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Ano IX - Edição Nº 139 Março de 2011 EmfocoN139_Standard_CadernoA.pmd 18/10/2011, 15:24 1

EmfocoN139 Standard CadernoA - site.ucdb.br · Lauro Takaki Shinohara Reitor: Pe. José Marinoni Pró-reitoria de Ensino e Desenvolvimento: Conceição Aparecida Butera ... que faz

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EditorialMundão Universitário

Em Foco – Jornal laboratório do curso de Jornalismo da Universida-de Católica Dom Bosco (UCDB)

Ano IX - nº 139 – março de 2011 - Tiragem 3.000

Obs.: As matérias publicadas neste veículo de comunicação nãorepresentam o pensamento da Instituição e são de responsabilida-de de seus autores.

Chanceler: Pe. Lauro Takaki ShinoharaReitor: Pe. José MarinoniPró-reitoria de Ensino e Desenvolvimento: Conceição AparecidaButeraPró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação: Hemerson PistoriPró-reitoria Extensão e Assuntos Comunitários: Luciane Pinho deAlmeidaPró-reitoria de Pastoral: Pe. Pedro Pereira BorgesPró-reitoria de Administração: Ir. Altair Gonçalo Martins da Silva

Coordenador do curso de Jornalismo: Oswaldo Ribeiro

Jornalistas responsáveis: Cristina Ramos DRT-MS 158 e Jacir

Zanatta DRT- MS 108

Revisão: Acadêmicos do 5º semestre

Edição: Cristina Ramos

Professoras disciplina Jornal Impresso I: Cristina Ramos eMaria Helena Benites

Repórteres: Aliny Mary Dias, Ben-Hur Oliveira, Felipe Bastos,Gabriel Gomes, Guilherme Fornari, Jéssica Galvão, Jr. Cordei-ros, Júlia Aguiar, Karla Machado, Laiane Paixão, LaysColombelli, Leandro Abreu, Lismabel Gimenes, Luane Mo-rais, Luis Cruz, Maria Izabel Costa, Marithê Lopes, MayaraBueno, Paula Gomes, Rafael Monge, Rafael Nantes, TarineZottino, Thaiany Regina da Silva e Waleska Corrêa.

Projeto Gráfico e tratamento de imagens: Designer - Maria HelenaBenites

Diagramação: Maria Helena Benites

Capa: Agência + Comunicação (Publicidade e Propaganda/UCDB)

Impressão: Jornal A Crítica

Em Foco - Av. Tamandaré, 6000 B. Jardim Seminário, Campo Grande– MS. Cep: 79117900 – Caixa Postal: 100 - Tel:(067) 3312-3735

Em Foco On-line:www.jornalemfoco.com.br

Home Page universidade:www.ucdb.br

E-mail:[email protected]@yahoo.com.br

A matéria primaque faz o “ser univer-sitário” é tão comple-xa que não pode serexpressa por comple-

to nas páginas de um jornal.Mas nossos acadêmicos dejornalismo recortaram umpedaço da realidade que cer-ca os universitários campo-

Taryne Zottino

Calouro. Esta pa-lavra de sete letrasfoi seu objetivo portrês anos inteiros demuito estudo, co-branças e obstina-ção. Perseguiu e de-sejou essa palavrapor tanto tempo quesó agora se deu con-ta do que ela real-mente significou:seu primeiro ano nafaculdade dos seussonhos. Uau! Inter-jeições não são su-ficientes para ex-pressar as imagensque tomam conta dasua cabeça.

O primeiro diade aula na faculda-de. O dia maisaguardado e, aomesmo tempo, omais temido. Milha-res de perguntas in-vadem sua mente,você tem medo denão se adaptar, denão fazer amigos, deninguém ir com asua cara. A sensaçãoteima em permane-cer por algum tem-po, porém, quandomenos se espera,some por completo.

Percebe-se quetodos ali estão nomesmo barco: sem-pre tem o tímidoque se embanana naapresentação, o quechega fazendo soci-al nas rodinhas de-sesperado pra seenturmar, aquelemeio desconfiadoque só observa delonge e uns tantosperdidos que nãofazem ideia de comoforam parar ali. Ca-louro se esquece deque todos naquelaclasse também sãocalouros: assusta-dos, ansiosos e lou-cos pra saber como

Vida

Universitária:

quando sonhar

vale a pena

crônica

aquele sonho maluco vaiterminar.

Você ainda guarda namemória as risadas daque-la veterana a quem inda-gou inocentemente: “Vemcá, quando bate o sinal” ?Ou das risadas dos seuspróprios colegas de salaquando se distraiu e per-guntou ao professor sepoderia ir beber água! Ouno dia do trote, com a caratoda marcada de tinta ecom o futuro - o nome doseu curso - estampado natesta.

Mas a maior mudançafoi vir de uma cidade ondeconhecia todos pelo nomee chegar à cidade grande.Largar a comidinha quen-te da mãe, aquela mesacheia na hora do almoço,morar apenas com seuspensamentos, livros e a te-levisão sempre ligada pranão se sentir tão só. Podeparecer um bicho de setecabeças, mas é só a inde-pendência batendo maiscedo na porta. E depois decada aula, algumas decep-ções, ilusões perdidas emuitas possibilidades no-vas, muitos caminhos quese abrem.

Conseguir assento noônibus lotado, não saircom o sorriso torto na car-teirinha, chegar a tempo denão levar falta, conseguiralmoçar antes do estágio:pequenas vitórias no dia.Vitórias que fazem partedo processo para uma vi-tória maior: um papelonde não está apenas o seunome escrito, como pen-sam alguns, mas que é arepresentação de como acaminhada não foi fácil.Foram imensas as dificul-dades, milhares de pesso-as dizendo que não valia apena, olhares tortos parasuas escolhas, instantesem que desistir parecia sera única resposta. Mas não,não desistiu, você conse-guiu. E viveria todo aque-le sonho maluco outra vez.

grandenses. Recorte esseque os acadêmicos-repórte-res mostram em formato detextos jornalísticos nestaedição extra do jornal-labo-ratório Em Foco que meucaro leitor tem às mãos.

Um exercício jornalísticoespecial para nossos estu-dantes que precisaram mirarsuas perguntas para si mes-mos. Afinal, eles tambémsão integrantes, viventes,

dessa vida universitária. Lição em vários quesi-

tos, um deles o da mitoló-gica “objetividade jornalís-tica”. Como falar de si pró-prio sem ser parcial? Difí-cil. As respostas para osquestionamentos dos nos-sos jovens estudantes, ca-louros em sua primeira re-portagem jornalística esta-vam entranhadas, significa-vam sofrimentos, lamúrias,

desejos, falhas próprias.Uma auto-reflexão. Uma auto-juda.

Você leitor que já é, já foi,pretende ser ou tem um uni-versitário em casa vai enten-der um pouco mais do uni-verso destes milhares de jo-vens que saem de casa todosos dias e vão para as Insti-tuições Universitárias quefornecem Ensino Superior naCapital de Mato Grosso do

Sul.Detalhes de uma vida que

engloba, segundo o últimoCenso da Educação Superi-or realizado pelo Ministé-rio da Educação, cerca de 7milhões de Universitários,se preparando em mais de28 mil cursos de graduaçãoespalhados por 2.314 IES dopaís. Como se vê é ummundão Universitário.

Boa leitura!

Violência disfarçada

em brincadeiras

Artigo

Mesmo no ambiente adulto da universidade o bullying ainda existe

Karla MachadoRafael Nantes

As diversas mudançasna sociedade atual provoca-ram uma nova onda de vio-lência contra as pessoas.São os ataques físicos oupsicológicos denominadosbullying. Os agressores agemcomo se fosse uma brinca-deira e a vítima acaba porpensar que tudo que acon-tece é culpa dela. Dentreessas opressões aparecemtambém apelidos, todos ostipos de abusos, violênciasfísicas ou verbais, intimida-ções, piadinhas, xingamen-tos, furtos, discriminações,ameaças, assédios, chanta-gens e todos os tipos deridicularização.

O bullying cresce a pas-sos tão largos que atingiu oscorredores de centenas deuniversidades de todo opaís, logo onde as pessoasdeveriam ter condutas e for-mas de pensamentos dife-rentes para lidar com pes-soas e situações opostas.

A forma mais comum depraticarem bullyng no En-sino Superior é por meiodos trotes universitários emque o cidadão é exposto asituações ridículas chegan-do até ser torturado fisica-mente. Isso pode provocartraumas nos calouros e adesistência do curso fazen-do com que o mesmo se tor-ne um cidadão frustrado.

Os autores das agressõesgeralmente são pessoas quetêm pouca empatia, perten-centes à famílias desestru-turadas, em que o relacio-namento afetivo entre seusmembros tende a ser escas-so ou precário. Por outrolado, o alvo dos agressoresgeralmente são pessoas pou-co sociáveis, com baixa ca-pacidade de reação ou de fa-

zer cessar os atos prejudici-ais contra si e possuem fortesentimento de insegurança, oque os impede de solicitarajuda.

Para superar esse proble-ma é preciso que todos osenvolvidos com a educaçãose conscientizem sobre agravidade do bullying e ela-borem planos de ações a se-rem desenvolvidos no ambi-

ente escolar e na sociedade.Ações que despertem alu-nos de todos os níveis deescolaridade para respeito,amor, companheirismo, éti-ca, compreensão, amizade,valores humanos, harmo-nia, sabedoria, dignidade etantas outras virtudes quedevem ser levadas diaria-mente às diversas institui-ções educacionais.

Tr a u m a t i z a n t e - Jovens universitários mais tímidos são alvos fáceis para os autores das agressões

Guilherme FornariFelipe Bastos

É em uma escola simplesda periferia de Campo Gran-de que o jovem CarlosEduardo Silva Galhardo, de16 anos, estuda. Ele acabade começar a cursar o 3º anodo ensino médio e já se vêdiante de uma situação inu-sitada para os jovens de suaidade. Com uma pontuaçãoaltíssima no Enem Carlospoderá cursar um dos cur-sos mais concorridos entre

os jovens: Medicina.Desde os 12 anos Carlos

se interessa e muito por lei-tura e tem o sonho de sermédico. Ele afirma sempreter sido o número um den-tro da sala de aula, fruto dehoras e horas de estudosdiários. Carlos conta quedevido há tantas horas deestudo acabou perdendo umpouco de sua vida social, ede sua adolescência. Mesmocom fiéis amigos dentro dasescolas que passou, contatambém que foi vítima de

buylling: “Nunca me deixa-ram em paz na escola. Eu re-cebia vários apelidos, masisso jamais me tirou o focodos estudos. Eu sempre sou-be o que queria da vida. Ecomo pode ver, não tenho doque me arrepender”, ressalta.

Dona Margareth Silva, mãede Carlos, também nos contatodas as dificuldades encon-tradas nesse caminho. Mantero filho na escola, criá-lo sozi-nha e não ter um boa condi-ção financeira sempre foramobstáculos, mas nunca insu-

Gênio do Enem venceu o bullyingperáveis. “Ele é um meninode ouro, e tudo que faço porele vale a pena, ele merece,sou a mãe mais orgulhosa domundo”, comemora.

Hoje, Carlos continuacursando o terceiro ano eaguarda uma decisão judici-al, que irá permitir o térmi-no dos estudos na escola eo início prematuro do cursode medicina na Universida-de Federal da Grande Dou-rados. Não é um final feliz,e sim um começo promissorpara esta família.

Foto: Arquivo

Foto: www.lnb.blog.br

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Aliny Mary DiasMarithê Lopes

Em qualquer fase da vidaa leitura é recomendada, po-rém quando se está em umauniversidade cursando umagraduação essa prática setorna essencial. Em algunscursos superiores como Di-reito, Filosofia e Psicologiao ato de ler torna-se rotinaobrigatória para os acadêmi-cos. Além de auxiliar na for-mação do profissional o há-bito da leitura pode serprazeroso. Os benefíciospara a mente são vários, co-meçando pela expansão dovocabulário até a oportuni-dade de conhecer novos as-suntos.

As bibliotecas universi-

Te m p l o s d o S a b e r - Buscar a aprimoração do conhecimento apreendido na sala de aula, por meio dos livros disponíveis nas bibliotecas universitárias, é uma ação inteligente dos estudantes

Bibliotecas

Os livros estão lá:esperando

As principais Universidades de CG reúnem acervo com cerca de 400 mil obras

por vocêtárias de Campo Grande quepossuem maior número deexemplares em seus acervossão: Biblioteca Central loca-lizada na Universidade Fe-deral de Mato Grosso do Sul,Ivone Coelho de Souza situ-ada na Anhanguera-Uniderpe a biblioteca Pe. Fél ixZavattaro, localizada na Uni-versidade Católica DomBosco (UCDB). Juntas elassomam cerca de 400 milexemplares divididos emoito áreas do conhecimento.

Segundo a bibliotecáriaresponsável pela BibliotecaCentral da UFMS, Lucia Re-gina Vianna Oliveira, a leitu-ra na vida acadêmica é essen-cial. “O acadêmico que usu-frui da leitura na universida-de pode se destacar por pos-

suir referencial bibliográficoenriquecido”, informa.

Quando o acadêmico che-ga à universidade não pos-sui a noção da importânciado uso da biblioteca comobase referencial.

Luiz Henrique Resende eKadimoel Dutra são acadêmi-cos do 1º semestre de Direi-to da UCDB e fizeram na se-gunda semana de fevereirosua primeira visita à Biblio-teca Pe. Félix Zavattaro. Elesse impressionaram com aquantidade de exemplares ea estrutura física do local, eaguardam a indicação de li-vros por parte dos professo-res para começarem a usu-fruir do acervo.

Por meio dos livros os aca-dêmicos aprendem de forma

mais organizada a sistemati-zar as informações e os co-nhecimentos direcionados àsua área de graduação.

O novo modo de pensarfaz com que o olhar sobre osfatos tenha um espírito crí-tico à realidade. Assim acon-teceu com Carlos AlbertoPorto, acadêmico do 7º se-mestre de Direito da UCDB.Ele relata que em 2008,quando ingressou na uni-versidade, não dava tantaimportância à leitura comoagora. “Ler é um ato essen-cial na vida de um futuroprofissional”, afirma o estu-dante de 38 anos.

H i s t ó r i aTer acesso ao conheci-

mento e poder usufruir dele

são duas grandes caracterís-ticas do espaço chamado bi-blioteca. Desde seu surgi-mento, nos anos 3.000 a.C.,as bibliotecas tinham porobjetivo apenas preservar oslivros, porém no século XIX,com o aumento das univer-sidades, a função das bibli-otecas mudou e elas passa-

E s s e n c i a l - Carlos Porto é usuário assíduo da biblioteca

ram a ser compartilha-doras do conhecimen-to. Com o desenvolvi-mento da tecnologia asbibliotecas começarama informatizar seus sis-temas e isso trouxemais agilidade e mai-or controle do acervode livros.

Foto: Jr. Cordeiros

Foto: Marithê Lopes

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IA04 Lismabel Gimenes

Luane Morais

Falta de vagas paraos carros, estaciona-mentos com preçosabusivos e as intempé-ries do tempo e trân-sito. Esses são algunsdos problemas enfren-tados pelos universi-tários para chegar aoscampi localizados emCampo Grande. Decarro, ônibus, bicicle-ta ou até mesmo a pé:mudam o meio detransporte e as difi-culdades.

Quem é acadêmicoda Universidade Cató-l ica Dom Bosco(UCDB) e possui car-ro percebeu logo naprimeira semana des-te ano que estacionarficou bem mais caro;O estacionamento quecustava R$ 1,00 subiupara R$ 2,00 no retor-no às aulas. Um au-

mento de 100%, quegerou um conflitoentre os estudantese o responsável peloestacionamento queé terceirizado. Paramanifestar sua insa-tisfação os estudan-tes deixaram seusveículos estaciona-dos fora do estacio-namento, em ruasparalelas aocampus. O protestosurtiu efeito tempo-rário, pois o valordo estacionamentoacabou sendo rea-justado paraR$1,50. Um mês de-pois foi novamentealterado para R$2,00.

Ô n i b u sMuitos estudan-

tes usufruem da gra-tuidade no transpor-te coletivo urbanoda Capital, o passeestudantil, garanti-

do pelo governo mu-nicipal. Mas é difícilestar satisfeito com oserviço prestado. Agratuidade é restrita ahorário e linhas de ôni-bus, ou seja, quando oestudante precisar ir aoutro destino fora darota da faculdade, temque pagar a tarifa nova-mente. "Acredito quese aumentassem o va-lor para R$3,00, mascom a mesma qualida-de oferecida pelos no-vos fresquinhos, semtumulto, sem que fi-quemos encharcados,viajando sentados, sematrasos que chegam aaté 3 horas no domin-

Universitários de Campo Grande enfrentam dificuldades em diferentes meios de transporte

Busão,bike, carona,

Vou de

carrão, pé dois,moto...

go, valeria a pena. Essa si-tuação é muito desrespeito-sa para conosco. O que di-zem ser básico está se tor-nando caríssimo", acredita

o acadêmico de Publicidade ePropaganda da UniversidadeCatólica Dom Bosco (UCDB),Welington Rodrigues, de 18anos.

A p e r t o - A superlotação no transporte coletivo urbano de Campo Grande é um dos sofrimentos vivenciados diariamente por milhares de estudantes universitários da Capital

Foto: Luane Moraes

C i c l i s t a sMuitos estudantes utili-

zam a bicicleta como ummeio mais ági l de selocomover até a universida-

de. O acadêmico de Artes Vi-suais da Universidade Fede-ral de Mato Grosso do Sul,Rafael Mareco, de 18 anos,enfrenta muitas dificuldades

no percurso até a institui-ção. "Sol quente, trânsito inten-so nas avenidas. Muitos moto-ristas não respeitam os ciclistas,nem sequer olham no retrovisor."

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M u d a n ç a

Laiane PaixãoPaula Gomes

Waleska Corrêa

É inegável que quando in-gressa na faculdade o estudan-te abre um leque amplo de in-formações necessárias e opor-tunidades imperdíveis. Masparticipar de congressos eeventos na área do seu cursopode proporcionar informa-ções e novas experiências quecontribuirão valiosamentepara o futuro profissional doacadêmico.

Nos eventos acontecem de-bates de novos projetos, pales-tras de doutores especializadosna área, cursos e o mais im-portante na opinião de muitosacadêmicos: a troca de infor-mação. Segundo o jornalistaRobson Moreira, de 28 anos,as trocas de experiências sem-pre ocorrem em congressos,levando novas propostas, de-bates e conhecimento. “Na mi-nha opinião todos os acadêmi-cos deveriam sair frequente-mente do ambiente acadêmicono sentido de buscar essa tro-ca de experiência”. O jornalis-ta já participou de vários con-gressos pelo Brasil, como emBelo Horizonte, Porto Alegre,Brasília e inclusive fora do país,como em Madrid e Valencia naEspanha. Robson teve a opor-tunidade de participar de con-gressos em áreas diferentes dasua formação acadêmica, o quelhe fez aumentar seu repertó-rio de conhecimento cultural.Ele afirma que mesmo depoisde formado continua partici-pando de encontros dentro efora do país.

Como acadêmico, Guilher-me Denadai, de 21 anos, estu-dante de Odontologia da Uni-

A participação em eventos relacionados à área de formação conta pontos no currículo e no conhecimento

Uma viagem em buscado saber

Congressos

Foto: Arquivo pessoal Pedro Yule

versidade Federal de MatoGrosso do Sul (UFMS), consi-dera de extrema importância aparticipação de alunos de gra-duação em congressos e afins.“Além de ser uma excelenteoportunidade de expandir ereforçar os conhecimentos ad-quiridos em sala de aula há apossibilidade de uma interaçãocom profissionais e professo-res da área e contato com asnovidades e mudança de para-digmas do exercício profissio-nal”, explica o jovem. O even-to que mais chamou atenção deGuilherme foi a 27ª ReuniãoAnual da Sociedade Brasileirade Pesquisa Odontológica, emÁguas de Lindóia, São Paulo,em 2010. O mais recente foi oXIX Encontro do Grupo Brasi-

leiro de Professores deDentística (GBPD), realizadoem Campo Grande no mês dejaneiro deste ano.

Em algumas áreas existemeventos que não são direciona-dos especificamente aos acadê-micos, mas que são imperdíveise essenciais, como a fundaçãoBienal de São Paulo, que é umadas mais importantes institui-ções internacionais de promo-ção da arte contemporânea, umevento realizado a cada doisanos, no pavilhão CiccilloMatarazo no parque Ibirapuera,que expõe todas as novas ten-dências relacionadas ao mun-do das artes. “A Bienal servecomo um evento master dosestudantes de artes visuais,onde os estudantes freqüentam

para adquirir informação e usu-fruir dos cursos oferecidos econtatos com novos artistasplásticos que expõem seu tra-balho na Bienal.”, afirma PedroYule, de 23 anos, acadêmico deArtes Visuais da UFMS.

Portanto, se você está in-gressando agora no mundo aca-dêmico, não deixe de partici-par de todos os eventos ofere-cidos pela sua universidade,além dos congressos locais enacionais. É uma oportunida-de única de trocar experiênci-as, se reunir com colegas da suaárea, fazer contatos com dou-tores e profissionais e aumen-tar seus conhecimentos espe-cíficos e culturais. Isso podese tornar um diferencialvaliosíssimo futuramente nomercado de trabalho, em seubenefício.

B a g a g e m - Guilherme, (à esquerda) em Congresso de Odontologia

N o v i d a d e s - Guilherme põe em prática, nas aulas, experiências apreendidas nos Congressos

B u s c a - Moreira é adepto das viagens para conhecimento

Foto: Arquivo Pessoal Guilherme Denadai Foto: Waleska Corrêa

Foto: Arquivo pessoal Robson Moreira

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C a m p e õ e s - Incetivados por bolsas de estudo ou impulsionados por seus talentos, universitários dividem as salas de aula com as quadras esportivas nas mais diversas modalidades

R e n d i m e n t o - Bolsas de estudo podem chegar a 100% de isenção

Leandro AbreuRafael Monge

Histórias de pes-soas que superamsuas dificuldades navida e acabam vencen-do através do esporte

não são raras. E é isso quevárias universidades ten-tam fazer com seus acadê-micos. Em Mato Grossodo Sul quase todas as uni-versidades fornecem esseincentivo para quem querrepresentar o nome da ins-tituição em competiçõesesportivas. Esse estímulovem em várias formas,desde alguns benefícios

até bolsas de estudos de 100%,no caso das universidades par-ticulares.

Em Campo Grande as uni-versidades transformaram-se empotências em alguns esportes,sendo campeãs em competiçõese superando até times profissi-onais. Um exemplo mais recen-te foi da Universidade CatólicaDom Bosco (UCDB) ,campeã,no início deste ano, das Olim-píadas Universitárias (Jubs), dis-putada em Santa Catarina (SC).Em 2010 o futsal masculino daCatólica conquistou, pela tercei-ra vez, o título da Copa Morenade Futsal.

A Universidade Federal deMato Grosso do Sul (UFMS) e

a Universidade Anhanguera-Uniderp também mantém seustimes presentes em quase todasas competições do Estado. AUniderp, por exemplo, já con-quistou a Copa Morena, e aUFMS sempre com seus timesde voleibol entre os primeiroscolocados nos campeonatos.

Seja futsal, basquete, vôlei,handebol, natação, judô, en-tre várias outras modalidades,as universidades de MatoGrosso do Sul estão sempreparticipando.

De acordo com Paulo Sérgio,técnico da equipe masculina defutsal da UCDB, esse incentivoatravés do esporte é proveitosopara ambos os lados, tanto para a

universidade, quanto para o aca-dêmico. “As bolsas podem ser de50%, chegando a até 100%, de-pendendo do rendimento doatleta”, disse o técnico.

Uma outra situação, é a pes-soa que ganha a oportunidadede começar uma faculdade atra-vés do esporte. “Muitos convi-tes são feitos pela universidadepara pessoas que não estudam.Em troca dessas bolsas de estu-do o atleta representaria a UCDBem competições, dando a opor-tunidade dele iniciar uma gra-duação”, comentou.

O acadêmico-atleta deve atu-ar de forma disciplinada em re-lação aos treinos. “Nossas equi-pes são formadas por ciclos, te-mos um padrão de time muitobom”, completou.

Seja qual for o esporte que apessoa pratique, o mais impor-tante é a ajuda na educação ena criação de um indivíduo pre-parado para a vida profissionalapós a universidade, além delevar um estilo de vida saudá-vel, deixando de lado o seden-tarismo e contribuindo assimpara uma melhor e maior expec-tativa de vida.

Enquanto se formam, atletas geram conquistas

Esporte queabre portas

Incentivo

B o l a - Universidades revelam craques para o Futsal de MS

Fotos: Arquivo Assessoria Imprensa UCDB

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Ambiente

Faltam projetos que motivem os universitários a desenvolverem ações sustentáveis para a destinação do lixo

A sustentável leveza

CONSCIENTE

Luis Augusto AkasakiThaiany Regina da Silva

Todas as universidades,sejam elas públicas ou parti-culares, possuem um papelessencial na sociedade, prin-cipalmente na formação deprofissionais éticos e respon-sáveis. Porém, não é o que seobserva, principalmente quan-do envolvem questões sobreincentivos e projetos paradestinação de resíduos orgâ-nicos e recicláveis no ambien-te universitário.

Segundo o diretor de polí-ticas públicas da OrganizaçãoNão Governamental (ONG) Eco-logia e Ação (ECOA), AndréLuiz Siqueira, as universidadesdeveriam incentivar mais aconscientização sobre a impor-tância da reciclagem, oferecen-do conhecimento e projetossustentáveis.

“Os alunos deveriam serprovocados a participar deprojetos assim. Ou, se a ini-ciativa partir dos próprios alu-nos a universidade deve ter asensibilidade de apoiá-los”,acredita o ambientalista.

Algumas empresas e ins-tituições de ensino possuemlixeiras destinadas à recicla-gem, como a UniversidadeCatólica Dom Bosco (UCDB),que tem recipientes para osresíduos orgânicos e reciclá-

veis distribuídos em todo ocampus. Contudo, dificilmen-te os materiais são deposita-dos separadamente pela comu-nidade acadêmica. No entan-to, mesmo que houvesse aconscientização por parte dequem freqüenta o campus, estanão surtiria grandes resulta-dos, pois a coleta do lixo dainstituição é generalizada. Ouseja, no processo final, tantoo lixo orgânico como o materi-al reciclável são reunidos emum único local. A exceçãosurge para os resíduos quími-cos produzidos pelos labora-tórios, setores das áreas deBio-Saúde, do Hospital Vete-rinário e entre outros, que se-guem normas rigorosas de con-trole, sendo os funcionárioscapacitados e orientados paralidarem com estes materiais.

O engenheiro de campusda UCDB, Fernando Pais, con-firma que nunca houve umprograma fixo de reciclagem nainstituição. Apenas um proje-to desenvolvido pelos acadê-micos de Engenharia Sanitá-ria e Ambiental em meados doano de 2009, que separavam amatéria orgânica transforman-do-a em adubo. “A única coi-sa que reciclamos são os ma-teriais de escritório; que osfuncionários separam”, afirmaFernando Pais.

De acordo com o respon-

sável pelo Setor de Manuten-ção da UCDB, Domingos JoãoCorrêa, já existiram projetospara a triagem do lixo, porém,

devido ao desinteresse dospróprios acadêmicos, o pro-cesso de triagem foi suspenso.“A instituição pretende reto-

mar o projeto de coleta seleti-va. Basta que haja maior cola-boração por parte dos estu-dantes”, ressalta DomingosJoão Corrêa.

P ú b l i c aNa Universidade Federal

do Mato Grosso do Sul(UFMS), de acordo com a as-sessoria de comunicação, exis-tem projetos que envolvem oreaproveitamento de materiais.No “Lixo Zero”, por exemplo,são coletados papéis e pape-lão que são transformados pos-teriormente em cadernos paraserem distribuídos em escolasda Capital. Há também o pro-jeto de “Compostagem” quetransforma os restos de gramas

I n c o e r ê n c i a - Lixo previamente selecionado no campus pela comunidade universitária é misturado novamente nos caminhões

aparadas e as folhas dasárvores recolhidas emadubo orgânico. Porém,de acordo com os estu-dantes, as lixeiras sele-tivas não existem emtodo campus e não háuma divulgação dos pro-jetos realizados pela uni-versidade.

“Não tenho o conhe-cimento e nunca ouvidivulgação de nada”, afir-ma o acadêmico do cur-so de jornalismo daUFMS, Eduardo Fregato.“Alguns pontos da uni-versidade possuem lixei-ras diferenciadas, só nãolembro em quais setorese também nunca presen-ciei divulgação”, ressal-tou André Ribeiro, acadê-mico de Educação Física.

Mesmo que hajaum processo de tria-gem por parte da soci-edade, surge outro pro-blema: a inexistênciade políticas para cole-tas seletivas desenvol-vidas pelos órgãos go-vernamentais. Isto é,todos os resíduos se-lecionados e separa-dos em Campo Grandesão misturados nova-mente nas caçambasdos caminhões de co-leta e vão para o aterrosanitário, o lixão.E r r o - Mesmo com campanhas publicitárias que iestimulam o ambiente limpo e a coleta seletiva, acadêmicos e funcionários ainda jogam resíduos fora da lata de lixo

Foto: Luis Augusto Akasaki

DE SER

Foto: Thaiany Regina da Silva

Foto: Luis Augusto Akasaki

Foto: Luis Augusto Akasaki

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Page 8: EmfocoN139 Standard CadernoA - site.ucdb.br · Lauro Takaki Shinohara Reitor: Pe. José Marinoni Pró-reitoria de Ensino e Desenvolvimento: Conceição Aparecida Butera ... que faz

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Foto: portaldoprofessor.mec.gov.br

Jéssica GalvãoMayara Bueno

Motivados pela von-tade de crescer na vidapor meio de estudo e de-dicação, além de realizaro sonho de concluir umcurso universitário, vá-rios acadêmicos enfren-tam horas de ônibus di-ariamente para alcançaresses objetivos. São pes-soas que moram em ci-dades perto de CampoGrande e pela proximi-dade com a cidade aca-bam optando por per-manecer em suas casas

Jovens fazem viagens intermunicipais diariamente para estudar

Longa estradavida Estudantil

A m b i e n t e

D e d i c a ç ã o - Acadêmicos desembarcam na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) após viajarem 1 h e 30 min, do município de Sidrolândia, onde residem, até a Capital onde cursam o ensino superior

e vir diariamente à faculdade,ao invés de se mudarem defi-nitivamente para a Capital, oque para muitos, geraria maisgastos.

As dificuldades são imen-sas, mas ao contrário do quese imagina, muitos alunosencaram a batalha dia apósdia em busca de uma realiza-ção profissional, e para obtê-la é necessário muito esforçoe motivação. “Quero um fu-turo melhor, alcançar meusobjetivos e apesar das difi-culdades vejo que é possívelalcançá-los”, explica a acadê-mica de Jornalismo da UCDB,Lismabel Gimenes, que en-

frenta diariamente cerca deuma hora e meia de viagemde Sidrolândia até a univer-sidade. Para chegar pontual-mente nas aulas é precisoacordar mais cedo do que ohabitual para um aluno quemora em Campo Grande, masa acadêmica garante que valea pena o esforço. “A genteaprende muito, sai da cida-de pequena, conhece novoshorizontes e amplia a visãoque temos das coisas”, rela-ta a estudante que reconhe-ce os entraves. “Tem queacordar mais cedo, às vezeschove, ou ocorre algum im-previsto na estrada que aca-

ba nos atrasando para as au-las”.

Enfrentando uma rotinadiferenciada, existem tam-bém acadêmicos que traba-lham durante o dia em suascidades e a noite ainda sesubmetem a horas de ônibuspara chegar à tempo na facul-dade. É o caso do acadêmicoHenrique Antunes, de Direi-to na Universidade Estadualpara o Desenvolvimento doEstado e da Região do Panta-nal- Anhanguera-Uniderpque mesmo com todas as di-ficuldades enfrentadas, reco-nhece os resultados que to-dos os esforços acarretarão

futuramente. “Eu penso queo esforço que eu faço hoje éo fruto da minha recompen-sa amanhã”, salienta o acadê-mico que vem diariamente deBandeirantes, cidade ondemora, até a universidade emCampo Grande. Porém, Hen-rique garante que a principaldificuldade enfrentada é ofato de que como os alunosvêm de ônibus e as estradasgeralmente estão cheias, àsvezes acaba atrasando-os.“Tem que sair do serviço epegar estrada, fica muito cor-rido. O ônibus pode quebrarna estrada, já até perdemosprovas por causa disso”, ex-plica.

Visando ter menos gastos,acadêmicos permanecem emsuas cidades vindo somentepara Campo Grande noperíodo em que estudam.“Em Campo Grande eu teriamais gastos com moradia, ali-mentação e transporte e per-mancendo em Bandeiranteseu tenho transporte que é for-necido pela prefeitura semcusto nenhum, além de mo-rar com os pais”, ressalta.

Em busca de algo melhorpara si, eles enfrentam menoshoras de sono, menos tranqui-lidade e mais dedicação ain-da, muitos acadêmicos nãohesitam em enfrentar tudoisso para conseguirem con-cluir um curso superior, o quenos dias de hoje é muito im-portante e essencial para con-seguir um bom lugar no mer-cado de trabalho. Dessa for-ma, muitas pessoas aprovei-tam a relativa proximidade desuas cidades com CampoGrande, para permanecer emsuas casa e virem somentepara estudar. “Aqui não é tãodistante de Campo Grande, sefosse teria que me mudar. Mastodo o esforço vale a penaporque se trata de um cursosuperior e hoje em dia isso émuito importante”, opina aacadêmica do curso de Farmá-cia da UCDB, Thais Sousa,moradora de Sidrolândia. Ajovem não enxerga como pro-blema o fato de acordar maiscedo para conseguir chegar atempo na faculdade. “Não meimporto mesmo de acordarmais cedo”, garante.

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independente ?Michelle MachadoMirella Gimenez

Entrar na Uni-versidade é umgrande desafio navida dos jovens.Há ainda aquelesque em busca deum futuro melhordeixam as cidadesonde moram paraingressar na facul-dade. Em CampoGrande, por exem-plo, muitos uni-versitários vêm deoutros municípi-os, geralmente dointerior do Estado.Alguns moram so-zinhos, outros di-videm a casa comoutra pessoa, mo-ram em repúblicaou pensões. Alémdos estudantes quese mudam, têmtambém os que op-tam pelo transpor-te diário, como osde Sidrolândia.

Os custos para

freqüentar uma universida-de, mais a moradia, alimen-tação, transporte, entre ou-tros, podem pesar na rendade uma família, afinal é maisuma casa. Mas para conse-guir que tudo fique dentrodo planejamento financeiro,basta estudar o que é melhorem cada situação. Acadêmi-co do quinto semestre deEngenharia Sanitária e Am-biental, Marcos Juliano daSilva Cruz, de 19 anos, op-tou por deixar NovaAndradina e se mudou parauma república na capital commais dois amigos.

O universitário recebeajuda financeira dos pais.Vai para a faculdade de ôni-bus e seus gastos chegam aR$600,00 por mês, segundoele a maior dificuldade emmorar longe dos pais foramas atividades domésticas. Ofato de não conhecer a cida-de também atrapalha o dia adia do rapaz. Porém, ele dizque valeu a pena mudar paraCampo Grande por que achaque aqui as oportunidades deemprego são melhores.

Foto: Lismabel Gimenes

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