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1
Município de São Bernardo do campo
Secretaria de Educação
Departamento de Ações Educacionais
Divisão de Educação Infantil e Ensino Fundamental
PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI
E
SERVIÇO DE APOIO A PESSOA COM
DEFICIÊNCIA VISUAL
SÃO BERNARDO DO CAMPO
2017
2
“A escola tem que ser esse lugar em que as crianças tem a oportunidade de
ser elas mesmas e onde as diferenças não são escondidas, mas destacadas.”
(Mantoan)
3
ÍNDICE
I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR
07
1. Quadro de identificação dos funcionários 08
2. Quadro de organização das modalidades 11
II – CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE
ATUAÇÃO DA ESCOLA
15
1. Concepção Pedagógica 15
2. Caracterização da Comunidade
2.1. Histórico da Unidade Escolar
2.2. Caracterização da EMEBE Rolando Ramacciotti
2.3. Caracterização do Serviço de Apoio a Pessoa com Deficiência Visual
17
17
17
20
2.4. Plano de Ação para a Comunidade Escolar 26
3. Equipe Escolar 28
3.1. Professores – Caracterização 28
3.2. Plano de Formação do professor 30
3.3. Auxiliares de Educação – Caracterização 33
3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34
3.5. Funcionários – Caracterização 35
3.6. Plano de Formação dos Funcionários 36
4. Conselho de Escola – Caracterização 37
4.1. Plano de Ação do Conselho de Escola 38
5. Associação de Pais e Mestres – Caracterização 39
5.1. Plano de Ação da Associação de Pais e Mestres 40
6. Avaliação do Conselho de Escola e APM 43
III– ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
PEDAGÓGICO PARA O ATENDIMENTO A PESSOA COM DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL-DI
44
1. Análise, reflexão e avaliação das ações pedagógicas realizadas 44
4
em 2016
2. Organização das turmas 45
2.1. Justificativa da abordagem da Proposta Curricular 46
2.2. Eixos do trabalho pedagógico 47
2.2.1. Eixo Escolar
2.2.2. Eixo Familiar
2.2.3. Eixo Comunidade
2.2.4. Eixo Lazer
2.2.5. Eixo Ocupacional
47
49
50
51
52
2.3. Projetos Pedagógicos 52
2.3.1. Projetos da Unidade Escolar
2.3.2. Educação Física
2.2.3. Inclusão Digital da Comunidade Interna
53
75
76
3. Rotina Escolar 78
3.1. Organização da escola para o atendimento dos alunos com
Deficiência Intelectual- DI
3.2. Estudos do Meio previstos
78
78
4. Avaliação das Aprendizagens
80
IV. SERVIÇO DE ATENDIMENTO A PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL 81
1. Análise, reflexão e avaliação das ações pedagógicas realizadas em
2016
2. Que norteia o trabalho com pessoas com Deficiência Visual
2.1. Princípios
3. SAPDV
3.1. Documentos que indicam a necessidade do aluno para o atendimento
no SAPDV
A- Portador de Visão Subnormal (Baixa Visão)
B- Portador de Cegueira
3.2. Objetivos do trabalho desenvolvido no SAPDV
4. Eixo de trabalho
81
84
84
85
85
86
86
88
89
5
4.1. Eixo Família
4.2. Eixo Escolar
4.2.1. Critérios para atendimento
5. Atendimento ao aluno no contraturno
5.1. BRAILLE
5.2. SOROBAN
5.3. RECURSOS GRÁFICOS
5.4. Noções de Informática Adaptada- NIA
6. Itinerância
7. Núcleo de Material Adaptado
8. Avaliação no SAPDV
8.1. Avaliação funcional da visão (AFV)
A- Alunos com Baixa Visão
B- Alunos com múltipla deficiência sensorial e Surdocegos
8.2. Orientações para avaliação
8.2.1. Histórico Clínico
8.2.2. Avaliação da Família
8.2.3. Avaliação Cognitiva
8.2.4. Avaliação Sensorial
8.2.5. Avaliação da Comunicação
8.2.6. Avaliação da Motricidade
8.2.7. Avaliação das Habilidades da Vida Cotidiana
8.2.8. Avaliação Socioafetiva
V- Calendário Escolar
VI- Referências Bibliográficas
VII- Anexo
89
90
90
91
91
93
95
97
98
99
101
101
101
102
102
102
102
102
103
103
104
104
104
105
106
108
6
7
I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR
Escola Municipal de Educação Básica Especial “Rolando Ramacciotti”;
• Endereço: Rua Warner, 300 - Jardim Hollywood
• Telefones: (11) 4123 4108
• E-mail: [email protected]
• CIE: 35079078
Equipe gestora:
Magali de Oliveira Xavier -(PRD – Professora respondendo pela Direção).
Adriana Alves de Siqueira -(PRCP – Professora respondendo pela Coordenação).
Orientadora Pedagógica:
Valdiana do Bomfim Alves
Modalidades de Ensino oferecidas pela escola
✓ Atendimento a Pessoa com deficiência intelectual;
✓ SAPDV: Serviço de Atendimento a Pessoa com Deficiência Visual;
Períodos e horários de funcionamento da escola:
De segunda à sexta-feira das 7h00 às 18h00.
Períodos:
Matutino: 07h00 às 12h00
Vespertino: 13h00 às 18h00
Horário de atendimento da secretaria
Atendimento ao público das 7h00 às 18h00.
8
1. QUADRO DE IDENTIFICAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS
Nome Matricula Cargo
Função
Horário de trabalho Período
de férias
Adriana Alves de
Siqueira
37.223-6 Professora
Respondendo
pela
Coordenação
Pedagógica
2ª - 7h às 9h30/
13h às 18h/
18h40 às 21h40
3ª- 13h às 18h/
18h40 às 21h40
4ª- 7h às 9h30
5ª - 8h às 18h
6ª - 7h às 18h
02/01 à
31/01/17
Ana Lucia Ferraz da
Silva
61.524-0 Professora 13h às 18h 02/01 à
31/01/17
Ana Paula de Paula
Garcia
30.576-2 Professora 13h às 18h 02/01 à
31/01/17
Aparecida Guimarães
Silva
39.004-4 Inspetor de
alunos
8h às 17h 02/01 à
31/01/17
Armando Ferreira
Cardoso
62.901-9 Aux. Limpeza 6h às 15h 04 à
23/01/17
Carmem Silva
Medina
27.004-6 Professora 2ª, 4ª e 6ª 7h às 18h
3ª 14h às 18h
5ª 13h às 19h
02/01 à
31/01/17
Cleide Maria Costa 60.392-8 Professora 13h às 18h 02/01 à
31/01/17
Eduardo da Silva
Lucas
32.246-9 Auxiliar em
Educação
8h às 17h 02/01 à
31/01/17
Elaine Aparecida
Pollini
25.355-1 Professora
readaptada
7h às 13h 02/01 à
31/01/17
9
Ellen da Fonseca
Pouseiro Natis
32.691-8 Professora 2ª- 7h às 12h/13h às 18h
3ª- 14h às 18h
4ª e 5ª- 13h às 18h
6ª- 7h às 17h40
02/01 à
31/01/17
Falcão Zerbeto Bruno 41.021-2 Oficial de
escola
9h às 18h 02/01 à
31/01/17
Fátima Maria Dias da
Costa
25.170-3 Professora 13h às 18h 02/01 à
31/01/17
Fernanda Gonçalves
de Souza
34.616-8 Professora 7h às 12h 02/01 à
31/01/17
Helena Maria Borges
Fabuel Garcia
36.254-2 Inspetor de
alunos
8h às 17h 02/01 à
31/01/17
Iolanda de Santana
do Nascimento
23.127-8 Ajudante Geral 8h às 17h 02/01 à
31/01/17
Joana Haideé Suarez 23.969-0 Professora 13h às 18h 02/01 à
31/01/17
Lourdes Aparecida
de Almeida
27.003-8
61.010-1
Professora
7h às 12h
13h às 18h
02/01 à
31/01/17
Lucimar Amaral
Ezequiel
26.920-9
Professora
7h às 12h
02/01 à
31/01/17
Luiz Henrique
Lazarini
26.704-5 Professor 13h às 18h 02/01 à
31/01/17
Magali de Oliveira
Xavier
28.540-5 Professora
Respondendo
pela Direção
2ª- 9h às 12h / 18h40 às
21h40
3ª- 7h às 18h/ 18h40 às 21h40
4ª- 13h às 18h
5ª e 6ª- 7h às 16h
02/01 à
31/01/17
Maria Aparecida
Cultri
23.802-6 Professora 13h às 18h 02/01 à
31/01/17
Maria Cristina Garcia
de Abreu
61.616-5 Auxiliar de
Limpeza
9h às 18h 01 à
30/08/2017
Maria de Lourdes
Zillig Santos
60.075-0 Auxiliar de
Limpeza
9h às 18h 01 à
30/09/2017
10
Maria Inês Rupulo
Bezerra
34.655-8 Professora 13h às 18h 02/01 à
31/01/17
Mariana Batista dos
Santos
35.172-1 Professora 13h às 18h 02/01 à
31/01/17
Mariana Soares de
Souza
28.807-1 Professora 13h às 18h 02/01 à
31/01/17
Marina Linhares
Geraldo
39.619-7 Professora 13h às 18h 02/01 à
31/01/17
Mychelle Faustino da
Silva
60.588-1 Auxiliar de
Limpeza
6h às 15h 02/01 à
31/01/17
Neide Senas dos
Santos de Moura
23.849-0 Professora
2ª e 5ª- 13h às 18h
3ª e 4ª- 7h às 18h
6ª- 7h às 10h40
02/01 à
31/01/17
Olga Kikue Takinami 26.941-1 Professora 2ª- 7h às 12h
3ª- 7h às 22h
4ª -8h às 18h
5ª- 8h às 15h
6ª -8h às 16h
02/01 à
31/01/17
Priscila de Almeida
Mendes
34.971-8 Professora 7h às 12h 02/01 à
31/01/17
Rosangela de
Santana
38.670-4 Professora 2ª, 4ª e 6ª- 7h às 12h
3ª- 7h às 18h
5ª- 7h às 16h40
02/01 à
31/01/17
Roseli Fernandes
Ferreira
41.067-8 Auxiliar em
Educação
8h às 17h 02/01 à
31/01/17
Sandra Cristina
Neves do Valle
62.789-7 Auxiliar de
Limpeza
6h30 às 15h30 05 à
24/01/17
Sandra das Dores
Silva de Almeida
64.278-8 Professora 7h às 12h 02/01 à
31/01/17
Sandra Regina dos
Santos Menegon
34.871-2 Professora 13h às 18h 02/01 à
31/01/17
Solange
Notarberardino
18.539-8
36.075-2
Professora
readaptada
2ª a 5ª- 12h30 às 17h
6ª-12h30 às 17h30
02/01 à
31/01/17
11
2ª à 6ª- 6h30h às 11h30h
Sonia Regina
Morassi dos Santos
61.537-1 Professora 13h às 18h 02/01 à
31/01/17
Valéria Soares
Alcantara Viana
21.781-2 Merendeira 6h15 às 15h15 18/01 à
01/02/17
2 – Quadro de Organização das Modalidades
Atendimento à pessoa com deficiência intelectual – DI
Período: Tarde - 2ª a 6ª feira da 13h às 17h
Turmas Alunos Professora Auxiliar/Apoio
1 13
Joana Haideé Suarez
Mariana Batista dos Santos
(Professora)
2 13
Marina Linhares Geraldo
Kizzy Magnani (Estagiaria em
Pedagogia)
3 11
Fátima Maria Dias da Costa
Maria Cristina Machado
(Estagiaria em Pedagogia)
4 7
Sandra Regina Menegon
Eduardo da Silva Lucas (Auxiliar
de Educação)
5 8
Sonia Regina Morassi dos
Santos (Professora Substituta)/
Ana Paula de Paula Garcia
(Licença Saúde)
Iolanda de Santana do
Nascimento (Ajudante geral-
designada)
6 6 Ana Lúcia (Professora
Substituta)
Helena Maria Borges Fabuel
Garcia (Inspetora de aluno)
7 6 Maria Aparecida Cultri Aparecida Guimarães Silva
(Inspetora de aluno)
12
8 6
Mariana Soares de Souza
Roseli Fernandes Ferreira
(Auxiliar de Educação)
13
Professor de Educação
Física
Luiz Henrique Lazarini Atende todas as turmas
PAPP- Laboratório Olga Kikue Takinami Atende todas as turmas
Serviço de apoio à pessoa com deficiência visual -SAPDV
Quadro de Horário - Professoras do SAPDV
Período da manhã
Fernanda Gonçalves de Souza- (Licença Maternidade)
Lourdes Aparecida de Almeida (Professora Substituta)
Lucimar Amaral Ezequiel
Priscila de Almeida Mendes
Neide Senas dos Santos de Moura
Sandra das Dores Silva de Almeida ( Professora Substituta)
Período da tarde
Cleide Maria Costa (Professora Substituta)
Ellen da Fonseca Pouseiro Natis ( PAPP – 40h)
Lourdes Aparecida de Almeida
Maria Inês Rupolo Bezerra
Neide Senas dos Santos Moura
Carmem Silva Medina
Manhã
Professoras SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
Lucimar Aula Aula Itinerância Itinerância Aula
Neide Aula Itinerância Aula Aula Itinerância
Priscila Itinerância Aula Aula Itinerância Aula
Ellen Aula - - - Aula
Sandra Itinerância Aula Aula Aula Itinerância
Lourdes Substituição/NMA
Substituição/NMA
Substituição/NMA
Substituição/NMA
Substituição/NMA
14
Tarde
Professoras SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
Lourdes Aula NMA Aula Itinerância Itinerância
Carmem Aula Aula Itinerância NMA Itinerância
Ellen Itinerância Aula Itinerância NMA Aula
Maria Inês
Itinerância Itinerância Aula Itinerância Itinerância
Cleide Substituição/NMA
Substituição/NMA
Substituição/NMA
Substituição/NMA
Substituição/NMA
Neide Itinerância NMA - - -
Período: Manhã
Professoras Atendimentos Alunos
Lucimar BRAILLE ----
SOROBAN 3
RECURSOS GRÁFICOS 2
NOÇÕES DE INFORMÁTICA ADAPTADA
7
Neide BRAILLE 2
SOROBAN ----
RECURSOS GRÁFICOS 9
NOÇÕES DE INFORMÁTICA ADAPTADA
1
Priscila BRAILLE 4
SOROBAN ----
RECURSOS GRÁFICOS 3
NOÇÕES DE INFORMÁTICA ADAPTADA
4
Ellen BRAILLE 5
SOROBAN ----
RECURSOS GRÁFICOS 1
NOÇÕES DE INFORMÁTICA ADAPTADA
3
Fernanda/Sandra (substituta)
BRAILLE ----
SOROBAN ----
RECURSOS GRÁFICOS 1
NOÇÕES DE INFORMÁTICA ADAPTADA
13
15
Período Tarde
Professoras Atendimentos Alunos
Lourdes BRAILLE 1
SOROBAN 2
RECURSOS GRÁFICOS 3
NOÇÕES DE INFORMÁTICA ADAPTADA
2
Carmem BRAILLE ----
SOROBAN ----
RECURSOS GRÁFICOS 7
NOÇÕES DE INFORMÁTICA ADAPTADA
4
Ellen BRAILLE ----
SOROBAN ----
RECURSOS GRÁFICOS 6
NOÇÕES DE INFORMÁTICA ADAPTADA
3
Maria Inês BRAILLE 2
SOROBAN ----
RECURSOS GRÁFICOS 1
NOÇÕES DE INFORMÁTICA ADAPTADA
----
16
II. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS
SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA
1. Concepção Pedagógica
“Sonhar não é apenas um ato político necessário, mas
também uma conotação da forma histórico-social de
estar sendo de mulheres e homens. Faz parte da
natureza humana que, dentro da história, se acha em
permanente processo de tornar-se. Fazendo-se e
refazendo-se no processo de fazer história, como
sujeitos e objetos, mulheres e homens, virando seres
da inserção no mundo e não da pura adaptação ao
mundo. Não há mudança sem sonho como não há
sonho sem esperança. (FREIRE, 1992, p 91).
Ao nos depararmos com o desafio da educação de crianças, jovens e
adultos com deficiência, primeiramente o que nos move e impulsiona é o sonho:
O sonho de contribuir com a formação de cidadãos, homens e mulheres aptos a
exercer a sua cidadania com autonomia, dotado de valores, que o estimule a
prática de atitudes necessárias à boa convivência, em clima de harmonia e
cooperação, onde ele se reconheça como agente transformador de sua própria
história e de seu meio social.
Diante desta concepção de educação, a equipe da EMEBE Rolando
Ramacciotti, acredita que o processo de ensino e aprendizagem se constrói na
interação entre os profissionais da educação e o meio, onde os diferentes atores
aprendem a aprender com cada gesto, ação e relação estabelecida.
Entendemos que cada indivíduo traz consigo legados culturais e saberes
diversos, que devem ser considerados no seu processo de aprendizagem, visto
ser a escola, direito para todos e de cada um. Deve-se também, respeitar,
portanto a inclusão, equidade e gratuidade, assim como acesso, permanência e
sucesso.
17
Dentro da escola não existe diferença entre os profissionais, todos fazem
parte do processo educativo. Entendemos que todos os profissionais dentro deste
espaço são EDUCADORES, assim cabe a todos e a cada um, uma ação
educativa dentro de suas atribuições e em atendimento aos alunos.
Queremos contribuir para a formação de indivíduos capazes de distinguir
as informações e utilizá-las para o bem comum, respeitadores de todas as formas
de vida. Sabemos que a escola não está sozinha na formação das pessoas:
família e sociedade compartilham essa “tarefa”. Sabemos também que a escola
tem um papel fundamental na construção de sujeitos críticos, pois deve oferecer
recursos, boas referências e alternativas ao senso comum.
Dentro deste princípio, em nosso ambiente escolar, estabeleceremos e
zelaremos por uma relação professor/aluno, aluno/professor, que seja pautada no
respeito mútuo, na aprendizagem recíproca, no reconhecimento da necessidade
de atitudes de cooperação, solidariedade, confiança, motivação e, acima de tudo,
no engajamento do professor, em desenvolver uma prática educativa que valorize
a linguagem e a cultura do aluno, promovendo situações concretas de
ensino/aprendizagem, em que todos se beneficiem das conquistas.
A proposta da escola está pautada no currículo funcional numa abordagem
ecológica, que tem como pressuposto a valorização da realidade total do aluno
numa visão comunitária e participativa, por meio de diversas estratégias, das
várias linguagens para o desenvolvimento dos conteúdos, respeitando a
individualidade e singularidade de cada um dos participantes deste processo.
Os conflitos do dia-a-dia, encararemos como parte deste rico processo de
crescimento dos envolvidos, e, eles sempre serão mediados, mediante a relação
que estabeleceremos de respeito, escuta e diálogo constante.
Dentro desta dinâmica, estaremos nos autoavaliando durante todos os
encontros pedagógicos e reuniões formativas, pois no processo de nossa
caminhada precisamos de constante reflexão sobre as nossas metas, objetivos e
de quanto nossas experiências coletivas e individuais nos transformaram, e por
meio delas, buscaremos mais conhecimento para nosso autoconhecimento,
avanço e melhoria significativa do nosso trabalho quanto escola.
18
2. Caracterização da Comunidade
2.1. Histórico da Unidade Escolar
A Escola Municipal de Educação Básica Especial “EMEBE” Rolando
Ramacciotti está localizada no interior do Complexo Padre Aldemar Moreira
situado no Jardim Hollywood, entre a Avenida Caminho do Mar e Avenida
Senador Vergueiro, em um bairro de classe média, no Município de São Bernardo
do Campo - SP. O Bairro é formado por ruas íngremes e arborizado, e possui um
comércio bem variado, além de escolas públicas, estaduais e federais, pequenas
praças consideradas áreas de lazer da comunidade local e instituições religiosas.
Apesar de sua característica residencial, não tem muitas opções de transporte
público. Por sua localização ser próxima ao Rudge Ramos, a população tem
acesso a alguns serviços públicos como: saúde, cultura e lazer.
2.2. Caracterização da EMEBE Rolando Ramaciotti
A história da EMEBE Rolando Ramacciotti começa em 1967, na qual era
situada na casa paroquial, prédio cedido pela Igreja do Rudge Ramos pelo Padre
Fiorente Elena, com a criação da Associação de Pais e Amigos dos Expecionais
(APAE) que teve a parceria da Prefeitura do Municipio de São Bernardo do
Campo.
Em 1970, o Departamento de Divisão Cultural do Município cria o Núcleo
de Educação Especial de Rudge Ramos, agora localizado na R. Ângela Tomé,
260, que substitui a APAE. Este foi inaugurado em 31/03/72 e posteriormente
denominado EMEBE Rolando Ramacciotti.
Em julho/2005 houve a mudança para um novo prédio – R. Warner, 300 –
Jd. Hollywood que foi denominado Centro Integrado de Educação Especial do
Jardim Copacabana, que englobou a EMEBE Rolando Ramacciotti, o Centro de
Apoio Pedagógico Especializado (antes chamado de Centro de Apoio a
Estimulação Essencial Ernesto Augusto Cleto) e outros serviços para
atendimentos a comunidade escolar como: Programa Surdo-cegueira, Avaliação e
Acervo de Tecnologia Assistiva.
19
Através da Lei 5.898 de 19/08/08 passa a denominar-se Centro Integrado
de Educação Especial Padre Aldemar Moreira, complexo constituído pelo Centro
de Apoio Pedagógico Especializado e EMEBE Rolando Ramacciotti.
Em 06/07/10 foi finalizada a reforma do Complexo Padre Aldemar Moreira,
para sanar problemas estruturais e adequar os recursos de acessibilidade.
Através do Decreto nº 17.242 de 08/09/10 houve a alteração da denominação
para Centro Integrado Municipal de Educação Básica (CIMEB) Padre Aldemar
Moreira, que passou a ser constituído pelo Serviço Especial de Apoio Pedagógico
Especializado (SAPE), EMEBE Rolando Ramacciotti e pelo Serviço de Apoio às
Pessoas com Deficiência Visual (SAPDV) Nice Tonhozi Saraiva.
Atualmente o Complexo Padre Aldemar Moreira, passou novamente por
reformas e agora fazem parte do complexo a EMEBE Rolando Ramacciotti que é
composto pelo atendimento à pessoa com deficiência intelectual e SAPDV
(Serviço de Apoio à pessoa com deficiência visual), Acervo de Tecnologia
Assistiva (sob gerência da SE 115), pela EOT (Equipe de Orientação Técnica),
Setor de Reabilitação e Núcleo de Ensino Aprendizagem (NEA) e o Centro
Especializado e Reabilitação (CER).
A EMEBE Rolando Ramacciotti, assim como o Serviço de Apoio a Pessoa
com Deficiência Visual- SAPDV atende educandos das diferentes regiões do
município, cujo acesso ao serviço muitas vezes depende do transporte escolar
ofertado pela Secretaria de Educação e Cultura.
Bairros de moradia dos alunos que frequentam a EMEBE Rolando Ramacciotti.
Tabela 1 – Quantidade de alunos com Deficiência Intelectual
BAIRROS ALUNOS DI
Riacho Grande 2
N. Petrópolis 1
São Pedro 5
Alvarenga 6
Orquídeas 1
Cento 3
20
Rudge Ramos 3
Jd. Laura 3
Limpão 3
Jd. Antares 1
Pq. Imigrantes 2
Las Palmas 1
Alves Dias 2
Taboão 2
Calux 3
Jd. Jussara 2
Jd. Das Américas 1
Planalto 2
Fincos 1
Jd. Santo Inácio 1
Cooperativa 1
Jd. Independência 1
Jordanópolis 1
Jd.Vida Nova 1
Vila São José 3
Vila Esperança 1
Assunção 1
Silvina 1
Pq. São Bernardo 2
Químicos 2
Ferrazópolis 1
Pq. Esmeralda 1
Boa Vista 3
Vila Liviero 1
Paulicéia 2
Divinéia 2
Tupã 1
Jd. Beatriz 1
Jd. Damasco 1
21
Vila Euclides 1
Batistini 1
2.3. Caracterização do Serviço de Apoio a Pessoa com Deficiência
Visual
O modo de conceber, de pensar, de agir com o diferente
depende da organização social como um todo, na sua base
material, isto é, na organização para a produção, em íntima
relação com as descobertas das diversas ciências, das
crenças, das ideologias, apreendidas pela complexidade da
individualidade humana na sua constituição física e psíquica.
Daí as diversas formas de o diferente ser percebido pela
sociedade nos diversos tempos e lugares, que repercutem
na visão de si mesmo. (JANNUZI, 2004, p.10)
Em São Bernardo do Campo o atendimento ao público municipal voltado à
pessoa com deficiência visual teve sua trajetória marcada, inicialmente, pela sala
de recursos anexa à Escola Estadual de Primeiro e Segundo Graus (EEPSG)
“Maurício Antunes Ferraz” que mais tarde foi transferida para a EEPSG “Maria
Iracema Munhoz”.
Com o aumento crescente da demanda e frente à necessidade de
ampliação do atendimento, a Prefeitura de São Bernardo do Campo construiu
uma unidade denominada de Centro Municipal de Apoio ao Portador de
Deficiência Visual (CMAPDV) "Nice Tonhozi Saraiva", em homenagem a primeira
professora do município a atuar nesta área.
Devido à crescente procura dos munícipes por um atendimento
especializado, houve a necessidade de adequar o quadro de funcionários,
buscando garantir a qualidade do mesmo. Em 2004, a demanda do Centro de
Apoio havia crescido de tal forma que a Secretaria de Educação e Cultura (SEC)
precisou alugar um imóvel para acomodar parte dos alunos atendidos. O Centro
22
Municipal de Apoio ao Portador de Deficiência Visual passou então a ter duas
unidades em localizações próximas no centro da cidade.
A Unidade 1, localizada na Rua Marechal Rondon, 100-A, constituída e
inaugurada pela Prefeitura de São Bernardo do Campo, destinava-se ao
atendimento das crianças.
A Unidade 2, localizada na Rua Zelinda Zanella, 93, imóvel locado pela
Prefeitura de São Bernardo do Campo, destinava-se ao atendimento de
adolescentes e adultos.
Também neste ano, frente à busca dos familiares de pessoas com
surdocegueira por atendimento especializado, o CMAPDV deu início aos estudos
e ao atendimento a este novo público implantando o “Projeto Surdocegueira /
Múltipla Deficiência Sensorial”.
No ano de 2005, o “Projeto” passou a fazer parte da Secretaria de
Educação, através da Seção de Educação Especial e os professores que nele
atuavam eram designados através de inscrição por edital. A Equipe de Orientação
Técnica do “Projeto” era composta por profissionais do CMAPDV “Nice Tonhozi
Saraiva” e da EMEBE “Neusa Bassetto”.
Em 2007 o prédio da Unidade 2 passou a apresentar alguns problemas
estruturais, sendo necessária a locação de um novo espaço para atender a
demanda.
Não sendo possível agrupar todos em uma só Unidade, algumas aulas
foram suspensas, somente as aulas de Orientação e Mobilidade, Itinerância e
Núcleo de Material Adaptado continuaram na Unidade 2. Na Unidade 1, os
atendimentos às crianças permaneceram.
Em 2008 houve a locação de um novo prédio (Avenida Índico, 926) que
contemplou o número de alunos de ambas as Unidades.
Em 2009 o atendimento aos alunos com surdocegueira, passa a ser
caracterizado como Atendimento do Centro de Apoio.
Ainda nesse período, surgem problemas estruturais no prédio alocado há
menos de um ano, originando a demanda pela procura de um novo espaço.
Diante desta necessidade foi indicado pela Secretaria de Educação o
remanejamento dos atendimentos deste Centro para o Complexo Padre Aldemar
Moreira. Mediante fato, os atendimentos realizados na unidade foram suspensos,
tendo continuidade o Ensino Itinerante, os atendimentos de Orientação e
23
Mobilidade Avançada, Atividades de Vida Autônoma e Social Domiciliar e
confecção dos materiais pedagógicos adaptados, solicitados pelas unidades
escolares.
Quanto às metas e ações elencadas em 2009, efetivaram-se as seguintes:
• Acesso dos alunos aos equipamentos pedagógicos e tecnológicos;
• Participação de todos os funcionários em diferentes momentos
formativos do CMAPDV (reuniões pedagógicas, HTPC’s, reuniões por
seguimento);
• Otimização das ações realizadas pelo NMA (Núcleo de Materiais
Adaptados): utilização da impressora Braille, disponibilidade de
computadores e profissionais para execução das demandas com
horários estabelecidos por ocasião da atribuição de cada professora em
sua grade de atendimento.
No entanto, as metas relativas ao Conselho do CMAPDV, à APM e ao
desenvolvimento do projeto de implantação das tecnologias de informática, foram
atingidas de forma parcial. Em relação ao Conselho, as reuniões não aconteciam
de forma periódica. Os encaminhamentos para legitimar a atuação da APM foram
providenciados e ao término deste ano não houve devolutiva da etapa em que se
encontrava esta documentação.
Foi oferecida aos profissionais da Educação Especial a formação no
programa JAWS, direcionado ao acesso informático para o educando com
deficiência visual, porém não houve espaço para uma organização de tempo que
garantisse aos docentes o aprimoramento dos conhecimentos e nem tão pouco
para elaboração do programa de informática.
Dia 04 de janeiro de 2009, iniciou-se as comemorações mundiais do
Bicentenário de Louis Braille, criador do sistema de leitura e escrita para cegos –
SISTEMA BRAILLE – que possibilita o acesso às pessoas cegas ao
conhecimento científico, literário, tecnológico e acima de tudo a inclusão na
sociedade.
No Brasil, os eventos foram coordenados pela União Brasileira de Cegos
(UBC), que tinha como presidente de honra, a senhora Dorina de Gouvêa Nowill.
O Centro de Apoio, desde 2008 planejou junto com a comunidade escolar ações
para comemorar o bicentenário de Louis Braille, tais como:
24
• A comunicação escrita entre as pessoas cegas das regiões
brasileiras;
• Organização do acervo para mesa itinerante temática;
• Produção de DVD áudio descritivo sobre o bicentenário de Louis
Braille e reprodução de 100 cópias para distribuição aos alunos,
familiares e unidades escolares;
• Apresentação e divulgação aos alunos do selo comemorativo ao
Bicentenário de Louis Braille;
• Apresentação de Dança de Salão realizada pelos alunos do Centro
de Apoio, que integram o Projeto da EMAEI Prof. Paulo Bugni;
• Visitação à Fundação Dorina Nowill pelos funcionários do Centro de
Apoio;
• Convite aos ex-alunos para a participação nas comemorações do
Bicentenário;
• Depoimento do Sr. Silvio Roberto Gonzaga de Souza, usuário de
cão guia, para relatar a importância das técnicas de OM como
suporte para beneficiar-se da utilização do cão guia.
Em 2010 a Secretária de Educação organizou os atendimentos de forma
que o CMAPDV passasse a funcionar no Complexo Padre Aldemar Moreira, e
iniciou-se o processo de descentralização dos atendimentos dos alunos do ensino
regular para polos das escolas municipais. Desta forma, ocorreu a mudança do
nome de Centro Municipal de Apoio à Pessoa com Deficiência Visual “Nice
Tonhozi Saraiva” para Serviço de Apoio às Pessoas com Deficiência Visual -
SAPDV.
A partir de 2011, iniciam-se os atendimentos dos alunos do ensino regular
nos polos. No SAPDV permaneceram os atendimentos aos munícipes (fora da
escolaridade, de escolas particulares e estaduais), com os seguintes
atendimentos: Braille, Soroban, Recursos Gráficos, AVAS, Estimulação,
Orientação e Mobilidade e Educação Física.
De acordo com a determinação de descentralização, foram extintos os cursos
(“Vamos Braillar”, “Em Foco”, “Soroban”, Orientação e Mobilidade”, Caminhando e
Tateando I e II), antes elaborados e ministrados pelos docentes e equipe técnica,
impossibilitando a formação para profissionais da educação e comunidade.
25
A descentralização em escolas pólos/sedes foi revista no final do ano letivo de
2012, após o levantamento de inúmeros obstáculos não solucionados no período:
ineficácia do transporte escolar, estrutura das salas, precariedade dos recursos,
cancelamentos de atendimentos, restrição das trocas entre profissionais, prejuízo
na confecção de material adaptado, dentre outros. Estes fatos evidenciaram que o
atendimento na área da deficiência visual, de forma descentralizada não atendia
efetivamente as demandas do alunado em questão.
De acordo com o descrito acima, em 2013, efetivou-se o retorno dos
atendimentos num único local. O atendimento atualmente está sediado no
Complexo Padre Aldemar Moreira, na EMEB Rolando Ramacciotti e configura-se
como SAPDV – Serviço de Apoio a Pessoa com Deficiência Visual.
Tabela 1 – Quantidade de alunos com Deficiência Visual - AEE
BAIRROS QUANTIDADE DE ALUNOS – DV/AEE
Jd. Nosso Lar 1
Riacho Grande 2
Baeta 2
Vila Ruth 2
São Pedro 5
Pq. Seleta 1
Vila Vivaldi 1
Montanhão 1
Vila Caminho do Mar 1
Ipê 1
Cooperativa 2
Calux 1
Areião 1
Silvina 1
Jordanópolis 1
Pq. Imigrantes 1
Vila Carminha 1
Jd. do Lago 1
Nova Petrópolis 1
26
Ferrazópolis 1
Batistini 1
Boa Vista 1
Vila São José 2
Jd. Laura 1
Paulicéia 1
Tabela 2 – Quantidade de alunos com Deficiência Visual - Munícipes
BAIRROS QUANTIDADE DE ALUNOS –
DV/MUNÍCIPES
Vila Luzitânia 1
B. Dos Casa 1
Riacho Grande 1
Vila S. José 1
Montanhão 1
Silvina 1
Rudge Ramos 1
Las Palmas 1
Jd.do Lago 1
Vl. S. Pedro 2
Jd. Gagliardi 1
Orquídeas 2
Santa Terezinha 1
Paulicéia 1
Planalto 1
Tera Nova 1
Nova Petrópolis 1
Jd. Brasília 1
Batistini 1
Vila Flórida 1
Pq. Imigrantes 1
27
2.4. Plano de Ação para a Comunidade Escolar
Justificativa
Diante de uma discussão e avaliação feita pelos professores e equipe
gestora, quanto às necessidades do público que atendemos nesta unidade
escolar, percebemos a importância de se trabalhar a boa convivência, o respeito e
a conscientização da comunidade escolar sobre a importância de prevenir o
mosquito da Dengue, tendo em vista a epidemia de dengue em nosso bairro e o
trabalho de conscientização que o município de São Bernardo vem fazendo com a
população, não podemos ignorar essa situação, pois a cada momento que se
passa a situação se agrava mais. Pessoas e mais pessoas contaminadas pela
picada do mosquito estão sendo hospitalizadas e muitas delas chegando à morte.
A população necessita não só de informação sobre a transmissão e as
formas de prevenção e principais sintomas, mas também mais ação para
amenizar essa situação tão crítica.
E para isso foi definido como projeto coletivo desta EMEB no ano letivo de
2017 o tema “Todos Contra a Dengue”, com o intuito de tornar a comunidade
escolar apta a serem multiplicadores das informações a sociedade sobre a
importância de prevenir o mosquito da Dengue.
Objetivos Gerais e específicos
Geral
Trazer informações e sugestões de boa convivência e da pratica do
respeito entre todos, bem como proporcionar a toda comunidade a
conscientização em relação a dengue, tendo em vista a epidemia em nosso
bairro, conhecer sobre os cuidados que se deve ter para evitar o crescimento de
focos do mosquito.
Específicos
• Identificar o mosquito transmissor Aedes aegypti;
• Trabalhar junto à comunidade escolar esclarecendo sobre o vetor e a
doença que vem causando muitas mortes;
• Contribuir para a preservação da saúde;
• Prevenir a proliferação do mosquito e como consequência a doença;
28
• Conhecer as formas de contágio, prevenção e tratamento;
• Reconhecer como os hábitos de higiene ajudam a manter a saúde e a
prevenção da dengue;
• Desenvolver hábitos e atitudes que ajude a acabar com a proliferação do
mosquito;
• Aplicar os conhecimentos adquiridos.
Ações propostas (metodologia)
• Sensibilizar professores, alunos com vídeos de campanha sobre a dengue;
• Exibição de vídeos e dados informativos sobre a doença e como evitá-la;
• Leitura de noticiários sobre dengue;
• Pesquisa na Internet sobre a dengue e como se pode evitá-la;
• Confecção de folders e cartazes informativos sobre a dengue;
• Sensibilizar comunidade e responsáveis com material produzido pelos
alunos.
Prazo/periodicidade
Anual
Responsáveis
Equipe gestora, professores e demais funcionários da escola.
Avaliação
Observaremos a participação e o envolvimento dos pais, alunos e
funcionários durante as atividades propostas, mas principalmente por meio de
análises das mudanças de atitudes de todos os envolvidos, em relação ao tema
trabalhado.
O convívio e a cooperação direta dos pais relacionados a todos os
aspectos dentro da Unidade Escolar, também será de fato, importante para
avaliarmos se realmente há uma interação e participação mutua, trazendo
atitudes de cidadania.
29
3. Equipe Escolar
3.1. Professores - caracterização
A grande maioria dos professores desta Unidade Escolar tem formação
acadêmica de nível superior. São participativos e engajados quanto às propostas
da escola, bem como interados e comprometidos em relação ao aprendizado e
desenvolvimento dos alunos.
Estão em constante busca de crescimento intelectual e formações próprias
para que possam desempenhar de forma construtiva e progressiva seu papel de
docente.
ESCOLARIDADE
Nome Situação
Funcional
Gradua
ção
Pós -
Gradua
ção
Tempo
na
PMSBC
Tempo
na
Escola
Observação*
Ana Lucia Ferraz da
Silva
CLT X X 9 anos 2 meses
Ana Paula de Paula
Garcia
X X 14 anos 2 meses
Carmem Silva
Medina
Estatutário X X 17 anos 17 anos Período da
tarde trabalha
10h em Santo
André
Cleide Maria Costa CLT X X 11 anos 11 anos
Elaine Aparecida
Pollini
Estatutário X X 19 anos Professora
Readaptada
Ellen da Fonseca
Pouseiro Natis
Estatutário X X 10 anos 1 ano
Fátima Maria Dias da
Costa
Estatutário X 20 anos 20 anos
Fernanda Gonçalves
de Souza
Estatutário X X 8 anos 5 anos Período da
tarde – Rede
Estadual
30
Joana Haideé
Suarez
Estatutário X X 22 anos 22 anos
Lourdes Aparecida
de Almeida
Estatutário
x
x
17 anos 17 anos Período da
tarde –
matricula CLT –
SBC, na mesma
EMEBE
Lucimar Amaral
Ezequiel
Estatutário X X 17 anos 17 anos Período da
tarde – rede
Municipal de
Diadema
Luiz Henrique
Lazarini
Estatutário X X 18 anos 18 anos
Maria Aparecida
Cultri
Estatutário X X 22 anos 22 anos
Maria Inês Rupolo
Bezerra
Estatutário X X 8 anos 8 anos
Mariana Batista dos
Santos
Estatutário X 7 anos 2 anos
Mariana Soares de
Souza
Estatutário X 14 anos 2 anos
Marina Linhares
Geraldo
Estatutário X 4 anos 5 meses
Neide Senas dos
Santos de Moura
Estatutário X X 22 anos 22 anos
Olga Kikue Takinami Estatutário X X 17 anos 14 anos PAPP
Priscila de Almeida
Mendes
Estatutário X X 8 anos 5 anos Período da
tarde – Rede
Estadual
Rosangela Santana Estatutário X X 5 anos 1 ano
Sandra das Dores
Silva de Almeida
CLT X 4 anos 4 anos
31
Solange
Notarberardino
CLT/Estatu
tário
X X 13 anos/
7anos
1 ano Professora
Readaptada
Sandra Regina dos
Santos Menegon
Estatutário 8 anos 1 ano
Sonia Regina
Morassi dos Santos
CLT 9 anos 1 ano 3
meses
3.2. Plano de Formação para os Professores
Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo
"Ninguém nasce educador ou marcado para ser
educador. A gente se faz educador, a gente se
forma, como educador, permanentemente, na
prática e na reflexão da prática". (FREIRE, 1991:
58).
Os encontros de HTPC acontecem semanalmente, ás 2ªs e 3ªs feiras das
18h40 às 21h40.
A equipe docente está dividida em 2 agrupamentos, de acordo com as
especificidades dos grupos:
GRUPO com professores do DI
2ª. FEIRA
18h40 às 21h40
GRUPO com professores do SAPDV
3ª. FEIRA
18h40 às 21h40
1- Ana Lúcia 1- Carmem Silva Medina
2- Fátima Maria Dias da Costa 2- Cleide Maria Costa
3- Joana Haideé Suarez 3- Ellen da Fonseca Pouseiro Natis
4- Luiz Henrique Lazarini 4- Fernanda Gonçalves de Souza
5- Maria Aparecida Cultri 5- Lucimar Amaral Ezequiel
6- Mariana Batista dos Santos 6- Lourdes Aparecida de Almeida
7- Mariana Soares de Souza 7- Maria Inês Rupolo Bezerra
8- Marina Linhares Geraldo 8- Neide Senas dos Santos de Moura
32
9- Olga Kikue Takinami 9- Priscila de Almeida Mendes
10-Sandra Regina Menegon 10- Sandra das Dores Silva de Almeida
11-Sônia Regina Morassi dos Santos.
Após reflexões ficou estabelecido, entre o grupo de professores, que esses
momentos de HTPC são destinados à:
➢ Planejamento -1 hora;
➢ Formação e informação- 2 horas
Quando há necessidade de discussões de assuntos que surgem no decorrer da
semana, utilizamos um desses momentos, sempre alternadamente para que
nenhuma das partes seja prejudicada.
A organização do mesmo é de responsabilidade da equipe gestora, que
estabelecem assuntos e/ou conteúdos a serem abordados de acordo com as
necessidades e interesses do grupo e solicitações da SE, conforme segue no
plano de formação.
Há sempre um professor responsável pelo registro do encontro e pela leitura do
mesmo no início do encontro seguinte.
Há também no primeiro momento do encontro uma socialização de pratica ou
uma leitura ou indicação de um texto/livro que é compartilhada pelo grupo e esta
socialização é oferecida ora pela equipe gestora, ora pelos professores.
Objetivo Geral
Proporcionar momentos de estudo, pesquisa e troca, onde os docentes,
juntamente com a equipe gestora, possam socializar experiências e dúvidas
acerca dos temas determinados, trazendo assim um crescimento quanto ao
conhecimento e pratica.
Objetivos Específicos
• Socializar com os professores as práticas construídas nos cursos oferecidos
pela SE a equipe gestora;
33
• Discutir e revisitar a Proposta do Currículo Funcional de São Bernardo quanto
às orientações didáticas referentes aos processos discutidos dentro de cada tema
proposto;
• Oferecer aos professores situações de estudo, de reflexão e discussão sobre a
prática pedagógica e investir no seu desenvolvimento profissional;
• Oferecer conteúdos e situações-didáticas que privilegiem o processo de ensino-
aprendizagem;
• Apresentar e discutir alguns procedimentos e possibilidades de trabalho com
foco na Tecnologia da informação e Comunicação;
• Resgatar o trabalho já realizado em anos anteriores, expor novas experiências
e propor novas praticas;
• Refletir e agir sobre a organização do espaço, dos materiais e dos alunos,
favorecendo um ambiente estimulador da aprendizagem;
• Organizar o tempo didático considerando as peculiaridades das atividades e
objetivos de aprendizagem;
• Produzir dinâmicas que possibilitem a vivência e troca de experiências quanto
aos temas a serem trabalhados nas formações.
Ações Formativas complementares ao HTPC:
• Análise do Plano de Ação com devolutiva coletiva ou individual atendendo as
necessidades formativas de cada professor.
Avaliação
Participação e envolvimento durante as formações, mas principalmente por
meio das análises das devolutivas dos docentes, de suas propostas didáticas
(análise do plano de ação/semanário) e sua prática.
Também é importante propor momentos de avaliação coletiva,
principalmente após a aplicação de algumas atividades/ações acerca dos temas
desenvolvidos durante as formações. Deixando que os docentes possam colocar
experiências positivas e negativas vivenciadas durante o ano letivo.
34
3.3. Auxiliares de Educação - caracterização
A EMEBE conta com dois auxiliares em Educação. Os demais funcionários
que colaboram no trabalho de apoio aos professores, são dois inspetores e um
ajudante geral que encontra-se designado para auxiliar os alunos, dada a
especificidade do trabalho aqui desenvolvido.
Escolaridade
Nome Situação
funcional
Ensino
médio
Graduação Pós
gradu
ação
Tempo
na
PMSBC
Temp
o na
Escola
Observaç
ão
Eduardo da
Silva Lucas
Estatutário X Incompleto 9 anos 9 anos Auxiliar
de
educação
Roseli
Fernandes
Ferreira
Estatutário X Completo 2 anos
e 6
meses
1 ano Auxiliar
de
educação
Escolaridade
Nome Situação
funcional
Ensino
médio
Graduação Pós
gradu
ação
Temp
o na
PMSB
C
Temp
o na
Escola
Observaçã
o
Aparecida
Guimarães
Silva
Estatutário X Incompleto Inspetor
de aluno
Helena
Maria
Borges
Fabuel
Garcia
Estatutário X Completo Inspetor
de aluno
35
3.4. Plano de Formação para os Auxiliares
Justificativa
Entendemos que todos os profissionais que atuam na escola são educadores,
mas que necessitam de formação, para que ampliem e ressignifiquem a
concepção de educação. Educar exige cuidado e para estes profissionais o “saber
cuidar” é indispensável. Trabalharemos com vista em melhor compreender,
respeitar e realizar boas intervenções frente à diversidade de alunos da escola.
Objetivos Gerais e Específicos
• Proporcionar o conhecimento em relação aos conceitos sobre diversidade
do público da Unidade Escolar;
• Reconhecer a importância do cuidado para o processo educativo;
• Reconhecer a importância de suas práticas para a construção de um
ambiente acolhedor, contribuindo para aprendizagem dos alunos;
• Compreender a importância do trabalho coletivo.
Ações Propostas (Metodologia)
• Reuniões para abordar questões do acolhimento e trato com diversidade
(estudo de caso dos alunos da escola);
• Socialização de práticas;
• Participação em HTP juntamente com os professores quando necessário,
para orientações em comum;
Cronograma
As reuniões de formação dos auxiliares acontecerão quinzenalmente às
terças-feiras, das 17h as 18horas.
Avaliação do Plano de Formação dos Auxiliares
Iolanda de
Santana do
Nascimento
X Ajudante
Geral
(designada)
36
Ao final de cada encontro haverá um momento para se avaliar se as ações
realizadas e as planejadas estão coerentes com os objetivos propostos, além
disso, a equipe gestora fará observações após os encontros de modo a concluir
se as práticas observadas são coerentes com as relatadas e propostas.
3.5. Funcionários - Caracterização
Os funcionários desta U.E. possuem formação escolar que varia do ensino
fundamental incompleto ao ensino médio completo. Trabalhar com esta
diversidade torna-se um desafio e ao mesmo tempo um facilitador já que
conforme Vygotsky a aprendizagem se dá através da interação mediada pela
cultura e história vividas por cada um.
Dessa forma, como já afirmamos, entendemos que todos os profissionais
que atuam na escola SÃO EDUCADORES e por esta razão precisam ter
intencionalidade educativa em suas intervenções, nas interações com os alunos.
Ser cozinheira ou auxiliar de limpeza em uma escola não exige dos
funcionários apenas competências e habilidades para se fazer uma refeição
saborosa ou deixar um determinando espaço limpo. Exige que as pessoas
estejam disponíveis às necessidades dos alunos. Os fazeres de todos os
funcionários devem estar voltados para o cuidado com o outro, o respeito à
diversidade, às necessidades específicas e únicas que cada aluno traz consigo.
Tal relação mostra-se no dia a dia e traz atrelada à fala e às atitudes do grupo o
reconhecimento de que são educadores e, portanto tentam se aperfeiçoar e
avançar em seus saberes.
Escolaridade
Nome Situação
Funcional
Ensino
médio
Gradua
ção
Pós
gradu
ação
Tempo
na
PMSBC
Tempo
na
Escola
Observação
Armando
Ferreira
Cardoso
CLT X 7 anos 7 anos Auxiliar de
Limpeza
37
3.6. Plano de Formação para os Funcionários
Justificativa
Acreditamos que a formação das pessoas se dá também nas ações
cotidianas, através da cultura, da interação, dos movimentos históricos vividos por
cada um. Diante desta diversidade de saberes nos propomos a desenvolver um
projeto visando este objetivo.
Falcão
Zerbeto
bruno
Estatutário X 2 anos
e meio
2 meses Oficial de
escola
Maria
Cristina
Garcia de
Abreu
CLT X 9 anos 9 anos Auxiliar de
Limpeza
Maria de
Lourdes
Zillig Santos
CLT X
11 anos 11 anos Auxiliar de
Limpeza
Mychelle
Faustino da
Silva
CLT X 11 anos 7 anos Auxiliar de
Limpeza
Sandra
Cristina
Neves do
Valle
CLT X 7 anos 7 anos Auxiliar de
Limpeza
Valéria
Soares
Alcantara
Viana
X 27 anos 3 anos Merendeira
Nilza Mota
da Silva
Rocha
Estatutário X 9 anos 1
semana
Auxiliar de
limpeza
38
Objetivos Gerais e específicos
• Valorizar os conhecimentos apresentados pelos funcionários;
• Identificar os conhecimentos que os funcionários apresentam sobre
diversidade, ampliando-os;
• Reconhecer a importância de suas práticas para a construção de um
ambiente acolhedor, contribuindo para aprendizagem dos alunos;
• Compreender a importância do trabalho coletivo.
Ações Propostas (Metodologia)
• Rodas de conversa buscando coletar informações sobre o conhecimento
dos funcionários sobre o desempenho de suas funções, bem como sobre
diversidade;
• Reuniões trimestrais entre os diferentes segmentos para abordar questões
do acolhimento e trato com diversidade, bem como realizar troca de
experiências entre os funcionários;
Responsáveis
Equipe Gestora
Avaliação do Plano de Formação para os Funcionários
Ao final de cada encontro haverá um momento para avaliar se as ações
realizadas e as planejadas estão coerentes com os objetivos propostos.
A equipe gestora fará observações periodicamente de modo a concluir se
as práticas observadas são coerentes com as relatadas e propostas.
4. Conselho de Escola – Caracterização
De acordo com o Portal do Ministério da Educação “O Conselho Escolar é
constituído por representantes de pais, estudantes, professores, demais
funcionários, membros da comunidade local e o diretor da escola. Cada escola
deve estabelecer regras transparentes e democráticas de eleição dos membros
do conselho.”
39
Devido a grande dificuldade dos pais participarem das reuniões, visto não
serem moradores do entorno e sim de todo São Bernardo do Campo, as reuniões
ocorrem juntamente com as reuniões da APM, tendo suas atas específicas.
As ações do Conselho Escolar são pautadas nas necessidades dos alunos
das quais são diversas e específicas. Nossas discussões, proposições e atuação
têm o aluno no centro, visto que este é a razão de existência das escolas.
Entendemos ainda, que as reuniões do Conselho Escolar e APM são espaços
privilegiados para formação e auxiliam na construção de princípios e valores,
além de uma concepção de Educação que tem a oportunidade de ser difundida
por toda a comunidade escolar, visto a diversidade de segmentos que compõem
este órgão colegiado.
Conselho de Escola
Funcionários
Magali de Oliveira Xavier Presidente
Carmem Silva Medina Professora
4.1. Plano de Ação do Conselho de Escola
Objetivos gerais e
específicos
Ações Propostas
(Metodologia)
Responsáveis Cronograma
Validar PRCP Reunião Magali de
Oliveira Xavier -
PRD
22/02
Eleger novos membros
do GT/PDDE Interativo
e do Conselho de
Escola;
Reunião PRD 03/03
Alunos e Comunidade Escolar
Maria de Lourdes Boin Mãe de aluno
Nazaré Ikawa de Oliveira Mãe de aluno
Maria Aparecida Ghioti Silva Sousa Mãe de aluno
40
Aprovação do
Calendário Escolar
Aprofundar discussão
sobre democratização
do espaço público
Reuniões
semestrais
PRD 07/06 e
13/09
Avaliação dos
trabalhos realizados e
fechamento do ano
letivo
Reunião PRD 08/12
5. Associação de Pais e Mestres (APM)- Caracterização
A finalidade da APM é a de colaborar no aprimoramento do processo
educacional, sendo subordinada ao Conselho de Escola, incumbindo-se de
deliberar, executar e fiscalizar verbas e promover eventos que estejam de acordo
com a proposta pedagógica da unidade escolar, a fim de ampliar os
conhecimentos dos alunos.
Os associados – pais, mestres e funcionários – colaboram
espontaneamente participando das reuniões e assembleias. Os recursos
financeiros administrados pela APM são provenientes dos repasses dos
convênios estabelecidos entre a Prefeitura Municipal e Escola e do Governo
Federal.
Associação de Pais e Mestres (APM)
Nome Cargo
CONSELHO
DELIBERATIVO
Magali de Oliveira Xavier Presidente
Olga KikueTakinami Primeiro Secretário
Evaristo Borges de Sousa Segundo Secretário
Nazaré Ikawa de Oliveira Membro
41
Glaucia Maria Avelino Membro
DIRETORIA
EXECUTIVA
Maria Aparecida Ghioti Silva Sousa Diretor Executivo
Marcos Antonio de Lacerda Vice Diretor Executivo
Odair João Boin Primeiro Tesoureiro
Mauricio Baade Segundo Tesoureiro
Adelia de Jesus Almeida Primeiro Secretário
Neide Senas dos Santos de Moura Segundo Secretário
CONSELHO
FISCAL
Maria de Lourdes Boin Presidente
Sebastião Ismael de Sousa Membro
Joana Haideé Suarez Membro
5.1. Plano de Ação da APM
Objetivos gerais e
específicos
Ações Propostas
(Metodologia)
Responsáveis Cronograma
Compor os novos
membros da APM
Primeira
Assembléia Geral
Ordinária
Magali de Oliveira
Xavier - PRD
03/03
Propor o Plano de
Trabalho da APM;
Recomposição do
Conselho Municipal
de Educação;
Análise Financeira
da Prestação de
Contas do 4º
Tri/2016;
Saldo PDDE e
deliberação de
Reunião
Extraordinária
Mensal
PRD 03/03
42
gastos;
Eleição dos
membros
GT/PDDE
Interativo.
Análise Prestação
de Contas
PDDE/2016;
Análise de gastos
realizados e saldo
PDDE 1º Tri/2017.
Reunião
Extraordinária
Mensal
PRD 05/04
Socialização das
ações da SE para
conta Convênio;
Socialização das
ações e sugestões
para o sábado
letivo;
Estudo do Manual
de Gestão
(convênio).
Reunião
Extraordinária
Mensal
PRD 10/05
Avaliação do
sábado letivo;
Aprofundar
discussão sobre
democratização do
espaço público.
Análise de gastos
realizados e saldo
PDDE e Convênio.
Reunião
Extraordinária
Mensal
PRD 07/06
43
Análise Financeira
da Prestação de
Contas do 2º
Tri/2017;
Encerramento das
atividades 1º
sem/17.
Reunião
Extraordinária
Mensal
PRD 05/07
Aprovação do
Balanço Geral,
Demonstrativo da
Receita e Despesa
e Relatório Anual
das Atividades.
Segunda
Assembleia Geral
Ordinária
PRD 25/08
Aprofundar
discussão sobre
democratização do
espaço público
Reunião
Extraordinária
Mensal
PRD 13/09
Análise Financeira
da Prestação de
Contas do 3º
Tri/2017;
Socialização das
ações e sugestões
para o sábado
letivo.
Reunião
Extraordinária
Mensal
PRD 18/10
Avaliação do
sábado letivo;
Análise de gastos
realizados e saldo
PDDE e Convênio;
Remanejamento de
verbas e
Reunião
Extraordinária
Mensal
PRD 08/11
44
fechamento do
Convênio.
Balancete de
gastos e saldo 2º
sem/2017;
Avaliação dos
trabalhos
realizados e
fechamento do ano
letivo.
Reunião
Extraordinária
Mensal
PRD 08/12
6. Avaliação do Conselho de Escola e APM
O Conselho de Escola deverá se reunir periodicamente para analisar,
avaliar, renovar, acompanhar, reavaliar e reencaminhar as ações implementadas
na escola, os projetos desenvolvidos, bem como refletir sobre as dificuldades, as
metas atingidas e os objetivos estabelecidos no Projeto Político Pedagógico desta
Unidade de Ensino. A reunião avaliativa será realizada em conjunto com os
membros da Associação de Pais e Mestres, através de roda de conversa,
discussão e reflexão.
45
III. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
PARA O ATENDIMENTO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL – DI
1. Análise, reflexão e avaliação das ações pedagógicas realizadas em
2016
Em 2016 os alunos da EMEBE Rolando Ramacciotti – DI deixam de
frequentar a escola três vezes por semana e passam a frequentar de segunda a
sexta da 13h às 17h. Pois a Secretaria de Educação não conseguiu parceria com
as demais Secretarias Municipais e havia a necessidade de garantir o
atendimento diário a todos os alunos. Cabe destacar que os alunos saem às 17h
porque não moram ao entorno da escola, tendo que atravessar todo o munícipio
para chegar na EMEBE, outra questão é o fato de não possuirmos professor
especialista em Arte para garantir o HTP de 5 horas semanais aos professores.
Os alunos no total de 72, foram agrupados em 8 turmas de acordo com as
habilidades e competências. Os professores em planejamento decidiram trabalhar
com oficinas educacionais com o objetivo de fortalecer a responsabilidade sócio
ambiental, o incentivo à cultura, o acesso as tecnologias da informação e
comunicação, o esporte e o lazer.
Diante das mudanças, foi possível observar que o trabalho realizado em
2016 teve ganhos principalmente para os alunos que necessitavam de rotina, a
frequência dos alunos em um único período, facilitando e proporcionando a
socialização e participação dos mesmos nas atividades desenvolvidas. Tivemos a
parceria com a Escola de Dança Márcia Bueno e com a profissional massagista
Mary Atsumi, atividades que beneficiaram significativamente os alunos na relação
com o corpo, o ritmo e o movimento e principalmente na percepção de si. Nas
atividades de saída para as aulas de dança participaram os alunos com
autonomia e nas atividades de massagem os alunos que permaneciam na escola
devido à dificuldade de locomoção e a não disponibilização de transporte. As
aulas de Educação Física, também tiveram como objetivos o desenvolvimento
afetivo, cognitivo e psicomotor e a estimulação das habilidades e valorização das
competências individuais.
Porém os professores perceberam alguns percalços durante o ano letivo de
2016, com a reforma do espaço físico, e parte do prédio cedida a Saúde, a escola
46
teve muitas perdas de espaços, como a sala de psicomotricidade, a biblioteca, a
cozinha pedagógica, artes, entre outras. A falta de definição de espaço físico para
as atividades acabou interferindo no desenvolvimento do trabalho. A quadra foi
interditada em 2015 devido a infestação de pombos, mas atualmente ela é
utilizável apenas em dias que não chove. Em 2016 houve infiltração de esgoto
que foi solucionado com a reforma da saúde, mas a infiltração de água e goteira
nos dias de chuva permanecem. A piscina está sem uso desde 2016 por falta de
manutenção na casa de máquinas (bombas e aquecedores), com o não
funcionamento os alunos perdem o beneficio de serem estimulados no ambiente
aquático, visto que muitos de nossos alunos apresentariam mais ganhos neste
ambiente em relação aos atendimentos fora da piscina. Visto que no meio
aquático é possível uma maior mobilidade articular, além de poder exercitar as
atividades de vida diária, como a troca de roupa, o banho, etc., em decorrência do
atendimento. Além de terem o seu direito tirado.
2. Organização das turmas
“Adoramos a ideia de ciclos, períodos, ou épocas que se
encerram; essas ocasiões nos permitem imaginar que uma
etapa pode ser terminada e, supostamente, nos oferecer a
chance de começar de novo, de um outro jeito, de novas
formas, com inéditos vigores e renovadas intenções”.
(CORTELLA, 2007).
Após análise, reflexão e avaliação das ações pedagógicas realizadas em
2016, a equipe escolar decidiu em comum acordo, que em 2017 o trabalho
realizado com os alunos terá como base a Proposta Curricular Funcional – em
uma abordagem ecológica, partindo do desenvolvimento de projetos pedagógicos.
Sendo assim, o ano letivo de 2017, o currículo será trabalhado partindo dos
eixos por ambiente de vida dos alunos, juntamente com projetos pedagógicos,
portanto, a equipe escolar após várias reflexões decidiu sobre a organização do
trabalho com os alunos.
Os 69 alunos foram divididos de acordo com as habilidades, competências
e necessidades de aprendizagem, em 8 turmas: Turma 1 com 13 alunos, Turma 2
47
com 12 alunos, Turma 3 com 11 alunos, Turma 4 com 7 alunos, Turma 5 com 8
alunos, Turma 6 com 7 alunos, Turma 7 com 7 alunos, Turma 8 com 5 alunos. O
trabalho em sala de aula conta com a parceria entre os professores, auxiliares e
inspetores. As parcerias acontecem através de trocas, sugestões, intervenção
para a realização das atividades pedagógicas dentro de sala de aula, para a ajuda
na alimentação, na higiene pessoal (escovação, troca de fraldas e cuidados com
a saúde e segurança).
2.1. Justificativa da proposta curricular
Nos últimos anos, em decorrência da proposta da Educação para Todos,
os alunos que eram excluídos do processo escolar devido aos seus
comprometimentos passam a ter acesso à Educação. Atualmente, as escolas de
São Bernardo do Campo que recebem crianças e jovens com deficiência
intelectual, com surdocegueira, com múltipla deficiência e com condutas típicas
buscam tornar efetivo o Paradigma de Suporte, ampliando o seu fazer pedagógico
por meio da implantação da Proposta Curricular Funcional – em uma abordagem
ecológica.
É o das diretrizes curriculares nacionais para as diferentes
etapas e modalidades da Educação Básica[...] não possa
beneficiar-se do currículo da base nacional comum, deverá
ser proporcionado um currículo funcional para atender as
necessidades práticas da vida [...]. O currículo funcional,
distingue-se pelo caráter pragmático [...] e pelas adaptações
curriculares muito significativas. (Brasil, 2001d, p. 18).
Baseada no parecer acima citado e tendo em vista a realidade dos alunos
da EMEBE Rolando Ramacciotti que estão acima da idade escolar, atualmente
frequentando somente alunos adultos. A Proposta Curricular da Educação
Especial de São Bernardo do Campo, numa abordagem ecológica, tem como
pressuposto a valorização da realidade total do aluno, numa visão comunitária e
participativa que reconhece o indivíduo como participante da comunidade na qual
está inserido com cultura e valores próprios vai de encontro com a expectativa de
trabalho, no qual temos como ponto de referência o aluno como um todo.
48
Conhecer e tratar o aluno como pessoa dentro de suas limitações,
acreditando que todo aluno pode aprender, conhecer o meio em que o aluno vive,
tratar o aluno adulto como adulto, preparar situações para levar o aluno a
explorar, conhecer, resolver problemas - como estratégia de ensino, priorizar
interação entre alunos e outros membros da comunidade, oferecer apoio, suporte
e adaptações necessárias e inserir a família no processo de ensino e
aprendizagem. O que nos leva a ressaltar a importância do trabalho com o
currículo funcional que considera o aluno adulto dentro do meio escolar e familiar.
2.2. Eixos do trabalho pedagógico
O Projeto Político Pedagógico no que diz respeito ao atendimento da pessoa
com Deficiência Intelectual está estruturado de acordo com os seguintes eixos:
• Eixo escolar- participação do aluno na escola;
• Eixo família - tudo que se relaciona com a vida privada, familiar e
domiciliar do aluno;
• Eixo comunidade - participação do aluno na comunidade;
• Eixo Lazer - momentos de interação e enriquecimento sociocultural.
• Eixo ocupacional - participação, contribuição e /ou produção para si e
para os outros.
2.2.1. Eixo escolar
A escola tem a responsabilidade de favorecer ao aluno a construção de
competências. Cabe ao grupo de educadores elaborarem propostas a partir da
avaliação do aluno, de modo a atender às suas necessidades.
No eixo escolar, as ações educacionais visam à construção progressiva do
conhecimento e ao desenvolvimento da potencialidade do aluno. Tais ações têm
por objetivo oferecer o acesso ao saber e sua apropriação, considerando como
cada um trata determinado conteúdo e como consegue compreendê-lo.
49
A escola não é o único local de aquisição de aprendizagens, mas é um
espaço em que o aluno amplia o seu conhecimento para poder transferi-los para o
seu contexto social e cultural.
Objetivos Conteúdo
• Participar de diversas situações
que envolvam a linguagem oral,
gestual/corporal, para interagir,
expressar desejos, sentimentos
e necessidades.
• Participar de situações de leitura
de textos de diferentes gêneros.
• Participar na exploração de
diferentes objetos, de suas
propriedades e processos de
transformações.
• Conhecer o próprio corpo,
explorando habilidades físicas,
motoras e perceptivas.
• Adquirir gradativamente hábitos
e cuidados com o corpo
relacionados à saúde, tornando-
se cada vez mais independente.
• Explorar o ambiente para se
relacionar com pessoas e
estabelecer contatos com
plantas.
• Realizar o cultivo de hortas e
jardins.
• Utilizar alguns recursos
tecnológicos presentes no
cotidiano.
• Valorizar atitudes de preservação
• Participação em atividades que
envolvam linguagem oral,
gestual/corporal, com diversos
interlocutores para expressão de
desejos, sentimentos e
necessidades.
• Participação em situações
cotidianas nas quais se faz
necessário o uso da leitura.
• Exploração das diferentes
propriedades dos objetos como
sons, texturas e funcionalidades.
• Observação e realização de
atividades que envolvam
processos de transformação,
como realizar receitas culinárias.
• Realização de ações diversas no
cotidiano para estimular uma
percepção integrada do corpo,
explorando habilidades físicas,
motoras e perceptivas.
• Realização de ações
relacionadas à higiene e ao
autocuidado, com ou sem ajuda.
• Valorização de atitudes
favoráveis à alimentação, à
saúde, higiene pessoal, cuidados
com o corpo.
50
do meio ambiente.
• Perceber a si mesmo como
sujeito.
• Contato com plantas nos
diversos ambientes: escolar, da
comunidade, familiar e do lazer.
• Manutenção de hortas e jardins
para acompanhamento do
crescimento das mudas
plantadas e para a realização
dos cuidados necessários.
• Organização das informações
através de registros, fotos,
objetos referências, relatos, com
ajuda dos profissionais.
• Participação em atividades que
envolvam a reciclagem de papel,
materiais de sucata.
• Construção da identidade
pessoal.
2.2.2 Eixo familiar
Cada aluno é um ser único e participante de todo o sistema social a que
pertence: família, escola e comunidade.
Escola e família precisam refletir juntas, sobre desejos, expectativas,
preferências e necessidades atuais e futuras dos educandos. A família deve estar
ciente de que sua participação pode contribuir de maneira mais efetiva no
processo educacional do aluno, ajudando-o a tornar-se mais seguro, levando-o a
apropriar-se da capacidade de realizar escolhas e adquirir cada vez mais
independência e participação na vida em sociedade.
Objetivos Conteúdos
• Desfrutar o convívio social com
grupo de familiares, amigos e
parentes.
• Participação nos diversos
momentos e situações
proporcionadas pela família tais
51
• Conhecer e participar da rotina
de seu ambiente familiar.
• Familiarizar-se com a imagem do
próprio corpo, adotando atitudes
de cuidados pessoais.
como: ida ao supermercado,
padaria, feira etc.
• Realização de atividades de vida
diária, para que possa tornar-se
cada vez mais independente.
• Desenvolvimento da
independência em higiene e
estética pessoal, alimentação,
vestuário.
• Participação no convívio social
com amigos, familiares e
parentes possibilitando a
expressão de sentimentos e
necessidades.
2.2.3. Eixo comunidade
O principal objetivo deste eixo é propiciar a participação do aluno na
comunidade, promovendo a adequação social, o desenvolvimento de regras de
condutas e de segurança e a construção da autonomia.
Os ambientes priorizados poderão ser os que se situam próximos à escola.
A convivência dos alunos com a comunidade é importante para o
desenvolvimento da autoestima e da noção de pertencimento a um grupo social,
sentimento este que deve ser inerente a qualquer indivíduo. A escola deve
planejar atividades que visem à promoção de diversas situações de convivência
entre os alunos a família e a comunidade.
Cabe ressaltar que esse trabalho é de suma importância, pois propiciará
condições a fim de que a comunidade se abra cada vez mais e se sinta mais
competente para lidar com as pessoas com deficiência. Só assim caminharemos
na almejada direção da real inclusão social.
Objetivos Conteúdos
• Locomover-se na comunidade • Locomoção na comunidade
52
com supervisão.
• Participar de forma efetiva de
atividades oferecidas pela
comunidade.
• Realizar atividades que envolvam
a utilização de diferentes
espaços públicos..
apresentando adequação social
e utilização de regras de
convívio.
• Utilização de transporte coletivo
em diferentes trajetos.
• Participação em atividade
oferecidas na comunidade em
espaços como bibliotecas
públicas, associações de bairro,
clubes, etc.
2.2.4. Eixo Lazer
Lazer é definido por Multirio como: “modelo cultural de prática social, que
favorece o desenvolvimento pessoal e social dos indivíduos” (Multirio, 2006).
As atividades de lazer e recreação promovem o bem-estar, e
oportunidades de interação e enriquecimento sociocultural. No âmbito da
educação também promovem ampliação de conhecimentos e a manifestação de
habilidades e potencialidades. Portanto, a importância do lazer para o
desenvolvimento global deve-se não somente à satisfação pessoal que ele
proporciona, mas também porque, por meio dele, os alunos podem compreender
e fazer relações acerca do mundo.
Objetivos Conteúdos
• Desfrutar momentos de lazer,
nos diferentes eixos: escolar,
familiar e da comunidade.
• Participar de atividades de
lazer nas diferentes áreas ou
segmentos: esportes,
artísticas, intelectuais, sociais e
turísticas, ou qualquer outra de
seu interesse.
• Participação em diversas
atividades recreativas, de jogos e
culturais.
• Conhecimento de regras de
brincadeiras e jogos.
53
2.2.5. Eixo ocupacional
Não se trata de ocupação pela ocupação, mas de ocupação com um
sentido de colaboração no bem estar e produção da comunidade em geral a que
pertence. O conteúdo deve estar relacionado à vida de participação, contribuição
e/ou produção significativa para si e para os outros.
Objetivos Conteúdos
• Desenvolver capacidade
produtiva.
• Diminuir ociosidade.
• Despertar interesses e
responsabilidade
• Realizar atividades de produção
significativa em diversos
ambientes tais como: doméstico
(colaborar na limpeza e
organização, jardinagem,
culinária etc.); escolar (cuidados
com o jardim, horta, rega de
plantas, limpeza dos ambientes,
coleta de lixo, atividades
artísticas, etc.), comunidade
(projetos como, por exemplo:
fiscal da dengue).
2.3. Projetos Pedagógicos
Na pedagogia de projetos, o aluno aprende no processo de produzir, de
levantar dúvidas, de pesquisar e de criar relações, que incentivam novas buscas,
descobertas, compreensões e reconstruções de conhecimento, pode também
viabilizar ao aluno um modo de aprender baseado na INTEGRAÇÃO entre
conteúdos das várias áreas do conhecimento, bem como entre diversas mídias
(computador, televisão, livros), disponíveis no contexto da escola. E, portanto, o
papel do professor deixa de ser aquele que ensina por meio da transmissão de
informações – que tem como centro do processo a atuação do professor –, para
criar situações de aprendizagem cujo foco incide sobre as relações que se
estabelecem neste processo, cabendo ao professor realizar as mediações
necessárias para que o aluno possa encontrar sentido naquilo que está
54
aprendendo, a partir das relações criadas nessas situações. A esse respeito
Valente (2000) acrescenta:
“(...) no desenvolvimento do projeto o professor pode trabalhar com
[os alunos] diferentes tipos de conhecimentos que estão imbricados
e representados em termos de três construções: procedimentos e
estratégias de resolução de problemas, conceitos disciplinares e
estratégias e conceitos sobre aprender” (p. 4).
Sendo assim o trabalho a ser realizado com os alunos terá como base a
Proposta Curricular Funcional – em uma abordagem ecológica, partindo do
desenvolvimento de projetos pedagógicos.
2.3.1. Projetos da Unidade Escolar
Projetos coletivos, todas as turmas participam:
• Projeto Dengue;
• Projeto Carnaval;
• Projeto OBA;
• Projeto sexta-feira diferente;
• Projeto de culinária;
Projetos realizados por turmas específicas:
• Projeto de Saída (turmas 1,2 e 3);
• Projeto Horta (turmas 4,5,7 e 8);
• Projeto Identidade ( turmas 1,2,3,4,5,6 e 8)
• Projeto reciclagem de papel (turmas 1,2 e 3)
• Projeto jogos corporais (turmas 1,2,3,4,5,6 e 8)
• Projeto ver, olhar e observar (turma 1)
55
• Projeto Reciclarte (turmas 1,2 e 3)
Projetos Coletivos
TODOS CONTRA A DENGUE
Duração: Ano letivo de 2017
Público alvo: Todos os alunos da escola
Justificativa
Tendo em vista a epidemia de dengue em nosso bairro e o trabalho de
conscientização que o município de São Bernardo vem fazendo com a população,
não podemos ignorar essa situação, pois a cada momento que se passa a
situação se agrava mais. Pessoas e mais pessoas contaminadas pela picada do
mosquito estão sendo hospitalizadas e muitas delas chegando à morte.
A população necessita não só de informação sobre a transmissão e as
formas de prevenção e principais sintomas, mas também mais ação para
amenizar essa situação tão crítica.
O trabalho desenvolvido com os alunos será o de conscientização para que
eles sejam os multiplicadores das informações aos familiares sobre a importância
de prevenir o mosquito da Dengue.
Objetivo Geral
Desenvolver no aluno a consciência da necessidade de combater o
mosquito Aedes aegypti como prevenção da proliferação da Dengue.
Objetivos específicos
• Identificar o mosquito transmissor Aedes aegypti;
• Reconhecer os sintomas do dengue, chikungunya e zika;
• Esclarecer sobre a doença que vem causando muitas mortes;
• Conhecer as formas de proliferação do mosquito e como consequência a
doença;
56
• Conhecer as formas de contágio, prevenção e tratamento;
• Reconhecer como os hábitos de higiene ajudam a manter a saúde e a
prevenção da dengue;
• Desenvolver hábitos e atitudes que ajude a acabar com a proliferação do
mosquito;
• Divulgar os conhecimentos assimilados.
Metodologia
O tema será trabalhado envolvendo a comunidade escolar, procurando a
participação ativa dos alunos através de atividades agradáveis e significativas:
• Sensibilizar os alunos com vídeos de campanha sobre a dengue;
• Exibição de vídeos sobre a doença e como evitá-la;
• Leitura de noticiários sobre dengue;
• Pesquisa na Internet sobre a dengue;
• Trabalhos e oficinas;
Estratégias
• Montar uma mesa expositiva com o Aedes aegypti e outros mosquitos,
destacando as diferenças entre eles;
• Montar uma apresentação de teatrinho de fantoches com os alunos sobre a
dengue;
• Confecção de materiais de divulgação;
• Dramatização com fantoches;
• Colagem e desenhos;
• Jogos.
Produto final
• Produção de material de divulgação sobre a dengue;
• Parodia com tema dengue para apresentação para os alunos da escola;
• Apresentação de teatro de fantoches;
• Divulgação das atividades no Blog.
Avaliação
57
Será feita de forma contínua e sistemática durante o tempo das atividades
propostas, perceber cada aluno com suas limitações e habilidades. Itens a serem
observados: participação, interação, autonomia, colaboração, comunicação,
interesse, como se comporta na atividade, como se relaciona com colegas e
professora e capacidade de reconhecer e transmitir os temas trabalhados no
projeto.
AO INFINITO... E ALÉM!
Duração do projeto: 2 meses – Abril/Maio
Público alvo: todos os alunos da escola.
Justificativa
Desde 2015 participamos da OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia e
Astronáutica) e da MobFog (Mostra Brasileira de Foguetes) e percebemos nestas
duas participações que os alunos demonstram interesse e curiosidade pelo tema
o que nos levou a participar neste ano também. Este é um evento organizado pelo
Instituto de Física da Universidade do Estado do Rio de Janeiro sob coordenação
do professor João Canalle e há participação de alunos do Ensino Fundamental e
Médio, de todo o Brasil.
Objetivos gerais
• Entender o universo em que vivemos;
• Despertar a curiosidade do aluno para ver o que está ao seu redor;
• Desenvolver o raciocínio lógico, noções sobre os sistemas de localização,
escalas numéricas enormes e pequenas ao mesmo tempo;
• Conhecer como é a vida do homem no espaço.
Objetivos específicos
• Estudar a Terra: forma, atmosfera, rotação, polos, equador, pontos
cardeais, dia e noite;
• Estudar a Lua: fases da Lua, mês, eclipses e o homem na lua;
• Estudar o Sol: translação da Terra, ano, estações do ano;
58
• Explorar os planetas do Sistema Solar;
• Pesquisar as constelações e o céu;
• Conhecer a Missão Centenário (viagem ao espaço, em março de 2006 , do
Ten. Cel. Av. Marcos Pontes);
• Conhecer aviões, foguetes e satélites brasileiros: o que são e para que
servem?
Metodologia
• Comparação entre os volumes da Terra e da Lua e visualização da
separação entre ambas na mesma escala;
• Localização da “Constelação do Cruzeiro do Sul”;
• Pesquisa, confecção e lançamento de foguetes;
• Exposição sobre Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro e a
Missão Centenário;
• A vida (alimentação, comunicação, higiene, rotina, etc.) do astronauta no
espaço;
• Confecção de uma maquete das camadas atmosféricas;
• Observação do céu dia e noite;
• Organização de um campeonato de aviões de papel;
• Criação de um espaço com características de um planeta. Por exemplo,
Vênus, um planeta quente (poderia se aquecer a sala, simular seu cheiro,
explorar as cores, o som, como seria pisar num lugar assim etc);
• Simulados da Prova do OBA de outros anos;
• Vivências do lançamento de um foguete por uma equipe da Rocket Design
da UFABC http://ufabcrocketdesign.com.br/#sobre;
• Realização um estudo de meio a um planetário: na Cientec (Parque de
Ciência e Tecnologia da USP);
• Desafios com o material estruturado da Lego;
• Pesquisa no Google Earth (planeta Terra, Marte, Lua e céu).
Produto final
• Lançamento dos foguetes construídos pelos alunos;
• Entrega dos certificados.
59
Avaliação
A avaliação será realizada em vários momentos: para saber o que os
alunos já conhecem sobre o tema; realizada durante o projeto para avaliar
interesse e envolvimento dos alunos na realização das atividades propostas e
indicação de temas de interesse dentro do projeto.
Cronograma do Projeto:
Atividade Data
Início do projeto 06/03/2017
Estudo do meio no Cientec 14/03/2017
Simulados OBA 31/03 (6ª feira)
24/04 (2ª feira)
Prova do OBA
19/05/2017 (6ª feira) não
pode alterar
Apresentação de foguetes do Rocket
Design (UFABC)
24/03
Confecção dos foguetes Iniciar até 23/03?
Lançamento de foguetes confeccionado
pelos alunos
1º lançamento- 24/03/2017
2º lançamento- 17/04/2017
3º lançamento-
15/05/2017(não alterar esta
data)
Entrega dos certificados do OBA e
MobFog
08/12/2017 (reunião de pais)
Materiais para pesquisa
1. MATSUMOTO, O.T. (org). Historia da Astronomia no Brasil
http://www.mast.br/HAB2013/index.html
2. Filme (Gagarin, o primeiro no espaço) legendado em português, sobre a vida e
viagem do primeiro homem ao espaço. O vídeo está disponível no link:
https://www.youtube.com/watch?v=bTcXzyCVErk
60
SEXTA-FEIRA DIFERENTE
Duração: Ano letivo de 2017
Público alvo: todos os alunos da escola.
Justificativa
Considerando que o aluno se expressa com seu corpo através do
movimento, acreditamos ser fundamental planejarmos em conjunto com os
professores, variadas experiências com as diversas linguagens (teatro, dança,
musica, pintura, jogos, entre outros) dentro de um contexto que seja significativo
para eles.
Objetivos
• Estimular habilidades motoras, que levem o aluno a conhecer seu próprio
corpo a se movimentar expressivamente;
• Explorar o mundo físico;
• Conhecer o espaço;
• Apropriar-se da imagem corporal;
• Estimular as percepções rítmicas através de jogos corporais (dança teatro,
música, jogral e Karaokê);
• Possibilitar atividades artísticas como: desenho, pintura, modelagem,
escultura, recorte e colagem.
• Proporcionar atividades prazerosas e significativas de acordo com o tema a
ser trabalhado no momento.
Metodologia
O trabalho será desenvolvido através de diferentes modalidades e
recursos: teatro, circuitos, desfiles, apresentações, dramatizações, utilização de
tintas, pinceis, fantasias, maquiagem, instrumentos musicais, vídeos, aparelham
de karaokê entre outros materiais disponíveis na escola.
Produto final
61
Mensalmente será realizada uma apresentação por turma na última sexta-
feira de cada mês, para a escola.
Avaliação
A avaliação será feita diariamente através da participação, interesse,
interação e socialização dos alunos nas atividades realizadas.
CULINÁRIA
Duração: Ano letivo de 2017
Público alvo: todos os alunos da escola.
Justificativa
Através deste projeto vamos propor situações que considerem a
capacidade dos alunos com vista a sua autonomia, comunicação e socialização,
viabilizando a sua participação em relação às atividades propostas no ambiente
de cozinha da escola e que eles possam transferir essas situações e vivenciá-las
no meio familiar.
Objetivo geral
Desenvolver através do projeto de culinária, a autonomia, a comunicação,
a socialização, assim como as habilidades e potencialidades dos alunos, e que
ele ocorra de forma funcional e significativa tendo como foco a participação dos
mesmos em situações reais na escola e em casa.
Objetivos específicos
• Proporcionar ao aluno um melhor conhecimento sobre os alimentos e sua
importância para a saúde;
• Estabelecer comunicação com as famílias para conhecer as preferências
dos alunos na questão alimentar;
• Possibilitar e favorecer a participação nas atividades de culinária na escola
e no contexto familiar;
• Explorar os aspectos sensoriais através dos alimentos;
62
• Favorecer os hábitos de higiene pessoal e do ambiente;
• Dar noções de medidas e quantidades através das receitas;
• Desenvolver iniciativa, autonomia e independência em relação à
alimentação.
Metodologia
• Explorar os diferentes tipos de alimentos;
• Reconhecimento do ambiente, da sua funcionalidade e utensílios:
• Participação na organização da cozinha;
• Aspectos de necessidade e independência no alimentar-se;
• Estabelecer parcerias com as famílias e com profissionais do ramo para
ampliar os conhecimentos e possibilidades de atuação dos alunos;
• Trabalhar os aspectos sensoriais através da degustação dos alimentos:
paladar, olfato e temperaturas;
• Higiene e organização pessoal e do ambiente;
• Quantificação/medidas de ingredientes e utensílios;
• Parceria com as famílias/efetivar a participação dos filhos nas atividades de
casa;
• Pesquisa na internet dos alimentos que serão usados nas receitas;
• Enviar bilhetes para as famílias para saber as preferências alimentares dos
alunos;
• Rodas de conversa e comunicação alternativa para que os alunos
manifestem suas preferências alimentares;
• Explorar os eletrodomésticos da cozinha;
• Ao fazer a receita separar os ingredientes e os utensílios necessários;
• Situações e proposta em que o aluno faça seu próprio lanche, suco,
vitamina, etc.;
• Convite às famílias para participarem de atividades contribuindo com suas
vivencias e observando a participação dos filhos nas atividades propostas;
• Aproveitar as situações de trabalho com as receitas explorando as
questões de gosto, sabores, cheiro e temperatura;
• Estabelecer a rotina da higiene pessoal, uso de avental, touca, assim
como, a higiene e organização do ambiente após o seu uso;
63
• Ler e conversar com os alunos sobre as medidas, as quantidades/peso e
dentro do possível executá-las.
• Palestras com temática afins: alimentação saudável, reaproveitamento dos
alimentos, entre outros.
Materiais necessários
Utensílios domésticos;
Ingredientes/receitas;
Materiais de limpeza.
Material permanente
1 panela média
1 frigideira antiaderente
10 guardanapos de pano
01 panela e pressão média
Saquinhos plásticos para sacolé
01 rolo de sacos plásticos para embalagens
01 rolo para abrir massas
01 tabua de polietileno
Toucas
Material de limpeza
Detergente;
Esponjas;
Álcool;
Sabão em pedra;
esponja de aço grossa.
Material de consumo/ingredientes
Farinha de trigo
Arroz
Amendoim
Farinha de milho amarela
Farinha de mandioca
64
Polvilho
Leite em pó
Achocolatados
Leite condensado
Creme de leite
Milho em lata
Chá
Bolacha salgada e doce
Enlatados
Queijo ralado
Açúcar
Óleo
Margarina
Sal
Gelatina (vários sabores)
Chocolate granulado
Canela em pó
Cravo
Fermento
Ovos
Milho de pipoca
Canjica
Coco ralado
Maionese
Limão e maracujá
Tomate
Maisena
Cebola
Extrato ou molho de tomate
Ervilha em lata
Farinha de tapioca
Leite de coco
Produto final
65
A efetiva elaboração das receitas propostas.
RECEITAS
• Beijinho de batata doce sem açúcar;
• Salada de legumes;
• Salada verde;
• Lanche natural;
• Salada de frutas;
• Torta de casca de banana;
• Chá de ervas;
• Refrigerante natural (cenoura/laranja/água com gás);
• Pipoca;
• Sucos de frutas naturais;
• Amendoim;
• Bolinho de aveia;
• Ovo cozido;
• Milho verde;
• Canjica;
• Pinhão.
Avaliação
Será realizada através de observação do interesse e participação do aluno
nas atividades propostas e registros, através de fotos.
SAÍDAS
Duração: Ano letivo de 2017
Publico alvo: Turmas 1, 2 e 3.
Justificativa
66
Os Adultos apresentam interesses pelas caminhadas e saídas ao entorno
da escola, pelo bairro e pela cidade. Visto que eles possuem poucas
oportunidades de lazer nos bairros onde residem, esse projeto propicia a
convivência em grupo nos diferentes espaços sociais da cidade. Com o
desenvolvimento do projeto saídas, os alunos poderão experimentar situações
reais de exercício de sua autonomia.
Objetivo geral
Favorecer a participação ativa do(a) aluno promovendo a socialização e a
construção da autonomia através do lazer, além de auxiliar no aprimoramento de
suas aptidões físicas.
Objetivos específicos
• Ampliar gradativamente suas possibilidades de comunicação por meio da
participação nas diversas situações que envolvam as saídas;
• Identificar e reconhecer a utilização dos documentos pessoais;
• Conhecer e utilizar-se das regras de segurança para o pedestre;
• Utilizar-se com segurança do transporte público;
• Participar de saídas com familiares (quando necessário para acompanhar).
Conteúdo
• Parceria com a Professora Márcia Bueno até o final do ano de 2017 na
Escola de Ballet Márcia Bueno;
• Rotina de saídas;
• Registro das saídas;
• Conhecimentos dos documentos pessoais: RG, cartão legal, etc.;
• Regras de convivência, hábito de higiene e da boa educação;
• Saídas mensais no entorno, nas praças e parques, comércios e estudo de
meio;
• Regras de segurança de trânsito para pedestre;
67
• Condutas adequadas nos transportes, segurança pessoal;
• Saída com os familiares.
Metodologia
• Reconhecer, utilizar e se responsabilizar pelos documentos de identificação
( cartão legal, identidade )
• Antecipar e identificar o local da saída ( Academia de Dança , Parques e
Praças, locais ao redor da escola.
• No trajeto, andar em grupo.
• Caminhar, dentro das possibilidades com autonomia e atenção observando
o trajeto, as regras de segurança e transporte (andar em calçadas,
atravessar a rua com ou sem faixa; observar o semáforo, identificar o
ônibus de linha; local de saída e chegada.
• Estimular a participação do (a) aluno (a) nas atividades oferecidas nas
saídas: na dança, acompanhar o grupo nos movimentos, orientando-os
sempre que necessário; nos Parques e Praças, participar do alongamento,
atividades nos aparelhos de ginástica, caminhada.
• Compreender as regras sociais: cumprimento, atitudes de respeito às
pessoas e aos locais visitados.
• Registro por meio de fotos, filmagens, textos coletivos e portfólios;
• Interiorizar os hábitos de higiene (lavar as mãos ao chegar à escola ).
Orientações didáticas
• Chamadas dos alunos;
• Entrega das agendas;
• Recado nas agendas;
• Verificação da documentação;
• Organização da saída em fila;
• Convidar os familiares para participar das saídas quando necessário.
Produto final
68
Apresentação da atividade de dança realizada pela professora Márcia
Bueno. Registro das saídas com fotos, filmagens em CD ou álbum de fotos.
Avaliação
Avaliar constantemente o programa proposto por meio do envolvimento dos
alunos nas atividades realizadas, observando seu interesse, participação e
compreensão.
HORTA E JARDINAGEM
Duração do projeto: Ano letivo de 2017
Público alvo: Turmas 2,3,4,5,6,7 e 8
Justificativa
Temos na escola um projeto de horta e jardinagem que iniciamos em 2016,
consideramos a continuidade ao longo do ano, visto que é uma atividade
significativa que os alunos têm prazer em realizar, tendo o contato direto com a
natureza.
Objetivo geral
Oportunizar aos alunos a vivenciar o contato direto com o meio ambiente
natural, trabalhando com plantas e preservando os canteiros da escola.
Metodologia
• Organização dos canteiros (ervas medicinais e ornamentais) com os alunos
e professores;
• Pesquisa no laboratório sobre o plantio e cuidados com os canteiros;
• Preparar os alunos para as atividades práticas, familiarizando-os com os
materiais que serão utilizados, motivando-os a superar possíveis
dificuldades que no início possam surgir;
• Nomear as plantas;
69
• Degustação dos alimentos semeados, cultivados e colhidos pelos alunos;
• Destacar os cuidados com a dengue.
Produto final
Passeio no Jardim Botânico
Avaliação
Processual
IDENTIDADE
Duração do projeto: Ano letivo de 2017
Público alvo: Turmas 1, 2 e 3
Justificativa
É de conhecimento de todos, que a construção da identidade se dá por
meio das interações do indivíduo com a família, escola e comunidade. A influência
familiar é de fundamental importância neste processo e as características
familiares vão interferir positiva ou negativamente. Muitos dos nossos jovens, por
diferentes razões, apresentam bases muito frágeis, acarretando dificuldades
nesta construção da identidade, trazendo com isto consequências na vida escolar,
social e familiar do indivíduo.
Para contrabalançar um pouco esta defasagem, porque o ideal é estar
junto à família, todavia estão no ambiente escolar, as experiências de
aprendizagem tendo importância fundamental na dimensão do amadurecimento
humano. Claro que não vai suprir o papel da família, porém irá acrescentar
possibilidades, para que possam se expressar, se descobrir, descobrir o outro
com quem convivem fazer escolhas, desenvolver a autoestima. O
estabelecimento de vínculos, a convivência social, o respeito ao meio ambiente
são a base para o exercício da cidadania.
Portanto, a proposta deste projeto é a reflexão sobre a conduta humana,
através das próprias vivências do dia a dia, a conscientização dos alunos sobre
seus direitos e deveres e as consequências de suas atitudes.
70
Objetivo geral
Contribuir para a criação de um espaço de reflexão e discussão para
desenvolver as competências relacionadas à identidade que atendam as
necessidades, interesses e limitações individuais, ampliando suas possibilidades
e estimulando a autonomia, o exercício da cidadania e autoestima.
Objetivos específicos
• Perceber-se a si mesmo como sujeito;
• Saber identificar suas preferências, fazendo escolhas;
• Favorecer uma autoimagem positiva;
• Vivenciar a cidadania de maneira consciente percebendo-se como atuante
neste processo;
• Praticar no dia a dia, atitudes de solidariedade, cooperação e respeito;
• Perceber que as normas devem ser entendidas e respeitadas;
• Conhecer o próprio corpo incentivando atitudes de cuidados pessoais;
• Conhecer os diferentes sistemas corporais humanos: digestório,
circulatório, respiratório, reprodutor (masculino e feminino);
• Diferenciar as partes do corpo;
• Favorecer o interesse e conhecimento sobre os órgãos do nosso corpo;
• Refletir sobre diferenças de gênero e relacionamentos.
Conteúdos
Os temas abordados serão:
• Identidade: março, abril e maio.
• Dengue: julho, agosto, setembro
• Corpo- Marca da Identidade: outubro, novembro e dezembro
Metodologia
Identidade
• Dinâmica do espelho e jogo das diferenças, estabelecendo observações
acerca das diferenças e semelhanças entre o jovem e seus colegas;
71
• Atividades para expor as características do aluno como: peso, cor dos
cabelos, olhos, altura, etc;
• Leitura do livro No mundo novo de Black Power de Tayo (auto estima );
• Leitura de imagens estimulando a observação de detalhes, a descrição de
elementos (identificando sentimentos como alegria, tristeza, medo, dor,
etc.).
Dengue
• Vídeos de campanha contra a dengue, chikungunya e zica;
• Leitura de noticiários e campanhas contra a dengue;
• Pesquisa na internet sobre o tema trabalhado;
• Pesquisa e confecção de Repelente caseiro contra a dengue (vídeo no
programa Bem Estar da Globo);
• Dobradura do mosquito da dengue;
• Observar nos espaços da escola, locais propícios à proliferação;
• Elaboração de folders explicativos contra a dengue para entregar na
comunidade escolar e local;
• Confecção de cartazes sobre o tema para serem colocados na escola.
Corpo- Marca da Identidade
• Desenhar em papel pardo o contorno do corpo humano;
• Diálogo com os alunos, observando as diferenças e semelhanças entre
homem e mulher;
• Atividade aonde os alunos irão se perceber observando os próprios ossos
e os do colega, as articulações, as batidas do pulso, do coração. (uso do
estetoscópio);
• Vídeos, livros e um esqueleto mostrando os órgãos do corpo humano e
suas funções;
• Cartazes, dramatização sobre os cuidados do corpo e prevenção de
acidentes;
• Situações onde os alunos possam vivenciar os órgãos dos sentidos e suas
funções;
• Promover um processo de autoconhecimento e conhecimento do outro,
estabelecendo relações interpessoais mais saudáveis.
72
Produto final
Estão previstos:
• Tema identidade: A colaboração de duas pessoas voluntárias para fazer
um dia de embeleze.
• Tema Dengue: entrega de panfletos na comunidade sobre a dengue.
• Corpo- Marca da Identidade: vinda do professor Taquara para estar
fazendo uma dinâmica sobre o corpo humano e alimentação.
• Valores éticos e morais: vinda de uma psicóloga para conversar com os
alunos. (entrar em contato com alguma profissional ou solicitar alguém da
equipe técnica).
Avaliação
Será feita de forma contínua e sistemática durante o tempo da atividade,
perceber cada aluno com suas limitações e habilidades. Itens a serem
observados: participação, interação, autonomia, preferências, colaboração,
comunicação, interesse, como se comporta na atividade, como se relaciona com
colegas e professora.
“Um mediador é alguém que, em cada momento, em cada circunstância, toma
decisões pedagógicas conscientes: nunca está limitado a corrigir ou deixar
errada, pois além de informar e respeitar o erro quando construtivo, ele pode
problematizar, questionar, ajudar a pensar “(Telma Weisz).
JOGOS CORPORAIS
Duração: Ano letivo de 2017
Público alvo: Turmas 1, 2 e 3.
Justificativa
Percebemos no aluno com deficiência maiores dificuldades ligadas ao
corpo e ao movimento, como situações de queda, desorganização corporal e
espacial, além da questão ligada a obesidade, já que muitos deles não saem de
casa, apenas vão á escola diariamente. Pensando em auxiliar no
73
desenvolvimento de habilidades como marcha, agilidade, movimento e na relação
entre o mundo exterior e interior, o projeto de jogos corporais trabalhará com o
processo de maturação, no qual o corpo é a origem das aquisições cognitivas,
afetivas e orgânicas, sendo sustentada pelo movimento, intelecto e afeto.
Objetivos
• Ampliar o repertório de movimentos;
• Desenvolver a individualidade;
• Adquirir conceitos de lateralidade, estruturação espacial e orientação
espacial;
• Desenvolver a coordenação motora;
• Socializar novas situações em grupo;
• Comunicar, questionar, interagir com os outros e ser parte de uma
experiência social mais ampla em que a flexibilidade, a tolerância e a
autodisciplina são vitais;
• Praticar, escolher, preservar, imitar, imaginar, dominar, adquirir
competência e confiança e autonomia;
• Adquirir novos conhecimentos, habilidades pensamentos lógicos;
• Criar, observar, experimentar, movimentar-se, cooperar, sentir, pensar,
memorizar e lembrar.
Metodologia
Os jogos corporais são atividades práticas, e que só acontecem quando o
aluno é capaz de experimentar o que estamos falando. A pessoa com deficiência
intelectual pode levar um outro tempo para compreender o que está sendo
pedido, e assim conseguir realizar. Dessa forma, nossos jogos serão
apresentados um a um, iniciando de maneira mais simples, até perceber a
evolução e interação dos alunos com o que foi proposto, e assim dificultaremos
conforme for acontecendo evolução nesse processo.
Serão trabalhados jogos temáticos, como as danças circulares, rodas
africanas, até jogos que envolvam a lógica, como a amarelinha, além disso,
poderemos resgatar jogos do passado, como a brincadeira “elástico”. Em dados
momentos, os alunos conhecerão a história daquela atividade, de onde veio,
74
assistirão a vídeos que ilustrarão o contexto, trazendo dessa forma, maior
significado a atividade que irão realizar.
Produto final
A culminância do nosso projeto será a apresentação de um dos nossos
jogos corporais as outras turmas da escola. Esse jogo será definido pelos alunos,
de acordo com o gosto e interesse deles.
Avaliação
Os alunos serão filmados em alguns momentos e fotografados para que
possamos estudar e compreender a evolução de seus movimentos. A avaliação
será contínua, e será observada de acordo com a dificuldade dos jogos que forem
oferecidos gradualmente. Também serão observados aspectos da socialização,
interesse, resolução de conflitos e estratégias adotadas.
RECICLARTE
Duração: Ano letivo de 2017
Público alvo: Turmas 1,2 e 3.
Justificativa
Esse projeto oferece ao aluno a oportunidade de participar de uma oficina
produtiva com ênfase na confecção e decoração de objetos, onde os jovens
possam desenvolver habilidades através de atividades práticas. Promovendo
assim mais autonomia e independência pessoal.
O projeto prevê a participação das famílias, que junto com a escola poderá
identificar recursos mais significativos para o desenvolvimento da ação educativa.
Objetivo Geral
Oportunizar através de atividades manuais habilidades que possam
contribuir para as questões de trabalho e lazer para os jovens, pois terão a
oportunidade de participar de diferentes oferecimentos ampliando assim seus
conhecimentos e favorecendo novas expectativas de aprendizado.
75
Objetivos específicos
• Desenvolver atitudes de conscientização e preservação do meio ambiente;
• Confeccionar artesanato com materiais recicláveis.
• Comporta-se em grupos;
• Comunicar, interagir, expressar desejos;
• Participar na organização e manutenção dos materiais utilizados e do
ambiente de trabalho.
Conteúdos
• Decoração de caixas;
• Decoração de latas;
• Pintura em tecidos;
• Confecção de quadros e montagem de murais;
• Porta trecos em latas;
• marcadores de livros;
Metodologia
• Conscientizar os alunos sobre a importância da reciclagem de papel para
preservação do meio ambiente;
• Evitar o desperdício, por meio da reutilização do papel;
• Identificar os papéis que podem ser utilizados para a reciclagem;
Orientações didáticas
• Utilizar-se adequadamente dos materiais propostos nas atividades;
• Utilização de material reciclado: caixas de leite, caixas de diversos
tamanhos, papelão, papéis e potes variados, botões, tecidos, canudos,
garrafas pet, garrafas de vidros, bandejas de isopor, papéis de diversos
tamanhos, cd usados; retalhos E.V.A, etc;
• Parcerias com os pais,convidando –os para participarem do nosso projeto
em alguns momentos;
• Pesquisa na comunidade para fazer parcerias com nosso projeto.
76
Produto final
• Expor trabalhos artesanais confeccionados com papel reciclado para a
comunidade escolar;
Avaliação
Serão feitas observações da participação, envolvimento e interesse dos
alunos pelo projeto proposto.
2.3.2. Educação Física
Duração: Ano letivo de 2017
Público alvo: Todos os alunos da escola
Objetivo Geral
Proporcionar diversas atividades corporais e esportivas, favorecendo a
manutenção e / ou melhoria dos níveis de aptidão física, adequação social e de
autocuidado.
Objetivos Específicos
Manutenção e / ou melhoria da resistência física;
Participar das atividades propostas;
Respeitar seus colegas nas mais diversas situações;
Compreender regras simples dos jogos propostos;
Ser capaz de reproduzir alguns exercícios de forma autônoma.
Conteúdo
Exercícios calistênicos;
Jogos pré-desportivos dos esportes de quadra (basquetebol, futsal,
handebol e voleibol;
Caminhadas orientadas;
Jogos cooperativos;
Atividades de Educação Motora básica (rolar, saltar, correr, etc.);
77
Atividades desafiadoras (slackline, andar sobre planos elevados, etc.).
2.3.3. Inclusão Digital da Comunidade interna
Duração: abril a novembro de 2017
Público alvo: funcionários da EMEBE Rolando Ramacciotti e SAPDV
Dias do curso:
• Turma 1: segundas-feiras das 10 às 12h
• Turma 2: quartas-feiras das 9 às 11h
Justificativa
No momento atual em que o computador está presente no dia a dia das
pessoas faz-se necessário desenvolver algumas habilidades para se utilizar este
recurso. Conhecer as possibilidades do computador, saber reconhecer onde tem
um (caixa eletrônico, telefone móvel, carro, etc) e também desenvolver uma
postura crítica em relação a seus recursos e usos é uma necessidade na
sociedade em que vivemos. As aulas visam apresentar as possibilidades da era
digital e ofertar momentos de vivência de alguns recursos digitais próximos à
necessidade dos alunos.
Objetivos gerais
Promover a inclusão digital de todos os envolvidos nos processos de
ensino e aprendizagem da unidade escolar
Objetivos específicos
• Conhecer o histórico da tecnologia;
• Conhecer as partes do computador e suas funções;
• Criar um e-mail e utilizá-lo durante o curso;
• Aprender a fazer uma busca na Internet;
• Aprender a fazer cadastros e inscrições em cursos, em instituições,
em empresas;
• Aprender a fazer um cartão de visita, um folder, um currículo;
• Manusear uma câmera digital e/ou filmadora;
• Conhecer recursos dos smartphones.
78
Metodologia
• Dinâmica: sobre uso das tecnologias;
• Apresentação das peças do computador (peças, cabos, etc) que
deverão ser montadas pelos alunos;
• Resgate do histórico das comunicações até chegar no e-mail;
• Dinâmica sobre tipos de busca que são realizados no dia a dia para
encontrar algo na web (supermercado, compra de carro, roupa, etc);
• Sites do governo que facilitam a nossa vida: do município de São
Bernardo do Campo (Portal do servidor, Notícias do Município etc), do
estado de São Paulo, do governo federal, concursos, etc;
• Exploração de programas como Word, Excel, Power Point, Publisher
etc;
• Exploração de recursos dos smartphones (whatsapp, por exemplo).
Produto final
Durante o curso toda a produção do aluno ficará na pasta e as atividades
produzidas serão utilizadas na confecção de um diário digital contando o percurso
desenvolvido durante o curso. Este diário digital será apresentado pelos próprios
alunos para convidados numa data a ser definida.
Avaliação
• Diagnóstica: o que os alunos já sabem (filmagem sobre o que sabe e
a expectativa);
• Processual: o que o aluno está aprendendo, se está fazendo
sentido, se suas dificuldades e medos estão sendo sanados;
• Somativa: verificar o que o aluno aprendeu ao elaborar o produto
final e assistir com o aluno ao vídeo da primeira aula e perceber se
houve avanços e se suas expectativas foram atingidas.
79
3. Rotina Escolar
3.1. Organização da Escola para o atendimento dos alunos com Deficiência
Intelectual- DI
a) Entrada: 13 horas
Ao chegarem à escola, os alunos são recebidos no refeitório, onde já se
encontram os professores, auxiliares, inspetores e sempre que possível alguém
da equipe de gestão, de modo a estabelecer uma relação de acolhimento e
cuidado. É também é um momento de aprendizagem da autonomia.
O almoço é servido aos alunos da 13h a 13h30, assim que os alunos
terminam, dirigem-se imediatamente para a sala de aula, para as atividades de
rotina. A colação é servida as 16h20 para todos os alunos. Enquanto os alunos
estão no refeitório há sempre algum profissional da educação acompanhando-os.
b) Atividades planejadas: 13h30 às 16h45
c) Saída: 16H45
Os responsáveis e/ou os acompanhantes dos transportes entram na escola
para buscar os alunos a partir das 16h45 no próprio refeitório e conduzi-los até o
ônibus ou van, estacionados na área externa. A saída é acompanhada pelos
professores, auxiliares e inspetores, e quando possível, por alguém da equipe de
gestão.
Os alunos cujos responsáveis se atrasarem, deverão ser acompanhados pelo
professor e entregues sob a responsabilidade de um dos auxiliares/inspetores que
estiverem no refeitório, para que este faça contato com os responsáveis.
3.2. Estudos do Meio Previstos
Ao longo do ano de 2017, são previstos dois estudos do meio, um em cada
semestre, apresentamos no quadro abaixo algumas sugestões, porém, ao longo
do desenvolvimento dos projetos podem surgir outros estudos que não previstos
neste documento.
80
Espaços Culturais Eventos Turmas Datas
-Teatro
-Centro de Reflexão do
Trânsito
Museu do Futebol
-Peça teatral
-Enriquecer o projeto
de convivência e
robótica, relacionados
ao trânsito;
-Curiosidades e
História do Futebol
1,2,3 e 5
Ver
disponibilidade
Cientec
Cinemark
Museu Africanidades
Jardim Botânico
- Planetário/ Sistema
Solar
-Filmes de acordo com
os projetos;
- Enriquecer projeto de
africanidades que será
trabalhado no segundo
semestre;
- jardim sensorial;
- estufas;
- contato direto com a
Mata Atlântica.
Todas as
turmas
Todas as
turmas
- Março
Ver
disponibilidade
Observação: Buffet Angela, presente ofertado gratuitamente por uma ex-
professora da Unidade Escolar aos alunos, geralmente este evento ocorre no mês
de novembro.
81
4. Avaliação das Aprendizagens dos Alunos com Deficiência Intelectual
Entendemos que a avaliação faz parte do processo de ensino
aprendizagem e funciona como norte imprescindível para direcionar o trabalho do
professor.
A avaliação é contínua, diária e global, onde se observa avanços e
dificuldades de cada aluno em relação a seu próprio desempenho. Os progressos
dos alunos e suas dificuldades serão registrados por meio de relatórios
semestrais.
A avaliação do processo de ensino e aprendizagem na escola assumirá
forma processual, participativa, formativa, cumulativa e diagnóstica com o intuito
de redimensionar a prática do professor, tendo como foco o sucesso da
aprendizagem dos alunos. Assim, terá por objetivos:
I. Orientar professor e aluno quanto aos esforços necessários para superar as
dificuldades;
II. Orientar as atividades de planejamento e replanejamento dos objetivos e/ou
projetos pedagógicos, sempre que necessário.
82
IV. SERVIÇO DE ATENDIMENTO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
(SAPDV)
1. Análise, reflexão e avaliação das ações pedagógicas realizadas em 2016
Em relação ao ano de 2016 analisamos que é necessário retomar com os
professores, os conteúdos conceituais, alicerçar os procedimentos e resgatar a
leitura dos relatórios pedagógicos individuais com os alunos com objetivo de
avaliar o processo de aprendizagem. No AEE, garantir a troca das RAEs
realizadas durante o ensino itinerante com as professoras dos atendimentos de
contraturno. Quanto aos munícipes, retomar o período de permanência nos
atendimentos de até 4 semestres; garantir a leitura dos relatórios e planos de
ação anteriores para subsidiar a permanência ou a terminalidade.
Quanto às especificidades dos atendimentos destacamos:
Braille
• Introduzir a leitura do Braille interpontado a partir do 3º Ano Inicial (Ciclo I);
• Iniciar a escrita e leitura do código Braille sem espaço entre linhas a partir
do 2º ano do Ciclo Inicial.
• Inserir nas aulas de braille procedimentos para criação da assinatura;
a partir do 1°ano do ciclo II , exercitando o uso do assinador.
Soroban
• Retomar a calculadora sonora como um recurso de verificação nas aulas
de soroban.
Recursos Gráficos
• Avaliar os recursos não ópticos tendo como base os relatórios do ano
anterior e sua funcionalidade atual;
• Conserto dos Circuitos fechados de televisão- CCTV ;
• Retomar a instalação do scanner (SARA) e garantir espaço formativo e
coletivo para apropriação da utilização do sistema, que o tempo de
formação neste primeiro momento seja mais de 1 hora consecutiva.
Noções de informática Adaptada- NIA
83
• Nenhum programa deve ser colocado em prática sem que os docentes
tenham a apropriação do conteúdo do mesmo;
• Garantir a eficiência dos equipamentos e acessórios (filtro de linha/
estabilizador/ adaptador de tomada/extensão);
• Dar continuidade na parceria entre os professores do SAPDV e a PAPP do
laboratório de informática, cruzando os saberes específicos das áreas e
dos recursos tecnológicos.
Núcleo de Material Adaptado
É relevante mencionar que na última atribuição da carga horária no que se
refere às atribuições na carga horária, o período de trabalho destinado a
confecção de materiais adaptados (NMA) foi substituído por aulas, visto que o
quadro de professores está defasado mediante as aposentadorias, licença
maternidade e exonerações por mudança de rede de ensino.
A ampliação de carga horária de algumas professoras foi um recurso na
tentativa de suprir os desfalques citados acima.
A chegada e a parceria de duas professoras sendo uma designada
(digitadora) e a outra afastada da sala de aula para processo de readaptação
(como ledora das atividades), contribuiu para o fluxo de entrada e saída de
materiais em Braille, não deixando que os mesmos acumulassem. Considerando
que a finalização desta produção, assim como: revisão, correção, transcrição e
complementação com adaptação em relevo (diferentes texturas) foram produzidas
pela equipe de professoras que tiveram horário de núcleo atribuído em suas
cargas horárias.
A necessidade de encaminhar a professora ledora para apoio a secretaria
da Unidade Escolar causou um desfalque na manutenção desse fluxo e na
interrupção da parceria entre digitadora e ledora, sendo assim o trabalho da
digitadora foi prejudicado.( um dado relevante a ser destacado foi a otimização do
trabalho em virtude da ledora ser professora, diferentemente do inicio do ano que
está função era realizada por educadores da Unidade Escolar (auxiliares de
educação e inspetores). Assim foi observado a necessidade da realização de
reuniões periódicas, para avaliar o bom andamento do trabalho ou realizar
ajustes.
84
Ao longo no ano de 2016 foi observado a necessidade de manutenção das
placas de corte para celas Braille em E.V.A, este apontamento é relevante
considerando que no próximo ano será agregado a turma usuária de Braille um
aluno no primeiro ano inicial, o que demandará uma grande produção dessas
celas. Existe um pedido pendente para compra de placas de corte especifico para
produção de bolinhas de diferentes tamanhos, para alunos iniciantes no Braille.
A falta de manutenção dos computadores, das impressoras, das tesouras,
alicates e guilhotina, também implicaram na perda de material, de tempo e no
desgaste desnecessário dos professores.
Garantir a eficiência dos equipamentos e acessórios (filtro de linha/
estabilizador/ adaptador de tomada/extensão).
O uso da máquina Braille pressupõe que é um recurso que aperfeiçoa a
produção de escrita do material em Braille, possibilitando a escrita e revisão
imediata do material. No entanto, o Núcleo de Material Adaptado está desfalcado
para a rotatividade no uso das mesmas, pois temos hoje um número expressivo
de máquinas quebradas, outras com defeitos que impossibilitam a impressão dos
pontos com qualidade, fazendo com que haja necessidade de rebatê-los,
implicando assim em grande esforço causando desgaste motor (LER) dos
professores.
A reposição pelas Unidades Escolares dos materiais utilizados para
confecção das atividades adaptadas, não foi efetivo, apesar de ter firmado o
combinado com as escolas, portanto entendemos a necessidade da retomada
dessa orientação para envio do material ao SAPDV.
O trabalho da professora readaptada tem sido de grande valia para o
andamento da rotina do NMA, considerando que realiza a organização e
verificação dos materiais a serem repostos, o controle do registro de entrada e
saída das atividades trazidas pelo ensino itinerante para as adaptações, assim
como a preparação do envio destes para a Unidade Escolar, confecciona
cadernos e letras e números em celas em Braille, verifica e seleciona materiais
existentes no NMA para os professores utilizarem com os alunos, revivendo o
papel da coordenadora do NMA, que anteriormente era considerado dentro da
carga horária de um dos professores.
85
2. Que norteia o trabalho com pessoas com deficiência visual
A necessidade de dialogar, confrontar e refletir acerca da Educação
inclusiva se justifica no desafio de repensar o cotidiano escolar, construindo uma
educação para todos e legalmente amparada no decreto AEE. Neste sentido o
SAPDV caracteriza-se no município de São Bernardo do Campo como uma
conquista solidificada por alunos, familiares e profissionais num processo histórico
do reconhecimento ao direito da pessoa com deficiência de 'pertencer' aos
diferentes espaços educacionais, constituindo-se em referencia na área da
deficiência visual no Atendimento Educacional Especializado.
O trabalho, de cunho educacional, fundamenta-se na ação de professores
habilitados e/ou especializados que utilizam estratégias, recursos, métodos e
técnicas adequadas às necessidades específicas de seu alunado.
É importante apontar que os espaços coletivos criados pelo grupo de
profissionais do SAPDV para refletir e estudar o processo educacional de cada
indivíduo com deficiência visual é base de sustentação para o aperfeiçoamento de
nossas concepções e práticas pedagógicas, tendo como premissa o acúmulo de
conhecimento decorrentes das vivências destas pessoas no seu cotidiano,
vinculado à produção cientifica contemporânea.
Acreditamos que os aspectos já citados revelam a busca deste grupo pela
participação ativa das pessoas com deficiência visual na sociedade, bem como na
construção de uma escola de qualidade para todos. É notório que o percurso já
trilhado configurou-se em subsídios para formatação deste documento que, no
entanto, não pode ser considerado finalizado. Ele se constrói e se reconstrói a
cada experiência compartilhada com essa comunidade.
2.1. Princípios
O SAPDV segue os princípios constantes na Proposta Curricular da
Secretaria de Educação e busca as metas do Plano Municipal de São Bernardo
do Campo- Volume 1 – a saber:
• Qualidade da Educação
• Atendimento à Diversidade
• Autonomia
86
• Gestão Democrática
• Valorização do Profissional da Educação
3. SAPDV – Serviço de Apoio a Pessoa com Deficiência Visual
O SAPDV consiste no serviço educacional especializado direcionado aos
alunos da rede municipal de ensino com deficiência visual e aos munícipes que
possam se beneficiar dos atendimentos ofertados.
O trabalho docente desenvolvido compreende os três eixos, a seguir:
• Itinerância- inicia-se a partir da solicitação da escola regular o estudo de
caso, com possível inserção no serviço. A itinerância consiste na ida do
professor especializado à escola regular frequentada pelo aluno com
deficiência visual. O professor itinerante desenvolve ações variadas:
observação do aluno nos diferentes ambientes escolares; devolutivas das
observações; orientações e encaminhamentos de acordo com a
especificidade do educando; seleção e organização dos materiais a serem
adaptados; participação em Conselhos de ano ciclo e outros eventos.
• Atendimento no contraturno, centralizado no Complexo Padre Aldemar
Moreira, nas aulas de Braille; Noções de Informática Adaptada; Recursos
Gráficos e Soroban;
• Atendimento aos munícipes, no Complexo Padre Aldemar Moreira, nas
aulas de Braille; Noções de Informática Adaptada e Soroban;
• Núcleo de Material Adaptado- Confecção de Material Adaptado
organizado no formato de Núcleo, de acordo com a solicitação da escola
de origem do aluno.
3.1. Documentos que indicam a necessidade do aluno para atendimento no
SAPDV
A inserção do aluno nos atendimentos do SAPDV, dar-se-a por meio da
elaboração do Estudo de Caso e do Plano de Atendimento Educacional
Especializado. O desenvolvimento das etapas do Estudo de Caso busca
reconhecer as características e potencialidades visuais / táteis do educando e
87
coletar dados clínicos oftalmológicos atualizados, de forma a contribuir para a
avaliação e indicação de recursos e estratégias que favoreçam seu processo de
aprendizagem. Concluído o Estudo de Caso, na impossibilidade da existência do
relatório oftalmológico, o aluno poderá frequentar o Atendimento Educacional
Especializado (AEE) pelo prazo de seis meses. (Atendimento Educacional
Especializado – Orientações Gerais – SE/SBC-2015).
O relatório oftalmológico é analisado tanto do ponto de vista legal quanto
do processo de organização das intervenções pedagógicas. Além do diagnóstico
e prognóstico esse documento evidencia a acuidade e campo visual; aponta a
sensibilidade ao contraste, a existência de erros de refração, o tratamento
necessário com a indicação da periodicidade de retornos, cuidados específicos
para atividades físicas e uso de auxílios ópticos. Ou seja, oferece dados
relevantes para indicação de possíveis atendimentos e norteia as investigações
do uso funcional da visão do aluno em situações de aprendizagem, de interação
social, de atividades de vida diária e de orientação e mobilidade. Neste contexto,
o SAPDV baseia-se em distintas definições de Deficiência Visual, no intuito de
utilizar-se de aspectos mencionados e mensurados por cada uma delas.
Sendo assim, as definições adotadas pelo SAPDV, como critério de
elegibilidade para matrícula são:
- Resolução SE nº 247, republicada a 24/12/86, para fins de elegibilidade
na Educação Especial, que considera:
A - Portador de Visão Subnormal (Baixa Visão):
Acuidade de 0,3 (6/18 ou 20/70 pés) a 0,05 (3/60 ou 20/40 pés) – Escala
Optométrica da Snellen – no melhor olho, com a máxima correção óptica.
B - Portador de Cegueira:
Acuidade visual menor que 0,05 (3/60 ou 20/40) no melhor olho, com a
máxima correção óptica.
Portanto, compreendemos a deficiência visual como “um impedimento total
ou a diminuição da capacidade visual decorrente de imperfeição no órgão ou no
sistema visual”, sendo consideradas deficientes visuais as pessoas com cegueira
e os de visão subnormal / baixa visão.
88
A resolução supracitada norteia o trabalho pedagógico do SAPDV à
medida que aponta o conceito de alunado com visão subnormal e alunado com
cegueira e, que ambos compõem um universo maior que é a deficiência visual.
Outra definição utilizada como referência para orientar o trabalho
educacional é a descrita pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 1992
(Bangcok), que refere: “Uma pessoa com baixa visão é aquela que possui um
comprometimento do seu funcionamento visual, mesmo após tratamento e/ou
correção de erros refracionais comuns e tem uma acuidade visual inferior a 6/18
até percepção de luz ou um campo visual inferior a 10° de seu ponto de fixação,
mas que utiliza ou é potencialmente capaz de utilizar a visão para o planejamento
e execução de uma tarefa”.
Esta conceituação é importante, pois:
• Oferece o parâmetro de deficiência visual contemplando também as
restrições do campo visual que ocasionam comprometimentos
severos da visão (extrema dificuldade de orientação e locomoção nos
ambientes não familiares e na observação do todo);
• Considera a funcionalidade da visão, partindo da capacidade e
potencialidade da ação da pessoa e não do seu comprometimento
orgânico;
• A definição da Organização Mundial da Saúde vem ao encontro do
modelo de funcionalidade descrito na 2ª Edição da Classificação
Internacional das Deficiências, Incapacidades e Desvantagens com o
título de Classificação Internacional de Funcionamento, Incapacidade
e Saúde (CIF), mencionada na Proposta Curricular das Escolas
Municipais de Ensino Básico Especial do Município de São Bernardo
do Campo.
Também é consultada pelo SAPDV para organizar as ações pedagógicas,
a definição proposta pelo Ministério de Educação e Cultura:
deficiência visual caracteriza-se pela redução ou perda total da
capacidade de ver com o melhor olho e após a melhor correção óptica.
Manifesta-se com:
89
Cegueira: perda da visão, em ambos os olhos, de menos de 0,1 no melhor
olho após correção, ou um campo visual não excedente a 20 graus, no
maior meridiano do melhor olho, mesmo com o uso de lentes de correção.
Sob o enfoque educacional, a cegueira representa a perda total, ou resíduo
mínimo da visão, que leva o indivíduo a necessitar do método Braille como
meio de leitura e escrita, além de outros recursos didáticos e equipamentos
especiais para a sua educação;
Visão reduzida: acuidade visual 6/20 e 6/60, no melhor olho, após
correção máxima. Sob o enfoque educacional trata-se de resíduo visual
que permite ao educando ler impressos a tinta, desde que se empreguem
recursos didáticos e equipamentos especiais. (BRASIL, 2001c, p. 18-19).
Esta última definição apresenta no corpo de seu texto referencial de
cegueira sob o enfoque educacional e não médico (compreendido pelo coletivo do
SAPDV como a definição de cegueira para fins legais); traz a tona mais um
sinônimo para Visão Subnormal e Baixa Visão, o termo “Visão reduzida”,
caracterizando-o, também, sob o aspecto educacional.
3.2. Objetivos do trabalho desenvolvido no SAPDV
• Vivenciar um processo de atendimento em que variadas situações de
aprendizagens significativas estejam presentes;
• Conscientizar-se a respeito das múltiplas variáveis que interferem em
seu desempenho;
• Trabalhar com as questões relativas ao seu posicionamento como
pessoa no uso de todas as suas possibilidades, inseridas num contexto de ação
global;
• Trabalhar reflexivamente, a partir de atuações práticas, na busca e
criação de possibilidades, exercitando a autonomia e a cidadania;
• Utilizar recursos apropriados e de tecnologia assistiva para o
desenvolvimento de atividades relativas à leitura, pesquisa e aprofundamento
curricular;
• Ter acesso a materiais didáticos específicos.
90
4. Eixos de trabalho
4.1. Eixo família
As aulas abertas foram criadas na expectativa de propiciar aos alunos
momentos de interação em que houvesse, durante as atividades, a participação
de pessoas próximas a ele e de sua confiança, envolvidas em contribuir com sua
aprendizagem a partir das experiências adquiridas nas aulas.
Nos momentos de trabalho, professores, alunos e familiares compartilham,
cooperam, ajudam-se, buscam-se numa parceria necessária, que se torna efetiva
e colaborativa, facilitando o processo de construção da autonomia do aluno.
Quanto mais próximos e envolvidos mais os familiares contribuirão no
desenvolvimento e no processo de inclusão de seus filhos e familiares.
A periodicidade das aulas abertas foi definida pela equipe docente, tendo
como base o calendário escolar, considerando dois momentos específicos: finais
de semestre, com o intuito de promover a organização da família. A indicação do
programa a ser contemplado com as aulas abertas é organizada pela equipe
docente, juntamente com a direção e a solicitação de participação é feita através
de convite enviado com antecedência pelos professores através dos próprios
alunos.
As aulas são planejadas juntamente com os alunos, realizando
levantamentos de temas, materiais a serem utilizados com distribuição de tarefas
e organização do espaço.
Com o passar do tempo a frequência dos familiares\ responsáveis às aulas
abertas diminuiu. Inicialmente, pela mudança de localização da unidade que saiu
de uma área central da cidade para uma região de difícil acesso (bairro) no que
se refere ao uso do transporte coletivo.
Atualmente, outro fator comprometeu a participação dos familiares\
responsáveis: a Seção do Transporte Escolar da Prefeitura de São Bernardo, que
até o ano de 2013 cedia e os acolhia nesta locomoção, passou a não autorizar o
transporte dos familiares que sempre acompanharam os alunos no período de
aulas abertas. Essa determinação impossibilitou que os mesmos pudessem
embarcar os alunos no transporte escolar e pudessem se deslocar por conta
própria para participar da aula aberta, e retornar ao seu domicilio em tempo hábil
para receber os alunos. Foi relatado à SE-115, a dificuldade apresentada pelos
91
familiares, buscando dialogar sobre as implicações da determinação da Seção de
Transporte Escolar. As aulas abertas são propostas de acordo com o calendário
escolar, ao final de cada semestre, objetivando com que as famílias apreciem as
produções dos alunos e os recursos utilizados no contexto dos atendimentos.
4.2. Eixo Escolar
4.2.1. Critérios para atendimento
De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva em consonância com o as orientações / normativas da
SEC, o atendimento é ofertado aos alunos da rede regular de ensino: Educação
Infantil, Fundamental e Educação para Jovens e Adultos. Considerando ainda a
documentação do MEC, caberá a família ou responsável dos alunos a opção da
matrícula ou não.
Outra parcela atendida são os munícipes sem vínculo com a escolaridade, já
alfabetizados, e encaminhados pelos serviços de reabilitação da saúde do
município.
A permanência nos agrupamentos, dos alunos matriculados no Ensino regular
está vinculada ao período que compreende sua formação na Educação Infantil,
Ensino Fundamental I e Educação de Jovens e Adultos, ou por vontade própria do
aluno ou da família. O desligamento dos alunos deverá ser feito pessoalmente na
secretaria da EMEBE Rolando Ramacciotti.
Os munícipes poderão permanecer até que se apropriem do conteúdo básico
da aprendizagem do Programa indicado, caso necessário, poderão permanecer
por até 4 semestres, ou ainda, por avaliação do percurso de aprendizagem feita
pelo professor, este período poderá ser ampliado.
Em relação à frequência o aluno deverá garantir a presença de 75% quanto ao
número de aulas do semestre. Caso não seja cumprida a frequência média
exigida e não apresentando justificativa médica, o aluno será desligado do
atendimento e irá para lista de espera. Nos casos de faltas não haverá reposição
de aulas.
92
5. Atendimento ao aluno no contraturno
5.1. BRAILLE
“Se os meus olhos não me deixam obter
informações sobre homens e eventos, sobre ideias e doutrinas, terei de
encontrar uma outra forma”
(Louis Braille).
Louis Braille, em 1825, criou um código que possibilitou às pessoas com
cegueira acesso à leitura e escrita, denominado Sistema Braille.
Atualmente, o Sistema Braille de escrita e leitura é um dos principais
recursos utilizados pelas pessoas cegas para a comunicação.
No SAPDV, no percurso de apropriação do Código Braille, os aspectos
ligados a organização espacial, coordenação tátil motora e as noções do próprio
corpo, são subsídios utilizados concomitantemente para as aprendizagens dessa
escrita.
São recursos de uso convencional:
• Máquina de datilografia Braille;
• Conjunto de reglete e punção;
• Impressora braille;
• Materiais e recursos específicos ao ensino do Braille e diferenciados
quanto às necessidades dos alunos (alfa-braille, braillete, máquina Braille,
alfabeto funcional, jogos diversos, miniaturas, quadro magnético, alfabeto
móvel, Braille falado, reglete e punção e outros).
Formação dos agrupamentos
A formação dos grupos de Braille será de no máximo três alunos e está
vinculada ao grau de conhecimento que o aluno possui deste sistema de escrita e
leitura, e, no caso dos alunos matriculados na rede levar-se-á em consideração
seu nível de escolaridade.
A duração das aulas pode variar de uma a duas horas semanais.
Conceito
93
As aulas de Braille são compostas por um conjunto de atividades que
visam à apropriação pelo aluno deste código de leitura e escrita. Tratando-se de
um recurso que viabiliza a linguagem escrita das pessoas com deficiência visual,
seu ensino segue as mesmas etapas do processo de letramento em tinta
acrescida de adaptações dos materiais utilizados (da tinta para o relevo).
Objetivo geral
• Acessar a leitura e a escrita através do Sistema Braille, promovendo
assim a sua inserção no mundo letrado.
Objetivos específicos
• Saber apontar diferenças e semelhanças; classificar objetos por
tamanho, consistência, forma e textura; usar as mãos de forma
coordenada, empregando o tato com fim exploratório; seguir direções
reconhecendo esquerda/direita; imitar posições e figuras;
• Desenvolver a criatividade, espontaneidade, senso crítico e
autonomia;
• Aprofundar os conhecimentos do código Braille (referente à Língua
Portuguesa, Matemática e Informática). Os códigos de Física e Química
serão ensinados aos alunos da EJA.
• Conhecer técnicas de leitura;
• Promover o exercício da cidadania;
• Utilizar de forma eficiente os livros didáticos.
Programa Básico para aprendizagem do sistema Braille
Língua Portuguesa:
• Histórico do sistema de escrita Braille;
• Estimulação tátil;
• Vivência tátil de leitura e escrita;
• Alfabeto da Língua Portuguesa;
• Códigos de acentuação e pontuação;
• Uso da folha resposta:
94
• Sistematização do uso da reglete para os alunos munícipes.
• Somente para alunos de AEE: leitura tátil de gráficos, tabelas,
diagramas, figuras geométricas, mapas e outras ilustrações,
necessárias nas adaptações realizadas pelo Núcleo de Material
Adaptado e encontrados nas adaptações de livros do PNLD, IBC e
FDNC;
Matemática:
• Código de numerais;
• Código dos sinais: soma (+), subtração (–), multiplicação (×), divisão
(÷), igualdade (=), desigualdade ( ), maior (>), menor (<),
porcentagem (%), moeda – Real (R$);
• Escrita de números: ordinais, romanos, decimais, fracionários;
• Pesos e medidas.
Informática:
• E-mails e sites.
Ressaltamos que o programa acima citado será trabalhado utilizando as
diferentes máquinas Braille (Perkins e Tatra) e que o uso da reglete (a
tradicional e a Positiva) deverá garantir no mínimo o reconhecimento e a
utilização deste instrumento.
5.2. SOROBAN
“Recurso educativo específico imprescindível para a execução de cálculos
matemáticos por alunos com deficiência visual.” (BRASIL, MEC, 2006, portaria nº
1.010)
O soroban- ábaco japonês- foi adaptado para uso das pessoas com
deficiência visual em 1948, por Joaquim Lima de Moraes, em substituição aos
recursos existentes na época, tais como chapa numérica, cubarítimos e pranchas
Taylor.
Conceito
95
As aulas de soroban são compostas por atividades de cunho matemático,
que buscam ensinar os procedimentos necessários ao uso do aparelho, sua
utilização está relacionada principalmente a execução de operações diversas (ex.:
adição, subtração, multiplicação, divisão, fração, m.m.c. e outros conteúdos
inerentes ao programa da educação básica).
A duração das aulas varia de uma a duas horas por semana.
O aluno, ao se apropriar dos mecanismos empregados no uso do soroban,
estará apto a desempenhar melhor suas atividades escolares e da vida prática,
tendo condições de experienciar de forma mais efetiva sua cidadania.
Objetivos gerais
• Utilizar os procedimentos do soroban, como facilitador da aprendizagem
da Matemática;
• Sistematizar o uso do aparelho na resolução das operações
matemáticas.
Objetivos específicos
• Desenvolver habilidades motoras para reconhecimento das partes do
soroban a fim de empregar os procedimentos de forma efetiva;
• Conhecer os mecanismos empregados na utilização do soroban, por
meio das atividades matemáticas;
• Estimular o desenvolvimento do cálculo mental, principalmente na
composição e decomposição do cinco e do dez (complementares no
uso do soroban);
• Aprimorar o raciocínio lógico matemático, com sequência e
ordenação, por meio de atividades no soroban.
Programa Básico de Soroban (Conteúdos):
• Apresentação e reconhecimento das partes do soroban;
• Apresentação do histórico deste instrumento de cálculo;
• Registro e leitura de algarismos e números no soroban;
• Exploração de jogos e materiais inerentes à matemática (‘Nunca dez’,
‘Tabelas dos Complementares’, material dourado, dados, outros);
96
• Realização das operações fundamentais – adição, subtração,
multiplicação e divisão, com números naturais, inteiros, racionais e
sistema monetário;
• Emprego dos conhecimentos adquiridos no percurso de seu cotidiano.
5.3. RECURSOS GRÁFICOS
A educação de uma criança com deficiência visual pode
ser organizada como a educação de qualquer outra
criança. A educação pode converter realmente a visão
subnormal a uma pessoa normal, socialmente válida, e
fazer desaparecer a palavra e o conceito “deficiente” em
relação ao cego. (Vygotsky, 1997).
Conceito
O programa é composto com agrupamento, sendo este, constituído no
máximo com 3 (três) alunos, e dois atendimentos de 1 (uma) hora cada, de
acordo com a turma, ano ciclo ou termo de seu grau de escolaridade,
matriculados na rede municipal de ensino de São Bernardo do Campo, os quais
são atendidos no contraturno.
O atendimento pedagógico realizado nos Recursos Gráficos é efetivado
através de atividades educacionais, onde o aluno conhece e faz uso dos recursos
específicos ópticos (prescrito pelo especialista da saúde) e não ópticos referentes
à sua condição visual.
Objetivo geral
O atendimento de Recursos gráficos no contraturno visa vivenciar de forma
sistemática o uso de recursos diversos e procedimentos específicos que
contribuam com a eliminação de barreiras para sua participação ativa no processo
de escolarização.
Objetivos específicos
97
1. Compartilhar experiências pessoais e refletir sobre suas especificidades
visuais.
2. Utilizar seu potencial visual para exploração de: cores, letras e figuras;
distinguir diferenças e semelhanças; classificar objetos por tamanho, largura e
formas; observar detalhes: entender figuras, desenhos, mapas, gráficos, tabelas,
sinais matemáticos e químicos; dentre outros, definindo os recursos não ópticos
que favoreçam seu processo de aprendizagem.
3. Utilizar os recursos não ópticos (depois de definidos) que favoreçam
seu processo de aprendizagem;
4. Reconhecer conceitos básicos de acessibilidade nos equipamentos de
informática e nos recursos eletrônicos.
Ações
• Utilização de materiais e recursos específicos;
• Sistematização e contextualização de recursos não ópticos e ópticos;
• Apresentação de auxílios eletrônicos, e recursos de acessibilidade da
tecnologia da informação; através de:
1- Auxílios não ópticos: ampliações, controle de iluminação, auxílios
para postura e posicionamento (uso do plano inclinado, prancha de
escrita e leitura, outros), auxílios para a escrita (guias de leitura e
escrita, tiposcópio, pautas ampliadas, canetas de ponta porosa e
lápis 2b, 3b, 4b, 5b, e 6b), controle de contraste;
2- Auxílios eletrônicos: CCTV e Lupa Eletrônica, calculadora sonora,
MP3; uso dos recursos de acessibilidade do Windows;
3- Jogos, brinquedos e brincadeiras adaptadas (atividades
significativas que buscam investigar os conhecimentos prévios do
aluno e refletir sobre informações da rotina escolar, oferecendo
encaminhamentos às possíveis situações problemas);
4- Planejamento que considera as necessidades elencadas pelo aluno,
vinculando-as às temáticas da escolarização e uso sistemático dos
recursos selecionados;
5- Auxílios ópticos: lentes de aumento para perto e para longe
(telelupa).
98
• Realizar a troca de informações e procedimentos entre o programa de
Recursos Gráficos e Ensino Itinerante
5.4. NOÇÕES DE INFORMÁTICA ADAPTADA – NIA
Conceito
O programa é organizado a partir de um conjunto de procedimentos que
visam instrumentalizar o aluno na utilização de softwares que venham garantir o
acesso básico no uso do computador, superando barreiras no processo de ensino
e aprendizagem desse recurso, considerando etapas diferenciadas para alunos
com baixa visão e cegueira.
Objetivo geral
• Explorar, conhecer e compreender o uso das TICs na sociedade,
fazendo uso das ferramentas do computador como recurso de
acessibilidade para pessoa com deficiência visual.
Objetivos específicos
• Explorar e conhecer os principais componentes de um PC (de um
computador de mesa e notebook);
• Reconhecer e investigar com autonomia os componentes de um PC;
• Conhecer, reconhecer, utilizar e aprender no teclado o
posicionamento das teclas alfanuméricas e as com funções especiais,
considerando que o aluno com cegueira não utiliza o monitor e o
mouse;
• Usar e servir-se com autonomia dos recursos do Digitavox e do
Sistema Operacional DOSVOX cujos conteúdos são essenciais para
sua independência e autonomia tecnológica.
Ações
99
• Aulas individuais ou em grupo com no máximo dois alunos,
considerando sua faixa etária, escolarização e condição de baixa
visão / visão subnormal ou cegueira;
• Uso de materiais e recursos específicos: computador, notebook,
softwares específicos, fones de ouvido e conector (para fone de
ouvido do professor e do aluno), acessibilidade do Windows;
• Planejamento das aulas de acordo com os conhecimentos já
adquiridos e as necessidades de manuseio do recurso em
consonância com a faixa etária.
6. Itinerância
É um atendimento realizado pelo professor especializado na escola regular
frequentada pelo aluno com deficiência visual. A periodicidade está vinculada às
demandas dos alunos.
As estratégias pedagógicas desenvolvidas durante os atendimentos
contemplam o desenvolvimento e o desempenho do aluno nos diferentes
ambientes escolares:
• Locomoção pelo ambiente escolar (entrada / saída, corredores, escadas,
rampas, banheiros, refeitórios, laboratório de informática, biblioteca,
quadra, sala de aula de atendimento educacional especializado, ateliê de
arte, parque, brinquedoteca, salas da gestão, anfiteatro e outros);
• Indicação e utilização de recursos e adaptações personalizados de acordo
com o perfil visual de cada aluno (pauta de caderno, plano inclinado, uso
de boné, lápis 4B/6B, canetas soft point preta, borracha específica;
ampliações de tamanhos e tipos de fonte, espaçamento entre letras e
linhas, espessura de traçado, posicionamento em sala de aula, distância
para cópia, uso de lupa de aumento, apoio para escrita ou para os pés;
• Indicação e utilização de recursos e adaptações personalizados para o
aluno com cegueira (máquina Braille, soroban, folhas com gramatura
especifica, materiais adaptados de geometria e desenho, calculadora
sonora, leitores de telas, audiolivro, livros didáticos em Braille, mapas,
esquemas, tabelas, gráficos adaptados em relevo, bola com guizo,
100
bambolê sonoro, piso podotátil, placas sinalizadoras, faixas
antiderrapantes, alfabraille, celas em EVA ampliadas entre outros).
• Indicações e orientações nas devolutivas pós-observações com a presença
do professor regente de classe, de um integrante da equipe gestora, do
professor especialista, dos pais de acordo com a necessidade e
especificidade de cada aluno; participação nos conselhos de classe,
reuniões pedagógicas, HTPCs, atividades extracurriculares, atividades de
projetos, interação com as famílias, entre outros.
7. Núcleo De Materiais Adaptados
Historicamente, a confecção de materiais adaptados aos alunos com
deficiência visual matriculados no sistema regular de ensino, é uma das
atribuições dos professores habilitados. Em 2003, ocorreu a implementação do
Núcleo de Material Adaptado (NMA), que segue as orientações do Ministério da
Educação e Cultura (MEC) quanto às normas técnicas de grafia Braille.
Os procedimentos internos foram construídos ao longo dos anos pela
equipe gestora e corpo docente com o objetivo de oferecer materiais adaptados
de qualidade em tempo hábil para uso dos educandos em sala de aula, tais como:
• Organização de registro de entrada e saída do material (data, número de
folhas e transcritor), descrição das atividades a serem confeccionadas;
• Realização de digitação de avaliações oficiais, de acordo com as
especificidades visuais de cada aluno e de atividades da rotina escolar como
modelo de adaptações a serem realizadas pela unidade escolar.
• Organização da distribuição do material a ser adaptado de acordo com
as urgências e ordem de chegada.
Os materiais adaptados são confeccionados pelas professoras do SAPDV
como parte de suas atribuições e contemplam prioritariamente os alunos
regularmente matriculados na rede municipal de ensino e os alunos atendidos nos
programas em que estão inseridos.
Após análise das necessidades visuais e/ou táteis do aluno, cabe ao
professor habilitado indicar as adaptações dos materiais.
Para os alunos com cegueira são realizadas adaptações, como:
101
• Transcrições de textos de tinta para o sistema Braille;
• Transcrições de livros didáticos e paradidáticos para o sistema Braille;
• Transcrições de textos do Braille para tinta para o professor do ensino
regular ler e acompanhar a escrita do aluno;
• Adaptações de mapas, gráficos e tabelas em relevo;
• Adaptações de placas indicativas, quadros de avisos, recados, murais e
outros portadores de texto das escolas;
• Confecções de letras e números móveis em Braille em diferentes
tamanhos e materiais (celas Braille);
• Alfabeto e números em Braille para consulta com encadernação;
• Dados em relevo e/ou táteis;
• Jogos de percurso em Braille;
• Pranchas com velcro para letras e números móveis;
• Tabuada em Braille para consulta com encadernação;
• Guia de assinatura;
• Jogos diversos (da velha, dominó, memória, forca, etc.);
• Adaptação tátil de pinturas de artistas renomados;
• Transcrição das avaliações para o Braille e tinta.
Para os alunos com baixa visão são realizadas as seguintes adaptações:
• Digitação de texto (livros, apostilas, avaliações e outras atividades) para
impressão de caracteres ampliados, com variação de tipos de letras, tamanhos e
fundos, e possibilitando a leitura pelo aluno;
• Ampliações em diversos tamanhos por reprodução em máquina
fotocopiadora de mapas;
• Confecções ampliadas e com contraste de mapas, gráficos e tabelas.
O Núcleo de Material Adaptado, no ano de 2003, foi citado no Plano
Municipal de Educação e no jornal Notícias do Município de São Bernardo do
Campo (28 de novembro de 2003 – Ano XXVIII – nº 1213):
• Ampliar gradativamente, a disponibilidade de livros didáticos falados, em
Braille e caracteres ampliados, para os alunos cegos e para os de visão
subnormal do ensino fundamental e educação infantil, através de parceria
102
com ONGs e iniciativa privada, implementando o núcleo de material
adaptado.
• Implementação do "Núcleo de Material Adaptado para o Portador de
Deficiência".
• Organização da documentação do núcleo construindo assim sua
história.
• Atuação de um coordenador no Núcleo possibilitando uma visão global
das atividades desenvolvidas e avaliando outras perspectivas de ampliação
e melhoria.
8. Avaliações no SAPDV
8.1. Avaliação funcional da visão – (AFV)
AFV é um processo de observação informal do comportamento visual em
relação ao nível da consciência visual, da qualidade da recepção, assimilação,
integração e elaboração dos estímulos visuais em termos perceptivos e
conceptuais. Esta avaliação é realizada por um pedagogo especializado na área
da deficiência visual e é fundamental a importância desta porque além de conter
dados de observação do desempenho visual da criança em termos práticos e
qualitativos, informa o nível de desenvolvimento global e principalmente como a
pessoa utiliza a visão residual para interação com outras pessoas e com o mundo
que a cerca. Contribuindo com a seleção de materiais adequados, sequenciando
o processo e criando motivação para aprendizagem.
A- Alunos com Baixa Visão
A AFV revela dados qualitativos de observação informal sobre:
• O nível de desempenho visual da pessoa;
• O uso funcional da visão residual;
• Adaptação de recursos ópticos e equipamentos de tecnologia assitiva.
A seguir alguns itens importantes a serem observados:
1- Funções visuais básicas;
2- Visão a distancia;
103
3- Funções visomotoras.
B- Alunos com Múltipla Deficiência Sensorial e Surdocegos
O objetivo desta avaliação é saber como a pessoa interage com o meio,
organiza e constrói o seu conhecimento. Esta avaliação deve ser realizada por
duas pessoas, uma deve observar as respostas enquanto a outra deve apresentar
os estímulos/materiais.
8.2. Orientações para Avaliação
8.2.1. Histórico Clínico
• Resumo completo da saúde da criança até esta data: permite determinar
qual é a possível causa de uma deficiência, sua classificação e incidência no
desenvolvimento, assim como, os antecedentes médicos e familiares;
• Programas Educacionais e Terapêuticos: passados e atuais: esta
informação tem o objetivo de conhecer a história do aprendizado, habilidades
adquiridas e capacidade para responder à estimulação por parte da criança.
8.2.2. Avaliação da Família
• Resumo da organização, estrutura, estabilidade e flexibilidade familiar: É
importante observar e registrar a atitude dos pais em relação à deficiência do filho
e o compromisso que possam estabelecer com o processo educacional de seu
filho;
• Avaliação das Oportunidades de Desenvolvimento: aqui a informação
anterior deve ser ordenada cronologicamente e acrescentar em qual idade a
criança alcançou ganhos importantes no seu desenvolvimento.
8.2.3. Avaliação Cognitiva
É muito importante o nível de compreensão e exploração que a criança
apresente sobre seu meio ambiente, porque de acordo com isto dependerá a
capacidade de aquisição de futuros aprendizados.
Itens a serem observados:
104
a. Indícios de curiosidade na criança.
b. Técnicas exploratórias que tenha desenvolvido.
c. Tentativa de organizar o meio ao seu redor (Antecipação de eventos e
acontecimentos).
d. Compreensão da causa-efeito: Este aspecto deve ser avaliado com
objetos e brinquedos que apresentem mecanismos de causalidade.
e. Indícios de funcionamento da memória a curto e longo prazo
f. Compreensão da permanência do objeto.
g. Compreensão da função do objeto: A funcionalidade dos objetos é
alcançada na medida em que se tenha explicado à criança como eles funcionam.
h. Nível de brincadeira: Este aspecto dependerá muito das oportunidades
que a criança tenha tido para interagir com outros e do reforço social que tenha
obtido.
i. Raciocínio espacial: É alcançado através do movimento.
j. Nível de resolução de problemas: Na medida em que apresentarmos a
ela pequenos problemas, tais como, obstáculos no caminho, pacotes de comida
sem tampa, etc., será possível avaliar sua capacidade para resolver problemas.
8.2.4. Avaliação sensorial
A avaliação sensorial é muito importante para verificar se existem resíduos
visuais e auditivos, além dos mais, porque dará a pauta sobre qual será o (os)
canal (is) sensorial (is) básico (s) para a comunicação e a aquisição de
posteriores de aprendizagens.
Na avaliação sensorial, devem ser considerados os seguintes aspectos:
auditivo, visual, tátil, gustativo, olfativo e vestibular – proprioceptivo.
8.2.5. Avaliação da Comunicação
Este é outro aspecto vital da avaliação, já que a comunicação permite ao
indivíduo interagir com seus semelhantes e com o meio que o rodeia. Precisamos
determinar a forma com que a criança se comunica, suas necessidades e desejos
e se compreende o que vai acontecer, o que ela pede ao outro.
105
8.2.6. Avaliação da Motricidade
É importante determinar os padrões motrizes que a criança utiliza para
explorar o meio, pois a maneira com que se desenvolve a sua motricidade
determina a habilidade para aprender. A motricidade pode ser avaliada através
dos parâmetros alcançados pela criança, de acordo com a experiência. É preciso
determinar se existem patologias associadas que possam alterar o
desenvolvimento psicomotor de origem cerebral.
8.2.7. Avaliação das habilidades na vida cotidiana
É importante avaliar se a criança é dependente ou independente.
8.2.8. Avaliação Socioafetiva
Deve-se considerar o interesse que a criança apresenta para estabelecer
relações com os demais e para interagir com adultos e criança.
106
V- CALENDÁRIO ESCOLAR
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VI- REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMARAL, Isabel. A educação de estudantes portadores de surdocegueira. In:
Masini, Elcie. O sentido... pelos sentidos... para o sentido. SP: Vetor Editora, 2002
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VII- ANEXOS
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