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Primavera/Verão 2013 N° 5 Primavera/Verão 2013 http://embaixada-angola-marrocos.org Boletin oficial da Embaixada de Angola em Marrocos Manuel Aragão condecorado Comendador Wissam Al Alaoui Manuel Aragão termina missao em Marrocos

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Embaixador n° 5 primavera verão 2013 - Boletin oficial da Embaixada de Angola em Marrocos

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Primavera/Verão 2013

N° 5 Primavera/Verão 2013

http://embaixada-angola-marrocos.org

Boletin oficial da Embaixada de Angola em Marrocos

Manuel Aragão condecorado Comendador

Wissam Al AlaouiManuel Aragão termina missao em Marrocos

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Primavera/Verão 2013

FICHA TECNICA

EdiçãoEmbaixada da República de Angola no Reino de Marrocos, Sector de ImprensaDirector da EdiçãoAlexandre AndradeEditorAmélia CondeRedacção; DisignMohammed ElgnaouiTraductorLahcen El moutaqi

Embaixada da República de Angola no Reino de Marrocos Telef : 002120537659239Fax : 00212 0537653703Fax S.E : 00212 0537659238BP : 1318Adresse : 53, Rue Ahmed RIFAI, Souissi- Rabat – MarocE-mail : [email protected]: http://embaixada-angola-marrocos.org

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Primavera/Verão 2013

Hoquei em patinsAngola sede Mundial do Hoquei em Patins 2013 4

Internacional

Papa Francisco e as Jornadas mundiais da Juventude, Rio 2013 17Influência angolana nos EU 20

Africa

Reflexão sobre a criança africana 18Jubileu Africano celebrado com Livro de angolano 19Angola assina Declaração da Organização de Unidade Africana 19Reflexão sobre o papel da mulher africana na sociedade 22

Diplomacia

Manuel Aragão condecorado Comendador Wissam Al Alaoui 23José Eduardo dos Santos destaca desempenho da CGG 24Angola acolhe próxima cimeira ordinária da CIRGL 26Representantes da Bacia do Atlântico recebidos pelo Chefe de Estado 27Príncipe Harry visitou Angola e falou da cooperação 27

Economia

Angola supera Nigéria na produção de petróleo 28Angola lidera investimentos no sector bancário em África 28IMPA desenvolve canal fluvial no sul de Angola 29Investimento privado atingiu 2,9 mil milhões USD em 2012 29

PolíticaAngola candidata a país de rendimento médio 30Reconhecimento a José Eduardo dos Santos 32

Sociedade

A paz melhora os serviços em Angola 33Estado investe trezentos mil milhões de kwanzas em programas energéticos 38Angola quer autononia tecnologica e cria satelite proprio 39Criador angolano apresenta Máquina de lavar com controlo remoto 40

Comunidade

Secretario Geral da Associação de Estudantes Angolanos em Marrocos termina Mestrado 41

Cultura

Angola quer transformar a cultura em factor de desenvolvimento 43Mercado do artesanato pronto para acolher turistas 45Angola escolhida para eleger as 7 maravilhas do Mundo 46Luanda acolhe em Novembro o Festival Internacional de Cinema 47

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Primavera/Verão 2013Hoquei em patins

Angola participa nos campeonatos do mundo des-ta modalidade desde 1982 e tem estado sempre nos 10 primeiros classificados no ranking mundial.

O presidente do Comité Internacional de Hóquei em Patins, Harro Strucksberg, visitou recentemente os pavilhões de Luanda e do Namibe e considerou satisfatório o grau de obras.

Nesta 41ª edição do Mundial, Angola vai competir no Grupo C, juntamente com Portugal, Chile e África do Sul. A Espanha, campeã em título, encabeça a Série A, ao lado do Brasil, da Áustria e da Suíça. A Argentina, França, Alemanha e Inglaterra integram o Grupo B, enquanto a Série D é composta pela Colômbia, EUA e Moçambique.

Angola sede Mundial do Hóquei em Patins 2013Angola acolhe por primeira vez em Africa

o mundial de Hoquei em patins De 20 a 28 de Setembro de 2013, a nata mundial de hóquei em patins

vai desfilar nas cidades angolanas de Luanda e Namibe.

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Primavera/Verão 2013Hoquei em patins

Calendario dos jogos

Credenciamento dos Jornalistas Nacionais e Estrangeiros

www.mundialhoqueiangola2013.com

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Mobilização juvenil

Para garantir maior participação de turistas e desportistas, o executivo garante baixos pre-

ços dos hotéis nas cidades de Luanda e Na-mibe, sedes do 41º campeonato do mundo de hóquei em patins. A redução vai na ordem de 30 por cento em véspera e durante o even-to, afirmou, em Luanda, Pedro Azevedo, Vice-coordenador da Comissão Executiva.

Hotéis com redução de 30% durante o Mundial

Segundo a fonte, o mesmo será observado igualmente com a redu-ção das taxas dos bilhetes de pas-sagens na companhia aérea angola-na TAAG.

Abordando o assunto sobre a preparação do Mundial, Pedro Aze-vedo disse que o Comité Organizador do campeonato chegou a acordo com as direções de várias unidades hoteleiras da capital angolana para a bonificação dos valores no período de 15 a 30 de Setembro.

Foram seleccionados o Hotel Skina, o Centro de Convenções de Talatona, Victória Garden (em Luanda) e Chik-Chik, este último da província do Namibe.

Pedro Azevedo, Vice-coordenador da Comissão Executiva

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Quatrocentos e 21 jovens foram mobilizados para as diferentes tarefas a desenvolver na ci-dade – sede do Namibe, ligadas à organização do campeonato do mundo de hóquei em patins. Anunciou o líder juvenil à saída de reunião com governador provincial, Rui Falcão.

Falando em nome das 20 associações juvenis da província, o presidente do Conselho Provin-cial da Juventude do Namibe, António Vidigal, disse que os jovens vão ocupar-se voluntaria-

mente de tarefas como guias turísticos, tradu-tores e do asseguramento.

A Juventude Ecológica irá promover acções

que visam a manutenção da higiene e limpe-za da cidade e a conservação dos valores am-bientes.

“A postura dos fortes é apresentar soluções”,

disse o governador em gesto de agradecimento pelo envolvimento dos Jovens.

Mobilização juvenil

Namibe mais de 400 jovens mobilizados para Mundial

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Patins fazem moda na baixa Luanda

“Antes não havia espa-ços; agora é diferente, há o espaço na Marginal e os campos comunitários nos bairros”, frisou Quintilião João, opera-dor de telecomunica-ções de 37 anos de

idade, residente no

Prenda, que aos fins de semana leva os dois filhos (de 9 e 6 anos) a patinar na Marginal.

Da mesma opinião é o

antigo atleta do Sporting de Luanda Rogério Bandeira, que todos os finais de se-

mana leva o filho a patinar. Para ele, a remodelação da baixa de Luanda foi um grande ganho para juven-tude e não só, e é o principal incentivo para prática dos desportos.

“Não só os patins, agora é notória a afluência

de utilizadores de bicicletas, skates, o que não acontecia há muito tempo. Os locais para lazer aumentaram e com eles o número de prati-cantes. Aqui poderão sair ciclis-tas ou patinadores” salientou.

Os praticantes e encarregados

de educação sugerem a criação de escolas onde as crianças possam

aprender a patinar e fazer carreira. A modalidade atrai a meninas e ra-pazes, ou ainda homens e mulheres que dispu-tam em igualdade de circunstâncias.

A disputa do mundial de hóquei e a concomitante criação de espaços de lazer estimulou a apetência pela patinagem entre a população. A marginal de Luanda passou a ser o

espaço prefe- rido para pratica dessa modalidade.

“Meu marido e eu viemos aos domingos com o nosso filho para ele an-dar de patins, mas vendo tanta gente fiquei curiosa e agora quero aprender”, explicou, Glória Santos, de 32 anos de idade, realçan-do que parece divertido.

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A província é situada à sudoeste de Angola e tem a capital com o mesmo nome. Confinada pelo oceano Atlântico (a oeste), pela Namíbia

(a sul) e pelas províncias angolanas de Benguela (a norte), Huíla (a este) e Kunene (a sudeste), a provín-cia do Namibe tem uma superfície de 57 091 km2

e uma população estimada em 168 000 habitantes, constituída na sua maioria pela étnia Mucubal.

Com um clima semiárido, as populações concen-traram-se sobretudo na costa litoral, nas localidades de Namibe, Tômbua e Baía dos Tigres. A sul da província, encontra-se o deserto de Namibe que se estende até ao nordeste da África do Sul e que tem um comprimento de perto de 1500 km e uma largura variável entre 50 a 150 km.

A região de Namibe foi descoberta por Diogo Cão, em 1485, realizando-se a primeira exploração ter-ritorial apenas em 1785, pelo General de Angola, José de Almeida Vasconcelos Soveral e Carvalho,

Barão de Moçâmedes. O seu povoamento começou por volta de 1839, mas, de facto, só se considerou a chegada dos primeiros colonos, com a instalação de portugueses que iam ao Brasil em 1849. Nessa altu-ra, a cidade principal foi denominada Moçâmedes (em consideração ao explorador da região), nome que pre-

valeceu até à data da independência de Angola, sendo então substituído por Namibe, devido à proximidade com o deserto de Namibe.

Namibe

Conheça as cidades do Mundial do Hoquei 2013

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Economia NamibeA província assenta as suas actividades essen-

cialmente na agro-pecuária, pesca e nas in-dústrias derivadas. Na área da agricultura, salienta-se a produção de oliveira, vinha, mandioca, batata-doce, melão, melancia, massango, milho, massambala, fei-jão, tabaco, café, algodão e citrinos.

O gado típico é o bovino, caprino e ovino. O sector pesqueiro é um dos mais importantes do país, consti-tuindo cerca de 65% da actividade nacional. Este sec-tor apresenta algumas infra-estruturas de pesca arte-sanal e industrial que, no entanto, precisam de apoios para o seu desenvolvimento e a sua reabilitação.

Quanto aos minerais, a região é abundante em cobre, gesso, mercúrio, zinco, cobalto, crómio, titânio, talco, berilo, pirocloro, apatite e quartzo e, relativamente às matérias rochosas, destaca-se gnaisse, mármore, xistos, granito e calcário.

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Namibe foi a província angolana menos afectada pela guerra colonial e civil. No entanto, a província ne-cessita de reabilitar e melhorar não só as infra-estruturas de comunicação e comerciais, como os portos, o Caminho de Ferro de Moçâmedes, as estradas, as telecomunicações, bem como as redes eléctrica, escolar e de saúde.

A paisagem natural é muito diversificada (orla marítima, savana, deserto) e apresenta vários interesses turísticos: as igrejas de Santo Adrião, São Tiago, Nossa Senhora de Fátima, Nos-sa Senhora do Rosário; as fortalezas de São Fernando e de Kapangombe; a Serra da Leba, conhecida por Morro da Chela; o Parque Nacio-nal do Iona (com 15 150 km2); as praias Amélia, Azul e Baba, o habitat da Welwitschia Mirabilis, uma espécie botânica endémica (única no mun-do), que simboliza a resistência e a sobrevivên-cia das espécies vegetais e animais no deserto. Quanto a esta espécie vegetal, é de salientar que, a planta foi identificada por F. Welwitsch, em 1859.

É constituída por apenas duas folhas largas e planas, que se dividem em tiras e que podem al-cançar 9 metros de comprimento, sendo por isso

conhecida como «polvo do deserto». A planta sobrevive bem às duras condições do deserto, absorvendo água do lençol freático através da sua raiz com 40 metros. A longevidade da Welwitschia Mirabilis é tão grande que se calcula que alguns exemplares mais antigos tenham 2000 anos.

Welwichia Mirabilis Planta característica do Namibe

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Luanda

A actual Luanda foi fundada em 1576, pelo capitão Paulo Dias de Novais, primeiro go-vernador de Angola. Cedo se desenvolveu uma povoação para a qual se dirigiram vários comerciantes interessados no tráfego de escravos. Em 1605, apesar de não possuir qualquer fortificação ou feitoria, a povoação foi elevada a cidade. Em 1641, ficou sob o domínio dos holandeses, sendo recupera-da, em 1648, sob o comando de Salvador Correia de Sá, que lhe atribuiu o nome de S. Paulo da Assunção de Luanda.

Nos séculos XVII e XVIII, foram construí-

das várias fortificações, como a Fortaleza do Morro de S. Miguel, a de São Pedro da Barra, o Forte de São Francisco do Penedo, o de N.ª S.ª da Guia e o de São António.

Durante os séculos XVIII, XIX e XX, a urbe conheceu um grande desenvolvi-mento na arquitectura civil e religiosa de que são exemplo os palácios do antigo Governo-Geral, o Paço Episcopal e a Igre-ja do Carmo. Com o progresso da cidade, surgiu também a imprensa, aparecendo, em 1856, o primeiro órgão de comunica-ção, Aurora.

História e Monumentos

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No século XX, foram criadas instituições públicas de relevo, como o Museu de Ango-la (1938), o Instituto Angolano de Educação e Serviços Sociais (1962) e os Estudos Ge-rais Universitários (1962), que foram subs-tituídos pela Universidade, em 1968. Após a independência, em 1975, Luanda tornou-se a capital do país e conheceu um grande afluxo populacional, devido à guerra civil, acentuada no interior do país, entre os diversos partidos políticos de Angola.

No início de 2002, com o fim da guerra civil, Luanda começou a recuperar o esplendor do passado, retomando o caminho do progresso e do desenvolvimento.

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EconomiaLuanda é a maior cidade de Angola e um importante

centro comercial e industrial. Os principaís produtos agrícolas da região, que fomentam a economia local, são: mandioca, milho, amendoim, feijão, batata-doce e banana. A partir do moderno porto de Luanda, expor-ta-se essencialmente petróleo, café, diamantes, ferro e produtos piscatórios.

A actividade pesqueira, apesar de artesanal, constitui uma importante fonte de rendimento para a população local. Estão ainda a decorrer projectos de reabilitação da rede ferroviária da província (538 km) para facilitar o escoamento das mercadorias e acelerar a mobilidade das populações. Para além disso, a cidade está servida com o maior

aeroporto internacional do país, sendo a TAAG - Linhas Aéreas de Angola, a transportadora aérea nacional.

Os sectores do emprego, da habitação e da higiene sanitária são as áreas mais problemáticas da provín-cia. Para inverter esta situação, o Governo tem pro-curado criar parcerias com outros países para que o investimento estrangeiro acelere o desenvolvimento socio-económico.

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Para além da hospitalidade do seu povo e da ri-queza da sua história, a provín-cia de Luanda tem vários locais turís-ticos de interesse: a baía do Mussulo, a sul de Luanda, onde se encontra o Museu da Escrava-tura e a exótica ilha também designada Mussulo; a Barra do Kwanza (junto ao maior rio ango-lano - o Kwanza), da qual se destaca a praia das Palmei-rinhas (ideal para a prática de surf) e o Miradouro da Lua, com uma insólita paísagem; o Par-que Nacional da Kissama (a 70 km a sul de Luanda), que está a ser repovoa-do com fauna ori-ginal, após séculos de matança.

Aspectos Turísticos e Curiosidades

Cultura e ArtesA nível cultural, destaca-se o

papel da União de Escritores Angolanos na difusão e pro-moção da cultura e da litera-tura do país. Várias figuras de renome nacional e das mais diversas áreas são naturais de Luanda, como Óscar Ri-bas, John Bella, Viteix, Filipe Mukenga, Ondjaki e outros.

As artes tamém merecem uma atenção especial com vários museos onde são feitas exposições de criadores na-cionais, a praça do artesanato onde são vendidos dos mais variados productos desde as telas de pintura ao artesana-to.

É com este meios que que-recemos receber os nossos turistas para o mundial de hóquei em patins.

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ar R

ibas

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O pavilhão do Namibe com três mil lugares foi o que primeiro terminou, o de Luanda com capa-cidade 12 mil lugares fica pronto um més antes da competição.

O presidente da Federação destacou a quali-dade do pavilhão de Luanda, referindo que estará ao mesmo nível dos recintos de referência, citando como exemplo o do Barcelona, FC Porto e Benfi-ca.

Um terceiro pavilhão está a ser erguido em Ma-lanje, com capacidade para três mil lugares, para albergar a 12ª edição do Torneio Internacional José Eduardo dos Santos, (decorre entre de 19 a 25 de Agosto).

O sorteio da prova, que será disputada pela primeira vez em África, foi realizado a finais de Junho, por ocasião da última visita dos inspectores do Comité Internacional Rink Hockey.

Pavilhões

de Hoquei

em patins

A construção dos dois pavilhões que vão albergar a 41ª edição do Campeonato do Mundo em hóquei em patins em Angola está praticamente concluída, informou

o presidente da Federação Angolana, Carlos Alberto Jaime.

Hoquei em patins

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Varios momentos marcaram a festa, a visita do Papa ao hospital S.Francisco de Assis vocacionada à assistência de dependentes químicos, a via sa-cra na sexta-feira, 26/07 com uma apresentação de vários figuras da Televisão brasileira, de fieis que deram o seu testemunho de vida, a vigília no sába-do, 27/07, com testemunhos de jovens convertidos e bem sucedidos graças ao encontro com Deus, a grande missa de domingo 28/07 e os agradecimen-tos aos voluntários, que organizaram o festival juve-nil. Nesse encontro o Papa Francisco orientou os jo-

vens a serem revolucionários, a rebelarem-se contra a cultura do provisório, referindo-se a crise dos ma-trimónios ou de uma vida afectiva estável, contra o individualismo e a perda dos valores cristãos.

Depois de uma semana de trabalho árduo no rio de Janeiro, em comunhão com os jovens de todo mundo, o Papa Francisco deixou no Brasil a imagem de um verdadeiro discípulo de Cristo pela sua hu-mildade e solidariedade. Os jovens de todo mundo jamais se vão esquecer desse primeiro encontro.

Nas suas alocuções recordam-se frases como : Sejam solidários, revolucionários com o que camin-ha mal, façam a contracorrente e rebelem-se contra tudo o que viola os valores fundamentais da huma-nidade.

Fica a recordação dos abraços aos jovens, dos beijos ternos às crianças e da aproximação às mino-rias discriminadas.

A próxima jornada mundial da juventude vai de-correr em Cracóvia – Polónia, cidade natal de João Paulo II.

Para não esquecer

Apesar das contestações, a Igreja Católica conseguiu reunir na cidade do Rio de Janeiro – Brasil, mais de 3 milhões de jovens de todo mundo, num gesto de profissão de fé.

Internacional

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O Dia da Criança Africana é cele-brado todos os anos a 16 de Junho em memória às crianças negras do Soweto que, neste dia, em 1976, saíram à rua em protesto contra a falta de qualidade no ensino a que

tinham acesso e para reivindicar o direito de aprender na sua própria língua.

Centenas de rapazes e raparigas foram mortos e, nas duas semanas de protesto que se seguiram, mais de 100 pessoas morreram e mais de mil ficaram feridas.

Em memória às crianças mor-tas e dos manifestantes que com elas protestaram, bem como, para chamar a atenção sobre a situação

precária de milhares de crianças do continente, a Organização da União Africana (OUA) instituiu em Addis-Abe-ba, Etiópia, em 1991, o Dia da Criança Africana.

Devido à data, o UNICEF apela à comunidade internacional que reconhe-ça que as crianças são o principal re-curso de Áfri-ca, pois são o futuro de África, que devem ser re-conhecidas e ver resolvidas inúmeros pro-blemas que enfrentam, pobreza ex-trema, confli-tos armados,

malária, malnutrição e VIH/SIDA. A violência

sexual é um dos factores res-ponsáveis pela pro-pagação do VIH/SIDA, que está a ter consequên-cias devastadoras para as crianças, sobretudo na África sub-sahariana.

A violação é sistematicamente usada como arma de guerra e a pobreza provocada pelos conflitos, deixa quase sempre as mulheres e as raparigas sem nada.

Em Angola, particularmente, o

Governo está empenhado na luta pelo bem-estar da criança, propor-cionando-as educação, saúde e bons cuidados no seio das suas famílias. Um trabalho feito em co-laboração com as igrejas e socie-dade civil, através de campanhas de sensibilização contra a violên-cia, nas escolas, mercados bairros e igrejas.

Para que as crianças tenham

uma vida digna e feliz, foi aprova-da pela Organização das Nações Unidas (ONU) a «Declaração dos Direitos da Criança” e que, em 1990, se tornou um direito interna-cional.

Reflexão sobre a criança africana Africa

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Jubileu Africano celebrado com Livro de angolano

Um ensaio intitulado “União Africana, Quo Vadis”, da autoria do docente universitário angola-no António Luvualu de Carvalho foi apresentado no dia 25, na sede da União Africana (UA), em Addis Abeba, logo após a sessão especial dos chefes de Estado e de governo, alusivos aos 50 anos da organização.

Lançada pela primeira vez, a obra foi enquadrada no acto cen-tral das actividades culturais que Angola realizou em Addis Abeba, no âmbito das celebrações do Ju-bileu de Ouro da OUA/UA.

Em declarações à Angop, o au-tor disse tratar-se de um livro com uma perspectiva centrista “não muito afro-pessimista nem muito afro-optimista, porque questiona

algumas situações que têm aconte-cido no continente, como por exem-plo a intervenção da OTAN na Líbia, a detenção do presidente ivoiriense Laurent Gbagbo, a intervenção francesa no norte do Mali, entre ou-tras questões que continuam a ser um handicap para o desenvolvimen-to do continente”.

A representação diplomática an-golana em Addis Abeba solicitou 400 exemplares, que foram distribuídos às representações diplomáticas dos países de expressão portuguesa e hispânica, bem como a outros inte-ressados.

António Luvualu de Carvalho considerou que o acto de lançamen-to um marco histórico por se tratar de uma primeira obra literária publi-cada na sede da UA e “sendo de um angolano penso que é um motivo de júbilo para todos nós e por coincidir com a homenagem ao fundador da nação angolana, Agostinho Neto, e a heroína Deolinda Rodrigues”.

A tradução para a língua inglesa está já a cargo da embaixada de An-gola na Etiópia e será lançada, em próximas ocasiões, igualmente na sede da UA.

O autor tem no mercado os livros “Angola Economia e Petróleo 2002-2010”, lançado na capital angolana em 2011, “Os novos caminhos da política externa angolana”, publica-do pela Universidade Lusíadas de

Lisboa, que é uma obra conjunta com autores portugueses, além de outras publicações científicas que tem estado a surgir no mundo aca-démico.

Estão em conclusão outros dois títulos do autor nomeadamente “União Europeia, do sonho integra-cionista de Jean Monnet ao pesa-delo dos resgates do século XX”, e “As Resoluções do Conselho de Se-gurança das Nações Unidas sobre a Região dos Grandes Lagos”, que serão brevemente lançados em Luanda.

António Luvualu de Carvalho é professor de política internacional contemporânea, sistemas interna-cionais e de história das relações in-ternacionais na Universidade Lusía-da de Angola nos cursos de Direito e de Relações Internacionais.

Docente universitário, António Luvualu de Carvalho

Angola assina Declaração da Organização de Unidade Africana

O vice-pre-sidente ango-lano ,Manuel vicente, em re-presentação do Presidente da Republica, José Eduardo dos Santos, assinou em Addis-Abeba

(Etiopia), a declaração dos 50 anos da fundação da Or-ganização de Unidade Africana (OUA), predecessora da União Africana (UA);

A declaração de 37 pontos assinada por 50 Chefes

de estado e de Governos africanos, reitera o empenho dos lideres africanos nos esforços de erradicação total da discriminação racial e do colonialismo em todas as suas formas.

Os estadistas decidiram igualmente reactivar os Congressos Pan-africanos, adopta-los no sistema da União Africana e renovaram o compromisso de ver a Áfri-ca livre de conflitos.

Reiteram também a determinação de resolver de uma vez por todas o flagelo dos conflitos de violência no continente e se prontificam a promover a manutenção e consolidação da Paz, exprimindo-se decididos a fomentar a democracia, a boa governação, a Paz, a segurança, investigação cientifica, a tecnologia e a inovação.

Africa

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Influência angolana nos EUA

Voce sabia?

Animados por princípios de liberdade, dignidade e de uma tradição de independência que ainda hoje

não se limita simplesmente à defesa dos seus interesses ou do seu território, os angolanos muito cedo passaram a desempenhar um papel activo no processo de eman-cipação do Homem Negro em terras americanas, e os factos documentados provam que eles estiveram na vanguarda de um dos primeiros conhecidos actos de rebelião organizados contra a escravatura, dentro das fronteiras actuais dos Estados Unidos da América.

Angola e os Estados Unidos da América (EUA) as-sinalaram a 19 de Maio de 2013, o 20º aniversário da normalização das suas relações diplomáticas. Depois de décadas de tensão e polarização decorrentes da “Guer-ra Fria”, foi uma etapa importante e necessária para um novo começo entre as duas nações, ligadas por um pas-sado histórico comum que deve ser lembrado às novas gerações como um legado de Angola ao Novo Mundo.

Tudo começou em 1607, quando um grupo de 108 ingleses criou o primeiro colonato permanente em ter-ritório americano, em Jamestown, nas margens da baía de Chesapeake – o maior estuário nos EUA em que de-sembocam mais de 150 rios, e cercado pelos actuais Es-tados americanos de Maryland e Virgínia. Anos depois chegavam os primeiros africanos que, com o seu saber e experiência, ajudaram a promover a agricultura, nomea-damente do tabaco, e a desenvolver esta colónia.

Pesquisas recentes confirmam que estes eram escra-vos originários dos reinos do Ndongo e do Kongo, ter-ritórios que actualmente constituem parte de Angola, e que em 1619 estavam a bordo do navio negreiro portu-guês, São João Baptista, com destino ao porto de Vera Cruz, no México, quando este foi atacado por corsários ingleses. Acabaram por ser transferidos para os navios Treasurer e White Lion, que navegavam com bandeira holandesa, com rumo a Jamestown, onde alguns dos escravos foram trocados por mantimentos. Começou assim a presença angolana nos EUA.

Com efeito, a 9 de Setembro de 1739, um grupo de 20 negros da Carolina do Sul, liderados por Jemmy, um escravo angolano até já letrado, iniciou uma marcha per-

to do Rio Stono, vinte milhas a sudoeste de Charleston, agitando um estandarte onde estava escrita a palavra “Liberdade”, a mesma que gritavam em uníssono. Na re-frega que se seguiu, 20 brancos e 44 negros morreram antes deste levantamento ter sido abafado. Inspiradas pela rebelião de Stono, como então ficou conhecida, sur-giram outras sublevações de escravos, particularmente na Geórgia, em 1740, seguida também na Carolina do Sul.

Texto: Francisco José da Cruz |

Nos anos 1980, nos arredores de Saint Augustine, na Flórida, foram descobertos vestígios do Forte Mose, um símbolo de liberdade para os escravos fugidos da Carolina do Sul e da Geórgia. Há muito que a Flórida espanhola representava um problema para os Estados e territórios americanos do Sul que tinham institucionaliza-do a escravatura. As autoridades espanholas assumiam uma postura de protecção em relação aos escravos que fugissem em busca de liberdade, oferecendo-lhes abrigo desde que estes se convertessem ao catolicismo roma-no. Para eles, era uma forma de enfraquecer a posição do seu vizinho americano do norte no Novo Mundo e ganhar “aliados” para a defesa das suas possessões na Flórida.

A natureza dinâmica desta aspiração profunda de liber-dade, primeiro representada pelo Forte Mose nos anos 1700 e, em seguida, pelo Forte Negro no princípio dos anos 1800, criou um verdadeiro dilema aos proprietários de escravos, que consideravam a mera existência des-sas comunidades como sendo um estímulo e um incen-

Internacional

Saint augustine city

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tivo para os escravos fugirem para a Flórida espanhola. Uma vez estes fortes destruídos, as autoridades ameri-canas aperceberam-se de uma nova ameaça ao longo da costa ocidental da Flórida. Tratava-se de Angola, uma comunidade agrícola criada por 300 antigos escravos angolanos, por volta de 1812, ao longo do Rio Manatee, que os arqueólogos consideram estender-se de Tampa ao Condado de Sarasota.

Angola acabou por ser associada à realização do son-ho da liberdade para os escravos foragidos. Este povoa-do foi crescendo, primeiro com a chegada de cerca de 40 sobreviventes do Forte Negro quando este foi des-truído em 1816 a mando do general americano Andrew Jackson. Em 1818, uma nova vaga de refugiados che-gou a Angola. Jackson atravessara novamente a frontei-ra na Flórida com 4000 soldados, numa campanha para capturar e devolver escravos foragidos aos seus donos.

A expedição estava na sua segunda semana quando entrou em choque com cerca de 400 guerreiros negros nas margens do Rio Suwannee. Contra todas as expec-tativas e previsões militares, estes conseguiram resistir durante um dia, dando assim tempo para que as suas famílias atravessassem o rio antes do grupo fugir em di-recção sul, para Angola.

Em 1821, Angola foi destruída durante uma incursão de índios comandada por William McIntosh, um aliado de Andrew Jackson. As casas foram incendiadas e cerca de 300 negros capturados como escravos. Porém, muitos dos seus residentes conseguiram escapar e, num acto de coragem e de determinação, encetaram uma longa e penosa jornada, usando simplesmente as suas habi-lidades de sobrevivência, até alcançarem a ilha de An-dros, nas Bahamas, onde os seus descendentes vivem ainda hoje. Outros fugiram em direcção ao Rio de Paz para se juntarem a um povoado de negros livres perto do Lago Hancock, conhecido como Minatti – um nome que possivelmente se referia ao Rio Manatee onde o povoa-do de Angola fora estabelecido.

Na mente dos escravos, Angola tornara-se o símbolo da liberdade, de emancipação do Homem Negro e de resistência a todas as formas de subjugação. Assim, o nome passou a ser dado às comunidades criadas pelos escravos foragidos, lideradas ou inspiradas por ango-lanos.

Desse legado histórico, hoje a cidade mais célebre de-nominada Angola está localizada no Estado de Louisia-na, a 50 milhas de Baton Rouge. Nesta antiga plantação de mais de sete mil hectares cujos trabalhadores eram na sua maioria naturais de Angola, em 1835 foi construí-da a Penitenciária Estadual de Louisiana, o maior es-tabelecimento prisional dos EUA, onde 85 por cento dos presos cumpre penas de prisão perpétua.

Porém, existem ainda outras cidades com o nome de Angola, menos famosas mas entretanto célebres na sua

dimensão histórica, parti-cularmente nos Estados de Nova Iorque, De-laware e Indiana, comu-nidades nascidas graças à presença de escravos angolanos e da sua adop-ção de princípios sobre a liberdade e a igualdade numa América ainda em fase de formação.

Esse sentimento de missão encontra-se im-buído ainda hoje nos âni-mos de novas gerações de angolanos, através do seu activismo para a dignificação dos povos africanos – que se mani-festa através da história recente da liberdade e emancipação da África –

com o seu apoio incondicional à luta pela independência do Zimbabué em 1980 e da Namíbia em 1990 e, tam-bém, aos esforços políticos e diplomáticos envidados para pôr termo ao apartheid na África do Sul e a resul-tante ascensão da maioria negra ao poder, em 1994.

Ao fazerem parte da génese dos EUA – lado a lado com os ingleses que criaram o colonato de Jamestown, e dos Índios Pawhattan, habitantes originários desta re-gião de Virgínia – preservando as suas tradições africa-nas de defesa de valores tais como a independência, o respeito mútuo e a solidariedade, os angolanos contri-buíram assim para uma sociedade americana aberta.

Essa sociedade abraça culturas e civilizações que transformam, irmanam e dignificam cada vez mais, uma humanidade na senda inexorável da globalização. E neste processo, acabaram assim por representar, no plano histórico, a linha avançada que conduziu à eleição de Barack Obama como o primeiro Presidente negro dos EUA.

Internacional

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Primavera/Verão 2013

Dia da Mulher AfricanaReflexão sobre o papel da

mulher africana na sociedade

A efeméride é celebrada no continente onde o pano-rama da mulher continua trágico, apesar de aos poucos acederem a uma independência económica e a cargos de decisão e de poder.

As mulheres africanas, em muitos países, encon-tram-se em situação de dependência psicológica dos ma-ridos ou companheiros, devido a estereótipos ancestrais que só serão debelados com a formação das novas ge-rações.

Nas camadas mais desfavorecidas, as mulheres são duplamente sacrificadas, porque, para além das suas profissões, têm que prover, quase sempre sozinhas, ao cuidado da casa e dos filhos, quando não enfrentam mui-

tas vezes em silêncio, a violência doméstica.Durante séculos, o papel da mulher africana incidiu

sobretudo na sua função de mãe, esposa e dona de casa. Ao homem estava destinado um trabalho remunerado no exterior do núcleo familiar.

Com a descolonização de África, na segunda metade do século XX, muitas mulheres passaram a exercer acti-vidade laboral, embora auferindo uma remuneração in-ferior a do homem. Reagindo contra essa discriminação, as mulheres encetaram diversas formas de luta. Hoje, elas estão integradas em todos os ramos profissionais, mesmo naqueles que, ainda há bem pouco tempo, eram

apenas atribuídos aos homens, como por exemplo a in-tervenção em operações militares de alto risco.

É preciso que o homem esqueça os preconceitos, en-care a mulher de igual para igual em todas as circuns-tâncias, quer no interior do seu lar, quer no seu local de trabalho.

Em Angola, as mulheres são, cada vez mais, chama-das a assumir o seu papel na sociedade, incluindo na go-vernação ou no seio familiar. No caso particular de Angola elas ocupam hoje quase 40% dos assentos parlamen-tares. Mais de 60% são alfabetizadas, estudantes univer-sitarias e trabalham fora do lar. O que se pode considerar um ganho considerável.

A data foi instituída a 31 de Julho de 1962, em Dar-Es-Salaam, Tanzânia, por 14 países e oito movimen-tos de libertação nacional, na Conferência das Mulheres Africanas.

Africa

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Primavera/Verão 2013

Manuel Aragão condecorado Comendador

Wissam Al Alaoui

A cerimonia decorreu a princípio de Julho na cidade de Tetuan, quando o embaixador Manuel Aragão apresentava cumprimentos de fim de missão.

Os embaixadores do Grupo africano também rea-lizaram um acto de despedida ao Chefe da missão de Angola e sua esposa recebendo a condecoração dos homólogos.

Aragão foi igualmente recebido pelo Ministro dos Negócios estrangeiros e cooperação marroquino a

quem agradeceu pelo grau de relações entre os Es-tados.

Outro encontro, brindou ele aos funcionários da missão diplomática e a Associação estudantil com um almoço de despedida.

O Embaixador Aragão regressou já à Angola onde

exerce actualmente as funções de Juiz Conselheiro do Tribunal Supremo, cargo a que foi nomeado re-centemente, pelo presidente José Eduardo dos san-tos.

Manuel Aragão termina missão em MarrocosO Rei Mohammed VI condecorou o Embaixador cessante de Angola em Marrcos, Manuel da Costa Aragão, a comendador de Wissam Al Alaoui, uma das mais altas

condecoraçôes do reino atribuida a individualidades.

Diplomacia

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O chefe de estado angolano falava na cerimónia de abertura da 3ª Cimeira de chefes de estados e governos deste organismo africano que decorreu em Malabo, a 10 de Agosto, na qualidade de pre-sidente em exercício deste órgão, até ao momen-to da cimeira, passando o testemunho para o seu homólogo da Guiné-Equatorial, Teodoro Obiang Nguema.

«Para reforçar esse desempenho são também imprescindíveis as contribuições de cada esta-do membro dentro das suas fronteiras terrestres e marítimas, uma vez que os perigos e ameaças que ocorrem no mar têm necessáriamente o seu suporte em terra e aí devem começar por ser com-batidas», defendeu o presidente José Eduar-do dos Santos.

Para dos Santos a assumpção dessas responsabilidades por cada um dos países fortalece e capacita-os para o melhor cumpri-mento das obrigações e dos objectivos da Co-missão do Golfo da Gui-né.

Depois de se terem realizado a conferência de Luanda e a cimeira de Yaoundé, onde fo-

Guiné-EquatorialJosé Eduardo dos Santos

destaca desempenho da CGG

ram discutidas e equacionadas as soluções para as questões mais prementes que preocupam os países desta região e que têm uma grande impor-tância para a economia mundial, é necessário es-tabelecer-se uma conjugação de esforços mais efi-cazes entre os países da África Central e Ocidental, da União Africana, do Atlântico Sul e das Nações Unidas.

Sublinhou que a CGG pode, neste contexto, desenvolver a sua acção no sentido de contribuir para a harmonização da actuação da SADC e da CEEAC, de modo a optimizar-se os recursos e a

O Presidente da República José Eduardo dos Santos enalteceu, em Malabo, Guiné- Equatorial o

desempenho e o papel da Comissão do Golfo da Guiné na concertação e conju-gação de esforços dos estados membros para o combate e erradicação de crimes nas águas do Atlântico no Golfo da Gui-né, bem como na sua prevenção.

Diplomacia

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Primavera/Verão 2013

alcançar-se melhores resultados. «É nossa opinião que a CGG deve considerar-se

como uma organização aberta a adesão de outros países que aceitem os seus estatutos e se compro-metam a lutar pelos seus objectivos, conferindo-lhe assim maior abrangência e eficácia em todo o es-paço da sua jurisdição», referiu.

A intenção for acolhida pelos estados membros, o que implicará a adequação do estatuto orgânico do secretariado executivo, que lhe permita cumprir as suas atribuições.

Questões ligadas a eleição da nova direcção deste órgão regional, análise e adopção dos re-latórios de actividades do Secretariado Executivo, de 2009 a 2013, e do presidente cessante, bem como do órgão de Mecanismo de Defesa e Segu-rança do Golfo da Guiné inscreveram a agenda do encontro de cúpula, que juntou, além do anfi-trião, chefes de estados ou seus representantes do Congo Democrático, República do Congo, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Gabão e Camarões.

As contribuições e os atrasados dos estados

membros, o protocolo adicional do Tratado, que instruí a CGG a adopção de mecanismo apropria-do para determinar os aspectos que privilegiam os objectivos da Comissão, também foram abordados.

A República de Angola alberga a sede da Co-

missão do Golfo da Guiné e tomou medidas per-tinentes para dotar o secretariado executivo das condições materiais e logísticas necessárias para o seu pleno funcionamento, deu a conhecer, em Ma-labo, o Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, presidente cessante deste órgão regio-nal africano.

Fazem parte da delegação angolana, que parti-cipou nos encontros preparatórios, decorridos em Malabo, entre os dias 4 e 9 últimos, os ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, da Defesa

Nacional, Cândido Van-Dúnem, e do Interior, ngelo Tavares, o secretário de Estado das Finanças para o Tesouro, Leonel Silva, o embaixador de Angola na Guiné Equatorial, Armando Cadete, bem como altos funcionários dos departamentos governamen-tais referenciados.

A insegurança marítima, provocada pela pirata-ria, o roubo, à mão armada, e outros actos ilícitos, praticados no mar dos países da região, constituem preocupações dos participantes que primam pela consolidação da paz e da segurança na região, ba-seada na cooperação e a não agressão entre os Estados, a defesa comum e coexistência pacífica.

Novo secretariado executivo

Quatro países integrantes da Comissão do Golfo da Guiné (CGG) fazem parte da nova direcção executiva deste organismo regional, no âmbito de novas candidaturas, na sequência da nova presidência em exercício deste órgão regional de África, assumida desde sábado pela Guiné-Equa-torial. O novo figurino é integrado pela Nigéria, que assume o Secretariado Executivo, Angola no posto de secretário executivo-adjunto para As-suntos Políticos, Camarões para secretário exe-cutivo-adjunto para Recursos Naturais, Gabão director financeiro e a Guiné-Equatorial director administrativo da Comissão do Golfo da Guiné, segundo soube a Angop de fonte oficial em Mala-bo, no final da Cimeira de Cúpula dos Chefes de Estado e de Governo deste órgão que decorreu sábado na capital equatoguinense. O Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, presidente cessante da CGG, passou o testemunho para o seu homólogo da Guiné-Equa-torial, Teodoro Obiang Nguema. O Golfo da Guiné compreende a zona da costa atlântica da África Central e Ocidental, tendo sido fundada em 1999, integrando países como, An-gola, Camarões, Congo Democrático, Republica do Congo, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Gabão, e Guiné Equatorial.

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Primavera/Verão 2013Diplomacia

ração Conjugada, para salvaguardar as condições fa-voráveis à aplicação do Acordo-Quadro para a paz, segurança e cooperação na RDC, assinado a 24 de Fevereiro, em Addis Abeba.

O documento proíbe os países vizinhos de apoiar os movimentos rebeldes e encoraja uma série de re-formas destinadas à instauração de um Estado de direito no leste da RDC, onde as instituições governa-mentais são particularmente fracas.

José Eduardo dos Santos e Jacob Zuma reafirma-ram o apoio aos esforços do homólogo congolês e do seu Governo na busca da paz, estabilidade e desen-volvimento do país. Além disso, realçaram a importân-cia do Acordo-Quadro, como perspectiva mais ade-quada para a resolução pacífica da crise e do conflito no leste da RDC, salvaguardando a sua soberania e integridade territorial, condição imprescindível para o desenvolvimento económico e social deste país

A reunião de Nairobi, em que participaram o Se-cretário-Geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, e o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, tem o propósito de manter o compromisso e apoio da comunidade internacional ao processo de paz em curso na região dos Grandes Lagos.

Estiveram igualmente presentes a enviada espe-cial do Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas para os Grandes Lagos, Mary Robinson, e os representantes da União Africana, Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, República Demo-crática do Congo e do Uganda.

A última resolução do Conselho de Segurança, aprovada em 28 de Março, estende até 2014 a actua-ção da Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco), e cria uma Brigada de Intervenção.

A missão da Monusco é desarticular as acções das forças rebeldes que actuam no país, com destaque para o M23 (Movimento 23 de Março), o FDLR (For-ças Democráticas para Libertação do Ruanda) e o LRA (Exército de Resistência do Senhor).

A Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos integra Angola, Burundi, República Centro Afri-cana, Congo, República Democrática do Congo, Qué-nia, Uganda, Ruanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia e Zâmbia.

Angola vai acolher a próxima cimeira ordinária da Conferência Internacional da Região dos Grandes La-gos (CIRGL), agendada para Dezembro deste ano, soube-se em Nairobi (Quénia), no término da sexta cimeira extraordinário desta organização regional.

O pais participou no encontro com uma delegação multi-sectorial chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, em representação do Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

A cimeira manifestou o seu apoio às conversações de Kampala entre o governo da RDCongo e o Movi-mento M23, tendo apelado às partes a concluirem o mais rapidamente possível o acordo de paz.

Os Chefes de Estado e de Governos ou seus re-presentantes reafirmaram o seu apoio ao mandato da brigada de intervenção, com vista a se por fim às forças negativas, em conformidade com a resolução da CIRGL e do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

A RDC e o Rwanda foram encorajados a prosse-guir com as discussões bilaterais, tal como o fizeram antes da actual crise, na busca de confiança e coope-ração entre si, enquanto que o Sudão e o Sudão do Sul foram recomendados a manter os mecanismos de entendimento para resolver de forma bilateral e pacífi-ca os seus diferendos.

Constaram igualmente das recomendações a mo-bilização de recursos para a gestão dos programas e projectos de desenvolvimento regional e a promoção de eventos culturais e desportivos, visando o reforço das relações entre os povos e a elevação da seguran-ça, estabilidade e desenvolvimento.

A cimeira analisou aspectos relacionados com a ac-tual situação política na região, marcada pelo reacen-der dos combates entre o Governo da República De-mocrática do Congo e os rebeldes, no leste do país.

Presidida actualmente pelo Uganda, a conferência foi criada após os conflitos políticos que marcaram a região dos Grandes Lagos, em 1994, cujo resultado marcou o reconhecimento da sua dimensão e a ne-cessidade de um esforço concentrado, com vista à promoção da paz e do desenvolvimento na região.

Em Março, os Chefes de Estado de Angola, Repúbli-ca Democrática do Congo e da África do Sul decidi-ram, numa Cimeira Tripartida realizada em Luanda, criar um Mecanismo Tripartido de Relação e Coope-

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Primavera/Verão 2013

Representantes da Bacia do

Atlântico recebidos pelo

Chefe de Estado

O chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, recebeu recen-temente, em Luanda, uma delega-ção integrada por participantes à III Conferência da Iniciativa de Coope-ração para a Bacia do Atlântico, com a qual abordou as potencialidades de cooperação entre os países banhados pelo Oceano Atlântico.

À saída da audiência, o ex-primei-ro-ministro da Espanha, José Maria Aznar, que integrou a delegação, disse à imprensa que o encontro serviu para abordar a necessidade de intensifica-ção do intercâmbio transatlântico e inteirar-se do crescimento económico que Angola regista.

A par de José Maria Aznar, integra-ram a delegação recebida no Palácio Presidencial, na Cidade Alta, o ex-Pre-sidente da Nigéria, Olusegun Oba-sanjo, os ex vice-presidentes Miguel Echeverias (Costa Rica) e George Quirogue (Bolívia) e a ex-primeira-mi-nistra de Moçambique, Luísa Diogo.

Diplomacia

Príncipe Harry visitou Angola

e falou da cooperação

O Príncipe Harry, neto da Rainha Isabel II da Inglaterra, escalou Luanda, no dia 8 de agosto, no âmbito de uma vi-sita privada de algumas horas a Angola, enquadrada num périplo que efectua pelo continente africano.

Durante a sua estadia no país o Príncipe foi recebido em audiência pelo Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, com que abordou questoões ligadas a coopera-ção entre os Estados, no dominio do comercio, indústria e outros. Harry deslocou-se igualmente à província do Kuando Kubango, onde se inteirou do trabalho de desmi-nagem efectuado por uma ONG britanica naquela parcela do território.

Henry Charles Albert David nasceu aos 15 de Setembro de 1984. É militar e membro da Casa de Windsor.

Príncipe britânico Harry

Vice-presidente, Manuel Domingos Vicente,concede audiência ao Principe Harry

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Primavera/Verão 2013

Angola lidera investimentos

no sector bancário em

África

Economia

Angola supera Nigéria na

produção de petroleo

Desde de Maio de 2013 que Angola é o numéro um na produção do crude em África, superando assim a Nigéria, devido as difi-culdades internas naquele país. Anunciou a consultora Energy Aspects, citada pelo jornal britanico « Financial Times ».

O analista da Energy Aspects Amartia Sen, refere que a produção angolana tem vindo a subir lentamente devido ás novas explorações, enquanto a Nigéria cai devido aos roubos de petróleo e as interrupções no fornecimento. A produção nigeriana pasou de 2,2 milhões de barris por dia em 2012, para menos de 1,9 milhões actualmente.

Dasos da organização dos países expor-tadores de petróleo (OPEP) revelam que An-gola ultrapassou a produção da Nigéria em Maio, quando a Nigéria produziu 1,676 milhões de barris dia, e Angola 1,730 milhões.

Angola lidera a lista dos países africanos que absorveram os maiores investimentos do sector bancário nos últimos dez anos, segundo um relatório da Conferência das Nações Uni-das para o Comércio e Desenvolvimento (CNUCED).

O estudo cita, entre os factores que contribuíram para esta expansão, o facto de o Banco Nacional de Angola (BNA, central) reduzir os custos de imobilização de liquidez e influenciar a re-dução do custo de capital incorrido pelos agentes económicos. Angola aparece também a co-liderar com a África do Sul a lista dos países africanos que mais intensificaram os seus in-vestimentos no exterior.

As saídas de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) do continente africano, quase triplicaram em 2011, passando de 5 biliões para 14 biliões USD.

De acordo ainda com o CNUCED, África foi uma das duas únicas regiões do mundo que tiveram aumentos de IDE em 2012, mas que os fluxos para os dois gigantes da África Sub-sariana, a Nigéria e a África do Sul, diminuíram.

Enquanto o IDE global caiu 18 porcento no ano passado, África contrariou a tendência, com um aumento das entradas de cinco porcento, o equivalente a cinco triliões de kwanzas angolanos (cerca de cinco biliões de dólares americanos), en-quanto países como Moçambique, Tanzânia e Uganda colhe-ram os benefícios das novas descobertas de petróleo e gás.

A África Ocidental absorveu a maior parte do investimento, mas os fluxos para a região caíram em cinco por cento, sendo 16,8 biliões USD, em grande parte devido à diminuição do in-vestimento em petróleo na Nigéria até entao o maior produtor da região.

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Primavera/Verão 2013

Os valores dos projectos aprovados, até ago-ra, ainda estão longe das metas fixadas, uma média anual de investimento privado na ordem dos 4 mil milhões USD, no quadriénio 2013-2017.

O volume de investimento privado de Ango-la nos sectores não petrolífero e diamantífero atingiu a cifra de 2,9 mil milhões USD, em 2012, mais 400 milhões USD do que em 2011, em que o valor rondava os 1,9 mil milhões USD, representando um crescimento de 21 por cento, segundo revelou ao Expansão a presidente do conselho de administração da Agência Nacional para o Investimento Privado (ANIP), Maria Luí-sa Abrantes.

O volume do investimento privado poderá crescer, nos próximos tempos, tendo em consi-deração as solicitações direccionadas para a área de exploração mineira.

IMPA desenvolve canal fluvial no sul de Angola

Investimento privado atingiu 2,9 mil milhões

USD em 2012

O Instituto Marítimo Portuário de Angola (IMPA) tem em projecto um canal fluvial de 10 quilómetros entre Xangongo (Cunene) e Rivun-go (Kuando Kubango), no sul do País, destinado ao trans-porte de mercadorias e pes-soas, refere a Cargo News.

A construção encontra-se em fase avançada de implementa-ção e vai estar operacional a partir de 2014. Também em es-tudo encontra-se a ligação flu-vial entre a província do Zaire e a República Democrático do Congo, através do rio zaire.

Espera-se que que o pro-jecto traga muitos benefícios

para os países abrangidos, visto que vai pro-porcionar maior intercâmbio comercial entre os povos vizinhos.

Economia

Zona Económica Especial

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Primavera/Verão 2013Política

Angola candidata a país de rendimento médio

Angola apresentou o processo de graduação a país de rendimento médio, durante um seminário promovido pelo Ministério das Relações Exte-riores, em parceria com a Conferência das Na-ções Unidas para o Comércio (CNUCED).

O secretário-geral adjunto das Nações Unidas e o Alto-Comissário para os Países Menos Avan-çados (PMA) aceitaram o pedido formal apresen-tado por Angola de se candidatar à graduação para País de Rendimento Médio (PRM) na 59ª Sessão do Conselho da CNUCED, organismo das Nações Unidas criado com o objectivo de in-tegrar os países em desenvolvimento na econo-mia mundial.

O aval positivo deveu-se ao facto de Angola ter alcançado, com êxito, as tarefas de reconstrução nacional e registado elevadas taxas de cresci-mento económico nos últimos anos. Trata-se de mais um passo para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, fixados pelas Na-ções Unidas para até 2015, que visam a redução da pobreza, melhorias da assistência médica e medicamentosa, promoção da mulher, acesso à educação, emprego, habitação, preservação do ambiente, boa governação e acesso à justiça.

A Secretária de Estado da Cooperação do Ministério das Relações Exteriores, ngela Bra-gança, realizou na última semana de Julho, uma conferência de imprensa, no Centro de Imprensa Aníbal de Melo, para falar sobre o tema “Gradua-ção Sustentável: políticas e estratégias para uma transformação estrutural, criação de capacidade produtiva e crescimento inclusivo em Angola”, num seminário dirigido a técnicos e decisores

políticos.

No dia 26 de Abril de 2013, o Presidente da República criou, por despacho, uma comissão interministerial sobre a elegibilidade de Angola à graduação no seio do Grupo de Países Menos Avançados (PMA), que é coordenada pelo minis-tro das Relações Exteriores, Geo rges Chikoti.

Na primeira reunião da comissão, realizada na primeira quinzena de Julho o ministro das Re-lações Exteriores avançou alguns aspectos que justificaram o pedido de Angola: “Já alcançámos alguns dos valores que especificamos, como: o Produto Interno Bruto (PIB) per-cápita, que é de 1.190 dólares, temos um grau de vulnerabilidade económica reduzido e, também, um bom índice

de desenvolvimento humano”.

A comissão está encarregada de criar as condi-ções “subjectivas e objectivas da transição da República de Angola para país de rendimento médio”. O ministro disse que a candidatura resul-

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Primavera/Verão 2013Política

ta dos esforços de Angola ao longo dos 11 anos de paz, em que alcançou a estabilidade política e macroeconómica e tem enfrentado, com deter-minação, os desafios no domínio social. O minis-tro destacou como pontos importantes o Produto Interno Bruto (PIB), que cresceu grandemente e durante muito tempo andou à volta de 12 por cen-to, a grande redução da taxa de inflação, de 76 por cento em 2003 para 13, 9 em 2009, estando agora abaixo dos dez por cento.

O ministro Georges Chikoti fez também referên-cia à estratégia nacional de combate à pobreza, que permitiu reduzir os índices de pobreza do país. Além disso, referiu-se aos dados do inqué-rito sobre bem-estar da população em 2008, que indicavam que uma boa parte da população ainda estava a enfrentar certa pobreza, indicadores que melhoraram consideravelmente.

No domínio da educação, registaram-se pro-gressos consideráveis, uma vez que até 2002 existiam dois milhões e 127 mil alunos inscritos para, em 2010, esta cifra ter subido para seis mil-hões.

“Temos um trabalho importante pela frente, que vai decorrer entre 2015 e 2018, durante o qual te-mos de alcançar alguns Objectivos de Desenvol-

vimento do Milénio fixados pela ONU nas áreas em que temos alguns atrasos”, disse Chicoti.

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Primavera/Verão 2013Política

Reconhecimento aJosé Eduardo dos Santos

Mulheres apoiom JES no diálogo com juventude

Durante a caminhada, palavras de incentivo ao Presidente da República pela iniciativa de dialogar com a juventude, de apoio às politicas públicas, ma-nutenção da democracia e da paz foram proferidas.

A marcha, realizada em simultâneo em todo o

país, teve também como objectivo enaltecer o papel galvanizador do Presidente da República, em rela-ção ao Estado Democrático, ao plano nacional de desenvolvimento, à formação de quadros e à violên-cia doméstica, aprovada em Junho de 2011.

O empenho de José Eduardo dos Santos na luta

contra as drogas, VIH/Sida e particularmente à sinis-tralidade rodoviária que, neste momento, tem cau-

sado muitas mortes nas estradas do país, foi igual-mente exaltado durante a marcha.

A caminhada, em que participaram politicos, mul-heres de várias igrejas, desportistas, empresárias, deputadas, vendedoras, estudantes e camponesas, contou com a presença de patinadores em apoio ao campeonato do mundo de hóquei em patins, a de-correr em Angola em Setembro próximo, que percor-reram a Marginal até ao Mausoleu Angostinho Neto.

Sob o lema ”Mulheres Angolanas, Marchemos

Solidárias e Apoiemos o Presidente da República” a marcha foi seguida de um acto cultural que contou com a presença da cantora Yola Semedo, WKing, Zulmira, entre outros.

Centenas de mulheres participaram, em Luanda, na marcha realizada para apoiar a iniciativa do presidente angolano, José Eduardo do Santos, em manter o diálogo com a juventude.

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Primavera/Verão 2013Sociedade

A paz melhora osserviços em Angola

Angola um país em desenvolvimento

Depois de 27 anos de guer-ra civil, Angola refaz-se aos poucos. Dos escombros er-guem-se novas infraestruc-turas, que melhoram a quali-dade de vida dos cidadãos. As construções desordenadas dão lugar a bairros urbanizados, as estradas ligam o país todo, os caminhos de ferro permitem maior circulação de pessoas e o transporte de mercadorias; há maior saneamento básico, a água chega as comunidades e as escolas também se multi-plicam elevando o nível instru-ção, os campos anteriormente minados hoje produzem ali-mentos que reduzem a fome.

Ao longo dos 11anos de paz efectiva, os angonalos se de-dicam a resgatar a cultura, re-constituir a história, investem mais na formação aos mais variados níveis, fomentam o desporto e o lazer.

A nossa abordagem vai cingir-se um pouco, sobre cada uma dessas áreas de intervenção.

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Primavera/Verão 2013Sociedade

Mais de oito mil quilómetrosde estradas em recuperação

Com o calar das armas em 2002, a vida dos angolanos melhora a cada dia. O governo definiu como prioridades a livre circulação de pessoas e bens em todo território nacional, a criação de in-fra-estruturas básicas. Investe numa melhor assis-tência na saúde, educação, energia e água.

Estão a ser reabilitados e construídos mais de oito mil quilómetros de estradas e cerca de 450 pontes em Angola, no âmbito do programa de re-construção de infra-estruturas rodoviárias e do pro-grama nacional de desenvolvimento 2013/2017, afirmou o Ministro da Construção, Waldemar Pires Alexandre.

A informação foi prestada durante o encontro com o ministro para África do Ministério dos Ne-gócios Estrangeiros do Reino Unido, Marks Sim-monds.

“O Executivo angolano estabeleceu a prioridade de primeira linha, a reconstrução e reabilitação das infra-estruturas destruídas pela guerra por ser o factor determinante para o crescimento e desen-volvimento do país”.

Foi possível recuperar a malha viária do país, entre os principaís corredores rodoviários, dinami-zando desta forma o desenvolvimento pretendido em toda extensão do país.

Acrescentou que a intervenção do Ministério da Construção também se realiza a nível das infra-es-truturas básicas, edifícios públicos, monumentos e as grandes obras de engenharia como portos, aeroportos, barragens e diferentes equipamentos sociais.

O ministro garantiu a total disposição do sector que dirige em trabalhar para a consolidação das relações nos domínios que forem determinados e que vierem a ser rubricados entre ambos os países.

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Primavera/Verão 2013

Linhas de força do sector

De acordo com o PND 2013/2017, os objectivos do sector da construção nacio-nal são: Promover a Reabili-tação e a Construção das In-fra-Estruturas adequadas às necessidades do processo de desenvolvimento do País, no-meadamente:

• Melhorar a circulação de pessoas e veiculos

• Promover a realização de investimentos em infra-es-trururas, em coordenação com os demais sectores

• Aumentar e melhorarar o nivel tecnico da mão- de- obra nacional ligada a construção ci-vil

• Executar grandes obras de engenharia

• Consolidar o quadro le-gal e institucional do sector da construção, de entre outros.

As linhas ferroviárias aproximam-se aos portos, aeroportos, aos grandes centros populacionais, aos complexos industriais, logísticos e mineiros.

O que se pretende é promover

a electrificação progressiva da rede ferroviária nacional, introduzir a alta velocidade ferroviária, progressivamente, em itinerários já existentes e construir, nas cidades previstas os respectivos planos directores de transporte, de redes ferroviárias de transporte ligeiro, tipo metropolitano de superfície.

Outro projecto é a ligação à

futura estação central de Luanda ao novo Aeroporto Internacional da capital e a promoção da ligação deste ao novo Porto de Luanda, que será erguido na barra do Dande.

O executivo

vai articular a

rede ferroviária nacional, nas suas ligações internas e internacionais com a rede nacional de plataformas logísticas, transfronteiriças, regionais, urbanas, portuárias e com os centros de carga aérea, contanto com iniciativas privadas.

No tocante ao subsector

rodoviário, prevê-se a implementação da rede fundamental de estradas, a assumpção de novas vias rodoviárias, como auto-estradas, itinerários principaís e complementares, segundo a hierarquia de rede, em função da carga, da tipologia do tráfego e do volume previsível de circulação.

Sector ferroviário de Angola liga região Sector ferroviário de Angola liga região

A reabilitação e modernização das três linhas férreas já existentes em Angola vai permitir a ligação com as vizinhas República Democrática do Congo, da Zâmbia e da Namíbia; afirmou o ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, ao apresentar os programas

estruturantes a implementar no subsector ferroviário, no 5º Fórum Alemão-Angolano que decorreu recentemente em Luanda.

Sociedade

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Primavera/Verão 2013

TAAG atingiu 100 porcento de conformidade recomendada

pela IATA

A transportadora aérea angolana atingiu 100 porcento dos padrões de conformidade recomen-dados pela auditoria da IATA, e renovou a certifica-ção IOSA (IATA Operational Safety Audit) para até 2015, informou o director de qualidade da compan-hia, Joaquim Fortes.

“As áreas inspeccionadas foram a de organização

e controlo do sistema de qualidade e segurança operacional, operações de voo, despacho opera-cional, manutenção e engenharia, tripulação de cabine, operações de terra, operações de carga, e segurança contra actos ilícitos”, disse.

De acordo com o director, desde 2008 que a

transportadora vive um processo de refundação e nesta base tem implementado uma vasta moderni-zação e adequação dos seus procedimentos com base nas normas internacionais.

A Taag perspectiva para os próximos anos a

criação de uma academia de aviação civil, para a formação de pilotos e de funcionários que lidam com o público, bem como a implementação de um plano contínuo de desenvolvimento de capacidades técnicas, nas áreas de manutenção, operações de terra, medicina aeronáutica avançada, através de programas de formação intensiva.

Estas mudanças serão complementadas por um

rejuvenescimento da imagem da companhia, desde a criação de novas lojas, novos uniformes e mate-riais de serviço a bordo.

Sociedade

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Primavera/Verão 2013

Os especialistas em engenharia militar das Forças Armadas Angolanas (FAA) removeram engenhos ex-plosivos, em 3,4 milhões de metros quadrados, em menos de um ano, no leste do país.

De Março de 2012 até o primeiro trimestre do ano em curso foram removidas 71 minas anti-pessoais, 74 minas anti-tanque, 49 armas em estado obsoleto, 3.244 projécteis diversos e 24.350 munições.

A instituição possui meios técnicos suficientes para permitir a continuidade dos trabalhos, de modo a transformar as terras minadas em campos cultiváveis.

Uma acção que garante segurança às comunidades, o que se traduz na circulação de pessoas e bens, alargamento da rede habitacional, educacional e sa-nitária, e a prossecução de projectos de investimento em áreas de desenvolvimento.

Desminagem dá lugarao cultivo agrícola

Sociedade

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Primavera/Verão 2013

Entre os principaís projectos estruturantes, es-tão a construção do Aproveitamento Hidroeléctri-co de Laúca, na província do Kwanza Norte, que terá uma capacidade de 2067 Megawatts (MW), cuja conclusão está prevista para os finais de 2017, edificação da segunda central da Barra-gem Hidroeléctrica de Cambambe, província do Kwanza Norte, e a central combinada do Soyo, província do Zaire.

Segundo o Ministro de Energia e Aguas, consi-derando as necessidades inscritas no plano de acção do sector para o quinquénio 2013-2017 e os objectivos no programa do Executivo, pre-vê-se que sejam necessários cerca de 2,3 triliões de kwanzas, para a materialização de projectos do sector eléctrico.

Em 2012, recordou, foram dispo-nibilizados pelo Tesouro à Empresa Nacional de Electricidade e Empresa de Distribuição de Energia (EDEL) mais de 70 mil milhões de kwanzas, para subsidiar preços.

“Na ENE, 83 porcento dos pro-veitos operacionais da empresa, ou seja, cerca 63 milhões de kwanzas foram provenientes do Estado a títu-lo de subsídios à preços. Na EDEL, 44 porcento dos seus proveitos ope-racionais, no valor de 9,7 mil mil-hões de kwanzas foram cobertos por subsídios do Estado”, detalhou.

Os custos operacionais das duas empresas, salientou, crescem a uma taxa média anual de 28 porcento, com reflexo no aumento anual da subsidiação.

“A questão fundamental que se coloca é o que se passará, caso sejam mantidos os actuais níveis de subsidiação das empresas face ao elevado esforço de investimento que se assiste no aumento da ca-pacidade de geração, transporte e distribuição de eletricidade, que num prazo de cinco anos quintuplicará a actual”, referiu.

Projecções efectuadas recentemente, indicam que caso se mantenha a tendência da evolução dos actuais défices operacionais e, consequente-mente, os níveis de subsidiação, o esforço finan-ceiro feito pelo Estado poderá ser transferido, aos poucos, para a cobertura das necessidades ope-racionais, em detrimento dos investimentos dos serviços de fornecimento de energia eléctrica a uma maior franja da população.

Em 2012, os investimentos no sector atingiram os 580 mil milhões de kwanzas. Até 2017 pre-vêem-se investimentos na ordem dos 2,2 triliões de kwanzas, que objectivam uma forte revolução no sector eléctrico, que procura a elevação da produção, do transporte e da distribuição a todo o território nacional.

Estado investe trezentos mil milhões de kwanzas em

programas energéticos

Sociedade

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Primavera/Verão 2013

Os ministros da Energia da SADC decidiram ace-lerar os projectos energéticos em curso nos respec-tivos países, para permitir uma oferta de serviços eficientes, fiáveis e de baixo custo, como forma de erradicação da pobreza.

No comunicado apresentado no fim da reunião, os ministros acreditam que a conclusão dos pro-jectos vai garantir a eficiência económica e o uso sustentável da energia na região.

Estão em curso vários projectos energéticos para a melhoria da oferta de energia eléctrica à popula-ção, além de acções para a interligação energética Angola/Namíbia, através do aproveitamento hidroe-léctrico de Baynes,a construção da segunda central hidroeléctrica de Cambambe, no Kwanza-Norte, que vai permitir elevar a produção actual de 180 me-gawatts para 960 megawatts, e a construção da cen-tral térmica de ciclo combinado no Soyo, afirmou o secretario de estado angolano, Jaoquim Boaventura.

Energia

na SADC

As tecnologias de informação constituem hoje a alavanca para o desenvolvimento; Angola é consi-ciente disso e trabalha para ser automono.

O processo de construção e lançamento do sa-télite angolano em órbita deve estar concluído em 2016, garantiu o ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Ro-cha.

“Esperamos não ter questões adversas que pos-sam corrigir os programas que temos. Mas, em princípio, está tudo a funcionar como planificado”, sublinhou.

A construção, colocação em órbita e operação do satélite vai estar a cargo de um consórcio russo

liderado pela empresa Rosoboron Export e a sua entrada em funcionamento vai permitir o acesso de serviços internacionais, de suporte e expansão da Internet de banda larga, de transmissão para os operadores de telecomunicações e o fornecimento de serviços da rede de televisão e radiodifusão.

O contrato prevê, além do fornecimento de meios técnicos, a formação de quadros angolanos em tecnologia espacial para a gestão do satélite.

A criação do satélite angolano foi aprovada em 2008 em Conselho de Ministros, na mesma sessão em que foi dada a luz verde às minutas de contrato a celebrar entre o Ministério dos Correios e Teleco-municações e o consórcio russo liderado pela Ro-sobon Export.

Angola quer autononia tecnologica e cria satelite proprio

Sociedade

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Primavera/Verão 2013

Criador angolano apresenta Máquina de lavar com

controlo remoto

O criador de sistemas electrónicos, Jeovane Range António, apresentou em Luanda, no se-gundo Salão Internacional das Tecnologias de Informação e Comunicação de Angola, o seu mais recente aparelho tecnológico que consiste numa máquina de lavar com controlo remoto.

Em entrevista à Angop, o inventor disse que a

máquina está ligada a um computador que per-mite controlar o tempo de lavagem da roupa. «O aparelho possui um controlo remoto, que serve para ligar e desligar», frisou.

Com esta inovação pretende que as fabricas

de máquinas de lavar reproduzam a sua cria-ção em grades escalas.

A realização da feira das tecnologias é na

sua optica, uma mais-valia, sobretudo para os criadores, por permitir maior intercâmbio com as grandes empresas ligadas ao mundo das tecnologias de informação.

A segunda edição da Expo Tic 2013, reuniu

empresas ligadas ao mundo das tecnologias e telecomunicações de Angola, Portugal, Brasil e Moçambique.

Sociedade

Tecnologia avançada apresentada na feira

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Primavera/Verão 2013

Secretario Geral da Associação de Estudantes Angolanos em Marrocos termina Mestrado

Daniel Lunianga, é natural de Luanda, filho de Nsolaka Daniel e de Mayamba Maria, nascido aos 05/09/1987.

Licenciado em Engenharia Elé-trica, dedica-se ao estudo de fibra Optica nos caminhos de ferro de Marrocos. Fez o mestrado em En-genharia Elétrica com o tema: « Redes Ad-hoc para comunicação entre dispositivos GPS em veícu-los ».

O seu projeto é um simulador de uma área de circulação de veícu-los, com um receptor GPS, cuja intenção é comunicar através da rede ad ‘hoc sem fio (LAN), contro-lando assim todos os GPS e re-pectivos carros. A informação dos veículos é gerida através de um satelite, utilizando os softwares de simulação : Vanetsim, Ns2, Open-GTS, Packet Tracer.

O estudante recém formado po-derá ser uma grande valia na edi-ficação do país concretamente no Sector como: os transportes, na

segurança rodo-viária, técnoligias de informação, energia e águas entre outros liga-dos a engenharia electrica. O seu regresso está marcado para Novembro deste ano. Só nos resta desejar êxitos ao Daniel.

Comunidade

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Primavera/Verão 2013

Foi com profunda dor e consternação que o colectivo de fun-cionários da Embaixada da República de Angola no Reino de Marracos tomou conhecimento do inesperado passamento fi-sico do malogrado Embaixador Bubacar Ly, ocorrido em Rabat no dia 30 de Julho, vítima de doença.

Pelo infausto acontecimento, nos vergamos perante a memória do grande nacionalista, diriginte do PAIGC e exprimi-mos as nossas mais sentidas condolências à familia enlutada, aos funcionários da Embaixada da República de Guiné-Bissau no Reino de Marrocos e ao povo deste país irmão.

Paz à sua alma.

Alexandre Andrade Encarregado de Negócios a.i.

Condolências à Guiné -Bissau

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Primavera/Verão 2013Cultura

Acesos debates marcaram 3º Conselho Consultivo Alargado do Ministério da Cultura realizado, de 8 a 10 de Julho de 2013, na província de Benguela, o sob o lema: “Promover a cultura e as artes para a valorização do nosso património histórico-cultural”.

A sessão de abertura foi presidida pela Ministra da Cultura, Dr.ª Rosa Cruz e Silva, contando com a co-laborção de entidades ao mais variados niveis e sec-tores.

Durante 3 dias os participantes trocaram experiên-cias com vista a identificar soluções e estratégias para a implementação de uma política cultural para os próximos anos, tornando o sector mais productivo e rentável, contribuindo assim na arrecadação de re-ceitas, à semelhança de outros sectores da economia nacional, com o reforço da identidade nacional e da in-dustria cultural.

Como resultado dos debates, os participantes reco-mendaram:

No que concerne ao Património Material e Imaterial

• Inventariar e classificar todo o património cultural, cooperando com instituições privadas no aumento de financiamentos para a inventariação e restauro do pa-trimónio material e imaterial;• Reforçar a educação técnica e científica sobre o patri-mónio material e imaterial

No domínio das Infra-estruturas• Definir o local e a configuração das infra-estruturas culturais a nível central e local;• Elaborar um plano de recuperação dos espaços culturais existentes;• Formar técnicos e capacitá-los para o funcionamen-to e manutenção das infra-estruturas culturais;• Criar espaços para a produção e realização de ma-nifestações culturais;

Relativamente a Economia da Cultura

• Avaliar a inclusão do conceito de cópia privada no âmbito da luta contra a pirataria no domínio da edição discográfica e videográfica;• Criar um observatório para a produção e consumo de bens e serviços culturais;• Industrializar a área de entretenimento em Angola;• Intensificar o turismo cultural como forma de diversifi-car a economia;• Introduzir no curriculum das universidades cadeiras relacionadas com a economia da cultura e os direitos de autor;• Fomentar a iniciativa privada na promoção de activi-dades económicas no domínio da cultura assim como no financiamento das artes;• Promover o surgimento de feiras e actividades afins no sentido da inserção da produção artesanal na ge-ração de emprego e consequentemente redução do desemprego;

Cultura e Comunicação Social• Intensificar o trabalho da comissão conjunta entre os Departamentos Ministeriais da Cultura e da Comuni-cação Social visando acompanhar os conteúdos dos programas culturais;• Criar programas de formação e superação para jor-nalistas, visando o melhoramento dos seus conheci-mentos técnicos e científicos sobre matérias ligadas à cultura e às artes;• Criar e incluir nas grelhas televisivas e radiofónicas programas culturais e sobre as artes;• Incluir na grelha de televisão angolana, programas sobre cultura e as artes de outros povos;

Línguas Nacionais• Reabilitar o concurso literário em línguas nacionais “ Havemos de Voltar”;• Institucionalizar um Prémio Nacional de jornalismo em línguas nacionais;• Uniformizar a escrita das línguas nacionais:• Promover a formação estudos da investigação cientí-fica no domínio das línguas nacionais;• Promover o pluralismo linguístico;

Investigação Científica nos domínios da Cultura e das Artes

• Dotar o Departamento Ministerial da Cultura de Inves-tigadores Científicos na área da Cultura;• Criar um Observatório de Investigação;• Definir o estatuto do investigador científico;

Angola quer transformara cultura em factor de desenvolvimento

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Primavera/Verão 2013Cultura

• Capacitar os Museus para a produção de trabalhos na área de investigação científica;

Formação, Ensino e Fomento das Artes

• Estudar um mecanismo para a criação de um fundo para o fomento das artes;• Acelerar a regularização e implementação da Lei do Mecenato;• Criar acções e programas de âmbito cultural e artísti-co para a educação artística da comunidade e a forma-ção de públicos mais exigentes;• Iniciar uma estratégia comum de implementação dos pacotes legislativos das artes.• Promover um diálogo permanente entre os artistas, produtores e demais agentes culturais.

Diplomacia Cultural• Definir o estatuto do adido cultural• Intensificar o vínculo entre o Ministério da Cultura e as missões diplomáticas.• Capacitar as missões diplomáticas com especialistas do Ministério da Cultura;

No domínio dos ProjectosEspecíficos

• Intensificar a divulgação dos projectos específicos como o projecto Mbanza Kongo, Tchitundu-Hulu e Cor-redor do Kwanza;

No domínio do II FENACULT• Criar a comissão organizadora do II Festival Nacio-nal da Cultura- FENACULT, que acontecerá no ano de 2014;

No domínio dos Programas Culturais Municipaís

• Valorizar o património cultural histórico local no seio das comunidades;• Dinamizar o intercâmbio nacional no domínio cultural;• Incentivar a utilização de materiais de origem nacio-nal contribuindo para estimular a produção dos artistas locais;• Realizar concursos a nível dos Governos Provinciais para organização de feiras do artesanato.• Criar programas de revitalização das escolas tradicio-nais (cultura, olaria, cestaria etc.) a nível provincial;

No domínio do FenómenoReligioso

• Motivar o conteúdo da Circular número quatro (4) que proíbe a cedência de terrenos para igrejas não reconhe-cidas;• Solicitar uma maior atenção dos governos provinciais pra a questão do fenómeno religioso;• Identificar os problemas do fórum religioso em períme-tros classificado como património cultural;-• Aumentar o controlo sobre a actuação das igrejas de cariz transnacional e das igrejas não reconhecidas;• Exercer um maior controlo sobre a poluição sonora pro-vocada pelas igrejas;

Durante o Conselho Consultivo Alargado, os partici-pantes foram brindados com momentos culturais, com exibição de artistas locais.

O evento contou com a presença de Secretários de Estado da Educação, Ensino Superior e da Ciência e Tecnologia, a Secretária do Vice- Presidente para a Área Social, representantes de organismos do estado, entidades eclesiasticas e tradicionais, de fundações na-cionais, Directores Nacionais, o Secretário Permanente da Comissão Nacional para a UNESCO e Vice-Gover-nadores das províncias;Tecnicos do sector e Adidos Culturais e de Imprensae representantes da sociedade civil.

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Primavera/Verão 2013

O recinto localizado na comuna do Benfica, mu-nicípio de Belas, está preparado para acolher os tu-ristas (nacionais e estrangeiros) durante a realização da 41ª. Edição do Campeonato Mundial de Hóquei em Patins, a decorrer de 20 a 28 de Setembro, nas cidades de Luanda e Namibe.

Esta é uma a oportunidade de mostrar ao mundo as potencialidades culturais do país. Aqui os turistas vao poder comprar lembranças sobre angola desde as telas de pintura ao artesanto carateristico do país;

Os vendedores e artesãos aumentam a produção para que nao falte nada aos visitantes.

Mercado do artesanato pronto para acolher turistas

Cultura

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Primavera/Verão 2013Cultura

Angola escolhida para eleger as 7 maravilhas do Mundo

A intenção foi apresentada ao vice-presidente da República, Manuel Vicente, durante a audiência concedida, em Luanda, ao presidente da Funda-ção 7 Maravilhas, Bernardo Weber, que na ocasião convidou o país a acolher a cerimónia de eleição das 7 Maravilhas de África.

O responsável explicou à imprensa, no final do encontro, que a iniciativa visa identificar o melhor do património natural do continente, devendo cada país realizar a sua gala nacional para habilitar-se à participação na final.

- Provincias do K.Norte

- Cunene- Cataratas Eva

- Benguela- Egipto Praia - Cabinda - Floresta do Maiombe

- Namibe - Deserto do Namibe

- Zaire- Cavernas do Nzau Vua

- k.Sul- Grutas do Sassa

- Uige - Grutas NZENZO

- Parque nacional da Cameia - Malanje- Pedras de Pungo a Ndongo

A Fundação 7 Maravilhas, com sede em Zurique, Suíça, foi criada em 2002.

A promoção foi lançada oficialmente a 19 de Jun-ho, com o levantamento de todo o património natu-ral existente nas distintas provinciais por especialis-tas da Fundação e do país, em colaboração com os governos locais.

A votação pública deverá ocorrer até Outubro, culminando na escolha das 7 Maravilhas naturais de Angola que, segundo Bernardo Weber, mere-cerão divulgação a nível mundial.

Estas sao algumas das belezas naturais de An-gola em concurso.

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Primavera/Verão 2013Cultura

O Ministério da Cultura, através do Instituto An-golano de Cinema, Audiovisual e Multimédia – IACAM – realizará na semana de 15 a 21 de Novembro de 2013, a VI edição do Festival In-ternacional de Cinema-FIC Luanda.

Assim, vimos solicitar aos profissionais de cine-ma-Realizadores e Produtores e ainda Institui-ções de Cinema locais para inscrição de suas obras cinematográficas no VI FIC Luanda, re-correndo para o efeito ao site www.ficluanda.org ou [email protected].

Os filmes para a Competição Internacional de-vem ter sido produzidos nos dois últimos anos e está aberta as categorias de Longa e Curta

Metragens e Do-cumentários, de âmbito genera-lista.

A organização do FIC Luanda su-porta as despe-sas de deslo-cação aérea, a partir de um pon-to de escala das linhas aéreas de Angola TAAG, alojamento e ali-mentação para os convidados.

Caso disponha de contactos de Realizadores e da Instituição de Cinema poderá facultar-nos por forma a agilizar o contacto directo.

“A Cultura Fortalece A Nação- Mais Cultura Mais Angola”

Gabinete de Coordenador do FIC em Luanda, aos 27 de Maio de 2013.- Pedro Alfredo RamalhosoCelular:00244-92332295700244-930579312

Luanda acolhe emNovembro o Festival

Internacional de Cinema

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