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1 Boletim 1032/2016 – Ano VIII – 29/07/2016 Em greve, técnicos do BC querem aprovação de projeto de lei - Técnicos do Banco Central (BC), em greve há 18 dias, aguardam a sanção de lei que prevê, além de aumento salarial para os servidores, a modernização da carreira com exigência de nível superior para acesso ao cargo. O projeto de lei prevê reajuste de 27,9%, dividido em quatro anos. Em agosto deste ano, haverá reajuste de 5,5% e, em janeiro dos anos seguintes, os percentuais serão de 6,99%, 6,65% e 6,31%. No último dia 15 de julho, o Banco Central enviou ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, um aviso ministerial em que apoia a chamada modernização da carreira. Segundo o documento, a mudança legislativa, aprovada no Congresso Nacional, traduz o resultado de mais de 12 anos de negociações entre o Ministério do Planejamento, o BC e as entidades representativas dos servidores. O BC diz que os servidores têm "legítima expectativa" quanto à sanção do projeto. O documento, assinado pelo diretor Anthero de Moraes Meirelles, que, na época, era presidente interino do BC por conta de viagem do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, cita parecer jurídico que concluiu que a exigência de nível superior de escolaridade é constitucional, não havendo problemas jurídicos com a sanção da lei. O BC recomenda que os dispositivos da lei relativos aos seus servidores sejam integralmente sancionados. Na noite da última terça-feira, Goldfajn defendeu a modernização da carreira em reunião com ministro interino do Planejamento, Dyogo Henrique de Oliveira, segundo informou a assessoria de imprensa do BC. Para Goldfajn, a situação do Banco Central "é diferenciada". Ontem, o presidente da autoridade monetária se reuniu com o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que se posicionou contrário à exigência de nível superior para acesso ao cargo de técnico do BC, durante a tramitação do projeto de lei no Senado Federal. "Desde a criação desses cargos essa exigência jamais foi condição para ingresso nos mesmos ou seu exercício. A modernização, além disso, poderia ser vista como criação de cargo novo", disse o senador, no requerimento que pedia a votação em separado das

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Boletim 1032/2016 – Ano VIII – 29/07/2016

Em greve, técnicos do BC querem aprovação de projeto de lei

- Técnicos do Banco Central (BC), em greve há 18 dias, aguardam a sanção de lei que prevê, além de aumento salarial para os servidores, a modernização da carreira com exigência de nível superior para acesso ao cargo.

O projeto de lei prevê reajuste de 27,9%, dividido em quatro anos. Em agosto deste ano, haverá reajuste de 5,5% e, em janeiro dos anos seguintes, os percentuais serão de 6,99%, 6,65% e 6,31%.

No último dia 15 de julho, o Banco Central enviou ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, um aviso ministerial em que apoia a chamada modernização da carreira. Segundo o documento, a mudança legislativa, aprovada no Congresso Nacional, traduz o resultado de mais de 12 anos de negociações entre o Ministério do Planejamento, o BC e as entidades representativas dos servidores. O BC diz que os servidores têm "legítima expectativa" quanto à sanção do projeto.

O documento, assinado pelo diretor Anthero de Moraes Meirelles, que, na época, era presidente interino do BC por conta de viagem do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, cita parecer jurídico que concluiu que a exigência de nível superior de escolaridade é constitucional, não havendo problemas jurídicos com a sanção da lei. O BC recomenda que os dispositivos da lei relativos aos seus servidores sejam integralmente sancionados.

Na noite da última terça-feira, Goldfajn defendeu a modernização da carreira em reunião com ministro interino do Planejamento, Dyogo Henrique de Oliveira, segundo informou a assessoria de imprensa do BC. Para Goldfajn, a situação do Banco Central "é diferenciada".

Ontem, o presidente da autoridade monetária se reuniu com o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que se posicionou contrário à exigência de nível superior para acesso ao cargo de técnico do BC, durante a tramitação do projeto de lei no Senado Federal.

"Desde a criação desses cargos essa exigência jamais foi condição para ingresso nos mesmos ou seu exercício. A modernização, além disso, poderia ser vista como criação de cargo novo", disse o senador, no requerimento que pedia a votação em separado das

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emendas que previam a exigência de nível superior para acesso ao cargo de técnico do BC, do Tesouro Nacional e do Ministério do Controle e Transparência.

O presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central (SintBancen), Willekens Brasil, afirmou que o prazo para sancionar a lei é 5 de agosto. Entretanto, para que haja impacto financeiro em agosto, o regulamento precisaria ser sancionado ainda hoje pelo presidente interino Michel Temer. /Estadão Conteúdo

Criação de empresas no País avançou 3,5% no ano até maio

- No acumulado dos cinco primeiros meses de 2015, foram criadas 851.083 novas empresas, 3,5% a mais do que o registrado em igual período de 2015. Em maio, surgiram 176.108 negócios, aumento de 1,2% em relação ao mesmo mês do ano passado.

De acordo com os economistas da Serasa Experian - entidade que elaborou o levantamento -, o aumento de novas empresas no acumulado de 2016 até o quinto mês foi puxado exclusivamente pelo surgimento de novos microempreendedores individuais (MEIs).

Segundo eles, esse movimento tem sido determinado, principalmente, pelo avanço do desemprego no País por causa da recessão econômica, o que, por sua vez, impulsionaram trabalhadores desempregados a buscarem, de forma autônoma e formalizados, alternativas econômicas para a geração de renda.

Conforme os dados divulgados ontem, no período analisado, o número de microempreendedores individuais totalizou 683.779, 9,9% a mais do que no acumulado até maio de 2015, quando 622.397 novos MEIs surgiram. Em maio de 2016, o número de MEIs alcançou 143.007, alta de 7,8% sobre maio de 2015. /Agência Brasil

(FONTE: DCI dia 29/07/2016)

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(FONTE: Valor Econômico dia 29/07/2016)

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Brasil, refém da CLT? Para voltar a crescer o País deve se livrar das raí zes que o prendem ao Estado Novo ALMIR PAZZIANOTTO PINTO*

O Brasil tornou-se refém da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A convivência de 73 anos desgastou-se. O divórcio é inevitável. Como nas velhas famílias, a separação enfrentará dificuldades. Para ambos, porém, é melhor que cada um tome o seu caminho. A CLT se reunirá ao Código Civil de 1916 e aos Códigos de Processo Civil de 1939 e 1973, que prestaram bons serviços, mas estavam superados. Foi redigida em 1942 por intelectuais de gabinete, para um país agrário cujo parque industrial se reduzia a médias e pequenas empresas familiares e onde escasso proletariado reivindicava simplesmente redução das horas de trabalho. Tudo se importava, de máquinas operatrizes a veículos, de ferramentas a bacias de privada, de pincel a barbeador. Desaparelhados de informações colhidas do contato com a realidade, os integrantes da comissão elaboradora – Luiz Augusto do Rego Monteiro, José de Segadas Vianna, Dorval de Lacerda e Arnaldo Sussekind – não se acanharam: legislaram sobre tudo, das definições erradas de empregador e empregado a grupo econômico, identificação profissional, jornada de trabalho, salário mínimo, férias, higiene e segurança, operadores cinematográficos, serviço ferroviário, estiva, proteção ao trabalho da mulher e do menor, contrato individual, organização sindical, contrato coletivo, Justiça do Trabalho. Para concluir, anexaram à CLT arbitrário quadro de atividades e profissões, separando empregadores e trabalhadores em categorias econômicas e profissionais. Bons exemplos de dispositivos que agridem a realidade são o parágrafo primeiro do artigo 2.º, que define a figura do empregador, e o parágrafo único do artigo 3.º, que traça o perfil do empregado. O primeiro equipara a empresa que objetiva lucros com “os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos”; o segundo rejeita distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, ou entre o trabalho intelectual, técnico e manual. A CLT põe, portanto, em pé de igualdade a instituição financeira e a Fundação Hospital do Câncer, a empresa petrolífera e a Santa Casa de Misericórdia, o supermercado e a bodega, a montadora e a serralheria. Ignora que o executivo, cuja gorda remuneração mensal é complementada por milionários bônus no final do ano, é inconfundível com o peão que percebe salário mínimo.

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Confinados em gabinete no Rio de Janeiro, os autores da CLT legislaram no vácuo, tomando teses eruditas como fatos comprovados, como diria Oliveira Vianna. Ignoraram que preparavam lei de alcance nacional e uniforme. Seria a mesma para capitais e lugarejos sem indústria, sem emprego, sem dinheiro, sem trabalho; bolsões de miséria à espera do milagre do desenvolvimento que até hoje não chegou. A suposição de que se tratava de obra perfeita e definitiva levou o ministro do Trabalho Alexandre Marcondes Filho, em arroubo de vaidade e bajulação, a escrever na exposição de motivos ao presidente Vargas: “No relatório elaborado pela Comissão respectiva que corresponde a um prefácio admirável de uma obra monumental, e no qual se filia a presente exposição de motivos, encontrará Vossa Excelência minucioso e brilhante estudo de doutrinas, dos sistemas, das leis, dos regulamentos e das emendas sugeridas, comprovando que a Consolidação representa um documento resultante da intuição do gênio com que Vossa Excelência vem preparando o Brasil para uma missão universal”. Como explicar a longevidade da CLT, obra da ditadura de 1937, sobrevivente das Constituições democráticas de 1946 e 1988? Justifica-se porque, entre 1937, 1946 e 1988 não houve ruptura, mas conciliação de interesses convergentes. Veja-se o caso de Getúlio Vargas: deposto em 29 de outubro de 1945, ficou confinado em São Borja, mas foi eleito em 2 de dezembro para a Câmara dos Deputados e para o Senado, sem fazer campanha. Seu apoio, como revela a História, foi decisivo para a eleição do general Gaspar Dutra e a derrota do brigadeiro Eduardo Gomes. Voltou à Presidência da República nas eleições de 1950, para deixar o governo pelo suicídio em agosto de 1954. Em aparente rompimento com a ditadura, a Constituição de 1946 determinou a liberdade de associação profissional ou sindical e reconheceu o direito de greve. Por inércia do Poder Legislativo e desinteresse do Executivo, nada aconteceu. A CLT manteve-se intacta, com os dispositivos referentes à estrutura sindical fascista. Quanto ao direito de greve, foi preventivamente reprimido por decreto-lei de Dutra. Com a Constituição de 1988 a situação piorou. Apesar de assegurar a liberdade de associação sindical, conservou o monopólio de representação, a divisão em categorias, a estrutura verticalizada, manteve a contribuição obrigatória e, de quebra, instituiu a taxa para custeio do sistema confederativo. No plano da legislação trabalhista, Arnaldo Lopes Sussekind foi a presença dominante desde 1943. Serviu de maneira exemplar à ditadura de Vargas. Restabelecido formalmente o regime democrático, conservou o prestígio intacto. Em abril de 1964 foi nomeado ministro do Trabalho pelo Alto Comando Revolucionário, cargo que ocupou até ser designado ministro do Tribunal Superior do Trabalho, em dezembro de 1965, pelo presidente Castelo Branco. Representou o Brasil em dezenas de reuniões da Organização

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Internacional do Trabalho. Em 1979 presidiu comissão interministerial incumbida de apresentar projeto de atualização da CLT, da qual resultou cartapácio de 922 artigos e 24 anexos, condenado ao esquecimento por fulminante matéria da revista Veja. Para voltar a crescer o Brasil deve se livrar das raízes que o prendem ao Estado Novo. Divorciar-se da era Vargas, começando pela revisão profunda da CLT. Ou conviver com o atraso, o subdesenvolvimento e o desemprego. * ALMIR PAZZIANOTTO PINTO É ADVOGADO, FOI MINISTRO DO TRABALHO E PRESIDENTE DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

A luta pela boquinha sindical É por essa razão que as principais centrais sindica is do País começam a se organizar para, em conjunto, impedir que o governo do presidente em exercício Michel Temer leve adiante uma necessária reforma trabalhista Quando se trata de atravancar qualquer iniciativa que possa significar a modernização e a racionalização das relações de trabalho, os chefões dos sindicatos esquecem até mesmo as mais agudas rivalidades políticas que os separam. Sabem que precisam unir forças para manter inalterada uma situação que confere aos sindicatos um enorme poder e abundantes recursos. É por essa razão que as principais centrais sindicais do País começam a se organizar para, em conjunto, impedir que o governo do presidente em exercício Michel Temer leve adiante uma necessária reforma trabalhista. A mais recente adesão a esse movimento é a da Central Única dos Trabalhadores (CUT), braço sindical do PT. O presidente da CUT, Vagner Freitas, informou que, depois que o processo de impeachment for encerrado, engrossará as fileiras dos que pretendem “negociar” com o governo os termos da reforma – em outras palavras, pressionar o Planalto, sob ameaça de infernizar a vida dos brasileiros em geral com greves e piquetes, para manter a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) exatamente como está, como se o País ainda estivesse na década de 40 do século passado. “Depois que (o impeachment) passar no Senado, nós vamos negociar, com Temer ou com Dilma”, informou Freitas, segundo o jornal Valor. Pode-se dizer que tal disposição – ainda que o verbo “negociar”, na boca dos capi da CUT, frequentemente tenha o mesmo sentido que “chantagear” – é uma

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mudança significativa em relação às atitudes dos sindicalistas do PT até aqui. Em primeiro lugar, o líder da CUT admite conversar com Temer, cujo governo a central diz considerar “ilegítimo” e contra quem Vagner Freitas havia prometido mobilizar os trabalhadores para “ir para as ruas entrincheirados, com armas na mão”, caso o impeachment avançasse. Agora, ao aceitar “negociar” com Temer, Freitas sinaliza que a CUT reconhecerá o governo do peemedebista, abandonando, na prática, a patacoada segundo a qual está em curso um “golpe” contra a presidente Dilma Rousseff. No entanto, o que poderia ser sintoma de amadurecimento da CUT nada mais é do que o recorrente oportunismo sindical. Diante da constatação de que as demais centrais sindicais já estão na mesa de negociação com Temer há algum tempo, a CUT parece ter percebido que ficaria isolada, sem nenhuma influência sobre os desdobramentos desse processo, restando-lhe a patética defesa de Dilma, por quem, aliás, os sindicalistas do PT jamais morreram de amores. Nos cálculos da CUT, portanto, a eventual lealdade que a central ainda pudesse nutrir em relação à governante petista foi preterida pelo mister de preservar seu poder. E isso implica juntar-se a velhos rivais, especialmente a Força Sindical, com quem a CUT disputa espaço desde os anos 90, quase sempre em campos políticos opostos. Agora mesmo, enquanto a CUT jurava defender Dilma com unhas e dentes, a Força Sindical alinhava-se a Temer. Mas, sendo esse o sindicalismo de resultados, nem tudo é tão simples. Do mesmo modo que a CUT começa a abandonar Dilma, o apoio da Força Sindical a Temer muitas vezes se assemelha a oposição, com direito inclusive a ameaças de greve geral. Tudo isso porque o governo Temer pretende encaminhar ao Congresso uma proposta de reforma que atualize a CLT, para fazer a legislação acompanhar a modernização tecnológica, que alterou as relações de trabalho, e privilegiar o negociado em relação ao legislado, fortalecendo a negociação coletiva e permitindo que cada setor produtivo encontre as melhores soluções para cada caso. É claro que uma reforma assim, se levada adiante, pode representar risco para o poder quase imperial que as centrais sindicais exercem sobre o mercado de trabalho. Para essa turma, pouco importa se as mudanças visam a criar mais empregos, pois a preocupação dos sindicatos não é com os 11 milhões de desempregados atualmente no País, e sim com a manutenção de um sistema que lhes dá o monopólio da negociação trabalhista e é sustentado, na marra, pelos assalariados, gente que, ao contrário dos sindicalistas, tem de trabalhar para viver. (FONTE: Estado de SP dia 29/07/2016)

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