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EM P 08 Energia e Ambiente Slides - fenix.tecnico.ulisboa.pt · Em resultado destes impactes indesejáveis há uma resposta da sociedade que resulta na formulação de ... dos resultados

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C iê i bi t lConsciência ambientalcomeçou a surgir no início dos anos 70.dos anos 70. 

A Conferência Mundial para o Ambiente de Estocolmo e a constatação de numerosos 

d d d lid dcasos de perda de qualidade de vida devido à poluição deram origem a diversa 3

No início dos anos setenta Ehrlich e Holdren (1972), procurando destacar as principais causas dos problemas ambientais, conceberam o modelo IPAT que define o impacte ambiental de uma população (I) como sendo função de três factores: 

o tamanho da população (P), a sua riqueza per capita (A) e o dano por unidade de consumo per capita determinado pela tecnologia (T)

Segundo Chertow (2001) o principal objectivo e vantagem do modelo IPAT foi o de conceptualizar matematicamente a relação entre a inovação tecnológica e o impacte ambiental. 

Modelos como este têm permitido destacar que a tecnologia, os métodos e a organização do trabalho que foram permitindo a evolução da produtividade do trabalho não foram concebidos no sentido de obter evolução idêntica na eficiência de utilização dos recursos naturais.

Nesta perspectiva, o valor actual de utilização (satisfação) que a sociedade obtém de um produto, de um quilograma de material oude um quilowatt‐hora de energia é ainda extremamente baixo e desigual de região para região.

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Nos anos oitenta (1984), tragédias como a de Bopal, na Índia, Libertação acidental de cerca de 60 000 litros de metil isocianeto, substância extremamente tóxica. (3,800 mortos no próprio dia, cerca de 20000 até hoje. Ca. de 120 000 sofrem de doençasprovocadas pelo acidente)

Aliadas ao facto de os níveis de poluição não estarem a diminuir

Levaram a restringir a introdução de poluentes conhecidos no ambiente e levar a cabo operações de restauração do meio. 

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A ameaça à saúde humana era a preocupação primordial. 

Proliferaram as tecnologias de “fim de linha”. 

Como a matéria não é destruída, estas tecnologias foram desenhadas para tornar os poluentes inofensivos através da queima, desintoxicação química ou impedindo a sua passagem à biosfera através da filtragem. Foram também desenvolvidos métodos de remover contaminantes derramados por acidente.

Adicionalmente foram desenvolvidos procedimentos analíticos potentes para medir os poluentes no mais curto espaço de tempo possível, em diferentes meios (solo, água, ar).

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O surgimento do conceito de DS com a lógica de não comprometimento das oportunidades das gerações futuras começaram a orientar o discurso (e, em certa medida, a acção) no sentido da prevenção da poluição e da melhoria contínua. 

As acções legais de supressão e restrição do uso de substâncias – as primeiras medidas de política ambiental – e, mais tarde, a introdução de tecnologias mais limpas, procuraram essencialmente mitigar as emissões críticas para o ambiente e saúde humana. Em resultado da eficácia destas medidas foi possível “resolver” problemas de poluição num curto‐prazo espacial/temporal.

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Os anos 90 vão mais além, passando da prevenção da poluição que visa reduzir as emissões danosas para a ecoeficiência em que se abarca o metabolismo (industrial) – reutilização e reciclagem dos materiais, q ( ) ç g ,desmaterialização.

Os problemas transnacionais e globais e a transferência dos problemas para as gerações futuras, aliados à complexidade do metabolismo industrial, tornaram necessário analisar os fluxos de substâncias tóxicas e de determinados materiais ou produtos numa perspectiva sistémica, isto é, do berço ao berço, e abranger a interligação entre os diferentes fluxos.

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A macroeconomia não é o todo mas sim um subsistema do ecossistema global finito. Consequentemente, a própria macroeconomia tem uma escala óptima. Um requisito necessário para esta escala óptima é que o throughput da economia – o fluxo que se inicia com a entrada de matérias‐primas, seguido da sua conversão em produtos e que termina em resíduos à saída – esteja confinado às capacidades de regeneração e de absorção do ecossistema global.

Esta mudança de visão envolve a substituição da norma económica da expansão quantitativa (crescimento) pela de melhoria qualitativa (desenvolvimento), como via para o progresso futuro.

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Analogy: Industrial Ecosystem  Natural EcosystemEcosystem

Natural System Metaphors Used in Industrial Ecology

Both have cycles of energy and nutrients/materials.

l h b lIndustrial economies have a metabolism;

Some industrial development patterns are symbiotic (strongly interdependent) and exhibit mutualism;

Firms are like organisms;Firms are like organisms;

But:

Our economic metabolism is wasteful unlike the ecosystems;

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Central concept to IE: evolution of the industrial systemsystemfrom:Type ILinear processes in which materials and energyenter in one part of the system and then leave as products (future wastes) or byproducts/wastes

the system relies on a large and constantsupply of raw materials (wastes and byproductssupply of raw materials (wastes and byproductsare not recycled or reused) 

Since the ability of natural systems to assimilatewastes is finite and the supply of materials andenergy is also finite the system isunsustainable!!!

toTypeII(characterizes much of our present industrial systems) Some wastes are recycled or reused within thesystem while others still leave it

to achieveType III

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O modelo DPSIR (Driving forces – Pressures – State – Impact – Response, ou seja, Forças‐Motrizes – Pressão – Estado –Impacte ‐ Resposta) foi desenvolvido pela Agência Europeia do Ambiente e tem por base uma análise sistémica das p p ) p g p prelações entre o sistema ambiental e o sistema humano e económico,  reflectindo a interacção entre estes sistemas numa base de causa‐efeito (EEA, 1999).

As forças motrizes, causas subjacentes aos problemas ambientais, referem‐se em primeira análise às actividades dos indivíduos e das instituições (actividades industriais, de transporte, de lazer etc.) que proporcionam os elementos necessários para a satisfação das necessidades humanas; 

Conduzem a actividades que exercem pressões no ambiente. Por exemplo, a necessidade de alimento é a força motriz para a pesca e portanto para a possível depredação dos recursos pesqueiros. A intensidade da pressão ambiental é assim dependente da natureza e extensão destas forças motrizes, ou actividades. 

Em resultado das pressões o estado do ambiente é modificado (ex. alterações na qualidade do ar ou da água) e estas modificações podem ter um impacte nos ecossistemas e na qualidade de vida dos cidadãos (ex. Problemas respiratórios pela alteração da qualidade do ar). 

Em resultado destes impactes indesejáveis há uma resposta da sociedade que resulta na formulação de medidas políticas, tais como normas legais (ex. metas de reciclagem de resíduos), taxas e benefícios fiscais (ex. Incentivo ao abate de veículos em fim de vida) e disseminação de informação ambiental, as quais podem ser direccionadas a qualquer compartimento do sistema. As respostas políticas conduzem a alterações na cadeia DPSIR e, dependendo dos resultados atingidos, novas respostas são formuladas (Antunes e Santos, 1998).

O modelo DPSIR descreve portanto as relações entre as causas e as consequências dos problemas ambientais. C t d d di â i t bé d ã t d i t õ t l tContudo, para compreender a sua dinâmica, também se deverão estudar as interconexões entre elementos, por exemplo, as relações entre forças motrizes e as pressões ambientais podem ser representadas por indicadores de eficiência e por factores de emissão.

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Exemplos

A) Directos ‐ Solo: alteração das características físico‐químicas e microbiológicas ‐> impermeabilização do solo/contaminação do solo (derrame)

Indirectos – Solo/Água: contaminação lençóis freáticos e/ou águas superficiais em resultado da contaminação do solo

B) Cumulativos – “acumulação” dos impactes – o que o projecto vem acrescentar (em termos de impacte) aos impactes existentes

C) Curto – ruído resultante das obrasLongo ‐ Problemas de saúde por aumento do tráfego em resultado da urbanização da 

zona em causa

D) (veremos mais à frente)

E) Permanente – impermeabilização do soloTemporário – poeiras resultantes da obra

F) Positivos – recuperação do património, recuperação de área degradada, aumento do rendimento da população

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O vapor de água e o dióxido de carbono (CO2) na atmosfera originam um efeito de estufa natural, sem o qual a temperatura da superfície da Terra seria inferior em 33ºC.

Outros gases que contribuem para o efeito de estufa são o metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e compostos halogenados tais como os CFC’s, HFC’s e PFC’s.

O clima é fortemente influenciado por mudanças nas concentrações atmosféricas de diversos gases que capturam a radiação infravermelha da superfície da Terra (o “efeito de estufa”).

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Ao longo do último século, as actividades humanas têm originado subidas na concentração de gases de efeito de estufa (GEE’s).

A queima de combustíveis fósseis, originando emissões de CO2, é a principal causa do efeito de estufa. Outras actividades que contribuem para este problema são a agricultura e as alterações no uso do solo (incluindo a desflorestação), determinadas actividades industriais tais como a produção de cimento, a deposição de resíduos em aterro, e a refrigeração, propulsão de espumas e utilização de solventes (EEA, 1998, 1999).

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Durante o mesmo período observou-se um aumento significativo na temperatura média global. E

Embora haja incerteza acerca de quanto deste aumento pode ser imputado aos GEE’s, existe evidência de que as actividades humanas estão a causar um aumento no efeito de estufa ou aquecimento global (IPCC, 1996).

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Climate change impacts will range from affecting agriculture‐ further endangering food security‐, sea‐level rise and the accelerated erosion of coastal zones, increasing intensity of natural disasters, species extinction and the spread of vector‐borne diseases.

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Precipitação mais ácida do que a precipitação natural

A deposição ácida tem origem sobretudo nas emissões antropogénicas de dióxido de enxofre (SO2), óxidos de azoto (NOx) e amónia (NH3).

As principais fontes daqueles poluentes são a utilização de combustíveis fósseis para geração de energia, transportes e práticas agrícolas. A deposição destes três componentes primários e dos seus produtos de reacção secundários leva à acidificação (deposição de enxofre e azoto) e eutrofização (deposição de azoto).

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O contributo das emissões dos diversos compostos para o problema da acidificação pode ser integrado através da consideração dos correspondentes potenciais de acidificação (PA). Os PA’straduzem o contributo de cada substância em relação a um composto de referência – o dióxido de enxofre – considerando a sua capacidade em libertar iões (H+) para o ambiente e a relação entre o seu peso molecular e o do SO2. Na Tabela apresentam-se valores de potencial de acidificação para as principais substâncias acidificantes.

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A acidificação provoca danos nos ecossistemas de água doce, solos florestais e ecossistemas naturais em extensas áreas da Europa. Os efeitos da acidificação tornam-se evidentes de diversos modos, incluindo a desfoliação e reduzida vitalidade das árvores, declínio nos stocks de peixe e diminuição da diversidade em lagos e rios sensíveis à acidez, e mudanças na química dos solos (EEA, 1998).

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As concentrações de ozono na troposfera têm vindo a aumentar para níveis preocupantes, sobretudo em resultado do aumento das emissões de óxidos de azoto, COV’s, metano e monóxido de carbono.

O chamado “nevoeiro fotoquímico” é provocado essencialmente pela formação de ozono na troposfera devido à oxidação de compostos orgânicos voláteis (COV’s) e monóxido de carbono na presença de óxidos de azoto e radiação ultravioleta.

Diversas actividades humanas são responsáveis por estas emissões, nomeadamente a utilização de combustíveis fósseis (em particular no sector dos transportes) e a utilização de produtos contendo solventes orgânicos. As principais consequências da exposição a concentrações elevadas de ozono traduzem-se em dificuldades respiratórias em pessoas sensíveis e danos na vegetação e ecossistemas. Os efeitos na saúde humana incluem redução na função pulmonar, aumento da incidência de sintomas respiratórios e respostas inflamatórias nos pulmões.Estes sintomas traduzem-se na utilização de medicação e no aumento das admissões hospitalares com consequências, por exemplo, em termos de perda de produtividade. Os danos na vegetação traduzem-se por lesões foliares e reduções no crescimento e na produção de sementes.

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As concentrações de ozono na troposfera têm vindo a aumentar para níveis preocupantes, sobretudo em resultado do aumento das emissões de óxidos de azoto, COV’s, metano e monóxido de carbono.

O chamado “nevoeiro fotoquímico” é provocado essencialmente pela formação de ozono na troposfera devido à oxidação de compostos orgânicos voláteis (COV’s) e monóxido de carbono na presença de óxidos de azoto e radiação ultravioleta.

Diversas actividades humanas são responsáveis por estas emissões, nomeadamente a utilização de combustíveis fósseis (em particular no sector dos transportes) e a utilização de produtos contendo solventes orgânicos.

As principais consequências da exposição a concentrações elevadas de ozono traduzem - se em dificuldades respiratórias em pessoas sensíveis e danos na vegetação e ecossistemas.

Os efeitos na saúde humana incluem redução na função pulmonar, aumento da incidência de sintomas respiratórios e respostas inflamatórias nos pulmões.Estes sintomas traduzem-se na utilização de medicação e no aumento das admissões hospitalares com consequências, por exemplo, em termos de perda de produtividade. Os danos na vegetação traduzem-se por lesões foliares e reduções no crescimento e na produção de sementes.

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Água cobre 70% da superfície do planeta, mas!!

Apenas 2,5% é água doce

70% está congelados nas calotes polares

O resto existe sob a forma de humidade no solo. 

Apenas se tem acesso a 1% da água doce para utilização humana.

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Provoca desequilíbrio nos ecossistemas

Perda de espécies pode provocar o desaparecimento de outras:

1) Por falta de alimento;2) Por falta de predadores e explosão populacional;3) Por falta de adaptação a pressões ambientais por parte das espécies que subsistem

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Toxicidade / Escorrências

Falta de espaço de acondicionamento

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Contaminação

Impermeabilização

Erosão

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Todas as fases de vida de um projecto, produto, material geram impactes ambientais – a extracção de matérias‐primas, o seu processamento, o fabrico/construção do projecto, a utilização/funcionamento, a manutenção, a deposição final.

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Mas também a reutilização ou reciclagem dos materiais

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A análise dos impactes ambientais dos sistemas energéticos não se deve centrar apenas no estudo dos problemas ambientais originados durante a produção (conversão) de energia, mas sim ao longo de todo o ciclo de vida de uma determinada tecnologia de produção (conversão)

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