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Em evidencia 46

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Um Rio Grande do Sul melhor

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SUPERVISÃO GERAL:Lucio Vaz - [email protected]

MARKETING:Édison Castêncio

EDITOR:Antonio Silvio Hendges - [email protected]

SUCURSAL LITORAL NORTE:Carlos Menezes e Denise Coelho

2015: renovação política em evidência no RS

EDITORIAL

SUCURSAL BOTUCARAÍ: Silvio Hendges - [email protected]

SUCURSAL CRUZ ALTA: Jornal O Expresso - [email protected]

SUCURSAL VALE DO PARANHANA: Cláudia Razera - [email protected]

DESIGN: Neo WS

JORNALISTA RESPONSÁVEL: Paulo Batimanza - MTB 15085

REPORTAGEM:Sandro Carvalho e Paulo Batimanza

REVISÃO:Maria Becchi

SITE: Bryan Meller - [email protected] Becchi - [email protected]

AGRADECIMENTOS: Gabriela Alcantara e Luiz Chaves

gaúcho desde 1935, ano em que o Poder Legislativo do RS passou a chamar-se Assembleia Legislativa. Mantendo o es-pírito democrático, um valor inquestio-nável para os gaúchos, em seu primeiro pronunciamento como presidente da assembleia gaúcha, Edson Brum as-segurou que se empenhará para ser o presidente de todos, respeitando a di-versidade partidária e de opiniões. “Na democracia participativa, que, nós, polí-ticos, respeitamos como dogma, as mi-norias fazem parte do todo e, por tal ra-zão, devem ser ouvidas e respeitadas”. Isto certamente será fundamental para os trabalhos legislativos e a representa-tividade adequada das bancadas eleitas.

As câmaras de vereadores dos muni-cípios gaúchos também renovaram, neste ano, as suas mesas diretoras, possibilitando igualmente nestes ca-sos a alternância e a democracia como métodos políticos nestas instituições que são as mais próximas dos eleito-

Na eleição de 2014, o Estado do RS manteve a tradição de não reeleger os seus governadores, renovando em cada eleição o chefe do Executivo, in-clusive alternando os partidos que comandam a política gaúcha. Nesta eleição, o PMDB retorna ao Palácio Pi-ratini com José Ivo Sartori, que após um primeiro turno em que sua eleição não era esperada, venceu as eleições no segundo turno com mais de 1,4 milhões de votos e 61,21% dos votos válidos. Esta é a nossa principal entre-vista, onde o governador eleito nos in-forma das dificuldades e também das perspectivas para os próximos anos no RS, inclusive as ações para a afirma-ção, o desenvolvimento e avanço do RS como um dos principais estados da federação brasileira.

Renovação também na Assembleia Legislativa gaúcha, que na 54ª Legisla-tura terá a presidência de Edson Brum (PMDB), 63º Presidente do parlamento

res e cidadãos e, portanto, as que mais interagem diretamente com a popula-ção, criando vínculos locais indispen-sáveis à democracia e ao desenvolvi-mento das comunidades gaúchas.

A revista Em Evidência considera es-tas renovações e alternâncias nos po-deres constituídos como fundamen-tais ao fortalecimento da democracia, sempre necessária e indispensável à cidadania e liberdade. Em 2015 con-tinuaremos presentes, divulgando as ações dos agentes públicos gaúchos nas diversas instâncias e informando com qualidade, veracidade e respeito aos nossos leitores os rumos e notícias do Rio Grande do Sul, seus municípios e regiões. Sejam bem vindos à leitura de mais este número da já tradicional revista gaúcha, Em Evidência.

Antonio Silvio [email protected]

Page 5: Em evidencia 46

PIRATINI.......................................................................................6Federações empresariais querem ser parceiras no enfrentamento da crise no EstadoFLASH EM EVIDÊNCIA ...................................................................7A serra gaúcha em evidênciaOPINIÃO - Victor Hugo .................................................................9A cultura como motor de desenvolvimento social e econômicoMANDATO ...................................................................................10Entrevista com deputado Gilmar SossellaOPINIÃO - Cesar Luis de Araújo Faccioli ....................................16Secretaria de justiça e direitos humanos: a ética do diálogoABF ............................................................................................18Academia Brasileira de Filosofia faz visitas institucionais aos chefes de poder gaúchosFLASH ........................................................................................25Papparazzo GaúchoSINDISPGE .................................................................................30SINDISPGE comemora a aprovação do PL nº 259/2014CARLOS BARBOSA .....................................................................34Prefeito em exercício encontra Governador do EstadoCARLOS BARBOSA .....................................................................34Comitiva da 13ª FenaVindima visita o PrefeitoOPINIÃO - Paulo Caliendo ..........................................................35Multas ConfiscatóriasACONTECEU ...............................................................................48Pablo Tatim toma posse como membro da Comissão de Ensino Jurídico da OAB/RSFAMURS .....................................................................................49Conab atende pedido da cadeia leiteira e anuncia R$ 10 milhões para o RSFAMURS .....................................................................................50Estado garante repasses da saúde em dia aos municípiosOPINIÃO - Gabriel Souza ............................................................52Sobre a austeridade e a incoerência. No RS e no BrasilACONTECEU ...............................................................................53Vinícius Brum é o novo presidente da FIGTFMUNICÍPIOS ...............................................................................54Paulo Ricardo Cataneo, prefeito de SoledadeLEGISLATIVO MUNICIPAL | PORTO ALEGRE ................................56Presidente da Câmara da Capital visita prefeito de Canoas

Ano 5 - Nº 46 - 2015

LEGISLATIVO MUNICIPAL|PORTO ALEGRE ..................................57Mauro Pinheiro recebe Medalha da Assembleia LegislativaLEGISLATIVO MUNICIPAL | TRIUNFO ...........................................58Presidente quer estreitar relacionamento com a comunidadeOPINIÃO - Paulo Ritter...............................................................59 Pela transparência, mas sem hipocrisiaOAB ............................................................................................60Presença de advogado nos procedimentos de conciliação e arbitragem reivindicadaEM EVIDÊNCIA ............................................................................62Mauro Poeta, prefeito de TriunfoASSEMBLEIA ..............................................................................65Álvaro Boessio é o líder da Bancada do PMDB no Parlamento gaúchoASSEMBLEIA ..............................................................................66Deputado Edegar Pretto será presidente da Assembleia Legislativa em 2017ASSEMBLEIA ..............................................................................67Racionalização de água em pautaASSEMBLEIA ..............................................................................68Renegociações de débitos do PROCREDASSEMBLEIA ..............................................................................69Alexandre Postal presidirá UnaleASSEMBLEIA ..............................................................................70Regina Becker Fortunati recebe visita de comitiva do Alto JacuíASSEMBLEIA ..............................................................................71Pedro Ruas critica empresas de ônibus, mas afirma ter esperanças na JustiçaASSEMBLEIA ..............................................................................72Marcel van Hattem é empossado deputado estadualOPINIÃO - Edson Brum ..............................................................73O legislativo estadual e seu comprometimento com a política públicaFLASH | MATÉRIA ESPECIAL .......................................................76Edson Brum, novo presidente da ALRSMUNICÍPIOS ...............................................................................80Hospital Nossa Senhora das Graças tem novo modelo de gestãoÚLTIMA PALAVRA - Marcelo Lemos Dornelles ............................82A visão estratégica do Ministério Público

IMPRENSA

PRIMEIRA PESSOA

MATÉRIA ESPECIAL

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Coletiva.net, o pioneiro em informações

Alceu Barbosa Velho, prefeito de Caxias do Sul

Empossados os novos deputados estaduais einstalada a 54ª Legislatura40

Governador do Estadodo Rio Grande do Sul

José Ivo Sartori

Entrevista com

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6 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

apoio às medidas do governo do Esta-do. “As entidades vieram conversar a respeito de um conjunto de situações que envolvem interesses da indústria, do comércio, questões de tributação. Todas vieram emprestar solidarieda-de dizendo que as decisões têm de ser profícuas para criarmos outro patamar de desenvolvimento e também de in-vestimento no Estado, tomando medi-das que sejam corajosas, criativas e que produzam bons resultados”, afirmou o secretário da Fazenda, Giovani Feltes. Ao final do encontro, Bohn destacou

que as entidades serão parceiras do Estado para o enfrentamento do défi-cit das contas públicas – estimado em R$ 5,4 bilhões. Segundo ele, os relatos sobre as finanças também serão leva-dos aos integrantes de cada federação. Foi entregue ao governador documen-to pedindo solução que reduza os im-pactos da cobrança do diferencial de alíquotas. Participaram do encontro o vice-governador José Paulo Cairoli, o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, e o secretário de Obras, Saneamento e Habitação, Gerson Burmann.

Governador almoçou com representantes da Fiergs, Federasul, Farsul, Fecomércio e FCDL

PIRATINI

Federações empresariais querem ser

parceiras no enfrentamento da crise no Estado

As federações empresariais do Rio Grande do Sul manifestaram solidariedade ao governador José Ivo Sartori, em encontro no Palácio Piratini

Eliane Iensen

s federações empresariais do Rio Grande do Sul ma-nifestaram solidariedade ao governador José Ivo Sartori em razão da grave

crise das finanças estaduais em en-contro no Palácio Piratini no último dia 10 de fevereiro. No almoço, os pre-sidentes da Fiergs, Heitor Müller, da Farsul, Carlos Sperotto, da Federasul, Ricardo Russowsky, da Fecomércio, Luiz Carlos Bohn, e da FCDL, Victor Augusto Koch, ouviram de Sartori um relato sobre as finanças e destacaram

A

Foto: Luiz Chaves/Palácio Piratini

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7EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

FLASH EM EVIDÊNCIA

A serra gaúcha em evidência

Destaques da edições 45 e 46 se encontram no PiratiniPaulo Batimanza

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7EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Governador Sartori (PMDB) recebe, do prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin (PP), uma edição da revista Em Evidência. Curiosamente, os dois políticos formam a sequência das últimas capas da edição. Aliás, a serra gaúcha sempre é destaque na revista Em Evidência. Já no primeiro exemplar, estampou o senador Paulo Paim (PT), nascido em Caxias e, ainda, o prefeito de Caxias do Sul, Alceu Barbosa Velho (PDT), capa da edição 36 e Fernando Xavier da Silva (PDT), prefeito de Carlos Barbosa, capa da edição 42

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8 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

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9EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

OPINIÃO

A cultura como motor de desenvolvimento social e econômico

Atualmente, a ONU (Orga-nização das Nações Unidas) considera que a cultura tem um papel central no desen-volvimento sustentável, considerando-a um meio para promover o desenvol-vimento social e econômico. Este pensamento funda-menta as ações de muitos governos ao redor do mun-do e reflete os ideais da nova gestão da Secretaria de Esta-do da Cultura do Rio Grande do Sul.

A lógica de que a cultura, em toda sua extensão, é de-senvolvimento e não apenas entretenimento, norteia o trabalho da Secretaria da Cultura. O processo de construção, solidificação e expansão desta mentalida-de se dá ao longo do tempo.Porém, na atual conjuntura econômica, de contenção de gastos e de uma admi-nistração responsável dos recursos do Estado, se faz essencial acontecer de for-ma acelerada. Desta forma, investir em toda cadeira produtiva da cultura, criar, apoiar e fomentar progra-mas e projetos é um desafio não apenas dos organismos internacionais e dos gover-nos, em todas suas esferas, mas, também, do ter-ceiro setor, das instituições, das fundações e das

empresas privadas em um esforço cooperado para o bem da coletividade. Sim, para o bem da coletividade. Esta é a visão do governo, ou seja, o Estado a servi-ço da sociedade. Para tal, é fundamental ampliar a bus-ca por recursos financeiros para por em prática o pla-no estratégico traçado para o segmento cultural. Neste quesito, gestão criativa é fundamental.

Orçamento e planejamento são poderosas ferramentas de gestão. O orçamento não pode ser um limitador de crescimento, mas um bali-zador da realidade. O plane-jamento profundo, baseado nas políticas públicas, nas diretrizes sociais contem-porâneas e alinhado com os princípios da economia glo-balizada, embasa as refor-mas estruturais necessárias à pasta da cultura no Estado e direciona os apoios e in-vestimentos na cadeira pro-dutiva cultural gaúcha.

O grande desafio, em tempos de crise, é buscar parceiros que queiram trabalhar e cons-truir relações solidas e du-radouras para implementar

ações culturais amplas e profundas, conectadas com a comunidade e, como já foi dito, a serviço dela.

Victor HugoSecretário de Estado da Cultura

“O planejamento profundo, baseado

nas políticas públicas, nas diretrizes sociais

contemporâneas e alinhado com os

princípios da economia globalizada, embasa as

reformas estruturais necessárias à pasta

da cultura no Estado e direciona os apoios e

investimentos na cadeira produtiva cultural gaúcha”

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10 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

MANDATO

Entrevista com deputado Gilmar Sossella O último presidente da 53º legislatura e deputado reeleito para a 54º legislatura,

Gilmar Sossella (PDT), destaca, em entrevista exclusiva, as principais ações da casa durante seu mandato. Confira:

Antônio Silvio Hendges

10 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Em Evidência - Ao final de seu man-dato como presidente da Assem-bleia Legislativa, qual a análise que o senhor faz de sua gestão? Gilmar Sossella - Primeiramente, consideramos que a gestão não foi somente nossa, mas sim de nossos colegas parlamentares integrantes da Mesa Diretora da Assembleia e todos os demais deputados e deputadas.

Trabalhando em parceria, com deci-sões tomadas em conjunto, enfrenta-mos temas polêmicos, decidimos por medidas muitas vezes amargas, em-bora necessárias, e tivemos um ano bastante intenso, cujas metas que tra-çamos quando de nossa posse à frente da Presidência foram alcançadas em

sua plenitude ou tiveram aberto o ca-minho para suas realizações.

Enfim, foi um grande ano, uma ges-tão que termina com a tranquilidade e a segurança do bom dever e do forte trabalho realizados.

Em Evidência - O senhor definiu, quando tomou posse, algumas prioridades de sua gestão. Quais avanços elas tiveram?Gilmar Sossella - Este eixo central que colocamos, com a aprovação da Mesa Diretora, para a Gestão 2014, foi composto por quatro áreas priori-tárias. A principal delas foi a renego-ciação da dívida do Rio Grande do Sul com a União. No decorrer do ano, jun-

tamente com outros deputados, esti-vemos mais de 10 vezes em Brasília para articular com senadores e parti-cipar de sessões e audiências visando a aprovação do projeto.

Após a vitória do Senado, a mobiliza-ção liderada pela Assembleia, que até mesmo pautou o debate e os compro-missos dos candidatos ao longo da campanha para governador, se man-teve e resultou na sanção, pela pre-sidente Dilma Rousseff, do projeto que alterou o indexador que corrige a dívida dos então 6% a 9% de juros mais IGP-DI, para 4% de juros mais Selic ou IPCA.

Além de um valor mais justo, esta grande vitória do Parlamento e da sociedade gaúcha permitirá que o go-verno do Estado aumente e retome sua capacidade de investimentos, so-bretudo no atendimento público de diversas áreas.

Em Evidência - Quais foram as de-mais prioridades?Gilmar Sossella - Outra frente igual-mente importante pela qual trabalha-mos ao longo de 2014 foi a retomada do debate sobre a utilização do carvão mineral como fonte de energia firme, no âmbito estadual e nacional.

Detentor da maior reserva nacional de carvão mineral do Brasil, o Rio Grande do Sul celebrou o leilão que permitirá investimento na ordem de

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Renegociação da dívida:Sossella esteve mais de 10 vezes em Brasília para articular com senadores e participar de sessões e audiências visando a aprovação do projeto

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11EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015 11EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Foto: Divulgação FCD

L

R$ 1,8 bilhão na usina termelétrica de Candiota. Isso não acontecia des-de 2005. Outros R$ 3 bilhões serão investidos em uma termelétrica a gás em Rio Grande.

Também levando à frente uma batalha nacional de vários Estados brasilei-ros, dentre os quais o Rio Grande do Sul, nos reunimos, em Brasília, com o presidente do Supremo Tribunal Fe-deral, Ricardo Lewandowski, e com o também ministro Teori Zavascki, para tratar da ADI 4917, que há 18 meses vem suspendendo os efeitos da Lei 12.734/2012 e impedindo a justa dis-tribuição dos royalties do pré-sal.

Em Evidência - Também houve im-portantes leis aprovadas pelo Parla-mento e promulgadas em sua gestão. Quais poderiam ser destacadas?Gilmar Sossella - Realmente, foram 141 projetos de lei aprovados ao lon-go de 2014. Dentre as promulgações importantes que coube a nós fazer, podemos listar as seguintes:

- Promulgação da Lei 14.489/2014, a partir de iniciativa da deputada Ma-ria Helena Sartori (PMDB): modifica a lei do ICMS buscando coibir a co-mercialização de leite e seus deriva-dos fora dos padrões de qualidade ou fraudados;

- Promulgação da PEC 227/2013, apartir de iniciativa do deputado Adolfo Brito (PP): a proposta de emenda à Constituição prevê que o poder público garanta educação es-pecial às pessoas com deficiência e às pessoas com altas habilidades. Ao término da sessão, ainda no plená-rio, a matéria foi promulgada pelo presidente Gilmar Sossella e demais integrantes da Mesa Diretora da As-sembleia Legislativa;

- Promulgação da Lei 14.467/2014, a partir de iniciativa da deputada Zilá Breintenbach (PSDB): transfere para o Executivo o pagamento dos pro-ventos dos servidores ex-autárquicos, vinculados à CEEE-GT e à CEEE-D;

- Promulgação da Lei 14.608/2014, a partir de iniciativa da deputada Marisa Formolo (PT): estabelece o fornecimento gratuito de peruca às pessoas com alopécia provocada pela aplicação da quimioterapia;

- Promulgação das emendas 13 e 19 do Projeto de Lei Complementar (PLC) 84/2014, a partir de iniciativas dos deputados Jorge Pozzobom (PSDB) e Frederico Antunes (PP): introduz ajustes na Lei Complementar nº 14.376, de 26 de dezembro de 2013, a chamada Lei Kiss, que estabelece normas sobre segurança, prevenção e proteção contra incêndios nas edi-ficações e áreas de risco de incêndio no Rio Grande do Sul;

- Promulgação da PEC 232/2014, do Executivo: emenda à Constituição que desvincula o Corpo de Bombeiros da Brigada Militar.

Em Evidência - O senhor deixa a Presidência da Assembleia como o

Homenagem à filantropia:deputados homenageiam as APAES em cerimônia emocionante na ALRS

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12 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 201512 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

presidente que implementou, efe-tivamente, o ponto eletrônico para os servidores e, por outro lado, como o presidente que promulgou o plano de carreira. Qual a impor-tância destes dois pontos?Gilmar Sossella - Em ambas as ques-tões, o que nos motivou a enfrentá-las foi a certeza de sua importância para o aumento da transparência e para a valorização dos homens e mulheres que trabalham no Parlamento.

A implementação do sistema de pon-

to eletrônico biométrico para os ser-vidores efetivos trata-se de um sis-tema cuja fase de estudo e licitação foi realizada ao longo da gestão com-partilhadada Presidência da Casa. O funcionamento efetivo, a partir do cadastramento das digitaisdos servi-dores, ocorreu em 2014.

Também em 2014, foi aprovada, em Plenário, a recomposição salarial para os funcionários da Assembleia. O ín-dice de 9,46% contemplou a atualiza-ção pelos ganhos da inflação e a recu-

peração de um reajuste não concedido em 2009 aos funcionários do Parla-mento, enquanto os trabalhadores de outros poderes tiveram seus venci-mentos reajustados naquele ano.

A Mesa Diretora da Assembleia cons-truiu o projeto de lei, que posterior-mente foi aprovado em plenário, definindo o novo Plano de Cargos e Salários para os servidores.

O principal objetivo é acabar com o processo de evasão dos servidores do

Leis Kiss:deputados comemoram promulgação das emendas 13 e 19 do Projeto de Lei Complementar (PLC) 84/2014, a partir de iniciativas dos deputados Jorge Pozzobom (PSDB) e Frederico Antunes (PP) que estabelece normas sobre segurança, prevenção e proteção contra incêndios nas edificações e áreas de risco de incêndio no estado

MANDATO

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13EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015 13EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

nomia de até 70% para o Parlamento

Também foram instalados painéis so-lares para a captação de energia junto ao Painel Vasco Prado, na área exter-na do Palácio Farroupilha.

E, com a aprovação da Mesa Diretora, foi assinado convênio com o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF) para utilização, gratuita, do Sistema Eletrônico de Informações (SEI), que elimina totalmente a tramitação dos procedimentos em meio físico (papel), gerando mais um impacto positivo nas finanças e na sustentabilidade.

Quadro de Pessoal Efetivo da Assem-bleia Legislativa devido à defasagem salarial em relação à iniciativa privada e até mesmo a outros poderes.

O Plano extingue 502 cargos vagos e 291 cargos de provimento efetivo, os quais serão extintos à medida que vagarem. Também estabelece o fim de 152 funções gratificadas e extin-ção das gratificações equivalentes e de incentivo taquigráfico, além de redução de 50% no valor das FGs de direção e coordenação e o fim da inci-dência de vantagens temporais sobre o valor das FGs.

Com tais medidas, a economia gera-da é de aproximadamente R$ 14,4 milhões, permitindo o aumento do salário básico dos servidores e, ainda assim, com redução de gastos aos co-fres do Parlamento.

Em Evidência - A Assembleia tam-bém desenvolveu um projeto inte-ressante na área ambiental. Que projeto é esse?Gilmar Sossella - Muito bem lem-brado. O Projeto Assembleia Muito Mais Viva já resultou na substituição de lâmpadas convencionais por lâm-padas do tipo LED, gerando uma eco-

Foto: Marcelo Bertani

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14 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

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15EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

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16 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Ao dizer sim ao convite do Governador Sartori e as-sumir a nobre missão de Secretário da Justiça e dos Direitos Humanos do RS, já tinha boas informações sobre a responsabilidade da Pasta (sistema de justiça, fo-mento de políticas de defesa do consumidor, de redução da drogadição, do proteção de testemunhas, de gestão da execução de medidas sócio-educativas a adoles-centes em conflito com a lei e, em especial, das políticas de redução de violações aos direitos humanos, notada-mente o combate a qualquer tipo de preconceito e a in-dução de ações afirmativa/inclusivas).

Primeira tarefa que a res-ponsabilidade do cargo me impõe, a estruturação de uma equipe qualificada que me assessorará a trabalhar pela - e com - a Sociedade, está sendo executada, desde o primeiro dia de governo, com muita cautela e prio-rizando, nesta republicana garimpagem, formação téc-nica, vocação para o traba-lho em equipe, capacidade de diálogo e afinidade com as áreas de atuação. Em breve, os nomes dos Diretores e Coordenado-res serão conhecidos.

Pretendemos dar concretude, com ações simples e

resolutivas, ao compromis-so com a transversalidade, a começar pela interna, o tra-balho em cooperação com outras Secretarias, evitando retrabalho e atendendo à recomendação do Governa-dor que exige objetividade, lealdade e eficiência . Políti-cas em relação aos direitos humanos que não sejam planejadas e executadas em regime de cooperação com áreas como a da segurança pública, saúde, educação e trabalho, só para dar alguns exemplos, redundarão em projetos isolados.

Nossa diretriz, pois, é traba-lhar em permanente aproxi-mação e diálogo com os se-guimentos com atuação no âmbito de políticas públicas, otimizando e, se possível, expandindo as redes já exis-tentes, construindo novas e buscando, na transversali-dade externa, a participação e o protagonismo dos Muni-cípios, alem da construção de pontes consistentes com o Governo Federal.

Devo esclarecer, por outro lado, que não é nossa preten-

são construir ou afirmar pensamentos hegemôni-cos, visões lineares e excludentes sobre políticas afirmativas dos direitos de cidadania. Quem ten-tou, fracassou. A propósito, a contemporaneidade tem nos mostrado os resultados “holocáusticos”

Cesar Luis de Araújo FaccioliProcurador de Justiça,

secretário de estado da Justiça e dos Direitos Humanos

OPINIÃO

Secretaria de justiça e direitos humanos: a ética do diálogo

“A boa política é a que fomenta a autonomia

emancipatória da mulher, da criança, do jovem, da pessoa com deficiência,

do idoso, do negro, do integrante da comunidade LGBT, do migrante, enfim, cuidando da pessoa mas,

em especial, incidindo sobre o sistema na qual ela

está inserida”

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17EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

dos movimentos que, em qualquer campo da atu-ação humana (política, econômica, científica, filo-sófica, religiosa e, especialmente, nos direitos hu-manos) tentaram submeter os diferentes a sua peculiar maneira de crer e agir como se fosse a única legítima. O Governo Sartori tem, sim, ideias, convicções, juízos, entendimentos e projetos e pretende implementá-los ouvindo todos os movimen-tos sociais para, se necessá-rio, ajustar e redimensionar suas ações.

Temos o entendimento cla-ro sobre nosso papel de es-timuladores das políticas voltadas à afirmação de um direito geral e fundamental à igualdade e ao enfrenta-mento às intolerâncias e, ademais, com o compromis-so da institucionalização destas boas práticas (trans-formação destes projetos de governo em programas de Estado com foco em ações afirmativas de inclusão), sempre orienta-dos pelo compromisso da emancipação (em sen-tido amplo) da pessoa e das comunidades vulneráveis.

E aqui destacamos o con-ceito que pretendemos seja a identidade propositiva deste Governo no trato com políticas afirmativas dos di-reitos humanos: trata-se do compromisso com o fim da filantropia clientelista, da política do “coitadismo” e da vitimização que só agra-va a condição do cidadão em situação de vulnerabilidade pessoal ou social. A boa política é a que fomenta a autonomia emancipatória da mulher, da crian-

ça, do jovem, da pessoa com deficiência, do idoso, do negro, do integrante da comunidade LGBT, do migrante, enfim, cuidando da pessoa mas, em

especial, incidindo sobre o sistema na qual ela está in-serida, construindo fluxos permanentes de qualificação de sua própria cidadania.

O êxito na pretensão de con-solidar políticas imunes às rupturas e descontinuida-des está condicionado a uma ampla interlocução com as representações da sociedade civil, notadamente os Con-selhos de Direitos. Há muito sustento, como Promotor e Professor, que o compar-tilhamento das missões de relevância pública com o se-gundo (mercado) e, notada-mente, o terceiro setor (so-ciedade civil) já não é mais uma opção do Governante, antes é um imperativo da realidade brasileira, consi-

derando que o Estado orgânico não dará conta de cumprir todos os compromissos sociais prometi-dos pela Constituição de 1988.

Reafirmamos, assim, o compromisso de constante diálogo com os segmentos sociais que atuam na causa dos direitos humanos, nota-damente os Conselhos insti-tucionalizados para exercer o controle social, bem como com o trabalho em coope-ração com o Parlamento, o Poder Judiciário, o Minis-tério Público, a Defensoria Pública, as Cortes de Contas e as demais Instituições de

Estado. A ética da boa governança, portanto, é a do diálogo.

“...a contemporaneidade tem nos mostrado os

resultados ‘holocáusticos’ dos movimentos que, em qualquer campo da atuação humana

(política, econômica, científica, filosófica,

religiosa e, especialmente, nos direitos humanos) tentaram submeter os

diferentes a sua peculiar maneira de crer e agir como se fosse a única

legítima”

“... o compartilhamento das missões de relevância

pública com o segundo (mercado) e, notadamente, o terceiro setor (sociedade

civil) já não é mais uma opção do Governante,

antes é um imperativo da realidade brasileira”

Page 18: Em evidencia 46

18 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

ABF

Academia Brasileira

de Filosofia faz visitas

institucionais aos chefes de

poder gaúchos Propostas de Termos de Cooperação Técnico-Científico com o intuito de pesquisa e intercâmbio de informações

foram feitas por ocasião das visitas de cortesiaPaulo Batimanza

18 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

s acadêmicos Ives Gandra Martins, Ricardo Breier, Pablo Tatim e Helio Saul Mileski, liderados pelo presidente da Academia

Brasileira de Filosofia, Pr. Dr. João Ri-cardo Moderno, foram, em comitiva, visitar os Chefe de Poder riograndense, no que foram acompanhados pelo ad-vogado Helio Mileski Junior.

Na pauta dos encontros, não apenas a di-vulgação dos fins e atividades da Acade-mia, mas a proposição da assinatura de termos de cooperação técnico-científicos entre as ABF e as instituições visitadas, com o intuito de pesquisa e intercâmbio de informações para a superação de gar-galos do desenvolvimento nacional, tais como: reforma política, efetividade ju-risdicional, aprimoramento do controle público, direitos humanos, mobilidade urbana e combate à corrupção.

Foram visitados o prefeito de Porto Ale-

O gre, Dr. José Fortunati, que é acadêmico honorário da instituição desde 2011; o presidente do Tribunal de Contas do Es-tado, Cons. Cezar Miola; o Procurador--Geral de Justiça, Dr. Eduardo de Lima Veiga e, por fim, o presidente do Tri-bunal de Justiça do Estado, Des. José Aquino Flores de Camargo.

Dentro de seu planejamento estratégi-co institucional, a Academia Brasileira de Filosofia pretende desenvolver no-vos projetos de ensino, pesquisa e ex-tensão em solo gaúcho de 2015, através do Centro de Estudos Jurídicos Miguel Reale. Como sempre, as atividades se-rão efetivadas em parceria com as mais prestigiosas instituições representati-vas do poder público e da sociedade civil gaúcha, tal qual o realizado em 2014, a exemplo do festejado Colóquio Franco--Brasileiro de Direitos Humanos, que trouxe ao Estado o ministro do Supre-mo Tribunal Federal Luiz Fux, e gran-des nomes da Filosofia francesa.

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19EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Comitiva acadêmica composta por João Ricardo Moderno, Ives Gandra Martins, Ricardo Breier, Pablo Tatim e Helio Saul Mileski é recebida no Paço Municipal pelo prefeito José Fortunati (PDT) e pelo secretário Luciano Marcantônio (PDT)

19EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Foto: Chico Pinheiro/Revista Em Evidência

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20 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

IMPRENSA

Coletiva.net, o pioneiro em informações

Sobre o mercado da comunicação Karen Vidaleti

José Antônio Vieira da Cunha e José Luiz Monteiro Fuscaldo, sócios-proprietários da Coletiva.net

20 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

oletiva.net regis trou mais um marco histórico ao completar 15 anos de fundação. Ao longo desta década e meia,

consolidou-se como o maior portal da comunicação gaúcha, com mais de 550 mil pageviews/mês, um nú-mero significativo para o mundo web em se tratando de uma publicação regional segmentada. Coletiva.net é pioneiro no gênero entre os veículos

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de comunicação do Rio Grande do Sul e orgulha-se de ter contribuído para abrir caminhos em webjornalis-mo, ajudando a formar profissionais especializados para atuar nesta área.

O início da trajetória está em abril de 1999, quando circulou a primeira edição semanal do Guia da Imprensa e da Propaganda, publicação criada pela Coletiva Editora e enviada por fax para cerca de 200 profissionais.

Entrando em um vácuo editorial do mercado, a publicação começou a re-ceber uma demanda maior do que a esperada, inviabilizando a operação via fax, o que motivou seus editores a migrar para a Internet, pouco mais de um ano depois, quando recebeu a denominação de Coletiva.net.

Graças ao dinamismo proporcionado pela atualização diária, Coletiva.net ampliou o seu espaço no mercado e

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21EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

José Antônio Vieira da Cunha

21EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Alguns destaques de fatos que Coletiva.net registrou em seus 15 anos: 1 Lançado o Diário Gaúcho

17/04/2000 A Rede Pampa de Comunicação

alimentava o projeto de lançar um jornal impresso popular e a novidade é publicada por Coletiva.net como um furo. A notícia cai como uma bomba no Grupo RBS, que também tem a mesma intenção, corre contra o tempo e consegue se antecipar. Surge o Diário Gaúcho, impresso voltado às classes C, D e E, com o objetivo de transmitir informação e serviço e interagir com o público.

2 Criação do ClicRBS 26/06/2000 O Grupo RBS lança seu primeiro

veículo de comunicação online, o ClicRBS. O portal de notícias surge no mercado como a grande inovação do momento e com a expectativa de atingir no mês a audiência de três milhões de page views.

3 Surge a Happy House, primeira agência de endomarketing

25/8/2000 A primeira agência especializada

em marketing interno surge no Rio Grande do Sul. A HappyHouse (mais tarde, com o Brasil integrado ao nome) inicia suas atividades com operações de Atendimento, Planejamento e Produção para público interno. No comando da agência, está Analisa de Medeiros Brum.

4 Agência Martins + Andrade é reconhecida como Agência da Década

abril/2000 Martins + Andrade é reconhecida

com o título de Agência da Década. A distinção é dada com o aval das principais entidades de Comunicação do Brasil, como a Associação Paulista de Propaganda, a Associação

Brasileira de Anunciantes e Colunistas Publicitários.

5 Surge o Jornal O Sul 02/07/2001 O projeto da Rede Pampa de

Comunicação de lançar um veículo impresso popular é furo em Coletiva.net pouco mais de um ano antes. Nessa data, surge o jornal O Sul, com inovações como o uso de cores em todas as suas páginas. Os 100 mil exemplares se esgotam já nas primeiras horas da manhã.

6 Criação do Clube de Editores e Jornalistas de Opinião

12/8/2002 Na luta por assegurar ampla liberdade

de imprensa, jornalistas gaúchos se reúnem e oficializam a criação do Clube de Editores e Jornalistas de Opinião. A ideia também é trabalhar em campanhas de caráter social.

7 Criação da Agência Pauta Social 26/4/2004 Primeiro veículo online a

disponibilizar notícias referentes à Responsabilidade Social e ao Terceiro Setor. Este é o Pauta Social, que tem foco em todo o País. A iniciativa do lançamento é da Coletiva Editora, também responsável pelo portal Coletiva.net.

8 Inauguração da Ulbra TV 19/8/2005 A Universidade Luterana do Brasil

lança oficialmente sua emissora de TV, após um semestre experimental. O veículo conta com mais de 50 funcionários e tem como desafio exibir 16 horas de programação jovem e cultural.

9 Record no RS 21/2/2007 O Grupo Record chega ao

Estado com a compra da Rádio Guaíba AM e FM e da TV Guaíba. A venda das ações da Empresa Jornalística Caldas Júnior, até então de Renato Ribeiro, é noticiada em primeira mão em todo o Brasil por Coletiva.net. No mês seguinte, o grupo também oficializa a compra do Correio do Povo. O presidente é Jerônimo Alves Ferreira.

10 Lançamento do Jornal Metro em Porto Alegre

26/10/2011 O jornal que está presente em mais

de 20 países, através do Grupo Metropolitan, agora chega a Porto Alegre. Coordenado pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, do Rio Grande do Sul, o Jornal Metro circula de forma gratuita em 31 pontos da capital gaúcha.

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IMPRENSA

22 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

mudou alguns paradigmas, transfor-mando os profissionais de comunica-ção em fontes de informação. O re-sultado pode ser medido na imediata repercussão das notícias publicadas, o que levou o portal a se transfor-mar em leitura obrigatória para os profissionais gaúchos. O acompa-nhamento constante de tudo o que acontece nas áreas da comunicação, propaganda, marketing e business, como novas campanhas publicitárias ou a movimentação de profissionais do setor, atraiu desde sempre grande interesse, pela capacidade de dispo-nibilizar conteúdo e notícias em pri-meira mão.

Nestes 15 anos, Coletiva.net teve o privilégio de acompanhar e, mais do que isso, de reportar os principais fatos ligados à área da Comunicação Social no Rio Grande do Sul. Os pri-meiros reconhecimentos ao trabalho vieram com o Top de Marketing da ADVB e o Prêmio ARI de Jornalismo, em 2003. A ADVB premiou o case ‘A comunicação da comunicação’, que relatava o surgimento e a evolução de Coletiva.net, enquanto a Associação Riograndense de Imprensa destacou o veículo pela contribuição ao cresci-mento da imprensa gaúcha.

Do fax ao mundo online, com layout

engessado, sem fotos e notícias pu-blicadas a partir do turno da tarde, assim foi o princípio do portal em suas primeiras versões. Hoje, o pri-meiro veículo voltado ao mercado gaúcho da Comunicação está presen-te nas redes sociais e nos dispositi-vos móveis, e segue com o diferencial que o caracteriza: registrar toda a movimentação que ocorre nas áreas de Jornalismo, Publicidade, Marke-ting, Relações Públicas e Academia.

De 1999 até hoje, veículos foram lançados, comemoraram décadas, inovaram projetos e programações e até fecharam – em alguns casos,

Quem são os leitoresOs 15 anos de Coletiva.net também estão marcados pelos números. Com o objetivo de conhecer seus usuários de forma específica e detalhada, o portal realizou uma pesquisa qualitativa e online, com 368 profissionais e questionamentos acerca do perfil da sua audiência.

As respostas mostraram que

Quando conheceu o portal Coletiva.net? Com que frequência lê notícias no portal?

a maioria dos internautas que acompanha o noticiário sobre o mercado gaúcho da Comunicação é jornalista – eles representam 54% da audiência. Após, aparecem publicitários, com 28% de participação, Marketing e Outros, empatados com 24% e relações-públicas, com 11%. Quanto ao gênero, quase um empate: 55% do público

é masculino e 45% é formado por mulheres. As seções de Coletiva.net chamam a atenção dos leitores como um todo, pois, além das notícias diárias, as áreas mais acessadas são Perfil da Semana (48%), Onde estão e Atigos (43%), Colunas (32%), Agenda (28%), Aniversários (17%) e Panorama (13%).

Há mais de 11 anos12033%

Entre quatro e seis anos7921%

Menos de um ano134%

Entre sete e 10 anos11832%

Entre um e três anos3810%

Menos de um ano

Entre sete e 10 anos

Entre um e três anos

Entre quatro e seis anos

Há maisde 11 anos

De uma a duas vezes por semana14138%

De forma eventual164%

Todos os dias17548%

Uma vez por mês72%

Mais de uma vez por dia298%

De uma a duas vezes por semana

Mais de umavez por dia

Uma vezpor mês

Todos os dias

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23EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015 23EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

para comoção de muitos de seus lei-tores, tornados órfãos. Nos últimos 15 anos, agências de propaganda fizeram história, cresceram, expan-diram, contrataram, demitiram, fe-charam as portas, ressurgiram. A Academia também mudou. Novos cursos foram criados, outras opções de instituições de ensino, modelos diferentes dos tradicionais. E assim também despontaram outras áreas que se profissionalizaram, como o endomarketing, ou que se especiali-zaram, como a assessoria de impren-sa, o social media, o webjornalismo, entre outros.

Coletiva.net acompanhou de perto todas estas pequenas revoluções. Segundo seu diretor editor, jorna-lista José Antonio Vieira da Cunha,

tem sido “um período rico, no qual a tecnologia tomou proporções que nos primórdios do portal não pode-ríamos vislumbrar a que ponto che-garia. As inovações da Internet di-taram e seguem ditando tendências, comportamentos, relacionamentos entre marcas e consumidores, posi-cionamentos”.

Hoje, com mais de 16 mil assinantes, Coletiva.net conta com a fidelidade de seu público, que costuma dizer: “Se aconteceu, procura no Coletiva.net para saber mais”. Segundo Vieira, sócio-diretor da empresa juntamente com José Luiz Fuscaldo, a memória diária destes 15 anos registrados pelo portal permite que os profissionais e estudantes da área tenham, para sem-pre, um acervo dos principais aconte-

cimentos que movimentaram a área de Comunicação. Entre informações exclusivas, inclusive nacionais, Cole-tiva.net publicou mais de 51.500 no-tícias. A elas se somam, neste período, cerca de 620 perfis de profissionais e mais de 3.200 artigos, entre tantos outros registros publicados. Estes são diferenciais que tornam Coletiva.net referência de credibilidade e confian-ça no Rio Grande do Sul.

Desde 2009, quando o portal comple-tou seus primeiros 10 anos, a Coletiva editora edita também uma publicação gráfica, a revista Coletiva Tendências, “que tem, entre seus desafios, o de tentar responder a questões que in-quietam nossos profissionais”, afirma Vieira, citando como exemplo estas indagações: O que nos reservam os

Nestes 15 anos, Coletiva.net teve o privilégio de acompanhar e, mais do que isso, de reportar os principais fatos ligados à área da Comunicação Social no Rio Grande do Sul

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IMPRENSA

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próximos anos? Quais novos registros históricos surgirão? Para onde vai, enfim, a Comunicação? “Como não faltam questionamentos, Coletiva Tendências procura dar algumas res-postas em suas páginas”, diz o editor.

Durante a produção desta revista, Cole-tiva.net reuniu quatro grupos de leito-res para que relatassem histórias, expe-riências e sentimentos com relação ao portal. Foram promovidas Rodadas de Debates e ouvidas mais de 20 pessoas, a fim de documentar opiniões, em encon-tros que tiveram como principal objeti-vo conhecer os leitores e garantir que o portal permaneça no caminho certo.

Segundo a jornalista Márcia Christofo-li, que coordenou estas rodadas, “a con-fiança da audiência, a visão que ela tem sobre a seriedade do trabalho de Cole-tiva.net não me surpreenderam, mas entender de que forma esses consumi-dores da informação se comportam e

os motivos que os levam a manter-se fiel ao portal foi, sim, impressionante. Por muitas vezes, até me comovi com tamanho respeito que os profissionais têm para com o Coletiva”.

Márcia destaca que, dentre muitos aspectos abordados durante as Roda-das de Debates, percebeu, com muita clareza e até facilidade, que um dos pontos muito salientados foi a con-fiança dos leitores em Coletiva.net. “Mesmo que não tenha sido ques-tionada diretamente a satisfação do internauta, pois esta está sempre li-gada à fidelidade de leitura, os par-ticipantes tiveram espaço para expor seu nível de confiabilidade no portal. E as respostas confirmaram o que eu já imaginava”, disse a jornalista.

Para uma maioria, o alto nível de cre-dibilidade de Coletiva.net - aspecto destacado como 100% - está dire-tamente ligado à sua tradição de 15

anos em atividade e ao seu pioneiris-mo e ousadia em um tempo em que pouco se acreditava na internet. “O portal está devidamente solidificado no dia a dia das pessoas devido ao seu tempo de atividade e ao seu pio-neirismo. Quando poucos pensavam em Jornalismo Online, Coletiva.net foi lá e fez, e bem feito”, completa Márcia.

Desta trajetória, Vieira destaca as pre-miações e reconhecimentos obtidos por Coletiva.net. Entre outros, venceu Top de Marketing da ADVB, em no-vembro de 2003, na categoria Novos Empreendimentos. foi a primeira vez que um veículo online foi premiado no Top de Marketing. E um ano depois, em 2004, recebeu o Prêmio Colunistas como “o melhor veículo nos quesitos Jornalismo, Propaganda e Marketing”. A premiação é concedida pela Associa-ção Brasileira dos Colunistas de Ma-rketing e Propaganda (Abracomp).

Do fax ao mundo online, com layout engessado, sem fotos e notícias publicadas a partir do turno da tarde, assim foi o princípio do portal em suas primeiras versões

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25EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

FLASH

25EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Papparazzo GaúchoConfira as principais imagens através das lentes do fotógrafo político

Edison Castêncio, o papparazzo gaúcho Sandro Carvalho

De volta à Assembleia Deputado Enio Bacci (PDT) está de volta à ALRS. Na foto, com a esposa Andreia Cecconello Bacci, durante a diplomação

Stela Farias Durante a possa da 54º legislatura, a deputada estadual Stela Farias (PT) com a neta Olga e a filha, Barbara Farias

Família BrumNa posse do deputado Edson Brum, seu pai, Vilson Carlos Matte Pessoa de Brum; sua mãe, Ana Edith Meurer Brum; sua esposa, Aline Goulart Severo e seus filhos, Matheus e João Felipe, se reúnem para a fotografia

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26 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

FLASH

26 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Diplomação dos DeputadosDeputado Federal Giovani Cherini (PDT/RS) e esposa Marina Bertoncello; Senador Lasier Martins (PDT/RS) e esposa Janice Santos durante a diplomação dos políticos gaúchos

Evento na ALRSFabiam Thomas (PDT) e a esposa Carolina de Oliveira Konzen Thomas, em evento recente na Assembleia Legislativa

Secretário do DesenvolvimentoO deputado eleito, agora secretário do Desenvolvimento, Fábio Branco (PMDB) e esposa Luciane Compiani, durante posse na ALRS

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27EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015 27EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Reeleito e diplomadoDeputado federal Afonso Hamm (PP/RS) e esposa Rosele Bozzetto Hamm

Presidente da ALRS durante diplomaçãoDeputado Estadual Edson Brum (PMDB) e esposa Aline Goulart Severo, durante a diplomação dos políticos gaúchos eleitos

Com a sobrinhaDeputado estadual Maurício Dziedricki (PTB) com a sobrinha e afilhada, Giovanha Dziedricki, minutos antes de sua posse na Assembleia Legislativa

Em visita ao PiratiniGovernador José Ivo Sartori (PMDB), primeira-dama lagoense, Carmen Busin e o prefeito de Lagoa Vermelha, Getulio Cerioli (PDT)

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28 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

A Blue Moon Casa de Eventos, notoriamente se

destaca pela excelência em seus serviços.

Sua festa, realizada por uma equipe profissional e

qualificada, ficará para sempre em suas

recordações mais felizes.

Um espaço único para momentos especiais.

www.casabluemoon.com.brRua Liberdade, 1431 - Marechal Rondon

Canoas - RS, 92020-240Tel.: (51) 3466-9461

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29EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

A Blue Moon Casa de Eventos, notoriamente se

destaca pela excelência em seus serviços.

Sua festa, realizada por uma equipe profissional e

qualificada, ficará para sempre em suas

recordações mais felizes.

Um espaço único para momentos especiais.

www.casabluemoon.com.brRua Liberdade, 1431 - Marechal Rondon

Canoas - RS, 92020-240Tel.: (51) 3466-9461

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30 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

SINDISPGE

SINDISPGE comemora

a aprovação do PL nº 259/2014

Reestruturação do Plano de Carreira dos Servidores da Procuradoria-Geral do Estado foi aprovada pela

Assembleia Legislativa no final de 2014Terezinha Tarcitano

30 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

m sessão realizada no dia 16 de dezembro de 2014, a Assembleia Legislativa aprovou, por unanimidade (41 votos a zero), o Projeto

de Lei nº 259/2014, que reestrutu-rou o Plano de Carreira dos servido-res da Procuradoria-Geral do Estado (PGE). Após sua aprovação, o PL foi sancionado pelo então governador Tarso Genro e publicado no Diário Oficial do Estado, ainda no final do ano passado, convertendo-se na Lei Estadual nº 14.668/2014. A propos-ta aprovada foi construída com a uti-lização do artifício da compensação de cargos, pelo qual alguns foram extintos e outros foram criados, re-sultando num saldo global negativo em relação à repercussão financeira, o que permitiu a sua aprovação ainda no ano de 2014.

Apesar do texto aprovado não con-templar todas as reivindicações da categoria, sua sanção foi saudada pela direção do Sindicato dos Servi-dores da Procuradoria-Geral do Esta-do (Sindispge), especialmente em ra-zão do reenquadramento realizado, da criação de novos cargos nos graus superiores de algumas carreiras e do

E fim da obrigatoriedade da conclusão do estágio probatório para o servi-dor estar apto à primeira progressão horizontal. “A aprovação deste pro-jeto foi um grande passo na busca por mais respeito e pela valorização efetiva da nossa categoria”, afirmou o Diretor para Qualificação Técnica e Profissional do Sindispge, Daniel Franco Martins.

A PGE gaúcha destaca-se nacional-mente por ser a única do país a pos-suir quadro auxiliar diversificado es-truturado em carreira, sendo ela um modelo para os outros Estados. Com a reestruturação do Plano de Carrei-ra, este protagonismo foi reforçado, ficando demonstrado que a existên-cia de um quadro de servidores téc-nicos e qualificados é indispensável para a construção de um serviço pú-blico de qualidade.

HistóriaApós anos de negociações, o Plano de Carreira dos Servidores da PGE foi instituído no início de 2010. Con-tudo, em razão das dificuldades na sua efetividade prática até então, no início do ano de 2014 a diretoria do

Sindispge propôs à administração da PGE a criação de um grupo de traba-lho paritário com o objetivo de refor-mular a Lei Estadual nº 13.380/10, que dispõe sobre o Plano de Carrei-ra dos servidores. Assim, ao longo de oito meses os representantes do Sindicato e da PGE se reuniram para discutir diversos dispositivos apontados como problemáticos pelo Sindispge, sendo que alguns foram contemplados com a proposta de al-teração e outros não.

Além disso, a aprovação do Projeto não ocorreu sem a superação de al-guns obstáculos. O primeiro deles foi

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Categoria compareceu maciçamente na sessão do dia 16/12

Deputado Jorge Pozzobom foi o autor da emenda que manteve a exigência de inscrição na OAB para os analistas jurídicos

o envio do documento à Casa Civil com alterações unilaterais realizadas pela administração da PGE. Tais alte-rações, que não contaram com o aval do Sindicato, não puderam ser mo-dificadas pelo Poder Executivo, pois, para que isso fosse possível, o Gover-no exigia que elas fossem negocia-das no Codipe (Comitê de Diálogo Permanente), o que inviabilizaria a aprovação do PL ainda em 2014.

Assim, no dia 28/11 o PL foi enca-minhado à Assembleia Legislativa, sem a utilização do pedido de regime

de urgência pelo governador e com a manutenção das alterações reali-zadas sem o apoio do Sindicato. A partir de então, os componentes da

diretoria do Sindispge iniciaram um trabalho intenso e incansável junto aos deputados estaduais, visando não somente a inclusão na ordem

Fotos: Terezinha Tarcitano

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32 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

SINDISPGE

32 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

do dia e a consequente aprovação do PL ainda no ano de 2014, como tam-bém a modificação, por emenda, do ponto concernente à manutenção da obrigatoriedade da exigência de ha-bilitação legal para o exercício da ad-vocacia, com inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, para o cargo de “assessor jurídico” que, com a apro-vação do PL, passou a denominar-se “analista jurídico”.

Neste ponto, cabe destacar que, ao contrário do tratamento recebido na Casa Civil e nos demais órgãos do Poder Executivo, na Assembleia Legislativa os representantes sindi-cais foram efetivamente acolhidos e ouvidos, podendo-se afirmar que a presença quase diária da diretoria do Sindicato na Casa do Povo, bem como o comparecimento dos servidores no Palácio Farroupilha, como forma de pressão para que a matéria entrasse na ordem do dia e fosse aprovada, fo-ram decisivos para a obtenção dessa conquista.

Assim, após os líderes de bancada não terem dado consentimento, na reu-nião do dia 02/12, para o acordo que

garantiria a publicação do PL no Diá-rio Oficial da Assembleia Legislativa, toda a categoria foi convocada a com-parecer no primeiro andar do Palácio Farroupilha, ao lado da sala da presi-dência, na reunião de líderes da sema-na seguinte, ocorrida no dia 09/12, quando enfim foi garantido o acordo para a publicação do PL. Durante a reunião, os servidores ficaram con-centrados ao lado da sala da presidên-cia e, no período da tarde, ocuparam seus lugares nas galerias do Plenário Vinte de Setembro para aguardar a votação da matéria, que foi a última a ser apreciada pelos parlamentares.

Emenda aprovadaNa oportunidade, os deputados tam-bém aprovaram por unanimidade (35 votos a zero) a emenda apresentada pelo deputado Jorge Pozzobom e subs-crita por outros 10 parlamentares, que mantinha a obrigatoriedade da exigên-cia de habilitação legal para o exercício da advocacia, com inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, para os ana-listas jurídicos. Esta exigência existe desde 2001, quando foi criado o cargo de assessor jurídico da PGE, e foi um

dos pontos incluídos na minuta do PL sem a concordância do Sindicato.

A tentativa de retirar esta exigência foi avaliada pelos servidores como um aviltamento da função exercida pe-los integrantes da carreira que, pelo texto encaminhado, poderia passar a ser exercida por bacharéis em Direito sem a devida habilitação legal, contra-riando, inclusive, o próprio Estatuto da OAB. Assim, com a aprovação da emenda, esta possibilidade foi afas-tada, garantindo-se a manutenção de um serviço público qualificado, em consonância com a atual tendência de elevação de escolaridade nos con-cursos públicos, pela qual cargos que antes exigiam escolaridade de nível médio passaram a exigir formação superior. No mesmo sentido é a exi-gência de habilitação legal para o exer-cício profissional para os cargos que a lei assim determina. Isso se justifica, pois, ao elevar o nível de exigência, melhora-se a qualificação. Logo, qual-quer tentativa de redução de tais crité-rios para o ingresso em cargo público pode ser considerado um retrocesso.

A Diretora Presidente do Sindispge, Sabrina Oliveira Fernandes, agrade-ce o empenho da categoria, da dire-toria do Sindicato e, especialmente, dos deputados - com respectivos assessores - que acreditaram na via-bilidade das alterações, auxiliaram nos trâmites legislativos e votaram favoravelmente ao pleito dos servi-dores. “As oportunidades favorecem sempre às pessoas que acreditam no seu ideal”, afirmou Sabrina.

Sobre a Gestão 2012/2015 do Sindispge:A atual diretoria da PGE tomou pos-se no mês de outubro de 2012, após a chapa “Renova Sindispge” conquistar Diretores do Sindispge após mais um dia de peregrinação na Assembleia Legislativa

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uma vitória eleitoral sobre o grupo político que comandava a entidade desde a sua fundação, em 2003.

Sob o lema “Juntos Somos Fortes”, a diretoria apostou na união e na mo-bilização da categoria, combinada com um contato permanente junto aos Poderes Legislativo e Executivo. Sem reposição salarial desde 2007, logo nos primeiros meses de gestão o Sindispge iniciou uma movimen-tação que começou com paralisações em frente ao prédio DAER/PGE e cul-minou na primeira greve da história da PGE, ocorrida em junho de 2013, que se estendeu por 19 dias e garan-tiu um aumento de 13% no venci-mento básico dos servidores.

Como relatado acima, o ano de 2014 foi marcado novamente pela mobi-lização em torno do projeto de re-estruturação da carreira. Mais uma vez, ficou comprovada que a atuação conjunta entre servidores e Sindicato proporcionou a obtenção dos pleitos. A categoria unida, marcando presen-ça na Assembleia Legislativa e os ser-

vidores do interior com mensagem de apoio manifestadas na internet aju-daram e fortaleceram a luta na qual todos saíram vitoriosos. A mudança tornou a carreira mais atrativa, aju-dando na manutenção dos servidores na PGE, bem como no ingresso de no-vos. E quem mais ganha com isso é o Estado e a nossa sociedade gaúcha.

Além disso, as Assembleias Ge-rais com a categoria costumam ter a presença maciça dos servidores, que sempre são estimulados a par-ticipar e a se manifestar nessas reu-niões. Neste aspecto, outra inova-ção implantada foi a realização das Assembleias Descentralizadas que, por meio de transmissão ao vivo e online, permitem a participação dos servidores das 18 Procuradorias Re-gionais da PGE e dos os lotados em Brasília nas decisões de interesse da categoria. A locomoção dos servido-res é difícil, muito cansativa e gera muito custo. Baseada nisso, a Direto-ra Presidente Sabrina entende que é preciso melhorar a transmissão e ga-rante que a diretoria vem buscando

mecanismos e alternativas para isso.

Também faz parte da linha de atuação adotada pela atual gestão a aproxima-ção com outras entidades represen-tativas de servidores públicos, espe-cialmente com o Sindjus, o Simpe, o Afocefe Sindicato e o Sintergs. A di-retoria acredita que esta atuação con-junta é o grande sustentáculo das lutas sindicais, pois só se conseguem mu-danças e avanços se houver convergên-cia de vontades, união e ações voltadas ao atingimento dos objetivos comuns.

Isso tudo só vem sendo possível porque a diretoria prima por uma gestão mo-derna e transparente, com maior proxi-midade e integração com os servidores. Esta maior conexão proporcionou uma sintonia ímpar entre diretoria e catego-ria, que acreditou em todas as decisões tomadas pelo Sindicato. Com o traba-lho realizado ao longo desses dois anos e meio, o Sindispge alcançou um índice de filiação de aproximadamente 85% dos servidores, um número bastante representativo se comparado com os demais sindicatos do serviço público.

Diretoria do Sindicato agradecendo a então Procuradora Geral Adjunta, Dra. Marília Vieira Bueno (quinta da esquerda para a direita), pela intensa participação na construção do PL

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34 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

CARLOS BARBOSA

o último dia 06 de fevereiro, o prefeito em exercício de Carlos Barbosa, esteve em Porto Ale-

gre a fim de resolver assuntos admi-nistrativos. Na oportunidade, em vi-sita a algumas secretarias estaduais e à Assembleia Legislativa, Zibetti en-controu governador José Ivo Sartori.

Prefeito em exercício encontra Governador do Estado

Comitiva da 13ª FenaVindima visita o Prefeito

Mônica Rachele Lovera

Mônica Rachele Lovera

No registro, o secretário de Esportes, Lazer e Juventude, Gilberto Francisco Baldasso,

o governador José Ivo Sartori (PMDB), o prefeito em exercício de Carlos Barbosa,

Evandro Zibetti (PMDB), e o assessor parlamentar Anderson Bettanin

Prefeito de Carlos Barbosa, Fernando Xavier da Silva (PDT), recebendo as soberanas da 13ª FenaVindima

Prefeito Fernando Xavier da Silva em reunião com Lídio Scortegagna (PMDB), prefeito de Flores da Cunha

N

O prefeito de Carlos Barbosa, Fernando Xavier da Silva (PDT), recebeu, na última semana de janeiro, uma comitiva da 13ª FenaVindima, de Flores da

Cunha. O chefe do Poder Executivo da cidade, Lídio Scor-tegagna, esteve acompanhado da chefe do departamento de Turismo, Fátima Ortiz, da rainha Janaína Massarotto e das princesas Camila Baggio e Mayara Zamboni, tam-bém da assessora de imprensa e da fotógrafa da festa, Alessandra Muraro e Tuany Arezi.

A comitiva convidou o prefeito e a comunidade barbo-sense para prestigiarem a Festa Nacional da Vindima que ocorre de 19 de fevereiro a 08 de março. O Município, que é o maior produtor de vinho do Brasil, se destaca também pela gastronomia típica colonial, presente cotidianamen-te nas comunidades do interior onde ocorrem as festas, filós, almoços e jantares em honra a santos católicos e ou-tras datas festivas. Essa riqueza gastronômica e histórica é evidenciada durante os dias de festa.

Consulte a programação no site: www.fenavindima.com.br

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OPINIÃO

Multas ConfiscatóriasO STF decidiu em recente decisão que o fisco não pode cobrar multas superiores a 100% do tributo, muito me-nos ultrapassar o valor do tributo. A decisão é muito louvável, mas claramente in-suficiente. A imposição de multas confiscatórias é uma das maiores chagas do sis-tema tributário nacional e talvez uma das grandes res-ponsáveis pela asfixia que é imposta ao empresariado.

A decisão é um raro alento na jurisprudência do STF. Existem multas impostas pela União, Estados, Dis-trito Federal e Municípios que superam em muito o percentual de 100%. No caso julgado pela Supre-ma Corte, uma empresa havia utilizado créditos de ICMS para compensar com débitos estaduais. O Fis-co considerou esta compensa-ção como indevida e autuou o contribuinte. O valor original do débito era de R$ 772 mil em 2008 e estava já em R$ 2,7 milhões em 2013. Des-te montante R$ 1,6 milhão eram referente a multas.

O STF havia julgado um caso semelhante em 2002 no ADI 551/RJ julgada em 2002. Nesse caso entendeu--se por unanimidade que as multas de 200% do valor do tributo no caso de atraso e 500% no caso de sone-gação configuravam claro confisco.

Esta decisão obrigará a revi-são de todos os processos em andamento, com a correção das multas aplicadas. Igual-mente as legislações estadu-ais deverão ser compatibili-zadas.

Todo o sistema de sanções tributárias deveria ser revis-to. Em muitos casos, ainda reflete um resquício do pe-ríodo inflacionário anterior ao Plano Real. As multas por atraso de condomínio, de lo-cação e outras foram reduzi-das a patamares razoáveis de

2% a 10%. No caso da tributação, permanecem cla-ramente arrecadatórias.

O absurdo desta situação atinge milhares de empre-sas sufocadas por uma carga tributária complexa,

escorchante e punitiva. Não há liberdade sem modicidade tributária e não há modicida-de tributária sem um Estado eficiente. A luta pela redução da carga tributária é em suma a luta para que o poder pú-blico seja mais eficiente nas suas políticas. De outro lado,

devem os cidadãos compreender que o Estado é um péssimo mecanismo de redistribuição de renda. O que redistribui renda é um mercado com regras cla-ras e dinâmicas, que premia o trabalho e o empreen-dedorismo.

Paulo CaliendoProfessor Titular da PUC/RS, é Doutor em Direito Tributário pela PUC/SP, é

Catedrático do Centro de Estudos Miguel Reale da Academia Brasileira de Filosofia

“Não há liberdade sem modicidade tributária e não há modicidade

tributária sem um Estado eficiente”

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PRIMEIRA PESSOA

Alceu Barbosa Velho, prefeito de Caxias do Sul

Passados pouco mais da metade do mandato, o prefeito de Caxias do Sul, Alceu Barbosa Velho (PDT), tem a aprovação de 87% da população segundo o Instituto Methodus. Em entrevista exclusiva, o prefeito fez uma análise de seu

governo: as conquistas e perspectivas para o municípioAntonio Silvio Hendges

36 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Em Evidência - Que aspectos positivos destes dois primeiros anos da sua administração, em sua opinião, merecem destaque?

Alceu Barbosa Velho - Ficamos felizes com a evolução das inicia-tivas que beneficiam as pessoas da nossa comunidade. A Escola de Tempo Integral é uma realidade que nos enche de orgulho e responsabilidade. O Hospital Materno-infantil em obras é ga-rantia de mais saúde e atendimento de qualidade para as mães e seus filhos. Em paralelo, destaco as obras de infraestrutura viária do Sistema Integrado de Mobilidade, o SIM Caxias, que estão em andamento, para que haja um avanço significativo na mobilidade urbana - um problema que aflige moradores das médias e grandes cidades. A água do Sistema Marrecas chegou às torneiras. O Sistema de Esgotamento Sanitário Pinhal de-

volve vida a um riacho que corta diversos bairros. Iniciamos as obras do Loteamento Rota Nova, que vai beneficiar 450 famílias

residentes em áreas de risco às margens da Rota do Sol. Avança a implantação do Aeroporto da Serra Gaúcha em Vila Oliva.

Em Evidência - Quais ações estão em andamento e quais con-

sidera necessário iniciar nos próximos dois anos?Alceu Barbosa Velho - Conquistamos um financia-

mento de 50 milhões de dólares junto à Co-operação Andina de Fomento (CAF) - mes-

ma instituição que financiou o Programa de Asfaltamento do Interior (PAI). Desta vez, os recursos vão possibilitar mais 70 quilômetros de asfalto na zona rural e intervenções urbanas como viadutos e uma rotatória na entrada do bairro Planalto. Em Evidência - Quais suas expec-tativas como administrador mu-nicipal quanto às relações do Go-verno Federal com os interesses municipalistas neste novo man-dato?

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Prefeito Alceu Barbosa fiscaliza pessoalmente obras na região urbana e rural do município: em recente pesquisa, sua gestão teve aprovação de 87% da população

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Fotos: Andréia Copini

Alceu Barbosa Velho - Nestes dois primeiros anos de nossa adminis-tração tivemos uma relação estreita e parceira com o Governo Federal. Sempre que precisamos fomos muito bem recebidos pelos ministros, cujos projetos caxienses estão sob a respon-sabilidade de suas pastas como o Mi-nistério das Cidades e o Ministério do Planejamento, por exemplo. Espera-mos manter esse contato com os no-vos gestores para o desenvolvimento dos nossos projetos e consequente desenvolvimento de nossa cidade. Em Evidência - E em relação ao RS, como espera que sejam encaradas as demandas dos municípios, es-pecialmente os da Região da Serra, considerando que o governo atual assume divulgando dificuldades já nos próximos meses? Como isso pode afetar a economia de Caxias? Qual a contribuição de Caxias do Sul para a economia do RS?

Alceu Barbosa Velho - Caxias do Sul é o 1º PIB do interior do Estado e continuamos sendo também o 1º PIB Agrícola do RS. Os nossos pro-dutores rurais abastecem com hor-tifrutigranjeiros a Ceasa da capital e, por consequência, os municípios que dela se abastecem. Tanto o Es-tado como o Governo Federal tem compromissos com os municípios no repasse de verbas para diferentes áreas. Acreditamos que isso vai se manter, pois mesmo com a situação difícil anunciada pelo Go-vernador, as áreas da Saúde, Educação e Segurança conti-nuam sendo priori-tárias. Temos parce-rias firmadas com o Governo do Estado como na questão do Aeroporto Regional de Vila Oliva. O Es-

tado se comprometeu a pagar a in-denização aos proprietários da área e isso deve acontecer, sem dúvida. O Estado também foi nosso parceiro quanto à transferência ao Município do Complexo da Metalúrgica Abra-mo Eberle S/A (MAESA) e na cons-trução do Hospital Materno-Infantil. Acredito que com diálogo e respeito o Município seguirá com suas impor-tantes parcerias com o Governo do Estado.

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FONTOURA XAVIER

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Em dois momentos, com os alunos da rede pública municipal

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“Ficamos felizes com a evolução das iniciativas que beneficiam as pessoas da nossa comunidade. A Escola de Tempo Integral é uma realidade que nos enche de orgulho e responsabilidade”

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39EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015 39EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Com a primeira-dama, Alexandra Della Giustina Baldisserotto, durante o último réveillon

Fotos: Ícaro de Campos

Em Evidência - A Associação Diários do Interior (ADI) encomendou uma pes-quisa para avaliar os gestores das 13 cidades que integram o grupo. A pes-quisa, realizada pela Methodus, apon-tou que sua gestão teve alto índice,

com 87% de aprovação de sua gestão. Como o senhor recebe esta notícia?Alceu Barbosa Velho - Acho que para dois anos de governo é uma avaliação positiva. Estou muito feliz com os dados que demostram que es-

tamos no caminho certo. A avaliação dos 13% que ainda não estão satisfei-tos, fará com que trabalhemos ainda mais. Precisamos diminuir esse nú-mero, temos que melhorar. Aquilo que está bom é só continuar.

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40 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 201540 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

ENTREVISTA

José Ivo Sartori baseou sua campanha neste slogan. Campanha esta, que promoveu uma virada histórica nas pesquisas e trouxe o PMDB de volta ao Piratini. Conhecido popularmente como o político que não fala muito, mas de perfil realizador, o novo governador encara o maior desafio de sua vida

pública ao assumir um estado que vem, ano após ano, acumulando dívidas e dificuldades. Saiba como o novo governador do estado analisa esta

realidade na entrevista que seguePablo Tatim

Em Evidência - Quais as suas refe-rências pessoais na política e na História? Qual a sua ideologia po-lítica? Quais são seus autores e li-vros preferidos?José Ivo Sartori - Sou oriundo da política estudantil. Participei de jor-nadas em grêmios estudantis desde os 14 anos. Ingressei na Juventude

Fotos: Luiz Chaves

José IvoSartori

Rio Grande”Meu Partido é o“

Governador do Rio Grande do Sul

Estudantil Católica em 1964 e mergu-lhei fundo no debate e na luta sobre a redemocratização do País. Participei de encontros da União Gaúcha dos Estu-dantes (UGES), ao mesmo tempo em que ingressava no Seminário Nossa Senhora Aparecida, em Caxias do Sul. Participamos da criação do Grêmio Estudantil do Aparecida, passei algum

tempo no Seminário de Viamão e re-tornei a Caxias para cursar Filosofia na Universidade de Caxias do Sul. Militante do PCB, presidi o Diretório Central de Estudantes da UCS, onde a luta contra a ditadura me mobilizou totalmente. Lançado como candidato a vereança e com o advento do bipar-tidarismo, filiei-me ao MDB. Ali, ins-

Fotos: Luiz Chavez

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41EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015 41EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

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42 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 201542 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

ENTREVISTA

pirado em figuras como Pedro Simon iniciei uma caminhada que me levou a mandatos em sequência de deputa-do estadual, de-putado federal, prefeito reeleito e agora governa-dor do Rio Gran-de do Sul. Posso dizer que sou um apreciador da música popular brasileira (MPB) e da Literatura Brasileira. Um dos meus autores prefe-ridos é Jorge Amado.

Em Evidência - Na sua opinião, qual é a maior contribuição que o Estado pode dar para a sociedade?José Ivo Sartori - Não é uma pergun-ta para se teorizar. Em minha visão, o Estado deve exercer um papel de gera-dor de confiança. E isso não se faz por decreto, nem se alcança do dia para a noite. A confiança de que falo nasce

da estabilidade, do equilíbrio e do bom senso de seus gestores e agentes, na atenção ao interesse público em detri-

mento ao particu-lar. O Estado só cumpre sua fun-ção quando está apto a devolver ao cidadão serviços essenciais com pa-drão de qualidade como contrapar-tida aos impostos que arrecada. O

Estado tem que pensar no coletivo, mas com tal grau de planejamento que satisfaça a cada indivíduo, a cada grupo social, em especial os que mais preci-sam. É um processo de inauguração de pessoas, em sua qualidade de vida, com garantia da manutenção do respeito e da dignidade conquistadas. É nesta simbiose de percepções e competências que o Estado pode ajudar a sociedade. Quando uma política pública não é compreendida ou não chega a tempo, o

De mudança:Sartori e sua esposa, Maria Helena, são recebidos pelo então governador Tarso Genro, para a cerimônia de posse

“O Estado só cumpre sua função quando está apto a devolver ao cidadão serviços essenciais com padrão de qualidade”

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43EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015 43EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Eleição histórica: depois da virada histórica no primeiro turno, Sartori é eleito com ampla margem de votos

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44 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 201544 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

ENTREVISTA

Qualquer semelhança não é mera coincidência:o eleitor gaúcho identificou-se com o jeito simples e o histórico de realizações do político peemedebista

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45EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015 45EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Estado e toda sua estrutura cai no des-crédito. O Estado é, portanto, o exer-cício democrático da responsabilidade compartilhada, a partir do atendimen-to das necessidades do povo.

Em Evidência - Quais são as metas nesses primeiros dias de governo?José Ivo Sartori - Temos neste primei-ro momento o desafio de sedimentar os princípios que irão nortear o nosso governo, com foco numa gestão trans-parente e eficiente. Por isso, reduzimos secretarias, cortamos gastos ruins e reorganizamos o fluxo de pagamentos, para dar agilidade à construção de polí-ticas públicas que serão prioritárias. Es-tamos caminhando nessa direção, sem fazer alarde e com muita responsabili-dade. Ao mesmo tempo, trabalhamos para assegurar a normalidade dos ser-viços mais essenciais ao cidadão, como os atendimentos da saúde, da seguran-ça e da educação.

Em Evidência - Muito tem se falado em crise fiscal. Mas, afinal, qual é o tamanho da crise? Quais são os da-dos preliminares? José Ivo Sartori - Nossa dívida conso-lidada supera os R$ 52 bilhões. O que está a descoberto com o caixa-único é perto de R$ 12 bilhões, enquanto nos-so déficit da previdência é de R$ 7 bi-

“É matemático, não há como colocar a despesas dentro da nossa receita. Nosso desafio está exatamente em encontrar saídas diferentes daquelas que sempre foram utilizadas, até porque elas não existem mais.”

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46 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 201546 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

ENTREVISTA

Piratini e Assembleia:em seus discursos, o novo governador deixou a euforia de lado, falou do orgulho de assumir o executivo e pediu que seus colegas políticos minimizem a diferença em prol da reconstrução do estado

“Evidente que vamos agir firmemente para aumentar nossa arrecadação, combatendo a sonegação. Porém, é preciso ressaltar que a receita própria vem crescendo em números reais há mais de dez anos, porém a despesa disparou muito acima disso”

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47EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015 47EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

lhões e a dívida consome R$ 3 bilhões por ano. Para a execução orçamentária deste ano, a Secretaria da Fazenda tra-balha com um déficit de R$ 5,4 bilhões. É matemático, não há como colocar a despesas dentro da nossa receita. Nosso desafio está exatamente em en-contrar saídas diferentes daquelas que sempre foram utilizadas, até porque elas não existem mais. Tudo isso com a garantia da manutenção dos serviços mais essenciais ao cidadão. É preciso recuperar a nossa capacidade de in-vestir em obras aguardadas há muitos anos e decisivas ao crescimento do Rio Grande do Sul.

Em Evidência - Para superação da crise, mais do que gastar menos, nos parece que o Estado deve arrecadar mais, sem aumentar impostos. O que o senhor pretende fazer sobre isso?José Ivo Sartori - É necessário agir nas duas pontas. As despesas de cus-teio mais do que dobraram nos últimos quatro anos, por isso um esforço inicial de cortar nos gastos. Evidente que va-mos agir firmemente para aumentar nossa arrecadação, combatendo a so-negação. Porém, é preciso ressaltar que a receita própria vem crescendo em nú-meros reais há mais de dez anos, porém a despesa disparou muito acima disso. Não há muito espaço para avançar sem uma questão fundamental que aler-tamos durante a campanha: é preciso rever o pacto federativo, é preciso esta-belecer um novo contrato nas relações da União com estados e municípios através de uma reforma tributária que faça uma distribuição justa. Somos um Estado que é penalizado, por exemplo, por sua vocação exportadora. A própria repactuação da dívida, que foi vendi-da como a solução de todos os nossos problemas, em nada mudará a nossa realidade atual. É preciso rever o índi-ce de comprometimento, que hoje está em 13% da nossa receita líquida. São temas que estamos iniciando tratativas com o Governo Federal.

Termo de posse:o novo governador assina o termo de posse aplaudido por Tarso Genro

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48 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

ACONTECEU

Pablo Tatim toma posse como membro da Comissão

de Ensino Jurídico da OAB/RSA Comissão é uma das mais importantes da Secccional gaúcha da OAB, sendo

responsável pela fiscalização das Faculdades de Direito no RSPaulo Batimanza

Dr. Pablo Tatim afirma: O método de ensino jurídico deve passar por uma verdadeira revolução

advogado gaúcho Pablo Tatim, membro Hono-ris Causa da Academia Brasileira de Filosofia, da qual é o representante no

Rio Grande do Sul, tomou posse como membro efetivo da Comissão de Ensi-no Jurídico - CEJ da Ordem dos Advo-gados do Brasil no Rio Grande do Sul, por indicação do presidente da Seccio-nal, Dr. Marcelo Machado Bertoluci.

Por ocasião do recebimento da Porta-ria de nomeação, Tatim se disse hon-rado em fazer parte de uma das mais importantes comissões da OAB/RS, que contém em seus quadros renoma-dos juristas e professores universitá-rios. Ao agradecer a confiança recebida de parte do presidente da OAB/RS, Dr. Marcelo Bertoluci e do Prof. Dr. Igor Danilevicz, presidente da CEJ, Tatim ressaltou que: “Mais do que a perma-nente atualização das grades curricula-res dos cursos jurídicos que vem sido constantemente empreendida pelo MEC, no intuito dos operadores do Di-reito atenderem às demandas da con-temporaneidade, existe a necessidade urgente de alterarmos radicalmente o método de ensino. Não é mais possível que nos tempos atuais o método de ensino seja o meramente expositivo. Devemos mirar em exemplos de exce-lência mundial no ensino do Direito, como a Harvard Law School, onde o método de ensino é socrático, com in-

O

tensa participação dos alunos, que são constantemente instigados a se supe-rarem.”

Como primeira tarefa dentro da Co-missão, Tatim foi designado para pro-ceder a visita in loco das Faculdade de Direito da UPF e da IMED, em Passo Fundo, redigindo relatório analíti-co pormenorizado e circunstanciado acerca das condições de ensino nas re-feridas instituições, o qual foi enviado à Comissão Nacional de Ensino Jurídi-co da OAB em Brasília, que tem a prer-rogativa de opinar sobre os pedidos de autorização, reconhecimento e reno-vação de reconhecimento de cursos de Direito no Brasil.

Foto: Leipelt Photo Studio

ComposiçãoPresidente Igor Danilevicz

Vice-Presidente Neimar Santos da Silva

MembrosAlexandre Torres PetryAnna Walkíria Lucca De CamargoCarlos Andre Huning Birnfeld Cristiano ColomboDarci Guimarães RibeiroEduardo De Assis Brasil RochaGilberto KerberGraciela Fernandes ThisenJacson Roberto CerviJalusa Lima BiasiJeronimo Basil AlmeidaLeonardo Rizzolo FetterPablo Antônio Tatim Paulo Joel Bender LealRaimar Rodrigues MachadoRicardo HermanyThiago DanileviczVerusca Buzelato Prestes

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49EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015 49EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

FAMURS

Conab atende pedido da cadeia leiteira e anuncia R$ 10 milhões para o RSComitiva de prefeitos e representantes do setor garantiram importante

conquista para a economia do Rio Grande do SulASCOM/Famurs

A operação é uma alternativa para retomar o desenvolvimento da produção leiteira no Estado

ma comitiva de prefeitos, parlamentares e repre-sentantes da cadeia leitei-ra do Rio Grande do Sul, liderada pelo presidente

da Famurs, Seger Menegaz (PMDB), garantiu no último dia 10 de fevereiro, em Brasília, uma importante conquista para a cadeia leiteira do Rio Grande do Sul. Durante encontro com represen-tantes do governo federal, na sede da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Brasília, Menegaz ratificou pedido ao Ministério do Desenvolvi-mento Social (MDS) para aquisição de quatro mil toneladas de leite em pó. Como resposta, o governo confirmou a transferência de R$ 10 milhões em recursos federais para a compra de leite em pó de cooperativas gaúchas.

A operação é uma alternativa para re-tomar o desenvolvimento da produção leiteira no Estado. “Esta aquisição é uma vitória dos municípios, pois possibilita a redução dos estoques das agroindús-trias e alavanca o setor a partir de uma melhora no preço do produto”, escla-receu Menegaz. “Também garante a retomada da produção, a manutenção da arrecadação dos municípios e a gera-ção de empregos no campo”, justificou o presidente da Federação. Segundo o presidente do Instituto Gaúcho do Lei-te (IGL), Ardêmio Heineck, a cadeia lei-teira representa 7% do Produto Interno

U

Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul e con-grega 134 mil produtores em 90% dos municípios do Estado.

O anúncio foi realizado pelo diretor de políticas agrícolas da Conab, João Mar-celo Intini, que reforçou o compromisso do governo federal com a agricultura familiar. “Temos o dever de auxiliar os pequenos agricultores”, assegurou Intini. A quantidade do produto a ser adquirida não foi estimada pela Com-panhia. Conforme o secretário nacional de segurança alimentar do MDS, Arnol-do de Campos, a crise no setor é con-sequência da alta produção de leite no Brasil e da redução no consumo inter-nacional. “Houve uma queda brutal de 58% no preço médio do leite em pó, que afetou o consumo. Em contrapartida, a

produção de leite no Rio Grande do Sul cresceu 7% entre 2013 e 2014”, afirmou o secretário.

Na ocasião, estiveram presentes os prefeitos de Pareci Novo, Rafael Riffel; de Esperança do Sul, Roberto Prediger; de Arroio do Meio, Sidnei Eckert; de São Pedro do Butiá, José Henrique He-berle; de Santa Rosa, Alcides Vicini; de Seberi, Renato Bonadiman; e de Nova Araçá, Aícaro. Entre os parlamentares que participaram da audiência esta-vam a senadora Ana Amélia Lemos, os deputados federais Alceu Moreira, Dionilso Marcon, Elvino Bohn Gass, Heitor Schuch e Ronaldo Nogueira, e os deputados estaduais Aloísio Class-mann, Jefferson Fernandes, Elton We-ber e Ronaldo Santini.

Foto: ASCOM/Fam

urs

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FAMURS

50 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Estado garante repasses da saúde

em dia aos municípiosSecretário da Fazenda assegurou por seis meses o envio de recursos e não se

comprometeu em pagar a dívida de R$ 208 milhões deixada pelo governo anteriorASCOM/Famurs

Na foto: Secretário Feltes recebe solicitação do presidente da Famurs, Seger Menegaz. Acompanhados pelos prefeitos (da esquerda): Luiz Carlos Folador (Candiota), Lirio Riva (Colorado), Aícaro Ferrari (Nova Araçá) e Fabiam Thomas (Giruá)

governo do Estado garan-tiu que repassará em dia, no primeiro semestre, os recursos dos programas de saúde conveniados com

os municípios gaúchos. A garantia foi dada pelo secretário estadual da Fa-zenda, Giovani Feltes, ao presidente da Famurs, Seger Menegaz, que liderou uma comitiva de seis prefeitos. Este foi o principal pedido entregue pela Famurs, que definiu quatro reivindi-cações na manhã no último dia 29 de janeiro, na primeira Assembleia Geral do ano realizada na sede da Federação.

Outra solicitação atendida pelo secre-tário da Fazenda foi o reconhecimen-to oficial pelo Estado da dívida de R$ 208 milhões com os municípios, re-ferentes aos repasses não feitos pelo governo anterior em 2014. Os valores deveriam ter sido pagos no ano passa-do para custear as equipes do SAMU, UPAs, Farmácia Básica, Programa Saúde da Família, entre outros.

Os dois pleitos feitos pela Famurs sobre a dívida do governo anterior não foram acolhidos pelo secretário Feltes. Os pre-feitos pediram o pagamento imediato de R$ 45,7 milhões, referentes aos va-lores devidos do mês de dezembro às prefeituras, e o parcelamento do res-tante da dívida (162,3 milhões) em até seis parcelas, desde que até o final deste

OFoto: ASCOM/Famurs

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51EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015 51EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

tou o presidente da Famurs.

No documento entregue a Feltes, a Fa-murs reconhece que as dívidas na área da saúde têm origem no governo ante-rior. Ainda reforça que a entidade, em nome dos municípios gaúchos, é solidá-ria à nova administração estadual para enfrentar a grave crise nas finanças do RS. “Temos de valorizar o esforço do go-verno estadual em manter os pagamen-tos dos programas da saúde em dia, isto é uma conquista pra nós”, ressaltou Menegaz. “Vamos continuar trabalhan-do e discutindo com o governo estadual a regularização dos recursos atrasados”.

DívidasFeltes lembrou a herança de R$ 580 milhões de dívidas apenas na área da saúde, sendo que aproximadamen-te R$ 530 milhões não receberam ao longo do ano passado qualquer for-malização contábil junto ao Tesouro do Estado, como o empenho e liquida-ção, e se referem a serviços prestados e convênios para realização de progra-mas em parceria com as prefeituras.

Com relação aos convênios com hospi-tais filantrópicos e santas casas, os valo-res em aberto superam a R$ 255 milhões e têm origem nos últimos três meses de 2014. Desse montante, a Fazenda pagou, na semana passada, R$ 79,1 milhões referentes aos serviços de dezembro. “Optamos por pagar os hospitais que estão na ponta, atendendo diretamente a população. Infelizmente deixamos os municípios, que estão no meio, ainda sem receber os R$ 45 milhões igualmen-te relacionados ao trabalho realizado no último mês do ano”, admitiu Feltes.

Participaram da audiência os prefei-tos Fabiam Thomas (Giruá), Ricardo Gadret (Quaraí), Lirio Riva (Colora-do), Luiz Carlos Folador (Candiota), Aícaro Ferrari (Nova Araçá) e Sérgio Machado (Araricá).

ano. Feltes respondeu que a deman-da é legítima, mas que ainda não pode se comprometer com a quitação deste montante, nem de forma fragmentada.

“O Estado vive um momento financeiro dramático e é por isso que a Secretaria da Fazenda vai se reger pelo regime de caixa. Eu seria irresponsável se desse um prazo sem ter a certeza de que poderei cumpri-lo adequadamente”, disse o se-cretário. Feltes, contudo, não descartou o pagamento dos atrasados. “Com cer-teza haverá de chegar o dia que que de

forma parcelada poderemos pactuar e resgatar este passivo que fica”, observou.

ConquistaApesar de não terem todos os pedi-dos atendidos, os prefeitos saíram satisfeitos do encontro. “O passado preocupa e por isso não vamos abrir mão dos recursos que não foram pa-gos, mas o futuro nos preocupa ain-da mais, por isso a confirmação dos pagamentos em dia em 2015 dá um alento a todos os prefeitos”, comen-

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OPINIÃO

Sobre a austeridade e a incoerência. No RS e no Brasil

Uma nova legislatura se ini-cia na Assembleia Legislati-va e os discursos já indicam a tática política da oposição: tentar esconder os erros do governo Tarso e desconstruir as políticas do governo Sarto-ri. A oposição, especialmente a bancada do PT, investe no discurso de combate às políti-cas de austeridade que o Go-vernador anunciou. Rebatem números, criam uma nova forma de contabilidade – a da “interpretação dos números” (sic) - e negam a situação te-nebrosa das finanças públicas do Rio Grande do Sul.

Em suma, defendem exata-mente o que fizeram durante o governo Tarso: endividar ainda mais o Estado, segun-do a oposição, seria a saída para combater o próprio dé-ficit público e retomar os in-vestimentos.

Quem levanta essa tese não sou eu, e sim o próprio ex-governador Tarso Genro. No artigo “Sobre a austeridade. Na Europa”, Tarso defende que “austeridade reproduz mais austeri-dade, mais desigualdade (…)”. Ainda, em seu per-fil no Twitter, diz não acreditar na crise financeira do Estado: “O uso da expressão rombo é farsa” ou “para apoiar a ‘austeridade’ não é preciso falsificar

dados sobre as finanças do RS”. Tarso não reconhece o rombo de R$ 7,1 bilhões nas contas públicas e defende o aprofundamento deste défi-cit.

Tarso e a oposição combatem as políticas de austeridade no momento em que assistimos a presidente Dilma Rousseff utilizar-se das mesmas para conter a despesa pública. Sim, porque o governo de coalizão liderado pelo mesmo PT no plano nacional faz exatamen-te isso, vide o corte de R$ 22,7 bilhões promovido pelo Ministério da Fazenda no iní-cio desse ano, atingindo prin-cipalmente a Educação (R$ 7,042 bilhões). Comparando, o decreto de corte de gastos do Governo Estadual gerará apenas R$ 600 milhões em economia em 2015.

Perceba que o momento atu-al das finanças públicas, aqui

e lá, exige, para além das teorias econômicas, corte de gastos. Alguém já disse que “para solucionar um problema, o primeiro passo é reconhecer que ele existe”. Penso que é isso que os gaúchos esperam da oposição: apontar caminhos factíveis e não op-tar pela “crítica pela crítica”, o que os levaria a uma constrangedora incoerência política.

Gabriel SouzaDeputado estadual (PMDB)

“Tarso e a oposição combatem as políticas de austeridade no momento

em que assistimos a presidente Dilma Rousseff

utilizar-se das mesmas para conter a despesa

pública”

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53EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Novo presidente, Vinicius Brum e o secretário estadual da Cultura, Victor Hugo

ACONTECEU

Vinícius Brum é o novo presidente da FIGTF

Sua gestão à frente da entidade pretende ter foco principal nas ações de pesquisa e nos estudos que envolvem os mais variados temas

constituintes da sabedoria popular no Rio Grande do SulDenise Raquel Gress

ompositor, violonista, intérprete, fundador do consagrado grupo musi-cal Tambo do Bando, res-ponsável pela renovação

da música regional gaúcha ao final dos anos 80. Um dos mais premia-dos compositores gaúchos, tem em sua galeria de troféus vitórias nos maiores e mais importantes festivais do Rio Grande do Sul. Reconhecido autor de milongas, ritmo musical largamente apreciado ao sul da Amé-rica Latina, de origem andaluz, po-pular no subúrbio de Montevidéu e Buenos Aires nos fins do século XIX, que veio a ser absorvido pela atual musicalidade gaúcha, Vinícius Brum foi recentemente empossado como presidente da Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore que é vinculada à Secretaria de Estado da Cultura. É considerado um dos mais talentosos compositores gaúchos.

Natural de Bento Gonçalves, na ser-ra gaúcha, tem suas raízes familiares e afetivas em Formigueiro, no cen-tro do estado, reside em Porto Ale-gre desde 1983. De 2003 até 2006, respondeu pela Direção Técnica do Instituto Gaúcho de Tradição e Fol-clore. A partir de outubro de 2006, assumiu a Coordenação de Tradição e Folclore da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre e no biênio 2011/2012 foi o Secretário Adjunto da Cultura da capital. Possui Mestra-do em Letras com a dissertação “A

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canção regional gaúcha: escutando a letra e lendo a melodia” que investiga a obra de Luiz Carlos Barbosa Lessa pelo seu viés cancionista. Escreve mensalmente para o jornal Zero Hora a coluna “Pampianas”, refletin-do sobre o universo da canção regio-nal e sobre temas que circundam o espectro da tradição e do folclore.

Sua gestão à frente da FIGTF pre-tende ter foco principal nas ações de pesquisa e nos estudos que envol-vem os mais variados temas consti-tuintes da sabedoria popular no Rio

Grande do Sul. As contribuições ét-nicas, os grandes legados, a preser-vação dos acervos - e por consequ-ência da memória - e a difusão dos conteúdos produzidos nortearão as atividades da entidade que foi ins-tituída pelo decreto nº 23.613 de 27 de dezembro de 1974, tendo por finalidade precípua promover estu-dos, pesquisas e divulgação da cul-tura gauchesca e dos valores que lhe são inerentes, especialmente no que concerne ao folclore, tradição, arte (música, literatura, teatro, etc.), his-tória e sociologia.

Foto: Divulgação

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MUNICÍPIOS

Paulo Ricardo Cataneo, prefeito de Soledade

Promover o desenvolvimento de seu município como prefeito, e unir a região do Alto da Serra do Botucaraí, como presidente da AMASBI, são as principais causas de Cataneo (PMDB) que, em entrevista exclusiva, conta à nossa equipe como tem

sido administrar a entidade e a cidadePaulo Batimanza

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Em Evidência - Em sua opinião quais foram os aspectos positivos nestes dois primeiros anos da sua administração na prefeitura de So-ledade ?Paulo Ricardo Cataneo - As difi-culdades inerentes à administração pública Municipal fazem com que cumprir metas básicas já chegue a

ser digno de nota. Nestes primeiros dois anos, conseguimos honrar o pa-gamento de fornecedores e funcioná-rios. Promovemos a cultura através de eventos inéditos no município. Na Educação, aplicamos o pagamento do piso nacional para os professores e obtivemos êxito na aquisição de ve-ículos escolares.Na Saúde, aprimora-

mos a infraestutura e o atendimento, através de aquisições de ambulâncias e veículos, além do pagamento e ne-gociação da dívida herdada da gestão anterior.

Em Evidência - Soledade é um mu-nicípio importante na Região do Alto da Serra do Botucaraí e no

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Com a presidente Dilma (PT) e o vice-presidente Michel Temer (PMDB) durante a Marcha dos prefeitos

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55EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015 55EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

RS. Como sua administração está estimulando a vocação regional de Soledade, inclusive quanto ao aproveitamento de sua localização geográfica e dos diversos acessos rodoviários?Paulo Ricardo Cataneo - Soledade é a cidade das oportunidades, com mais de 31 mil habitantes possuindo mão de obra abundante disponível com área industrial a disposição, ge-ografia localizada, 200 km da capital, 80 km de Passo Fundo, Carazinho e Lajeado e próxima ao Porto de Rio Grande. É a Capital das Pedras Pre-ciosas, mas acima de tudo de Gen-te Preciosa, sendo sede do Corede, Amasbi, Avasb, 25ª CRE, Emater Regional, Uergs, entre outros órgãos e entidades. Uma cidade polo do Bo-tucaraí. Além de demonstrar a ca-pacidade do município de Soledade, estas características se estendem aos

demais municípios da região.

Em Evidência - Que ações o senhor considera indispensáveis realizar nos próximos dois anos do seu go-verno?Paulo Ricardo Cataneo - Além de manter os serviços básicos à popula-ção, pretendemos incrementar a in-fraestrutra do município e promover o desenvolvimento social através da oferta de vagas de empregos. Preten-do ainda, realizar um sonho antigo da população de inaugurar o Distrito Industrial; lutar pela vinda da UFF-Sul; atrair indústrias e aumentar a área de calçamento e asfalto no perí-metro urbano.

Em Evidência - Em 2014 o Senhor foi Presidente da Associação dos Municípios do Alto da Serra do Bo-tucaraí (Amasbi). Quais os avanços

conseguidos na defesa dos inte-resses destes municípios, inclusi-ve para o desenvolvimento econô-mico e social destes?Paulo Ricardo Cataneo - O ano de 2014, por ter se tratado de um ano eleitoral, foi um ano de muito di-álogo e respeito com o governo do estado. Com meus colegas prefeitos, chegamos a 2015, com a Associação fortalecida internamente, estando em busca da valorização do Alto da Serra do Botucaraí.

Em Evidência - Quais as suas ex-pectativas quanto ao novo Gover-no do RS e do país em relação aos interesses e necessidades dos mu-nicípios? Paulo Ricardo Cataneo - Sou otimis-ta, acredito na capacidade do estado e do país de suprir as dificuldades e os municípios de serem atendidos.

Com o governador Sartori (PMDB) e o deputado estadual, Vilmar Perin Zanchin (PMDB)

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LEGISLATIVO MUNICIPAL | PORTO ALEGRE

56 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Presidente da Câmara da Capital visita

prefeito de CanoasNa pauta da reunião a proposta de criação do Parlamento Metropolitano

Maurício Macedo

O presidente da Câmara de Porto Alegre, Mauro Pinheiro (PT) e o prefeito Jairo Jorge (PT) debateram a possibilidade de promover um evento sobre o futuro das cidades, com a participação de lideranças políticas e autoridades do Exterior e de outros municípios com ações exitosas

ara falar sobre a proposta de criação do Parlamento Metropolitano, o presiden-te da Câmara Municipal de Porto Alegre, Mauro

Pinheiro (PT), esteve em Canoas, na manhã do último dia 20 de janeiro, para uma conversa com o prefeito Jairo Jorge (PT). “Nossa intenção é criar um fórum reunindo representantes dos Po-deres Legislativos das 34 cidades para debater temas que envolvem os municí-pios da região”, explicou o vereador.

P Presidente da Associação dos Mu-nicípios da Região Metropolitana (Granpal) nos anos de 2010 e 2011, o prefeito canoense disse que con-sidera a proposta importante. Tam-bém presente ao encontro, o pre-sidente do Legislativo de Canoas, Paulo Ritter (PT), garantiu apoio à proposta.

Visão de futuroOutro tema da conversa foi a preo-

cupação com a revitalização de áreas degradadas. O presidente da Câma-ra de Porto Alegre e o prefeito Jairo Jorge debateram a possibilidade de promover um evento sobre o futuro das cidades, com a participação de lideranças políticas e autoridades do Exterior e de outros municípios com ações exitosas. “Temos que discutir novas visões inovadoras para revita-lizar alguns espaços da Capital que estão praticamente abandonados”, ressaltou Mauro Pinheiro.

Foto: Tonico Alvares

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57EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015 57EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Mauro Pinheiro recebe Medalha da

Assembleia LegislativaA homenagem foi prestada a 10 lideranças políticas e sociais

Maurício Macedo

Presidente da CMPA, vereador Mauro Pinheiro, recebe a Medalha da 53ª Legislatura da Assembleia Legislativa

Presidente recebeu a homenagem com mais nove lideranças político-sociais

m solenidade realizada no Salão Júlio de Castilhos, o presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereador Mauro Pinheiro

(PT), recebeu a Medalha da 53ª Le-gislatura da Assembleia Legislativa do Estado, na noite do último dia 20 de janeiro.

A homenagem foi prestada a 10 lide-ranças políticas e sociais. “São pesso-as unidas por uma crença comum e um projeto político voltado a trans-formar a sociedade”, afirmou a de-

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putada Marisa Formolo (PT). “Com Mauro Pinheiro, tivemos uma forte identificação com suas lutas”, com-plementou a autora da proposição.

“Precisamos agradecer às pessoas que lutaram para que hoje todos nós pudés-semos estar aqui trabalhando pelo bem comum. Temos que ressaltar a impor-tância da democracia, especialmente quando alguns defendem a volta da di-tadura”, afirmou Mauro Pinheiro. A ce-rimônia também contou com a presen-ça do então presidente da Assembleia, deputado Gilmar Sossella (PDT).

Agraciados

- Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Mauro Pinheiro

- Prefeito de Antonio Prado, Nilson Camatti

- Prefeito de Nova Roma do Sul, Marino Testolin

- Presidenta da Câmara Municipal de Ipê, Gislaine Ziliotto

- Vereador de Santana do Livramento, Dagberto Reis

- Vereador de Antonio Prado, Gilmar Bellé

- Vereadora de Caxias do Sul, Denise Pessoa

- Vereador de Itati, - José Odair Justin- José Antonio Pancotto,

ativista dos Direitos Humanos em Farroupilha

- Gilmar Maschio, líder comunitário em Caxias do Sul

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58 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Outra preocupação do presidente, vereador Valério Aires (PDT) é garantir o direito de informação da comunidade, usando todas as ferramentas para levar ampla informação aos munícipes

LEGISLATIVO MUNICIPAL | TRIUNFO

Presidente quer estreitar relacionamento

com a comunidadeA descentralização das sessões ordinárias do

Legislativo é a prioridade da sua gestãoTatiana Vasco / Razek Cunha

leito presidente para o ano de 2015, o vereador Valério Aires (PDT) quer estabele-cer maior integração entre o Legislativo e a comuni-

dade de Triunfo, proporcionando a todos os cidadãos do interior do mu-nicípio a oportunidade de prestigiar os trabalhos dos vereadores. Aires foi autor da lei que rege as sessões descentralizadas e a incluiu no Regi-mento Interno do Legislativo em seu primeiro mandato como vereador (2001-2004). Conforme o artigo 138 do Regimento Interno, as sessões descentralizadas têm o objetivo de promover a interiorização do Poder Legislativo, podem ser realizadas no

E máximo uma vez por mês mediante requerimento aprovado por dois ter-ços dos vereadores e não podem apre-ciar projetos enviados pelo Executivo. Para o presidente, é muito importan-te a participação da comunidade para que esta possa cobrar ações de seus re-presentantes. “Vou cumprir fielmente o Regimento Interno que norteia as ações do Legislativo e promover essa interiorização, pois é de extrema im-portância que todos os cidadãos do nosso município tenham a mesma oportunidade de participar dos tra-balhos dos seus representantes, cujos atos influenciam diretamente em suas vidas. Para muitos cidadãos, a descen-tralização das sessões é a oportunida-

de de prestigiar pela primeira vez o trabalho dos legisladores municipais, já que o município é grande (sua ex-tensão territorial é de 823 km²) e as localidades ficam distantes da sede”, salientou Aires.

Outra preocupação do presidente é garantir o direito de informação da comunidade, usando todas as ferra-mentas para levar ampla informação aos munícipes. A Câmara hoje conta com os serviços de comunicação da empresa Razek Cunha, que dispõe de jornais, rádio e de uma WEB TV que transmite ao vivo todas as sessões e reuniões do Legislativo, oferecendo aos cidadãos a facilidade de acom-panhar os trabalhos dos seus repre-sentantes de onde estiverem. Aires salientou ainda que dará atenção es-pecial à Ouvidoria, atendendo à de-manda da comunidade, e todo apoio estrutural necessário aos colegas ve-readores para que possam executar seus trabalhos com excelência.

O presidente também disse que o Legislativo será parceiro da Admi-nistração Municipal nos projetos que visem o desenvolvimento social e econômico do Município e que pre-zará pela austeridade, economizando o máximo, para que no final do ano possa reverter essa verba ao Execu-tivo, para que seja aplicada em obras para a comunidade triunfense.

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Eu não sou muito fã de có-pias de tradições e escolás-ticas de outros países ou mais especificamente do que carregam em sua construção do imaginário social. Tanto a frieza ou a sobriedade ger-mânica, sueca ou inglesa, por vezes, parecem mais serem mitos. Comparados aos nos-sos mitos de um ‘ser brasilei-ro”, conformismo, festança e desvario excessivos em nos-sas reações. Diria que o mo-dus operandi alegre e infan-til, nossa tática e estratégia contra o time alemão na última copa do mundo parece ser a nossa sina reativa aos dilemas do mundo prático. Digo isto, por analogia. Tentando compreender as reações de certos setores da sociedade brasileira , de par-te da mídia, da nossa intelectualidade, e de certos articulistas, de certas classes sociais, e de inclusive setores partidários e políticos, de uma moralidade duvidosa e de um comportamento parecido com a tática da nossa seleção. Naqueles sete a um contra a seleção alemã, reativos, de um falso moralismo e assepsia duvidosa, exalam uma duvidosa “ideo-logia “ de um mercado asséptico, neutro e assom-brado com a fina simetria do típico capitalismo de matriz tupiniquim. Faz de uma “teatralidade” de faz de conta, de como ópera de fato o “capitalismo “ em nossa terra chamada Brasil. Se faz, porque sociologicamente e historicamente, o capitalis-mo brasileiro se fez das entranhas do Estado. Em nossa terra, queiram ou não os defensores do “se-nhor mercado neutro” , o capitalismo nasceu das entranhas do Estado. Getulio Vargas que o diga. O nosso Patrimonialismo é privatista, escravocrata e arcaico. Aqui, esta perversão, com nome de corrup-ção, jeitinho ou Lei de Gérson é a nossa mais pura malandragem e ideologia “oficial”. Ou os senhores

do mercado puro e sem inte-resse querem nos convencer que as fortalezas de emprei-teiras envolvidas no caso da Petrobrás são de fundo de quintal? Doce ilusão e hipo-crisia diletante de setores da nossa mídia que nasceu, cresceu e enriqueceu sole-nemente apoiando um golpe de Estado. Haja paciência, para tanta tagarelice que se diz descompromissada de interesses!Esta nossa cul-tura empreendedora, não

tem ideologia e nem partido. O partido que sou militante há 35 anos , o PT, que o diga. Estamos pagando um preço alto em nossas ilusões. Claro, ainda é cedo, a fase é ainda de investigações. Mas, o senhor mercado tem pressa. Aproveita simulta-neamente para racionalizar o processo. Investiga, julga e condena ao mesmo tempo. Porque agimos ainda como a seleção brasileira contra a Alemanha. Afinal, a nossa maturidade democrática é muito jovem, diriam alguns. Nós, puros brasileiros, co-locamos o boné do nosso craque lesionado. Assim talvez para “infantilmente” , espiar nossas culpas próprias e terrenas de uma ideologia associada ao “jeitinho nosso”, de driblar as regras de uma repú-blica de fato, democrática, cidadã e sintonizada no princípio de “ oportunidades iguais para todos.

Uma premissa vou adiantar, torço para que a gera-ção atual de juízes que conduzem a operação Lava Jato, as nossas instituições jurídicas e a Policia Fe-deral queiram de fato investigar, julgar e punir to-dos os envolvidos. Que estas Instituições de fato, façam o que constitucionalmente devem fazer. E são pagas pelo dinheiro público a fazer. Espero que, diferente da trajetória brasileira, tenham um lado. O lado de uma sociedade republicana.

Paulo RitterPresidente da Câmara de

Vereadores de Canoas (PT)

OPINIÃO

Pela transparência, mas sem hipocrisia

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60 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 201560 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

OAB

A OAB buscará garantir a presença obrigatória de advogado nos procedi-mentos de conciliação e arbitragem. Será for-

mulada uma proposta de alteração da Lei de Arbitragem –9307/1996, no que diz respeito à não obrigato-riedade legal do profissional em ca-sos de conciliação.

O tema foi discutido, na primeira semana de fevereiro, durante a ses-são do Pleno do Conselho Federal da OAB. Entre os pontos, foi ava-liada a possibilidade dos interesses da advocacia serem atingidos pelo Projeto de Lei do Senado 406/2013, que visa alterar a Lei de Arbitragem. A Ordem entende que o cidadão tem o direito de defesa garantido pela Constituição Federal, sendo o advogado o profissional com prer-rogativas para representá-lo.

O vice-presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, conduziu os tra-balhos da mesa e propôs a criação de câmaras. “O tema é importante para toda classe. Quando uma lei traz a hipótese da não obrigato-riedade da presença do advogado, acarreta prejuízo frontal à advoca-

Presença de advogado nos procedimentos

de conciliação e arbitragem reivindicada

Questão foi discutida durante a sessão do Pleno do Conselho Federal da OAB

Rodney Silva

Durante sessão do CFOAB, Lamachia apresentou “a experiência bem sucedida das câmaras arbitrais e de conciliação no âmbito da própria OAB/RS”

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61EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015 61EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

cia. Em se tratando de arbitragem, trago do Rio Grande do Sul a expe-riência bem sucedida das câmaras arbitrais e de conciliação no âmbito da própria OAB/RS. Outras entida-des já as instituíram e têm colhido bons resultados. Por fim, entendo que temos que defender a presença obrigatória do advogado nas diver-sas pontas”, definiu Lamachia.

Para o presidente da OAB/RS, Mar-celo Bertoluci, a proposta de alte-ração da lei busca contribuir com a desjudicialização das demandas,

mas garantindo o amplo direito de defesa. “Não é uma medida corpo-rativista, mas de proteção à cidada-nia. A desjudicialização dos casos levados à arbitragem não retira o caráter jurídico”, justificou Berto-luci.

Centro de Arbitragem e Mediação da OAB/RSNa Ordem gaúcha, o Centro de Ar-bitragem e Mediação vem fomen-tando métodos alternativos de so-lução de conflitos. O projeto, que tem o apoio da Escola Superior de Advocacia e das subseções, capacita os advogados sobre a prática.

Segundo o presidente da Comissão de Arbitragem, conselheiro seccio-nal Ricardo Ranzolin, a arbitragem é um dos principais métodos alter-nativos para resolução de conflitos. “É um projeto que ganha cada vez mais espaço no Brasil. Estamos atu-ando na realização de cursos para levar a iniciativa aos advogados de todo o RS”, explicou Ranzolin.

O presidente da Comissão de Me-diação e Práticas Restaurativas, Ricardo Dornelles, ressaltou que a mediação tem se tornado cada vez mais necessária para a solução de conflitos. “Unimos essas iniciativas para tornar cada vez mais forte a cultura da mediação e arbitragem na advocacia gaúcha”, afirmou.

O Centro de Arbitragem e Media-ção da OAB/RS está localizado no 4° andar da OAB Serviços (Rua Vi-cente de Paula Dutra, 236 - Praia de Belas - ao lado do Foro Central de Porto Alegre). Os interessados po-dem buscar o Centro de Arbitragem e Mediação, entre às 13h30min e 18h30min, de segunda a sexta-fei-ra. Mais informações pelo telefone (51) 3284-6442.

Foto: Divulgaçao

“Não é uma medida corporativista, mas de proteção à cidadania. A desjudicialização dos casos levados à arbitragem não retira o caráter jurídico”Marcelo Bertoluci Presidente da OAB/RS

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EM EVIDÊNCIA

62 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Mauro Poeta, prefeito de Triunfo

Eleito Prefeito de Triunfo em maio de 2013, Mauro Poeta (PMDB) conseguiu, em pouco mais de um ano, reverter a queda na arrecadação do município, que teve alta histórica no índice de retorno do ICMS, voltando a

figurar entre as seis maiores arrecadações do Estado, neste quesito. O prefeito concedeu entrevista exclusiva para a revista Em Evidência. Confira:

Antonio Silvio Hendges

Em Evidência – O que representa para o município de Triunfo voltar a figurar entre as seis maiores ar-recadações do Estado?Mauro Poeta – Significa um aumen-to real da nossa responsabilidade perante a sociedade triunfense. Nos últimos anos, Triunfo padeceu com a queda do índice de retorno do ICMS, situação que vinha se agravando des-de 2007. Ao que se sabe, esse pro-blema gerou até mesmo um mal es-tar entre antigas administrações e a Braskem, uma das principais empre-sas do Polo Petroquímico de Triunfo. Quando assumimos, Triunfo estava ocupando a 14ª colocação no índice de retorno de ICMS. Aos poucos, nos inteiramos da real situação do muni-cípio e percebemos que o rombo era enorme, pois a arrecadação vinha caindo e as despesas não haviam sido ajustadas à nova realidade. Resulta-do: o déficit era enorme, a folha de pagamento consumia mais de 50% da arrecadação e não havia recursos para investimentos.

Em Evidência – E quais as medidas que o Senhor adotou?Mauro Poeta – Tomamos medidas amargas, porém necessárias. De imediato fizemos cortes, apertamos o cinto e fizemos mudanças que me-xeram com situações que estavam ar-

raigadas há anos. Obviamente paga-mos um preço político bastante alto. Mas, não importa. Reduzimos, por exemplo, mais de 65% dos CCs (Car-gos em Comissão); Cortamos, drasti-camente, diárias e horas extras – em mais de 80% - o que resultou em uma economia da ordem de 4 milhões, ao final de um ano; Além de promover outras economias através de algumas ações meramente administrativas.

Em Evidência – Essas foram me-didas de ajustes. E o que foi feito para recuperar a arrecadação?Mauro Poeta – Precisávamos re-verter esse quadro e restabelecer as relações com as empresa do Polo Pe-troquímico. Determinei, então, que fosse feito um estudo aprofundado do caso. Para isso, qualificamos fis-cais do quadro de pessoal da Prefei-tura, a fim de que os mesmos pudes-sem examinar o caso com segurança e conhecimento e contratamos uma empresa de Auditoria Tributária. De-pois de percorrer um longo caminho, a resposta pareceu bem simples: fal-tava fiscalização do preenchimento das Guias de Recolhimento do Valor Adicionado das Mercadorias, ou seja, o município não estava fiscalizando, com a devida atenção, o recolhimen-to dos tributos referente a diferença do valor que as empresas compram e,

posteriormente, vendem a mercado-ria. Achado o caminho, a solução foi mais fácil. A fiscalização foi acentua-da, as empresas corrigiram o proble-ma (sem gerar sobrecarga alguma de imposto) e as finanças do município de Triunfo começam a sair do verme-lho.

Em Evidência – E o que vem pela frente, Prefeito?Mauro Poeta - Passamos o ano de 2014 administrando contas, ten-tando colocar o nosso caixa em dia e buscando uma saída para a crise financeira que se abatia em Triunfo. Nosso trabalho foi de formiguinha: silencioso, quieto, sendo alvo de mui-tas críticas por adotar essa postura. Em contrapartida, dentre os 497 municípios do Rio Grande do Sul, somos o município que mais elevou seu índice de retorno de ICMS para o ano de 2015 – em 37%. Isso demons-tra que estamos no caminho certo, principalmente porque esse não é um trabalho que para por aqui. Con-tinuaremos fiscalizando para melho-rar ainda mais o índice dos próximos anos. Essa semente que plantamos - sem brigas, sem revanches, sem fechar as portas para o Polo Petro-químico, já germinou e está bem en-raizada, o que permitirá que a comu-nidade triunfense colha os frutos, já

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nessa Administração, bem como, nas administrações futuras. Contudo, é importante salientar que esse é ape-nas o início de uma longa caminha-da: temos muito a recuperar ainda. Nossas projeções para 2015 são bem melhores. Recuperamos nosso poder de investimento, estamos com a Si-tuação Fiscal da Prefeitura em dia , o que nos permite receber verbas de convênios e contratar financiamen-tos. Mas isso não quer dizer que po-demos sair gastando sem critérios. Tenho muita responsabilidade no trato do dinheiro público e serei mui-to criterioso e zeloso na gestão do nosso município.

Em Evidência – Recentemente o município de Triunfo foi agracia-do com o Prêmio de Excelência em Transparência, concedido pelo Tri-bunal de Contas do Estado. Como foi isso, Prefeito?Mauro Poeta – Foi uma grata sur-presa para todos nós. Esse prêmio foi concedido pelo TCE-RS aos muni-cípios que se destacaram na questão da transparência em seu site. Esse diploma que nos foi entregue, junta-mente com o selo digital, atesta que a Prefeitura de Triunfo é uma das ins-tituições públicas mais transparen-tes do Estado.

Em Evidência – Ao que parece, Triunfo inicia o ano muito bem, com boas notícias para sua popu-lação. Outra boa notícia, divulga-da na imprensa, é sobre a possível instalação da empresa Synthos em Triunfo. O Senhor confirma isso, Prefeito?Mauro Poeta – Pois é. Acerca de um ano atrás fomos a São Paulo visitá--los, quando apresentamos nosso município como opção para a instala-ção de uma nova planta da empresa. Desde então, estamos trabalhando junto aos representantes da Synthos, que é a maior produtora de borracha

“Recuperamos nosso poder de investimento, estamos com a Situação Fiscal da Prefeitura em dia, o que nos permite receber verbas de convênios e contratar financiamentos”Foto: Chico Pinheiro/Revista Em Evidência

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EM EVIDÊNCIA

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Em reunião entre os diretores da Synthos, o governador José Ivo Sartori (PMDB) e os deputados do PRB, Carlos Gomes e Sergio Peres

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sintética da Europa. Na semana que passou, estivemos reunidos com o nosso Governador, José Ivo Sartori (PMDB), a fim de tratarmos de al-gumas pendências que antecedem o início das obras, previsto para abril deste ano. A Synthos deverá se ins-talar em uma área junto ao Polo Pe-troquímico, com um investimento inicial da ordem de 630 milhões de reais, gerando, pelo menos, 500 pos-tos de trabalho diretos – somente na obra – que deve perdurar por dois anos. Certamente, mais uma grande notícia para a população triunfense. Paralelo a isso, estamos ultimando as tratativas para a instalação da parte naval de uma das maiores empresas do setor metal mecânico do Estado e estamos de portas abertas para re-ceber empresários e investidores que buscam um local estratégico para seus empreendimentos. Temos uma Lei de Incentivos que nos permite buscar parcerias, temos áreas com excelente localização – às margens da BR 386, rios navegáveis, porto adu-aneiro, linhas férreas ativas e muita vontade de ampliar as fronteiras de Triunfo, atraindo novas possibilida-

des, tecnologias inovadoras, qualifi-cando a nossa mão de obra e opor-tunizando mais riqueza e renda aos triunfenses.

Em Evidência – Para finalizar, quais as metas para esses próximos dois anos de governo?Mauro Poeta – É preciso, antes de tudo, conscientizar a população triun-fense de que a Administração Pública precisa ser eficiente e deve trabalhar visando o bem comum. Ao longo das últimas décadas, criou-se uma cultura totalmente paternalista em Triunfo, onde a Prefeitura possui obrigações sem limites, no coletivo e no indivi-dual. A própria folha de pagamento é um absurdo. Cresce diariamente, com vantagens exorbitantes, consumin-do mais de 50% da arrecadação, em um município com pouco mais de 25 mil habitantes. A Administração não pode mais ser vista como um cabide de empregos, como a fonte de receita para ONGS e entidades filantrópicas que se proliferam dia após dia. Nosso esforço tem sido para disciplinar, orga-nizar, implantar um sistema de Gestão Pública eficiente. Confesso que essa

não tem sido uma tarefa fácil. Existem muitas resistências, corporativismo, culturas arraigadas, costumes e hábi-tos que se mantém há anos. Mexer nis-so causa desconforto em muita gente. Por vezes, somos impelidos a tomar medidas pouco ou nada políticas, mas, enfim, é preciso optar: ou avançamos para um patamar de eficiência pública e abandonamos velhas práticas ou con-tinuaremos sempre sendo rotulados. Eu, com a responsabilidade que tenho sobre meus ombros, estou trabalhan-do para mudar a realidade do nosso município. Uma de nossas principais metas é a de qualificar a nossa mão de obra, com a o firme propósito de mu-dar o quadro que temos hoje, onde, os melhores postos de trabalho – princi-palmente no Polo Petroquímico – aca-bam sendo preenchidos por pessoas de outros municípios. Propor novas culturas, novos hábitos, uma nova re-alidade é uma luta árdua, uma batalha longa, que não se vence da noite para o dia. Mas sou determinado, acredito no nosso povo e tenho certeza de que a população vai entender e saber se adaptar a essa nova realidade que esta-mos construindo.

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65EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015 65EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

O deputado natural de Ve-ranópolis e criado em Farroupilha, Álvaro Bo-essio, foi escolhido pela unanimidade dos colegas

parlamentares peemedebistas para ser o líder da Bancada do PMDB na Assembleia Legislativa, neste pri-meiro ano da nova Legislatura e do Governo Sartori.

Reeleito com 37.933 votos, Boessio construiu sua carreira sindical em Farroupilha. Foi presidente do Sin-dicato dos Trabalhadores do Calçado e Vestuário da cidade e da Federa-ção dos Calçadistas. O parlamentar também atuou como juiz classista no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região.

Disputou sua primeira eleição para Assembleia em 2002, quando foi su-plente da bancada do PMDB, exer-cendo o mandato por 11 meses. Em 2006, novamente ficou na suplência, assumindo o mandato na Assembleia por três anos e dois meses. Em 2010, foi eleito deputado com 37.971 votos. No último pleito elegeu-se para seu segundo mandato como titular, com 37.933 votos. Obteve sua maior vota-ção em Farroupilha (13.037), seguido por Carlos Barbosa (3.374) e São Se-bastião do Caí (2.980).

Em 2014, Boessio foi o 2º vice-pre-

sidente da Assembleia Legislativa e, em 2013, presidiu a Comissão do Mercosul e Assuntos Internacio-nais. Tem como bandeira a qualifi-cação profissional do trabalhador,

a geração de emprego e renda, o fortalecimento da agricultura – em especial da área vitivinícola - e dos setores moveleiro, do calçado e do vestuário.

Foto: Marcelo Bertani

Boessio tem como bandeira a qualificação profissional do trabalhador, a geração de empre-go e renda, o fortalecimento da agricultura – em especial da área vitivinícola - e dos setores moveleiro, do calçado e do vestuário

Álvaro Boessio é o líder da Bancada do PMDB no

Parlamento gaúchoBoessio foi escolhido pela unanimidade dos colegas parlamentares

peemedebistas para ser o líder da Bancada do PMDBMauro Lewa Moraes

ASSEMBLEIA

65EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

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ASSEMBLEIA

E degar foi eleito para seu primeiro mandato como deputado estadual em 2010, sendo o mais vo-tado do PT, com 69.233

votos. Na eleição de 2014, o petista obteve 73.122 votos, e foi pela se-gunda vez o mais votado do Partido dos Trabalhadores. “Estou agradeci-do pelo reconhecimento dos meus colegas deputados e deputadas. Te-remos um grande compromisso e de-safio em representar o pensamento coletivo dos companheiros e compa-nheiras da nova bancada e do nosso partido na presidência da Casa”, de-clarou o parlamentar.

Após a posse dos deputados, também ocorreu a transmissão de cargos da nova Mesa Diretora. Indicado pelo PMDB, conforme acordo firmado en-tre as bancadas, o deputado Edson Brum é o presidente do parlamento gaúcho deste ano. Depois dele, a pre-sidência será ocupada por Silvana Co-vatti (PP) em 2016, a primeira mulher a ser escolhida para presidir a Casa. Em 2017, assume o petista Edegar Pretto, e em 2018, será a vez de Marlon San-tos (PDT) comandar a Assembleia.

Natural de Miraguaí, Edegar Pretto é formado em Gestão Pública e tem suas origens na agricultura familiar.

É filho do deputado federal Adão Pretto – falecido em 2009 – que foi o primeiro agricultor eleito deputa-do estadual e depois deputado fede-ral por cinco mandatos consecutivos. Seguindo os passos do pai, Edegar marcou seu primeiro mandato com ações voltadas às lutas dos movi-mentos sociais do campo e da cida-de. Como líder da bancada, ajudou a elaborar e defendeu as principais conquistas do governo Tarso Genro.

Edegar Pretto é autor do SUSAF--RS, a lei das agroindústrias fami-liares. É idealizador e coordenador da Frente Parlamentar dos Homens pelo Fim da Violência contra a Mu-lher, e do Movimento Nacional de Homens Parlamentares pelo Fim da Violência contra a Mulher, lança-do no Senado em Brasília. Ganhou reconhecimento internacional ao apresentar o trabalho da Frente Par-lamentar na ONU, em 2013. Com o símbolo do cartão vermelho, organi-za ações e incentiva os homens na luta pelo fim do machismo.

O deputado também idealizou e é coordenador da Frente Parlamentar pela Regularização Fundiária, que busca garantir a documentação da terra para os agricultores familiares que não possuem a titulação de suas propriedades.

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Natural de Miraguaí, Edegar Pretto é formado em Gestão Pública e tem suas origens na agricultura familia

Deputado Edegar Pretto será presidente

da Assembleia Legislativa em 2017

A escolha foi definida por unanimidade pela nova bancada petista da CasaLeandro Molina

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deputado estadual João Fischer (PP) quer agili-zar, nesse novo manda-to, a tramitação e a apro-vação dos projetos de lei

76/2007 e 108/2011, de sua autoria, que incentivam a redução do consu-mo e o armazenamento de água no

Estado do Rio Grande do Sul.

Segundo o parlamentar, as propostas objetivam estimular a captação de água da chuva e estimular os consu-midores a diminuir em, no mínimo, 20% o consumo médio mensal. Desta forma, além do valor poupado, o con-

sumidor teria ainda um desconto pro-gressivo de até 20% na fatura da água.

“Precisamos de instrumentos que garan-tam ao poder público a adoção de medi-das urgentes e efetivas. A água é um bem finito e a cada estiagem, os problemas ficam mais evidentes”, enfatiza.

Foto: Marcos Eifler

Projetos tramitam há mais de 7 anos no Legislativo gaúcho

Racionalização de água em pauta

Fixinha quer agilizar aprovação de projetos que estimulam redução do consumo de água

Daniel Germano

O67EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

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ASSEMBLEIA

A deputada estadual Silvana Covatti (PP) esteve em au-diência com o secretário da Educação, Vieira da Cunha, no último dia 04

de fevereiro, para oficializar o pedido de reedição da Lei N° 13.858, que dis-põe sobre o plano de renegociações dos débitos do Programa de Crédito Edu-cativo do Estado (PROCRED). Acom-panharam a reunião, a diretora de Recursos Humanos da Pasta, Carmem Figueiró, e o vereador de Panambi, De-laval da Silva. O Programa esteve em vigor por ape-nas um ano, entre 2011 e 2012, bene-

ficiando um número muito restrito de mutuários e possibilitando a poucos estudantes a quitação de seus débi-tos com o Estado. O Vereador Delaval afirma que as solicitações da comuni-dade de Panambi por oportunidades de reanálise das dívidas são inúmeras. Demandas de todas as regiões do RS também são recebidas frequentemen-te pela deputada Silvana, no gabinete parlamentar. O Secretário Vieira da Cunha se mostrou receptivo à propos-ta e fará uma análise do pedido, assim como marcará nova reunião para dar andamento às tratativas. A renegociação das dívidas do PRO-

CRED é tema de trabalho da deputada Silvana Covatti desde 2011, quando foi relatora do Projeto de Lei número 226, que deu origem à Lei número 13.858. Junto ao seu parecer, a deputada pro-pôs emendas que objetivaram facilitar renegociações e possibilitar que um número maior de mutuários quitas-sem seus débitos junto ao Estado. “Se-gundo análises realizadas, cerca de me-tade das dívidas é referente aos juros. A oportunidade que está sendo pedida por esses estudantes possibilitará que eles saldem suas dívidas e, também, que o Estado possa arrecadar valores até agora inacessíveis pela inadimplên-cia”, afirma Silvana Covatti.

Foto: Secretaria de Educação

A renegociação das dívidas do PROCRED é tema de trabalho da deputada Silvana Covatti desde 2011, quando foi relatora do Projeto de Lei N° 226, que deu origem à Lei número 13.858

Renegociações de débitos do PROCREDSilvana Covatti (PP) busca reedição da Lei em encontro com

secretário de educação, Vieira da Cunha (PDT)Cristiano Guerra

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69EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015 69EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Foto: Marcos Eifler

Para Postal, a Unale terá papel fundamental no debate de temas essenciais que estarão na pauta do Congresso Nacional

O deputado Alexandre Postal, do PMDB do Rio Grande do Sul, presidirá a Unale (União Nacional dos Legisladores e Legis-

lativos Estaduais) nos próximos me-ses. O parlamentar gaúcho assumiu a vaga no último dia 02 de fevereiro, no lugar de José Luís Tchê, eleito deputa-do federal. Postal havia sido eleito 1º vice-presidente em maio de 2014, em uma composição que já previa a possi-bilidade de afastamento de Tchê, caso fosse escolhido para a Câmara Federal.

De acordo com o presidente que sai, “Alexandre Postal é a pessoa certa para o momento. O experiente parla-mentar – eleito para um sexto man-dato como deputado estadual no Rio Grande do Sul – tem ótimo trânsito na entidade (já presidiu a Unale em duas oportunidades) e excelente re-lacionamento com seus pares. Neste período, de mudança de legislatura, ninguém melhor que ele para execu-tar esta transição”, referendou Tchê.

Na última semana de maio de 2015, a Unale realizará sua conferência na-cional, em Vitória, no Espírito San-to, quando escolherá a diretoria que administrará a entidade até maio de 2016. “Até lá, vamos repassar os ne-cessários subsídios aos colegas depu-tados estaduais eleitos em outubro de 2014, informando-os sobre o que é a Unale, seus principais objetivos e pro-postas: a preservação dos valores de-

Alexandre Postal presidirá Unale

O parlamentar gaúcho assumiu a vaga no último dia 02 de fevereiro, no lugar de José Luís Tchê, eleito deputado federal

Celso Luiz Bender

mocráticos, o fortalecimento do fede-ralismo e o aprimoramento do Poder Legislativo Estadual, entre outros”, anunciou o parlamentar.

Para Postal, a Unale terá papel funda-mental no debate de temas essenciais

que estarão na pauta do Congresso Nacional, renovado em 46,39% - 238 novos deputados federais, entre os quais se encontram 55 deputados estaduais da atual legislatura. A enti-dade representa os 1.059 deputados estaduais brasileiros.

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70 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 201570 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Foto: Marcelo Bertani

De acordo com Regina, as estruturas regionalizadas representam uma alternativa para suprir as necessidades que muitas cidades gaúchas enfrentam em relação à oferta de atendimento especializado

A deputada Regina Becker Fortunati (PDT), rece-beu, no último dia 12 de fevereiro, uma comitiva da região do Alto Jacuí,

que expôs as dificuldades enfrentadas nos municípios para a implementação de ações voltadas ao controle popu-lacional de cães e gatos. Na reunião, as lideranças solicitaram orientações para a elaboração de projeto com esta finalidade. A parlamentar, que defen-de a criação de centros regionais para o atendimento a animais domésticos, destacou a importância de esforços conjuntos na busca de investimentos do poder público e iniciativa privada, além de parcerias com as universida-des e ONGs. De acordo com Regina, as estruturas regionalizadas representam uma al-ternativa para suprir as necessidades que muitas cidades gaúchas enfren-tam em relação à oferta de atendi-

Regina Becker Fortunati recebe visita de

comitiva do Alto JacuíLideranças solicitam apoio para ações de controle

populacional de animaisAdriana Davoglio

mento especializado. “É fundamental que as prefeituras auxiliem, diante dos problemas diários enfrentados por protetores e ativistas. Esta situ-ação é a mesma em todo o território nacional, fruto de descaso ao longo dos séculos”, afirmou. Com o objetivo de debater o tema com as comunidades envolvidas, está prevista a realização de uma audiên-cia pública, em março, em local a ser definido. “A ideia é que possamos reu-nir lideranças políticas, comunitárias e do meio acadêmico, representantes

“É fundamental que as prefeituras auxiliem, diante dos problemas diários enfrentados por protetores e ativistas”Regina Becker Deputada estadual (PDT)

de ONGs, protetores e simpatizantes, empresários e a sociedade em geral de toda a região para discutir sobre as questões que envolvem os Direitos Animais”, concluiu Regina. Participaram da reunião o secretário da Saúde de Espumoso, João Rober-to Vogel, o médico veterinário e vere-ador de Victor Graeff, Ivanir Urbano Born, a veterinária de Fortaleza dos Valos, Kátia Vincensi Boeira, o fiscal sanitário de Selbach, Jorge Rogelson da Silva, e o policial civil de Espumo-so, Luis Alberto Figueira Pires.

ASSEMBLEIA

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71EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015 71EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

a tarde do último dia 10 de fevereiro, na Assem-bleia Legislativa, o depu-tado Pedro Ruas (PSOL) criticou, em seu primeiro

pronunciamento na Tribuna, a postu-ra das empresas de transporte coletivo de Porto Alegre que solicitaram um au-mento nas tarifas dos ônibus. Confor-me o líder do PSOL, as empresas tive-ram lucros excessivos durante muitos anos, com reajustes sempre acima da inflação, e que “tem gordura” suficien-

te para atuar sem novo reajuste.

O deputado destacou, entretanto, que tem a expectativa positiva em relação à decisão da Justiça no julgamento da Ação Coletiva de sua autoria e de ou-tras lideranças do PSOL, com o objetivo de impedir aumento nas passagens de ônibus de Porto Alegre. Ruas informou que a ação visa, sobretudo, garantir um valor justo aos usuários e levantar a questão da ilegalidade que ocorre no setor, tendo em vista que as empresas

de transporte nunca foram licitadas. “Essas empresas sempre atuaram em forma de cartel, com os empresários de-terminando quem entra e quem sai do sistema, como se fossem donos de um serviço essencial, que precisa ser admi-nistrado pelo poder público”, enfatizou. Conforme Pedro Ruas, até mesmo a li-citação que o Tribunal de Justiça deter-minou que o município realizasse, foi boicotado por essas empresas.

Embora a Justiça tenha negado a li-minar solicitada na ação, cujo objetivo era o de evitar o aumento já solicitado pelas empresas de ônibus, mas ainda não definido pelo Conselho Munici-pal de Transporte e pela Prefeitura, o deputado Pedro Ruas destacou que a ação foi acolhida pela magistrada. “Fi-cou evidente na decisão da magistrada que a Justiça está atenta ao que ocorre, ao sacrifício a que os usuários dos cole-tivos são submetidos, sem ter a quem recorrer”, disse.

Ruas, que está iniciando seu primeiro mandato como deputado estadual, en-fatizou que embora não tenha dados completos, sabe que o problema no transporte coletivo de Porto Alegre não é exclusividade da Capital gaúcha. “Es-tamos avaliando a situação de diversos municípios de onde temos recebido de-núncias da má qualidade, preços exor-bitantes e da falta de licitação, o que a Constituição Federal prevê”, concluiu.

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Conforme Pedro Ruas, o problema no transporte coletivo de Porto Alegre não é exclusividade da Capital gaúcha

Pedro Ruas critica empresas de ônibus, mas afirma ter

esperanças na JustiçaO deputado é autor da Ação Coletiva e de outras lideranças

do PSOL contra o aumentoJurema Josefa

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72 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

ASSEMBLEIA

erca de 200 pessoas ocu-param as galerias da As-sembleia Legislativa para prestigiar a posse do de-putado estadual Marcel

van Hattem (PP), em solenidade ocorrida no dia 10 de fevereiro, no plenário do parlamento gaúcho. O discurso do jovem liberal durou mais de sete minutos e serviu de termô-metro para a postura que promete ao seu mandato. “Fomos governados até há pouco, no Rio Grande, e ainda somos governados, em Brasília, por amigos de ditadores, por defensores de uma ideologia marxista que não deu certo em nenhum lugar do mun-

do”, bradou o novo parlamentar, que foi diversas vezes ovacionado pelo público.

Marcel disse estar honrado com a cadeira, mas não hesitou em pronun-ciar sua preocupação com a situação vigente. Segundo o deputado, o Bra-sil enfrenta três crises relacionadas: política, econômica e moral. “Os partidos políticos e os parlamentos estão nos dois últimos lugares na credibilidade das instituições na opi-nião dos brasileiros”, afirmou. Além disso, complementou: “Sofremos com impostos extorsivos, incompe-tência de maus gestores públicos,

roubalheira descarada do dinheiro dos pagadores de impostos e excesso de amarras que um Estado inchado impõe a todos nós”.

O jovem deputado, que foi destaque por realizar uma campanha proposi-tiva, próxima ao cidadão e com base em compromissos sólidos, afirmou que o trabalho não se faz sozinho. “E sou grato a cada um dos 35.345 eleitores que me dão hoje a oportu-nidade, a alegria e a honra de ocupar uma cadeira neste Parlamento”. Ade-mais, explicou como será a sua retri-buição enquanto parlamentar: “Com a minha voz nesta tribuna e atuação na sociedade buscarei com todos os meus esforços bem representá-los com coerência, correção, transparên-cia e eficiência”.

Ao fim do pronunciamento, o de-putado Marcel, que é formado em Relações Internacionais com espe-cialização em Direito, Economia e Democracia Constitucional pela UFRGS e também mestre em ciência política pela Universidade de Leiden, na Holanda, expôs sua história pes-soal e o motivo do retorno ao Brasil após período estudando, trabalhan-do e vivendo no exterior: “Eu não quero viver em outro país; eu que-ro viver em outro Brasil - um Brasil próspero, democrático, um Brasil livre!”.

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Marcel disse estar honrado com a cadeira, mas não hesitou em pronunciar sua preocupa-ção com a situação vigente. Segundo o deputado, o Brasil enfrenta três crises relacionadas: política, econômica e moral

Marcel van Hattem é empossado

deputado estadualO jovem deputado vai compor a bancada do Partido

Progressista na 54ª legislaturaGustavo Rubert

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72 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

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73EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

OPINIÃO

O legislativo estadual e seu comprometimento com a política pública

A vida política está a exigir de todos um maior compro-metimento com as causas populares.

A cada dia vejo se agiganta-rem os problemas sociais, especialmente aqueles que dependem da ação direta do Estado.

Cada vez mais temos dificul-dades na educação, saúde, transporte, segurança, meio ambiente, setor primário, saneamento, moradia, bem estar social, entre muitos outros.

As contas públicas estão desajustadas, e o déficit nas finanças ameaçam a folha de pagamento dos servidores e a continuidade de serviços essen-ciais.

Na presidência da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, tenho consciência que é preciso e necessário enfrentar estes grandes problemas, que somente será possível com a participação de todos.

Mas para buscar resolver estas dificuldades, en-tendo que devemos unir os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, onde cada um faça o seu papel, sempre buscando através do diálogo, cons-truir soluções para toda sociedade.

A sociedade necessita de respostas imediatas, pois a educação, saúde e segurança, por exemplo, não podem esperar debates prolongados sobre a conveniência de fazer ou deixar de fazer.

O momento é de reflexão e de ação sobre o papel do Es-tado na vida das pessoas, e obviamente o custo finan-ceiro e orçamentário das medidas que se deva fazer para todos.

O parlamento deve assu-mir a liderança para buscar resolver tais desafios, utili-zando sua representativida-de política, discutindo com toda sociedade a mais opor-tuna maneira para melhorar

a prestação dos serviços públicos.

Temos ainda outros grandes desafios, que certa-mente constarão de uma pauta de discussões em Encontros regionais, onde a sociedade como um todo indicará os melhores caminhos para con-templar a solução de seus problemas.

Na condição de presidente da Casa do povo gaú-cho, acredito e tenho esperanças, que construire-mos um ambiente propício, com diálogo franco e objetivo, buscando enfrentar os maiores desafios que nos impõe a realidade.

Com transparência, diálogo e comprometimen-to, farei uma gestão compartilhada com todos os partidos, pois acredito na capacidade de gerir bem, os recursos deste poder.

Um bom exemplo neste sentido a Assembleia gaúcha já deu, pois nos últimos dez anos foi o poder que mais economizou, totalizando mais de 2,4 bilhão dos cofres públicos, em relação a recei-ta corrente líquida.

Edson BrumPresidente da Assembleia Legislativa do RS (PMDB)

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74 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 201574 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

MATÉRIA ESPECIAL

m sessão solene no Plená-rio 20 de Setembro na tarde do último dia 31 de janeiro, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul ins-

talou a 54ª Legislatura (01/02/2015-31/01/2019) e deu posse aos 55 depu-tados eleitos e reeleitos. Também foi eleita - com 53 votos favoráveis e dois contrários - a nova Mesa Diretora para o biênio 2015-2017. Indicado pelo Partido do Movimen-to Democrático Brasileiro (PMDB), conforme acordo pluripartidário, o deputado Edson Brum será o 63º pre-sidente do Parlamento gaúcho desde 1935, data em que o Poder Legislativo do Estado passou a se chamar Assem-bleia Legislativa. Prestigiaram a solenidade autorida-des como o governador do Estado, José Ivo Sartori (PMDB), o presidente do Tribunal de Justiça, desembarga-dor José Aquino Flores de Camargo, o procurador-geral de Justiça, Eduardo de Lima Veiga, o defensor público--geral, Nilton Leonel Arnecke Maria, o presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereador Mauro Pinhei-ro (PT), e o arcebispo metropolitano de Porto Alegre, dom Jaime Spengler.

Nova gestãoEm seu primeiro pronunciamen-

to como presidente da Casa, Edson Brum assegurou que se empenharia para ser o presidente de todos, tendo como norte o respeito à diversidade partidária. “Na democracia partici-pativa, que, nós, políticos, respeita-mos como dogma, as minorias fazem parte do todo e, por tal razão, devem ser ouvidas e respeitadas”, disse. Eleito para o quarto mandato, o par-

lamentar registrou ter vindo de uma família de políticos: o avô materno foi vereador, duas vezes prefeito de Rio Pardo, presidente da Câmara e depu-tado estadual; o avô paterno foi vere-ador; o pai, vereador e vice-prefeito; e o irmão, vereador, vice-prefeito e pre-feito de Rio Pardo. Lembrou momen-tos da sua trajetória política, desde a presidência da Juventude do PMDB, passando pelos cargos no Legislati-

Empossados os novos deputados estaduais e

instalada a 54ª LegislaturaO deputado Edson Brum (PMDB) tomou posse como o

primeiro presidente da nova legislaturaMarinella Peruzzo

EConfira a lista dos deputados empossados: PT Edegar Pretto, Luiz

Fernando Mainardi, Jeferson Oliveira Fernandes, Tarcisio Zimmerman, Valdeci Oliveira, Nelsinho Metalúrgico, Stela Farias, Zé Nunes, Miriam Marroni, Altemir Tortelli, Adão Villaverde.

PMDB Fábio Branco, Edson Brum, Alexandre Postal, Vilmar Zanchin, Gabriel Souza, Álvaro Boessio, Gilberto Capoani, Tiago Simon.

PDT Marlon Santos, Eduardo Loureiro, Gilmar Sossella, Ciro Simoni, Regina Becker Fortunati, Gerson Burmann, Enio Bacci, Dr. Basegio.

PP Silvana Covatti, Pedro Westphalen, Ernani Polo, Frederico Antunes, Adolfo Brito, Sérgio Turra, João Fischer (Fixinha).

PTB Aloísio Classmann, Marcelo Moraes, Ronaldo Santini, Luís Augusto Lara, Maurício Dziedricki.

PSDB Lucas Redecker, Jorge Pozzobom, Pedro Pereira, Adilson Troca.

PSB Elton Weber, Liziane Bayer da Costa, Miki Breier

PCdoB Manuela D’Ávila, Juliano Roso PRB Sergio Peres PSOL Pedro Ruas PSD Mario Jardel PPS Any Ortiz PR Missionário Volnei PPL Miguel Bianchini PV João Reinelli

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75EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

Diante de sua família, colegas deputados e autoridades político-sociais, Edson Brum (PMDB) discursa durante a posse

75EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

vo e no Executivo. Aproveitou para prestar homenagem ao senador Pedro Simon, que hoje encerra sua vida par-lamentar, citando-o como exemplo de conduta: “Político na essência, foi e sempre será nossa inspiração como líder, além de maior exemplo de hon-radez e decência”, disse. Ele concluiu seu pronunciamento com o poema Canção do Tamoio, de Gonçalves Dias: “Não chores, meu fi-lho. Não chores, que a vida é luta re-nhida: Viver é lutar. A vida é combate. Que os fracos abate. Que os fortes, os bravos só podem exaltar.”

Mesa DiretoraPluripartidária, a Mesa Diretora eleita para o biênio 2015-2017 é compos-ta pelos seguintes deputados: presi-dente, Edson Brum (PMDB); 1º vice--presidente, Ronaldo Santini (PTB); 2º vice-presidente, Gilmar Sossella (PDT); 1º secretário, Silvana Covatti (PP); 2º secretário, Edegar Pretto (PT); 3º secretário, Adilson Troca (PSDB); 4ª secretária, Liziane Bayer (PSB). São su-plentes os parlamentares Vilmar Zan-chin (PMDB), Juliano Roso (PCdoB), Sergio Peres (PRB) e Any Ortiz (PPS). A chapa única apresentada, definida por acordo pluripartidário, recebeu 53 votos favoráveis e dois contrários (estes dos deputados Pedro Ruas - PSOL e Miguel Bianchini - PPL).

DespedidaSossella despediu-se da presidência da Casa agradecendo a todos os que nele confiaram. Destacou o amor da família e a fé em Deus que o conduziram em um ano de conquistas, desafios e provações. Foi um ano que passou rápido, parece ter sido mais curto”, disse o parlamen-tar, lembrando eventos como a Copa do Mundo e as eleições gerais. Mesmo com o cronograma apertado, conforme

Sossella, foram obtidas inúmeras vi-tórias. Ressaltou os principais debates que mobilizaram o parlamento, como a renegociação da dívida do Estado (que motivou mais de dez idas a Brasília até a aprovação de projeto no Congresso), a luta pela justa distribuição dos royalties do petróleo e a retomada do debate so-bre o carvão mineral gaúcho. No âmbito do Parlamento, mencio-nou a aprovação do plano de carreira dos servidores da Casa, a adoção do ponto biométrico, o plano de seguri-dade dos parlamentares, a moderni-zação do sistema de iluminação e os cortes de gastos.

Sessão soleneA sessão solene teve início com a exe-cução do Hino Nacional e encerrou-se com o Hino Rio-grandense. Durante a solenidade, os 55 deputados presta-ram o compromisso regimental, lido pelo presidente Sossella, conforme o artigo 7º do Regimento Interno da Assembleia Legislativa: “Prometo manter, defender e cumprir a Consti-tuição do Estado e desempenhar com toda a lealdade e dedicação o manda-

to que me foi confiado pelo povo rio--grandense”. Cada deputado, em pé, ratificou nominalmente a declaração dizendo “assim o prometo”. Após o ato da posse, o presidente declarou instalada a 54ª Legislatura.

Demais presençasTambém acompanharam a solenidade o representante do Comando Militar do Sul, general de Brigada Fernando José Soares da Cunha Mattos; o repre-sentante do V Comar, coronel-aviador Leandro Villanova Mazzuco; o repre-sentante do Comando do 5° Distrito Naval, capitão de fragata João Gilberto de Oliveira; o procurador-geral, Eusébio Fernando Ruschel; o vice-presidente Tribunal de Justiça Militar, juiz-coronel Antônio Carlos Maciel Rodrigues; o corregedor-geral do Tribunal de Con-tas, conselheiro Adroaldo Loureiro e o procurador-geral do Ministério Público Especial de Contas, Gerado Costa Da Camino, representantes do Poder Ju-diciário, de entidades classistas e sindi-cais, secretários de Estado, reitores de universidades, prefeitos, vice-prefeitos, embaixadores e comitivas vindas do in-terior do Estado.

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Edson Brum, novo presidente da ALRS

O deputado peemedebista é o primeiro presidente da 54ª legislatura. Sua posse foi marcada por momentos de emoção e homenagens, diante da

presença maciça das principais autoridades do estadoPaulo Batimanza

Plenário lotadoCada centímetro do espaço do Plenário 20 de setembro foi disputado por jornalistas, fotógrafos e autoridades presentes

Emoção em dose duplaPouco antes de assumir, Brum, emocionado, recebe o carinho dos filhos Matheus e João Felipe

Tudo certo !Edson Brum, que trilhou todos os degraus dentro do PMDB, desde a JPMDB, a presidência do partido e agora, no auge de sua carreira pública, realiza o sonho de presidir a ALRS

Presidentes UnidosPresidente da UVB, Gilson Conzatti (PMDB) também prestigiou a posse do amigo

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Casal CovattiSilvana e Vilson Covatti, juntos na posse do amigo. Segundo acordo, a deputada se tornará a primeira mulher a presidir a Casa

Gravataí presenteMarco Alba (PMDB), prefeito de Gravataí, amigo e colega de Edson Brum, fez questão de prestigiar a posse

Piratini e ALRSEx-presidente da ALRS e próximo presidente da UNALE, Alexandre Postal (PMDB) saúda o amigo João Carlos Mocelin, chefe de governo de José Ivo Sartori

Elton WeberO ex-presidente da Fetag, agora deputado estadual pelo PSB, com os filhos Pedro e Paula

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FLASH

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Prefeito FortunatiPrefeito da capital encontra o amigo, deputado Aloísio Classmann (PTB), minutos antes do início da cerimônia

Gilmar SossellaO deputado reeleito ,em seu discurso, ainda como presidente, faz um balanço das principais ações de sua gestão e aproveita para saudar o novo presidente

SindifiscoPresidente Celso Malhani, presente durante a posse, cumprimenta o novo presidente da ALRS

Liziane BayerA bela deputada do PSB, que ocupará a mesa diretora como 4ª secretária, era só alegria durante a posse da 54 ª legislatura

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Momento históricoGilmar Sossella entrega a caneta para Edson Brum assinar o termo de posse

Emoção em dose triplaA esposa, Aline Goulart Severo e os filhos Matheus e João Felipe, se emocionam durante o discurso de Brum

Tiago SimonEleito para seu primeiro mandato, o filho do senador Pedro Simon, junto do novo presidente da ALRS

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80 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 201580 EM EVIDÊNCIA | Ano 5 - Nº 46 - 2015

MUNICÍPIOS

os 52 anos, o Hospital Nossa Senhora das Gra-ças (HNSG) viveu uma manhã histórica no últi-mo dia 18 de fevereiro,,

quando foi assinado um Protocolo de Cooperação Técnica entre a Pre-feitura e a Associação Beneficente de Canoas (ABC), mantenedora da instituição. O objetivo foi alterar o modelo de governança do HNSG e dar início à transição para um novo modelo de gestão. A assinatura, feita pelo prefeito Jairo Jorge e o presi-dente da ABC, Osório Biazus, ocor-reu no auditório do HNSG.

O Protocolo prevê a mudança estatu-tária da mantenedora e constitui um Conselho de Administração compos-to por três membros do Município - um representante do Gabinete do Prefeito (o secretário especial da Co-ordenadoria de Integração Institu-cional, Luiz Possebon), o secretário municipal da Saúde, Marcelo Bósio, e o secretário municipal da Fazenda, Marcos Bosio - e pelo presidente, te-soureiro e secretário da ABC.

O instrumento estabelece o início imediato do processo de transição com a formação de um conselho ge-rencial para o HNSG, nos mesmos moldes do Conselho de Administra-ção, até que ocorram as alterações

Hospital Nossa Senhora das Graças tem novo modelo de gestãoA assinatura, feita pelo prefeito Jairo Jorge (PT) e o presidente da ABC,

Osório Biazus, ocorreu no auditório do HNSGLuiz Roese

Na cerimônia, o prefeito Jairo Jorge (PT) destacou a evolução do HNSG desde 2009, quando co-meçou a parceria com o Município. Antes disso, lembrou ele, o hospital chegou a ficar oito meses sem receber recursos públicos em 2008 e fechou durante seis meses

Foto: Divulgaçao

AFoto: Divulgação/PMC

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estatutárias pactuadas. Coube ao Município indicar a nova direção do HNSG para esse período. O novo su-perintendente do hospital é Carlos Eduardo Ribeiro, que atua na área de administração hospitalar desde 1997 e estava à frente do Hospital Regio-nal de Chapecó (SC).

O novo diretor técnico é o médico Ro-gério Caruso Bezerra, tendo como ad-junto o médico Luis Fernando Schulz.

O processo de transição será con-

cluído com a criação do Conselho de Administração e com a definição da diretoria do HNSG. Nesse momento, haverá a extinção do conselho geren-cial.

A iniciativa busca o fortalecimento institucional da ABC, para que pos-sa enfrentar os desafios operacionais do hospital e manter o processo de melhoria e ampliação dos serviços oferecidos. O novo modelo de admi-nistração visa à transparência para o gestor da saúde e para a sociedade, com atuação em rede e plenamente integrado às demais instituições do gênero.

Na cerimônia, o prefeito Jairo Jorge destacou a evolução do HNSG des-de 2009, quando começou a parceria com o Município. Antes disso, lem-brou ele, o hospital chegou a ficar oito meses sem receber recursos públicos em 2008 e fechou durante seis meses.

O prefeito deu exemplos, como as 10.627 internações em 2014, contra 9.663 em 2012. Se o período abran-gido pela comparação for ampliado, a diferença é ainda maior. Em 2014, de financiamento do SUS, foram repas-sados R$ 69,53 milhões ao HNSG pe-los governos federal, municipal e es-tadual, contra R$ 22,64 milhões em 2009. Em consultas, foram 89.958 em 2014 contra 33.965 em 2009.

Além disso, Jairo Jorge lembrou que, em três anos, o HNSG foi contempla-do com recursos do Orçamento Par-ticipativo (OP) e que a ABC foi a pri-meira contemplada com indicação de investimentos pelo programa Bairro Melhor - pelo qual a população deci-de onde deve ser investido parte de seu IPTU.

Mais serviços virãoO prefeito ressaltou que a mudança

Foto: Divulgaçao

de gestão no HNSG é para poder am-pliar os serviços do hospital, tanto no SUS, quanto na área de convênios, e que a administração será feita de for-ma conjunta com a ABC. “Queremos que o hospital possa estar vivo e for-te pelos próximos 50 anos. O Hospi-tal Nossa Senhora das Graças é uma conquista da cidade. Não podemos jogar os problemas para os outros”, disse o prefeito, prevendo que será possível ampliar o número de servi-ços e leitos no Gracinha.

O pacto leva em conta o processo de qualificação assistencial do HNSG, que precisa ser mantido e aprimora-do. Além disso, houve crescimento da área de atuação do hospital nos úl-timos anos, constituindo-se em uma instituição estratégica para o atendi-mento da população de Canoas e da região, tanto no SUS, como em di-versos convênios. Considera, ainda, a abrangência dos contratos manti-dos com o Município, que envolvem atenção básica, farmácias, unidades de pronto atendimento (UPAs) e ser-viços especializados.

Também participaram da cerimô-nia a vice-prefeita, Beth Colombo, o secretário municipal de Saúde, Marcelo Bósio, o secretário muni-cipal da Fazenda, Marcos Bosio, o secretário municipal de Relações Institucionais, Célio Piovesan, o secretário municipal de Planeja-mento e Gestão, Fábio Cannas, o presidente da Fundação Municipal de Saúde de Canoas, Mauro Gue-des, o secretário municipal adjunto de Comunicação, Luciano Ribas, o secretário de Relações Federativas, Jorge Branco, o presidente do Con-selho Municipal de Saúde, Mário Dhein, o secretário municipal ad-junto de Saúde, Anderson Fraga, o presidente da Câmara, Paulo Ritter e o vereador Patrício, além do pre-feito e do presidente da ABC.

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Marcelo Lemos DornellesSubprocurador-Geral de Justiça

para Assuntos Institucionais

Todos os gaúchos vêm acompanhando os sérios pro-blemas que o Rio Grande do Sul atravessa nas últimas décadas. As limitações orçamentárias prejudicam a realização de projetos estratégicos indispensáveis à efetivação de direitos fundamentais. A falta de investi-mento em questões de infraestrutura tem imobilizado o desenvolvimento econômico e social do Estado. Há uma injusta partição tributária que atravanca o pro-gresso do Estado e dos Municípios. O governo Fede-ral centraliza a maior parte da arrecadação de impostos, deixando-os reféns de con-vênios para repasse de ver-bas públicas, prejudicando a autonomia política desses entes, deteriorando o pacto federativo. Graves lacunas sociais deixam tantos gaú-chos, especialmente os mais jovens, descrentes de um fu-turo melhor. Acredito seria-mente que a instituição do Ministério Público tem po-der para minimizar essas ad-versidades e o dever social de somar esforços para que o Rio Grande seja mais. Tenho certeza de que nós Promotores e Procuradores de Jus-tiça, apesar de estarmos muitas vezes sobrecarregados, ainda podemos e queremos aumentar nossa parcela de contribuição. Para que isso realmente aconteça, preci-samos adotar um modelo de gestão institucional que mobilize o Ministério Público a tornar concreta a inte-

ração de todos os setores da sociedade para a implanta-ção de políticas públicas essenciais à concretização dos direitos constitucionais. Em uma integração solidária e eficiente que promova a ética, o desenvolvimento e o capital social, com a correspondente otimização dos recursos humanos e maximização das disponibilida-des financeiras de todos os entes envolvidos na cena política do Estado. Essas premissas são fundamentais para a compreensão do Ministério Público na atualida-

de. Somos conhecidos por nossa efetiva atuação nas atividades fins da Instituição, como o com-bate à corrupção, o enfrentamen-to da criminalidade, a defesa do meio ambiente, dos direitos dos consumidores, da probidade ad-ministrativa, dos direitos huma-nos, das crianças, dos adolescen-tes, dos idosos, dos deficientes físicos, enfim, de toda ordem de direitos inerentes à coletividade. Por outro lado, somos uma Ins-tituição que conta atualmente com quase 700 membros, mais de 1.700 servidores, centenas

de estagiários, servidores terceirizados, necessitando cada vez mais conhecimento e instrumentos de gestão para o melhor aproveitamento dessa força de trabalho. Há alguns anos o Ministério Público fez o seu mapa estratégico e vem trabalhando com gestão, sistemas e projetos em cada uma de suas áreas de atuação, priori-zando as demandas de interesse da sociedade.

A visão estratégica do Ministério Público

“A falta de investimento em questões de infraestrutura

tem imobilizado o desenvolvimento

econômico e social do Estado. Há uma injusta partição tributária que

atravanca o progresso do Estado e dos Municípios”

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