87

Ementário Temático I - apps.tre-ce.jus.brapps.tre-ce.jus.br/tre/servicos/trece_publicacoes/arquivos/2006/... · vedada pelo art. 14, § 5º, da Constituição Federal, por configurar

Embed Size (px)

Citation preview

Ementrio Temtico I

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO CEAR

Ementrio Temtico I

Fortaleza2006

NR==k =NUU

V

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO CEARRua Jaime Benvolo, 21 Centro60.050-080 Fortaleza CeFONE: (85) 4012-3500 FAX: (85) 3252-3009Pgina na Internet: www.tre-ce.gov.br

COMPOSIO DO PLENO

Des. Huguette BraquehaisPRESIDENTE

Des. Rmulo Moreira de DeusVICE-PRESIDENTE E CORREGEDOR

Dr. Celso Albuquerque MacedoDr. Jos Filomeno de Moraes Filho

Dra. Maria Nailde Pinheiro NogueiraDr. Augustino Lima Chaves

Dr. Anastcio Jorge Matos de Sousa MarinhoJUZES

Dr. Oscar Costa FilhoPROCURADOR REGIONAL ELEITORAL

Joaquim Boaventura Furtado BonfimDIRETOR -GERAL

EXPEDIENTE

SECRETARIA JUDICIRIA

Sandra Mara Vale MoreiraSECRETRIA JUDICIRIAAna Llian Bastos Santana da CunhaCOORDENADORIA DE JURISPRUDNCIA E DOCUMENTAOJos Gildemar Macedo JniorSEO DE LEGISLAO E JURISPRUDNCIA

ESCOLA JUDICIRIA ELEITORAL

Dra. Srgia Maria Mendona MirandaJUZA DIRETORAJos Humberto Mota CavalcantiCOORDENADORAna Izabel Nbrega AmaralNgila Maria de Melo AngelimEDITORAO GRFICAJos Ricardo da Cruz BezerraCAPAJlio Srgio Soares Lima, Reg. 731 - CRB 3NORMALIZAO BIBLIOGRFICA

Ementrio Temtico: Eleies 2006 / Tribunal Regional Eleitoral do Cear: Fortaleza: TRE-CE, 2006.3v.1. Direito Eleitoral - Jurisprudncia

Tiragem: 615 exemplares

FICHA TCNICA

PESQUISA E SELEO DE DECISESMaria Goretti Moreira SoaresMaria Ins Cavalcante PereiraVicente Jos de Arago Rodrigues

ORGANIZAO DE CONTEDOFrancisco Lucilnio Gonzaga VanderleyMaria Goretti Moreira SoaresMaria Ins Cavalcante PereiraVicente Jos de Arago Rodrigues

REVISO DE CONTEDOFrancisco Lucilnio Gonzaga VanderleyMaria Ins Cavalcante PereiraVicente Jos de Arago Rodrigues

SUMRIO

I - INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO ...................................................................................... 71. Inelegibilidade Absoluta. ................................................................................................................................... 9

1.1. Reeleio .............................................................................................................................................................. 9

1.1.1. Chefe do Poder Executivo ................................................................................................................................ 9

Vedao - Terceiro mandato ....................................................................................................................................... 9

Possibilidade - Candidatura - No configurao - Terceiro mandato ........................................................................ 10

1.1.2. Vice do chefe do Poder Executivo .................................................................................................................... 11

Vedao. Terceiro mandato ........................................................................................................................................ 11

Possibilidade - Candidatura - No configurao - Terceiro mandato ........................................................................ 12

1.1.3. Titulares de cargos legislativos ........................................................................................................................ 13

1.2. Renncia .............................................................................................................................................................. 13

1.3. Analfabetos .......................................................................................................................................................... 14

1.4. Outros casos de inelegibilidade absoluta ............................................................................................................ 16

1.4.1. Abuso do poder econmico ou poltico ............................................................................................................ 16

1.4.2. Cassao de mandato eletivo .......................................................................................................................... 17

1.4.3. Condenao criminal - Suspenso dos direitos polticos ................................................................................ 17

1.4.4. Improbidade administrativa ............................................................................................................................... 19

2. Inelegibilidade Relativa / Desincompatibilizao .............................................................................................. 22

2.1. Em razo de vnculos funcionais ......................................................................................................................... 22

2.1.1. Autarquia - Dirigente ......................................................................................................................................... 22

2.1.2. Autoridade policial ............................................................................................................................................. 22

2.1.3. Concessionria de servio pblico - Empregado ............................................................................................. 23

2.1.4. Conselho de administrao - Membro - Empresa concessionria de servio pblico federal ....................... 23

2.1.5. Conselho tutelar - Membro ............................................................................................................................... 23

2.1.6. Defensor Pblico ............................................................................................................................................... 23

2.1.7. Direo escolar - Membro ................................................................................................................................. 23

2.1.8. Empresa prestadora de servio - Empregado .................................................................................................. 24

2.1.9. Entidades de classe - Dirigente ........................................................................................................................ 24

2.1.10. Entidade que mantm contrato com o Poder Pblico ou sob seu controle - Dirigente ................................ 26

2.1.11. Clusulas uniformes ........................................................................................................................................ 28

2.1.12. Fundao de direito privado - Dirigente ......................................................................................................... 29

2.1.13. Hospital particular - servidor ........................................................................................................................... 29

2.1.14. Instituto de Previdncia da Assemblia Legislativa do Estado - Presidente ................................................. 29

2.1.15. Juiz de Paz ...................................................................................................................................................... 29

2.1.16. Magistrados ..................................................................................................................................................... 30

2.1.17. Mdico ............................................................................................................................................................. 30

2.1.18. Ministrio Pblico - Membros ......................................................................................................................... 31

2.1.19. Militar ............................................................................................................................................................... 32

2.1.20. Partido poltico - Dirigente .............................................................................................................................. 33

2.1.21. Policial civil ou militar ...................................................................................................................................... 33

2.1.22. Profissional cuja atividade divulgada na mdia ........................................................................................... 34

2.1.23. Programa Fome Zero - Coordenador ........................................................................................................... 34

2.1.24. Proprietrio de emissora de rdio .................................................................................................................. 34

2.1.25. Serventurio de cartrio - Celetista ................................................................................................................ 34

2.1.26. Radialista - Apresentadores de programas .................................................................................................... 34

2.1.27. Servidor pblico .............................................................................................................................................. 35

Generalidades ............................................................................................................................................................. 35

Chefe de misso diplomtica ...................................................................................................................................... 36

Servidor ocupante de cargo comissionado ................................................................................................................ 36

Servidor celetista ......................................................................................................................................................... 37

Servidor contratado temporariamente ........................................................................................................................ 37

Servidor do fisco .......................................................................................................................................................... 38

Professor de escola pblica ........................................................................................................................................ 38

Vice-diretor de escola pblica ..................................................................................................................................... 39

2.1.28. Sociedade de economia mista ........................................................................................................................ 39

Dirigente ...................................................................................................................................................................... 39

Empregado .................................................................................................................................................................. 39

2.1.29. Titular de cartrio ............................................................................................................................................ 40

2.1.30. Tribunais de Contas - Membros ..................................................................................................................... 40

2.2. Em razo de parentesco e matrimnio ................................................................................................................ 40

2.2.1. Parentes consangneos at o segundo grau ou por adoo (avs, pais, filhos, netos, irmos) .................. 40

2.2.2. Parentes afins at o segundo grau (sogros, cunhados, genros, noras) .......................................................... 43

2.2.3. Cnjuge / companheira(o) / concubina ............................................................................................................ 43

2.3. Candidatura em circunscrio diversa ................................................................................................................ 47

II - JUZES AUXILIARES......................................................................................................................491. Constitucionalidade da Designao ....................................................................................................................... 51

2. Assento no Pleno .................................................................................................................................................... 51

3. Competncia ........................................................................................................................................................... 52

4. Percepo da Gratificao Eleitoral ....................................................................................................................... 56

III - PESQUISAS ELEITORAIS................................................................................................................57

IV - PODER DE POLCIA .....................................................................................................................67

V - PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA............................................................................................75

VI - TABELA DE CLASSES..................................................................... ............................................ 93

Temas do Ementrio Temtico IIAplicao da Smula n 1Captao ilcita de sufrgioCompetncia da Justia EleitoralCondutas vedadasDomiclio eleitoralFiliao partidriaPropaganda eleitoral

Temas do Ementrio Temtico IIIAbusos de poder econmico e de autoridadeAo de impugnao de mandato eletivoAo de investigao judicial eleitoralPrestao de contasRecurso contra diplomaoRenovao do pleitoVotao/apurao

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL9

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

1. INELEGIBILIDADE ABSOLUTA

1.1. Reeleio

1.1.1. Chefe do Poder Executivo

Vedao Terceiro mandato

Consulta. Prefeito reeleito. Candidatura a vice. Terceiro mandato. Vedao. Resposta negativa.

Prefeito reeleito no pleito de 2000 no pode concorrer ao cargo de vice-prefeito, ante a possibilidadede vir a se concretizar um terceiro mandato consecutivo (art. 14, 5, CF).

(TSE, CTA n. 1.139, Res. n. 22.005, de 8.3.2005, Rel. Min. Gomes de Barros)

Consulta. Elegibilidade de prefeito. Renovao de pleito. Terceiro mandato consecutivo.Impossibilidade.

I - Na linha da atual jurisprudncia desta Corte, o Chefe do Executivo que se reelegeu para umsegundo mandato consecutivo no pode se candidatar para o mesmo cargo nem para o cargo de vice, nopleito seguinte naquela circunscrio.

II - A renovao de pleito no descaracteriza o terceiro mandato. O fato de o pleito ser renovado nogera a elegibilidade daquele que exerceu o mandato por dois perodos consecutivos. Eleito para os mandatos1997/2000 e 2001/2004, inelegvel para o mandato 2005/2008.

(TSE, CTA n. 1.138, Res. n. 21.993, de 24.2.2005, Rel. Min. Peanha Martins)

Eleies 2004. Recurso Especial. Registro. Prefeito reeleito. Cassao do diploma no segundomandato. Configurao de terceiro mandato. Violao ao art. 14, 5, da Constituio Federal. Divergnciajurisprudencial caracterizada. Indeferimento do registro.

Prefeito reeleito no pleito de 2000, que teve seu diploma cassado no segundo mandato, no podeconcorrer para o mesmo cargo, no mesmo municpio, porquanto configura um terceiro mandato sucessivo.

Recurso especial conhecido a que se d provimento.

(TSE, RESPE n. 23.430, Ac. n. 23.430, de 23.9.2004, Rel. Min. Luiz Carlos Madeira)

Recurso em Registro de Candidatura. Prefeito e Vice-Prefeito reeleitos. Renncia ao mandato.Art. 14, 5, da Constituio Federal.

- A EC n. 16/97 introduziu no sistema eleitoral ptrio a possibilidade de reeleio para um nicomandato ulterior.

- O Prefeito e Vice-Prefeito reeleitos que renunciam no decorrer do mandato no podem pleitearcandidatura aos mesmos cargos na eleio seguinte, por restar configurado, in casu, o terceiro mandatoconsecutivo, defeso no art. 14, 5, da CF.

- Precedentes do TSE.

(TRE-CE, RRC n. 11.441, Ac. n. 11.441, de 4.9.2004, Rel. Des. Jos Eduardo Machado de Almeida)

Consulta. Prefeito. Terceiro mandato. Parentesco. Elegibilidade. Poder Executivo. Continuidade.Vedao.

- Reeleito o chefe do Poder Executivo, vedada sua elegibilidade para o mesmo cargo no pleitoseguinte, estendendo-se essa vedao a seus parentes.

(TSE, CTA n. 966, Res. n. 21.785, de 1.6.2004, Rel. Min. Gomes de Barros)

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL

1010101010

Eleitoral. Consulta. Elegibilidade. Chefe do Poder Executivo. Art. 14, 5 e 7, da ConstituioFederal (precedentes/TSE).

1. Prefeito reeleito em 2000 que tenha se afastado do cargo no incio do segundo mandato, por terse tornado inelegvel, no pode candidatar-se ao cargo de prefeito ou de vice-prefeito nas eleies de2004. Incidncia da vedao prevista no art. 14, 5, da Constituio Federal. Configurao de terceiromandato sucessivo (Precedentes/TSE).

2. Impossibilidade de os familiares de primeiro e segundo graus e de a esposa de prefeito reeleitoque teve seu diploma cassado em 2000 poderem candidatar-se ao mesmo cargo no pleito de 2004. Hiptesevedada pelo art. 14, 5, da Constituio Federal, por configurar o exerccio de trs mandatos seguidospor membros de uma mesma famlia no comando do poder pblico (Precedentes/TSE).

3. Possibilidade de vice-prefeito candidatar-se ao cargo do titular (presidente, governador, prefeito),desde que no o substitua ou suceda nos seis meses anteriores ao pleito (Precedentes/TSE).

4. Consulta a que se responde negativamente aos dois primeiros questionamentos e positivamenteao terceiro.

(TSE, CTA n. 1.031, Res. n. 21.750, de 11.5.2004, Rel. Min. Carlos Velloso)

Consulta. Prefeito reeleito. Desincompatibilizao para concorrer ao cargo de deputado federal.Candidatura a vice-prefeito. Impossibilidade.

Prefeito reeleito em 2000, ainda que se tenha desincompatibilizado para se candidatar a deputadofederal em 2002, no pode candidatar-se ao cargo de vice-prefeito em 2004, pois restaria configurado umterceiro mandato sucessivo, o que vedado pelo art. 14, 5, da Constituio Federal.

Precedentes.

(TSE, CTA n. 909, Res. n. 21.481, de 2.9.2003, Rel. Min. Ellen Gracie Northfleet)

Consulta. Poder Executivo. Titular. Reeleito. Desincompatibilizao. Mandato subseqente.Candidatura. Impossibilidade.

No pode o titular de cargo do Poder Executivo reeleito para um segundo mandato, mesmo sedesincompatibilizando, concorrer novamente, uma vez que resultar no exerccio do cargo por trs perodosconsecutivos ( 5 do art. 14 da Constituio Federal).

(TSE, CTA n. 892, Res. n. 21.430, de 5.8.2003, Rel. Min. Luiz Carlos Madeira)

Possibilidade Candidatura No configurao Terceiro mandato

AGRAVO REGIMENTAL. REGISTRO DE CANDIDATO. DESINCOMPATIBILIZAO.

(...) Prefeito que renuncia ao primeiro mandato pode se candidatar reeleio. Precedentes.

Agravo Regimental a que se nega provimento.

(TSE, ARESPE n. 23.607, Ac. n. 23.607, de 11.10.2004, Rel. Min. Gilmar Mendes)

CONSULTA. PREFEITO. RENNCIA. ELEIO INDIRETA. PARENTE. REELEIO.POSSIBILIDADE.

No h impedimento para que sucessor de prefeito, eleito indiretamente, concorra reeleio,desde que o mandato no seja fruto de reeleio. (...)

(TSE, CTA n. 1.052, Res. n. 21.799, de 3.6.2004, Rel. Min. Gomes de Barros)

Consulta. Governador que ocupou o cargo de vice-governador no mandato anterior. Possibilidadede reeleio. Art. 14, 5, da Constituio Federal.

1. possvel ao governador que tenha ocupado o cargo de vice-governador no mandato anteriorconcorrer reeleio, exceto nos casos em que substituiu o titular nos seis meses antes daquela eleio.

(TSE, CTA n. 914, Res. n. 21.456, de 14.8.2003, Rel. Min. Fernando Neves)

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL11

1.1.2. Vice do chefe do Poder Executivo

Vedao Terceiro mandato

REGISTRO DE CANDIDATO. INDEFERIMENTO. INEXISTNCIA. CARTER PROTELATRIO.EMBARGOS DE DECLARAO. TEMPESTIVIDADE. RECURSO ESPECIAL. VICE-PREFEITO.SUBSTITUIO EVENTUAL. PREFEITO. CONFIGURAO. TERCEIRO MANDATO.

1 - Os embargos de declarao no podem ser considerados protelatrios quando visam aoprequestionamento e evidenciam a existncia de contradio na deciso embargada.

2 - O vice-prefeito que substituiu o titular seis meses antes do pleito e eleito prefeito em eleiosubseqente no pode candidatar-se reeleio, sob pena de se configurar um terceiro mandato.

Recurso especial provido.

Agravo regimental improvido.

(TSE, ARESPE n. 23.570, Ac. n. 23.570, de 21.10.2004, Rel. Min. Carlos Velloso)

RECURSO ESPECIAL. ELEIO 2004. REGISTRO DE CANDIDATURA. INDEFERIMENTO.INEXISTNCIA DE AFRONTA A LEI. DISSDIO NO CARACTERIZADO. NEGADO PROVIMENTO.

- Impossibilidade de candidatar-se a prefeito, o vice-prefeito que sucedeu ao chefe do Executivo noexerccio do primeiro mandato e tambm sucedeu ao titular no exerccio do segundo mandato consecutivo,em virtude de falecimento. Hiptese que configuraria o exerccio do terceiro mandato consecutivo no mesmocargo, vedado pelo art. 14, 5, da CF. Precedentes.

(TSE, RESPE n. 21.809, Ac. n. 21.809, de 17.8.2004, Rel. Min. Peanha Martins)

Titular. Poder Executivo. Reeleio. Mandato subseqente. Candidatura. Vice.

1. O titular de cargo do Poder Executivo que se reelegeu em um segundo mandato subseqente nopode se candidatar a vice, mesmo tendo se desincompatibilizado, por renncia, nos seis meses anteriores eleio a que pretende concorrer, porque isso poderia resultar no exerccio de um terceiro mandatosucessivo, o que expressamente vedado pela Constituio da Repblica. Precedente: Consulta n. 689.

2. Os vices que substituram os titulares, seja em um primeiro mandato ou j reeleitos, podero secandidatar titularidade do cargo do Poder Executivo, desde que a substituio no tenha ocorrido nosseis meses anteriores ao pleito. Havendo o vice - reeleito ou no - sucedido o titular, poder se candidatar reeleio, como titular, por um nico mandato subseqente.

3. Conforme dispe a Res./TSE n. 20.114, de 10.3.1998, relator Ministro Nri da Silveira, o titularde mandato executivo que renuncia, se eleito para o mesmo cargo, vindo, assim, a exerc-lo no perodoimediatamente subseqente, no poder, entretanto, ao trmino desse novo mandato, pleitear reeleio,porque, do contrrio, seria admitir-se, contra a letra do art. 14, 5, da Constituio Federal, o exerccio docargo em trs perodos consecutivos.

(TSE, CTA n. 710, Res. n. 21.026, de 12.3.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

Vice-prefeito - Sucesso - Prefeito - Reeleio por mais dois mandatos - Impossibilidade.

1. O Vice-prefeito que sucede o chefe do Executivo em seu primeiro mandato, reelegendo-se prefeito,no pode, ao trmino desse novo mandato, pleitear reeleio, uma vez que a Constituio Federal restringea reeleio a um nico perodo, no se permitindo o exerccio de um eventual terceiro mandato.

(TSE, CTA n. 749, Res. n. 20.975, de 7.2.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

CONSULTA. VICE-PREFEITO REELEITO. DESINCOMPATIBILIZAO PARA CONCORRER ACARGO DE DEPUTADO FEDERAL. CANDIDATURA A VICE-PREFEITO. IMPOSSIBILIDADE.

Vice-prefeito reeleito em 2000, ainda que tenha se desincompatibilizado para se candidatar a deputadofederal em 2002, no pode candidatar-se ao cargo de vice-prefeito novamente em 2004, pois restariaconfigurado um terceiro mandato sucessivo, o que vedado pelo art. 14, 5, da Constituio Federal.

Precedentes.

(TSE, CTA n. 897, Res. n. 21.480, de 2.9.2003, Rel. Min. Ellen Gracie Northfleet)

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL

1212121212

Consulta. Vice-governador reeleito, cassado no primeiro mandato. Possibilidade de se candidatarnovamente ao mesmo cargo. Consulta respondida negativamente.

(TSE, CTA n. 902, Res. n. 21.439, de 7.8.2003, Rel. Min. Fernando Neves)

Consulta. Vice candidato ao cargo do titular.

1. Vice-presidente da Repblica, vice-governador de Estado ou do Distrito Federal ou vice-prefeito,reeleito ou no, pode se candidatar ao cargo do titular, mesmo tendo substitudo aquele no curso domandato.

2. Se a substituio ocorrer nos seis meses anteriores ao pleito, o vice, caso eleito para o cargo dotitular, no poder concorrer reeleio.

3. O mesmo ocorrer se houver sucesso, em qualquer tempo do mandato.

4. Na hiptese de o vice pretender disputar outro cargo que no o do titular, incidir a regra do art. 1, 2, da Lei Complementar n. 64, de 1990.

5. Caso o sucessor postule concorrer a cargo diverso, dever obedecer ao disposto no art. 14, 6,da Constituio da Repblica.

(TSE, CTA n. 689, Res. n. 20.889, de 9.10.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Possibilidade Candidatura No configurao Terceiro mandato

RECURSO ESPECIAL. ELEIO 2004. REGISTRO DE CANDIDATURA. VICE-PREFEITO QUESUBSTITUIU O TITULAR NOS LTIMOS SEIS MESES DE MANDATO. CANDIDATO A PREFEITO.POSSIBILIDADE.

- No caso, o vice-prefeito que substituiu o prefeito nos ltimos seis meses de mandato podercandidatar-se ao cargo do titular.

(TSE, RESPE n. 22.338, Ac. n. 22.338, de 3.9.2004, Rel. Min. Peanha Martins)

CONSULTA. PODER EXECUTIVO. TITULAR. VICE. SUBSTITUIO. REELEIO.

- O vice que no substituiu o titular dentro dos seis meses anteriores ao pleito poder concorrer aocargo deste, sendo-lhe facultada, ainda, a reeleio, por um nico perodo.

- Na hiptese de hav-lo substitudo, o vice poder concorrer ao cargo do titular, vedada a reeleioe a possibilidade de concorrer ao cargo de vice.

(TSE, CTA n. 1.058, Res. n. 21.791, de 1.6.2004, Rel. Min. Gomes de Barros)

Vice-prefeito. Primeiro mandato. Substituio. Prefeito. Segundo mandato. Reeleio no cargo device-prefeito. Sucesso. Titular. Candidatura. Pleito subseqente.

1. admitido que o vice-prefeito que substituiu o prefeito no exerccio do primeiro mandato, sendoreeleito para o mesmo cargo de vice-prefeito e vindo a assumir definitivamente a chefia desse PoderExecutivo no exerccio do segundo mandato, candidate-se ao cargo de prefeito no pleito subseqente.

2. A candidatura somente lhe vedada para o prprio cargo de vice-prefeito, por caracterizar umterceiro mandato consecutivo, o que vedado pelo art. 14, 5, da Constituio Federal.

(TSE, CTA n. 1.047, Res. n. 21.752, de 11.5.2004, Rel. Min. Fernando Neves)

Registro de candidatura. Vice-governador eleito por duas vezes consecutivas, que sucede o titularno segundo mandato. Possibilidade de reeleger-se ao cargo de governador por ser o atual mandato oprimeiro como titular do executivo estadual. Precedentes: Res./TSE n.s 20.889 e 21.026.

Recursos improvidos.

(TSE, RESPE n. 19.939, Ac. n. 19.939, de 10.9.2002, Rel. Min. Ellen Gracie Northfleet)

Vice-governador que suceder o titular poder candidatar-se ao cargo de governador para um nicoperodo subseqente (CF, artigo 14, pargrafo 5, modificado pela Emenda Constitucional n. 16/97).

(TSE, CTA n. 537, Res. n. 20.462, de 31.8.1999, Rel. Min. Maurcio Corra)

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL13

1.1.3. Titulares de cargos legislativos

(...) 3. O vereador, candidato ao cargo de prefeito, no precisa desincompatibilizar-se do cargo,salvo se se tratar de municpio desmembrado e se o edil for presidente da Cmara Municipal e tiversubstitudo o titular do Executivo Municipal nos seis meses anteriores ao pleito (...).

(TSE, CTA n. 896, Res. n. 21.437, de 7.8.2003, Rel. Min. Fernando Neves)

Presidente de Cmara de Vereadores e Presidente de Assemblia Legislativa. Elegibilidade. Comoexercentes de funes legislativas, esto dispensados da desincompatibilizao para concorrerem aqualquer cargo eletivo, salvo se, nos seis meses anteriores ao pleito, houverem substitudo ou, em qualquerpoca, sucedido o respectivo Titular do Poder Executivo (CF, art. 14, 5, in fine). Inexistncia, tanto naConstituio Federal de 1988, quanto na Lei de Inelegibilidades (Lei Complementar n. 64, de 18 de maiode 1990), de restrio plena elegibilidade dos titulares de cargos legislativos, sem necessidade dedesincompatibilizao, nos trs nveis de Poder (federal, estadual e municipal).

(TSE, CTA n. 117, Res. n. 19.537, de 30.4.1996, Rel. Min. Walter Medeiros)

1.2. Renncia

CONSULTA. Governador. Renncia. Inelegibilidade. Afastamento.

I - O Governador de Estado, se quiser concorrer a outro cargo eletivo, deve renunciar a seu mandatoat seis meses antes do pleito (CF, art. 14, 6).

II - A renncia do Governador em primeiro mandato, at seis meses antes do pleito, torna elegveisos parentes relacionados no art. 14, 7, da Constituio Federal.

III - A renncia do Governador, at seis meses antes da eleio, torna seus parentes elegveis (CF,art. 14, 7) para cargo diverso, na mesma circunscrio.

IV - Presidente da Cmara Municipal que exerce provisoriamente o cargo de Prefeito no necessitadesincompatibilizar-se para se candidatar a este cargo, para um nico perodo subseqente.

(TSE, CTA n. 1.187, Res. n. 22.119, de 24.11.2005, Rel. Min. Gomes de Barros)

RECURSO ELEITORAL - REGISTRO DE CANDIDATO - INELEGIBILIDADE - IMPROVIMENTO.

- A interrupo de mandato eletivo por renncia de prefeito, com eleio indireta de substituto parao cargo declarado vago, no caracteriza novo mandato, que no atual sistema eleitoral brasileiro dequatro anos (C.F., art. 29, I).

- Prefeito eleito indiretamente para cumprir o mandato do irmo renunciante, que se encontrava noexerccio do primeiro mandato, pode concorrer reeleio, como poderia o substitudo, independentementede desincompatibilizao (C.F., art. 14, 5).

- Recurso improvido. Sentena mantida.

(TRE-CE, RRC n. 11.075, Ac. n. 11.075, de 9.8.2004, Rel. Juiz Antnio Abelardo Benevides Moraes)

ELEITORAL. CONSULTA. PREFEITO MUNICIPAL REELEITO. RENNCIA. CANDIDATURA. VICE-PREFEITO. PLEITO IMEDIATAMENTE SUBSEQENTE. IMPOSSIBILIDADE.

1. Ex-prefeito reeleito que renuncia ao cargo no poder candidatar-se a vice-prefeito do mesmomunicpio na eleio subseqente.

2. Consulta respondida negativamente.

(TSE, CTA n. 900, Res. n. 21.438, de 7.8.2003, Rel. Min. Carlos Velloso)

DEPUTADA ESTADUAL. CNJUGE DE GOVERNADOR. CONCORRNCIA AO MESMO CARGODO MARIDO OU A CARGO DIVERSO. MESMA JURISDIO. RENNCIA DO TITULAR. GOVERNADORREELEITO CANDIDATO A VICE-GOVERNADOR. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES.

I. Impossvel a cnjuge de governador reeleito concorrer ao mesmo cargo deste, ou ainda ao device-governador, independentemente da renncia daquele.

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL

1414141414

II. Sem a tempestiva renncia do governador reeleito, inelegvel, na mesma jurisdio do titular,seu cnjuge, deputada estadual, para a Cmara Federal.

III. Governador reeleito inelegvel para o cargo de vice.

(TSE, CTA n. 768, Res. n. 21.073, de 23.4.2002, Rel. Min. Slvio de Figueiredo)

CONSULTA. CHEFE DO PODER EXECUTIVO. DESINCOMPATIBILIZAO. PRAZO DO ART.14, 6, DA CONSTITUIO FEDERAL. LICENA. CONVERSO EM RENNCIA APS INDICAOEM CONVENO PARTIDRIA. IMPOSSIBILIDADE.

No atende ao disposto no art. 14, 6, da Constituio Federal, a circunstncia de o chefe do PoderExecutivo licenciar-se do seu cargo, seis meses antes do pleito, querendo concorrer a outro cargo, para,aps, se for indicado em conveno de seu partido, converter essa licena em renncia.

(TSE, CTA n. 771, Res. n. 21.053, de 2.4.2002, Rel. Min. Barros Monteiro)

Titular - Mandato no Executivo - Renncia seis meses antes do pleito - Reeleio por mais doismandatos - Impossibilidade.

O titular de mandato executivo que renuncia, se eleito para o mesmo cargo, vindo, assim, a exerc-lo no perodo imediatamente subseqente, no poder, entretanto, ao trmino desse novo mandato, pleitearreeleio, porque, do contrrio, seria admitir-se, contra a letra do art. 14, 5, da Constituio da Repblica,o exerccio do cargo em trs perodos consecutivos (Precedentes: Resoluo n. 20.114, de 10.3.98, eResoluo n. 20.889, de 9.10.01).

(TSE, CTA n. 728, Res. n. 20.928, de 13.11.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Renncia e elegibilidade. 2. A renncia do Presidente da Repblica, dos Governadores de Estadoou do Distrito Federal e dos Prefeitos, ao respectivo mandato, seis meses antes do pleito, no os tornainelegveis ao mesmo cargo, para o perodo imediatamente subseqente. A Constituio Federal noprev como causa de inelegibilidade a renncia ao mandato executivo. 3. O titular de mandato executivoque renuncia, se eleito para o mesmo cargo, vindo, assim, a exerc-lo no perodo imediatamentesubseqente, no poder, entretanto, ao trmino desse novo mandato, pleitear reeleio, porque, docontrrio, seria admitir-se, contra a letra do art. 14, 5, da Constituio, o exerccio do cargo em trsperodos consecutivos. 4. O cnjuge e parentes a que se refere o art. 14, 7, da Constituio, podemconcorrer, no territrio de jurisdio do titular, a cargos eletivos, salvo para o mesmo cargo ocupado pelotitular, desde que este renuncie at seis meses antes do pleito. 5. A Emenda Constitucional n. 16, de04.06.97, que alterou a redao do 5 do art. 14, da Constituio, em nada modificou a compreenso do 7 do referido art. 14.

(TSE, CTA n. 366, Res. n. 20.114, de 10.3.1998, Rel. Min. Nri da Silveira)

1.3. Analfabetos

EMBARGOS DE DECLARAO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. ELEIES2004. REGISTRO DE CANDIDATO. ANALFABETISMO.

Candidata ao cargo de vereador no pleito de 2004 que, no entanto, concorreu como substituta dacandidata a prefeito de sua coligao, que renunciara. Desnecessria a realizao de novo teste deescolaridade se, em seu processo de registro ao cargo de vereador, foi considerada alfabetizada, comdeciso transitada em julgado.

Ausncia de omisso a ser sanada.

Embargos de Declarao rejeitados.

(TSE, EARESPE n. 25.202, Ac. n. 25.202, de 6.10.2005, Rel. Min. Gilmar Mendes)

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL15

AGRAVO REGIMENTAL. REGISTRO DE CANDIDATO. ANALFABETISMO.

Quando o teste de alfabetizao, apesar de no ser coletivo, traz constrangimento ao candidato,no pode ser considerado legtimo.

Agravo Regimental a que se nega provimento.

(TSE, ARESPE n. 24.343, Ac. n. 24.343, de 11.10.2004, Rel. Min. Gilmar Mendes)

REGISTRO DE CANDIDATO. ANALFABETISMO. AUSNCIA DE COMPROVANTE DEESCOLARIDADE E DE DECLARAO DE PRPRIO PUNHO. PROIBIO DE TESTE DEALFABETIZAO PBLICO E COLETIVO. REEXAME DE PROVA.

Na ausncia do comprovante de escolaridade, deve o juiz exigir declarao de prprio punho docandidato antes de buscar a aferio por outros meios. Resoluo-TSE n. 21.608, art. 28, VII, 4.

No tendo o juiz exigido tal declarao, -lhe permitido aplicar teste de alfabetizao, desde queseja reservado, sem trazer constrangimento ao candidato (art. 1, III, da Constituio Federal). Precedentes.

Reexame de provas invivel em sede de recurso especial (Smula-STF n. 279).

Recurso a que se nega provimento.

(TSE, RESPE n. 21.762, Ac. n. 21.762, de 31.8.2004, Rel. Min. Gilmar Mendes)

RECURSO ESPECIAL. ELEIO 2004. REGISTRO DE CANDIDATURA. COMPROVANTE DEESCOLARIDADE. APRESENTAO. TESTE. REEXAME DE MATRIA FTICA. IMPOSSIBILIDADE.NEGADO PROVIMENTO.

I - Tendo sido apresentado comprovante de escolaridade idneo, defere-se o pedido de registro decandidatura.

II - invivel o revolvimento de matria ftica na via do recurso especial, a teor das Smulas n.s 7/STJ e 279/STF.

(TSE, RESPE n. 21.784, Ac. n. 21.784, de 17.8.2004, Rel. Min. Peanha Martins)

REGISTRO. Eleies de 2004. Analfabetismo. Teste. Declarao de prprio punho. Possibilidade.Recurso provido em parte.

A Constituio Federal no admite que o candidato a cargo eletivo seja exposto a teste que lheagrida a dignidade.

Submeter o suposto analfabeto a teste pblico e solene para apurar-lhe o trato com as letras agredir a dignidade humana (CF, art. 1, III).

Em tendo dvida sobre a alfabetizao do candidato, o juiz poder submet-lo a teste reservado.No licito, contudo, a montagem de espetculo coletivo que nada apura e s produz constrangimento.

(TSE, RESPE n. 21.707, Ac. n. 21.707, de 17.8.2004, Rel. Min. Gomes de Barros)

1 - Recurso contra deciso que deferiu pedido de registro de candidato a vereador.

2 - Teste de escolaridade do candidato dispensado por deciso do TSE.

3 - Declarao de prprio punho e certificado escolar expedido por escola pblica. Garantia de fpblica (art. 19, II, CF/88). Prova bastante da escolaridade. Satisfao das exigncias previstas no art. 28,inciso VII e seu 4 da RES-TSE n. 21.608/04.

4 - Recurso improvido. Sentena confirmada.

(TRE-CE, RRC n. 11.254, Ac. n. 11.254, de 17.8.2004, Rel. Juiz Roberto Machado)

RECURSO ELEITORAL - REGISTRO DE CANDIDATO - INELEGIBILIDADE - ANALFABETISMO -PROVIMENTO.

- Comprovado nos autos, mediante documento hbil e incontroverso, que a postulante freqentoucurso especializado em Escola Pblica, no podendo ser considerada analfabeta.

- A ausncia a exame elementar no pode importar, por si s, em presuno de analfabetismo,ilidindo a documentao exibida.

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL

1616161616

- Descaracterizada a inelegibilidade declarada.

- Recurso provido. Sentena reformada.

(TRE-CE, RRC n. 11.087, Ac. n. 11.087, de 9.8.2004, Rel. Juiz Antnio Abelardo Benevides Moraes)

1.4. Outros casos de inelegibilidade absoluta

1.4.1. Abuso do poder econmico ou poltico (arts. 1, I, d, e 22 da LC n. 64/90)

RECURSO ESPECIAL. Agravo Regimental. Eleies 2004. Registro de candidatura. Inelegibilidade.Incio. Art. 1, I, d, da LC n. 64/90. Fundamentos da deciso agravada no invalidados.

O prazo da inelegibilidade decorrente do art. 1, I, d, da LC n. 64/90, de trs anos a partir da datada eleio em que se apurou o abuso.

Nega-se provimento a agravo regimental que no ilide os fundamentos da deciso impugnada.

(TSE, ARESPE n. 23.915, Ac. n. 23.915, de 9.6.2005, Rel. Min. Gomes de Barros)

RECURSO ORDINRIO. Eleies 2002. Abuso do poder econmico. Captao ilegal de sufrgio.Configurao. Provimento negado.

Configurado o abuso do poder econmico, decorrente da prtica de assistencialismo voltado captao ilegal de sufrgios, impe-se a declarao da inelegibilidade, nos termos do art. 22, VI, da LCn. 64/90.

(TSE, RO n. 741, Ac. n. 741, de 22.2.2005, Rel. Min. Gomes de Barros)

Investigao Judicial. Art. 22 da LC n. 64/90. Abuso do poder poltico. Deputado Federal. Usoindevido de rgo pblico para captao de votos. Desequilbrio. Potencialidade.

1. Para a configurao de abuso de poder poltico, no se exige nexo de causalidade, entendidoesse como a comprovao de que o candidato foi eleito efetivamente devido ao ilcito ocorrido, mas quefique demonstrado que as prticas irregulares teriam capacidade ou potencial para influenciar o eleitorado,o que torna ilegtimo o resultado do pleito.

2. Se fossem necessrios clculos matemticos, seria impossvel que a representao fosse julgadaantes da eleio do candidato, que , alis, o mais recomendvel, visto que, como disposto no inciso XIVdo art. 22 da LC n. 64/90, somente neste caso poder a investigao judicial surtir os efeitos de cassaodo registro e aplicao da sano de inelegibilidade.

3. Prova incontroversa de que o candidato utilizou o DNOCS, arvorando-se de verdadeiroadministrador como meio para desequilibrar o pleito e angariar votos, com a construo de passagensmolhadas em vrios municpios cearenses vinculadas a sua candidatura.

4. Inelegibilidade que se decreta, a teor do art. 22, XIV da Lei Complementar 64/90.

(TRE-CE, IJE n. 11.025, Ac. n. 11.025, de 6.12.2004, Rel. Des. Jos Eduardo Machado de Almeida)

RECURSO ORDINRIO. ELEIO 2002. AO DE INVESTIGAO ELEITORAL. ABUSO DOPODER ECONMICO. USO INDEVIDO DOS MEIOS DE COMUNICAO SOCIAL. AUSNCIA DEPOTENCIALIDADE. NO-DEMONSTRAO. DESPROVIMENTO.

I - A prtica de abuso do poder econmico h que ser demonstrada, uma vez que (...) no Estado deDireito Democrtico, no se h de dar pela inelegibilidade do cidado, sob a acusao dessas prticasilcitas, sem que fatos objetivos que a configurem estejam devidamente demonstrados, com prova produzidavalidamente, de acordo com as regras processuais, respeitados o devido processo legal, a ampla defesae o contraditrio (Precedentes).

II - Para que se possa aplicar as sanes previstas no art. 22 da Lei Complementar n. 64/90, (...)necessrio se auferir se a conduta do investigado teve potencialidade de influir no pleito eleitoral. E nesseparticular, a Recorrente no teve sucesso. Em momento algum logrou xito em demonstrar que as matriasjornalsticas em questo tiveram a capacidade de influir na vontade do eleitor de modo a alterar o resultadodo pleito.

(TSE, RO n. 759, Ac. n. 759, de 23.11.2004, Rel. Min. Peanha Martins)

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL17

1. Recurso em Registro de Candidato.

2. Abuso de poder poltico. Tempo de inelegibilidade: 03 anos contados a partir da data da eleioem que o abuso se verificou. Smula 19 do TSE. Conta-se o prazo de 03 anos a partir do trnsito emjulgado da sentena apenas quando o trnsito em julgado da sentena ocorre anteriormente s eleiesem que o abuso se verificou. Precedentes.

3. Sentena confirmada.

TRE-CE, RRC n. 11.348, Ac. n. 11.348, de 4.9.2004, Rel. Juiz Roberto Machado)

Investigao judicial. Abuso do poder econmico e poltico. Inelegibilidade. Prazo de trs anos.Decurso. Objeto da ao. Perda. No-ocorrncia. Candidato e sociedade. Interesse. Conduta.Potencialidade. Matria ftica. Reexame. Impossibilidade.

1. Considerando que foi aplicada sano de inelegibilidade, a investigao judicial instaurada paraapurar abuso do poder econmico ou poltico no perde objeto pelo decurso do prazo de trs anos, umavez que remanesce o interesse do candidato de expurgar a sano a ele cominada, restaurando suaimagem pblica.

2. O exame da alegao de ausncia de potencialidade da conduta abusiva exige o reexame damatria ftica, inadmissvel em sede de recurso especial.

Agravo regimental a que se nega provimento.

(TSE, AAG n. 4.574, Ac. n. 4.574, de 30.3.2004, Rel. Min. Fernando Neves)

1.4.2. Cassao de mandato eletivo (art. 1, I, b, da LC n. 64/90)

Recurso em registro de candidatura. Argio de impedimento da magistrada de 1 grau denegada:coisa julgada. Mandato cassado pela cmara de vereadores por conduta incompatvel com o decoroparlamentar. Inelegibilidade (art. 1, I, b, da LC n. 64/90). Recurso improvido. Registro de candidatoindeferido.

(TRE-CE, RRC n. 11.509, Ac. n. 11.509, de 9.9.2004, Rel. Juiz Jos Filomeno de Moraes Filho)

Recurso ordinrio. Pedido de registro. Indeferimento. Art. 1, I, e, da LC n. 64/90. Imprescindibilidadede trnsito em julgado da sentena condenatria. No-ocorrncia. Art. 1, I, b, da LC n. 64/90. Cassaode mandato de parlamentar. Inelegibilidade pelo prazo de oito anos, alm do remanescente do mandato.Obrigatoriedade de a causa estar afastada no momento do pedido de registro. Precedentes. Recursodesprovido.

- A causa de inelegibilidade prevista no art. 1, I, e, da LC n. 64/90 no prescinde do trnsito emjulgado da sentena condenatria, sem o que de ser ela afastada.

- Ex-parlamentar que teve cassado o seu mandato eletivo sujeita-se regra de inelegibilidade doart. 1, I, b, da LC n. 64/90, por oito anos, alm do remanescente do mandato, sendo irrelevante se acassao se deu anteriormente vigncia da LC n. 81/94, somente podendo ter o seu registro deferidose, no momento em que o postular, estiver liberado dessa causa.

- Precedentes.

- Recurso a que se nega provimento.

(TSE, RESPE n. 20.349, Ac. n. 20.349, de 1.10.2002, Rel. Min. Barros Monteiro)

1.4.3. Condenao criminal Suspenso dos direitos polticos (art. 15, III, da CF e art. 1, I, e, daLC n. 64/90)

Recurso especial. Registro de candidato. Indeferimento. Motivo. Condenao transitada em julgado.Crime contra a administrao pblica. Prescrio da pretenso executria. Extino da pena. Inelegibilidadepor trs anos. LC n. 64/90, art. 1, I, e. CPC, art. 462.

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL

1818181818

1 - As condies de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas ao tempo doregistro de candidatura (Ac. n. 22.676, rel. Min. Caputo Bastos).

2 - Aplicabilidade do art. 462 do CPC nas instncias ordinrias.

3 - Hiptese em que incide a inelegibilidade, por trs anos, aps a prescrio da pretenso executria.

Recurso especial desprovido.

(TSE, RESPE n. 23.851, Ac. n. 23.851, de 17.3.2005, Rel. Min. Carlos Velloso)

Eleies 2004. Recurso Especial. Registro. Impugnao. Condenao criminal. Crime contra aadministrao pblica (art. 1, I, e, LC n. 64/90). Incidncia do art. 15, III, da Constituio Federal. Habeascorpus. STJ. Liminar. Suspenso dos efeitos condenatrios.

A sano de inelegibilidade de que cuida a alnea e do inciso I do art. 1 da LC n. 64/90 ocorre apso cumprimento da pena, e no pela sentena transitada em julgado.

A existncia de sentena condenatria com trnsito em julgado atrai a incidncia do art. 15, III, daConstituio Federal, enquanto durarem os efeitos da sentena.

Suspensa a condenao criminal, por fora de medida liminar, at o julgamento final do habeascorpus, o fator impeditivo foi afastado.

Recurso Especial conhecido e provido para deferir o registro de candidatura.

(TSE, RESPE n. 23.222, Ac. n. 23.222, de 14.10.2004, Rel. Min. Luiz Carlos Madeira)

RECURSO ESPECIAL. Eleies 2004. Regimental. Registro. Condenao criminal transitada emjulgado. Direitos polticos. CF/88, art. 15, III. Auto-aplicabilidade.

auto-aplicvel o art. 15, III, CF.

Condenao criminal transitada em julgado suspende os direitos polticos pelo tempo que durar apena.

Nega-se provimento a agravo que no infirma os fundamentos da deciso impugnada.

(TSE, ARESPE n. 22.467, Ac. n. 22.467, de 21.9.2004, Rel. Min. Gomes de Barros)

1. Agravo regimental em recurso especial. Tempestividade. Ataque aos fundamentos da deciso. 2.Registro de candidatura. Condenao criminal transitada em julgado. Ministrio pblico. Manifestaocomo fiscal da lei. Inelegibilidade. Prazo de trs anos aps o cumprimento da pena. Suspenso condicional.Inviabilidade do registro de candidatura. Precedentes.

A manifestao do Ministrio Pblico como fiscal da lei acerca de documentos juntados pelorequerente no momento de seu pedido de registro no d ensejo abertura de prazo para defesa.

Estando em curso o perodo de suspenso condicional da pena, continuam suspensos os direitospolticos a inviabilizar o registro da candidatura.

Agravo regimental improvido.

(TSE, ARESPE n. 21.735, Ac. n. 21.735, de 14.9.2004, Rel. Min. Gilmar Mendes)

AGRAVO REGIMENTAL. REGISTRO DE CANDIDATO. CONDENAO CRIMINAL. TRNSITOEM JULGADO. EXTINO DA PENA. SUSPENSO DOS DIREITOS POLTICOS. INELEGIBILIDADE.CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 1, I, e, LC n. 64/90. SMULA-TSE N. 9. INDULTO.

1 - O art. 15, III, da Constituio Federal no torna inconstitucional o art. 1, I, e, da LC n. 64/90, quetem apoio no art. 14, 9, da Constituio Federal.

2 - Considera-se inelegvel, por trs anos, contados da data em que declarada a extino da pena,o candidato condenado por sentena criminal transitada em julgado.

3 - O indulto no equivale reabilitao para afastar a inelegibilidade resultante de condenaocriminal decorrente do art. 1, I, e, da LC n. 64/90.

Agravo regimental no provido.

(TSE, ARESPE n. 22.148, Ac. n. 22.148, de 9.9.2004, Rel. Min. Carlos Velloso)

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL19

Recurso contra expedio de diploma Prefeito Perda de direitos polticos Condenao criminal Trnsito em julgado posterior eleio Condio de elegibilidade Natureza pessoal Eleio nomaculada Validade da votao Situao em que no h litisconsrcio passivo necessrio Eleioreflexa do vice Art. 15, III, da Constituio da Repblica Art. 18 da LC n. 64/90.

1. As condies de elegibilidade e as causas de inelegibilidade so aferidas com base na situaoexistente na data da eleio.

2. Por se tratar de questo de natureza pessoal, a suspenso dos direitos polticos do titular doExecutivo Municipal no macula a legitimidade da eleio, sendo vlida a votao porquanto a perda decondio de elegibilidade ocorreu aps a realizao da eleio, momento em que a chapa estava completa.

(TSE, RESPE n. 21.273, Ac. n. 21.273, de 27.5.2004, Rel. Min. Fernando Neves)

Agravo de instrumento.

Condenao criminal transitada em julgado aps a eleio e antes da diplomao. Causa deinelegibilidade.

Suspenso dos direitos polticos. Efeitos automticos (art. 15, III, da CF/88). Precedentes.

Desprovimento.

(TSE, AG n. 3.547, Ac. n. 3.547, 25.2.2003, Rel. Min. Luiz Carlos Madeira)

Recurso especial. Candidato condenado pela prtica de contraveno penal. CF, art.15, III.

A disposio constitucional, prevendo a suspenso dos direitos polticos, ao referir-se a condenaocriminal transitada em julgado, abrange no s aquela decorrente da prtica de crime, mas tambm a decontraveno penal.

(TSE, RESPE n. 13.293, Ac. n. 13.293, de 7.11.1996, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Registro de candidatura.

A falta de impugnao no obsta a que o Juiz reconhea a inelegibilidade, j que pode faz-lo deofcio.

Condenao criminal. Acarreta a suspenso de direitos polticos pelo tempo em que durarem seusefeitos. Irrelevncia de estar em curso pedido de reviso criminal.

(TSE, RESPE n. 13.924, Ac. n. 13.924, de 1.10.1996, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Recurso especial. Impugnao a registro de candidatura.

Suspenso de direitos polticos. Art. 15, inciso III, da Constituio. Sursis. Auto-aplicabilidade.AC.-TSE n. 12.745.

de ser indeferido registro de candidato que teve contra si sentena condenatria transitada emjulgado, ainda que em curso perodo de suspenso condicional da pena.

A ausncia de prequestionamento, no que tange alegada violao ao art. 1, inciso I, alnea e, daLC n. 64/90, enseja o no-conhecimento do recurso neste aspecto.

Recurso no conhecido.

(TSE, RESPE n. 13.053, Ac. n. 13.053, de 11.9.1996, Rel. Min. Ilmar Galvo)

1.4.4. Improbidade administrativa (arts. 15, V, e 37, 4, da CF; art. 1, I, g, da LC n. 64/90 e Lei n.8.429/92)

Recurso ordinrio. Registro. Candidatura. Matria. Constitucional. Recepo. Recurso especial.Condenao. Ao Cvel. Improbidade administrativa. Suspenso. Direitos polticos. Inelegibilidade. Arts.15, V, e 37, 4, da CF/88. Improcedncia.

1) Primeiramente, a norma constitucional que cuida da suspenso dos direitos polticos tornou-seaplicvel com a entrada em vigor da Lei n. 8.429/92 e concretizou, em seu art. 12, o comando constitucional

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL

2020202020

que estabelece as sanes aplicveis de acordo com o grau de ofensa probidade administrativa. Nocaso dos autos no h sequer capitulao legal da improbidade administrativa alegada, de modo a aferirqual o prazo de inelegibilidade, caso fosse esta a hiptese.

2) Demais disso, as sanes decorrentes de ato de improbidade administrativa, aplicadas por meioda ao civil, no tm natureza penal, e a suspenso dos direitos polticos depende de aplicao expressae motivada por parte do juzo competente, estando condicionada sua efetividade ao trnsito em julgado dasentena condenatria, consoante previso legal expressa no art. 20 da Lei n. 8.429/92. Na situaodelineada no h referncia expressa suspenso dos direitos polticos do candidato.

3) Recurso conhecido e provido para o fim do deferimento do registro.

(TSE, RO n. 811, Ac. n. 811, de 25.11.2004, Rel. Min. Caputo Bastos)

Eleies 2004. Recurso Especial. Registro. Impugnao. Rejeio de contas (art. 1, I, g, da LC n.64/90). Caso em que a Corte de Contas no incluiu o nome do responsvel na lista de inelegveis (art. 11, 5, da Lei n. 9.504/97). Irregularidades sanveis. Deferimento do registro.

A irregularidade insanvel no supe necessariamente ato de improbidade ou a irreparabilidadematerial.

A insanabilidade pressupe a prtica de ato de m-f, por motivao subalterna, contrria ao interessepblico, marcado pela ocasio ou pela vantagem, pelo proveito ou benefcio pessoal, mesmo que imaterial.

Recurso especial conhecido, mas desprovido.

(TSE, RESPE n. 23.565, Ac. n. 23.565, de 21.10.2004, Rel. Min. Luiz Carlos Madeira)

REGISTRO. DEFERIMENTO. CONTAS. CONVNIO. REPASSE. VERBA. ESTADO. PARECER.TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO. APRECIAO. REJEIO. CONTAS. LEGITIMIDADE.NECESSIDADE. COMPROVAO. IRREGULARIDADE. INSANVEL. AJUIZAMENTO. AO.DESCONSTITUIO. DECISO. TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO. SUSPENSO.INELEGIBILIDADE. RESSALVA. ART. 1, I, g, LC N. 64/90.

1. A teor da sedimentada jurisprudncia do Tribunal Superior Eleitoral, o rgo competente,originariamente, para julgar a regularidade da aplicao de verbas provenientes de convnios celebradosentre o municpio e o estado o Tribunal de Contas do Estado (Ac. n. 13.935, de 1.10.96, REspe n.13.935, rel. Ministro Nilson Naves; Ac. n. 13.299, de 30.9.96, REspe n. 13.299, rel. Ministro EduardoRibeiro; Ac. n. 20.437, de 25.9.2002, REspe n. 20.437, rel. Ministro Seplveda Pertence).

2. As irregularidades ensejadoras de inelegibilidade so aquelas de natureza insanvel, com notade improbidade, consoante firme orientao do TSE (Ac. n. 21.896, de 26.8.2004, REspe n. 21.896, rel.Ministro Peanha Martins; Ac. n. 604, de 20.9.2002, AgRgRO n. 604, rel. Ministro Luiz Carlos Madeira;Ac. n. 17.712, de 26.10.2000, AgRgREspe n. 17.712, rel. Ministro Garcia Vieira).

3. Proposta a ao desconstitutiva da deciso que rejeitou as contas do prefeito, a qualquer tempo,anteriormente impugnao do registro, suspensa est a inelegibilidade (Ac. n. 21.709, de 12.8.2004,REspe n. 21.709, rel. Ministro Francisco Peanha; Ac. n. 12.598, de 19.9.92, REspe n. 9.847, rel. MinistroTorquato Jardim; Ac. n. 12.570, de 18.9.92, REspe n. 10.171, rel. Ministro Amrico Luz).

4. Negado provimento ao recurso.

(TSE, RESPE n. 23.345, Ac. n. 23.345, de 24.9.2004, Rel. Min. Caputo Bastos)

RECURSO ESPECIAL. ELEIO 2004. REGISTRO DE CANDIDATURA. REJEIO DE CONTAS.APLICAO DA SMULA -TSE N. 1. RECURSO PROVIDO.

- A Smula-TSE n. 1 garante a suspenso da inelegibilidade daquele que prope, antes daimpugnao ao pedido de registro de candidatura, ao desconstitutiva da deciso que rejeitou as contas.

NOTA: Questo de Ordem: O Min. Luiz Carlos Madeira props a revogao da Smula n. 1, por entenderque o art. 1, I, g, da LC n. 64/90 inconstitucional. O TSE, todavia, por maioria, rejeitou a argioincidente da inconstitucionalidade da clusula de suspenso de inelegibilidade da alnea g, do artigo 1,I, da LC 64/90 e ratificou a aplicao da referida Smula.

(TSE, RESPE n. 21.760, Ac. n. 21.760, de 16.9.2004, Rel. Min. Peanha Martins)

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL21

Recurso em registro de candidato. Deciso com trnsito em julgado relativa a abuso de podereconmico ou poltico produz efeito nos trs anos seguintes ao pleito relacionado aos atos. Existncia dedecreto legislativo em que so desaprovadas as contas do candidato interessado no registro. Interposiode ao judicial desconstitutiva de deciso desaprovadora de contas com o nico intuito de burlar a leieleitoral. Registro indeferido.

I - A deciso com trnsito em julgado, relativamente a abuso de poder poltico ou econmico, atinente eleio de 1998, somente poder ter os seus efeitos, a teor da Smula do TSE n. 19, aplicados apenasat 2001, no sendo o recorrido inelegvel por este motivo.

II - A existncia de decreto legislativo em que so desaprovadas as contas de candidato, no qual severifica, implicitamente, improbidade administrativa e m gesto da coisa pblica, deve imputar aoresponsvel a pecha de inelegvel.

III - A interposio de ao s vsperas da eleio (junho de 2004), tendo sido datado o decretolegislativo de 2001, pressupe a inteno, na esteira de entendimento j manifestado pelo TSE (Recursoordinrio n. 678, Rel. Min. Fernando Neves, publicado em Sesso de 27.09.2002), apenas e to somente,de afastar a inelegibilidade, em flagrante afronta lei eleitoral e ao princpio da moralidade administrativa.

IV - Recursos conhecidos e parcialmente providos. Declarado inelegvel o candidato a prefeito eindeferida a chapa majoritria, nos termos do art. 45 da Resoluo do TSE n. 21.608/2004.

(TRE-CE, RRC n. 11.506, Ac. n. 11.506, de 9.9.2004, Rel. Juiz Celso Albuquerque Macedo)

Recurso em Registro de Candidatura. Aes por improbidade administrativa. Suspenso dos direitospolticos. Art. 37, 4, da CF.

- A simples tramitao de aes civis por improbidade administrativa perante a Justia Comum, aqual tem competncia para julg-las, no tem o condo de suspender os direitos polticos do agentepblico.

- A deciso transitada em julgado, nas aes que versem sobre improbidade administrativa, anica circunstncia autorizadora da privao temporria dos direitos polticos do agente mprobo.

- O art. 37, 4, da Constituio Federal no contempla hiptese de inelegibilidade, apenas cominaas sanes decorrentes do reconhecimento de atos que importem improbidade administrativa, estabelecendoque elas sero aplicadas na gradao e forma previstas em lei.

(TRE-CE, RRC n. 11.252, Ac. n. 11.252, de 31.8.2004, Rel. Des. Jos Eduardo Machado de Almeida)

1 - Recursos contra decises indeferitrias de registros de candidatos a Prefeito e Vice: o primeirocom base no art. 1, I, g, da LC n. 64/90; e o segundo por ausncia de filiao partidria (art. 14, 3, V,CF/88).

2 - Ex-Presidente de Cmara Municipal candidato a Prefeito. Contas aprovadas com ressalva eexpressa referncia a inexistncia de irregularidade insanvel ou nota de improbidade. Prtica de atos deimprobidade, no mesmo exerccio financeiro, reconhecida em outro procedimento instaurado junto ao TCM,deflagrado por denncia de eleitor. No incidncia da hiptese de inelegibilidade prevista no art. 1, I, g,da LC n. 64/90. Precedentes do TSE. Caso em que a inelegibilidade somente decorrer de sentenacondenatria, proferida em ao de improbidade administrativa, que suspenda os direitos polticos dogestor (art. 15, V, CF/88 c.c. arts. 11 e 12 da Lei n. 8.429/92).

3 - Se o recorrente prova, por outros meios, que filiado a partido poltico pelo menos um ano antesdo pleito, atende ao disposto no art. 10 da RES.-TSE n. 21.608/04. Smula 20 do TSE. Precedentes destaCorte.

(TRE-CE, RRC n. 11.260, Ac. n. 11.260, de 30.8.2004, Rel. Juiz Roberto Machado)

Recurso em Registro de Candidatura. Presidente de Cmara Municipal. Rejeio de contas peloTCM, por deciso irrecorrvel. Questo no submetida apreciao do Poder Judicirio.

- A Justia Eleitoral pode, para fins de inelegibilidade, exercer juzo sobre a insanabilidade ou nodas irregularidades presentes nas contas de responsabilidade de pretenso candidato, enquanto gestor dacoisa pblica.

- Constatao de irregularidades passveis de enquadramento na lei de improbidade administrativa,e portanto insanveis, a ensejar a incidncia da inelegibilidade prevista no art. 1, inciso I, alnea g, da LCn. 64/90.

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL

2222222222

- O pagamento de penalidade pecuniria no ilide o carter de insanabilidade das irregularidadesdetectadas. Precedentes do TRE/CE.

- Improvimento do recurso.

(TRE-CE, RRC n. 11.052, Ac. n. 11.052, de 23.8.2004, Rel. Des. Jos Eduardo Machado de Almeida)

2. INELEGIBILIDADE RELATIVA/DESINCOMPATIBILIZAO

2.1. Em razo de vnculos funcionais

2.1.1. Autarquia Dirigente (art. 1, II, a, 9, da LC n. 64/90)

Eleitoral. Consulta. Desincompatibilizao. Presidentes de autarquias. LC 64/90, art. 1, II, a.

I - Os presidentes de autarquias, para concorrerem a cargos eletivos majoritrios, devem afastar-sedefinitivamente de suas funes seis meses antes das eleies (LC 64/90, art. 1, II, a).

II - Consulta respondida afirmativamente.

NOTA: Candidatura a governador, vice-governador e senador (LC n. 64/90, art. 1, II, a, 9; III, a e V, a).

(TSE, CTA n. 14.182, Res. n. 14.182, de 10.3.1994, Rel. Min. Carlos Velloso)

2.1.2. Autoridade policial (art. 1, IV, c, c/c VII, b, da LC n. 64/90)

Embargos de declarao. Deciso monocrtica. Fungibilidade recursal. Recebimento como agravoregimental. Recurso especial. Registro de candidato. Cargo. Vereador. Indeferimento. Autoridade policial.Desincompatibilizao. Prazo legal de seis meses. Ausncia. Improvimento. Precedentes.

1 - Embargos de declarao recebidos como agravo regimental (Ac. n. 4.004, rel. Min. BarrosMonteiro; Ac. n. 21.168, rel. Min. Peanha Martins).

2 - A concesso do registro de candidatura ao cargo de vereador dar-se- somente com o afastamentodo cargo de delegado de polcia, que considerado autoridade policial, no prazo legal de seis meses (art.1, IV, c, c.c. o VII, b, da Lei Complementar n. 64/90 e Ac. n. 13.621/96, rel. Min. Eduardo Alckmin; Ac.n. 16.479/2000, rel. Min. Garcia Vieira; Ac. n. 14.757/97, rel. Min. Ilmar Galvo; Ac. n. 14.358/97, rel.Min. Ilmar Galvo).

- Agravo regimental desprovido.

(TSE, ERESPE n. 22.774, Ac. n. 22.774, de 18.9.2004, Rel. Min. Carlos Velloso)

1 - Recurso em Registro de Candidato. Policial Militar da ativa em funo de comando.

2 - Intentando mandato de vereador, a autoridade militar, como tal aquela que exerce funo decomando, mesmo em rgo interno, deve desincompatibilizar-se 06 meses antes do pleito, ex vi do dispostono art. 1, VII, b, da LC n. 64/90.

3 - Recurso improvido.

(TRE-CE, RRC n. 11.021, Ac. n. 11.021, de 9.8.2004, Rel. Juiz Roberto Machado)

Eleico para a cmara de vereadores. Candidato que exercia, no respectivo municpio, as funesde chefe da delegacia de Policia Rodoviria Federal. Desincompatibilizao.

A Polcia Rodoviria Federal foi includa pela Constituio no rol dos rgos responsveis pelasegurana pblica ao lado da Polcia Federal, da Polcia Ferroviria Federal, das polcias civis e daspolcias militares e corpo de bombeiros destinando-se ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais(art. 144, II e pargrafo 2).

Seus integrantes, por isso, exercem funo policial, estando sujeitos quando candidatos CmaraMunicipal, no municpio em que estiverem servindo, ao prazo de seis meses de desincompatibilizao (art.1, VII, b c/c inciso IV, c, da LC n. 64/90).

Recurso provido.

(TSE, RESPE n. 14.358, Ac. n. 14.358, de 25.2.1997, Rel. Min. Ilmar Galvo)

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL23

2.1.3. Concessionria de servio pblico Empregado

Afastamento para concorrer.

Interpretao do art. 1, II, letra l, da LC n. 64/90. Empregado da Telerj.

Recurso conhecido e provido.

NOTA: Empregados de concessionrias de servio pblico no so alcanados pela Lei de Inelegibilidades.

(TSE, RESPE n. 14.097, Ac. n. 14.097, de 1.10.1996, Rel. Min. Diniz de Andrada)

(...) Desincompatibilizao. (...)

Inaplicvel aos candidatos a inelegibilidade prevista no art. 1, II, l, LC 64/90, por no se tratar deservidor pblico.

Recurso conhecido e provido.

NOTA: Empregado de empresa de rdio, concessionria de servio pblico; candidatura a vereador.

(TSE, RESPE n. 9.734, Ac. n. 12.658, de 20.9.1992, Rel. Min. Carlos Velloso)

2.1.4. Conselho de administrao Membro Empresa concessionria de servio pblico federal(art. 1, II, i, da LC n. 64/90)

Consulta. Inelegibilidade. Membro de Conselho de Administrao. Empresa concessionria de serviopblico federal.

Aplicao do art. 1, inciso II, letra i, da LC 64/90.

(TSE, CTA n. 389, Res. n. 20.116, de 10.3.1998, Rel. Min. Costa Porto)

2.1.5. Conselho tutelar Membro

REGISTRO DE CANDIDATO. CONSELHEIRO TUTELAR. MUNICPIO. ELEIO PROPORCIONAL.DESINCOMPATIBILIZAO.

O conselheiro tutelar do municpio que desejar candidatar-se ao cargo de vereador devedesincompatibilizar-se no prazo estabelecido no art. 1, II, l, c/c IV, a, da LC n. 64/90.

No-conhecimento.

(TSE, RESPE n. 16.878, Ac. n. 16.878, de 27.9.2000, Rel. Min. Nelson Jobim)

2.1.6. Defensor pblico

Consulta. Partido Progressista Brasileiro - PPB. Defensor pblico. Desincompatibilizao. Prazo.

No havendo previso especfica, incide a regra geral (LC n. 64/90, art. 1, II, l, c/c V, a, e VI), detrs meses.

NOTA: Candidatura a deputado estadual ou federal.

(TSE, CTA n. 776, Res. n. 21.074, de 23.4.2002, Rel. Min. Luiz Carlos Madeira)

2.1.7. Direo escolar Membro

Consulta. Deputado federal.

I. Membro de direo escolar que pretenda concorrer a cargos eletivos dever, sujeitando-se talofcio livre nomeao e exonerao, afastar-se definitivamente do cargo em comisso que porventuraocupe, at 3 (trs) meses antecedentes ao pleito (LC 64/90, art. 1, II, l).

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL

2424242424

II. Na hiptese do inciso anterior, se detentor de cargo efetivo na Administrao Pblica, ter direito percepo de sua remunerao durante o afastamento legal.

III. Precedentes: Res./TSE n.s 18.019/92, Pertence; 19.491/96, Ilmar Galvo; 20.610 e 20.623/00,Maurcio Corra.

IV. Impossibilidade de retorno funo comissionada aps consumada a exonerao.

V. Consulta respondida negativamente.

(TSE, CTA n. 769, Res. n. 21.097, de 14.5.2002, Rel. Min. Seplveda Pertence)

2.1.8. Empresa prestadora de servio Empregado

Inelegibilidade. Art. 1, II, l, da LC n. 64/90. Servidor pblico de fato.

O empregado de empresa que presta servio ao municpio no equiparado a servidor pblico, nemse enquadra na situao de inelegibilidade prevista no art. 1, inciso II, letra l, da Lei Complementar n. 64,de 1990.

(TSE, RESPE n. 17.678, Ac. n. 17.678, de 17.10.2000, Rel. Min. Fernando Neves)

2.1.9. Entidades de classe Dirigente (art. 1, II, g, da LC n. 64/90)

Recurso especial. Agravo regimental. Indeferimento. Registro de candidatura. Ocupao. Cargo dedireo. Entidade sindical. Desincompatibilizao no prazo previsto no art. 1, II, g, da LC n. 64/90. Ausncia.Desprovimento.

Agravo regimental a que se nega provimento.

(TSE, ARESPE n. 23.448, Ac. n. 23.448, de 6.10.2004, Rel. Min. Carlos Velloso)

AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. REGISTRO DE CANDIDATO. DEFERIMENTO.MEMBRO DE CONSELHO FISCAL DE SINDICATO.

Membro de conselho fiscal que no exerce as funes de dirigente, administrador ou representantede entidade de classe mantida pelo poder pblico no necessita desincompatibilizar-se no prazo do art. 1,II, g, c.c. o VII, a, da Lei Complementar n. 64/90.

Agravo regimental no provido.

(TSE, ARESPE n. 23.025, Ac. n. 23.025, de 19.9.2004, Rel. Min. Carlos Velloso)

1 - Recurso em Registro de Candidato a vereador que, na condio de Presidente de Sindicato deTrabalhadores Rurais, desincompatibilizou-se 03 meses antes do pleito.

2 - Sindicato. Entidade mantida parcialmente com contribuio social (art. 8, IV, CF/88), de naturezatributria (art. 149, CF/88). Dirigente sindical. Desincompatibilizao obrigatria no prazo de quatro mesesanteriores ao pleito. Inelegibilidade. Art. 1, II, g, da LC n. 64/90. Precedentes do TSE.

3 - Recurso improvido.

(TRE-CE, RRC n. 11.151, Ac. n. 11.151, de 23.8.2004, Rel. Juiz Roberto Machado)

RECURSO ELEITORAL REGISTRO DE CANDIDATO AUSNCIA DEDESINCOMPATIBILIZAO SUPLENTE DESNECESSIDADE JUZO DE RETRATAORECONSIDERANDO DECISO ANTERIORMENTE PROFERIDA - IMPROVIMENTO.

- Quinto suplente de diretoria de sindicato de trabalhadores, que jamais tenha assumido funes dedireo, administrao ou representao, no alcanado pela norma prevista no art. 1, inciso II, alneag da Lei Complementar 64/90.

- Desincompatibilizao desnecessria.

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL25

- Exerccio do juzo de retratao. Recurso improvido. Registro assegurado.

(TRE-CE, RRC n. 11.238, Ac. n. 11.238, de 12.8.2004, Rel. Juiz Antnio Abelardo Benevides Moraes)

Recurso em registro de candidatura. Tempestividade. Inelegibilidade. Desincompatibilizao.Dirigente. Associao comunitria. Impugnao. nus do recorrente. Repasse da verba pblica. Ausnciada comprovao do repasse. Impossibilidade da decretao de inelegibilidade.

(TRE-CE, RRC n. 11.045, Ac. n. 11.045, de 4.8.2004, Rel. Juiz Celso Albuquerque Macedo)

Registro de candidatura Recurso ordinrio Desincompatibilizao Dirigente sindical Sindicatoque no recebe recursos pblicos Necessidade Precedentes desta Corte Recurso no provido.

1. Ao sindicato assegurado por lei o recebimento de recursos pblicos e de contribuio social denatureza tributria (CF, art. 8, IV, c/c art. 149).

(TSE, RO n. 622, Ac. n. 622, de 12.9.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

CONSULTA. DIRIGENTE OU REPRESENTANTE DE ASSOCIAO SINDICAL. DIRIGENTE NATO.INTERESSE NA ARRECADAO E FISCALIZAO DE CONTRIBUIES COMPULSRIASARRECADADAS E REPASSADAS PELA PREVIDNCIA SOCIAL. DESINCOMPATIBILIZAO. PRAZODO ART. 1, II, G, DA LC N. 64/90 (QUATRO MESES).

I - A teor do art. 1, II, g, da LC n. 64/90, de quatro meses o prazo de desincompatibilizao dedirigente ou representante sindical, ainda que, por fora desse cargo, sendo dirigente ou representantenato, possua interesse na arrecadao e fiscalizao de contribuies compulsrias arrecadadas erepassadas pela Previdncia Social.

II - Prevalncia dessa regra quando no se tratar de agente que, por fora de lei, tenha competnciapara fiscalizao, lanamento e arrecadao de receitas.

(TSE, CTA n. 745, Res. n. 21.041, de 21.3.2002, Rel. Min. Barros Monteiro)

O no afastamento das funes em sindicato de trabalhadores causa de inelegibilidade. Fere a LeiComplementar n. 64/90, no seu art. 1, inciso VII, letra a. Quer dizer: o afastamento de representanteclassista de 6 (seis) meses antes do pleito. Demais, j tenho dito anteriormente, a desincompatibilizao de fato e de direito. Penso que o candidato deve se desincompatibilizar de fato e de direito, afastando desua rotina diria tanto fisicamente, como a nvel institucional.

(TRE-CE, RE n. 11.854, Ac. n. 11.854, de 11.9.2000, Rel. Des. Jos Mauri Moura Rocha)

Registro de candidato Inelegibilidade art. 1, inciso II, alneas d e g, da LC n. 64/90 Presidentede Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia CREA Atividade de fiscalizacoprofissional Natureza pblica Exerccio mediante delegaco da Unio Anuidade e taxas que seenquadram no conceito de contribuio parafiscal Necessidade de desincompatibilizao Recursoprovido.

NOTA: Candidatura a deputado estadual.

(TSE, RO n. 290, Ac. n. 290, de 22.9.1998, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Recurso ordinrio. Indeferimento de registro de candidatura. Necessidade de afastamento de cargode direo de entidade sindical. Ausncia de documentao. Recurso no provido.

Cargo de direo em entidade sindical. Desincompatibilizao. Necessidade de comprovaoinequvoca de cumprimento do art. 1, inciso II, alinea g c/c o inciso VI, da Lei Complementar n. 64/90.

Recurso no provido.

NOTA: Candidatura a deputado estadual; apresentou declarao de que se afastara do cargo assinadapor ele prprio.

(TSE, RO n. 282, Ac. n. 282, de 16.9.1998, Rel. Min. Maurcio Corra)

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL

2626262626

Consulta Presidente de entidade patronal estadual representativa e agregadora de classe quepretenda candidatar-se a cargo de senador, deputado federal ou estadual deve desincompatibilizar-se noprazo de quatro meses, por forca do previsto no art. 1, inciso II, alinea g e nos incisos V e VI do mesmodispositivo legal.

(TSE, CTA n. 430, Res. n. 20.155, de 2.4.1998, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Consulta. Presidente de entidade patronal nacional representativa e agregadora de classe. Prazode desincompatibilizao previsto no art. 1, II, g da LC 64/90.

Consulta respondida afirmativamente.

(TSE, CTA n. 417, Res. n. 20.140, de 26.3.1998, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Registro de candidato. Inelegibilidade. Membro da OAB.

Desincompatibilizao. Art. 1, inciso II, alnea g, da LC n. 64/90.

de at quatro meses antes do pleito o prazo para desincompatibilizao de candidato que ocupecargo ou funo ou direo de entidade representativa de classe, nos termos do art. 1, inciso II, alnea g,da LC n. 64/90.

Recurso provido.

(TSE, RESPE n. 14.316, Ac. n. 14.316, de 10.10.1996, Rel. Min. Ilmar Galvo)

2.1.10. Entidade que mantm contrato com o Poder Pblico ou sob seu controle Dirigente(art. 1 , II, i, da LC n. 64/90)

Recurso contra indeferimento de registro de candidatura a vereador. Contrato de prestao deservios firmado entre o recorrente e a prefeitura de Pacuj. Incidncia do disposto no art. 1, II, i, da LeiComplementar n. 64/90. No caracterizao de analfabetismo. Recurso conhecido, mas s parcialmenteprovido. RRC indeferido.

(TRE-CE, RRC n. 11.423, Ac. n. 11.423, de 4.9.2004, Rel. Juiz Jos Filomeno de Moraes Filho)

RECURSO DE REGISTRO DE CANDIDATURA. INELEGIBILIDADE. ANALFABETISMO.DECLARAO DE PRPRIO PUNHO NO IMPUGNADA. DESINCOMPATIBILIZAO.

1) Em regra, aquele que possui contratos com a Administrao Pblica nos seis meses anterioresao pleito incidem na regra do artigo 1, II, i, da LC n. 64/90, no importando se vinculado administraodireta ou indireta, nas esferas federal, estadual ou municipal. 2) A falta de desincompatibilizao no prazoprevisto no dispositivo citado enseja o indeferimento do registro da candidatura.

2) Anexando o pretenso candidato, nos autos do seu requerimento de registro de candidatura,documento hbil e incontroverso, que comprove escolaridade, ainda que parcial, est atendido a exignciado art. 28, VII, da Resoluo TSE 21.608/2004.

3) Ressalvada hiptese de fundada dvida sobre a autenticidade e legitimidade do documento deescolaridade emitido por rgo pblico, no h de se recusar f ao documento, sob pena de ofensa aoimperativo do art. 19, II, da Carta Magna de 1988.

4) Na anlise da alfabetizao, deve o magistrado verificar o conjunto de provas constantes dosautos. Descaracterizada a inelegibilidade em face de analfabetismo.

5) Sentena parcialmente reformada, mantendo o indeferimento da candidatura por falta dedesincompatibilizao.

Deciso unnime.

(TRE-CE, RRC n. 11.422, Ac. n. 11.422, de 31.8.2004, Rel. Juiz Jorge Alosio Pires)

1 - Recurso em Registro de Candidato. Candidato a Prefeito e Vice. Necessidade de reunio dosprocessos para julgamento em conjunto, ou seja, julgamento nico, numa s deciso (art. 35, 2, RES.-TSE n. 21.608/04). Proferida duas decises no 1 grau, renem-se os recursos para julgamento nico no2 grau.

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL27

2 - Indeferimento de registros de candidatos a Prefeito e Vice com base em suposta inelegibilidadedeste ltimo. Se apenas o candidato a Vice considerado inelegvel, indefere-se to-somente seu registroe o da chapa majoritria. Indeferido o registro da chapa majoritria, em virtude de inelegibilidade do candidatoa Vice, abre-se oportunidade ao partido ou coligao para indicar-lhe substituto, no sendo o caso deindeferir-se tambm o registro do candidato a Prefeito (art. 45, pargrafo nico, RES.-TSE n. 21.608/04).

3 - Inelegibilidade de candidato a Vice-Prefeito decretada com base no art. 1, II, i, da LC n. 64/90.Caso em que resta provado, documentalmente, que a empresa titularizada pelo candidato a Vice nomantm qualquer contrato em execuo com o Municpio. Desnecessidade de desincompatibilizao.Inelegibilidade afastada.

(TRE-CE, RRC n. 11.362, Ac. n. 11.362, de 26.8.2004, Rel. Juiz Roberto Machado)

1 - Recurso em Registro de Candidato interposto por candidato adversrio.

2 - Empresa com contrato em vigor com o Municpio. Afastamento do titular da empresa a tempo emodo. Inexistncia de prova cabal do exerccio, pelo candidato, de atos praticados na condio deadministrador da empresa no perodo posterior desincompatibilizao. Inelegibilidade no configurada.

3 - Recurso improvido. Sentena confirmada.

(TRE-CE, RRC n. 11.058, Ac. n. 11.058, de 23.8.2004, Rel. Juiz Roberto Machado)

RECURSO DE REGISTRO DE CANDIDATURA. INELEGIBILIDADE. DESINCOMPATIBILIZAO.

1) Em regra, aquele que possui contratos com a Administrao Pblica nos seis meses anterioresao pleito incidem na regra do artigo 1, II, i, da LC n. 64/90, no importando se vinculado administraodireta ou indireta, nas esferas federal, estadual ou municipal. 2) A falta de desincompatibilizao no prazoprevisto no dispositivo citado enseja o indeferimento do registro da candidatura.

Sentena mantida.

Deciso unnime.

(TRE-CE, RRC n. 11.101, Ac. n. 11.101, de 12.8.2004, Rel. Juiz Jorge Alosio Pires)

1 - Recurso em Registro de Candidato.

2 - Considera-se empresrio quem exerce profissionalmente atividade econmica organizada paraa produo ou circulao de bens ou servios (art. 966, CC).

3 - Pessoa fsica prestadora de servio de transporte escolar a Municpio cujo contrato no seenquadra na definio de contrato uniforme. Inelegibilidade em no se verificando a desincompatibilizaoobrigatria no prazo de seis meses antes da eleio. Art. 1, II, i, da LC n. 64/90. Precedentes.

4 - Recurso improvido.

(TRE-CE, RRC n. 11.103, Ac. n. 11.103, de 9.8.2004, Rel. Juiz Roberto Machado)

DIREITO ELEITORAL. RECURSO RECEBIDO COMO ORDINRIO. FUNGIBILIDADE. REGISTRO.CANDIDATO. SCIO-GERENTE. CONTRATO DE PUBLICIDADE COM RGO PBLICO.DESINCOMPATIBILIZAO. AFASTAMENTO DE FATO. PRECEDENTES. RECURSO DESPROVIDO.

I - Para concorrer a cargo eletivo, impe-se que scio-gerente de empresa que mantenha contratosde publicidade com rgos pblicos se afaste de suas funes nos seis meses anteriores ao pleito.

II - Com o afastamento de fato, encontra-se atendida a exigncia legal de desincompatibilizao,independentemente do registro, na Junta Comercial, da ata que deliberou pela renncia do cargo.

(TSE, RESPE n. 19.988, Ac. n. 19.988, de 3.9.2002, Rel. Min. Slvio de Figueiredo)

RECURSO ESPECIAL. EMPRESA JORNALSTICA. PUBLICAO DE ATOS INSTITUCIONAIS.INEXISTNCIA DE CONTRATO COM O PODER PBLICO. SCIO-GERENTE.DESINCOMPATIBILIZAO. INEXIGNCIA. ASPECTO ESPACIAL DO AJUSTE.

1. Empresa jornalstica. Publicidade de atos institucionais do governo estadual por empresa publicitriadiretamente contratada pelo poder pblico. Scio-gerente do jornal. Inexigncia de desincompatibilizao

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL

2828282828

de suas funes para concorrer s eleies municipais, dado que o candidato no mantm qualquer relaocontratual com o poder pblico.

2. Lei Complementar n. 64/90, artigo 1, inciso II, i. Incidncia. Aspecto espacial.A desincompatibilizao somente se impe ao candidato que, exercendo funo de direo na empresa,detm contrato com o poder pblico na esfera governamental em que se realiza o pleito.

3. Intempestividade da impugnao e cerceamento de defesa. Preliminares rejeitadas.

Recurso parcialmente conhecido e, nessa parte, provido.

(TSE, RESPE n. 17.340, Ac. n. 17.340, de 29.9.2000, Rel. Min. Maurcio Corra)

2.1.11. Clusulas uniformes

REGISTRO DE CANDIDATURA. PREFEITO. EMPRESA. CANDIDATO PROPRIETRIO.CONTRATO COM O MUNICPIO. CLUSULAS UNIFORMES. CARACTERIZAO.DESINCOMPATIBILIZAO. DESNECESSIDADE. INELEGIBILIDADE AFASTADA. MANUTENO DOREGISTRO. RECURSO IMPROVIDO. CANDIDATO A VICE-PREFEITO. FILHO DO ATUAL VICE-PREFEITO REELEITO. IMPOSSIBILIDADE. INELEGIBILIDADE CONFIGURADA. RECURSO PROVIDO.

1 - No se conhece do recurso em registro de candidatura, quando no for interposto por candidato,partido poltico, coligao ou pelo Ministrio Pblico, nos termos do art. 38 da Res. TSE n. 21.608/2004.

2 - O contrato celebrado com a Administrao Pblica, quando resultante de processo licitatrio,inclusive na modalidade de convite, assume caractersticas de ser regido por clusulas uniformes, nostermos do art. 1, II, i, da LC n. 64/90, de 4 meses anteriores ao pleito.

3 - O prazo para desincompatibilizao para o candidato a Prefeito, nos termos do art. 1, II, i, daLC n. 64/90, de 4 meses anteriores ao pleito.

4 - Inelegibilidade do candidato a Prefeito afastada. Recurso improvido.

5 - elegvel o candidato a Prefeito, quando for parente, consaguneo ou por afinidade, at o 2grau, com o atual vice-prefeito reeleito, do mesmo municpio, desde que este no tenha substitudo oPrefeito nos 6 meses que antecedem o pleito.

6 - O candidato a vice-prefeito elegvel, mesmo quando for filho de atual vice-prefeito, do mesmomunicpio, desde que este atenda a duas condies simultaneamente: 1) ser reelegvel; e 2) que no tenhaassumido a titularidade do cargo de Prefeito no semestre anterior ao pleito. Precedentes desta Corte.

7 - Inelegibilidade do candidato a vice-prefeito configurada. Recurso provido.

(TRE-CE, RRC n. 11.483, Ac. n. 11.483, de 9.9.2004, Rel. Juiz Celso Albuquerque Macedo)

RECURSO ESPECIAL. DEFERIMENTO. REGISTRO. CANDIDATO. CARGO. VEREADOR.FUNDAMENTO. SCIO-PROPRIETRIO. EMPRESA. PRESTAO DE SERVIOS. MUNICPIO.DESNECESSIDADE. DESINCOMPATIBILIZAO. ELEGIBILIDADE. RESSALVA DO ART. 1, II, i, daLC n. 64/90. PROVIMENTO.

I - A ressalva relativa aos contratos de clusulas uniformes no se aplica aos contratos administrativosformados mediante licitao (Precedentes: Recurso Eleitoral n. 10.130/RO, publicado na sesso de 21.9.92,e RO n. 556/AC, publicado na sesso de 20.9.2002, rel. Min. Seplveda Pertence).

II - Hiptese em que o scio-gerente da empresa contratada mediante licitao, para o fornecimentode combustvel ao poder pblico, no se afastou dentro do prazo de seis meses que antecedem o pleito,ensejando a inelegibilidade do art. 1, II, i, da LC n. 64/90.

(TSE, RESPE n. 22.239, Ac. n. 22.239, de 3.9.2004, Rel. Min. Peanha Martins)

REGISTRO DE CANDIDATURA. DESINCOMPATIBILIZAO. PRESTADOR DE SERVIOS APREFEITURA. CONTRATO DE CLUSULA UNIFORME. NO CARACTERIZADO. INELEGIBILIDADE.OCORRNCIA. INDEFERIMENTO DO REGISTRO. RECURSO IMPROVIDO.

1. definido como empresrio, nos termos do Cdigo Civil, aquele que exerce profissionalmenteatividade econmica organizada para produo ou circulao de bens e servios.

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL29

2. O candidato que mantm contrato de prestao de servios, no regido por clusulas uniformes,com o rgo da Administrao Pblica, deve se desincompatibilizar no prazo de seis meses antes daeleio. Inteligncia do art. 1, II, i, da LC n. 64/90.

3. Recurso a que se nega provimento.

(TRE-CE, RRC n. 11.102, Ac. n. 11.102, de 12.8.2004, Rel. Juiz Celso Albuquerque Macedo)

2.1.12. Fundao de direito privado Dirigente (art. 1, II, a, 9, da LC n. 64/90)

Consulta. Fundao privada. Dirigentes. Desincompatibilizao. Poder pblico. Subvenes.LC 64/90, art. 1, II, a, 9.

1. O dirigente de Fundao de direito privado, desde que efetivamente no mantida pelo poderpblico, pode participar da disputa eleitoral, sem a necessidade de desincompatibilizao.

2. Na hiptese de subvenes do poder pblico serem imprescindveis para a existncia da fundaoou para a realizao de servios que ela preste ao pblico em geral, dever ser observado o prazo de seismeses do afastamento de suas atividades.

(TSE, CTA n. 596, Res. n. 20.580, de 21.3.2000, Rel. Min. Edson Vidigal)

2.1.13. Hospital particular Servidor

REGISTRO DE CANDIDATO. Desincompatibilizao. Preliminar de defeito de representao acatada.No comprovao da condio de delegado da Coligao, pela pessoa que apresentou-se como tal. Mesmosem a apreciao de mrito, ficou consignado no voto a concordncia ao entendimento do Juiz singular deque sendo o hospital, entidade privada, no so obrigados os seus servidores desincompatibilizao.No incidncia da alnea i, inciso II, art. 1, da LC 64/90. Recurso no conhecido.

(TRE-CE, RE n. 12.288, Ac. n. 12.288, de 20.2.2001, Rel. Juiz Jos Danilo Correia Mota)

2.1.14. Instituto de Previdncia da Assemblia Legislativa do Estado Presidente

RECURSO ESPECIAL. ELEIES 2002. AGRAVO REGIMENTAL. INSTITUTO DE PREVIDNCIADA ASSEMBLIA LEGISLATIVA DO ESTADO. DESINCOMPATIBILIZAO. DESNECESSIDADE.PRESIDENTE.

O recebimento de subvenes pblicas s fator de inelegibilidade quando imprescindvel existnciada prpria fundao ou continuidade de um certo servio prestado ao pblico.

(TSE, ARESPE n. 20.928, Ac. n. 20.928, de 17.6.2004, Rel. Min. Gomes de Barros)

2.1.15. Juiz de Paz

REGISTRO DE CANDIDATURA. VEREADOR. OFICIAL DE REGISTRO CIVIL. SERVIDORPBLICO. DESINCOMPATIBILIZAO. PRAZO DE 3 MESES ANTERIORES AO PLEITO. NOOBEDINCIA. INDEFERIMENTO DO REGISTRO. RECURSO IMPROVIDO.

1 - O art. 1, II, l, da LC n. 64/90 enderea aplicao aos titulares de serventias judiciais eextrajudiciais, oficializadas ou no, tornando-os inelegveis, se inexistente o afastamento das respectivasfunes at 3 meses anteriores ao pleito, isentando da necessidade de desincompatibilizao apenas osJuzes de Paz (Precedentes: Ac. n. 12.494, do TSE, em que foi Relator o ministro Seplveda Pertence).

2 - Indefere-se o pedido de registro de candidatura quando no restar comprovado o afastamento defato do servidor pblico dentro do prazo previsto na LC n. 64/90.

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL

3030303030

3 - Elegibilidade afastada.

4 - Recurso conhecido, porm improvido.

(TRE-CE, RRC n. 11.156, Ac. n. 11.156, de 17.8.2004, Rel. Juiz Celso Albuquerque Macedo)

RECURSO CONTRA DIPLOMAO.

O candidato ao cargo de vereador que exerce a funo de Juiz de Paz no municpio, no hnecessidade de se desincompatibilizar para concorrer ao pleito.

Recurso improvido.

Deciso unnime.

(TRE-CE, RCD n. 11.024, Ac. n. 11.024, de 6.8.2001, Rel. Juiz Francisco das Chagas Fernandes)

2.1.16. Magistrados (art. 1, II, a, 8, da LC n. 64/90)

MAGISTRADOS. FILIAO PARTIDRIA. DESINCOMPATIBILIZAO.

Magistrados e membros dos Tribunais de Contas, por estarem submetidos vedao constitucionalde filiao partidria, esto dispensados de cumprir o prazo de filiao fixado em lei ordinria, devendosatisfazer tal condio de elegibilidade at seis meses antes das eleies, prazo de desincompatibilizaoestabelecido pela Lei Complementar n. 64/90.

NOTA: Trata-se de caso de afastamento definitivo, devendo os magistrados e membros dos Tribunais deContas, primeiramente, aposentar-se ou exonerar-se dos seus cargos, consoante os termos do relatriodesta Resoluo.

(TSE, CTA n. 353, Res. n. 19.978, de 25.9.1997, Rel. Min. Costa Leite)

2.1.17. Mdico

REGISTRO DE CANDIDATURA. IMPUGNAO. MDICO CREDENCIADO PELO SUS.ATENDIMENTOS EVENTUAIS. DESINCOMPATIBILIZAO. DESNECESSIDADE. ACRDO DOMESMO TRIBUNAL. DIVERGNCIA. DISSDIO NO CARACTERIZADO. MUDANA DEENTENDIMENTO.

Na esteira de entendimentos mais recentes do TSE, mdico credenciado pelo SUS no se enquadrana previso da alnea i do inciso II do art. 1 da LC n. 64/90.

O mdico credenciado realiza atendimentos mdicos eventuais, o que, por si s, no o obriga aafastar-se do trabalho para disputar mandato eletivo.

Precedentes.

(TSE, ARESPE n. 23.670, Ac. n. 23.670, de 19.10.2004, Rel. Min. Gilmar Mendes)

AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. REGISTRO DE CANDIDATO. INDEFERIMENTO.AUSNCIA. DESINCOMPATIBILIZAO. MDICO. ENTIDADE PRIVADA. REMUNERAOPROVENIENTE DE RECURSO PBLICO. SISTEMA NICO DE SADE. EQUIPARAO. SERVIDORPBLICO.

- No se equipara a servidor pblico aquele que presta servio a entidade privada sem vnculoempregatcio. Agravo regimental provido.

(TSE, ARESPE n. 23.077, Ac. n. 23.077, de 11.10.2004, Rel. Min. Carlos Velloso)

Recurso em registro de candidatura. Deciso monocrtica que indeferiu o pedido de registro decandidatura. Ausncia de desincompatibilizao de mdico plantonista remunerado por produtividade peloSistema nico de Sade. Inexistncia de vnculo com a associao. Irrelevncia. Equiparao a servidorpblico. Sentena mantida. Recurso conhecido e improvido. Deciso unnime.

(TRE-CE, RRC n. 11.443, Ac. n. 11.443, de 1.9.2004, Rel. Juiz Jorge Alosio Pires)

INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAO

TRE-CE/SEJUD/COJUD/SEJUL31

Registro de candidato. Inelegibilidade. Desincompatibilizao. Comprovado o afastamento docandidato de sua funo pblica trs meses antes do pleito, de se deferir o registro de sua candidatura(LC 64/90, art. 1, II, l).

Recurso conhecido e provido.

NOTA: Mdico do Inamps; candidatura