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www.empreendedor.com.br ISSN 1414-0152 ANO 17 N o 196 FEVEREIRO 2011 R$ 9,90 Construção em reconstrução Setor alia crescimento e preservação ao buscar novos métodos e materiais para as obras e sistemas hídricos e energéticos ecoeficientes nas edificações ENTREVISTA: SURAMA JURDI APRESENTA OS SETE PRINCÍPIOS PARA CHEGAR AO SUCESSO E SE MANTER NO TOPO INOVAÇÃO: A BUSCA DE IDEIAS NAS UNIVERSIDADES E-COMMERCE: O QUE FAZER PARA GARANTIR AS VENDAS Neo Next Generation, condomínio residencial de Florianópolis que utilizará energia eólica e solar próprias

Empreendedor 196

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Edição n. 196 da revista Empreendedor, de fevereiro de 2011

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ISSN

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ANO 17 No 196 FEVEREIRO 2011 R$ 9,90

Construção em reconstruçãoSetor alia crescimento e preservação ao buscar novos métodos e materiais para as obras e sistemas hídricos e energéticos ecoeficientes nas edificações

ENTREVISTA: SURAMA JURDI APRESENTA OS SETE PRINCÍPIOS PARA CHEGAR AO SUCESSO E SE MANTER NO TOPO

INOVAÇÃO: A BUSCA DE IDEIAS NAS UNIVERSIDADES E-COMMERCE: O QUE FAZER PARA GARANTIR AS VENDASO QUE FAZER PARA GARANTIR AS VENDAS

Neo Next Generation, condomínio residencial de Florianópolis que utilizará energia eólica e solar próprias

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011 EMPREENDEDORES

NÃO DURMA NO PONTO

PRODUTOS E SERVIÇOS

lEITURA

ANÁlISE ECONÔMICA

AGENDA

814

56626466

N E S TA E D I Ç Ã O

CONSTruINDO O fuTurOO setor de construção civil segue aquecido, após mais de uma década de estagnação. moradias, estabelecimentos comer-ciais e obras de infraestrutura em planejamento e execução chegam a superar a oferta de mão de obra, matéria-prima e equipamentos. qual o impacto que isto pode ter no meio ambiente, inclusive porque o futuro imóvel demandará recursos para sua manutenção e funcionamento? Novos conceitos e técnicas de construção sustentável, assim como implementos e equipamentos mais racionais e eficientes, prometem amenizar os prejuízos.

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L E I A TA M B É M

16 | ENTrEvISTASurama Jurdi

A diretora da Agape do Brasil, que por quatro anos estudou 15 profissionais bem-sucedidos, traçou o perfil das “men-tes das pessoas de sucesso” e identificou a chave para o sucesso sustentável.

30 | INOvAÇÃOquestão de filosofia

A inovação precisa estar na cultura da empresa. Mas alguns cérebros po-dem estar fora. Conheça como algu-mas organizações trabalham o concei-to de inovação aberta e descubra como estimular a inovação dentro e fora de uma empresa, através de parcerias e concursos com universidades.

42 | PErfILdjali Valois

Em um curto período de existên-cia, a empresa de brinquedos cien-tíficos conquistou reconhecimento internacional pelas suas características de empreendedorismo, inovação e de-senvolvimento social.

34 | E-COMMErCEclique final

Não adianta atrair o consumidor até o site se ele não completa o pro-cesso de compra. Descubra quais são os erros mais comuns nas ven-das on-line e conheça estratégias para o e-consumidor não abandonar o carrinho no meio da transação.

46 | frANquIAJovens no comando

Cresce o número de jovens entre os fran-queados – e também entre os franqueadores. Saiba como aproveitar o que de melhor eles podem oferecer e como minimizar as dificul-dades naturais enfrentadas por pessoas dessa faixa etária.

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A Revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor diretor-Editor: Acari Amorim [[email protected]]diretor de comercialização e marketing: Geraldo Nilson de Azevedo [[email protected]]Redação Editor-Executivo: Alexsandro Vanin [[email protected]] – Repórteres: Beatrice Gon-çalves, Cléia Schmitz e Mônica Pupo – colaborador: Alexandre Gonçalves – Edição de Arte: Gustavo Cabral Vaz – projeto gráfico: Oscar Rivas – Fotografia: Arquivo Empreendedor, Casa da Photo, lio Simas e PhotosTo-Go – Foto da capa: Divulgação – Revisão: lu CoelhoSedesSão paulo diretor: Fernando Sant’Anna Borba – Executi-vos de contas: Ana Carolina Canton de lima e Osmar Escada Jr – Rua Sabará, 566 – 9º andar – conjunto 92 – higienópolis – 01239-010 – São paulo – Sp – Fone: (11) 3214-1020/2649-1064/2649-1065 [[email protected]]Florianópolis Executiva de Atendimento: Samantha Arend [[email protected]] – Rua padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496 – Santo Antônio de Lisboa – 88050-400 – Florianópolis – Sc – Fone: 3371-8666central de comunicação – Rua Anita garibaldi, nº 79 – sala 601 – centro – Florianópolis – Sc – Fone (48) 3216-0600 [[email protected]]Escritórios RegionaisRio de Janeiro triunvirato Empresarial – Milla de Souza [[email protected]] – Rua São José, 40 – 4º andar – centro – 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ – Fone: (21) 2611-7996/9607-7910brasília Ulysses Comunicação ltda. [[email protected]] – Fone: (61) 3367-0180/9975-6660 – condomínio Ville de montagne, q.01 – cS 81 – Lago Sul – 71680-357 – brasília – distrito Federalparaná merconeti Representação de Veículos de comunicação Ltda – Ricardo Takiguti [[email protected]] – Rua dep. Atílio Almeida barbosa, 76 – conjunto 3 – boa Vista – 82560-460 – curitiba – pR – Fone: (41) 3079-4666 Rio grande do Sul Flávio Duarte [[email protected]] – Rua Silveiro, 1301/104 – morro Santa teresa – 90850-000 – porto Alegre – RS – Fone: (51) 3392-7767pernambuco hm consultoria em Varejo Ltda – Hamilton Marcondes [[email protected]] – Rua Ribeiro de brito, 1111 – conjunto 605 – boa Viagem – 51021-310 – Recife – pE – Fone: (81) 3327-3384 minas gerais SbF Representações – Sérgio Bernardes de Faria [[email protected]] – Av. getúlio Var-gas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 – 30112-021 – belo horizonte – mg – Fones: (31) 2125-2900/2125-2927Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante – [[email protected]] – O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 118,80. Aproveite a promoção especial e receba um desconto de 10%, pagando somente R$ 106,92 à vista. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. produção gráfica Impressão e Acabamento: Coan Gráfica Editora CTP – distribuição: Distribuidora Magazine Ex-press de Publicações ltda – São PauloEmpreendedor.com http://www.empreendedor.com.br Editora: Carla Kempinski – Repórter: Raquel Rezende

A construção civil sofreu com a estagnação nos anos 1980 e 1990. Mas a retomada do crescimento da economia, o aumento da renda da popu-lação e da oferta de crédito reanimaram o setor que, impulsionado pe-los investimentos do programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida” e do PAC, cresceu em torno de 10% em 2010. Com um déficit habita-

cional acima de 5,5 milhões de moradias, segundo a FGV, e de infraestrutura que suporte o crescimento da economia nos próximos anos e grandes eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, a expectativa é de um incremento superior a 6% ao ano até 2012.

Não obstante a grande relevância econômica e social da construção civil, qual o impacto que isto pode ter no meio ambiente, inclusive porque o futuro imóvel de-mandará recursos para sua manutenção e funcionamento? Hoje o setor está entre os que mais consomem em suas obras recursos naturais como pedras, areia, ferro e madeira – estima-se que 75% do volume total de árvores derrubadas no País seja destinado à construção civil. Além disso, é responsável pela produção de cerca de 30% dos resíduos sólidos gerados em centros urbanos. Depois de prontos, casas, edifícios residenciais e empresariais consomem 45% de toda a energia elétrica ge-rada no Brasil e 21% do volume total de água tratada.

Para que a conta do bem-estar social dos empregos gerados e da casa própria não chegue ao fim de nossas vidas e fique para as próximas gerações pagarem, é preciso adotar novos conceitos e técnicas de construção sustentável, assim como implementos e equipamentos mais racionais e eficientes – segundo a As-sociação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), o Brasil perde por mês o equivalente ao volume do Rio São Francisco só em des-cargas sanitárias. Na matéria de capa desta edição, a repórter Beatrice Gonçalves apresenta vários elementos que podem ajudar as construtoras a resolver a difícil equação de aliar crescimento e preservação do meio ambiente.

Alexsandro Vanin

E D I T O r I A L

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E M P r E E N D E D O r E S

luciano Pancich era um bem-suce-dido executivo de vendas e marketing – com passagem por multinacionais como Nestlé, Coca-Cola, TIM Celular e Claro – quando, em 2009, decidiu jogar tudo para o alto e se mudar de São Paulo para Flo-rianópolis. Foi na capital catarinense que ele colocou em prática o sonho de mon-tar seu próprio negócio. Surgia a Kusto-mize, empresa fabricante de adesivos de-corativos, que está em pleno processo de expansão pelo sistema de franchising.

“Sempre achei que tinha capacidade de montar meu próprio negócio, mas não tinha coragem, tinha receio de per-der a rotina da conta bancária no final mês, juntamente com o pacote de be-nefícios. Mesmo assim, resolvi arriscar, fazer o que gostava e vislumbrar minha satisfação pessoal e profissional, além de querer ganhar mais dinheiro”, conta Pancich. Em seu primeiro ano de atua-ção, a marca obteve o resultado de mais de R$ 700 mil em faturamento.

Para 2011, a empresa quer ser re-ferência no País no franchising de ade-sivos. O investimento necessário para montar uma loja da marca é de cerca de R$ 70 mil e o faturamento bruto previsto é de R$ 50 mil. Já um quiosque custa em torno de R$ 50 mil, com faturamento de R$ 30 mil. Neste ano, Pancich também planeja ampliar a linha de produtos, mo-delos e artistas da Kustomize, e iniciar o processo de internacionalização da mar-ca. www.kustomize.com.br

Luciano pancich

APOSTA CErTEIrA

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A executiva Adriana Cury aprendeu com o avô – um imigrante libanês e em-presário do ramo têxtil – que qualidade do serviço e atendimento ao cliente devem ser uma obsessão constante na vida de qualquer empreendedor. Com essa visão, ela vem se destacando no comando da operação brasileira da multinacional Interfloor, especializada no segmento de pisos e revestimen-tos em PVC. Adriana recebeu o convite para estruturar a filial em 2004 e, desde então, tem ampliado os segmentos de atuação da marca, incluindo, por exem-plo, os setores hoteleiro e náutico.

Formada em design pela Faculda-

de Belas Artes, com especialização em marketing e gestão empresarial pela Fundação Getulio Vargas, Adriana já tinha experiência nas áreas de arqui-tetura, decoração e construção civil. “Assumir uma empresa deste porte foi desafiador, mas quando somos apaixo-nados pelo que fazemos, isso se torna ao mesmo tempo estimulante”, con-ta. Ela aposta na Copa do Mundo de 2014 como um ótimo momento para a expansão de negócios. Segundo a executiva, o aumento da demanda já é sentido por conta da instalação de no-vos hotéis, estádios, shoppings, lojas e hospitais. www.interfloor.com.br

Adriana cury

HErANÇA EMPrEENDEDOrA

gilberto Otero

PAIxÃO SuSTENTávEL A Bambuando nasceu da paixão de Gilberto

Otero pela região serrana do Rio de Janeiro e sua afinidade com a proposta de decoração sustentável. A loja, inaugurada em abril de 2010, é especializada em móveis e objetos feitos com bambu e madeira e está localizada no Shopping Estação Itaipava, em Petrópolis. Os produtos são desenvolvidos e criados por Otero em parceria com os arquitetos Andrea Bungartem e leonardo Freitas.

Segundo Otero, a produção de móveis ainda é pequena e focada na necessidade e no gosto do cliente, que faz o pedido sob encomenda. Já os ob-jetos – como cachepôs, vasos, luminárias, pranche-tas – são oferecidos a pronta entrega. “Esperamos em breve vender também em outras lojas”, adianta o empresário.

O bambu gigante, principal matéria-prima da Bambuando, é seco em estufas e cuidado para não sofrer ação de fungos e insetos. Depois de tratados, os laminados de bambu recebem acabamento e são utilizados nas confecções de todos os produtos, proporcionando ao ambiente elegância e exclusivi-dade. www.bambuando.com.br

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A carioca Ana Asti é uma referência bra-sileira quando o assunto é comércio justo. Desde o ano 2000 ela se dedica a promo-ver relações comerciais equilibradas. Há cinco anos criou a Parceria Social, primeira empresa brasileira de consultoria que atua na consolidação do comércio justo e soli-dário no Brasil. Incubada na PUC do Rio de Janeiro, a proposta da empresa é garantir a pequenos fornecedores a remuneração

justa pelos seus produtos. Hoje, atende empresas como Fundação l’Occitane, Me-gamatte, Toca Tapetes e Brasil Social Chic.

Em 2004, Ana já havia fundado a Onda Solidária, onde hoje atua como vice-presi-dente e desenvolve projetos de formação de cadeias produtivas de comércio justo no segmento de moda. A administradora também é diretora internacional da WFTO (Organização Mundial de Comércio Justo)

representando a América latina e na cons-trução da certificação internacional para organizações de comércio justo da WFTO.

De acordo com Ana Asti, o comércio justo tem um crescimento médio de 30% ao ano na Europa e ultrapassa a marca de US$ 3 bilhões em faturamento. Estima-se que já beneficie mais de 1 milhão de pe-quenos produtores da América latina, África e Ásia. www.parceriasocial.com.br

Ana Asti

quESTÃO DE juSTIÇA

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Jefferson magalhães

HOrA DA COLHEITAO sonho de criar soluções eletrônicas para aplicações agrí-

colas levou Jefferson Magalhães, 31 anos, a trocar a estabili-dade de um emprego fixo pela aventura de empreender. Em 2009 ele fundou a Ceres Agrotecnologia, em parceria com sua irmã, Kelly, e dois colegas de faculdade, Gabriel e Vinícius. Não foi preciso muito tempo para Jefferson ter certeza de que fez a coisa certa. A ideia de desenvolver equipamentos e soft-wares para modernizar o processo agrícola rendeu ao grupo uma série de prêmios e uma subvenção federal, do Programa Primeira Empresa Inovadora da Financiadora de Estudos e Projetos (Prime/Finep).

Os recursos foram utilizados para profissionalizar a gestão da empresa e investir no desenvolvimento da linha Ostera de Equipamentos para Agricultura de Precisão. Após dois anos de trabalho, os produtos da Ceres, que otimizam a aplicação de insumos na lavoura, começaram a ser vendidos no merca-do nacional em janeiro deste ano. Para Jefferson, técnico em eletrônica e formando em Tecnologia em Sistemas Eletrônicos pelo Instituto Federal de Santa Catarina, é a hora da colheita. Uma boa hora para quem sempre pensou que a paixão pela agricultura lhe renderia bons frutos. www.ceresap.com.br

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Valtuir Fraga Caetano

IDAS E VINDASNum intervalo de pouco mais de dez anos, o engenheiro

Valtuir Fraga Caetano criou, vendeu e recomprou a Schalter Eletrônica, provedora de soluções integradas de automação comercial, bancária, industrial e de informática. Hoje ele é o diretor comercial e principal acionista do negócio que criou em 1991, em parceria com o colega Jorge André Backes. Três anos depois da fundação, a Schalter já era líder nacional na fabrica-ção e comercialização de impressoras de cheques.

No ano 2000, prestes a completar uma década, a empresa foi comprada pela norte-americana Hypercom. Mas três anos depois, por conta de um processo de reestruturação mundial da companhia, a Schalter voltou para o controle dos seus fun-dadores. Porém, as parcerias não pararam por aí. Em 2004, Ca-etano e Backes fecharam um acordo com a Elgin para a transfe-rência de todos os direitos de fabricação e comercialização dos

produtos de automação comer-cial da Schalter.

A meta de Valtuir nos próximos dois anos é fa-

zer da empresa um dos três principais forne-cedores nacionais de tecnologia nos mer-cados em que atua. Em pelo menos um destes segmentos ele

quer ser o maior for-necedor nos próximos

cinco anos. www.schalter.com.br

Ernesto Ary Neugebauer

DOCE DE NEGÓCIOBisneto dos fundadores da centenária marca de

chocolates Neugebauer, o empresário Ernesto Ary Neugebauer se mantém até hoje no ramo chocola-teiro. No ano seguinte à venda da Neugebauer, em 1981, ele fundou a Harald em sociedade com o irmão Werner e o pai – também Ernesto. Após a morte dos dois sócios, passou a comandar a empresa sozinho.

Hoje, a Harald detém uma fatia estimada de 65% do mercado de chocolates industriais. São mais de 200 itens como cereal coberto com choco-late, granulados, cobertura líquida, cacau em pó, cremes, recheios e cobertura hidrogenada. Entre seus clientes estão empresas como Bauducco, Ki-bon e McDonald’s.

A fábrica, localizada em Santana de Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo, tem capacidade para produzir 78 mil toneladas por ano. Nos últimos cinco anos ela recebeu investimentos de mais de R$ 50 milhões, incluindo novas instalações e equi-pamentos importados, tornando-se uma das mais modernas da América Latina. www.harald.com.br

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Estamos no início de um novo ano. E que-remos que ele seja próspero, sem dúvida nenhuma. E, claro, que os resultados se aproximem ao máximo das nossas inten-ções. com certeza, não esperamos ter de desencavar as mesmas desculpas es-farrapadas, no final desse novo período, para tentar justificar por que as coisas não acontecem: a estratégia foi mal de-finida, as pessoas deixaram de fazer sua parte, os recursos foram insuficientes, etc. No fundo, sabemos muito bem que o que pode nos impedir de chegar lá é au-sência de ação. mas não qualquer ação. O que pode nos impedir de realizar os objetivos é a falta de ação planejada. Em suma: uma agenda. uma agenda de ações consistentes. que proporcione resultados igualmente consistentes.

A agenda, então, deve propor um con-junto de ações capaz de criar um forte e permanente elo entre a alma, a mente e o corpo da empresa. Confira como fazer isso, da melhor forma.

qualidade de diálogo – a Alma em ação

No lado alma, a agenda propõe a qua-lidade de diálogo. Somente assim é pos-sível conhecer as verdadeiras razões dos problemas de equipe. Quantas reuniões você já conduziu em que, no final, todos parecem concordar sobre o que precisa ser feito, mas na sequência nada acon-tece, de fato? São reuniões em que não

existe um diálogo profundo e, portanto, ninguém expõe seus receios. Da mesma forma, deixa de se comprometer.

Em compensação, pense nas reuniões de que você participou e que geraram energia e grandes resultados. Analise bem a diferença entre um processo e outro. Vai perceber que se trata da qualidade do di-álogo. A qualidade do diálogo amplia ou restringe a inteligência de grupo. Neste úl-timo caso, o da restrição, a verdade nunca virá à tona e uma empresa só tem a perder quando não lida com a realidade.

Alguns líderes não gostam da realida-de. Preferem viver no reino da fantasia. Quando alguém traz alguma mensagem que contraria seus sonhos, prefere dar cabo do mensageiro. Por conta disso, mui-tas coisas ficam escondidas na caixa-preta. As pessoas também procuram evitar a re-alidade tanto por desejo de agradar como por receio de desagradar. O resultado será sempre a expansão da ignorância.

Se quer cumprir a agenda, esteja onde a ação está. E deixe de pressupor ou de-cidir apenas com informações filtradas pelos colaboradores diretos. Seu papel é fazer perguntas que permitam trazer a realidade à tona, de forma que você possa oferecer às pessoas a ajuda essencial para a correção dos problemas. Quando você faz boas perguntas, aprende coisas e seu pessoal também. Todos ganham com a verdade e com o aprendizado que dela decorre. Opte sempre pela verdade, em vez da falsa harmonia.

Faz parte da agenda definir o tom do diálogo na equipe. O modo como as pes-

A AgENDA

Se quer cumprir a agenda, esteja onde a ação está. E deixe de pressupor ou decidir apenas com informações filtradas pelos

colaboradores diretos

N Ã O D u r M A N O P O N T O

soas conversam determina como a empre-sa funciona. Um diálogo franco – em vez daquele defensivo – fará toda a diferença na forma de tratar e resolver os proble-mas.

qualidade de negócio – a mente em ação

É muito comum o ímpeto de querer realizar cinco anos em um, principal-mente no início do período, quando as energias estão restauradas. Então, para “ganhar” tempo, são definidas dez prio-ridades para a empresa. Sabe qual será o resultado disso? Apenas criar movimento e fazer barulho! Acontece que o ruído impede as pessoas de ouvir a música. Elas não conseguem acompanhar o ritmo nem têm a menor ideia da direção para onde convergir atenções, tempo e energias. Espera-se que façam lances sem conhecer o próprio jogo.

No lado mente, a agenda propõe ga-rantir a qualidade de negócio, e isso impli-ca foco e propósito. Quem dá a pista para a definição de um propósito é o cliente. Sobre isso admita: de quantas reuniões você já participou em que todos acham, mas nenhum dos presentes tem certeza? Ninguém vai à fonte para beber da boa água, ou seja, do cliente. A agenda propõe instituir a busca de informações na fon-te como mecanismo de relacionamento atento e interessado com quem pode nos oferecer as indicações corretas: o cliente.

A partir daí, é possível definir um pro-pósito para a empresa e uma razão para existir, tendo como fonte de inspiração o cliente e suas necessidades. Algo claro, simples, empolgante e factível.

A definição de propósito faz parte da agenda. Da mesma forma que a definição das prioridades. E atenção: não muitas! Três no máximo, e que todos sejam ca-pazes de assumir e assimilar. Se você sai por aí anunciando mais de três ou quatro prioridades, então não sabe (desculpe!) quais são as coisas mais importantes. Eleja as prioridades – ou seja, o que é realmen-

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prescindível. A partir daí, acompanhar preencherá a maior parte da agenda. Implica circular, captar pensamentos e sentimentos das pessoas, obter infor-mações e oferecer orientação e direção. Jamais termine uma conversa sem fazer um resumo das ações que devem ser realizadas, por quem, quando e qual o resultado esperado. É uma síntese alta-mente necessária.

Liderança

Por fim, a agenda do líder consiste em se envolver profundamente com as pessoas, com as estratégias e com os resultados. Deve ser capaz de criar uma realidade compreensível para to-dos, porque sabe conectar as partes e valoriza a importância dos detalhes em cada uma delas. Tem, portanto, a visão do todo e das partes. E, claro, com a firme disposição de atuar em todas as frentes, na busca do equilíbrio entre

te fundamental e está acima de tudo – e apresente-as de maneira bem definida, para que todos possam compreendê-las. E não tenha medo ou preguiça de repeti-las todos os dias, como um mantra, para que ninguém tenha oportunidade de se fazer de desentendido.

qualidade de resultado – o corpo em ação

No lado corpo, a agenda propõe as-segurar a qualidade do resultado. Implica criar um processo de decisão e ação que funcione com eficácia, defina as respon-sabilidades, assegure a compreensão e permita o acompanhamento. De todos. Quem vai fazer o que e quando? Enquan-to não tiver uma boa resposta para essa pergunta, você conseguirá apenas mais movimento do que ação. E os resultados ficarão sempre aquém do almejado.

Depois de esclarecidas as respon-sabilidades, o acompanhamento é im-

por Roberto Adami tranjanEducador da Cempre

Conhecimento & Educação Empresarial(11) 3873-1953/www.cempre.net

[email protected]

a alma, a mente e o corpo da empresa. É dessa poderosa síntese que depende chegar em dezembro com respostas positivas para todos os propósitos. Portanto, a partir desta clara perspectiva, feliz ano novo!

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por beatrice gonç[email protected]

O que esportistas e empresários podem ter em comum? Surama Jurdi, empresária e presidente da Agape do brasil – empresa do segmento de educação empresarial e desen-volvimento humano –, observou o compor-tamento de 15 grandes personalidades bra-sileiras, entre elas o empresário guilherme Leal, fundador da Natura, e o ex-jogador de basquete Oscar Schmidt, e descobriu que os princípios para vencer no esporte e no mun-do dos negócios podem ser os mesmos. por quatro anos Surama acompanhou o dia a dia

dessas personalidades e observou como elas agem em momentos decisivos de suas carrei-ras. A conclusão da pesquisadora foi que todos os entrevistados norteiam seu trabalho em sete princípios para conquistar resultados duradou-ros. “Eles sabem o que querem, têm foco, com-prometimento, são motivados e sabem muito bem usar o networking. Além disso, têm cons-tância e consistência em suas atitudes.”

A partir da pesquisa, a empresária passou a testar o uso desses princípios no dia a dia das empresas e percebeu que com esses processos era possível não só conquistar o sucesso, mas também sustentá-lo. Surama sistematizou es-ses conhecimentos em um novo método de for-

mação profissional chamado de Resultado Sus-tentável. “Em qualquer área de sua vida, você só é realizado se consegue sustentar as suas conquistas. hoje em dia, conquistar é muito fácil para todas as pessoas. qualquer coisa que você coloque em sua mente e que tenha uma motivação muito forte, você conquista. O desa-fio maior é sustentar.”

O seminário Atitude para Resultado Sus-tentável, ministrado por Surama, está entre os mais requisitados do país. Em cinco anos de trabalho, cerca de 150 mil pessoas já fizeram o curso de formação. Em 2011, a empresária se prepara para lançar um livro sobre as técnicas do resultado sustentável.

Sete fundamentos norteiam o trabalho de pessoas que conquistaram o sucesso duradouro

PrINCÍPIOSvITOrIOSOS

Surama Jurdi

E N T r E v I S TA

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Em qualquer área de sua vida, seja no campo

profissional ou mesmo no pessoal, você só é realizado se consegue sustentar as

suas conquistas

Você estudou por quatro anos o comportamen-to de esportistas e empresários brasileiros que são destaque em sua área de atuação. O que você percebeu no comportamento deles?

Surama Jurdi – Fiz um mapeamen-to profissional de 15 personalidades para entender seus aspectos comportamentais em diferentes momentos de suas carreiras. Para essa pesquisa escolhi profissionais de renome nos meios empresarial e esportivo como Marcio Utsch (presidente da Alpar-gatas), Guilherme leal (fundador da Natu-ra), Oscar Schmidt (ex-atleta de basquete) e José Carlos Grubisich (presidente da Braskem). Procurei entender quais foram os motivos que fizeram com que eles acre-ditassem no negócio que iam abrir ou na carreira que iam investir e busquei enten-der como eles reagem em momentos de dúvida, como lidam com os conflitos e com situações de perda e como eles conseguem se reerguer. Neste estudo percebi que ha-via sete princípios que foram listados por todos eles como essenciais no processo de conquista de resultados. O mais interes-sante é que esses comportamentos foram identificados em todos os pesquisados, mesmo entre pessoas de diferentes áreas. Esses princípios fizeram com que eles con-quistassem seus objetivos e conseguissem manter os resultados.

que comportamentos foram identificados?Surama Jurdi – Foi possível perceber

que todos eles sabem o que querem, têm foco, comprometimento, são motivados e organizados e sabem muito bem usar o networking. Além disso, têm constância e consistência em suas atitudes. Essas caracte-rísticas podem ser encontradas em qualquer pessoa. O que diferencia essas personalida-des é que elas souberam desenvolver e po-tencializar esses princípios. São pessoas que conquistaram o resultado sustentável.

O que é o resultado sustentável?Surama Jurdi – Para a maioria das

pessoas sucesso é uma série de atributos como ser feliz, conquistar e ter paz. Com a pesquisa que fiz, cheguei à conclusão que sucesso não é só conquistar – é con-quistar e sustentar. Foi a partir disso que criei esse conceito de resultado sustentá-vel. Em qualquer área de sua vida, seja no campo profissional ou mesmo no pessoal, você só é realizado se consegue sustentar

para sustentar o resultado alcançado?Surama Jurdi – A partir da pesquisa

que realizei com as 15 personalidades de sucesso, desenvolvi um seminário de ca-pacitação chamado Atitude para Resulta-do Sustentável em que eu trabalho formas para incentivar profissionais e empresas a conquistar e manter o que realmente de-sejam. Minha proposta é trabalhar os con-ceitos do resultado sustentável e ajudá-los a entender o que eles realmente querem e verificar o que está impedindo-os de che-gar lá. Nesse seminário explico como pen-sam as mentes de sucesso, como agem diante das dificuldades e como transfor-mam dificuldades em oportunidades. Já passaram por esse treinamento cerca de 150 mil pessoas de diferentes regiões do País. Essa é uma capacitação diferente de tudo o que vem sendo oferecido no mercado. Porque enquanto a maioria dos cursos aborda o passo a passo para reali-zar conquistas, eu oriento os participantes para atingirem seus objetivos, mantendo as consequências positivas a longo prazo, de forma sustentável. Esse é um seminário voltado a empresários, diretores, gerentes e vendedores e dou ênfase ao desenvol-vimento dos participantes através de um processo de autoconhecimento.

São poucas as pessoas e as empresas que

as suas conquistas. Hoje em dia, conquis-tar é muito fácil para todas as pessoas. Qualquer coisa que você coloque em sua mente e que tenha uma motivação mui-to forte, você conquista. O desafio maior é sustentar. Em todos os meus estudos sempre procurei entender por que alguns chegam lá em cima e continuam subindo, outros chegam lá, batem suas metas e logo caem, e outros passam a vida tentando e não chegam a lugar algum.

E por que alguns alcançam o sucesso e o man-têm e outros não?

Surama Jurdi – Isso acontece porque as pessoas não sabem no que elas devem focalizar ou focalizam coisas erradas. As pes-soas acabam focalizando apenas os resulta-dos e não se elas querem isso e por quanto tempo querem. Desde pequenas as pessoas são orientadas para conquistar o resultado, mas não para sustentá-lo, e isso faz com que as pessoas conquistem o que desejam, mas por pouco tempo. Quando as pessoas não sabem o que querem, não conseguem sair do lugar. Tudo acontece com uma velocida-de tão grande que as pessoas se atropelam e não se comprometem com um objetivo, ficam sempre mudando de ideia e assim não chegam a lugar algum. A maior dica para conquistar e sustentar é ter constância e consistência. É ser profundo naquilo que você escolhe. Não dá para falar em resultado sustentável se um dia eu quero uma coisa e no outro algo bem diferente.

como trabalhar para garantir que o sucesso alcançado seja sustentável?

Surama Jurdi – Há muitas pessoas que não sabem o que querem e o que se comprometeriam a fazer. O primeiro pas-so para conquistar e manter o resultado é saber exatamente o que se quer e, para isso, é preciso estipular metas. No mo-mento em que a pessoa sabe o que quer, ela se envolve no projeto e isso faz com que ela se comprometa. Essa mudança de postura do ‘eu gostaria’ para ‘eu quero’ faz com que as pessoas que estão ao seu re-dor também apostem nos projetos delas. É muito simples: você precisa saber o que quer, quais são os seus recursos e o que você precisa fazer para chegar lá. Depois disso é preciso pensar no plano de ação.

qual é a melhor forma para traçar estratégias

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líderes é como manter uma equipe motivada. Em que medida o processo de resultado sus-tentável pode ajudar nisso?

Surama Jurdi – Considero que para as empresas é melhor ter uma equipe comprometida do que motivada. As pes-soas motivadas fi cam empolgadas por um período curto, já a equipe comprome-tida se envolve mais nos processos, nos programas e nos objetivos da empresa. Somente quando uma equipe está com-prometida é que ela fi ca motivada de uma forma sustentável, ou seja, duradoura. A grande sacada é fazer os colaboradores se envolverem no projeto da organização. No meu curso trabalho para desenvolver profi ssionais de alta performance com atenção orientada para atitude e ação para resultado sustentável.

Como as empresas podem utilizar esse concei-to de resultado sustentável para incrementar seus processos?

Surama Jurdi – No curso Atitude para Resultado Sustentável trabalho me-canismos para melhorar o comprometi-mento dos colaboradores de empresas com os resultados da organização. Essa ideia de envolver a equipe nos proces-sos e em todos os projetos da empre-sa é o que mantém de fato a equipe comprometida com o resultado. Outro aspecto que levo em consideração é o processo de comunicação dos colabo-radores com os clientes. Considero que através de uma boa comunicação com o cliente é possível conquistar o resultado sustentável em vendas e transformar o consumidor leal à marca. Criei uma metodologia

nova para promover isso, um trei-namento que não tem nada a ver

com a forma com que os vendedores se vestem ou com a forma que eles sorriem para os clientes. Nessa capacitação que ofereço, ajudo os vendedores a construí-rem lealdade com os clientes.

conseguem manter esse resultado susten-tável. Por que isso acontece? É um processo muito difícil?

Surama Jurdi – Não é um processo difícil, é muito mais fácil do que a gente imagina. É só a gente aprender a mudar a nossa postura diante das conquistas – e essa é a minha proposta. Trabalho isso através de uma dinâmica de alto impacto que faço nos eventos. Minha proposta é ajudar as pessoas a descobrirem o que elas realmente querem e se comprome-terem com isso de verdade. No seminário procuro entender o que impede as pesso-as de conquistarem e sustentarem.

Qual é o melhor momento para traçar as estra-tégias que garantam o resultado sustentável?

Surama Jurdi – Considero que antes mesmo de iniciar um projeto já é impor-tante pensar em como conquistar os ob-jetivos e como mantê-los. Porque, para muitas pessoas, é difícil entender que é preciso traçar estratégias para sustentar o que já foi conquistado quando se está lá em cima, quando, por exemplo, uma mar-ca conquistou uma fatia de mercado ou mesmo quando alguém conseguiu inde-pendência fi nanceira. Muitas vezes acon-tece de a pessoa achar que aquilo nunca vai acabar. Mas é preciso pensar nisso por-que não dá para fazer as mesmas coisas e usar as mesmas estratégias de quando se estava conquistando aquele objetivo. Tudo isso precisa ser muito bem planeja-do, porque senão não sustenta.

Como introduzir os conceitos do resultado sus-tentável em uma empresa?

Surama Jurdi – Resultado susten-tável é quando todo mundo ganha: o cliente, o colaborador e a empresa. Nesse processo mostro que a em-presa precisa se aliar à sua equipe de forma que aquele colaborador também enriqueça trabalhando na organização. Porque quanto mais eles enriquecerem, mais rica será a empresa, e quanto mais fortalecidas estiverem as organizações, mais elas aju-darão a fazer um Brasil melhor.

Quando se fala em capacitação de colabora-dores, uma das principais preocupações dos

A empresa precisa se aliar à sua equipe de forma que aquele colaborador também

enriqueça trabalhando na organização

LINHA DIRETA

Surama Jurdi: www.resultadosustentavel.com.br

seus processos? Surama Jurdi –

para Resultado Sustentável trabalho me-canismos para melhorar o comprometi-mento dos colaboradores de empresas com os resultados da organização. Essa ideia de envolver a equipe nos proces-sos e em todos os projetos da empre-sa é o que mantém de fato a equipe comprometida com o resultado. Outro aspecto que levo em consideração é o processo de comunicação dos colabo-radores com os clientes. Considero que através de uma boa comunicação com o cliente é possível conquistar o resultado sustentável em vendas e transformar o consumidor leal à marca. Criei uma metodologia

nova para promover isso, um trei-namento que não tem nada a ver

com a forma com que os vendedores se vestem ou com a forma que eles sorriem para os clientes. Nessa capacitação que ofereço, ajudo os vendedores a construí-rem lealdade com os clientes.

muitas pessoas, é difícil entender que é preciso traçar estratégias para sustentar o que já foi conquistado quando se está lá em cima, quando, por exemplo, uma mar-ca conquistou uma fatia de mercado ou mesmo quando alguém conseguiu inde-pendência fi nanceira. Muitas vezes acon-tece de a pessoa achar que aquilo nunca vai acabar. Mas é preciso pensar nisso por-que não dá para fazer as mesmas coisas e usar as mesmas estratégias de quando se estava conquistando aquele objetivo. Tudo isso precisa ser muito bem planeja-

Como introduzir os conceitos do resultado sus-

Resultado susten-tável é quando todo mundo ganha: o cliente, o colaborador e a empresa.

empresa, e quanto mais fortalecidas estiverem as organizações, mais elas aju-

Quando se fala em capacitação de colabora-dores, uma das principais preocupações dos

Surama Jurdi: www.resultadosustentavel.com.br

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verdeconciliar crescimento com a preservação do meio ambiente é o desafio que a construção civil procura resolver com novos métodos e materiais

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Equação

por beatrice gonçalves | [email protected]

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Nos próximos anos o Brasil tem grandes de-safios a resolver. Precisa ampliar as obras de infra-estrutura de aeroportos, aumentar o número de estradas e construir mais moradias populares. Mas além de cumprir prazos e garantir que o País ofere-ça infraestrutura para continuar a crescer, um dos maiores desafios é garantir que os projetos a serem executados não deixem para as próximas gerações uma herança de danos ambientais, como solos im-permeabilizados e áreas verdes degradadas.

A equação para conciliar crescimento urbano com a preservação do meio ambiente não é fácil de resolver. Hoje o setor da construção civil está en-tre os que mais consomem recursos naturais como madeira, pedras, areia e ferro. Além disso, é respon-sável pela produção de cerca de 30% dos resíduos sólidos gerados em centros urbanos.

Nos últimos anos, tanto a cadeia produtiva da construção civil quanto o poder público e a própria sociedade civil têm se mobilizado para encontrar formas de construção mais sustentáveis. O Sindi-cato da Indústria da Construção Civil de São Paulo

(SindusCon-SP), por exemplo, criou manuais para orientar o setor sobre a necessidade do uso de ma-deiras que causam menos impacto ambiental e so-bre as vantagens do uso racional dos recursos hídri-cos. A entidade também assinou com o governo do estado o Protocolo Ambiental da Construção Civil e Desenvolvimento Urbano, um acordo de coopera-ção técnica para promover a fabricação e utilização de materiais mais sustentáveis nas obras.

Segundo a Green Building Council Brasil, or-ganização não-governamental que trabalha para o desenvolvimento da construção sustentável no Brasil, são mudanças como essas que têm popularizado os conceitos da sus-tentabilidade no País. Prova disso é que em 2010 o Brasil entrou no ranking mun-dial dos cinco países que mais investem em construções verdes, ficando atrás dos Estados Unidos, Emirados Árabes, Canadá e China. De acordo com a en-tidade, houve um crescimento no núme-ro de construções sustentáveis no País e

ranking Construção sustentável1º Estados unidos2º Emirados Árabes3º canadá4º china5º brasilFonte: green building council brasil (dados referentes a 2010)

Neo Next generation, condomínio residencial

de Florianópolis

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isso é possível perceber pelo aumento na procura por certificações ambientais. No ano passado, 23 imóveis no Brasil aten-deram aos requisitos de sustentabilidade do Green Building Council e receberam o certificado LEED (Leadership in Energy Environmental). Outros 211 empreendi-mentos como estádios de futebol, shop-ping centers e escolas estão em processo de certificação.

O arquiteto Jacques Suchodolski re-solveu inserir os conceitos da sustentabi-lidade nos projetos da Asas Incorporação e Habitat ltda, onde é diretor-presidente. Por dois anos ele estudou formas de via-bilizar um projeto mais sustentável para a obra do condomínio residencial Neo Next Generation que está sendo construído na praia do Campeche, em Florianópolis. Uma das soluções encontradas pelo arqui-teto foi utilizar o famoso vento da praia para gerar energia. Para isso ele optou por colocar em cada torre do condomínio um aerogerador, com capacidade para gerar cerca de 5 kW de energia e aquecer a água dos apartamentos. “Nós somos pioneiros no uso dessa tecnologia para imóveis re-sidenciais. Essa é uma solução que pode reduzir em até 50% o consumo de energia no condomínio.”

O arquiteto explica que no empreen-dimento serão utilizadas também placas

fotovoltaicas para captação de energia solar que servirão como segunda fonte de aquecimento de água e para gerar ener-gia para as áreas comuns do condomínio. Além desse sistema, o Neo Next Genera-tion terá uma estação de tratamento de esgoto e vai reutilizar a água das chuvas para abastecer o sistema de descargas sa-nitárias dos apartamentos. “Antes mesmo de terminar a obra já recebemos o selo CarbonOK que certifica a compensação de todo o gás carbônico que será emitido ao longo da construção do condomínio”, afirma o arquiteto.

Incentivo

Os preceitos da sustentabilidade tam-bém fizeram com que a rede de lojas de materiais de construção leroy Merlin re-pensasse seus processos. A empresa per-cebeu que era preciso incentivar o uso de materiais de construção que fossem mais sustentáveis entre seus clientes e criou o selo “Construir e Sustentar” para identifi-car no mix de produtos vendidos na rede aqueles que oferecem maior eficiência energética e evitam desperdícios dos re-cursos naturais.

Mas além de trabalhar para a conscien-tização de funcionários e consumidores, a rede entendeu que era preciso inserir a

sustentabilidade na construção e gestão das lojas. A leroy Merlin procurou a Ino-vatech Engenharia, especializada em con-sultoria ambiental, para pensar em formas de construir novas unidades da rede de forma mais sustentável e fazer com que aquelas já existentes também se tornas-sem mais ecoeficientes. A opção da rede foi então trabalhar para certificar as lojas e realizar todas as etapas da construção de acordo com o processo ambiental Aqua (Alta Qualidade Ambiental), que é uma adaptação da certificação francesa HQE de sustentabilidade e que é concedida no Brasil pela Fundação Vanzolini.

A primeira unidade construída pelo novo processo foi a de Niterói (RJ). E para garantir que a loja estaria de acordo com os critérios de sustentabilidade estabele-cidos pelo processo Aqua, todas as etapas da obra – desde a escolha do terreno, do projeto, dos materiais a serem utilizados – foram acompanhadas de perto pela Ino-vatech. “Mantivemos o nosso cronograma de trabalho de entregar a unidade em 150 dias e fomos adaptando os novos proces-sos de sustentabilidade na obra”, explica Pedro Sarro, diretor de projetos e obras e líder do comitê de sustentabilidade da leroy Merlin no Brasil.

O empreendimento foi auditado pela Fundação Vanzolini em quatro etapas, nas

Novas unidades da Leroy merlin têm certificação francesa hqE de sustentabilidade

Suchodolski: solução (energia eólica) pode reduzir em até 50% o consumo de energia no Neo Next generation

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Soluções utilizadas na Leroy Merlin de Niterói (RJ),primeira loja sustentável certificada do País:

reservatório de 150 mil litros de água embaixo do estacionamento para captar a água das chuvas e evitar alagamentos;

reuso da água das chuvas em descargas sanitárias;

mictórios que não utilizam água;

ar-condicionado que se ajusta automaticamente à temperatura;

piso de concreto polido que dispensa o uso de produtos químicos para limpeza;

LEDs na fachada da loja, que utilizam três vezes menos energia que as lâmpadas convencionais.

Fonte: Leroy Merlin

Medidas racionais

quais foi avaliado se o programa, o proje-to, a realização da obra e o uso e operação do imóvel estavam de acordo com 14 crité-rios de sustentabilidade do processo. Para conseguir a certifi cação Aqua, o imóvel teve que apresentar três níveis de susten-tabilidade considerados excelentes, quatro níveis superiores e os demais itens como bons nas categorias de ecoconstrução, ecogestão, conforto e saúde. Por esse processo fi ca a cargo do empreendedor escolher dentre os 14 itens quais vai valorizar de acordo com a particularidade do meio am-biente onde será construído o imóvel.

A opção da Leroy Merlin foi investir no uso racional de água e em efi ciência energética. A rede fez um reservatório de 150 mil litros de água embaixo do estacionamento para captar a água das chuvas, colocou nos banheiros mictórios que não utilizam água, instalou LEDS na fachada e nos caixas da loja e colocou ares-condicionados com ajuste automá-tico de temperatura. Com todos os pro-cessos de ecoefi ciência, a loja diminuiu em 50% o consumo de água, reduziu o consumo do ar-condicionado em 30% e o de energia em 17%, o que fez com que a unidade fosse a primeira loja no País a ter a construção e a operação certifi ca-das pelo processo Aqua. “Essa é uma loja

Alain Ryckeboer, Andreia Abreu e Pedro Sarro, da

Leroy Merlin Brasil

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100% sustentável. É a primeira da rede a ser certifi cada em nível mundial. O que havia antes eram lojas verdes da marca na França e na Espanha”, afi rma o líder do comitê de sustentabilidade da empresa no Brasil.

A certifi cação da Leroy Merlin de Niterói é considerada uma referência para toda a rede. Depois dessa unidade, a loja de Ta-guatinga (DF) também foi certifi cada pelo processo Aqua e as unidades de Campinas e Jacarepaguá, ambas em São Paulo, já tiveram duas etapas das obras certifi cadas. Além disso, a rede se-guiu os mesmos princípios de sustentabilidade para a reforma do prédio da matriz no Brasil e, por conta disso, teve a primeira certifi cação de retrofi t concedida pelo processo Aqua no País.

O consultor da Inovatech, Luiz Henrique Ferreira, acom-panhou todo o trabalho realizado na unidade de Niterói e ex-plica que a obra chegou a custar cerca de 8% a mais do que se tivesse sido realizada pelos procedimentos convencionais. Mas ele avalia que, a médio prazo, a rede verá o retorno do va-lor investido com o que será economizado em água e energia. Além da consultoria para a Leroy Merlin, a Inovatech presta assessoria para outras 30 organizações que buscam certifica-ção ambiental. “A maior parte das empresas que buscam a cer-tificação já tem algum programa de sustentabilidade. Elas nos procuram porque querem aprimorar isso e comprovar que os processos utilizados são realmente ecologicamente corretos. A certificação para eles é uma garantia.”

Desde 2008, a Fundação Vanzolini já certifi cou 21 empre-endimentos com o processo Aqua e foram emitidos outros 39 certifi cados para processos sustentáveis. O custo para ter uma construção certifi cada varia de R$ 19 mil para uma área de 1,5 mil metros quadrados até R$ 96 mil para um imóvel de 45 mil metros quadrados. “O processo Aqua leva em consideração as leis ambientais brasileiras e os padrões estabelecidos pelo Procel e pela ABNT. A certifi cação é uma garantia que nós, da Fundação Vanzolini, atestamos para confi rmar que um empreendimento é realmente sustentável”, explica Bruno Casagrande, executivo res-

Telhado verde absorve a água das chuvas, ajuda a purificar o ar e traz conforto térmico e acústico para o ambiente

Ferreira, da Inovatech, que presta assessoria para Leroy Merlin

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no telhado e que o usuário faça o plantio de fl ores ou plantas, o ecotelhado já vem pronto para ser instalado. A rapidez para a colocação também é outro diferencial. Enquanto um telhado verde demora em média um mês para fi car pronto, a instalação de um ecotelhado em uma área de 1,5 mil metros quadrados leva em média três dias. O sistema permite ainda que em caso de qualquer problema na estrutura da casa – como a quebra de uma telha – que os módulos sejam retirados para o conserto e depois reinstalados sem qualquer dano.

Guimarães explica que a procura pelo sistema tem crescido a uma média de 30% ao ano e que o ecotelhado

já está sendo exportado para países como Chile, México e Bolívia. Além do módu-

lo de telhado verde, a empresa ofe-rece outros produtos sustentáveis que também auxiliam no conforto térmico e na purifi cação do ar dos ambientes. A ecoparede, por exemplo, funciona como um jar-dim vertical, o ecopavimento é um pavimento permeável, e o ecodre-no um sistema de biorretenção que promove a gestão da água das chu-

vas e previne inundações. O trabalho inovador da empresa e sua atuação

no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis fi zeram com que a Eco-telhado fosse escolhida pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas para rece-

ber investimentos do programa New Ventures Brasil.O desperdício de água no País também

pode ser evitado com uma solução simples. Segundo a Associação Nacional dos Comerciantes

ponsável pelo processo Aqua na Fundação Vanzolini. De toda energia elétrica gerada no Brasil, o equivalente a 45%

do total é destinado para iluminar casas, edifícios residenciais e empresariais por mês, segundo a Eletrobras. Também 21% do vo-lume total de água tratada no País é reservado para abastecer o setor imobiliário nacional. Essa é uma conta que poderia ser bem menor se fossem adotadas medidas de efi ciência energética e do uso racional de água no Brasil.

Pequenas mudanças

Conseguir diminuir a temperatura de um ambiente em 10˚C, por exemplo, pode trazer uma economia signifi cativa no consu-mo de ar-condicionado e, por consequência, no de energia. E para fazer isso não são necessárias grandes mudanças. Uma das pro-postas mais viáveis vem da empresa Ecotelhado, especializada em infraestrutura verde urbana, que desenvolveu um sistema modular que permite colocar no telhado de casas, edifícios ou empresas uma estrutura que funciona como um telhado ver-de ou mesmo um jardim suspenso. “Essa estrutura absorve a água das chuvas, ajuda a purifi car o ar e ainda traz um grande conforto térmico e acústico para o ambiente. O ecotelhado é um produto que pode ajudar a evitar o caos provocado pelas enchentes nas cidades porque permite que áreas antes impermeabilizadas, como os telhados, ajudem a absorver a água das chuvas”, explica Paulo Guimarães, diretor da empresa.

Para colocar o sistema é pre-ciso impermeabilizar o telhado e garantir que a estrutura su-porte o peso dos módulos do ecotelhado. Diferente de outros telhados verdes disponíveis no mercado, que exigem a colocação de terra

já está sendo exportado para países como Chile, México e Bolívia. Além do módu-

lo de telhado verde, a empresa ofe-

inovador da empresa e sua atuação no desenvolvimento de tecnologias

Fundação Getulio Vargas para rece-ber investimentos do programa New

Ventures Brasil.O desperdício de água no País também

pode ser evitado com uma solução simples. Segundo a Associação Nacional dos Comerciantes

Conseguir diminuir a temperatura de um ambiente em 10˚C, por exemplo, pode trazer uma economia signifi cativa no consu-mo de ar-condicionado e, por consequência, no de energia. E para fazer isso não são necessárias grandes mudanças. Uma das pro-postas mais viáveis vem da empresa Ecotelhado, especializada em infraestrutura verde urbana, que desenvolveu um sistema modular que permite colocar no telhado de casas, edifícios ou empresas uma estrutura que funciona como um telhado ver-de ou mesmo um jardim suspenso. “Essa estrutura absorve a água das chuvas, ajuda a purifi car o ar e ainda traz um grande conforto térmico e acústico para o ambiente. O ecotelhado é um produto que pode ajudar a evitar o caos provocado pelas enchentes nas cidades porque permite que áreas antes impermeabilizadas, como os telhados, ajudem a absorver a água das chuvas”, explica Paulo Guimarães, diretor da empresa.

Para colocar o sistema é pre-ciso impermeabilizar o telhado

Fonte: Anamaco

No Brasil, os 50 milhões de

imóveis existentes desperdiçam cerca de 575 milhões de metros cúbicos de água por mês em

descargas sanitárias

35% da água de uma casa é desperdiçada em

descargas sanitárias

A Ebiobambu, em Visconde de Mauá (RJ), forma mão de obra especializada no uso de bambu em construções

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queiroga: “cada 50 pallets fabricados pela Wisewood evita a derrubada de cerca de 3 metros cúbicos de madeira e representa uma economia de 2 metros cúbicos de derivados de petróleo”

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de Material de Construção (Anamaco), o Brasil chega a perder 575 milhões de metros cúbicos de água por mês só em descargas sanitárias, o equivalente ao vo-lume do Rio São Francisco. Um valor que poderia ser evitado com a troca das bacias e válvulas sanitárias.

Pelos cálculos da Anamaco, o Brasil tem ainda 100 milhões de bacias de pri-vadas que foram instaladas antes de 2002 e que gastam em média cinco vezes mais água por descarga do que as bacias comer-cializadas hoje. São produtos antigos que chegam a utilizar cerca de 35% da água tratada de uma residência. “Em uma casa de quatro pessoas, a descarga sanitária é acionada, em média, 16 vezes ao dia. Se em cada descarga forem gastos cerca de 30 litros, o total do consumo diário será de 480 litros. Em um mês, chegamos a um total de quase 15 mil litros ou 15 metros cúbicos de consumo”, afirma Cláudio Conz, presidente da Anamaco.

Com bacias sanitárias novas que gas-tam em média 6 litros por descarga, o con-sumo dessa mesma casa com quatro pes-soas chega a 2.880 litros ou 2,88 metros cúbicos por mês. O que pode gerar uma economia de 80% no consumo de água e fazer com que o consumidor pague cinco vezes menos pelo serviço ao mês. “Hoje,

além das válvulas novas gastarem no máxi-mo 6 litros em cada descarga, há modelos de válvulas de fluxo duplo que permitem ao usuário acionar volumes de descargas diferentes – uma de 3 litros para uma lim-peza mais simples e outra de 6 litros para uma mais completa.”

Para Conz, uma das soluções para evitar o desperdício de água é promover a troca dessas 100 milhões de bacias sani-tárias no Brasil em larga escala. Para isso é necessário investir cerca de R$ 150 em cada nova bacia. Conz considera que esse poderia ser um investimento custeado pelo governo, e cita o caso de Nova York como exemplo. Na cidade norte-america-na, a prefeitura criou um programa de in-centivo à substituição dos vasos sanitários do município – o TRP (New York Toilet

Rebate Program) – que trocou 1 milhão de bacias sanitárias gratuitamente. “Isso fez com que a cidade registrasse econo-mia de 30% no consumo de água e 35% nos custos com tratamento de esgoto.”

Caso seja feita uma troca assim no Brasil, Conz afirma que as bacias sanitá-rias antigas não precisam virar lixo. Um estudo feito pela Associação Brasileira de Cimento Portland mostrou que esse ma-terial pode ser reaproveitado como parte da matéria-prima usada pelas indústrias de cimento e de concreto, podendo ser utilizado também no composto compac-tado que é colocado antes da camada de asfalto de ruas e estradas.

Conz explica que no Brasil essa mu-dança tem sido feita aos poucos e nos lu-gares em que isso já aconteceu é possível ver a diferença. Na cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo, prédios públi-cos e escolas municipais que trocaram as louças e os metais antigos tiveram uma economia de 97% no consumo de água. “Nessa cidade o retorno sobre o inves-timento com as novas bacias aconteceu em menos de três meses.”

Além de cobrar do governo um maior comprometimento em estimular o uso consciente dos recursos naturais, Conz considera que cabe ao varejo um

do volume total de madeira retirado por ano no país,estima-se que 75% do material seja utilizado pela construção civil

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da de cerca de 3 metros cúbicos de madeira e representa também uma economia de 2 metros cúbicos de derivados de petróleo. Além disso, o sistema retira do meio am-biente 2 toneladas de resíduos”, afirma Marcelo Queiroga, diretor da Wisewood.

Queiroga explica que, com o serviço oferecido pela Wisewood, empresas que geram resíduos plásticos e fibras podem transformar seus passivos ambientais em ativo patrimonial. “Nós fizemos uma par-ceria com a marca Café Iguaçu para rea-proveitar parte dos resíduos gerados na fabricação de café em pó. Eles nos man-daram um material plástico que era des-cartado durante a fabricação das embala-gens e borras de café para que fizéssemos madeiras e pallets plásticos que seriam utilizados na própria fábrica da empresa. O material ficou tão bom que a madeira produzida tinha até cheiro de café.”

A madeira plástica fabricada por esse processo é impermeável, tem alta resistên-cia, é imune a pragas e tem características físicas parecidas com a madeira conven-cional. O preço do material costuma variar de R$ 52 a R$ 105 o metro quadrado. “O preço da madeira convencional com o da madeira plástica se equivalem. Mas a mé-dio prazo a madeira plástica se torna mais barata porque o material já está pronto

papel fundamental. “Sustentabilidade é também responsabilidade do varejo. À medida que as lojas venderem somente produtos ecoeficientes, o consumidor não terá opções de escolher produtos

que não respeitem o meio ambiente.”Um exemplo de recurso natural utili-

zado hoje em larga escala e que poderia ser substituído por materiais mais sus-tentáveis é a madeira. Do volume total retirado por ano no País, estima-se que 75% do material seja utilizado pela cons-trução civil. Um recurso que poderia ser substituído, em alguns casos, pela madei-ra plástica – material feito da mistura de diversos plásticos recicláveis com fibras naturais e que apresenta alta durabilida-de e menor custo de manutenção do que a madeira convencional.

Resíduos aproveitados

A Wisewood desenvolveu uma tecnolo-gia própria para fabricar madeiras plásticas, dormentes, pallets e estacas feitas de mate-riais reciclados e resíduos. A empresa tem capacidade para transformar o que seria lixo industrial, como borracha e plásticos, e fibras naturais – como celulose e sisal – em madeira plástica que pode ser utilizada no acabamento de áreas externas como pisos e deques. Um material que, além de dar nova finalidade para antigos resíduos, evi-ta a derrubada de árvores e o consumo de outros recursos naturais. “Cada 50 pallets fabricados pela Wisewood evita a derruba-

bruno casagrande, da Fundação Vanzolini, que já certificou 21 empreendimentos com o processo Aqua

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Anamaco: www.anamaco.com.brEbiobambu: www.ebiobambu.com.brEcotelhado: www.ecotelhado.com.brInovatech Engenharia: www.inovatech.eng.brLeroy merlin: www.leroymerlin.com.brNeo Next generation: www.conceitonext.com.brprocesso Aqua: www.vanzolini.org.brWisewood: www.wisewood.com.br

para ser utilizado e não precisa de manu-tenção. Já a madeira convencional precisa ser constantemente impermeabilizada.”

Outra alternativa à madeira é o bam-bu. Mas a falta de mão de obra que atinge a construção civil – segundo a Sondagem da Construção Civil realizada pela Confe-deração Nacional da Indústria (CNI) em janeiro de 2011, 68% de um universo de 375 empresários do setor apontam difi-culdades em contratar profissionais para a área – também afeta as construções ver-des. Faltam profissionais qualificados que entendam e saibam construir a partir de materiais e técnicas mais sustentáveis.

Quando a arquiteta Celina llerena re-

sol veu começar a trabalhar com bambu pa ra construção de casas teve dificuldades de encontrar quem pudesse auxiliá-la nes-se projeto. Ela percebeu, então, que era preciso criar um curso de formação em bioarquitetura para ensinar outras pesso-as a utilizarem o material. Em 2002, Celina e um grupo de arquitetos montaram a Es-cola de Bioarquitetura e Centro de Pesqui-sa e Tecnologia Experimental em Bambu (Ebiobambu), em Visconde de Mauá (RJ).

Celina explica que no curso de forma-ção oferecido pela escola as pessoas apren-dem a identificar as diferentes espécies de bambu, fazer o corte, tratar o material e aprendem a montar toda a estrutura da construção. “A alta resistência do material permite que ele seja utilizado em substi-tuição à madeira e ainda que receba cal e areia ou que seja cimentado. O bambu pode ser utilizado na construção de casas, galpões e áreas externas. A única restrição ao uso é em áreas muito úmidas.”

Segundo a arquiteta, o uso de bambu na construção civil é um método rápido e barato que reduz o custo da obra em até 30% em comparação com uma construção convencional e diminui os impactos sobre

Faltam profissionais qualificados que entendam e saibamconstruir a partir de materiais e técnicas mais sustentáveis

o meio ambiente. Para mostrar as vanta-gens do material ela faz um cálculo. “En-quanto é preciso esperar 15 anos para o ponto de corte de um pinus, o bambu leva em média três anos para chegar ao tama-nho necessário para o corte.” Embora não seja fácil resolver, a equação tem solução. Na verdade, mais de uma. Basta utilizar os elementos corretos.

uso de bambu na construção civil é um método rápido e barato que pode reduzir o custo da obra em até 30%

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fonteDireto na

por cléia [email protected]

O que pode haver de inovação em um parafuso? Para os leigos no assunto é difícil imaginar como é possível mudar um item que parece exatamente igual ao fabricado há 100 anos. A Ciser Parafusos e Porcas, maior fabricante de fixadores me-tálicos da América latina, com sede em Joinville (SC), decidiu lançar o desafio

Empresas buscam conhecimento nas universidades e estimulam acadêmicos a se engajarem em seus projetos de inovação

para quem entende do assunto. Para isso criou em 2009 o Prêmio Ciser de Inova-ção Tecnológica, um estímulo financeiro para que pesquisadores de áreas como física, química, matemática e engenharia voltem seus estudos para o segmento de conformação de materiais, tradicional-mente esquecido pela academia.

“O que fizemos foi pedir aos pesqui-sadores que se unam à nossa cruzada pela inovação. Hoje, podemos dizer que esco-

lhemos o caminho certo”, afirma Guido Ganassali, gerente de Pesquisa e Desen-volvimento (P&D) da companhia. Para o executivo, o conhecimento científico, as instalações e as mentes necessárias para o grande salto tecnológico do País estão disponíveis nas universidades. E cabe à indústria identificar as novas tecnologias e os talentos para aproveitá-los em seus processos. Ganassali ressalta que o custo de P&D é muito alto e a saída é utilizar

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mentes que já detêm o conhecimento, encurtando caminhos.

O projeto vencedor da segunda edi-ção do Prêmio Ciser, divulgado no final de 2010, mostra bem o que Ganassali quer dizer com “utilizar mentes que já detêm o conhecimento”. A estudante de física Anezka Popovski Kolaceke, da Universidade do Estado de Santa Catari-na (Udesc), e seu orientador, luis César Fontana, apresentaram uma proposta para a criação de fixadores inteligentes – parafusos com diferentes coeficientes para apertar e soltar, o que facilita muito o seu uso. O projeto, que se apoia na na-notecnologia, impressionou os jurados do prêmio e, claro, a própria Ciser.

O que chama atenção é que Anezka e o professor Fontana desenvolveram o projeto do fixador com atrito seletivo em apenas um mês. O que eles fizeram foi aplicar suas pesquisas com filmes finos ao segmento de parafusos. “Só precisamos fa-zer amostras em chapas metálicas para ver se era viável”, conta Anezka. Para chegar

ao produto em si, ainda há um caminho a percorrer, mas o conceito embutido na ideia é considerado revolucionário para a área de fixadores. Uma revolução estimu-lada pelo modelo de inovação aberta. Afi-nal, Anezka e Fontana dificilmente teriam parado para pensar em fixadores sem o estímulo do prêmio.

Para o projetista Giuliano Bergamin, estudante de engenharia química da Pon-tifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), prêmios de inovação são im-portantes para aproximar os acadêmicos das necessidades do setor produtivo. “Muitos se formam e não sabem aplicar o

conhecimento que têm”, observa. Berga-min foi o segundo colocado no prêmio da Ciser com a proposta de uma trava mista de aperto, que não possui compromisso com a rosca do parafuso. No dia da pre-miação, ele levou um protótipo no bolso para apresentar melhor sua ideia.

Segundo Ganassali, em dois anos o Prêmio Ciser de Inovação permitiu à empresa se relacionar com mais de 90 universidades e estabelecer um ne-tworking com cerca de 2 mil alunos. “Contamos com quatro linhas de pes-quisa, que envolvem hoje 14 mestres e doutores de renomadas universidades. Em 2011, mais que dobraremos este índice”, destaca o executivo. Neste ano a empresa espera lançar os primeiros produtos advindos das propostas rece-bidas pelo concurso. Na terceira edição, o prêmio também receberá projetos de estudantes de escolas técnicas.

“O que a Ciser está fazendo é ampliar seus cérebros, estimulando a academia a pensar num setor tradicional da econo-

O custo de p&d é muito alto e a saída é utilizar mentes que já detêm o conhecimento, encurtando caminhos

da esquerda para direita: carlos Rodolfo, presidente da ciser, Anezka popovski Kolaceke e césar Edil da

costa, da udesc, e mário barra, diretor da Anpei. Ideia premiada da estudante traz conceito revolucionário

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mia, que precisa estar atento às inova-ções para se manter competitivo”, desta-ca Deuci Castro, analista da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Segundo ele, infelizmente essa não é uma prática comum no Brasil. “O setor privado preci-sa assumir o protagonismo da inovação. Afinal, inovação é o conhecimento trans-formado em produto e o locus para isso é a indústria”, acrescenta Mário Barra, fundador e diretor da Associação Nacio-nal de Pesquisa e Desenvolvimento de Empresas Inovadoras (Anpei).

Rede de parceiros

A Natura, maior fabricante brasileira de cosméticos e produtos de higiene e beleza, também aposta no modelo de ino-vação aberta. “Antes mesmo do termo ser promovido por Henry Chesbrough (autor do livro Open innovation, publicado em 2003)”, observa luciana Hashiba, gerente de Gestão, Inovação e Parcerias da Natura. Para a executiva, o relacionamento e for-mação de redes de colaboração é parte in-

LINhA dIREtA

Anpei: (11) 3842-3533ciser: (47) 3441-3999Finep: (21) 2555-0555Natura: www.natura.com.br

tegrante da essência da empresa. “Busca-mos a inovação aberta para compartilhar riscos, somar capacidades e competências e expandir nosso investimento em inova-ção para nossa rede de parceiros.”

Em 2007, a empresa lançou o Natu-ra Campus, um programa de relaciona-mento com professores, pesquisadores e estudantes de instituições de ensino e pesquisa. Desde sua criação, centenas de propostas foram apresentadas através do portal do programa na internet, chamadas em editais públicos e ideias e projetos di-vulgados diretamente pelos pesquisado-res da Natura aos parceiros. A cada dois anos a empresa realiza um prêmio para pesquisadores que tenham finalizado pro-jetos em parceria com a Natura. Segundo luciana, o objetivo é reconhecer o valor que os trabalhos agregam no processo de inovação na Natura.

“Independente se o projeto terá uma aplicação direta em um produto, ele pode ser importante para a viabilização da ino-vação, seja na obtenção de um novo co-nhecimento, um novo processo ou con-

ceito.” A gerente cita o projeto vencedor da edição 2010 como um exemplo. Ele trata da padronização e obtenção de uma nova metodologia não-invasiva de avalia-ção do estado da pele em humanos. “Este processo não é aplicado diretamente em um novo produto, porém nos permite de-senvolver produtos cada vez mais alinha-dos às expectativas dos nossos consumi-dores”, afirma Luciana.

Tanto para a Natura quanto para a Ciser, a meta agora é aumentar ainda mais suas redes de colaboração com instituições de pesquisa. O caminho estratégico para seguir inovando já foi traçado, basta percorrê-lo. E nesta cami-nhada não faltam parceiros.

“Inovação é o conhecimento transformado em produto e o locus para isso é a indústria”, diz mário barra

Natura busca a inovação aberta para compartilhar riscos, somar capacidades e competências e expandir o investimento em inovação para rede de parceiros

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abandonadasCompras

confira dicas importantes para evitar que o internauta desista da transação antes de finalizá-la

por mônica [email protected]

Fazer compras pela internet já faz parte da rotina de muitos brasileiros. Es-tatísticas indicam que existem mais de 13 milhões de e-consumidores no País – e a expectativa é que esse número não pare de crescer, até porque somamos mais de 70 milhões de internautas. É aqui tam-bém que as pessoas passam mais tempo on-line, acima de 26 horas por mês. De cada dez internautas, pelo menos sete vi-sitam sites de compras, o que justifica a importância de estar presente no comér-cio virtual. Mas o crescente sucesso do e-commerce não isenta os varejistas de problemas. E o principal deles é o aban-dono do carrinho de compras. Segundo leonardo Cid Ferreira, CEO da agência de marketing digital AD Brazil, de 57% a 75% das compras on-line são abandona-das antes da venda ser fechada. “Por isso é importante que as empresas pensem em estratégias para que os consumidores não desistam antes de concluir a operação”, alerta o especialista.

Quem conhece bem esse problema é Natan Sztamfater, fundador da PortCa-sa, loja virtual especializada em artigos de cama, mesa e banho que conta com mais de 30 mil acessos por dia. “Temos aproximadamente 65% de abandono das compras, sem dúvida um grande desafio ao e-commerce brasileiro”, revela. Para tentar diminuir este número, o empre-sário investe em ações para diminuir o tráfego não-qualificado, além de pro-mover ofertas pontuais com o atrativo do frete grátis e de deixar o telefone

de contato bem à mostra, para que os clientes possam se comunicar de manei-ra mais “humana” em caso de dúvidas na hora de fechar a compra.

“Além disso, aceitamos quase todas as formas de pagamento e diminuímos recentemente os dados pedidos no cadas-tro, a fim de minimizar o abandono nesta fase. No entanto, o empreendedor não deve se precipitar. Muitas vezes, a solução está em algo mais simples, como oferecer mais formas de pagamento, melhorar o frete e até mesmo o acesso ao atendimen-to”, recomenda o empresário.

A experiência no ramo levou Sztam-fater a criar a agência de marketing digi-tal Cookie Web, especializada em lojas virtuais de pequeno e médio portes. “Por conta dessa bagagem que acumu-lei para trabalhar no marketing digital da PortCasa, acabei firmando parcerias com fornecedores do meio que são im-portantes e contribuem para resultados nas ações, com o objetivo de diminuir o abandono do carrinho de compras”, ex-plica. Entre os serviços prestados pela agência estão o desenvolvimento de plataformas de e-commerce, parcerias com veículos de mídia e sites relacio-nados ao varejo eletrônico, incluindo Buscapé e Virid, entre outros.

Mas o que leva o consumidor a aban-donar as compras virtuais? De acordo com um estudo feito nos Estados Unidos com 179 e-consumidores, há dez motivos (veja box) para a desistência da compra. Acom-panhe a seguir como é possível lidar com os três principais entraves ao fechamento das vendas on-line seguindo as dicas do consultor leonardo Cid Ferreira:

E - C O M M E r C E

Frete elevadoSegundo a pesquisa, 72% dos e-consu-

midores abandonam o carrinho de com-pras devido ao alto custo do frete. “Devi-do à nossa experiência no Brasil com lojas de e-commerce, eu gostaria de adicionar a este item outro motivo de abandono que é o prazo de entrega. O consumidor que compra on-line faz isso por conveniência e quer ter a percepção que ao comprar on-line ele não perde em nada. Então, o frete e o prazo de entrega se tornam fa-tores muito relevantes”, alerta Ferreira. O ideal, portanto, é que os lojistas procu-rem diversas soluções de entrega, não se limitando apenas aos Correios, mas sim buscando parcerias com transportadoras rodoviárias ou aéreas. “Na grande maio-ria dos casos, vale a pena usar a tática do

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10 motivos para abandono61% comparação de preço e usabilidade com outras lojas56% mudou de ideia51% guardando itens para posterior compra43% custo total da compra é muito alto41% processo de check-out é muito longo35% processo de check-out requer muita informação pessoal34% Site requer cadastro antes da compra31% Site é instável e não confiável27% processo de check-out é confusoFonte: Leonardo cid Ferreira

frete grátis. Isso diminui a margem, mas se mais vendas ocorrerem devido a isso, pode valer a pena. Uma opção é dar o fre-te grátis para os estados que já possuem maior infraestrutura como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Outra opção é proporcionar o frete grátis, mas também dar a opção para o consumidor pagar um pouco mais para uma entrega mais rápi-da”, completa o consultor.

preço e usabilidadeA comparação de preços com outras

lojas é algo comum no varejo, mas no caso do e-commerce é ainda mais crucial, já que a facilidade de pesquisar preços na internet é infinitamente maior, levando 61% dos e-consumidores a abandonarem os carrinhos de compras. “Se a sua loja vende produtos que são commodities

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Ad brazil: www.adbrazil.com.brAgência cookie Web: www.cookieweb.com.brportcasa: www.portcasa.com.br

e vários outros sites estão vendendo a mesma coisa, então o preço será um fa-tor decisivo na hora da compra. Mas se o foco da loja for qualidade acima de preços baixos, você deve tomar cuidado para não tentar competir com sites que só têm pre-ço bom. Não se deve cair no engano de que preço é tudo, pois não é. Segurança, credibilidade e experiência são fatores im-portantes para o consumidor.”

check-outAgilidade é a palavra de ordem na web.

Portanto, processos de check-out muito longos tendem a espantar os consumido-res. Na pesquisa, 41% dos entrevistados disseram abandonar o carrinho de compras por conta disso. “É muito importante que o check-out virtual seja rápido e, de prefe-rência, que requeira o mínimo possível de

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informações do comprador. Especialmente se ele já for um cliente”, diz Ferreira. Para fazer isso, basta pedir ao consumidor so-mente o necessário e essencial para a efe-tivação da venda. “Perguntas como: ‘qual o nome do cônjuge?’, por exemplo, não são importantes para que a venda ocorra. Fa-cilitar o preenchimento do endereço pelo CEP do usuário também é uma boa ideia. A finalização da compra deve ser simples, objetiva e rápida.”

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AS 21 MArCAS DO SÉCuLO

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8. pãO dE AçÚcAR9. pEtRObRAS10. SKOL11. SONY12. VALE13. bRAdEScO14. cOcA-cOLA

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Portfólio de

A publicação “marcas do Século 21” revela quais serão as destaques da segunda década

Nem fórmulas prontas e regras enges-sadas. Para uma marca se transformar em signo de excelência e conquistar espaço no competitivo mercado de consumo em constante mutação, a trajetória nem sempre é friamente calculada. O mundo gira e, na mesma proporção, os valores cotidianos ganham e perdem corpo na mesma sombra do tempo. As cabeças res-piram ideias e expiram comportamento. Nesta plataforma, sobressaem as marcas que conquistarem as mentes e também os corações dos consumidores.

No século 21, a Editora Empreendedor decifra as que estarão em destaque na opi-nião e reflexão de profissionais convida-dos da área de comunicação, publicidade,

propaganda e marketing de todo o Brasil. livres para avaliar os aspectos singulares na consolidação da marca, o resultado da pesquisa será transformado em publicação especial “Marcas do século 21”, que traz a seleção de nomes nacionais e multinacio-nais que devem fazer história na segunda década no Brasil. Com o lançamento con-firmado para o mês de abril, em São Paulo, o projeto é coordenado pelos publicitários Eloy Simões e Francisco Socorro.

De 2000 para cá, quando foi realiza-da a primeira edição do projeto “Marcas do Século 21” da Editora Empreende-dor, nove das nacionais e internacionais permanecem na lista e exibem maduro desempenho na segunda década. Cami-

nham equilibradas as marcas Bradesco, Coca-Cola, IBM, McDonald’s, Microsoft, Nestlé, Nike, Rede Globo e Volkswagen na aposta do corpo de jurados formado por profissionais de renome da área de comunicação, publicidade, propaganda e marketing do País. Outras acabam de chegar à lista sinalizando mudanças de comportamento e preferência do con-sumidor. Também vão ganhar a cena e ingressar na seleção: Apple, Banco do Brasil, Fiat, Google, Hyundai, Itaú, Natu-ra, Pão de Açúcar, Petrobras, Skol, Sony e Vale. Num plano geral, o conjunto revela muito mais sobre o perfil que caminha o mercado nacional e as gerações de pro-dutos que influenciam e vão influenciar o

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júrI NACIONAL

Alejandro Pinedo | São paulo diretor-geral da Interbrand no brasil. graduado em marketing.

Alex Periscinoto | São paulo Sócio da SpgA consultoria de comunicação. Fundador e sócio da Almap/bbdO até 1993.

Armando Strozenberg | São paulo chairman da Euro RScg contemporânea. Vice-presidente da Abap.

Celso japiassu | Rio de Janeiro Editor do blog celso Japiassu. consultor de marketing.

Daniel Barbará | São paulo diretor do grupo Eugenio. publicitário.

Dennis giacometti | São paulo presidente da giacometti comunicação. presidente da zhuo consultoria em gestão, Inovação e Estratégia de marca.

Emilio Cerri Neto | Florianópolis diretor associado da marketall. Fundador e editor do portal comgurus.

francisco Alberto Madia de Souza | São paulo diretor-presidente e Sócio do madiamundomarketing. presidente da Academia brasileira de marketing.

francisco gracioso | São paulo Ex-presidente, conselheiro associado e professor da ESpm. membro do conselho de Ética da Abap.

Hans Dammann | São paulo diretor da h.dammann comunicação. publicitário (diretor de criação).

Hiran Castello Branco | São paulo presidente do cNp (conselho Nacional de propaganda) e vice-presidente-executivo da ESpm. publicitário.

jaime Troiano | São paulo presidente do grupo troiano de branding. Articulista do Jornal meio & mensagem.

jomar Pereira da Silva | Rio de Janeiro presidente da ALAp (Associação Latino-Americana de publicidade). Jornalista e publicitário.

josé Carlos de Salles gomes Neto | São paulo conselheiro associado da Escola Superior de propaganda e marketing. presidente do grupo meio & mensagem.

josé roberto Whitaker Penteado | São paulo presidente da Escola Superior de propaganda e marketing. publicitário e jornalista.

Luis Lobo | São paulo Sócio-presidente da agência Full Jazz propaganda. publicitário.

Maria Angela Zampol | São paulo diretora-geral de planejamento da talent. diretora da cO.R consultoria de Estratégias de Inovação.

roberto Duailibi | São paulo Sócio-diretor fundador da dpz propaganda. membro do conselho deliberativo da ESpm.

Sérgio guerreiro | São paulo Sócio da SpgA consultoria de comunicação. consultor de marketing.

Washington Olivetto | São paulo chairman da Wmccann. chief creative officer do mccann Worldgroup para América Latina e caribe.

modo de operar no cotidiano.“O projeto começou em 2000. Na

época perguntamos a algumas das mais expressivas figuras do mundo dos negó-cios quais as marcas nacionais e multi-nacionais que mais se destacariam neste século 21 no mercado brasileiro. O resul-tado dessa enquete foi publicado na Edi-ção Especial da revista Empreendedor. Passados 10 anos, o Brasil viveu várias mudanças significativas – desde políticas até a inserção das redes sociais nas vidas das pessoas; elementos que refletem um novo cenário nacional e global. Por isso, a ideia de lançar o novo projeto”, explica o publicitário e professor Eloy Simões.

Ao lado do também publicitário Fran-cisco Socorro, eles reuniram um corpo de 21 jurados de grande relevância no mercado brasileiro que receberam a mis-são de eleger as marcas que deverão se destacar nesta década, seguindo critérios de avaliação próprios. “Não se trata de um ranking e nem de pesquisa tipo Top of Mind. O projeto deu total liberdade para que os jurados pudessem avaliar as marcas de acordo com suas áreas e visões de negócio. Temos um grupo de jurados composto por publicitários e profissionais de marketing, com caracte-rística multidisciplinar, e isso enriquece muito a votação”, complementa Socorro. A pesquisa será desdobrada em uma edi-ção especial da Editora Empreendedor que apresentará o resultado da votação, evidenciando a opinião dos jurados, suas visões de mercado e negócio. “São cases que consagram a atuação das 21 marcas destaques”, afirma Simões.

“Não se trata de um ranking e nem de pesquisa. O projeto deu total liberdade para que os jurados pudessem avaliar as marcas de acordo com suas áreas e visões de negócio”, explica Simões

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G E S TÃ O

mistérioSem

Aprenda como elaborar o planejamento que pode mudar para melhor os resultados da sua empresa

por Alexandre Gonçalves

Um cliente entrou na loja, mas saiu logo em seguida porque todos os ven-dedores estavam ocupados e ele não tinha tempo nem disposição de esperar para ser atendido. Outro cliente seguiu o mesmo caminho porque entrou na loja disposto a comprar o produto ”mo-delo A”, mas a loja só tinha o ”modelo B” para oferecer. Enquanto isso, numa rede social não muito distante dali, um cliente soltava os cachorros no fabrican-te porque cansou de esperar a entrega da mercadoria prometida para duas se-manas atrás.

Sabe qual a melhor maneira – e tal-vez a única – de não passar por nenhuma das situações acima? Planejamento! É por meio do planejamento que o empresário visualiza suas necessidades (mais funcio-nários, incremento no mix de produtos, presença digital, inovação no ambiente de loja, promoções especiais, entre outras) e estabelece as ações que deverá colocar em prática para supri-las. Mesmo que o ano já tenha começado, nunca é tarde para

planejar. Para ajudar nesta tarefa, confi ra as dicas dos consultores Sérgio DalSasso e Cláudia Montezuma.

POR ONDE COMEÇARO empresário sabe que pre-

cisa planejar, mas também pre-cisa saber como dar início a essa

tarefa de forma efi ciente e organizada. ”Todo planejamento começa com as defi -nições das estratégias a serem desenvolvi-das”, diz Sérgio DalSasso, consultor, escri-tor e palestrante especializado em gestão de negócios e empreendedorismo. Já para Cláudia Montezuma, consultora especiali-zada em varejo da Ponto de Referência, o primeiro passo para o planejamento deve ser avaliar muito bem a equipe, seus po-tenciais, competências e habilidades. ”É importante ver em quais setores os fun-cionários precisam ser treinados, quem

está com problemas, quem precisa ser mais incentivado e até quem não tem que fi car”, diz Cláudia. ”Nenhum planejamen-to anual se mostrará efi caz se as pessoas certas não estiverem nos lugares certos.”

Sobre os primeiros passos do plane-jamento, Sérgio DalSasso destaca que o empresário precisa antes de tudo conhe-cer a fundo seu negócio. ”Isso depende da visão, da capacidade e do nível de conhe-cimento da equipe para formar um ‘pen-sar, desenvolver e planifi car’ que retrate as reais possibilidades e caminhos para o de-senvolvimento futuro das atividades”, diz. Na opinião do consultor, o primeiro passo para um planejamento reúne o que ele chama de ”pleno conhecimento” do que está sendo feito do negócio, com a inclu-são de novos planos e investimentos que devem ser retratados de forma lógica em números. ”A ampliação de uma empresa

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ou a inclusão de novos fornecedores im-pacta em perspectivas de crescimento em vendas, novos funcionários, novos treina-mentos, mudanças do quadro funcional, etc. Todos estes detalhes devem ser con-siderados para que as projeções retratem e espelhem da melhor forma o que pode acontecer em relação às evoluções das ati-vidades”, aponta.

INGREDIENTES INDISPENSÁVEIS

O empreendedor precisa reunir alguns pré-requisitos

para dar conta de uma tarefa essencial para o crescimento do negócio. E com o planejamento não é diferente. Disposição é apenas um dos muitos ingredientes que um empresário precisa ter para fazer do planejamento um sucesso. Cláudia Mon-tezuma cita equipe motivada, vontade e

determinação de atender muito bem, his-tórico dos números e análise das ações. Se o planejamento for para um novo em-preendimento, a consultora sugere que o empreendedor busque informações em entidades representativas e também com outras empresas (concorrentes e fornece-dores) do mesmo ramo de atuação.

Já para Sérgio DalSasso, criatividade e inovação são dois ingredientes que não podem faltar. ”É algo a ser sempre estimu-lado, proposto e testado em cada etapa a ser desenvolvida e enriquecida pela par-ticipação do grupo”, explica o consultor. ”A missão de uma empresa depende da forma como conseguimos criar diferencia-ções das mínimas coisas e sempre pensan-do em poder desenvolver fórmulas que conquistem novos clientes e consigam criar fi delidade aos já conquistados.”

Cláudia Montezuma afi rma que o empr

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importante no fi nal de tudo é ter muito “G.A.S.”, ou Gestão de Atendimento e Ser-viços. ”Se alguma coisa está dando muito certo, copie”, afi rma. ”Não há nada de er-rado nisso e o segredo é copiar fazendo ainda melhor.” Ela diz que o empreende-dor com verdadeira vocação e capacida-de de implementação de ideias e ações saberá fazer isso. Mas adverte: por mais capacitado que seja, o empresário nunca vai conseguir fazer isso sozinho. ”Portan-to, atenção ao pessoal é um ingrediente que não pode faltar.”

Seguindo a mesma linha, Sérgio Dal-Sasso lembra que autoavaliação é outro ingrediente que deve ser adicionado à receita de sucesso de um planejamen-to. “Caso o empresário sinta que todo seu esforço não vem atingindo os obje-tivos, o mesmo deve reavaliar seu mo-delo, seus colaboradores e tudo o que

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tIRE O pLANO dA gAVEtAPara quem já tem o hábi-

to de fazer seu planejamento anual, o cuidado é com aquelas

ideias e ações que por alguma circuns-tância não foram colocadas em prática. A consultora Cláudia Montezuma diz que não é recomendável simplesmente ”re-aproveitar” ações de um planejamento para outro. ”Tudo muda de um ano para o outro”, observa. A cada novo planejamen-to é preciso fazer uma avaliação profunda para ter certeza de que não houve mudan-ça de prioridades. ”Se estava previsto para o ano anterior e não foi executado, prova-velmente não era prioridade”, avalia.

Para DalSasso, ações que não deram certo são passíveis de ajustes para que alcancem os resultados desejados. ”O pla-nejamento é um sistema gerencial diário que reúne e integra as pessoas através de um modelo que estabeleça a qualidade dos caminhos que o negócio vai seguir”, explica. ”O grande diferencial de um bom planejamento está justamente neste exer-cício obrigatório e constante entre o pre-ver, o planificar e o agir em conjunto pela espera dos avanços, resultados e mudan-ças”, diz. Encarando o planejamento desta forma, é possível resgatar uma ideia da ga-veta com grandes chances de sucesso ao colocá-la em prática.

LINhA dIREtA

cláudia montezuma: www.pontodereferencia.com.br Sérgio dalSasso: www.sergiodalsasso.com.br

movimenta seu negócio”, sugere. Dessa forma, na avaliação de DalSasso, o em-presário troca o ”eu consigo” por uma visão do conjunto para desenvolver no-vas ideias. ”Normalmente nos limitamos quando achamos que podemos fazer tudo sozinhos, sem dividir responsa-bilidades, sem reconhecer as próprias imperfeições”, alerta DalSasso.

pLANEJAmENtO REALIStAQuando decide colocar no

papel o que deseja para seu estabelecimento é até com-

preensível que o empreendedor fuja um pouquinho da realidade e coloque metas e objetivos distantes de serem alcança-dos. O desafio é fazer um planejamento adequado à realidade da empresa e do mercado para que o que for planejado possa ser mesmo colocado em prática. ”Um sistema de planejamento sobrevi-ve como objeto de gerenciamento de uma atividade, quando conseguimos trabalhar de forma hábil, competente e periódica com o modelo de gestão”, ensina DalSasso. ”Assim, sua qualidade depende da velocidade e poder analíti-co do grupo para que se possa projetar, revisar e redirecionar caminhos quando isso se fizer necessário”, aponta.

Cláudia Montezuma diz que para que o planejamento esteja em sintonia com a realidade do negócio e do merca-do, a primeira providência é estabelecer uma meta junto com todos. Para ela, ne-nhum resultado é bom o suficiente se não houver meta a atingir. ”A meta deve ser desafiadora, mas atingível para haver motivação”, lembra a consultora. O pla-nejamento, ensina Cláudia Montezuma, deve ser mensurável e ”acompanhável”, o que não significa dizer que as metas devam ser apenas quantitativas. ”Você pode querer vender X, mas o cliente tem que querer comprar”, diz. ”Para que isso aconteça, é preciso pensar na qualidade da venda, estimular a atitude de servir da equipe e só então pensar nos números e no mercado.”

”Os mercados estão em permanente mudança, e todos que ficarem perdidos na multidão que faz a mesma coisa es-

g E S TÃ O

tarão fadados ao fracasso”, diz Cláudia. ”Por isso, é importante analisar o mer-cado e planejar como sair da mesmice.” Neste contexto, Sérgio DalSasso resume dizendo que o empresário deve ela-borar um planejamento que possa ser revisado com praticidade para permitir mudanças e tomadas de decisão com grande agilidade. ”Com isso, evita-se desperdícios e se cria antecipadamente condições para uma movimentação rica em alternativas pela rentabilidade do negócio”, explica.

pARtIcIpAçãO dA EquIpENão ouvir os funcionários

é abrir mão de uma vantagem competitiva que faz toda dife-

rença. Um planejamento feito sem a par-ticipação deles corre sério risco de ficar no papel. ”Só quem participa se sente comprometido”, lembra Cláudia Monte-zuma. Além disso, na opinião da consul-tora, as empresas – inclusive no varejo – gastam muito dinheiro com pesquisas quando deveriam se lembrar que seus funcionários, especialmente aqueles que estão na ponta do negócio, como os ven-dedores, sabem muito.

O consultor Sérgio DalSasso vai além. Para ele, seja qual for o modelo de gestão da empresa, para o desenvol-vimento do negócio é preciso trabalhar pelo crescimento da utilidade das fun-ções. Ou seja, formar especialistas em cada área da empresa, o que favorecerá certamente a elaboração do planejamen-to. ”A grande vantagem dessa política é garantir mais velocidade e qualidade nas tomadas de decisões.”

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Sérgio dalSasso: empresário deve trocar o ”eu consigo” por uma visão do conjunto para desenvolver novas ideias

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lúdicoAprendizado

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com pouco mais de um ano de vida, a empresa de brinquedos educativos mentes brilhantes já coleciona vários prêmios

data de nascimento: 2/01/1972Local de nascimento: SalvadorFormação: tradução e interpretação, gerência de projetosEmpresa: mentes brilhantesFundação: 2010Número de funcionários: 7

Djali Avelino valoispor cléia Schmitz

[email protected]

Transformar inquietações em negócio é típico de grandes empreendedores. Foi o que aconteceu com a baiana Djali Valois, 39 anos, que no ano passado fundou em parceria com o marido, o professor José Eduardo de luca, a Mentes Brilhantes Brinquedos Inteligentes. A empresa, ins-talada em Florianópolis, é especializada em brinquedos educativos, cujo objetivo é despertar nas crianças de uma forma diver-tida o interesse pela ciência, especialmente física, química, biologia e matemática.

Mãe de Sofia, oito anos, e de Franco, quatro, Djali frequentemente se deparava com a dúvida de qual brinquedo dar aos filhos. Ela queria que eles tivessem acesso a coisas mais interessantes e produtivas do que os tradicionais bonecos de super-heróis. Estudante do curso de Relações Internacionais da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), ela também se inquietava com as discussões sobre a ne-cessidade urgente do Brasil por reformas estruturais e mão de obra nas áreas de ciências exatas – como engenheiros, por exemplo – e o desinteresse crescente de jovens por cursos da área tecnológica.

Em 2009, Djali decidiu colocar no papel o plano de negócio de uma empresa que buscasse resolver essas duas ca-rências, seja a curto ou longo prazo. Assim nasceu a ideia da Mentes Bri-

lhantes. No mesmo ano ela decidiu ins-crever seu projeto no recém-lançado Pro-

grama Primeira Empresa Inovadora (Prime),

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uma iniciativa da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para amparar empresas nascentes durante o primeiro ano de vida. O programa inclui a subvenção de R$ 120 mil por negócio com utilização específica para estruturação da área de gestão.

Selecionado pela Finep, a Mentes Bri-lhantes saiu do papel em 2010. A ideia inicial de desenvolver os brinquedos no Brasil acabou sendo substituída pelo licen-ciamento de marcas estrangeiras. “Percebe-mos que não tínhamos nem tamanho nem tempo suficiente para chegar ao nível de qualidade dos produtos ofertados lá fora”, conta Djali. A partir daí ela decidiu impor-tar brinquedos de física e matemática e se dedicar ao desenvolvimento de brinquedos de química, cuja importação é mais com-plicada por conta do uso de insumos que dependem de licença da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

logo no primeiro ano Djali fechou parcerias importantes com escolas parti-culares de Florianópolis para a utilização dos brinquedos em sala de aula. Vinte brinquedos de matemática e física foram ofertados, incluindo os manuais para que os educadores explorem todo o potencial científico em suas disciplinas. Dentro de um projeto chamado Ciência lúdica, a

empresa também oferece oficinas para que os professores possam interagir com os brinquedos, esclarecer dúvidas e com-partilhar conhecimento com os demais profissionais participantes.

Em dezembro passado, a empresa lançou sua loja virtual, permitindo que os pais também possam comprar os brin-quedos e presentear seus filhos. “Mas não queremos ser uma loja de brinquedos, somos vendedores de soluções educacio-nais”, ressalta Djali. Por isso, a proposta é disponibilizar no site da empresa vídeos que mostrem às crianças como explorar os brinquedos. Djali explica que, hoje, as crianças e jovens não leem mais manual. Para entender como algo funciona, em vez disso buscam vídeos no YouTube.

Entre as opções há o Water Power, um brinquedo com 165 peças que permite a montagem de 15 modelos de diferentes de foguetes e carros a jato, dos quais sete têm sistema de reciclagem de água. Em sala de aula, ele explora conceitos importantes da física como torque, potência, trabalho, força, leis de Newton, pressão, volume, etc. Com o Air Water Generation, a criança monta uma miniusina hidrelétrica e acende um lED sem usar pilhas. O brinquedo per-mite entender como é gerada a energia por

meio das águas e conceitos como corrente elétrica e intensidade luminosa.

Em 2010, a Mentes Brilhantes fechou o ano com um faturamento de R$ 180 mil. As expectativas para 2011 são bastante otimis-tas. “Projetamos faturar R$ 800 mil”, afirma Djali. Ela conta que está em negociação com um investidor espanhol para internacionali-zar seus negócios. No Brasil, assinou recen-temente dois contratos importantes: um com a Escola Batista do Rio de Janeiro, grupo com cerca de 3 mil alunos, e outro com a IP Soluções, empresa com sede em São Paulo que atua na área de informática educacional, envolvendo mais de 4 mil crianças.

mundo virtual

Até o final de 2011 Djali pretende lançar brinquedos nas áreas de química, astronomia e biologia. A empreendedora também vem trabalhando desde 2010 no desenvolvimento de um mundo virtual, no estilo Farmville, com foco em ciências. O programa vai utilizar tecnologias como 3D e realidade aumentada com a propos-ta de oferecer ao usuário a possibilidade de experimentar sensações reais. Assim será possível entender, por exemplo, o fenômeno que está por trás de uma turbu-

djali com a filha Sofia, que a motivou a entrar no ramo de brinquedos educativos

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2001

2009

2010

Nasce no dia 2 de janeiro, em Salvador

muda-se para Florianópolis, junto com os pais, onde começa a cursar ciências da computação na universidade Federal de Santa catarina (uFSc)

Interrompe o curso e vai morar em madri, na Espanha, onde se forma em tradução e Interpretação

Volta para Florianópolis e cria a LIS tecnologia, empresa especializada em localização e internacionalização de softwares

Inscreve junto com o marido, José Eduardo de Luca, o projeto de uma empresa de brinquedos científicos no primeira Empresa Inovadora (prime), programa da Financiadora de Estudos e projetos (Finep)

com a aprovação no projeto prime, cria a mentes brilhantes e lança 20 brinquedos relacionados às áreas de física e matemática

Vence o prêmio Ibero-Americano de melhor projeto Inovador na categoria Empreendimentos Sociais e Ambientais, promovido pela divisão global Santander universidades em parceria com a Secretaria geral Ibero-Americana (Segib)

LINhA

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Djali Avelino valoismentes brilhantes

um grande estímulo”, destaca Djali.Num país carente por propostas edu-

cacionais mais atrativas, há muito espaço para empresas com o foco da Mentes Bri-lhantes. Sofia e Franco – os filhos de Djali – já experimentam os brinquedos que a mãe sonhava oferecer a eles. Quanto ao despertar de novas gerações de engenhei-ros, físicos, matemáticos, etc., só o tempo dirá se Djali alcançou seu objetivo inicial. A semente já foi lançada.

lência sentida em aeronaves. “Ele vai ser totalmente inédito, não vimos nada seme-lhante no mundo inteiro”, adianta Djali. A expectativa é de que a versão “demo” esteja pronta em um ano e meio.

Com pouco mais de um ano de vida, a Mentes Brilhantes já coleciona vários prêmios. No final do ano passado, Djali recebeu em Mar del Plata, na Argentina, 25 mil euros ao vencer o Prêmio Ibero-Americano de Melhor Projeto Inovador, na categoria Empreendimentos Sociais e Ambientais. Para a comissão julgadora do prêmio, o projeto – denominado Ciência lúdica – mostrou forte caráter ibero-ame-ricano, com possibilidade de ser desenvol-vido em outros países como impulso aos sistemas educacionais da América latina.

Em 2010, o projeto também foi finalista do Prêmio Santander Universidades, que estimula a inovação. Um ano antes já tinha sido finalista do Prêmio Santander de Em-preendedorismo, na categoria Cultura e Inovação. Depois do Prime, a empresa também foi selecionada pelo Programa de Desenvolvimento de Recursos Hu-manos para Atividades Estratégicas em apoio à Inovação Tecnológica (Rhae-Inovação), também da Finep. “Em um ano foram cinco premiações, o que nos dá

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mentes brilhantes: (48) 3028-1403www.cientificamente.com.br

com a designer Emely biasi e o psicólogo daniel Valois Santos

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juventudepara aproveitar o potencial dos jovens como franqueados, as redes devem procurar minimizar as dificuldades naturais enfrentadas por essa faixa etária

vigor da

por mônica [email protected]

Enquanto alguns jovens reclamam da falta de empregos, outros preferem criar as próprias oportunidades e optam por se lançar no mundo dos negócios logo cedo, até mesmo antes de terminar – ou sequer iniciar – a faculdade. E uma alternativa cada vez mais procurada por eles têm sido as franquias. Uma pesquisa da Rizzo Franchise, de 2009, mostra que os jovens até 25 anos são donos de pelo

menos 16% das franquias no Brasil. Se-gundo os especialistas, a liberdade para trabalhar, a segurança e a possibilidade de iniciar um negócio sem experiência prévia na área são os principais motivos que levam os jovens empreendedores a optar pelo franchising.

“Ao contrário do que muitos pen-sam, o jovem é extremamente discipli-nado e determinado quando deseja em-preender e alcançar o sucesso”, afirma Marcus Rizzo, consultor em franquia e coordenador da pesquisa. O especialis-ta ressalta ainda que estudar e buscar

um emprego definitivamente deixou de ser a única alternativa. “Diversos jovens entram na faculdade já com a vontade de abrir o próprio negócio e, com isso, as franquias tornaram-se um objeto de desejo”, afirma Rizzo.

Esse interesse crescente pode ser comprovado na prática. De acordo com o levantamento, o número de pessoas com até 25 anos interessadas em abrir uma franquia aumentou 50,5% entre 2008 e 2009, passando de 48.035 para 97.136. Desse total, 43% tinham capital de até R$ 80 mil, enquanto 42% dispu-

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Oliveira, proprietária da Minds. A inexperiência no mercado de tra-

balho também acaba sendo uma van-tagem dos jovens. “Justamente por ter pouca experiência, os jovens também têm menos vícios e acatam com mais facilidade as regras, o que é ótimo para as franquias, que já possuem um mode-lo de gestão testado e aprovado”, diz leiza. Para abrir uma unidade é preciso dispor de pelo menos R$ 90 mil para in-vestimento inicial, com retorno previsto em até 18 meses.

Outra rede de franquias que se des-taca pelo grande número de jovens é a Aloha Eyewear. Há três anos no mer-cado, a marca brasiliense de óculos escuros já possui nove lojas em funcio-namento e pretende inaugurar pelo me-nos outras 30 em 2011. “O franqueado mais velho tem 32 anos e, o mais novo, 25”, conta Henrique Romano, proprie-tário da rede.

Segundo o empresário, não foi a rede que optou pelos jovens, mas o con-trário. “O jovem empreendedor acaba nos procurando, pois se identifica mui-to com a marca, que tem um conceito

nham de até R$ 120 mil. Interessados com até R$ 200 mil somaram 11% e a minoria (4%) possuía mais de R$ 200 mil para investir.

Para Rizzo, as empresas franqueado-ras têm muito a ganhar com o aumento da participação dos jovens. “Se por um lado as franquias administradas por jo-vens algumas vezes perdem pela falta de maturidade – especialmente de vida para lidar com situações complexas –, por outro ganharão em vitalidade para fazer acontecer cada negócio”, explica Rizzo.

É justamente por acreditar nesse po-tencial que a rede de escola de idiomas Minds dá preferência aos candidatos que tenham entre 18 e 30 anos. Das 31 unidades em funcionamento, aproxi-madamente 60% são comandadas por franqueados desta faixa etária. “Eles têm uma garra fora do comum e não medem esforços para ultrapassar metas e desafios. Além disso, são ótimos ge-renciadores de pessoas e sabem lidar tanto com os funcionários quanto com os próprios alunos, incentivando-os a terem determinação para o aprendiza-do de um novo idioma”, afirma leiza

“Ao contrário do que muitos pensam, o jovem é extremamentedisciplinado e determinado quando deseja empreender e alcançar o sucesso”, diz Rizzo

Leiza, da minds: “Jovens têm menos

vícios e acatam com mais facilidade as

regras, o que é ótimo para as franquias”

Rizzo: franquias são objeto de desejo para jovens quequerem o próprio negócio

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Aloha Eyewear: www.alohaeyewear.com.brgrupo bittencourt: www.bittencourtconsultoria.com.brminds: www.mindsidiomas.com.brRizzo Franchise: www.rizzofranchise.com.br

voltado ao estilo de vida praiano, ligado a esportes como o surfe, por exemplo.” Na opinião de Romano, a principal di-ficuldade dos jovens franqueados está em conduzir negociações com bancos e fornecedores. “Muita gente ainda desconfia dos jovens e acaba não dan-do credibilidade”, afirma o empresário. “Por esse motivo também eles acabam recorrendo ao franchising, já que é mais fácil negociar e conquistar a confiança do mercado tendo o aval de uma rede de franquias.”

A chamada geração Y também en-frenta dificuldades em lidar com as burocracias inevitáveis em qualquer empresa. Para lidar com essa dificulda-de de negociação, as redes apostam em consultorias específicas – sobretudo nas áreas financeira, jurídica e de re-cursos humanos – e acompanhamento constante das unidades. “Estamos sem-pre à disposição, analisando e acompa-nhando passo a passo o desempenho de cada unidade”, diz leiza.

De acordo com a especialista em franquias Claudia Bittencourt, consulto-ra do Grupo Bittencourt e credenciada pela ABF, outra característica da geração

Y é a ansiedade por resultados rápidos, o que requer cautela e transparência por parte das redes. “A empresa franquea-dora precisa apresentar claramente os números, mostrando o momento exato em que a franquia vai atingir o ponto de equilíbrio e até quando será preci-so investir capital de giro, entre outros, para que o jovem esteja consciente e decida se realmente tem condições de aguardar o negócio se desenvolver em cada uma de suas etapas”, recomenda a consultora.

Mas não é só entre os franqueados

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que cresce o número de jovens. Ambas as redes consultadas para esta reporta-gem também foram fundadas por em-preendedores até 30 anos, indicando que também cresce o número de fran-queadoras administradas por jovens. Henrique Romano, da Aloha Eyewear, tem 27 anos. Já leiza Oliveira, da Minds, hoje com 35 anos, iniciou no franchising há quatro. “Sejam franqueados sejam franqueadores, os jovens estão se dando conta de que o franchising é a melhor op-ção para os empreendedores de primeira viagem, por ser uma modalidade de ne-gócio que oferece mais segurança para o capital e por oferecer todo o know-how em gestão”, afirma Claudia.

“Franchising é a melhor opção para empreendedores deprimeira viagem, por oferecer mais segurança para o capital e todo oknow-how em gestão”, diz claudia

Aloha Eyewear: franqueado mais velho tem 32 anos e o mais

novo 25, dois a menos do que o franqueador henrique Romano

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F R A N Q U I A

Pra se mexerEspecializada na venda de equipamentos fi t-

ness, a Fit4 fechou 2010 com crescimento de 18% em relação ao ano anterior. Apenas no segundo semestre a companhia inaugurou 12 novos pon-tos de venda, totalizando 19 lojas em operação. Com atuação nos segmentos de residencial e corporativo – incluindo hotéis, condomínios, clínicas e spas – em 2011 a companhia preten-de intensifi car o investimento em novas marcas para complementar seu portfólio e consolidar a atuação no mercado. A rede, presente em quase todas as capitais brasileiras, detém a exclusivida-de no Brasil de marcas mundiais como Reebok, Cybex e Body-Solid. A abertura de uma unidade custa, em média, R$ 250 mil, incluindo R$ 30 mil de taxa de franquia. O retorno é esperado em 18 meses. fit4.com.br

Curso para concursosMais nova opção no mercado de franquias, o Curso Maxx é especializa-

do em concursos públicos. Com sede no Rio de Janeiro, a escola soma cinco anos de mercado e mais de 3 mil alunos. A primeira unidade, com inaugura-ção prevista para o primeiro trimestre de 2011, será em Niterói (RJ). A meta do diretor da empresa, Marcelo Portela, é chegar ao fi nal do ano com oito franquias em funcionamento. Até 2012, a marca espera estar presente em 24 pontos de venda em todo o País.

Cada unidade terá investimento inicial entre R$ 270 mil com retorno em até 36 meses. Já o lucro do franqueado gira em torno de R$ 40 mil. Além do Rio de Janeiro, a marca tem interesse em expandir para os estados de São Paulo e Distrito Federal. www.cursomaxx.com.br

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Autoescola de reforço

Ensino interativo

Com atuação na área de ensino de informática e profissionalizante, a SOS inicia o ano apostando no segmento de educação a partir de métodos interativos, em que o aluno faz o curso no computador com o uso de software específico e assistência de instrutores. Para dar conta desse novo nicho de mercado foi criado o modelo de franquia SOS Express. A primeira unidade, no município de Piumhi (MG), foi inaugurada em janeiro de 2011. Até o final do ano, a rede espera abrir pelo menos outras 60 escolas nesse novo formato.

Feita sob medida para cidades com menos de 70 mil habitantes, a SOS Express pode ser sediada em imóveis a partir de 100 metros quadrados, com uma estrutura básica de dez computadores. O investimento inicial gira em torno de R$ 60 mil, com retorno previsto entre 12 e 18 meses. Uma das vantagens trazidas pelo método interativo é não precisar contar com um quadro de professores, apenas dois instrutores para acompanhar o desenvolvimento dos alunos, o que representa redução de custos para a escola.www.soscomputadores.com.br

Ajudar pessoas com medo de dirigir é o foco do negócio da Dirigindo Bem, primeira franquia do País voltada aos motoristas habilitados com receio de di-rigir ou que tenham falta de prática ao volante. Com 11 anos de mercado e 30 escolas em operação, a rede está presen-te nos estados de São Paulo, Pernambu-co, Bahia, Paraíba, Alagoas, Ceará, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Amazonas.

Até março de 2011, a rede prevê a inauguração de 11 novas unidades. Só

em Belo Horizonte serão inauguradas cinco franquias; no Rio de Janeiro, três; em Aracaju, duas; e uma em Fortaleza. A meta é atingir a marca de 70 operações em todo o País até o final do ano.

O investimento inicial médio para abertura de uma franquia varia entre R$ 70 mil e R$ 80 mil, incluindo taxa de fran-quia, capital de giro e custos para insta-lação. Com faturamento bruto de R$ 20 mil a R$ 50 mil, o retorno é esperado em até 12 meses. www.dirigindobem.com.br

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Negócio divertido

franchising a fundoA Associação Brasileira de Franchising (ABF) está

com inscrições abertas para o curso de Conhecimen-to Avançado de Franchising (CAF), com início no dia 21 de março. Dividido em dez módulos teóricos e um prático, o curso é voltado para profissionais do setor, potenciais franqueadores e todos aqueles que desejam aperfeiçoar os seus conhecimentos sobre o franchising. Temas como avaliação de franqueabilidade, aspectos ju-rídicos, plano de expansão, treinamento com a rede, responsabilidade social, entre outros, fazem parte da programação. É possível adquirir o pacote completo do curso ou os módulos avulsos. Mais informações sobre inscrições pelo site www.abf.com.br

Especializada em presentes criativos – os chamados “emotion gifts” – a Uatt? inicia 2011 com a abertura de duas no-vas unidades: uma em Caxias do Sul (RS) e outra em Osasco (SP), que se somam às duas lojas próprias e oito franquias já em operação. Outras duas lojas estão sendo negociadas em Brasília e a inten-ção é que em três anos a rede possua 200 lojas em todo o País. Como resul-tado dessa expansão, a empresa espera crescer 60% em relação a 2010.

A expansão foi motivada pelos bons resultados de 2010, período em que o faturamentro da empresa cresceu 70%, passando de R$ 25 milhões em 2009 para R$ 46,6 milhões em 2010. “Para expandir, primeiro reconceituamos a marca, que agora está reposicionada no mercado de presentes com o conceito de produto de desejo”, explica Rafael Biasotto, sócio-di-retor da empresa. Além disso, a empresa criou um escritório na China para cuidar de perto do desenvolvimento dos produ-

tos e facilitar o envio de mercadorias para o Brasil. “Dessa forma, o que é importado chega ao Brasil em contêineres organiza-dos e o processo aduaneiro se simplifica”, explica o empresário.

O investimento médio para abertu-ra de uma loja gira em torno de R$ 60 mil (quiosque) e R$ 115 mil (loja de 35 metros quadrados). Com lucro médio mensal variando entre R$ 8 mil e R$ 12 mil, o retorno é esperado em 14 meses. www.uatt.com.br

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PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto MercAdológico, MP- MAteriAl ProMocionAl, PP- ProPAgAndA e PublicidAde, Po- Projeto de oPerAção, oM- orientAção sobre Métodos de trAbAlho, tr- treinAMento, PF- Projeto FinAnceiro, Fi- FinAnciAMento, ei- escolhA de equiPAMentos e instAlAções, Pn- Projeto orgAnizAcionAl dA novA unidAde, sP- solução de Ponto

fran

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Empreenderformalização do negócio gera série de benefícios ao empreendedor

brasil ganha 81,6 mil empreendedores em janeiro

informe do sistema brasileiro de apoio às micro e pequenas empresas

fevereiro/2011 – WWW.sebrae.com.br - 0800 570 0800

Crescimento foi de quase 200% em relação ao registrado em janeiro de 2010

O Brasil ganhou 81.620 novos empreendedores individuais em janeiro, um crescimento de quase 200% em relação aos 27.656 registrados no

mesmo período de 2010. Ao todo, já se formalizaram nessa nova figura jurídica 891.036 empreendedores.

O número representa uma média de 2,6 mil registros ao dia e 16,3% da meta nacional de formalizar 500 profissionais em 2011. “Se continuarmos alcançando a média de 16% ao mês, em seis meses será alcançada a meta nacional”, avalia a analista de atendimento individual do Sebrae, Ivana Lima.

Ela acredita que contribuem especial-mente para esse resultado a chamada propa-ganda boca a boca feita por empreendedores já formalizados e que atestam os benefícios da formalização e o trabalho do Sebrae.

A analista cita especialmente a ação mais recente de sensibilização e orientação para a entrega da Declaração Anual do Sim-

ples Nacional para o Microempreendedor In-dividual (Dasn-Simei), cujo prazo de entrega se encerra no próximo dia 28 de fevereiro.

“O Sistema Sebrae está ajudando os empreendedores na entrega da declaração, oferece mais orientações e incentiva para que eles levem amigos para conhecer os benefícios e também se formalizar como empreendedor individual”, explica Ivana.

Para contribuir com a meta nacional de formalizações, a instituição também esta-beleceu metas específicas de formalizados por estado. Até agora já alcançaram mais de 20% de suas metas: Mato Grosso (27%), Goiás (26%), Roraima (26%), Espírito San-to (26%), Distrito Federal (25%), Santa Catarina (23%), Rio de Janeiro (22%), Acre (22%), Bahia (21%), Mato Grosso do Sul (21%) e Tocantins (21%).

// Desafios e perspectivas Desde que passou a vigorar, em 1º de

julho de 2009, a figura jurídica do Empre-Para Jorge Parente, tornar-se Empreendedor Individual é pontapé para virar microempresário

Fidelis Tavares/Agência Sebrae de Notícias

EmpreenderEste informe é de responsabilidade do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), sob coordenação da Gerência de Marketing e Comunicação. Endereço: SGAS 604/605, módulos 30 e 31, Asa Sul – Brasília/DF – CEP: 70.200-645 // Fone: (61) 3348-7100 // Twitter: @sebrae

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Empreender número representa uma média de 2,6 mil

registros ao dia e16,3% da meta

nacional de formalizar 500

profissionais em 2011

www.SEBRAE.COM.BR – 0800 570 0800

endedor Individual tem contribuído para melhorar a vida de milhares de trabalha-dores autônomos pelo Brasil afora. É o caso de Maria de Fátima da Silva, de 52 anos, que mora em Recife e presta vários tipos de serviços, de pequenos consertos a trabalhos de pedreiro. Para ter mais segu-rança em sua vida, resolveu aproveitar a oportunidade e se formalizar.

“Soube por uma vizinha que seria fácil me cadastrar. Hoje pago bem pouco e pos-so ter o benefício de conseguir emprésti-mo no banco pra investir em meu negócio. Mas agora o que mais desejo é ter estabili-dade e segurança, além da aposentadoria. Quero descansar um pouco”, confessa.

Maria já esteve em campos e sítios de cidades para plantar milho, feijão, café e outros alimentos quando era agri-cultora. Em Recife, passou vários anos no ofício de empregada doméstica, mas foi a observação atenta e curiosa do am-biente ao seu redor que lhe possibilitou adquirir novas habilidades de grande im-portância para o futuro. “Eu olhava como

as pessoas resolviam os problemas do dia a dia, como consertar cano, chuveiro, esgoto, trocar lâmpada, desentupir pia e, assim, fui aprendendo, mesmo tendo estudado pouco”, revela.

Logo, Maria começou a ser chamada para ir à casa dos vizinhos, comadres e compadres e, quando percebeu, já sabia resolver um pouco de tudo. “Não tem horá-rio certo. Quando alguém precisa de ajuda, me chama logo. Também faço serviço de pedreiro, como reboco, preparo de cimen-to e muitas outras coisas. Quando a gente aprende a se virar desde cedo, não tem medo de nada, nem do futuro”, afirma.

// CrescimentoTornar-se um Empreendedor Indivi-

dual (EI), para muitos, é uma forma de sair da informalidade e legalizar o negó-cio, mas, para o consultor de Eventos e Turismo Jorge Parente, é só o ‘pontapé’ inicial. “Minha meta é me tornar micro ou pequeno empresário”, idealiza. No ramo há mais de 10 anos, Parente, que

ainda trabalha como DJ, foi ao Sebrae em janeiro deste ano e se formalizou.

A formalização do negócio gera para o empreendedor uma série de benefí-cios. Além de trabalhar dentro da lei, a pessoa pode ter acesso a muitos bene-fícios, como aposentadoria, salário-ma-ternidade, auxílio-doença e crédito em instituições financeiras.

Este é um dos objetivos de Paren-te. Com o intuito de desenvolver o seu negócio, ele conta que necessita inves-tir em equipamentos novos e para isso depende de linhas de crédito. “Como pessoa física não consigo financiamen-to, mas agora com CNPJ posso obter o crédito que tanto necessito”, destaca.

Outra possibilidade que o empresá-rio formal tem é de incrementar o negó-cio. Segundo o DJ Parente, a maioria dos seus clientes são pessoas físicas e agora, como pessoa jurídica, ele pode prestar serviços também a empresas. “As em-presas exigem nota fiscal e eu não pos-suía”, completa. E

Maria de Fátima: “Hoje pago bem pouco e posso ter o benefício de conseguir empréstimo no banco pra investir em meu negócio”

ServiçoTexto: www.agenciasebrae.com.br

Mais informações: www.portaldoempreendedor.gov.br

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Thin clientO thin client R10L da Wyse Tech-

nology é um terminal de alta per-formance que já vem com o sistema operacional Wyse ThinOS 7.0 em-butido que dá mais proteção contra vírus. O equipamento não precisa de software de gerenciamento sepa-rado e se atualiza e se confi gura au-tomaticamente. O R10L inclui uma CPU superescalar de 1,5 GHz para ambientes e aplicações multimídia. O equipamento também suporta te-las digitais de alta resolução duplas em várias confi gurações, inclusive suporte para rotação, modo “forma-to-L”, permitindo um novo conjunto de aplicações e usos avançados para ambientes de serviços fi nanceiros e comerciais. Ainda, há opção para rede sem fi o integrada. Combina-do com o software Wyse Zero™, que conecta usuários a serviços em nuvem e a desktops virtuais com tecnologia de protocolo e comuni-cação efi ciente, o R10L é ideal para ambientes Citrix que necessitam de fl exibilidade e performance adicio-nais. www.wyse.com

P R O D U T O S E S E R V I Ç O S

O thin client R10L da Wyse Tech-nology é um terminal de alta per-formance que já vem com o sistema operacional Wyse ThinOS 7.0 em-butido que dá mais proteção contra vírus. O equipamento não precisa de software de gerenciamento sepa-rado e se atualiza e se confi gura au-tomaticamente. O R10L inclui uma CPU superescalar de 1,5 GHz para ambientes e aplicações multimídia. O equipamento também suporta te-las digitais de alta resolução duplas em várias confi gurações, inclusive suporte para rotação, modo “forma-to-L”, permitindo um novo conjunto de aplicações e usos avançados para ambientes de serviços fi nanceiros e comerciais. Ainda, há opção para rede sem fi o integrada. Combina-do com o software Wyse Zero™, que conecta usuários a serviços em nuvem e a desktops virtuais com tecnologia de protocolo e comuni-cação efi ciente, o R10L é ideal para ambientes Citrix que necessitam de fl exibilidade e performance adicio-

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Mesa para notebookA Laptable Color é uma mesa especialmente desenvolvida

para dar mais espaço, mobilidade e conforto na hora de usar o notebook. Ela oferece ajustes de altura, inclinação e apro-ximação, e tem um design diferenciado que pode fazer parte da decoração do ambiente. De aço cromado com tampos de madeira, a Laptable possui mesa auxiliar, revisteiro e espaço para o mouse. Como os tampos são vendidos separadamente, é possível mudar a cor do móvel de acordo com a decoração da casa ou do escritório. www.laptablecolor.com.br

Vidros curvosA Arte 27 lança linha de vidros curvos para balcões

e refrigeradores de supermercados, padarias e açou-gues. Os vidros são trabalhados em cristal fl oat incolor, em 4/5 e 6 mm, serigrafados e com resistência para altas temperaturas. A nova linha atende aos seguimentos de refrigeração, moveleiro, arquitetura e construção civil. Além dos tradicionais cristais, a empresa investiu em uma linha que possui banda negra na parte superior, que contém resistência térmica para aquecimento, e evita que o vidro fi que molhado quando se liga, por exemplo, o refrigerador. www.arte27.com.br

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Sem paradaA APC apresenta dois

modelos de no-breaks da família Stay para atender às demandas por potência de 700VA. O Stay SE e o Standard foram projetados para complementar a linha tradicional da APC e oferecer proteção total contra oscilações e falhas na rede elétrica que podem causar danos aos equipamentos eletrônicos. Os no-breaks estão disponíveis em dife-rentes tensões de entrada e saída e mantêm por até 25 minutos os aparelhos ligados mesmo em caso de queda de energia. Os modelos podem ser ligados na ausência de rede elétrica com partida a frio. O preço sugerido para o Stay 700 SE é de R$ 289 e de R$ 262 para o modelo Standard. www.apc.com/br

Monitor efi ciente

A AOC Brasil lança o mo-nitor LCD e1621Sw de 15 po-legadas com tecnologia LED. O produto é feito de mate-rial reciclável e reduz em até 48% o consumo de energia, quando comparado com um monitor LCD comum, gerando menor impacto ambiental. Com design slim, o monitor e1621Sw possui alto contraste dinâmico de 20.000.000:1, tempo de res-posta de 8 ms, resolução de 1366 x 768, eco mode, pic-ture boost e amplifi cação dinâmica de cores (DCB). O modelo tem acabamento em black piano, menu OSD com interface gráfi ca amigá-vel, e padrão de fi xação Vesa Mount para paredes e pai-néis. www.aoc.com.br

Todo ouvidosO grupo Microsom traz para o Brasil

duas linhas de aparelhos auditivos com tecnologia wireless. Com o sistema é pos-sível conectar os aparelhos auditivos a outros equipamentos como celulares sem precisar estar com o telefone móvel pró-ximo da orelha. O som do equipamento portátil é enviado via bluetooth para um acessório do aparelho auditivo que trans-mite as informações até o usuário e per-mite também que as

informações ditas por ele sejam transmi-tidas para um celular que esteja a até 10 metros do usuário. Além de uma antena externa que é usada como um acessório no pescoço, os aparelhos auditivos têm uma antena wireless interna que tem capacidade de enviar comandos sem fio entre si, passando da orelha direita para a esquerda e vice-versa, tornando a amplifi-cação mais equilibrada e facilitando a vida do usuário. www.microsom.com.br

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Seguro para tablet

Na hora exataA Instrutherm apresenta uma linha de refratômetros que medem

a concentração de substâncias como açúcar, sal e álcool em planta-ções e com isso permite que o agricultor identifi que melhor o pon-to de colheita e maturação de frutas e verduras. Entre os aparelhos disponíveis destacam-se os portáteis como o RT-30ATC e o RT-280 – para a concentração de açúcar –, o RTS-28, para salinidade, e de bancada, como o RTA-100, que mede o índice refrativo e a dispersão relativa de líquidos transparentes. A marca oferece ainda os modelos digitais RTD-92 e o RTD-45 para medir a concentração de açúcar. Os pre-ços dos equipamentos variam de R$ 150 a R$ 1,2 mil. www.instrutherm.com.br

Sob controleO software ScrumHalf foi

desenvolvido pela GPE (Gestão de Processos Estratégicos e Tecnologia da Informação), empresa residen-te na Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ, para gerenciar de forma mais ágil projetos corporativos. O aplicativo agrega conceitos de auto-organização de equipe, fl exibilidade, transparência do processo e dinamis-mo. Um dos princípios básicos da fer-ramenta é dividir todo o desenvolvi-mento de um projeto em etapas que podem durar ciclos de 15 a 30 dias. Essas etapas, chamadas de sprints, têm suas atividades classifi cadas de acordo com a prioridade do cliente e são subdivididas em tarefas menores que, por sua vez, são distribuídas entre os envolvidos na execução do projeto. Dessa forma cada sprint é executada, sistematicamente, em conjunto com toda a equipe e dentro do prazo previsto, agilizando o processo como um todo. O software está disponível no modelo SaaS (Soft-ware as a Service), que permite ser executado via internet, sem que seja necessária a instalação do sistema no computador. www.scrumhalf.com.br

A Instrutherm apresenta uma linha de refratômetros que medem

relativa de líquidos transparentes. A marca oferece ainda os modelos digitais RTD-92 e o RTD-45 para medir a concentração de açúcar. Os pre-

A Kor Corretora oferece seguro contra roubo e danos para o tablet da Apple. O investimento anual aproxima-do é de 15% do valor do produto, que tem o preço médio de R$ 2 mil. Com a aquisição do serviço o usuário fi ca protegido, por exemplo, contra roubo e danos elétricos. Além do seguro para

o produto, é possível assegurar smar-tphones e notebooks. No site da Kor é possível fazer uma simulação on-line do valor do serviço. O usuário só pre-cisa informar a data da compra do apa-relho, o modelo e o valor da nota fi scal para ter acesso ao valor aproximado do serviço. www.kor.com.br

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Túnel de congelamento

O evaporador de ar forçado BH Plus da Bohn é ideal para o congelamento e resfriamento de peixes, comidas prontas, frutos do mar e carnes. O equipa-mento tem alta vazão de ar em sistema modulado e um bloco aletado especialmente projetado para redu-zir o acúmulo de gelo. “Devido ao seu espaçamento de aletas, o BH Plus diminui o bloqueio de ar provo-cado pelo acúmulo de gelo, o que melhora o desem-penho do produto. Além disso, ele possui alta vazão e capacidade devido aos novos motores e hélices espe-cialmente desenvolvidos para o equipamento”, expli-ca Alexandre Donegatti, da área de Desenvolvimento de Produto. O evaporador é indicado para diversas aplicações em túneis de congelamento de armazéns e frigorífi cos. www.heatcraft.com.br

TV em qualquer lugarO Mobeo é um transmissor portátil avançado sem fi o que per-

mite assistir TV em qualquer equipamento com wi-fi como smart-phones ou tablets. O aparelho permite transmissão ao vivo dos canais tradicionais de TV, streaming ao vivo, vídeo on demand e redes sociais. A linha de produtos da Mobeo é compatível com diversas tecnologias de TV Digital, incluindo ATSC-MH para o mercado americano, ISDB-T para a América Latina e DVB-T para a Europa, todos eles dotados dos chips receptores de TV móvel da Siano. A bateria dura quatro horas. www.imovee.com

Tributação sem atribulação

A solução tributária Easy-ePIS/Cofi ns gera o ar-quivo de declaração do PIS e Cofi ns de acordo com o novo formato da Escrituração Fiscal Digital da Contribuição, conforme a instrução normativa nº 1.052 da Receita Federal, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2011. A ferramenta ainda auxilia na realização detalhada dos cálculos, na confe-rência e apuração de PIS/Pasep e Cofi ns e na conciliação da apuração por documento fi scal versus os saldos de contas contábeis. O sistema permite a melhor consolidação das in-formações do processo, inclusive as oriundas da importação de dados de outros sistemas, registrando autor e conteúdo de ajustes que sejam realizados. A nova ferramenta também disponibiliza os layouts de importação e origem confi gurá-veis em arquivo texto, tabela e visualização em SQL ou Ora-cle, entre outros formatos. www.ewbrasil.com.br

A solução tributária Easy-ePIS/Cofi ns gera o ar-quivo de declaração do PIS e Cofi ns de acordo com o novo formato da Escrituração Fiscal Digital da Contribuição, conforme a instrução normativa nº 1.052 da Receita Federal, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2011. A ferramenta ainda auxilia na realização detalhada dos cálculos, na confe-rência e apuração de PIS/Pasep e Cofi ns e na conciliação da apuração por documento fi scal versus os saldos de contas contábeis. O sistema permite a melhor consolidação das in-formações do processo, inclusive as oriundas da importação de dados de outros sistemas, registrando autor e conteúdo de ajustes que sejam realizados. A nova ferramenta também disponibiliza os layouts de importação e origem confi gurá-veis em arquivo texto, tabela e visualização em SQL ou Ora-

www.ewbrasil.com.br

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Na medidaA Starrett lança dois modelos de trenas

profi ssionais emborrachadas série V: a V1-10, de 10m e fi ta com largura de 25mm, indicada para medir tubos e estruturas me-tálicas; e a V12-3, de 3m e fi ta com 13mm de largura, ideal para medidas menores, de até 3 metros. As trenas V são desenhadas e produzidas pela Starrett e estão disponíveis com graduações em milímetro e milímetro/polegada. Os produtos têm caixa ergonô-mica em ABS resistente a impactos, amor-tecedor e freio de retorno da fi ta, além de presilha de aço com desenho, que facilita o encaixe no cinto. www.starrett.com.br

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Mobilidade com confortoO Notepad Comfort da Zagg é

uma base para notebook que permi-te ao usuário utilizar o computador de forma confortável em camas, sofás ou mesmo no avião. O produto prote-ge o colo do usuário do calor gerado

pelo aparelho e evita que o computa-dor possa causar problemas de saú-de, como provocar a infertilidade em homens ou mesmo sensibilidade na pele. O Notepad foi projetado para ser utilizado tanto por canhotos quanto

por destros e tem uma bandeja retrá-til com função de mouse pad para a utilização em diversos lugares. O mo-delo é feito de material emborrachado e evita que o notebook escorregue. www.zaggline.com.br

Conceito revolucionárioA LG/IT – Logical Group apresenta um novo conceito de Voice as

Service ( VaaS) que é considerado uma evolução no sistema de PABX. O serviço é centralizado no data center da LG/IT e permite que empresas de diferentes formatos e perfis façam o roteamento de chamadas entre filiais em diferentes localidades e façam ligações gratuitas entre ramais sem precisar gastar com infraestrutura. A nova tecnologia também pode ser implantada em países do exterior, conforme a necessidade de cada cliente, podendo agregar ferramentas de videoconferência e telepre-sença. O serviço tem suporte 24 horas. www.lgit.com.br

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Empresas perenesFrancisco gracioso – Editora Atlas – R$ 45

A obra mostra como uma cultura or-ganizacional rica em valores humanistas – que respeite as diferenças, integre e motive os recursos humanos, concilian-do os objetivos da empresa aos interesses pessoais dos colaboradores – contribuirá para uma gestão de alta performance e duradoura. No ambiente empresarial, os valores humanistas resultam na valoriza-ção das diferenças, integração entre as pessoas, abertura às mudanças e respei-to pelo consumidor e à comunidade. Os diferentes estilos de lideranças e cultu-ras organizacionais são apresentados por meio de exemplos de empresas como Natura, Grupo Santander/Banco Real, AmBev, Nestlé, Hotéis Blue Tree, Grupo Abril e Odebrecht.

L E I T u r A

Traços brasileirosdoutores da FgV refletem sobre a gestão pública e de empresas no país, em busca de conhecimento para a adaptação às constantes transformações sociais e econômicas

Na prática, a administração de em-presas é objetiva e exigente, demandan-do um conhecimento útil e imediato para garantir a adaptação às constantes transformações sociais e econômicas. Na academia, pesquisadores da área desdobram-se para revelar as fraquezas existentes e desenvolver uma nova ciên-cia. As reflexões mais atuais sobre gestão

pública e de empresas podem agora ser conferidas nesta obra, que reúne parte da criteriosa produção intelectual dos autores – todos doutores formados pela Escola Brasileira de Administração Públi-ca e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (Ebape/FGV ).

Voltado a profissionais, estudantes e pesquisadores, o livro reúne textos sobre

a ética e os valores dos administradores brasileiros, estudos de caso sobre o mo-delo de governança na área da saúde, o planejamento em grandes cidades e o exemplo das cooperativas de catadores de lixo reciclável do Rio de Janeiro. Além disso, traz também uma análise aprofun-dada dos modelos teóricos da política comercial brasileira.

Luxo for allJosé Luiz tejon, Roberto panzarani e Victor megido – Editora gente – R$ 39,90

Propõe a quebra dos paradigmas do que se entende por “luxo”, propondo uma nova visão de marketing para em-presas voltadas a clientes de todos os nichos sociais. Hoje, defendem os auto-res, é necessário ter em mente que te-mos que dialogar com um novo cidadão cosmopolita. O consumidor dos tempos modernos quer saber cada vez mais so-bre o que está consumindo. Enquanto consome, se informa, comunica e cria links. O novo luxo é o resultado des-sa criação de valores. Os desafios para vender e atender são, portanto, cada vez mais competitivos. O segredo, segundo a obra, é descobrir os sonhos dos clientes e se aproximar deles.

A revolução das mídias sociaisAndré telles – Editora m.books – R$ 45

Primeiro autor brasileiro a publicar um livro sobre Social Media Marketing no Bra-sil – em 2005, intitulado Orkut.com – o publicitário André Telles aprofunda os estu-dos e mostra como é possível tirar proveito das mídias sociais de acordo com o foco de atuação da empresa. No Brasil, mais de 80% dos internautas participam de alguma mídia social, o que torna a presença digital obrigatória para companhias de todos os segmentos. Para analisar essa tendência, a obra apresenta cases, conceitos, dicas, fer-ramentas, táticas e estratégias para otimizar o uso das redes sociais. O livro ainda conta com um capítulo sobre marketing político digital e uma lista das principais referências digitais no Brasil e Portugal.

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Novas ideias em administração 3paulo Roberto motta, Roberto pimenta e Elaine tavares – Editora FgV – R$ 39

“As empresas são organizações de indivíduos que, apesar dos interesses próprios, articulam esforços em função de um interesse econômico comum que assegura a satisfação de necessidades sociais e a sobrevivência da organização. Nesse sentido, a empresa é uma organização social e a atividade empresarial deve ser entendida como uma atividade comunitária, integrada na sociedade e dependente dos seus objetivos e necessidades.”

A meta: um processo de melhoria contínuaEliyahu m. goldratt e Jeff cox Editora Nobel – R$ 79

Com mais de 2 milhões de exemplares vendidos no mundo e traduzido em mais de 20 idiomas, o livro é considerado um dos maiores best sellers da área de negócios. Escrito em forma de romance, trata dos princípios de funcionamento de uma indústria, questionando o porquê de ela funcionar de determinada forma e como seria possível solucionar os problemas de empresas que estão com atrasos na produção e baixa receita. Com resultados comprovados na prática, o processo de melhoria contínua desenvolvido pelos autores pode ser aplicado em organizações diversas, como bancos, hospitais, seguradoras e até mesmo no ambiente familiar.

Administração rural – Teoria e práticaRoni Antonio garcia da Silva Juruá Editora – R$ 49,70

Uso racional dos fatores de produ-ção; aumento da produtividade através de práticas agrícolas adequadas; sólida base para a administração das atividades voltadas ao agronegócio; comercializa-ção e marketing são alguns dos temas abordados na obra, que traz ainda um capítulo dedicado à elaboração de proje-tos na área do agronegócio, enfatizando a importância do empreendedor rural. O livro inclui também um CD com tabelas para cálculo de custos, exercícios e ba-lanço patrimonial, planilhas de análise econômica, com o objetivo de auxiliar aqueles que desenvolvem atividades agrícolas e rurais.

Liderança autêntica – De dentro de si para foraKevin cashman – Editora m.books – R$ 65

Para o autor, o segredo da verdadei-ra liderança está no desenvolvimento pessoal. A ideia é utilizar seus valores pessoais e sua autenticidade para in-fluenciar e agregar pessoas em equipes e empresas. Baseada em pesquisas in-ternacionais e recheada com estudos de caso, o livro apresenta novas ferramen-tas e práticas em desenvolvimento pes-soal, incluindo relatos de experiências de coaching virtual. Segundo Cashman, a integridade pessoal – ‘nós lideramos pelas nossas virtudes’ – é essencial ao sucesso sustentável no mercado alta-mente competitivo de hoje em dia, e oferece um retorno sobre o investimen-to mensurável.

“Os valores pessoais centrados no bem-estar coletivo influenciam positivamente uma atitude gerencial que favoreça o equilíbrio entre os compromissos sociais da empresa.”

“Os valores conservadores, avessos às mudanças, e a orientação gerencial igualitária, que busca a diminuição das desigualdades sociais, são os alicerces do sistema filosófico pessoal que favorece o desenvolvimento de uma atitude gerencial socialmente responsável promotora de boas práticas empresariais.”

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A N á L I S E E C O N Ô M I C A

Os FIPs sempre visam o longo prazo, dada a composição de sua carteira. É comum que o período de desenvolvimento dos in-vestimentos dure de três anos para mais; em alguns casos, até décadas. Encerrada a matu-ração, cabe ao gestor e ao comitê técnico de-finir a estratégia de desinvestimento: já que a carteira de um FIP é composta por papéis de companhias não negociadas em bolsa, a liquidez destes ativos é limitada. A saída do investimento deve ser bem planejada e pode ocorrer de diversas maneiras, como por meio da venda de uma parcela da empre-sa a uma concorrente, com uma venda de seus ativos a outro FIP ou ainda por um IPO (abertura de capital).

Por suas características únicas, os FIPs vêm ganhando espaço na carteira de ins-tituições financeiras e institutos de previ-dência. Além disso, os FIPs permitem um acompanhamento mais detalhado acerca da situação das empresas investidas, bem como um maior controle acerca do rumo de seus investimentos, destacando-se em relação a outros produtos do mercado.

O último artigo desta seção abordou os FIDCs, fundos de investimento cuja carteira é composta por diversos títulos de crédito privado. Boa parte dos produ-tos desta categoria busca minimizar os ris-cos envolvidos detendo diferentes títulos de crédito de diversos emissores. logo, o gestor de um FIDC deve analisar a capa-cidade de pagamento das empresas, evi-tando investir em ativos que possuam alta probabilidade de inadimplência, e diversi-ficando os títulos que possui em carteira.

Outra modalidade para investimentos em risco privado é o Fundo de Investimen-to em Participações, ou FIP. O objetivo de um FIP – mais do que financiar as dívidas de uma empresa – é comprar ativos atre-lados ao controle acionário, permitindo efetiva participação na tomada de decisões de companhias que na maioria dos casos não são negociadas em bolsa de valores. A aplicação em FIPs dá a seus cotistas boas oportunidades para rentabilizar o capital, além de diversificar os ativos da carteira da instituição. Para a empresa investida é uma fonte de capital alternativa, que permite ala-

fIP: alternativa em crédito privado

O objetivo de um FIp, mais do que financiar as dívidas de uma

empresa, é comprar ativos atrelados ao controle acionário, permitindo efetiva participação na tomada de decisões de companhias que na maioria dos casos não são

negociadas em bolsa de valores

por Rodrigo costa Laurindoleme Investimentos ltda

maior acompanhamento das empresas e controle do rumo dos investimentos destacam FIps de outros produtos

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vancar suas atividades e/ou financiar gran-des projetos de investimento. Em suma, é uma adaptação brasileira do modelo de fundos de Private Equity já consagrado em mercados mais sofisticados.

Para alcançar seu objetivo, os cotistas de um FIP normalmente detêm uma par-cela relevante do capital votante de uma ou mais empresas, obtida por meio de um aporte de capital. Com isso, o gestor e o comitê de investimentos do fundo bus-cam, em conjunto com a administração da companhia, implementar uma política voltada à criação de valor e melhoria dos resultados da mesma. O gestor do fundo também é responsável pelo acompanha-mento do investimento, devendo informar periodicamente aos cotistas detalhes acer-ca do desempenho operacional da orga-nização, dos projetos em andamento e do planejamento estratégico da empresa. Por lidar com ativos de baixa liquidez e uma política de investimentos diferenciada, a aplicação em cotas de FIPs só pode ser feita por investidores qualificados, e o valor de subscrição mínimo é de R$ 100 mil.

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Carteira Teórica Ibovespa

All Amer lat ON 1,104 AçãoAmbev PN 0,979 AçãoB2W Varejo ON 0,701 AçãoBMF Bovespa ON 3,902 AçãoBradesco PN 3,130 AçãoBradespar PN 0,993 AçãoBrasil Telec PN 0,390 AçãoBrasil ON 2,726 AçãoBraskem PNA 0,596 AçãoBRF Foods ON 1,341 AçãoBrookfield ON 0,622 AçãoCCR Rodovias ON 0,802 AçãoCemig PN 1,134 AçãoCesp PNB 0,685 AçãoCielo ON 1,539 AçãoCopel PNB 0,598 AçãoCosan ON 0,784 AçãoCPFl Energia ON 0,441 AçãoCyrela Realty ON 1,866 AçãoDuratex ON 0,589 AçãoEcodiesel ON 1,311 AçãoEletrobras ON 0,890 AçãoEletrobras PNB 0,743 AçãoEletropaulo PNB 0,530 AçãoEmbraer ON 0,755 AçãoFibria ON 1,498 AçãoGafisa ON 1,648 AçãoGerdau Met PN 0,660 AçãoGerdau PN 2,574 AçãoGol PN 1,211 AçãoIbovespa 100,000 AçãoItausa PN 2,315 AçãoItauUnibanco PN 4,015 AçãoJBS ON 0,934 AçãoKlabin S/A PN 0,404 Açãolight S/A ON 0,541 Açãollx log ON 0,914 Açãolojas Americ PN 1,207 Açãolojas Renner ON 1,098 AçãoMarfrig ON 0,546 AçãoMMX Miner ON 1,440 AçãoMRV ON 1,233 AçãoNatura ON 0,845 AçãoOGX Petroleo ON 3,773 AçãoP.Açúcar-CBD PNA 0,808 AçãoPDG Realt ON 2,745 AçãoPetrobras ON 2,206 AçãoPetrobras PN 8,517 AçãoRedecard ON 1,283 AçãoRossi Resid ON 1,163 AçãoSabesp ON 0,352 AçãoSantander BR UNT N2 1,097 AçãoSid Nacional ON 2,359 AçãoSouza Cruz ON 0,443 AçãoTam S/A PN 1,041 AçãoTelemar N l PNA 0,225 AçãoTelemar ON 0,268 AçãoTelemar PN 0,923 AçãoTelesp PN 0,155 AçãoTim Part S/A ON 0,125 AçãoTim Part S/A ON 0,170 9Tim Part S/A PN 0,840 AçãoTran Paulist PN 0,229 AçãoUltrapar PN 0,486 AçãoUsiminas ON 0,592 AçãoUsiminas PNA 2,462 AçãoVale ON 2,925 AçãoVale PNA 11,956 AçãoVivo PN 0,793 Ação

Inflação (%)

índice Janeiro Ano

Igp-m 0,76 0,76Igp-dI 0,38 0,38IpcA 0,75 0,68Ipc - Fipe 0,54 0,54

juros/Aplicação (%)

Janeiro Ano

cdI 0,92 0,92Selic 0,92 0,92poupança 0,62 0,62Ouro bm&F -6,77 -6,77

Indicadores Imobiliários (%)

Janeiro Ano

juros/Crédito (%)

25/Janeiro 24/Janeiro

desconto 1,98 1,90Factoring - 3,87hot money 3,48 3,41giro pré (taxa mês) 2,18 2,11

Câmbio

Mercados futuros

cotação

dólar comercial ptax R$ 1,6740 Euro uS$ 1,3674 Iene (uS$ 1,00) $ 82,3950

dólar R$ 1,67 R$ 1,68Juros dI 11,14% 11,14%

contratos mais líquidos 25/01Ibovespa Futuro 69.150

Nome classe participação tipo deAção bovespa Ativo

Até 25/01

Em 25/01

cub Sp 0,00 0,00tR 0,12 0,12

Fevereiro março

Até 25/01

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De 29/03 a 1º/04/2011feimaco – feira Internacional de Máquinas e Componentes para a Indústria de Confecçõespavilhão de Exposições do Anhembi – Spwww.feimaco.com.br

Apresenta novidades em máquinas para modelagem, corte, costura, bordados, acessórios e peças para o setor têxtil. A feira é exclusiva para industriais, comerciantes, compradores e técnicos do setor.

De 1º a 10/04/2011feincartes – feira Internacional de Artesanato e Decoração ArtesanalcentroSul – Florianópolis – Scwww.feincartes.com.br

Mais de 300 artesãos do Brasil e do exterior expõem objetos de decoração, acessórios e confecções na quarta edição da Feincartes em Florianópolis. Além da capital catarinense, a feira será realizada em maio em Novo Hamburgo (RS) e em setembro em Belém.

De 2 a 5/04/2011Hair Brasil – feira Internacional de Beleza, Cabelos e Estética Expo center Norte – São paulo – Spwww.hairbrasil.com

Em sua décima edição, apresenta lança-mentos em produtos para cabelos, estética, equipamentos e serviços. Também é rea-lizado o Seminário do Sebrae para Micro e Pequenos Empreendedores de Beleza, Con-gresso de Podologia e Campeonato Hair Bra-sil. São esperados mais de 70 mil visitantes.

De 4 a 7/04/2011CeMAT South America – feiraInternacional de Movimentação de Materiais e Logísticacentro de Exposições Imigrantes – Spwww.cemat-southamerica.tpm.br

Reúne empresas da cadeia de logística e movimentação do Brasil e do exterior. Pro-movida pela Hannover Fairs em cooperação com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, neste ano tam-bém visitará Istambul, Hannover e Moscou.

De 15 a 19/03/2011feicon – feira Internacional da Indústria da Construçãopavilhão de Exposições do Anhembi – Spwww.feicon.com.br

Em sua 19ª edição, a Feicon apresenta novidades para a indústria da construção civil nos setores de ar-condicionado, blocos cerâmicos, boxes, esquadrias e hidrôme-tros. Exclusivo para profissionais do setor.

De 22 a 25/03/2011revestir – feira Internacionalde revestimentostransamérica Expo center – Spwww.exporevestir.com.br

Apresenta novidades em materiais e soluções para projetos de engenharia, ar-quitetura e decoração. Durante o evento é realizado o Fórum Internacional de Ar-quitetura e Construção. Organizado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento, é um evento exclusivo para os profissionais do setor.

De 25 a 26/03/2011Country faircentro de Exposições Imigrantes – Spwww.feiracountry.com.br

Feira internacional de produtos country e de fornecedores de produtos para rodeios. Durante o evento é realizado o Congresso Brasileiro dos Organizadores de Rodeios, as-sim como shows musicais, oficinas de dança e desfiles de moda. A entrada é gratuita.

De 28/03 a 1º/04/2011fIEE – feira Internacional da Indústria Elétrica, Energia e Automaçãopavilhão de Exposições do Anhembi – Spwww.fiee.com.br

A 26ª edição da FIEE apresenta o que há de mais moderno em produtos e ser-viços para a indústria elétrica como com-ponentes para máquinas, equipamentos industriais e de geração e transmissão de energia. Durante o evento é realizada a sex-ta edição do Eletronic America.

A g E N D A

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De 21 a 25/03/2011feinco – feira Internacional de Caprinos e Ovinoscentro de Exposições Imigrantes – São paulo – Sp – www.feinco.com.br

A Feira Internacional de Caprinos e Ovinos é considerada a maior vitrine da cadeia produtiva do setor. Mais de 250 criadores apresentam animais das raças Santa Inês, Ile de France, Suffolk e Merino Australiano. Durante a Feinco são realizados ainda mais de 100 eventos paralelos, como leilões e workshops sobre o setor.

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