s momento sua

    terra estava coberta de areia. Que vantagem alcanaram os judeus por executar

    seu sbio rei? (eu grifei) Foi bem depois disso que seu reino foi abolido. Deus

    vingou justamente esses trs homens sbios: os atenienses morreram de fome, os

    habitantes de Samos foram atacados pelo mar; os judeus, arruinados e expulsos

    de suas terras, vivem em completa disperso. (eu grifei) Mas Scrates no morreu

    de uma vez por todas, ele continuou a viver na esttua de Plato. Pitgoras no

    morreu de uma vez por todas, ele continuou a viver na esttua de Hera. Nem o rei

    sbio morreu de uma vez por todas; ele continuou a viver no ensino que tinha

    dado.

    Esta carta se refere a Jesus como sendo o rei sbio. O escritor obviamente no um

    Cristo porque ele coloca Jesus ao mesmo nvel que Scrates e Pitgoras. Sem qualquer

  • inclinao em sua referncia a Jesus e Igreja, esta carta uma referncia histrica

    valiosa sobre a historicidade de Jesus.

    Luciano de Samsata era um filsofo grego do sculo 2. Este texto preservado

    obviamente uma stira, mas uma poderosa fonte extra bblica:

    Os Cristos, vocs sabem, adoram um homem at hoje - esse personagem

    distinto que introduziu seus rituais fora do comum e foi crucificado por causa

    disso... Sabe, essas criaturas equivocadas comearam com a convico geral de

    que so imortais para sempre, o que explica o desprezo da morte e a auto-

    dedicao voluntria que so to comuns entre eles; e ento eles foram ensinados

    por seu legislador original que so todos irmos a partir do momento em que so

    convertidos e negam os deuses da Grcia, adoram o sbio crucificado e vivem de

    acordo com suas leis. Tudo isso eles levam muito em f, causando como resultado

    o desprezo de todos os bens materiais semelhantes, considerando-os apenas como

    propriedade comum.

    Esta obra est longe de ser lisonjeira, mas absolutamente apoia a pessoa de Jesus Cristo

    (o sbio crucificado) e a sobrevivncia da igreja Crist no sculo II.

    Tradio Judaica

    De todas as fontes antigas de Jesus, as menos favoravelmente tendenciosas parecem ser

    de origem rabnica. H realmente um nmero significativo de referncias a Jesus na

    tradio judaica, mas muitas delas usam nomes como esse homem quando se referem

    a Jesus Cristo. Portanto, algumas das referncias so agora consideradas no confiveis.

    No obstante, no Talmude babilnico, o comentrio formal sobre as Leis judaicas

    compiladas entre 200-500 DC, h uma referncia poderosa sobre Jesus:

    Tem sido ensinado: Na vspera da Pscoa, mataram Yeshu. E um anunciador

    surgiu primeiro, por quarenta dias dizendo: Ele vai ser apedrejado porque

    praticou feitiaria, seduziu e incentivou Israel a se desviar. Quem sabe alguma

    coisa em seu favor, apresente-se e faa um apelo em seu nome. Mas, no tendo

    encontrado nada em seu favor, ele foi morto na vspera da Pscoa.

    Esta considerada uma referncia digna de confiana sobre Jesus (Yeshu),

    encontrada na tradio judaica. Aqui os escritores rabnicos confirmam que Jesus foi

    uma figura histrica, que foi crucificado na vspera da Pscoa e que fez milagres,

    mencionados aqui como feitiaria. Os eventos que cercam a vida de Jesus no foram

    desmentidos, pelo contrrio, foram definitivamente confirmados na tradio judaica.

    Bem, eu estava procurando por fontes imparciais de informao, fora da Bblia, que

    falam sobre a pessoa de Jesus, sua morte por pena de morte e a ascenso de uma religio

    em seu nome. Surpreendentemente, foi exatamente isso que achei! As narrativas

    histricas no-Crists de Cornlio Tcito, Flvio Josefo, Plnio o Jovem, Suetnio, Mara

    Bar-Serapio, Luciano de Samsata e at mesmo os escritos do (extremamente parcial)

    Sindrio judaico reivindicam os relatos bblicos sobre a vida e a morte de Jesus Cristo

    no primeiro sculo DC. Alm dos nove autores do Novo Testamento que escreveram

    sobre Jesus em narrativas distintas, achei pelo menos vinte autores Cristos primitivos,

    quatro escritos herticos e sete fontes no-Crists que fazem meno explcita de Jesus

    todas com menos de 150 anos depois da sua vida. Isso equivale a um mnimo de 40

  • autores e todos mencionam explicitamente Jesus e a expanso de um movimento

    espiritual em seu nome. Temos mais autores que mencionam Jesus Cristo dentro de 150

    anos depois de sua vida do que sobre o imperador romano que reinou durante aquela

    mesma poca. Os estudiosos tm conhecimento de apenas dez fontes que mencionam o

    imperador Tibrio naquele mesmo prazo, incluindo Lucas, Tcito, Suetnio e Veleio.

    Assim, dentro deste curto espao de tempo, o nmero de escritores primitivos que

    mencionam Jesus superam aqueles que mencionam o lder do Imprio Romano inteiro

    (na verdade, o mundo antigo daquela poca) por uma proporo de 4:1. Tudo bem, isso

    uma prova fantstica da vida e morte histrica de um lder religioso chamado Jesus

    Cristo, mas e o resto? O que dizer sobre os supostos milagres...? O que dizer sobre o

    maior milagre - sua ressurreio dentre os mortos.

    Milagres de Jesus. Na verdade, consegui superar o obstculo dos Milagres de Jesus

    muito rpido. Para mim, a suspenso (ou violao) das leis naturais envolvidas nos

    milagres de Jesus no realmente diferente do que testemunhamos no dia-a-dia.

    Existem foras naturais inerentes representadas pelas leis da fsica, propriedades

    qumicas e frmulas matemticas, e h foras volitivas que podem interagir ou

    contrariar as naturais.

    Por exemplo, as leis da gravidade que mantm uma pedra no cho no so suspensas

    (ou violadas) quando um rapaz neutraliza a gravidade ao aplicar uma maior fora fsica

    para pegar e atirar a pedra. A mesma lgica vale quando lemos os relatos de

    testemunhas oculares de Jesus caminhando sobre as guas ou transformando a gua em

    vinho. A partir de uma base racional, ele est apenas aplicando uma fora volitiva fora

    daquilo que conhecemos como leis naturais dentro de nossas quatro dimenses

    materiais. Filosoficamente existe uma predisposio a rejeitar qualquer referncia a

    eventos sobrenaturais, mas isso no significa que eles no podem ocorrer ou no

    ocorrem de fato. Dada conscincia de que existe um Deus, os milagres de Jesus so

    muito sensatos. Um agente sobrenatural no logicamente limitado pelos efeitos da sua

    causa sobrenatural - portanto, Deus no restringido por leis que regem nosso universo

    naturalista. A lei natural a criao de Deus, instituda por Ele para governar sua

    criao. O criador no embalado por sua criao. Ao considerar um agente

    sobrenatural, lgico pensar alm do comum ou natural. Dada a realidade de um

    criador sobrenatural, as narrativas encontradas no evangelho sobre os milagres de Jesus

    so muito sensatas tambm. Alguns acreditam que esses textos foram inspirados pelo

    prprio Deus. No entanto, quer voc pessoalmente os mantenha em to alta estima ou

    no, no mnimo os evangelhos representam quatro distintos relatos histricos escritos

    por quatro autores individuais que, segundo os critrios seculares, independentemente

    documentam acontecimentos histricos. A predisposio filosfica para ignorar

    qualquer coisa milagrosa ou teolgica simplesmente no um bom motivo para rejeitar

    os textos do evangelho. Novamente, vamos considerar a integridade dos escritores dos

    evangelhos, homens dispostos a sofrer intensa perseguio e at mesmo morrer em

    defesa dos seus testemunhos individuais. Como j discutido anteriormente, Lucas

    geralmente considerado como um dos maiores historiadores da antiguidade. Dr. John

    McRay, professor de Novo Testamento e de Arqueologia na Universidade de Wheaton,

    em Illinois, praticamente resume:

    O consenso geral de ambos os estudiosos liberais e conservadores que Lucas

    muito preciso como um historiador. Ele erudito, ele eloquente, o seu grego

  • aproxima-se de qualidade clssica, ele escreve como um homem educado e

    descobertas arqueolgicas esto mostrando repetidamente que Lucas exato no

    que tem a dizer.

    Sir William Ramsey, um dos maiores arquelogos dos tempos modernos, concorda:

    Lucas um historiador de primeira categoria. Temos uma boa razo para descartar o

    relato de Lucas da vida de Jesus?

    O que dizer dos outros escritores do evangelho que deram suas vidas por seus

    depoimentos escritos sobre os milagres de Jesus? Ressurreio de Jesus Cristo

    Certo, mas agora vem uma grande pergunta... O ponto principal... A ressurreio de

    Jesus Cristo realmente aconteceu? Ser que Jesus realmente ressuscitou dos mortos e

    por que este evento to importante...? Em um simples resumo, o Novo Testamento

    fundado sobre Jesus Cristo e o poder da sua ressurreio. J que a fundao do

    Cristianismo bblico a ressurreio de Jesus Cristo, ento a veracidade histrica de sua

    vida, morte e ressurreio so igualmente importantes. Pois como Paulo declarou em

    sua carta aos Corntios:

    E, se Cristo no ressuscitou, v a nossa pregao, e v, a vossa f; e somos

    tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que

    ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele no ressuscitou, se certo que os mortos no

    ressuscitam.

    A nica forma legtima de investigar a ressurreio de Jesus Cristo testar a evidncia

    histrica sem qualquer pressuposio ou preconceito. Portanto, para ser justo, vamos

    julgar as provas como qualquer outro evento histrico.

    Com base nas normas e regras para uma evidncia vlida, o testemunho coerente de

    vrias testemunhas credveis seria considerado o melhor tipo de prova disponvel para o

    litigante. Portanto, se encontrarmos tal testemunho presente em narrativas credveis do

    registro histrico, teremos ento resolvido um grande desafio evidencial quando

    submetidas a regras tradicionais. Na verdade, encontramos vrios depoimentos de

    testemunhas oculares sobre a ressurreio de Jesus. Em sua carta igreja de Corinto,

    Paulo estabeleceu o seguinte:

    Antes de tudo, vos entreguei o que tambm recebi: que Cristo morreu pelos

    nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao

    terceiro dia, segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas e, depois, aos doze.

    Depois, foi visto por mais de quinhentos irmos de uma s vez, dos quais a

    maioria sobrevive at agora; porm alguns j dormem.

    Estudos de manuscrito indicam que esta era uma das primeiras crenas da f Crist,

    escrita poucos anos aps a morte de Jesus Cristo. Portanto, dramtico que Paulo

    termina o trecho com dos quais a maioria sobrevive at agora. Paulo estava

    convidando as pessoas a verificar os fatos.

    Ele no teria includo uma declarao como essa se estivesse tentando esconder algo

    como uma conspirao, fraude, mito ou lenda. A ressurreio de Jesus Cristo tambm

    foi declarada em vrias outras narrativas, incluindo a apario de Jesus a Maria

    Madalena, a outras mulheres, a Clopas e seu companheiro, a onze discpulos e outras

    pessoas, a dez apstolos e outras pessoas (excluindo Tom), aos apstolos (incluindo

    Tom), a sete apstolos, aos discpulos e aos apstolos no monte das Oliveiras. O

    grande teste de credibilidade para essas testemunhas oculares foi que muitas delas

    enfrentaram mortes horrendas por seu testemunho ocular. Isso realmente dramtico!

  • Estas testemunhas sabiam da verdade! O que poderiam possivelmente ganhar por

    morrer por uma mentira conhecida? A evidncia fala por si, estas pessoas no eram

    apenas religiosos fiis morrendo por uma crena religiosa, elas eram seguidores de

    Jesus morrendo por um evento histrico - a ressurreio de Jesus Cristo que o

    estabeleceu como o Filho de Deus.

    Evidncia da Ressurreio. Com o tempo, podemos observar que a prova da

    ressurreio de Jesus Cristo era um dos fatos mais slidos e comprovados da

    antiguidade. Depois de ressuscitar dos mortos e antes de subir ao cu, Jesus foi visto por

    centenas de testemunhas oculares, muitas das quais morreram defendendo fortemente o

    seu testemunho. Os primeiros seguidores de Cristo estavam dispostos a sofrer e morrer

    por sua histria. Este fato estabelecido confirma a sinceridade da sua f e fortemente

    exclui decepo por sua parte. Na verdade, todos os escritores do Novo Testamento

    (com exceo de um) foram executados por defender e proclamar a ressurreio de

    Cristo (Joo foi o nico poupado, mas foi forado ao exlio pelo imperador romano Tito

    Flvio Domiciano). Esta uma prova realmente convincente da ressurreio.

    claro que o martrio em si no original - muitos ao longo da histria tm morrido

    espontaneamente por suas crenas. O que torna o martrio dos discpulos algo

    extraordinrio que para estes homens estavam em condies de realmente saber se o

    que estavam professando era verdade ou no. Sabe, ningum conscientemente escolhe

    sofrer torturas e morte terrvel a fim de defender algo que sabem ser mentira. Por

    exemplo, os sequestradores suicidas do dia 11 de setembro talvez acreditavam

    sinceramente naquilo por que morreram, mas certamente no estavam em posio de

    saber se o que eles acreditavam era verdade ou no. Eles colocaram a sua f nas

    tradies religiosas passadas a eles por muitas geraes. Em contraste, os mrtires do

    Novo Testamento ou viram o que alegaram ter visto, ou no; simples assim. Ou eles

    interagiram com o Jesus ressuscitado, ou no. Dramaticamente, esses homens se

    agarravam aos seus testemunhos at sua morte brutal nas mos de seus perseguidores, e

    isso apesar de serem oferecidas vrias chances de renegar sua f e sabendo muito bem

    se o seu testemunho era verdadeiro ou falso. Por que tantos homens morreriam

    conscientemente por uma mentira? Eles no tinham nada a ganhar por mentir e

    obviamente tudo a perder. Alm dos discpulos terem a experincia do que alegaram ser

    aparies da ressurreio, houve at mesmo alguns cticos que acreditavam que Jesus

    tinha-lhes aparecido vivo depois da crucificao. A maioria dos estudiosos bblicos

    concorda hoje que Paulo era um ctico e at mesmo um perseguidor da igreja Crist

    primitiva antes de sua experincia com uma apario ps-ressurreio. A maioria dos

    estudiosos concorda tambm que Tiago era um ctico antes de sua experincia com o

    que ele chamou de uma apario ps-ressurreio.

    A experincia de Paulo o levou a mudar imediatamente de um perseguidor horrvel do

    Cristianismo a um dos seus defensores mais agressivos. Ele afirmou que esta mudana

    s veio aps a interao pessoal com o Cristo ressurreto, e Ele voluntariamente sofreu e

    morreu por seu testemunho. Alm disso, antes da ressurreio de Jesus, seu prprio

    irmo, Tiago, e