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acesse www.sismuc.org.br página 4 página 11 página 6 ENTREVISTA Cultura curitibana para poucos Trabalhadores têm participação limitada em conferências Em sessão da câmara municipal, vereadores aprovaram o reajuste do salário do prefeito, que se estende aos secretários, procurador e vice-prefeito. Construção dos novos PCCV’s já começaram mais na página 6 confira na página 11 Fiscais em defesa de novo piso MOVIMENTO Aposentadoria especial vira novela CONDIÇÕES MOVIMENTO Servidores da saúde sofrem com falta de pessoal página 7 As chances da comunicação popular com a internet página 9

Em sessão da câmara municipal, vereadores Construção dos ... · Out ra novidade eletrônic a do qual o Sismuc tem se utiliz ado é o Twit ter. Nes-te espaç o, diretor es do sindicat

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Em sessão da câmara municipal, vereadoresaprovaram o reajuste do salário do prefeito, que seestende aos secretários, procurador e vice-prefeito.

Construção dos novosPCCV’s já começaram

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2 Junho de 2010

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EXPEDIENTE

Editorial

Envie comentários, sugestõese opinião para imprensa@sism uc.org.br.

Comunicação

Página do Sismuc disponibilizabiblioteca on-line para

consulta e empréstimos

A nova página do Sismuc traz maisuma novidade para todos os servidoresmunicipais de Curitiba. Agora o sindicali-zado também pode emprestar livros,CD’s, DVD’s, cartilhas, entre outras obrasdo acervo da biblioteca do Sismuc viainternet. Clicando no link “Biblioteca”, ointernauta tem acesso a tudo que estácatalogado. A busca pode ser feita pelotítulo, por autor e tipo. Há também a op-ção de fazer a busca por letras do alfa-beto.

Achad a a obra, basta clic ar nobanner e preencher a ficha para fazer areserva on-line. O sindicato enviará pore-mail a confirmação da reserva.

Outra novidade eletrônica do qual oSismuc tem se utilizado é o Twitter. Nes-te espaço, diretores do sindicato postam

mensagens cotidianamente. Confira eseja um seguidor do twitter do Sismuc. Oendereço é www.twitter.com/sismuc.

Um outro serviço que vem sendodisponbilizado a toda a categoria é aNewsltter. Trata-se de um boletim eletrô-nico enviado semanalmente por e-mail atodos os servidores cadastrados. Alémdas notícias semanais, são enviadastambém informações relevantes por se-cretaria e notícias de última hora.

Para receber a Newsletter, acesse apágina (www.sismuc.org.br) e clique noonde diz “Newsletter”. Depois é só pre-encher seu nome, local de trabalho e e-mail e enviar. Essa é a maneira mais rápi-da, fácil e barata do sindicato manter acategoria informada e comunicar sobreas ações da diretoria.

Será que realmente não há limites para esses políticos corruptos que deforma vergonhosa se utilizam de um cargo público para se beneficiar? Atuamem causa própria, enriquecendo nas costas do povo. Em nosso estado co-meça com o prefeito de Curitiba que se julga acima de todos e se colocacomo merecedor de um super salário enquanto servidores ganham saláriosde fome e são sugados pela política perversa de recursos humanos dessaadministração, no poder há vários anos. Isto porque a política paranaense éuma oligarquia, famílias que passam o poder para filhos, netos e assim pordiante.

O papel da câmara municipal é o de fiscalizar a administração, mas oque se vê é uma extensão da prefeitura que legitima a todo tempo o que osdonos do poder enviam para aquela casa. Quanto será que custa esta lealda-de?

Podemos comparar com toda a lama que está aparecendo na assembleiahoje. Funcionários fantasmas , desvios de dinheiro. Podemos intitular a máfiada politicagem, que tenta impedir a partic ipação popular proibindo a entradado povo nestes espaços e omitindo informações já que também são os donosdos meios de comunicação. Mas a organização popular pode sim colocarlimites nesta vergonha, partic ipando, fiscalizando e cobrando a responsabili-dade destes que devem ser os representantes do povo e não os seus explo-radores.

Podemos avaliar melhor na hora de votar, sabemos que ainda temospolíticos responsáveis e comprometidos. Com certeza não são aqueles quese intitulam amigo do bairro ou o filho do homem. Temos que dar um bastanestas famílias. Participar efetivamente na construção da sociedade que que-remos é s im o verdadeiro sentido da democracia. Vamos dizer não a essescanalhas que estão assaltando nosso estado e município. Mostre quem real-mente tem o poder.

Diretoria do Sismuc

Vergonha sem limites

Igualdade de gênero

Convenção 156mais um passo para a igualdade

Depois de 29 anos da edição, a Con-venção 156 da Organização Internacio-nal do Trabalho (OIT) chega ao congres-s o na ci on al p ara ap re ci aç ão . Anormatização ainda não foi ratificadapelo governo brasileiro, mas vem sendopregada há tempos por movimentos so-ciais.

A convenção garante a igualdade deoportunidades e de tratamento para ostrabalhadores e trabalhadoras com res-ponsabilidades familiares. Um de seuspontos principais trata de uma das lutasfrequente da CUT, na qual homens emulheres não podem ter o acesso nega-do ao emprego ou à promoção por te-rem filhos.

O que se espera é que a ratificaçãodo documento pelo Estado brasileiro es-timule uma maior participação dos ho-mens em tarefas que, tradicionalmente,são desempenhadas por mulheres.

A pressão da sociedade é fundamen-tal do ponto de vista das entidades. Den-tre as pri ncip ais tarefas est á a deaprofundar o debate com os trabalhado-res (as) a fim de pressionar o congressonacional para que aprove a medida e ogoverno federal para que ratifique a Con-venção.

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3Junho de 2010

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Dia dos Trabalhadores

Ramo dos Municipais

CUT lança publicação paraorientar voto dos trabalhadores

Consciência

Lançada oficialmen-te no dia 1º de maio, a“Plataforma da CUT paraas Eleições 2010” é re-sultado de um ciclo dedebates e reflexões, ini-ciado em 2005. O mate-rial é voltado para a con-formação de uma estra-tégia mais articulada daCUT no enf rentamentodos grandes temas naci-onais e do seu posicio-namento diante da soci-edade. A intenção da cen-tral é que a publicaçãoseja usada permanente-mente como instrumen-to de pressão e cobran-ça sobre os candidatos ecandidatas e, posterior-mente, sobre os eleitospelo voto popular.

A Plataforma podeser utilizada como refe-rência em debates no local de trabalho,nas assembleias e na elaboração decampanhas salariais. As três principaisquestões a serem avaliadas pelos tra-balhadores na hora de escolher seuscandidatos, conforme apontado na pu-blicação, são a “Valorização do traba-lho”, a “Igualdade, distribuição de ren-da e inclusão social” e o “Estado demo-

Organização do Congresso doSismuc começa dia 8/6

O 9º Congresso do Sismuc aconte-ce este ano e a assembleia para eleiçãoda comi ssão orga niza dora já e stámarcada. Será dia 8 de junho, às 19 ho-ras, no Sismuc. A previsão para a reali-zação do mais importante evento da en-tidade é para agosto.Co ngre ss o Fe ss mu c

A Federação dos Sindicatos dosServidores Públicos Municipais Cutistasdo Estado do Paraná (Fessmuc), pormeio do seu presidente Carlos Apareci-do da Silva de Melo, publicou, no dia 5de maio, a convocatória dos sindicatos

filiados para o Congresso da Federação.O encontro reunirá sindicatos de servido-res municipais de todo o estado, nos dias6 e 7 de agosto, em Maringá. Esta é aprimeira edição oficial a ser realizada pelaentidade.

Dentre as atividades previstas parao Congresso estão a eleição da nova dire-toria executiva e do conselho fiscal, alémda aprovação da tese e do plano de lutasa ser encaminhado pelas entidades paraos próximos anos. Os delegados que re-presentarão os servidores de Curitiba se-rão eleito também no dia 8.

crático com caráter público e participa-ção ativa da sociedade”.

Pesar estas questões antes de vo-tar pode ser uma forma de estabelecerum critério importante para escolheraqueles que merecem ou não a confi-ança do trabalhador.

Para baixar a cartilha na internet,acesse www.cut.org.br.

Debate, luta e cultura no1º de Maio da CUT-PR

comemoração, mas acima de tudo éuma data de reflexão sobre a história ea situação dos trabalhadores. Nossa lutaprioritária neste ano é pela redução dajornada de trabalho de 44 para 40 ho-ras semanais sem redução de salários.Nada mais justo que os lucros geradospelo aumento da produtividade sejamrepartidos com os trabalhadores. Portan-to, neste dia, reafirmamos a necessida-de da unidade de classe em torno desta

bandeira de luta. E o nosso evento hoje,com a participação de diversas entidadessindicais e dos movimentos sociais, nosestimula para continuar nesta caminha-da, até a vitória ”, come morou RoniAnderson Barbosa, presidente da CUT-PR.

Mais de cinquenta organizações ecerca de 5 mil pessoas participaram do1º de Maio em Araucária.

Fonte: Imprensa CUT PR

A manifestação do Dia do Trabalha-dor, em Araucária, organizado pela CUTParaná e com a participação da Coorde-nação dos Movimentos Sociais (CMS),teve um formato diferente das mobiliza-ções anteriores. A atividade extrapolouas intervenções políticas de sindicatos,partidos operários e movimentos popu-lares.

Em uma espécie de pequeno FórumSocial, os participantes discutiram diver-sos assuntos de interesse da classe tra-balhadora, como gênero, trabalho, dis-criminação racial, petróleo, impacto das

obras da Refinaria Presidente GetúlioVargas (Repar), agroecologia, reformaagrária, criminalização dos movimentossociais, economia solidária, educação,saúde, segurança pública, cidadania, di-reitos humanos, acesso à cidade e previ-dência pública. No início da tarde come-çaram as apresentações culturais comgrupos de capoeira e músicos comoGiuliano Teixeira, neto de Teixeirinha, e abanda curitibana de rock Blindagem.

“Nossa manifestação do dia do tra-balhador foi marcada por importantesdebates, porque o 1º de Maio é dia de

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4 Junho de 2010

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Fiscais se organizam emdefesa do piso de R$ 1,2 mil

Os fiscais da prefeitura de Curitibaestão realizando reuniões e se prepa-rando para mobilizações em defesado aumento do piso salarial da cate-goria. Atualmente o salário mais baixono quadro do plano de cargos e carrei-ras é de R$ 716,96. O objetivo é ga-rantir um aumento desses valores parao mínimo de R$ 1,2 mil.

A correção dos salários procurareduzir a defasagem dos servidoresfiscais da prefeitura de Curitiba em re-lação aos fiscais municipais de outras

Situação precária

A assembleia legislativa do Paranátornou-se o centro das atenções nos últi-mos meses. Infelizmente, não por umbom projeto de lei aprovado ou por boasações. A descoberta de diários secretosque escondiam a contratação de funcio-nários fantasmas, que jamais cumpriramexpediente na assembleia, mas recebi-am altos salários, suscita o debate so-bre o exemplo que vem sendo dado pe-los grupos que administram a máquinapública. Um esquema organizado pelodiretor geral Abib Miguel, nomeado peloatual presidente Nelson Justus (DEM),desviou milhões de reais dos cofres pú-blicos a partir da contratação de paren-tes ou laranjas.

Segundo o Ministério Público osdesvios acontecem pelo menos desde1994. Investigações do Grupo de Atua-ção Especial de Combate ao Crime Or-ganizado (Gaeco) apontam o envol-vimento das gestões de três ex-presiden-tes da Assembleia, de dois partidos dife-rente: do peemedebista Caíto Quintana(que ficou no cargo em 2001); do já fale-cido Aníbal Khury (1995 a 1999, filiadoao ex-PFL, atual DEM); e do atual gover-na dor do esta do, Or land o P essu ti(PMDB), que presidiu o legislativo de1993 a 1995.

O deputado estadual Tadeu Veneri(PT), que fez um pedido formal de infor-mações sobre contratação de funcioná-rio em 2005 (aind a sem respostas),aponta que os boatos de irregularidadesempre existiram, mas agora as provasvieram à tona. Segundo ele, alguns avan-

Movimento contra “donosdo poder” exige renovaçãonas instituições públicasFuncionários fantasmas na assembleiajá respingou na gestão Beto Richa

Corrupção

ços foram possíveis nos últimos anos nosentido de evitar irregularidades, mas ain-da assim não conseguiram eliminar osdesvios de dinheiro público. “Nós espe-ramos que o Ministério Público e a Polí-cia Federal investiguem não só estes ca-sos, mas outros também envolvendo aadministração pública”, diz ele.Ca so da s ogra

Dentre os casos citados por ele es-tão o da sogra do ex-chefe de gabinetedo ex -prefe ito Be to Ri cha (P SDB ),Ezequias Moreira Rodrigues. Na épocadocumentos apontaram que ela consta-va c omo uma das cont ratadas pelaassembleia legislativa do Paraná e querecebia sem trabalhar. Segundo as infor-mações apuradas em 2007, quando oescândalo tornou-se público, Rodriguesteria usado a sogra como “laranja” paraele próprio receber, ao menos no ano de2002 e em parte de 2003, salários quechegavam a R$ 3,4 mil mensais.

Para Veneri, a pressão da socieda-de é fundamental para que os culpadossejam de fato punidos. “O que acontecena assembleia é uma oportunidade pararepensarmos a situação de instituiçõespúblicas”, completa Veneri.

Abib Miguel está preso e foi denun-ciado por lavagem de dinheiro, formaçãode quadrilha, falsidade ideológica e porpraticar o crime de peculato (desvio dedinheiro público). As investigações doMinistério Público estão em andamento,mas nenhum parlamentar sofreu qual-quer punição até o momento e os cofrespúblicos ainda não foram restituídos.

Contra a política da prisão

cidades. Entre elas São José dos Pi-nhais (R$ 1.370,74), Campo Largo(R$ 1.596,00), Pinhais (R$ 1.132,25)e Araucária (R$ 934,73).

Outra ação visa a unificação dacategoria para garantir melhorias eequiparação das condições de traba-lho, a partir de regras comuns para con-cessão da insalubridade. Hoje, na pre-feitura de Curitiba, os fiscais dividem-se em secretarias diferentes (abaste-cimento, meio ambiente, urbanismo eà disposição da Urbs).

População conhecerealidade dos servidores

Jaula e servidores vestidos de prisi-oneiros simbolizaram a prisão dos servi-dores promovida pela administraçãomunicipal. Em ato realizado no dia 17de abril, na Praça Santos Andrade, a ca-tegoria protestou contra os baixos salá-rios, carga horária excessiva, remunera-ção variável o que faz da categoria cadavez mais doente e oprimida. Por isso omote da campanha: “Liberte-se! Pela va-lorização dos servidores”.

Para a di retora doSismuc Irene Rodrigues“mais uma vez o sindica-to pautou a administraçãodo Beto Richa na socieda-de, princip alment e naquestão de serviço publi-co. Também serviu paralevar o conhecimento dasaúde do trabalhador.”

Em u m acord o no

ano de 2005 o ex-prefeito Beto Richa secomprometeu em recuperar as perdassalariais dos servidores, porém nada foifeito.

Indignados com isso e com o des-prezo nas reuniões ordinárias com aPMC, os servidores foram às ruas paracobrar do prefeito Luciano Ducci um rea-juste que compense este valor. Segundoo Dieese a perda chega a 14%.

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5Junho de 2010

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Aposentadoria especial

Prefeitura testa paciência de servidoresSindicato ingressa com petição de multa ao prefeito e à presidente do IPMC por descumprimento de decisão

No Dia Mundial em Memória às Vi-timas de Acidente de Trabalho, 28 deabr il, repre senta ntes do S ismu c eSismmac se reuniram com secretáriosmunicipais para cobrar, principalmente,o cumprimento do mandado de injunçãoda aposentadoria especial. A falta depalavra e as desculpas da administra-ção foram repudiadas pelos advogadosdos sindicatos e pelos diretores dos sin-dicatos.

De acordo com a diretora do IPMCJocelaine Moraes de Souza, a prefeitu-ra não poderia regulamentar a conces-são da aposentadoria especial sem umadeterminação federal. Segundo ela, se-ria preciso aguardar a aprovação de doisprojetos de lei (555 e 554), ou haveriariscos de punição para a prefeitura casoalguma aposentadoria fosse concedidafora dos critérios que passariam a valer.

O a ssess or j urídi co do Sis mucLudimar Rafanhin rebate essas afirma-ções. “O município não pode ser punidopor cumprir a decisão judicial. Com adecisão do STF, a prefeitura tem quecumprir e ponto final”, diz. Para pressio-nar a concessão dos benefícios, os sin-dicatos encaminharam uma petição aoSTF solicitando uma multa diária poraposentadoria não concedida, no valorde R$ 10 mil, a ser aplicada ao prefeitoLuciano Ducci e à presidente do IPMCDinora Nogara. Apesar das tentativas, ela

não atendeu ligações da imprensa doSismuc para falar sobre o caso.Out ra v ersã o

Por outro lado, a assessora previ-denciária e procuradora do municípioMajoly Aline dos Anjos Hardy dá outra in-formação sobre o assunto. “O que estáem questão é o cumprimento da deci-são judicial. Estamos fazendo todos os

estudos para cumprir a decisão”, diz. Per-guntada sobre o que restava para que osprimeiros benefícios comecem a ser con-cedidos ela respondeu: “a gente precisaanalisar o tempo de contribuição que osservidores incorporaram do INSS. É umasituação nova de uma legislação que agente nunca aplicou no município”.Ai nda se m b ene fíc io

Enquanto as aposentadoriasnão saem, muitos servidores quejá entraram com o pedido vêemseu direito desrespeitado pela pre-feitura. Um deles é o caso de umaauxiliar de en fermagem de 54anos, que já conta com 23 anosde trabalho na saúde pela prefei-tura, sendo 33 de tempo de con-tribuição, contando suas atividadesem hospital particular. A princípio,ela já poderia estar aposentada.“Vivo ligando no IPMC. Entrei como pedido em julho de 2009, masaté agora não tive nenhuma res-posta”, conta ela, que prefere nãose identificar.

A orientação dos sindicatos épara que os servidores mante-nh am o s pe di do s do P er fi lProfis siográfico Previdenc iários(PPP) e encaminhem os pedidosde aposentadoria especial.Do ação de sangue d ific ulta da

As instruções normativas 01 e 02/2010, expedidas em março, que dificul-tam a doação de sangue de servidorestambém foi ponto de pauta da reunião.Pelos documentos, os servidores devem,a partir de agora, avisar as chefias com48 horas de antecedência sobre a inten-ção de doar sangue. Além disso, as nor-mas comprometem o direito ao descan-so durante o dia de trabalho em que foifeita a doação. Casos de emergência, porexemplo, em que são solicitados doado-res com urgência, correm o risco de nãoserem atendidos. Questões como essaferem o direito constitucional e a lei fede-ral 1.501/56, por um lado, e são um pés-simo exemplo da administração munici-pal que desestimula a prática da doaçãode sangue no serviço público.

Um a açã o en cam in had a pe losindicat visa anular a decisão da prefeitu-ra para garantir o direito pleno de doaçãode sangue aos servidores.Se min ár io pre ve nti vo

O único acordo foi a realização deum seminário conjunto a ser elaboradopela secretaria de saúde e o Sismuc vi-sando a prevenção de acidentes e doen-ças do trabalho. Uma proposta de calen-dário de reuniões será enviada pela se-cretaria em breve, conforme compromis-so assumido em mesa de negociação,ontem.

página 8

páginas 6 e 7

MOBILIZAÇÃO

Quem tem direitoSe encaixam com mais frequência no perfil de trabalhadores expostos à situa-

ção de riscos os servidores da educação, saúde, obras e segurança pública. A asses-sora jurídica do Sismuc Raquel Costa de Souza Magrin explica que tudo depende dascondições em que está exposto o trabalhador. Aqueles que exercem função sob riscotécnico ou aqueles que recebem gratificação de insalubridade, por exemplo, podemou não ter direito ao benefício, segundo ela.

De acordo com o mandado de injunção do STF (documento que garante o direitoà aposentadoria especial para servidores), a concessão dos benefícios deve serrealizada com base na legislação existente. Como as regras estão estabelecidaspara a iniciativa privada, esse, portanto, deve ser o parâmetro a ser seguido, confor-me avaliação da assessoria jurídica do Sismuc. Na iniciativa privada a comprovaçãode exposição aos agentes nocivos é feita por formulário denominado PerfilProfissiográfico Previdenciário (PPP), preenchido pela empresa ou seu preposto, combase em Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT) expedido pormédico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.

No caso da prefeitura de Curitiba, o PPP pode ser solicitado em qualquer proto-colo da administração. Assim que o documento for entregue ao servidor e se casoconstar anotações sobre o trabalho em condições especiais por 25 anos, o servidorpode dar entrada no pedido, no IPMC, juntamente com um comprovante desindicalização que pode ser obtido no Sismuc.

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6 Junho de 2010

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Imoralidade“Ficou feio”

Prefeito deCuritiba vaiganhar R$ 26,7 mil

Em sessão da câmara municipal, vereadores aprovaram o reajusteque se estende aos secretários, procurador e vice-prefeito.

Em t emp os d e d en únc ia s decorrupção em instituições públicas doParaná, o que todos esperam é que fa-tos como esse sirvam de lição para umrecomeço diferente. Porém, não é esseo exemplo que vem sendo dado por al-gu ns pol ít ico s d a m uni ci pal ida decuritibana. A maioria dos vereadores deCuritiba aprovou, no último dia 24, o pro-jeto de lei que reajusta o já elevado salá-ri o do p re fe it o d a ci da de d e R$19.115,19 para R$ 26,7 mil. Com isso,o prefeito Luciano Ducci passa não só aganhar mais do que qualquer prefeito noBrasil, mas atinge também o teto salari-al do funcionalismo público. Este valor épago apenas aos ministros do SuperiorTribunal Federal (STF).

A vereadora professora Josete pro-pôs a manutenção do valor anterior, que

TRE confirmaprocesso e Richapode ficarinelegível

O Tribunal Regional Eleitoral doParaná (TRE) confirmou, no dia 29de abril, por 2 votos a 1, a continui-dade do processo de cassação doprefeito de Curitiba Luciano Ducci(PSB) e dos direitos políticos do ex-prefeito Beto Richa (PSDB).O julgamento havia sido adiado unsdias antes pela terceira vez emvirtude de um pedido de vistas feitopelo desembargador Luiz FernandoTomasi Keppen, mas o processovoltou a tramitar.En te nda o ca so

Na mesma semana em que oescândalo do Comitê Lealdadeexplodiu, seis partidos de oposiçãoao então prefeito Beto Richa (PSC,PCdoB, PMN, PT, PMDB e PRTBentraram com uma ação na justiçaeleitoral pedindo a cassação domandato e dos direitos políticosdele.O Ministério Público contestou aação, que tramitava na 1ª ZonaEleitoral de Curitiba, sob a alegaçãode que ela havia sido proposta forado prazo de 15 dias contados dadata de diplomação de Beto Richa(dezembro de 2008). Foi esse otema julgado nesta semana peloTRE. “Toda essa discussão ganhouforça a partir do surgimento da Lei12.034, que entrou em vigor emsetembro de 2009. Essa lei fixou oprazo de 15 dias para a propositurade ações para cassação de manda-tos”, explica um dos advogados querepresenta os partidos de oposição,Luis Gustavo Severo.

“Mas como a nossa ação foiproposta antes do advento dessalei, a discussão jurídica foi a seguin-te: será que essa lei, que é desetembro de 2009, pode atingiruma situação pretérita? Ou seja,uma ação que foi proposta antes doadvento da lei? O TRE entendeu quenão, que como a ação foi propostaantes da lei, não há prazo a serobedecido; o prazo, nesse caso, é ofim do mandato, que só encerra em2012”, explica o advogado.

Se a 1ª Zona Eleitoral confirmara cassação, o atual prefeito LucianoDucci perderá o mandato e o tucanoBeto Richa ficará inelegível pelospróximos três anos.

Fonte: Imprensa Prof. Josete

segundo ela já está bastante alto emcomparação com a realidade brasileira,mas não houve acordo com a bancadade situação. Durante a sessão ela lem-brou também que o prefeito de Curitibaganha mais do que o presidente da repú-blica e do que o prefeito de São Paulo, amaior cidade do país com 10,8 milhõesde habitantes. O salário de Lula é de R$16,25 mil e o de Gilberto Cassab é de R$12,3 mil.Se cret ár ios , vi ce e proc urad or

Infelizmente não foi apenas o salá-rio do prefeito a ser reajustado. A “imora-lidade”, como chamaram os vereadoresda oposição, estendeu-se também paraos secretários municipais, procuradoresdo município e vice-prefeito. Eles passa-rão a receber R$ 12 mil, 20% a mais.

Vereadores da situação argumenta-

ram que o prefeito merece ganhar mais,evitando a comparação com os saláriosdos servidores municipais e comparan-do com altos salários pagos na iniciativaprivada. O vereador Ademir Manfron, queganha R$ 9,2 mil por mês chegou a dizero seguinte: “Não dá para ser vereadorcom o salário atual”.

Segundo o vereador Mario Celso Cu-nha, o prefeito Luciano Ducci teria secomprometido em fazer um depósitomensal de 30% do valor do seu saláriopara instituições de caridade. Esse anún-cio também foi feito por Beto Richa, quan-do foi prefeito, após os protestos decor-rentes do reajuste do seu salário. Masessa atitude nunca foi comprovada e nãoalivia a imoralidade cometida pela maio-ria da câmara e da gestão atual da pre-feitura.Já p ara o s s erv id ore s. ..

Os novos salários do primeiro esca-lão estão bem distantes da realidadedos servidores públicos municipais e oque foi concedido a eles na última nego-ciação coletiva. Apesar dos protestos dacategoria, a prefeitura garantiu apenasos 5% de reajuste da inflação do últimoano. A administração municipal negou arecuperação de 14,3% de perdas salari-ais acumuladas. Dentre os principais ar-gumentos para não conceder o reajusteexigido estaria a necessidade de contro-le fiscal.

Segundo a presidente do SismucMarcela Alves Bomfim, o prefeito estádando um péssimo exemplo. “Se por umlado ele passa a ganhar um salárioabusivo de R$ 26,7 mil, por outro, negaum salário razoável aos servidores”, diz.Como exemplo ela cita o piso salarial dosfisca is de Cu ritiba, que ganh am R$682,82, os agentes administrativos, comR$ 562,77, os inspetores, que ganhamR$ 607,00, uma parcela de aposenta-dos que necessitam de complementoem seus benefícios para atingir o saláriomínimo e os educadores que ganhampouco mais de R$ 1 mil.

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7Junho de 2010

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Casa de ferreiro...

Servidores da saúde sofrem com falta de pessoalVacinação agrava ainda mais a situação e prefeitura diz que vai contratar a partir deste mês

A falta de pessoal suficiente paraatendimento no serviço público semprefoi um problema enfrentado pelos servi-dores municipais. Mas a situação ficaainda mais insustentável quando ocor-rem atividades excepcionais. Uma de-las é a vacinação contra a Gripe A, queaumentou consideravelmente o movi-mento nas US’s e Cmum’s de Curitiba.Servidores trabalhando além da jorna-da mínima de 40 horas, à base de medi-camentos e sob pressão constante dapopulação fazem parte do cotidiano des-tes servidores.

Na unidade de saúde Barigüi, porexemplo, reformada recentemente, osservidores têm se esforçado ao máxi-mo para prestar o mínimo de atendimen-to adequado. A auxiliar de enfermagemMaria Inês Ferreira acredita que o movi-mento triplicou nas últimas semanas.Para evitar o acúmulo de serviço e não

Finalmente, depois de quase novemeses de enrolação, a prefeitura reco-nheceu os equívocos cometidos nosprocedimentos de avaliação dos servi-dores do Sistema de Urgência e Emer-gência (Suec). Ofício recebido peloSismuc e assinado pela superintenden-te da secreta ria de s aúde Bea trizBattistella Nadas, decide “dar efeitosuspensivo a todos os atos decorren-tes dos resultados obtidos no procedi-mento de avaliação dos servidoreslotados no Suec, no período de 01/07/08 a 30/06/09, para todos aquelesque obtiveram notas finais compreen-didas entre zero e 6,99”.Lem bran do

Quando os resultados foram divul-gados, no final de agosto, o Sismuc ori-entou os cerca de 40 servidores atingi-dos para que entrassem com recurso,solicitando uma revisão dos processos.Do total, 17 contestaram os resultadosformalmente. Dentre os principais pro-

Finalmente

Secretaria de saúde reconhecefalha nas avaliações do Suec

blemas estavam ausência dos represen-tantes dos trabalhadores na pré-avalia-ção, fichas preenchidas antecipadamen-te, sem a p rese nça do s ervi dor, einexistência de reclamações de usuári-os.

A pressão do sindicato e dos traba-lhadores fez com que a prefeitura voltas-se atrás e garantisse uma auditoria nasavaliações do Suec com a participaçãode representantes do Sismuc. A análisede cada processo durou mais de doismeses e contou com a participação dediretores do sindicato (Irene Rodrigues eSuely Souza). Segundo as diretoras, a co-missão concluiu que não havia prova do-cumental que justificasse a exclusão dosservidores que obtiveram notas inferio-res a 6,99 pontos. Para as novas avalia-ções, o Sismuc pretende acompanhar deperto os procedimentos para evitar qual-quer prejuízo aos trabalhadores. Eventu-ais irregularidades contra servidores de-vem ser denunciadas ao sindicato.

deixar os colegas na mão ela tem traba-lhado mesmo doente. “Esses dias tomeidois tipos de medicamento para aguen-tar a dor”, conta.

Por outro lado, os funcionários dasaúde não encontram um serviço médi-co adequado para o seu próprio atendi-mento no ICS. Maria Inês diz que aguar-da cirurgia desde outubro do ano passa-do, ainda se m data m arcada. Já ooftalmo do ICS, seria para junho. “Comoaplicar injeção nos pacientes sem ócu-los”, pergunta ela.

Atualmente o Cmum conta com 14auxiliares de enfermagem e quatro en-fermeiros . Os únicos dois m édicos ematividade reclamam também da sobre-carga. “Nós temos 15 minutos para rea-lizar uma consulta”, conta um deles,preocupado com os riscos de erro médi-c o. P ro b le ma s n o si s te ma d einformática e a falta de sensibilidade da

secretar ia de saúde ta mbém sãoalguns dos problemas apontados.

A autoridade sanitária DanielaRocha admite o d esequilíbrio en-tre quantidade de servidores e depacientes, mas acredita que a situ-ação deve se normalizar. Parte doproblema, segundo ela, se deve aofato de ser uma unidade nova, oque aumenta a procura pela popu-lação.Re sp ost a i na deq ua da

A chefe de gabinete da secre-taria de saúde Beatriz Nadas tam-bém reconheceu o problema e con-ta que a secretaria aguarda libera-

ção do RH para contratação de servido-res já aprovados em concurso. “Finali-zou a etapa de exame psicológico noconcurso, para algumas categorias. E amedida que ocorrer a liberação a gentefaz o chamamento desse pessoal. Algoprevisto para na metade de junho, de-pendendo das restrições de legislaçãoeleitoral”, diz ela.

Ca mpan haRelatos de servidores estão sendo

coletados pelos diretores do Sismuc emvisitas nos locais de trabalho. As questõesserão apresentadas em reunião de nego-ciação com representantes da secretariade saúde. Denúncias podem ser enviadaspela página do sindicato ou pelo telefone3322-2475.

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8 Junho de 2010

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Mobilização nacional

Saúde dos trabalhadoresdo SUS ganha planopreliminar de diretrizesProposta elaborada em comitê nacional serádisponibilizada para consulta pública

Quando se fala em saúde pública noBrasil, a primeira coisa que vem à mentesão os problemas enfrentados pelos usu-ários do mal tratado Sistema Único de Saú-de (SUS). Por outro lado, com exceção dealgumas entidades, quase ninguém cogitasobre a situação dos mais de 2,5 milhõesde trabalhadores que atuam na área. Esseparece ser um tema que finalmente estáganhando destaque e a atenção merecidacom a instituição do Comitê Nacional deSaúde do Trabalhador do SUS, em novem-bro do ano passado.

Composto por gestores, prestadorese representantes dos trabalhadores, o co-mitê finalizou no último dia 19, após umasérie de reuniões, uma versão preliminardas Diretrizes da Política Nacional de Pro-moção da Saúde do Trabalhador do SUS.Elaborado em consenso entre todos osparticipantes, o documento será disponi-bilizado para consulta pública a partir dodia 7 de junho para que todos os traba-lhadores do SUS possam opinar.

Dentre as orientações propostas nasdiretrizes estão a regulamentação daatenção à saúde dos trabalhadores do SUSnos municípios, estados e união; a criaçãodas comissões locais de saúde do traba-lhador; o estabelecimento de regras paragarantir o “trabalho decente”, conformeconceituação da Organização Internacio-nal do Trabalho (OIT); o atendimentoprioritário dos servidores dentro do SUS; egarantias de espaço de negociação per-

Justiça garante integralidadedalicença-prêmio nodecênio à servidora

Sem acordo

Uma decisão da 1ª Vara da Fa-zenda reconheceu o direito de licen-ça-prêmio a uma servidora municipalde Curitiba, contabilizando faltas emtodo o decênio (últimos dez anos) detrabalho, depois de ter perdido oquinquênio (últimos cinco anos). Comisso, ao invés de três meses de licen-ça ela terá direito a seis.

A decisão do juiz Augusto Glusz-czak Jr., publicada no dia 14 de abril,modifica o entendimento que vinhasendo adotado pela prefeitura atéentão. Ou seja, de que os servidoresque faltaram mais de cinco dias emcin co an os pe rdem o di reito noquinquênio e no decênio. No caso jul-gado, a servidora, mesmo tendo per-dido a licença no quinquênio, conse-guiu resgatar o direito para o decênio,pois obteve menos de 10 faltas aolongo dos dez últimos anos.

Na avaliação da assessora jurí-dica do Sismuc Raquel Costa de Sou-za Magrin, a decisão nesta ação indi-vidual abre precedentes para outras

ações com os mesmos objetivos. A ori-entação, segundo ela, é para que os ser-vidores que perderam a licença prêmiopelo quinquênio e estão em tempo decompletar o decênio e que não possu-am mais de 6 meses de licença paratratamento de saúde e 10 faltas, con-versem antes com a assessoria jurídicado sindicato.

“Infelizmente, o servidor que jáaceitou a interrupção para tirar a licençaapós cinco anos não poderá agora re-querer a licença de seis meses após dezanos referente ao mesmo período”, lem-brou Magrin.Lei

O direito à licença-prêmio é regula-mentada pelo artigo 165 da lei munici-pal 1.656/58 (Estatuto dos Servidores).Conforme interpretado pela justiça, nãoexistem impeditivos para que o direito alicença prêmio integral (seis meses),seja contabilizado pelo total de faltas(não excedentes a dez), dos últimos dezanos, ao contrário do que vinha sendointerpretado pela prefeitura.

manente entre gestores e trabalhadores.A secretária de assuntos jurídicos

do Sismuc e diretora de saúde do traba-lhador da Confederação dos Trabalha-dores do Serviço Público Municipal(Confetam) Irene Rodrigues, participa doComitê, representando os servidoresmunicipais da saúde de todo o país. Se-gundo ela “a construção da primeira ver-são do documento foi um grande passo,mas o grande momento vai ser com aparticipação de todos na consulta públi-ca”.Pa ra c on su lt ar

O Sismuc vai disponibilizar por meiode sua página na internet o documentona íntegra para ser baixado e um espa-ço para interação. O objetivo é permitiruma ferramenta de fácil acesso para quetodos os servidores da saúde municipalde Curitiba possam expressar sua opi-nião sobre as diretrizes. Só após estaparticipação, prevista para ocorrer emtodo o país, é que o documento seráencaminhado para ser adotado oficial-mente pelo Ministério da Saúde.

Além disso, dois debates organiza-dos por várias entidades paranaenses,dentre as quais o Sismuc, foi pactuadona Comissão Intersetorial de Saúde doTrabalhador (CIST), a ser financiado pelaSecretaria de Estado da Saúde. Os even-tos ocorrerão em duas datas e em cida-des diferentes. Um em Curitiba, no dia1/7, e outro em Maringá, 5/07.

A falta de palavras dos gestores daprefeitura de Curitiba resultou em novaação do Sismuc e do Sismmac. Destavez, trata-se de um pedido de liminarque visa garantir o direito de comprados servidores que ganham menos deR$ 2.040, nos armazéns da família emercadões populares. O acordo nego-ciado e registrado em ata, feito em umamesa de negociação, vem sendo rejeita-do e prejudica um direito dos servidores.

Conforme registrado na ata da reu-nião do dia 16 de março, foi discutido eacordado que o teto da renda mensaldos servidores autorizados a utilizarem-se dos armazéns e mercadões, não po-deria ultrapassar quatro salários míni-

Direito negado aos servidores

Acordo não cumpridopela PMC gera ação

dos sindicatosmos (R$ 2.040) e o teto da compra seriade R$ 300. Porém, a norma que rege ofuncionamento e utilização dos programasdestes estabelecimentos, continua irregu-lar. A portaria n.º 02/2010, determina quesomente poderão se beneficiar destesprogramas os servidores municipais comremuneração igual ou inferior a R$ 1.860,o equivalente a quatro salários mínimosvigentes até dezembro de 2009.

Como a administração informou aossindicatos que não modificará a portariapara adequá-la ao valor correspondente aquatro salários mínimos nacionais, confor-me acordado, não restou outra alternati-va. A ação foi encaminhada neste dia 31,na Vara da Fazenda Pública.

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9Junho de 2010

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Democracia X Monopólio Empresarial

J orn al d o S i sm uc : D e nt re vá r ia sm ud an ç as qu e a i n te rn e t t ro ux epa ra os d ias de hoj e u ma das pri n-c ip ai s é q ue a co m un ic aç ã o nã os e d á a p e n a s n u m s e n t i d oun idi rec ion al. O q ue mud a?Alex Capuano: H istoricamente, no Bra-sil, a nossa mídia sempre foi unidi-recional, ou seja, os meios de comuni-cação mandavam a informação que elesqueriam e nós acatávamos e pronto.Com o surgimento da internet e com oadvento de uma parte da web, chama-do web 2.0, é possível a gente mudarum pouco esta lógica.Hoje, pela internet, todo mundo pode,de certa maneira, ser jornalista. Todomundo pode expressar sua opinião. Issofaz com que a gente tenha uma socie-dade realmente democrática. Às vezesouvimos o debate sobre o que é liberda-de de expressão. Liberdade de expres-são tem que ser entendida não apenascomo você poder falar o que quer. É vocêter espaços pra falar o que quer. Por issoé importante para o servidor, trabalha-dor, ocupar estes espaços, pois entre ou-tras coisas está relacionada ao aspectoda consolidação e do aperfeiçoamentoda democracia e da cidadania e de comoa pessoa passa a ter papel de cidadãode fato, no sentido de lutar pelos seusdireitos de ter direito a ter direitos.

JS : Po rque des envo lve r o sens o cr í-ti co é imp ort ant e hoj e?AC: É importante porque as pessoas pre-cisam entender que tem interesses emcada coisa que é colocada na programa-ção da TV. Infelizmente esse interessenão é meramente econômico, o que já éum problema, mas ele vai além disso.Mui tas ve zes e sses intere sses sãoclassicistas, racistas, machistas, interes-

O Jornal do Sismuc entrevistou o coordenador de sistema deinformação do Observatório Social Alex Capuano, paulista, 35

anos, que esteve em Curitiba onde ministrou um curso a diri-gentes do Sismuc e representantes por local de trabalho. Mili-

tante de associação de bairro e defensor da democratização dacomunicação, ele falou sobre a importância da comunicação

entre os trabalhadores a partir da utilização de novas ferra-mentas da informática. Ele também argumentou sobre os

benefícios da utilização do software livre. Confira:

Site recomendado:www. donosdamidia.com.br

ses para manter a sociedade conserva-dora.Além disso, este tipo de concentraçãona mão de poucas famílias faz com quetenhamos uma programação que é to-talmente padronizada. Por exemplo, aprogramação que nós vemos aqui noParaná é praticamente a mesma que agente vê em São Paulo, com algumas pe-quenas exceções, como o Paraná TV, oglobo esporte regional. No resto vocêsacabam sempre vendo os times do rio,os times de futebol de São Paulo, isso seaplica em muita coisa.

JS : A in te rn et p od e se r um i ns tru-m en to im po rt a nt e n o se nt i do d ade moc rat iza ção d a c omu nic açã o?AC: Em novembro nós tivemos a confe-rência nacional d e comunica ção, aConfecom, que já foi um passo impor-tante para que as pessoas debatam isso.Primeiro acho que não temos que desis-tir deste meio, ou pelo menos de tentarmelhorá-lo e torná-lo mais democrático.Sobre a internet, eu não tenho dúvidanenhuma de que é um meio de comuni-cação que pode ser o que a gente espe-ra de um meio de comunicação demo-crático. Embora a gente tenha alguns ví-cios, a gente vive tanto tempo sob a égidede uma mídia que só faz a gente ouvir,ver e ler o que quer, e não tem interação.Hoje existem várias ferramentas, hoje nainternet você pode fazer um vídeo de umproblema públi co, tipo um bu raco narua, e publicar isso em algum lugar. Hojenós não somos só receptores, nós tam-bém somos emissores, a ge nte podeproduzir v ídeo, a gente pode produzirfoto, pode produzir blogs, tem o twitter,tem diversas ferramentas pa ra a pes-soa passar a ser t ambém um produtorde conteúdo.

J S: E so ft w are li v re , p orqu e v oc êac ha i mp or ta nt e us ar s of tw are li -vre?AC: Tem 3 questões. Eu poderia definir eser bem sintético nisso. A primeira ques-tão é de ordem política ideológica. Nãome parece que um sindicato, um movi-mento social, esteja de acordo com qual-quer forma de monopólio principalmen-te privado. Hoje a Microsoft monopolizao mercado de software. Só quem faz sis-tema operacional para computares, anão ser o Linux, é aMicrosoft, então é mo-nopólio, esta é uma ques-tão.A outra questãoé de ordem téc-nica. Software li-vre é me lh orque Windows. OLinux, Ubuntu,sã o me lhoresque Wi ndows.Então é de or-de m té cn ic amesma. Eu nãoco nh eç o ni n-guém que tenha software livre que te-nha tido vírus no computador. E outracoisa, se você tiver uma máquina maissimples na sua casa, e colocar o Linuxele vai funcionar muito melhor, porque oWindows nem roda, ele exige mais má-quina. O Linux não.A terceira é de ordem meramente eco-nômica. Em um sindicato que tem 10computadores, se você usar softwareproprietário em cada máquina, se forpensar em cada coisa, você vai gastaruns R$ 4 mil por máquina, em software.Já software livre é grátis.

JS : O qu e fal ta p ara pop ul ar iz ar o

so ft ware liv re , n a sua o pin iã o?AC: O governo federal tem feito um gran-de esforço pra expandir o software livre,tem que ser dito isso. O governo tem feitoum enorme esforço. Criou um site desoftware livre do governo, como o “Domí-nio Público”. O governo do Paraná tam-bém. Agora, porque não expande mais?Primeiro é o vício. As pessoas estão vicia-das em Windows, desde 95 quando co-

meçou a grande expan-são dos co mputadoresna vida das pessoas. De

lá pra cá as pessoas estãoviciadas e começam a criar al-

guns mit os, co-meça m a fa larque o Linux é di-fícil de usar. En-tã o exi st e umcer to c omod is-mo, mas o inte-ressant e é quequando o Win-dows muda suaversão, ai você éobrigado a apren-der a mexer no

novo Windows.Porque é interessante a gente pensarnessa diferença entre uma coisa e ou-tra? Só porque um é pago e outro é degraça? O que pra mim já seria uma boarazão. Mas não é só isso. O Windows temcódigo fechado ele não é construído demaneira colaborativa, já o software livreo código é aberto. Se eu sei um pouco deprogramação, eu posso tentar melhorá-lo, eu posso tentar colocar um recursonovo. A gente não quer uma sociedademais solidária, mais igualitária, então, osoftware livre faz isso.

A internet e asoportunidades para acomunicação popular

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10 Junho de 2010

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CurtasDebate polêmico

Autoritarismo ameaça SinclapolNo Sindicato dos Policiais Civis (Sinclapol) as atitudes do presidente AndreGutierrez demonstram que o autoritarismo ainda persiste no sindicalismobrasileiro, remontando à época da ditadura militar. Depois de algumas diver-gências e sem maiores explicações, ele resolveu destituir dois diretores eleitoslegitimamente pelos cerca de 3,2 mil policiais civis do Paraná.Eyrimar Fabiano Bortot (secretário geral) e Ezequiel de Camargo Ventura(tesoureiro), fazem parte da gestão eleita em setembro do ano passado, comooposição, e agora estão impedidos de participar de reuniões da diretoriaexecutiva e de ter acesso a documentos do Sinclapol.Baseado no estatuto da entidade, no código civil e na Constituição Federal,eles estão coletando assinaturas dos policiais civis para obrigar o presidentedo Sinclapol a convocar assembleia geral. O objetivo é reverter a decisão apartir de uma decisão coletiva.

Complicação também no SindSaúde-PRO autoritarismo, infelizmente, não é exclusividade do Sinclapol. A diretora doSindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Estado do Paraná(SindSaúde-PR) Ana Lúcia Canetti foi expulsa da direção liberada do sindicatoapós uma reunião que durou um dia inteiro, por minoria de votos (14 pelaexpulsão, de um total de 29 presentes). Segundo Ana Lúcia “o autoritarismo étanto, que este grupo nem admitiu a possibilidade de esperar para que umaassembleia geral da categoria discutisse o assunto”.Para ela, trata-se de uma retaliação por defender a CUT em uma gestão queacabou de se desfiliar da central. “Esta decisão da minha expulsão da equipeliberada, dividindo a direção, é uma irresponsabilidade e só mostra que há umgrupo de diretores que se interessam mais pelo controle do sindicato do queas causas da categoria”, afirmou, defendendo a democracia e a liberdade deopiniões no SindSaúde-PR como condição indispensável para ampliar aparticipação da base nas decisões do sindicato.

Perigo ao ensino infantilO Movimento Interfóruns de Educaçao Infantil no Brasil (Mieb), que congregaprofessores, pesquisadores, gestores de educação municipais, alunos da gradu-ação e pós-graduação, representantes sindicais, de organizações não governa-mentais, entre outros, manifestam preocupação e estado de alerta diante datramitação no âmbito do Congresso Nacional do projeto de lei que propõe aantecipação da matrícula no ensino fundamental aos cinco anos de idade. Trata-se do PL 414/2008 de autoria do senador Flávio Arns, que propõe alterações naatual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB9394/1996). A pro-posta altera a lei de diretrizes e base da educação, e propõe que as crianças de5 anos passem a frequentar o ensino fundamental. O projeto foi aprovado noSenado e encontra-se na Comissão de Educação da Câmara Federal como PL6755/2010. Na esfera paranaense, o Fórum de educação infantil do Paraná vem realizandoreuniões sistemáticas, estabelecendo contatos com políticos e com a imprensalocal na perspectiva de promover ações concretas para divulgar e impedir que amudança siga adiante. De acordo com o MIEB, as experiências em sala de aulatêm apontado dificuldades e problemas da oferta de um atendimento adequadoe de qualidade às crianças no âmbito da escola.Os especialistas e trabalhadores da educação infantil vêem esta alteração comonegativa para a criança, por considerar que a entrada precoce no ensinofudamental pode causar prejuízos ao desenvolvimento das crianças. “Os cmei’ssão espaços educativos pensados e estruturados para atender a educaçao in-fantil, o mobiliário, os tempos e as atividades levam em conta a espeficidadedesta faixa etária, além do que o projeto de lei não garante o ensino integral eisso causaria problemas para muitas famílias que não têm condição de pagarmeio período em um cei particular”, diz Marcela Alves Bomfim, presidente doSismuc.Um abaixo assinado que circula em todo o estado repudia o projeto de lei esolicita sua retirada de pauta. Uma cópia pode ser baixada na página do Sismuce qualquer um pode coletar assinaturas e enviar ao Sismuc ou entregar paraalgum diretor do sindicato.

Tornar público um tema que paramuitos ainda é um tabu foi o objetivo daCUT-PR e da Marcha Mundial das Mulhe-res (MMM), no evento realizado no dia30 de abril, no Espaço Cultural dos Ban-cários, em Curitiba. Com o tema “Legali-zação do aborto: essa luta também énossa”, militantes expuseram a questãoapontando alguns números significativospara argumentos favoráveis.

De acordo com dados do SistemaÚnico de Saúde (SUS), por ano são reali-zados cerca de 1 milhão d e abortosclandes tinos no Bra sil. Parte d isso sedeve ao fato de qu e esta ainda é umaatividade considerada crime que impe-de a realização do procedimento de for-ma segura . Em função disso, cerca de250 mil mulheres por ano são interna-d as e m h os p it ai s p úb li c os e mc on se qu ên ci a de he mo rrag ia s esequelas de abortos inseguros no país.Por este motivo, a questão está relacio-nada, antes de tudo, ao direito à saúdedas mulheres brasileiras.Per fil

Uma pesquisa da Universidade deBrasília (UnB) aponta outros dados quederrubam alguns mitos. Um deles é o fatode que a maioria dos abortos ocorre commulheres na faixa etária de 20 a 29 anos,as quais têm união estável, são católi-cas e já têm um filho. Ou seja, o abortonão está restrito às prostitutas ou ado-lescentes, por exemplo. Além do risco devida, as mulheres que se sujeitam aoaborto clandestino ainda têm que convi-

Mulheres pobres são asque mais sofrem com

criminalização do aborto

ver com o risco de serem presas, comoocorre em vários casos.

A secretária de mulher da CUT naci-onal Rosane Silva lembra que este sis-tema de criminalização penaliza aindamais as mu lheres mais pobres . Isto sedeve à clandestinidade do aborto, queacaba sendo realizado em clínicas inse-guras. Di ferente dos casos em que sepode pagar para fa zer o procedimentoem locais mais bem preparados.Po uc os h om en s

Para a diretora executiva da MMMSonia Coe lho “esse é um t ema aindapouco discutido pela sociedade e quan-do há alguma abordagem da mídia, asmulheres não são ou vidas sobre isto”.Durante o debate q uestionou-se a au-sência de homens no debate. Algumasdas presentes no evento destacaram adificulda de de conversar c om o temacom seus parceiros, amigos e colegas.

A vereadora professora Josete (PT),de Curitiba, e a vereadora Lirani Franco(PT), de Fazenda Rio Gran de tambémparticiparam do debate. As diretoras doSismuc Alessandra Claudia de Oliveira eMarcela Alves Bomf im também estive-ram presentes.

Atualmente, no Brasil, o aborto é le-galizado apenas para casos de estuproou de risco para a vida da mãe. A cam-panha da CUT e da MMM tem por objeti-vo a aprovação de uma lei federal quepermita o atendimento em hospitaispúblicos, com condições devidas, e a re-gulamentação do procedimento.

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11Junho de 2010

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Rompendo barreiras

PCCV Guardas: novo quadrorespeita tempo de serviçoO Plano de Cargos Carreiras e

Vencimentos (PCCV) da guarda temsido debatido por uma comissãocomposta por representantes daprefeitura e dos servidores eleitospelo coletivo dos guardas. Duas reu-niões ocorreram até o fechamentodesta edição do Jornal do Sismuc,nos dias 6 e 20 de maio. As princi-pais questões debatidas foram oquadro para crescimento vertical ehorizontal e jornada de trabalho.Cres ci men to s na ca rrei ra

A nova tabela elaborada prevêo crescimento por tempo de serviçoe em caso de ingresso em nova áreade atuação por concurso. O avançoocorreria a cada ano, de forma hori-zontal, e um crescimento vertical acada 5 anos, independente da áreade atuação, conforme vinha sendodefendido pela categoria.

Um gua rda muni cipa l, p orexemplo, sem punições administra-tivas graves ou gravíssimas e namesma área de atuação ao longoda carreira, chegaria aos 23 anosde serviço ganhando R$ 3.479,14de salário-base. Já o guarda que temquatro anos de serviço passaria areceber R$ 1.003,00. Em ambos oscasos é necessário acrescentar osadicionais de 50% de risco e os rea-justes salariais anuais.

A transição dos guardas para anova tabela foi o ponto polêmiconesta questão. O sindicato defendeque os trabalhadores sejam enqua-drados automaticamente na tabe-la, conforme tempo de casa. Já a

prefeitura propõe o enquadramentoseguindo os moldes da tabela atu-al. Este assunto será debatido napróxima reunião.Jo rna da de tra bal ho

Já a jornada de trabalho atualrecebeu uma proposta nova na qualos guardas poderiam optar entreduas escalas: trabalhar 12 horascom 36 de descanso (dia e noite)ou oito horas diárias de segunda asexta.Ho ras -e xtras

Na última reunião o Sismuc re-passou o que foi debatido no últi-mo coletivo, ou seja, de que a im-plantação do plano não pode acar-retar perdas salariais para ninguém.O gerenciamento das horas extras,por exemplo, é uma questão degestão do trabalho, que competeexclusivamente à prefeitura, defen-de Diogo Monteiro, secretário deadministração do Sismuc.

Ao contrário do que havia sidodito na reunião passada, a prefei-tura disse que as horas extras nãoserão extintas. A afirmação é do di-retor da guarda Carlos Celso Junior,que reconhece a existência de umademanda que impede o fim dashoras extras.En cami nha ment os

Estas e outras questões, bemcomo as deliberações para seremtomadas em negociação com a pre-feitura, serão debatidas em novareunião do coletivo dos guardas. Apróxima negociação tem nova datapara o dia 10 de junho.

No começo

PCCV Suas: proposta envolveservidores de várias secretarias

Os trabalhos da comissão conjunta dosindicato e da prefeitura para elaboraçãodo Plano de Cargos, Carreiras e Vencimen-tos (PCCV) dos servidores do Sistema Únicode Assistência Social (Suas) estão em an-damento. Participam do debate represen-tantes da administração e os servidoresCássia Guimarães, Patrick Baptista e JoséPucci Neto e Daraci Rosa dos Santos, elei-tos em reunião do coletivo para represen-tar os trabalhadores.

Para o diret or d o Si smuc Patr ickBaptista a proposta tem que ser montadocom base na realidade e nas funções queestão sendo atribuídas aos servidores queatuam em todo o sistema de atendimentode Curitiba. A pauta da próxima reunião pre-tende discutir as atividades de cada um dosprofissionais que atuam no sistema. “É im-portante que cada um participe para que aproposta a ser montada valorize o servidorpor meio do plano. É preciso mobilização epressão”, aponta ele.

A exemplo dos guardas municipais, quecontam uma proposta própria, os servidoresdo Suas também podem contar com um es-boço. Dentre os profissionais que podem es-tar envolvidos neste debate estão educado-res sociais, assistentes sociais, psicólogos,p ed agogos , agen te s ad mi ni st ra ti vo soperacionais e polivantes lotados na secre-taria de assistência social. Definir quais pro-fissionais serão abrangidos pelo plano doSuas já e um dos nós a serem desatados.“Nós temos que definir de que forma os pro-fissionais que transitam por outras secretari-as serão enquadrados no plano”, lembraBaptista.

Esta e outras definições, incluindo a cons-trução e aprovação das propostas que serãoconstruídas em conjunto com a prefeitura,estão sendo avaliadas pelos trabalhadoresnas reuniões do coletivo do Suas.

Na próxima reunião, marcada para 11de junho, a comissão inicia o debate de ques-tões pontuais para composição do plano.

Outra comissão com trabalhos em andamento é a responsável pela elaboraçãodo Difícil Provimento a ser implantado na FAS, um compromisso arrancado na últimacampanha de lutas, que visa facilitar a permanência dos trabalhadores em equipa-mentos de dificl acesso, em áreas de risco e que tenham alta rotatividade.

Foi apresentada pela FAS uma proposta de difícil provimento, com a indicação deuma lista de locais de trabalho que serão contemplados. A proposta será remetidapara as regionais indicarem novas unidades. Izabel Cristina Latoh, coordenadora do RHFAS, informou que a lista de locais ficará sob apreciação do departamento financeiro,devido limitação de orçamento.

O Coletivo da Assistência Social do Sismuc avalia que a proposta da FAS apresen-ta vários problemas: restrição a alguns equipamentos e regionais, não é clara quantoaos critérios de acesso à gratificação, pune servidores com falta ou processo adminis-trativo, excluindo-os do pagamento e não é incorporada à aposentadoria, uma vez quenão prevê desconto previdenciário. Por todos esses problemas a proposta será discu-tida pelo sindicato em conjunto com os servidores.

Difícil provimento na FAS

Para desatar nós

PCCS/SUS: futuro dos servidores da saúde em jogoEstão em andamento as negocia-

ções para construção do Plano de Car-gos Carreiras e Salários (PCCS) dos tra-balhadores do Sistema Único de Saúde(SUS) da prefeitura de Curitiba. Com basenas diretrizes do ministério da saúde, oSismuc tem feito esforços para elaboraruma proposta que esteja mais adequa-da às condições de trabalho dessa par-cela da categoria. Na primeira reunião re-alizada no último dia 13 representantesdo sindicato e da prefeitura se reunirampara avaliar planos de outras cidades e oque diz a legislação.

Na avaliação de Daniel Mittelbach,secretário geral do Sismuc, três questõessão verdadeiros “nós” a serem desata-

dos na elaboração do plano. A primeiradiz respeito à sua abrangência, que deveincluir auxiliares de enfermagem, médi-cos, enfermeiros, dentistas, auxiliares desaúde bucal, técnicos de saúde bucal, far-macêuticos e terapeutas ocupacionais.Por outro lado, há alguns profissionais queatuam na saúde, mas também em outrassecretarias. É o caso de agentes adminis-trativos, psicólogos e assistentes sociais. Aproposta do sindicato é que os servidorestenham a oportunidade de escolher se que-rem ou não ingressar no plano da saúde.Porém, uma vez escolhido o plano, o servi-dor não poderia mais trocar por outro.

Também necessita de um debateaprofundado a situação dos auxiliares de

enfermagem. A proposta do sindicato éextinguir o cargo de auxiliar e transformarestes profissionais em técnicos, o que ga-rante um enquadramento mais vantajosoa estes servidores e melhor remuneração.

Por fim, a principal questão deve sermesmo aquela referente à jornada de tra-balho. Atualmente os servidores da saú-de convivem com três modelos: o de 40horas (PSF), a jornada otimizada (36 ho-ras não regulamentada em unidades bá-sicas) e a jornada de 12 horas de traba-lho por 36 de descanso (Suec). Seguindoa diretriz cutista e a orientação do própriogoverno federal e da Organização Mundi-al da Saúde, o Sismuc defende a reduçãoda jornada para todos os servidores da

saúde a 30 horas semanais, sem redu-ção de salários. Os únicos que ficariam defora seriam aqueles que já têm 20 horasregulamentadas.Enc aminh amen tos

Todas as decisões e encaminhamen-tos nas negociações estão sendo aprova-dos pelos trabalhadores nas reuniões docoletivo da saúde. Estes encontros acon-tecem, agora, a cada 15 dias. Além disso,também vem sendo programado um se-minário a ser realizado em 26 de junho,com o objetivo de discutir o plano ampla-mente com a categoria. Os detalhes se-rão divulgados em breve e os preparati-vos também partirão das reuniões do co-letivo.

Page 12: Em sessão da câmara municipal, vereadores Construção dos ... · Out ra novidade eletrônic a do qual o Sismuc tem se utiliz ado é o Twit ter. Nes-te espaç o, diretor es do sindicat

12 Junho de 2010

Coluna Cultural

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Calendário de Lutas

Resenha: A históriasecreta da Rede Globo

Trata-se de um livro raro, difícil de se achar em livrarias, mas que estádisponível gratuitamente na internet. Apresentado pelo jornalista Daniel Herz,como tese de mestrado, na Universidade de Brasília, em 1983, ”A HistóriaSecreta da Rede Globo” aborda o problema da introdução de tecnologias decomunicação no Brasil. O melhor do livro, porém, é a explicação de como aGlobo, que foi construída com capital estrangeiro, chegou ao que é. Com umpoder tal, que é capaz de fazer presidentes – desde que eles façam acordosque lhe convém. O estudo traça uma críticacontundente contra a maior rede de comuni-cação do país, dona atualmente de váriosveículos de comunicação, formando umverdadeiro império da informação no país.

Fi cha bi blio grá fic a:HELZ, Daniel. A hi st ór ia se creta d a Re deG l ob o . Porto Alegre, São Paulo: Ortiz, 1991.A versão digital pode ser baixada na página doSismuc, em Documentos. Na busca, digite“globo”.

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Resenha:Documentário trazmodelos de auto-gestão

Em plena crise financeira na Argentina, em 2001, os trabalhadorestomam as ruas para se manifestar contra a situação em que o PresidenteMenem deixou o país. Nesta situação os empresários passam a fechar asfábricas com a intenção de preservar seu patrimônio financeiro. Os trabalha-dores se organizam em cooperativas e reabrem algumas fábricas e come-

çam a produzir e negociaros produtos. Todo ofaturamento é dividido empartes iguais e utilizadopara investir em novamatéria prima para darcontinuidade aos traba-lhos. Uma demonstraçãode organização e possibili-dade de um novo modelode produção e uma novasociedade é possível.

Fi ch a t écn ic a:Título: The TakeDiretor: Avi LewisEscritor e produtor: NaomiKleinLançamento: 2004

01/06 – Assembléia Nacionalda Classe TrabalhadoraHorário: 9 horasLocal: São Paulo/SP

02/06 – Reunião do Coletivodos FiscaisHorário: 19 horasLocal: SISMUC

07/06 – Reunião do Coletivode Saúde – Discussão doPCCS-SUSHorário: 19 horasLocal: SISMUC

08/06 – Assembléia GeralPauta: Eleição de Delegadospara Congresso da FESSMUCe Eleição da ComissãoOrganizadora do Congressodo SISMUCHorário: 18h30Local: SISMUC

10/06 – Reunião do Coletivoda Guarda MunicipalHorário: 19 horasLocal: SISMUC

11/06 – Reunião do Coletivoda FASHorário: 19 horasLocal: SISMUC

17/06 – Reunião do Coletivode EducaçãoHorário: 19 horasLocal: SISMUC

24/06 – Reunião do Coletivoda Guarda MunicipalHorário: 19 horasLocal: SISMUC

25/06 – Reunião dos inspetoresde escola e administrativosHorário: 19 horasLocal: SISMUC

26/06 – Seminário deConstrução PCCS-SUSHorário: das 9 às 18 horasLocal: SISMUCObs.: É necessário fazerinscrição via site ou telefone

29/06 – Reunião de Represen-tantesHorário: 9 ou 14 horasLocal: SISMUC

01/07 – Debates sobreDiretrizes Nacionais paraPolítica Nacional de Saúdedo Trabalhador do SUSHorário: 9 horasLocal: Curitiba – a definir(maiores informações3322-2475)

05/07 – Reunião do Coletivode SaúdeHorário: 19 horasLocal: SISMUC

31/07 – Seminário deConstrução do PCCS-SUASHorário: das 9 às 18 horasLocal: SISMUCObs.: É necessário fazerinscrição via site ou telefone.