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preço 1*00 Quinta-feira, 14 de Julho de 1955 Ano I - N.° 19 Proprietário, Administrador e Iditor V. S. M O T T A P I N T O REDACÇAO E ADMINISTRAÇÃO - RUA JOSÉ JOAQUIM MARQUES, 48 - A ---------------------------- M O N T I J O ---------------------------- COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO - TIPOGRAFIA «GRAFEX* - MONTIJO DIRECTOR RUY D E M E N D O N Ç A m ALCOCHETE Apoia a criação da Escola Técnica Em MONTIJO Com a devida vénia transcrevemos na integra o editorial do nosso colega «A Voz de Alcochete» inserto no n.° 84 de Junho findo, por o acharmos muito oportuno e insuspeito documento a valorizar as nossas pretensões. Felicitamos o seu autor, pela larga e inteligente visão que tem do assunto e oxalá dentro em pouco, ambos os concelhos possam regosijar-se com a criação da Escola Técnica no Montijo. As autoridades e as forças vivas do concelho nosso vizi- nho estão justamente empenhadas no pedido de criação no Montijo de uma escola de ensino técnico. O concelho de Alcochete, por variadíssimas razões, não pode ficar indiferente a esse compreensível movimento. Analisemo-las. Em primeiro lugar, falemos de nòs próprios. Não é raro completarem a instrução primária, rapazes e raparigas de Alcochete cuja inteligência e dedicação para o estudo mereciam indubitàvelmente uma sequência comple- mentar de ensino. Faz pena cortar definitivamente a vocação, felizmente bastante frequente para os estudos, a quem a possuí em alto grau. Razões materiais impedem quase sempre a realização do desejo dos pais e dos alunos. Em Alcochete, o caminho do sal ou do rio, é aquele que muitas vezes aparece a quem (são tantos I) largam os livro a sonhar alto com uma exis- tência intelectual e profissional que lhes abriria caminhos mais largos. Uma escola técnica — comercial e industrial — no vizinho concelho do Montijo, seria um horizonte mais amplo, para onde olhariam com entusiasmo os bons alunos e alunas das escolas do nosso concelho. E o seu entusiasmo venceria a distância que separa Alcochete do Montijo, sobretudo porque um serviço acessível de transportes colectivos liga felizmente as duas sedes dos concelhos vizinhos. Mas, assente que a população escolar do Montijo seria inevitàvelmente reforçada com o contingente dos jovens al- cochetanos que ali procurariam o seu aperfeiçoamento inte- lectual e profissional, está fora de contestação a afirmação de que a natureza e a importância ão concelho do Montijo justificam plenamente a criação de uma escola de ensino profissional. A apresentação ão problema às altas entidades compe- tentes merece sempre o apoio e a solidariedade do concelho de Alcochete. Mas, para além das realidades presentes, pode alguém imaginar o que será, dentro de curtos anos, o desenvolvi- mento da região dos dois concelhos no campo das instala- ções industriais? Mais de uma vez temos dito e escrito : o porto de Lisboa deitou as suas vistas para a zona marginal do concelho de Alcochete. Em parte alguma do estuário do Tejo, o estabelecimento de novas indústrias encontra melhores zonas disponíveis. O progresso industrial da região pode ser uma reali- dade impressionante de um momento para o outro: basta que se dê o primeiro sinal que actuará como lume num ías- tilho... Nesta cruzada de progresso, o concelho do Montijo conta com a nossa inteira solidariedade. A MODA EM PARIS Um lindo vestido e uma encantadora parisiense Fotos de: GUY LE BOYER INA BANDY recebidas directa- mente de Paris para «A Pro- vincia» ALARME NOS CAMPOS Do Sr. Raul Mineiro, nosso dedicado assinante desde a primeira hora, e figura muito conhecida e considerada no Concelho, recebemos a carta a que damos publicidade, jun- tando a nossa voz ao apelo formulado no sentido de se acudir a tempo á ameaça que se desenha nos campos do Ribatejo. E x.mo Sr. Venho pedir a V. Ex a — e só posso justificar-me pela certeza da vossa bondade — que me auxilie no grito de alarme que já iancei e não foi ouvido, e é necessário que se oiça antes que seja demasiado tardio o remédio. Creio mesmo que irrepa- ráveis prejuizos já se darão este ano e que bem se pode- riam ter evitado. E’ que uma praga de gafa- nhotos nascidos e criados nos terrenos da Malhada de Meias, Carreira de Tiro de Alcochete e de Samuel San- tos Jorge estão devastando por enquanto apenas as pas- tagens mas são em tal quan- tidade e extensão que só os serviços oficiais do Estado poderão exterminar de acordo com os processos e regras internacionalmente acordadas. Escuso de encarecer a gravidade do caso pois todos conhecem a faculdade de reprodução de tais insectos e as devastações que veem a causar. Agradecendo desde já a vossa contribuição para que o alarme chegue ao conhe- cimento do Ex.mo Sr. Subse- cretário da Agricultura, creia-me muito grato e dedi- cado assinante. Com muito consideração, subscrevo-me Atenciosamente Raul Alves Mineiro 0 BI-HARRI O Grupo Bi-Harri que virá no próximo ano a Portugal, pela segunda vez. Na gravura os com- ponentes do B I - H A R R I no Instituto Francês, no Porto, pelo Carnaval deste ano. Haverá possibilidades de vir o Bi-Harri ao Montijo ? Esta Companhia de Arte popular das Vas- congadas é de fama in- ternacional. A CRIANCÀ f 0 MUNDO A’ mãe e professora D. Marieta Correia A criança faz-ncf^ sentir muitas vezes o íiosso pró- prio «EU» ferido, ao obser- vármos delicadamente o ín- timo de nós mesmos. Ela, dá-nos inúmeras oportunidades de observar- mos a direcção de um ca- minho com mais atenção e cuidado, j u l g a n d o deste modo detê-la de menores perigos, quando através dessa corrente cautelosa, a criança no seu «à vontade» nem sempre inconsciente, dá-nos uma maior confiança, uma sensação de indiferença ou ousadia por tudo quanto nos pudesse surgir de ines- perado e mau. O espírito da criança é extraordinàriamente obser- vador e meticuloso. Crianças há, com uma admirável pre- cisão em tudo o que fazem. Inumeremos as crianças de sexo feminino. Quando des- por Minda Pires perta em si, o interesse pelo conhecimento do que as ro- deia, mal lhe apresentam uma boneca, a vivacidade de i n t e r e s s e que nasce na criança, podemos crer, não só porque lhe era então, to- talmente desconhecido, mas porque a acicatar a sua pró- pria e nata inteligência, pre- tendendo conhecê-la, escan - galhá-la, a fim de a distin- guir melhor em todos os seus pormenores, curiosidade esta posta de parte pela grande maioria dos adultos. (Continua na página 6) O NOSSO NUMERO ESPECIAL Longe já do bulício das Festas, algumas observações são necessárias jazer acerca do número especial que pu- blicámos em 23 de Junho p. p. Autêntico êxito, conjir- mado por inúmeras opiniões insuspeitas, o referido nú- (Continua na página 3) r()ai tez inteiiiifieada a luta contra a tuberculose, em todo o distrito de Setúbal O Ex.mo Sr. Governador Civil, Dr. Miguel Bastos teve a gentileza de convidar os representantes da Im- prensa distrital, para uma reunião no seu gabinete afim de dar conhecimento das medidas que vão ser toma- das para se debelar o terrí- vel mal da tuberculose e cooperarmos na mesma ini- ciativa. Dentro de um plano que abrange todo o país e atra- vés das entidades superiores de cada distrito, brigadas médicas da A. N. T. estão dedicando o melhor do seu saber para dar combate ao terrível flagelo da humani- dade: a tuberculose. Para o nosso distrito veio um carro da Brigada de Radiorastreio, que composta por uma equipa médica com- petente, que após a aprecia- ção de todos os casos, aplica a vacinação pelo B. C. G. O nossoGqvernador Civil, (Continua na página 7) 0 problema da travessia do Tejo ( Continuação) O actual serviço de ferry- -boats entre a Vila do Montijo e o Cais do Sodré, com um percurso de 15 quilómetros e ^4 carreiras diárias apenas, nada tem que ver com o projecto de que nos acupamos. Outras vantagens impor- tantes apresenta o local es- colhi d o para estabeleci- mento da nova carreira de ferry-boats. A travessia do Tejo entre Xabregas e 0 Montijo tem lugar numa zona do rio onde quase não há nave- gação e os fundos têm grande altura de água, superior a 7,00 abaixo de zero hidro- gráfico, fazendo-se portanto sem sujeições provenientes, quer de balisas, quer de navios ancorados, vanta- gens estas de particular in- teresse em ocasião de ne- voeiro. (Continua na página 6)

Em MONTIJO · Fotos de: GUY LE BOYER INA BANDY recebidas directa ... que me auxilie no grito de alarme que já iancei e não foi ouvido, e é necessário que se oiça antes que seja

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preço 1 *0 0 Quinta-feira, 14 de Julho de 1955 Ano I - N.° 19

Proprietário, Administrador e Iditor

V . S. M O T T A P I N T O

REDACÇAO E ADMINISTRAÇÃO - RUA JOSÉ JOAQUIM MARQUES, 48 - A ---------------------------- M O N T I J O ----------------------------COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO - TIPOGRAFIA «GRAFEX* - MONTIJO

D I R E C T O R

R U Y D E M E N D O N Ç A m

ALCO CHETEApoia a criação da Escola Técnica

Em MONTIJOCom a d e v id a v é n ia tr a n s c r e v e m o s n a in t e g r a o e d ito r ia l do

nosso c o le g a «A V o z d e A lc o c h e te » in s e r t o n o n .° 8 4 de J u n h o findo, p o r o a c h a r m o s m u ito o p o r tu n o e in s u s p e ito d o c u m e n to a valorizar as n o ssa s p r e te n s õ e s .

F e lic i ta m o s o se u a u t o r , p e la la r g a e in t e l ig e n te v isã o q u e te m do a ssu n to e o x a lá d e n tr o em p o u c o , a m b o s o s c o n c e lh o s p o ssa m re g o s ija r -se c o m a c r ia ç ã o da E s c o la T é c n ic a n o M o n t i jo .

As autoridades e as forças vivas do concelho nosso vizi­nho estão justam ente em penhadas no p ed id o de criação no Montijo de uma escola de ensino técnico.

O concelho de Alcochete, p o r variadíssim as razões, não pode ficar indiferente a esse com preensível movimento.

Analisem o-las.Em prim eiro lugar, fa lem os de nòs próprios.Não é raro com pletarem a instrução prim ária, rapazes

e raparigas de Alcochete cuja inteligência e dedicação p a ra o estudo m ereciam indubitàvelm ente uma sequência com ple­mentar de ensino.

Faz pena cortar definitivam ente a vocação, felizm ente bastante frequente para os estudos, a quem a possuí em alto grau.

Razões m ateriais im pedem quase sem pre a realização do desejo dos p a is e dos alunos. Em Alcochete, o cam inho do sal ou do rio, é aquele que m uitas vezes aparece a quem (são tantos I) largam os livro a sonhar alto com uma e x is­tência intelectual e p rofission a l que lhes abriria cam inhos mais largos.

Uma escola técnica — comercial e industrial — no vizinho concelho do Montijo, seria um horizonte m ais am plo, p a ra onde olhariam com entusiasm o os bons alunos e alunas das escolas do nosso concelho. E o seu entusiasm o venceria a distância que separa Alcochete do Montijo, sobretudo porque um serviço acessível de transportes colectivos liga felizm ente as duas sedes dos concelhos vizinhos.

Mas, assente que a população escolar do M ontijo seria inevitàvelmente reforçada com o contingente dos jovens al- cochetanos que a li procurariam o seu aperfeiçoam ento inte­lectual e p rofission a l, está fora de contestação a afirm ação de que a natureza e a im portância ão concelho do Montijo justificam plenam ente a criação de uma escola de ensino profissional.

A apresentação ão problem a às altas entidades com pe­tentes merece sem pre o apoio e a solidariedade do concelho de Alcochete.

Mas, para além das rea lid a d es presentes, pode alguém imaginar o que será, dentro de curtos anos, o desenvolvi­mento da região dos dois concelhos no cam po das insta la­ções industriais?

Mais de uma vez temos dito e escrito : o porto de Lisboa deitou as suas vistas para a zona m arginal do concelho de Alcochete.

Em parte algum a do estuário do Tejo, o estabelecim ento de novas indústrias encontra m elhores zonas disponíveis.

O progresso industrial da região pode ser uma reali­dade im pressionante de um momento pa ra o o u tro : basta que se dê o prim eiro sin a l que actuará como lum e num ía s- tilho...

Nesta cruzada de progresso, o concelho do Montijo conta com a nossa inteira solidariedade.

A MODA EM PARISU m lin d o v e s t id o e u m a e n c a n t a d o r a p a r is ie n s e

Fotos de: G U Y LE B O Y E R INA B A N D Y r e c e b i d a s directa­mente de Paris para «A Pro­

vincia»

ALARME NOS CAMPOSDo Sr. R a ul M ineiro, nosso

dedicado assinante desde a p rim eira hora, e fig ura muito conhecida e considerada no Concelho, recebem os a carta a que dam os publicidade, ju n ­tando a nossa voz ao apelo form ulado no sentido de se acudir a tem po á ameaça que se desenha nos cam pos do R ibatejo.

Ex.mo Sr.Venho pedir a V. Ex a —

e só posso justificar-me pela certeza da vossa bondade — que me auxilie no grito de alarme que já iancei e não foi ouvido, e é necessário que se oiça antes que seja demasiado tardio o remédio.

Creio mesmo que irrepa­ráveis prejuizos já se darão este ano e que bem se pode­riam ter evitado.

E ’ que uma praga de gafa­nhotos nascidos e criados nos terrenos da Malhada de Meias, Carreira de Tiro de Alcochete e de Samuel San­tos Jorge estão devastando por enquanto apenas as pas­tagens mas são em tal quan­tidade e extensão que só os serviços oficiais do Estado poderão e x t e r m i n a r de acordo com os processos e r e g r a s internacionalmente acordadas.

Escuso de encarecer a gravidade do caso pois todos conhecem a faculdade de reprodução de tais insectos e as devastações que veem a causar.

Agradecendo desde já a vossa contribuição para que o alarme chegue ao conhe­cimento do Ex.mo Sr. Subse- c r e t á r i o da Agricultura, creia-me muito grato e dedi­cado assinante.

Com muito consideração, subscrevo-me

Atenciosamente Raul Alves Mineiro

0 B I - H A R R IO Grupo Bi-H arri que

virá no próximo ano a Portugal, pela segunda vez. Na gravura os com­ponentes do B I-H A R R I no Instituto Francês, no Porto, p e l o Carnaval deste ano.

Haverá possibilidades de vir o Bi-H arri ao Montijo ?

Esta Companhia de Arte popular das Vas- congadas é de fama in­ternacional.

A CRIANCÀ f 0 MUNDOA’ mãe e professora D. Marieta Correia

A criança faz-ncf^ sentir muitas vezes o íiosso pró­prio «EU» ferido, ao obser- vármos delicadamente o ín­timo de nós mesmos.

Ela, dá-nos i n ú m e r a s oportunidades de observar­mos a direcção de um ca­minho com mais atenção e cuidado, j u l g a n d o deste modo detê-la de menores perigos, quando a t r a v é s dessa corrente cautelosa, a criança no seu «à vontade» nem sempre inconsciente, dá-nos uma maior confiança, uma sensação de indiferença ou ousadia por tudo quanto nos pudesse surgir de ines­perado e mau.

O espírito da criança é extraordinàriamente obser­vador e meticuloso. Crianças há, com uma admirável pre­cisão em tudo o que fazem. Inumeremos as crianças de sexo feminino. Quando des-

p o r M i n d a P i r e s

perta em si, o interesse pelo conhecimento do que as ro­deia, mal lhe apresentam uma boneca, a vivacidade de i n t e r e s s e que nasce na criança, podem os crer, não só porque lhe era então, to­talmente desconhecido, mas porque a acicatar a sua pró­pria e nata inteligência, pre­tendendo conhecê-la, escan­galhá-la, a fim de a distin­guir melhor em todos os seus pormenores, curiosidade esta posta de parte pela grande maioria dos adultos.

(Continua na página 6)

O NOSSO

NUMERO ESPECIALLonge já do bulício das

Festas, algumas observações são necessárias ja zer acerca do número especial que pu­blicámos em 23 de Junho p. p.

Autêntico êxito, conjir- mado por inúmeras opiniões insuspeitas, o referido nú-

(Continua na página 3)

r()ai tez inteiiiifieada a luta contra a tuberculose, em todo

o distrito de SetúbalO Ex.mo Sr. Governador

Civil, Dr. Miguel Bastos teve a gentileza de convidar os representantes da Im­prensa distrital, para uma reunião no seu gabinete afim de dar conhecimento das medidas que vão ser toma­das para se debelar o terrí­vel mal da tuberculose e cooperarmos na mesma ini­ciativa.

Dentro de um plano que abrange todo o país e atra­v é s das entidades superiores

de cada distrito, brigadas médicas da A . N. T. estão dedicando o melhor do seu saber para dar combate ao terrível flagelo da humani­dade: a tuberculose.

Para o nosso distrito veio um carro da Brigada de Radiorastreio, que composta por uma equipa médica com­petente, que após a aprecia­ção de todos os casos, aplica a vacinação pelo B. C. G.

O nossoGqvernador Civil, (Continua na página 7)

0 problema da travessia do Tejo

( Continuação)

O actual serviço de ferry- -boats entre a Vila do Montijo e o Cais do Sodré, com um percurso de 15 quilómetros e 4 carreiras diárias apenas, nada tem que ver com o projecto de que nos acupamos.

Outras vantagens impor­tantes apresenta o local es­c o l h i d o para estabeleci­mento da nova carreira de ferry-boats.

A travessia do Tejo entre Xabregas e 0 Montijo tem lugar numa zona do rio onde quase não há nave­gação e os fundos têm grande altura de água, superior a7,00 abaixo de zero hidro­gráfico, fazendo-se portanto sem sujeições provenientes, quer de balisas, quer de navios ancorados, vanta­gens estas de particular in­teresse em ocasião de ne­voeiro.

(Continua na página 6)

2 Á PROVINCIA 14-7-95S

Agenda profissional

M é d i c o s

D r. António fe rre ira

da TrindadeRua Bulhão Pato, 42

Telef. 026131 — MONTIJO

D r; Alcides Raim undo

da CunhaM O N T I J O SARILHOS GRANDES

D r. A velino Rocha BarbosaDas 15 às 20 h.

R. Almirante Reis, 68, 1.° Telef. 026245 — MONTIJO

D r. Ed u a rd o GomesTelef. 026038 — MONTIJO

D r. fausto Eugênio Lopes

de N e iva

Largo da Igreja, 11

Das xo às 13 e das 15 às 18 h. Telef. 026256 - MONTIJO

D r . Jo ã o A ze v e d o CoutinhoTelef. 026075 - MONTIJO

D r. ]o ã o filip e B a ra taTelef. 026026 — MONTIJO

D r. Gonçalves GuerraCLINICA GERAL

Rua Bulhão Pato, 58 Telef. 026 153 - MONTIJO

D r . Francisco Sepulveda da Fonseca

IN T E R N O D E P E D I A T R I A (D o e n ç a s d as c r ia n ç a s ) d o s H o s p i t a i s C iv is de L is b o a

C o n s u lta s às 2.as, 5 .as e 6. as às 1 6 h .

Rua Almirante Reis, 68 1.° M O N T I J O

Augusto Angelo de Sousa

P ra d oSolicitador Judicial Provisionário

Praça Sousa Prado Telef. 57 (P. P. C.)

O D E M I R A

F a r m á c ia s de Serviço

De 14 a 20 de Julho

5 .a - f e i r a , 14 — M o n t e p i o6. “ - f e i r a , 1 5 — M o d e r n a S á b a d o , 16 — D i o g o D o m in g o , 1 7 — G e r a l d e s2 . ° - f e i r a , 18 — M o n te p t.o3 .a - f e i r a , 1 9 — M o d e r n a4 .a - f e i r a , 2 0 — D i o g o

AGUA CAMPILHO

«A P r o v ín c ia » — n T° 18 — 14/7/955

UNIÃO CORIlCfIRÀ TfJO, LDA.P a r a o s d e v id o s e fe ito s se a n u n ­

c ia q u e p o r e s c r i t u r a d e 17 do c o r r e n t e m ê s de J u n h o , la v ra d a n a s N o tas do C a r tó r io N o ta r ia l da M o ita , e n tr e A n tó n io L o p e s d e A r a ú jo e L u ís S i lv é r io G o n ç a lv e s S a ia s ,fo i c o n s t i tu íd a u m a s o c ie d a d e c o m e r c ia l p o r c o ta s , n o s te r m o s d o s a r t ig o s s e g u in t e s :

A r t .° 1.°

A s o c ie d a d e a d o p ta a d e n o m i­n a ç ã o « U N IÃ O C O R T I C E I R A T E J O , L d a .» .

A r t .0 2 .°

A se d e d a s o c ie d a d e s e r á e m A lh o s V e d ro s , m as a g e r ê n c ia p o ­d e rá fa z e r c o r r e r to d o ou p a r t e d o e x p e d ie n te p o r o u t r a lo c a lid a d e e n q u a n to is s o lh e p a r e c e i c o n v e ­n ie n t e .

A r t .° 3 .°

A d u ra ç ã o da s o c ie d a d e é p o r ' t e m p o in d e te r m in a d o , c o n ta n d o -s e

o se u in í c io d e sd e h o je .

A r t .° 4 .°

O o b je c t o d a s o c ie d a d e é a i n ­d ú s tr ia e c o m é r c io d e c o r t i ç a s e se u s d e r iv a d o s e q u a lq u e r o u tro ra m o d e in d ú s t r ia o u c o m é r c io q u e a a s s e m b le ia g e r a l d e l ib e r e e x p lo r a r .

A r t .° 5 .°

O c a p ita l s o c ia l é de 120.000$00 in t e g r a lm e n t e re a liz a d o e m d i ­n h e ir o e r e p r e s e n ta d o p e la s s e ­g u in te s c o t a s : u m a d e 8 0 .0 0 0 $ 0 0 q u e f ic a p e r te n c e n d o ao s ó c io D r . A n tó n io L o p e s d e A r a ú jo e o u tra d e 4 0 .0 0 0 $ 0 0 q u e f ic a p e r te n c e n d o a o s ó c io L u ís S a ia s .

A r t .0 6.°

N ão sã o e x ig ív e is p r e s ta ç õ e s s u ­p le m e n ta r e s , m a s o s s ó c io s p od em fa z e r à s o c ie d a d e os s u p r im e n to s d e q u e e la c a r e c e r .

A r t .0 7 .°

E l iv r e m e n t e p e r m it id a a ce ssã o to ta l ou p a r c ia l d e c o ta s : — a ) de s ó c io p a r a ' s ó c i o b ) de s ó c io p a ra o se u c o n ju g u e , a s c e n d e n te ou d e s c e n d e n te .

§ ú n i c o : — os s ó c io s p od em ta m b é m d is p o r , p o r a c to te s ta - m e n tá r io , d a s su a s c o ta s o u p a rte d e la s , a fa v o r d as p e s so a s d e s i­g n a d a s n a a l ín e a b ) do c o rp o d e ste a r t ig o , s e n d o in t e i r a m e n te v á lid a a t r a n s m is s ã o a s s im o p e r a d a .

A r t .0 8.°

S a lv o o q u e v a i d is p o s to n o a r t .° a n te r io r , n e n h u m s ó c io p o d erá c e d e r , o u p o r q u a lq u e r fo r m a a lie ­n a r a s u a c o ta a e s t r a n h o s , n o to d o o u e m p a r t e , se m em p r i ­m e ir o lu g a r a o fe r e c e r à so c ie d a d e , e n o c a s o d e s ta n ã o d e s e ja r to m a r , te r á e n tã o d e a o fe r e c e r a o s d e m a is s ó c io s q u e , n ã o a d e s e ja n d o to m a r ta m b é m , d e v e rã o d e c la r á - lo p o r e s c r i t o d e n tr o d e 15 d ia s .

§ 1 .° — T a n t o a so c ie d a d e c o m o os s ó c io s , p e la o rd e m d e p r e fe ­r ê n c ia a tr á s in d ic a d a , f ic a m co m o d ir e ito d e a d q u ir ir a c o ta o u c o ta s p e lo v a lo r q u e e la o u e la s t iv e r e m , s e g u n d o o ú lt im o b a la n ç o , a c r e s ­c id o d a p a r te c o r r e s p o n d e n te n o s fu n d o s d e r e s e r v a le g a l e e s p e c ia is , v a lo r e s s e q u e s e r á p a g o e m 12 p r e s ta ç õ e s m e n s a is ig u a is e s u c e s ­s iv a s ; n o e n ta n to , o s lu c r o s o u p r e ju íz o s q u e v e n h a m a c a b e r à c o ta c e d id a n o e x e r c íc io em c u rs o n a d a ta d a c e s s ã o , s e r ã o d iv id id o s e m d u a s p a r te s p r o p o r c io n a is a o s p e r ío d o s d e c o r r id o s d e sd e o in íc io do e x e r c íc io a té ao m o m e n to d a m e s m a c e s s ã o , e d e sd e e s te a té ao f im d o m e s m o e x e r c íc io , c a b e n d o u m a p a r t e ao e x - s ó c io c e d e n te e o u tr a p a r t e a o s ó c io c e s s io n á r io p e lo s p e r ío d o s r e s p e c t iv o s . S e n em a s o c ie d a d e n e m o s s ó c io s q u iz e re m a d q u ir ir n o s te rm o s re fe r id o s a c o ta o u c o ta s a c e d e r , p o d e rã o e n tã o as m e sm a s s e r c e d id a s a e s ­t r a n h o s .

§ 2 . ° — N o e n ta n to , o s ó c io D r . A n tó n io L o p e s d e A r a ú jo , f ic a d e sd e j á a u to r iz a d o a c e d e r l iv r e ­m e n te m e ta d e da su a c o ta , p r o c e ­d e n d o p a ra ta n to à r e s p e c t iv a d i­v is ã o .

A r t .0 9.»A so c ie d a d e p o d e rá a m o rtiz a r

q u a lq u e r c o ta q u e v ie r a s e r a r r e s ­ta d a o u p e n h o r a d a .

A l t .0 1 0 .°O p r e ç o d a a m o r tiz a ç ã o s e r á o

v a lo r c o m q u e a c o ta a m o r tiz a d a t iv e r f ic a d o n o ú lt im o b a la n ç o g e r a i a p ro v a d o , a c r e s c id o d a p a r te

c o r r e s p o n d e n te d o s fu n d o s de r e ­s e r v a le g a l e e s p e c ia is e s e r á d e ­p o s ita d o n a C a ix a G e r a l de D e p o - s i to s , C r é d ito e P r e v id ê n c ia à o rd e m da a u to r id a d e q u e t iv e r o r ­d e n a d o o a rr o s to ou p e n h o r ; .

A r t .° 1 1 .°

A a d m in is tr a ç ã o d o s n e g ó c io s d a s o c ie d a d e e a su a r e p r e s e n ta ç ã o em ju iz o e f o r a d e le , a c t iv a e p a s ­s iv a m e n te , in c u m b e m a to d o s os s ó c io s , q u e d e sd e j á f ic a m n o ­m e a d o s g e r e n te s , se m c a u ç ã o e c o m r e m u n e r a ç ã o o u n ã o , c o n fo r m e fo r d e lib e r a d o e m a s s e m b le ia g e r a l ,

"j § 1 .° — P a r a a s o c ie d a d e f ic a r o b r ig a d a b a s ta q u e u m d o s g e r e n te s

: a s s in e e m n o m e d e la .§ 2.° — E e x p r e s s a m e n te p ro i­

b id o a o s g e r e n te s a s s in a r em n o m e d a s o c ie d a d e , r e s p o n s a b il id a d e em a c to s o u c o n t r a to s e s t r a n h o s aos n e g ó c io s s o c ia is , e a q u e le q u e in ­f r in g i r o e s t ip u la d o re s p o n d e r á p a ra c o m a s o c ie d a d e p e lo s p r e ­ju íz o s q u e lh e c a u s e .

A r t .0 1 2 .°

A s a s s e m b le ia s g e r a is r e u n ir ã o n a sé d e s o c ia l e , q u a n d o a le i n ã o p r e s c r e v a o u t r a s fo r m a lid a d e s , s e r ã o c o n v o c a d a s p o r m e io de c a r ta s r e g is ta d a s , d ir ig id a s a o s s ó ­c io s , c o m a a n te c e d ê n c ia m ín im a d e 8 d ia s , m a s se to d o s o s s ó c io s c o m p a r e c e r e m à r e u n iã o f ic a m d is ­p e n sa d a s q u a is q u e r fo r m a lid a d e s

; de c o n v o c a ç ã o .

A r t .0 1 3 .°

O s b a la n ç o s e c o n ta s e n c e r r a r - -s e -ã o e m 31 d e D e z e m b ro d e ca d a a n o e d e v e r ã o e s t a r a p ro v a d o s a té ao fim d e M a rç o s e g u in te .

A rt .' 1 4 .°

O s lu c r o s se rã o r e p a r t id o s p e lo s s ó c io s n a p r o p o r ç ã o d a s su a s c o ta s , d e p o is d e d e d u z id a a p e r c e n ta g e m d e 5 .°/0 p a ra o fu n d o d e r e s e r v a le g a l , a té e s te e s t a r in te g r a d o , e as p e r c e n ta g e n s e as q u a n tia s q u e a a s s e m b le ia d e te r m in e p a ra o s fu n ­d o s d e r e s e r v a e s p e c ia is e a m o r t i ­z a ç õ e s de v a lo r e s .

A r t .0 1 5 .°

A a s s e m b le ia g e r a l p o d e d e li ­b e r a r c r ia r fu n d o s d e r e s e r v a e s ­p e c ia is q u e s e m o s tr e m c o n v e ­n ie n t e s a o s in t e r e s s e s s o c ia is .

A r t .° 1 6 .°

A s o c ie d a d e n ã o se d is s o lv e p o r m o r te ou in t e r d iç ã o d e s ó c io e c o n t in u a r á c o m o s r e s ta n te s e o r e p r e s e n t a n t e o u h e r d e ir o s d o s ó ­c io in t e r d ito ou fa le c id o ; p o ré m , n o c a s o d e se r e m m a is d o q u e u m , o s h e r d e ir o s d o s ó c io fa le c id o m e s m o q u e te s ta m e n tá r io s , d e v e rã o n o m e a r a p e n a s u m d e e n tr e f i e s e só e s s e a to d o s r e p r e s e n ta r á n a s o c ie d a d e , p o is f i c a p r o ib id a a d i­v is ã o da c o ta e n t r e o s h e r d e ir o s d o s ó c io fa le c id o , s a lv o c o n s e n t i ­m e n to da so c ie d a d e .

A r t .° 1 7 .°

P a r a as q u e s tõ e s e m e r g e n te s d e s te c o n t r a to f ic a e s t ip u la d o o fo r o d a c o m a r c a d e L is b o a c o m r e n ú n c ia e x p r e s s a d e q u a lq u e r o u tr o .

A r t .° 1 8 .°

N o o m is s o o b s e r v a r - s e -ã o as d e l ib e r a ç õ e s to m a d a s em a s s e m ­b le ia g e r a l e , n a su a fa lta o u in s u ­f i c iê n c ia as d is p o s iç õ e s da L e i de11 d e A b r i l de 190 1 e d e m a is l e ­g is la ç ã o a p lic á v e l.

E s t á c o n f o r m e . M o ita , v in te de J u n h o d e 1 9 5 5 .

Asaria M adalena de Azevedo R ua

(N o tá r ia )

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M O N TIJO

Depoimento do MaeslroHomero Ribeiro Apolinário

Regente da B, D. 2 de JaneiroDevido à gentileza e velha

amizade do Presidente da Direcção,'fácil nos f o i che­gar à fa la com o responsável artístico da Banda Demo­crática, e fo i no seu g a b i - nete d e trabalho, modesto mas acolhedor que iniciámos a n o s s a despretenciosa e amena cavaqueira. Trabalho que não fo i d ifíc il dada a afabilidade, gentileza e mo­déstia do maestro, que nos cativou, ao primeiro contacto.

— Diga-nos maestro, há quanto tempo se encontra di­rigindo e s t e agrupamento musical ?

— Desde i j de Outubro de 1951, portanto, há aproxima­damente 4 anos.

— O ambiente que encon­trou fo i acolhedor, quer por ^arte dos executantes, quer pela dos dirigentes ?

— Sim, foi bastante aco­lhedor, tanto da parte dos executantes como da Direcção, mas devo interpretar melhor 0 sentir dos primeiros se dis­ser que ficaram na especta- tiva, o que aliás se comprende, pois lhes era completamente desconhecido. Os segundos, logo que lhes f u i apresen­tado pelo Maestro Amadeu de Mo ur a S toffel, m eu ilustre antecessor e amigo, acreditaram nas m i n h a s possibilidades e ajudaram- ■me a vencer todas as d if i­culdades que surgiram. De uns e outros tenho recebido, de então para cá, as maiores provas de estima o que muito me apraz registar.

— E que nos diz ao seu trabalho, não pelo êxito pes­soal, pois esse a outros com­pete referir, mas sim ao dos seus alunos e executantes ?

— A Banda de Música possuia nos seus quadros alguns elementos de grande intuição musical, bons do­minadores dos instrumentos q u e tocavam, havendo no entanto «naipes» muito des­falcados, nomeadamente dos clarinetes». Preparar novos elementos tapar essas brechas, foram as nossas maiores preocupações. Cabe aqui falar nalguns nomes que, com vontade, desinte­resse e abnegação, não só me ajudaram a form ar esses novos músicos que, feliz­mente, já são uma realidade, como também me deram maior colaboração e apoio moral; são eles; José Victor, António Onofre, Carlos Pe- querucho, António Santos, Álvaro da Silva, Ernesto de Carvalho, Josè António Jacob e outros que não me ocorrem agora,

Qne me perdoem se lhes firo a reconhecida modéstia com a lembrança dos seus nomes, mas era-lhes devida esta simples homenagem do meu reconhecimento.

— Desculpe- nos a pergunta um tanto indiscreta, mas gostaríamos de saber, ou­vindo portanto através de uma opi ni ão autorizada, como encara o futuro artís­tico da sua Banda. . .

( C o n t i n u a n o p r ó x i m o n ú m e ro )

NOTA — E s t a e n tr e v is t a desti­

n a v a -s e ao n ú m e r o e s p e c ia l de 23

de J u n h o p p. m a s p o r fa lta de

e sp a ç o só a g o r a n o s é p o s s ív e l ini­

c ia r a su a p u b lic a ç ã o .

J. E.

Á Banda Democráticairá ter a sua sede próprio

Esta simpática e popular colectividade luta há já muito com deficientes instalações e disso fizemos éco no nosso número especial na reporta­gem que efectuámos e na qual desnudámos não só esse com o outros assuntos de vital interesseparaa colectividade.

E por assim pensarem, 4 dos actuais grandes amigos da colectividade: José Antó­nio Crespo de Almeida, Júlio Faria, Francisco Barreias e Lúcio Lopes Junior aos quais se juntou também o devotado amigo sr. Manuel Cipriano Rodrigues Futre, tomou sobre si o encargo de dotar a sua colectividade com uma sede à altura do movimento e pre- gaminhos da sua Banda.

Para tal e após procura, que não foi longa, encontra­ram o desejado edifício para as suas instalações e estu­daram acto contínuo a forma mais rápida de efectuar a sua transação, para cujos r e s u lta d o s andam traba­lhando afanosamente.

Ultimado o assunto será

ele presente a uma Assem­bleia Geral que deliberará em última instância da sua definitiva transação.

Claro que outra coisa não será de esperar, que não sejao «agrémen* a essa inicia­tiva, tanto mais que a ideia não é de hoje e tanto assim que a Banda Democrática já é proprietária dum terreno, que, com a sua venda, em muito contribuirá para a boa r e a l iz a ç ã o da ou tra tran­sação.

Está portanto de parabéns esta simpática colectividade m ontijense e desejam os ardentemente que tal o con­siga para bem não só da sua existência como também do valor pratimonial da nossa terra.

Conta portanto a Banda D e m o c r á t ic a , com o ali»5 todas as colectividades mon­tijenses, com o apoio do nosso jornal, pondo as sua3 colunas à disposição Para tudo que for conveniente para o desenvolvimento e ultimação da ideia.

14-7-955 A PROVINCIA 3

N O T I C I A S D A S E M A N AcAqencia

A n i v e r s á r i o s_ D ia 7 , o n o s s o a s s in a n te s r .

Raul A le x a n d r e R o s a B a r r o s .__D ia 12 , o n o s s o a s s in a n te s r .

Jo sé de S o u sa M a rt in s .— D ia 13 , J o s é F r a n c i s c o d a

Costa C a r ta x o , f i lh o do n o s s o a s s i ­nante s r . J o s é M a r ia C a r ta x o .

— D ia 15 , o n o s s o a s s in a n te s r . A lvaro da C o sta S i lv a .

Casamento— C o n s o rc io u -s e n o p a ssa d o s á ­

bado 9 n a I g r e ja M a tr iz d e s ta vila a s r .a d r .a D . F e r n a n d a L u is a In á c io , co m o s r . Jo ã o D ia s .

F oram p a d r in h o s p o r p a r te d a n oiva o s r . C a p itã o d e E n g e n h a r ia Nuno G u ilh e r m e R o r iz R u b im e sua esp osa s r .a D . M a r g a r id a P a is V arela R u b im e p o r p a r te do noivo o s r . T e n e n t e F r a n c i s c o P e ­re ira In á c io e s u a e s p o s a s r .a D . M aria da C o n c e iç ã o P e r e i r a In á c io .

Aos n o iv o s a p r e s e n ta «A P r o ­v ín cia» os m e lh o r e s d e s e jo s d e u m lar fe liz e r e p le c to d e p r o s p e r id a d e s .

FalecimentoE m L is b o a , fa le c e u em J u n h o

p. p. a s r . I ) . M a n u e la A le g r ia M arques M e n e z e s , d e d ic a d a n o iv a do s r . M ário C a n in h a s M a c h a d o .

A’ fa m ília e n lu ta d a e em e s p e c ia l ao n osso d e d ica d o a s s in a n te s r . M ário C a n in h a s M a c h a d o , a p r e ­senta «A P r o v ín c ia » o s se u s p ê ­sam es.

AgradecimentoM aria C re sp o , I r e n e C r e s p o M o ­

reira e L u ís C r e s p o M o re ir a , r e s ­p ectiv am en te e sp o s a e f i lh o s de F ra n c isco J o s é M o r e ir a (M o le ir o ) , agradecem p o r n o sso in te r m é d io a todas as p e s so a s q u e a c o m p a ­n haram o fu n e ra l d e s e u m a r id o e pai.

Espectáculosickv. -— ........... ii -1 liimmiiniiiwii

C a r t a z d a S e m a n aCIN E P O P U L A R

5 .a- fe ir a , 1 4 : (1 8 a n o s ) « C in c o num a u to m ó v e l» .

S áb ad o , 1 6 : (1 3 a n o s ) «A F io d e espada» co m « T o tó f ig a r o c á , f i - garo lá» .

D o m in g o , 1 7 : (1 8 a n o s )« S a b r in a »2.a-fe ira , 1 8 : A s e n s a c io n a l r e ­

prise (18 a n o s ) «O E t e r n o F e m i ­nino».

BalançasC oluna c e n tr a l n o v a , fo r ç a 5 0 0

k g .m a n iv e la c e n te c im a l . D e c o lu n a sim ples, fo r ç a 5 0 0 k g . c e n te c im a l. ualança c e n te c im a l, fo r ç a 5 0 0 k g . Balança ro m a n a , fo r ç a 3 0 0 k g .

Vende a Construtora de Ba- ?ll(ra8’ E s tr a d a N a c io n a l, n .° 51

Afonsoeiro — Montijo

PapagaioP e rd e u -se , dá p e lo n o m e d e

jla n e ca s . G r a t i f ic a -s e q u e m o e n - regar n a i 0j a da 'l ia E m il ia d as

Meias — M o n ti jo .

Polícia de Viação e Trânsito

T e v e a g e n t i l e z a d e a p r e s e n ­t a r a s s u a s d e s p e d i d a s o S r . F r a n c i s c o G o n ç a l v e s d o s S a n ­t o s , q u e d u r a n t e a n o s f o i m u i t o d i g n o o c o n s i d e r a d o C o m a n ­d a n t e d o P o s t o d e P o l í c i a d e V i a ç ã o e T r â n s i t o n e s t a l o c a l i ­d a d e e q u e p a s s o u n e s t a d a t a à i n a c t i v i d a d e , a p o t e n t a n d o - s e

A o S r . C h e f e F r a n c i s c o G o n ­ç a l v e s d o s S a n t o s a p r e s e n t a « A P r o v i n c i a » o s s e u s m e l h o ­r e s c u m p r i m e n t o s d e d e s p e ­d i d a d e s e j a n d o - l h e m u i t a s p r o s p e r i d a d e s n a s u a v i d a p a r t i c u l a r .

A P . V . T . q u e t ã o e f i c i e n t e s e à t e i s s e r v i ç o s p r e s t a à n o s s a t e r r a c o n t i n u a a t e r n e s t e j o r ­n a l t o d o o a p o i o q u e n e c e s s i t a , e t a n t o o s r . C h e f e G o n ç a l v e s d o s S a n t o s c o m o o n o v o C o m a n d a n t e d o P o s t o , p o d e m d i s p o r d o s p r é s t i m o s d e s t e S e m a n á r i o , s e m p r e q u e j u l ­g u e m o p o r t u n o e n e c e s s á r i o .

S. f 1. de DezembroD e u - n o s o p r a z e r d a s u a

v i s i t a o p r e s i d e n t e d a D i r e c ­ç ã o d a S . F . l . ° D ., S r . A b i l i o d o s S a n t o s D in i s , q u e e m s e u n o m e e d e 8e u s c o l e g a s , a p r e ­s e n t o u a o n o s s o j o r n a l o s m e ­l h o r e s c u m p r i m e n t o s d a n o v a D i r e c ç ã o e a s u a g r a t i d ã o p e l a n o t í c i a i n s e r t a , è b e m a s s i m p e l a p o s s í v e l c o l a b o r a ç ã o q u e d e f u t u r o l h e p o s s a m o s d a r .

A S o c i e d a d e F i l a r m ó n i c a 1 .° d e D e z e m b r o e a s u a d i r e c ç ã o p o d e m c o m o s e m p r e c o n t i n u a r a d i s p o r d e s t e j o r n a l ,

T a m b é m o s r . A d r i a n o L e ã o L e i r i a , s e c r e t á r i o d a D i r e c ç ã o c e s s a n t e t e v e a g e n t i l e z a d e n o s a p r e s e n t a r c u m p r i m e n t o s d e d e s p e d i d a , e m c a r t a a m á v e l q u e a g r a d e c e m o s .

Á Escola TécnicaT e v e a s u a p r i m e i r a r e u n i ã o

n o p a s s a d o d i a 8 d o c o r r e n t e a C o m i s s ã o q u e o f i c i a l m e n t e f o i n o m e a d a p a r a t r a t a r d o e s t u d o d a r e p r e s e n t a ç ã o a f a ­z e r a S . E x . a o S r . M i n i s t r o d a E d u c a ç ã o N a c i o n a l p a r a a c r e a ç ã o n e s t a v i l a d a E s c o l a T é c n i c a , q u e b e n e f i c i a r i a n ã o s ò o n o s s o C o n c e l h o c o m o t a m b é m o s d a M o i t a e A l c o - c h e t e .

A p ó s t r o c a d e i m p r e s s õ e s e v e r i f i c a ç ã o d e a l g u n s e l e m e n ­t o s n e c e s s á r i o s p a r a a E x p o ­s i ç ã o , f o i d e l i b e r a d o i n i c i á - l a s e m p r e j u í z o d a r e c o l h a d e e l e m e n t o s d e n t r e a i n d ú s t r i a e c o m é r c i o e a i n d a s o b r e o m o v i m e n t o e s c o l a r e d e m o ­g r á f i c o d a n o s s a t e r r a , q u e s e t o r n a m n e c e s s á r i o s p a r a m e ­l h o r e l u c i d s ç ã o d o v a l o r d a n o s s a t e r r a e d o s c o n c e l h o s l i m í t r o f e s !

E s t á p o i s e m a n d a m e n t o o a s s u n t o q u e p o d e r á t r a z e r à n o s s a t e r r a b e n e f í c i o s i n e s t i ­m á v e i s e q u e h à m u i t o a s u a f a l t a s e f a z s e n t i r .

Uma significativa festa na  t G f lÇ d O

C a s a G a b r i e l d o C a r m o , L da Srs. Automobilistas

N u m a f e s t a d e r e q u i n t a d a f a m i l i a r i d a d e e m q u e a C a s a G a b r i e l d o C a r m o L d a . q u i s p r e s t a r h o m e n a g e m à E x . ma S e n h o r a D . N a t á l i a T o b i a s , q u e s o b a s u a h á b i l d i r e c ç ã o f e z e x e c u t a r o c a r r o q u e t ã o b r i ­l h a n t e e a r t i s t i c a m e n t e a p r e ­s e n t o u n o C o r t e j o A l e g ó r i c o d a s a f a m a d a s F e s t a s P o p u l a r e s d e S . P e d r o e a t o d a s a s m e n i ­n a s e s e n h o r e s q u e d e r a m o s e u v a l i o s o c o n c u r s o , f o i o f e ­r e c i d o n o p a s s a d o d o m i n g o u m l a u t o e b e m c o n f e c c i o n a d o a l m o ç o .

E n g l o b a n d o n 'e s s a p r o v a d e e s t i m a t o d o s o s e m p r e g a d o s d a a c r e d i t a d a f i r m a , q u e a s s i s ­t i r a m o s ó c i o f u n d a d o r e g e ­r e n t e s e n h o r G a b r i e l D o m i n ­g o s d o C a r m o e m p a l a v r a s r e p a s s a d a s d e s i n c e r i d a d e e x a l t o u o v a l o r a r t í s t i c o e b o a v o n t a d e d e c o l a b o r a ç ã o d a s e n h o r a D . N a t á l i a T o b i a s e d e t o d o s o s q u e p r e s t a r a m o s e u c o n c u r s o e a i n d a s e r e f e r i u e m t e r m o s e l o g i o s o s a o s s e u s e m p r e g a d o s q u e t r a b a l h a m

A pavim entação das ruas

do Bairro do MoucoS u a E x . a o S r . M i n i s t r o d a s

O b r a s P ú b l i c a s c o n c e d e u , p e l o

F u n d o d e D e s e m p r e g o , m a i s o

r e f o r ç o d e 5 0 .0 0 0 $ 0 0 à c o m p a r ­t i c i p a ç ã o a n t e r i o r m e u t e a u t o ­r i z a d o p a r a a p a v i m e n t a ç ã o

d a s r u a s d o B a i r r o d o M o u c o .

s o b a s s u a s o r d e n s e a s p e s ­s o a s a m i g a s q u e s e d i g n a r a m a s s i s t i r .

N o f i n a l f o i c u m p r i m e n t a d o p o r t o d o s o s p r e s e n t e s , t e n d o a i n d a v á r i o s o r a d o r e s f e i t o e l o g i o s a s r e f e r ê n c i a s a t ã o c o n c e i t u a d a f i r m a , q u e p o r b a i r r i s m o t ê m c o l a b o r a d o s e m p r e p r o n t a m e n t e p a r a o b o m n o m e d e M o n t i jo .

Com o arranjo d o s pavi­mentos do antigo Bairro do Mouco, hoje uma das m ais bem tratadas zonas da V ila , no que se refere a arruam entos, criou a Câmara M u n i c i p a l , sem disso se aperceber, um a série de pistas para a prática do autom obilism o em Montijo.

Todavia, não querem os dei­x a r de lem brar aos condutores de vciculos m otorizados, o sé­rio perigo em que incorrem ao lançarem-se em desenfreadas correrias pelas novas ruas d a ­quele Ba irro e, em especial, pela Rua Gaspar Nunes, onde se encontram a s instalações d u m a importante e m p r e s a fabril que, continuadam ente, a utiliza para tráfego dos seus operários, o s qu lis m uitas ve­zes a atravessam carregando volumes.

Antes que algo de desagra- davel aconteça, aqui deixam oso aviso para mem ória dos in ­cautos.

E a quem de direito, pedim os seja feita a necessária s in a li­zação, p a ra salvaguarda d a ­queles que a utilizam , obriga­toriamente, n o s e u trabalho quotidiano.

O nosso n ú m e r o especial(Conclusão da prim eira página)

A Sdíneira Montijensed e J a i m e P e r e ir a C r a to A r a ú jo , c o m a rm a z é m n a R u a A n tó n io S e m e d o , 12, p r e v in e o s se u s e s t i ­

m a d o s c l ie n t e s q u e j á se e n c o n tr a in s c r it o n a C o m is s ã o R e g u la d o ra ,

c o m o A rm a z e n is ta D is tr ib u id o r de S a l , s a t is fa z e n d o a s s im to d o s os

p e d id o s q u e lh e s e ja m fe ito s , o q u e a n te c ip a d a m e n te a g r a d e c e .

mero ftear ainda incompleto em relação aos originais e fotografias q u e tínhamos projectado nele incluir.

Assim devido a impossibi- lidades técnicas d if íceis de suprir, falta de tempo e in­completas informações sobre alguns assuntos, muitos e mui t os p r o b l e m a s , insti­tuições e colectividades não figuraram como era nossa intenção nesse número espe­c i a l me nt e executado como contributo às grandes Festas de S. Pedro.

Dos originais em nosso po­der estamos agora semanal­mente publicando aqueles queo espaço permite, esperando continuar até completamente termos passado em revista todas as colectividades, ins­tituições e ainda outras f a ­cetas da nossa Fila.

Entre muitos originais que possuimos alguns há que es­tão ainda incompletos por fa lta de elementos e de foto­grafias. Aos seus autores se pede encarecidamente o favor de os completarem.

A s colectividades ou ins­tituições que pelos motivos expostos não foram incluí­

das, se apresentam públicas desculpas, mas como sempre não nos moveu qualquer in. tuito reservado ou desejo de voluntàriamente f e r i r os seus interesses. Estão neste caso a M i s e r i c ó r d i a , os Bombeiros Voluntários, a Tertúlia Tauromáquica, a Liga d o s Combatentes de Grande Guerra, e muitas ou­tras que nos dispensamos de inúmerar.

OBHCIOS ACHADOSDo Comandante do Posto

da P. S. P. i.° Sub-chefe Sr. RogèrioiFerreira da Silva, recebemos com pedido de publicação a seguinte lista de objectos achados, os quais se encontram em poder da­quele Posto para ser entre­gues a quem provar perten­cer-lhes:

Dois porta-moedas com dinheiro e um deles contém ainda um objecto em ouro.

Um colar de pérolas fan­tasia, e uns óculos escuros para criança.

ÁLINEIRÁ M o n t i j e n s eTelefone 026413

M O NTIJO

íncontra-se à disposição de todos os seus estimados

clientes, no seu A r m a z é m na

Rua Anfónio Semedo, n.s 12(Junto ao novo mercado)

DE

J a i me Pere i r a C r a f o A raú j oA r m a z e n is ta D is trib u id o r de Sa l

tafilo ni Comissão fâuMra dos Produtos q u íIio s o fariaiMw

4 C I A

Qla (rixa da aida

D e q u a n d o em q u a n d oConceitos mordazes sobre a mulher

Aquele meu amigo Gastão, de nas­cimento humilde mas de alma nobre, com anceios de poéta e sensibilidade de artista, celibatário impenitente e diletante de bons liv ro s; era, sóbre sentimento, um paradoxo.

Adorando a mulher num culto fer­voroso, como no cimo duma montanha um indio adora o sol, levou parte da vida a dizer mal dela.

Na sua ironia irreverente de psico- logo de paradoxaes concepções, era duma observação audaciosa de tal maneira que, ainda depois de morto, fui encontrar no seu espolio literário estes conceitos mordazes:

IAs mulheres de graça, foram sem­

pre pela vida fora, as que mais caras me custaram.

I IM ulheres... bonecas lindíssimas

com vestidos de seda. . . mas com corpos de trapos...

I I INão é pelos vestidos que a mulher

veste que se pode conhecer a sensibi­lidade da sua alma, mas sim pelos livros que lê.

I VUma menina recatadamente vigiada

pelo olhar zeloso da mãe e pelo olhar despótico do pai e que sempre assim atravessa a vida sem um pecadilho sem uma falta; é menos digna do grau de honestidade, do que aquela que numa corte assídua de admira­dores que a apertam num círculo v i­cioso de sedução, consegue resistir intangível aos impulsos da sua forte vibração de mulher.

V

Como é que certas mulheres su­bindo tão alto, conseguiram descer tanto f ! . . .

V IQuanto mais privo com as mu­

lheres. . . menos conheço a mul her . . .

V I INem todas as mulheres são má s . . .

mas o difícil é encontrar aquela que não tenha cometido uma maldade.

V I I I

Certos homens falando da mulher com quem casaram, reclamisam tanto as suas virtudes como um algibebe as suas m ercadorias.. . mas por mais qne façam na sua obsecação, não con­seguem ter quem dê alguma coisa por elas. . .

I X

A mulher 6 um artigo de luxo que se paga sempre muito caro; A mais barata ainda é aquela a pronto paga­mento ; as amantes a prazo, curto ou de duração, é um livro de cheques a descontar constantemente e muitas vezes sem cobertura até à falência do B a n co ... e as casadas é uma hipoteca que se faz para toda a vida, com pres­tações vencidas todos os dias a paga­mento a todas as horas.

XComparo um livro ricamente enca­

dernado a uma mulher luxuosamente v e stid a ... e se o que me deleita no livro é a leitura, na mulher também pouco me interessa o ve stid o ...

Manuel Giraldes da Siiva

c/L lemana liutórlea

Coordenação de

fre' Agostinho de Penamacor

Dia 3 — 1851 — Nasce em Lisboa,o maestro e pintor Alfredo Keil.

D ia 4 — 1336 — Morre em Estre- moz, a Rainha Santa Izabel.

Dia 5 — 1932 — Toma posse o primeiro ministério da presidência de Salazar.

Dia 6 — 1885 — Pasteur realiza a sua primeira experiência de soro anti-rábico numa criança.

Dia 7 — 1923 — Morre em L is­boa, Guerra Junqueiro.

Dia 8 — 1583 — Morre Fernão Mendes Pinto, autor das «Peregri­nações».

Dia 9 — 1597 — Morre José de Anchieta, o famoso jesuita, a quem chamaram «o apóstolo do Brasil».

Dia 10 — 1499 — Chega ao Tejo a nau de Nicolau Coelho, com a notícia da descoberta do Caminho Marítimo para a índia.

Dia 11 — 1831 — Uma esquadra francesa entrou no Tejo e apri­sionou os navios portugueses.

Dia 12 — 1336 — S e p u l t o u - s e em Santa Clara de Coimbra, D. Isabel de Aragão, a Rainha Santa.

 qu im iàaEstamos em Londres noLje 0

na Clement’s Inn Passage,* dum edifício lúgrube e sJ|Ven que està junto do Tribunal! leil trasta intensamente com (Lj0 in gótico deste. Quer 0 leitoráficos.. que lá se passa? Pois passecfccêndí do arco de ferro, suba os «m ur roídos pelo tempo e verá um parecia que a humidade embaciouftgar, ’ reza simplesmente assim:.Ego de ratório do Governo». Atravlecerar corredores de paredes bride ben; ao chegar aos laboratórioslitenci intrincada de tubos e instruíras < encontrar se-á num mundckos ser nador, onde polícias sem urfnicros combatem o crime e 0 tniíerme do mercado negro. comqi

seja quInúmeros malfeitore^do. I

devem a sua captura aos awm cacientíficos do n.° 13, meditaifJy1110este facto por detrás das era«m,'3'

. „ apoderPrlsão- Jdern

Os nomes destes sábios Jalsific publicam ; mas os resultat suas experiências são conlifeus 1 no mundo inteiro. Os seus rras ca são imitados noutros paísesJÍevanf são os seus misteres, desde cura dum assassino até guarda da saúde pública de exames aos comestíveis,' leite e drogas.

Ibilheti durou do est ultra-’ emenc

P A L A V R A S C R U Z A D I

PASSA. . .

Responda, se souberTESTE N.° 2

1 — Qual é o romance de Ferreira de Castro, que mais traduções possui ?

2 — Quem fo i 0 Marechal que na última guerta mundial se chamou «A raposa do Deserto» ?

3 — Quem ganhou, em 1949, 0 «Pré­mio Nobel» de Medicina ?

4 — E como se chama a operação ci­rúrgica que deu motivo a tal distinção ?

j — Esta frase fo i proferida por quem : «0 único bem que fica do Mundo é ter chorado algumas vezes ?

6 — Quantos anos levou Leonardo de Vinci a pintar essa obra prima da pintura que è a Mona Lisa ?

7 — Qual 0 autor da ópera Orfeo ( 1607) ?

8 — Que rei da primeira dinastia f o i também um notável poeta ?

9 — Maquiavel, u m a das maiores figuras da Renascença escreveu um

livro sobre os métodos de governar. Como se chama ele?

10 - De onde é natural 0 grande can­tor Tomaz Alcaide ?

S o l u ç ã o d o T e s t e N . ° 1

1 — Dr. Augusto de Castro.2 — Mazdeímo é a Re l i g i ã o dos

Persas.3 — Carlos Magno.4 — França: «Jacques Bonhomme»

Alem anha: «Der Deutsche Micheh E s­tados Unidos: Mucle Sam» Inglaterra: «John Buli».

$ - Reinaldo Ferreira.6 — Grafologia é a arte por meio da

qual se pode conhecer e descrever 0 ca­racter ou a indole de cada indivíduo, pelo traçado da sua escrita.

7 — Leonardo de Vinci.8 — Platão.9 — Tem o (nove).10 — No Egipto, por Napoleão.

1 — A m io p ia c o r r ig e - s e p o r m e io de le n te s . C ô n ca v a s o u c o n v e x a s i1

2 — Q u a n d o a lg u é m d e s m a ia , q u a l é a p o s iç ã o c o r r e c ta em q u e a d e v e m o s c o lo c a r a té r e c u p e r a r o s s e n tid o s ? H o r iz o n t a l ; co m a c a b e ç a o u o s p és le v a n ta d o s ?

3 — C o m u m e r r o d e c in c o a n o s p a ra

H O R IZ O N T A IS : 1 — P e ix e d o Probema IV.0 15r io m u ito a p re c ia d o n o B r a s i l ; b a - tr á q u io r a n íd e o . 2 — C a m in h a r ; a tr e v e . 3 — P e q u e n a c a s a ; m a d e ir a .4 — d i t o n g o ; s e g u e s ; t r ê s le t r a s d e irm ã . 5 — L im p o ; a n tig a e m b a r ­c a ç ã o . 6 — N o ta m u s ic a l ; a s p e c to .I — L a v r a ; n o m e de m u lh e r (p l.) .8 — C a r b o n a to d e c a l ; p e r t e n c ia s ; sem ro u p a . 9 — A lg u m a ; p la n íc ie .10 - C u rso d e á g u a n a tu r a l ; a tm o s ­fe r a . 11 — T r i t u r a : o b s e r v a v a s .

V E R T I C A I S : 1 — M o n te da A m é ­r ic a d o S u l. 2 — N e sse s í t i o ; o rg ã o d o c o r p o do h o m e m . 3 — g e m id o s ; g é n e r o d e m o lu s c o s . 4 — F u r a r em m u ito s p o n to s ; e le ( f r a n c ê s ) 5 —P a r te a n t e r io r d as ig r e ja s , d e ssa e n tr a d a a tè ao s a n tu á r io ; re p e te .6 — R io d a A m é r ic a d o N o r t e ; é p o c a s . 7 — T r a n s p ir a s ; c id a d e da I r a n s jo r d â n ia . 8 — V o g a l ( p l . ) ; a l is a i . 9 — O h o m e m q u e d e s c o b r iu a m á q u in a a v a p o r ; z a n g a . 10 —P e d r a d o a l t a r ; c o n s o a n te re p e tid a .I I — E x c i t a r à d e s o rd e m . ■-

Solução do Problema. IVH O R I Z O N T A I S : 1 — A r c i te n e n t e . 2 — M ã e ; o le . 3 — A s n a ; g im . 4 — I r ; cl. \ '

c a d a is . 6 — S i a ; a r e ; g a z . 1 - A lu m ia r e is . 8 — I m ; ao . 9 — G i z ; a c o r . 10 — Aro» tf* A p r is io n a is .

V E R T I C A I S : 1 — A m a ; á s ; á g u a . 2 — R a s ; r ia . 3 — C e n tr a l iz a r . 4 — U m ; r'' i c a m ; o s . 6 — A ra r ia s . 7 — N o ; D e a o ; m o . 8 — E l ; ca . 9 — N e g lig e n c ia . 10 — S a i ; 0''1 E r a m ; zs ; r a s .

José Antónioin in iiib ......... ......... *— -— um in ■ iB r n w i iw ii i i - ■ i n ---------------- -------- 1 iiiiiim ■■mi m in . i . _________________________ ___— * **

Leitor, o que sabe acerca disto?m a is o u p a ra m e n o s . Q u a l o lin»te v e r ific a d o pai a a v id a h u m a n a ? , , par,

4 - U m a ú lc e r a n o duodeno ^ . *em a is fà c i lm e n te e m c â n c r o do í ue c e r a d e e s tô m a g o ? , .m

5 — O s e n tid o d o o lfa c to é ma19 a n te s o u d e p o is d a s r e fe iç õ e s ?

Qger ttstn c°s t«

5

m i j a l u l a c o n t r a o c r i m e

ndres noj j e 0 |ei|e às manchas de sanguea s s a g e *ibe e jM Veneno, assassinatos, roubo; TribunalL leite às manchas de sangue, e com ojjdo interessa aos detectives cien-0 leitorittficos. Ao terminar o rescaldo dum s passecgicêndío, os bombeiros eneontra- uba os jfci umas bolas de celuloide que verá uJxeciam estar a mais naquele mbacioufugar, um grande armazém que oassim: (ogo destruirá. Os químicos escla-

». AtravJjceram o mistério: estavam cheias ides brijle benzina e o incêndio tinha sido >ratório$|ntencional. Os tribunais poupam e instru horas de discussões legais, graças1 mundoíos serviços dum químico. Os seus s sem : Microscópios, a fotografia infra-

e o tevermelha e ultra-violeta, fazem com que a falsificação dum cheque seja qualquer coisa de muito arris-

feitoreijcado. Durante a guerra aconteceu ra aos |m caso muito interessante, em , meditarfly111011 , porto militar britânico, s das er ban(l0 ladrões conseguiu

apoderar-se dum certo número de cadernetas da Caixa Económica;

s sábios Jalsificâvam depois os seus bilhetes resullMffe Identidades de forma a que os são conlf861113 nomes coincidissem com os )s seus J as cadernetas e, quando tinham s países.«evantiado todo o dinheiro, repu- ;s desdet1 ani 0 seu verdadeiro nome no o’ até â|ilhete de Identidade. O negócio íblica pí!purou até que a Polícia deu conta íestívei# 0 estratagema, graças à fotografia

yultra-violeta, q u e r e v e l o u as emendas.

0 microscópio revela também a iorma de transformar uma nota de cinco libras numa de cinquenta, e muitas coisas mai s . ..

0 que certa gente faz para não gastar dinheiro em selos de correio é na verdade inacreditável. No

13 está arquivado o caso de luas irmãs que se escreveram durante meses com 0 mesmo selo,

ràviamente encerado para que >°ssa fácil limpar o respectivo•arimbo. . .

A fotografia flourescente, por outro lado, mostra com clareza I®piedosa o desenho que serviu de

ase ao falsificador de assinaturas.

11 que comem arame

, . Mas isto não é tudo. Suba o eitor até ao 2.0 andar, onde se lontra a secção de tabacos; •°nhece-se logo 0 local, pelo aroma lUe dele se desprende. Aqui exis- ,íni fornos eléctricos que servem ara ver se os tabacos de expor-

J íe!u a quantidade de água ejCessária O número de amostras : v e a três mil por semana, e , 0 ]á dá ideia do imenso trabalho

Envolvido neste edifício. Acha

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15

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I r ; cl. 5 "— A ro > lVl'

U m ; ri. 5— S a i ;

mo

lo

isto interessante? Pois lembre-sese trata trabalho diário, de

«omna,.sem interesse, comparado L 0sinumeráveis problemas que fcej.s sábios têm de resolver por faz 1 ° do governo. Por exemplo:

I o limit»*'1 Uu,a . eir°s reclamam do governo a u a ? , j , ^em nização por que grande “° endueaí ingje-|j0 ?a( ° lhes morreu por ter

to é ma'ses ?

por Douglas Liversidgede arame pertencente a uma bomba voadora ou, simplesmente, da veda­ção duma quinta; no primeiro caso haverá lugar para indemnização; no segundo não.

Chega um pedido dos Correios. Os carteiros queixam-se de que os uniformes desbotam e sujam as camisas. Servindo-se dum aparelho que mede a quantidade de corante que sai dum tecido ao esfregá-lo com água ou com a transpiração artificial, o q uímico poderá resolver o problema. Mais além, um assis­tente verifica se a cola dos selos do correio tem arsénico; outro \ê se eles desbotam ao sol ou só quando a l g u é m t e n t a apagar alguma coisa nele.®.

fies e a Scotland ilard

Os meteorologistas latnbém têm os seus problemas. Neste momento trata-se das informações meteoro­lógicas a respeito de vapores; o movimento contínuo causado pelas tempestades faz com que muitas vezes o barógrafo seja inútil, porque não dá indicações exactas. Os téc­nicos estão a procurar um líquido que, colocado naquele instrumento, impeça as vibrações,

O leite tem água? Essa man­teiga terá margarina misturada ? Isto são problemas de bem fácil solução. O pior são os quebra- cabeças que chegam dia após dia. Um metal suspeito que é preciso examinar à custa de novas técnicas espectrográficas, i n t e r f e r ê n c i a s eléctricas nos telefones públicos, etc., etc.; e, além de tudo, a Sco­tland Yard, cliente assídua da habilidade dos homens de ciência. Os mais variados instrumentos são levados até lá.

Assassinato ou suicídio?

Os detectives apareceram um dia com umas calças: a polícia fora incapaz de averiguar se a mancha existente à volta do buraco de entrada da bala tinha sido feita pelo calor da bala ao entrar ou já existia antes disso. Suicídio ou homicídio? Suicídio, respondeu o químico, porque o tecido não estava queimado, o que prova que a bala viera de longe, pois tivera tempo de arrefecer.

Uma das actividades mais notá­veis do laboratório foi na luta contra o tráfico ilegal de estupefa­cientes e narcóticos. Por meio destes sábios se veio a descobrir, por exemplo, que muitos indivíduos ganhavam consideráveis somas de dinheiro, narcotizando os galgos corredores, nas corridas de aposta livre.

E a química, na luta contra o crime, continua implacável e fria como a própria Ciência.

arame proveniente de jerra. Os qui

que investigar se se tratai3ap! j 611*'09 guerra. Os quími-

M I R A D O U R O

O pior dos homensO mundo quedou abismado quando,

há poucos meses, os jornais anunciaram a próxima canonização de Don Juan Tenório, o fabuloso e amoroso aven­tureiro, duelista e beberrão, de histó­rica memória. Podia lá ser, ele o sím­bolo das maroteiras da carne e dos desváiros da paixão ?! Sim, era lá possível? ! . . .

E, no entanto, se é certo que passou a primeira parte da sua vida metido com mulheres, a jogar, a beber e em duelos à espada, não é menos verda­deiro que, depois de velho, esqueceu por completo o seu garboso passado e entregou-se à prática de severa pe­nitência, acabando os seus dias quase santificado pelo sacrifício e pela cari­dade.

Era um fidalgo riquíssimo, que viveu em Sevilha no século XVII e que, em verdade, se chamava Don Miguel de Manara, cujas aventuras inspiraram numerosas obras dramá­ticas e a criação da própria figura li­terária de Don Juan Tenório.

Talvez inspirado no exemplo de Madalena, 0 velho cavaleiro de Cala- trava arrependeu-se a tempo e — no dizer de Diogo de Macedo — quiz, assim, remir os seus pecados pela

generosidade que lhe desse um lugar no ceu.

Com efeito, levou tão longe o seu desejo de conversão que repartiu todos as seus bens pelos pobres e mandou construir o Hospital da Santa Cari­dade, em Sevilha, fazendo-se ali se­pultar, à entrada da igreja «sob uma pedra onde gravaram o seu desejo de ser pisado por todos os fieis, para grande castigo do despreso que o seu vil corpo lhe merecia».

Isto ocorreu há três séculos e desde então os sevilhanos principiaram a falar da sua santidade, invocando o seu nome nas orações e fazendo-lhe a vontade de lhe pisarem a campa, mas devagarinho.

Não se estranhe, por isso, que o pobre Don Juan, arrependido, esteja agora a caminho da canonização.

O homem que. num grito de arre­pendimento sincero, pediu que lhe gravassem no túmulo este epitáfio: «Aqui jaz o pior homem que jámais houve no Mundo», merece bem que, pelo menos a Humanidade, lhe con­ceda o perdão que ele, tão humilde­mente, rogou a Deus ! . . .

Pinto da Costa

A Suinicultum nos ESTADOS UNIDOS(Especia l para «A Província» - Do Co llege Station - Texas - U. S. A .)

VM e r c a d o s

Com o 0 sistema das duas parições anuais (primavera e outono) é 0 mais se­guido, sucede que os mercados recebem maior número de cabeças nos períodos em que os animais atingem 0 peso conve­niente para 0 abate.

A maior parte dos agricultores segue uma engorda intensiva de forma a cevar os seus porcos em 6 meses ou ainda menos. Outros usam um sistema delatório por forma a irem aos mercados nas épo­cas em que eles estão menos sobrecarre­gados.

Os meses de máxima oferta do fim do O u t o n o quando a produção da pri­mavera é levada para venda. Nos meses de Maio e Junho há tambem aumento de concorrência em virtude da vinda dos pro­dutos das parições do outono anterior.

A oferta é menor durante Agosto e S e ­tembro que correspondem também à época em que os porcos atingem preços mais elevados.

A indústria de carnes não dispõe, como já Vimos, de instalações para conservar os animais e tem que abate-los à medida que os recebe. Por esta razão as matanças são maiores nos períodos de maior con ­centração.

No que se refere aos suínos Vendidos aos engordadores 0 maior movimento observa-se em Setembro e Fevereiro.

Q uebras

Também entre os americanos 0 problema das quebras é motivo de preocupação e discussão.

Uma vez, que 0 transporte obriga a in­terromper a administração dos alimentos e à perda de humidade pelo ar expirado, pelas fezes e pela urina 0 peso à saída da exploração é sempre superior ao que se verifica no local do destino.

Os porcos que são recebidos nos vários mercados para aí serem vendidos recebem comida, 0 filling com o aqui se diz, até recuperarem 0 peso perdido.

Todavia a distribuição da comida é in­terrompida na véspera da venda.

pelo Dr. Ramiro FerrãoApesar dos numerosos estudos levados

a efeito ainda não foi possívej obterem-se dados precisos sobre quebras em trans­porte. O comprador e 0 Vendedor pagam com este elemento no sentido dos res­pectivos interesses.

A grande empreza Armour & C. toma em conta os seguintes cá lcu los:

Porcos castrados e fêmeas alfeires:E m C a m iã o E m C a m in h o d e F e r r o

50 milhas -100 milhas — 400 milhai -1000 milhas - 2000 milhas2 — 3 % 4 - 6 % 6 - 8% 8 - 1 0 % 8 - 1 1 %

Porcas parideiras:E m C a m iã o E m C a m in h o d e F e r r o

50 milhas-100 milhos — 400 milhas - 1000 milhas - 2000 milhas4 - 5 % 5 - 6% 6 - 8% 7 - 1 0 /„ 8 - 1 1 %

De uma maneira geral considera-se que a quebra aumenta com a distância e com o tempo. É também maior quando os porcos são transportados juntamente com outros animais ou em carregamentos de animais sem pesos demasiado desi­guais.

C l a s s i f i c a ç ã o

A complexidade do sistema de compra e venda exigia o agrupamento dos di­versos tipos de suinos em ordem a regu­lamentar os respectivos preços.

Vamos tentar descrever estes tipos. Antes porém achamos conveniente in­formar o leitor de algumas particulari­dades interessantes.

Os suinicultores americanos não pro­cedem à castração das fêmeas. Esta operação não é considerada necessária porquanto os animais são abatidss aos 6 meses, antes portanto de atingirem a idade da reprodução.

Os machos destinados à engorda são castrados às 4 semanas de idade. Alguns autores e práticos aconselham e efectuam esta operação quando os animais atingem a primeira semana afirmando que nesta altura são menores as probabilidades de desastre e que o restabelecimento é mais rápido.

(Continua no próxim o número)

6 Á PROVINCIA 14-7-955

Á CRIANCA f 0 MUNDO 0 problema da travessia do Tejo(iContinuação da prim eira p á g in a )

(Continuação da 1 * p á g in a )

Os rapazes na sua distribui­ção de jogos com os com ­panheiros, dão-nos admirá­veis exemplos de disciplina e raciocínio, na resolução exemplificada do lugar de cada um. Ainda mesmo em problemas de aspecto apa­rentemente difícil, elas rea­gem admiràvelmente.

Há ainda outro tipo de crianças, além do comum. São as crianças precoces, às quais foi proporcionado um a m b i e n t e educativo, calmo e são, no qual a mente dessas, se pode desenvolver sem choques emotivos nem contradições de maior, che­gando a atingir aqueie nível só quase destinado aos ver­dadeiros génios. A criança nas suas muitas formas rea- cionárias, tendem a mostrar fàcilmente, tudo quanto a impulsiona, o seu verdadeiro sentir.

A maioria das crianças anormais, são aquelas às quais logo à nascença foi proporcionado um ambiente pouco calmo, fictício e mau- -são, essas que por sua fraca defesa, são geradas duma hereditariedade e n f e r m a , dando deste modo ao em­brião reflexos definhados, raramente atingindo a cra­veira da precocidade, senão menos de anormalidade evi­dente e patenteada em todas as expressões egocêntricas onde o anormal se espraia a seu belo prazer.

Por último analisemos ou­tro tipo de crianças, sendo estas a quem se dá, menor atenção e carinho, são as que cedo revelam o seu grau elevado de capacidade, e in­tuição, na música, na ciência, e nas inovações construtivas etc., essas dotadas por natu­reza, de estranha e superior inspiração, não deixarão já- mais de ser normais, na sua Vida quotidiana, abstraindo-se sòmente dos pormenores fá­ceis da Vida. Essa claridade que invade o espírito da mente precoce, dificilmente se mantém até muito tarde, dá-se um acentuado can­saço, obrigando assim a de­terminadas crianças a sen­tirem-se fatigadas, passando a ser um indivíduo invulgar sim, mas em percentagem genial muito menor. A sen­sibilidade da criança é o centro-motor do seu génio, onde são tansmitidas ondas de reflexão pré-concebidas, não permitindo acentuações menos delicadas, que a vida e as suas infalíveis conse­quências oferecem dia a dia.

A criança onde o génio instala a sua evolução, é

por natureza, muito pura e tímida, c o m a evidência duma sublime expressão de sonho e nostalgia no olhar. São meigas sem fácil exte­riorização, dadas a repulsas quando pelos adultos incom ­preendidas.

Na criança de sempre e na de hoje reside a espe­rança do amanhã, deve ela merecer o mais aturado es­tudo e carinho, afim de lhes minorar o sofrimento que as espera mal que o mundo Vis­lumbram. S a lvagu ard em os as crianças com ternura e afeição dos cataclismos bár­baros, dos gestos descon­trolados e impróprios de falsos e incompetentes edu­cadores, onde falha a moral e sentimento, para as am­parar e compreender no seu desenvolvimento e formação. São as crianças, frutos pre­ciosos de antecedentes crian­ças, não erremos no caminho, levando por tojos e espinhos a sua fértil sensibilidade, a «bocêta» do seu génio.

Amar e amparar as crian­ças é construir alicerces, logo de raiz, duma geração futura, mais pura, sã e genial.

Minda Pires

Sociedade Columbófila

de MontijoM apa de c la ss if ica çõ e s

29/5/55 Mangualde-Montijo1 .° e 2 . ° , F r a n c is c o J . V ie g a s e

C a s t r o ; 3 .° , A ld e m ir o E d u a r d o B o r g e s ; 4 .° , E d u a r d o S a b in o T e r r a s ; 6. ° , V ic to r M . M a r t in s V ie g a s .

4/6/55 Burgos — Montijo1 .° , A ld e m ir o E d u a r d o B o r g e s ;

2 .° , V ic t o r M . M a r t in s V ie g a s ; 3 .° , D io g o M e n d o n ç a T a v a r e s ; 4 .° , F r a n c is c o J e s u s S i lv a ; 5 .° , D io g o M e n d o n ç a T a v a r e s .

12/6/55 V ilar F .— Montijo

1 .° , E d u a r d o S a b in o T e r r a s ; 2°, V ic t o r M . M a r t in s V ie g a s ; 3 .° , D io g o M e n d o n ç a T a v a r e s ; 4 .° , V ic t o r M . M a r t in s V ie g a s ; 5 .° , J o s é C o r r e ia L e i t e .

19/6/55 Tua — Montijo

1 .° , 2 .° e 3 .° , V ic t o r M . M a r t in s V ie g a s ; 4 .° , D io g o M e n d o n ç a T a ­v a r e s ; 5 .° , J u s t i n i a n o A n tó n io O liv e ir a .

26/6/55 Bragança— Montijo1 .° , J o s é P e d r o C a r a b in e ir o ; 2 .° ,

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A instalação dos impor­tantes serviços da Base Naval do Montijo, vem au­mentar consideràvelmente 0 interesse desta carreira, pela necessidade de dotar este importante estabeleci­mento militar com comuni­cações rápidas e frequentes.

Deve ascender a muitos milhares de contos anual­mente, a economia que re­sultará do encurtamento de percursos para o Centro e Sul do País, mas as grandes vantagens da projectada li­gação pelo Montijo resul­tam principalmente da me­nor duração das v>agens, que para o Alentejo poderá ser reduzida em cerca de duas horas, devido não só ao encurtamento do per­curso, mas às maiores ve­locidades de marcha que

sem risco, este comporta.Tais são, em linhas gerais,

as condições que justificam a creação da nova carreira que se pretende estabelecer e de que grandes benefícios há a esperar para a econo­mia geral do país e para o automobilismo nacional.

Para ligação da Estação fluvial do Espigão de Mon­tijo com a vila de Montijo, torna-se necessário promo­ver a construção de um ramal da Estrada Nacional n.° 4 (que conduz a Vendas Novas) com cerca de 7,5 quilómetros de extensão, passando pelo S a m o u c o , visto que as estradas e ca­minhos mu n i c i p a i s exis­tentes não satisfazem às condições exigidas pelo f u ­turo trânsito.

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F o i n e s t a d a t a q u e a f ig u r a d i s t i n t a e i l u s t r e d e A M A D E U D E M O U R A S T O F F E L « M ú s ic o I n s i g n e » — t o m o u a R e g ê n c ia d a B a n d a .

U m p e q u e n o g r u p o d e s ó c io s e a m i g o 8 d a c o l e c t i v i d a d e , n ã o e s q u e c e n d o a d a t a , c o m e ­m o r a m - n a m o d e s t a m e n t e em r e u n i ã o p a r t i c u l a r , r e v i v e n d o p o r a l g u n s m o m e n t o s a « o b r a i n e y à v e l » d e v a l o r i z a ç ã o em t o d o s o s a s p e c t o s i n i c i a d a n e s s e d i a , e a q u e S T O F F E L d u r a n t e 2 8 a n o s s e d e d ic o u c o m a l g u n s v a l i o s o s e l e ­m e n t o s d a s u a é p o c a .

C o m s a t i s f a ç ã o e v o c a r e m o s e s s a s h o r a s b o a s e m á s , d e a le - g r i a s e s a c r i f í c i o s r e c o r d a n d o p a l a v r a s e a t i t u d e s , m a s r e s ­s a l v a n d o c o m o s e m p r e o b o m n o m e d a c o l e c t i v i d a d e , e o r e s p e i t o d e v id o a o s s e u s R e­g e n t e s . s e j a m q u a i s f o r e m .

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( C o n t i n u a ç ã o do n ú m e r o a n t e r i o r )

Alguns deles tinham argo­las (como o de Penamacor) e correntes de ferro, aonde se amarravam os deliquen- tes. Assim ao pelourinho amarrava.se o merceeiro que roubava no peso, (como suce­deu em Lisboa), tendo o deliquente as balanças pen­dentes do pescoço, e, em Viseu, a Câmara de 1304 decretou: «Todo 0 carniceiro acusado e convencido de servir-se de pesos falsos será condenado à exposição na picota; o mesmo é orde­nado para os padeiros (Acór­dão da Câmara de Viseu em 1304). (2) Estava estabele­cido que o transgressor de certos delitos, recebia no pelourinho, vinte açoites e pregão, pela primeira vez: pela segunda, 50 açoites, também com baraço e pre­gão : e pela terceira vez, seria públicamente açoitado pelas ruas e travessas, igual­mente com baraço e pregão: Estes castigos podiam ser remíveis a multa para o concelho.

Nos pelourinhos, como muita gente, erradamente julga, não se executavam condenados à morte. As exe­cuções faziam-se na forca, fora das povoações A s me­mórias registam apenas d uas ou três excepções, em que foram executados condena­dos em pelourinhos, uma das quais foi em Lisboa.

Uma das serventias do pelourinho foi para a afixa­ção de editais. Embora se diga que esta utilização do pelourinho se tornasse uso em 1767, mas já os conspi­radores de Évora, na revo­lução de 1637, contra o domínio castelhano, se ser­viram dele para, publica­mente, participarem as suas ordens de serviço, mas que eram assinadas pelo célebre mentacapto, Ma n u e l i n h o , motivo porque a políci 1 não ligou importância a tais edi­

tais afixados no pelourinho.Quando da extinção de

alguns cancelhos, pela revo­lução liberal do segundo quartel do século XIX, em muitas antigas vilas foram derrubados, partidos e des­truídos os seus pelourinhos. «Grande delito de estupidez e incultura!» — diz Mouse- nhor Pinheiro Marques.

Em terras de Algodres, onde nasceu Viriato, apenas o de Fornos foi derrubado, mas que fo i novamente erguido em 1933, quando presidia àCãmaraMunicipal daquela vila, 0 sr. Dr. A n ­tónio Rodrigues, hoje notá­rio na Guarda e Deputado pelo mesmo distrito. Foi ele mesmo que, em 1934, nô-lo mostrou já no seu devido lugar, á frente dos antigos Paços do Concelho daquela vila das terras de Viriato. O sr. Dr. António Rodrigues quis assim reerguer e res­taurar o documento mais importante da vida admi­nistrativa de Fornos, para cujo progresso sua ex.a deu0 melhor do seu esforço. Em s. ex. têm os presidentes do município e da Junta de Freguesia, c uj os pelouri­nhos desapareceram, um patriótico e nobre exemplo a seguir.

1 ) — A s dom usm uuicipalis d o s m u n ic íp io s m a is n ã o e r a m e d ifíc io s g r a n d e s n e m lu x u o s o s ; e r a m m o ­d e s to s e s im p le s , m as o s h o m e n s e ra m l iv r e s e a u tó n o m o s . C o n te n ­ta v a m -s e p o r q u e m a is n ã o p o d ia m , co m u m a c a s a m o d e s ta e s im p le s , re d u z id a m u ita s v e zes a p e n a s a u m a p e q u e n a sa la e n tr e q u a tr o p a re d e s , m a s q u e c h e g a v a p a ra o fu n c io n a m e n to da a d m in is tr a ç ã o , v ig i lâ n c ia e e x e r c íc io da ju s t i ç a à fa m il ia m u n ic ip a l . P o r is s o n ão d e v e c a u s a r a d m ira ç ã o d e m u ita s v e z e s e n c o n t r a r m o s p o r e s te p a ís fo ra , c a s a s da C â m a ra p e q u e n in a s , m o d e s ta s , h u m ild e s .

2 ) — A in d a n ã o h á m u ito s a n o s q u e , e m T r a n c o s o , fo i a p a n h a d o u m in d iv íd u o a r o u b a r g a l in h a s . O p o v o d e i to u - lh e a m ã o e ao ro u b o , e e x p ô - lo n o p e lo u r in h o c c o n t e m ­p la ç ã o do p o v o .

intensificadaa lulacontra a tuberculose(Continuação da f.'ã p á g in a )

tem desenvolvido uma acti­vidade digna de todos os elogios, acompanhando os serviços com a dedicação que é apanágio em S. Ex.\

Por todos os motivos as populações dos concelhos já

i visitados, Santiago do Ca­cém e Sines, estão satisfeitas com esta iniciativa do Go­verno, e, outros concelhos na devida altura serão visi­tados para receberem os benefícios desta tão valiosa iniciativa, devendo os natu­rais de cada concelho com­parecerem voluntariamente, contribuindo com a sua ati­tude para diminuir a per­centagem de tuberculosos no nosso País,

Está provado que este mal pode ser debelado com eficiência, mas j u l g a - s e necessária a criação de pavi­lhões de isolamento para os doentes mais contagiados, considerando-se urgente a instituição d’um fundo d is­trital para auxiliar a com­bater o mal.

O semanário «A Província» põe à inteira disposição do ex.mo sr. Governador Civil,

ias suas colunas do jornal para c o o p e r a r nesta tão valiosa iniciativa do nosso Governo.

N o d iá r io d e L is b o a d e 2 0 do c o r r e n t e lê - s e e s ta l o c a l :

« Q u a d ro M e d ie v a l : E m R ib a de A v e , u m h o m e m (C la u d in o da C u n h a ) s u r p r e e n d id o de n o ite a r o u b a r b a la ta s , fo i e s p a n c a d o a li m e s m o (à fa lta d o p e lo u r in h o ) em te r m o s d e i r p a ra o h o s p ita l .

No próximo artigo: As Câmaras Municipais e suas comissões arqueológicas e turísticas, a Junta de Fre­guesia na restauração dos pelourinhos locais.

José Manuel Landeiro

D O S P I R I N E U S(Continuação da p á g in a oito)

o s . « c h â te a u x » , v in h o s d e p a sto n o b r e s , v in h o s d e p a sto b u r g u e s e s , v in h o s d e p a sto a r te s ã o s ; e x c u r s õ e s g a s t r o n ó m ic a s h ã o -d e p e r m it ir -n o s a p r e c iá - lo s ao p é d a c e p a , e e s c o ­lh e r n a g r a n d e d in a s t ia d os « C h â - te a u x M a rg a u x , L a f i te , Y q u e m » , te n d o e s te a re p u ta ç ã o d e p r im e ir o v in h o b r a n c o d o m u n d o .

D e B o r d e a u x , a e s tra d a d o s P i - r in e u s le v a -n o s p o r B a y o n n e às

I l in d a s p ra ia s d as V a s c o n g a d a s . E m B a y o n n e , e n c o n tr a r e m o s a m a is c o m p le ta d o c u m e n ta ç ã o d o s v e lh o s c o s tu m e s d e s ta r e g iã o . C o m

e fe ito , a b r iu r e c e n t e m e n te n o a n ­t ig o c o n v e n to d os C o rd o e iro s , um M u se u R e g io n a l a p re s e n ta d o co m m u ita in t e l ig ê n c ia e a c e n tu a d o b o m g ô s to .

N o te r m o d e sta l in d a v ia g e m , a d if ic u ld a d e e s tá n a e s c o lh a e n tr e ta n ta s p ra ia s te n t a d o r a s : A n g le t , B id a r t , G u é th a r y , S a in t - J e a n - d e - -L u z , C ib o u r n e , I l e n d a y e . . . S e B ia r r i tz j á n ã o é a r is o n h a a ld e ia de p e s c a d o re s q u e e n tu s ia s m o u V ic t o r I lu g o , tr a n s fo r m o u - s e n a « R a in h a d a s P r a ia s e p r a ia d o s R e is » .

A escola de Belas Aries(Continuação da pá gin a oito)

o p a la c e te d e C h im a y , q u e d a ta de 1 6 4 0 e fo i c o n s t r u id o p o r M a n s a r t .

E s te c o n ju n t o d e e d if ic a ç õ e s c o n té m , cm p r im e ir o lu g a r , u m a s é r ie de a te l ie r s d e p in tu r a , d e e s ­c u ltu r a , de a r q u it e c tu r a , de g r a ­v u r a , d e a r te , s e g u in d o -s e o s a n f i ­te a tr o s p a r a o s c u r s o s o r a is . A G a ­le r ia d o s A n t i g o s p o ssu i u m a c o le c ç ã o d e m o ld e s , n o u tr a g a le r ia , e x i s t e u m a c o le c ç ã o ú n ic a n o m u n d o , q u e é a d e to d o s os P r é ­m io s d e R o m a d e s d e 1 6 8 8 , e a « S a l le M e lp o m è n e » c o n té m as c ó ­p ia s d o s q u a d ro s c é le b r e s . Q u a n to à B ib l io te c a , fo i o rg a n iz a d a em 1 6 8 2 , in a u g u r a n d o -s e e m 1 8 6 4 . C o n s t itu iu o s e u p r im e ir o r e c h e io u m a p a r te d as c o le c ç õ e s d a a n tig a R e a l A c o d e m ia d e P in t u r a e d e E s c u lt u r a , fo rm a d a s n o s s é c u lo s X V I I e X V I I I . H o je , a B ib l io te c a c o n ta m a is d e 7 0 .0 0 0 v o lu m e s ,5 0 0 .0 0 0 fo to g r a f ia s e g r a v u r a s , e e m a is d e 10.00() d e s e n h o s de m e s ­tr e s . Q u a s e to d a s as r e v is ta s e i lu s t r a ç õ e s q u e tr a ta m d a s b e la s - - a r te s e n c o n t r a m - s e a li à d is p o s i­ç ã o d o s le i to r e s .

Q u a n to à v id a in t e r n a da E s c o la d as B e la s A r te s , n ã o d e ix a r á d e s e r in t e r e s s a n te o u v i- la c o n t a r p o r u m a lu n o . F a la r - lh e s - á a in d a d o « G r a n d M a s s ie r » , e l e i t o p e lo s « M a s s ie r s » de c a d a a te l ie r e q u e r e p r e s e n t e o s a l u n o s ju n t o da a d m in is tr a ç ã o . F a la r - lh e s - á a in d a d o t r a b a lh o n o s a te l ie r s , o n d e o s « P a tr o n s » , ou s e ja m , m e s tre s e m i­n e n te s , o b s e r v a m e c o r r ig e m os a lu n o s . E s te s , p o r su a v e z , e n c a r ­r e g a m -s e d e fo r m a r o s p r in c ip ia n ­te s , co m o b s e r v a ç õ e s e c r í t ic a s , a lg u m a s c a u s t ic a s , m a s s e m p r e ju s t a s . E s ta m a n e ir a d e p r o g r e d ir g r a ç a s a u m e s fo rç o c o m u m é p r in c ip a lm e n t e u t i l i z a d a p e lo s fu tu r o s a r q u i t e c t o s ; o t r a b a lh o d e s te s é d o s m a is c o m p le x o s , p o r ­q u e é c ie n t í f i c o e a r t ís t ic o ao m e s m o te m p o . O a r q u ite c to d ev e

a p r e n d e r a e n c o n t r a r v á r ia s s o lu ­ç õ e s d o m e s m o p r o b le m a e s a b e r e s c o lh e r a m e lh o r . O m e s m o s u ­c e d e , d e r e s to , co m o s e s c u lto r e s e os p in to r e s .

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d iv is õ e s e q u in ta l , s itu a d a , n a V in h a d as P e d r a s o u C a r v a lh e ir a , f r e g u e s ia d e A lh o s V e d ro s d e sta c o m a r c a , d e s c r i ta n a C o n s e r v a tó r ia d o R e g . P r e d ia l , d e s ta c o m a r c a , s o b o n .° 1 1 .8 6 0 a f ls . 122 v d o L iv r o B - 3 2 e in s c r it a n a M a tr iz r e s p e c t iv a s o b r e o a r t ig o 8 0 7 e q u e v a i à p ra ç a p e lo v a lo r d e 3 8 .8 8 0 $ 0 0 .

M o n t i jo , 2 d e J u lh o d e 1 9 5 5 .O C h e fe d a l . a S e c ç ã o ,

a) António Paracana V e r if iq u e i a e x a c t i d ã o ;

O J u iz d e D ir e ito a) Josè M aria Pereira

de Oliveira

F o l h e t i m d e « A P r o v í n c i a » N . ° 1 5

0 segredo do espelhop o r

c  i K J d l f d á M i d i

C A P I T U L O I V

En que se começa a suspeitar de uma rapariga bonita, que não pode justificar a sua conduta.

Na realidade, pouco tempo tive para reflectir sobre a niudança de fisionomia da simpática Lucille Paradene, Pois que volvidos segundos a sua voz doce e calma exclamou naturalmente:

— Estou aborrecida por vos haver incomodado «Mis­ter» Irvine. Não sabia que estava ocupado com uma visita.

E fez menção de se retirar.— «Mister» German é meu

vizinho—expliquei — habita

«Falcon Lodge», muito perto daqui.

— Não fazia a menor ideia, de que tivesse hóspedes em «Falcon Castle» — acrescen­tou por seu turno Roger German, rindo.

E apertou fortemente a mão da jovem recém-che- gada.

Se bem que Lucille Para­dene tivesse com rapidez retomado o seu sangue frio, o olhar que tinha surpreen­dido deixara-me de sobrea­viso, e decidira-me a não os abandonar um só momento.

— «Miss» Paradene che­gou ontem à noite para visitar meu avô. Ignorava a sua morte.

— Bem, creio que são ho­ras de partir atalhou de improviso « Mi s t e r » Ger­man.

— Porque não toma qual­quer coisa c o n n o s c o ? — propus, na intenção de o reter mais algum tempo, a fim de esclarecer uma serie de factos que me começa­vam a intrigar.

Porém, o meu visitante recusou com um gesto.

— Não obrigado. Tenho muito que fazer em casa, e o meu «chauffeur» ficou a preparar-me o almoço.

— Pelo menos um calice de conhaque — e tocando a campainha chamei Dunstan,

Como o criado, no entanto se demorasse, levantei-me e saí da sala de jantar, para obter o que desejava.

Quando voltei, «Mister» German e Lucille Paradene conversavam'sobre os peri­gos de estarem perdidos no meio da neve naquele canto da Escócia.

Maspercebi perfeitamente que a sua conversação ante­

rior tivera por tema um assunto bastante diferente.

Se bem que as suas atitu­des recíprocas fossem de duas pessoas inteiramente estranhas, a minha impres­são era de que eles se conhe­ciam.

A ser exacta a minha con­jectura, porque o ocultariam então ?

«Mister» German tomou o seu conhaque, e despedin- do-se saiu.

Fechei a porta da casa de jantar e lentamente dirigi- -me para a jovem, que com tranquilidade o l h a v a as decorações das paredes.

Levava o firme propósito de a interrogar sobre «Mis­ter» German, mas prevendo a minha pergunta,ou porque realmente correspondesse à sua ignorância, foi Lucille Paradene que bruscamente me interrogou:

— Quem é este homem ?— Já há pouco lhe disse.

Habita não muito longe daqui, em «Falcon L o d g e » .

e chegou ontem depois da meia n o ite !...

— Falou-lhe de «Mister» Paul?

Respondi-lhe que nada havia dito sobre o assunto. E que aguardava que a polí­cia fosse informada. Pois todas as pessoas que se encontravam na vizinhança, podiam ser suspeitas.

— Mas tinha além disso outra razão para me calar— ajuntei — «Mister» Ger­man trouxe o encargo de alugar esta casa, por conta de um amigo.

A jovem abriu um pouco mais os seus grandes olhos sonhadores, mas não deu nenhuma resposta.

— Ontem há tarde, fiz-lhe algumas perguntas — conti­nuei calmo mas inèrgica- mente — e não desisto de saber porque veio aqui com «Mister» Paul ?

(Continna)

8 Á PROVINCIA 14-7-955

A C TU A LID A D ES DO MUNDOF R A N Ç A

p á g in á q u in z e n a l

N U M E R O 5

14 de Ju lho de 1955

J a c q u e s G r a s s e iNomeado Alto Dignatário da Confraria

dos Cavaleiros do «Tastevin»— « P o r N o é — P a i d a V in h a

— P o r B a c o — D e u s d o V in h o— P o r S . V ic e n t e — P a tr o n o d as

V in d im a s » .

P a la v r a s p r o n u n c ia d a s n o a c to so le n e da e n tr o n iz a ç ã o do A lto D ig n a tá r io d a C o n f r a r ia d o s C a v a ­le ir o s d o « T A S T E V I N » .

d e c la r o u a b e r to o c a p ítu lo d a P r i ­m a v e r a e a e n tr o n iz a ç ã o do n o v o C a v a le iro do « T a s te v in » .

* * *E n t r e as d iv e r s a s « L e is » p a ra s e

s e r u m b o m « T a s te v in » , e m F r a n ç a , e x is te m a s s e g u in te s :

N ad a d e á g u a , n e m d e c ig a ir o s ,

Jacques Grasset. Alto Dignatário da Confraria dos Cavaleiros do Tastevin

E m s e g u id a a c e r im ó n ia q u e se in ic ia c o m o to q u e n o b o m b o , co m n m v e n e r á v e l ce p o d e v in h a e lo g o d e p o is o a b r a ç o d e u m A lto D ig n a tá r io ao d i r e c t o r do C o riiis - sa r ia d o d o T u r is m o F r a n c ê s , em P o r tu g a l , s r . Ja c q u e s G r a s s e t — m o m e n to s o le n e d a s u a e n tr o n iz a ­ç ã o , n e s ta c u r io s a C o n fr a r ia , n o v e lh o C a s te lo de C io s de V o u g e s t .

A p ó s o ju r a m e n t o d e u so , r e c e b e

G rande dignatário com as tradicionais vestes

as in s íg n ia s do g r a u , d u ra n te a c e r im ó n ia id ê n t ic a d e in s p ir a ç ã o e de r i t o s à s d e R a b e la is e M o liè re .

N a s a la c a p itu la r d o C a s te lo p a s s a -s e a c e r im ó n ia ao so m de tr o m p e te s q u e e x e c u ta m a A id a . D e s liz a u m c o r t e jo d e to g a s v e r ­m e lh a s e b a r r e te s d e c lé r ig o . S ã o p r e c e d id o s d e A ra u to s e do M a c e ir o , o G ra n d e C o n s e lh o d a O rd e m e n ­c o n t r a - s e s o le n e m e n te , à e n tr a d a e v a i to m a r o s e u lu g a r . D e p o is u m a fa n fa r r a q u e te r m in a c o m a a b e r tu r a d e v á r ia s p a n c a d a s n o to n e l-g o n g o . O g r a n d e C a r m e le n g o

A Escola deB E L A S A R T E S

por C . DE N EU BO U RGE m 18 ‘ d e " D e z e m b r o d e 1 8 1 6 ,

u m d e s p a c h o m a n d a v a e n tr e g a r à « E c o le R o y a 1 e e t S p é c ia le d es B e a u x A r ts » as a n t ig a s in s ta la ç õ e s do M u se u d o s M o n u m e n to s F r a n ­c e s e s . E s t e m u s e u , c r ia d o p o r in ic ia t iv a d e A le x a n d r e L e n o ir , a in d a h o je s u b s is te em g r a n d e p a r te .

Q u a n to a o s e d if íc io s o n d e a E s ­c o la d as B e la s A r t e s fu n c io n a h o je , tê m u m a h is tó r ia q u e c o m e ç a n o s p r in c íp io s do s é c u lo X V I I . E m 1 6 9 8 , M a rg a r id a d e V a lo is q u iz fu n d a r , n o s ít io a c t u a l m e n t e o cu p a d o p e la E s c o la , u m c o n v e n to d e A g o s t in l io s D e s c a lç o s . M as a c o n s t r u ç ã o do se u p a lá c io e n tr e o s c a is e a ru a d o S e in e , a b a lo u - - lh e s e n s iv e lm e n te as f in a n ç a s e o c o n v e n to , n o se u te m p o , f ic o u p o r c o n c lu ir . D e p o is , A n a d e Á u s tr ia d eu n o v o e d e f in it iv o in c r e m e n to à s o b r a s , e a c a p e lin h a h e x a g o n a l , ch a m a d a d a R a in h a M a rg a r id a , o n d e se e n c o n tr a m o s m o ld e s d as o b r a s d e M ig u e l-A n g e lo , s o b r e v i ­v e u ao C o n v e n to . D o M u se u d o s M o n u m e n to s s u p r i m i d o e em g r a n d e p a r te d is p e r s o q u a n d o da R e s t a u r a ç ã o , r e s ta o p ó r t ic o d o p a lá c io d e la Trèm oille s o b o q u a l se p a ssa a c a m in h o d o P a lá ­c io d o s E s tu d o s .

F o i D e b r e t q u e m c o m e ç o u a in s ta la ç ã o da E s c o la d a s B e la s A r t e s , e m 1 8 2 0 e F é l i x D u b a n , em 1 8 3 9 , q u e m d e c o r o u o s c u r s o s co m o s fr a g m e n to s d o M u se u d o s M o -

n e m d e d o c e s : s ò m e n te , u m p o u co d e p ã o p a r a to m a r o p a la d a r .

— N ão e n c h a a té a c im a o c o p o . O v in h o d e v e r á c h e g a r a té m e io d o m e s m o , p a ra e v i ta r q u e o p e r ­fu m e se d is p e rs e .

— R e p a r e c u id a d o s a m e n te n o l íq u id o e le v a n d o o c o p o a té à a l tu r a d o s o lh o s . P e la t r a n s p a r ê n c ia se v e r i f ic a a c o r , a l im p id e z e o b r i lh o .

— A p r o x im e o c o p o d as fo s s a s n a z a is e in s p ir e u m a ou d u a s v e z e s , v a g a r o s a m e n te , o a ro m a , — o p e r fu m e d o v in h o q u e v a i in g e r i r .

— S a b o r e i , b e b e n d o e m p e ­q u e n o s g o lo s : c h o c a lh e - o le n ­ta m e n te e n t r e a b o c h e c h a d i­r e i t a e a e s q u e rd a p a ra a p r e ­c ia r a d o ç u r a , o c o rp o o u a l e v e z a ; o g o s to a o f r u to da o r ig e m ; a f r e s c u r a , o v o lu m e , a v in o s id a d e o u a f in u r a .

E n f im , a n a lis e a s s e n s a ç õ e s e d e f in a -a s u t iliz a n d o o v o c a ­b u lá r io d o s c o n h e c e d o r e s .

A s s im v . s e r á p ro c la m a d o p r o v a d o r e v ir á a t i r a r o c u rs o p a r a «Tastevin».

— A o e n g u li r o l íq u id o fa - ç a -o d e v a g a r e d e ix e - o c h e g a r ao e s tô m a g o . U m in s ta n te d e ­p o is fa ç a n o v a o p e r a ç ã o .

— P a r a c a d a e s p é c ie d e v in h o d e v e r á h a v e r u m c o p o e s p e c ia l ; m a is f in o o u m a is e x p e s s o , m a is a lto o u m a is b a ix o , m a is a fu n ila d o o u b o ju d o , e t c . O s v in h o s da A ls a c ia , A n jo u , B o r d é u s b r a n c o , B o r d é u s r o x o , B o r g o n h ê s b r a n c o , B o r g o n h ê s t in to , C o te s d u R h o n e ou C a m p a g n e , j á c o m p le ta r a m d e­z e n a s d e a n o s e , to d a v ia c o n t in u a m a s e r b e b id o s e m c o p o s d ife r e n te s . P a r e c e n d o q u e n ã o , u m co p o te m u m a in f lu e n c ia e s p e c ia l p a ra o p ro v a d o r . N u m a m e sa b e m a p r e ­s e n ta d a c a d a v in h o d e v e t e r o se u r e c ip ie n te a d e q u a d o .

— C o m a z e ite , m a r is c o , p e ix e : vinhos brancos secos.

— C o m p e ix e s f in o s ( r o d o v a lh o

Classe do P rofessor Narbone, na Escola de B ela s Artes

n u m e n to s F r a n c e s e s . E n t r e 1 8 5 8 e 1 8 6 2 , m a n d o u c o n s t r u ir n o v a s d e­p e n d ê n c ia s , d e s t in a d a s à s e x p o s i ­ç õ e s , q u e d e ita m p a r a o Q u a i M a- la q u a is . F in a lm e n t e , e m 1 8 8 4 , o E s ta d o a d q u ir iu , p a ra a E s c o la , o

(Continua na página 7)

A e s t r a d a lu r ís lica dos P ir ineus

PorJ E A N L E G U E V E L

O Castelo de Loches

H a v e rá p a r t id a p a ra fé r ia s m a is a g r a d á v e l, do q u e s a ir n u m a lin d a m a n h ã d e P a r is p e la a u to e s tra d a d o O e s te , p a ssa n d o p e la s a la m e d a s fr o n d o s a s d e V e r s a i l le s , te n d o c o m o f in a lid a d e d is ta n te a s p ra ia s d as V a s c o n g a d a s ?

A p r im e ir a t i ia d a é Chartres, o n d e a c a te d r a l se d e s ta c a , m a is p a re c e n d o e r g u e r - s è m a je s to s a e n tr e o s v a s to s t r ig a is . C h a r t r e s m e r e c e u m a v i s i t a d e m o r a d a . D e a m b u la r , p r im e ir o , p e la s ru a s a n t ig a s , e s t r e i ta s e e s c a rp a d a s , a tr a ­v e s s a r as p o n te s , v e r o s m o in h o s , a p o r ta fo r t i f ic a d a — é m a n e ir a e x c e le n t e d e a b o r d a r a c a te d r a l q u e , n o d iz e r de C la u d e l, « p a r e c e o r e m a te d a p r ó p r ia c id a d e a n t ig a » .

D e ix a m o s C h a r t r e s p a r a t r á s e a tr a v e s s a m o s o ja r d im im e n s o d o s Chateaux de la Loire, to d a s as n o ite s i lu m in a d o p e lo s se u s r e p e ­tid o s e s p e c tá c u lo s d e M ú s ic a e de L u z .

E , d e p o is , a d e s c id a p a r a P o i t i e r s c o m a t r a v e s s ia d e Chatellerault, a v is i ta à ig r e ja d e S . T ia g o , e d i­f ic a d a n o s s é c u lo s X I e X I I . P oi­tiers, a 3 3 2 k m s . d e P a r i s , é ju s ­ta m e n te c o n s id e ra d a u m a d as c i ­d ad es m a is c u r io s a s d o O e s te da F r a n ç a . S e o s se u s m o n u m e n to s r o m â n ic o s s o fr e ra m co m a s in v a ­sõ e s s u c e s s iv a s , o B a p t is té r io , q u e é u m d o s m a is a n tig o s e d if íc io s c r is tã o s d o p a ís , a c h a - s e e x c e le n ­te m e n te c o n s e r v a d o .

M u ito p r ó x im a , a c a te d r a l d e S . P e d r o o fe r e c e u m i n te r e s s a n t ís s im o c o n ju n to d e e s t i lo s r o m â n ic o e g ó t ic o , e a fa c h a d a o c id e n ta l te m u m a s é r ie d e e s tá tu a s d o m e lh o r g ô s to d a é p o c a . D e p o is d e v is i t a r ­m o s S a n ta R a d e g u n d a e a tã o v e ­tu s ta ig r e ja r o m â n ic a d e N o ssa - -S e n h o r a - a -G r a n d e c o m o s e u l i n ­d ís s im o p ó r t ic o b iz a n t in o , p a s s e a ­r e m o s p e la s ru a s c a la d a s e q u ie ta s da c id a d e a n tig a , d e s c o b r in d o , ao a c a s o d o p a s s e io , o h is t ó r ic o s o la r d os C o n d e s d o P o ito u , a T o r r e

M a u b e r g e o n , u m a c u r io s a co le c ç ã o d e p a lá c io s a n t ig o s , c o m o se ja m a s C a sa s d os T r ê s C r a v o s e de D ia n a d e P o it ie r s .

E m Angoulêm e, d o m in a d a p ela c a te d r a l d e S . P e d r o , c o m e ç a d a no s é c u lo X I , a v e lh a T o r r e d e L u s i - g n a n , te m o s d o is i t in e r á r io s à e s ­c o lh a : d e ix a r m o -n o s te n ta r p elas m a r a v ilh a s g a s t r o n ó m ic a s d o P é - r ig o r d , em to d o o c a m in h o q u e n o s le v a r á à G r u ta d o s E y a ie s , te m p lo e x t r a o r d in á r io da p ré -F Iis - tó r ia , ou s e g u ir m o s d ir e c ta tn e n te p a ra B o r d e a u x , c id a d e d o b e m - - v iv e r e v e rd a d e ira c a p ita l do S u d o e s te .

B ordeaux p o s s u i r iq u e z a s a r ­q u ite c t ó n ic a s . E m p r im e ir o lu g a r a c a te d r a l d e S a n to A n d r é , e d ifi­c a d a d o s s é c u lo s X I ao X I V , e qu e é c o n s id e r a d a u m a v e rd a d e ira m a r a v ilh a p e la r iq u e z a d a d e c o ­r a ç ã o e a b e le z a da su a n a v e ro ­m â n ic a a b o b a d a d a e m o g iv a s c r u - c r u z a d a s . A o b r a fo i co m e ça d a p e lo B is p o B e r tr a n d d e G õ t qu e v e io a s e r P a p a c o m o n o m e de C le m e n te V .

E n tr e as ig r e ja s m a is n o tá v e is d e B o r d e a u x , c i ta r e m o s a d e S . M ig u e l c u jo c a m p a n á r io se le v a n ta u n s m e tr o s a d ia n te d o te m p lo , com 1 0 8 m e tr o s de a l tu r a e q u e é o m o n u m e n to m a is e le v a d o do tod o o s u l da F r a n ç a . D a to r r e , a v is ta -se a c u rv a q u e o G a r o n e d e s e n h a em f r e n te da g r a n d e c id a d e .

B o r d e a u x , a 1 0 0 k m s . d o o c e a n o , é u m p o r to m u ito a c t iv o . O s g r a n ­d es n a v io s q u e c h e g a m d e A fr ica e d a A m é r ic a , d e s c a r r e g a m no c a is m e r c a d o r ia s d e to d a a e sp é c ie . O c o m é r c io d e v in h o s é g r a n d e , p o rq u e o p r e s t íg io d a s g ra n d e s m a r c a s da re g iã o b o r d e le s a a la s tra ao m u n d o in t e i r o . S o m a m l.õ lO

(Continua na pégina 7)

co m m o lh o m ousseline, sa lm ã o , f i le t e s de lin g u a d o , a lm ô n d e g a s d e l u c i o ) : os vinhos brancos secos ou os grandes Sauternes.

— C o m as e n t r a d a s : um vinho branco ou roseo, fino e leve.

— C o m o s a ssa d o s d e c a r n e b r a n c a e c a r n e d e a v e s : vinho tinto gene­roso, m as fraco.

— C o m a s s a d o s , c a r n e d e v a c a , e tc , av e s c a ça d a s e q u e i jo s : uni vinho tinto forte, de «grande delicadeza». E ’ o m o m e n to d e a p r e s e n t a r a m e l h o r g a r r a fa m ilé n ia .

— C o m o «foie gras»; os gran­

des vinhos tintos ou 08 grandes Sauternes.

— C o m d o c e s : o Cham pagne, ou v i n h o s e s p u m o s o s de França; os doces naturais.

— C o m a s f r u ta s : o Cham pagn e, os S a u t e r n e s , os grandes vinhos licorosos e suaves.

A o f in d a r m o s e s ta c r ó n ic a d e s e ­ja m o s f e l i c i t a r o s r . Ja c q u e s G r a s ­se t , A lto D ig n a tá r io d a C o n fr a r ia d o s C a v a le ir o s d o « T a s te v in » n o s s o m u ito i lu s t r e a m ig o q u e n o s t “m fa c il ita d o a s Páginas d a França g r a c io s a m e n te , co m e l e m e n t o s v in d o s d ir e c ta m e n te d e P a r is p a ra «A P r o v ín c ia » .

^ p á g i t i í iConcebida e realizada

por

Luís BonifácioFotos de :

GUY LE BOYER IMA BAKDY

Recebidos directa­mente d e P a r i s para «A Provincia»