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Empreendedorismo na área tecnológica Marcia Ligocki Lins, M.Eng. Professora aposentada – Consultora/UFSC

Empreendedorismo na área tecnológica(4) com revisão gram2

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Empreendedorismo na área

tecnológica

Marcia Ligocki Lins, M.Eng.

Professora aposentada – Consultora/UFSC

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Índice

1 – O QUE É EMPREENDER----------------------------------------------------------------------------------------------3

2 – EMPREENDEDOR-------------------------------------------------------------------------------------------------------4

2.1 Conceitos de empreendedor-----------------------------------------------------------------------------------------------4

2.2 - Ser empreendedor---------------------------------------------------------------------------------------------------------6

2.3 – A mudança de paradigmas pessoais – autotransformação--------------------------------------------------------6

3 – CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR---------------------------------------7

4 – COMO DESENVOLVER A CRIATIVIDADE---------------------------------------------------------------------11

4.1 Formule perguntas-------------------------------------------------------------------------------------------------------11

4.2 Quebra de paradigmas---------------------------------------------------------------------------------------------------11

4.3 Combine idéias------------------------------------------------------------------------------------------------------------11

4.4 Olhe com novos olhos----------------------------------------------------------------------------------------------------12

4.5 Não deixe o óbvio de lado------------------------------------------------------------------------------------------------12

4.6 Observe a natureza--------------------------------------------------------------------------------------------------------12

4.7 Procure pela segunda resposta certa----------------------------------------------------------------------------------12

4.8 Quebre os seus padrões habituais--------------------------------------------------------------------------------------12

4.9 Freqüente galerias de artes, museus, exposições--------------------------------------------------------------------12

4.10 – Viaje---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------12

5 – ESTRATÉGIAS PARA EMPREENDER--------------------------------------------------------------------------13

5.1 Condições para iniciar seu próprio negócio--------------------------------------------------------------------------13

5.2 Incubadora de empresas-------------------------------------------------------------------------------------------------14

5.2.1 – Funcionamento da incubadora de empresas-------------------------------------------------------------------15

5.2.2 – Incubadoras como agentes de desenvolvimento regional----------------------------------------------------15

5.3 Plano de negócios---------------------------------------------------------------------------------------------------------16

5.3.1- Público alvo do plano de negócios-------------------------------------------------------------------------------17

5.3.2- Estrutura de um plano de negócios-------------------------------------------------------------------------------17

6 - Bibliografia----------------------------------------------------------------------------------------------------------------21

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Empreendedorismo na área tecnológica

“O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o

século 21 mais do que a revolução industrial foi para o século 20.”

Timmons

1 – O que é empreenderCada vez mais nas últimas décadas, a ação empreendedora tem sido utilizada pelas lideranças como

mola propulsora de processos estratégicos de regiões, como a transferência de tecnologias, a geração de novos

negócios, o desenvolvimento regional através do domínio endógeno de tecnologia. O empreendedor, ao mesmo

tempo em que é fruto do desenvolvimento econômico-social é também contribuinte deste desenvolvimento,

criando negócios, gerando riqueza, introduzindo inovações e ofertando novas oportunidades de trabalho.

Mais importante do que saber fazer é criar o que fazer. É conhecer a cadeia econômica, o ciclo

produtivo, entender do negócio, saber transformar necessidades em técnicas, transformar conhecimento em

riqueza. Sem pessoas capazes de criar e aproveitar oportunidades, melhorar processos e inventar negócios, de

pouco adiantaria ter o mercado mais livre do mundo. O espírito empreendedor não é simplesmente a coragem de

abrir um negócio. Ele está intimamente ligado à inovação, ao crescimento, à exploração de uma brecha que

ninguém viu. É isso que amplia as possibilidades de uma economia. O empreendedorismo também está

intimamente ligado a uma realização pessoal e profissional. Uma necessidade de realização, necessidade de

poder, necessidade de filiação, necessidade de controle interno, capacidade de correr riscos calculados e inovar.

O empreendedor não precisa abrir seu próprio negócio. Ele pode participar do negócio de outrem, mas de uma

forma pró-ativa e, antes de tudo, deve sentir-se realizado por assim proceder.

Percepção – Estudiosos do comportamento humano afirmam que o homem não vive no mundo que o cerca, mas

sim em uma representação deste mundo, por ele criado a partir da percepção e do processamento daquilo que

está à sua volta. Essa “realidade virtual” é criada através da utilização de uma combinação de percentuais dos

cinco sentidos conhecidos (visão, audição, olfato, paladar e tato), de uma forma singular para cada indivíduo,

quase uma impressão digital. Aliado a esses cinco sentidos, existe dentro de nós, um sexto, muitas vezes

adormecido, que quando despertado faz com que nos tornemos cientes de nossos sonhos e das oportunidades à

nossa volta e que nos leva à realização pessoal e profissional. Esse sexto sentido tem um nome:

empreendedorismo.

“O empreendedorismo, nosso sexto sentido, existe dentro de cada um de nós, nasce conosco, só precisa

ser resgatado”. Esta afirmação é polêmica! Não há estudos que comprovem de forma consistente que o

empreendedorismo tenha uma origem genética.

McClelland (1967) defende que fatores ambientais como cultura, ambiente familiar e a educação, entre

outros, seriam responsáveis pelos “traços empreendedores”, já que estes seriam moldados pelo ambiente. Os

traços são utilizados para descrever a personalidade das pessoas. São classificados de duas formas:

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Traços hereditários (genéticos)

Traços moldados pelo ambiente

Assim, é possível que as pessoas aprendam a ser empreendedoras, mas dentro de um sistema de

aprendizagem especial, bastante diferente do ensino tradicional. O ensino de empreendedorismo prioriza o SER

em relação ao SABER como um fim em si mesmo. O objetivo final não é instrumental, não é a transmissão de

conhecimentos, mas sim a formação de uma pessoa capaz de aprender a aprender e definir a partir do

indefinido. O empreendedor nunca pára de aprender e de criar.

2 – Empreendedor

2.1 Conceitos de empreendedor

A palavra Empreender deriva do latim “imprendere”, e significa deliberar-se a praticas, propor-se, por em execução, tentar. Seria então o Empreendedor aquele que empreende, que é ativo; é o põe em execução; é aquele que procura, que realiza particularmente tarefas difíceis, de acordo com Ferrera (2001).

Apesar de popularizado através da importação do inglês (entrepreneurship), o empreendedorismo vem de “entrepreneur”, palavra francesa que era usada no século 12 para referir àquele que incentivava brigas.

Já no início do século dezesseis, “os empreendedores eram definidos como franceses que se encarregavam de liderar expedições militares. O termo foi estendido por volta de 1700 incluindo contratistas que se encarregavam de construções para os militares: estradas, pontes, portos, fortificações e coisas pelo estilo. Na mesma época, economistas franceses também usaram a palavra para descrever pessoas que corriam riscos e suportavam incertezas a fim de realizar inovações”. Cunningham e Lischeron (1991).

Em 1755, Richard Cantillon identificou o empreendedor como sendo quem assume riscos no processo de comprar serviços ou componentes por um certo preço com a intenção de revendê-los mais tarde por um preço incerto. Para ele, havia uma relação entre capacidade inovadora e lucro: “se o empreendedor lucrara além doesperado, isto ocorrera porque ele havia inovado: fizera algo de novo e diferente”. (Cantillon apud Filion 2000).

No início do século XIX, Jean-Baptiste Say caracterizou o empreendedor pelas funções de reunir diferentes fatores de produção e fazer a sua gestão, além da capacidade para assumir riscos (Say, 1986).

Percebe-se, já nas definições mais antigas, uma estreita relação entre o conceito de empreendedor e determinadas funções como “inovação” e “correr riscos”.

Nos primeiros anos do século XX, Joseph Schumpeter não usa especificamente o termo empreendedor, mas sim “empresário”, o qual aparece como um dos três fatores do desenvolvimento econômico, junto com a “nova combinação dos meios de produção” e o crédito. Chamamos “empreendimento” à realização de combinações novas; chamamos “empresários” aos indivíduos cuja função é realiza-las. ”(Schumpeter, 1982). Esse autor diferencia os “empresários” dos “capitalistas” afirmando que os primeiros são responsáveis pelas novas combinações produtivas, enquanto que os segundos são “proprietários de dinheiro,de direitos ao dinheiro, ou de bens materiais”. Schumpeter fala, também, de uma “personalidade do empresário” cujos traços são:“O sonho e a vontade de achar um reino particular […] a vontade de conquistar; o impulso para lutar, para provar sua superioridade para com os outros, para ter sucesso não pelos frutos do sucesso mas sim pelo próprio sucesso […], a alegria de criar, de mandar fazer as coisas, ou simplesmente exercendo sua energia e criatividade […] um tipo que procura a dificuldade, a mudança para mudar, se delicia com aventuras, (e para quem) o ganho pecuniário é mesmo a expressão muito exata do sucesso.”

Em sua definição, Schumpeter dissocia o termo “empreendedor” da posse pura e simples de bens materiais (como capital ou até uma empresa), relacionando-o a determinados traços de personalidade como “criatividade”, “energia”, realização pessoal (“vontade de lutar”, “provar sua superioridade”) e poder (“a alegria de [...] mandar fazer as coisas”).

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Brockhaus (1987) afirma que Schumpeter se diferencia dos autores “clássicos”(Cantillon, Say, Stuart Mill) por dar uma importância maior à função “inovação”, em detrimento da função “correr riscos”:“Ele [Schumpeter] acreditava que ambos, gerentes e empreendedores, experimentavam [vivenciavam] o risco, e sustentou que o desafio do empreendedor era encontrar e usar novas idéias. O leque de possíveis métodos de produção, identificar novos mercados, descobrir novas fontes de suprimento, e desenvolver novas formas de organização.”

Shapero (1977), relaciona o empreendedor à inovação e risco (não hierarquizando estas funções) ao descrevê-lo como sendo alguém que toma a iniciativa de reunir recursos de uma maneira nova ou para reorganizar recursos de maneira a gerar uma organização relativamente independente, cujo sucesso é incerto.

Vries (1977) resume as funções desempenhadas por um empreendedor (e que definiriam o mesmo) em três: inovação, gerência/coordenação e assumir riscos.

Livesay (1982) afirma que durante muito tempo o termo “empreendedor” foi associado ao homem de negócios bem sucedido, sendo seu sucesso prova suficiente de suas habilidades, sendo motivado pela prosperidade material, reconhecimento público e estima. Segundo esse autor, as primeiras definições traziam também, no seu bojo, uma estreita relação entre a propriedade do negócio e empreendedorismo.

Bruce (1976) propôs uma maior extensão da palavra “empreendedor” para incluir indivíduos envolvidos em organizações já existentes, ao descrever um empreendedor como sendo qualquer pessoa cujas decisões determinam diretamente o destino da empresa. Essa definição desvincularia o empreendedor dapropriedade do negócio.

Pinchott III (1989) prefere manter o conceito de empreendedor vinculado à fundação e propriedade de uma empresa, mas assume a existência de empreendedores dentro das organizações (portanto, trabalhando para outros empreendedores), que ele preferiu denominar intrapreneur. O conceito de intrapreneur também está associado à inovação, pois segundo Pinchott III os intrapreneurs seriam:Todos os “sonhadores que realizam”. Aqueles que assumem a responsabilidade pela criação de inovações de qualquer espécie dentro de uma organização. O intrapreneur pode ser o criador ou o inventor, mas é sempre osonhador que concebe como transformar uma idéia em uma realidade lucrativa.

Sexton e Bowman (1985) afirmam que o empreendedor se diferencia de outros donos de negócios ou de atividades independentes se tiver uma orientação para o futuro, com um planejamento de crescimento e lucratividade. Teriam aqui, além da inovação e riscos, algumas outras funções dos empreendedores: orientaçãopara o futuro (objetivos), planejamento e crescimento.

Filion (1988, apud Lima, 2001) também aponta para o “estabelecimento de objetivos” como uma das características dos empreendedores, ao defini-los da seguinte maneira:uma pessoa imaginativa caracterizada pela capacidade de estabelecer e atingir objetivos. Essa pessoa mantém um alto grau de vivacidade de espírito para detectar oportunidades. Enquanto ele/ela se mantém aprendendo sobrepossíveis oportunidades e se mantém tomando decisões de risco moderado.

Mais recentemente Miner (1996) também argumenta que a orientação para o futuro seria o elemento distintivo entre os profissionais que exercem atividades autônomas e os empreendedores. Segundo esse autor os profissionais autônomos são atraídos por aspectos como liberdade e independência: podem sobreviver dignamente sem ter quem lhes diga o que fazer e como fazer. Podem ser empreendedores se, além disso, tiverem uma orientação para o crescimento, fazendo com que suas atividades se consolidem em empresas que agreguem mão-de-obra.

Dolabela (1999) preferiu definir os empreendedores a partir de suas funções e características, pois segundo ele devido à grande quantidade de estudos sobre o empreendedorismo é difícil chegar a uma definição única de empreendedor.

Pelos conceitos abordados sobre o que é um empreendedor, podemos perceber que os pesquisadores

traçam uma distinção entre o indivíduo empreendedor e as demais pessoas, no que se refere à forma de detectar e

resolver problemas, determinar mudanças, trabalhar incansavelmente com as oportunidades e ter consciência

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quando estiver diante de situações de conflito, dispostos a alcançar seus objetivos, vitórias e conquistas em seus

negócios.

2.2 - Ser empreendedor

O emprendedorismo não é uma ciência, embora atualmente, seja uma das áreas onde mais se pesquisa e

se publica. Isso quer dizer que ainda não existem paradigmas, padrões que possam, por exemplo, nos garantir

que, a partir de circunstâncias, haverá um empreendedor de sucesso.

Sabe-se que o empreendedorismo é um fenômeno cultural, ou seja, é fruto dos hábitos, práticas e

valores das pessoas. Existem famílias mais empreendedoras do que outras, assim como cidades, regiões, países.

Na verdade pode-se aprender a ser empreendedor pela convivência com outros empreendedores (Filion, 1991).

Pode-se dizer que existem três níveis de relações, que determinam ou influenciam o grau de

empreendedorismo das pessoas o primário, o secundário e o terciário:

Primário: familiares e conhecidos; ligações em torno de mais de uma atividade.

Secundário: ligações em torno de determinada atividade; rede de ligações.

Terciário: cursos, livros, viagens, feiras e congressos.

Se há empreendedores que nascem prontos, segundo Filion, não é por razões genéticas, mas sim porque

o nível primário de relações os influenciou.

Há um ditado no campo do empreendedorismo que diz o seguinte: Diga-me com quem andas e eu te

direi quem queres ser.”

2.3 – A mudança de paradigmas pessoais autotransformação

A definição literal de paradigma é modelo ou padrão. Refere-se aos conceitos ou premissas que

determinam o modo das pessoas verem o mundo e agirem nele. Ouvimos muito sobre a mudança dos paradigmas

políticos, econômicos e sociais, própria da época em que vivemos. No entanto, a transformação profunda,

portanto duradoura, é dos modelos e conceitos que formam a visão de nós mesmos, das pessoas e do mundo.

Parar e pensar sobre o rumo da vida, as realizações pessoais e profissionais, pode parecer uma perda de

tempo para muitos. O círculo vicioso de cansaço, confusão, desperdício e mais cansaço, etc., tem de parar em

algum momento. Use o tempo com sabedoria. O italiano Domenico de Masi, em “A economia do ócio” afirma

que a maior parte das grandes idéias, os grandes livros, as grandes composições musicais, as grandes invenções,

foram criadas no tempo ocioso dos seus criadores.

Temos que pensar! Utilizamos apenas de 5% a 8% do nosso cérebro (nosso verdadeiro potencial), ou

seja, somos efetivos no máximo em 8%. Imaginemos uma máquina que estivesse funcionando assim.

Provavelmente, nós a trocaríamos. Infelizmente, não podemos nos trocar, mas, certamente, podemos nos

transformar.

E nesse projeto de mudança pessoal, contribuirá fortemente, a missão pessoal, o esforço e a

administração do tempo. Conforme Ken O Donnell, há três aspectos que determinam o rumo de qualquer pessoa:

O que sei fazer? De acordo com meu POTENCIAL.

Este aspecto está relacionado com o grau de conhecimento, habilidade, atitude e inteligência – competência.

O que quero fazer? De acordo com a minha VONTADE.

Este aspecto está conectado com meu estado emocional, crenças e valores – motivação.

O que fazer? De acordo com minha MISSÃO PESSOAL.

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Este aspecto diz respeito ao poder de visão criatividade.

A síndrome da mangueira solta

Esta síndrome é muito comum, quando se tem o potencial e a vontade de fazer algo, mas não se identifica

exatamente o quê. É igual a uma mangueira de água ligada, sem alguém para segurar o bico. A mangueira fica

dançando e jorrando água sem parar, para todos os lados.

Identificar e agarrar uma oportunidade são, por excelência, as grandes virtudes do empreendedor de sucesso.

Ver além, permite aproveitar as oportunidades e enxergar o futuro, no meio das ameaças e crises.

Na escrita chinesa, o mesmo ideograma (símbolo gráfico) é usado para representar as palavras crise e

oportunidade..

“As pessoas só vêem aquilo que estão preparadas para ver.”

Escolas de datilografia X computadores

Na década de 80, quando os computadores chegaram ao Brasil, os donos de escolas de datilografia disseram

o seguinte: “Quem é que vai querer ter um computador em casa? O brasileiro não tem cabeça para tecnologia.

Daqui a pouco, essa moda passa.” E não passou...

Quando não se enxerga adiante, paga-se com empresas, empregos, momentos de felicidade, coisas que as

pessoas só valorizam quando as oportunidades ficam para trás. Para ser bem sucedido, o empreendedor precisa

possuir características pessoais como confiança, determinação e criatividade. A confiança é importante, pois

haverá dias em que tudo será difícil. A determinação é o que vai motivar para que se supere os obstáculos. A

criatividade é o fator diferencial perante os concorrentes.

“O empreendedor tem a cabeça nas nuvens e os pés no chão. Sonha grande.”

3 – Características do comportamento empreendedorO comportamento empreendedor em pessoas de sucesso é impulsionado por um fator psicológico

denominado “motivação da realização”. Tal descoberta deve-se ao psicólogo David McClelland, da

Universidade de Harvard. Na verdade o que David identificou através de seus estudos foi que o primeiro passo

para o sucesso é a motivação de se sair bem, de ter êxito, de realizar algo com excelência.

Em 1982 uma agência de desenvolvimento internacional, nos Estados Unidos, contratou a empresa de

consultoria Management Systems International – MSI, para pesquisar que fatores comportamentais existiam em

comum nos empresários de sucesso. Foram entrevistados empresários de êxito em mais de 40 países que

representavam diversas circunstâncias culturais e econômicas. Após o processamento das informações, chegou-

se a 30 características comportamentais, divididas em 10 grupos. Inspire-se nelas:

Busca de oportunidades e iniciativas

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Faça coisas antes do solicitado, ou, antes de ser forçado pelas circunstâncias.

Aja para expandir seu negócio a novas áreas, produtos ou serviços.

Aproveite oportunidades fora do comum para começar um negócio, obter financiamentos,

equipamentos, terrenos, local de trabalho ou assistência.

Não saber distinguir entre uma idéia e uma oportunidade é uma das grandes causas de insucesso. As

oportunidades estão onde e quando menos esperamos. Elas parecem existir independentes de nós, quer as

vejamos, quer não. A diferença é que algumas pessoas as vêem, enquanto outras não. Mas entre as que vêem,

existem ainda duas classes: as que agarram a oportunidade e as que a deixam passar.

Persistência

Aja diante de um obstáculo significativo.

Aja repetidamente ou mude de estratégia, a fim de enfrentar um desafio ou superar um

obstáculo.

Ao buscar atingir metas e objetivos, assuma responsabilidade pessoal pelo desempenho

necessário

.

O empreendedor, por estar motivado, convicto, entusiasmado e crente nas possibilidades, é capaz de persistir

até que as coisas comecem a funcionar adequadamente. Ele luta por aquilo que acredita. Cada obstáculo é

considerado um desafio. É importante ser persistente nas metas e flexível nas estratégias. Ser persistente, mas

não teimoso.

Corra riscos calculados

Avalie alternativas e calcule riscos deliberadamente.

Aja para reduzir os riscos ou controlar os resultados.

Coloque-se em situações que impliquem desafios ou riscos moderados.

O empreendedor não está em busca de aventuras e sim de resultados. Fará tudo o que for necessário

para não fracassar, mas não é atormentado pelo medo paralisante do fracasso. Não tem medo do erro, da derrota.

Derrota não é igual a fracasso, assim como vitória não é sucesso. Quem não faz nada, não fracassa, mas também

não prospera!

Exigência de qualidade e eficiência

Encontre maneiras de fazer as coisas melhor, mais rápidas, ou mais barato.

Aja de maneira a fazer coisas que satisfaçam ou excedam padrões de excelência.

Desenvolva ou utilize procedimentos para assegurar que o trabalho seja terminado a tempo, ou

para que o trabalho atenda os padrões de qualidade previamente combinados.

O empreendedor persegue sempre a máxima eficiência.

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Comprometimento

Faça um sacrifício pessoal ou despenda um esforço extraordinário para completar uma tarefa.

Colabore com os empregados ou colegas, ou se coloque no lugar deles, se necessário, para

terminar um trabalho.

Esmere-se em manter os clientes satisfeitos, e coloque a boa vontade em longo prazo acima do

lucro em curto prazo.

O empreendedor compromete-se com seus projetos. Dedicação e responsabilidade não são sacrifícios,

mas investimentos.

Busca de informações

Dedique-se pessoalmente a obter informações de clientes, fornecedores e concorrentes.

Investigue pessoalmente como fabricar um produto ou fornecer um serviço.

Consulte especialistas para obter assessoria técnica ou comercial.

A informação está disponível para todos (na Internet, em bibliotecas públicas, nos veículos de comunicação ,

etc..). No entanto, é importante saber interpretar a informação, e mais importante ainda é saber aplicar a

informação gestão do conhecimento. A informação só é válida se transformada em conhecimento, e este só

ocorre se houver aprendizagem. Gestão do conhecimento significa olhar a empresa e ver onde o conhecimento

pode agregar valor.

Estabelecimento de metas

Estabeleça metas e objetivos que sejam desafiantes e que tenham significado pessoal.

Defina metas de longo prazo, claras e específicas.

Estabeleça objetivos de curto prazo mensuráveis.

Para o empreendedor, desafios de curto, médio e longo prazos fazem parte de sua trajetória de vida.

Um Exemplo: Amyr Klink – Pioneiro do aventurismo profissional no Brasil, tem em seu currículo grandes feitos tais como: Único homem a realizar a travessia do Atlântico Sul em um minúsculo barco a remo; e em outro projeto passou um ano inteiro na Antártica embarcado num veleiro dos quais 6 meses imobilizado no gelo. Assim escreveu cinco livros que venderam meio milhão de exemplares; faz em média doze palestras por mês onde fala de motivação, logística, estabelecimento de metas e planejamento estratégico. Leva anos elaborando detalhadamente o projeto de cada aventura em que vai embarcar.

“Não existe vento favorável para uma embarcação em alto mar, se o velejador não souber para onde

ir.”

Planejamento e acompanhamento sistemático

Planeje dividindo tarefas de grande porte em subtarefas com prazos definidos.

Periodicamente revise seus planos levando em conta os resultados obtidos e mudanças

circunstanciais.

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Mantenha registros financeiros e utilize-os para tomar decisões.

Planejar é projetar hoje aonde se quer chegar no futuro, enxergando o caminho a ser percorrido e seus

obstáculos. É o sonho conseqüente.

PLANEJAMENTO ORIENTADO PARA RESULTADOS

Para auxiliar na preparação de um planejamento, procure seguir um roteiro respondendo às questões,

conhecidos como 5 W e 2 H.

1. Definição de um objetivo O quê? (what)

2. Justificativa Por quê? (why)

3. Local Onde? (where)

4. Atividades/Metodologia Como? (how)

5. Cronograma Quando? (when)

6. Responsabilidades Quem? (who)

7. Recursos/Custos Quanto? (how much)

Conhecido como 5 W e 2 H.

Muitas empresas morrem nos dois primeiros anos de vida. A taxa de mortalidade chega a 80%! Um dos

principais motivos para este desempenho desastroso é o fato de pessoas entrarem no mundo dos negócios sem a

preocupação de criar a empresa de forma estruturada. Planejando desde a viabilidade do mercado, estrutura da

empresa, produto, processo, fluxo de caixa, comercialização. Descrevendo seu negócio, ou seja, fazendo um

plano de negócios. O planejamento é inversamente proporcional ao risco de mortalidade da empresa, isto é,

quanto maior é o planejamento, menor o risco.

Persuasão e redes de contato

Utilize estratégias deliberadas para influenciar ou persuadir os outros.

Utilize pessoas chave como agentes para atingir seus próprios objetivos.

Aja para desenvolver e manter relações comerciais.

O empreendedor desenvolve seu espírito de liderança. “A liderança existe quando há um movimento em

direção a um objetivo”. (Amyr Klink)

Independência e autoconfiança

Busque autonomia em relação a normas e controles de outros.

Mantenha seu ponto de vista mesmo diante da oposição ou de resultados desanimadores.

Expresse confiança na sua própria capacidade de completar uma tarefa difícil ou de enfrentar

um desafio.

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O empreendedor acredita que sua realização depende de si mesmo e não de forças externas sobre as

quais não tem controle. Acredita na possibilidade de solução dos problemas, acredita no potencial de

desenvolvimento. Errar faz parte da natureza humana. Fazer dos erros uma oportunidade para se tornar melhor, é

da natureza do empreendedor.

Não há perfil ideal para o empresário de sucesso. Para motivar-se não basta treinamento. É preciso

mudar atitudes, conscientizar-se de suas fraquezas / debilidades e para através do autoconhecimento, desenvolver

seu potencial empreendedor. É preciso investir nas suas fortalezas. “Não é a montanha que conquistamos, mas a

nós mesmos” (Sir Edmund Hillary 1º homem a escalar o monte Everest).

O verdadeiro empreendedor vai muito mais longe do que simplesmente produzir boas idéias para novos

negócios. Ele identifica e avalia os negócios que encontra pelo caminho, faz a previsão sobre seu sucesso e

periodicamente avalia se sua previsão foi correta. E é através da criatividade que o empreendedor observa e

associa os mais diversos tipos e formas de empreendimentos para, a partir daí, gerar novos negócios. A diferença

entre os empreendimentos de sucesso e os medíocres ou fracassados está justamente na criatividade do

empreendedor.

4 – Como desenvolver a criatividadeA geração e implementação de novas idéias são técnicas cruciais de sobrevivência em um mundo com

constantes e rápidas mudanças como este em que vivemos. A característica marcante das pessoas criativas é sua

flexibilidade mental. Como desenvolver esta flexibilidade?

4.1 Formule perguntas

Aprenda a fazer perguntas que desenvolvam o seu cérebro: Quem? Quando? Onde? O quê? Por quê? Qual?

Como? Seja curioso!

Um Exemplo.: Milhões de pessoas viram a maçã cair da arvore, mas só Isaac Newton perguntou: “por que?” Todos os biógrafos apontam que é, em geral, curto o lapso de tempo entre o momento em que os grandes pensadores tomam gosto por alguma ciência e aquela em que dominam inteiramente. É desse período o incidente da maçã, em que o físico e matemático inglês Isaac Newton, considerado o pai da física clássica, questionou: “Curioso! A macieira poderia tocar a face da lua...ainda assim a fruta cairia! Esta força que atraia todas as coisas para o solo seria idêntica àquela que mantém o satélite em sua órbita e os planetas em torno do sol?” – pensa ele, olhando para a fruta no solo. Formulou a lei da gravidade – segundo a tradição lendária, inspirada pela queda de uma maçã. A lei de gravitação universal, publicada em 1687 é uma das leis mais abrangentes e importantes da física até agora formuladas. (www.historiaviva.com.br)

Tais perguntas servem para alargar o seu pensamento e levam a novas idéias. Uma criança faz em média 125

perguntas curiosas por dia. Um adulto faz apenas 6. Pablo Picasso dizia: “Todas as crianças são artistas, o

problema é o que fazer para que elas permaneçam artistas depois que se tornam adultas”. Vamos resgatar esse

nosso lado artista, criador, empreendedor!

4.2 Quebra de paradigmas

A maioria dos avanços na ciência, medicina, artes, cozinha ou arquitetura, apareceram quando alguém desafiou as regras e tentou algo diferente. Exemplo: Utilização de flores e ouro em pó na gastronomia e na estética facial e corporal. Pensar numa idéia completamente maluca, algo que poderia ser feito ou que muitos acreditassem que não funcionaria.

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4.3 Combine idéias

Construa grandes idéias a partir de pequenas coisas. Associe idéias, combine. Adapte. Modifique.

Aumente. Diminua. Reorganize-as. Inverta as idéias. Alguns exemplos:

1) (ferro + estanho) = bronze

2) (passagem + hotel + traslado + passeios) = pacote turístico

4.4 Olhe com novos olhos

O que parece impossível e inviável, muitas vezes é a “salvação da lavoura”. Exemplos:

1) O turismo rural vem salvando fazendas centenárias.

2) O pó-de-serragem, transformado em compensado.

4.5 Não deixe o óbvio de lado

Preste atenção nas pequenas coisas. É ver o que ninguém viu. Geralmente, isso significa ver o mais simples,

o óbvio. As grandes idéias são aquelas diante das quais, você exclama: como não pensei nisso antes?

4.6 Observe a natureza

Observe tudo cuidadosamente. Observe e absorva. Aproveite o que você observa. O avião, por exemplo, foi

criado na imitação das aves.

4.7 Procure pela segunda resposta certa

Você consegue visualizar mais de uma resposta para cada problema? Ou mais de uma alternativa para cada

oportunidade? Você se satisfaz com a primeira solução encontrada? Responda: Qual a metade de 8? Se você

respondeu 4, está correto. Mas é apenas uma resposta correta. Será que existe apenas uma? Repense este

problema. Veja-o sob novos ângulos, novos pontos de vista. Além de quatro (matematicamente correta), a

metade de 8 tem mais seis respostas corretas, utilizando o critério gráfico. Por exemplo: nas letras o, m, w e s e

nos números 3 e 0.

Acostume-se sempre a buscar várias alternativas de respostas para um problema. Só assim você poderá

escolher a melhor idéia. Dizer é fácil, mas fazer nem sempre é tão simples, pois muitas vezes cumprimos uma

rotina e nem pensamos nela. Os bloqueios podem estar tão integrados no nosso comportamento e pensamento,

que somos guiados por eles sem nos dar conta.

Para auxiliar a quebrar estes bloqueios, você poderá lançar mão de uma técnica, muito conhecida como:

Brainstorming ou tempestade de idéias. O objetivo principal é produzir um maior número de idéias

possíveis sobre um problema em questão e tendo como principio básico o julgamento adiado, usando a

imaginação e a quebra de barreiras mentais, por não existirem situações absurdas. A critica- positiva ou negativa

é adiada para uma outra etapa.. No brainstorming, não se está em busca da qualidade, mas sim da quantidade de

idéias. Quanto maior o número de idéias, maiores serão depois as probabilidades de idéias boas.

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4.8 Quebre os seus padrões habituais

Quebre sua rotina. Tenha amigos excêntricos. Abra sua mente e seu coração. Por exemplo, coma sorvete no

café da manhã. Durma do outro lado da cama. Inicie o banho de forma diferente. Estacione o seu carro em

lugares diferentes. Mude o trajeto para o seu serviço / escola. Tais mudanças em sua rotina trarão novas idéias.

4.9 Freqüente galerias de artes, museus, exposições

Mesmo que não goste, você vai ver coisas que nunca viu. Abra sua mente.

4.10 Viaje

Você terá chance de copiar boas idéias e, com criatividade, adaptar ao seu local. Lembre-se que uma idéia

razoável colocada em ação é muito melhor do que uma grande idéia arquivada. “É possível sonhar, criar, projetar

e construir o melhor lugar do mundo. Mas, somente pessoas capazes transformam os sonhos em realidade.”

5 – Estratégias para empreenderOs grandes empreendedores têm uma perspectiva diferente da realidade. Isso possibilita a implementação de

inovações extraordinárias, que geram a conseqüente revolução que lhes dá notoriedade.

A inovação é a característica mais saliente de todos os vitoriosos. Conseguir ver o mundo sob uma ótica

diversa da média. O ser inovador é muito mais do que criativo. É capaz de raciocinar numa faixa diferenciada e

ver a realidade de uma maneira singular, nova, mas não desprovida de sentido. Ao contrário, ele dá sentido ao

caos, cria um método inovador para lidar com as demandas e gera solução onde todo mundo se acostumou a

conviver com problemas.

5.1 Condições para iniciar seu próprio negócio

A sobrevivência das empresas de pequena dimensão está intimamente relacionada às características do

empreendedor, aos fatores externos regras econômicas, globalização da economia, globalização em nível de

mercados, localização, demanda, oferta, concorrência, fatores de produção, características regionais e aos

fatores internos direção e gestão, produção, recursos humanos, finanças, comercial. O desequilíbrio entre estes

fatores será o caminho para o fracasso.

Isso não significa que a atividade empreendedora seja arriscada. Ela se torna arriscada porque a maioria dos

empreendedores ignora a essência da vida empresarial e viola regras elementares. É por essa razão que a maior

parte das microempresas que surgem, fecham antes de completar o segundo ano de vida. Brincar de empresário

pode custar muito caro! Antes de iniciar seu próprio negócio, leve em conta os itens a seguir:

Ter afinidade com o negócio

É muito arriscado abrir uma empresa para se dedicar a uma atividade que não gosta, apenas interessado

em ganhar dinheiro. Seu desinteresse e infelicidade serão capazes de por tudo a perder.

Conhecer muito bem o ramo

13

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É fundamental dominar completamente os aspectos técnicos. Conhecer o projeto do produto ou serviço,

qualidade, modo de fabricação, controle do processo.

Conhecer a área comercial

Distribuição do produto, publicidade, pesquisa de mercado e definição de novos produtos. Não

esquecer: o cliente em primeiro lugar.

Assegurar a disponibilidade de capital

É necessário recurso suficiente para bancar a instalação do negócio: equipamentos, aluguel,

contratações, levando em conta o tempo de maturação.

Estabelecer o limite (dead line)

Definir o tempo máximo para os primeiros resultados. O limite máximo que você pode esperar. Se não

deu certo ao chegar o dead line, absorva o prejuízo e caia fora.

Não contar com a sorte

O planejamento da atividade, dos recursos e do tempo de maturação devem ser completamente

independentes da sorte. O dinheiro necessário, por exemplo, não vai “aparecer depois”. Você precisa estar

seguro de dominar todas as condições para o sucesso do seu negócio, inclusive o dinheiro necessário. Se a sorte

vier, então, melhor ainda.

Estar disposto a sacrifícios

Tempo e recursos. Mais dedicação e trabalho. Só o trabalho árduo, a dedicação e a boa administração

do negócio trarão bons frutos.

Estabelecer plano de ação realista

Estabelecer metas. Estudar antecipadamente todas as facetas do negócio, para identificar se existe

viabilidade para sua implantação. Escrever o plano de negócios.

Separar recursos próprios e empresariais

Não misturar suas despesas pessoais e familiares com as despesas e recursos da empresa.

Garantir a identidade entre os sócios

Se houver sócios, é imprescindível que haja identificação de valores, crenças, princípios e objetivos

entre os participantes. Não bastam apenas os objetivos materiais e profissionais. A sociedade comercial costuma

ser uma relação ainda mais difícil do que o casamento. Pelo menos ao abrir um negócio, não case apenas por

interesse.

Formação complementar

Treinamentos, cursos vivenciais, capacitações, leituras – jornais, livros, revistas, etc.. Há conhecimentos

que aparentemente não têm nenhuma relação com a vida da empresa, mas podem ter uma participação decisiva

no êxito empresarial. É o caso, por exemplo, do aprendizado de artes, teatro, literatura, história, música, etc.. É

preciso “exercitar o cérebro”. Desta forma o profissional habilita-se a pensar com precisão em muitas coisas ao

mesmo tempo.

Vivência com situações novas

Permite enfrentar as mudanças ou fatores inesperados com menor insegurança e maior consciência da

realidade. Por exemplo, viagens, mudanças de cidades, desenvolvimento de novos projetos, etc.. Transformar

conhecimento técnico e criatividade em negócios viáveis e inovadores, implica em visão de futuro, dedicação,

preparação pessoal, trabalho em equipe, estabelecimento de parcerias e persistência. Criar condições de estímulo

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e apoio à criação e consolidação de novos empreendimentos não é atribuição isolada de um setor, mas de toda a

sociedade. Os sistemas de suporte, tais como órgãos de fomento e incubadoras de empresas, reduzem a

complexidade e a dificuldade deste desafio.

5.2 Incubadora de empresas

Uma incubadora de empresas pode ser chamada de “fábrica de empresas”. Tem sido o instrumento mais

eficiente de suporte às pessoas que querem transformar seus projetos em produtos e serviços e um grande

estímulo à criação de novos negócios. Ela abriga empresas emergentes, em muitos ramos de negócios, nos seus

dois primeiros anos de vida (ou mais).

Segundo pesquisas realizadas no Brasil,como já foi citado anteriormente, 80% das empresas nascentes

deixam de existir em um ano. O fator de insucesso é a falta de planejamento e despreparo na implantação do

negócio. Para as empresas que se desenvolveram dentro de uma incubadora e saíram, ou seja, foram graduadas,

essa porcentagem de fracasso cai para 20%. A importância social e econômica de uma incubadora de empresas é

evidente como suporte ao empresariado, estímulo à iniciativa privada, criação de novos empregos diretos e

indiretos, fortalecimento sócio-econômico e desenvolvimento tecnológico da região.

O fenômeno das incubadoras de empresas surgiu como uma experiência nos EUA, quando, em 1934,

dois jovens universitários tiveram incentivos de professores para iniciar seu próprio negócio. Eram Bill Hewlett

e Dave Packard que em 1939 fundaram a Hewllet-Packard, que hoje fatura 3,5 bilhões de dólares anuais. Desde

então, apareceram centenas de incubadoras no mundo, a maioria ligada a universidades e centros de pesquisa.

5.2.1 – Funcionamento da incubadora de empresas

Cada incubadora tem o seu próprio regulamento. Mas, em termos genéricos, elas atuam a partir de alguns

princípios comuns. As empresas que ingressam numa incubadora precisam de um projeto com potencial de

mercado e de sucesso, formalizado em um plano de negócios. Este será submetido à aprovação de uma comissão

de empresários e técnicos da área acadêmica.

É um ambiente flexível, onde se oferecem às empresas incubadas assessoria na gestão técnica e

empresarial, laboratórios, telefone, fax, xerox, correio, aluguel da área física e outros serviços, geralmente por

um período de dois anos. As empresas incubadas usufruem toda a infra-estrutura necessária para seu

desenvolvimento, para, quando forem competir no mercado, possuírem o conhecimento e a experiência

necessários a uma empresa emergente.

A principal meta de uma incubadora de empresas é a produção de empresas de sucesso, financeiramente

viáveis e adaptadas ao mercado. Em alguns casos, o suporte dado a elas continua, mesmo após deixarem a

incubadora, por um período de até quatro anos. Uma incubadora geralmente é mantida por entidades

governamentais, universidades, grupos comunitários e iniciativa privada.

5.2.2 – Incubadoras como agentes de desenvolvimento regional

É interessante analisar o papel das incubadoras de empresas como agentes do desenvolvimento

econômico e como participantes do processo de formação de empreendedores e empresas. Mas, antes disso, é

importante também entender como funciona o processo empreendedor, principalmente quando há inovação

tecnológica, e assim, entender onde a incubadora exerce seu papel neste processo.

15

Page 16: Empreendedorismo na área tecnológica(4)   com revisão gram2

O desenvolvimento econômico é dependente de quatro fatores críticos que, em conjunto, possibilitam a

criação de negócios de sucesso em inovação tecnológica:

1) Investimento de capital de risco

2) Infra-estrutura de alta tecnologia

3) Idéias criativas

4) Cultura empreendedora focada na paixão pelo negócio

Esses quatro ingredientes são raros, pois em sua concepção, antes vem a paixão pelo negócio e depois o

dinheiro, o que contradiz a tendência da viabilidade econômica, a qual pressupõe que deve haver mercado

consumidor e, conseqüentemente, possibilidade de lucro com o negócio.

Alguns pesquisadores afirmam que as invenções tecnológicas não ocorrem assim. Na verdade, o que

ocorre é um meio termo: tanto as empresas buscam, nos centros de pesquisa, tecnologias inovadoras que,

agregadas ao seu processo ou produto, promovam uma inovação tecnológica, como os centros de pesquisa

desenvolvem tecnologias sem o comprometimento econômico, mas que posteriormente possam ser aplicadas nas

empresas.

Entendendo esses fatores, torna-se mais claro o papel que as incubadoras de empresas, principalmente

as de base tecnológica, podem exercer para facilitar a sua convergência em um mesmo local, proporcionando

assim uma overdose de inovação tecnológica, e a criação de empresas de sucesso. As incubadoras de empresas

podem, então, ser um importante elo entre os empreendedores, especialmente os voltados aos empreendimentos

de alta tecnologia, e à comercialização de seus produtos e serviços.

Outras informações sobre incubadoras, podem ser encontradas no site da ANPROTEC (Associação

Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas), entidade que reúne

informações sobre todas as incubadoras e parques tecnológicos do Brasil e do exterior:

http://www.anprotec.org.br

Quando se possui um desejo de implantar um negócio, a primeira providência é o que se chama de

trabalhar a idéia. Em geral, o negócio nasce da idéia de um empreendedor. Ocorre que a idéia, nua e crua não é

suficiente para que o negócio prospere. Há uma necessidade de amadurecê-la, testando a validade da idéia junto

ao mercado que se pretende atingir. Segundo Allan Gibb, um dos maiores especialistas mundiais em pequenas

empresas, o ciclo de implantação de uma empresa, desde a sua simples idéia, até a entrada em operação e

posterior evolução, obedece ao seguinte fluxo:

1. Idéia inicial

2. Desenvolvimento da idéia no mercado

3. Identificação de fornecedores

4. Negociações precedentes à entrada em operação

5. Nascimento

6. Sobrevivência

Portanto, para que possa transformar um sonho em realidade, uma das principais providências é

certificar-se de que a idéia tem condições de prosperar, o que significa montar um bom plano de negócios. Esta é

a primeira fase, e deve-se tomar muito cuidado para não deixar o emocional falar mais alto. Não é porque se quer

apenas, que tudo vai funcionar, é necessário se ter evidências que comprovem que vai funcionar.

16

Page 17: Empreendedorismo na área tecnológica(4)   com revisão gram2

5.3 Plano de negócios

Não há um plano de negócios geral que atenda a todas as necessidades. Cada negócio conta com seu

próprio conjunto de fatores e condições que é único. Porém, o plano de negócios, obrigatoriamente tem que

responder a três questões:

Por que o negócio vai dar certo?

Como será atingido o objetivo?

Quando a empresa começará a dar lucro?

Obter as respostas a essas questões básicas não garante o sucesso de seu negócio. Contudo, desde que o

plano seja realmente seguido, pode representar um bom começo. Um plano de negócios é a formalização de todo

conjunto de dados e informações sobre o futuro empreendimento, definindo suas principais características e

condições, possibilitando:

Identificar os riscos e propor planos para minimizá-los e até mesmo evitá-los.

Identificar seus pontos fortes e fracos em relação à concorrência e ao ambiente de negócio em

que irá atuar.

Conhecer seu mercado e definir estratégias de marketing para seus produtos e serviços.

Analisar o desempenho financeiro de seu negócio, avaliar investimentos, retorno sobre o capital

investido.

Atrair sócios e investidores como parceiros para o negócio.

O plano de negócios é um poderoso guia que norteia todas as ações da empresa. É uma ferramenta

extremamente dinâmica e deve ser atualizado e utilizado periodicamente, tornando-se a principal arma de gestão

que um empresário pode utilizar visando o sucesso do seu empreendimento.

5.3.1- Público alvo do plano de negócios:

O próprio empreendedor

Sócios e empregados

Sócios em potencial

Parceiros em potencial (distribuidores, fornecedores, clientes, representantes)

Órgãos governamentais de financiamento, bancos, investidores (capitalistas de risco)

Profissionais talentosos com o objetivo de atraí-los para a empresa

Incubadoras de empresas com o objetivo de ser uma empresa incubada

Franqueados

5.3.2- Estrutura de um plano de negócios

O plano de negócios é composto por várias seções que se relacionam e permitem um entendimento

global do negócio, de forma escrita e em poucas páginas.

a) Capa

A capa, apesar de não parecer, é uma das partes mais importantes, pois é a primeira coisa que é

visualizada. Devendo, portanto, ser feita de maneira limpa e com as seguintes informações:

Nome da empresa

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Proprietário

Endereço

Telefone / fax

E-mail

Data (data em que foi elaborado o plano)

b) Índice

O índice deve conter o título de cada seção do plano de negócios e a página respectiva onde se encontra.

c) Sumário executivo

O objetivo do sumário executivo é expor ao leitor os fatos essenciais sobre o negócio, como o trailer de

um filme, para atraí-lo à leitura completa do documento. Em uma ou duas páginas, deve conter uma síntese das

principais informações que constam no plano de negócios, apresentando o conceito do negócio, o produto, o

mercado, a estratégia competitiva e os principais dados financeiros sobre o empreendimento. Deve ser

escrito de forma que possa ser usado independentemente do resto do plano. De preferência, dirigido ao público

alvo a ser atingido e explicitar qual o objetivo do plano de negócios em relação ao leitor. Por exemplo,

requisição de financiamento junto a bancos, capital de risco, apresentação da empresa para potenciais parceiros

ou clientes, etc.. Deve ser a última seção a ser escrita, pois depende de todas as outras seções do plano para ser

feita.

d) Descrição do negócio

A descrição do negócio fornece um histórico e outras informações sobre o início de seu negócio e sua

situação atual ou, no caso de proposição de um negócio, como e quando planeja iniciá-lo.

Ramo de atividade – Por que escolheu este negócio?

Análise de mercado – Deverá mostrar que conhece muito bem o mercado consumidor do seu

produto/serviço através de pesquisa de mercado: como está segmentado, as características do

consumidor, análise da concorrência, sua participação no mercado e a dos principais concorrentes,

riscos do negócio, etc..

Mercado consumidor – Quem são os clientes? O que é de valor para os clientes? Qual a

principal razão que os levarão a comprar nossos produtos/serviços?

Mercado fornecedor – Quem são os fornecedores de insumos e serviços?

Mercado concorrente – Quem são os concorrentes?

Descrição dos Produtos ou Serviços – Explique o que venderá. Seja específico. É importante para

vender sua idéia a investidores. É também interessante para comparar com a concorrência e tentar

perceber o que eles estão fazendo de errado. Nessa comparação você pode sair ganhando, na medida

em que perceber os erros e tentar fazer diferente.

Produtos ou serviços a serem ofertados – Quais as características dos produtos ou serviços?

Quais seus usos menos evidentes? Quais suas vantagens e desvantagens frente às dos

concorrentes? Como criar valor para o cliente por meio dos produtos ou serviços?

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Page 19: Empreendedorismo na área tecnológica(4)   com revisão gram2

Situação de seus produtos ou serviços – Seus produtos ou serviços estão disponíveis para

comercializar no momento? Caso não estejam, o que precisa ser feito para desenvolvê-los?

Direito de propriedade – Seu produto ou serviço está patenteado? Isso representa alguma

vantagem sobre a concorrência? E com relação a sua marca, ela está legalmente registrada?

Localização – Quais os critérios para a avaliação do local ou do “ponto”? Qual a importância da

localização para o seu negócio?

Processo operacional – Como sua empresa vai operar, isto é, como irá proceder, etapa por etapa?

Como irá fabricar, vender, fazer o serviço? Que trabalho será feito? Quem o fará? Com que material?

Com que equipamento? Quem tem conhecimento e experiência no ramo? Como fazem os

concorrentes?

Plano de marketing – Como competir com empresas que detém um poder de produção e qualidade

superior ao seu, de menor porte? Afinal, não só as empresas dos países do Mercosul poderão ser seus

concorrentes. Além dessas, a concorrência será mais difícil com aquelas representantes de países

desenvolvidos, como é o caso dos EUA, dos países da Europa e das empresas cujas matrizes estão

sediadas nos países componentes dos Tigres Asiáticos.

Como pretende vender seu produto/serviço e conquistar seus clientes? Manter o interesse dos mesmos e

aumentar a demanda? Que métodos utilizará para a comercialização, política de preços, projeção de vendas,

canais de distribuição e estratégias de promoção/comunicação e publicidade?

e) Análise financeira

Entre as carências do empreendedor, a falta de controle financeiro é uma das mais visíveis, ocasionando

a mortalidade precoce da empresa. Controlar as finanças é fundamental para o sucesso de qualquer

empreendimento. Quanto que a empresa tem a pagar e a receber, quando e para quem, essas parecem ser

indagações lógicas, que o empreendedor tem sempre que fazer. Só assim, conseguirá nortear as ações de sua

empresa.

O empreendedor deve estabelecer indicadores financeiros que permitam conhecer quais as condições

financeiras relacionadas com a sua empresa:

1. Qual a estimativa de receita da empresa?

2. Qual é o capital inicial necessário?

3. Quais os gastos com materiais?

4. Quais os gastos com pessoal da produção?

5. Quais os gastos gerais de produção?

6. Quais as despesas administrativas?

7. Quais as despesas com vendas?

8. Qual a margem de lucro estimada?

9. Qual o ponto de equilíbrio estimado?

10. Quais as necessidades financeiras e seus custos?

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11. Qual a necessidade de capital de giro?

12. Qual a estimativa de fluxo de caixa? (projeção para três anos)

f) Análise dos riscos

Existe uma série de problemas que costumam ocorrer na implantação e desenvolvimento de novos

negócios. E que, se não forem bem administrados, podem trazer repercussões graves e irreversíveis. O

empreendedor pode encontrar dificuldades com: excesso de burocracia; excesso de carga tributária; definição

dos preços de venda; capital de giro; linha de crédito; relacionamento com família; contratação de pessoal; falta

de controle; desentendimento com o sócio; falta de relacionamento com fornecedores; falta de relacionamento

com clientes. Portanto, é importante prever os riscos e criar medidas para reduzi-los.

g) Documentos anexos

Esta é a parte final. Nos anexos será colocada toda a documentação que dá respaldo ao seu projeto:

curriculum vitae das pessoas chave; fotos de produtos; plantas da localização; roteiro e resultados completos das

pesquisas de mercado realizadas; folders; catálogos; estatutos; contrato social da empresa; planilhas financeiras

detalhadas; etc.

Opções de sites com orientações que irão facilitar a elaboração do seu plano de negócios:

http://www.sebrae.com.br/parasuaempresa/planodenegocios.asp/facavocemesmo (não está disponível)

http://www.planodenegocios.com.br

http://www.geranegocio.com.br/html/negcasa/passo.html

http://www.sba.gov/espanol/Biblioteca_en_Linea/plandenegocios.html

http://www.gestiopolis.com/dirgp/emp/bizplan.htm

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