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VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 1,00 ANO XXVII – N.º 8.591 – SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO O JORNAL QUE VOCÊ LÊ FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, ECONOMIA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA E PÓDIO. MÁX.: 34 MÍN.: 23 TEMPO EM MANAUS DENÚNCIAS • FLAGRANTES 98116-3529 Em Manaus, onde veio buscar apoio para sua candidatura a presiden- te da Câmara, Eduardo Cunha (RJ) disse que a menção a seu nome no esquema de corrupção é “mentirosa” e tem como objetivo constranger sua candidatura. Política A7 Cunha nega acusações em Manaus LAVA JATO O prefeito Arthur Virgílio Neto (foto) anunciará, na segunda-feira (12), os nomes dos secretários que formarão o primeiro e segundo escalão de sua administração. Ele adiantou que não vai extinguir a Semmas como chegou a ser noticiado. Política A5 Arthur não vai extinguir SEMMAS SECRETARIADO pode vir a MANAUS A alternativa das passarelas para uma travessia com segurança está comprometida. O EM TEMPO visitou quatro e constatou sujeira e risco de assaltos. Dia a dia C1 Passarelas, uma travessia perigosa COMPROMETIDAS Reforma tem apoio da OAB e da igreja JUNTAS NA LUTA Política A6 Pacote do boi custa R$ 12 mil Para assistir a Garantido e Caprichoso o visitante terá que desembolsar algo em torno de R$ 12 mil. As agências de viagens já vendem pacotes de R$ 5.320. Fora hospedagem, passagens aéreas e alimentação. Economia B1 FOTOS: DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO ALBERTO CÉSAR ARAÚJO DIVULGAÇÃO ALEX PAZUELO/SEMCOM ALEX PAZUELO/SEMCOM Atravessar as passarelas de Manaus pode ser uma aventura perigosa ELES FAZIAM RIR E ELES FAZEM CHORAR A POLÍCIA DA FRANÇA FAZ UMA CAÇADA AOS IRMÃOS SAID E CHERIF KOUACHI, SUSPEITOS DO ATENTADO QUE MATOU A TIROS 12 PROFISSIONAIS DA REVISTA “CHARLIE HEBDO”, NA FRANÇA. NOVE PESSOAS ESTÃO DETIDAS POR SUPOSTA CONEXÃO COM O TIROTEIO E A SEGURANÇA FOI REFORÇADA EM PARIS. ENTRE AS 12 VÍTIMAS DO ATENTADO ESTAVAM O EDITOR-CHEFE DA PUBLICAÇÃO, STEPHANE CHARBONNIER (CHARB), OS CARTUNISTAS GEORGES WOLINSKI, JEAN CABUT (CABU) E BERNARD VERLHAC. MUNDO C8 CARTUNISTAS Jean Cabut (Cabu), Bernard Verlhac, Stephane Charbonnier (Charb) e Georges Wolinski, mortos na reunião de pauta da revista “Charlie Hebdo” TERRORISTAS Os irmãos Said e Cherif Kouachi fizeram os disparos. O terceiro, Hamyd Mourad, é suspeito de ter dirigido o carro da fuga O UFC anunciou que o Brasil sediará sete eventos em 2015. Cinco cards já estão definidos. Dois no Rio de Janei- ro, dois em São Paulo e um em Porto Alegre. Manaus pode ser um dos locais escolhidos. Pódio E1

EM TEMPO - 9 de janeiro de 2015

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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VENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTEVENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

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R$

1,00

ANO XXVII – N.º 8.591 – SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, ECONOMIA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA E PÓDIO. MÁX.: 34 MÍN.: 23

TEMPO EM MANAUS

DENÚNCIAS • FLAGRANTES98116-3529

Em Manaus, onde veio buscar apoio para sua candidatura a presiden-te da Câmara, Eduardo Cunha (RJ) disse que a menção a seu nome no esquema de corrupção é “mentirosa” e tem como objetivo constranger sua candidatura. Política A7

Cunha negaacusações em Manaus

LAVA JATO

O prefeito Arthur Virgílio Neto (foto) anunciará, na segunda-feira (12), os nomes dos secretários que formarão o primeiro e segundo escalão de sua administração. Ele adiantou que não vai extinguir a Semmas como chegou a ser noticiado. Política A5

Arthur não vai extinguir SEMMAS

SECRETARIADO

pode vir a MANAUS

A alternativa das passarelas para uma travessia com segurança está comprometida. O EM TEMPO visitou quatro e constatou sujeira e risco de assaltos. Dia a dia C1

Passarelas, uma travessiaperigosa

COMPROMETIDAS

Reforma temapoio da OABe da igreja

JUNTAS NA LUTA

Política A6

Pacote do boi custa R$ 12 mil

Para assistir a Garantido e Caprichoso o visitante terá que desembolsar algo em torno de R$ 12 mil. As agências de viagens já vendem pacotes de R$ 5.320. Fora hospedagem, passagens aéreas e alimentação. Economia B1

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Atravessar as passarelas de Manaus pode ser uma aventura perigosa

ELES FAZIAM RIR

E ELES FAZEM CHORAR

A POLÍCIA DA FRANÇA FAZ UMA CAÇADA AOS IRMÃOS SAID E CHERIF KOUACHI, SUSPEITOS DO ATENTADO QUE MATOU A TIROS 12 PROFISSIONAIS DA REVISTA “CHARLIE HEBDO”, NA FRANÇA. NOVE PESSOAS ESTÃO DETIDAS POR SUPOSTA CONEXÃO COM O TIROTEIO E A SEGURANÇA FOI REFORÇADA EM PARIS. ENTRE AS 12 VÍTIMAS DO ATENTADO ESTAVAM O EDITOR-CHEFE DA

PUBLICAÇÃO, STEPHANE CHARBONNIER (CHARB), OS CARTUNISTAS GEORGES WOLINSKI, JEAN CABUT (CABU) E BERNARD VERLHAC. MUNDO C8

CARTUNISTAS Jean Cabut (Cabu), Bernard Verlhac, Stephane Charbonnier (Charb) e Georges Wolinski, mortos na reunião de pauta da revista “Charlie Hebdo”

TERRORISTAS Os irmãos Said e Cherif Kouachi fi zeram os disparos. O terceiro, Hamyd Mourad, é suspeito de ter dirigido o carro da fuga

O UFC anunciou que o Brasil sediará sete eventos em 2015. Cinco cards já estão defi nidos. Dois no Rio de Janei-ro, dois em São Paulo e um em Porto Alegre. Manaus pode ser um dos locais escolhidos. Pódio E1

SEXTA-FEIRA 09-01.indd 3 8/1/2015 22:13:56

A2 Última Hora MANAUS, SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015

Concurso n. 673 (08/01/2015)

Extração nº 04934 (07/01/2015)

FEDERALFEDERAL

Prêmio Bilhete Valor (R$)

1º 95.805 250.000,00

2º 10.294 16.300,00

3º 52.607 16.000,00

4º 13.118 15.800,00

5º 39.980 15.220,00

Concurso n. 1348 (06/01/2015)

21 23 30 32 33 35

DUPLA-SENADUPLA

Primeiro sorteio

06 09 10 11 21 22

Segundo sorteio

Concurso n. 1519 (07/01/2015)

LOTOMANIALOTOMANIA

03 06 13 19 32

37 42 44 45 50

51 56 64 69 70

73 75 82 84 99

Concurso n. 3684 (08/01/2015)

06 18 32 48 69

QUINAQUINA

LOTOFÁCILLOTOFÁCIL

TIMEMANIATIMEMANIA

11 27 36 38 48 57 75

Time do coração

ATLÉTICO/GO

LOTERIAS

Concurso nº 1667 (07/01/2015)

MEGA-SENAMEGA-SENA

FONTE: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

07 12 24 44 51 56

01 02 03 04 08

09 12 13 15 16

18 19 22- 24 25

Concurso n. 1155 (07/01/2015)

Resultado do Enem 2014 será divulgado na terçaDe acordo com o MEC, no próximo dia 13, os candidatos poderão conferir as suas notas, pela internet, na página do Inep

A nota do Exame Nacio-nal do Ensino Médio (Enem) de 2014 será divulgada na próxima

terça-feira (13) no site do Ins-tituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), informou o Ministério da Educação (MEC). Para ter aces-so ao resultado, os candidatos precisarão do número de inscri-ção ou do CPF e da senha criada na hora da inscrição.

Os estudantes já podem con-ferir o gabarito das provas desde o ano passado. A nota, no entanto, não considera ape-nas a contagem de acertos e erros. A correção é feita usando a metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), em que o valor de cada questão varia conforme o percentual de acertos e erros dos estu-dantes naquele item. Assim, um item que grande número dos candidatos acertou será considerado fácil e, por essa razão, valerá menos pontos. Já o candidato que acertar uma questão com alto índice de erros ganhará mais pontos por aquele item.

A nota do Enem poderá ser usada para participar do Siste-ma de Seleção Unifi cada (Sisu), cujas inscrições serão de 19 a 22 deste mês, e do Programa

Universidade para Todos (Prou-ni), com inscrições de 26 a 29 de janeiro. O exame é usado também para certifi car o ensino médio, obter empréstimo pelo Fundo de Financiamento Estu-dantil (Fies) e para participar do programa de intercâmbio Ciência sem Fronteiras.

O Sisu de início de ano terá uma oferta de 205.514 vagas de graduação em instituições públicas de todo o país, o que corresponde a um aumento de 20% em comparação à mesma edição de 2014.

Podem participar da disputa os estudantes que fi zeram o Enem 2014 e não receberam nota zero na redação.

Ao todo, são 5.631 cursos disponíveis, ofertados por 128 instituições públicas, de acordo com informações di-vulgadas nesta quinta-feira (8) pelo MEC.

Do total de 63 universida-des federais do país, 59 estão no Sisu. Os 38 institutos fe-derais fi zeram adesão maci-ça ao sistema, além dos dois Cefets - Centros Federais de Educação Tecnológica. Todas essas instituições devem re-servar, neste ano, ao menos 37,5% das vagas a estudantes da rede pública, como prevê a lei de cotas federais. Nota do Enem pode ser utilizada para participar do Sisu, Prouni, Ciências sem Fronteiras, além de obter empréstimo pelo Fies

Chuva derruba hangar em CongonhasParte do teto de um han-

gar de aviação executi-va (jatinhos e táxi-aéreo) desabou no aeroporto de Congonhas (Zona Sul de São Paulo) na noite desta quinta (8), durante um forte temporal na cidade.

Os ventos chegaram a atingir 85 km/h, conforme o Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE), da pre-feitura. A Infraero informou que não houve vítimas.

A chuva forte provocou ala-gamentos por toda a cidade. Um deles fechou por 40 mi-nutos o terminal de ônibus Bandeira, no Centro.

Houve registro de grani-zo nas regiões do Morumbi (Zona Oeste) e da Consola-ção (área central). Pelo me-nos 28 árvores caíram, uma delas na Oscar Freire - rua dos Jardins que concentra

lojas de grife.A tempestade começou

por volta das 18h, colocando em atenção as zonas Norte e Leste, além da marginal Tietê. Minutos depois o CGE estendeu o estado de aten-ção para o resto da cidade.

DesabamentoO acidente em Congonhas

aconteceu por volta das 19h, no hangar da empresa Target. O desabamento atingiu algu-mas aeronaves que estavam no local. O hangar de aviação executiva da TAM, vizinho ao da Target, teve leves danos, segundo a empresa.

A Target foi procurada por telefone, mas ninguém da empresa foi localizado para comentar o acidente.

O aeroporto chegou a fechar - entre 18h33 e 18h55 - devido ao tem-

poral, mas funcionava normalmente às 21h.

Na linha 11- coral da CPTM, um raio caiu na rede aérea de energia, interrompendo as operações em uma das vias entre as estações Ipiranga e Tamanduateí. Com isso, os trens tinham que alternar a passagem pelo local por volta das 19h10, o que fazia com que toda a linha operas-se com velocidade reduzida e maior tempo de parada.

Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), por volta das 20h50, existiam 113 semáforos com problemas na cidade, sendo 87 em manutenção e 26 por falta de energia elétrica. Foi o segundo dia seguido de temporal com prejuízos na cidade. Na quar-ta-feira (7), a Zona Leste foi a mais afetada.

PREJUÍZO

Forte temporal contribuiu para que o teto do hangar caísse sobre aeronaves, mas sem vítimas

Uso do Google atinge o menor nível desde 2009

A participação do Goo-gle no mercado de buscas norte-americano atingiu, em dezembro, o seu me-nor nível desde 2009, de acordo com a consultoria StatCounter. A ferramenta da companhia foi respon-sável por 75,2% das buscas nos EUA no último mês - em dezembro de 2013, concentrava 79,3% das pesquisas on line.

O Yahoo!, por outro lado, obteve a sua maior partici-pação desde 2009, conse-guindo 10,37% do merca-do, aumento de três pontos percentuais em relação ao ano anterior.

Segundo a consultoria, um dos motivos da mu-dança foi a substituição do Google pelo Yahoo! como buscador padrão do nave-gador FireFox, da Mozilla.

A troca foi feita no fi -nal de novembro, quando o Google tinha 77,29% do mercado americano e o Yahoo! 8,6%.

“A ‘jogada’ da Mozilla teve um claro impacto sobre as buscas nos EUA”, comentou Aodhan Cullen, presidente-executivo da StatCounter, em um comunicado à im-prensa. “A questão, agora, é se os usuários do Firefox vão voltar para o Google”.

Segundo ele, cerca de 12% dos internautas ame-ricanos utilizam o Firefox para navegar.

No Brasil, a mudança não trouxe o mesmo re-fl exo. O uso da ferramen-ta de busca do Google manteve-se na casa dos 93% na comparação en-tre dezembro de 2013 e dezembro de 2014.

NOS EUA

Uso do buscador Yahoo fez com que o Google caísse

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AÇÃO

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MANAUS, SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015 A3Opinião

Nem sempre quem cala consente. Em algumas situações, o silêncio acontece por absoluta falta de segurança para a verbalização da ameaça. Este ainda é o caso da violência contra a mulher vigente sete anos depois de criada a Lei Maria da Penha, no dia 7 de agosto de 2007. E é o problema que permanece nas mãos da ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Eleonora Menicucci, recon-duzida ao cargo pela presidente Dilma Rousseff .

No ano passado, a ministra pediu que as vítimas denunciassem os crimes contra elas. “Se as mu-lheres não denunciarem, não existe crime. Como podemos acabar com a impunidade sem a denúncia? Quero aqui chamar as mulheres para denunciar a violência contra qualquer mulher”, conclamou ela, na 7ª Jornada Lei Maria da Penha, em Brasília, há dois anos. A própria ministra, no entanto, reconheceu a fragilidade do sistema de proteção. Ao fazer um balanço do período, Menicucci acusou a demora do Judiciário em expedir medidas protetivas em favor das mulheres como um dos gargalos a ser resolvido. E lembrou que, em alguns casos, a medida para determinar que o agressor se mantenha a distância da vítima é expedida quando a mulher já foi agredida ou até morta. O que foi que mudou?

Porta-voz do Ministério da Justiça também lembrou as delegacias especializadas como um dos pontos a ser aprimorado. “A efetividade da lei caminha lenta. Não temos delegacias especializadas em todo o país. Temos delegacias especializadas que fi cam fechadas nos fi nais de semana e à noite, horários em que as mulheres mais precisam ter referências sobre aonde ir”. O Amazonas também não possui meios de garantir a segurança das denunciantes. Nesse contexto, tudo conspira contra a segurança da mulher. O que foi que mudou? Como não dá para deixar de ser mulher...

Para a forma incisiva, franca e aber-ta com que o prefeito Arthur Virgílio Neto descartou os boatos de que iria extinguir a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Combate à boataria

APLAUSOS VAIAS

Que nome

Ainda bem que o vereador Bibiano teve o “bom senso” de não substituir “avenida Ephi-gênio Sales” por “avenida dos Periquitos”.

Febeapá

Se vivo fosse, o jornalista Sérgio Porto (Stanislaw Pon-te Preta) iria adorar saber que existe em Manaus uma avenida dos Periquitos.

Merecidamente mais uma pérola para o seu Febeapá - Festival de Besteira que Assola o País.

Sabe de nada!

O primeiro a reagir contra a “ideia” equivocada do vereador Bibiano foi o secretário de Es-tado da Cultura e ex-vereador Robério Braga.

— Ele não tem ideia da im-portância do Ephigênio Sales para o Estado do Amazonas e para Manaus.

Pirou

Para o secretário, Bibiano está “pirado”ou “desinformado”.

— E pensar que ele é profes-sor! – alfi netou Robério.

Cabra bom

Robério lembrou que Ephi-gênio foi deputado federal, se-nador, governador do Estado e lutou na guerra do Acre a favor do Amazonas.

— Fez um grande governo. Um dos melhores da história – garantiu o secretário.

Dá-lhe, Bosco!

Outro que reagiu contra a “avenida dos Periquitos” foi o professor e psicólogo João Bosco Araújo.

Ele lembra que não é de hoje que vereadores de Ma-naus, na ânsia de projeção, investem contra os cidadãos, propondo de “modo irrespon-sável alterações dos nomes de ruas da cidade”.

TranstornoBosco Araújo adverte que

Bibiano não imagina os transtornos que uma mu-dança dessas causa a to-dos os moradores da via e também a todos os ou-tros habitantes da cidade que precisarem de algum modo ter alguma relação com aqueles.

Se essa rua fosse minha...

Bosco sugere que a CMM, isto sim, estabeleça que cada verea-dor só possa alterar o nome da própria rua onde reside.

— Assim saberá o quan-to a pimenta arde – detona o fi lho do desembargador André Araújo, que também virou nome de rua.

Faça humor...

A indignação contra o aten-tado à redação da revista “Char-lie Hebdo”, na quarta-feira (7) em Paris, que deixou 12 mor-tos, reviveu um velho bordão do movimento psicodélico de 1968, que combatia a Guerra do Vietnã: “Faça humor, não faça guerra”.

...Não faça guerra!

O gancho também serviu de título para um programa de hu-mor que foi ar pela TV Globo nos anos 70.

“Faça Humor não Faça Guerra” reuniu um time de pri-meira grandeza do humor na-cional: Jô Soares, Renato Cor-tes Real, Paulo Silvino, Berta Loran e outros.

Armados de lápis

Infelizmente, desta vez, o slogan foi usado como rea-ção a um ato selvagem que le-vou a vida de 12 profi ssionais do “Charlie Hebdo”.

Entre eles, quatro cartunistas, cujo instrumentos de trabalho eram lápis, nankim e... humor.

OAB na luta

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Amazonas (OAB/AM), intensifi cou a luta pela refor-ma política do Brasil.

Para isso se reuniu nesta quinta-feira (8) com o arce-bispo de Manaus, dom Sér-gio Castriani, para discutir e organizar uma programação de coleta de assinaturas, em defesa da reforma.

Assine

Uma comissão da Ordem estará na próxima semana com suas equipes nos ter-minais de ônibus e fábricas do Distrito Industrial.

A ideia é coletar assinatu-ras em apoio ao projeto de lei 6.316/2013, que trata da reforma política no país.

100 mil

A meta da OAB/AM é atingir 100 mil assinaturas, no Estado.

O projeto altera o Código Elei-toral e estabelece novas regras para fi nanciamento de cam-panha, prevê a eleição propor-cional e representação política de gênero e raça.

Plebiscito

Além disso, o novo proje-to de Reforma Política pede a popularização do plebis-cito e do referendo, nas decisões dos governos.

Para “bestas extremistas”, que matam em “nome do senhor” e pensam, equi-vocadamente, que cometendo barbáries como a do massacre na redação do “Charlie Hebdo” podem matar ideias.

Bestas extremistas

O vereador Professor Bibiano (PT) corre o risco de cair no ridículo.Por conta das emoções que envolveram o periquiticídio – como fi cou conhecida

a matança dos periquitos na Ephigênio Sales, o parlamentar resolveu entrar com um projeto para mudar o nome da rua para “avenida dos Pássaros”.

Agindo dessa forma, Bibiano rasga a história do Amazonas e joga no ralo a im-portância que o governador que dá nome à avenida tem para o nosso Estado.

Avenida dos Periquitos

[email protected]

O que foi que mudou?

Mário Antonio Sussmann

Jornalista, advogado e escritor

Nas passeatas estudantis uma das “palavras de ordem” (ainda se falava português, não se di-zia “slogan”, ou similar, típico do idioma “imperialista”) era “o povo unido jamais será vencido”. Hoje queremos “o povo no poder” e cobramos providências dos go-vernantes: “O trânsito está insu-portável”; “o calor está demais”; “a cidade está imunda” etc.

Para as ruas estreitas com tan-tos carros não há solução de cur-to prazo, mas educados “a dar a vez”, quando for ultrapassar pela direita se o da frente sinaliza que vai para a esquerda e outras leis simples, melhora.

Além das décadas de derrubada das árvores, que ainda segue, acu-mulamos lixo orgânico nas ruas, cujo calor é potencializado pela decomposição. Depois, a evapo-ração que segue a chuva e nos transforma em “banho turco”.

Raro o trajeto em que não ve-mos jogarem dos carros algum lixo – até daquele que no mo-mento usamos – restos de “fast food” (onde está nosso idioma?) até fraldas usadas.

Governador e prefeito admi-nistram o caos até onde po-dem, mas quem está no poder é o povo – “nós o povo” – que direcionamos recursos para atividades que nem mesmo deveríamos enfrentar se cada motorista, por exemplo, colo-casse o “lixo automobilístico” em sacolas plásticas, tão distri-buídas nas lojas, e depositasse em locais próprios.

Não são grandes, tomadas in-dividualizadas. Nós, o povo, com a nossa falta de educação, é que determinamos as atividades, a aplicação dos recursos transferi-mos desnecessariamente guar-das do patrulhamento ostensivo para o trânsito . Se facilitamos

o “mosquito da dengue”, dire-cionamos como empregar (parte da) verba que deveria ser desti-nada para a saúde preventiva.

Olhamos com desdém para os garis e esquecemos que se parassem dez dias estaríamos em meio a doenças medievais. Eles são a linha de frente para vida saudável. É óbvio que go-verna quem direciona priori-dade da aplicação de verbas ou quem determina para não mergulharmos no caos urbanos. Sim, somos nós, o povo, que estamos no poder, que deter-minamos o que fazer. Antiga-mente se dizia “enxugar gelo”. É o que tem acontecido. Pas-sa o recolhimento e logo atrás despeja-se mais.

Se não tomarmos a cidade para o povo, pelo povo, não me espantaria se o governador José Melo e o prefeito Arthur Neto resolvessem “dar uma mãozinha” aos garis. (O vice-governador Henrique Oliveira não seria difícil de identificar com aquele “tamanhão”).

Quem está no poder somos nós, na medida em que, com nossa conduta padrão e coletiva capaz de lembrar Gengis Khan, (não escrevo Átila ou podem confundir com o Lins, coitado, que nada tem a ver com isso) diminuímos a liberdade dos or-çamentos para os programas prometidos, ainda que teimas-sem em tentar.

O povo bem poderia agir dife-rente para permitir verificarmos se as promessas dos candidatos foram sinceras por ir além do lixo e do trânsito (exemplificativa-mente). Parodiando Noel Rosa, o cidadão esparrama na mesa e não paga a despesa.

[email protected]

Mário Antonio [email protected]

O povo no poder

[email protected]

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Quem está no poder somos nós, na medida em que, com nossa condu-ta padrão e coletiva ca-paz de lem-brar Gengis Khan, (não escrevo Átila ou podem confundir com o Lins, coitado, que nada tem a ver com isso) diminuímos a liberdade dos orçamentos para os pro-gramas pro-metidos”

Contexto3090-1017/8115-1149 [email protected] [email protected]

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A4 Opinião MANAUS, SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015

FrasePainelVERA MAGALHÃES

Ministros do Supremo Tribunal Federal acreditam que a chegada dos processos da Operação Lava Jato à corte ampliará a pressão pela regulamentação de recursos que podem ser apresentados por políticos. Desde que esses julgamentos deixaram de ser feitos no plenário e passaram para as turmas, fi caram inviabilizadas apelações como os embargos infringentes, que precisam de quatro votos divergentes para serem aceitos -enquanto cada turma tem apenas cinco ministros.

Revisão O ministro Mar-co Aurélio Mello acredita que poderão ser aplicados os em-bargos infringentes da for-ma como conta no Código de Processo Penal. O artigo 609 admite o recurso “quando não for unânime a decisão”.

Basta um Assim, os embar-gos poderiam ser aceitos se hou-vesse só um voto contrário ao réu. No julgamento do mensalão, essa interpretação --defendida pelos advogados dos condena-dos-- não foi aceita pela corte.

Via rápida Mesmo diante da polêmica, Marco Aurélio defende a manutenção dos jul-gamentos nas turmas. “O re-sultado em termos de afasta-mento da sobrecarga do plenário foi muito positivo.”

Tapetão Ministros e assesso-res do STF creem que ganharão fôlego reclamações de advoga-dos de políticos para que réus julgados nas turmas possam recorrer ao plenário e ações questionando a transferência dos processos.

Abalou O grupo de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já ameaça re-taliar o governo caso o deputado

seja derrotado para a presidência da Câmara por interferência do Palácio do Planalto. A divulgação do depoimento da Lava Jato que cita seu nome foi considerada uma declaração de guerra.

Transparente O anúncio de apoio do PMDB a uma nova CPI da Petrobras é interpre-tado pelos aliados de Cunha como um recado ao governo: derrotado, o líder peemede-bista pode difi cultar a vida de Dilma no Congresso.

No papel A Polícia Fede-ral e a Casa da Moeda ain-da não defi niram a data de adoção do novo passaporte brasileiro, com validade de dez anos. A ampliação dos itens de segurança eleva o custo da emissão do documento.

Nós ou eles Em reunião fe-chada com a Juventude do PT anteontem, o secretário pau-listano dos Transportes, Jilmar Tatto, criticou a aproximação do grupo com as manifesta-ções contra o reajuste da ta-rifa de ônibus, trem e metrô marcadas para hoje.

Caviar Segundo integrantes do grupo, Tatto disse que o Movi-

mento Passe Livre, que organiza o ato, é “coxinha” e “de direita” e que se os petistas participassem do protesto estariam fortalecen-do quem não quer a reeleição de Fernando Haddad em 2016.

Big Brother O secretário disse ainda, em tom de brinca-deira, que marcaria o rosto dos integrantes da Juventude para ver se eles não apareceriam nas manifestações.

Quebra-cabeça Ainda on-tem a prefeitura paulistana e o governo do Estado discutiam se contemplados com bolsas do ProUni de 50% --e não in-tegral-- também teriam direito ao passe livre.

Mesa para um Delúbio Soa-res, que cumpre pena pelo mensa-lão em regime semiaberto, esco-lheu um restaurante tradicional, mas escondido em um fl at, para almoçar tranquilamente em Bra-sília nesta quinta-feira.

Do cárcere João Paulo Cunha, também condenado no caso, está próximo de concluir um livro escrito na Papuda. O ex-presi-dente da Câmara já negocia os direitos da obra, da qual não dá detalhes, com uma editora.

Conta não fecha

Contraponto

Em meio às sucessivas manobras da oposição para atrasar a votação da manobra fiscal do governo no ano passado, o senador Paulo Paim (PT-RS) pediu a palavra. Dizia estar comovido com a presença de um comandante de aviação octogenário no plenário, que foi acompanhar a aprovação de um projeto de crédito para pensionistas.– Há um grupo de velhinhos eufóricos lá fora, com o coração batendo forte, que eu tenho até medo de...O petista foi imediatamente contido pelo coro dos colegas governistas, ávidos pela aprovação da manobra.– Não, Paim! Pelo amor de Deus, hoje não!

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Teste para cardíaco

Tiroteio

DO DEPUTADO CARLOS ZARATTINI (PT-SP), sobre nota de Aécio Neves que trata como ‘falsa e covarde’ a acusação a Antonio Anastasia na Operação Lava Jato.

Quando se trata de acusar o PT, Aécio não hesita em engrossar o coro. Mas quando a acusação é contra o PSDB, ele lava a jato.

Esta semana, um conhecido estava encontrando dificuldades para comprar alguns materiais para consertar um flutuante. Que materiais são esses? Pregalhões. Enormes pregos fabricados a partir de vergalhões de aço de construção com três quartos de polegadas de espessura. Alguns têm a cabeça achatada, outros em forma de argola, mas todos têm mais de trinta centímetros de comprimento para penetra-rem bem nas toras de assacu que sustentam o flutuante. Desgas-taram-se com o tempo e preci-saram ser trocados. Qual a idade do flutuante? O amigo não soube precisar porque era proprietário há apenas vinte anos.

Aqui fazemos uma pausa para reflexão: o material de metal foi se desgastando com o tempo enquanto a madeira – assacu como base e itaúba como amar-ração e soalho – se mantiveram em perfeito estado por mais de sessenta anos. Isso, literalmente, dentro da água. As casas de madeira na Amazônia costumam ter uma vida curtíssima por causa da umidade. Até para sustenta-ção de telhados são escolhidas madeiras duríssimas para terem uma vida longa.

É natural vermos na paisagem dos rios fl utuantes em cima de árvores de assacu que já fazem parte dela há quase um século, sem grandes reformas. Junte-se que são sacudidos por tempestades eventualmente e por marolas pro-vocadas por embarcações, a todo instante. Há casos de alguns que fi cam nas beiras de rios caudalosos e tiveram necessidade da troca de cabos de aço de amarração, enquanto a madeira ainda está intacta. São coisas da Amazônia.

A “falecida” Rede Manchete, ao gravar a novela “Amazônia”, em

fi ns de 1990 e início de 1991 usou como QG o restaurante conhecido como Flutuante da Tia, que não era novo na época. Este fl utuante foi removido de lugar várias vezes e ainda hoje é um referencial como restaurante fl utuante, em Manaus. Sinais de podridão ou encharca-mento da base? Não. Ainda pode comportar cerca de 300 pessoas sem nenhum risco de soçobrar. Maravilhas da Amazônia.

Árvores de assacu são abun-dantes em algumas regiões da Amazônia, mas não em todas. Crescem nas várzeas alagáveis de alguns rios de água corrente. Para serem trazidas, flutuando, do Alto Solimões, viajam se-manas. Hoje, com o controle da derrubada, provavelmente não há possibilidade de construção de um novo flutuante com aquela base. A árvore dura mais tempo na água do que leva para crescer, mas, mesmo assim seu abate é proibido por lei. De porte enorme – atinge até quarenta metros de altura e dois metros de diâmetro – e era muito utilizada no transpor-te de madeira por jangada, onde servia de sustentação para as mais pesadas. Depois de serrada não tinha grande valor comercial porque, pasmem, a durabilidade dela é muito pequena.

Seu nome, segundo o folclore popular, não viria de nenhum termo indígena, mas sim do fato de soltar uma seiva que provoca irritações sérias na pele. Não é aconselhável sentar no tronco dela porque “assa” a pele pro-vocando sérios incômodos em quem faz isso.

Felizmente para quem ainda possui um flutuante desses, há somente necessidade de trocar as ferragens.

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Luiz [email protected]

Luiz Lauschner

Escritor e empresário

Seu nome (assacu), segundo o folclore popu-lar, não viria de nenhum termo indíge-na, mas sim do fato de soltar uma seiva que provoca irrita-ções sérias na pele. Não é aconselhá-vel sentar no tronco dela porque “assa” a pele provo-cando sérios incômodos em quem faz isso”

Bens duráveis

Olho da [email protected]

Ontem, considerado o Dia do Fotógrafo, entre selfi es amadoras domésticas houve um momento de seriedade que se dedicou à necessidade de entender o que existe entre o céu e o rio (além dos aviões de carreira e navios da Marinha, é claro). Os guarda-chu-vas? O silêncio da canoa que corta a água sem machucá-la? O que mais se pode ver neste cenário de gente indo e vindo de algum lugar?

RAIMUNDO VALENTIM

Não pude salvá-los. Não havia mais nada a fazer porque atiraram na cabeça. (...) As duas coisas que fazem os

integristas fugir são a cultura e a liberdade de imprensa. Os países democráticos devem fazê-las viver. Todos temos

nossas afl ições, nossa dor, nossos medos, mas vamos fazê-lo de toda forma porque a estupidez não vencerá

Patrick Pelloux, médico e cronista da “Charlie Hebdo”, presi-dente da Associação de Médicos de Emergência da França, que assistia a uma reunião para melhorar a ação entre os serviços de emergência médica e os bombeiros, no momento do ataque

terrorista, diz que o semanário continuará circulando.

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MANAUS, SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015 A5Política

RAIMUNDO VALENTIM

Arthur Neto vai anunciar secretariado na segundaPrefeito disse, ontem, que neste fim de semana os ocupantes das vagas serão informados e que na segunda vai revelar nomes

Está marcado para a próxima segunda-feira (12), o anúncio do grupo que formará o primeiro

e segundo escalão da adminis-tração municipal, no terceiro ano da gestão realizada pelo prefeito Arthur Neto (PSDB). A informação foi confirmada pelo tucano, na manhã de ontem (8), durante entrevista coletiva na sede da prefeitura. Até no fim da tarde de ontem, 95% da nova equipe já havia sido definida.

De acordo com o prefeito, já no final de semana, os atuais secretários serão informados sobre os seus destinos frente às pastas que comandarão. Arthur Neto garantiu que, ainda na se-gunda-feira, divulgará o valor a ser economizado pelo Executivo municipal durante o ano. Entre as novidades, segundo Arthur Neto, estará ainda a extinção de pelo menos cinco pastas. “Até este fim

de semana todos os secretários vão saber se continuam ou se saem. Os que sairão não devem ser considerados incompeten-tes, mas acho que o novo gestor poderá fazer um trabalho ainda melhor”, destacou.

Durante a conversa mantida com a imprensa, o prefeito, que evitou entrar em mais detalhes sobre a reforma administrati-va, disse que sonha em con-tingenciar ao menos 12,5% do orçamento anual, que é de R$ 4,5 bilhões. “Meu sonho é econo-mizar R$ 700 milhões, vivemos no meio de uma crise econômica e temos que nos adequar. Hoje, temos 25 secretarias, incluindo algumas autarquias, queremos que esse número chegue a 20, 18 secretarias e 7 autarquias”, explicando que a economia será potencializada por meio da re-dução de pastas e que a secre-taria de infraestrutura terá sua supervisão direta.

“Sei que podemos economizar muito na Seminf, algo entre R$

20 e R$ 30 milhões, por isso estarei lá de uma forma muito intensa. Só não ocuparei a pas-ta formalmente, porque a lei inviabiliza, mas serei presença constante e efetiva nas ações de infraestrutura, um exemplo de como conduziremos as ações de corte, acontecerá por meio do monitoramento dos aproxima-damente 400 veículos alugados para a Seminf, vou ver um por um. Sinceramente, custo a crer nes-ses 400 carros, mesmo porque a prefeitura não tem dinheiro para mobilizar tudo isso em obras e as ruas de Manaus não veem todos esses carros ao mesmo tempo”, ressaltou.

Em declarações recentes, o prefeito também sinalizou que deve reduzir o número de cargos comissionados. “Não vejo a ne-cessidade de Manaus ter 1,8 mil cargos comissionados”, falou.

Entre os que devem perma-necer junto ao grupo de tra-balho comandado por Arthur, estão os secretários de Gover-

no, Márcio Noronha, e de Meio Ambiente, Kátia Schweickardt, respectivamente. A confirma-ção de Schweickardt, frente à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, rebate informações de que a reforma incluíria a extinção da pasta. “Nunca nem cogitei na extinção da Sem-mas, mantenho muito firme os meus compromissos com o Meio Ambiente. Vejo essa pasta como uma das mais eficientes e por isso não pretendo fazer nenhuma mudança”, lembrando que foi o responsável por criar a secretaria na sua primeira gestão no ano de 1990.

Seguindo a linha do aliado político, o governador José Melo (Pros) também está fo-cado em enxugar a máquina pública, mas vem preferindo não adiantar nenhuma novida-de quanto ao tema, somente adiantou que os nomes da alta cúpula das polícias Militar e Civil devem ser divulgados na próxima quarta-feira (14).

JOELMA MUNIZ Equipe EM TEMPO

Tema polêmico, o reajuste da tarifa do transporte co-letivo em 2015 é inevitável, segundo o prefeito Arthur Neto (PSDB). A alta no valor dos combustíveis e da infla-ção são os fatores que mais contribuem para a decisão, que está em fase de ne-gociação entre a Prefeitura de Manaus, empresários do setor e trabalhadores.

Para a imprensa, Arthur Neto reconheceu que ain-da existem muitos pontos a serem melhorados pela pre-feitura no sistema, citando a demora nas ativações de corredores exclusivos para ônibus. “Tinha uma reunião marcada para a sexta-feira (9) com os empresários e trabalhadores, que fui levado

a cancelar. Mas, não tenham dúvidas que nossa intenção não é prejudicar os usuários, para isso, vamos precisar que todos os envolvidos façam a sua parte”, ponderando que, a partir de janeiro, pretende inaugurar um corredor exclu-sivo por mês.

Reajuste da tarifa será inevitável

O presidente nacional do Pros, Eurípedes Júnior, reuniu-se com vereadores ontem

Presidente do Pros em Manaus As informações sobre a ativi-

dade parlamentar na Câmara Municipal de Manaus (CMM) e o cenário político para 2015 estiveram em pauta, nesta quinta-feira (8), entre o pre-sidente da Câmara, vereador Wilker Barreto (PHS), e as li-deranças nacional do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), durante visita de corte-sia na casa legislativa.

O partido, que tem como presidente no Amazonas o governador José Melo, con-ta, atualmente, com a maior bancada no Legislativo mu-nicipal, formada pelos verea-dores Jairo da Vical, Sildomar Abtibol, Arlindo Júnior, Rober-to Sabino, Amauri Colares e Vilma Queiroz. Destes, esti-veram presentes na reunião Jairo da Vical, Amauri Colares e Vilma Queiroz.

O presidente nacional da legenda, Eurípedes Júnior, de Goiás, estava acompanhado do deputado federal Márcio Junqueira (RR) e do secretário estadual do partido, Radyr Jú-

nior. Na casa legislativa muni-cipal, Wilker Barreto destacou aos visitantes que o partido pode contar com o seu voto de confiança e que o PHS, do qual é presidente, é parceiro de “primeira hora” do partido e do governador José Melo.

Barreto destacou, ainda, os grandes desafios da Prefeitura de Manaus, da qual assumirá o cargo em casos de ausên-cia do titular. “Mas o prefeito (Arthur Neto) está consciente de preparar Manaus para en-frentar a crise econômica de

2015”, disse. A visita das lideranças do

Pros ao Amazonas é a primei-ra de várias a serem feitas pelo presidente da legenda em todos os Estados da Fe-deração. “Não poderia deixar de passar pelo Amazonas, cujo governador eleito, José Melo, é presidente estadual do partido”, afirmou.

Na conversa com Wilker Barreto, Eurípedes Júnior manifestou a intenção do partido em fortalecer e es-treitar os laços com outras siglas, tendo em vista que o Pros na casa tem a maior bancada. “Queremos tam-bém nos aprofundar nas questões de importância para o Estado, no sentido que o partido possa contri-buir. O Amazonas é de grande importância nacional e Ma-naus precisa ser apoiada em seu crescimento e em sua estrutura. Estamos também parabenizando o presidente pela sua forma de conduzir esse parlamento”, disse.

NACIONAL ROBERVADO ROCHA/DIRCOM

Até o fim da tarde de ontem, o prefeito já havia definido 95% da equipe que irá ocupar o primeiro e o segundo escalão, segundo informou o secretário de Governo, Márcio Noronha

Segundo ele, o Pros é o partido que mais cres-ce no Brasil em termos de diretórios municipais. São quase 2 mil hoje, tendo como meta atingir 5 mil diretórios e chegar, em 2018, até a lançar candi-dato próprio à Presidência da República. “O partido

busca poder e espaço na política nacional”, disse.

Junto com o deputado fe-deral Márcio Junqueira, Eu-rípedes Júnior entende que existe hoje no cenário polí-tico nacional a necessidade das siglas menores de cria-rem uma Frente Partidária Nacional para externar um

grande movimento nacional para a necessidade de mu-dança para a melhoria do povo brasileiro. “Observa-mos que a qualidade de vida e a expectativa de vida têm avançado muito pouco, e temos que dar uma resposta verdadeira para a popula-ção brasileira”, afirmou.

Crescimento da sigla no Estado

BANCADA O partido conta atu-almente com a maior bancada no Legislativo municipal com seis vereadores: Jairo da Vical, Sildomar Abtibol, Arlindo Júnior, Roberto Sabino, Amauri Colares e Vilma Queiroz

MUDANÇA A alta no valor dos combustíveis e a in-flação são os fatores que mais contribuem para o aumento da tarifa, mas a ques-tão ainda está em negociação entre a classe e o prefeito

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A6 Política MANAUS, SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015

PT cobra o maior ‘dízimo’ entre partidos da base

Não é à toa a briga do PT para faturar boquinhas em todos os escalões do gover-no Dilma. Além de aumen-tar poder de infl uência nas eleições, o partido nacional abocanha um percentual dos salários de fi liados com car-gos eletivos e dos ministros e cargos comissionados que indicou. Levantamento feito pelo portal Diário do Poder revela que, dos partidos da base, o PT é o que cobra o maior ‘dízimo’, que pode chegar a 20%.

Uma gula sóPagam 20% todo mês ao

PT fi liados eleitos que rece-bem acima de 20 salários mí-nimos. É o caso da presidente Dilma e dos parlamentares.

Pela metade PTB, PDT, PRB, PR e PSB

cobram até 10% do valor dos vencimentos. Já no PMDB, o dízimo mensal é 5%. O PCdoB exige pelo menos 1%.

Entra na cota No PT, os menos abastados

também têm que abrir a car-teira. Quem ganha até três salários mínimos paga R$15 por semestre ao partido.

Duas medidas Já para os dirigentes do

Partido dos Trabalhado-res, a tarifa é bem mais suave, 1% do salário líqui-do, independente do valor da remuneração.

Para bater a meta, Kassab mobiliza parlamentares

O ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD-SP), pediu à bancada de deputados e senadores para dar um gás na co-leta de assinaturas, em seus Estados, a fim de agilizar a criação do Par-tido Liberal (PL). Kassab acredita que a nova sigla

poderá nascer com 30 de-putados que, somados a bancada de 38 eleitos do PSD, desbancaria o PMDB do posto de segundo maior partido da Câmara dos Deputados.

Mira na oposiçãoKassab investirá pesa-

do para seduzir insatisfei-tos do DEM, PSB, PSDB e PPS, que não veem a hora de tentar lugar ao sol perto do governo.

Sob análise O ministro das Cidades

voltou atrás na decisão de fundir o PSD com o Par-tido Liberal. O dirigente cogita apenas formar um bloco na Câmara.

Terra natal Neste sábado (10), Gilber-

to Kassab marcou encontro com prefeitos da região cen-tral de São Paulo para discutir obras de saneamento.

TAM rola o leroA TAM garante que foi

“pontual” a tortura aos passageiros do voo 3827 (Brasília-Rio), terça (6), que passaram sufoco com o ar-condicionado desligado en-quanto o avião esteve em solo. Blá, blá, blá.

Meu cargo, minha vidaO PR briga no Planalto

para indicar o comando da Valec e do Departamento Nacional de Infraestrutu-ra de Transportes (Dnit). São cotados Luciano Cas-tro (RR) e o ex-ministro Paulo Passos (BA).

Só pensa nissoO presidente nacional do

PT, Rui Falcão, reuniu-se com a presidente Dilma na quarta (7) e fez périplo em gabinetes em Brasília para negociar compensa-ções na perda de espaço da legenda na Esplanada.

ApareceuOnde quer que esteja,

Joaquim Barbosa deve ter um delay de 24 horas no recebimento das notícias. Sumido há mais de 15 dias, só se manifestou sobre o atentado contra o Charlie Hebdo no dia seguinte.

De famíliaAssim como marido Neudo

Campos (PP), a governadora de Roraima, Suely Campos (PP), não é de seguir regras. Mal começou o mandato e já foi “recomendada” pelo Ministério Público a exonerar 15 parentes.

Crise íntimaAs argentinas estão

enfrentando o desabas-tecimento de absorven-tes íntimos com bom hu-mor. Hermanas dizem no Twitter que podem “viver num país sem seguran-ça e educação, mas sem absorventes é demais”.

Trinta anosCompletam-se 30 anos,

dia 15, da eleição presi-dencial de Tancredo Ne-ves. O vice era José Sarney, que acabou assumindo. Derrotou Paulo Maluf por 480 x 180 votos. A eleição era indireta.

Vai encararO deputado Chico Vi-

gilante (PT) tem espa-lhado vídeo pelo What-sApp contestando rombo nos cofres do DF. Ele diz que os extratos apontam R$1,4 bilhão em caixa, e desafia Rollemberg (PSB) a provar contrário.

Trapalhada com briocheSe a essa hora a polí-

cia francesa tiver pren-dido os terroristas, será obra do Inspetor Clouseau, que acha-va solução certa por ridículos caminhos.

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

‘Coronel’ cerimonioso

www.claudiohumberto.com.br

Não tem mais espaço para isso [aumento de impostos]”

EMPRESÁRIO CLÓVIS TRAMONTINA, propondo menos burocracia na cobrança de tributos

Eleito senador, o coronel tucano Tasso Jereissati tentava defi nir seu gabinete, no início de 2003. Levado a conhecer um gabinete típico, na Ala Teotônio Vilela, ele se espantou com as dimensões modestas do espaço:

- É assim? A pessoa passa pela secretária e dá de cara com o senador?

- É assim mesmo, senhor – respondeu o fun-cionário do Senado.

Tasso preferiu um gabinete mais amplo no 11º andar do anexo. Para o visitante chegar a ele, precisava passar por quatro pessoas, incluindo atendentes, a secretária Marilu e o assistente Lucena.

Categoria quer organizar uma programação de coleta de assinaturas em defesa da reforma política em todo país

Comissão da OAB e igreja discutem reforma política

Comitê de Reforma Política da OAB pediu apoio do arcebispo de Manaus, dom Sérgio Castriani

A Comissão de Reforma Política da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Amazonas

(OAB-AM), reuniu-se ontem com o arcebispo de Manaus, dom Sérgio Castriani, para discutir e organizar uma pro-gramação de coleta de assi-naturas, em defesa da reforma política no Brasil.

Durante a reunião, integran-tes da Comissão de Mobilização afi rmaram que a ação não tem apoio dos parlamentares. De acordo com o deputado José Ricardo (PT), que faz parte da comissão, essa proposta de reforma política não é bem-

vista pelos parlamentares e que mesmo sendo incisivo sobre o tema dentro da Aleam, poucos deputados aderiram a causa. “Tivemos o apoio de apenas dois parlamentares, o que torna ainda mais difícil o trabalho para concretizar os objetivos da PL”, disse o deputado.

Ainda durante a reunião, os re-presentantes do comitê, solici-taram do arcebispo de Manaus, dom Sérgio Castriani, o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) regio-nal quanto à intensifi cação da coleta de assinaturas de apoio ao projeto de lei de autoria das entidades, sobre reforma políti-ca na próxima semana.

O arcebispo comprometeu-se em apoiar o comitê, tanto na

capital quanto nos interiores e disse ainda que para isso é necessário que haja uma me-lhor argumentação juntos aos eleitores que se dispõem a as-sinar o documento. “Precisamos estreitar laços com outras enti-dades que podem nos auxiliar na coleta dessas assinaturas. No Amazonas tem a Universidade do Estado, que pode ser uma grande parceira na discussão e efetivação dessa reforma”, disse dom Sérgio.

O comitê local já discute a reforma política desde 2013 e busca apoio de diversas en-tidades. As reuniões aconte-cem duas vezes por mês na sede do Sindicato dos Jorna-listas Profi ssionais no Estado do Amazonas.

2º ESCALÃO

‘Escolha será por competência’O ministro-chefe da Se-

cretaria de Relações Ins-titucionais, Pepe Vargas, afi rmou, ontem, que a composição de cargos do governo, de indicação da presidente Dilma Rousse-ff , vai seguir três critérios específi cos. Em entrevis-ta a jornalistas, o primei-ra convocado depois que assumiu o cargo, Vargas evitou comentar a eleição na Câmara dos Deputados, mas disse que o “ideal” seria

que os partidos que com-põem a base de apoio ao governo formassem ape-nas um bloco. “Queremos que os indicados tenham competência e capacidade de gestão para as fun-ções que devem ser ocu-padas”, disse o ministro. Outros dois quesitos são o histórico de probidade das pessoas indicadas e o “equilíbrio entre os partidos da coalizão que elegeu a presidente Dilma”.

Na semana passada, a presidente nomeou 20 novos ministros, manteve 15 e remanejou quatro. Os cargos do segundo escalão ainda serão pre-enchidos. Após descrever os critérios, Vargas evitou comentar a possibilida-de de troca no comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econô-mico e Social (BNDES) e não se referiu a nenhum cargo específi co.

DIVULGAÇÃO

KARINE PANTOJAEquipe do AGORA

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MANAUS, SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015 A7Política

DIVULGAÇÃO/ASSESSORIA

Candidato vem a Manaus em busca de voto à CâmaraCandidato à presidência da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha veio a Manaus para encontros com o governador e prefeito

Candidato à presidên-cia da Câmara dos Deputados, o líder da bancada do PMDB,

Eduardo Cunha (RJ), enfrentou ontem (8) uma maratona em Manaus na tentativa de con-quistar votos junto aos oito representantes do Estado em Brasília. A série de encontros, também envolveu o governa-dor Melo (Pros) e o prefeito Arthur Neto (PSDB).

Mencionado como suposto beneficiário de um dos esque-mas descobertos pela Polícia Federal durante a operação Lava Jato, Cunha aproveitou

a passagem pela cidade, para negar as acusações e reafir-mar o compromisso do partido em apoiar a criação de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para inves-tigar o esquema de corrupção na principal estatal brasilei-ra. De recesso, os deputados federais voltam ao trabalho somente em fevereiro.

“Em primeiro lugar, eu não fui colocado em suspeita de forma nenhuma. O que houve foi uma colocação de um agente policial que citou um local onde supostamen-te teria entregado dinheiro. E colocou um endereço que não é o meu e não me per-tence. O meu endereço fica

três quilômetros distante do endereço citado. Ele mesmo tomou a iniciativa de escla-recer, porque disse que ouviu dizer que aquele endereço era meu”, ressaltando que vê uma clara tentativa de determina-dos agentes de querer criar constrangimento, e que a nova CPI servirá para “esclarecer fatos e ilações”.

“Tanto que nós da ban-cada do PMDB da Câma-ra vamos não só apoiar, mas vamos todos assinar a nova CPI da Petrobras para que fatos ou ilações sejam esclarecidas”, ponderou.

Enfrentando certa resis-tência no Palácio do Planal-to, por se apresentar como

político “independente”, Cunha comentou que o fato de pertencer ao partido do vice-presidente, Michel Te-mer, não quer dizer que tenha que ser submisso.

“O PMDB faz parte da base, tem o vice-presidente da re-pública, seis ministros de Es-tado e o presidente da casa. Ninguém pede isso (subser-viência ao governo federal) e sabem que eu não vou ser. Todos sabem que a Câmara não será um puxadinho do Palácio do Planalto. Então, o que precisamos fazer é cumprir a constituição e o regimento da Câmara: os poderes são independentes e harmônicos”, falou.

JOELMA MUNIZEquipe EM TEMPO

Para Arthur Neto, Cunha vem se mostrando bas-tante confiante em apre-sentar sua defesa e que vê sua candidatura como um momento de possível protagonismo do Con-gresso, em especial a Câmara. E perder esse protagonismo seria agra-var a situação da Câma-ra. “Meu partido deveria apoiá-lo. Eduardo está preparado e em relação às acusações da Petro-

bras, o achei bastante confiante”, frisou.

No Amazonas, pelo me-nos cinco deputados po-derão apoiar a candidatu-ra de Cunha: Marcos Rotta (PMDB), Silas Camara (PSD), Átila Lins (PSD), Pauderney Avelino (DEM) e Arthur Bisneto (PSDB). Também disputam a pre-sidência da Câmara os deputados Arlindo Chi-naglia (PT-SP) e Julio Delgado (PSB-MG).

Prefeito defende candidatura

Assembleia gastou mais de R$ 5 milhões em contratos

Mais de R$ 5 mi em cinco contratosA Assembleia Legislativa

do Estado do Amazonas (Ale-am) firmou mais de R$ 5 mi-lhões em apenas cinco con-tratos e termos aditivos para o exercício de 2014/2015. As publicações estão no Diário Oficial da casa legislativa e foram publicados entre os dias 17, 29 e 30 de dezem-bro passado. Os contratos variam em fornecimento de energia elétrica, locação de veículos, destaque de crédi-to, entre outros.

O contrato de maior valor foi firmado entre a Aleam e a empresa Amazonas Dis-tribuidora de Energia S/A, por meio do contrato nº 17/2014, para um período de 12 meses, de 16 de de-

zembro de 2014 a 15 de dezembro de 2015, disponi-bilizará mais de R$ 1,5 mi-lhão pagos pela casa legis-lativa para o fornecimento de energia elétrica.

O segundo grande aporte disponibilizado pela Assem-bleia, refere-se à portaria nº 1648/2014/GP, na qual a Aleam concede destaque de crédito orçamentário nº 0009/2014, em favor da Fun-dação - Amazonprev, no va-lor de R$ 1.155.772,17, cujo objetivo é o pagamento da Folha de Inativos da Assem-bleia Legislativa, durante o exercício de 2014.

A empresa Marcelo André Santiago Barros-ME (MBX Tec-nologia e inovação) firmou o

terceiro termo aditivo ao con-trato nº 9/2011, que vai de 6/12/2014 a 5/12/2015, no valor global de R$ 1.060.752, o saldo remanescente da em-presa para o exercício de 2015 é de R$ 972.356,11. No dia 30 de dezembro também foi publicado o quatro termo adi-tivo ao contrato nº 10/2011 com a empresa Leonel Ro-drigues do Couto Filho – EPP, prorrogando sua vigência por mais 12 meses, a contar de 16.12.2014 a 15.12.2015, no valor global de R$ 1.035.890.60 (um milhão, trinta e cinco mil, oitocentos e noventa reais e sessenta centavos. A empre-sa é responsável pela locação de serviço de transporte com veículo, tipo micro-ônibus, na

quantidade de 2 veículos.

VigênciaA Assembleia firmou ainda

o primeiro termo aditivo ao contrato nº 15/2013 com a empresa Amazonas Copia-doras Ltda., prorrogando sua vigência de 11.12.2014 a 10.12.2015, no valor global de R$ 393,6 mil para a contra-tação de serviços de locação de solução de terceirização de impressão, cópia, digitalização departamental, com inclusão de manutenção preventiva e corretiva com substituição de peças e suprimentos. A em-presa ainda tem saldo re-manescente no valor de R$ 360,8 mil do orçamento ao exercício de 2015.

ALEAMDIVULGAÇÃO

Deputado federal tambpem esteve reunido com o governador do Amazonas, José Melo para pedir apoio a sua candidatura. Eleição está prevista para o dia 7 de fevereiro em Brasília

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A8 Política MANAUS, SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015

Governadora nomeia 15 parentes A governadora de Roraima,

Suely Campos (PP), criticou ontem (8) a recomendação do Ministério Público estadual, para que sejam exonerados “imediatamente” dos cargos os parentes que ela nomeou, para vários cargos do Executivo esta semana, logo após tomar posse, e alegou, em nota, que o MP foi “precipitado” e não teve o mesmo rigor com a prática do nepotismo em relação a administrações anteriores.

Ela justificou o nepotismo afirmando, na nota oficial,

que “o governo de Roraima espera tratamento isento e igualitário dos órgãos de fiscalização do poder públi-co, considerando que é uma prática comum na história de Roraima a nomeação de pessoas próximas aos gesto-res para ocupar importantes secretarias, tanto na esfera estadual como municipal”.

No início da semana, Suely Campos nomeou, entre ou-tros parentes, as filhas Emília Campos dos Santos e Danielle Ribeiro Campos Araújo para a

Secretaria de Trabalho e Bem-Estar Social e para a Casa Civil, respectivamente, a irmã Sel-ma Mulinari para Secretaria de Educação e os sobrinhos Fre-derico Linhares e Kalil Coelho para as secretarias de Gestão Estratégica e Administração e de Saúde (Sesau), respecti-vamente. Paulo Linhares, que também é sobrinho da go-vernadora, foi nomeado para secretário adjunto da Sesau.

Ao todo, de acordo com o MPRR, a governadora no-meou 15 parentes para a

estrutura de governo local. “Além de ofender os pre-ceitos constitucionais de moralidade, razoabilidade e eficiência, as nomeações dos agentes políticos atendem uma identidade familiar, bem como geram na sociedade um sentimento de indigni-dade moral’’, disse o MPRR em notificação enviada ao governo do Estado. Caso a recomendação de exonerar os parentes não seja cumpri-da, o MPRR prometeu “adotar medidas judiciais cabíveis”.

RORAIMA

Pelo menos 15 parentes foram nomeados por Suely Campos

DIVULGAÇÃO

Ministérios sofrem corte provisório de R$ 22,7 bi Antecipação dos cortes, segundo o governo, “faz-se necessária frente às incertezas sobre a evolução da economia

Para demonstrar dis-posição de equilibrar suas contas, o go-verno Dilma Rous-

seff promoveu um bloqueio provisório de um terço dos gastos administrativos dos 39 ministérios e secretarias especiais. Conforme decreto publicado ontem (8), o mon-tante cortado é de R$ 1,9 bilhão mensal até a aprovação do Orçamento de 2015. Em valores anuais, são R$ 22,7 bilhões. A medida se concentra em despesas de custeio; es-tão preservados desembolsos com pessoal, aposentadorias, benefícios assistenciais e ou-tras prioridades.

Como é a pasta com maior volume de gastos não obriga-tórios, o Ministério da Edu-cação responde pela maior parte do montante afetado, com o equivalente a R$ 7 bilhões no ano. Não se tra-ta, porém, da programação orçamentária definitiva para o ano, que será apresentada após a aprovação pelo Con-gresso e da sanção presiden-cial do Orçamento.

Segundo nota oficial di-vulgada, a antecipação dos cortes “se faz necessária frente às incertezas sobre a evolução da economia, o cenário fiscal e o calendário do Poder Legislativo, que só retomará suas atividades a partir de fevereiro”.

Quando o ano começa sem lei orçamentária aprovada, a praxe é determinar que cada ministério desembolse, a cada mês, um 12 avos das verbas previstas para o ano. Desta vez, porém, a parcela mensal foi reduzida a um 18 avos,

para sinalizar compromisso com maior austeridade.

Os novos ministros da Fa-zenda, Joaquim Levy, e do Pla-nejamento, Nelson Barbosa, anunciaram a meta de pou-par em 2015 R$ 66,3 bilhões para o abatimento da dívida pública -R$ 55,3 bilhões na área federal e o restante nos Estados e municípios.

Para isso, além dos cortes nos ministérios, foram edita-das medidas provisórias en-durecendo as regras para a concessão de benefícios como pensões por morte e seguro-desemprego. Mais à frente, deverão ser definidos ainda aumentos de tributos.

SinalizaçãoFontes da área econômi-

ca do governo informaram que a importância da edição do decreto é a sinalização forte para o mercado finan-ceiro de que o ajuste fiscal já começou. A estratégia foi definida porque o Congresso ainda não voltou do recesso e não havia tempo para espe-rar. “O valor do corte importa menos do que a sinalização”, afirmou uma fonte.

A expectativa é de uma boa negociação com o Congresso para a aprovação o mais rá-pido possível do orçamento de 2015. A expectativa do relator-geral do projeto, sena-dor Romero Jucá (PMDB-RR), é que a peça orçamentária seja aprovada no próximo mês. A avaliação reservada de deputados e senadores é que a matéria vá à votação em plenário na semana se-guinte ao Carnaval, a partir do dia 23 de fevereiro.

Reservadamente, a equipe econômica não está preo-cupada com uma eventual demora do Congresso em aprovar o orçamento. Eles avaliam que o ambiente de necessidade do ajuste vai se impor naturalmente.

No Congresso, parlamen-tares não devem usar a vo-tação do orçamento de 2015 como uma “moeda de troca” para barganhar cargos ou in-dicações no segundo escalão do governo. Os congressistas dizem que, com a edição

de duas medidas provisórias pelo Executivo (as MPs 666 e 667) na virada do ano, o governo criou duas alter-nativas para realizar seus principais gastos. E a não aprovação do orçamento engessa os demais gastos, entre eles os previstos pe-los novos ministros indicados pelos partidos e a liberação das emendas parlamenta-res. “Nós precisamos mais da aprovação do orçamento do que o governo”, admitiu um parlamentar governista.

Votação como ‘moeda de troca’

Joaquim Levy não está preocupado com os cortes orçamentários

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[email protected], SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015 (92) 3090-1045Economia B3

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INDICADORES ECONÔMICOS

Salário MínimoJaneiro 2014: R$ 724,00

DÓLAR compra/venda Variação do câmbio livre BC OURO BM&F R$ 103,7 -1,2381%

Poupança Aniversário Rendimento (%)

09/01 0,5863

09/01 0,6056

no dia: 0,42%

na semana: 0,91%

no mês: 3,84%

dif.livre mercado/paralelo: 5,91%

Paralelo - R$ 2,56 / R$ 2,83 *

Câmbio livre BC - R$ 2,6913 / R$ 2,6919 **

Câmbio livre mercado - R$ 2,671 / R$ 2,672 *

Turismo - R$ 2,590 / R$ 2,750

até R$ 682,50: R$ 35,00

de 682,51 até R$ 1.025,81: R$ 24,66

Salário Família/JaneiroINDICADORES ECONÔMICOS

(*) cotação do Banco do Brasil / (**) cotação do Banco Central / (***) cotação média do mercado (*) depósitos até 03/05/12 / (**) depósitos apartir de 04/05/12

Parintins mais caro que destinos internacionaisEnquanto um pacote para a Ilha Tupinambarana custa até R$ 5,3 mil, o mesmo período para Orlando (EUA) sai a R$ 3,8 mil

O Festival Folclórico de Parintins será realizado no dias 27, 28 e 29 de junho e seus pacotes de cinco dias com passagem aérea, hospedagem e transfer custam de R$ 3,4 mil a R$ 5,3 mil

Quem quiser ir à 50ª edição do Festival Folclórico de Pa-rintins, confi rmada

para os dias 27, 28 e 29 de junho, pagará bem mais caro para entrar no bumbódromo e assistir às apresentações de Garantido e Caprichoso do que fazer um roteiro internacional, no mesmo período. Os valores dos ingressos ainda não foram divulgados, mas agências de viagens já vendem pacotes para a disputa entre os bois de R$ 3.460 a R$ 5.320.

A agência Tucunaré Tu-rismo, empresa responsável pela venda dos ingressos, em seu site, disponibiliza paco-tes de cinco dias, de 25 a 29 de junho, em uma pou-sada, no valor de R$ 3.460 com hospedagem em apar-tamento triplo, R$ 3.980 com apartamento duplo e R$ 5.320 com apartamento single. Para o bate e volta a agência oferece pacote no valor de R$ 1.750.

A Tucunaré oferece acomo-dação em apartamento com banheiro privativo, café da manhã, transfer aeroporto/pousada e ingresso para três noites do festival no setor de arquibancada especial. No Bate & Volta, a agência inclui passagem aérea Manaus/Pa-rintins/Manaus, transfer na cidade - aeroporto, city tour, Amazon River e bumbódromo -, jantar no hotel Amazon Ri-ver, ingresso na arquibacada especial, guia acompanhan-do o grupo desde Manaus e taxas de embarque. O paga-mento pode ser feito à vista ou em três vezes no cartão

de crédito.No site ingresso rápido

(ingressorapido.com.br/Pa-rintins), da Empresa Brasi-leira de Comercialização de Ingressos, estão sendo ofe-recidos pacotes de cinco dias com ingresso ao preço de R$ 8.760 com apartamento duplo, R$ 5.920 com o apar-tamento single e R$ 11.460 com apartamento triplo. O chamado bate e volta para cada uma das noites três noites o valor no site está R$ 1.980.

PacotesA pedido da reportagem

do Amazonas EM TEMPO, a gerente da fi lial da New Line Operadora, em Manaus, Rayanne Leite, montou al-guns pacotes dos roteiros internacionais mais procura-do pelos amazonenses, com validade para o mesmo perí-odo de realização do Festival Folclórico de Parintins.

Um pacote com passagens áreas, hospedagem em hotel três estrelas, mais seguro de viagem no período de 26 a 30 de junho, para Orlando sai por US$ 1.370 (R$ 3.860), por pessoa, sendo que na baixa temporada é possível encontrar o mesmo pacote por R$ US$ 545.

Rayanne explicou que o Festival de Parintins é re-alizado no período de alta temporada, quando as pas-sagens áreas fi cam mais ca-ras por conta do aumento da demanda, por isso, os preços estão mais caros. “As companhias aéreas fa-zem promoção, mas na baixa temporada, que começa logo após o Carnaval e segue até o início de junho”, frisou.

SILANE SOUZAEquipe EM TEMPO

Movimento no aeroporto Júlio Belém cresce durante o festival

Além da Tucunaré Turis-mo, outra agência de via-gem em Manaus, dispõe de pacotes para o Festival Folcórico de Parintins. A agência Turispar Turismo, por exemplo. No entanto, de acordo com a gerente Solange Silva, o pacote ain-da não está pronto. “Esta-remos disponibilizando so-mente em fevereiro, após o Carnaval”, informou.

No ano passado, a Turis-par ofereceu somente um pacote que incluía passa-gem aérea, café da ma-nhã, transfer (transporte) do aeroporto de Parintins para a pousada e quatro

noites de hospedagem. O valor variava de R$ 2.650 a R$ 2.570, por pessoa, e não estava incluso os ingressos para assistir ao festival.

A Amazon Explorers Tu-rismo, outra agência que também oferece pacotes de viagens para Parintins, no período do festival, tam-bém não fechou ainda os planos de pacotes deste ano. Mas, no ano passa-do, a empresa colocou a venda um pacote completo - com passagem, hospeda-gem e ingresso -, no valor em média de R$ 2,5 mil por pessoa.

Outros pacotes em fevereiro

A Tucunaré Turismo in-formou que os ingressos para prestigiar o Festival Folclórico de Parintins no bumbódromo começarão a ser vendidos a partir de março, mas que ainda não há data e nem valores de-fi nidos dos mesmos. Na edição do festival do ano passado, o ingresso para assistir a disputa entre Garantido e Caprichoso custou em média R$ 600 (cadeira), R$ 800 (arquiban-cada especial) e R$ 1.050 (arquibancada central).

Mesmo com os custos su-peraltos, têm pessoas que não abrem mão de ir a Pa-rintins para curtir o festival folclórico, como é o caso do engenheiro agrônomo Lauro Góes Filho, 34. Ele relatou que todos os anos vai à festa dos bumbás, con-tudo, procura alternativas mais em conta para apro-veitar o espetáculo sem ir à falência.

“Geralmente vou para Maués e de lá pego um barco

para Parintins. A passagem custa em torno de R$ 50 a R$ 70. E se o barco sair às 17h de Maués, ele chega às 4h do dia seguinte em Parintins”, contou.

Quanto aos gastos com hospedagem e ingresso, Filho contou que, geral-mente, a diária varia de R$ 200 a mil reais ou mais, em residência hoteleira. Segundo ele, o ingresso pode ser comprado a par-tir de R$ 50 para ficar no meio da galera. A dica que ele dá para o turista de primeira viagem é ir em grupo, uma vez que divi-dir as despesas fica mais acessível para o bolso da pessoa.

“Comprar um pacote da agência torna-se mais one-roso justamente por causa do pequeno poder aquisi-tivo de muitas pessoas da região. Então, é melhor a pessoa reunir-se com vários amigos, alugar uma resi-dência por três dias e dividir as despesas”, ressaltou.

Venda de ingressos em março

Pousadas são alternativas para os amantes dos bumbás

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B2 Economia MANAUS, SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015

Secretaria aprova projeto de ampliação do Chibatão

Para melhorar o desempe-nho e garantir mais qualidade e eficiência no transporte de cargas do comércio e da indús-tria de Manaus, o Grupo Chi-batão preparou uma grande expansão e melhoria de todo o seu terminal portuário para este ano. Uma das maiores, feita em seu pátio de cargas, teve seu projeto aprovado no final de 2014 pela Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP/PR).

Com a expansão - obra já em andamento - o pátio de cargas do terminal passará dos atuais 116,71 mil metros quadrados para mais de 358, 58 mil metros quadrados e terá acréscimo para armaze-nar 7.500 teus.

O pátio irá ganhar ainda quatro novos guindastes sobre rodas chamados de RTGs com capacidade para 45 toneladas, além dos dez que já estão em operação. A empresa foi a primeira a investir em equipamentos do tipo em Manaus.

Outra novidade é a expan-

são do píer – o maior do gê-nero fluvial no mundo – que, dos atuais 450 metros de comprimento, passa para 710 metros e será entregue ainda em março de 2015.

De acordo com diretor exe-cutivo geral do Grupo Chiba-tão, Jhony Fidelis, o objetivo da empresa é oferecer melhores serviços aos clientes, princi-palmente do Polo Industrial de Manaus e comércio do Ama-zonas, dentro da estratégia de se tornar um provedor logístico cada vez mais com-pleto e competitivo.

Para ele, somente a amplia-ção do píer flutuante aumen-tará a capacidade em 50%, o terminal que operava com quatro navios, poderá operar simultaneamente seis navios. Um nova ponte de acesso também será instalada para melhorar o fluxo de veículos.

Ainda no cais flutuante, serão instalados quatro no-vos guindastes fixos Liebherr LHM600 com capacidade para 50 toneladas e alcance de 58 metros cada.

PORTO

Empresa investirá R$ 262 milhões na expansão de terminal

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AÇÃO

PONTA NEGRA

Cooperativa denuncia irregularidades

Representantes da Coope-rativa Vitória, composta pe-los antigos comerciantes do Complexo Turístico da Ponta Negra denunciou, ontem, que a Associação de Permissio-nários Livres do Complexo da Ponta Negra (Asperpon) esta-ria vendendo espaços públicos pelo valor de R$ 10 mil.

A cooperativa que também acusa a associação de ter ven-cido de forma irregular, no ano passado, a licitação pública nº 002/2014, para administrar o local, pedirá do Ministério Público do Estado (MPE) a anulação do processo para que haja abertura de uma nova sessão pública. A presidente da Cooperativa Vitória, Mar-fely Farias Freitas, apresentou várias cópias de documentos que, segundo ela, comprovam as suas denúncias.

A licitação foi feita a pedido do MPE, com intuito de rea-locar os antigos comerciantes

que trabalhavam na Ponta Ne-gra. Foram disponibilizadas 15 barracas de praia e 15 pontos no calçadão, com a permissão do comércio e a venda de bebidas e alimentos, sob o olhar do Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento

Urbano (Impurb).A presidente da cooperativa

disse que o presidente da As-sociação de Permissionários, Elias Soares de Souza, eleito em 2014, foi escolhido sem o prévio conhecimento dos asso-ciados, sem a convocação de

uma assembleia geral, ferindo o regulamento da associação. “Ele não era membro e para ser representante era preciso que ele tivesse no mínimo dois anos como associado”, afirmou Marfely.

O representante da Asper-pon rechaçou as supostas ir-regularidades e afirmou que a associação seguiu todos os tramites legais no processo e que não poderia participar do processo de licitatório se hou-vesse alguma anormalidade perante aos órgãos públicos. “A Cooperativa Vitória não pôde nem participar da seleção para administrar o complexo por es-tar com a documentação toda irregular”, asseverou Elias.

Sobre o fato de estar co-brando R$ 10 mil como forma de caução, Elias rebateu, afir-mando que cobra apenas uma taxa de aluguel, o que é per-mitido, de R$ 1.510 mensais para que os permissionários administrem o espaço, e uma taxação de R$ 150 para os membros associados.

Complexo Turístico da Ponta Negra terá pontos comerciais funcionando dentro de containers

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AÇÃO

IMPLURBInstituto Municipal de Ordem Social e Planeja-mento Urbano informou que a Asperpon venceu licitação para atuar por um ano na Área 2, por R$ 45.300 mensais. Prazo de pode ser pror-rogado por cinco anos

Ministro do Desenvolvimento agrada empresários do PIM Novo nome da pasta é bem recebido pelos representantes da indústria amazonense, que cobram soluções para a Suframa

Representantes da in-dústria amazonense estão confiantes com a escolha de Armando

Monteiro (PTB-PE) para o co-mando do Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Comér-cio Exterior (Mdic). O segmento acredita que o novo ministro empossado, ontem, será um aliado do Polo Industrial de Manaus (PIM) e da Superinten-dência da Zona Franca de Ma-naus (Suframa), uma vez que, foi um dos senadores a apoiar a prorrogação do modelo.

Segundo o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, a chegada de Monteiro ao ministério é de suma importância para a indús-tria brasileira, uma vez que ele foi presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), por dois mandatos. “O Armando co-nhece profundamente a indús-tria brasileira. Foi presidente da CNI de 2002 a 2010. Ele será uma esperança para o Polo Industrial de Manaus e um grande aliado para o Ama-zonas”, avaliou.

O presidente do Centro da Indústria do Estado do Ama-

zonas (Cieam), Wilson Périco, também avaliou a chegada do novo ministro com bastante oti-mismo. “Ele sempre demons-trou interesse na indústria e a conhece muito bem. É também um defensor da Zona Franca. Nossa expectativa é que ele mantenha essa conduta e no nosso entendimento devolva a autonomia da Suframa, dando

mais condições de trabalho para autarquia, inserindo o Amazo-nas fortemente na indústria brasileira”, observou.

Já o gerente de relações insti-tucionais da Moto Honda, Mário Okubo, acredita que, apesar dos desafios, Monteiro realizará um grande trabalho, principalmen-te no PIM. “Devemos pensar que toda mudança é sempre para melhor. Neste caso, prin-

cipalmente. Sendo uma pessoa que conhece a política industrial brasileira, temos a certeza que terá muitos desafios pela fren-te, porém realizará um grande trabalho”, salientou.

Silva comentou disse que o novo ministro deve procu-rar resolver os problemas da Suframa, entre eles, algumas melhorias físicas e com os pró-prios colaboradores da autar-quia. O presidente do Cieam também acredita que o resga-te da Sufram é prioridade. “Ela deve ser resgatada. O ministro deve vir a Manaus para dis-cutirmos investimentos e não ficar só no âmbito de Brasília. Ele precisa se fazer presente nas reuniões do Conselho de Administração da Suframa (CAS)”, comentou Périco.

Para Okubo, com a prorroga-ção da ZFM por mais 50 anos, o novo ministro precisa manter os incentivos fiscais atuais e me-lhorar a política industrial local. “Para que possamos ter com-petitividade para atendermos o mercado nacional e buscar uma maior inserção dos nossos produtos no mercado interna-cional. Além disso, precisamos melhorar a infraestrutura e a logística, tanto para a chegada das matérias-primas como para o escoamento”, disse.

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Armando Monteiro, que presidiu a CNI, defendeu a prorrogação da Zona Franca de Manaus

KATTIÚCIA SILVEIRAEquipe EM TEMPO Online

APOIOEmpresários da indús-tria amazonense apóiam a permanência de Gus-tavo Igrejas como supe-rintendente da Suframa, cargo que ele ocupa atualmente de forma interina, mas aguardam a decisão política

Liquidação em centro de compras

Começa nesta sexta-feira (09), o “Liquida + Plaza”, a princi-pal campanha de preços promo-cionais realizada, anualmente, pelo Manaus Plaza Shopping, após as festas de fim de ano. A campanha já é aguardada pelos clientes e faz parte da ação que marca a queima de estoque, para abastecer as lojas com produtos da nova estação.

O superintendente do Ma-naus Plaza Shopping, Glauco Pinto, explica que a campa-nha traz dois diferenciais neste ano: a ampliação do período promocional, que antes era de 7 dias e agora passa a ser de 10; e o uso do símbolo +, significando mais descontos, agora inclusive estendido ao estacionamento, mais opções de produtos, de conforto e se-gurança. “Essa campanha tem sempre um ótimo retorno dos clientes, porque as promoções são extremamente vantajosas. Para o centro de compras, é uma data importante, que marca o nosso propósito de ter o cliente ainda mais perto, durante o ano que começa”, afirmou.

A campanha “Liquida + Pla-za” vai até o próximo dia 18 e os produtos comercializados te-rão descontos de 10% a 70%. Glauco disse que a expectativa é um incremento de 10% no volume de compras, durante o período da liquidação, em relação a janeiro de 2014.

Mais de 80% das lojas do centro de compras estão participando da campanha, oferecendo descontos em produtos como bolsas, sa-patos, confecções, lingeries, serviços de beleza e esté-tica, eletrônicos, acessórios, perfumaria, óculos, jogos de videogames e celulares.

COMÉRCIO

STÊNIO URBANO MUNIZ Equipe EM TEMPO ONLINE

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B3EconomiaMANAUS, SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015

AM arrecada mais do que recebe do governo federalEstado arrecadou, até novembro, R$ 13,5 bilhões de tributos federais e recebeu menos de 50% em repasses no período

O Amazonas arreca-dou e repassou à União mais de R$ 13,5 bilhões de tri-

butos federais, até o mês de novembro de 2014. Contudo, para um Estado que é consi-derado como um dos que mais repassa verbas ao governo fe-deral, a União devolveu nesse período aproximadamente R$ 7 bilhões a menos do que foi arrecadado. Especialistas ex-plicam que “sempre foi assim e sempre será”.

De acordo com dados do Portal da Transparência do governo federal, o Amazonas repassou em tributos para o governo federal um montan-te na ordem de R$ 13,5 bi-lhões e recebeu repasses na ordem de R$ 6.226.352.280 bilhões, considerando repas-ses para Estado e municípios, conforme explicou o econo-mista Serafim Corrêa. Ele informou que essa divisão ocorre há 25 anos.

Entre os 26 Estados mais o Distrito Federal, o Amazonas é a 13ª unidade federativa em arrecadação de tributos federais. Por outro lado, o Estado fica em 19º lugar no

ranking em recursos recebidos da União. Fica à frente apenas de oito Estados: Acre, Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.

Segundo o titular da Se-cretaria de Estado da Fazen-da do Estado do Amazonas (Sefaz-AM), Afonso Lobo, a norma que regula os repasses

para os Estados e municípios já existe há muito tempo e a arrecadação do Amazonas sempre foi alta. “Isso já existe há muito tempo, há mais de 15 anos”, disse.

Lobo explicou que o motivo para o Amazonas recolher e repassar tantos tributos está na indústria do Estado. “O Estado é um grande exporta-dor de recursos para a União

por causa da nossa indústria. O Fundo de Participação dos Estados é calculado por um coeficiente. Por isso, no final das contas, nós repassamos mais do que recebemos”, ex-plicou o secretário.

Segundo o economista Ail-son Rezende, o Amazonas é um dos Estados que mais recolhe tributos federais, mesmo com a redução no pagamento de muitos tributos, e continua-rá repassando mais do que recebe. “O Brasil tem alguns Estados considerados como ‘super-habitados’. São aque-les Estados que mandam mais verbas do que recebem. Isso se deve por conta das empresas que estão instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM). Na verdade nós temos redução de tributos, mas não somos isentos”, disse Rezende.

De acordo com o econo-mista, um dos fatores para o cálculo é o número de ha-bitantes do Amazonas, que está estimado em 3,874 milhão, conforme dados de 2014. “Nós recebemos me-nos em função da população. O número de municípios e o número populacional influen-ciam na base do cálculo que define quanto será repassa-do ao Estado”, explicou. Analistas afirmam que o PIM é o maior responsável pela alta arrecadação de tributos federais

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REPASSERezende disse que o Amazonas é um dos quatro Estados que mais arrecada e man-da tributos à União. A União, por sua vez, repassou para todos es-ses Estados o montante de R$ 302,2 bilhões

Semestre fecha com R$ 33 mi

PLANO SAFRA

O valor contratado pelos agricultores familiares do Amazonas, nos seis primei-ros meses do Plano Safra 2014/2015, julho a dezembro, foi R$ 38 milhões inferior aos primeiros meses da safra 2013/2014. Com o total de 2,751 contratos efetivados pelos agentes financeiros que operam o Programa Nacional de Fortalecimento da Agri-cultura Familiar (Pronaf), os agricultores familiares ama-zonenses receberam R$ 33 milhões, enquanto no mesmo período da safra anterior o valor de contratos alcançou mais de R$ 71,9 milhões, com 6.015 contratos realizados.

Os dados foram divulgados, ontem, pelo Ministério do De-senvolvimento Agrário (MDA), com base nos dados forne-cidos pelo Banco Central do Brasil. Na safra 2014/2015, os agricultores familiares amazonenses contrataram R$ 11,2 milhões destinados à

produção agrícola, com 1.124 contratos. Já o valor finan-ciado à atividade pecuária atingiu R$ 21,7 milhões, em 1.627 contratos.

Os agricultores familiares aplicaram R$ 28,9 milhões em operações de investimen-to (88% do valor), enquanto R$ 4,1 milhões (12%) foram para custeio. Do total de contratos, 2.414 foram para operações de investimento, o que representa 88% dos contratos, e 337 foram para operações de custeio.

No país, o valor das opera-ções de crédito nos seis pri-meiros meses do ano agrícola 2014/2015 é recorde para o período. No período, o total aplicado pelos agricultores fa-miliares brasileiros alcançou R$ 15,2 bilhões. Esse valor é 23% acima do que foi con-tratado no mesmo período na safra 2013/2014. São mais de 1,1 milhão de contratos.

No período R$ 8,3 bilhões

foram utilizados para aqui-sição de máquinas agrícolas, tratores, colheitadeiras, ani-mais, implantação de siste-mas de armazenagem e de irrigação, projetos de me-lhoria genética, adequação e correção de solo, recupera-ção de pastagens e ações de preservação ambiental.

Os outros R$ 6,9 bilhões, em mais de 415 mil contra-tos, foram para operações de custeio. A verba foi usada para despesas de atividades agrícolas e pecuárias, aquisi-ção de insumos, realização de tratos culturais e colheita, be-neficiamento ou industriali-zação do produto financiado, produção de mudas e semen-tes certificadas e fiscalizadas. De julho a dezembro de 2014, as mulheres acessaram R$ 2,2 bilhões em mais de 306 mil contratos. Na safra ante-rior, no mesmo período, elas aplicaram R$ 1,8 bilhão em 297.606 contratos.

Agricultores familiares do AM fecharam 3.264 contratos a menos que na safra anterior

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X Nova tecnologia instalada na SefazA Empresa de Processamen-

to de Dados do Amazonas (Pro-dam) implantou, na Secretaria de Estado da Fazenda do Ama-zonas (Sefaz-AM), o serviço de atendimento de Help Desk. Segundo o chefe da Divisão de Service Desk da Prodam, José Carlos Torres, o serviço é executado por meio do Sistema de Gestão Integrada.

Trata-se de uma tecnologia desenvolvida pela empresa, que permite o registro, o acom-panhamento e a avaliação das atividades realizadas pela equipe de Service Desk. “Além de agilizar o atendimento, o programa permite o gerencia-mento dos dados gerados por cada chamada, por meio de relatórios de acompanhamen-to, que servirão como base para a resolução de problemas futuros”, disse José Carlos.

Por meio do sistema, o servi-

dor da Sefaz-AM, que é cliente da Prodam, passa a ter linha direta com a empresa para acionar sempre que precisar de apoio na resolução de pro-blemas técnicos nas áreas de informática, telefonia e tecno-logia da informação.

O funcionário poderá telefo-nar diretamente para a central de atendimento da Prodam e será atendido por uma equipe de especialistas. Segundo o técnico do Departamento de Tecnologia e Inovação (Detin) da Sefaz-AM, Vivaldo Dias de Lima, antes da implantação do serviço, para ter o aten-dimento realizado, o servidor gerava uma ordem de serviço, que é atendida conforme uma classificação de prioridades.

“O chamado atendimento de primeiro nível, que são aque-les problemas pequenos, que podem ser resolvidos com o

desligamento do equipamento, por exemplo, era feito por uma equipe terceirizada e a partir de agora será realizado por técnicos da Prodam”, explicou Vivaldo. Caso o atendimento necessite de uma interven-ção local de um técnico, uma equipe especializada, compos-ta por seis integrantes, esta-rá à disposição para realizar o atendimento.

O chefe da Divisão de Service Desk da Prodam ressaltou que o trabalho não é finalizado, após a conclusão do chamado no sistema, pois uma equipe liga para o servidor para fazer uma pesquisa de satisfação, por meio de notas de 0 a 10 para o atendimento e a resolução do problema. “Esse tipo de acom-panhamento vai permitir que a gerência esteja sempre atenta às necessidades de melhorias do serviço”, acrescentou.

PRODAM

Tecnologia desenvolvida permite o gerenciamento de dados por cada chamada e relatórios

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ALIK MENEZESEspecial EM TEMPO

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B4 Economia MANAUS, SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015

A indústria brasileira teve pior resultado desde junhoEm novembro, a queda foi de 0,7%, conforme dados do IBGE, que apontou retração em 11 dos 24 setores pesquisados

A produção industrial brasileira caiu 0,7%, em novembro de 2014, passando a

acumular ao longo do ano passado retração de 3,2%, na série livre de influências sa-zonais. A queda de novembro confirma a estagnação do se-tor industrial que já fechou ou-tubro com elevação de 0,1%, depois de apresentar queda em setembro, de 0,3%.

Em novembro, houve retra-ção em 11 dos 24 setores pes-quisados e em três das quatro grandes categorias. São dados da Pesquisa Industrial Mensal-Produção Física Brasil (PIM-PF) divulgada, ontem, pelo Ins-tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Quando a comparação é fei-ta com novembro de 2013, o recuo da produção foi ainda mais significativo (-5,8%) – é a nona taxa negativa consecuti-va nesse tipo de comparação e a mais forte desde junho do ano passado (-6,9%). Já o indicador acumulado nos últimos 12 me-ses, também 3,2%, manteve a trajetória de queda iniciada em março de 2014 (2%) e repre-sentou o maior resultado ne-gativo desde janeiro de 2010 (4,8%). Os dados indicam que, entre as atividades, a de veí-

culos automotores, reboques e carrocerias, com queda de 14,4% e a de produtos alimen-tícios, que caiu 8,7%, foram as que exerceram as maiores influências negativas.

Os números do IBGE indi-cam que exerceram influên-cia negativas significativas setores como metalurgia, cuja queda chegou a 11,4%,

máquinas e equipamentos (-8,8%), produtos de metal (-12,1%), equipamentos de informática, produtos ele-trônicos e ópticos (-14,1%), outros produtos químicos (-5,3%), e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,2%). Entre as quatro atividades que aumentaram a produ-ção, o principal impacto foi observado em indústrias ex-

trativas (4,1%).Ainda na comparação com

igual mês do ano anterior, os bens de consumo durá-veis caíram 11% e bens de capital 9,7%. Os dois setores assinalaram as quedas mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas.

A queda acumulada de 3,2%, de janeiro a novembro deste ano, frente a igual período do ano anterior, mostra taxas ne-gativas alcançando as quatro grandes categorias econômi-cas, 19 dos 26 ramos, 61 dos 79 grupos e 63,7% dos 805 produtos pesquisados.

Entre os setores, o principal impacto negativo foi obser-vado em veículos automoto-res, reboques e carrocerias (-17,3%). Outras contribui-ções negativas sobre o total nacional vieram dos setores de produtos de metal (-11,1%), metalurgia (-7,1%), máquinas e equipamentos (-5,6%), ou-tros produtos químicos (-4%) e máquinas, aparelhos e ma-teriais elétricos (-7,5%).

Nas sete atividades que ampliaram a produção, as principais influências foram observadas em indústrias ex-trativas (5,4%) e coque, pro-dutos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,7%).

DIVULGAÇ

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Indústria de produção de alimentos foi uma das principais influências negativas do período

DINAMISMOEntre as grandes cate-gorias econômicas, o perfil dos resultados, para o índice acumulado nos 11 meses de 2014, mostrou menor dinamis-mo para bens de consu-mo duráveis (-9,1%) e bens de capital (-8,8%)

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Dia a diaCade

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[email protected], SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015 (92) 3090-1041Dia a dia C3

FHemoamcom estoqueem baixa

Passarelas: a alternativaperigosa para o pedestreReportagem do EM TEMPO encontrou rachaduras, falta de iluminação e de segurança em várias passarelas da cidade

Na passarela de uma das mais movimentadas avenidas de Manaus, a Djalma Batista, no bairro Chapada, o pedestre precisa abaixar a cabeça para não bater nos vários fi os de alta tensão

A dita alternativa mais indicada para os pe-destres atravessarem as principais avenidas

da cidade - as passarelas - pode não ser tão segura assim. A reportagem do EM TEMPO visitou quatro delas, nas ave-nidas Torquato Tapajós, Darcy Vargas e Ephigênio Sales e en-controu rachaduras, ausência de iluminação e lixo espalhado por toda a parte. Além da reclamação dos pedestres da falta de segurança, com os constantes assaltos.

A primeira estrutura visita-da foi a passarela da avenida Djalma Batista, em frente ao Amazonas Shopping, Zona Centro-Sul. A base da estru-tura (sentido bairro - Centro) tem servido de banheiro a céu aberto. No local, há forte cheiro forte de fezes e urina, além dos dejetos.

A maioria das lâmpadas também não funcionam, o que facilita a ação de ban-didos. “Detesto a estrutura dessa passarela. A gente dá muitas voltas. E falta mais segurança, amigos meus já foram assaltados. De manhã cedo, normalmente fi cam dois homens armados fazendo as-saltos. Ou fi ca apenas um, que se disfarça de mendigo, e também realiza assaltos. De noite, dá mais medo, porque as lâmpadas estão só de enfeite e não funcionam”, disse a uni-versitária Ruth Suassuna.

O que mais se encontra é lixo espalhado por toda a extensão da estrutura, além de pichações e papéis colados com propagandas nas colu-nas de cimento. “Precisava mesmo de uma reforma. É muito sujo e tenho medo de assalto. Meu fi lho de 4 anos não gosta de passar por aqui. Sempre que estou com ele,

evito passar por aqui”, disse a doméstica, Ana Vieira, 42.

Em várias partes, o chão da passarela apresenta ra-chaduras e diversos buracos, o que facilita os acidentes. “O chão está todo irregular e com buracos. Quando fui atravessar, pisei em falso num desses buracos e torci o pé. Ele inchou e fi cou o dia todo doendo”, afi rmou a adminis-tradora Izenilda Silva, 28.

No local, os pedestres tam-bém têm que competir com os fi os de alta tensão, que estão baixos. “Se a pessoa for muito alta, ela precisa abaixar a cabeça para não bater nos fi os. Isso é perigo, qualquer problema nesses fi os, a pes-soa morre na hora”, disse o autônomo Sérgio Souza.

Próximo dali, na passarela da avenida Ephigênio Sales, Zona Centro-Sul, também há lixo espalhado pela estrutura, principalmente na base que fi ca no terreno da Universi-dade do Estado do Amazonas (UEA). Já na base situada den-tro do Amazonas Shopping, existem três lixeiras coloca-das em cada vão.

Entre a estrutura de ci-mento presa, a coluna e a estrutura metálica central há uma fresta, onde é possível ver a rua. “Não tem ilumina-ção aqui e de noite fi ca meio perigoso”, disse a estudante Thais Brandão, 22.

IVE RYLOEquipe EM TEMPO

ESTRUTURAO que mais se encon-tra é lixo espalhado por toda a extensão da estrutura, além de pichações e papéis colados com propa-gandas nas colunas de cimento, na passarela da Djalma Batista

Pedestres usam a estrutura apenas de dia por medo de assaltos

Na avenida Torquato Ta-pajós, em frente ao Clube Municipal, Zona Norte, bu-racos ameaçam o pedestre que utiliza a estrutura. Os corrimões estão sujos e já sem pintura e as colunas de cimento estão picha-das. Também não há pos-tes com energia elétrica. E, a ausência de cobertura expõe quem passa por lá. “Falta aqui uma cobertura, e este ‘solzão’ nos castiga. Também me sinto insegu-ra, tenho medo de ser assal-tada”, afi rmou a doméstica Iracema Marques, 59.

Mais adiante, em frente à uma escola particular, a falta de manutenção e lim-peza em outra passarela têm gerado reclamações. A escada dela ocupa toda a calçada, o que força o pe-destre a invadir a rua, ou o gramado. Os degraus são

estreitos, não comportan-do todo o tamanho do pé. Assim como as outras, há buracos, rachaduras e pichação. Além do forte cheiro de fezes e urina. “Acho que essa estrutura deve estar comprometi-da, porque está cheia de rachaduras. Não tem co-bertura, o que nos deixa a mercê do tempo. E de noi-te aqui fi ca escuro, porque apesar dos postes, muitos estão com as lâmpadas queimadas. Aqui nunca vi assalto, mas na passarela em frente ao municipal um amigo já foi assaltado”, afi rmou o vigilante Edil-son Duarte, 32.

A reportagem tentou contato com a Secretaria de Municipal de Infraes-trutura (Seminf), mas até o fi nal desta edição não obteve resposta.

Buracos na Torquato Tapajós

O que é mais encontrado em todas as passarelas é o lixo

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C2 Dia a dia MANAUS, SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015

ZONA AZUL

Apenas 200 ‘fanelinhas’ autorizados

Com a implantação do sistema de estacionamen-to rotativo “Zona Azul”, em Manaus, previsto para come-çar na primeira quinzena de março, apenas 200 dos 600 guardadores de veículos (os “flanelinhas”) vão trabalhar nas 20 ruas dos centro de Ma-naus. Além disso, eles terão o novo sistema de atuação.

De acordo com o presi-dente da Associação dos guardadores de veículos do Estado do Amazonas (Agla-vam), Henrique André dos Santos, a negociação com a companhia que ganhou a licitação para implantar o projeto na cidade, a Consór-cio Amazônia, estabeleceu um processo de seleção para contratar 200 trabalhadores para atuar no primeiro lote do sistema implantado.

Ainda de acordo com Hen-rique Santos, a empresa so-

licitou documentos pessoais dos trabalhadores que te-nham o interesse em in-gressar na empresa. Pediu também atestado de antece-dentes criminais para averi-guação dos candidatos.

Tão logo sejam admitidos,

os “flanelinhas” receberão identificação e uniforme e em seguida passarão por treina-mento para aprender a utilizar as maquinetas de validação do cartão de estacionamento dos usuários do serviço.

Henrique disse que há uma preocupação com os demais guardadores, já que muitos deles estão há mais de 20 anos nesse serviço e a maioria tem pouca ou nenhuma escolaridade.

Ainda conforme o presiden-te da categoria, há atualmen-te cerca de 1,2 mil guardado-res de veículos espalhados em toda a cidade.

O diretor da Consórcio Ama-zônia disse que ainda está sendo concluído o processo oficial entre a empresa e a prefeitura. Ele também re-latou que ainda não há data estabelecida para o processo seletivo dos trabalhadores.

Procurado pelo EM TEM-PO Online, o diretor-presi-dente do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscaliza-ção do Trânsito de Manaus (Manaustrans) informou que voltará do recesso no dia 15 deste mês, quando dará se-quência aos procedimentos do projeto municipal.

Segundo dados da Aglavam, há 1,2 mil guardadores trabalhando no centro de Manaus

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IDENTIFICAÇÃOOs “flanelinhas” rece-berão identificação e uniforme e em seguida passarão por treina-mento para aprender a utilizar as maquinetas de validação do cartão de estacionamento dos usuários do serviço

Alunos da rede pública são destaques no vestibular Dois estudantes de escolas públicas chamaram a atenção na lista dos aprovados para a UEA, divulgada na última quarta

Pela classificação geral das escolas públicas estaduais, a estudan-te da escola estadual

Ruy Alencar, Nayandra Sales Bendaham, 17 anos, foi a pri-meira colocada e está entre os aprovados no vestibular para o curso de medicina pelo Siste-ma de Ingresso Seriado (SIS) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Nayandra atribuiu parte dessa conquista ao ensino proporcionado em sua es-cola. “Estou muito feliz com essa conquista. É sempre uma surpresa e atribuo parte desse resultado para a minha esco-la, além da minha dedicação aos estudos”, destacou a estu-dante, também aprovada para medicina na Universidade Fe-deral do Amazonas (Ufam).

A UEA divulgou, na última quarta-feira (7), o resultado das provas do vestibular e do SIS para ingresso em 2015. No total, foram ofertadas pela instituição, no vestibular, 3.964 vagas para cursos de graduação, sendo 1.224 des-tinadas às unidades da capital e 2.568 vagas para o interior do Estado, além de 172 vagas destinadas aos indígenas.

Para o SIS, a universida-de disponibilizou 2.686 va-

gas, sendo 816 para capital e 1.712 para o interior do estado, além de 158 vagas destinadas aos indígenas.

A gestora da escola Ruy Alencar, professora Jeane Mel-gueiro, informou que a escola contou com a aprovação de um número bastante positivo de estudantes no processo seletivo em áreas de grande concorrência como medicina, odontologia, ciências da com-putação e engenharia.

EscolaDe acordo com Jeane, o tra-

balho realizado pela escola ao longo de todo ano contribuiu para esse resultado. “Nosso ensino tem sido voltado para o vestibular, principalmente por meio de simulados, de modo a preparar nossos alunos para as avaliações que eles farão. Esse resultado é um reconhe-cimento pelo bom trabalho que estamos desenvolvendo, pois o estudante é preparado durante os três anos do ensi-no médio para ter condições ideais de realizar as provas e obter aprovação”, mencionou a gestora Jeane Melgueiro.

A escola estadual Ruy Alen-car está localizada no bairro Nova Cidade, Zona Norte, e o seu atendimento é somen-

te para estudantes do en-sino médio, nos três turnos de funcionamento, contando com 1.350 alunos.

ReconhecimentoOutro destaque na classifi-

cação da UEA foi o estudante da escola estadual Senador João Bosco Ramos de Lima, no bairro Cidade Nova, Zona Norte, Rafael Valente, 18, aprovado em odontologia no SIS e em medicina no vesti-bular. Para o aluno, natural do município de Itacoatiara, que veio para Manaus no ano pas-sado para cursar o último ano do ensino médio, o resultado é um enorme reconhecimento pelo seu esforço e dedicação. “Além da minha dedicação em estudar para o vestibular, in-clusive colocando cartazes com diversas fórmulas nas paredes do meu quarto, tive sorte em encontrar uma boa escola para cursar o último ano do ensino médio, com professores muito compro-missados. Medicina sempre foi o meu sonho e investi nisso a vida toda. Minhas expectati-vas são as melhores. É um novo mundo e quero estudar com muito prazer, muita alegria para, no futuro, contribuir com a sociedade”, comentou.

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Natural de Itacoatiara, Rafael Valente, 18, foi aprovado em odontologia e em medicina

CONCEIÇÃO MELQUÍADES Equipe EM TEMPO ON-LINE

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C3Dia a diaMANAUS, SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015

Estoque de sangue estáno limite na FHemoam Com a falta de segurança necessária, cirurgias agendadas foram adiadas, mantendo apenas as emergências

Após passar o último mês com estoque em níveis críticos - por conta da redução de

comparecimento dos doado-res, em dezembro de 2014, o estoque da Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (FHemoam) estabilizou, mas ainda não atingiu a quantidade de se-gurança necessária.

De acordo com a gerente de captação de doadores, Zélia Frota, para o estoque atingir uma quantidade de seguran-ça, são necessárias doações de 200 a 250 pessoas dia-riamente. “O que ocorreu no final do ano foi uma baixa no estoque que nos preocupou. Nesse momento, o estoque está equilibrando. Tem eleva-do o número de pessoas com a doação de sangue. Nessa parceria, por meio da mídia, as pessoas têm atendido e com-parecido. Precisamos manter o equilíbrio”, afirmou.

Com a baixa de doações no último mês, algumas cirurgias agendadas haviam sido adia-das. “Quando o estoque fica no nível crítico, devemos priorizar as cirurgias de urgência e

emergência em detrimento às cirurgias programadas. Mas não deixamos de atender a rede hospitalar. Temos nos esforçado para atender, a situ-ação toda é o comparecimen-to de doadores para manter um estoque de segurança”, disse Frota.

As doações podem ser feitas

na sede do FHemoam, locali-zado na avenida Constantino Nery, de segunda a sábado, das 7h às 18h. No posto de coleta, na maternidade Ana Braga, no bairro São José, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Empresas ou comunidades podem tam-bém solicitar a unidade mó-vel, pelo (92) 3655-0165 ou

3655-0166. “A unidade móvel é deslocada quando fechamos a campanha. Estamos fazen-do calendário para a segunda quinzena de janeiro. Onde nos convidarem e houver pessoas que queiram se envolver com a causa, iremos”, disse Frota.

DoadoresPodem doar homens e mu-

lheres com idade entre 16 e 69 anos, com peso acima de 50 quilos e com boa saúde. Pede-se que o doador tenha dormido bem na noite anterior para a doação e que não tenha inge-rido alimentos gordurosos, no mínimo três horas antes. Tam-bém é preciso que o candidato apresente um documento com foto. “Estamos convocando a população a nos ajudar a ele-var esse estoque de sangue, para garantir o atendimento as redes de hospitais públi-ca e privada. Independente do grupo sanguíneo, todas as pessoas que quiserem vir serão bem-vindas”, afirmou a gerente da captação de doa-dores, Zélia Frota.

Pessoas com Aids, ou que já tiveram hepatite, sífilis e doen-ças de Chagas são impedidas de fazer a doação. Assim como mulheres grávidas ou que es-tejam amamentando.

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Errata

O jornal Amaozonas Em Tempo informa que publicou, equivocadamente, uma fotografia que mostrava o ônibus da empresa Aruanã Transportes na matéria “Ônibus capota com 40 pessoas”, publicada na edição da última terça-feira, dia 6 de janeiro, no Caderno C2 na editoria Dia a Dia. O ônibus que sofreu o acidente no km 20 da Br -174 pertencia a empresa Amatur.

Cae inam condam dientpes silNam fuidius interfe rnih

As armas e os Barões assinalados Que da Ocident 50 al praia Lusitana Por mares nunca de antes nav 100 egados Passaram ainda além da Taprobana, Em pe 150 rigos e guerras esforçados Mais do que prometi 200 a a força humana, E entre gente remota edifica 250 ram Novo Reino, que tanto sublimaram; Luis de 0300

E também as memórias gloriosas Daqueles Reis q 350 ue foram dilatando A Fé, o Império, e as terra Vivivis M. Gratus ceperdi, es rebem nonvehem faur. Tum, consimi ssimuro potant? quidem unteatus, probuli cienatum

Cae inam condam dientpes silNam fuidius interfe rnih

As armas e os Barões assinalados Que da Ocident 50 al praia Lusitana Por mares nunca de antes nav 100 egados Passaram ainda além da Taprobana, Em pe 150 rigos e guerras esforçados Mais do que prometi 200 a a força humana, E entre gente remota edifica 250 ram Novo Reino, que tanto sublimaram; Luis de 0300

E também as memórias gloriosas Daqueles Reis q 350 ue foram dilatando A Fé, o Império, e as terra Vivivis M. Gratus ceperdi, es rebem nonvehem faur. Tum, consimi ssimuro potant? quidem unteatus, probuli cienatum

‘Período de chuvas não atrapalhará obras’, diz Melo

Mesmo com o período de chuva forte no Estado, o cronograma de obras de infraestrutura, construção e revitalização de escolas e hospitais públicos na ca-pital e interior continuarão como previsto. A confirma-ção veio do próprio gover-nador José Melo, ontem.

Melo assegurou que a manutenção desse planeja-mento e controle dos gastos foi decidida mesmo antes do reajuste nas receitas estaduais ocasionado pela instabilidade econômica do governo federal, em mea-dos do segundo semestre do ano passado.

“A nossa meta é otimizar o custeio, aprimorar o fun-cionamento da administra-ção pública, para aumentar ainda mais a capacidade de investimento do Esta-do. Além do mais, vamos manter as obras em todos os municípios e na Região Metropolitana de Manaus e buscar formas de melho-

rar ainda mais a qualida-de dos serviços públicos”, enfatizou Melo, elogiando o empenho dos operários em manter o andamento das obras dentro do cro-nograma planejado, apesar das chuvas registradas ao

longo desta semana.Hoje, José Melo irá inau-

gurar a estrada do Puru Puru, no município do Ca-reiro Castanho (a 88 quilô-metros de Manaus em linha reta). Os investimentos fo-ram de R$ 17,7 milhões.

Caminhão-cegonha pegafogo com oito veículos

Um caminhão-cegonha, que transportava oito ca-minhonetes de Manaus para Boa Vista, pegou fogo na manhã de ontem, na rodovia federal BR-174, após o pneu traseiro do veículo ter travado na pis-ta. O atrito da roda do caminhão com o asfalto teria provocado o incên-dio, de acordo com a Po-lícia Rodoviária Federal no Amazonas (PRF-AM). Não houve feridos, de acordo com o órgão.

O atrito do pneu com o asfalto gerou fagulha que resultou no incêndio, que atingiu todas as ca-minhonetes que estavam na carroceria. Parte da BR-174 foi interditada no dia de ontem, por duas horas, para remoção dos veículos queimados.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o moto-rista do veículo, ao perce-ber o incêndio, desatrelou o caminhão da parte de trás, deixando apenas a carro-ceria. Os automóveis per-

tenciam à Adaf. Não houve feridos. A própria empresa ficou responsável pela de-sobstrução da via.

PrejuízoO caminhão-cegonha es-

tava transportando sete

Mitsubishis L200 e uma Toyota Hilux que ficaram completamentedestruídos.

Um boletim de ocorrên-cia foi registrado na PRF. A reportagem tentou con-tato com a empresa, mas não obteve sucesso até o final da edição.

BR-174GOVERNO

José Melo anunciou que vai manter cronograma de obras

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VERBAMelo assegurou que a manutenção e contro-le dos gastos foi deci-dida mesmo antes do reajuste nas receitas estaduais ocasiona-do pela instabilidade econômica do governo federal, em 2014

IVE RYLOEquipe EM TEMPO

Quando o estoque fica no nível crítico, devemos priorizar as cirurgias de urgência

e emergência em detrimento as cirur-gias programadas

Zélia Frota, gerente de captação de doadores

Para normalizar o estoque da FHemoam, é necessário pelos menos 200 doadores por dia

Jovem é preso suspeito deser traficante de drogas

A Polícia Civil do Amazonas, por meio da equipe de investi-gação do 20° Distrito Integra-do de Polícia (DIP), prendeu, na tarde de hoje (8), Lucas Lima Vieira, 18, o “Luquinha”, após denúncias contra ele por tráfico de drogas ao número 181 da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-AM). Ele foi preso com porções

de pasta-base de cocaína na própria residência, localizada na rua Praia do Areal, Parque Rio Solimões, bairro Tarumã, na Zona Oeste de Manaus.

A equipe encontrou três porções de aproximadamen-te 200 gramas de pasta-base de cocaína, que estavam no armário e em outros cômodos da casa, além de R$ 75.

POLÍCIA

Aproximadamente 200 gramas de cocaína foram apreendidas

DIVULGAÇÃO

ERRATAO jornal Amazonas EM TEMPO infor-

ma que publicou, equivocadamente, uma fotografia que mostrava o ônibus da empresa Aruanã Transportes na matéria “Ônibus capota com 40 pessoas”, publica-da na edição da última terça-feira, dia 6 de janeiro, na página C2, caderno Dia a dia. O ônibus que sofreu o acidente no km 20 da BR-174 pertencia à empresa Amatur.

ACIDENTEO atrito do pneu com o asfalto gerou fagu-lha, que resultou no incêndio, que atingiu todas as caminhonetes que estavam na carro-ceria. Não houve feri-dos, segundo a Polícia Rodoviária Federal

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C4 Dia a dia MANAUS, SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015

Retirada de tumor raro naFCecon é destaque no país Procedimento cirúrgico complexo foi tema de um artigo na “Revista Brasileira de Cancerologia”, que é referência nacional

A Fundação Centro de Controle de Onco-logia do Estado do Amazonas (FCecon),

órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (Susam), ganhou destaque nacional, mais uma vez, na “Revista Brasileira de Cancerologia”, com artigo sobre um proce-dimento cirúrgico complexo, realizado pela equipe do Ser-viço de Cirurgia Pélvica da instituição, para a retirada de um tumor raro em paciente oncológico de 52 anos, do sexo masculino.

A cirurgia resultou na cura do paciente, que atualmente faz apenas acompanhamen-to no hospital, considerado referência no diagnóstico e tratamento do câncer na Amazônia Ocidental.

O artigo foi publicado na edição de número 54 da re-vista trimestral da Socieda-de Brasileira de Cancerologia (SBC), vinculada à Associação Médica Brasileira (AMB), e contou com a colaboração do chefe do Núcleo de Onco Uro-logia do A.C. Camargo Cancer Center, de São Paulo, hospital de referência no país.

Conforme o diretor-presi-dente da FCecon, Edson de Oliveira Andrade, o desta-

que demonstra a evolução da equipe cirúrgica da insti-tuição, que tem emplacado, nos últimos anos, relevan-tes trabalhos em publica-ções de renome nacional e até internacional.

“Esses artigos acabam contribuindo não só com a categoria médica, mas com a área da saúde em geral, uma

vez que são utilizados como referência no desenvolvimen-to de novos trabalhos, o que fortalece não só a assistência para o paciente, mas também para a área científica”, expli-cou Andrade.

CirurgiaA ressecção estendida de

períneo (retirada de tumor localizado na base da pelve)

foi realizada, em 2014, por quatro cirurgiões da FCecon: Marco Antônio Ricci, Ênio Lúcio Coelho Duarte, Higíno Felipe e a doutora Fumiê Ishi-zawa. O procedimento teve a duração de quatro horas.

De acordo com Marco Ric-ce, tratava-se de um caso raro de lipossarcoma des-diferenciado em períneo – tipo de tumor que se de-senvolve nos músculos, pele e tecido gorduroso.

Ele explica que além da cirurgia, o paciente foi sub-metido a algumas sessões de radioterapia. O tratamen-to associado durou cerca de seis meses. O tumor retirado tinha aproximadamente 12 centímetros, tamanho con-siderado grande para a área onde estava localizado.

“A publicação na revista de cancerologia leva em con-sideração fatores como a complexidade do caso e da cirurgia a qual o paciente é submetido. No caso desse pa-ciente, a única possibilidade de tratamento era a cirúr-gica e, após uma avaliação criteriosa, decidimos pela realização do procedimen-to, que foi bem-sucedido”, destacou o cirurgião Marco Antônio Ricci.

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O paciente, que ficou curado após a cirurgia, continua fazendo acompanhamento do FCecon

EQUIPEA ressecção estendida de períneo (retirada de tumor localizado na base da pelve) foi realizada por quatro cirurgiões: Marco An-tônio Ricci, Ênio Lúcio Duarte, Higíno Felipe e Fumiê Ishizawa

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C5Dia a diaMANAUS, SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015

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C6 País MANAUS, SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015

Estados têm dificuldades com o piso de professoresReajuste do piso salarial impacta a folha de pagamento dos Estados brasileiros. Alguns dependem de ajuda da União

Os secretários não negam a importância do piso, es-sencial para a valorização dos docentes e também para o cumprimento do Pla-no Nacional de Educação, que estabelece prazo de 6 anos para a equiparação do salário dos professores

ao dos demais profissionais com escolaridade equivalen-te. Atualmente, o rendimento médio dos docentes repre-senta aproximadamente 60% dos salários médios dos demais profissionais.

“O piso foi uma conquista importante da educação bra-

sileira. Eu não tenho a menor dúvida de que a melhoria da qualidade da educação básica passa pela valoriza-ção do professor”, destaca o secretário de Educação do Espírito Santo, Haroldo Rocha. O Estado não cumpre o piso para os professo-

res com formação de nível médio. Segundo ele, são 80 docentes nessas condições. O valor do vencimento inicial para a formação é R$ 579,26 por uma jornada de 25 horas. Para cumprir a lei, mesmo antes do ajuste, o valor seria R$ 1.060.

Reajuste é forma de valorizar docentes

Os Estados bra-sileiros relatam dificuldades para cumprir o novo

piso salarial dos professo-res em 2015. O valor passou de R$ 1.697 em 2014 para R$ 1.917,78, um reajuste de 13,01%, acima da inflação e superior, conforme o Conse-lho Nacional de Secretários de Educação (Consed), à re-ceita do Fundo de Manuten-ção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Va-lorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

O secretário de Educa-ção do Rio Grande do Sul, Vieira da Cunha, disse que o cumprimento da medida depende de ajuda federal.

“Eu disse ao próprio mi-nistro que não haverá saída para o pagamento do piso, dadas as condições finan-ceiras do Estado, sem o apor-te de recursos federais”, ob-servou, em visita à sede do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers-Sindicato).

O Estado é um dos que não conseguem cumprir a Lei do Piso (lei 11.738/2008), que estabelece que o valor mínimo deve ser pago no vencimento e não com gra-

tificações ou complemen-tações, como é feito no Rio Grande do Sul.

O Estado não está sozinho. “Como o reajuste tem sido superior à receita do Fundeb, a conta em algum momento não vai fechar. Há Estados

e municípios que ultrapas-saram, com o pagamento da folha, o valor do Fundeb. Tivemos um ano bastante difícil”, explica o presiden-te em exercício do Con-sed, Eduardo Deschamps, secretário de Educação de Santa Catarina.

O Estado, segundo ele, discutirá, a partir da se-mana que vem, o impacto do reajuste do piso nos de-mais salários, com oplano de carreira.

AUMENTOSO piso salarial subiu de R$ 950, em 2009, para R$ 1.024,67, em 2010, e R$ 1.187,14, em 2011. Em 2012, o valor era R$ 1.451. Em 2013, o piso passou para R$ 1.567 e em 2014 para R$ 1.697

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Estados como Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Santa Catarina, por exemplo, têm dificuldade em cumprir a lei 11.738/2008

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C7MANAUS, SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015 País

ACRE

Enchentes preocupam governoO governo do Acre promoveu

reunião ontem, com dirigentes da Secretaria Nacional de Pro-teção e Defesa Civil (Sedec), da Defesa Civil do Estado e da capital, além de outros ór-gãos de governo para discutir formas de atuação em caso de enchente dos rios Acre e Madeira. O objetivo é cons-truir uma força-tarefa para lidar com os desafios e danos ocasionados pelas cheias.

No encontro, a vice-governa-dora Nazaré Araújo destacou a necessidade de planejamento, entre as medidas preventivas, e falou da preocupação gover-namental, do ponto de vista econômico, quanto ao acolhi-

mento de desabrigados e de reconstrução das cidades, em caso de enchentes. “Todo o planejamento estratégico do governo visa a minimizar danos para que a população tenha todo o atendimento básico ne-cessário” disse ela.

Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros do Acre, coronel Carlos Gondim, o planejamento em conjunto é de suma importância, pois “o plano reúne diretrizes de todos os órgãos envolvidos com missões estratégicas (de combate) a situações de cala-midade pública que o estado possa encontrar com as cheias. O planejamento é estratégico

e o somatório das forças dará fluxo à dinâmica do trabalho que pretendemos realizar”.

Na última segunda-feira (5), o nível do Rio Madeira estava em 13,98 metros, considerado normal para o período. Em abril do ano passado, o nível do rio atingiu a cota máxima de 19,74 metros, causando en-chente, a maior registrada na região desde 1997, causando prejuízos aos estados do Acre, Rondônia e Amazonas.

Para o meteorologista Luiz Alves, do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), existe previsão de cheia para o Rio Madeira, mas nada comparado à cheia de 2014.

No ano passado a cheia do rio Madeira deixou a capital e várias cidades do Acre submersas

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Presídio abriga festas e fábrica de cachaça em PECom direito a jogos de luzes, detentos promoviam farra dentro de uma das unidades do Complexo do Curado, em Recife

No mesmo dia em que um secretário de Estado pediu demissão após a

divulgação de imagens de presos brigando no Comple-xo Penitenciário do Curado, no Recife, um novo vídeo mostrou detentos fazendo festas com jogo de luzes e a fabricação de cachaça dentro do mesmo presídio.

O secretário-executivo de Ressocialização de Pernam-buco, Humberto Inojosa, dei-xou o cargo na quarta-feira (7), antes da veiculação do novo vídeo pelo “Jornal Na-cional”, na TV Globo.

Nas novas imagens, os presos aparecem circulando portando facas e celulares, consumindo drogas e fabri-cando cachaça artesanal. Pela quantidade de baldes dá para ver que a produção é farta.Também é possível observar que algumas celas possuem aparelhos de TV, ventiladores, geladeira.

Outros detentos são mostra-dos em momentos de diversão: participando de uma festa com música eletrônica dentro de uma cela e jogando videogame.

Parte dos presos também aparece preparando mate-rial de construção para er-guer “puxadinhos” em cima das celas. Dezenas de es-cadas são usadas por quem mora na parte de cima.

ComércioEm outro pavilhão, são

mostradas imagens com o comércio de alimentos e de material de limpeza. Um ovo custa R$ 1. Um interno que vende picolé anuncia o pro-duto em alto e bom som.

Parte dos detentos tam-bém ganha dinheiro traba-lhando como barbeiro nos corredores do presídio.

A reportagem da TV Globo ainda exibiu a entrevista de um ex-detento que cumpriu pena por assalto até o ano passa-do. Ele afirma ser fácil adquirir drogas dentro do presídio, ale-gando que “todo pavilhão tem fornecedor”.

“(Quando o detento não consegue pagar) Muitas ve-zes ele morre, fica aleijado.

Perde um braço ou a vida”, disse o ex-detento, que não quis se identificar.

Novos presídiosA Secretaria-executiva de

Ressocialização de Pernam-buco foi procurada pela re-portagem da Folha de São Paulo, mas não comentou o assunto, alegando que o novo gestor da pasta ainda não foi empossado.

Em entrevista à imprensa local, o secretário estadual de Justiça e Direitos Huma-nos de Pernambuco, Pedro Eurico, afirmou que novos presídios serão construídos e prometeu intensificar as revistas dos presos.

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Complexo do Curado é um dos principais presídios de Pernambuco e opera acima da capacidade

REVISTAEm uma revista realiza-da na quarta, policiais do Choque e de outros batalhões da PM re-colheram, num único pavilhão, 58 facões, 56 facas, 14 celulares, além de cachaça artesanal, maconha e crack

Na última segunda-fei-ra (5), outro vídeo exibido pela TV Globo mostrava uma briga entre detentos armados com facas no mesmo presídio.

Na quarta-feira, Humberto Inojosa, que estava havia três meses no cargo, pediu demis-são. Assumiu o lugar dele o coronel refor-mado da Polícia Militar Éden Vespaziano.

A crise também mo-tivou a realização de uma revista em um dos pavilhões na quarta-fei-ra. Foram apreendidos 58 facões, 56 facas, 14 celulares, cachaça arte-sanal, cola de sapateiro, maconha e crack.

Os muros de prote-ção do complexo não têm sido suficientes pra evitar a entrada de drogas, armas e ce-lulares nos presídios.

Apesar da colocação de tela pra aumentar a difi-culdade, são comuns os arremessos de pacotes por cima do paredão.

O Complexo Prisional do Curado é formado por outros três presídios e abriga 7.000 presos. A unidade, contudo, tem capacidade para apenas 1.800 pessoas.

Crise motivou demissão

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C8 Mundo MANAUS, SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015

Nove pessoas são presas e suspeitos são localizadosCaçada aos irmãos Chérif e Said Kouachi se concentra em uma região francesa, nas proximidades da fronteira com a Bélgica

Um dia após o ataque terrorista contra o jornal “Charlie Heb-do” em Paris, o clima

na França é de apreensão e luto. Na manhã desta quinta-feira, uma policial municipal foi morta a tiros em Montrouge, na Zona Sul de Paris, depois de um indivíduo usando colete à prova de balas ter disparado com fuzil contra a agente. A polícia, entretanto, não relacionou o incidente diretamente com o ataque. O autor dos disparos conseguiu fugir. Entre a noite de quarta-feira e ontem foram registrados diversos ataques contra locais de culto e res-taurantes frequentados pela população islâmica nas cida-des de Mans e Villefranche sur Saône, sem deixar vítimas.

Para evitar que um clima de histeria provoque mais violên-cia, o presidente francês, Fran-çois Hollande, convocou seus compatriotas a “se unirem”. A segurança foi reforçada em locais de grande circulação de pessoas, e um total de 88 mil agentes foram acionados.

Os irmãos Chérif e Said Kou-achi, de 32 e 34 anos, identi-ficados pela polícia como os supostos autores do ataque, estavam sendo vigiados e in-vestigados pela polícia, segun-do informou nesta quinta-feira o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, à rede RTL. Valls destacou que os dois eram “conhecidos” e “vigiados”, as-sim como centenas de outros suspeitos, mas que “não exis-te risco zero”. As autoridades chegaram a eles depois que foi encontrada a identidade de Said dentro de um veículo abandonado após o ataque junto com explosivos.

O primeiro-ministro dis-se ainda que várias pessoas – nove, segundo a polícia – já foram presas em conexão com as investigações do ataque. Mais de 3 mil policiais partici-pam da operação para prender

os irmãos Kouachi, que teriam sido avistados na manhã desta quinta em um posto na região de Villers-Cotterets, no norte da França - próximo à Bélgica. Um funcionário do local afir-mou ter reconhecido os suspei-tos, que estavam viajando em direção a Paris em um veículo Renault Clio cinza, com fuzis e lança granada. A operação se estendeu por uma área de 20 quilômetros quadrados, se-gundo o Governo.

O terceiro homem procurado pela polícia, Hamyd Murad, de 18 anos, entregou-se à polícia na noite de quarta-feira em uma delegacia de Charleville-Mezères, a 230 quilômetros ao noroeste de Paris. De acordo com a polícia, Murad seria cunhado de um dos irmãos Kouachi. Sua foto não foi dis-tribuída pelas forças de segu-rança. A polícia, porém, ainda não formulou as acusações

formais contra o jovem.Chérif Kouachi, que tam-

bém usa o nome Abu Issen, era monitorado pela polícia desde 2008, quando foi con-denado a três anos de prisão por pertencer a uma célula de captação de supostos jihadis-tas. Ele e seu irmão Said nas-ceram na França. As autori-dades francesas divulgaram as fotos dos dois suspeitos e pediram a colaboração da população, com o alerta de que os dois homens “estão armados e são perigosos”.

INVESTIDASO “Charlie Hebdo”, um símbolo emblemático da liberdade de impren-sa na Europa, recebia ameaças contínuas des-de que publicou cari-caturas de Maomé, em 2006, além de ser alvo de atentado em 2011

Chérif Kouachi, o mais novo dos irmãos, era um jovem fã de rap até que cruzou com Farid Benyettou, que o apresentou à rede jihadista Buttes-Chau-mont e o convenceu a viajar ao Iraque. Em 2005, quando Chérif mudou de nome para Abu Issen, estava prestes a tomar um voo para Damasco,

foi preso e ficou detido por um ano e meio.

Quando foi liberado, come-çou a trabalhar na peixaria de um supermercado. No julga-mento, realizado em 2008, foi condenado a três anos de detenção, mas não chegou a cumprir porque foi desconta-do o tempo que passou em

prisão preventiva.Dois anos depois, foi proces-

sado novamente, acusado de colaborar na fuga de Smain Ait Ali Belkace, um ex-membro do Grupo Armado Argelino (GIA), condenado à prisão perpétua por um atentado em 2002, no metrô de Paris, que deixou 30 feridos. “Era um aprendiz de

perdedor, um garoto de reca-dos com um boné, que fumava haxixe e entregava pizzas para comprar drogas. Um cara sem noção que não sabia o que fazer com sua vida, e que um dia encontrou pessoas que o fizeram se sentir importan-te”, conta seu ex-advogado, Vincent Ollivier.

Polícia monitorava um dos envolvidos

Integrantes da colônia francesa e funcionários do Consulado da França em São Paulo fizeram ontem, um minuto de silêncio em homenagem às 12 vítimas do atentado em Paris, con-tra o jornal “Charlie Heb-do”. Segundo o cônsul-ge-ral Damien Loras, houve homenagens na França e nas colônias francesas no exterior como forma de se

solidarizar com as vítimas e seus parentes.

“Os terroristas quiseram atingir valores da França, mas, diferentemente do que buscavam, criaram uma reação de união e solidariedade”, disse Lo-ras, após manifestação na avenida Paulista, região central da capital.

Apesar de admitir que o ataque foi um “grande

choque”, Loras ressaltou que é importante não ce-der ao pânico. “Não temos medo, mas temos de ficar vigilantes para garantir a segurança da comunidade francesa na França e no exterior”, afirmou.

O cônsul pediu, ainda, que os brasileiros que estão na França ou têm planos de ir ao país mantenham suas viagens.

Colônia faz homenagem em SP

Fotos dos irmãos Chérif e Said foram divulgadas na quarta-feira à noite. Terceiro suspeito se entregou à polícia e alega inocência

Homenagens aos 12 mortos na tragédia de Paris ocorrem em várias partes do mundo

Os sobreviventes do jor-nal decidiram demonstrar que o “Charlie Hebdo” está ferido, mas não morto. Os poucos sobreviventes vão fazer um esforço para não faltar na próxima quarta-feira ao encontro com seus leitores e, para isso, contam uma vez mais com a ines-timável ajuda de um jornal irmão em ideologia, o “Li-bération”, debilitado por um

recente ajuste de quadros, no qual perdeu um terço de sua equipe. Foi também esse jornal que acolheu a re-dação do semanário satíri-co quando suas instalações foram destruídas por um coquetel molotov em 2011. Foi um ataque ocorrido após a publicação de novas ca-ricaturas de Maomé e do islamismo radical.

O “Charlie Hebdo”, bem

como muitos órgãos de imprensa, atravessa uma grave crise financeira que o falecido diretor Stéphane Charbonnier, o Charb, pre-tendia aliviar recolhendo mais doações e ampliando seu modesto número de as-sinantes - apenas 13 mil. Com uma tiragem de 50 mil exemplares e sem publicida-de, as finanças do semanário estão desequilibradas.

Publicação sairá na quarta-feira

Morto no atentado, Charb segura uma das capas polêmicas da revista, satirizando islamitas

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