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ÉMILE DURKHEIM A CONCEPÇÃO FUNCIONALISTA DE SOCIEDADE

Emile durkheim

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ÉMILE DURKHEIM

A CONCEPÇÃO FUNCIONALISTA DE SOCIEDADE

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DURKHEIM

- Nasceu em 15 de Abril de 1858, em Épinal, na França, e morreu em 1917.

- Descendente de família de Rabinos, valores tradicionais: respeito e obediência às ordens.

- Viveu numa época de mudanças, em que a nascente sociedade capitalista acabava de destruir as velhas instituições feudais e impunha novos valores burgueses. Durkheim se preocupará com o estabelecimento da nova ordem social (a capitalista).

- Foi o primeiro professor universitário de Sociologia e sua produção reflete a tensão entre valores e instituições que estavam sendo corroídos e formas emergentes.

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Referências e pressupostos contextuais do pensamento de

durkheim

• A Revolução Francesa e a Revolução Industrial de um lado e o manancial de idéias de vários autores deste período;

• Intensificava-se a consciência da necessidade de se criar novas idéias e valores (novo sistema científico e moral) que se harmonizasse com a ordem industrial; A lei do progresso é uma força implacável, a vida coletiva é um ser distinto, complexo e irredutível às partes que a compõem;

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OBJETO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS

• Dessa forma, a vida coletiva passou a ser o objeto da sociologia de Durkheim e seu estudo demandava a utilização do método positivo, apoiado na observação, indução e experimentação, tal como vinham fazendo os cientistas naturais.

• Durkheim via na ciência social uma expressão racional das sociedades modernas.

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Como Durkheim vê a sociedade (Método)

• Sociologia: Ciência das sociedades que mostra as coisas de maneira diferente de como se manifestam ao vulgo (vulgar).

• Durkheim foi influenciado pelas obras de Augusto Comte e Herbert Spencer, os iniciadores do Positivismo.

• Considera os fatos sociais como coisas, cuja natureza não é modificável à vontade. Para ele, a sociedade é como um imenso corpo biológico que precisa ser bem observado, para, em seguida, conhecer-se sua anatomia e aí descobrir as causas e curas de suas doenças.

• Fatos sociais: Toda maneira de atuar, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou ainda, que é geral na extensão de uma dada sociedade, conservando uma existência própria, independente das suas manifestações individuais.

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Os fatos sociais incorporam-se à pessoa por meio da educação. Por ex: o fiel de uma religião, ao nascer, já encontra formadas as crenças e práticas de sua vida

religiosa. Os fatos sociais funcionam independente do uso que deles faço. Por isso, são maneiras de atuar, pensar e existir fora das consciências individuais em que se

manifestam. São dotados de uma potência imperativa e coercitiva. Há uma vigilância pública, coletiva sobre o

indivíduo.

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Para Durkheim a Sociologia é uma ciência e, por isso, deve ser neutra diante dos fatos

sociais, isto é, a Sociologia não deve envolver-se com a Política. Assim, toda reforma social

deve estar baseada primeiramente no conhecimento prévio e científico da sociedade, e não na ação política. O sociólogo deve ter o

espírito idêntico ao do físico, do químico (ciências da natureza), quando se aventuram

em uma região, ainda inexplorada, do seu domínio científico.

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Principais obras de Durkheim

• A divisão do Trabalho Social, 1893• As Regras do Método Sociológico, 1895• O Suicídio, 1897• As formas elementares da Vida Religiosa, 1912• Lições de Sociologia• Educação e Sociologia• Educação Moral

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Conceitos básicos

• Conceitos: um conjunto de idéias desenvolvidas a partir da nossa inteligência, que tem por objetivo explicar um fenômeno qualquer.

• Consciência Coletiva: formada pelas idéias comuns que estão presentes em todas as consciências individuais de uma sociedade (psíquico social) e que determinam nossa conduta. Formam a base para uma consciência de sociedade. Ela não vem de uma só pessoa ou grupo, mas está difusa (espalhada) em toda a sociedade, e, por isso, é exterior ao indivíduo. A consciência coletiva é o que a sociedade pensa. Age de forma coercitiva sobre o indivíduo, impõe as regras sociais.

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Divisão do Trabalho Social

• Especialização das funções entre os indivíduos de uma sociedade. Ao desenvolver-se, a sociedade ia multiplicando-se em atividades a serem realizadas;

• Cada indivíduo teria uma função a cumprir, a qual é importante para o funcionamento de todo o corpo social.

• Com isso, cada membro da sociedade passa a depender mais dos outros indivíduos. Assim se dá a divisão do trabalho com o surgimento de novas atividades.

• Dois efeitos importantes: um, o econômico (aumento da produtividade); e outro, tornar possível a união e a solidariedade entre as pessoas de uma mesma sociedade.

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Solidariedade Mecânica Solidariedade Orgânica

• Solidariedade Mecânica: Nas sociedades anteriores ao capitalismo, isto é, nas sociedades tribais e feudal, a divisão do trabalho social era pouco desenvolvida, não havia um grande número de especializações das atividades sociais. Assim, as pessoas não se unem porque uma depende do trabalho da outra, a, sim, são unidas pela religião, tradição ou sentimento comum a todos.

• Solidariedade Orgânica: Aparece quando a divisão do trabalho social aumenta. O que torna as pessoas unidas é uma interdependências das funções sociais. Para Durkheim a solidariedade orgânica é superior à mecânica, pois ao se especializarem as funções a individualidade é ressaltada, permitindo maio liberdade de ação.

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Caso Patológico e Anomia

• Durkheim admitia que o capitalismo é a sociedade perfeita; trata-se apenas de conhecer os seus problemas e de buscar uma solução científica para eles, ou seja, “curar as suas doenças”.

• Caso Patológico: Durkheim acreditava que a sociedade, funcionando através de leis e regras já determinadas, faria com que os problemas sociais tivessem suas origens num estado social em que várias regras de conduta não estão funcionando (Crise Moral).

• Anomia: Por outro lado, os problemas sociais podem ter suas origens também na ausência de regras.

• Frente ao Caso Patológico cabe à Sociologia captar suas causas, procurando corrigi-las por outras mais eficientes.

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Estado

• Durkheim parte do princípio de que a sociedade capitalista foi é um corpo que às vezes fica doente, esse corpo, para funcionar bem, depende de que todas as suas partes estejam funcionando harmonicamente. A responsabilidade de desenvolver o funcionamento harmônico de todas as partes da sociedade cabe ao Estado.

• Se a sociedade é o corpo, o Estado é o seu cérebro, e por isso tem a função de organizar essa sociedade, reelaborando aspectos da consciência coletiva.

• Se cabe à Sociologia observar, entender e classificar os casos patológicos, procurando criar uma nova moral social, cabe ao Estado colocar em prática os princípios dessa nova moral.