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Ano Ano Ano Ano Ano XXIII XXIII XXIII XXIII XXIII 1033 1033 1033 1033 1033 1 a 7 de dez 1 a 7 de dez 1 a 7 de dez 1 a 7 de dez 1 a 7 de dezembro embro embro embro embro de 2008 de 2008 de 2008 de 2008 de 2008 Tiragem desta edição 24.000 exemplares Tiragem desta edição 24.000 exemplares Tiragem desta edição 24.000 exemplares Tiragem desta edição 24.000 exemplares Tiragem desta edição 24.000 exemplares Encerramento do Empreendedor Rural do ano passado reuniu cerca de três mil pessoas no Expotrade, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba I M P R E S S O I M P R E S S O I M P R E S S O I M P R E S S O I M P R E S S O 9912152808/2006-DR/PR SENAR Mala Direta Postal EMPREENDEDOR RURAL 2008 Massa crítica para impulsionar o desenvolvimento do PR Páginas 2 a 5 Falta de financiamento para Falta de financiamento para Falta de financiamento para Falta de financiamento para Falta de financiamento para comercialização compromete comercialização compromete comercialização compromete comercialização compromete comercialização compromete produção de leite produção de leite produção de leite produção de leite produção de leite Página 8

EMPREENDEDOR RURAL 2008 Massa crítica para impulsionar … · jeto e resolução de problemas em comum; na terceira fase, capacita-ção para liderança e estímulo a pro-jetos associativos

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1Boletim Informativo FAEP n° 1033 - semana de 1 a 7 de dezembro de 2008

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Tiragem desta edição 24.000 exemplaresTiragem desta edição 24.000 exemplaresTiragem desta edição 24.000 exemplaresTiragem desta edição 24.000 exemplaresTiragem desta edição 24.000 exemplares

Encerramento do Empreendedor Rural do ano passado reuniu cerca de três mil pessoas no Expotrade, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba

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EMPREENDEDOR RURAL 2008

Massa crítica paraimpulsionar odesenvolvimento do PR

Páginas 2 a 5

Falta de financiamento paraFalta de financiamento paraFalta de financiamento paraFalta de financiamento paraFalta de financiamento paracomercialização comprometecomercialização comprometecomercialização comprometecomercialização comprometecomercialização comprometeprodução de leiteprodução de leiteprodução de leiteprodução de leiteprodução de leite Página 8

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2 Boletim Informativo FAEP n° 1033 - semana de 1 a 7 de dezembro de 2008

EMPREENDEDOR RURAL 2008

Dia de conhecer projetos demodernização no meio rural

Presidente do Sistema FAEP, Ágide Meneguette, na abertura do Empreendedor Rural 2007

Mais de 3,5 mil empreende-dores e líderes da agropecu-ária paranaense vão estar noExpotrade, em Pinhais, nasegunda-feira (01), no VIIIEncontro de Empreendedo-res Rurais do Paraná. É aoportunidade de trocar expe-riências e conhecer projetosde modernização das ativi-dades rurais e diversificaçãodas fontes de renda nas pro-priedades.

O governador de Minas Gerais,Aécio Neves, e a senadora e presi-dente eleita da Confederação daAgricultura e Pecuária do Brasil(CNA), Kátia Abreu, participam doevento. Outras presenças confirma-das são o senador Osmar Dias e oprefeito de Curitiba, Beto Richa,além do vice-líder do Governo, de-putado federal Ricardo Barros.

É tradição no programa Empre-endedor Rural do Paraná trazer lí-deres nacionais para falar sobre osdesafios de empreender e adminis-

Já passaram pelo Programa mais de 16 mil trabalhadores e produtores rurais

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, e a senadora eO governador de Minas Gerais, Aécio Neves, e a senadora eO governador de Minas Gerais, Aécio Neves, e a senadora eO governador de Minas Gerais, Aécio Neves, e a senadora eO governador de Minas Gerais, Aécio Neves, e a senadora e

presidente eleita da Confederação da Agricultura e Pecuária dopresidente eleita da Confederação da Agricultura e Pecuária dopresidente eleita da Confederação da Agricultura e Pecuária dopresidente eleita da Confederação da Agricultura e Pecuária dopresidente eleita da Confederação da Agricultura e Pecuária do

Brasil (CNA), Kátia Abreu, participam do eventoBrasil (CNA), Kátia Abreu, participam do eventoBrasil (CNA), Kátia Abreu, participam do eventoBrasil (CNA), Kátia Abreu, participam do eventoBrasil (CNA), Kátia Abreu, participam do evento

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3Boletim Informativo FAEP n° 1033 - semana de 1 a 7 de dezembro de 2008

Implantação de indústria de açúcar mascavo

Empreendedor: Lidiomar Picinin

Município: São Jorge do Oeste

Criação da Associação dos Criadores de Ovinos

e Caprinos do Oeste do Paraná (ACOCOP)

Empreendedor: Armando Pertuzati

Município: Cascavel

Expansão de Suinocultura

Empreendedor: Antonio Borges do Couto

Município: São João do Ivaí

Produção Comunitária de Biodiesel

Empreendedor: Antonio Gomes (com 60 famílias

de agricultores familiares)

Município: Cambira

Pimenta da Horta

Empreendedor: Amauri Seifert

Município: Cambé

trar projetos de sucesso. No ano pas-sado, falaram aos empreendedoreso governador de São Paulo, José Ser-ra, e o ex-ministro Delfim Netto; emoutros anos, vieram o governador deMato Grosso, Blairo Maggi, o ex-go-vernador de São Paulo, Geraldo Al-ckmin, o então presidente da CNA,Antônio Ernesto de Salvo, o senadorOsmar Dias, o atual secretário deMeio Ambiente de São Paulo, XicoGraziano, o economista Luis Anto-nio Fayet e o ex-ministro da Agricul-tura, Pratini de Moraes.

Já passaram pelo EmpreendedorRural mais 16,5 mil trabalhadores eprodutores rurais; eles formam umamassa crítica e profissional que con-corre para melhorar a produção e aprodutividade da agropecuária pa-ranaense. Há, inclusive, mudançasno perfil da produção, com introdu-ção de novos produtos de maior va-lor agregado.

No Expotrade, haverá palestras eexposição de 15 projetos selecionadosentre os 130 desenvolvidos neste ano.Os empreendedores também pode-rão conhecer como estão cinco proje-tos implantados em anos anteriores. Da esquerda para a direita: Governador Blairo Maggi (MT), ex-ministro Delfim Netto, governador José Serra (SP), ex-ministro

Pratini de Moraes, ex-ministro Roberto Rodrigues, e o secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Xico Graziano

PROJETOS JÁ IMPLANTADOS

Seja na agriculturaSeja na agriculturaSeja na agriculturaSeja na agriculturaSeja na agricultura

empresarial ou familiar,empresarial ou familiar,empresarial ou familiar,empresarial ou familiar,empresarial ou familiar,

o Empreendedor Ruralo Empreendedor Ruralo Empreendedor Ruralo Empreendedor Ruralo Empreendedor Rural

capacita os participantescapacita os participantescapacita os participantescapacita os participantescapacita os participantes

para gestão de suaspara gestão de suaspara gestão de suaspara gestão de suaspara gestão de suas

propriedades com focopropriedades com focopropriedades com focopropriedades com focopropriedades com foco

na produção,na produção,na produção,na produção,na produção,

produtividade, mercadoprodutividade, mercadoprodutividade, mercadoprodutividade, mercadoprodutividade, mercado

e uso racional dee uso racional dee uso racional dee uso racional dee uso racional de

recursos e incrementorecursos e incrementorecursos e incrementorecursos e incrementorecursos e incremento

da renda familiarda renda familiarda renda familiarda renda familiarda renda familiar

O Empreendedor RuralO Empreendedor RuralO Empreendedor RuralO Empreendedor RuralO Empreendedor RuralCriado pelo SENAR-PR em 2003,

o Programa Empreendedor Ruralfoi adotado pelas administraçõesregionais do SENAR em outros 22estados. É uma parceria da Federa-ção da Agricultura do Estado do Pa-raná (FAEP), Serviço Nacional deAprendizagem rural (SENAR-PR),Serviço Brasileiro de Apoio às Mi-cro e Pequenas Empresas (SEBRAE-PR) e Federação dos Trabalhadoresna Agricultura do Estado do Paraná(FETAEP)

O Programa Empreendedor Ru-ral acontece em três fases: na pri-meira, os produtores e trabalhado-res desenvolvem um projeto demodernização de sua atividade. Nasegunda fase, implantação do pro-jeto e resolução de problemas emcomum; na terceira fase, capacita-ção para liderança e estímulo a pro-jetos associativos.

Seja na agricultura empresarialou familiar, o Empreendedor Rural

capacita os participantes para ges-tão de suas propriedades com focona produção, produtividade, merca-do e uso racional de recursos e in-cremento da renda familiar.

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4 Boletim Informativo FAEP n° 1033 - semana de 1 a 7 de dezembro de 2008

Produção de pepino para conserva – XambrêO empreendedor Valdecir Donizete de Oliveira, de 36 anos, pla-neja produzir e comercializar pepino em conserva de alta quali-dade. O projeto deve ser implantado em propriedade de trêsalqueires no município de Xambrê, onde o tipo de solo é ArenitoCaiuá. A produção seria destinada a uma grande empresa, con-solidada no mercado de conservas.

Implantação de aviários para frango de corte - ToledoA empreendedora Ieda Terra Tremea, 39 anos, quer melhorar a pro-dutividade da soja e aumentar a produção e lucratividade do frangode corte. A meta é aumentar em 20% a produtividade da soja, em2009, e construir dois aviários para engorda de frango de corte napropriedade de 32 hectares, localizada no distrito de Vila Nova, emToledo. O empreendimento de avicultura será feito em local apropri-ado, preservando a mata ciliar e não atingindo rios e nascentes.O projeto será executado com apoio do marido, Valmir Luiz Tremea,do filho Tiago, de 16 anos, e do funcionário Benedito França Pereira.

Coleta e processamento de sêmen de suíno napropriedade para INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL - Toledo

A empreendedora Maria Fátima da Cruz Schmidt, 43 anos, planejaimplantar um sistema de melhoria genética no plantel de suínosda propriedade. A coleta e o processamento de sêmen de suínospara inseminação artificial atenderiam a propriedade e terceiros.Com o projeto, haverá produção de um maior número de leitõespor porca/ano, resultando em aumento de qualidade do produtofinal e renda. O empreendimento será feito no sítio Santa Cruz, dequatro alqueires, situado no distrito de Vila Nova, em Toledo.

Implantação de Alambique para Produção de Cachaça(substituindo plantio de grama esmeralda por cana-de-açúcar)

Os empreendedores Carlos Conte e Rozane Rocha Maria Conteplanejam implantar um alambique para produzir cachaça orgâ-nica, substituindo o plantio de grama esmeralda. A meta é atingira marca de 20 mil litros de cachaça por ano, até setembro de2011. O projeto será implantado na Chácara Santo Antonio (pes-que-pague do Conte), de 15 hectares, situada em Foz do Iguaçu.

Implantação de mini-usinas de biodieselImplantação de mini-usinas de extração de óleo vegetal e biodie-sel a partir do pinhão-manso. Pretende-se implantar o projeto napropriedade de Nelson Bordignon, de 10,64 alqueires, localizadano município paranaense de Ouro Verde do Oeste.

Ampliação da Produção de Casulo de SedaOs empreendedores Alan Jony da Silva e Marcela Biasi de Araújoplanejam ampliar a produção de casulo de seda no sítio São João,de 24 hectares, pertencente ao produtor Benedito Batista da Sil-va, em Juranda. Áreas subutilizadas como pasto vão ser converti-das ao cultivo da amora para o bicho-da-seda; também pretende-se construir um segundo barracão para a atividade, elevando aprodução para 4 mil quilos de casulos de seda por ano.

Implantação da cultura do arroz MotiOs empreendedores Diogo Suga e Juliane Myyazaki planejam im-plantar o cultivo de arroz Moti, bastante usado na culinária japo-nesa, de alto índice calórico e fácil digestão. O projeto deve semimplantado numa propriedade de 94,38 hectares, localizada nomunicípio de Guaira, no Oeste do estado. As terras são cortadas

EMPREENDEDOR RURAL 2008

Conheça os 15 projetos selecionados em 2008Conheça os 15 projetos selecionados em 2008Conheça os 15 projetos selecionados em 2008Conheça os 15 projetos selecionados em 2008Conheça os 15 projetos selecionados em 2008pelo rio Cruz da Malta e têm características de relevo que favore-cem o cultivo de arroz. Atualmente, produz-se no local soja, mi-lho e trigo no sistema de plantio direto e mandioca no sistematradicional.

Sala de Alimentação para o gado leiteiroOs empreendedores Evandro Giovani Santin, Pâmela VeredianaBernardini Santin e José Gercelino de Souza planejam aumentara “sala de alimentação” do gado leiteiro da propriedade de 39,6hectares de Alceny Antonio Santin, localizada na comunidadede Nova Lourdes, município de São João, Sudoeste do Paraná. Oobjetivo é ampliar o espaço operacional e o conforto para osanimais, refletindo em aumento de produção e renda. Preten-de-se atingir a produção de 1500 litros de leite por dia em de-zembro de 2010, com diminuição de 20% nos custos fixos deprodução.

Empreendendo FloresOs empreendedores Camila Scolin Mendes, Márcia Valéria S. Bar-betta e Marco Aurélio Gardini planejam implantar estufas paraprodução de flores (gérbera e amarylis) no sítio São José. O sítio éde propriedade de Giuseppe Gardini, tem área de 31,1 hectares efica na localidade de Patrimônio Selva, município de Londrina.Para reverter o prejuízo que hoje dá o arrendamento da área,serão implantados dois hectares de floricultura. Em 2010, espera-se taxa de rentabilidade do capital da empresa (exceto ativo terra)de 30% ao ano.

Produção de maracujáO empreendedor William Evaldo Willi planeja instalar o cultivode maracujá no Sítio Cantinho da Verdura, com área de um al-queire, em Santa Terezinha de Itaipu. A nova atividade será feitade forma paralela à horticultura. O objetivo é diversificar a pro-dução, partindo para a fruticultura, de olho na exportação para oParaguai e a Argentina.

Construção de fábrica de maravalhaA empreendedora Sirlei Dallacort Garmus planeja construir umafábrica de maravalha (cepilho) de 324m2 na propriedade de 76,8hectares, em paralelo ao cultivo de milho, soja e trigo, no municí-pio de São João, no Sudoeste do Paraná. O produto deve atenderaos aviários em construção no município, em função das investi-mentos da Cooperativa Agropecuária Coasul.

Aumento da Produção de LeiteA empreendedora Maria Eurimar dos Santos decidiu melhorar aprodutividade do leite produzido no sítio Nossa Senhora Apareci-da, de 17,6hectares, localizado no município de Marilena. Em2009, ela planeja aumentar a produção de 20 para 150litros deleite por dia. E os planos não param por aí. Até 2011, a empreen-dedora quer atingir uma produção diária entre 300 e 500 litros ouainda maior. No seu planejamento, está a obtenção de mais lu-cros em menos tempo possível. Tudo isso com qualidade e higie-ne. Para Maria Eurimar, o projeto visa melhorar a qualidade devida de todos os envolvidos, como sua família e consumidores doalimento que produz.

Viabilidade de Bovinocultura de Corte em Área ArrendadaA empreendedora Talita Alexandra Tomasi resolveu testar a via-bilidade da bovinocultura de corte na propriedade de 36,7 hecta-

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5Boletim Informativo FAEP n° 1033 - semana de 1 a 7 de dezembro de 2008

Os integrantes da banca avalia-dora dos projetos desenvolvidos pormeio do Programa EmpreendedorRural (PER) em 2008 estiveram reu-nidos entre os dias 12 e 14 de no-vembro na sede da FAEP, em Curiti-ba. Para o professor da Escola Supe-rior de Agricultura “Luiz de Queiroz”(Esalq/USP), Fernando Peres, o Pro-grama continua desempenhandoseus objetivos.

Peres afirmou que o SENAR-PR, oSebrae, a Fetaep e a FAEP já o conside-ram um programa definitivo. “O Para-ná já desenvolveu uma massa críticade agricultores. Com isso, eles podemser considerados mais preparadospara seu papel em sociedade”, disse.

Durante a avaliação dos proje-tos, os avaliadores surpreenderam-se com o aumento de participaçãode jovens e mulheres no PER. “Issomostra a aceitação do Programa. Ini-cialmente, era muito pequeno o nú-mero de mulheres e jovens. Com otempo, a participação deles cresceu.Isso porque o produtor acredita noPrograma”, explicou. Para a profes-sora da Universidade Federal do Pa-raná (UFPR), Vânia Guimarães, háum maior envolvimento da famílianas decisões da empresa.

Os projetos comprovam a diver-sidade da agropecuária do Paraná.Entre os segmentos escolhidos pe-

EMPREENDEDOR RURAL 2008

Professor da USP: Paraná desenvolveumassa crítica de agricultores

los empreendedores, estão pecuá-ria, produção de grãos, exploraçãomineral,fruticultura, olericultura,turismo rural e floriculutra e ativi-dades urbanas. “Os projetos visamaumentar a produtividade, implan-tar novas atividades e auxiliar as jáexistentes na propriedade rural”,disse Peres. O economista da FAEP,Nilson Hanke, informou que a mai-oria dos projetos são para pequenaspropriedades rurais.

Já o pesquisador da Agência Pau-

lista de Tecnologia dos Agronegóci-os (Apta), Luis Alberto Ambrózio,afirmou que, atualmente, o produ-tor tem maior consciência sobre omúltiplo uso do capital que ele temem sua propriedade.

Uma maior preocupação com omeio-ambiente também pode serverificada nos projetos. A conclusãoé do professor da UFPR, José Rober-to Canziani. “Há uma clara visão danecessidade de uma produção sus-tentada”, disse.

res, que arrendou em Medianeira. Assim, ela planeja produzir ecriar, de forma sustentada, carnes e produtos agrícolas de altaqualidade. Com isso, a empreendedora espera agregar maiorvalor a sua propriedade de 148,3 hectares, situada no mesmomunicípio. Entre as metas, a empreendedora quer produzir trêsmil sacas de soja por ano a partir do ano agrícola 2008/09. Um dosdesafios é alcançar uma taxa de rentabilidade líquida positivapara sua empresa.

Análise da Viabilidade de Implantação de uma Usina deBiodiesel dentro de uma Propriedade Rural

Os empreendedores Juliana Regina Locks e Michael Franco Mu-zzolon querem aumentar a produtividade da propriedade rural,respeitando as questões ambientais e oferecendo melhor quali-dade de vida para a família. Com o projeto, eles planejam au-

mentar anualmente a produção de grãos do sítio São José dosLocks, de 42,2 hectares, localizado em Nova Aurora. Na safra2008/09, a meta é fazer com que a produção cresça até 15%.Entre os desafios, estão a análise de solo até maio de 2009 e apesquisa de variedades de sementes até 15 de outubro do anoque vem.

Implantação de um Silo para Armazenamento de GrãosOs empreendedores Cristiane Fracaro, Fábio Fracaro e LucianeFracaro decidiram implantar um silo, com capacidade de 36 milsacas, para armazenamento de grãos. A família cultiva uma áreade 650 hectares, espalhados entre os municípios de Medianeira,Matelândia e Vera Cruz do Oeste. Entre as estratégias para que ainiciativa seja bem-sucedida, está a de manter o manejo corretopara que o produto esteja dentro das qualificações exigidas pelomercando consumidor.

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Professor Fernando Peres

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6 Boletim Informativo FAEP n° 1033 - semana de 1 a 7 de dezembro de 2008

Mudar a cabeça do fazendeiro brasileiro e, assim,mudar a imagem negati-

va que a sociedade ainda tem dosprodutores rurais, vistos por muitoscomo eternos dependentes de favo-res financeiros do governo e siste-máticos descumpridores da legisla-ção trabalhista. Esta é a tarefa quese propõe a cumprir a senadoraKátia Abreu (DEM-TO) como primei-ra mulher eleita para a presidênciada Confederação da Agricultura ePecuária do Brasil (CNA).

Aplica-se à atividade rural umalegislação trabalhista inadequada,porque foi elaborada para o traba-lho urbano. A Consolidação das Leisdo Trabalho, criada no início da dé-cada de 1940, sob a ditadura do Es-tado Novo, estabelece só uma for-ma de trabalho no País, com "vín-culo empregatício de natureza con-tínua". É um regime de contrata-ção de mão-de-obra particular-mente inadequado e prejudicialpara a atividade rural, caracteriza-da por trabalho sazonal e, em mui-tos casos, de curta duração.

EDITORIAL

Jornal O Estado de São PauloJornal O Estado de São PauloJornal O Estado de São PauloJornal O Estado de São PauloJornal O Estado de São PauloPublicado no jornal O Estado de São Paulo de 17 de novembro de 2008

Nova mentalidade na CNAÀs falhas da legislação os produ-

tores rurais respondem com o des-cumprimento das normas. A infor-malidade no campo chega a 70% damão-de-obra ocupada. De uns tem-pos para cá, "todo mundo se lem-brou de que (a legislação) deveriaser cumprida também no campo,sem ser adaptada ao meio rural",disse a nova presidente da CNA ementrevista ao Estado. O resultado estáno número de autos de infração la-vrados pelos fiscais do Ministério doTrabalho. Em seis anos do governoLula, foram lavrados 15.258 autosem 1.217 fazendas. Isso vai acabar,prometeu a senadora. Assim, a mo-dernização da legislação trabalhis-ta, para adequá-la às característicasda atividade rural e às necessidadesdo trabalhador, será uma das fren-tes em que a nova presidente daCNA atuará, procurando abrir o di-álogo sobre o tema com o governo.

A legislação ambiental tambémprecisa ser cumprida, mas certasimposições devem ser revistas, diza senadora Kátia Abreu. O que temprovocado fortes queixas dos fazen-deiros é o Decreto 6.514, de 22 deagosto último, que regulamenta a Leide Crimes Ambientais e impõe no-vas exigências e punições aos infra-tores. De acordo com a CNA, algu-mas dessas exigências podem invi-abilizar culturas como as do arroz eda uva no Rio Grande do Sul.

"Se a legislação for cumprida,toda a cana plantada no Nordeste,que está num declive de 45 graus,tem de ser arrancada", tambémexemplificou Kátia Abreu.

Por isso, a CNA continuará em-penhada, como está desde julho,em mudar dispositivos do decretosobre crimes ambientais que invi-abilizam a produção. Também estádisposta a discutir com o governo

a expansão e melhoria do sistemade armazenamento e escoamentoda produção, para preservar acompetitividade do agronegóciobrasileiro.

Quando fala em mudança dementalidade, a senadora KátiaAbreu pensa na conscientizaçãodos fazendeiros para a necessida-de de cumprimento das leis, tra-balhistas ou ambientais, pois elaidentifica no desrespeito à legisla-ção a principal fonte do desgasteda imagem dos produtores ruraisperante a opinião pública. É umproblema antigo, que vem desdeos tempos dos barões do café, re-conhece. Naqueles tempos, os fa-zendeiros eram vistos como "pes-soas retrógradas, sem instrução,sem tecnologia, sem informação,sem gerência, que tocavam a coi-sa na brutalidade; pessoas que nãocuidavam de seus trabalhadores,que não respeitavam o meio am-biente".

Muita coisa mudou, mas aindapersistem traços dessa mentalida-de antiga. A meta da nova presiden-te da CNA, por isso, é mudar a atitu-de dos grandes produtores dianteda legislação e, sobretudo, dissemi-nar práticas modernas de adminis-tração rural e de utilização de tec-nologias mais avançadas. Muitas fa-zendas já adotam essas práticas eobtêm excelentes resultados. KátiaAbreu pretende promover cursospara ensinar pequenos e médiosprodutores rurais a lidar com com-putadores e com a internet.

"Espero que haja condições parao diálogo", diz a nova presidente daCNA, referindo-se às mudanças ins-titucionais que pretende discutircom o governo. "Não estamos falan-do de qualquer setor. (O agronegó-cio) é uma questão de Estado."

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Senadora Kátia Abreu

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7Boletim Informativo FAEP n° 1033 - semana de 1 a 7 de dezembro de 2008

Concurso nacional premiaConcurso nacional premiaConcurso nacional premiaConcurso nacional premiaConcurso nacional premiacafeicultores do Paranácafeicultores do Paranácafeicultores do Paranácafeicultores do Paranácafeicultores do Paraná

CAFEICULTURA

FAEP pede medidas para aliviarsituação dos produtores de caféSuspensão temporária de pa-gamentos de dívidas e lança-mento de opções públicas decompra. Estas foram as so-licitações da Comissão Téc-nica de Cafeicultura da FAEPem ofício encaminhado hojepela Federação para os mi-nistérios da Agricultura e Fa-zenda, senadores e deputa-dos federais.

As solicitações se baseiam no fatode que, desde 2002, os preços de co-mercialização do café vêm regis-trando valores abaixo dos custos deprodução. “Para se ter uma referên-cia, hoje o preço de venda é de R$240 a saca, quando o custo de pro-dução é de R$ 370”, esclarece Gui-lherme Lange Goulart, vice-presi-dente da Comissão Técnica de Ca-feicultura.

Nos anos anteriores o cenárionão foi muito diferente. A respostafoi redução na área de produção, in-viabilidade de melhorias nos tratosculturais e migração dos cafeiculto-res para outras culturas. A crise

mundial só fez agravar o problema.No ofício encaminhado, a FAEP pedeque as seguintes medidas sejam to-madas em caráter de urgência:

• Suspensão temporária dospagamentos de todas as dívidas

da cafeicultura independente daorigem dos recursos e datas devencimento por um período mí-nimo de dois anos. • Criação de mecanismos degeração e manutenção de rendapara o produtor, tendo como pri-meira ação o lançamento de op-ções públicas de compra de cafécom preços acima do custo deprodução.“Com o governo fazendo este

lançamento de opção pública decompra a um preço médio de R$340ou R$350, ele sinaliza que se o mer-cado não tiver interesse, ele mes-mo compra o produto”, explicaGoulart, que acredita que pelo me-nos 3 milhões de sacas poderiamser negociadas pelo mecanismo em2009 e outros 3 milhões, em 2010.“É uma tentativa de aliviar um pou-co a atual situação dos cafeiculto-res”. Com essas solicitações, a FAEPse une à CNA e ao Conselho Nacio-nal do Café (CNC) em suas reivin-dicações.

Dois produtores de café do Paranáforam premiados com o terceiro lu-gar colocação no 5º Concurso Naci-onal da Associação Brasileira da In-dústria de Café (Abic).

O cafeicultor Osvaldo Garcia, deCornélio Procópio, concorreu na ca-tegoria cereja descascado e teve seu

lote arrematado em leilão por R$ 820a saca. Competindo na categoriacafé natural, o produtor João Ferrei-ra dos Santos Neto, de Apucarana,chegou em terceiro lugar com lan-ce de R$ 460 a saca.

O resultado foi divulgado dia 22,durante a cerimônia de encerra-mento do 16º Encontro Nacional dasIndústrias de Café (Encafé), em Por-to de Galinhas, Pernambuco. Am-bos os produtores venceram, nasrespectivas categorias o certame na-cional, eles concorreram com lotesde São Paulo, Minas Gerais, Bahia eEspírito Santo.

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8 Boletim Informativo FAEP n° 1033 - semana de 1 a 7 de dezembro de 2008

O deputado federal Gustavo Fruet(foto) apresentou uma emenda à Me-dida Provisória 445 permitindo queo agronegócio seja beneficiado por

MEDIDA PROVISÓRIA 445

Gustavo Fruet propõe abertura Gustavo Fruet propõe abertura Gustavo Fruet propõe abertura Gustavo Fruet propõe abertura Gustavo Fruet propõe abertura de crédito para agronegóciode crédito para agronegóciode crédito para agronegóciode crédito para agronegóciode crédito para agronegóciolinhas de crédito do Banco do Brasilpara fazer frente à crise financeira.

Editada no início do mês, a MPautoriza o governo a abrir mão dosdividendos pagos pela Caixa ao Te-souro para criar um fundo de reser-va. Este fundo cobrirá até 35% dosrecursos que o banco foi autorizadoa emprestar para garantir capital degiro ao setor da construção civil.

Os recursos do fundo virão dedividendos dos exercícios de 2008,2009 e 2010. Para Fruet, o apoio aosetor da construção civil é essenci-al, mas deve ser estendido ao agro-negócio, setor que também é res-ponsável por parcela expressiva dosempregos no Brasil. "Avaliações deespecialistas dizem que o empregonesse setor será gravemente afeta-do em conseqüência da crise finan-

ceira e o governo precisa agir paraevitar danos maiores", explicou.

A emenda autoriza o governo aemitir títulos da dívida pública mo-biliária federal, sob a forma de colo-cação direta em favor do Banco doBrasil, que repassaria os recursos àsempresas do setor do agronegócio.

Outra emenda estabelece que aCaixa Econômica deverá encami-nhar ao Congresso Nacional relató-rios trimestrais detalhados sobre asoperações feitas com os recursos dofundo. "A utilização de recursos fis-cais está sendo autorizada em cará-ter excepcional, para fazer frente àescassez de crédito, mas é essencialque o Congresso acompanhe a efi-cácia e o custo dessas operações,que envolvem recursos de toda a so-ciedade", explicou Fruet.

"Avaliações"Avaliações"Avaliações"Avaliações"Avaliaçõesd ed ed ed ed eespecialistasespecialistasespecialistasespecialistasespecialistasdizem quedizem quedizem quedizem quedizem queo empregoo empregoo empregoo empregoo empregon e s s en e s s en e s s en e s s en e s s esetor serásetor serásetor serásetor serásetor serágravementegravementegravementegravementegravementeafetado emafetado emafetado emafetado emafetado emconseqüênciaconseqüênciaconseqüênciaconseqüênciaconseqüênciada criseda criseda criseda criseda crisefinanceira"financeira"financeira"financeira"financeira"

AGÊNCIA CNA

Falta de financiamento para comercializaçãocompromete produção de leite no país

Se a área econômica do Gover-no não liberar os R$ 100 milhõesnecessários para a implantaçãoimediata dos Contratos Privados deOpção de Venda (PROP), com pre-ço de referência de R$ 0,60/litro,estará comprometendo a expan-são da produção de leite no Paísem 2009. Esta foi uma das resolu-ções aprovadas no dia 26 de no-vembro, em Brasília, na reuniãoda Comissão Nacional de Pecuáriade Leite da Confederação da Agri-cultura e Pecuária do Brasil (CNA).O presidente da Comissão Técnicade Bovinocultura de Leite da FAEP,Ronei Volpi, representou a entida-de no encontro.

O presidente da Comissão Na-cional de Pecuária de Leite da CNA,Rodrigo Alvim, disse que os pro-dutores de leite aguardam desdesetembro uma resposta do Gover-no às reivindicações do setor para

apoiar a comercialização do pro-duto e amenizar o impacto da cri-se na atividade leiteira, que temconvivido com baixos preços pa-gos pelo volume produzido e ele-vação do custo de produção. Osrecursos solicitados financiariam atransferência de um bilhão de li-tros de leite das principais baciasprodutoras aos Estados consumi-dores, reduzindo o excedente deprodução, de 1,4 bilhão de litros.

Outra solicitação do setor, apro-vada pelo Conselho Monetário Na-cional (CMN), foi a criação de umaLinha Especial de Crédito (LEC),com limite de R$ 15 milhões porempresa, para financiar a estoca-gem. Na avaliação de Alvim, estadecisão representa um avanço,mas ainda falta definir um preçode referência, que deverá ficar emtorno de R$ 0,60/litro, para estaradequado ao mercado. O prazo

para contratação desta linha é até30 de junho de 2009.

Também está em discussão acriação de um Prêmio para Escoa-mento de Produto (PEP) para o leitena região Sul. Este instrumento éuma subvenção concedida paraquem adquire um produto indica-do pelo Governo Federal direta-mente de produtores ou coopera-tivas e escoa para uma região pre-viamente definida. Outro tema de-batido na reunião foi a concentra-ção das exportações brasileira delácteos para a Venezuela, destinode 58% das vendas externas do Paísem 2008.

A adesão das Federações e enti-dades que compõem a ComissãoNacional de Pecuária de Leite aoprograma de Marketing Institucio-nal também poderá contribuir sig-nificativamente para aumentar oconsumo interno de leite no Brasil.

RecursosRecursosRecursosRecursosRecursos

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9Boletim Informativo FAEP n° 1033 - semana de 1 a 7 de dezembro de 2008

Os debates resultaram em dois documentosOs debates resultaram em dois documentosOs debates resultaram em dois documentosOs debates resultaram em dois documentosOs debates resultaram em dois documentos

preparados pelos participantes. O primeiro trata depreparados pelos participantes. O primeiro trata depreparados pelos participantes. O primeiro trata depreparados pelos participantes. O primeiro trata depreparados pelos participantes. O primeiro trata de

uma análise sobre a situação do seguro rural nouma análise sobre a situação do seguro rural nouma análise sobre a situação do seguro rural nouma análise sobre a situação do seguro rural nouma análise sobre a situação do seguro rural no

país. O segundo é a proposta da FAEP para apaís. O segundo é a proposta da FAEP para apaís. O segundo é a proposta da FAEP para apaís. O segundo é a proposta da FAEP para apaís. O segundo é a proposta da FAEP para a

consolidação do seguro agrícola.consolidação do seguro agrícola.consolidação do seguro agrícola.consolidação do seguro agrícola.consolidação do seguro agrícola.

RISCO, DESENVOLVIMENTO E SEGURO RURAL

Seminário sobre seguro agrícolaaponta caminhos para expansãoSeminário reuniu no dia 20,em Curitiba, representantesdas seguradoras, governos,produtores rurais, pesquisa-dores e profissionais de mer-cado.

O Seminário Risco, Desenvolvimen-to e Seguro Rural buscou identificargargalos e pontos de convergênciapara impulsionar os ainda baixosíndices do seguro agrícola no Brasil.

O fórum foi promovido pela Fe-deração da Agricultura do Estado doParaná (FAEP), Federação Nacionalde Seguros Gerais (FenSeg), Empre-sa Brasileira de Pesquisa Agropecu-ária (Embrapa) e Instituto de Econo-mia (IE) da Unicamp.

Além de técnicos das instituiçõescitadas acima, participaram do de-bate especialistas dos Ministérios daAgricultura e Fazenda, Secretaria daAgricultura do Paraná (SEAB), Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE), Escola Superior deAgricultura "Luiz de Queiroz"(ESALQ) e Organização das Coope-rativas do Estado do Paraná (Ocepar).

Os debates resultaram em doisdocumentos preparados pelos par-ticipantes. O primeiro trata de umaanálise sobre a situação do segurorural no país. O segundo é a propos-ta da FAEP para a consolidação doseguro agrícola. Confira abaixo o teordos documentos:

O Seminário Risco, Desenvolvi-mento e Seguro Rural, de âmbitonacional, focou os caminhos parafortalecer e expandir o seguro ruralno País. Foi consenso que, sem umseguro rural consolidado, a agricul-tura brasileira continuará vulnerá-vel e sujeita a sobressaltos, princi-palmente no atual contexto econô-mico marcado pela incerteza. Ficou

Seminário: risco, desenvolvimento e seguro ruralSeminário: risco, desenvolvimento e seguro ruralSeminário: risco, desenvolvimento e seguro ruralSeminário: risco, desenvolvimento e seguro ruralSeminário: risco, desenvolvimento e seguro rural

Encontro foi no Hotel Lizon, em Curitiba

patente que o seguro rural deve ob-jetivar a renda do produtor rural,porém, esse é um longo caminho aser trilhado que passa, primeira-mente, pelo seguro da produçãocontra os riscos provocados por ad-versidades climáticas, principal dis-cussão da atualidade, e pelo seguroda comercialização.

Quanto ao seguro da comerciali-

zação, que em conjunto com o se-guro de produção constituem a basedo seguro de renda, deve ser objetodo mercado de futuros. Para tanto,é necessário que, concomitante-mente ao seguro de produção, o go-verno estabeleça as bases desse ne-gócio no sentido de reduzir os cus-tos de operação e os entraves buro-cráticos no mercado de futuros para

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10 Boletim Informativo FAEP n° 1033 - semana de 1 a 7 de dezembro de 2008

o produtor rural. Quanto aos custospode-se implementar um programade subvenção e quanto à operaciona-lização pode-se dispor de instituiçõescomo Banco do Brasil e/ou a Conab.

Nesse Seminário ficou patente avontade política de promover a in-dústria de seguro rural no Brasil embases sustentáveis e com a partici-pação dos setores público e privado(produtores rurais, cooperativas,seguradoras e resseguradoras, en-tre outros agentes do agronegóciobrasileiro).

Na estruturação do mercado deseguros agrícolas, cabe ao setor pú-blico definir os marcos regulatórios,bem como, apoiar o setor privadono desenvolvimento dos recursos(capital, educação, tecnologia e qua-lificação da mão-de-obra, entre ou-tros) necessários para viabilizaçãodesses novos mercados. Uma ques-tão fundamental apontada nesseseminário para o desenvolvimentodo mercado de seguro rural e quecompete ao setor público, com apoiodo setor privado, é a construção deuma base de dados de informação.

Uma das conclusões desse se-minário aponta para a necessida-de do Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE) reformu-lar a divulgação da produtividadepor município em base a média e

levar em conta as classes de pro-dutividade associadas ao perfil etecnologia do produtor rural. Issose faz necessário para permitir aosresseguradores estipular as con-dições de contratação do seguroem base a estatísticas oficiais pro-duzidas por instituição de reco-nhecida competência técnica.

Também, constatou-se que a in-suficiência e a inadequação da in-formação disponível são os princi-pais obstáculos à massificação doseguro. De um lado, dificulta às se-guradoras desenharem e ofertaremprodutos que correspondam à ex-pectativa e demanda dos agriculto-res; de outro, dificulta a adequadavaloração do seguro pelos produto-res rurais.

Além disso, uma base de infor-mação insuficiente eleva o risco donegócio e os chamados custos detransação, que se refletem tantona subvenção como nas indeniza-ções pagas aos produtores. Aindaque o IBGE tenha um papel impor-tante na provisão de dados estatís-ticos, deve-se destacar que a cons-trução de um sistema de informa-ções para o setor exige o engaja-mento direto dos agentes privados,responsáveis em última análisepela construção das bases de in-formação e desenvolvimento de

modelos analíticos adequados.As seguradoras precisam estu-

dar a viabilidade de uma padroni-zação das condições gerais de con-tratação do seguro para facilitar oentendimento dos produtores, cor-retores e agentes financeiros queauxiliam na orientação junto ao pro-dutor. Também, faz-se necessárioelaborar uma padronização da me-todologia da peritagem.

No processo de indenização, emalgumas seguradoras, ainda não élevado em conta o aspecto qualitati-vo das perdas. Todas estas defini-ções exigem cooperação entre asempresas e atores que atuam nosetor, e são necessária para estimu-lar um processo de concorrênciasaudável a partir de padrões míni-mos adotados por todos.

O Seminário também identificouas demandas regionais do Paraná.Destacou-se a necessidade de pro-gramar o zoneamento agrícola paraas culturas de uva, batata, cebola ealho, como também, a criação deum Programa Estadual de Subven-ção ao Prêmio do Seguro Rural.

O Seminário contou com três ofi-cinas de trabalho, que discutiram aprecificação, gestão, logística do se-guro e o zoneamento agrícola. Asprincipais conclusões de cada gru-po são apresentadas a seguir:

O SeminárioO SeminárioO SeminárioO SeminárioO Seminário

tambémtambémtambémtambémtambém

identificouidentificouidentificouidentificouidentificou

as demandasas demandasas demandasas demandasas demandas

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cebola ecebola ecebola ecebola ecebola e

alhoalhoalhoalhoalho

Gestão e logística do seguro agrícola

1. Acompanhamento da safra pelo agrônomo/perito, nãoapenas na regulação de sinistro, mas em fases fenológicasespecíficas - agência de agrônomos especializados em pe-ritagens;

2. Vender o seguro juntamente com o serviço de assessoria téc-nica-agronômica/peritos;

3. Maior utilização do serviço de assistência técnica pelas segu-radoras – descasamento entre a assessoria técnica utilizada pe-los produtores e os peritos das seguradoras;

4. Padronização das condições gerais de todas as seguradoraspara facilitar o entendimento dos produtores, corretores, etc. –orientação junto ao produtor;

5. Padronização do periciamento/metodologias;

6. Capacitação dos peritos;

7. Ineficiência na comunicação de sinistro – demoras e impesso-alidade - intermediação do processo de regulação pelo corretorde seguros;

8. Falta de documentação de compra de insumos pode compro-meter o pagamento da indenização pela seguradora;

9. Demora na indenização;

10. Baixa remuneração para realizar o periciamento;

11. Agrônomo que realiza o plano de assistência técnica nãopossui GPS (georeferenciamento da área), e outros problemas;

12. Área segurada (deve ser a totalidade da área)/área plantada;

13. Comunicação do sinistro por outros meios e não apenas o“call center” – tornar o processo mais pessoal, por ex. via funcio-nário banco/área responsável, corretor de seguros, etc.;

14. Reduzir os prazos em arbitragens;

Principais aspectos levantados pelos participantes do Seminário:Principais aspectos levantados pelos participantes do Seminário:Principais aspectos levantados pelos participantes do Seminário:Principais aspectos levantados pelos participantes do Seminário:Principais aspectos levantados pelos participantes do Seminário:

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11Boletim Informativo FAEP n° 1033 - semana de 1 a 7 de dezembro de 2008

15. No processo de indenização, em algumas seguradoras, não élevado em conta o aspecto qualitativo das perda;

16. Rede de peritos independente – peritos distintos daquelesque realizaram o projeto de assistência ao produtor;

17. Sustentabilidade à carreira dos peritos;

Precificação do seguro agrícola

18. Ampliar garantias - Coberturas adicionais - qualidade, ren-da, arrendamentos;19. Subvenção para produtores com restrições cadastrais (Sera-sa, Cadin) – sem consenso;

20. Definição do preço referencial do produto – Hoje referenci-ado na Conab;

21. Necessidade de métodos de quantificação dos custos (opera-cionais ou totais) – regionais ou individuais;

22. Prêmio individualizado de acordo com perfil do produtor –Customização – Escalonamento de acordo com faixas de produ-tividade;

23. Necessidade de dados históricos – Banco de dados – IBGE;

24. Bônus de renovação;

25. Participação dos governos estaduais na subvenção;

26. Dificuldade de contratar e ressegurar produtos diferencia-dos com base em informações declaratórias dos produtores;

27. Regionalizar os percentuais de cobertura diante da diversi-dade nacional, dimensionando o risco;

Zoneamento Agrícola

28. Arenito Caiuá – sugerir ao Iapar, / a Embrapa- CNP soja deLondrina e às empresas produtoras de sementes de soja, comopor exemplo a Coodetec – intensificar a pesquisa quanto a ensai-os de épocas de plantio de soja em outubro comparativamenteaos períodos atualmente indicados pelo zoneamento agrícola (in-teresse no plantio de cultivares precoces);

29. Disseminar no Estado a Instalação de um maior número deestações meteorológicas, cuja aquisição e manutenção seja emforma de Parceria Público-Privada, inclusive com as seguradoras;

30. Programar zoneamento agrícola para as culturas de uva,batata, cebola e alho.

Curitiba, 20 de novembro de 2008.

Propostas da FAEP para fortalecer e ex-pandir o seguro agrícola no País identifi-cando as peculiaridades regionais de modoa subsidiar o setor público nas políticas depromoção do seguro agrícola e as segura-doras quanto aos gargalos que limitam amassificação do seguro:

1. GargaloComo regra geral, a produtividade pormunicípio calculada pelo IBGE é o dadooficial utilizado pelas Resseguradoras paraestipular as condições de contratação doseguro. O cálculo do IBGE não é classifica-do por faixas de rendimento conforme astecnologias utilizadas pelos produtoresrurais. Com isso, produtores que utilizamalta tecnologia são prejudicados, pois de-tém produtividade muito superior à esti-pulada na apólice pelas seguradoras. Essefator torna o seguro pouco atrativo, pois ogatilho do sinistro só é acionado numa si-tuação extrema e de catástrofe, em casosem que se verifica perdas superiores a50% do rendimento do produtor, não co-brindo, portanto, perdas da produção en-tre 20% a 50%.

1.1 PropostasCriar novos parâmetros de cálculo de pro-dutividade no âmbito do IBGE. Utilizar

Propostas da FAEP para a consolidação do seguro agrícolaPropostas da FAEP para a consolidação do seguro agrícolaPropostas da FAEP para a consolidação do seguro agrícolaPropostas da FAEP para a consolidação do seguro agrícolaPropostas da FAEP para a consolidação do seguro agrícolametodologia que classifique as faixas detecnologia utilizadas pelo produtor.

Desenvolver simultaneamente no Deral/SEAB/PR um projeto piloto para o Paranáconsiderando as classes de produtividadeassociadas ao perfil e padrões tecnológi-cos praticados pelo produtor rural.Agentes envolvidos: IBGE – DERAL/SEAB/PR

2. GargaloOs percentuais de cobertura oferecidos noseguro agrícola pelas seguradoras são in-suficientes. As companhias de seguro nãocobrem 100% da produtividade do produ-tor, mas oferecem faixas menores que va-riam entre 50% a 70% da produtividadeestipulada por município, que por si só já éconsiderado um parâmetro inadequado.Essas percentagens de rendimento aliadasaos dados do IBGE, tornam praticamenteimpossível acionar o seguro em caso deperdas por problemas climáticos e o pro-dutor não vê motivos, portanto, para efeti-var a contratação.

2.1 PropostasÀs seguradoras habilitadas no Programade Subvenção ao Prêmio do Seguro Ruraldo Governo Federal (PSR), sugere-se au-mentar a faixa de cobertura estipulada

nas apólices para 80% da produtividade.Agentes envolvidos: seguradoras habilitadas no PSR

3. GargaloFalta de padronização da metodologia dasperitagens e das condições gerais do segu-ro trazem incerteza ao produtor, tanto nomomento de adquirir um seguro agrícola,quanto no momento de acionar o seguro.Há, inclusive, casos de perícias que sãocontestadas na justiça.

3.1 PropostasPadronizar as condições gerais de contra-tação do seguro para facilitar o entendi-mento dos produtores, corretores e agen-tes financeiros que auxiliam na orientaçãojunto ao produtor.Elaborar também uma padronização dametodologia da peritagem e racionalizaros prazos e etapas entre os pedidos de si-nistro, perícia e resposta da seguradora.Realizar treinamentos para peritos, para auniformização de procedimentos.Agentes envolvidos: seguradoras habilitadas no PSR

- MAPA

4. GargaloNo processo de indenização, em algumasseguradoras, ainda não é levado em contao aspecto qualitativo das perdas.

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12 Boletim Informativo FAEP n° 1033 - semana de 1 a 7 de dezembro de 2008

4.1 PropostasCriar um seguro que além da produção,tenha cobertura dos problemas de quali-dade que afetam o produto e prejudicamo valor comercial da produção.Agentes envolvidos: seguradoras habilitadas no PSR

5. GargaloO produtor faz o planejamento de sua sa-fra de verão e inverno oportunamente,com o intuito de levantar os custos de pro-dução, contratação de financiamento nosbancos, compra de insumos e escolha doseguro. No entanto, algumas seguradorasnão oferecem o seguro nesse período e atra-sam a divulgação das condições de con-tratação do seguro, prejudicando o plane-jamento dos produtores.

5.1 PropostasDivulgar as condições de contratação doseguro oportunamente para o planejamen-to da lavoura. No Paraná, na safra de verãoas seguradoras precisam definir as condi-ções até maio e na safra de inverno, atéfevereiro.Agentes envolvidos: seguradoras habilitadas no PSR

6. GargaloDiversas modalidades de seguro premiamos clientes que mantém fidelidade.No seguro agrícola esse mecanismo nãofoi plenamente desenvolvido.

6.1 PropostasCriar um sistema de bônus e premiar afidelidade dos produtores na renovação deseguro.Agentes envolvidos: seguradoras habilitadas no PSR

7. GargaloO custo alto do prêmio inviabiliza a massi-ficação do seguro.

7.1 PropostasAumentar a subvenção do governo fede-ral para o prêmio das culturas de verão de50% para 65% e das outras atividades de30% para 50%.Criar um Programa de Subsídio Estadualpara o seguro rural, que complemente oprograma federal, à exemplo do que ocor-re já em São Paulo e Minas Gerais.Agentes envolvidos: MAPA – SEAB/PR

8. GargaloFalta de seguro ou poucas opções paradeterminadas culturas que são contem-pladas no Programa de Subvenção aoPrêmio do Seguro Rural do Governo Fe-deral (PSR).

8.1 PropostasOferecer seguro agrícola para fruticultu-ra, feijão e criar um projeto de seguro decafé para avaliação do setor produtivo.Agentes envolvidos: seguradoras habilitadas no PSR

e MAPA

9. GargaloPara massificar o seguro agrícola é neces-sário avançar com mais agilidade nas alte-rações do atual modelo e na legislação.

9.1 PropostasCriar e manter um fórum de discussão per-manente, com a participação de todos ossegmentos da cadeia produtiva do seguro.Incluir o setor produtivo, representantesde produtores, cooperativas, seguradorase resseguradoras no Comitê Gestor do Se-guro Rural – CGSR.Agentes envolvidos: MAPA

10. GargaloO zoneamento agrícola do Paraná precisade algumas adequações e aumentar asculturas contempladas.

10.1 PropostasArenito Caiuá no Paraná – intensificar apesquisa quanto a ensaios de épocas deplantio de soja em outubro comparativa-mente aos períodos atualmente indicadospelo zoneamento agrícola (interesse noplantio de cultivares precoces).Disseminar a instalação de um maior nú-mero de estações meteorológicas, cujaaquisição e manutenção seja em forma deParceria Público-Privada, inclusive com asseguradoras;Programar zoneamento agrícola para asculturas de uva, batata cebola e alho.Agentes envolvidos: Iapar - Embrapa-CNPSoja de Londrina - empresas produtorasde sementes de soja – seguradoras – Go-verno Estadual

11. GargaloOs benefícios no crédito rural de incentivoà contratação do seguro são inoperantesou pouco aplicáveis. O acréscimo de 15%no limite de crédito do produtor rural quetenha como garantia apólice de seguro ruralnão funciona no Paraná, pois a estruturafundiária é predominantemente de pe-quenas e médias propriedades.

11.1 PropostasCriar novo benefício no crédito rural queatinja um maior número de produtores.Como, por exemplo, um bônus em taxa dejuros no crédito rural oficial.Agentes envolvidos: MAPA

12. GargaloO custo final do georeferenciamento é altoe esse documento de localização da pro-priedade será essencial para a contrata-ção do seguro rural nos próximos anos.

12.1 PropostasIncentivar os produtores a fazer o geore-ferenciamento com benefícios nas linhasde crédito rural oficial, como redução nataxa de 6,75% na liberação do crédito ru-ral para agricultores com as áreas geore-ferenciadas e criação de um bônus pro-gressivo para quem paga o financiamentoagrícola na data prevista.Agentes envolvidos: MAPA.

PROPOSTAS DA FAEP (CONTINUAÇÃO)

Nova Londrina perdeu, dia12 de novembro, o produtor elíder sindical Ary João DreschFilho. Ele integrava o Conse-lho Fiscal do Sindicato Ruraldo município e deixou um le-gado de valorosos serviços àcategoria.

FALECIMENTO

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13Boletim Informativo FAEP n° 1033 - semana de 1 a 7 de dezembro de 2008

A R T I G O

Xico GrazianoXico GrazianoXico GrazianoXico GrazianoXico GrazianoXico Graziano, agrônomo, é secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. - Texto disponível no site www.xicograziano.com.br

Amadurece um bom acordo entrea agricultura e o meio ambiente.Na mesa de discussão está a moder-

nização do Código Florestal. Dando certo, re-solve a briga entre ambientalistas e ruralis-tas. Menos encrenca, mais verde no campo.

O Código Florestal Brasileiro vem de1965. Naquela época se definiram dois con-ceitos básicos da legislação ambiental nocampo: a área de preservação permanen-te (APP) e a reserva legal (RL). Entender issoé básico.

Nas propriedades rurais existem nas-centes d’água e córregos que as recortam evalorizam. Pois bem, a lei estabelece quesuas margens sejam totalmente preserva-das, na distância mínima de 30 metros doscursos d’água e 50 metros na circunferên-cia das nascentes. Essa mata ciliar mantémum corredor ecológico que favorece a bio-diversidade e protege os recursos hídricos.

Outras áreas ainda se cravaram no Có-digo Florestal como de preservação per-manente. Duas podem ser destacadas: assituadas nos topos de morro e as localiza-das nos terrenos íngremes, com declivida-de acima de 45 graus. O desmatamento ea exploração agropecuária desses locaisfrágeis podem favorecer a erosão e impe-dir a recarga dos aqüíferos subterrâneos.Idéia arrojada na época.

Mas os legisladores do Código Florestalnão ficaram satisfeitos com tais restriçõesambientais. Quiseram mais. Definiramtambém que todas as propriedades ruraisdeveriam manter, além da APP, um peda-ço de floresta virgem "reservado", cuja uti-lização somente pode ser feita se não ame-açar sua integridade ecológica. Era o pre-núncio do moderno conceito sobre o usosustentável da floresta.

Nas propriedades das Regiões Sul e Su-deste, a RL acabou fixada em 20% da áreatotal, enquanto na Amazônia subia para50%. Mais tarde se aprovou também quena região dos cerrados a RL seria de 35%.Bem depois, em 1999, em razão de o peri-go do desmatamento ter aumentado, o

Reserva legalgoverno elevou a RL na Amazônia para 80%da propriedade.

Atenção: a área da reserva legal sobre-põe-se à de preservação permanente. Querdizer, além de manter intacta a APP, osagricultores ainda devem manter outro pe-daço da sua fazenda, no mínimo, 20%, co-berto de floresta nativa. Por exemplo, su-ponha que, em Ribeirão Preto, as matasciliares de uma propriedade rural atinjam12% de sua área. Como a RL monta 20%,deverão ser excluídos da produção 32% dafazenda. Exageraram os formuladores doCódigo Florestal?

Não. Quiseram regular, há quase meioséculo, o elevado desmatamento que seprocessava. O louvável objetivo do CódigoFlorestal era assegurar que parte do terri-tório permanecesse com sua cobertura na-tural. Manter a floresta de pé.

Até aqui, tudo bem. O nó da questão,porém, reside no fato de que, especialmen-te nas áreas mais antigas, o processo deexploração agropecuária ocorreu antes devir o Código Florestal. Nesse caso, cabequestionar: para uma fazenda do interiorpaulista, desmatada na época do ciclo ca-feeiro, ou outra aberta por inteiro com al-godão, lá pelos anos 1940, vale aplicar oconceito da reserva legal?

Sim, dizem os ambientalistas. Segundosua interpretação, a lei estabelece que todae qualquer propriedade rural precisa man-ter, no mínimo, 20% da sua área cobertacom floresta nativa. Se a terra já foi des-matada no passado, que se exija, no pre-sente, a recuperação ambiental da parce-la pelada.

Não, afirmam os ruralistas. A regra doCódigo Florestal, avaliam, deve valer ape-nas para as áreas mantidas com florestasoriginais. Onde houve, anteriormente, aocupação do território, há direito adquiri-do de exploração. Obstruir, nesse caso, 20%da área para recompor a reserva legal sig-nifica reduzir a produção no campo.

Assim pode ser resumida a polêmicasobre o Código Florestal, assunto que hoje

em dia deixa qualquer agricultor de cabeloarrepiado. Entre as divergências, um con-senso já formado: a necessidade de recu-perar as matas ciliares, inadvertidamentedesmatadas. Os produtores rurais já se con-venceram - e a erosão atesta - de que abeirada do rio não pode continuar a ser cul-tivada, nem pastoreada. Assunto pacífico.

No caso da APP de topo de morro, otema continua aberto. Afinal, grande par-te da viticultura gaúcha se estabeleceu nasaltas escarpas. Idem para a maçã de SantaCatarina. Não parece razoável imaginarque sejam eliminadas para retornar a flo-resta original. O meio-termo sugere per-mitir que permaneçam as atividades agrí-colas já consolidadas, impedindo que no-vas se estabeleçam.

Neste e, principalmente, no caso da re-serva legal, as discussões que aproximamambientalistas e ruralistas implicam conces-sões no fundamentalismo existente em am-bos os lados. Lideranças mais radicais dosagricultores querem acabar com a RL. Ar-gumentam que, se o governo quiser mantertais áreas impedidas para o uso agropecuá-rio, que indenize os produtores rurais. Eco-logistas extremados, por sua vez, exigem aqualquer custo que os agricultores cerqueme abandonem a área da RL, mesmo que elaesteja explorada há décadas.

"Não avances lento demais, para que aTerra não pegue fogo, nem vás alto demais,para não queimares o céu." Esse foi o con-selho de Apolo ao filho Faetonte, quandoeste quis guiar sua carruagem alada doSol. Na mitologia, o abrigo da prudência.

Ruralistas e ambientalistas procuramsabedoria para encontrar uma saída debom senso, unindo a preservação florestalà produção rural. Uma condição, porém,deveria nortear qualquer solução do con-flito: firmar um pacto contra a devasta-ção, uma moratória a favor da floresta. Atéque prevaleça a nova legislação e se assen-te uma verdadeira política de desenvolvi-mento sustentável no campo.

Enquanto isso, desmatamento zero.

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14 Boletim Informativo FAEP n° 1033 - semana de 1 a 7 de dezembro de 2008

PREVIDÊNCIA

João Cândido de Oliveira NetoConsultor de Previdência Social da FAEP

No sistema contributivo previdenciá-rio dentro do segmento produtivo agro-pecuário, em se tratando de contribuiçõesincidentes sobre a folha de salários de em-pregados rurais, não é a mesma determi-nada para a indústria e comercio, ou seja,incidente sobre o valor da folha de salári-os de empregados urbanos.

A Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991,que dispõe sobre a organização da Segu-ridade Social, instituiu o Plano de Custeio.O artigo 25, com a redação dada pela Leinº 8.398, de 7 de janeiro de 1992, estabe-lece que a contribuição do produtor ru-ral, empregador rural, pessoa física, emsubstituição à contribuição de que tratamos incisos I e II do art. 22, seja de

2% (dois por cento) da receita brutaproveniente da comercialização da pro-dução agropecuária; 0,1% (um décimo porcento) da receita bruta da comercializa-ção para financiamento das prestaçõespor acidente do trabalho do empregadorural.

Posteriormente, através da Lei nº10.256, de 9 de julho de 2001, acrescen-tando a Lei nº 8.212 o art. 22ª, foi estendi-do o mesmo sistema ao produtor rural,pessoa jurídica.

Para o produtor rural denominado Se-gurado Especial (economia familiar, semempregados permanentes), as mesmasalíquotas incidentes sobre o valor brutoda comercialização agropecuária.

Quanto à constitucionalidade deste sis-tema contributivo da previdência social,observe-se o art. 195, §§ 8° e 9° da Consti-tuição Federal.

Esta modalidade de contribuição subs-titutiva à folha de salários tem motivadoduvidas em pessoas envolvidas com as ati-vidades do segmento produtivo rural. Des-tas dúvidas se originam perguntas quan-to a responsabilidade pelo recolhimentoda contribuição nas transações comerci-

Incidência da contribuição nacomercialização agropecuária

ais entre produtores e adquirentes.Nestas transações as obrigações estão

definidas no art. 30, inciso IV e X da Lei nº8.212/91.

Assim, quando ocorrer à comerciali-zação do produto agropecuário por pro-dutor – pessoa física, sendo adquirente,consumidora ou consignatária e coopera-tiva, estas ficam sub-rogadas nas obriga-ções com a retenção das contribuiçõescalculadas sobre o valor bruto da Nota deVenda, para posterior recolhimento. Emse tratando de produtor rural-pessoa ju-rídica este fica obrigado a recolher as con-tribuições diretamente. No caso de pro-dutor rural – pessoa física que comerci-alize diretamente, no varejo, ao consumi-dor pessoa física ou a outro produtor ru-ral, também pessoa física, não se aplica asub-rogação, ficando o produtor obriga-do a recolher a respectiva contribuição.Aplica-se ainda a sub-rogação no caso depessoa física, não produtor rural, que ad-quire produção para venda no varejo aconsumidor pessoa física.

Nas receitas decorrentes de exporta-ção de produtos agropecuário, cuja co-mercialização ocorreu a partir de 12 dedezembro de 2001, por força do dispostono inciso I § 2° do art. 149 da ConstituiçãoFederal, alterado pela Emenda Constitu-cional n° 33, de 11 de dezembro de 2001,não incidem as contribuições de que tra-ta o art. 25 da Lei nº 8212/91. A não inci-dência atinge apenas a produção comer-cializada diretamente com adquirentedomiciliado no exterior. Observe-se, en-tretanto que a receita decorrente de co-mercialização com empresa constituídae em funcionamento no País é considera-da receita proveniente do comércio inter-no e não de exportação, independente-mente da destinação que esta dará aoproduto.

A contar de 20 de junho de 2008, vi-

gência da Lei nº 11.718, que revogou o § 4ºdo art. 25, da Lei nº 8.212/91, passaram aintegrar a base de cálculo dessa contri-buição substitutiva à folha de salários deempregados rurais, a produção destina-da ao plantio ou reflorestamento, o pro-duto animal destinado a reprodução ou acriação pecuária ou granjeira e a utiliza-ção como cobaias para fins de pesquisascientificas.

Com relação à revogação desta isen-ção somos indagados se, na comercializa-ção de animais para engorda, e exempli-ficando, leitões que posteriormente serãocomercializados para o abate, estariamocorrendo bi contribuição. Respondo quenão, uma vez que em se tratando de con-tribuição social substitutiva da folha desalários, embora o produto animal sejamos mesmos, eles são produzidos por dife-rentes produtores rurais- empregadores,sujeitos a contribuição incidente sobre osvalores dos salários pagos aos emprega-dos.

Também quanto à inconstitucionalida-de deste sistema de contribuição, confor-me ADIN tramitando no STF, reitero en-tendimento de que estas contribuições in-cidentes sobre o valor bruto do produtoagropecuário comercializado está substi-tuindo aquelas estabelecidas no art. 22,incisos I e II da Lei nº 8.213/91. Portantocaso se decida pela inconstitucionalida-de, caberá a Receita Federal do Brasil pro-ceder a levantamento de valores de con-tribuições recolhidas ou não por produto-res rurais-empregadores, inclusive nos ca-sos de sub-rogação, confrontando-as comaquelas que incidiriam sobre os valoresde salários dos empregados.

Assim, alertamos aos produtores ru-rais que desenvolvem atividades com autilização de empregados, que mante-nham reserva quanto ao aceno de devo-luções de contribuições.

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15Boletim Informativo FAEP n° 1033 - semana de 1 a 7 de dezembro de 2008

Com o fim da cobrança da Con-tribuição Provisória sobre a Movi-mentação ou Transmissão de Valo-res e de Créditos e Direitos de Natu-reza Financeira (CPMF), o governocriou um novo instrumento para tercontrole sobre a movimentação fi-nanceira dos contribuintes.

Por meio da Instrução Normati-va Nº 811/08, publicada no DiárioOficial da União (DOU) de 29 de ja-neiro de 2008, a Receita Federal doBrasil (RFB) instituiu a Declaração deInformações sobre MovimentaçãoFinanceira (Dimof).

“Mesmo não existindo a CPMF, ogoverno federal continua a ter o con-trole de todos os movimentos ban-cários efetivados pelos contribuin-tes pessoas físicas ou jurídicas”, dis-se o assessor jurídico da FAEP, Joa-rez Cação Ribeiro.

InformaçõesInformaçõesInformaçõesInformaçõesInformaçõesSegundo o assessor jurídico da

FAEP, a Dimof deve ser apresentadapelos bancos, cooperativas de cré-dito e associações de poupança eempréstimo.

A Declaração deve conter infor-mações sobre montantes globais

EX-CPMF

Controle sobre movimentação financeiraé mantido por meio da Dimof

mensais dos lançamentos a créditoe a débitos, efetuados nas contas dedepósitos ou de poupança. Na hipó-tese da existência de mais de umaconta, na mesma instituição finan-ceira, as informações serão consoli-dadas em nome do primeiro titular.É proibida a inclusão de elementoque permita identificar a origem oudestino dos recursos.

Essas informações devem serapresentadas pelas instituições fi-nanceiras, em relação aos titularesdas operações, quando o total movi-mentado, em cada semestre, forsuperior a R$ 5.000,00, no caso depessoas físicas. E no caso de pessoasjurídicas, quando for superior a R$10.000,00.

FiscalizaçãoFiscalizaçãoFiscalizaçãoFiscalizaçãoFiscalizaçãoPara obter as informações dos

contribuintes que realizam opera-ções com instituições financeiras,são feitos uma análise das informa-ções apresentadas por essas insti-tuições e o cruzamento daquelas in-formações com as disponíveis nabase de dados da Receita Federal.

A fiscalização, mediante emissãode mandado de procedimento fis-

cal, pode ser efetuada com a inti-mação ao contribuinte para que eleapresente as informações sobre suamovimentação financeira. Na hipó-tese do contribuinte, regularmenteintimado, negar-se a apresentar asinformações e esclarecimentos so-bre sua movimentação financeira,é feita uma requisição à instituiçãofinanceira para que esta apresenteos extratos e documentos bancáriosdo contribuinte.

Assim, após serem detectadoseventuais indícios de irregularida-des tributárias decorrentes dos cru-zamentos das informações, a Recei-ta Federal instaura um procedimen-to de fiscalização junto ao contribu-inte selecionado. Este procedimen-to possibilita o acesso e o exame dosdocumentos comprobatórios dasoperações. É o caso, por exemplo,de extratos bancários que dão su-porte àqueles montantes globaismovimentados.

“Assim sendo, a Dimof poderátrazer prejuízos aos contribuintes seomitidas as declarações de recebi-mentos ou pagamentos, quando daconfecção da declaração de impos-to de renda”, concluiu Cação.

“ M e s m o“ M e s m o“ M e s m o“ M e s m o“ M e s m o

n ã on ã on ã on ã on ã o

exist indoexist indoexist indoexist indoexist indo

a CPMF,a CPMF,a CPMF,a CPMF,a CPMF,

o governoo governoo governoo governoo governo

f e d e r a lf e d e r a lf e d e r a lf e d e r a lf e d e r a l

continuacontinuacontinuacontinuacontinua

a ter oa ter oa ter oa ter oa ter o

c o n t r o l ec o n t r o l ec o n t r o l ec o n t r o l ec o n t r o l e

de todos osde todos osde todos osde todos osde todos os

movimentosmovimentosmovimentosmovimentosmovimentos

bancáriosbancáriosbancáriosbancáriosbancários

efetivadosefetivadosefetivadosefetivadosefetivados

p e l o sp e l o sp e l o sp e l o sp e l o s

contribuintes”contribuintes”contribuintes”contribuintes”contribuintes”

Sindicato de Tapejara Sindicato de Tapejara Sindicato de Tapejara Sindicato de Tapejara Sindicato de Tapejara tem nova diretoriatem nova diretoriatem nova diretoriatem nova diretoriatem nova diretoriaNo dia 14 de novembro tomou posse a nova diretoria

do Sindicato Rural de Tapejara. O diretor-financeiro daFAEP, João Luiz Rodrigues Biscaia, representou a federa-ção na cerimônia de posse. Após a solenidade, houvejantar de confraternização.

Sebastião Olimpio Santaroza assumiu a presidênciada entidade e Tadashi Funayma a vice-presidência. San-taroza também é o delegado representante da entida-de. Seu suplente no cargo é Augusto Barbosa Caldeirão.

O secretário é Dauri Vergílio da Silva e seu suplente,Francisco Mena Fernandes. Na tesouraria, Roberto AkiraFunanyama e seu suplente Augusto Barbosa Caldeirão.

O Conselho Fiscal da entidade é formado por ManoelBaeza, João Cesar Garla e Eliezar Campaner. Como su-plentes do Conselho Fiscal, Marcelo Henrique Baeza,Arcídio Venâncio da Rocha e Atílio Pinheiro.

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16 Boletim Informativo FAEP n° 1033 - semana de 1 a 7 de dezembro de 2008

FONTES: IGBE, FGV; Banco Central; Jornais: Gazeta Mercantil, Folha do Paraná e Gazeta do Povo – Pr.

(*) = Considerada a taxa do primeiro dia de cada mês. (**) = No acumulado, refere-se ao valor vigente. FAEP/DTE/JKA

INDICADORES ECONÔMICOS

DÍVIDAS

CMN aprova linhas de financiamento para cafeiculturaCMN aprova linhas de financiamento para cafeiculturaCMN aprova linhas de financiamento para cafeiculturaCMN aprova linhas de financiamento para cafeiculturaCMN aprova linhas de financiamento para cafeiculturaO Conselho Monetário Nacional

(CMN) aprovou na quarta-feira (26)a Resolução 3643, que institui linhade crédito de R$ 100 milhões paraque produtores de café e cooperati-vas possam quitar dívidas contraí-das de Cédula de Produto Rural(CPR) com vencimento até 31 de de-zembro de 2007, incluídas aquelasprorrogadas para 2008.

Os recursos serão do Fundo deDefesa da Economia Cafeeira (Fun-café) e o limite será de R$ 3 mil porhectare ou de R$ 400 mil por produ-tor, com prazo de pagamento dequatro anos e juros de 7,5% ao ano.Para o presidente da Comissão Na-cional do Café da CNA, Breno Mes-quita, a medida é positiva e atendea uma reivindicação da entidade.

Esta resolução regulamenta o ar-tigo 53 da Lei 11.775, que renegociaR$ 75 bilhões em dívidas rurais. Se-gundo ele, a expectativa do setor éque, havendo demanda por maisrecursos, possam ser liberados maisR$ 200 milhões dos R$ 300 milhõesprevistos nesta lei. Ele informa, ain-da, que outra Resolução do CMN (3640) também atende a um pedidoda CNA. “Foi uma medida justa, masdeve ser emergencial, pois além dospreços baixos os cafeicultores aindativeram este imprevisto”, enfatiza opresidente da Comissão Nacional decafé da CNA, Breno Mesquita. Nasua avaliação, estes recursos pode-rão contribuir para a recuperaçãoda lavoura, o que deve durar de doisa três anos. O prazo para pagar estalinha será de seis anos.

Apesar destas medidas, ele res-salta que o principal gargalo quedeve ser solucionado para revigorara atividade cafeeira é a implantaçãode mecanismos de garantia de ren-da para o produtor, uma vez que oscustos de produção estão superio-res aos preços pagos ao cafeicultor.

“Foi uma medida justa, mas deve ser“Foi uma medida justa, mas deve ser“Foi uma medida justa, mas deve ser“Foi uma medida justa, mas deve ser“Foi uma medida justa, mas deve ser

emergencial, pois além dos preçosemergencial, pois além dos preçosemergencial, pois além dos preçosemergencial, pois além dos preçosemergencial, pois além dos preços

baixos os cafeicultores ainda tiverambaixos os cafeicultores ainda tiverambaixos os cafeicultores ainda tiverambaixos os cafeicultores ainda tiverambaixos os cafeicultores ainda tiveram

este imprevisto”, enfatiza oeste imprevisto”, enfatiza oeste imprevisto”, enfatiza oeste imprevisto”, enfatiza oeste imprevisto”, enfatiza o

presidente da Comissão Nacional depresidente da Comissão Nacional depresidente da Comissão Nacional depresidente da Comissão Nacional depresidente da Comissão Nacional de

café da CNA, Breno Mesquitacafé da CNA, Breno Mesquitacafé da CNA, Breno Mesquitacafé da CNA, Breno Mesquitacafé da CNA, Breno Mesquita

Agência CNA

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17Boletim Informativo FAEP n° 1033 - semana de 1 a 7 de dezembro de 2008JA

AJovens conhecem a Universidade TecnológicaJovens conhecem a Universidade TecnológicaJovens conhecem a Universidade TecnológicaJovens conhecem a Universidade TecnológicaJovens conhecem a Universidade TecnológicaFederal do Paraná em Dois VizinhosFederal do Paraná em Dois VizinhosFederal do Paraná em Dois VizinhosFederal do Paraná em Dois VizinhosFederal do Paraná em Dois VizinhosJovens do município de São João vi-sitaram no dia 22 de novembro ocampus da Universidade Tecnológi-ca Federal do Paraná (UTFPR) de DoisVizinhos. Os integrantes das turmasdo Programa Jovem AgricultorAprendiz (JAA) do município conhe-ceram algumas das tecnologias dis-poníveis para a região nos diversossetores da agropecuária. Foram re-cebidos pelo gerente de Ensino pro-fessor Alfredo De Gouvea.

Visitaram os laboratórios de fito-tecnia, análise de doenças de plan-tas e água. Durante a visita à fazen-da-escola, os jovens agricultores co-nheceram os projetos de fruticultu-ra com espécies recomendadas paraa região, a horta orgânica e suas eta-pas, sistema de produção de mudasem estufa, projeto de culturas anu-ais, reflorestamento, avicultura decorte e postura, estação meteoroló-gica, suinocultura, agroindústria de

processamento de derivados de car-nes, leite, e vegetais, projetos de pes-quisa e desenvolvimento de tecno-logias, entre outros.

Segundo o instrutor Luiz CarlosBoaretto, a visita auxiliou os alunosa descobrirem “a importância do co-

nhecimento como ferramenta naaplicação das tecnologias disponí-veis para o setor agropecuário, sen-do possível inovar e tornar rentávela propriedade rural”.

Para finalizar a visita fizeram umacaminhada pela trilha ecológica.

JAA de Santana do Itararé JAA de Santana do Itararé JAA de Santana do Itararé JAA de Santana do Itararé JAA de Santana do Itararé visita Colégio Agrícolavisita Colégio Agrícolavisita Colégio Agrícolavisita Colégio Agrícolavisita Colégio Agrícola

No Colégio Agrícola estão estu-dando 8 alunos do Norte Pioneiroque concluíram o JAA em 2006 e2007. Segundo a instrutora do SE-NAR-PR Ana Regina Jaremtchuk, avisita despertou interesse dos alu-nos a ingressar na formação de téc-nico em agropecuária.

A aluna Josélia Carina dos Santosdisse que certamente ficaria muitoorgulhosa de estudar em um colé-gio agrícola e um dia poder vir a exer-cer a função que escolheu para ofuturo. Para aluna Adriana Raquelde Oliveira, com essa visita ela pôdeter certeza do que quer para o futu-ro, “que é me qualificar para conti-nuar e melhorar a produção do meupai”.

O JAA de Santana do Itararé temparceria da Prefeitura Municipal eSecretaria Municipal de Educação.

Alunos do JAA de Santana do Itara-ré visitaram dia 30 de outubro o Co-légio Agrícola de Cambará, onde co-nheceram as instalações da escola e

a fazenda onde são produzidos fran-go de corte, suínos, hortaliças, siste-ma de hidroponia e algumas pes-quisas com pimentas e frutas.

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18 Boletim Informativo FAEP n° 1033 - semana de 1 a 7 de dezembro de 2008

Tibagi promove viagem técnicaTibagi promove viagem técnicaTibagi promove viagem técnicaTibagi promove viagem técnicaTibagi promove viagem técnicapara turma de JAApara turma de JAApara turma de JAApara turma de JAApara turma de JAA

JAA

O Sindicato Rural de Tibagi, em par-ceria com o SENAR-PR, promoveuno dia 4 de novembro uma visitatécnica para participantes do Pro-grama Jovem Agricultor Aprendiz(JAA). O objetivo da viagem era mos-trar para os 45 jovens do programapropriedades que trabalham comfruticultura, colheita de trigo e cul-tura de soja. Para isso, eles visita-ram as propriedades Fazenda Cer-cadinho e Fazenda Itamaracá.

Durante a visita, eles aprende-ram mais sobre o funcionamentode uma propriedade, além de ex-perimentar os produtos da fruti-cultura – no caso, pêssegos. O pro-prietário Mario Cirino ressaltou aimportância da visita: “Os jovenstem que conhecer como os produ-tos são produzidos e chegam atesuas casas”.

Quem ministra as aulas paraessa turma de JAA é o instrutor doSENAR-PR Zeno Alceu. Ele comen-tou que “os locais visitados possu-em muita tecnologia de máquinas

e implementos agrícolas e os parti-cipantes da visita conseguiram as-similar o desenvolvimento da agri-cultura e do valor do homem docampo”.

No dia 11 de novembro o JAA de Fi-gueira visitou viveiro de produçãode mudas de pinus e eucalipto,produção de suínos e produçãode leite na cidade de Arapoti. Noviveiro Eucapinus os alunos co-nheceram a produção de mudaspor clonagem e todo o processode formação da planta até estarpronta para o plantio.

Na Chácara Angelina os alunosconheceram o sistema de uma uni-

Jovens Agricultores de Figueira visitam empreendimentos ruraisJovens Agricultores de Figueira visitam empreendimentos ruraisJovens Agricultores de Figueira visitam empreendimentos ruraisJovens Agricultores de Figueira visitam empreendimentos ruraisJovens Agricultores de Figueira visitam empreendimentos rurais

dade produtora de leitão, manejo nagestação, maternidade, creche e in-seminação artificial.

Na Chácara Baronesa, de propri-edade leiteira, os alunos conhece-ram o sistema semiconfinado deprodução, a variedade de alimentosque compõem a dieta dos animais eum sistema de ordenha informati-zado.

Segundo a instrutora Ana ReginaJaremtchuk, do SENAR-PR, os alu-

nos tiveram a oportunidade de conhecer empreendi-mentos de sucesso no setor agropecuário despertandouma visão que é preciso se qualificar.

Para a aluna Marinalva Miranda da Silva, o conheci-mento nunca é demais, e “um bom aluno, um bomfuncionário, um bom empreendedor ou um bom pro-dutor, todos temos que sempre estar atualizados paramelhorar o que desejamos alcançar que é o sucesso”.

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JANDAIA DO SUL - CURSO

Informática Básica e Administração Rural

MANEJO - CAPRINOS

Imbituva promove cursoImbituva promove cursoImbituva promove cursoImbituva promove cursoImbituva promove curso no distrito de Cedro no distrito de Cedro no distrito de Cedro no distrito de Cedro no distrito de Cedro

Em parceria com o SENAR-PR, o Sindicato Rural deImbituva realizou dias 30 e 31 de outubro curso deManejo de Caprinos de Corte, no distrito de Cedro. Aatividade foi coordenada pelo instrutor Odilei RogérioPrado.

Participaram 13 pessoas que tiveram lições de intro-dução a caprinocultura, com temas como índices zoo-técnicos, raças, conformação e seleção, cruzamento emelhoramento, bioclimatologia e instalações, manejoda categoria e escrituração zootécnica. O conteúdo foipassado através de atividades práticas e teóricas reali-zadas na propriedade de Edvaldo Rabito.

Durante a semana de 10 a 14 denovembro, 11 pessoas participaramdo curso de Informática Básica eAdministração Rural promovidopelo Sindicato Rural de Jandaia doSul, em parceria com o SENAR-PR.O evento aconteceu na Faculdadede Filosofia, Ciências e Letras de Jan-daia do Sul. Foram 40 horas de apren-dizado intensivo, ministrado pelainstrutora Gisele Bianchini. A idéiapara o curso surgiu de alguns parti-cipantes do Programa EmpreendorRural interessados em adquirir co-nhecimentos na área. A outra parteda turma era formada por produto-res rurais, esposas e filhos de pro-dutores.

Em parceria com o SENAR-PR, oSindicato Rural de Campina da Lagoapromoveu um curso de Mercado Fu-turo nos dias 12 e 13 de novembro.ministrado pelo instrutor André Ses-tak. O curso aconteceu nas dependên-cias do sindicado e teve 12 participan-

tes, todos produtores rurais. O objeti-vo do encontro foi despertar o inte-resse e gerar conhecimento sobre asoperações da Bolsa de Mercadorias eFuturos: os princípios básicos e me-canismos de proteção de preços agro-pecuários no Brasil.

MERCADO FUTURO

Curso em Campina da LagoaCurso em Campina da LagoaCurso em Campina da LagoaCurso em Campina da LagoaCurso em Campina da Lagoa

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20 Boletim Informativo FAEP n° 1033 - semana de 1 a 7 de dezembro de 2008

Jornalista responsável:Paulo R. Domingues (DRT-PR 1512)

André Franco (coordenador)Marcos Tosi (redator)

[email protected]

Publicação semanal editada pelasAssessorias de Comunicação Social (ACS) da FAEP e SENAR-PRPermitida a reprodução total ou parcial. Pede-se citar a fonte.

PresidenteÁgide Meneguette

Vice-PresidentesMoacir Micheletto,Guerino Guandalini,Nelson Teodoro de Oliveira,Sebastião Olimpio Santaroza,Ivo Polo,Ivo Pierin Júnior

Diretores SecretáriosLivaldo Gemin,Pedro Paulo de Mello

Diretores FinanceirosJoão Luiz Rodrigues Biscaia,Paulo José Buso Júnior

Conselho FiscalFrancisco Carlos do Nascimento,Luiz de Oliveira Netto,Lauro Lopes

Delegados RepresentantesÁgide Meneguette, João Luiz R. Biscaia, Francisco Carlosdo Nascimento e Renato A. Fontana

Conselho AdministrativoPresidenteÁgide Meneguette - FAEP

Membros EfetivosAdemir Mueller - FETAEPRosanne Curi Zarattini - SENAR ACDarci Piana - FECOMÉRCIOWilson Thiesen - OCEPAR

Conselho Fiscal - Membros EfetivosFrancisco Carlos do Nascimento - FAEPJairo Correa de Almeida - FETAEPLuiz de Oliveira Netto - SENAR AC

SuperintendênciaRonei Volpi

SENAR - Administração Regional do Estado do ParanáAv. Marechal Deodoro, 450 - 16o andarCep 80010-010 - Curitiba - ParanáFone: 41 2106-0401 - Fax: 41 3323-1779e-mail: [email protected]: www.senarpr.org.br

JURÍDICO

Av. Marechal Deodoro, 450 - 14o andarCep 80010-010 - Curitiba - ParanáFone: 41 2169-7988 Fax: 41 3323-2124email: [email protected] - site: www.faep.com.br

BOLETIMBOLETIMBOLETIMBOLETIMBOLETIMI n f o r m a t i v oI n f o r m a t i v oI n f o r m a t i v oI n f o r m a t i v oI n f o r m a t i v o

Variação excepcional docâmbio, contratos e STJNos idos de janeiro de 1999 o

dólar norte-americano sobrevalorizou-se em relação

à moeda nacional. Ocorreu bruscamodificação na balança cambial oque gerou intensa repercussão noscontratos indexados na moeda es-trangeira. Naquela oportunidadeboa parte dos contratos de arrenda-mento mercantil (leasing) determi-nava correção atrelada à variaçãocambial. Logo, o impacto na atuali-zação da dívida fez-se sentir. Algoparecido com o que está ocorrendoatualmente acaso persista ou torne-se efetivo ao cabo de certo tempo, odesequilíbrio do câmbio. Naquelaépoca, passados nove anos, os con-tratos mais demandados judicial-mente foram os ligados a arrenda-mento mercantil em razão da quan-tidade de oferta estipulada pelosagentes financeiros. Era o contratode eleição. Cada momento históricotem o seu. A sistemática contratualfinanceira costuma modificar-se aolongo do tempo, mediante o uso detipos diversos de avenças. Mas, o queimporta nesta análise sumária é ocomportamento registrado na dou-trina jurídica nacional consolidadaapós debates intensos nas deman-das travadas. A questão envolveu acompreensão e aplicação dos insti-tutos jurídicos do fato supervenien-te e da onerosidade excessiva parao financiado. Tratam-se dos elemen-tos primordiais que informam a te-oria da imprevisão também tratadacomo cláusula "rebus sic stantibus".Em 1999 a despeito da atual lei civilnão se achar ainda em vigor, a teo-ria da imprevisão já se encontravaprevalecente no CDC (Código deDefesa do Consumidor). E, essa foiuma das ferramentas utilizadaspara dirimir as controvérsias entrecredor e devedor perante os con-tratos de arrendamento mercantil,lembrando-se que tais instrumen-

tos financeiros eram os mais utiliza-dos ao tempo.

A solução do Superior Tribunalde Justiça foi salomônica, repartiuentre os contratantes o ônus cambi-al. Meio a meio. Repercutiu em todoo território nacional até porque setrata do Tribunal hierarquicamentesuperior em matéria jurídica infra-constitucional. Determinou, emsuma, que a elevação do câmbio fos-se suportada igualmente entre ocredor e o devedor. A ementa conti-da no despacho proferido no RE758.298/SP, DJ de 01.08.05, pág. 769,sintetiza a compreensão da Cortesobre a questão da abrupta varia-ção cambial: "Processual civil. Recur-so especial. Ação revisional. Contra-to de arrendamento mercantil. Va-riação cambial. Oneração sofridapelo credor e pelo devedor. - Con-forme entendimento da 2ª. Seção, oaumento do valor do dólar norte-americano perante o real constituifato superveniente capaz de ense-jar a revisão do contrato de arren-damento mercantil atrelado ao dó-lar, devendo essa elevação ser su-portada pelo arrendante e pelo ar-rendatário em igual proporção. Res-salva pessoal". Mais à frente, nomesmo despacho consta a trans-crição do acórdão do tribunal esta-dual:" Em face da regra do Códigodo Consumidor, que dispensa a im-previsibilidade do fato superveni-ente, reconhece-se a onerosidadeexcessiva e acolhe-se em parte, nalinha agora definida pelo SuperiorTribunal de Justiça, ação revisio-nal..." De notar-se que a decisão es-tadual confirmada pela superiorinstância menciona os elementosclássicos do fato superveniente e daonerosidade excessiva, ambos inte-grantes da teoria da imprevisão.Essa a essência da doutrina cons-truída para o fato da excepcionalalteração no câmbio em 1999.

Djalma SigwaltDjalma Sigwalt é advogado. [email protected]

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21Boletim Informativo FAEP n° 1033 - semana de 1 a 7 de dezembro de 2008

PODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO PARANÁ

RECURSO EM COBRANÇA DE CONTRIBUIÇÃO SINDICAL - TRT-PR-00261-2007-053-09-00-0 (RCCS)RECORRENTES: T. L. P. B., CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL - CNA, FEDERAÇÃO DA

AGRICULTURA DO ESTADO DO PARANÁ - FAEP e SINDICATO RURAL DE LARANJEIRAS DO SULRECORRIDOS: OS MESMOSRELATOR: PAULO RICARDO POZZOLO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de RECURSO EM CO-BRANÇA DE CONTRIBUIÇÃO SINDICAL Nº TRT-PR-RCCS-00261-2007-053-09-00-0, procedentes da VARA DO TRABALHODE LARANJEIRAS DO SUL, em que figuram como Recorrentes T.L. P. B., CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DOBRASIL - CNA - RECURSO ADESIVO, FEDERAÇÃO DA AGRICUL-TURA DO ESTADO DO PARANÁ - FAEP e SINDICATO RURAL DELARANJEIRAS DO SUL e Recorridos OS MESMOS.

I - RELATÓRIOInconformadas com a r. sentença de fls. 258/264, proferi-da pelo Excelentíssimo Juiz Marcos Eliseu Ortega, que jul-gou parcialmente procedentes os pedidos, as partes re-correm a este Tribunal.O réu, nas razões de fls. 268/278, pleiteia a reforma quan-to à existência de bitributação e inaplicabilidade do artigo600 da CLT.A seu turno, os autores, adesivamente, às fls. 299/303, pos-tulam o deferimento de honorários advocatícios.Admitidos os recursos pelas decisões de fls. 286 e 304,foram apresentadas contra-razões pelos autores às fls. 288/298, tendo o réu deixado transcorrer in albis o prazo paratanto.Não houve remessa dos autos ao Ministério Público do Tra-balho porque os interesses em causa não justificam a suaintervenção nesta oportunidade.É, em síntese, o relatório.

II - FUNDAMENTAÇÃOADMISSIBILIDADEAtendidos os pressupostos legais - adequação, tempestivi-dade, legitimidade, interesse, regularidade da representa-ção processual (fls. 34/36 e 279), comprovação do recolhi-mento do depósito recursal (fl. 281) e das custas processuais(fl. 280) -, conhecem-se dos recursos, bem como das respec-tivas contra-razões, também regular e oportunamente apre-sentadas.

MÉRITORECURSO DO RÉU1. EXISTÊNCIA DE BITRIBUTAÇÃOO Juízo de primeiro grau condenou o Réu ao pagamento dascontribuições sindicais rurais referentes ao período de 2002a 2005.Inconformado, o Réu alega que a contribuição sindical ruralnão é devida, porque fere o ordenamento jurídico na medidaem que implica bitributação, pois, a seu ver, "o fato gerador dotributo não pode ser a propriedade, muito menos a existência de labornestas áreas de terras. Na verdade o fato gerador da contribuição emcomento decorre do exercício de uma atividade especial ligada intrin-

secamente à agricultura destinada ao interesse geral de uma deter-minada categoria econômica, apresentando uma vantagem individu-al a determinado grupo de contribuintes" (fl. 270). Em abono de suatese jurídica, transcreve ementa de julgado no qual prevaleceuo entendimento de que a contribuição sindical rural gera bitri-butação, ante o fato de ter a mesma base de cálculo e fatogerador do Imposto Territorial Rural (ITR). Pugna pela reformada r. sentença.Predomina nesta E. Turma o entendimento de que a contribui-ção sindical rural é devida de modo obrigatório por todos osintegrantes da categoria econômica ou profissional rural, con-soante determinação contida no artigo 149 da CF, não cabendofalar em inconstitucionalidade. Tem natureza tributária para-fiscal, o que, por conseqüência, denota o seu viés compulsório,independentemente de o contribuinte ser ou não filiado aoSindicato que representa a categoria. É instituída em decor-rência da competência tributária exclusiva da União, cujo lan-çamento por declaração observa a modalidade do art. 147 doCTN, originário de convênio entre Secretaria da Receita Fede-ral (Leis nº 8.022/1990 e nº 9393/1996) ao identificar os contri-buintes obrigados a recolher o imposto territorial rural, querepassa as informações à Confederação Nacional da Agricultu-ra, detentora da capacidade tributária ativa para cobrança daexação.De outro vértice, a presente contribuição não implica embitributação em relação ao imposto territorial rural (ITR),porquanto a cobrança da parcela não ocorre por duas pes-soas políticas, sendo apenas tributado pela União, uma vezque a CNA é pessoa jurídica de direito privado. Ainda que aCNA tenha capacidade tributária ativa para arrecadar efiscalizar a contribuição, não detém competência tributá-ria para institui-la, inexistindo, pois, bitributação. De igualmodo, não há falar em ocorrência de bis in idem, por inter-médio do qual um fato estaria sendo tributado duas vezes(art. 154, I, da CF), haja vista que a contribuição sindical éespécie de contribuição social prevista no artigo 149 daCarta Magna, e essas contribuições são dotadas de um regi-me jurídico diferenciado, ficando a receita vinculada a ór-gão, fundo ou despesa, ao contrário do que ocorre com oITR. Nesse sentido converge a jurisprudência, cuja ementaora reproduzimos:

AÇÃO DE COBRANÇA - CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RU-RAL - Embora estejam os ruralistas sujeitos ao imposto sobrepropriedade territorial rural (ITR) - Que tem a mesma base decálculo da contribuição sindical rural (CSR), ou seja, o valorda terra nua (VTN), e o mesmo fato gerador (a propriedade)-, essa coincidência não induz bitributação, porquanto a CNAarrecada o tributo e repassa parte dele às demais entidadessindicais (art. 589 da CLT), mas nem por isso tem o poder deinstituí-lo. Daí a impossibilidade de colisão com o art. 154, I,

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da Constituição Federal. Tampouco se configura bis in idem,já que a CSR é apenas espécie da contribuição social previstano art. 149 da CF/88, que possui regime jurídico diferenciado,criado pela própria Carta Magna e que vincula a receita obti-da a um órgão, fundo ou despesa. Essa destinação permiteque a mesma hipótese de incidência (propriedade rural) sejaválida e simultaneamente utilizada tanto para um impostofederal (ITR) como para uma contribuição social, como a CSR.Recurso a que se nega provimento. (TRT 2ª R. - RO 00270-2006-472-02-00 - (20060730581) - 11ª T. - Relª Juíza WilmaNogueira de Araujo Vaz da Silva - DOESP 03.10.2006)

Desse modo, a r. sentença não comporta reparo.Nega-se provimento.

2. INAPLICABILIDADE DO ARTIGO 600 DA CLTO réu aduz que, pelo atraso no pagamento das contribuiçõessindicais, não pode ser aplicada a multa prevista no artigo 600da CLT, uma vez que este foi revogado pela Lei 8.022/90. Acres-centa que a penalidade é confiscatória e, caso seja mantida acondenação, deverá a multa ser reduzida para 10% "sobre ovalor original da dívida, acrescido de juro de 1% de formasimples por mês de atraso, por ser este o entendimento do STJsobre o tema, afastando, consequentemente a aplicação doart. 600 da CLT" (fl. 277/278).O artigo 600 da CLT não foi revogado tácita ou expressamentepela Lei n.º 8.022/1990, que dispõe sobre o Imposto sobre Pro-priedade Territorial Rural, tampouco pelas leis subseqüentesque trataram deste mesmo tema, pois as leis novas não regu-laram inteiramente a matéria relativa ao recolhimento de con-tribuição sindical, disciplinado pelo artigo celetário. Aplica-se, pois, à hipótese, o disposto no § 2º do artigo 2º da Lei deIntrodução ao Código Civil (LICC), segundo o qual não se cogi-ta de revogação quando a lei nova, que estabelece normasgerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nemmodifica a anterior.Considerando que a CLT possui disposição específica sobre otema, não revogada, aplica-se, no caso, o mencionado artigo600. Ademais, o próprio artigo 9.º do Decreto-Lei 1.166/71 dis-põe expressamente que "Aplicam-se aos infratores deste De-creto-Lei as penalidades previstas nos artigos 598 e 600, daConsolidação das Leis do Trabalho". A esse respeito, assim jádecidiu esta E. Turma, conforme ementa a seguir:

"CONTRIBUIÇÃO SINDICAL-RURAL. DECRETO-LEI N.º1.166, de 15-04-71, e Art. 600 da CLT. Mesmo sob a égide daConstituição de 1988, a contribuição sindical rural rege-se aindapelo Decreto-Lei n.º 1.166, de 15-04-1971, especificamente noque concerne ao enquadramento sindical e base de cálculo dacontribuição patronal (que, em relação aos produtores, é o valorda terra nua). O artigo 9º do diploma citado determina a aplica-ção, aos infratores, das penalidades previstas nos artigos 598 e600, da CLT. A legislação posterior, pertinente à matéria (Leis8.383-91, 8.847-94 e 9.393-96)- não revogou expressamente oD.L. 1.166-71, nem gerou qualquer incompatibilidade com este.Assim, entende esta Turma que o art. 600 da CLT NÃO restourevogado. Neste sentido já decidiu o C. STJ (RE 678.533-PR-2004-0082293-2, Relatora Ministra Denise Arruda). Recursodos autores a que se dá parcial provimento" (TRT-PR-79002-

2005-071-09-00-2-ACO-34512-2006 - 3ª T. Relatora Juíza Fáti-ma Terezinha Loro Ledra Machado. DJPR 1.12.2006).

Não obstante, de acordo com o entendimento desta Turma, amulta em questão deve ser deferida observando-se o limite esta-belecido no artigo 412 do atual Código Civil (CC/2002), aplicadopor analogia, segundo o qual "O valor da cominação imposta nacláusula penal não pode exceder o da obrigação principal". Omencionado dispositivo legal é plenamente aplicável na Justiçado Trabalho, conforme diretriz sufragada na Orientação Jurispru-dencial n.º 54 da SBDI-1 do C. TST.Diante do exposto, considerando-se que a condenação impostana r. sentença não diverge do entendimento e parâmetro acimaexposto, impõem-se a manutenção do julgado.

RECURSO ADESIVO DOS AUTORESHONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Os Autores visam a reforma do julgado para que haja a conde-nação em honorários advocatícios no importe de 20% sobre ovalor da condenação, alegando, em suma, que tal requerimen-to tem como justificativa todas as atividades realizadas anteri-ormente ao ajuizamento da ação.Procede em parte.Não se tratando de ação decorrente de relação de emprego,são inaplicáveis à hipótese as regras insertas na Lei 5.584/1970,sendo devidos os honorários advocatícios pela mera sucum-bência, como determina o artigo 5º da Instrução Normativa nº27/2005 do C. TST, que estabeleceu normas procedimentaisaplicáveis ao processo do trabalho em decorrência da amplia-ção da competência da Justiça do Trabalho pela Emenda Cons-titucional nº 45/2004, in verbis:

"Art. 5º Exceto nas lides decorrentes da relação de emprego, oshonorários advocatícios são devidos pela mera sucumbência."

Assim, dá-se provimento em parte ao recurso para condenar oRéu ao pagamento de honorários de advogado, no percentualde 15% sobre o valor da condenação.

III - CONCLUSÃOACORDAM os Desembargadores da 3ª Turma do Tribunal Regio-nal do Trabalho da 9ª Região, por unanimidade de votos, EM CO-NHECER DOS RECURSOS ORDINÁRIOS, bem assim das contra-razões; no mérito, por igual votação, EM NEGAR PROVIMENTOAO RECURSO DO RÉU, nos termos da fundamentação; e DARPROVIMENTO EM PARTE AO RECURSO DOS AUTORES para,nos termos da fundamentação, condenar o Réu ao pagamento dehonorários de advogado, no percentual de 15% sobre o valor dacondenação.

Custas inalteradas.

Intimem-se.Curitiba, 15 de outubro de 2008.

PAULO RICARDO POZZOLORelator

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VERÊ

Operação e Manutenção deColhedoras Automotrizes

O Sindicato Rural de Verê pro-moveu nos dias 27 e 28 de outubro,em parceria com o SENAR-PR, o cur-so de Operação e Manutenção de Co-lhedoras Automotrizes. Com 14 par-ticipantes, foi ministrado pelo ins-trutor Adelar Cagnini, que ressaltouque o objetivo do curso foi o apren-dizado das técnicas corretas de re-gulagem das colhedoras, com liçõesde normas de segurança, sistema dealimentação, de debulha, de sepa-ração e limpeza, de transporte, dearmazenamento e descarga, alémde possíveis falhas de regulagem esuas soluções.

Além disso, os participantes apren-deram a confeccionar o gabarito paraavaliar as perdas na colheita, possí-veis perdas na plataforma de corte ecalcular perdas totais na colheita.

ADMINISTRAÇÃO RURAL

Assis ChateaubriandAssis ChateaubriandAssis ChateaubriandAssis ChateaubriandAssis ChateaubriandO Setor de Arrecadação do SENAR-PR e o Departa-

mento Sindical da FAEP, em parceria com a Delegaciada Receita Federal de Cascavel, realizaram nos dias25 e 26 de novembro, no CTA de Assis Chateaubri-and, um treinamento sobre e-CAC (Centro Virtual deAtendimento ao Contribuinte) e GFIP (Guia do FGTS eInformações à Previdência Social) para 28 funcionári-os de Sindicatos Rurais do Paraná.

O objetivo do curso é treinar essas pessoas parautilizar o e-CAC sempre que necessitar de algum ser-viço junto à Receita Federal, pois além de conseguirresolver vários problemas, também é possível agen-dar o atendimento em uma unidade da Receita Fede-ral, evitando as filas.

Para aqueles que prestam serviços de folha de pa-gamento aos produtores rurais, é imprescindível co-nhecer o programa SEFIP, pois através dele que é pre-enchida e transmitida a GFIP.

Com este encontro encerra-se o ciclo de treina-mentos aos Sindicatos Rurais em 2008. Para o próxi-mo ano, o SENAR-PR e a FAEP estão programandouma série de trabalhos destinados aos Sindicatos eProdutores Rurais.

Para aqueles que prestam serviços de folhaPara aqueles que prestam serviços de folhaPara aqueles que prestam serviços de folhaPara aqueles que prestam serviços de folhaPara aqueles que prestam serviços de folhade pagamento aos produtores rurais, éde pagamento aos produtores rurais, éde pagamento aos produtores rurais, éde pagamento aos produtores rurais, éde pagamento aos produtores rurais, éimprescindível conhecer o programa SEFIPimprescindível conhecer o programa SEFIPimprescindível conhecer o programa SEFIPimprescindível conhecer o programa SEFIPimprescindível conhecer o programa SEFIP

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Mudou-se Desconhecido Recusado Endereço insuficiente Não exite o nº indicado

Informação dada peloporteiro ou síndico

Falecido Ausente Não procurado

REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTALEm ___/___/___

Em ___/___/___ Responsável

EMPRESA BRASILEIRA DECORREIOS E TELÉGRAFOS

Endereço para devolução:Federação da Agricultura do Estado do Paraná

Av. Marechal Deodoro, 450 - 14o andarCep 80010-010 - Curitiba - Paraná

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Tibagi promove curso de TratoristaO Sindicato Rural de Tibagi, em

parceria com o SENAR-PR, promo-veu curso de Tratorista nos dias 13 e14 de novembro. No curso, minis-trado pelo instrutor Rodrigo Barros,os 12 participantes tiveram a opor-tunidade de conhecer a máquinacom que trabalham todos os dias eaprender sobre manutenção, regu-lagens e normas de segurança notrabalho. “Eu sempre trabalhei comtratores, mas não sabia que há ma-nutenções diárias e manutençõesperiódicas. Nem que se mantiver-mos a manutenção em dia, teremoseconomia em combustível, peças eaté mesmo na vida útil da máqui-na”, declarou o participante ValdeciVernec. O curso ainda atualizou osparticipantes sobre as máquinasmais novas do mercado.

“Eu sempre trabalhei com tratores,“Eu sempre trabalhei com tratores,“Eu sempre trabalhei com tratores,“Eu sempre trabalhei com tratores,“Eu sempre trabalhei com tratores,

mas não sabia que há manutençõesmas não sabia que há manutençõesmas não sabia que há manutençõesmas não sabia que há manutençõesmas não sabia que há manutenções

diárias e manutenções periódicas.diárias e manutenções periódicas.diárias e manutenções periódicas.diárias e manutenções periódicas.diárias e manutenções periódicas.

Nem que se mantivermos aNem que se mantivermos aNem que se mantivermos aNem que se mantivermos aNem que se mantivermos a

manutenção em dia, teremosmanutenção em dia, teremosmanutenção em dia, teremosmanutenção em dia, teremosmanutenção em dia, teremos

economia em combustível, peças eeconomia em combustível, peças eeconomia em combustível, peças eeconomia em combustível, peças eeconomia em combustível, peças e

até mesmo na vida útil da máquina”,até mesmo na vida útil da máquina”,até mesmo na vida útil da máquina”,até mesmo na vida útil da máquina”,até mesmo na vida útil da máquina”,

declarou o participante Valdeci Vernecdeclarou o participante Valdeci Vernecdeclarou o participante Valdeci Vernecdeclarou o participante Valdeci Vernecdeclarou o participante Valdeci Vernec

JAA

Jovens de Abatiá aprendem Jovens de Abatiá aprendem Jovens de Abatiá aprendem Jovens de Abatiá aprendem Jovens de Abatiá aprendem sobresobresobresobresobrecasqueamento de ovinoscasqueamento de ovinoscasqueamento de ovinoscasqueamento de ovinoscasqueamento de ovinos

Nos dias 17 e 18 jovens que partici-pam do Programa Jovem AgricultorAprendiz (JAA) de Abatiá fizeram ocurso de Casqueamento de Ovinos.O evento foi promovido pelo Sindi-cato Rural de Abatiá, em parceriacom o SENAR-PR.

Segundo o instrutor do SENAR-PR, Ricardo Pedroso Ferreira de Al-

meida, a idéia do curso surgiu du-rante as aulas do Programa queele coordena no município.

No primeiro dia do curso, os 13participantes tiveram aula teóri-ca nas dependências do Sindica-to. No segundo dia, foi ministradauma aula prática na propriedadede um dos associados.

A idéia doA idéia doA idéia doA idéia doA idéia docursocursocursocursocursosurgiusurgiusurgiusurgiusurgiudurante asdurante asdurante asdurante asdurante asaulas doaulas doaulas doaulas doaulas doProgramaProgramaProgramaProgramaPrograma

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