Emparedamento Ou Limbo Juri Dico

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/25/2019 Emparedamento Ou Limbo Juri Dico

    1/9

    1

    EMPAREDAMENTO ou LIMBO JURDICO

    Iara Alves Cordeiro Pacheco1

    I INTRODUO

    O que se pretende abordar a situao do empregado que se encontra

    incapacitado para o trabalho, mas no consegue o benefcio previdencirio ou o tem

    cancelado pelo INSS, porque teria recuperado a capacidade de trabalho, enquanto o

    mdico da empresa mantm o entendimento de incapacidade.

    De um lado, o INSS tentando cumprir a meta do Governo de reduo de custos e

    eliso das fraudes e, de outro o empregador que pretende realmente preservar a

    integridade fsica do empregado ou que simplesmente entende que, acolhendo-o, haver

    prejuzo para a produo.

    Embora a cincia mdica no seja exata como a matemtica, evidente que com

    os recursos tcnicos hoje existentes, deveria o mdico ter condies de concluir, sem

    engano, pela existncia ou no de incapacidade laboral.

    De qualquer forma, no se justifica que o empregado permanea no centro das

    discusses do mdico do INSS e do mdico do trabalho, sem benefcio e sem salrio,

    com prejuzo de seu sustento e de sua famlia.

    Deve ser analisada a legislao, bem como os princpios constitucionais, que

    garantem a preservao da dignidade da pessoa humana, acima de qualquer outro valor.

    Na verdade, a legislao at clara, mas o que no existe vontade por parte

    dos mdicos de se debruarem, ambos, sobre o caso concreto daquele trabalhador, no

    sentido de encontrar o melhor parecer.

    Os empregados se queixam principalmente do tratamento recebido por mdicos

    da Autarquia, no sentido de que no os ouvem, nem os olham e sequer examinam os

    laudos e exames que lhes so apresentados.

    1Advogada. Professora da FAAT. Des. Aposentada do TRT/15 Regio. Mestre em Direito do Trabalhopela USP.

  • 7/25/2019 Emparedamento Ou Limbo Juri Dico

    2/9

    2

    II- O ENTENDIMENTO DIVERGENTE NO FERE A TICA

    Saulo Cerqueira de Aguiar Soares e Ivna Maria Mello Soares, em excelente

    artigo2, salientam que a posio de ambos os mdicos, do INSS e do trabalho, no fere a

    tica, tendo em vista que tanto a Resoluo n 1.488/1998, do Conselho Federal deMedicina como o Cdigo de tica Mdico, no adotam a teoria de hierarquizao de

    atestados mdicos entre os mdicos, visto que todos tm ampla liberdade para

    exercerem a Medicina e tomarem as condutas de acordo com sua conscincia.

    Citam o art. 3, I da Resoluo n 1.488/1998, do Conselho Federal de Medicina,

    que estabelece :

    Art. 3: Aos mdicos que trabalham em empresas, independentemente de sua

    especialidade, atribuio:

    I atuar visando essencialmente promoo da sade e preveno da

    doena, conhecendo, para tanto, os processos produtivos e o ambiente de

    trabalho da empresa

    Com relao ao Conselho de tica Mdica salientam os incisos IV, VIII e XII:

    IV O mdico guardar absoluto respeito pelo ser humano e atuar

    sempre em seu benefcio. Jamais utilizar seus conhecimentos para causar

    sofrimento fsico ou moral, para extermnio do ser humano ou para permitir e

    acobertar tentativa contra sua dignidade e integridade.

    VIII O mdico no pode, em nenhuma circunstncia ou sob nenhum

    pretexto, renunciar sua liberdade profissional, nem permitir quaisquer

    restries ou imposies que possam prejudicar a eficincia e a correo de seu

    trabalho.

    XII O mdico empenhar-se- pela melhor adequao do trabalho ao

    ser humano, pela eliminao e pelo controle dos riscos sade inerentes s

    atividades laborais.

    Como se v, o entendimento divergente no fere a tica e apenas decorre de ser

    o mdico unicamente escravo da sua prpria conscincia, o que no causa espanto.

    2Limbo trabalhista-previdencirio:mdico do trabalho e mdico do INSS. In Jus Navigandi, Teresina, ano19, n. 3986, 31 maio 2014. Disponvel em http://jus.com.br/artigos/29046. Acesso em: 5 jul.2014

  • 7/25/2019 Emparedamento Ou Limbo Juri Dico

    3/9

    3

    III O QUE FAZER ?

    Diante disso, o advogado se insurge, em regra, tanto contra a Autarquia,

    ajuizando ao previdenciria de concesso ou restabelecimento de benefcio (auxlio-

    doena ou aposentadoria por invalidez), como contra a empresa, mediante ao

    trabalhista na Justia do Trabalho.

    Tal se d porque a realizao de uma percia perante a Justia do Trabalho tem

    sido muito demorada, enquanto que alguns juzes da Justia Estadual (na qual se pode

    ingressar com a ao previdenciria quando a cidade no seja sede da Justia Federal)

    costumam determinar a citao da Autarquia e desde logo nomear Perito, concedendo a

    tutela antecipada quando a percia positiva.

    Na verdade, s vezes so necessrias trs aes: quando o empregado se

    encontra afastado do trabalho, sem benefcio e necessitando de cirurgia do SUS, sob

    pena de risco de morte, h necessidade de se buscar, primordialmente, a determinao

    da realizao da cirurgia.

    Marco Aurlio Marsiglia Treviso, no obstante o art. 109 da CF, entende que

    diante da possibilidade de laudos contraditrios em se ingressando com ao

    previdenciria e trabalhista, sugere que, com arrimo na EC n. 45/04 e no CC 7204, se

    reconhea a competncia da Justia do Trabalho:

    Em nossa forma de pensar, em situaes como esta, o trabalhador poder

    ajuizar demanda nica, que ser processada e julgada pela Justia do Trabalho,

    colocando no polo passivo, no s o empregador, mas tambm a autarquias

    federal (INSS). A causa de pedir a mesma: a existncia, ou no, de

    incapacidade laborativa num contrato de emprego.3

    IV A POSIO DA JUSTIA DO TRABALHO

    De forma majoritria a Justia do Trabalho tem determinado o pagamento pela

    empresa dos salrios do perodo de afastamento, com base no princpio constitucional

    da dignidade da pessoa humana, bem como art. 4, da CLT, como se l, exemplificando:

    3

    O acesso justia do trabalho: uma nova viso a respeito dos casos envolvendo a incapacidadelaborativa do trabalhador e os benefcios previdencirios.http//WWW.advocaciadireitopublico.com.br/?p-458.

  • 7/25/2019 Emparedamento Ou Limbo Juri Dico

    4/9

    4

    AFASTAMENTO

    PREVIDENCIRIO. EMPREGADO CONSIDERADO APTO PARA O

    TRABALHO PELO INSS. INAPTIDO CONSTATADA NO EXAME

    DE SADE OCUPACIONAL. INDEFINIO QUANTO

    SITUAO DO CONTRATO DE TRABALHO. MEIOS DE

    SOBREVIVNCIA DO TRABALHADOR. CULPA DA EMPRESA.

    Tem se tornado comum nesta Justia do Trabalho o caso em que o

    trabalhador se apresenta para retomar seu posto de trabalho, ao

    receber alta mdica do rgo previdencirio, mas no aceito pelo

    empregador, porque o exame mdico ocupacional constata inaptido

    para o trabalho. Nessa situao, o contrato de trabalho no pode

    permanecer no limbo, isto , no pode o empregado ficar, ao mesmo

    tempo, sem o benefcio previdencirio, que no mais recebe, e sem

    auferir salrios, da empresa que no o aceita de volta. Se o

    empregador discorda do resultado da deciso do INSS, que de

    alguma forma lhe impe aceitar o retorno do empregado ao trabalho,

    deve recorrer da deciso junto Previdncia Social ou dispensar o

    trabalhador. (TRT 3 R. Nona Turma 00570-2009-063-03-00-2 R0

    Rel. Desembargador Antonio Fernando Guimares. DJET

    17/03/2010, p. 94).

    EMENTA: O empregador que impede o retorno ao

    trabalho de empregado reabilitado pela Previdncia Social e tambm

    no promove a resciso contratual, reencaminhando o empregado, de

    forma intil aos cofres previdencirios, responde pelo pagamento dossalrios relativos a perodo ocorrente entre a alta mdica e efetivo

    retorno ao trabalho ou efetiva resciso, pois o tempo em questo

    considerado como tempo despendido disposio do empregador.

    (TRT/SP RO 0262400-2010.5.02.0362, 11 Turma, Relatora Maria

    Jos Bighetti Ordono Rebello).

  • 7/25/2019 Emparedamento Ou Limbo Juri Dico

    5/9

    5

    BENEFCIO PREVIDENCIRIO NEGADO AO

    EMPREGADO. INAPTIDO PARA O TRABALHO.

    RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO DOS SALRIOS.

    OBRIGAO DO EMPREGADOR. responsabilidade da empresa,

    por ser seu o risco do empreendimento e tambm por conta de sua

    responsabilidade social, efetuar os pagamentos dos salrios (art. 170,

    caput, da CF). No lhe dado suspender o contrato de trabalho

    unilateralmente e deixar o empregado sem salrio por longos meses,

    sabendo que est sua nica fonte de sustento. Se o empregado no

    tem condies de trabalhar e o INSS no lhe fornece o benefcio

    previdencirio correspondente, obrigao da empresa realizar o

    pagamento dos salrios at que o trabalhador esteja saudvel

    novamente ou obtenha aquele direito por parte da autarquia. O que

    no se pode admitir que o empregado fique meses a fio sem

    pagamentos, porque isso fere sua dignidade enquanto ser humano.

    da empresa os riscos do empreendimento (art. 2, caput, da CLT) e,

    entre esses riscos, est o chamado (impropriamente) capital

    humano.(TRT/2 Regio, 14 Turma, Processo n. 0199900-

    76.2008.5.02.0462, Rel. Juiz Mrcio Granconato).

    Ementa: Discusso sobre a incapacidade laboral. Alta

    previdenciria. Relatrios mdicos particulares que acusam

    incapacidade. Em que pese a alta previdenciria, atestando a

    capacidade laboral do reclamante, a reclamada apresentava recusa

    ao retorno do mesmo s atividades, notadamente diante dos relatrios

    emitidos por seu mdico do trabalho. Assim, a empresa assumiu os

    riscos da negativa de prorrogao do benefcio ao fazer os diversos

    reencaminhamentos ao INSS, devendo responder pelo pagamento dos

    salrios desde a alta, bem como reintegrar o autor em atividades

    compatveis com sua sade. ( TRT 2 Regio (SP) Proc.

    00006535920125020435 RO (Ac. 17 T. 20130093712)- Rel. Soraya

    Galassi Lambert, Doer/TRT 2 Reg., 18.2.13, p. 189 LTr Sup. Jurisp.

    18/2013, p. 138).

  • 7/25/2019 Emparedamento Ou Limbo Juri Dico

    6/9

    6

    EMENTA: BENEFCIO PREVIDENCIRIO NEGADO.

    RETORNO DO EMPREGADO AO TRABALHO. EFEITOS PECUNIRIOS

    Somente a concesso do benefcio previdencirio que afasta a responsabilidadeda empresa pelo pagamento dos salrios de seu empregado, j que, enquanto o

    trabalhador aguarda a resposta do rgo previdencirio, permanece disposio

    de seu empregador (inteligncia do art. 4 da CLT).( TRT/3 Regio Processo

    n. 00076-2013-095-03-009-RO, Rel Des. Jos Eduardo de Resende Chaves

    Jnior, jul. 10/07/13).

    Ementa:Indenizao. Divergncia entre percia do INSS e laudo de mdico da

    empresa. Retorno ao trabalho impedido pelo empregador. Se o rgo

    previdencirio negou a concesso de um novo benefcio, competia Reclamada,

    ao revs de quedar-se inerte, retornar com a Reclamante ao trabalho e, em

    seguida, encaminh-la novamente ao INSS. Se assim no faz, deixando a

    Reclamante em um verdadeiro limbo jurdico, desamparada pelo INSS e pela

    empresa, esta deve responder pelos salrios, posio que reputo estar em

    consonncia com os princpios da legislao ptria, em especial o da funosocial da empresa. (TRT 17 Reg. RO -85100-77.2012.5.17.0009- (Ac. 3 T)-

    Rel. Des. Ana Paula Tauceda Branco. DJe/TRT 17 Reg. N. 1.308/13, 10.9.13, p.

    109, in LTr Sup. Jurisp. 49/2013- p. 391).

    Ementa.Cessao do benefcio previdencirio. Aptido para retorno ao

    trabalho. Necessidade de subsistncia. A aptido para o trabalho apontado pela

    percia oficial do INSS, mesmo que no corroborada pelo mdico da empresa

    reclamada, garante ao trabalhador o direito do retorno s atividades. No pode

    o obreiro ficar merc do acaso sem perceber auxlio previdencirio e sem

    receber o seu salrio, sob pena de causar graves prejuzos a ele e a toda a

    famlia. (TRT 12 Reg. RO 0005564-72.2011.5.12.0047 (Ac. 3 T. 17.9.13),

    Rel. Juiza Ligia Maria Teixeira Gouvea. TRT/SC/DOE 30.9.13. Pub. 1.10.13).

  • 7/25/2019 Emparedamento Ou Limbo Juri Dico

    7/9

    7

    Ementa: Alta previdenciria. Afirmao de incapacidade pelo

    empregador. Efeitos. O fato de o empregador declarar que o empregado

    permanece inapto, contrariando a concluso da Previdncia Social, no tem o

    condo de obstruir o direito de o empregado comear a receber a

    contraprestao salarial devida, pois, nessa hiptese, no foi ele quem deu azo

    inao. Isso no impede que o empregador discuta, com a Autarquia, a

    incapacidade do trabalhador e os eventuais prejuzos, desde que, garanta ao

    trabalhador, o recebimento dos salrios a partir da apresentao posterior

    alta previdenciria. O carter salarial do salrio e sua destinao

    sobrevivncia impedem que o prejuzo seja suportado pelo empregado. ( TRT

    12 Reg. RO 0000523-67.2013.5.12.0011 (Ac. 3 T, 1.4.14)- Rel. Juiz Jos

    Ernesto Manzi. TRT-SC?DOE 8.4.14. Pub. 9.4.14, in LTr Sup. Jurisp.

    22/2014- p. 169)..

    V DA CORREO DESSE ENTENDIMENTO

    De fato, a circunstncia de o INSS determinar a alta, justifica o retorno do

    empregado, ainda que, se necessrio, em funo diferente daquela que exercia, para

    proteo do trabalhador e da prpria empresa, tendo em vista a hierarquia legal damanifestao da Autarquia.

    Diz o art. 6, 2 da Lei n 605/1949, com a redao dada pela Lei n

    2.761/1956:

    A doena ser comprovada mediante atestado mdico da instituio de

    Previdncia Social a que estiver filiado o empregado, e, na falta deste e

    sucessivamente, de mdico do Servio Social do Comrcio ou da Industria; de

    mdico da empresa ou por ela designado; de mdico a servio de repartio

    federal, estadual ou municipal, incumbido de assuntos de higiene ou de sade

    publica; ou, no existindo estes, na localidade em que trabalhar, de mdico de

    sua escolha.

    No mesmo sentido se manifestam as smulas 15 e 32 do C. TST:

    S. 15: A justificao da ausncia do empregado motivada por doena, para a

    percepo do salrio-enfermidade e da remunerao do repouso semanal, deveobservar a ordem preferencial dos atestados mdicos estabelecida em lei.

  • 7/25/2019 Emparedamento Ou Limbo Juri Dico

    8/9

    8

    S. 32: Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador no retornar ao

    servio no prazo de 30 (trinta) dias aps a cessao do benefcio previdencirio

    nem justificar o motivo de no o fazer.

    Tambm estabelece o art. 30, 3, I, da Lei n 11.907/2009:

    Compete privativamente aos ocupantes do cargo de Perito Mdico

    Previdencirio ou de Perito Mdico da Previdncia Social e, supletivamente,

    aos ocupantes do cargo de Supervisor Mdico Pericial da Carreira de que trata

    a Lei n 9.620, de 2 de abril de 1998, no mbito do Instituto Nacional do Seguro

    Social INSS e do Ministrio da Previdncia Social MPS, o exerccio das

    atividades Mdico-Periciais inerentes ao Regime Geral da Previdncia Social

    de que tratam as Leis ns. 8.212, de 24 de julho de 1991, e 8.213, de 24 de julhode 1991, e Lei n 8.742, de 7 de dezembro de 1993, e, em especial a: I-

    emisso de parecer conclusivo quanto capacidade laboral para fins

    previdencirios.

    Portanto, a preferncia legal da Autarquia.

    VI DO MELHOR CAMINHOO fato de caber ao INSS a ltima palavra sobre a incapacidade laboral ou no do

    trabalhador, no resolve a questo por inteiro, haja vista que, muitas vezes, a alta

    concedida no reflete exatamente as condies de sade do trabalhador, gerando os

    percalos que vimos referindo.

    Mormente porque a Autarquia no tem feito uma anlise da atividade do

    empregado, se ele realmente no estiver em condies de realizar o seu trabalho, a

    prpria empresa teme que algo pior possa acontecer e venha a ser responsabilizada peloevento.

    Portanto, necessrio fomentar a criao de vnculos entre o Mdico do

    Trabalho e Mdico do INSS, o que seria, sobremaneira, recompensador para reduzir a

    judicializao dos casos divergentes, garantindo ao trabalhador a resoluo do conflito

    de modo mais eficiente, como mencionam Saulo Cerqueira de Aguiar Soares e Ivna

    Maria Mello Soares.4

    4Ob. Cit. P. 11

  • 7/25/2019 Emparedamento Ou Limbo Juri Dico

    9/9

    9

    Tambm o mdico do trabalho Nelson Chaves, que vem assessorando empresas

    no processo de readaptao, afirma que o perito do INSS nem sempre sabe exatamente

    qual a atividade exercida pelo profissional ao conceder a alta, cabendo ao mdico da

    empresa ressaltar no recurso as condies de trabalho e porque no estaria apto a

    retornar.5

    Igualmente o advogado Helio Gustavo Alves, de Blumenau, que defendeu tese

    de doutorado sobre a matria, diz que tem orientado mdicos de empresas a acompanhar

    como assistentes as percias ou a preencher no site da Previdncia Social a Solicitao

    de Informaes ao Mdico Assistente (Sima) para fornecimento de detalhes ao perito do

    INSS, com a obteno de xito em algumas situaes.6

    Realmente, alguma coisa h de ser feita porque do jeito que est perdem todos: oPoder Judicirio nas esferas Trabalhista, Federal e Estadual, que j se encontram

    abarrotadas, o empregado que fica sem condies de subsistncia por meses e at anos,

    as empresas que pagam salrios sem a contrapartida do trabalho e tambm o INSS, que

    pode responder por valores corrigidos e honorrios advocatcios, que no seriam gastos

    pelo errio se o atendimento fosse mais cauteloso.

    Somente a eficincia, prevista no art. 37 da Constituio Federal, capaz de

    acabar com o alegado rombo da Previdncia e garantir ao segurado o tratamento querespeite sua dignidade.

    5http://www.aasp.org.br/aasp/imprensa/clipping/cli noticia.asp?idnot_6idem