Emergências em Odontologia

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  • 7/28/2019 Emergncias em Odontologia

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    Curso de Especializao em OrtodontiaCoordenao: Prof. Dr. Agenor Osrio

    EMERGNCIAS

    SARANDI2008

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    SUMRIO

    1. FUNO CARDACA ..................................................................................................................02

    2. FUNO RESPIRATRIA..........................................................................................................05

    3. EMERGNCIAS MDICAS EM ODONTOLOGIA.................................................................08

    3.1 LIPOTMIA...................................................................................................................................08

    3.2 HIPERVENTILAO...................................................................................................................09

    3.3 HIPOGLICEMIA...................................................................................................................................09

    3.4 HIPERGLICEMIA................................................................................................................................10

    3.5 CRISE CONVULSIVA.........................................................................................................................11

    3.6 CRISE ASMTICA.............................................................................................................................12

    3.7 CHOQUE .............................................................................................................................................12

    3.8 SNCOPE VASO-VAGAL..................................................................................................................14

    3.9 CRISE HIPERTENSIVA.....................................................................................................................14

    3.10 DOR PR-CORDIAL (ANGINA PECTORIS)..................................................................................15

    3.11 TAQUICARDIA PAROXSTICA (Corao de Soldado)..................................................................15

    3.12 PARADA CARDIO-RESPIRATRIA: RCP ( REANIMAO CARDIO-PULMONAR)............15

    3.13 MEDICAO EMERGENCIAL.......................................................................................................17

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    F.S.LOPES

    1. FUNO CARDACA

    O msculo cardaco um sinccio que apresenta fibras multinucleadas, com a massa deprotoplasma comunicando-se livremente com o protoplasma que recobre outros ncleos. O estmulode uma parte do corao provoca contrao em todas as partes a uma velocidade de 600 a 1200mm/seg.

    Lei do Tudo ou Nada: se o estmulo for forte o suficiente para provocar uma resposta doneurnio, esta resposta ser mxima. O corao obedece a esta lei, somente enquanto as condiesambientais forem constantes. Ph sanguneo, fadiga muscular, composio do sangue e temperatura

    podem modificar a resposta cardaca aos estmulos.

    Lei de Starling ou Lei do Corao: quanto maior o fluxo para o ventrculo, maior ser oestiramento da fibra muscular e maior ser a fora de contrao.

    Rendimento Cardaco

    a quantidade de sangue que um lado do corao expulsa em um minuto. a quantidade desangue expelido por um ventrculo em 1 minuto. ( 6 a 8 litros/min)

    RC = Ritmo Cardaco X Volume por Batimento

    O Ritmo cardaco inversamente proporcional ao volume por batimento. Se o ritmo cardacoaumentar, diminui o volume de sangue que ejetado. Isto verdadeiro somente quando o ritmoultrapassa a 140 batimentos por minuto.

    At 80 bpm o rendimento cardaco normalDe 80 a 140 bpm h tendncia de aumento do rendimento cardacoDe 140 a 160 bpm o rendimento cardaco permanece inalteradoAcima de 160 o volume por batimento baixa, o rendimento cardaco diminui e h possibilidade

    de perda de conscincia se atingir acima de 180 bpm.

    Situaes que alteram o ritmo cardaco

    a) Cardacas

    - Estenose da vlvula artica

    3

    a. aorta

    a.pulmonar

    v. pulmonar

    v. cava sup.

    v. cava inf.

    a. coronrias

    AD

    AE

    VD

    VE

    vlvulatricspide

    vlvula mitral

    vlvulaartica

    vlvulapulmonar

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    - Taquicardia paroxstica- Bloqueio Cardaco Completo- Insuficincia cardaca

    b) Extra-cardacas

    - Hipertireoidismo

    - Anemia- Hipertermia- Hipertenso

    Bulhas Cardacas

    So sons normais que ouvimos quando auscultamos o corao. Representam abertura efechamento das vlvulas cardacas na sstole e distole.

    1 BULHA:

    a) fechamento da vlvula tricspide (A-V) e sua vibrao;b) abertura das vlvulas articas e pulmonares;

    c) sada de sangue dos ventrculos (fase de ejeo rpida)d) choque do sangue na aorta e na artria pulmonar

    2 BULHA:a) queda da presso nos ventrculos

    b) fechamento da vlvula artica e pulmonar;c) vibrao da artria aorta e artria pulmonar;d) abertura das vlvulas A-V

    3 BULHA: um som fraco e abafado de difcil percepo que esporadicamente pode ocorrer quando hincoordenao nos batimentos dos dois ventrculos.

    Sopros Cardacos

    So sons que ocorrem devido ao aumento da velocidade do sangue produzindo turbilhonamentonas seguintes situaes:

    a) exerccios fsicos;b) anemia e tireotoxicose;c) estenose valvular

    1) estenose mitral/tricspide: sopro na distole2) estenose artica/pulmonar: sopro entre a 1 e 2 bulhas3) insuficincia da vlvula artica: sopro pr-sistlico

    Regulao da ao cardaca

    N Sinoatrial marcapasso cardaco ( 70 a 80 bpm)N trio-ventricular (60 a 70 bpm)

    Feixe de Hiss e Fibras de Purkinje (35 a 40 bpm)

    A regulao cardaca feita pelos seguintes mecanismos:4

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    a) Nervosos b) Qumicos (composio do sangue) c) Mecnicos

    a) Controle Nervoso

    Nervo vago ( parassimptico) - Acetilcolina (mediador qumico)

    Fibras aceleradoras ( simptico ) Adrenalina ( mediador qumico)Bulbo ( aes reflexas) - Crtex cerebral pensamento e dor

    - Hipotlamo temperatura- Pressoceptores - Seios articos e carotdicos

    Estimulao do Vago: Bradicardia, vasodilatao e hipotensoInibio do Vago: Taquicardia, vasoconstrio e hipertensoEstimulao de fibras aceleradoras: TaquicardiaInibio de fibras aceleradoras: Bradicardia

    Adrenalina no corao: Taquicardia

    Adrenalina Sistmica: (Aumento da Pa) Bradicardia reflexa

    b) Alteraes qumicas do sangue: Corpos articos e Carotdicos

    - Ph baixo: bradicardia CO2 elevado (at 60 mmHg): taquicardia O2 baixo: taquicardia

    - Eletrlitos: NaCl (0,9%) diminui a fora contrtil do miocrdio facilitando a distoleCaCl (0,025%) - aumenta a fora contrtil do miocrdio facilitando a sstoleKCl (0,03%) - associado ao Ca++ e Na++ tende a estimular a funo cardaca

    (Soluo de Ringer soluo ideal para a atividade cardaca)

    c) Controle mecnico- Reflexo de Bainbridge - o aumento da presso venosa provoca taquicardia.

    - Lei do corao de Starling o rendimento cardaco aumenta com o aumento da fibra domsculo Cardaco. Isto quer dizer que quando o ventrculo necessita impulsionar uma maiorquantidade de sangue h hipertrofia da fibra cardaca e o corao torna-se bradicrdico. Isto ocorre

    porque a taquicardia s aumenta o volume de sangue expulso at a freqncia atingir 140 bpm. Acimadisto, o rendimento cardaco tende a diminuir. Em conseqncia o ventrculo precisa hipertrofiar suasfibras, tornar-se bradicrdico para aumentar a sua fora de contrao.

    - Lei de Marey do Corao - o aumento da presso arterial provoca bradicardia.

    - Estimulao nasofarngea ( anestsicos, clorofrmio, entubao ou cirurgia) produz bradicardiapor reflexos vagais.

    - Manobras Vagais : ( produzem bradicardia ) indicadas em taquicardia paroxstica

    - Massagem dos seios carotdicos risco de bradicardia extrema com assistolia- Comprimir globos oculares - (III par craniano)- Comprimir testculos - (nervos sacrais)

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    - Provocar vmitos - (IX par craniano)- Engolir gelo picado - (IX par craniano)- Manobra de Valssalva

    Corao Direito

    A insuficincia do corao direito e Doenas Pulmonares Obstrutivas Crnicas (DPOC) provocamaumento da presso venosa e edema de extremidades.

    Corao Esquerdo

    A insuficincia do corao esquerdo e a presso arterial elevada tm como complicao o edemapulmonar.

    2. FUNO RESPIRATRIA

    Respirao: inalao de O2 e expirao de CO2 e H2O

    Inspirao: Presso interna menor que a presso atmosfrica

    Expirao: Presso interna maior que a presso atmosfrica.

    Tipos de respirao

    - RESPIRAO EXTERNA - mecanismos que contribuem para o transporte de O2 para ointerior da clula e sada de CO2.

    - RESPIRAO INTERNA - utilizao de O2 e formao de CO2 no interior da clula

    - ZONA DE CONDUO : nariz, faringe, laringe, traquia, brnquios.

    - ZONA RESPIRATRIA: Bronquolos ( ductos alveolares, sacos alveolares, alvolos)

    Fases da respirao: Ventilao, Difuso, Transporte e Respirao Celular

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    Zona de Conduo Zona Respiratria

    A hematose ( troca O2/CO2) ocorre nos alvolos pulmonares.

    Volume circulante: 500 cm3 Volume residual: 1500 cm3 Espao morto: 150 cm3 Volume expiratrio de reserva: 1000 cm3 Volume inspiratrio de reserva: 3000 cm3 Capacidade vital: 4500 cm3 Freqncia respiratria: 16 vezes por minuto Ventilao alveolar: Freq. Resp. X (Volume circulante Espao morto) 16 (500 cm3 150 cm3) = 5600 cm3 = 5,6 litros

    *** O ar ambiente tem cerca de 21% de oxignio. No pulmo h uma concentrao de 15% eapenas 5 % so aproveitados na hematose. O ar expirado tem 18% de oxignio.

    5.2 Msculos Respiratrios

    - Intercostais internos e externos ( inervados pelos n. espinhais)- Diafragma ( inervado pelo n. frnico)- Acessrios ( abdominais, escalenos, esternoclidomastoideos ) inervados pelos n.

    espinhais e torcicos.

    Movimentos inspiratrios

    Msculos

    intercostais

    Presso

    negativa

    PP PV

    PIP < PEP

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    Movimentos expiratrios

    Controle da respirao

    executado por mecanismos regulados pelo Centro Respiratrio (Bulbo), pelo controle qumico epelo controle nervoso.

    a) Centro Respiratrio ( bulbo)

    O bulbo constitudo por um centro inspiratrio e de um centro expiratrio. O centroinspiratrio predominante visto que se estimularmos todo o centro da respirao, o resultado sempreser a inspirao.

    Concentraes de CO2:

    < de 40 mm Hg - Depresso do centro respiratrio com possibilidade de parada respiratria (isto acontece no excesso de oxignio).

    De 40 a 60 mm Hg - Respirao normal

    > de 60 mm Hg - Estimulante da respirao (taquipnia)

    O aumento do CO2 acima de 60 mmHg provoca acidose por produo de H2CO3 ( cidocarbnico), o Ph sanguneo baixa e o resultado a taquipnia.

    Ph baixo: taquipnia O2 baixo: taquipnia CO2 alto: Taquipnia

    PIP > PEP

    2% CO2

    18% 02Msculos

    intercostais

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    SE RETIRARMOS O CO2 H PARADA RESPIRATRIA.

    3. EMERGNCIAS MDICAS EM ODONTOLOGIA

    INTRODUO

    Na prtica odontolgica comum nos depararmos com doentes portadores de patologias diversas:

    hipertensos, cardiopatas, diabticos, asmticos. Estes pacientes merecem atendimento especial e para tanto,necessitamos de conhecimentos que nos permitam avali-los corretamente e trat-los convenientemente.

    Cultura o principal elemento de diagnstico sem a qual nada poderemos realizar. A leitura de bonslivros sobre o assunto, facilitar o exerccio profissional neste aspecto.

    O melhor tratamento da emergncia mdica a preveno . A primeira regra conhecer opaciente atravs de uma anamnese orientadora. Todos os pacientes acima de 60 anos so considerados dealto risco.

    So descritos, a seguir, de maneira sucinta, as emergncias mdicas mais frequentemente

    encontradas no dia-a-dia, para as quais deveremos estar preparados, de modo que o atendimento do pacienteseja eficiente e seguro.

    3.1 LIPOTMIA

    a diminuio da tenso de Oxignio nos tecidos, ocasionada por stress: emocional, visual ouauditivo. Pode ocorrer antes, durante ou aps o atendimento.

    A tenso de oxignio em um determinado tecido depende: 1. Da concentrao deoxignio na corrente sangunea e; 2. Do fluxo sanguneo ao tecido.

    A diminuio da concentrao de O2 na corrente sangunea denominamos de HIPOXEMIA,enquanto que a diminuio da taxa de O2 nos tecidos denominamos de HIPXIA.

    apnia co2

    Pressointra-torcica

    Ciclo de Hering-Breuer

    apnia

    X

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    Os sintomas da lipotmia esto relacionados com o grau de hipxia cerebral. O crebro 90%aerbico. Qualquer diminuio da oxigenao cerebral desenvolver manifestao de hipxia:

    a) confuso mental;b) taquipnia;c) palidez cutnea;d) sudorese fria;

    e) escurecimento da vista;f) zumbido no ouvido;g) tonturas, agitao;h) hipotenso postural;i) taquisfigmia;

    j) pulso filiforme.O tratamento consiste em:

    a) tranqilizar o paciente;b) afrouxar roupas;c) posio de Trendeleburg;d) manter o ambiente arejado;e) estimular a respirao;f) oxigenoterapia (se necessrio).

    Oxignio droga e como tal no deve ser utilizado aleatoriamente.. Deveremos considerar apossibilidade de fogo, ressecamento de via area e intoxicao. Em paciente com respirao espontnea ooxignio deve ser administrado em mscara a 5 litros/min. Isto eleva a concentrao de O2 no sangue em40%.

    3.2 HIPERVENTILAO

    Manifestao caracterizada por aumento da amplitude e freqncia respiratrias , ocasionando umaintoxicao por oxignio e tem as seguintes causas: psicognica (+comum), febre, tireotoxicose, deliriumtremens, infeces por gram-negativos e respiradores mecnicos. A causa bsica o medo e a ansiedade.

    Os sintomas so: irritabilidade, tonturas, parestesias em membros e perioral, tetanias (espasmo e

    rigidez das mos), escurecimento da vista, dor pr-cordial, respirao rpida e profunda, confuso mental edesmaios em alguns casos.

    3.2.1 Conduta

    Sentar o paciente, tranquiliz-lo, respirar pausadamente, saco de papel sobre a boca e nariz paraforar o paciente respirar o mesmo ar, administrar oxignio associado a 5% de CO2.

    3.3 HIPOGLICEMIA

    Hipoglicemia a diminuio da taxa de glicose circulante e deve ser diferenciada da lipotmia poisapresenta sintomas semelhantes. Tem como causas bsicas:

    a) Excesso de insulina;b) Supresso da Alimentao;

    c) Exerccio fsico prolongado.

    A glicose a nica reserva de energia que o crebro dispe para realizar seu metabolismo. Emconseqncia, a sua diminuio acarretar os seguintes sintomas:

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    a) palidez cutnea;b) sudorese fria;c) escurecimento da vista;d) tonturas e fraquezas;e) nuseas e tremores;f) apatia e irritabilidade;

    g) hipotenso postural;h) fome e convulses.

    Embora se assemelhe a lipotmia, algumas diferenas bsicas existem:

    a) a lipotmia de evoluo lenta;b) fraqueza e tremores no ocorrem na lipotmia;c) paciente hipoglicemico no recupera com oxigenoterapia;d) no ocorrem nuseas e vmitos na lipotmia;e) as manifestaes de hipxia esto ausentes.

    3.3.1 Preveno

    Orientao ao paciente.

    3.3.2 TratamentoDeve-se considerar no tratamento a gravidade do caso:

    a) casos leves: (paciente consciente, lcido)- 15 g de carboidratos; repetir aps 15 minutos

    b) casos moderados: (paciente com alterao do estado mental, letargia)

    - 15 g de carboidratos, repetir aps q5 minutos.- Caso no melhore, fazer glicose EV 25% ( 10 ml) ou gaze embebida em glicose, sub-lingual

    b) casos graves: (paciente inconsciente)- Manobras de suporte bsico de vida- glicose E.V. a 25% (10 ml) ou gaze embebida em glicose, sub-lingual

    3.3.3 COMPLICAES

    a) leses irreversveis a nvel cerebral e retina;

    b) morte.

    3.4 HIPERGLICEMIA

    considerado diabtico o paciente que apresenta taxas de glicose acima de 140 mg%/plasma emjejum. Para a prtica odontolgica, importante sabermos que a glicose aumentada interfere nofuncionamento dos fibroblastos e leuccitos. Em consequncia ocorre uma deficincia de cicatrizao e

    propenso infeco por estafilococos e gram-negativos.

    Todo paciente diabtico deve passar por exame mdico pr-operatrio.

    O mdico deve orientar o Cirurgio-Dentista sobre o estado geral do paciente e suas condies paraintervenes odontolgicas.

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    O paciente diabtico suporta taxas elevadas de glicose, mas no suporta as taxas diminudas. Oimportante fazer-mos com que o nosso paciente diabtico no desenvolva quadro de hipoglicemiadurante ou aps o tratamento odontolgico. Alguns fatores precipitam a hipoglicemia, que perigosa

    para o paciente diabtico:

    a) infeco;b) medicamentos;

    c) cirurgias;d) tratamentos prolongados.

    3.4.1 Conduta:

    A conduta a ser adotada em pacientes diabticos deve seguir as seguintes recomendaes:a) no usar anestsico com vasoconstritor adrenrgico;

    b) evitar tratamento prolongado;c) tranqilizar o paciente;d) evitar dor;e) atender somente o paciente compensado;f) usar antibitico profiltico.

    3.5 CRISE CONVULSIVA

    um distrbio neuronal que provoca convulses focais ( tipo pequeno mal) ou generalizados ( tipogrande mal).

    3.5.1 Causas

    As principais causas da crise convulsiva so:

    a) idiopticas (65%) dos casos;

    b) trauma;c) hipoglicemia;d) hipocalcemia;e) hipertermia;f) abstinncia alcolica;g) tumores;h) AVC.

    3.5.2 Sintomas

    3.5.2.1 Pequeno Mal:

    a) contraes involuntrias em s msculo ou grupo de msculos;b) distrbios visuais;c) breve perda da faculdade cognitiva.

    3.5.2.2 Grande Mal:

    a) incio sbito;b) convulses gerenalizadas;c) mordedura da lingua;d) confuso mental;

    e) relaxamento de esfncteres;f) amnsia aps a crise.

    3.5.3 Fatores Precipitantes

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    Recomenda-se evitar os fatores que podem precipitar uma crise convulsiva:a) lcool;

    b) estmulos luminosos;c) stress.

    3.5.4 Conduta

    Uma vez iniciada uma crise convulsiva, deve-se tomar as seguintes medidas:

    a) proteger o paciente, no tentar segur-lo;b) observar a evoluo da crise;c) medicao anticonvulsivante ou diurtica se necessrio;d) no usar anestsico com vasoconstritor.

    3.6 CRISE ASMTICA

    Dificuldade respiratria ocasionada por surto de bronco-espasmo, edema da mucosa brnquica eaumento das secrees.

    3.6.1 Sintomas

    Os seguintes sintomas podem ser precipitados pelo atendimento odontolgico (emoo e anestsico):

    a) dispnia sibilante ( principal);b) tosse seca ou produtiva, retrao intercostal;c) frequncia respiratria acima de 30 inspiraes por minuto;d) frequncia cardaca acima de 120 batimentos por minuto;e) dificuldade para falar ou menter-se deitado;f) cianose.

    3.6.2 Tratamento

    - Spray (salbutamol) - inalao- Adrenalina 1:1000 SC 0,5 ml

    3.6.3 Preveno:

    a) anamnese;

    b) usar anestsico sem vasoconstritor em pacientes que fazem uso de corticides.c) minimizar o stress;d) atendimento curto.

    3.7 CHOQUE

    M perfuso tecidual acarretando manifestaes sistmicas importantes, circulatrias e respiratrias.O que caracteriza o choque o quadro de hipotenso. Deve-se diferenciar choque anafiltico de

    reao anafilactide.

    Anafilaxia: reao de hipersensibilidade com produo de imunoglobulina especfica.Reao anafilactide: sinais de anafilaxia sem produo de IgE. Refere-se a sinais e sintomasrelacionados com a liberao de histamina.

    Choque anafiltico uma anafilaxia com hipotenso.

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    3.7.1 Tipos

    O que difere uma modalidade de choque de outra a velocidade em que os sintomas se desenvolveme a causa bsica da ocorrncia:

    a) hipovolmico (perda de plasma ou sangue);

    b) neurognico (anestsicos e depressores do SNC);c) endotxico (infeco bacteriana);d) cardiognico ( infarto do miocrdio e trauma torcico);e) anafiltico (alrgico).

    3.7.2 Choque Anafiltico

    Insuficincia circulatria que ocorre em 1 min a 1 hora aps a exposio do antgeno.

    3.7.2.1 Sintomas

    Na anafilaxia, o paciente pode passar rapidamente de uma sensao de calor para um quadro deinsuficincia respiratria . Ateno para os seguintes sinais e sintomas:

    a) sensao de calor;b) vasodilatao perifrica;c) agitao;d) tosse espasmdica (bronco-espasmo);e) prurido;f) edema larngeo (aperto na garganta);g) sudorese e palidez;h) perda dos sentidos;i) convulses;

    j) relaxamento dos esfncteres;l) nusea e vmitos;m) dor pr-cordial;n) hipotenso.

    3.7.2.3 Preveno

    Anamnese bem dirigida e no administrar drogas que o paciente relate alergia.

    3.7.2.4 Tratamento Imediato

    Suspenso do agente causal e medidas de combate aos sintomas, com reposio da volemia. Oprofissional deve ficar atento para o desenvolvimento das fases descritas abaixo, sabendo que as fasespodem no seguir necessariamente a mesma ordem descrita:

    a) 1. fase - prurido e erupes (mculas):- antihistamnicos (fenergan, prometazina).

    b) 2 fase - bronco-espasmo e laringo-espasmo (possibilidade de morte por asfixia):- adrenalina 1:1000 0,3 a 0,5 ml SC lentamente, repetir de l5 em l5 min se necessrio;- oxignio 5 litros/ min- anti-histamnico (fenergan, prometazina)_

    - hospitalizao.

    c) 3. Fase - insuficincia respiratria grave:- intubao

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    - SF 0,9% (expanso volumtrica);- adrenalina 1:1000 0,3 a 0,5 ml SC lentamente, repetir de 15 em 15 min se necessrio;- reanimao cardio-pulmonar;- anti-histamnico (fenergan, prometazina)- hospitalizao.

    3.8 SNCOPE VASO-VAGAL

    uma m perfuso cerebral ocasionando perda de conscincia, hipotenso e bradicardia, comsudorese, palidez cutnea. Normalmente ocasionada por medo e ansiedade.

    Conduta a ser seguida em casos de hipotenso grave:

    a) colocar o paciente confortavelmente;b) verificar se h respirao espontnea: abrir via area, fazendo extenso do pescoo

    e instituir oxignio 5 litros/min;c) verificar pulso, freqncia respiratria e cardaca;d) medir presso arterial.

    A hipotenso e bradicardia caracterizam a sncope vaso-vagal.

    Mesmo tendo o paciente se recuperado da situao, convm encaminh-lo para consulta em centroespecializado.

    3.9 CRISE HIPERTENSIVA

    A presso arterial de um adulto acima de 18 anos deve variar at 135 x 85 mmHg. Acima de 140 x90 considerada hipertenso. Sendo considerada crise hipertensiva presses acima de 210. Esta situaoexige tratamento imediato com a seguinte conduta:

    a) medir presso arterial para confirmar o diagnstico e realizar um vaso-dilatadorcoronariano e anti-hipertensivo ( captopril - CAPOTEN 25 mg sublingual);

    b) repetir aps 15 minutos, se necessrio;c) posicionar o paciente confortavelmente;d) tranqilizar se for o caso;e) no encaminhar para casa se ainda hipertenso.

    Utilizar o esquema abaixo ao atender o paciente hipertenso:

    90 104 130

    D____________________________________________________________________________

    INTERVIR CAUTELA CAUTELA MEDICAOS ___________________________________________________________________________

    120 140 160

    3.10 DOR PR-CORDIAL (ANGINA PECTORIS)

    Dor no peito com durao de 1 a 3 minutos. Dor acima de 30 minutos indica Infarto Agudo doMiocrdio (IAM). uma dor ocasionada por obstruo coronariana ocasionando isquemia temporria domiocrdio e os seguintes sintomas:

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    a) dor no peito irradiando para a hemimandibula;b) formigamento de membros;c) dor em hemitrax;d) dor em membro superior esquerdo;e) dificuldade respiratria.

    Conduta a ser adotada:

    a) medir a PA;b) se presso sistlica acima de 90 mm hg, fazer isordil 5 mg sublingual;c) repetir aps 15 minutos se necessrio;d) se houver dificuldade respiratria fazer oxignio 5 litros/min;e) monitorar a presso arterial.

    Se a situao persistir aps 30 minutos, fazer a preveno do Infarto Agudo do Miocrdio:Administrar 200 mg de AAS (via oral mastigados) e encaminhar o paciente em UTI mvel para um centroespecializado.

    3.11 TAQUICARDIA PAROXSTICA (Corao de Soldado)

    3.11.1 Sintomas:

    a) ansiedade;b) pulso acima de 200 b.p.mc) nusea;d) vmito;e) inquietao;f) fraqueza e desmaio.

    3.11.2 Causas

    Psicoses, tireotoxicoses, hipoglicemia, febre, exerccio fsico, cardiopatias, medicamentos.

    3.11.3 Conduta

    a) tranqilizar o paciente;b) sedao se for o caso;c) manobras vaso-vagais:

    - provocar vmitos;- provocar tosse;

    - engolir gelo picado;- comprimir as cartidas.

    d) encaminhar ao mdico caso no melhore.

    3.12 PARADA CARDIO-RESPIRATRIA: RCP ( REANIMAO CARDIO-PULMONAR)

    3.12.1 Definio

    Conjunto de manobras que visam reverter o caracterizado por apnia (ausncia de respirao) eausncia de quadro pulsos.

    3.12.2 Como identificar a parada cardio-respiratria

    Na abordagem do paciente deve-se observar os seguintes itens:

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    a) estado de conscincia do paciente ( tocando, provocando estmulos dolorosos);b) ausncia de pulsos perifricos (jugular, carotdeo e femural);c) ausncia de movimentos respiratrios (ver, ouvir e sentir).

    3.12.3 Quando iniciar a RCP

    A Reanimao Cardio-pulmonar (RCP) deve ser iniciada por quem diagnostica a parada, no

    podendo ser protelada. Deve-se iniciar a reanimao enquanto se aquarda atendimento especializado.Chamar por ajuda e iniciar a desfibrilao fundamental para salvar a vida do paciente, visto que somente2% das RCP apresentam sucesso sem desfibrilador.

    3.12.4 Como iniciar a RCP

    Procurar manter a vtima em uma superfcie firme com a cabea mais baixa que os ps e, sepossvel, solicitar auxlio enquanto inicia a RCP.

    3.12.5 Objetivos a serem cumpridos

    A reanimao cardio-pulmonar bsica tem o objetivo de impedir a parada cardiorrespiratria eprolongar o estgio de fibrilao at 8 minutos adotando as seguintes medidas:

    a) manter uma via area livre para a passagem de ar;b) manter a circulao do sangue;c) manter uma veia, a mais calibrosa possvel, para administrao de

    medicamentos. (veia subclvia)

    3.12.6 Manobras

    Devemos observar quatro aspectos na reanimao cardio- pulmonar: abertura da via area,

    ventilao artificial, circulao artificial e manuteno de via venosa (ABC)

    3.12.6.1 Via Area Livre (A)

    Manobra destinada a liberar a via area, removendo qualquer tipo de objeto que possa ocasionar umadificuldade na ventilao:

    a) inclinar a cabea para trs;b) abrir a boca tracionando o mento;c) retirar prteses soltas e que estejam atrapalhando os procedimentos;d) aspirar secrees;

    3.12.6.2 Ventilao Artificial (B)

    Toda reanimao cardio-pulmonar deve ser iniciada por duas insuflaes, atravs de equipamentosou boca-boca: (ver, ouvir e sentir durante 10 seg.)

    a) Com o que Ventilar:- boca-boca;- AMBU;- cnula traqueal.

    b) Como Ventilar:- iniciar com 2 ventilaes de 1 a 1,5 seg cada;

    3.12.6.3 Circulao Artificial - (Compresso Torcica Externa) (C)

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    Aps as 2 insuflaes iniciais, palpar o pulso por 10 segundos. Iniciar RCP se necessrio. Acompresso torcica externa visa manter artificialmente a circulao cerebral e pode ser realizada por um oudois reanimadores:

    a) onde comprimir: Palma da mo sobre a metade inferior do esterno (linha intermamilar)b) que tipo de compresso: 80 a 100 compresses por minuto;

    c) como comprimir ( 3 a 5 cm) :- 30 compresses para 2 ventilaes se estiver sozinho ou acompanhado num tempo de 2minutos. Aps 2 minutos avalie o pulso.

    - Continue at chegar o resgate.

    3.12.7 Quando parar a RCP

    Exausto, chegada do resgate, deciso mdica.

    3.13 MEDICAO EMERGENCIAL

    3.13.1 LIPOTMIA

    OXIGNIO em mscara: 5 a 6 litros/min com cautela para no deprimir o centro respiratrio.

    3.13.2 HIPOGLICEMIA

    a) Reaes Leves: 15 Gramas de carbohidratos( 01 copo de leite integral, garrafa de refrigerante)

    b) Reaes Moderadas: 15 g de carbohidrato e Glicose hipertnica (25%) 10 ml. EVc) Reaes Graves: Glicose Hipertnica 10 ml. EV (25%)

    3.13.3 CRISE CONVULSIVA

    Oxignio na fase de relaxamento

    3.13.4 CRISE ASMTICA

    a) Reaes Leves: Broncodilatador em spray (salbutamol)Oxignio 5 litros/min

    b) Reaes Graves: Broncodilatador em spray (salbutamol)Oxignio 5 litros/ minAdrenalina 1:1000 0,5 ml SC

    3.13.5. CHOQUE ANAFILTICO

    b) adrenalina 1:1000 0,5 ml SC (repetir a cada 15 min se necessrio)c) oxignio sob presso;d) hidrocortizona (Diprospan) inj EV 500 mg - no tem ao imediata (ou IM)e) fenergan - 1 amp. IM

    3.13.6 HIPERTENSO ARTERIAL

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    a) captopril (Capoten) 25 mg sublingual. Se a causa for a hipertensob) Beta-bloqueador seletivo: Atenolol 25 mg se a causa for taquicardia.

    3.13.7 HIPOTENSO ARTERIAL

    a) Efortil 5 mg VO ou 7,5 mg IM se o paciente estiver taquicrdicob) Acionar o resgate se o paciente estiver bradicrdico

    3.13.8 MATERIAL NECESSRIO

    Ambu - Cnula de Guedel - Oxignio - Agulhas calibrosas - Equipo para soro -Nebulizador - Estetoscpio - Esfigmomanmetro - Seringas Luer - Seringa de insulinaGlicosmetro Oxmetro - Garrote