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VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 1,00 PIM VAI GERAR MAIS MIL VAGAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA SUPERINTENDÊNCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS (CAS) APROVOU, ONTEM, 35 PROJETOS INDUSTRIAIS E DE SERVIÇOS QUE, JUNTOS, SOMAM INVESTIMENTOS DE US$ 313 MILHÕES E PREVEEM A GERAÇÃO DE QUASE MIL VAGAS DE TRABALHO NO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS (PIM), DENTRO DOS PRÓXIMOS 3 ANOS. ECONOMIA B2 FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA E PÓDIO. MÍN.: ANO XXVI – N.º 8.377 – SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO O JORNAL QUE VOCÊ LÊ 23 Quem é fã de samba e pagode já tem programa para hoje, com o show de Sorriso Maroto (foto) e Tá na Mente, na piscina do Tropical Hotel. Plateia D3 A noite é de Sorriso Maroto SHOW MÁX.: TEMPO EM MANAUS 33 O mês de junho não vai ser só de Copa do Mundo. As festas juninas vêm aí e terão roteiro variado na cidade. Confira! Plateia D4 e D5 O ‘arraiá’ está garantido até com o futebol FESTAS JUNINAS O ÚLTIMO TESTE ANTES DA COPA SELEÇÃO BRASILEIRA A seleção brasileira enfrenta, nesta sexta-feira, a Sérvia no último amistoso antes da estreia na Copa do Mundo. O técni- co Luiz Felipe Scolari vai aproveitar o jogo para definir quem realmente será titular no Mundial. Pódio E4 e E5 Se o Brasil for cam- peão, Neymar será can- didato habitual a melhor do mundo. Pódio E5 TOSTÃO ARQUIVO EM TEMPO Óleo virou o vilão da cesta básica em maio DIEESE O valor da cesta básica em Manaus fechou em R$ 322,98 no mês de maio. O óleo foi o produto que apresentou maior reajuste, seguido do café. Economia B3 O vilão da cesta foi o óleo de cozinha, que ficou 6,51% mais caro em maio POR MORADIA Indígenas voltam a protestar Índios de várias etnias fecharam um trecho da rodovia Manoel Urbano para protestar contra a falta de atenção por parte dos órgãos de assistência indígena e também da Prefeitura de Iranduba. Dia a dia C2 IONE MORENO Os índios que protestaram ontem são os mesmos que ocuparam uma invasão próximo à rodovia, no ano passado A torcida dividida nun- ca será um trauma aqui como foi para sérvios e croatas. Pódio E4 PAULO VINÍCIUS COELHO VIPCOMM DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO

EM TEMPO - 6 de junho de 2014

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1,00

PIM VAI GERAR MAIS MIL VAGASO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA SUPERINTENDÊNCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS (CAS) APROVOU, ONTEM, 35 PROJETOS

INDUSTRIAIS E DE SERVIÇOS QUE, JUNTOS, SOMAM INVESTIMENTOS DE US$ 313 MILHÕES E PREVEEM A GERAÇÃO DE QUASE MIL VAGAS DE TRABALHO NO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS (PIM), DENTRO DOS PRÓXIMOS 3 ANOS. ECONOMIA B2

FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA E PÓDIO. MÍN.:

ANO XXVI – N.º 8.377 – SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

23

Quem é fã de samba e pagode já tem programa para hoje, com o show de Sorriso Maroto (foto) e Tá na Mente, na piscina do Tropical Hotel. Plateia D3

A noite é de Sorriso Maroto

SHOW

MÁX.:

TEMPO EM MANAUS

33

O mês de junho não vai ser só de Copa do Mundo. As festas juninas vêm aí e terão roteiro variado na cidade. Confi ra! Plateia D4 e D5

O ‘arraiá’ está garantido até com o futebol

FESTAS JUNINAS

O ÚLTIMO TESTE ANTES DA COPA

SELEÇÃO BRASILEIRA

A seleção brasileira enfrenta, nesta sexta-feira, a Sérvia no último amistoso antes da estreia na Copa do Mundo. O técni-co Luiz Felipe Scolari vai aproveitar o jogo para definir quem realmente será titular no Mundial. Pódio E4 e E5

Se o Brasil for cam-peão, Neymar será can-didato habitual a melhor do mundo. Pódio E5

TOSTÃO

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O E

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EMPO

Óleo virou o vilão da cesta básica em maio

DIEESE

O valor da cesta básica em Manaus fechou em R$ 322,98 no mês de maio. O óleo foi o produto que apresentou maior reajuste, seguido do café. Economia B3

O vilão da cesta foi o óleo de cozinha, que fi cou 6,51% mais caro em maio

POR MORADIA

Indígenas voltam a protestarÍndios de várias etnias fecharam um trecho da rodovia Manoel Urbano para protestar contra a falta de

atenção por parte dos órgãos de assistência indígena e também da Prefeitura de Iranduba. Dia a dia C2

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Os índios que protestaram ontem são os mesmos que ocuparam uma invasão próximo à rodovia, no ano passado

ANO XXVI – N.º 8.377 – SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO:

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

O ÚLTIMO TESTE ANTES DA COPA

SELEÇÃO BRASILEIRA

A seleção brasileira enfrenta, nesta sexta-feira, a Sérvia no último amistoso antes da estreia na Copa do Mundo. O técni-co Luiz Felipe Scolari vai aproveitar o jogo para definir quem realmente será titular no Mundial. Pódio E4 e E5

Se o Brasil for cam-peão, Neymar será can-didato habitual a melhor do mundo.

A torcida dividida nun-ca será um trauma aqui como foi para sérvios e croatas. Pódio E4

PAULO VINÍCIUS COELHOA torcida dividida nun-

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Page 2: EM TEMPO - 6 de junho de 2014

A2 Última Hora MANAUS, SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014

Metalúrgica é flagrada desviando energia elétricaSegundo a Amazonas Energia, o estabelecimento furtou 105 mil kWh, o sufi ciente para abastecer em torno de 350 casas

Uma metalúrgica foi identifi cada furtan-do energia elétrica por meio de uma su-

bestação clandestina de 112,5 KVA, no Distrito Industrial de Manaus. A ação aconteceu ontem e foi coordenada por uma equipe do 25º Distrito Integrado de Polícia (DIP) em parceria com o Instituto de Criminalística (IC) e Eletrobras Amazonas Energia.

O crime de furto de energia foi caracterizado pela perí-cia do IC e pelas equipes de inspeção da distribuido-ra, após identifi carem que a unidade consumidora de-veria estar sendo atendida em baixa tensão, porém, era suprida, irregularmente, por um transformador clandes-tino, ligado à rede de média tensão (13.800 volts).

De acordo com análise pre-liminar da concessionária, o volume desviado de ener-gia elétrica foi da ordem de 105.000 kWh, o equivalente a um prejuízo estimado de R$ 39 mil, valor suficiente para atender uma comuni-dade com aproximadamente 350 residências pelo período de um mês.

Após ser abordado pelo de-legado Adriano Félix Claudino,

um dos sócios da metalúrgica disse reconhecer que a uni-dade encontrava-se irregular perante à distribuidora de energia elétrica. Ele tentou justifi car a situação infor-mando que possuía grandes equipamentos no local e que a rede de baixa tensão não seria sufi ciente para atender à demanda da empresa.

Depois de prestarem es-clarecimentos e de ter com-provado que não pagavam corretamente o consumo de energia, o diretor comer-cial da metalúrgica solicitou orientação da Eletrobras Amazonas Energia para re-gularizar a situação. Ele foi intimado a prestar esclare-cimentos no 25º DIP.

Após realização de todos os procedimentos de perícia, a metalúrgica teve o forneci-mento de energia suspenso.

A Eletrobras Amazonas Energia informa que irre-gularidades dessa natureza demonstram o quanto são “agressivas” as intervenções nas suas redes de distribuição, fato que compromete muito a qualidade do fornecimento de energia, além de por em risco a segurança dos usuários des-se tipo de instalação elétrica, onde ocorre o furto. Funcionários da Amazonas Energia desativam a subestação clandestina utilizada pela metalúrgica para furtar energia elétrica

DIVULGAÇÃO

Delegacia Móvel é apresentada

A Delegacia Móvel que vai reforçar o atendimento da Polícia Civil durante o perío-do da Copa do Mundo 2014, foi apresentada na tarde de ontem, pelo delegado-geral de Polícia Civil, Josué Rocha, que na ocasião também anun-ciou as obras de reforma e adequação do prédio onde funciona o Instituto de Iden-tifi cação Aderson Conceição de Melo (IIACM) e a instalação de uma nova Delegacia Espe-cializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), na Zona Norte de Manaus.

A solenidade contou com a presença do secretário es-tadual de Segurança Pública, coronel Paulo Roberto Vital, o delegado-geral adjunto, Má-rio Aufi ero, o comandante da Polícia Militar do Amazonas,

coronel Almir David, entre ou-tro integrantes da cúpula de segurança pública.

Doado pelo Ministério da Justiça, o veículo onde funcio-nará a Delegacia Móvel conta com sala para despacho de processos, espaço para car-tório e atendimento ao públi-co, lugar para contenção de presos e espaço de conforto para os policiais civis. Cada subsede da Copa do Mundo foi contemplada com uma unidade, que custou, individu-almente, R$ 1,112 milhão.

A partir do próximo dia 12, a Delegacia Móvel será deslocada ao Complexo Tu-rístico da Ponta Negra, na Zona Oeste, onde acontecerá a Fifa Fan Fest. A unidade per-manecerá no local durante todo o perído do mundial.

De acordo com Josué Rocha, o ônibus será útil a toda a população de Manaus e não apenas em grandes eventos, como a Copa do Mundo. “Este ônibus não vai estar presente apenas nos grandes eventos, mas nas ações sociais ou em qualquer outro tipo de ação em que a Polícia Civil precise ir até a população”, destacou.

A solenidade também marcou o início das obras de reforma e adequação do prédio onde fun-ciona o Instituto de Identifi ca-ção, que passará a contar com uma estrutura moderna que irá contemplar tanto os servidores quanto à população. A obra, orçada em aproximadamente R$ 913 mil, será executada pela empresa Turin Construtora Ltda. e deverá ser concluída em até 90 dias.

SEGURANÇCA

Senador é recepcionado com festa em Manaus

Um dia após a aprova-ção em segundo turno, na Câmara dos Deputados, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 103/10, que prorroga a Zona Franca de Manaus (ZFM) por mais 50 anos, o senador Eduardo Braga foi recebido na tarde de ontem, no aeroporto in-ternacional Eduardo Gomes, por um grupo de pessoas com faixas, cartazes, instrumen-tos percussivos, entoando gritos de guerra numa ver-dadeira festa de comemora-ção à importante conquista para o Amazonas.

Braga foi um dos principais articuladores da aprovação do projeto, que agora vai para o Senado, onde passará

por mais duas votações. “Foi uma batalha vencida. Agora, a prorrogação da Zona Fran-ca chega ao Senado, a partir da semana que vem. Espera-mos, com a ajuda de todos os senadores do Amazonas, podermos votar em urgência urgentíssima”, disse.

Visivelmente satisfeito com o desfecho da verda-deira ‘queda de braço’ que foi negociar a aprovação da prorrogação da ZFM, Braga fi cou surpreso com a recep-ção festiva. “O sentimento é de alegria de poder ajudar milhares e milhares de tra-balhadores e ter uma certeza de que a nossa geração não terá mais que lutar tanto para prorrogar a Zona Franca”.

ZONA FRANCA

Senador foi recepcionado por populares no aeroporto

DIVULGAÇÃO

Ônibus foi doado pelo Ministério da Justiça e dispõe de vários espaços para as atividades policiais

MICHAEL DANTAS/AGECOM

Concurso n. 584 (05/06/2014)

Concurso n. 1064 (04/06/2014)

Extração nº 04872 (04/06/2014)

FEDERALFEDERAL

Prêmio Bilhete Valor (R$)

1º 19.183 250.000,00

2º 43.228 16.300,00

3º 24.030 16.000,00

4º 94.002 15.800,00

5º 50.231 15.223,00

Concurso n. 1286 (03/06/2014)

20 27 28 36 38 50

DUPLA-SENADUPLA

Primeiro sorteio

15 28 29 35 41 46

Segundo sorteio

LOTOMANIALOTOMANIA

Concurso n. 3507 (05/06/2014)

17 19 30 43 45

QUINAQUINA

LOTOFÁCILLOTOFÁCIL

02 03 07 08 09

10 11 14 15 16

18 19 21 24 25

TIMEMANIATIMEMANIA

04 05 23 31 54 71 75

Time do coração

PALMEIRAS/SP

LOTERIAS

Concurso nº 1605 (04/06/2014)

09 19 21 30 31 42

MEGA-SENAMEGA-SENA

FONTE: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Concurso n. 1457 (04/06/2014)

04 05 15 23 28

34 36 39 40 47

61 70 73 77 83

89 90 91 92 97

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Page 3: EM TEMPO - 6 de junho de 2014

MANAUS, SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014 A3Opinião

O terminal pesqueiro de Manaus teve suas obras iniciadas em 2005, com uma previsão de custos de R$ 12,5 milhões e até hoje continua sem atender aos seus objetivos, entre os quais o de evitar o desperdício de toneladas de pescado, diariamente, com prejuízos para os pescadores, os armado-res, os usuários, e das próprias espécies capturadas. A cidade se vê obrigada consumir tambaquis curumins e roelos, vindos de viveiros do Estado de Roraima, por uma rodovia de péssima qualidade, a BR-174. A importação e o desperdício já impedem o peixe ser um alimento popular (em alguns casos chega a ser mais caro do que a carne bovina, que também é importada).

De 2005 até hoje, já foi construída uma ponte sobre o rio Negro de 3,6 quilômetros; um estádio de futebol foi destruído, e outro construído no mesmo lugar; a capital amazonense recebe um tratamento de choque para estar bem na foto, durante a Copa do Mundo e enquanto se discute a quantidade exata de buracos nas ruas do Polo Industrial de Manaus, a questão do abastecimento não parece preocupar, como se alimento não fosse um item importante para os eventos grandiosos da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016 e para o dia a dia dos nativos.

Nos anos 1970, pescadores e armadores eram colocados diante da perspectiva de o pescado rarear, consideradas as condições em que se faziam a pesca e a distribuição. A resposta era dada com outra pergunta, temperada com o desdém dos que acreditam saber tudo de tudo: como faltará peixe, se es-tamos diante dos maiores rios do mundo? Não demorou muito e algumas espécies como o pirarucu e o tambaqui fi caram resguardados sob a Lei do Defeso. Mais de 40 anos depois, parece que não houve mudanças na capital do Amazonas. Ainda bem que Roraima é bem aqui pertinho.

Contexto3090-1016 [email protected]

Para a Câmara, que aprovou projeto de lei que disciplina a prevenção de acidentes em piscinas públicas e privadas. De acordo com o texto, os estabelecimentos terão 1 ano para cumprir as novas exigências.

Câmara dos Deputados

APLAUSOS VAIAS

Contra a PEC

Depois da euforia pela aprovação em segundo turno da PEC da Zona Franca, na Câmara dos Deputados, com 366 votos a favor, todo mundo queria saber quem eram os dois deputados que haviam votado contra. Eis os nomes: Zezéu Ribeiro e Luiz Alberto, ambos do PT da Bahia.

Sem conversa

O comentário em Brasília, durante as articulações para a votação da PEC da ZFM era ausência de Sabino Castelo Branco (PTB) nas reuniões da bancada. Fontes da colu-na afi rmam que o deputado federal só deu as caras na hora da votação.

Segurança

O governador José Melo apresentou, ontem, a Dele-gacia Móvel, que vai reforçar o atendimento da Polícia Civil durante o período da Copa do Mundo. Ele também anun-ciou a instalação de uma nova Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher, na Zona Norte de Manaus.

Meio ambiente

Preocupado com a questão ambiental, o deputado estadu-al Arthur Bisneto (PSDB) vem desenvolvendo, desde 2004, projetos de lei voltados ao meio ambiente e à sustenta-bilidade. Até o momento, cinco projetos foram protocolizados por ele na Assembleia.

Bibliotecas verdes

Uma das propostas apre-sentadas pelo tucano foi a

criação de uma política de in-centivo para a implementação de bibliotecas verdes no inte-rior. O projeto visa também incentivar o hábito saudável da leitura, além de proporcio-nar a crianças, jovens e adultos mais conhecimento sobre as questões ambientais.

Recepcionista bilíngue

A Caixa Econômica Federal vai contratar recepcionista bi-língue, que fale português e ti-kuna, para prestar atendimen-to nas agências localizadas nos municípios de Tabatinga e São Paulo de Olivença.

Difi culdades

A contratação de funcioná-rio bilíngue para atendimento nas agências de Tabatinga e São Paulo de Olivença foi indicada pelo Ministério Pú-blico Federal para atender à grande demanda de indígenas da etnia tikuna que vivem na região e têm difi culdades para entender o português.

Plantão

O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) está inau-gurando o Posto do Juizado Especial Cível, no aeroporto Eduardo Gomes, como exten-são do Plantão Judiciário. O Juizado vai atender no período da Copa do Mundo, mas fi car permanente após a segunda quinzena de julho, quando ter-mina o Mundial.

Homenagem

A senadora Vanessa Graz-ziotin (PCdoB-AM) homena-geou o ex-deputado federal Almino Aff onso, que lançou, na terça-feira (3), no Sena-

do, o livro “1964 na visão do ministro do Trabalho de João Goulart”.

Testemunho

Segundo a senadora, o livro é um testemunho de Almino Affonso sobre os fatos que levaram ao golpe militar, alguns que jamais haviam sido contados e ou-tros que haviam sido esque-cidos ou subestimados em sua importância.

‘Eu ligo 180’

Por falar na senadora, ela e Eleonora Menicucci, da Se-cretaria de Políticas para as Mulheres, apresentaram no Congresso uma ferramenta para celulares que vai faci-litar a denúncia de vítimas que sofrem violência física ou verbal.

Agilidade

O aplicativo dá acesso a informações imediatas e pes-quisa que agilizarão o atendi-mento além de formar base de dados. Pode ser baixado na App Store e no Google Play. Para fazer isso, basta digitar Clique 180 e seguir os passos de instalação.

Novo consulado

A partir de agosto, Manaus vai ter um Consulado de Cuba, para atender Amazonas, Ro-raima, Rondônia, Acre, Amapá e Pará. Com isso, as relações bilaterais que já existem en-tre o Brasil e o país vão ser incrementadas para a Região Norte, onde já existem parce-rias, a exemplo do programa “Mais Médicos”.

Para os 22 acusados de desmatamento ilegal de mata nativa. De acordo com a Polícia Federal, os investigados fraudavam documentos, como guias de autorizações estaduais para exploração de madeira.

Desmatamento ilegal

O prefeito Arthur Virgílio Neto deixou Brasília com sentimento de dever cumprido e de reconhecimento e prestígio junto aos deputados federais. No voo de volta para Manaus, Arthur comentou sobre a quantidade de parlamentares que fi zeram apartes para saudá-lo no plenário da Câmara. Muitos chegaram a pedir para tirar foto com ele e ainda diziam: “Essa vai para o Facebook”.

O prestígio de Arthur em Brasília

[email protected]

Roraima é aqui pertinho

O banditismo não é “abstração” e suas vítimas são pessoas reais. Te-mos de tomar decisões e executá-las, afi nal vivemos no mundo real. Escrevo sobre meu sobrinho Allan. Sim, é pes-soal, porque as vítimas são pessoas e não se trata da abstração “vítima da sociedade”, sem que se aponte uma, mera retórica para acobertar o crime. Há sempre a opção do salário inicial e quantos de nós já “ralamos” nele.

Allan, em São Paulo, depois de as-saltado sem resistir, levou tiro na ca-beça; um ofi cial do Exército, no Rio de Janeiro, levava a farda no banco de trás e motoqueiros atiraram porque simples era militar; minha funcionária doméstica, se não me atende ao celular já sei que está no ônibus, onde tiram o aparelhinho e nem sempre descem em seguida; algumas amigas contam que usam nos banheiros dos shoppings, ou serão seguidas até o estacionamento. Também perguntem ao competente mé-dico Alfredo Loureiro o que passou.

Cria-se universo em que o crime sai da clandestinidade para a existência tolerada, enquanto as pessoas de bem precisam se refugiar na clandestinidade dos banheiros de shoppings. Não uni-versalizo, mas há “cultura”, que se torna majoritária, a começar do noticiário, onde a polícia sempre atira primeiro (mesmo se fosse verdade, o que o assaltante estaria fazendo com uma pistola na mão?), os atingidos – li em algum lugar – “bons meninos”, levavam “remédio para a avó e a maconha era medicinal”. E só acham cartucho priva-tivo da autoridade. OK. Uma autoridade exacerba. Imediatamente é enquadrada e responde pelo ato. Mas os bandidos? Continuam com os mais sórdidos cri-mes e ainda são “coitadinhos” para os “direitos humanos”, enquanto meu sobrinho sequer recebeu cartão de “pronto restabelecimento”.

Não faz tempo nos surpreendeu no escritório um senhor que queria qualquer trabalho (literalmente) “nem que fosse arrancar o matinho com as

mãos”. Podia ter entrado com outras intenções. Ele fez a escolha dele que traz outra implícita. Nossos presídios são medievais, bárbaros. Esse senhor escolheu não ir para lá. (Episódio verídico e há testemunhas. Deixou nome e endereço).

Onde estão as organizações pró-di-reitos humanos para defender o direito deste cidadão ao trabalho? Predominam organizações que já não se voltam tanto para os necessitados e priorizam os bandidos em prejuízo dos cidadãos de bem. Vamos fundar o “Movimento dos sem-calçadas” ou dos desprotegidos.

Invertam a defesa dos direitos hu-manos: primeiro as pessoas de bem, que precisam ir ao emprego sem ter de levar “o dinheiro do ladrão”, pe-dágio cotidiano para voltar vivo para a família. Que possam usar celulares onde for permitido, que parem no sinal sem sobressaltos, que os oficiais das forças armadas não tenham medo da farda. É essa a inversão necessária. Nunca soube de alguém que estivesse falando ao celular ordenar ao outro “passe sua pistola”.

Se o orçamento é insufi ciente para presídios modelos, então primeiro segurança nas ruas, proteger quem paga tributos. (Os assaltantes de ban-co, quando da partilha, recolhem, por exemplo, PIS Cofi ns?)

Ressalvo os profi ssionais jurídicos que devem seguir a Constituição (a garantia da defesa). Sem eles não é possível o estado de direito. No entanto, nada mais ridículo, em certos casos, do que a tal “presunção de inocência”: o jornalista atirou diante de várias testemunhas, confessou, e virtualmente fi cou por isso mesmo, enquanto o corpo da jorna-lista Sandra Gomide fi cou por tantos anos caído no chão.

Investimento social não é patrocinar a impunidade. Todos sabemos o que é investimento social. Que não acoberte o cinismo.

[email protected]

Mário Antonio [email protected]

Mário Antonio Sussmann

Jornalista, advogado e escritor

Pelo movimento dos sem-rua

[email protected]

Regi

Ressalvo os profi ssionais jurídicos que devem seguir a Constitui-ção (a garan-tia da defe-sa). Sem eles não é possível o estado de direito. No entanto, nada mais ridículo, em certos ca-sos, do que a tal ‘presunção de inocência’: o jornalista atirou diante de várias testemunhas, confessou, e virtualmente fi cou por isso mesmo”

[email protected]

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A4 Opinião MANAUS, SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014

FrasePainelBERNARDO MELLO FRANCO (INTERINO)

O movimento de Eduardo Campos (PSB) para se distanciar de Aécio Neves (PSDB) pode estar fazendo bem ao tucano. Entre os eleitores que consideram o governo Dilma Rousseff (PT) ruim ou péssimo, o percentual de eleitores que escolhem Aécio subiu de 27%, há dois meses, para 31%. No mesmo grupo do contra, os entrevistados que citam Campos caiu de 15% para 10%. O movimento sinaliza que o tucano está conseguindo se apresentar como o candidato da oposição ao Planalto.

Aprova e não vota Dil-ma caiu até entre quem considera o governo bom ou ótimo. Sua intenção de voto no grupo desceu de 80% para 72%.

Esqueceram de mim O percentual de eleitores que dizem conhecer Lula “mui-to bem” caiu de 75%, em agosto passado, para 66%. Os que o conhecem “só de ouvir falar” saltaram de 5% para 10%.

Muy amigo Ontem, em Porto Alegre, Lula incomo-dou petistas ao chamar Jor-ge Gerdau de “meu amigo”. O empresário andou criti-cando o governo de Tarso Genro (PT).

Queixume O ex-presiden-te foi espirituoso ao recla-mar da imprensa: “Quando eu critico, dizem que eu ataco. Quando me atacam, dizem que me criticam...”.

Disco arranhado De Aé-cio, ao receber apoio de nove partidos no Rio: “Me deem a vitória no Rio que eu dou a vocês a Presidência da República”. Ele tem dito a

mesma frase nas visitas a São Paulo.

Presente O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que ataca os gays e defende a ditadura militar, foi com os filhos ao ato de apoio ao tucano.

Ausente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos líderes da articulação contra Dil-ma no Estado, não deu as caras.

Boca livre Realizado em uma churrascaria, o ato pró-Aécio matou a fome de vereadores e cabos eleito-rais do interior fluminense. Como o espaço lotou, alguns chegaram a comer de pé ou com os pratos apoiados nas travessas.

Racha na Fiel O petista Andrés Sanchez, que levou Ronaldo Fenômeno para o Corinthians, tem reclamado do apoio do ex-craque a Aé-cio: “Ele é um vitorioso, mas desta vez vai perder.”

Meio a meio A Força Sin-dical vai rachada para o ato de hoje em São Paulo

contra a política econômica do governo. As federações próximas do PT não inflarão o protesto convocado por Paulinho da Força (SDD), aliado tucano.

É devagar Pessebistas que defendem a sigla na vice de Geraldo Alckmin (PSDB) acham que o parti-do não deve pôr a “faca no pescoço” do tucano, para se diferenciar de Gilberto Kassab (PSD).

Sol e peneira Em almoço ontem, Eduardo e Marina lembraram que a decisão que será tomada pela seção paulista do PSB na reunião de hoje não tem caráter definitivo.

Rolando Lero De um am-bientalista da Rede enfas-tiado com a oficina progra-mática do PSB: “Não adianta ficar com essas palestrinhas do professor Raimundo”.

A Justiça é vermelha Com a indicação de Luiz Alberto Gurgel, nesta quar-ta, os governos do PT terão nomeado 26 dos 33 minis-tros do STJ.

O voto do contra

Contraponto

Em visita à Bahia em 1994, o então presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Sepúlveda Pertence, ouviu do governador Antônio Carlos Magalhães (1927-2007):– O pessoal do Judiciário é muito democrático...O ministro fi cou intrigado com o comentário. ACM, então, explicou: é que os desembarga-dores baianos sempre permitiam que ele indicasse um integrante das listas tríplices para as vagas abertas no Tribunal de Justiça.– Que culpa tenho se no fi m, quando o governador for nomear um dos três nomes, o escolhido será justamente aquele que apoio? Esse Judiciário é muito democrático...

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Democracia à baiana

Tiroteio

DO DEPUTADO ESTADUAL CARLOS BEZERRA JR. (PSDB-SP), sobre propaganda do PP em que o deputado responsabiliza Geraldo Alckmin pela crise hídrica.

De mentira Maluf entende, mas inventar chuva que não existe já é demais, mesmo para o campeão olímpico na categoria.

Pediram que eu não falasse mais em política, que falasse apenas de comida. Talvez porque, por um lado, a alimentação seja uma necessidade diária assim como a comunicação o é por outro, torna-se impossível não misturar política à mesa das refeições.

Quando escrevi a saga de uma família de descendentes alemãs no Brasil, dei o título: “Chucrute, Churrasco e Jaraqui”. As pessoas que gostam de falar de livros, mas têm preguiça de ler, pen-sam que é um livro de recei-tas. Pode até ter, mas não são receitas de culinária.

O hábito egoísta da farinha pouca, meu pirão primeiro ignora propositadamente a quem caberá pagar o pato até porque, nesta salada de frutas que se tornou nossa política, ninguém mais quer descascar abacaxi de ninguém.

Quer mesmo é ficar livre do pepino e dar uma banana a quem o critica dizendo que também é farinha do mesmo saco. Pen-sar que o trabalhador é aquele que faz parte da panelinha do partido que usa esse nome é comer gato por lebre.

Aliás, é uma ofensa a quem rebola mais que carne dura em boca de velho para ganhar o pão de cada dia.

No fundo todos querem me-ter o pé na jaca uma vez que as punições são um docinho de coco. No caldeirão da cor-rupção nacional, onde o caldo nunca parece entornar, os ad-vogados, qual manteiga derreti-da, ficam enchendo linguiça du-rante anos, falando abobrinhas para provar que seus clientes não meteram a mão na massa na esperança que tudo acabe em pizza.

De quebra, acusam seus ad-versários de viajar na maio-

nese. A imunidade beneficia aos reis da cocada preta que, de qualquer forma, já estão por cima da carne seca.

Até mesmo o presidente do STF que todos pensavam que fosse um osso duro de roer e que gostasse do pão-pão queijo-queijo fez ape-nas alguns dos corruptos comer o pão que o diabo amassou.

Mas como a carne é fraca, teve de entregar a rapadura antes de o angu fi car totalmente pron-to. Há até suspeita de que essa turma de meia tigela o tenha mandado plantar batatas.

Mesmo com todas as restrições burocráticas do Ibama parece não faltar carvão para que todos pos-sam puxar a brasa para sua sardi-nha nesse banquete para mais de mil talheres. Enquanto alguns são tratados a pão de ló, o povo que acreditava poder participar deste repasto continua mais quebrado que arroz de terceira.

Todos querem mexer na pa-nela sem a preocupação se a comida fi ca insossa ou salgada. Até quando o povo terá de en-golir tudo isso? Ficar assistindo quietinho enquanto alguns ma-mam nas tetas do governo sem poder adoçar a boca?

Contudo, nem todo leite foi derramado. O povo sabe que o apressado come cru, por isso fi ca esperando que a conversa chegue até a cozinha. Ainda restam as urnas. Quem sabe não está aí uma boa receita? Colocar ali todos os temperos e esperar que, no frigir dos ovos, sobre um bom caldo? Um novo prato poderá surgir dela.

Seria muito bom. Seria como juntar a fome com a vontade de comer. Comer? Sim, comer. Comer frio, porque o prato da vingança se come frio.

[email protected]

Luiz [email protected]

Luiz Lauschner

Escritor e empresário

Mesmo com as restrições burocráticas do Ibama, parece não faltar carvão para que to-dos possam puxar a brasa para sua sar-dinha nesse banquete. Enquanto al-guns são tra-tados a pão de ló, o povo que acredi-tava poder participar deste repas-to continua mais quebra-do que arroz de terceira”

Misturando alhos com bugalhos

Olho da [email protected]

Faltam alguns acertos nas calçadas do complexo da Ponta Negra: vendedores de todos os tipos de produtos ainda não foram devidamente enquadrados no padrão “nova era” desse balneário, que esforços recentes tentam defi ni-la como um dos cartões-postais da cidade. Essa zona aí da foto é um ponto cego na paisagem.

RICARDO OLIVEIRA

Atualmente, o Bolsa Família está na moda e ago-ra não tem quem fale contra. Recentemente, as

pessoas falaram que demos reajuste de 10% e que era reajuste eleitoreiro. A presidente anunciou em

fevereiro grandes modifi cações no Bolsa Família e, a partir daí, fi zemos dezenas de modifi cações

Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Com-bate à Fome, apresentou, no Palácio do Planalto, dados atualiza-dos do programa Brasil Sem Miséria, que completou três anos, e disse que o programa de transferência de renda Bolsa Família

está na moda e já não existe “quem fale contra” .

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Page 5: EM TEMPO - 6 de junho de 2014

MANAUS, SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014 A5Política

Marcelo Ramos escolhe agente da PF como viceFiliado ao PSB e correligionário da Rede no AM, Júnior Brasil é a aposta dos socialistas para compor chapa majoritária

Pré-candidato ao go-verno do Amazonas, o deputado estadual Marcelo Ramos (PSB)

saiu na frente e anunciou na manhã de ontem o nome que vai compor sua chapa na vice-governança: o pe-rito em finanças da Polícia Federal, Júnior Brasil.

Embora seja filiado ao PSB, o agente federal é um dos corre-ligionários da Rede Sustenta-bilidade no Estado e, inclusive seu nome foi uma indicação da Rede-AM para a disputa.

Mestre em contabilidade e controladoria, Júnior Brasil chegou a se candidatar a deputado federal nas elei-ções de 2010 pelo PSDB, sua antiga legenda, obtendo cerca de 2 mil votos.

A campanha de Marcelo Ra-mos aposta que o nome de Júnior Brasil poderá reforçar a estratégia de explorar te-mas como corrupção e má administração das contas pú-blicas, usados pelo deputado para captar votos da oposição e diminuir a polarização en-tre o senador Eduardo Braga (PMDB) e o governador José Melo (Pros), que evitam reba-ter as críticas do pessebista para manter a disputa entre os blocos que já reúnem um exército de siglas.

“Há um grave desequilíbrio nas contas públicas do Estado, que empenhou cifras bilioná-rias no ano passado, deixando déficit e desequilíbrio fiscal. E isso ocorre pela via da corrup-ção e pela má gestão. Esse item vai estar no núcleo do nosso governo e ninguém mais qualificado para enfrentar esse desafio do que alguém forja-do dentro da Polícia Federal, um perito em contabilida-de, tendo atuado em diver-sas ações contra corrupção”, defendeu o deputado.

Na PF desde 2003, o pré-candidato a vice do PSB atua no núcleo de investigação nos

setores de administração pú-blica, tributação e licitações, tendo articulado grandes ope-rações de desmanche de es-quemas de corrupção, como a operação Saúva (2006), Hiena (2007) e Vorax (2008). No início do governo do pré-candidato ao Senado, Omar Aziz (PSD), Júnior Brasil prestou uma maratona de consultorias que resultaram na criação da Agência de Desenvolvimento Econômico e Social (AADES).

Destino“Para as pessoas boas, o

destino dá um jeito de juntar, então é muito natural que eu e o Marcelo, em algum momento das nossas vidas, tivéssemos juntos. Eu acre-dito nesse projeto, junto a Rede. Nós temos a respon-sabilidade de mudar a admi-nistração do nosso Estado. Quem está no poder há 30

anos perdeu a humildade, ad-ministram sem ouvir o povo e isso tem que acabar”, disse Júnior Brasil, que deixou o PSDB em 2012 e se filou a Rede no ano passado.

Tendo sido o primeiro pré-candidato a anunciar o nome que disputará a vice-governança, Marcelo Ramos deverá apresentar o seu pa-cote de diretrizes do governo PSB-Rede no próximo dia 13, antes de homologar a chapa oficial na convenção do par-tido marcada para acontecer no dia 20 deste mês.

Principal puxador de votos do PSB nas eleições deste ano, o ex-prefeito e pré-can-didato a deputado estadual Serafim Corrêa afirmou on-tem que o que foi feito pelo governo estadual no pacote de obras da Copa do Mundo foi o “mínimo do mínimo e em precárias condições”. Para ele, o encalhamento do pacote

de mobilidade urbana pro-metidos pelo governo ilustra que “o caminho precisa tomar outros rumos”.

“O aeroporto, por exemplo, foi feito e alagou. Isso é uma piada. Como pode fazer um aeroporto de R$ 500 milhões e entregar dessa forma, pre-cária. Não fizeram nada em mobilidade urbana porque al-

guém queria fazer um mono-trilho, mas o monotrilho, sem dúvida, não é transporte de massa”, disse. Ele também cri-ticou os embates em relação a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga os incentivos da ZFM por mais 50 anos.

“Esses embates da ZFM não devem encobrir outros

problemas que afetam o povo, como a energia, que não pode ficar caindo, a precária tele-fonia, a logística deficiente e a burocracia que encalha o crescimento da economia e do Estado. Quem mora em Manaus sabe que esses itens são péssimos e vai ser preciso a Copa para que o mundo veja isso”, criticou.

Serafim Corrêa faz críticas às obras da Copa

Marcelo Ramos e o agente da Polícia Federal, Júnior Brasil, vão compor chapa “puro-sangue” nestas eleições para o governo

DIV

ULG

AÇÃO

/ASS

ESSO

RIA

RAPHAEL LOBATOEquipe EM TEMPO

CMM intercede por temporáriosPROFESSORES

Membros da Comissão de Educação da Câmara Mu-nicipal de Manaus (CMM), presidida pela vereadora professora Therezinha Ruiz (DEM), entregaram, ontem, uma indicação ao secretá-rio municipal de Educação, Humberto Michiles, soli-citando a prorrogação do contrato de 583 professo-res do processo seletivo de 2011, até o término do ano letivo, em dezembro.

Os professores ingres-saram por meio do pro-cesso seletivo simplifica-do de 2011, em Regime de Direito Administrativo – RDA, e terão seus con-tratos finalizados no final deste mês. De acordo com Therezinha Ruiz, a medida visa garantir assim a qua-lidade de ensino às crianças da rede municipal.

No documento, subscrito também pelos vereadores Professora Jacqueline (PPS), Professor Samuel (PPS) e Professor Bibiano (PT), os

parlamentares argumen-tam que mesmo com a convocação e nomeação dos professores aprovados no último concurso público, a quantidade de servidores não supriu a necessidade da rede municipal de ensino.

Therezinha Ruiz desta-ca que além da falta de professores, pesa ainda o fator psicológico, uma vez que muitos destes profis-sionais atuam na educação infantil e os alunos poderiam enfrentar dificuldades de

adaptação a novos profes-sores, no meio do ano letivo. “Ontem, em conversa com o procurador-geral do mu-nicípio, Marcos Cavalcante, tive a informação de que temos 90% de possibilida-de de prorrogação desses contratos porque o prefei-to Arthur Neto está dando atenção especial ao caso”, revelou a vereadora.

PropostaComo sugestão, a parla-

mentar sugeriu que a pre-feitura firme um Termo um Ajustamento de Con-duta entre o poder público municipal e o Tribunal de Contas do Estado (TCE), com a anuência-interveni-ência do Ministério Público do Estado (MPE), no intui-to de que os professores temporários permaneçam durante este ano letivo, até para o cumprimento da le-gislação eleitoral, evitan-do o desgaste do sistema educacional básico.Presidente da Comissão de Educação da CMM, Therezinha pede manutenção destes mestres

DIVULGAÇÃO/ASSESSORIA

Nós temos a res-ponsabilidade de

mudar a administra-ção do nosso Esta-do. Quem está no poder há 30 anos

perdeu a humildade

Júnior Brasil, pré-candidato a vice pelo PSB

REGRAContratados pelo Regi-me de Direito Adminis-trativo (RDA), por meio de processo seletivo simplificado, em 2011, 583 professores da rede municipal de en-sino poderão ter seus contratos cancelados

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Page 6: EM TEMPO - 6 de junho de 2014

A6 Política MANAUS, SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014

Vilela e Rebelo apon-tados como favoritos ao TCU

Dois políticos alagoanos têm sido apontados, nos bastidores, como novos fa-voritos para a vaga a ser aberta no fi nal do ano, no Tribunal de Contas da União (TCU), com a aposentado-ria do ministro José Jorge: o atual governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), e o ministro Aldo Rebelo (Es-porte). Ambos são amigos pessoais e, embora tucano, Vilela tem boas relações com a presidente Dilma, tanto quanto Rebelo.

Perdeu, IdeliA vaga no TCU estava “re-

servada” até agora para Ideli Salvatti, secretária de Direi-tos Humanos. Mas é cada vez mais difícil que isso se confi rme.

Nem aíCuriosamente, o ministro

e o governador não pa-recem empenhados pela vaga no TCU. Seus no-mes são defendidos por amigos influentes.

Velhos amigosTeo Vilela e Aldo Rebelo são

amigos como eram seus pais, que faziam vaquejada juntos, procurando gado espalhado nas caatingas.

Isso não vai dar certoOs adversários do Brasil es-

tão adorando a transmissão ao vivo dos treinos do time do Felipão, principalmente o ensaio de jogadas.

Aécio ganha apoio entre políticos do PMDB e PP

Pré-candidato à presidên-cia, Aécio Neves (PSDB) ouviu dos deputados Júlio Lopes (PP) e Leonardo Picciani (PMDB), em sua visita ao Rio, ontem, um relato que considerou “ani-

mador” sobre o crescimento de dissidentes dos correligio-nários que apoiam a reeleição de Dilma. Na última reunião da bancada do PMDB, às vés-peras da convenção de terça (10), somente três deputa-dos defenderam a aliança com o PT.

Nada é impossívelApesar da “máquina fe-

deral”, o PSDB sonha com uma reviravolta que coloque em seu colo siglas aliadas de Dilma como PMDB, PP e PSD.

Chantagem O Planalto vê nas ameaças

de rompimento da base alia-da apenas uma tentativa de pressionar para a obtenção de ainda mais vantagens.

Suplente com votosWeslian Roriz, mulher do

ex-governador, estuda convi-te para ser suplente de Gim Argello (PTB-DF), candidato a permanecer no Senado.

AgradoO presidente do Conselho

de Ética, Ricardo Izar (PSD-SP), recebeu do advogado do enrolado Luiz Argôlo (SDD-BA), Aluísio Reges, uma caixa de doces típicos da Bahia. Sem jeito, mandou devolver o presente.

O troco Enquadrado pelo vice Mi-

chel Temer para abandonar a candidatura ao governo do Piauí, o deputado Marcelo Castro (PMDB) entrou em campanha aberta contra a reedição da aliança com o PT de Dilma.

Biblioteca de AlexandriaDilma disse a repórteres es-

trangeiros que adora passear incógnita em Roma e Nova York e é leitora compulsiva no Kindle, espécie de iPad

só para livros e jornais – em francês, inglês e espanhol – antes de dormir.

Recuo portuguêsO primeiro-ministro de Por-

tugal, Pedro Passos Coelho, não vem mais à Copa no dia 14: a Justiça restabele-ceu regalias e privilégios que seu governo havia cortado, e a crise na economia pode recrudescer.

Lá, como cáVicent Bevins, repórter do

jornalão “Los Angeles Times” no Brasil, disse à GloboNews que sempre leva o “dinhei-ro do assaltante” no bolso, mas somente foi roubado na riquíssima Beverly Hills em L.A., nos EUA.

Michel é outroA internação do deputado

distrital Dr. Michel, em Bra-sília, fez circular boato sobre suposto infarto de Michel Te-mer. O vice-presidente está bem. No auge da boataria, ontem, ele dava palestra em São Paulo.

Calote no DFHistoricamente mal remu-

nerados, escritores temem agora o possível calote da Secretaria de Cultura do DF, que ainda não lhes pagou o pró-labore pela participação na recente 2ª Bienal do Livro de Brasília.

Papagaios de pirataO Congresso virou exten-

são do Projac. Andaram por lá Camila Pitanga, Xuxa e Letícia Sabatella. Sempre cercadas de velhos babões e pela ministra Idelli Salvat-ti (Direitos Humanos), como papagaios de pirata.

Pensando bem......a Copa terá algum lega-

do se não chover. Se chover terá alagado.

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

Comuna no muro

www.claudiohumberto.com.br

Depois vão procurar a Comissão Interame-ricana de Direitos Humanos”

MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (STF), ironizando às gargalhadas recurso de mensaleiros

Na ilegalidade e abrigado no MDB, o Partido Comunista Brasileiro discutia concentrar esforços numa só campa-nha para deputado no Rio, em 1966, ou em várias. O dirigente Pafúncio quis contribuir para resolver o impasse:

- Os camaradas que querem um candidato têm razão e os outros tam-bém...

- Ou é uma coisa ou é outra! – pro-testou o dirigente Orestes Timbaúba.

- A proposta do companheiro tem todo o meu apoio – concordou Pafúncio, o mais mineiro dos camaradas daquela reunião no morro da Mangueira.

O PT e o PMDB são os campeões no recebimento desta verba, com R$ 4,3 milhões e R$ 3 milhões, respectivamente

Siglas dividem R$ 25 mi do Fundo Partidário em maio

DIV

ULG

AÇÃO

Os 32 partidos polí-ticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rece-

beram, no mês de maio, o total de R$ 25,6 milhões referente ao repasse de duodécimos do Fundo Partidário. O maior valor, de R$ 4,3 milhões foi distribuído ao Partido dos Tra-balhadores (PT). Já o Partido do Movimento Democrático Bra-sileiro (PMDB) recebeu o se-gundo maior montante, de R$ 3 milhões e o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) obteve R$ 2,9 milhões.

Apenas o Partido Verde (PV) e o Partido Comunista Brasileiro (PCB) deixaram de receber os recursos do fundo, em virtu-de da desaprovação de contas partidárias, nos termos dos acórdãos do TSE n° 1.606 e n° 96.268, respectivamente.

Do valor arrecadado com o pagamento de multas eleitorais, que chegou no mês de abril a R$ 5,5 milhões, o PT recebeu R$ 907,3 mil; o PMDB, R$ 648 mil; e o PSDB, R$ 613 mil.

Apesar de a lei nº 12.875/2013 – que alterou aspectos da lei nº 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos) – prever que sejam desconsideradas as mudanças

de fi liação partidária, em quais-quer hipóteses, ressalvados os casos de fusão ou incorpora-ção, o TSE manteve as cotas proporcionais do Partido Social Democrático (PSD), do Partido Pátria Livre (PPL), do Partido Ecológico Nacional (PEN) e do Partido Solidariedade (SDD).

Com base na Ação Cautelar n° 2.604, a Justiça Eleitoral man-tém o bloqueio no valor de R$ 455,6 mil do Fundo Partidário do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), até decisão fi nal da petição n° 76.693.

Aplicação dos recursosSegundo a Lei dos Partidos

Políticos, as verbas do Fundo Partidário devem ser aplicadas na manutenção das sedes e serviços do partido – sendo permitido o pagamento de pessoal, até o limite máxi-mo de 50% do total recebido – na propaganda doutrinária e política, no alistamento e em campanhas eleitorais, na criação e manutenção de ins-tituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação política – sendo esta aplica-ção de, no mínimo, 20% do total recebido – e na criação e manutenção de programas de

promoção e difusão da parti-cipação política das mulheres, observado o limite de 5% do total recebido.

Fundo PartidárioO artigo 5º da Lei dos Parti-

dos Políticos (lei n° 9.096/1995) determina que sejam distribu-ídos, em partes iguais, 5% do total do Fundo Partidário a todos os partidos que tenham seus estatutos registrados no TSE. Os outros 95% devem ser distribuídos às legendas na proporção dos votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados.

O Fundo Partidário é constitu-ído por dotações orçamentárias da União, recursos fi nanceiros destinados por lei, em caráter permanente ou eventual, e por doações de pessoa física ou jurídica efetuadas por inter-médio de depósitos bancários diretamente na conta do Fundo Partidário. Também é compos-to de dotações orçamentárias da União em valor nunca in-ferior, cada ano, ao número de eleitores inscritos em 31 de dezembro do ano anterior ao da proposta orçamentária, multiplicados por R$ 0,35, em valores de agosto de 1995.

Extradição fi ca para outubro

PIZZOLATO

A Corte de Apelação de Bolonha adiou para outubro a decisão sobre a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. A razão do adiamento, segun-do o advogado de Pizzolato, Alessandro Sivelli, foi a falta de informações sobre presí-dios brasileiros que poderiam receber Pizzolato. O petista continua preso.

Pizzolato está preso desde fevereiro na penitenciária de Sant’Anna, em Módena, no norte da Itália. Ele chegou à corte em um furgão da polícia, que tinha os vidros cobertos por cortinas, por volta das 14h20 (9h20 ho-

rário de Brasília). Vestindo uma camisa xadrez azul, o ex-diretor do BB foi levado para a sala onde ocorreu a audiência.

Condenado a 12 anos e 7 meses de prisão em regime fechado por corrupção, pe-culato e lavagem de dinheiro e a pagar multa de R$ 1,3 milhão, Pizzolato foi o único condenado no julgamento do mensalão a fugir do Brasil.

Sua defesa tem enfatizado fortemente a situação dos direitos humanos no Brasil para evitar a extradição. Re-presentantes da Procurado-ria-Geral da República, da Ad-vocacia-Geral da União e do

Ministério da Justiça do Brasil estavam na audiência.

Em 2003 e 2004, o ex-di-retor de marketing do Banco do Brasil autorizou o repasse de R$ 73,8 milhões que a instituição tinha no fundo Visanet para a DNA, agência de publicidade do empresá-rio Marcos Valério que tinha contrato com o BB e foi usada para distribuir dinheiro a políticos. Pizzolato recebeu R$ 336 mil do esquema.

À época do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), ele afi rmou que o di-nheiro que recebeu era des-tinado ao PT e foi entregue a um emissário do partido.

DIV

ULG

AÇÃO

Ex-diretor de marketing do BB, Henrique Pizzolato fugiu para a Itália no ano passado

Barbosa ironiza estratégia de réusO presidente do Supremo

Tribunal Federal (STF), minis-tro Joaquim Barbosa, ironizou nesta quinta-feira a estratégia de parte dos presos do men-salão de recorrer à Comissão Interamericana de Direitos Hu-manos, órgão ligado à OEA (Organização dos Estados Americanos), contra a conde-nação no tribunal.

Os ministros discutiam re-curso de réus que são julgados na Justiça do Rio e pediam para ser investigados no Supremo, uma vez que foram denuncia-dos em um caso envolvendo

ação penal contra o deputa-do Anthony Garotinho (PR-RJ). Congressistas têm foro privi-legiado e, por isso, só podem ser investigados pelo STF.

O debate sobre o pedido, que acabou negado pelos mi-nistros, provocou a reação do presidente do STF. A fala ocor-reu de uma provocação do mi-nistro Marco Aurélio Mello. “Em todos os casos, os cidadãos é que querem ser julgados pelo Supremo?”, questionou.

Relatora, a ministra Cármen Lúcia explicou: “eles querem permanecer aqui”, disse. Bar-

bosa então disparou: “não é incomum. Não é incomum. Depois vão procurar a Comis-são Interamericana de Direitos Humanos”, afi rmou com uma sonora gargalhada no plenário. Defesas de quatro condenados do mensalão, como a de José Dirceu, recorreram a esta corte. O principal argumento é que não foi assegurado aos réus sem foro privilegiado o direito de ser julgado em duas opor-tunidades distintas, seja por outra instância, como deter-mina a Convenção Americana de Direitos Humanos.

MENSALÃO

O PT por ter a maior representatividade na Câmara recebe a maior fatia do bolo partidário

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Page 7: EM TEMPO - 6 de junho de 2014

MANAUS, SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014 A7Política

José Melo espera convenção para formalizar candidaturaPré-candidato à reeleição pelo Pros, governador ainda não sabe quando será realizado o evento para homologar chapas

CMM homenageia Ademir RamosO engajamento junto a mo-

vimentos indigenistas, sociais e educacionais, ao longo de mais de 30 anos do antropólo-go e professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Ademir Ramos, foi reconheci-do nesta quinta-feira, com a outorga da Medalha de Ouro Cidade de Manaus, na Câmara Municipal de Manaus (CMM), proposta pelo vereador Mário Frota (PSDB), por meio do de-creto legislativo nº 301/2014.

A sessão solene, conduzida pelo presidente da casa, ve-

reador Bosco Saraiva (PSDB), foi marcada pela apresenta-ção de artistas locais, como a dupla Candinho e Inês, além de personalidades políticas, a exemplo do ex-senador da República, Evandro Carreira e o secretário municipal de Edu-cação, Humberto Michilles, que representou o prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB). Represen-tantes de movimentos sociais, alunos, religiosos, professores universitários, entre outros também prestigiaram o evento. Na ocasião, uma mensagem da

reitora da Ufam, Márcia Perales ao antropólogo também foi lida pelo presidente da CMM.

Na tribuna, Mário Frota des-tacou alguns dos trabalhos desenvolvidos por Ademir, como a reativação há 2 anos do projeto Jaraqui Tribuna Po-pular, que todos os sábados pela manhã, na praça Heliodoro Balbi (praça da Polícia), Centro, dá voz a qualquer cidadão que queira falar não só do tema abordado no dia, como outros assuntos. “Quem chega ao Ja-raqui, um espaço democrático

e importante, pode falar, pois é a tribuna popular a que todos podem ter acesso”, observou.

Em seu discurso, Ramos ressaltou a importância de ter atuado junto a inúmeros seg-mentos sociais e sindicais, au-xiliando-os, como os indígenas, na luta pelos direitos sociais fundamentais. “Esta homena-gem não é personal, mas o resultado de um engajamento nos movimentos sociais, edu-cacionais, indígenas, de saúde, que buscam por mudanças e direitos”, ressaltou.Professor Ademir Ramos (em pé) recebeu homenagem

ANTROPÓLOGO

Acompanhado pelo prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB) e deputados federais da bancada do AM em Brasília, José Melo esteve em Brasília esta semana para a votação da PEC da ZFM

ALEX PAZUELLO/AGECOM

Um governo exclusi-vamente para as pessoas e alicerça-do em quatro pilares:

educação, segurança, saúde e social. Esses temas serão as principais bandeiras de cam-panha à reeleição do gover-nador José Melo (Pros). Outro destaque que terá prioridade será o interior do Estado.

Na busca por mais alianças e por maior tempo de TV e rádio, Melo afirmou à reportagem que

até a convenção tem se dedica-do a administrar o Estado e à noite realiza o trabalho político. Mas, que depois das conven-ções, que finalizam em 30 de junho, irá poder se dedicar mais à sua pré-candidatura e costu-rar novas alianças. Ele ressaltou que os apoios são importantes não só para ter mais tempo de TV e rádio, mas também acomodar os companheiros que irão ajudar a campanha, como deputado estadual, federal, en-tre outros.

Bastante assediado neste período pré-eleitoral, o pre-

feito Arthur Neto (PSDB) tem sido apontado como um dos aliados de primeira hora de Melo. O próprio governador ressaltou, ontem, ao desem-barcar em Manaus vindo de Brasília, a importância do tu-cano nas articulações para a votação da Proposta de Emen-da à Constituição (PEC) da Zona Franca de Manaus (ZFM) por mais 50 anos, ocorrida na noite de anteontem.

“Ele foi fundamental, com o prestígio que tem lá, conseguiu aglutinar todos de oposição, com quem ele tem uma relação

muito forte. Agora estamos em uma ação conjunta de governo, mas não tem nada haver com política, são desafios como a Copa do Mundo, a cidade está praticamente pronta. Depois vem a candidatura e aí sim vou pensar bastante em po-lítica”, destacou.

Melo ressaltou que a apro-vação da PEC da Zona Franca na Câmara dos Deputados foi uma vitória, pois o Brasil to-mou consciência de que o Polo Industrial de Manaus (PIM) é um modelo importante de de-senvolvimento econômico.

Para o governador, a prorro-gação da PEC deve ser aprovada sem empecilhos nos dois turnos no Senado, pois as dificuldades relacionadas à Lei de Informáti-ca e ás Áreas de Livre Comércio foram superadas na votação da Câmara Federal. Ele também enfatizou a união de todos do Amazonas, esquecendo as dife-renças políticas e remando na mesma direção. “Com a pror-rogação, os empresários terão segurança de investir a médio e longo prazo para maturar o seu empreendimento e ganhar o seu dinheiro”.

Mais rendaMelo revelou que a expecta-

tiva é que o parque industrial cresça mais, gere mais renda e, cujas receitas possam ser inves-tidas em Ciência e Tecnologia para, desta forma, as “nossas riquezas” sejam estudadas e transformadas em atividade econômica sustentável.

O governador ressaltou que também terá uma atenção es-pecial para o interior do Estado. A convenção partidária do Pros, que vai homologar a candida-tura à reeleição do governador, ainda não tem data definida.

TIAGO CORRÊA/DIRCOM/CMM

GLÁURIA SOBREIRAEquipe AGORA

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A8 Política MANAUS, SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014

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EconomiaCa

dern

o B

[email protected], SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014 (92) 3090-1045(92) Economia B3

Óleo foi o vilão da cesta básicado mês de maio

CÉSA

R CA

TIN

GU

EIRA

No ciclo de sol e chu-va amazônicos, nas esquinas e cruza-mentos de Manaus,

homens e mulheres do co-mércio ambulante, que geral-mente estão com as mãos e ombros carregados de frutas e objetos para o dia a dia, com o clima da Copa do Mundo que começa a ganhar força aproveitam o momento para lucrar diariamente de R$ 80 a R$ 100 com produtos das cores da seleção brasileira e de outros países.

Quando o vermelho do semá-foro é acionado, eles cortam caminhos entre os veículos para vender o verde ama-relo dos chapéus, bandanas, cornetas e bandeiras, carro chefe desse tipo de atividade, que por sua vez, podem ser encontradas por valores que vão de R$ 5 a R$ 50, dependen-do do tamanho. As cornetas, responsáveis pelo som carac-terístico dos jogos, também estão presentes no mercado informal pelo valor de R$ 20, enquanto em algumas lojas chegam até R$ 35.

Protagonistas da atividade que começa com o raiar do sol e só termina no cair da noite, esses vendedores con-tam histórias de superação, que fi cam escondidas por trás das faces maltratadas

pelo tempo. Mãe de sete fi lhos, Socorro Azevedo, 55, trabalha há 30 anos como ambulante em Manaus. Sol-teira, ela conta apenas com o dinheiro arrecadado com a atividade para sustentar a casa e ajudar as fi lhas no sustento dos netos.

Para chamar a atenção dos clientes e turbinar as vendas, dona Socorro trabalha vestida dos pés à cabeça com as co-res canarinho. Ela marca pre-

sença com suas mercadorias no cruzamento das avenidas Pedro Teixeira e Constanti-no Nery, Zona Centro-Sul de Manaus, local vizinho à Arena da Amazônia Vivaldo Lima, que será o palco de quatro partidas do Mundial.

Cheia de expectativa com as vendas que começam a tomar fôlego, dona Socorro, que pro-cura se proteger dos efeitos do sol, com protetor solar. Segun-do ela, as bandeirinhas caíram

no gosto popular, principalmen-te dos proprietários de veícu-los. “Vendo muitos itens, mas são as bandeiras com adap-tador para carros que estão vendendo mais”, comentou.

Renato dos Santos, 36, é ou-tro personagem que aproveita o momento para melhorar a renda familiar. Atualmente na onda da Copa, ele leva o pen-samento também para datas como o Dia dos Namorados e as festas juninas que tendem a se estender até o mês de agosto. Ele lamenta, contudo, o fato de não poder trabalhar nas proxi-midades da Arena da Amazônia durante os jogos. “A restrição me deixa chateado. Além de susten-tar as nossas famílias com esse trabalho, nós estamos vendendo as cores do Brasil”, defendeu.

O vendedor que contribui para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) explicou que, para não fi car com produtos encalha-dos antes da efetiva proibição, tem comprado os itens em pe-quenas quantidades.

A instabilidade também é alvo de críticas de Carlos Trindade, 38, que disse tra-balhar como ambulante pela falta de estudo que o permita conquistar alguma vaga no mercado de trabalho formal. “Estamos ouvindo muitos bo-atos sobre a proibição de trabalharmos aqui. A venda de adereços nessa região já é tradicional e deveria ser respeitada”, ressaltou.

Malabarismo com verde eamarelo nos cruzamentosVendedores informais aproveitam clima da Copa do Mundo para comercializar produtos como bandeiras, chapéus e cornetas

JOELMA MUNIZEspecial EM TEMPO

Faça chuva ou faça sol, vendedores do comércio informal das ruas de Manaus substituíram frutas e outros objetos por adereços referentes ao Mundial de onde tiram lucro diário de R$ 80 a R$ 100

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‘Lucro do país deve ser mínimo’

Ponta Negra está entre as áreas de restrição do comércio de marcas não ligadas à Copa

A reclamação dos vende-dores ambulantes está rela-cionada ao decreto munici-pal 2.781, que obedece à Lei Geral da Copa e restringe em um espaço de até dois quilômetros o comércio de rua e a exploração de marcas de redes que não partici-pam como patrocinadoras do evento. Dentre as áreas passivas de aplicação da lei, está a da praia da Ponta Negra, que será usada como palco para a Fan Fest, evento ligado à Federação Interna-cional de Futebol (Fifa).

O professor e pesquisador na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), sociólogo Marcelo Seráfi co, vê a res-trição como vexatória para a soberania do país. Para ele, o Brasil se curvou inteiramente às vontades da Fifa, que mostrou ser mais forte que a própria Constituição.

De acordo com o espe-cialista, a liberdade de livre comércio deve ser respeita-da. “A decisão dos políticos brasileiros de seguirem re-ligiosamente as exigências da entidade é no mínimo

curiosa. Eles conseguiram tantas excepcionalidades, que o próprio lucro do país com o evento deve ser quase mínimo”, analisou.

Já o presidente da Associa-ção Comercial do Amazonas (ACA), Ismael Bichara, pro-curado pela equipe do EM TEMPO preferiu não comen-tar o assunto, que intitulou como delicado. “Prefi ro não me envolver com o tema, mas desde já, lembro que o comercio ambulante é facili-tador da venda de produtos ilegais”, alfi netou.

MUNDOAlém das cores da seleção brasileira, há bandeirinhas adap-tadas para veículos nas cores de Portugal, EUA, Itália e Inglaterra que podem ser com-pradas por valores que vão de R$ 5 a R$ 10

INDICADORES ECONÔMICOS

Salário MínimoJaneiro 2014: R$ 724,00

DÓLAR compra/venda Variação do câmbio livre BC OURO BM&F R$ 92,10,6008%

Poupança Aniversário Rendimento (%)

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06/06 0,6395

no dia: -0,47%

na semana: 2,00%

no mês: 1,84%

dif.livre mercado/paralelo: 7,92%

Paralelo - R$ 2,17 / R$ 2,44 *

Câmbio livre BC - R$ 2,2689 / R$ 2,2695 **

Câmbio livre mercado - R$ 2,259 / R$ 2,261 *

Turismo - R$ 2,190 / R$ 2,350

até R$ 682,50: R$ 35,00

de 682,51 até R$ 1.025,81: R$ 24,66

Salário Família/JaneiroINDICADORES ECONÔMICOS

(*) cotação do Banco do Brasil / (**) cotação do Banco Central / (***) cotação média do mercado (*) depósitos até 03/05/12 / (**) depósitos apartir de 04/05/12

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B2 Economia MANAUS, SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014

CAS aprova investimentos de US$ 313 mi para o PIMConselho de Administração da Suframa comemorou também a aprovação da PEC que prorroga a ZFM por mais 50 anos

O Polo Industrial de Manaus (PIM) con-tará com um inves-timento em torno de

US$ 313 milhões, que pos-sibilitará a geração de 958 novos empregos. O resultado deve-se a aprovação de 35 projetos industriais e de servi-ços pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Su-frama), durante a 267ª Reu-nião Ordinária do Conselho de Administração da Suframa (CAS), realizada ontem.

Os projetos aprovados são divididos nos segmentos tra-dicionais do PIM, como condi-cionadores de ar split, forno de micro-ondas, bicicletas e autor-rádios com toca discos digital a laser, no segmento de modu-ladores e demoduladores, além do de componentes.

Conforme o superintendente da Suframa, Thomas Noguei-ra, esses projetos não serão implantados imediatamente, terão um tempo de maturação (processo de desenvolvimento) que varia de acordo com cada um. Mas segundo Nogueira, isso é regular e a cada dois meses realizam reuniões e

aprovam novos projetos. “Os projetos que foram apro-

vados há três ou quatro reuniões começam a entrar em funcio-namento agora. Os aprovados hoje vão ser implementados mais na frente”, disse Nogueira. Ele destacou que o principal mérito da reunião é a expansão das atividades em cada uma das empresas do polo.

Um dia depois da aprova-ção da PEC de prorrogação da ZFM, o superintendente afir-mou que a Suframa trabalha-rá na formulação das políticas necessárias não apenas para o PIM, mas também para as Áreas de Livre Comércio (ALC) e para a própria Amazônia Oci-dental, onde são gerenciados os incentivos fiscais. “A pror-

rogação da Zona Franca nos dá um tempo necessário para essa diversificação. O que não podemos é ‘dormir em berço esplêndido’”, comentou.

DesenvolvimentoO prefeito de Manaus, Artur

Virgílio Neto, destacou que o PIM passa por uma nova etapa com a prorrogação da ZFM. Para ele, a partir de agora a Suframa terá tempo suficiente para planejar o desenvolvimento das áreas incentivadas, como o comércio, a indústria e a agropecuária. “O tempo estava perigosamente ameaçando os investimentos. Mas agora os incentivos da ZFM foram prorrogados”, apontou.

Para o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Ricardo Schaefer, que presidiu a reunião do CAS, a aprovação da PEC da ZFM gerou um momento positivo para a economia do Estado. Segundo ele, o resultado permite cami-nhar futuramente para o for-talecimento do PIM, para que possa cumprir seu papel não só em Manaus, mas na região como um todo e, principalmen-te, nas Áreas de Livre Comér-cio dos outros Estados que compõe a Amazônia.

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Ricardo Shaefer, do Mdic, disse que prorrogação gera momento positivo para economia do AM

SILANE SOUZAEquipe EM TEMPO

FILIALO Conselho de Admi-nistração da Suframa aprovou também proje-to de implementação da filial da multinacional norte-americana Philco Eletrônicos e de atua-lização e ampliação da empresa Bike Norte

Relatório encaminhado ao CongressoA falta de investimentos e

busca de soluções para me-lhorias do sistema logístico brasileiro, principalmente do Amazonas, foi o centro do debate, ontem, na Assem-bleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE/AM).

Presidido pela deputada fe-deral Rebecca Garcia (PP/AM), que solicitou o debate à Comis-são de Desenvolvimento Eco-nômico, Indústria e Comércio, da Câmara dos Deputados, o encontro apresentará rela-tório no Congresso Nacional, e encaminhado aos governos

estadual e municipal.Durante o encontro, auto-

ridades e representantes da sociedade civil mostraram um panorama da realidade de transporte e infraestru-tura do Brasil, com foco no Norte e, principalmente no Amazonas. A parlamentar afirmou que 2014, por se tratar de ano eleitoral, é um momento propício para fazer uma ampla discussão sobre a falta de investimento na ampliação dos modais bra-sileiros de transporte.

“Entendo que a Região Nor-

te está em desvantagem em relação ao resto do país, no quesito transporte. Estamos perdendo muitos investimen-tos”, comentou Rebecca.

O coordenador do Comi-tê de Logística do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Augusto César Rocha, apontou que a ausência de rodovias, restri-ções hidroviárias no rio Ama-zonas e o fato de ter apenas um aeroporto para transpor-te de cargas, influenciam de forma negativa na competi-tividade internacional.

LOGÍSTICA

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ULG

AÇÃO

Bumbá promete sanar problemas

O Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT 11ª Região) realizou, na manhã de ontem, mais uma inspeção no galpão do Boi-Bumbá Garantido para averiguar as condições de trabalho no local. Durante a inspeção, os dirigentes da associação do Garantido se comprometeram em sanar todas as irregularidades referentes às instalações elétricas até a próxima se-gunda-feira, quando será

realizada nova fiscalização. Nesse período, as ativida-des que envolvam energia elétrica permanecem para-lisadas no local.

Segundo a procuradora do Trabalho, Fabíola Bessa Sal-mito Lima, caso o Garantido não cumpra com o prometido, o juiz poderá deferir a liminar que pede a interdição do gal-pão. “Não podemos permitir que os trabalhadores estejam expostos ao risco constante de acidentes”, ponderou.

A equipe de fiscalização do MPT também inspecionou o galpão do Bumbá Caprichoso na quarta-feira. A analista pe-ricial engenheira em seguran-ça do trabalho do MPT, Léa Laranjeira, constatou que apesar de os trabalhadores estarem utilizando os cintos de segurança, os mesmos es-tavam sendo afixados de ma-neira incorreta. Os diretores receberam orientações sobre a forma adequada de utiliza-ção dos equipamentos.

TRABALHADORES

Procuradora do Trabalho pediu interdição do galpão, caso Garantido não cumpra acordo

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ULG

AÇÃO

Deputada Rebecca, que presidiu o encontro na ALE-AM, disse que Estado perde investimentos

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B3EconomiaMANAUS, SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014

112 canteiros com 40 mil trabalhadores podem paralisar

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Trabalhadores aguardam acordos de empresários

Aproximadamente 40 mil operários da constru-ção civil devem paralisar as atividades nas próxi-mas semanas caso nego-ciações com empresários “acabe em pizza”. Segundo o vice-presidente do Sin-dicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Constru-ção Civil do Amazonas (Sin-tracomec-AM), José Lima, desde o mês de maio a categoria tenta um acordo com os donos de constru-toras, sem sucesso.

“Todas as tentativas foram frustradas, pois os patrões não querem ceder em nenhuma das reivindi-cações feitas pelos traba-lhadores”, afirmou Lima.

A categoria reivindica plano de saúde, aumento salarial de 14,5% e que a

cesta básica passe de R$ 83 para R$ 120. Atualmen-te, um servente de obras recebe um salário de R$ 790. Ontem, os trabalha-dores reuniram com os empresários do setor para definir pontos estratégi-cos da manifestação.

Para o vice-presidente, esses pontos devem ser resolvidos com o máxi-mo de urgência, pois os problemas no canteiro de obras têm aumentado de-sordenadamente. “Diaria-mente operários sofrem acidentes no local de tra-balho e ficam a espera de atendimento nos hospitais públicos. Semana passada um operário perdeu qua-tro dedos e ficou jogado no corredor a espera de atendimento”, disse.

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Em comparação ao mês de abril, o trabalhador compro-meteu 47,01% do salário de maio para comprar a cesta básica. O Dieese revelou ainda que o custo da cesta para uma família de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, ultrapassa o valor do salário mínimo e chega a R$ 939,36.

No quinto mês do ano, o total 15 capitais apresenta-ram altas na cesta básica. As maiores ocorreram no Nor-deste, em Fortaleza e Reci-fe. No balanço geral, desde janeiro todas as 18 capitais apresentaram acréscimo no valor da cesta. Brasília, Curi-tiba e São Paulo lideraram a lista das capitais com a cesta

mais cara do país.Os dados levantados são

baseados na lei nº 399/1938. Essa norma reúne 12 pro-dutos básicos (arroz, feijão, carne, farinha de mandio-ca, café, pão, leite, açúcar, margarina, óleo de soja e legumes) e suas respectivas quantidades para alimenta-ção individual.

Levantamento do Dieese apontou que o consumidor manauense precisou desembolsar R$ 322,98 pelos 12 itens alimentícios que compõem a lista

Cesta básica mais cara 1,12% no mês de maio

Na carona dos meses de março e abril, a cesta básica voltou a apresentar alta em

maio. Desta vez, o valor do conjunto de itens alimentícios apresentou aumento de 1,12% e o manauense desembolsou R$ 322,98 para a compra dos produtos. Em abril a cesta cus-tou R$ 309,66, conforme dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socio-econômicos (Dieese).

Dos oito produtos que re-gistraram aumento em maio, o grande vilão foi o óleo de cozinha, que ficou 6,51% mais caro e custou, em média, R$ 3,60. Em seguida, aparecem o café, com alta de 4,36%, a carne com aumento de 4,01%, a manteiga que subiu 2,94%, junto da banana, do pão, do leite e do feijão, com aumen-tos de 2,39%, 1,70%, 1,39% e 0,69%, respectivamente.

Por outro lado, o produto que surpreendeu ao apresentar re-dução no preço foi o tomate. Em maio, a queda no valor do produto foi de 2,94%. O açú-car, que também costumava liderar o ranking dos itens mais caros, ficou 0,51% mais barato no período, seguido pela farinha e pelo arroz.

Óleo de cozinha foi o vilão da cesta com 6,51% de alta no preço, seguido do café com 4,36%

Metade do salário comprometido

GERSON FREITASEquipe AGORA

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B4 Economia MANAUS, SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014

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Dia a diaCade

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[email protected], SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014 (92) 3090-1041Dia a dia C2

Indígenas protestam em Iranduba

Espaços públicos da Zona Sul estão abandonadosLargo do Mestre Chico, no Centro, e complexo do Amarelinho, em Educandos, não tiveram nenhum tipo de intervenção

Lixeiras quebradas, insegurança e espaços vazios retratam o abandono permanente do largo do Mestre Chico, já exposto em reportagem veiculada pelo EM TEMPO em outubro do ano passado

A uma semana do início dos jogos da Copa do Mundo em Manaus, dois cartões-postais da

cidade permanecem em abso-luto estado de abandono. Com a estrutura precária, o largo do Mestre Chico, no Centro, e o Amarelinho, no bairro Educan-dos, ambos na Zona Sul, têm servido de abrigo a sem-teto, usuários de drogas, ratos e ba-ratas que proliferam em meio ao lixo espalhado pela área.

Em outubro de 2013, o EM TEMPO visitou o largo Mestre Chico e constatou o esqueci-mento do espaço destinado ao lazer da população. Sete meses após, o cenário continua o mes-mo. Nos 62.257 metros quadra-dos da estrutura construída no local de palafi tas - e inaugurado em 2008 pelo Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Ma-naus (Prosamim), que buscava revitalizar áreas degradadas da cidade – há lixo espalhado por toda a parte, as lixeiras foram arrancadas, e, no local da grama, o mato reina soberano.

Os quiosques continuam sem funcionar, com as pare-des pichadas e janelas que-bradas. Tanto eles quanto o coreto tem servido de abrigo a moradores de rua. A estrutura de ferro que circunda o coreto vem sendo usada como varal para roupas e cobertores.

Nos postes, a maioria das lâmpadas foram retiradas e as poucas que restaram não funcionam, porque a fi ação tam-bém foi removida.

Sem iluminação adequada e patrulhamento, a área há muito deixou de ser frequentada pelas famílias que moram nas proxi-midades. “Nos fi ns de semana eu vou passear ou fazer caminhada no parque Jeff erson Peres, que é sempre bem cuidado e seguro. Aqui é muito perigoso. Semana passada o matagal alcançava a

cintura, eles capinaram o mato, e ainda está deste jeito, imagina se não tivesse feito”, disse a ven-dedora Katiane Queiroz, 25.

Com o local sempre ocupado por usuários de drogas, ela evita cortar caminho pelo largo sozinha. “Na semana passa-da tirei até uma foto de uns homens bebendo e fazendo churrasco no meio da praça de manhã”, afi rmou.

A doméstica Iranilza dos San-tos, 50, passa pelo local todos os dias e reclama da falta de ilumi-nação, de policiais e do estado de abandono. “Eles deveriam dar manutenção, colocar esses lanches para funcionar e dar oportunidade para quem quer trabalhar. Também deveriam colocar viaturas da polícia, acho que assim as famílias voltariam a frequentar”, analisou.

Próximo dali, na orla do Edu-candos, o famoso Amarelinho vive drama semelhante. Com limpeza precária e iluminação insufi ciente, o local tornou-se parada para pessoas desabri-gadas. Na manhã de ontem, pelo menos 15 homens e mulheres tomavam banho, conversavam e dormiam nos bancos e em colchões espalhados pela orla, ao nível do rio. Roupas e lençóis ornavam o parapeito transfor-mado em varal.

O gramado compete espaço com o mato. Toda a estrutura em cimento, bancos e calçadas, estão com a pintura gasta e cobertos pela pichação. Nem mesmo o letreiro “Bem-Vindo a Manaus”, escapou do abandono. Na área do calçadão onde estão localizados os bares, há forte cheiro de urina.

Por conta da falta de seguran-ça, o passeio a margem do rio, há tempos não tem feito mais parte da rotina da estudante Patrícia da Silva, 32. “O amareli-nho está abandonado. Mas acho que isto é responsabilidade do Estado e da população. O visi-tante tem que zelar pelo local e ter mais respeito”, disse.

IVE RYLOEquipe EM TEMPO

Na orla do Amarelinho, em Educandos, um dos portais da capital amazonense está esquecido e deteriorado, sem manutenção

A assessoria do Prosa-mim informou que a manu-tenção de parques e praças é atribuição da Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públi-cos (Semulsp).

O Estado administra, por meio da Secretaria de Cultura (SEC), o parque

Senador Jefferson Péres, por estar em área de pa-trimônio histórico.

O órgão informou tam-bém que no dia 27 de janeiro de 2014 assinou novo con-vênio com a Semulsp para a contratação de estudos acerca da elaboração do Plano Diretor de Coleta Se-letiva (PDCS). A partir deste

acordo, o Prosamim trans-feriu para o município mais de R$ 669.349,95 e efeti-vou a responsabilidade à secretaria com a execução da limpeza e fi scalização de áreas de igarapés incluídos no âmbito do programa; com o apoio ao programa e outros órgãos parceiros em situações que confi gurem

emergência nas áreas do Prosamim; e com o apoio de outras ações de limpeza e serviços públicos decorren-tes de obras e serviços exe-cutados pelo programa.

A reportagem entrou em contato com a Se-mulsp, mas até o fecha-mento desta edição nãoobteve resposta.

Manutenção é responsabilidade da gestão municipal

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C2 Dia a dia MANAUS, SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014

SÃO JORGE

Moradores denunciam descasoPara protestar novamente

contra as condições precá-rias em que estão vivendo, moradores das adjacências da ponte Arthur Bernardes, situada no bairro São Jorge, Zona Oeste, sacrificaram ou-tra sucuri na manhã de ontem. O animal, desta vez, media cerca de 3 metros de compri-mento, e foi morto e pendu-rado na alça da ponte.

Há aproximadamente três meses, a ponte no sentido Centro/bairro está em obras, e, segundo os moradores, a reforma só evidencia a pre-cariedade das moradias do local, já que com a cheia do igarapé, o risco de ataques de animais peçonhentos e outros bichos como jacarés fica mais comum.

De acordo com morado-res do beco Santa Terezinha, muitas pessoas ainda não receberam o valor prometido pela Prefeitura de Manaus relativo ao auxílio para en-frentamento da enchente.

O cozinheiro Luiz Henrique

Santos, 60, disse que na casa onde mora com a esposa e mais três filhos, apenas a filha foi cadastrada para receber o benefício. “Disseram que só ela tinha direito, mas não entendi. É o jeito aceitar. A gente precisa e muito”, comentou.

No mesmo beco reside o garçom Antonio Gomes, 25, e a esposa, e também disse não ter sido nem cadastrado, nem comunicado por ninguém da prefeitura. “Nossa casa fica bem dentro do igarapé, mas não soube de nada”, contou.

Para amenizar essa situa-ção vivida pelos moradores, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Di-reitos Humanos (Semasdh), libera um valor de R$ 600, par-celado em duas vezes, para que as famílias que residem no local possam enfrentar o período alugando outro imó-vel fora da área ou comprando materiais para realizar ben-feitorias nas moradias.

“A primeira parcela do va-lor repassado pela prefeitura começou a ser pago desde quarta-feira (4) e segue até hoje. Fica a critério do proprie-tário da moradia alugar um local para evitar transtorno ou ainda construir maromba. O importante é evitar riscos e que as pessoas afetadas pos-sam ter seus problemas ame-nizados nesse período. Temos cadastrado 636 famílias que serão beneficiadas”, informou a diretora do Departamento de Proteção Social Especial, da Semasdh, Gecilda Albano.

Ontem uma sucuri de 3 metros de comprimento foi morta e exposta para revelar perigos

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PROTESTOA outra sucuri morta pelos moradores teria sido capturada ao en-trar em uma das casas do igarapé. Morado-res a expuseram para mostrar o perigo a que estão sendo submetidos com a cheia

Indígenas ocupam terras em protesto no IrandubaManifestantes querem local para construir suas moradias e alegam que área invadida e desocupada pertence à União

Indígenas de várias etnias interromperam na ma-nhã de ontem por alguns momentos o tráfego de

veículos na altura do quilô-metro 6, sentido Manaus, da rodovia Manoel Urbano (AM-070, Manaus-Manacapuru), no município de Iranduba, na Região Metropolitana de Manaus (RMM).

Um dos líderes do movimen-to, o indígena Artêmio Cocama, 40, informou que eles estão no local há cerca de nove dias e que o principal motivo da manifestação na margem da rodovia era protestar contra a falta de atenção por parte dos órgãos de assistência indígena e também da prefeitura de Iranduba. “Vimos aqui em bus-ca de moradia, pois nossas ca-sas estão alagadas e ninguém nos dá auxílio”, protestou.

O cocama informou que foram buscar um local para construir suas moradias na margem da estrada porque, segundo eles, o terreno não te-ria dono. “Essa terra pertence ao governo federal e ninguém mostrou nada que provasse que tem dono ou quem é o proprietário”, diz.

Os aproximadamente 20 indígenas ainda permanece-riam no local durante todo o dia de ontem, mas o grupo era maior quando bloquearam a rodovia no sentido Manaus, no início da manhã. Eles perten-ciam às etnias saterê-mauê, baré, cocama, cambeba, mura e mundurucu e prometeram que ficariam no local até que

seja resolvido o problema da falta de moradia. O grupo denunciou ainda que foram hostilizados pela polícia e que os policiais teriam disparado tiros contra eles.

“Somos índios de verdade, estão aqui nossos documen-tos. Temos direito a esta terra”, declarou a indígena da etnia mura, Izanira Ribeiro da Silva, 46, mostrando junto com o

grupo o Registro Administra-tivo de Nascimento Indígena (Rani), expedido pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

O titular da Delegacia de Polícia de Iranduba, Elcy Bar-roso informou que o tiro foi dado como advertência. “Eu atirei, mas para o lado oposto. Fui conversar civilizadamente e fomos recebidos com pedras. Agi para que não acabássemos mortos, agora eles são 20, mas daqui a alguns dias po-dem se tornar 5 mil, como na invasão que houve em 2013, pois a liderança é a mesma. Para mim já são figurinhas carimbadas”, afirmou o delega-do, acrescentando que o carro ocupado pela equipe policial está na perícia para avaliação por conta das avarias ocasio-nadas pelas pedras atiradas. O delegado informou ainda que apenas manterá a ordem no local, mas que não possui termo jurídico de reintegração de posse do proprietário da terra para realizar a retirada dos ocupantes.

A reportagem tentou con-tato telefônico com a Funai para falar sobre a exigência fundiária reclamada pelos in-dígenas, mas as chamadas não foram atendidas até o fechamento desta edição.

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Artêmio Cocama (à esquerda), um dos líderes dos manifestantes: exigências feitas à Funai

FLÁVIO GUIMARÃESEspecial EM TEMPO

MOTIVOSUm dos líderes do mo-vimento, Artêmio Co-cama, informou que o grupo protestou contra a falta de atenção por parte dos órgãos de assistência indígena e também da Prefeitura de Iranduba

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C3Dia a diaMANAUS, SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014

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Page 16: EM TEMPO - 6 de junho de 2014

C4 Dia a dia MANAUS, SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014

Recursos para municípios afetadosMais de 230 mil pessoas

sofrem com os efeitos da enchente no Amazonas. Dois municípios decretaram esta-do de calamidade pública e au-mentou para 33 os que estão em situação de emergência. O balanço foi apresentado pela Defesa Civil do Estado.

Ontem, o governo estadual, por meio da Defesa Civil, as-sinou convênio para oferecer suporte financeiro para aten-der as situações de desastre com mais dez municípios. São eles Anamã, Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Canutama, Careiro da Várzea, Humaitá, Nhamundá, Parintins, Anori e Guajará, totalizando mais de R$ 3,5 milhões.

Os municípios de Boca do Acre e Humaitá estão em es-tado de calamidade pública e agora são 31 municípios em situação de emergência - Guajará, Ipixuna, Envira, Lá-brea, Pauini, Apuí, Canutama, Manicoré, Novo Aripuanã, Ca-apiranga, Borba, Nova Olinda do Norte, Tapauá, Itamarati, Autazes, Urucará, Boa Vista do Ramos, Itacoatiara, Anamã, Urucurituba, Careiro da Vár-zea, Anori, Parintins, Barreiri-

nha, Nhamundá, Careiro Cas-tanho, Manacapuru, Manaus, Maraã, Beruri e Maués.

A população prejudicada até agora pelos efeitos da cheia dos rios do Amazonas segundo cálculos do órgão de defesa é de 232.164 ou 46.216 famí-lias. A Defesa Civil informou

que foi entregue um total de 600 toneladas de cestas bá-sicas, alem de colchões, kits dormitório, água mineral, kits higiene pessoal, kits de lim-peza, kits de medicamentos, filtros microbiológicos, mos-quiteiros, kits de madeira para pontes e marombas.

De acordo com o órgão, os próximos municípios que

receberão assistência huma-nitária serão Envira, Urucará e Caapiranga. Na primeira etapa municípios da Calha do Rio Madeira, Médio Ama-zonas, Calha do Purus, Baixo Amazonas, Calha do Juruá, Baixo Solimões, estão entre os municípios que já receberam o apoio financeiro, por meio de convênios junto à Defesa Civil do estado, no valor total de R$ 4,5 milhões para ações de assistência pelo fato da emer-gência. São R$ 300 para cada família que foi diretamente afetada. Nos municípios de Boca do Acre, Humaitá, Bor-ba, Pauiní e Manicoré já foi entregue, totalizando 12.076 famílias beneficiadas. Lábrea e Canutama são os próximos a receber os cartões. O total de famílias que já receberam chega a mais de 16 mil, in-cluindo os dois municípios.

Conforme dados da Defesa, 25 municípios compunham a lista de cidades afetadas até o último levantamento, reali-zado no dia 21 de maio. Boca do Acre e Humaitá tiveram a interrupção de serviços bási-cos e decretaram situação de calamidade pública.

CHEIA

AUXÍLIOOntem, o governo estadual assinou con-vênio com prefeituras para oferecer suporte financeiro para atender as situações de desas-tre provocadas pela cheia em dez municí-pios amazonenses

Honda trata efluentes e prioriza o meio ambiente

A preservação do meio ambiente e o respeito ao ser humano são prioridades da Honda desde o início de suas atividades no Japão, em 1948.

No Brasil, esse compro-misso também permeia todas as etapas de pro-dução da Moto Honda da Amazônia. Não apenas no tratamento aos efluentes, mas a empresa realiza ações que contribuem com a conscientização da socie-dade e implanta políticas de gestão e de proteção ambiental, com metas vol-tadas ao uso racional dos recursos naturais.

Segundo Mário Okubo, gerente de Relações Insti-tucionais da Moto Honda da Amazônia, a empresa busca soluções inovado-ras para evitar a geração de resíduos, trabalhando sempre para preservar a Amazônia.

EfluentesA Honda promove um tra-

balho constante, que visa à redução do consumo, ao tratamento de efluentes e à reutilização da água, por meio das ETEs (Estações de Tratamento de Efluen-

tes), instalada na fábrica de Manaus (AM).

Inaugurada em 2001, a Estação de Tratamento de Efluentes da fábrica de Manaus é considerada a mais moderna da América do Sul. Possui área de 500 metros quadrados e capa-cidade para tratar 2,2 mil metros cúbicos de efluen-tes industriais e biológicos por dia, com o objetivo de reaproveitar a água utiliza-da pela empresa durante o processo produtivo.

Depois de submetida a várias etapas de tratamen-to, filtração e esteriliza-ção, a água - já totalmente despoluída - é destinada à irrigação da área verde da indústria e, em breve, será utilizada em torres de refrigeração, reservas para hidrantes e corti-nas de água emcabines de pintura.

A estação também apro-veita outros materiais, como o lodo – tanto o in-dustrial quanto o biológico – gerado após o processo de tratamento. Estes são utilizados em coprocessa-mentos para fabricação de argamassas,cimento e asfalto.

CONSCIENTIZAÇÃO

Estação de tratamento de efluentes é uma das mais modernas

Órgãos da Prefeitura de Manaus devem cumprir leis do Plano Diretor para a fiscalização do espaço para resolver irregularidades, sob pena de interdição

Justiça cobra providências quanto ao sambódromo

DIVULGAÇÃO

A determinação judicial pretende garantir a integridade do público que frequenta o sambódromo na realização de eventos

JOEL ROSA/ARQUIVO EM TEMPO

O juiz Cézar Luiz Ban-diera, titular da 2ª Vara da Fazenda Pública Municipal

de Manaus, concedeu liminar em Ação Civil Pública proposta pela 62ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção e Defesa da Ordem Urbanística do Ministério Público Estadual (MPE), para que o município de Manaus tome providências em relação ao sambódromo.

O MP requer dos órgãos vinculados à Prefeitura de Ma-naus o cumprimento das leis integrantes do Plano Diretor MunicipaL para a imediata fiscalização no Centro de Con-venções (Sambódromo), com a adoção de medidas admi-nistrativas cabíveis no senti-do de cessar irregularidades em relação ao “habite-se” e licença sanitária.

Na decisão, o juiz deter-mina ao Instituto Municipal de Planejamento Urbano e Ordem Social (Implurb) a ime-

diata fiscalização no Centro de Convenções, e à Divisão de Viligância Sanitária (DVi-sa), o cumprimento do Código Sanitário Municipal no local. “Ao que se vê dos autos, se-quer há indícios da existência do ‘habite-se’ da edificação sob litígio. A todo momento, este juízo oportunizou aos re-queridos a comprovação da regularidade do Centro de Convenções perante a legis-lação municipal, e após algu-mas diligências preliminares as partes não conseguiram elidir a sua responsabilidade quanto à omissão”, afirma o magistrado na decisão.

O juiz fixou prazo de dez dias para a adoção das medidas administrativas indicadas, em face às irregularidades existentes, pois as partes es-tão cientes desde sua citação no processo (janeiro e abril de 2013) quanto à necessi-dade de atuarem no cumpri-mento da sua competência

administrativa (habite-se e licença sanitária).

Ultrapassado o prazo fixa-do sem o Implurb comprovar a regularização, se for o caso, com a juntada ao processo das respectivas licenças, ou a comprovação da interdição e suspensão das atividades do sambódromo, haverá multa diária no valor de R$ 10 mil, para cada órgão inadimplen-te, haja vista a dimensão do espaço de uso público e o potencial risco que cau-sa a milhares de centenas de pessoas.

O juiz determina que, em caso de descumprimento por parte do Implurb e DVisa, seja expedido um mandado de in-terdição do sambódromo.

DesabamentoO magistrado cita em seu

despacho que o local sempre teve problemas de higiene e conservação e, que desde a inauguração, em 1991, ain-

da não passou por reformas. Cezar Bandiera lembra ainda que o histórico do local, que pode receber público acima de 100 mil pessoas, também não é bom e cita que já houve o desabamento da cobertura original, deixando 25 pessoas feridas há duas décadas.

“As tragédias em espaços públicos acontecem em regra por ausência ou deficiente atuação da autoridade em cumprir a lei, o que de per-si é a própria prevenção ao infortúnio. Veja-se o caso da boate Kiss, na cidade de Santa Maria – RS, e tan-tos outros noticiados diu-turnamente”, ressalta o juiz Cezar Bandiera.

A decisão foi disponibiliza-da no Diário da Justiça Eletrô-nico de ontem, e o processo pode ser consultado no portal www.tjam.jus.br, em Consul-tas Processuais de 1º Grau, com o número 0710985-79.2012.8.04.0001.

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C5Dia a diaMANAUS, SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014

FCecon ganha nova ambulânciaO secretário de Estado de

Saúde (Susam), Wilson Ale-crim, entregou, na manhã de ontem, uma nova ambu-lância equipada à Funda-ção de Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), que re-forçará o serviço de remoção e atendimento a pacientes que passam por tratamento em domicílio.

A entrega do veículo acon-teceu na sede da Susam, localizada na avenida André Araújo, bairro Aleixo, Zona Centro-Sul de Manaus. Se-gundo Alecrim, com ela, o governo do Estado totali-za 106 veículos deste tipo entregues na capital e no interior, entre abril de 2010

e junho de 2014.“A iniciativa faz parte de

um programa executado pelo governo do Amazonas de melhorias da infraestru-tura de atenção aos pacien-tes”, destacou o secretário. No caso específico da FCe-con, unidade de referência no tratamento do câncer em toda a Amazônia Ocidental, além de otimizar o serviço de remoção de pacientes e as transferências à unida-de hospitalar, a ambulância também auxiliará no trans-porte de cerca de 100 pacien-tes que recebem assistência em casa, e que eventualmen-te necessitam de desloca-mento para a realização de exames no hospital.

Embora a unidade já pos-sua uma ambulância e con-te também com o suporte da Central de Remoções da Susam, a entrega do veículo reduzirá o tempo de espera do paciente que necessita deste tipo de serviço, desta-cou o diretor-presidente da instituição, o pneumologista Edson de Oliveira Andrade.

ReforçoNo último dia 30, a Su-

sam entregou quatro novas ambulâncias que reforça-ram a área de remoção de pacientes em três Serviços de Pronto Atendimento e, também, na Fundação Hos-pitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas

(Hemoam). As unidades be-neficiadas foram o SPA da Zona Sul, SPA Danilo Corrêa e SPA Joventina Dias.

Em abril, o governo do Estado também entregou, na capital, 13 ambulâncias que passaram a integrar a frota do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que está sendo ampliado para a Região Metropolitana de Manaus (RMM).

Esta ampliação do serviço está sendo executada por meio de parceria entre o Ministério da Saúde (MS), o governo do Estado, a Prefei-tura de Manaus e dos demais municípios que integram a região metropolitana da ca-pital amazonense.

SAÚDE

Recebida denúncia do MPE

A juíza da 1ª Vara do Tri-bunal do Júri, Mirza Telma de Oliveira Cunha, recebeu ontem a denúncia do Mi-nistério Público do Estado contra Renato Fabiano dos Santos Benigno por homicí-dio qualificado e tentativa de homicídio, crimes previstos no artigo 121 e seus pará-grafos do Código Penal.

Ele foi o causador do aci-dente ocorrido na manhã de 12 de maio na avenida Co-ronel Teixeira, quando, sob efeito de bebida alcoólica e dirigindo em alta velocidade, colidiu seu carro contra outro veículo em pane que era em-purrado por alguns de seus ocupantes, mutilando e ma-tando dois deles e causando ferimento em outros três.

Em seu despacho, a ma-gistrada declarou não haver motivos para rejeitar a de-núncia feita pelo MP, pois havia “indícios suficientes de autoria e materialidade da prática delitiva”.

Agora, Benigno é réu e deverá, de acordo com o rito processual, ser citado e apresentar por intermé-dio de advogado sua defesa escrita no prazo legal de 10 dias após sua citação. Findo o prazo e não havendo juntada da defesa escrita, o processo será encaminhado à Defensoria Pública.

Também após a citação e apresentação da defesa de Benigno o pedido de liberda-de provisória formulado por seu advogado será analisa-do, segundo a magistrada.

RemoçãoCom relação ao pedido

de transferência de Renato Benigno para o Batalhão de Guardas da Polícia Militar por conta de supostas ame-aças sofridas pelo réu por parte de outros presos do Centro de Detenção Provi-sório de Manaus (CDPM), a juíza abriu vista do processo ao MP, além de determinar a cobrança dos laudos de necrópsia das vítimas fatais, do exame de corpo de delito dos feridos e da perícia feita no local do acidente.

Na tragédia morreram Keyllen Nogueira de Almei-da e José Henrique Mon-teiro Galvão, que tiveram as pernas amputadas com o choque. Sobreviveram com ferimentos Weslem Tavares e Silva, Rodrigo de Oliveira Barroso e Jhony Lemos Rodrigues, namora-do de Keyllen.

CASO BENIGNO

Entrega pelo governo do Estado permitirá a beneficiados acesso assegurado a políticas públicas

Famílias extrativistas recebem títulos de terras

MICHAEL DANTAS/AGECOM

O governador José Melo entrega o título a um dos beneficiados: concessão representa para as famílias a segurança de poder desenvolver atividades sustentáveis

Em uma ação que be-neficia mais de 1,4 mil famílias, o gover-nador do Amazonas,

José Melo, entregou ontem seis Concessões de Direito Real de Uso (CDRU) coletivas a moradores que vivem em seis unidades de conserva-ção federal em que o Estado possui terras em seu domínio. A solenidade ocorreu na sede do governo, bairro Compensa, Zona Oeste de Manaus.

Na prática, a ação garante segurança jurídica aos ribei-rinhos das reservas extrati-vistas, promove a implemen-tação do Plano de Manejo da Unidade de Conservação e dá acesso a políticas públi-cas para as comunidades. José Melo afirmou que a assinatura das seis concessões têm para os ribeirinhos das reservas o mesmo peso da aprovação da Proposta de Emenda à Cons-tituição (PEC) que prorroga a Zona Franca de Manaus.

O governador também de-terminou que a mesma medi-

da seja válida para as reservas estaduais. “Essa concessão representa para as famílias a segurança de poder desen-volver atividades sustentáveis a um longo prazo. Antes eles tinham que vir a Manaus, de 5 em 5 anos, para renovar esse documento. Aproveito a opor-tunidade para determinar ao governo que a mesma medida ocorra nas nossas reservas. Nossa determinação também é que as atividades econômi-cas no interior sejam cada vez sustentáveis”, destacou.

As seis associações das reservas beneficiadas com a medida são: Associação dos Produtores Rurais de Carauari (Asproc); Associação dos Pro-dutores Rurais de Juruá (As-truj); Associação Agroextrati-vista de Auati-Paraná (Aapa) com sede em Fonte Boa; As-sociação dos Produtores de Jutaí (Asproju); Associação dos Moradores do Rio Unini (Amoru) em Barcelos; e As-sociação dos Trabalhadores Agroextrativistas do Médio

Purus (Atamp) em Lábrea. Para o presidente da As-

sociação dos Trabalhadores Agroextrativistas do Médio Purus, José Maria Ferreira, 32, a medida do governo ajudará a acelerar a atividade econômi-ca sustentável na região. “Essa é a mola que vai destravar a gestão da reserva. Esse docu-mento garante aos extrativis-tas o uso permanente da área, direito a moradias e acesso a linhas de crédito”, disse.

O presidente em exercício do Instituto de Terras do Estado do Amazonas (Ite-am), Vital da Costa Melo, afirmou que os ribeirinhos terão acesso à capacita-ção técnica. “Essa era uma reinvindicação de 30 anos dessas comunidades. Então agora temos um novo cenário onde eles poderão acessar as políticas públicas do Es-tado e do governo federal, principalmente a assistência técnica, fundamental para o desenvolvimento das ativi-dades”, ressaltou.

A assinatura das con-cessões é fruto de um Termo de Cooperação Técnica entre o governo do Amazonas, por meio do Iteam, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICM-Bio), Ministério Público Federal (MPF), Procurado-ria Geral do Estado (PGE) e demais instituições parceiras no processo de regularização fundiária das reservas.

O diretor de ações so-cioambientas do ICMBio, João Arnaldo Novais, des-tacou a assinatura das concessões feitas por José Melo como forma de colaborar com uso racio-nal dos recursos naturais e disse que a ação do go-verno do Amazonas irá in-

fluenciar outros Estados. “Por conta deste esforço conjunto no Amazonas, iniciamos as negociações com o Estado do Pará para que medidas semelhantes sejam tomadas. Esse ges-to de hoje do governador já está servindo de refe-rência”, afirmou.

DiálogoJá o procurador do Mi-

nistério Público Federal (MPF), Júlio Araújo Júnior, destacou o diálogo entre os órgãos públicos. “O im-portante é que consegui-mos alcançar perspectiva em que se reconheça o uso coletivo da terra por parte das comunidades e seu papel principal na pro-teção do meio ambiente”, disse o procurador.

Termo de cooperação avança

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C6 País MANAUS, SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014

Minha Casa, Minha Vidaterá 3 milhões de unidades Anúncio foi feito ontem pela presidente Dilma Rousseff, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico

Segundo a presidente Dilma Rousseff, a metodologia do programa continuará a mesma, com a consulta a Estados e empresas

A presidente Dilma Rousseff anunciou ontem que a tercei-ra etapa do Progra-

ma Minha Casa, Minha Vida tem como meta contratar 3 milhões de moradias. Dilma disse que espera ser possível avançar e alcançar os 4 mi-lhões de moradias. Ela parti-cipou de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econô-mico e Social - o chamado “Conselhão” -, para quem dis-cursou por quase uma hora e que tem a participação de empresários e representan-tes de movimentos sociais.

“Estamos propondo uma definição de 3 milhões. Se for a mesma ampliação do período de 2011 a 2014, vamos chegar em torno de 4 milhões, o que daria 1 milhão de moradias por ano. Ainda não fizemos 1 milhão por ano, fizemos quase, 960 mil. Então, é possível chegar a esse número, mas não co-locamos como meta. A meta mais próxima, que as empre-sas foram capazes de exe-cutar, é 3 milhões. “Começa-mos com esses 3 milhões. A meta é assim, quando você vê que vai cumprir, amplia”, disse ao discursar na reunião do conselho.

A terceira etapa do progra-ma seguirá a mesma metodo-logia das anteriores, segundo a presidente Dilma, com con-sulta às empresas, movimen-tos sociais e Estados.

A segunda fase do pro-grama, que está em vigor, tem meta de 2,75 mi-lhões de residências até o fim de 2014.

MoradiasO Minha Casa, Minha Vida

financia moradias para fa-mílias com renda até R$ 5 mil por mês. As condições de financiamento variam de acordo com a renda fami-liar. Para famílias com renda mensal até R$ 1,6 mil, a prestação é 5% da renda. Para famílias que ganham até R$ 3.275, o programa dá um subsídio que pode chegar a R$ 25 mil.

Para as famílias com ga-nhos mensais entre R$ 3.275 e R$ 5 mil, o benefício é uma taxa de juros mais baixa do que a dos financiamentos imobiliários tradicionais.

O programa é um dos car-ros-chefe da gestão Rous-seff e está em fase final de elaboração, para que seja lançado possivelmente na próxima semana.

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CASO SAMÚDIO

Ex-goleiro do Flamengo questiona paternidade de Bruninho

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Goleiro Bruno põe em dúvida paternidade de filho

Um ano e três meses após ser condenado a mais de 22 anos de prisão pelo assassi-nato da sua ex-amante Eliza Samudio, o ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes de Souza, coloca em dúvida agora se é realmente o pai do menino Bruninho, fato que o próprio jogador havia admitido em juízo.

O advogado Francisco Si-mim, que defende o goleiro, disse que nunca houve um exame de DNA que com-provasse a paternidade e, por esse motivo, ele vai dar entrada na próxima semana, na Justiça do Rio, com uma “ação rescisória”, pela qual pretende anular o decreto judicial que coloca Bruno como pai de Bruninho.

Segundo o advogado, o reconhecimento da paterni-dade se deu por “presunção”, tendo a Justiça do Rio, então,

decretado o fato. Questionado pela reporta-

gem se Bruno, então, mentiu nos seus interrogatórios na Justiça em Minas, o advo-gado disse “o Bruno não mentiu, não. Ele só entendeu que devia falar pensando em um possível benefício para ele. Ele falou que era, mas não é. Ele não pode produzir prova contra ele, não”.

De acordo com o defensor, na ação de rescisão pode-rá ser feito um pedido de exame de DNA, tanto por ele quanto pela parte da família de Eliza.

“Os outros advogados do Bruno nunca se preocu-param em esclarecer isso. Eu me preocupo”, afirmou Simim, que diz que Bruno não tem depositado pen-são para Bruninho por-que ele está preso e não tem como pagar.

CONTRABANDO

Senado aprova projeto que aumenta pena para crime

O plenário do Senado aprovou ontem o projeto de lei que altera o Código Penal Brasileiro (CPB) para estabelecer o contrabando e o descaminho como tipos autônomos de crime. A pro-posta, que também prevê o aumento de pena quando os crimes forem cometidos em transporte marítimo ou fluvial, segue agora para sanção presidencial.

Atualmente, o contra-bando e o descaminho es-tão reunidos em um único tipo penal, no artigo 334 do CPB. Contudo, eles são dis-tintos, sendo contrabando a importação ou exporta-ção de mercadoria proibi-da. Já o descaminho ocorre quando não há pagamento do imposto devido pela en-trada, saída ou consumo de mercadoria no país.

O projeto de lei, de au-toria do deputado Efraim

Filho (DEM-PB), aumenta a pena para o crime do contrabando, hoje de 1 a 4 anos de prisão, para dois a cinco anos de reclusão. O texto prevê aumento da pena se o crime for pratica-do por meio de transporte marítimo ou fluvial. Atual-mente, o CPB só prevê o aumento quando a prática criminosa ocorre com uso de transporte aéreo.

A pena para o crime de descaminho permanece de 1 a 4 anos de pri-são. “O contrabando e o descaminho são causas de desequilíbrio nos mais diversos setores da eco-nomia, produzindo e im-pulsionando desemprego e violência na medida em que impede a criação de milhares de empregos por ano e prejudica a econo-mia formal”, justificou o autor da proposta.

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C7MANAUS, SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014 Mundo

CISJORDÂNIA

Israel anuncia construção de casasIsrael intensificou ontem

a política de assentamentos com o anúncio da construção de 3 mil casas na Cisjordâ-nia e em Jerusalém Oriental, em represália pela formação de um governo de unidade palestino, decisão contra a qual os palestinos prometem recorrer às Nações Unidas.

“Observamos a última esca-lada com a maior seriedade e a responderemos abordando o Conselho de Segurança e a Assembleia geral da ONU como a maneira correta de pôr freio a esta grave violação e garantir a prestação de con-tas”, explicou Hanan Ashrawi, membro do comitê executivo da Organização para a Liber-tação da Palestina (OLP).

O ministério israelense da Habitação abriu nesta quin-ta um processo de licitação para construir 1.100 casas na Cisjordânia, área governa-da pela Autoridade Nacional Palestina (ANP), e 400 na anexada Jerusalém Oriental.

“Eu saúdo a decisão de dar

a resposta sionista apropria-da ao estabelecimento do governo palestino do terror”, afirmou à rádio militar o mi-nistro israelense da Habita-ção, Uri Ariel, que pertence ao partido nacionalista reli-

gioso e pró-colonização Lar Judeu.

Estados Unidos, ONU, União Europeia e Rússia re-ceberam favoravelmente o novo governo palestino de “unidade nacional”, formado pela coalizão entre o Fatah - partido Mahmoud Abbas,

presidente da ANP - e o Hamas - grupo que controla a Faixa de Gaza e é consi-derado terrorista.

Mais casas Depois de tomar conheci-

mento da intenção palesti-na de denunciar as colônias judaicas em seu território às Nações Unidas, o go-verno israelense ordenou o desbloqueio de um pla-no de construção de mais 1.500 casas.

Segundo a imprensa is-raelense, o governo havia paralisado há três meses o projeto, que prevê a cons-trução de residências em 10 localidades da Cisjordânia.

Uma fonte da administra-ção palestina que pediu para não ser identificada afirmou que os dirigentes palestinos, que pediram ao governo dos Estados Unidos a adoção de “medidas sérias” contra Isra-el, “pensam seriamente em levar aos assentamentos aos tribunais internacionais”. Novos assentamentos na Cisjordânia deverão ser denunciados ao Tribunal Penal Internacional

AFP

DENÚNCIADesde que a Palestina obteve o status de Esta-do Observador da ONU as autoridades palesti-nas ameaçaram iniciar ações legais contra a construção de colônias por Israel no Tribunal Penal de Haia

O G7 foi realizado em Bruxelas após o encon-tro do G8 (com Moscou), que ocorreria durante as Olimpíadas de Inver-no em Sochi, na Rússia, mas foi cancelado.

Em São Petersburgo, Putin respondeu, nessa quinta-feira, com ironia sobre a cúpula dos sete

“desejo que eles aprovei-tem (o encontro)”.

Putin seguiu ontem à noi-te para a França, onde par-ticipou das celebrações do 70º aniversário do desem-barque na Normandia, o Dia D. Para evitar um encontro entre os líderes americano e russo nas comemorações, o presidente da França,

François Hollande, parti-ciparia de dois jantares, primeiro com Obama, e em seguida, com Putin.

Obama disse ontem, in-clusive, que preferia que a França voltasse atrás na venda de dois helicóp-teros militares Mistral à Rússia, um contrato de US$ 1,6 bilhão.

Durante reunião, líderes do G7 afirmaram que o presidente russo Vladimir Putin deve reconhecer o novo presidente eleito da Ucrânia, Petro Poroshenko

Rússia é pressionada a reconhecer presidente

O presidente Bara-ck Obama indicou nessa quinta-feira (5), após encontro

do G7, em Bruxelas, que o grupo está disposto a aplicar mais sanções à Rússia se o presidente Vladimir Putin não reconhecer o novo go-verno da Ucrânia nem parar com as “provocações” na fronteira do país.

“Teremos uma chance de ver o que o senhor Putin vai fazer nas próximas duas, três, quatro semanas, e se ele seguir no mesmo caminho, já indicamos o tipo de ações que estamos preparados a tomar”, disse Obama, em co-letiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro britânico, David Cameron.

No comunicado final do en-contro, os EUA e os outros membros do G7 (Reino Uni-do, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão) disseram estar dispostos a “intensifi-car as sanções e implementar outras significantes medidas restritivas para impor custos à Rússia, se necessário”.

“A Rússia precisa reconhe-cer que o presidente eleito (Petro) Poroshenko é o líder legitimamente eleito da Ucrâ-nia e trabalha com o governo de Kiev”, afirmou o presidente norte-americano.

Presidente Obama ressaltou durante o encontro que o G7 irá aguardar a posição russa

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Líderes comemoram o Dia D

Visita de Modi aos Estados Unidos ainda será confirmada

AFP

Premiê indiano deve realizar visita oficial

O recém-empossado pri-meiro-ministro indiano, Na-rendra Modi, deve aceitar o convite de Barack Obama para visitar Washington, afirmou ontem a mídia in-diana. A viagem deve acon-tecer em setembro. A deci-são, ainda não comunicada oficialmente, é um avanço no diálogo entre o líder in-diano e os EUA, que já lhe haviam negado um visto de entrada no país por violação de liberdade religiosa.

O imbróglio data de 2002, quando Modi, um ultranacio-nalista hindu, era ministro-chefe do Estado do Gujarat. A região foi alvo de tensões religiosas que deixaram mais de mil mortos, a maioria dos quais muçulmanos. Ele foi inocentado pela Suprema Corte indiana em 2010.

Segundo os jornais “The Times of India” e “Hindustan Times”, Modi já teria aceitado o convite. A agencia Reuters afirma que a decisão só não foi comunicada para que o dia exato da visita seja acertado entre as duas chancelarias.

A chegada ao poder de Modi, líder do partido nacio-nalista hindu Bharatiya Ja-nata Party (BJP), representa uma guinada para a direita da Índia, que foi governada durante os últimos 10 anos pelo Partido do Congresso da dinastia Nehru-Gandhi.

Modi, filho de um ven-dedor de chá, de 63 anos, conquistou a maioria mais ampla no parlamento dos últimos 30 anos, com um programa centrado na re-tomada do crescimento e na criação de empregos.

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C8 Mundo MANAUS, SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2014

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