Embalagens de Frutas e Hortalicas

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UNIVERSIDADE TECNOLGICA FEDERAL DO PARAN

DEPARTAMENTO ACADMICO DE ALIMENTOS

CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS

ISABELA MANSO

MELINA MAYNARA CARVALHO DE ALMEIDA

SILVIA HELENA GONALVES STRIOTO

THAISE PASCOATO

EMBALAGENS PARA FRUTAS E HORTALIASCAMPO MOURO

2011

ISABELA MANSOMELINA MAYNARA CARVALHO DE ALMEIDA

SILVIA HELENA GONALVES STRIOTO

THAISE PASCOATOEMBALAGENS PARA FRUTAS E HORTALIASTrabalho Acadmico, apresentado disciplina de Tecnologia de Frutas e Hortalias, do Curso Superior de Engenharia de Alimentos da Universidade Tecnolgica Federal do Paran UTFPR, como requisito parcial para obteno de nota acadmica.

CAMPO MOURO

2011SUMRIO

1. INTRODUO..........................................................................................................05

2. PRINCIPAIS TIPOS DE EMBALAGENS UTILIZADAS EM FRUTAS (FRUTAS EM CALDA, COPOTAS, DOCE EM MASSA E GELIAS)...........................................07

2.1. EMBALAGENS DE VIDRO......................................................................................072.2. EMBALAGENS METLICAS...................................................................................092.3. EMBALAGENS FLEXIVEIS.....................................................................................112.4. EMBALAGENS DE ISOPOR...................................................................................122.5. EMBALAGEM EM POLIETILENO...........................................................................133. EMBALAGENS DE MADEIRA PARA FRUTAS E HORTALIAS...........................14

3.1. EMBALAGENS PARA MINIMAMENTE PROCESSADOS......................................14

3.2. EMBALAGENS DE MADEIRA PARA FRUTAS E HORTALIAS........................14

4. PRINCIPAIS TIPOS DE EMBALAGENS UTILIZADAS EM HORTALIAS, (MINIMAMENTE PROCESSADA, IN NATURA E EM CONSERVA).........................16

5. CONCLUSO.............................................................................................................25

REFERNCIAS..............................................................................................................261. INTRODUOFundamentalmente a principal finalidade da embalagem proteger os alimentos contra qualquer tipo de deteriorao, seja da natureza fsica, qumica, ou biolgica, desde o seu acondicionamento at o consumo final. Desta forma, os alimentos embalados teriam assegurada a manuteno de suas prprias caractersticas, por um perodo de tempo relativamente longo, aps o seu processo.

Por outro lado, a embalagem tambm qualifica o produto alimentcio, por meio de elementos visuais das mais variadas formas, como letras, nmeros, gravuras.

Tambm deve haver compatibilidade entre o material que constitui a embalagem e o alimento, evitando-se, dessa forma, a transmisso de odores e sabores estranhos, tanto por partes de filmes plsticos, como de revestimentos internos das latas (como verniz) e outros recipientes.

Os recipientes necessitam possuir resistncia compatvel com a presso interna e externa, principalmente no caso de produtos enlatados submetidos a processamento trmico. Exige-se, eventualmente resistncia a vibraes e choques, durante o enchimento.

As condies ambientais tm grande influencia sobre as embalagens. Como exemplos citam-se as latas de compota e doces em calda, onde existe o problema da corroso externa e todas as suas conseqncias indesejveis. Altas umidades relativas ambiente tambm podem diminuir a resistncia das caixas de papelo utilizadas para acondicionar frutas in natura nos centros de distribuio.

Temperaturas elevadas causam alteraes nas propriedades fsicas dos materiais, provocando deformaes, rupturas, etc.

Durante o transporte a distribuio a embalagem esta sujeita a alguns problemas, dos quais os mais freqentes so:

Presso excessiva no empilhamento; Impactos e quedas durante o carregamento e transporte;

Falta de cuidado ou proteo adequada nos depsitos.

A estrutura da embalagem deve apresentar caractersticas adequadas, que funcionem como barreiras contra os possveis danos causados pelo ambiente. H embalagens que impedem a passagem de umidade ou gua para dentro ou para fora do envoltrio. Outros materiais permitem a penetrao de certo grau de umidade, mas impedem a de gases ou substancias volteis.

Os materiais de embalagem no devem ser afetados pelo o produto. H substancias, por exemplo, que causam a corroso das embalagens metlicas. o caso de compota de goiaba, onde o pigmento presente na fruta, antocianina, enfraquece a estrutura da embalagem pela corroso.Uma qualidade bsica de embalagem identificar o produto. Como a distribuio e comercializao se processam hoje em dia de maneira muito dinmica, quanto mais rapidamente a embalagem identificar o produto, maior eficincia tcnica ela ter do ponto de vista de vendas. Evidentemente, essa identificao baseia-se em sua apresentao grfica, que deve incluir, entre outros, os seguintes elementos: Descrio concisa do produto;

Valorizao da marca, logotipo em nome do fabricante;

Contedo lquido-peso, volume nmero de unidades; Instrues de uso;

Ilustrao do produto;

Espao para o prelo.O tamanho do produto ou a quantidade de unidades por embalagem outro aspecto importante. Para ser bem aceito pelo consumidor, o produto precisa ter um tamanho adequado ou quantidade adequada de unidades. Isso se descobre por meio de pesquisas de mercado, a partir das quais o fabricante pode estabelecer os tamanhos ideais que satisfaam faixa mais significativa dos consumidores de seus produtos. Mas, nessas pesquisas, tambm devem ser levadas em conta as necessidades da distribuio e comercializao.

2. PRINCIPAIS TIPOS DE EMBALAGENS UTILIZADAS EM FRUTAS (FRUTAS EM CALDA, COMPOTAS, DOCE EM MASSA E GELIAS).1.1 EMBALAGENS DE VIDROAs embalagens de vidro podem ser utilizadas para o acondicionamento de produtos, com as seguintes vantagens:

O vidro possui altssima inrcia qumica e bastante resistente a agentes qumicos nas temperaturas normais. Isso significa que as embalagens de vidro garantem maior preservao do contedo. Por isso, possibilitam prazos de validade em geral duas vezes maiores do que outros materiais. Mesmo quando descartada, a embalagem de vidro resiste agresso de substancias e no degrada no meio ambiente. O que torna um material adequado para embalar medicamento, cosmticos, bebidas, conservas, etc. O vidro pode ser utilizado para acondicionar produtos neutros, cidos, alcalinos, higroscpicos, com ou sem gases. Esses produtos podero ser lquidos, slidos, pastosos, em p ou gro.

O vidro transparente, permitindo a visualizao de seu contedo na hora da compra, logo muito utilizado na industria de alimentos.

Os recipientes de vidro so fceis de abrir e aps o uso oferecem a possibilidade de reuso.

As embalagens de vidro podem seguir varias formas, tamanho e cor. Sua cor pode variar de mbar, verde e azul, por exemplo, tem capacidade de proteger o contedo, pois filtra os raios ultravioletas, sendo muito utilizada para produtos como cerveja, vinhos e medicamentos. possvel obter uma grande variedade de formatos, pois na passagem do estado slido para o estado pastoso possvel dar ao vidro um novo formato, sem perda de componentes, conferindo ao vidro a possibilidade de ser 100%. A possibilidade de utilizao de cores especiais tambm aumenta a percepo da embalagem e do produto. Forma e cor das embalagens do suporte s estratgias de marketing das indstrias. A embalagem de vidro inerte, higinica, no interfere no sabor de alimentos e bebidas ou na composio de perfumes e medicamentos, garantindo assim a qualidade original do seu contedo. O vidro neutro em relao ao produto que envasa, no mantm nenhuma interao qumica como o seu contedo e pode armazenar qualquer produto por toda sua vida til. No permite a passagem de oxignio ou gs carbnico, portanto, no altera a cor ou sabor do contedo da embalagem. Nada atravessa o vidro ou escapa da embalagem.

O vidro garante a identidade da marca, com formas que possibilitam o reconhecimento imediato e ficam registradas na conscincia do consumidor.

As embalagens de vidro podem ser produzidas com uma grande variedade de formas de fechamento, de acordo com o contedo que envasa e do tipo de uso. Alguns sistemas de fechamento disponveis para garrafas, frascos e potes so rolha, plstica, metlica, twist, cliplok, conta-gotas, abre-fcil, coroa.

Os principais inconvenientes das embalagens de vidro so o peso e a fragilidade. Uma superfcie lisa numa garrafa, tal como se apresenta aps sair do molde, pode resistir tenso de 7000 Kg/cm2 ou mais. Porm, qualquer arranho, por mais leve que seja, pode ocasionar uma reduo de resistncia em at a metade. Ao atingir as prateleiras dos supermercados, poder ter apenas 200 Kg/cm2. As embalagens de vidro mais utilizadas em frutas processadas so potes e copos (Figura 2).Sendo os potes, recipientes de qualquer formato, com uma boca suficientemente larga para facilitar a retirada do contedo (h vrios tamanhos de boca). Esse tipo de embalagem geralmente utilizado para alimentos infantis (papinhas), frutas em conversas (compotas), gelias, etc, (Figura 1).

J os copos, so recipientes em forma de tronco de cone, em geral, de menor capacidade que os potes, so destinados comumente a acondicionar alimentos como gelias, compotas, etc. Estas embalagens tm grande aceitao para o consumidor, pois alm de possibilitar a visualizao do produto, ainda oferecem a vantagem do reuso domstico.

Figura 1 Embalagens de Vidros.Figura 2 Demonstrao de como fica as frutas nas embalagens de vidro.

2.2. EMBALAGENS METLICASEnquanto as embalagens de vidro apresentam vantagens de expor os produtos embalados e serem reaproveitveis, as latas so mais utilizadas, porque, alm de serem mais baratas, apresentam facilidades de manuseio, pois so inquebrveis e resistem a choques trmicos, podendo ser resfriadas rapidamente.As latas usadas so fabricadas por, folha cromada, folha de alumnio e folha-de-flandres que uma das mais utilizadas, ela laminada de ao (ferro com baixo teor de carbono), e revestida com estanho de ambos os lados.

Mas alm do estanho, a lata deve ser revestida com verniz para evitar a corroso, logos eles devem resistir deformao mecnica e os tratamentos trmicos e no devem apresentar qualquer risco de toxicidade ou transmitir qualquer gosto ou sabor ao produto enlatado. O verniz mais indicado depender da acidez do produto, da presena ou no de enxofre, do tratamento trmico a ser submetido e da presena ou no de agentes despolarizantes.O revestimento com leo resinoso o mos comumente utilizado para produtos cidos. Abacaxi em calda, por outro lado, quando enlatado em recipientes envernizados apresenta descolorao. Para evitar essa alterao acondiciona-se o produto em latas no-envernizadas.

Esto disponveis no mercado latas de vrios formatos: redondas, retangulares, ovais, trapezoidais.

H uma avaliao da qualidade das embalagens metlicas como:

O exame visual externo, que uma avaliao com relao e amassamento. O manuseio inadequado e a corroso externa podem afetar a integridade dos alimentos enlatados. A corroso externa pode ser favorecida por umidade, acidez, alcalinidade e presena de eletrlitos. Deve-se, portanto, evitar a presena de sais corrosivos na gua de resfriamento, assim como sua excessiva clorao. As latas devem ser estocadas secas e a cola dos rtulos no deve conter materiais corrosivos. Durante as diversas operaes, o manuseio das latas deve ser cuidadoso. Deve-se evitar amassamento, tanto das latas vazias como das cheias, para no prejudicar a aparncia e, principalmente, a formao e alterao do selo hermtico. O exame visual interno deve-se observar o grau de corroso sofrido pelas latas que continham alimentos, a eficincia da camada de verniz e a qualidade do manuseio da folha durante a fabricao da lata. Deve-se observar se o destanhamento parcial e localizado, tal como nas regies da agrafagem e no fundo da lata ou se intenso e generalizado em todo o corpo extremidades da mesma. Outro fator importante a regravao, pois vida til do alimento depende diretamente da hermeticidade da embalagem em relao ao ambiente externo. Existem dois requisitos fundamentais igualmente importantes para o controle da contaminao por vazamento, ou seja, as latas devem ser fechadas hermeticamente e condies no higinicas e abuso mecnico devem ser evitados aps o processamento trmico das latas, particularmente quando ainda midas. A deficincia em qualquer destes fatores aumenta muito as chances de ocorrncia de contaminao por vazamento. A regravao deve ser forte para suportar as condies normais de processamento, manuseio, transporte e estocagem.

2.3. EMBALAGENS FLEXVEISAs frutas cristalizadas e doces de massa so normalmente embaladas em filmes de celulose regenerada ou celofane. Trata-se de um filme transparente e completamente prova de gordura. Todas as outras propriedades, como soldabilidade a quente, resistncia umidade, deslizamento, etc. so proporcionadas ao filme pela aplicao de revestimento, indicados por uma ou mais letras. Para os produtos citados anteriormente utilizado o celofane MSAT, que permite a soldabilidade a quente da embalagem.

Os doces de tipo bananada devem ser envolvidos por filmes com alta permeabilidade ao vapor d gua, como celofanes. Esses produtos tendem a entrar em equilbrio de umidade com o ambiente. O processo de perda de gua do produto para o ambiente deve, portanto, ser favorecido pelo material de embalagem empregado, o que no ocorreria com o polietileno. Haveria condensao de gua nas superfcies do produto e do filme, que indesejvel sob aspecto microbiolgico, pois favorece o crescimento de fungos.

Alguns produtores envolvem o doce de massa com celofane e colocam-se em caixas de madeira.

Outros tipos de embalagens utilizadas para doces de massa so o poliestireno de alto impacto, polipropileno termoformado e policloreto de vinila (PVC) sob a forma de potes ou bandejas onde o fechamento feito por meio de uma tampa de alumnio termossoldvel ou por tampa do mesmo material. H uma nova embalagem para frutas, estas so formadas em Amidoplast. Plstico este que biodegradvel e composto por amido de milho, glicerol, gelatina e gua, permitindo sua transparncia e tornando seu custo de fabricao mais barato que qualquer similar sinttico base de petrleo. Estas embalagens se transformam em adubo ao serem descartadas, proporcionando maior porosidade e densidade ao solo, ou podem servir de rao para gado e peixes. Umas das grandes solues deste projeto foi a dobradia, que possibilitou as embalagens ficarem em p em cima da mesa e dentro de geladeiras. Alm disso, um gancho na parte superior, permite que as embalagens sejam penduradas no ponto-de-venda, criando assim uma dupla funo. No decorrer do projeto, a forma deixou de ser arredondada e passou a ser mais orgnica, de maneira que s fossem necessrios dois tamanhos de embalagens (Figura 3).

Figura 3 Embalagem Amidoplast.2.4. EMBALAGEM DE ISOPOR (EPS)As embalagens de EPS do melhor acondicionamento, proteo e conservao da fruta, ela tem baixa absoro de gua sem deformao, mas no tem uma resistncia compresso tendo assim que tomar cuidado no transporte. Ela considerada segura e fcil de manusear, e tambm isotrmica. considerada higinica e quimicamente neutra, assim no transferindo cheiro nem gosto para as frutas (Figura 4). uma embalagem 100% reciclvel e livre de CFC e HCFC, assim sendo uma embalagem que pensa muito no meio ambiente.Suas dimenses e cores das embalagens podem ser adequadas a diferentes especificaes; assim podendo ser personalizadas (com transfer, fitas adesivas, etiqueta auto-adesiva ou relevo moldado). Alm de apresentar uma economia no transporte.

Figura 4 Embalagem de EPS para frutas.2.5. EMBALAGEM DE POLIETILENOEsta embalagem feita por polietileno de baixa densidade; com bobina picotada para uso em mquina e manualmente. uma embalagem perfurada para que possa manter as frutas arejadas e permitir o fluxo de ar. Ela apresenta uma sanfona no fundo e uma ala reforada. Suas cores podem ser diferenciadas em at oito cores, e pode ainda ser produzido conforme a necessidade do cliente, mais sua altura mxima de 45 cm e largura mxima de 50 cm (Figura 5).

Figura 5 Figura em polietileno.3. PRINCIPAIS TIPOS DE EMBALAGENS UTILIZADAS EM HORTALIAS3.1. EMBALAGENS PARA MINIMAMENTE PROCESSADOS

Os produtos minimamente processados so geralmente reconhecidos como alimentos submetidos a pequenas modificaes das condies naturais, mas que ainda possuem caractersticas de produtos frescos (Wiley, 1994).

As embalagens tm muitos efeitos na conservao de frutas e hortalias

minimamente processadas. Elas so barreiras ao movimento de vapor dgua e podem ajudar na manuteno da umidade relativa alta e turgor dos produtos.3.2. EMBALAGENS DE MADEIRA PARA FRUTAS E HORTALIASA madeira ainda a principal matria prima de fabricao de embalagem de frutas e hortalias frescas. Ela o resultado da atividade agrcola de produzir madeira, como qualquer outro produto agrcola, conhecida como silvicultura.A embalagem de madeira de frutas e hortalias tem sido muito atacada nos ltimos anos por razes diversas: como o desmatamento (mas no existe mais embalagem de florestas nativas resultando desmatamento), agresses ao meio ambiente, poluio devido no ser reciclada (mais pode ser transformada em energia limpa e em chapas e painis de madeira), sujeira, transmisso de doenas (contaminao pelos microrganismos que podem estar presente na embalagem), danos ao produto nela contido.Antigamente vamos embalagens de madeira de boa qualidade apenas utilizadas em frutas e hortalias importadas, hoje j existe uma fabricao destas aqui no Brasil, sendo uma embalagem leve, lisa, limpa e descartvel.

A Instruo Normativa Conjunta SARC/ANVISA/INMETRO n009, de 12 de novembro de 2002, diz que a embalagem de madeira no est proibida. A embalagem de madeira uma embalagem reciclvel porque no existe tecnologia de higienizao sendo considerada uma embalagem descartvel e no retornvel. Mas algumas normativas estaduais que probem o uso.Atualmente h seis modelos de embalagens de madeira, hoje temos uma grande flexibilidade no que diz respeito altura da caixa, pois pode variar conforme o tamanho do fruto, sendo as principais medidas (Figura 6, 7): 300 x 250 x 100 mm Para 2 Kg de fruta

400 x 250 x 120 mm Para 5 Kg de fruta

500 x 300 x 125 mm Para 6 a 8 Kg de fruta

500 x 300 x 160 mm Para 10 Kg de fruta 500 x 300 x 240 mm Para 22 Kg de fruta

500 x 300 x 280 mm Para 24 Kg de fruta

Figura 6 - Embalagens de diversas medidas contendo as frutas.

Figura 7 Embalagens contendo legumes.

Dentre as frutas, quais as de maior potencial em utilizao de caixas so as frutas de caroo (como pssego, nectarina e ameixa), uva, caqui, banana, mamo papaya e fromosa, figo, jabuticaba, tangerina; tem so utilizadas em hortifrutis (como abobrinha, pepino, pimento).

H algumas vantagens nas embalagens de madeiras, estas so: Boa apresentao;

Mais resistente;

Maior troca/transferncia trmica entre mercadoria embalada e cmaras frias;

Livres de contaminao uma vez que so fabricadas com pinus virgem, sem tratamento algum;

Ecologicamente correta e reciclvel, pois a madeira pode sofrer mais de uma transformao aps a utilizao como embalagem.

4. PRINCIPAIS TIPOS DE EMBALAGENS UTILIZADAS EM HORTALIAS, (MINIMAMENTE PROCESSADA, IN NATURA E EM CONSERVA)Os produtos minimamente processados so geralmente reconhecidos como alimentos submetidos a pequenas modificaes das condies naturais, mas que ainda possuem caractersticas de produtos frescos. A qualidade dos produtos minimamente processados est relacionada com a manuteno das caractersticas sensoriais e com o controle da microbiota contaminante, envolvendo fatores tais como matria-prima, condies de processamento, de embalagens e de armazenamento (WILEY, 1994).

O processamento mnimo aumenta a perecibilidade devido aos danos mecnicos, ocorridos durante o processamento, que ocasionam rompimento celular nas regies do corte, aumento da produo de etileno, aumento da taxa respiratria e sntese de metablitos secundrios. Essas alteraes resultam na diminuio da vida de prateleira dos produtos minimamente processados, sendo verificados os seus efeitos por meio do valor nutritivo, textura, aroma e sabor, alm do aumento da microbiota (SOARES, 2004).

O controle dos processos fisiolgicos fundamental para a conservao de frutos e hortalias minimamente processadas, uma vez que a superfcie exposta aumentada aps o corte, o que facilita a penetrao de oxignio nos tecidos dos produtos (SOARES, 2004).

A modificao da atmosfera ao redor do produto tambm um fator que tem influncia sobre o metabolismo dos vegetais. O efeito combinado de baixas concentraes de O2 e altas concentraes de CO2 diminui a taxa respiratria de frutos e hortalias, retarda o amadurecimento, aumenta a reteno de clorofila e vitaminas e prolonga a vida de prateleira dos produtos acondicionados. A modificao de atmosfera de forma passiva criada no interior da embalagem selada, como resultado direto do consumo de O2 e a produo de CO2 e da permeabilidade da embalagem, ou ainda de forma ativa, a partir da injeo de gases com concentraes predeterminadas, aps a realizao de vcuo (SARANTPOULOS et al., 2001).

Por causa das diferentes taxas de respirao dos vegetais, necessrio adequar a embalagem ao produto acondicionado de acordo com a permeabilidade da embalagem, principalmente aos gases O2, CO2 e etileno. Os filmes atualmente indicados so:

Polietileno (com diferentes densidades);

Filmes coextrusados base de polietileno;

Copolmero de etileno;

Acetato de vinila (EVA);

Policloreto de vinila (PVC),

Poliestireno (PS);

Filmes poliolefnicos;

Polipropileno biorientado (BOPP);

Poliamida;

Filmes microperfurados (inclusive com laser).

O uso de filmes microperfurados ou perfurados apresenta a possibilidade de adequar a permeabilidade do filme ao produto, considerando a permeabilidade inerente do filme em associao com a rea perfurada. A espessura tambm um fator de controle de permeabilidade (SARANTPOULOS et al., 2001).

Figura 8 - Razes de mandioquinha-salsa minimamente processada: (A) razes descascadas envoltas em filme de PVC; (B) razes inteiras descascadas embaladas a vcuo em plstico de tripla camada; (C) produto minimamente processado na forma de rodelas embaladas a vcuo.

Figura 9 Embalagem de folhas de espinafre e rucla em vertical com atmosfera modificada (MAP) em filme BOPP.

Figura 10 Embalagens de vegetais cortados e embalados em bandejas.

Figura 11 Couve minimante processada em sacos de poliolefina.

Figura 12 - Alho descascado e acondicionado em filme plstico.

Teles (2000) observou que ao acondicionar couve minimamente processada em sacos de poliolefina multicamada em atmosfera passiva e em atmosfera ativa (5% O2/15% CO2), estocada a 5oC, a concentrao de equilbrio foi de aproximadamente 3% para ambos os gases. No caso da atmosfera ativa, o rpido decrscimo no teor de CO2 foi devido permeabilidade da embalagem a esse gs (Figura 13).

Figura 13. Concentraes de O2 e de CO2 em couve minimamente processada acondicionada em filme poliolefnico com atmosfera modificada ativa (5% O2/15% CO2) e passiva, estocada a 5oC.

As embalagens tm muitos efeitos na conservao de frutas e hortalias minimamente processadas. Elas so barreiras ao movimento de vapor dgua e podem ajudar na manuteno da umidade relativa alta e turgor dos produtos (BEAULIEU et al., 1997).

A perda de umidade dos produtos minimamente processados, alm de comprometer a qualidade tecnolgica, afeta tambm o valor econmico. Assim, a embalagem deve ser adequada para evitar a perda de massa do produto embalado. Pesquisas realizadas por Geraldine (2000) com bandejas de poliestireno expandido contendo alho minimamente processado apresentou uma perda de 12% quando envolta em uma camada de PVC, comparada a 3%, quando envolta em 4 filmes de PVC (Figura 14). Verificou-se tambm que quanto maior o nmero de filmes de PVC envolvendo a bandeja, menor foi o escurecimento do produto. O alho envolto com uma camada de filme de polietileno apresentou menor vida de prateleira do produto, ocasionada pela condensao de gua no interior das embalagens, que propiciou o desenvolvimento de microrganismos.

Figura 14. Perda de umidade em alho minimamente processado acondicionado em bandejas de poliestireno envoltas com filmes de PVC, 15 m (uma e duas camadas) e com filme de polietileno de baixa densidade, 15 m (uma camada), estocada a 25oC.

A qualidade e a segurana dos alimentos minimamente processados esto intimamente relacionadas metodologia de processamento, ao uso de embalagens apropriadas e s condies adequadas de armazenamento. A composio gasosa, juntamente com a temperatura, constitui fatores que podem ser manipulados, sem grandes dificuldades, no processamento do alimento (BEAULIEU et al., 1997).

A efetividade do CO2 contra microrganismos geralmente aumenta quando se aumenta a sua concentrao. No entanto, deve-se ressaltar os cuidados especiais que devem ser observados ao se considerar o risco microbiano com a possibilidade de crescimento de patgenos (SOARES, 2004).

Dentre os vrios mtodos utilizados no controle e/ou reduo da deteriorao microbiana, o uso de baixas temperaturas tem se apresentado como um dos mais eficientes. Portanto, para a manuteno da qualidade dos produtos minimamente processados, essencial o controle do processamento, a adequao da embalagem e uso de baixa temperatura durante toda a cadeia do processo (SOARES, 2004).

O mercado das HMP s pode evoluir com o desenvolvimento de embalagens adequadas, que ajudam a aumentar a vida til dos produtos, e com a automao do processo de embalagem (MORETTI, 2003).

Como j foi dito, as HMP apresentam maior taxa de deteriorao que os produtos inteiros in natura, considerando que o corte expe os tecidos internos do vegetal, acelerando seu metabolismo. Alm disso, esses tecidos ficam mais vulnerveis contaminao microbiolgica, aumentando os riscos de intoxicaes e infeces alimentares. Mesmo razes, bulbos, rizomas e tubrculos, que possuem naturalmente uma vida ps-colheita relativamente longa, quando so submetidos ao processamento mnimo aumentam sua perecibilidade e tm uma vida de prateleira muito curta (MORETTI, 2003).

Tambm esto surgindo embalagens plsticas com agentes antimicrobianos, que so formas de embalagens ativas que reduzem, inibem ou retardam o crescimento de microorganismos no seu interior, aumentando a vida de prateleira dos produtos (Oliveira e Padula, 2005).

Entretanto, Hanashiro (2003) lembra que, para prolongar o shelf life das HMP no basta utilizar a embalagem adequada, outros fatores tambm devem ser levados em conta, como: a quantidade de vegetal embalado; a rea total de embalagem; o tipo de corte; o tipo de vegetal embalado; a qualidade inicial da matria-prima; a qualidade do processo usado; a qualidade da embalagem utilizada; e as temperaturas de armazenagem e de distribuio (a cadeia do frio).

As propriedades sensoriais (olfato, tato, viso, paladar) tm sido consideradas como determinantes na seleo de um produto alimentcio pelo consumidor. Entretanto, a embalagem e o rtulo tambm exercem significativa influncia na escolha de alimentos, sendo alvos de inmeras pesquisas de mercado - cujos resultados no vm ao conhecimento do pblico por questes de sigilo industrial e de marketing (MORETTI, 2003).

Outro exemplo observado em inmeras pesquisas de mercado apontava para uma melhora significativa na imagem de produtos alimentcios enlatados que eram reapresentados em embalagem de vidro, como se esta transferisse qualidades ao produto que a lata no proporcionava (MORETTI, 2003).

A percepo de aspectos sensoriais, como frescor e aromas influenciada pela apresentao do produto alimentcio, o que inclui, alm da embalagem e do rtulo, o estado de conservao, a limpeza e a organizao dos produtos na gndola, reforando o dito popular de que as pessoas tambm comem com os olhos. Por outro lado, as pesquisas de mercado vm apontando que, cada vez mais, os consumidores tm se habituado a ler o rtulo de produtos alimentcios que pretendem experimentar e j dominam muitas das informaes tcnicas e nutricionais que eles trazem (MORETTI, 2003).

Resultados obtidos a partir do estudo de Dantas et al (2005) mostraram que o consumidor considera as caractersticas das embalagens quando avalia a inteno de compra de couve minimamente processada; ele observa data de validade, preo, marca, informaes nutricionais e ingredientes.

Figura 8 Hortalias inteiras envolvidas em filme PVC.

Figura 10 Embalagem de cenoura inteira em filme BOPP microperfurado e filme LDPE macroperfurado.

Figura 11 - Embalagem de batatas em filme de polietileno especial.

Figura 12 - Embalagem TERMOSELADA de cenouras em bandejas rgidas.

Figura 13 - Vidros de palmito rotulados e prontos para comercializao.5. CONCLUSO

Quando se tratam de produtos delicados como frutas e hortalias, a embalagem vai alm de uma questo de esttica. Escolher corretamente a embalagem para esses produtos garante a proteo dos mesmos durante transporte e armazenamento.

Uma embalagem adequada pode ainda aumentar o tempo de prateleira e mant-los frescos por mais tempo. Sendo assim, a embalagem o instrumento de proteo, movimentao e exposio do produto.

Portanto de extrema importncia ter conhecimento das necessidades do produto hortifrutigranjeiro que se ir comercializar para poder utilizar a embalagem adequada, evitando assim, a desvalorizao e at mesmo perdas do produto.REFERNCIASASSOCIAO BRASILEIRA DE EMBALAGENS. Disponvel em http://www.abre.org.br/premio_abre/vencedores_2006/premio_2006_vencedores.htm, acessado em 26 de outubro de 2011.BEAULIEU, J. C., OLIVEIRA, F. A. R., FERNANDES, T. D. FONSECA, S. C., BRECHT, J. K. Fresh-cut kale: quality assessment of portuguese storage-supplied product for development of a MPA system. California: University of California, 1997. p. 145-151. (Postharvest Horticulture, 19).

DANTAS et al. Maria I. S. Avaliao da inteno de compra de couve minimamente processada. Cinc. Tecnol. Aliment., Campinas, v.25, n.4, out./dez. 2005.

GERALDINE, R. M. Parmetros tecnolgicos para o processamento mnimo de alho (Allium sativum L.). 2000. 84 f. Tese (Mestrado em Cincia e Tecnologia de Alimentos) - Universidade Federal de Viosa, Viosa.INSTITUTO BRASILEIRO DE QUALIDADE EM HORTICULTURA. Disponvel em: http://www.hortibrasil.org.br/jnw/index.php?option=com_content&view=article&id=908:a-embalagem-de-madeira-para-frutas-e-hortalicas-frescas-nao-esta-e-nem-deve-ser-proibida&catid=64:frutas-e-hortalicas-frescas&Itemid=82, acessado em 31 de outubro de 2011.SARANTPOULOS, C. I. G. L.; OLIVEIRA, L. M.; CANAVESI, E. Requisitos de

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