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EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS UILNA NATÉRCIA

Emergencia Obstetrica

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principais urgencias obstetricas e complicações durante parto

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Page 1: Emergencia Obstetrica

EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS

UILNA NATÉRCIA

Page 2: Emergencia Obstetrica

ATENDIMENTO PRÉ-

HOSPITALARA

GESTANTE

Page 3: Emergencia Obstetrica

CUIDADOS NO TRANPORTE

Inclinar a gestante para a esquerdaMonitorar sinais vitaisFornecer Oxigenoterapia

Page 4: Emergencia Obstetrica

RECONHECIMENTO DO PARTO IMINENTE

Contrações regulares a cada 2 minutos;

Visualização da cabeça do bebê no canal de nascimento;

Rompimento da bolsa;

Gestante multípara com vários partos normais.

Page 5: Emergencia Obstetrica

PROCEDIMENTOS GERAIS

A parturiente deverá ser transportada deitada ou semi-reclinada de modo a sentir-se confortável;Sem expor a parturiente, ela deverá estar livre

de todas as vestimentas que possam obstruir o canal de nascimento;

Por hipótese alguma o processo de nascimento do bebê, poderá ser impedido, retardado ou

acelerado;Se a parturiente preenche os itens de parto

iminente após sua autorização ou de seu marido, o Socorrista poderá tomar a decisão de assistir ao

parto na própria residência;

Page 6: Emergencia Obstetrica

Sempre o marido, pais ou outro parente próximo deverá acompanhar durante todo o tempo a parturiente;Não permita a presença de curiosos, sendo o mais discreto possível e mantendo ao máximo a privacidade da gestante;Não permita que a gestante vá ao banheiro, se são constatados os itens de parto iminente;Observe o estado geral da parturiente, verificando se não apresenta indícios de algum distúrbio grave ( convulsões, hemorragia, choque, etc. ).

Page 7: Emergencia Obstetrica

PROCEDIMENTOS PARA O PARTO

Posicione a parturiente deitada de

costa na posição ginecológica e faça

assepsia da área genital com água e

sabão

Page 8: Emergencia Obstetrica

Cubra a gestante com lençóis limpos

Cuide a assepsia das mãos do Socorrista e esterilize uma tesoura e dois pedaços de cordão

Se possuir, faça uso do Kit de parto da viatura

Oriente a parturiente para respirar pela boca e fazer força durante a contração descansando no

período de relaxamento;

CONDUTA GERAL

Page 9: Emergencia Obstetrica

Durante a saída, apoie com a mão a cabeça do bebê, evitando que ele saia violentamente

Verifique se o cordão envolve o pescoço do bebê, retirando-o com o dedo

Page 10: Emergencia Obstetrica
Page 11: Emergencia Obstetrica

SEGURE FIRMEMENTE O BEBÊ, APOIANDO SEU CORPO PARA EVITAR QUE ELE CAIA.

Page 12: Emergencia Obstetrica

CUIDADOS COM O BEBÊ

Após a saída envolva o bebê num pano limpo

colocando-o com a cabeça mais baixa que o corpo

Limpe com um pano sua boca e nariz

Page 13: Emergencia Obstetrica

Utilize com cuidado a pêra de aspiração nas narinas e boca do bebê para retirar substâncias

que possam ocluir as vias respiratórias

Após respirar posicione o bebê entre as pernas da gestante

Se o transporte para hospital demorar mais que 30 minutos, quando o cordão umbilical parar

de pulsar, medir cerca de 04 dedos a partir da barriga do bebê e fazer uma amarração. Logo após, medir mais 04 dedos a partir da primeira

amarração e realizar outra amarração.

Page 14: Emergencia Obstetrica

EM SEGUIDA, CORTE ENTRE AS AMARRAÇÕES

Page 15: Emergencia Obstetrica

Após a saída da placenta, verifique se saiu inteira. Guarde num saco plástico e conduza ao hospital

Page 16: Emergencia Obstetrica

Se a placenta demorar mais de 20 minutos para sair, transporte à mãe urgente para hospital

Page 17: Emergencia Obstetrica

CONTROLE DE HEMORRAGIA APÓS O PARTO

Coloque lençol limpo na vagina da mãeMantenha suas pernas unidas e elevadasMantenha a mãe em repouso absolutoFaça massagens externas no útero e peça para

ela continuar fazendo durante alguns minutosSe permanecer parte da placenta no interior

do útero, a hemorragia não é controlada ou a vítima está em choque

transporte urgente para hospital.

Page 18: Emergencia Obstetrica

ATENDIMENTOHOSPITALAR

AGESTANTE

Page 19: Emergencia Obstetrica

Prontuário

Registrar no prontuário os dados do paciente e conduta na consulta,observação ou internação.

A evolução diária , exame e prescrição , colocando o dia e a hora da avaliação .

Anotar a avaliação no momento da alta,e entrega da receita médica.

Orientar o retorno no ambulatório, hospital ou consultório.

OBS: letra legível assinatura , nome e Registro do Conselho

Page 20: Emergencia Obstetrica

Abordagem da gestante

História: Queixa,tempo,local,intensidade.Gestações:nº, Via, indicações,intercorrênciaCalculo do tempo de gestação:

UM=01/04/12 DPP=10/01/13Gestações anteriores,Cirurgias uterinas anterioresTipo sanguíneoUso de drogas: Terapêuticas, sociais, ilícitasFatores de risco

Page 21: Emergencia Obstetrica

Realização do exame obstétrico

• Deve estar presente acompanhante • Os profissionais devem explicar às pacientes,

previamente e de forma detalhada os procedimentos que irão realizar.

Page 22: Emergencia Obstetrica

Abordagem da gestante

Exame físico

Peso PA AU BCF

Especular Exame Pélvico bi manual

Exames subsidiários

Laboratoriais Ultrassonografia

Outros

Page 23: Emergencia Obstetrica

Complicações .....• A maioria das gestações evolui sem problemas e a

maioria das complicações pode ser tratada. • As complicações incluem:• o aborto espontâneo, a gravidez ectópica,• a anemia, a incompatibilidade de Rh,• problemas da placenta, • o vômito excessivo,DMG, DHEG• a pré-eclâmpsia, a eclâmpsia • erupções cutâneas,• trabalho de parto prematuro • ruptura prematura das membranas.

Page 24: Emergencia Obstetrica

Aborto Espontâneo e Concepto Natimorto

• Um aborto espontâneo é a perda de um feto por causas naturais antes da 20ª semana de gestação.

• Um concepto natimorto é a perda de um feto por causas naturais após a 20ª semana de gestação.

• O termo aborto é utilizado pelos médicos para designar tanto o aborto espontâneo como o aborto induzido (interrupção da gravidez realizada por um médico).

• A respiração espontânea e a presença de batimentos cardíacos após o nascimento caracterizam um recém-nascido vivo, qualquer que seja o estágio da gestação.

• Quando ele morre pouco após o nascimento, a sua morte é denominada morte neonatal.

Page 25: Emergencia Obstetrica

• Aproximadamente 20 a 30% das mulheres grávidas apresentam algum sangramento ou alguma cólica pelo menos uma vez durante as vinte primeiras semanas de

gestação. • Aproximadamente 50% desses episódios acaba em aborto

espontâneo.• Aproximadamente 85% dos abortos espontâneos ocorrem

durante as doze primeiras semanas de gestação e, geralmente, estão relacionados a anomalias fetais.

• Os 15% restantes dos abortos espontâneos ocorrem entre a 13ª e a 20ª semana e aproximadamente dois terços deles são

decorrentes de problemas maternos e um terço é de causa desconhecida.

• Muitos estudos demonstraram que distúrbios emocionais maternos não estão relacionados aos abortos espontâneos.

Page 26: Emergencia Obstetrica

Problemas maternos que podem causar um aborto espontâneo

• Útero anormal• Colo do útero fraco (incompetente), o qual pode

dilatar à medida que o útero aumenta de volume• Hipotireoidismo• Diabetes• Infecções (p.ex., infecção por citomegalovírus ou

rubéola)• Uso de cocaína, especialmente o crack• Lesões• Deficiências dietéticas

Page 27: Emergencia Obstetrica

Terminologia do Aborto• Precoce

Perda do feto antes da 12ª semana de gestação• Tardio

Perda do feto entre a 12ª e a 20ª semana de gestação• Espontâneo

Perda do feto ocorrida naturalmente• Induzido

Interrupção médica da gravidez Terapêutico Remoção do feto para salvar a vida da mãe ou preservar sua saúde

• Ameaça de AbortoSangramento ou cólicas nas primeiras 20

semanas da gestação, indicando que o feto está em perigo

Page 28: Emergencia Obstetrica

• InevitávelDor ou sangramento intoleráveis com dilatação do colo útero que indicam a perda do feto

• IncompletoExpulsão de apenas parte do conteúdo uterino ou ruptura das membranas

• CompletoExpulsão de todo o conteúdo uterino

• HabitualTrês ou mais abortos espontâneos

• OcultoRetenção de um feto morto no útero por 4 semanas ou mais

• SépticoInfecção do conteúdo uterino antes, durante ou após um aborto

Page 29: Emergencia Obstetrica

Sintomas e Diagnóstico• Antes de um aborto espontâneo, a gestante geralmente

apresenta perdas sangüíneas discretas ou um sangramento mais importante e algum tipo de secreção

vaginal. O útero contrai, provocando cólica. • Quando o abortamento prossegue, o sangramento, a

secreção e a cólica tornam-se mais intensos.• Finalmente, pode ocorrer a expulsão de parte ou de todo

o conteúdo uterino.• Nos estágios iniciais de um aborto espontâneo, a ultra-

sonografia pode determinar se o feto ainda está vivo. • A ultra-sonografia e outros exames podem ser realizados

após um aborto espontâneo para se determinar se todo o conteúdo uterino foi realmente expelido.

Page 30: Emergencia Obstetrica

Tratamento• Nenhum tratamento é necessário quando todo o conteúdo

uterino é expelido (aborto completo). • Quando apenas parte dele é expelida (aborto incompleto),

pode ser realizada uma curetagem com aspiração para esvaziar o útero.

• Quando o feto morreu mas permanece no útero (aborto oculto), o médico deve remover o feto e a placenta,

geralmente através da curetagem com aspiração.• Nos casos de abortos ocultos tardios, o médico pode usar

uma droga (p.ex., ocitocina) que provoca a contração do útero e a expulsão do conteúdo.

• Quando o sangramento e as cólicas ocorrem durante as vinte primeiras semanas de gestação (ameaça de aborto), é

aconselhável que a gestante faça repouso ao leito, pois essa medida geralmente reduz os sintomas.

Page 31: Emergencia Obstetrica

• Quando possível, a gestante não deve trabalhar e não deve permanecer em pé em casa. A relação sexual deve ser evitada, embora isto não tenha sido relacionado de modo definitivo aos

abortos espontâneos. • Hormônios não são administrados porque eles quase sempre são

ineficazes e podem causar defeitos congênitos, sobretudo do coração ou dos órgãos reprodutivos.

• Por exemplo, a exposição de um feto do sexo feminino ao hormônio sintético dietilestilbestrol nesse estágio do desenvolvimento pode

causar posteriormente um câncer de vagina. • Uma ameaça de aborto pode ocorrer quando o colo do útero abre

prematuramente em decorrência da fraqueza do tecido fibroso.• Algumas vezes, o orifício cervical pode ser fechado cirurgicamente

(cerclagem) com pontos que são removidos imediatamente antes do parto.

• Um aborto séptico é uma infecção muito grave. O conteúdo uterino deve ser imediatamente removido e a infecção deve ser tratada com

altas doses de antibióticos.

Page 32: Emergencia Obstetrica

Gravidez Ectópica• É aquela na qual o feto desenvolve-se fora do útero, seja em uma

tuba uterina, no canal cervical ou na cavidade pélvica ou abdominal. • Normalmente, um óvulo é liberado de um ovário e conduzido até a

abertura de uma das tubas uterinas. No interior da tuba, o óvulo é impulsionado por diminutos cílios (estruturas semelhantes a pêlos)

que a revestem, chegando ao útero após alguns dias. • Geralmente, o óvulo é fertilizado na tuba uterina e implanta-se no

útero. Contudo, quando a tuba está obstruída (p.ex., devido a uma infecção prévia), o ovo pode se mover lentamente ou ficar retido.

• O ovo pode nunca chegar ao útero e pode ocorrer uma gravidez ectópica.

• Uma em cada 100 a 200 gestações é uma gravidez ectópica. Por razões ainda não completamente esclarecidas, a gravidez ectópica

vem se tornando mais comum. • Um antecedente de um distúrbio que afetou ambas as tubas uterinas,

uma gravidez ectópica anterior, a exposição fetal ao dietilestilbestrol ou a ligadura tubária (procedimento de esterilização no qual as tubas uterinas são seccionadas ou obstruídas) são fatores que aumentam as

probabilidades de gravidez ectópica.

Page 33: Emergencia Obstetrica

Locais da Gravidez Ectópica

Page 34: Emergencia Obstetrica

Características• A gravidez ectópica é menos comum entre mulheres da raça

branca que entre as de outros grupos raciais.• Nos raros casos em que a mulher engravida mesmo com um

dispositivo intrauterino (DIU) corretamente posicionado, o risco de gravidez ectópica é maior.

• A gravidez ectópica geralmente ocorre em uma tuba uterina (gravidez tubária).

• Raramente, ela ocorre em outros locais (p.ex., canal cervical, ovário, cavidade pélvica ou cavidade abdominal).

• A gravidez ectópica é potencialmente letal e deve ser interrompida o mais breve possível.

• Nos Estados Unidos, 1 em cada 826 mulheres com gravidez ectópica morre devido

a complicações.

Page 35: Emergencia Obstetrica

Sintomas• Os sintomas de uma gravidez ectópica incluem perdas

sangüíneas discretas e cólicas, associadas ao atraso menstrual.

• Esses sintomas occorrem porque, após a morte do feto, o endométrio (revestimento uterino) é eliminado como se

fosse uma menstruação normal.• Quando o feto morre em uma fase precoce, a tuba uterina

não é lesada. • No entanto, se ele continua a crescer, o feto pode lacerar a

parede da tuba uterina e causar sangramento. • Quando o sangramento é gradual, ele causa dor e, algumas

vezes, uma sensação de pressão na região abdominal inferior por causa do acúmulo de sangue.

Page 36: Emergencia Obstetrica

• Quando o sangramento é rápido, ele pode causar uma queda acentuada da pressão arterial e inclusive levar ao choque.

• Comumente, após aproximadamente 6 a 8 semanas, a mulher sente uma dor intensa na região abdominal inferior, a qual é

acompanhada por desmaio.• Esses sintomas geralmente indiquem a ruptura da tuba

uterina, com um sangramento intenso para o interior da cavidade abdominal.

• Algumas vezes, a gravidez ectópica ocorre parcialmente no interior de uma tuba uterina e parcialmente no interior do

útero.• As cólicas e o sangramento discreto são comuns.

• Nesse local, o feto tem mais espaço para crescer e, por essa razão, a gravidez ectópica geralmente rompe mais tarde,

comumente entre a 12a e a 16a semana de gestação. • Essa ruptura pode ser catastrófica, com uma taxa de

mortalidade mais elevada.

Page 37: Emergencia Obstetrica

Diagnóstico e Tratamento • O médico pode suspeitar que uma mulher apresenta uma gravidez ectópica quando os exames de urina e de sangue para o diagnóstico de gravidez são positivos, mas o seu útero é menor

do que o esperado para o tempo de gestação.• A ultra-sonografia pode revelar que o útero se encontra vazio e a

presença de sangue no interior da cavidade pélvica ou abdominal.

• O médico pode então utilizar um laparoscópio (tubo de visualização de fibra óptica que é inserido no interior da cavidade

abdominal através de uma pequena incisão realizada no abdômen) para visualizar diretamente a gravidez ectópica.

• Para ajudar na confirmação do diagnóstico, o médico pode realizar uma culdocentese (inserção de uma agulha através da parede vaginal até o interior da cavidade pélvica) e remover o

sangue acumulado em decorrência de uma gravidez ectópica que está sangrando.

Page 38: Emergencia Obstetrica

Culdocentese

Page 39: Emergencia Obstetrica

• Ao contrário do sangue venoso ou arterial, esse sangue não coagula.

• Geralmente, a gravidez ectópica deve ser removida cirurgicamente.

• Quando ela está localizada em uma tuba uterina, o médico geralmente realiza uma incisão na tuba e remove o feto e a

placenta. • A tuba é deixada aberta, permitindose a sua restauração sem a

formação de tecido cicatricial, pois a presença de cicatrizes na tuba podem tornar uma nova gravidez mais difícil.

• Algumas vezes, o procedimento é realizado através de um laparoscópio. Em raros casos, a tuba está tão lesada que não

pode ser reparada e deve ser removida. • Para tratar uma gravidez tubária em fase inicial sem evidências

de batimentos cardíacos fetais, o metotrexato pode ser administrado no lugar da cirurgia.

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Localizações da Gravidez Ectópica

Page 42: Emergencia Obstetrica

Anemias • As anemias são doenças nas quais o número de eritrócitos

(glóbulos vermelhos, hemácias) do sangue ou a quantidade de hemoglobina (a proteína que transporta o oxigênio) contida nessas células encontram-se abaixo do normal.

• O volume sanguíneo aumenta durante a gravidez, de modo que uma redução moderada da concentração de eritrócitos

e de hemoglobina no sangue (hemodiluição) é normal.• Durante a gravidez, a necessidade de ferro (o qual é

indispensável para a produção de eritrócitos) aumenta para suprir as demandas da mãe e do feto.

• O tipo mais comum de anemia durante a gravidez é a anemia ferropriva (por deficiência de ferro), a qual é geralmente

causada por uma quantidade inadequada de ferro na dieta.

Page 43: Emergencia Obstetrica

• No entanto, este tipo de anemia também pode ser conseqüência de uma deficiência de ferro pré-existente decorrente da perda de ferro durante a menstruação ou de uma gravidez anterior.

• Menos comumente, a anemia é conseqüência de uma dieta deficiente em ácido fólico (folato), uma vitamina do complexo B, a qual também é necessária para a produção de eritrócitos.

Page 44: Emergencia Obstetrica

Diagnóstico e Tratamento• O diagnóstico é baseado nos exames de sangue que determinam a contagem

de eritrócitos, a concentração de hemoglobina e a concentração de ferro.• A anemia ferropriva é tratada com comprimidos de ferro. O suplemento de

ferro não apresenta qualquer risco ao feto, mas pode causar desconforto gástrico e constipação na mãe, especialmente quando a dose é alta.

• Existem controvérsias em relação à necessidade de toda mulher grávida ter que tomar suplementos de ferro.

• Contudo, geralmente é aconselhado à gestante que ela tome suplementos de ferro, mesmo quando a contagem eritrocitária e a concentração de

hemoglobina estão normais, como uma garantia de que ela terá ferro suficiente para si mesma e para o feto à medida que a gravidez evolui.

• A anemia causada pela deficiência de ácido fólico é tratada com comprimidos de folato.

• Para as mulheres grávidas que apresentam anemia falciforme (doença hereditária na qual a hemoglobina é anormal), o tratamento é

mais controverso. • Algumas vezes, a transfusão sangüínea é necessária.

Page 45: Emergencia Obstetrica

Incompatibilidade de Rh • A incompatibilidade de Rh é a incompatibilidade do grupo

Rh entre o sangue da gestante e do feto.• Como resultado da incompatibilidade de Rh, a gestante

pode produzir anticorpos contra os eritrócitos do concepto.• Os anticorpos provocam a ruptura dessas células, causando algumas vezes a doença hemolítica (um tipo de

anemia) no concepto.• O grupo sangüíneo de um indivíduo refere-se às moléculas

localizadas sobre a superfície dos eritrócitos que identificam as células como exclusivas desse indivíduo.

• O grupo sangüíneo Rh inclui algumas dessas moléculas. • Uma delas, a Rh0(D), é a que geralmente causa problemas

de incompatibilidade de Rh.

Page 46: Emergencia Obstetrica
Page 47: Emergencia Obstetrica

• Quando os eritrócitos possuem moléculas moléculas Rh0(D), o sangue é Rh positivo. Quando eles não as possuem, o sangue é Rh negativo.

• Os problemas ocorrem quando a mãe possui um sangue Rh negativo e o feto possui um sangue Rh positivo, herdado do pai que possui um

sangue Rh positivo. • Parte do sangue do feto pode entrar em contato com o sangue da

mãe através da placenta, sobretudo no final da gestação e durante o parto.

• O organismo da mãe pode considerar os eritrócitos do feto como substâncias estranhas, produzindo anticorpos para destruí-los

(anticorpos anti-Rh). • A concentração de anticorpos na mãe aumenta durante toda a

gravidez e eles conseguem atravessar a placenta e chegar ao feto, onde eles podem destruir alguns de seus eritrócitos.

• Como conseqüência, pode ocorrer a eritroblastose fetal (doença hemolítica do feto) ou a eritroblastose neonatal (doença hemolítica

do recém-nascido).

Page 48: Emergencia Obstetrica

Eristoblastose Fetal

Page 49: Emergencia Obstetrica

• No entanto, durante a primeira gravidez, o feto ou o recém-nascido raramente apresentará problemas porque não é

comum não ocorrer um contato significativo entre o sangue do feto e o da mãe até o momento do parto.

• Entretanto, em cada gravidez posterior, a mãe torna-se mais sensibilizada ao sangue Rh positivo e, em cada gravidez, ela

produz anticorpos cada vez mais precocemente.• No feto, a destruição dos eritrócitos do feto pode acarretar

anemia e aumento da concentração de bilirrubina (um produto metabólico da destruição dos eritrócitos do sangue) no sangue. Quando a concentração de bilirrubina aumenta

demasiadamente, pode ocorrer lesão cerebral no feto.• Dentre os norte-americanos da raça branca, 85% possuem

sangue Rh positivo e, em 13% dos casamentos, o homem possui sangue Rh positivo e a mulher possui sangue Rh-

negativo. • Dos bebês nascidos desses casais, 1 em cada 27 apresenta

anemia hemolítica.

Page 50: Emergencia Obstetrica

Prevenção e Tratamento• Na primeira consulta médica durante a gravidez, é solicitada a tipagem sanguínea da gestante. Quando ela

possui sangue Rh negativo, o tipo sangüíneo do pai é determinado.

• Quando ele possui sangue Rh positivo, é realizada a dosagem da concentração de anticorpos anti-Rh na mãe.• O sangue da mãe e o do concepto podem entrar em contato durante o parto, fazendo com que a mãe produza

anticorpos. • Por essa razão, como precaução, anticorpos anti-Rh sob a

forma de imuno globulina Rh0(D) são administrados através de uma injeção à mãe com sangue Rh negativo

dentro das 72 horas que sucedem o parto de um concepto com sangue Rh positivo, inclusive após um aborto

espontâneo ou induzido.

Page 51: Emergencia Obstetrica

• Este tratamento destrói qualquer célula do concepto que possa sensibilizar a mãe. Conseqüentemente, as gestações posteriores

geralmente não são ameaçadas. • No entanto, em aproximadamente 1 a 2% das mães, a injeção não impede a sensibilização. Acredita-se que isto se deve ao fato da mãe ter

sido sensibilizada no início da gravidez.• Para evitar a sensibilização precoce, o médico administra à mãe uma injeção de anticorpos anti-Rh na 28ª semana de gestação e também após

o parto. • Ao mensurar periodicamente as variações da concentração dos

anticorpos anti-Rh na mãe, o médico pode prever se o concepto apresentará problemas.

• Quando a concentração de anticorpos anti-Rh maternos aumenta demasiadamente durante a gestação, uma amniocentese pode ser

realizada. • Neste procedimento, uma agulha é inserida através da pele para coletar

líquido da bolsa amniótica, a qual envolve o feto no interior do útero. A concentração de bilirrubina no líquido amniótico é mensurada.

Page 52: Emergencia Obstetrica

• Quando esta concentração encontra-se demasiadamente elevada, é realizada uma transfusão sangüínea no feto. Transfusões

adicionais geralmente são realizadas a cada 10 a 14 dias até em torno da 32 a 34ª semana de

gestação.• O trabalho de parto geralmente é induzido neste momento e, após o nascimento, uma ou mais transfusões são administradas ao recém-

nascido. • Nos casos menos graves, não são realizadas

transfusões até após o nascimento.

Page 53: Emergencia Obstetrica

Emergências obstétricasno início da gestação Dor Pélvica

Diagnóstico Diferencial

Gestação EctópicaAbortamento espontâneo (ameaça, inevitável,

incompleto,completo,retido)Abortamento sépticoCisto de corpo lúteo

Doenças não Obstétricas

Apendicite,pielonefrite, nefrolitíase síndrome do Cólon irritado degeneração de mioma, DIP.

Page 54: Emergencia Obstetrica

Emergências obstétricas

no início da gestação Dor Pélvica

TratamentoOrientação

Analgésico preferência paracetamolTocolitico Dactil Ob /Inibina

Direcionar a causa

Aborto incompleto esvaziamento uterino

Prenhez ectópica rota Laparotomia ou Laparoscopia

Page 55: Emergencia Obstetrica

Emergências obstétricas no início da gestação

Sangramento Sangramento uterino

20 a30%gestantes sangram nas primeiras 20 semanas, metade evolui para abortamento.

Diagnóstico diferencial

Prenhez ectópica AbortoIncompetência istímo cervicalDoença trofloblastica gestacionalSangramento vaginal não obstétrico

Page 56: Emergencia Obstetrica

Emergências obstétricas no início da gestação

Sangramento

Tratamento

De acordo com a causa:

Abortamento - viável progesterona natural via oral ou vaginal Aborto incompleto- curetagem Prenhez ectópica rota– laparotomia ou laparoscopia Não Rota –pode ser usado Metrotexate Mola - curetagem com acompanhamento do BHCG quantitativo Incompetência istmocervical -ciclagem

Page 57: Emergencia Obstetrica

Hiperêmese Gravídica • A hiperêmese gravídica (vômito excessivo durante a gestação), ao

contrário do mal-estar matinal normal, é a ocorrência de náusea e vômito extremamente graves que causam desidratação e inanição.

• A causa da hiperêmese gravídica é desconhecida.• Fatores psicológicos podem desencadear o vômito ou torná-lo mais

intenso.• A gestante com hiperêmese gravídica perde peso e desidrata. Quando a

gestante apresenta mal-estar matinal mas ganha peso e não está desidratada, ela não apresenta hiperêmese gravídica.

• A desidratação provoca alterações perigosas das concentrações dos eletrólitos no sangue e este torna-se demasiadamente ácido.

• Quando o vômito persiste, o fígado pode ser lesado, algumas vezes rompendo e sangrando.

• Uma outra complicação grave é o sangramento na retina (retinite hemorrágica), o qual é causado pelo aumento da pressão arterial durante

o vômito.

Page 58: Emergencia Obstetrica

Tratamento• Como a hiperêmese da gravidez pode colocar em risco a vida da gestante e

do concepto, a mulher é hospitalizada e é realizada a reposição intravenosa de líquido, glicose (um açúcar simples), eletrólitos e,

ocasionalmente, vitaminas.• A gestante pode permanecer em jejum durante 24 horas. Medicamentos

antieméticos (contra a náusea) e sedativos são administrados de acordo com a necessidade.

• Assim que a desidratação é tratada e o vômito é interrompido, a gestante pode voltar a alimentar-se com porções pequenas e freqüentes de

alimentos pastosos.• A quantidade das porções é aumentada à medida que ela consegue tolerar

mais alimento. • Em geral, o vômito cessa em poucos dias.

• Quando os sintomas recorrem, o tratamento é repetido.

Page 59: Emergencia Obstetrica

Emergências obstétricas no início da gestação -

VômitoComum no início da gestação por aumento rápido dos estrógenos

Cuidado com desidratação ,alteração dos eletrólitos ou Cetose,

Podem estar associados a mola

Causas não obstétricasGastrites

Tumores cerebraisenxaqueca

Page 60: Emergencia Obstetrica

Emergências obstétricas no início da gestação vômito

Tratamento

HidrataçãoIngestão freqüente de líquido e pequenas porções de Alimentos

leves, dieta BRAT Banana, arroz, maçã, Torrada seca

GengibreAlimentar-se antes de levantar

AntieméticoDoxilamina10mg VO antes de dormir( Debendox)

Dimenidrinato e cloridrato de piridoxina (Dramim B6)Metocoplamida 10mg VO ou injetável EV 8/8hs (Plasil)

Ondansetrona 8mg vo ou IM 12/12h (vonau)Meclizina 25 a 50 mg 12/12 hs (Meclim)

Page 61: Emergencia Obstetrica

Emergências obstétricas no início da gestação

vômitoDentre os tratamentos mais recentes, a piridoxina (vitamina B6) parece ser a mais efetiva na redução da intensidade da náusea (10 a 25mg três

vezes ao dia).

A administração de gengibre em cápsulas (250mg quatro vezes ao dia) também foi eficiente para reduzir náuseas e vômitos

Nenhum tratamento para a hiperemese gravídica demonstrou benefício evidente.

Os benefício e limitações do emprego da acupuntura para controle da hiperemese encontram-se na diretriz AMB/CFM- Acupuntura na

Prevenção e Tratamento da Naúsea e Vômitos.

Não foi evidenciado teratogenicidade em nenhum dos tratamentos instituídos.

Page 62: Emergencia Obstetrica

Emergências obstétricas Segunda metade da gestação

Edema de membros inferioresSangramentoHipertensão

Crise convulsiva

Page 63: Emergencia Obstetrica

Emergências obstétricas

Segunda metade da gestaçãoEdema de membros inferiores

Compressão da veia cava inferior- decúbito lateral esquerdo

Tromboembolismo

Pre-eclâmpsia

Page 64: Emergencia Obstetrica

Emergências obstétricas Segunda metade da gestação

Tromboembolismo

Diagnóstico

• extremidade acometida com edema, rubor, dor e empastamento;• palpação de cordão endurecido no membro afetado;

• sinal de Homan (dorsiflexão do pé provocando dor em panturrilha);• diferença de 2 cm entre a circunferência do membro afetado e o

normal.• Ultrassonografia com Doppler

TratamentoHeparina de baixo peso molecular ou heparina não-fracionada por não

atravessarem a barreira placentária (clexane)

Page 65: Emergencia Obstetrica

Pré-eclâmpsia e Eclâmpsia • A pré-eclâmpsia, algumas vezes denominada toxemia gravídica, é a

hipertensão arterial acompanhada de proteinúria (presença de proteínas na urina) ou de edema (retenção líquida) que ocorre entre a 20a semana de gestação e o final da primeira semana pós-parto.

• A eclâmpsia é uma forma mais grave de pré-eclâmpsia que produz crises convulsivas ou o coma.

• A pré-eclâmpsia ocorre em 5% das mulheres grávidas.• Ela é mais comum nas primeiras gestações e em mulheres que já

apresentam hipertensão arterial ou algum distúrbio vascular. • A eclâmpsia ocorre em 1 de cada 200 mulheres com pré-eclâmpsia e

é geralmente fatal, exceto quando tratada imediatamente. • A causa da préeclâmpsia e da eclâmpsia é desconhecida. Um risco

importante da pré-eclâmpsia é o descolamento prematuro da placenta da parede uterina.

Page 66: Emergencia Obstetrica

• Na pré-eclâmpsia, a pressão arterial encontrase acima de 140/90 mmHg, a face ou as mãos edemaciam (incham) e é detectada a presença de uma concentração anormalmente

elevada de proteínas na urina.• Também considera-se que uma mulher cuja pressão arterial

aumenta significativamente mas permanece inferior a 140/90 mmHg durante a gestação apresenta pré-eclâmpsia.

• Os conceptos de mulheres com pré-eclâmpsia apresentam uma probabilidade quatro ou cinco vezes maior de

apresentar problemas logo após o nascimento que os conceptos de mulheres que não a apresentam.

• Os conceptos podem ser pequenos porque a placenta funciona inadequadamente

ou porque são prematuros.

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Tratamento• Ao contrário hipertensão arterial comum, a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia não respondem aos diuréticos

nem a uma dieta pobre em sal.• A gestante é estimulada a consumir uma quantidade

normal de sal e a ingerir mais água.• O repouso ao leito é importante.

• Freqüentemente, a mulher também é estimulada a deitar-se em decúbito lateral esquerdo (sobre o lado

esquerdo) para reduzir a pressão exercida sobre a veia cava inferior (uma veia grande localizada no abdômen)

que transporta o sangue de volta ao coração. • Esta medida melhora o fluxo sangüíneo.

Page 69: Emergencia Obstetrica

• O sulfato de magnésio pode ser administrado pela via intravenosa para reduzir a pressão arterial e prevenir as

crises convulsivas.• Para uma mulher que apresenta pré-eclâmpsia leve, o

repouso ao leito em casa pode ser suficiente, mas ela deve ser examinada pelo médico a cada 2 dias.

• Quando ela não melhora rapidamente, a gestante geralmente é hospitalizada.

• Quando o problema persiste no hospital, o parto é induzido o mais breve possível.

• Uma mulher com pré-eclâmpsia grave é hospitalizada e deve manter o repouso ao leito.

• A administração intravenosa de líquidos e de sulfato de magnésio geralmente alivia os sintomas.

• Em 4 a 6 horas, a pressão arterial geralmente retorna aos níveis normais.

Page 70: Emergencia Obstetrica

• A seguir, o parto pode ser realizado com segurança.• Quando a pressão arterial permanece elevada, serão

administrados outros medicamentos antes de se tentar o parto.

• Uma complicação importante da pré-eclâmpsia grave e da eclâmpsia é a síndrome HELLP (ACRÔNIMO DE HEMOLYSIS

[hemólise], Elevated Liver enzymes [enzimas hepáticas elevadas], Low Platelet count [contagem plaquetária baixa]),

a qual consiste no seguinte :• • hemólise (destruição dos eritrócitos do sangue);

• elevação das enzimas hepáticas, indicando lesão hepática;• contagem plaquetária baixa, indicando comprometimento

da capacidade de coagulação do sangue (um problema potencialmente grave durante e após o parto).

Page 71: Emergencia Obstetrica

• A probabilidade de ocorrência da síndrome HELLP é maior quando a instituição do tratamento da pré-eclâmpsia é

retardada.• Quando a síndrome ocorre, o concepto será liberado através

de uma cesariana, (o método mais rápido disponível), exceto quando o colo do útero encontra- se suficientemente dilatado

e possibilita a realização de um parto vaginal imediato.• Após o parto, a mulher é controlada rigorosamente, sendo

observada a ocorrência de sinais de eclâmpsia. • Um quarto dos casos de eclâmpsia ocorre após o parto,

normalmente nos primeiros 2 a 4 dias. À medida que a condição da mulher melhora, ela é encorajada a caminhar um

pouco. • Um sedativo leve pode ser administrado para controlar a

pressão arterial.

Page 72: Emergencia Obstetrica

• A hospitalização pode durar desde alguns dias até semanas, dependendo da gravidade do problema e

das possíveis complicações.• Mesmo após retornar ao lar, a mulher pode ter que

tomar medicamentos para reduzir a pressão arterial. • Geralmente, ela é submetida a um check-up pelo

menos a cada 2 semanas durante os primeiros meses após o parto.

• A pressão arterial pode permanecer elevada durante 6 a 8 semanas.

• Quando ela permanece elevada por um período maior, a sua causa pode não estar relacionada à pré-

eclâmpsia.

Page 73: Emergencia Obstetrica

O fator primário é a redução da perfusão tecidual,secundária ao vaso espasmo arteriolar e à lesão endotelial, que elevam a resistência periférica

total e a pressão sanguínea

Desequilíbriooxidativo Fator imunogenético Fatores

ambientais

Invasão trofloblasticainadequada

Doença vascular materna

Perfusão Placentáriainadequada

Tecidos Troflobásticosaumentados

Lesão endotelial

Page 74: Emergencia Obstetrica

Lesão endotelial

Aumento de TXA,PG12, fibronectina ,endotelina

reatividade vascular , Permeabilidade vascular, Ativação do sist, de coagulação

Vasoespasmo arteriolar

PlacentasInsuf.placentáriaBaixo peso fetal

Sofrimento e óbito fetal

HemodinâmicasHipertensão arterialHemoconcentração.Edema

UterinasHipertonia

DPP

Hepáticas

AST e ALT Bilirrubina

DHL Hematoma

HematológicasTrombocitop.

Hemólisemicroangiopatia

Renais ret.sódio fluxo renalfiltração

glomerular

CerebraisEspasmos vasc

EdemaHipóxia

convulsão

Page 75: Emergencia Obstetrica

DHEG- Doença Hipertensiva Específica da Gravidez

• Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG) é uma patologia que acomete as gestantes, em geral, na segunda metade da gestação e, mais frequentemente, no seu terceiro trimestre

• As síndromes hipertensivas são as complicações mais frequentes na gestação e constitui, no Brasil, a primeira causa de morte materna, principalmente quando se instalam nas formas graves como a eclampsia

Page 76: Emergencia Obstetrica

Classificação • Hipertensão induzida pela gravidez (em primíparas):

• Pré-eclampsia - desenvolvimento da hipertensão depois da 20ª semana de gestação complicada por envolvimento renal levando a proteinúria.

• Eclampsia: pré-eclâmpsia complicada por envolvimento do sistema nervoso central (SNC) levando à convulsões; • Hipertensão crônica que antecede a gestação;• Hipertensão crônica com toxemia superposta.

Page 77: Emergencia Obstetrica

Sinais

• Hipertensão

• Edema

• Proteinúria

Page 78: Emergencia Obstetrica

Exames• hemograma com plaquetas

• creatinina, ácido úrico, uréia

• bilirrubinas total e frações; TGO; TGP;

• glicemia parcial de urina; proteinúria de 24 horas;

• TAP; KPTT; DHL

Page 79: Emergencia Obstetrica

• A pré-eclampsia tem como forte indício o edema generalizado (parede abdominal, face, região lombosacra e mãos) e o aumento de peso acima de 1kg por semana.

• Outros sinais e sintomas podem surgir e à medida que a doença progride o vasoespasmo se agrava, podendo ocasionar alterações no fundo do olho como edema de retina, constrição ou espasmo arteriolar e hemorragias.

• Cefaleias, tonturas, distúrbios visuais e hiperreflexia podem aparecer decorrentes da irritabilidade crescente do sistema nervoso central.

• Em alguns casos a retina pode descolar-se, mas a fixação da retina ocorre espontaneamente após o parto. A dor epigástrica é um sintoma tardio, que é atribuída ao estiramento da cápsula hepática devido ao edema e/ou hemorragias

Page 80: Emergencia Obstetrica

• Já na eclampsia, o edema acentuado pode deformar as feições da mulher até torná-la irreconhecível.

• Sintomas como oligúria, anúria e proteinúria aparecem, a pressão arterial pode atingir valores acima de 180/110 mmHg.

• Podem ocorrer convulsões tônico-clônica que são precedidas por uma aura (sensação subjetiva e passageira que procede a

uma crise).• Essas crises começam com o bater das pálpebras ou por um

espasmo dos músculos faciais, os olhos estão bem abertos e fixos, as pupilas estão geralmente dilatadas.

• Na sequencia todo o corpo se enrijece e todos os músculos se contraem e relaxam alternadamente.

• Após uma convulsão a paciente fica em coma que varia em duração e profundidade, a condição dessa paciente

é sugestiva da evolução da doença

Page 81: Emergencia Obstetrica

Tratamento• A cura para a DHEG é o parto.• Por essa razão, se o parto não é aconselhado devido à

imaturidade fetal, os esforços são dirigidos no sentido de controlar os sintomas, a fim de melhorar a condição materna e fetal até que o parto possa ser realizado

• Diminuir a irritabilidade do sistema nervoso central;• Controlar a pressão sanguínea: • Promover a diurese;• Controlar o bem estar fetal;• Auxiliar na dor;• Aliviar náuseas e vômitos;• Reduzir edema.

Page 82: Emergencia Obstetrica

• Os objetivos terapêuticos no tratamento da DHEG são finalizar a gestação com o mínimo de trauma materno-fetal, promover o desenvolvimento normal da criança, restaurar a saúde materna, diminuir a irritabilidade do sistema nervoso central, controlar a pressão sanguínea e promover a diurese

• Antihipertensivos:– Metildopa (Aldomet®) 250mg (máx. 3g/dia).

– Pindolol (Visken®) 10-30mg/dia.– Hidralazina (Apresolina®) 10-20mg/dose/4-6h.

– Nifedipina (Adalat®) 10-30mg.– Nitroprussiato de Sódio (Nipride®) 0,3mcg/Kg/min.

• Anticonvulsivantes Profiláticos:– Sulfato de Magnésio 4-6g IV bolus + 2-3g/h mantendo 4-8mg/dL.

– Fenitoína (Hidantal®) 1000mg IV/1h + 500mg em 10h (máx. 1500mg/24h).

Page 83: Emergencia Obstetrica

• A DHEG é considerada uma doença possível de prevenção em quase todas as circunstâncias.

• Quando assume a responsabilidade de cuidar da saúde, a mulher que faz o pré-natal sabe reconhecer as alterações que necessitam de avaliação, permitindo o diagnóstico e o

tratamento antes da eclâmpsia ocorrer.• A DHEG devidamente tratada quase sempre pode ser

controlada de forma a não progredir até a convulsão • A prematuridade constitui ainda em nossos dias uma das

complicações mais frequentes da DHEG decorrente de um trabalho de parto espontâneo, em razão ou da

contratilidade uterina aumentada ou, comumente, da conduta obstétrica de interrupção da gravidez, quando o

quadro clínico se agrava e há comprometimento das condições maternas ou fetais

Page 84: Emergencia Obstetrica

Hidralazina (1amp=1ml=20mg)(Apressolina)Hidralazina(20mg).............1 ampSoro glicosado a 5%.......... 19 ml

Administrar 5ml a cada 20minutos até seis doses S/N

Nifedipina-5mg, vo a cada 30 minutos até PAD 90-100mmH (Adalat)

Crise Hipertensiva

Primeira escolha

Segunda escolha

Tratamento- Resolução da gestação

Page 85: Emergencia Obstetrica

Profilaxia das convulsões

Sulfato de magnésio

Dose inicialSulfato de magnésio a 50% .....8ml (4g) } EV 10 a 20’ Soro fisiológico a 0,9% ........... 12 ml

ManutençãoSulfato de magnésio a 50%.......10ml( 5g) } EV –Bomba de infusãoSoro fisiológico a 0,9%.......490ml 100ml/h- 1g

Esquema de Zuspam

Page 86: Emergencia Obstetrica

Profilaxia das convulsões

Dose inicial

Sulfato de magnésio a 50% .....8ml (4g) } EV 10 a 20’ Soro fisiológico a 0,9% ........... 12 ml +Sulfato de magnésio a 50%.........10 ml(5g) IM em cada nádega

Dose de manutenção ( a cada 4 hs)

Sulfato de magnésio a 50%.........10 ml(5g) IM (nádega)

Esquema de Pritchard

Page 87: Emergencia Obstetrica

Nível terapêutico entre 4 e 7 m Eq/l próximo ao nível tóxicoGarantir diurese de 100ml nas últimas 4 hs.Manter o sulfato de magnésio até 24 hs após o parto ou após a

ultima convulsãoConstatar reflexo patelarVerificar freq respiratória > 16 mpm :Zuspam de hora em hora Pritchard antes da administração de cada dose.Em intoxicação administrar 1 amp IV lentamente

Cuidados com o sulfato de magnésio

Gluconato de cálcio a 10%

Page 88: Emergencia Obstetrica

Emergências obstétricas

Segunda metade da gestação sangramento

Diagnóstico diferencialPlacenta préviaDPPTrabalho de parto

TratamentoInternação

Page 89: Emergencia Obstetrica

Emergências obstétricasCausas não obstétricas

Infecção urináriaCandidíaseProcessos alérgicosRiniteAsma Crise= não grávida

Page 90: Emergencia Obstetrica

LÍQUIDO AMNIÓTICO: resultante do equilíbrio entre a produção e a

reabsorção dofluido; Por volta da 10ª semana o volume de líquidoamniótico é de 30ml, aumentando para 350ml na 20ªsemana, 780ml entre 32 -35 semanas, próximo ao

termoalcança 1000ml para depois diminuir gradativamente

cercade 150ml/semana.

COMPOSIÇÃO: células esfoliadas da epiderme dofeto,urina fetal, elementos da cavidade oral e secreçãopulmonar; No início da gestação, o volume amnióticoprovêm, em sua maior parte, do movimento passivo deágua e sódio através da membrana amniótica; À medidaque a gestação evolui, este volume é substituído por urinafetal e secreção pulmonar. A urina fetal começa a serproduzida entre 8-10 semanas.

Page 91: Emergencia Obstetrica

POLIDRÂMNIO

» CONCEITO: Acentuado excesso de líquido amniótico

reconhecido peloexame físico (útero grande para IG),

confirmado através deUSG (bolsa de LA com diâmetro vertical

>8cm), ILA > 20 – 25 cm;

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ETIOPATOGENIA - Estreita correlação com anomalias digestivas(atresia de esôfago e duodenal) e demaismalformações congênitas;

-Resultante de desequilíbrio entre produção de LA(urina fetal) e reabsorção (ausência de deglutiçãofetal); 60% relacionados à malformação fetal;

- Diabetes, feto hidróptico, doença hemolíticaperinatal, gemelaridade (monocoriônica),anormalidades placentárias (placenta circunvalada), doenças infecciosas fetais.

Page 93: Emergencia Obstetrica

QUADRO CLÍNICO/DIAGNÓSTICO:

» Forma Aguda: -Aumento volumétrico de instalação súbita, agravando-

se em poucas semanas, atingindo níveis consideráveis (3-5 litros);

-Sintomatologia decorrente de aumento uterino acentuado (dispnéia, edema, varizes e hemorróidas decorrentes da estase venosa e compressão gastrointestinal), dores abdominais e lombares. Conduz à interrupção da gestação e, na maioria dos casos, o óbito fetal é inevitável dada a IG;

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Page 95: Emergencia Obstetrica

QUADRO CLÍNICO/DIAGNÓSTICO

Forma Crônica:- Maior freqüência e comum no último trimestre;- Expansão uterina gradativa, embora possa alcançar

níveis acentuados; - Útero grande para IG, - edema, - distensão abdominal (aspecto cístico), - hipertonia uterina por sobreditensão

Page 96: Emergencia Obstetrica

QUADRO CLÍNICO/DIAGNÓSTICO

• Polidrâmnio de baixa contratilidade: atividade uterina normal e responsiva à perfusão de ocitócitos; A amniocentese normaliza o tônus uterino, caso aumentado, mas não aumenta a atividade uterina;

• » Polidrâmnio de alta contratilidade: hipertonia e hipossistolia; Parto prematuro por contratilidade uterina; À palpação abdominal: útero endurecido e tenso; A amniocentese reduz o tônus uterino e melhora a força de contração acelerando o TP.

• » USG: firma o diagnóstico

Page 97: Emergencia Obstetrica

PROGNÓSTICO:• Materno: Não acarreta grandes complicações;• Fetal: Complicações decorrentes de prematuridade,

malformações fetais freqüentes, lesões anóxicas e traumáticas decorrentes do TP e P;

• Mortalidade perinatal em torno de 50%.

COMPLICAÇÕES DA GESTAÇÃO: - Nas formas agudas – ICC e IRA;- Diabetes;- Amniorrexeprematura; - Parto prolongado por discinesias; - Hemorragias no pós-parto (atonia uterina);

Page 98: Emergencia Obstetrica

TRATAMENTO• Feto Normal: Medidas para prolongar a gestação (alívio da

sintomatologia por amniocentese);• Feto malformado: Indução do parto (perfusão de ocitocina e

amniotomia); Corticóide se IG entre 24-34 semanas

» Amniocentese: - Rigorosa antissepsia, - ATB, - Imunoglobulina Anti-Rh; - Indicada para diminuição de desconforto materno; - promover evolução da gestação e no TP, para aumentar a

contratilidade uterina.

Page 99: Emergencia Obstetrica

» Indometacina -reduz o fluxo sanguíneo e a diurese fetal; -Seu uso está restrito até 34 semanas pelo risco de fechamento

do canal arterial; -Dose: 01 comprimido de 25mg 4x/dia.

» MANEJO DO PARTO: Iniciado o TP, a amniocentese tem por indicações: -corrigir as discinesias (hipossistolia e hipertonia),- melhorar a perfusão e a oxigenação fetal e, evita-se o deflúvio

repentino de grandes quantidades de LA no momento da amniorrexe;

- Observar criteriosamente para hemorragias no pós-parto.

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OLIGOIDRÂMNIO

• CONCEITO: Diminuição significativa de líquido

amniótico, características: viscosidade, turvação, espesso, volume entre 300-400mL, ILA < 5cm; acarretando grandes conseqüências para o feto; Incidência de 4% das gestações

Page 101: Emergencia Obstetrica

ETIOPATOGENIA: - Condições fetais graves associadas (CIUR – hipóxia crônica → redistribuição de débito cardíaco → diminuição de fluxo sanguíneo renal e do volume urinário → diminuição de LA, doença renal- agenesia renal bilateral); placentação monocoriônica; Síndrome de transfusão gêmelo-gemelar; - CIUR de um gemelar; - Amniorrexe prematura secundária à infecções; pós-maturidade;

» No 2º trimestre: - Amniorrexe – 50%; - Malformações fetais – 15%; - Anormalidades da gravidez gemelar – 5%; - Descolamento prematuro de placenta – 7%; - CIUR – 18%.

Page 102: Emergencia Obstetrica

• QUADRO CLÍNICO/DIAGNÓSTICO:

- Útero pequeno para a idade gestacional; - Presença de amniorrexe prematura;

» USG: - Bolsão de LA < 2cm; - ausência de LA;- Partes moles fetais bastante próximas pela diminuição da interface líquido/feto.

Page 103: Emergencia Obstetrica

• TRATAMENTO: -Hiperhidratação, sem resultados comprobatórios; -Interromper a gestação: conduta orientada conforme a IG e vitalidade fetal.

• » PROGNÓSTICO: - No 2º trimestre conduz a péssimo prognóstico fetal; - Doença pulmonar pela prematuridade; - Doenças esqueléticas; - Morte fetal e neonatal

Page 104: Emergencia Obstetrica

Antibióticos

mais seguros durante o primeiro trimestre da gestação

grupo das penicilinas (penicilina G benzatina, penicilina G procaína, penicilina G cristalina, penicilina G potássica, fenoximetilpenicilina, ampicilina, amoxacilina, oxacilina, cloxacilina, dicloxaclina, carbenicilina e outras); grupo da cefalosporinas (cefalexina, cefalotina, cefazolina, cefoxitima, ceftriaxona, cefaclor, cefadroxil, cefuroxima, e outras);

macrolídeos como a eritromicina, e em especial a espiramicina utilizada no tratamento da toxoplasmose congênita)

grupo das sulfonamidas (sulfametoxazol, trimexazol, sulfadiazina, sulfissoxazol).

Page 105: Emergencia Obstetrica

contra-indicados

grupo das tetraciclinas ;escurecimento dos dentes, hipoplasia do esmalte dentário

e eventualmente anormalidades do crescimento ósseo,

aminoglicosídeos (especialmente a estreptomicina) por lesar o nervo auditivo,

grupo das quinolonas (norfloxacina, ciprofloxacina, lomefloxacina e outras) pela capacidade de lesar a cartilagem de crescimento,

interferindo no desenvolvimento ósseo.

O cloranfenicol é responsabilizado por um quadro de intoxicação grave no recém-nascido

conhecida como "síndrome do bebê cinzento".absolutamente contra-indicados no último trimestre da gestação.

cloranfenicol e seu análogo o tianfenicol

Antibióticos

Page 106: Emergencia Obstetrica

O ácido acetilsalicílico (AAS) Primeiro trimestre de gestação não esta relacionado a nenhum tipo de embriopatia ou malformação.

Todos os anti-inflamatórios devem ser evitados no terceiro trimestre da gestação,pois podem induzir ao fechamento

precoce do ducto arterioso fetal provocando hipertensão arterial pulmonar e insuficiência cardíaca.

A dipirona, implicada na gênese de alguns casos de agranulocitose (diminuição na produção de glóbulos brancos),não existem estudos adequadamente

amplos que demonstrem a sua segurança ou a sua teratogenicidade na gravidez humana.

O paracetamol (apesar de como a dipirona também poder causar distúrbios na produção de glóbulos brancos) é analgésico e antitérmico bastante difundido

na Europa e América do Norte. Uma série de estudos já demonstraram sua segurança durante a gravidez,

sendo praticamente desprovido de potencial teratogênico.

Analgésico e antitérmico

Page 107: Emergencia Obstetrica

Antifúngicos

Creme vaginal Nistatina (B)nistatinaClotrimazol(B)gino canestemMiconazol(C)Cetoconazol ( C )SistemicaAnfotericina B

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Antialérgicos

RiniteCromoglicatodissodico4%- 1 aplicação em cada narina(B)Beclometazona d. max. 400mg/dia (C)Budesonida dose max 256 mg /dia(B)Dexclofeniramida 2 mg vo 4-6 hs(B)Loratadina 10mg vo 1x ao dia (B) claritin ,desalexAsmaSalbutanol B agonista (B)inalaçãoMetilpredinisolona e hidrocortizona (C)Prednisona (B)

Page 109: Emergencia Obstetrica

Problemas com a Placenta• Normalmente, a placenta está localizada na parte superior do

útero, firmemente aderida à parede uterina.• No descolamento prematuro da placenta, a placenta descola da

parede uterina prematuramente, acarretando sangramento uterino e reduzindo o aporte de oxigênio e de nutrientes ao feto.

• Uma mulher que apresenta este quadro deve ser hospitalizada e o parto pode ocorrer prematuramente.

• Na placenta prévia, a placenta está localizada acima do colo do útero ou próximo dele, na parte inferior do útero.

• Os sintomas incluem um sangramento indolor com início no final da gestação, o qual pode tornar-se intenso.

• Geralmente, o concepto é liberado através de uma cesariana.

Page 110: Emergencia Obstetrica

Descolamento Prematuro da Placenta

• O descolamento prematuro da placenta (abruptio placentae) é o descolamento precoce de uma placenta em posição normal

da parede uterina, a qual ocorre durante a gestação e não após o parto.

• A placenta pode descolar de modo incompleto (às vezes 20 ou 30%) ou totalmente. A causa do descolamento prematuro da

placenta é desconhecida.• O descolamento ocorre em 0,4 a 3,5% de todas as gestações.

As mulheres com hipertensão arterial, doenças cardíacas, diabetes ou doença reumatóide e aquelas que fazem uso de cocaína apresentam uma maior probabilidade de apresentar

essa complicação.

Page 111: Emergencia Obstetrica
Page 112: Emergencia Obstetrica

Sintomas e Diagnóstico• Ocorre uma hemorragia no útero através do ponto de inserção da

placenta. • O sangue pode passar através do colo do útero e sair pela vagina

(hemorragia externa) ou pode ficar retido atrás da placenta (hemorragia oculta).

• Os sintomas dependem do grau de descolamento da placenta e da quantidade de sangue perdido.

• Eles incluem o sangramento vaginal, dores abdominais súbitas (contínuas ou tipo cólica) e a dor a palpação abdominal.

• O diagnóstico geralmente é confirmado através da ultra-sonografia.• O descolamento reduz o aporte de oxigênio e de nutrientes ao feto,

podendo inclusive causar a sua morte.• As complicações na gestante incluem o sangramento potencialmente

perigoso, a coagulação intravascular disseminada (que se propaga no interior dos vasos sangüíneos),

a insuficiência renal e o sangramento da parede uterina. • Essas complicações são mais prováveis na mulher grávida

com pré-eclâmpsia e podem indicar sofrimento ou morte fetal.

Page 113: Emergencia Obstetrica

Tratamento• Assim que o diagnóstico é estabelecido, a mulher é

hospitalizada. • O tratamento usual é repouso ao leito, exceto quando o sangramento é potencialmente letal, quando o feto apresenta

sofrimento ou quando a gestação está próxima do termo.• O repouso prolongado pode reduzir o sangramento.

• Quando os sintomas diminuem, a mulher é encorajada a caminhar um pouco e inclusive pode receber alta hospitalar.

• Quando o sangramento persiste ou piora, a melhor opção (tanto para a mãe como para o bebê) geralmente é o parto

prematuro.• Quando o parto vaginal não é possível, é realizada uma

cesariana.

Page 114: Emergencia Obstetrica

Placenta Prévia • A placenta prévia é a implantação da placenta acima do colo

do útero ou próximo dele, na parte inferior do útero. • No interior do útero, a placenta pode recobrir parcial ou

totalmente a abertura do colo do útero.• A placenta prévia ocorre em 1 de cada 200 partos, geralmente

em mulheres que já tiveram mais de uma gestação ou que apresentam anomalias uterinas (p.ex., fibromas).

• O sangramento vaginal indolor inicia subitamente no final da gestação e pode tornar-se intenso.

• O sangue pode apresentar uma cor vermelho vivo. • A ultra-sonografia ajuda o médico a estabelecer o diagnóstico

e a diferenciar a placenta prévia de um descolamento prematuro da placenta.

Page 115: Emergencia Obstetrica
Page 116: Emergencia Obstetrica

Tratamento• Quando o sangramento é intenso, pode ser necessária a

realização de várias transfusões sanguíneas.• Quando o sangramento é leve e o parto não é iminente, o

médico geralmente prescreve apenas o repouso ao leite. • Quando o sangramento cessa, a mulher é encorajada a

caminhar.• Quando o sangramento não recorre, a gestante recebe alta

hospitalar e volta para casa, desde que ela possa retornar facilmente ao hospital.

• A cesariana é quase sempre realizada, pois quando a mulher entra em trabalho de parto, a placenta tende a descolar muito

precocemente, impedindo o suprimento de oxigênio ao concepto. Além disso, a gestante pode apresentar um

sangramento intenso.

Page 117: Emergencia Obstetrica

• Erupções Cutâneas• Algumas erupções cutâneas ocorrem

apenas durante a gravidez. • Elas incluem o herpes gestacional e a

urticária da gravidez.• Herpes Gestacional• O herpes gestacional é uma erupção

intensamente pruriginosa com vesículas cheias de líquido que ocorre durante a gravidez.

• O termo herpes é enganoso, pois a erupção não é causada pelo herpesvírus ou por qualquer outro vírus.

Page 118: Emergencia Obstetrica

• Acredita-se que o herpes gestacional seja causado por anticorpos anormais que reagem contra os próprios tecidos do

organismo (reação auto-imune). • Essa erupção incomum pode ocorrer em qualquer momento

após a 12a semana de gestação ou imediatamente após o parto.• A erupção pruriginosa geralmente é acompanhada por vesículas

e bolhas irregulares cheias de líquido. • Freqüentemente, o herpes gestacional começa no abdômen e, a

seguir, dissemina-se. • Algumas vezes, a erupção abrange uma área em forma de anel,

com vesículas e bolhas em torno da borda externa. • Geralmente, ela piora logo após o parto e desaparece em

semanas ou meses. • Ela freqüentemente reaparece nas gestações subseqüentes ou

com o uso de contraceptivos orais.

Page 119: Emergencia Obstetrica

• O concepto pode nascer com uma erupção semelhante, a qual geralmente desaparece espontaneamente em algumas semanas.

• Para confirmar o diagnóstico, o médico remove um pequeno fragmento da pele afetada e envia o material ao laboratório para

a detecção da presença de anticorpos.• O tratamento visa aliviar o prurido intenso e evitar a formação

de novas bolhas.• Para a erupção leve, a aplicação freqüente de um creme contendo corticosteróides diretamente sobre a pele geralmente

ajuda. Para as erupções mais disseminadas, são prescritos corticosteróides orais.

• Parece que o uso de corticosteróides no final da gestação é prejudicial ao feto.

• Quando o prurido piora ou a erupção dissemina-se após o parto, uma dose mais elevada de corticosteróide pode ser necessária.

Page 120: Emergencia Obstetrica

Urticária da Gravidez• A urticária da gravidez é uma erupção pruriginosa comum que ocorre

durante a gravidez. • A sua causa é desconhecida.

• No abdômen, surgem placas semelhantes às da urticária (irregulares, vermelhas, planas ou discretamente elevadas e intensamente

pruriginosas), algumas vezes com vesículas cheias de líquido no centro. • Esta erupção dissemina-se para as coxas, as nádegas e,

ocasionalmente, os membros superiores.• Podem ocorrer centenas de manchas pruriginosas. Frequentemente, a

pele em torno dessas manchas torna-se pálida. Em geral, a erupção surge durante as duas ou três últimas semanas da gestação e,

ocasionalmente, durante os últimos dias.• Contudo, ela pode ocorrer em qualquer época após a 24a semana.

Page 121: Emergencia Obstetrica

• O prurido é tão incômodo que impede que a gestante concilie o sono à noite. Geralmente, a urticária da

gravidez desaparece imediatamente após o parto e não reaparece nas gestações posteriores.

• Não existe um exame específico para esta erupção, o que dificulta o estabelecimento de um diagnóstico

definitivo.• O prurido e a erupção cutânea podem desaparecer em 2

a 4 dias com aplicações freqüentes de um creme que contém corticosteróide.

• Ocasionalmente, quando a erupção é mais intensa, são administrados corticosteróides orais.

• No final da gestação, parece que os corticosteróides não são prejudiciais ao feto.

Page 122: Emergencia Obstetrica

DMG- Diabettis Gestacional

• (DMG) é definida como algum grau de intolerância a glicose que foi primeiramente reconhecida durante a gravidez

Page 123: Emergencia Obstetrica

Causas • Os hormônios da gravidez podem impedir

que a insulina cumpra sua função.• Quando isso acontece, os níveis de glicose

podem aumentar no sangue da gestante.

Page 124: Emergencia Obstetrica

• Estiver com mais de 25 anos ao engravidar• Possuir histórico familiar de diabetes

• Tiver dado à luz um bebê com mais de quatro quilos ou com algum defeito de nascença

• Apresentar açúcar (glicose) na urina quando fizer uma consulta de pré-natal periódica

• Tiver hipertensão• Apresentar líquido amniótico em excesso

• Tiver passado por um aborto espontâneo de causa indeterminada ou tiver tido um natimorto• Estava acima do peso antes de engravidar

Page 125: Emergencia Obstetrica

Exames • O diabetes gestacional geralmente começa no meio da

gravidez.• Todas as mulheres grávidas devem fazer um teste oral

de tolerância à glicose entre a 24ª e a 28ª semana de gestação para verificar a ocorrência da doença.

• As mulheres que possuem fatores de risco do diabetes gestacional devem fazer o teste antes desse período.

• Depois que o diabetes gestacional é diagnosticado, você pode verificar seu estado testando o nível de

glicose em casa. • A forma mais comum consiste em fazer um pequeno

furo na ponta do dedo e colocar uma gota de sangue em um aparelho que faz a análise de glicose.

Page 126: Emergencia Obstetrica

Sintomas de Diabetes gestacional • Geralmente não há sintomas ou os sintomas são leves e não

apresentam risco de morte para a grávida. Com frequência, o nível de açúcar (glicose) no sangue volta ao normal após o

parto. • Os sintomas podem incluir:

• Visão borrada• Fadiga

• Infecções frequentes, incluindo as na bexiga, vagina e pele• Aumento da sede

• Aumento da micção• Náusea e vômitos

• Perda de peso, apesar do aumento de apetite

Page 127: Emergencia Obstetrica

Tratamento de Diabetes gestacional

• O objetivo do tratamento é manter o nível de açúcar no sangue (glicose) dentro dos limites normais durante a gravidez e garantir que o bebê em formação seja saudável.

• Dieta• Antiglicemiantes• Insulina • Insulina – Antiglicemiantes

Page 128: Emergencia Obstetrica

Dieta e exercícios • A melhor maneira de melhorar sua dieta é comer uma

grande variedade de alimentos saudáveis. • Você deve aprender a ler os rótulos dos alimentos e

sempre verificá-los quando precisar tomar decisões em relação à sua alimentação.

• Se você for vegetariana ou seguir alguma outra dieta especial, converse com seu médico ou nutricionista.

• Em geral, a dieta deve ser moderada em gordura e proteína e fornecer níveis controlados de carboidrato com

alimentos como frutas, hortaliças e carboidratos complexos (como pão, cereais, massa e arroz).

• Será necessário diminuir os alimentos que contêm muito açúcar, como refrigerantes, sucos de fruta e doces.

Page 129: Emergencia Obstetrica

• Deve fazer três refeições pequenas ou médias e comer um ou mais lanches diariamente.

• Não pular as refeições nem os lanches. Mantenha a mesma quantidade e os tipos de

alimentos (carboidratos, gorduras e proteínas) todos os dias.

• O médico receitará uma vitamina pré-natal diária.

• Ele ainda pode recomendar ferro ou cálcio• Se vegetariana ou seguir alguma outra dieta

especial, converse com o médico.

Page 130: Emergencia Obstetrica

Examinando.....• Um teste sem estresse é um teste muito simples e indolor para

você e o bebê.• Um aparelho que ouve e exibe os batimentos cardíacos do bebê

(monitor fetal eletrônico) é colocado sobre o seu abdômen. • Quando o bebê se movimenta, a frequência cardíaca

normalmente aumenta 15 a 20 batimentos acima da sua frequência normal.

• O médico compara o padrão dos batimentos cardíacos do bebê quando ele se movimenta e determina se ele está bem.

• O médico procura elevações na frequência cardíaca do bebê que ocorrem dentro de um período específico.

Page 131: Emergencia Obstetrica

• Se a melhora na sua dieta não controlar os níveis de açúcar (glicose) no sangue, pode-se receitar medicamentos para diabetes tomados por via oral ou terapia insulínica.

• Você precisará monitorar seus níveis de glicose durante todo o tratamento.

• A maioria das mulheres que desenvolve o diabetes gestacional não precisa tomar medicamentos para diabetes ou insulina, mas para algumas isso é necessário.

Page 132: Emergencia Obstetrica

• Complicações possíveis • Complicações relacionadas ao parto por

causa do tamanho do bebê• Desenvolvimento de diabetes no futuro• Risco maior de dar à luz um natimorto ou

de o bebê morrer pouco tempo depois• Pouco açúcar no sangue (glicose) ou outra

doença no recém-nascido• Indicação do parto:• Cesarea

Page 133: Emergencia Obstetrica

• Icterícia - por alguma razão, os bebês nascidos de mulheres diabéticas, às vezes, têm esta descoloração amarelada na pele e olhos.

• A icterícia ocorre quando o sangue contém bilirrubina demais, um subproduto produzido quando as células vermelhas do sangue se rompem.

• Apesar de a icterícia ser normalmente prejudicial e desaparecer após alguns dias, um médico deve monitorar a condição.

Page 134: Emergencia Obstetrica

• Macrossomia - esta condição é também conhecida como gigantismo ou feto grande para idade gestacional.

• Estudos comprovam que mulheres que não controlam de forma adequada seus níveis de glicose durante a gravidez, normalmente dão à luz a bebês imensos.

• Um bebê é considerado anormalmente grande se pesar mais de 4 ou 4,5 quilos ao nascer.

Page 135: Emergencia Obstetrica

• O risco de nascimento de um bebê morto (morte do feto em um estágio avançado da gravidez) aumenta bastante quando o feto é muito pesado (4,5 a 5,5 quilos).

• O risco é ainda maior em mães com diabetes não controlada.

• Bebês gordos normalmente acabam se tornando adultos gordos, com um risco maior de diabetes tipo 2 (interessante que as crianças com baixo peso no nascimento também parecem ter um alto risco para desenvolver diabetes).

Page 136: Emergencia Obstetrica

• Durante o parto, os bebês gigantes têm um risco elevado para uma situação assustadora chamada distócia de ombro, na qual a cabeça do bebê aparece mas os ombros ficam presos. Distócia de ombro pode resultar em danos graves tanto para o bebê quanto para a mãe.

• As mulheres que dão à luz a bebês gigantes são duas vezes mais suscetíveis ao parto cesariana.

• Elas também sofrem mais de ferimentos no canal vaginal. • As mamães também são suscetíveis a sofrerem

hemorragia e a precisarem de transfusão de sangue.• Carregar um feto muito pesado pode fazer dos últimos

meses de gravidez uma experiência exaustiva.

Page 137: Emergencia Obstetrica

PUERPÉRIO NORMALCONCEITO

É PERIODO QUE SE SEGUE AO PARTO NO QUAL

OCORREM MANIFESTAÇÕES INVOLUTIVAS E DE

RECUPERAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO

OCORRIDAS NA GESTAÇÃO E NO PARTO

Page 138: Emergencia Obstetrica

DETERMINISMO BIOLÓGICO DO PÓS PARTO

A . CRISE GENITAL

INVOLUÇÃO DA MUSCULATURA UTERINA E MUCOSA VAGINAL;

B . RECUPERAÇÃO GENITAL

REGENERAÇÃO DAS MUCOSAS UTERINA E VAGINAL;

Page 139: Emergencia Obstetrica

CLASSIFICAÇÃO

1 . PÓS-PARTO IMEDIATO

1º AO 10º DIA APÓS O PARTO

2 . PÓS-PARTO TARDIO

10º AO 45º DIA

3 . PÓS-PARTO REMOTO

45º AO 60 º DIA

Page 140: Emergencia Obstetrica

PUERPERIO IMEDIATO

PRIMEIRA FASE:

PRIMEIRA HORA APÓS A DEQUITAÇÃO

1 . RETRAÇÃO DO UTERO FICANDO SEU FUNDO ABAIXO DA CICATRIZ UMBILICAL

2 . MECANISMOS DE HEMOSTASIA

MIO TAMPONAMENTOTROMBO TAMPONAMENTOCONTRAÇÃO UTERINA FIXA

CUIDADOSOBSERVAÇÃO DOS SINAIS VITAIS, DO VOLUME DO SANGRAMENTO, DO

ESTADO GERAL DA PACIENTE. REPOUSOALIMENTAÇÃO.

Page 141: Emergencia Obstetrica

PUERPERIO IMEDIATO

COMPLICAÇÕES DA PRIMEIRA FASE

HEMORRAGIAS/CHOQUE

ATENDER A EMERGENCIA: PUNÇÃO VENOSA, HIDRATAÇÃO.

EXAME FISICO GERAL E GINECOLÓGICO:PROCURAR A CAUSA E CORRIGIR.

COMPRESSA DE GELO NO HIPOGÁSTRIOUSO DE CONTRATORES/RETRATORES DO ÚTERO.

Page 142: Emergencia Obstetrica

PUERPERIO IMEDIATOCOMPLICAÇÕES DA PRIMEIRA FASE

HEMORRAGIAS/CHOQUE

CAUSAS

1. HIPOTONIA/ATONIA UTERINA2. LACERAÇÕES DO TRAJETO

3. RETENÇÃO DE RESTOS PLACENTÁRIOS/FETAIS.

1. HIPOTONIA/ATONIA UTERINACAUSAS: MACROSSOMIA FETAL, PARTO DEMORADOS OU EXCESSIVAMENTE RÁPIDOS, OPERATÓRIA OBSTÉTRICA

(FORCIPES, MANOBRA DE KRISTELLER), USO IMODERADO DE OCITÓCICOS, GEMELIDADE, POLIDRAMNIA

Page 143: Emergencia Obstetrica

PUERPÉRIO IMEDIATO

COMPLICAÇÕES DA PRIMEIRA FASE

2. LACERAÇÕES DO TRAJETO

REVISÃO CRITERIOSA PÓS PARTO INSTRUMENTAL OU TRAUMÁTICO

SUTURA DAS LACERAÇÕES.

3. RETENÇÃO DE RESTOS PLACENTÁRIOS/FETAISCURAGEM

CURETAGEMUSO DE RETRATORES/CONTRATORES UTERINOS

Page 144: Emergencia Obstetrica

PUERPÉRIO

ROTINA DA VISITA PUERPERAL

1. CUMPRIMENTAR A PACIENTE;2. OUVIR SUAS QUEIXAS;

3. ARGUIR SOBRE SINTOMAS

4. EXAMINÁ-LA.

Page 145: Emergencia Obstetrica

PUERPÉRIO

4.FAZER EXAME FISICO GERAL E ESPECIALIZADO:

MUCOSAS (OLHOS), HIDRATAÇÃO (LINGUA), PALPAÇÃO DA TIREÓIDE, PALPAÇÃO DA MAMA (TEMPERATURA,

ENGURGITAMENTO), EXPRESSÃO DO MAMILO, INSPEÇÃO DO ABDOMEM E PALPAÇÃO. DELIMITAÇÃO DO FUNDO

UTERINO. VERIFICAÇÃO DA CICATRIZ DA CESÁREA (SE FOR O CASO) OU DA EPISIOTOMIA. VERIFICAÇÃO DAS

CARACTERISTICAS DOS LÓQUIOS. PALPAÇÃO DA PANTURRILHA (TVP).

5.ESCREVER OS DADOS DO EXAME NA EVOLUÇÃO (PRONTUÁRIO).

Page 146: Emergencia Obstetrica

PUERPÉRIO

6.ORIENTAÇÕES:

RETORNO PARA REVISÃO PUERPERAL, TIPO DE DIETA, HIGIENE E CUIDADOS COM A CICATRIZ, ESFORÇO FISICO,

ATIVIDADE SEXUAL, CONTRACEPÇÃO.

7. PRESCRIÇÕES LIMITADAS ÀS QUEIXAS DA PACIENTE. ESCREVER COM LETRA LEGÍVEL. EVITAR AS PRESCRIÇÕES

“SE NECESSÁRIO”, POIS A ENFERMAGEM NÃO TEM AUTONOMIA MÉDICA PARA FAZER ESSA AVALIAÇÃO.

Page 147: Emergencia Obstetrica

PUERPÉRIO

O PUERPERIO PODE SER DIVIDIDO EM:IMEDIATO (1º AO 10º DIA)TARDIO (11º AO 45 º DIA)

REMOTO (46º AO 60 º DIA)1 . SÃO COMUNS OS SINTOMAS COMO TONTURAS AO

LEVANTAR-SE (HIPOTENSÃO), SUDORESE E SEDE (DESIDRATAÇÃO) E CÓLICAS NO HIPOGÁSTRIO

(CONTRAÇÕES UTERINAS), QUE SÃO MAIS INTENSAS QUANDO DA AMAMENTAÇÃO. O SANGRAMENTO

VAGINAL PÓS-PARTO (LOQUEAÇÃO) DEVE SER UM POUCO MAIS INTENSO QUE O DA MENSTRUAÇÃO

Page 148: Emergencia Obstetrica

PUERPÉRIO

2 . NA PRIMEIRA FASE DO PUERPÉRIO (ATÉ O 10º DIA), A

LOQUEAÇÃO É SANGUINOLENTA. NA SEGUNDA FASE

(11º AO 20º DIA) É SERO-SANGUINOLENTA E NA

TERCEIRA (DO 21º AO 30º DIA), A LOQUEÇÃO É

CARACTERISTICAMENTE SEROSA.

Page 149: Emergencia Obstetrica

PUERPÉRIO3 .SISTEMATIZAÇÃO DO EXAME

MUCOSAS, PALPAÇÃO DA TIREOIDE, INSPEÇÃO DAS MAMAS (ALTERAÇÕES FISIOLOGICAS COMO

PIGMENTAÇÃO, ARÉOLA SECUNDÁRIA, REDE DE HALLER E CORPUSCULOS DE MONTGOMERY)

PALPAÇÃO DAS MAMA (TEMPERATURA E CONSISTENCIA) E EXPRESSÃO MAMÁRIA (PRESENÇA

DO COLOSTRO). NA INSPEÇÃO DO ABDOME, A PRESENÇA DE ESTRIAS, A LINHA NEGRA, A ALTURA

UTERINA. (IMEDIATAMENTE APÓS O PARTO, ESTÁ ABAIXO DA CICATRIZ UMBELICAL, PELO MECANISMO

DE HEMOSTASIA: MIO-TAMPONAMENTO).

Page 150: Emergencia Obstetrica

PUERPÉRIO

3 .SISTEMATIZAÇÃO DO EXAMEAPÓS A PRIMEIRA HORA DO PÓS-PARTO, O FUNDO UTERINO

FICA À ALTURA DA CICATRIZ UMBELICAL (MECANISMO DE TROMBO-TAMPONAMENTO) E DEPOIS, VAI INVOLUINDO À

RAZÃO DE 1 cm POR DIA PELO MECANISMO DE CONTRAÇÃO UTERINA FIXA.

A CICATRIZ DE CESÁREA DEVE ESTAR SECA E LIMPA. SEM TEMPERATURA ELEVADA LOCALMENTE, SEM ÁREAS

AVERMELHADAS, NEM ENDURECIDA, SEM SECREÇÃO QUE SUJE O CURATIVO. O CURATIVO DEVE SER RETIRADO NO 1º

DIA PARA QUE A CICATRIZ FIQUE LIMPA E SECA.

Page 151: Emergencia Obstetrica

PUERPÉRIO

A CICATRIZ DA EPISIOTOMIA DEVE ESTAR SECA E

LIMPA. RECOMENDAR LAVAR TODAS AS VEZES

QUE EVACUAR OU URINAR. DEPOIS, PASSAR UM

POUCO DE POVIDINE, PARA AJUDAR NA

CICATRIZAÇÃO.

Page 152: Emergencia Obstetrica

PUERPÉRIO

RECOMENDAÇÕES:

1 . DIETA LIVRE COM REFORÇO A INGESTÃO DE PROTEINAS E LIQUIDOS;

2 . REPOUSO ABSOLUTO PELO MENOS NA PRIMEIRA SEMANA;

3 . AMAMENTAR O RN EM LIVRE DEMANDA COM UM MINIMO DE DUAS HORAS DE INTERVALO. LIMPAR O MAMILO ANTES (TIRAR O SUOR SALGADO) E DEPOIS

(RESIDUO DE LEITE JÁ PRÉ-DIGERIDO PELA SALIVA DO RN).

4 . BANHO DIÁRIO. LAVAR A CABEÇA. LAVAR OS GENITAIS APÓS EVACUAR A BEXIGA E O RETO;

Page 153: Emergencia Obstetrica

PUERPÉRIO

RECOMENDAÇÕES:

5 . RELAÇÕES SEXUAIS APÓS A TERCEIRA SEMANA. O IDEAL SERÁ APÓS A REVISÃO PUERPERAL

6 . REVISÃO PUERPERAL APÓS 30 DIAS. FAZER A MESMA SISTEMÁTICA DO EXAME PUERPERAL: DA CABEÇA AOS

PÉS.7 . CONTRACEPÇÃO. CAMISINHA POIS EVITA A

CONTAMINAÇÃO DO CANAL VAGINAL; PILULA DE PROGESTERONA (TOMADA CONTÍNUA). NOS 8 PRIMEIROS

DIAS DE USO DA PILULA DE PROGESTERONA, USAR OUTRO MÉTODO COMO A CAMISINHA.

Page 154: Emergencia Obstetrica

PUERPÉRIO

ALEITAMENTO MATERNO NÃO DÁ UMA BOA PROTEÇÃO CONTRACEPTIVA, MAS ESTUDOS

INDICAM RESULTADOS RAZOÁVEIS NOS 6 PRIMEIROS MESES. A FALHA É TANTO MAIOR QUANTO MAIS

TEMPO DO PARTO E REGIME DE AMAMENTAÇÃO. DIU PÓS-PARTO NÃO ESTÁ MAIS INDICADO E SIM NO

PÓS-ABORTO, POIS HÁ UMA ELEVADA TAXA DE EXPULSÃO. AS PILULAS COMUNS (ACHO) SOMENTE

APÓS O RETORNO AOS CICLOS REGULARES.

Page 155: Emergencia Obstetrica

PUERPÉRIOPUERPÉRIO PATOLOGICO

1 . O PRINCIPAL PROBLEMA DO PUERPÉRIO IMEDIATO (IV PERÍODO DO PARTO), QUE CORREPONDE A PRIMEIRA HORA APÓS O PARTO É A HEMORRAGIA. SÃO CAUSAS: RETENÇÃO

DE RESTOS PLACENTÁRIOS, LACERAÇÃO DO CANAL DO PARTO E ATONIA / HIPOTONIA UTERINA.

A ATONIA / HIPOTONIA UTERINA É CAUSADA POR: POLIDRAMNIO, FETOS GRANDES (GIG), GEMELIDADE, PARTO

RÁPIDO DEMAIS, PARTO MUITO LENTO, UTILIZAÇÃO DE OCITOCICOS NO TRABALHO DE PARTO, MANOBRAS

AUXILIARES DO PARTO COMO KRISTELLER, FÓRCEPS E TODA GESTAÇÃO QUE ENVOLVA AUMENTO EXCESSIVO DO VOLUME UTERINO, EXCESSIVA ATIVIDADE DO UTERO NO

TRABALHO DE PARTO OU MANOBRAS QUE COMPROMETAM SUA CONTRATILIDADE POSTERIOR AO PARTO

Page 156: Emergencia Obstetrica

PUERPÉRIOMASTITE PUERPERAL

A APOJADURA SE DÁ DO 3º AO 5º DIA. AUMENTO DE TEMPERATURA NESSE PERÍODO É NATURAL. NÃO É NATURAL, FEBRE NOS PRIMEIROS DIAS PÓS-PARTO.

EXISTEM GRADAÇÕES DOS PROBLEMAS DE MAMA NO PUERPÉRIO; A ., ENGURGITAMENTO MAMÁRIO COM

VERMELHIDÃO, HIPERTERMIA MAMÁRIA COM ÁREAS DE ENDURECIMENTO DIFUSO; B . MASTITE LOCALIZADA COM

ÁREA AVERMELHADA, ENDURECIMENTO LOCALIZADO, TEMPERATURA LOCAL E CORPORAL AUMENTADA,

COMPROMETIMENTO DA EJEÇÃO LÁCTEA. SE DRENAR É ABSCESSO MAMÁRIO; CV . ABSCESSO: TODAS AS

CARACTERISTICAS DA MASTITE ALÉM DE DRENAGEM EM U8M OU VÁRIOS ORIFICIOS

Page 157: Emergencia Obstetrica

PUERPÉRIO

TRATAMENTO:

NO ENGURGITAMENTO, USAR ANTINFLAMATÓRIOS, COMPRESSAS DE GELO, MASSAGEM E DRENAGEM

LÁCTEA; NA MASTITE, COMPRESSAS DE GELO, MASSAGEM, DRENAGEM LÁCTEA E ANTIBIOTICOS

(CEFALEXINA). NO ABSCESSO, OS MESMOS PROCEDIMENTOS E MAIS DEBRIDAÇÃO CIRURGICA

DOS ABSCESSOS COM A COLOCAÇÃO DE DRENO DE PENROSE QUE DEVE SER RETIRADO 24 HORAS

DEPOIS

Page 158: Emergencia Obstetrica

PUERPÉRIO

INFECÇÃO PUERPERAL

FEBRE, LOQUEÇÃO FÉTIDA, COMPROMETIMENTO DO ESTADO GERAL. DEPENDENDO DA GRADAÇÃO DO COMPROMETIMENTO

FISICO DA PACIENTE, USA-SE RETRATORES/CONTRATORES UTERINOS, ANTIBIOTICOS (DESDE CEFALEXINA ORAL ATÉ

CEFALOTINA EV E HIDRATAÇÃO, METRONIDAZOL EV, PENICILINA CRISTALINA (UM MILHÃO DE 4/4 HORAS NO SORO) E CLORANFENICOL ( UMA GRAMA NO SORO CADA 6 OU 8 HORAS). ASSEIO VAGINAL COM

SORO FISIOLÓGICO E POVIDINE E MAIS UM CREME DE SULFA (VAGISULFA) OU CLORANFENICOL (DEXACLOR) OU CLOSTEBOL

(TROFODERMIN) OU GENTAMICINA (GYNO-FIBRASE). PODE-SE FAZER EM CASOS GRAVES, CURETAGEM UTERINA PARA RETIRAR O FOCO

INFECCIOSO ENDOMETRIAL SOB ANTIBIOTICOTERAPIA PER-CURETAGEM.

Page 159: Emergencia Obstetrica

PUERPÉRIO

INCOMPATIBILIDADE RH

PACIENTE RH NEGATIVO COM PARCEIRO RH POSITIVO, GRÁVIDA, FAZER O COOMBS INDIRETO

NO PRÉ-NATAL. SE NEGATIVO, REPETIR NO ÚLTIMO TRIMESTRE, POIS PODE SER ALTERADO DE ACORDO COM A SENESCENCIA DA BARREIRA PLACENTÁRIA. AO NASCE4R, O RN, FAZER O COOMBS DIRETO. SE DER NEGATIVO COM FETO RH NEGATIVO, NÃO HÁ

NECESSIDADE DE FAZER A IMUNO-GLOBULINA ANTI RH.

Page 160: Emergencia Obstetrica

PUERPÉRIO

PACIENTE COM COOMBS INDIRETO NEGATIVO, COOMBS DIRETO (POS-PARTO) NEGATIVO, MAS

FETO RH POSITIVO, FAZER A IMUNO-GLOBULINA.

NOS CASOS DE COOMBS INDIRETO POSITIVO, FAZER A AMNIOCENTESE PARA DOSAR A

BILIRRUBINA NO LIQUIDO AMNICO. USAR A ESCALA DE LILEY QUE É PROGNÓSTICA, INFORMA QUANDO

REPETIR O EXAME DE ACORDO COM O NÍVEL DE BILIRRUBINA E ATÉ QUANDO ESPERAR A

EVOLUÇÃO DA GRAVIDEZ E QUANDO INTERROMPE-LA.

Page 161: Emergencia Obstetrica

PUERPÉRIO

O COOMBS DIRETO (POS PARTO) POSITIVO NÃO

INDICA O USO DA IMUNO-GLOBULINA, MAS

PLANEJAMENTO FAMILIAR, PARA EVITAR UMA

NOVA GRAVIDEZ, POIS SE O FETO FOR POSITIVO,

PODE HAVER ISO-IMUNIZAÇÃO FETO-MATERNA

COM HEMÓLISE E ATÉ OBITO FETAL.