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Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuAria - EM0 RAPA Vinculada ao Ministbrio da Agricultura - MA antro Nwion J ds Pquisa de Oefsra da Agricultu ta - CN PDA Jwariiine, SP

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Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuAria - EM0 RAPA Vinculada ao Ministbrio da Agricultura - MA a n t r o Nwion J ds P q u i s a de Oefsra da Agricultu ta - CN PDA Jwarii ine, SP

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Empresa Bsrileira d0 Pesquisa Agropcuária - EMBRAPA Vincu tada ao Ministerio da Agricultura Centro Nacional de Pesquisa de Defesa da Agricultura - CNWA Jquaribna, SP

DEFENSIVOS ACR~COLAS com M FATOR ECOL&ICO

Alexandre Grimld i de Castro

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EMBRAPA-CNPDA. Documentos, 6

Exemplares desta publicação devem ser sol ici tados ao - Centro Nacional de Pesquisa de Defesa da Agricultura Rodovia 3-340, (Campinas-Mogi-Mirim) lan 127.5 Caixa Postal 69 13.820 - ~aguariúna - SP

Tiragem: 500 exemplares

comitê de Publicações

Presidente: Wagner Bettiol Secretária: Maria Arnélia de Toledo Leme Membros : Antonio Luiz Cerdeira

Jogo Carlos Canuto Margarida M. Hoepner Zaroni Reinaldo Forster

Castro, Alexandre Grimaldi de Def'ensivos agricolas como um fator ecológicn

Alexandre Grimaldi de Castro. -- ~a~uariÚna :

EMBRAPA-CNPDA, 1989. 20p. ( EMBRAPA-CNPDA . Documentos, 6 )

1 . Defensivos agricolas - Aspectos ecolÓgicos. 1, ~ i t u l o . 11. Série.

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Resumo . . . . . . . . .* .*.4.. . .1*..*. . . .0.. . . . . .<.. . . 5

Abstract . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .~.. . . .mt.. . . . 5

I n t r o d u ~ a o ...........................e.....t. 6

Defensivos agrícolas como um fator ecológico . 7

Efeitos sobre o meio aabiente ................ 10

...................... ~oncius6es preliminares 15 A

Referenclas ...............................I.. 18

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DEFENSIVOS AGR~COUS Com> lJH FATOR EI)&ICO

Alexandre Grimaldi d e Castro 1

c.

RESUMO - Os defensivos agrícolas tem assumido uma impor- tância cada vez maior no mantenimento de sistemas d e p r g dução agropecuários. seu uso consistindo em questão io- gicamente inegável . No entanto, dois fatores básicos me- recem atensão imediata quando tratamos da utilizagão d e s t e s produtos: (1) adequacidade das técnicas de uso e aplicação; e - ( 2 ) complexidade estrutural/funcional do meio ambiente, principal receptor das processos d e d i s - túrbio ocasionados pelos mesmos.

O sucesso no mantenirnento dos agrossistemaç é as- sim, uma função complexa derivada dos processos intera- tivos homem x meia ambiente. O desçonhecirnents de u m . destes fatores básicos pode implicar na inviabilização econÔnica/ecolÓgica destes s is temas de produção. Por ou- t r a lado, devido a a l t a complexidade i n t t i n s e c a , e s t a questão demanda o estabelecimento de abordagens cientí- f i cas adequadas e adaptadas à prospecção multidiscipli- nar e interativa, transcendendo a an&se de problemas pontuais ou setoriais isoladamente

ABSTRACT - Recently pesticides became more important f a t maintanance of agroecosystems, their use has been a lagically irsefuctable question. Meanwhile, t w o basic features shall be observed: ( 1 ) adequacity of use and application techniques, and ( 2 ) the high structurall funçtional complexity of the environment, which is the main receptor of disturbance processes due t o pesticides usage .

The suçcess in maintaining modern agrossyçtems is, a s far as, a cornplex-function csncerning the lateract ive processes betveen man kind x environment. Missleading

1 ~ c Ó l o ~ o , EMBRAPA - Centro Nacional de Pesquisa de De- fesa da Agricultura, Caixa Postal 69, CEP 13.820, Ja- guariúna - SP.

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one of these may turn the productive systems alrnost econornic/ecological unviable. By the other side, because the intr insec complexity, these problems demand the establishment o f a muIt i d i s c iplinary- approach , transcending pwnctual/sectorial issues.

A utilização de produtos químicos sintéticos no con t ro le d e plantas e animais 6 um advento relativamente recente,'caracterizando um fator ecológico que pode exer- cer uma influência dele tér ia sobre os mais diversos ecos- sistemas. No entanto, apesar do grande interesse sobre o uso de defensivos qu;micos em programas de manejo de agrossiçtemas, os aspectos fundamentais e teóricos t ê m recebido pouca atenção por parte da comunidade científica (Singh, 1981). As razões para tal são as mais diversas , c i tando-se o desenvolvimento gradativo d e s t a tecnologia e a noç& do homem como elemento ímpar nos sistemas am- bientais,como os principais elementos d e análise. Rara- mente a questão da dinâmica d o s defensivos agrícolas no ambiente é considerada como objeto fundamental de pesqui- sa.

Recentemente, com o advento d e uma mentalidade mais conservacionista e uma maior preocupação com o equi- librio ambienta1 e bem estar do homem, e s t a tendência tem se modificado, surgindo una maior &fase no desenvol- vimento de estudos ecolÓgicos relacionado à questão dos defensivos. Deve-se considerar. no entanto, q:e os pro- blemas derivados ou relacionados a esta questao conces- nem, essencialmente, a ecologia de populações. A pr inc i - p a l d i f i c u l d a d e intrinseca reconhecida no manejo e çon- trole d e pragas e doenqas esta' fundamentada na ausência de informações básicas da ecologia dos organismos e sis- temas ambientais.

A d e s p e i t o da ausência de uma base teórica consis- tente, uma shr ie d e trabalhos vêm sendo conduzidos, tra- tando especificamente da relação defensivos x proteção d e p l a n t a s e culturas ( ~ e r k i n s , 19821, e ainda abordando a questão dos reflexos de procedimentos fitossanitários so-

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bre o homem e o ambiente circunvizinho (Pimentel, 1980). Todavia, como uma parcela reduzida do esforço d e pesqui - sa tem sido direcionada à reso lusão des tas c p e s t õ e s con- sideradas fundamentais, a conclusão a que se chega é que grande parte dos estudos concernentes aos defensivos agrícolas não tem ultrapassado o n í v e l d e tecnológia em suas abordagens.

A investigação de questões relacionadas aos defen- sivos agricolãs no ambiente envolve diversas disciplinas, sendo as mais correntes aquelas ligadas à bio- quirnica, tox-icologia e ecologia de populações. No e n t a n - to, um pesquisador 6 geralmente treinado em não mais do que duas destas d i s c i p l i n a s , não sendo surpreendente, d e z ta forma, a ausência de uma abordagem holistica do pro- blema. O mais surpreendente, no entanto, talvez seja constatar que mesmo entre as disciplinas a f i n s , tais como aquelas diretamente relacionadas a biologia, erijam - se barreiras à plena i n t e r q ã o , prejudicando substancialmen- t e o desenvolvimento cientif ico. Constata-se, por uma

análise histórica do aprimoramento do conhecimento huma- no, a necessidade premente d e aç8es integradas e i n t e r a - tivas, para que s e j a possivel a proposição de abordagens de maior amplitude e , consequentemente, aptas a oferecer soluções lógicas e objetivas às questões s u s c i t a d a s .

O termo defensivos agr;colas comumente designa aqueles produtos, em geral sintéticos, voltados ao con- trole de populaç6es de organismos-praga. Estes incluem herbicidas, fungicidas, inseticidas, acaricidas, nernati- c i d a s , rnoluscicidas e rodenticidas, e ainda os quimio - -esterilizantes e hormonios de crescimento, e s t e s Últimos voltados a u m a ação essencialmente cibernética.

No entanto, a partir d o momento que assume-se a premissa de que nenhum organismo vive isoladamente, a utilização destes produtos não pode ser descrita por uma relação do tipo:

defensivos -------- Praga

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todas as investigaç&s devendo considerar a reação como sendo

defensivos -------- ecossistemas E s t a Última consiste na análise do impacto de um fator antrÓpico impingido sobre todo um sistema ambienta1 de alta complexidade, relacionando tanto o ambiente f i s i c o , como as interaçoes dos diversos organismos p r e s e n t e s . Qualquer outra forma de abordagem do problema resulta em simplificações, muitas vezes com o de opera- cionalizar um sistema de pesquisa já sistematizado. Este fato encerra importante corrolário, visto que os resulta- dos alcançados podem representar uma desinformação ou en- gano quanto ao comportamento dinâmico dos sistemas envol- vidos. Bn síntese, torna-se premente e reestruturação dos sistemas d e pesquisa e investigação d e questões relaciona das ao uso de defensivos agrícolas, enfatizando a adoção de uma abordagem holistica da questão.

A partir do momento em que é reconhecido o caráter multifatarial e interativo do ambiente, uma série de £a- tores pode ser aventada na análise da dinâmica de uma população. Algumas respostas mais simples, tipo causa - - e f e i t o , podem ser alcancadas com relativa f ac i l i d ade, não sendo, no entanto, recomend~vel o direcionamento dos procedimentos de investigação cientif ice para a constate- ção deste tipo de relagão. ~nvestigações mais completas devem procurar soluqão para uma série de questões inter- atuantes, senda consideradas mais importantes aquelas que relacionem:

- Propriedades dos defensivos utilizados - ~écnica de aplicação empregada - 1nformaç8es quanto a forna de atuação sobre o organis- mo-alvo, bem como forma preferencial de contato

- Resposta d a espécie-alva ao produto aplicado, na forma de intoxicação aguda ou cronica

- 1nforrna~Ões sobre as principais formas de controle popg lacional do organismo-alvo na ausência de u t l l i z a ç ã o d o defensivo

- Dados toxicolÓgicos do efeito do produto sobre as espé- c i e s consideradas controladoras do organismo-alvo

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Em raras ocas iões todas e s t a s informações e s t ã o disponíveis quando do planejamento e implernenta~ão de um programa d e c o n t r o l e e manejo de pragas. As principais ausências são geralmente atribuidas à inforrna~ões toxico- lógicas e da dinâmica de Frequentemente OS

dados t o ~ i c o l 6 ~ i c o s utilizados são extrapolações de re- sultados obtidos em laboratório, e s t abe l e c e n d o quase sempre l imites vagos e inconclusiv~~.

Por outro lado, apesar destes produtos atuarem de diferentes maneiras,podernos seguramente assumir a premis- sa de urna for& de atuação que implica em impactos inde- pendentes da densidade d o s organismos presentes. Os re- flexos da a p l i c a ~ ã o destes produtos são similares i a-

d e eventos catastróficos, tal Como qupimadas, va-

riações bruscas das condiqÕes atmosféricas, en chen t e s , e t c . E s t a atuação sendo considerada como inteiramente d i - ferente daquelas resul tantes de processos dependentes da densidade dos organismos, tal como o s impactos relaciona- dos às i n t e r a ~ õ e s observadas em re lação aos inimigos na- t u r a i s ou ; disponibilidade espaça-temporal de recursos alimentares.

Deve-se considerar, em especial, a expressiva p te s - são seletiva exercida pelos defensivos sobre populações tanto de pragas como de organismss não alvo. Nesta abor- dagem, pode-se definir basicamente duas formas de atua- çEo; (1 ) seleção de linhagens resistentes, e ( 2 ) elimina- çao de espécies mais suceptiveis. A resistência & ação dos defensivos pode ocorrer através de adaptações fisio- lÓgicas/bioqu~rnicas, possibilitando e redução dos efeitos tóxicos sobre o organismo, ou ainda por modificações com- portarneatais, resultando em um menor contato do organismo alvo com o produto aplicado,

Os efeitos sobre populaçÕes de organismos não alvo tratam essencialmente dos impactos ocasionados a popula- ções silvestres (Cope, 1971; Brown, 1978; Santos; 1986), sendo a revisão mais completa ainda encontrada em Pimen- t e 1 (1971) . Os efeitos mais drds t i cos são geralmente re- gistrado~ em relação a populações de aves e peixes, espe- cialmente em se considerando orgenoclorados e herb ic idas (~ichey 6 Anderson, 1968; Santos et a l . , 1985 ) . A morte

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d e mamiferos, répteis e anf ib ios não t e m suscitado muita atenção , existindo poucos dados disponíveis.

Com menor frequência são registrados e f e i t o s ssbre animais domésticos, geralmente advindo da contaminação ind ire ta - via alimentação, e ocasionalmente intoxicação acidental. Em grande parte dos casos a contaminação ocor- re por deriva atmosférica de produtos mais voláteis, e ainda p e l a aplicação inadequada de alguns produtos em culturas forrageiras ou pastagens.

~ ~ 6 s a aplicaqão de determinado produto, uma sér ie d e reações pode ser observada. Embora grande parte destas s e j a m atribuídas a populaç6es d e uma única espécie, al- guns reflexos sobre níveis organizacionais mais complexos são passíveis de observação, tal com impactos sobre co- munidades e ecossistemas.

Para uma melhor compreensão dos efe i tos globais so- bre o ambiente, é interessante analisar, inicialmente os impactos sobre as populações. ascendendo posteriormente a níveis mais complexos. O efeito tóxico dire to pode ser alcançado p e l a ingestão ou contato pericutâneo. A exten- são desta reação dependerá: ( 1 ) da reação da espécie ao produto a p l i c a d o , podendo ser avaliada atraves de estudos ecotoxicol6gicos; e ( 2 ) do tempo d e exposição/contato, te Gltirno variando d e acordo com as propriedades intrín- secas do produto, quantidade aplicada, f ormulaiao adota- da, técnica de aplicação empregada, e do comportamento da espécie-alvo no ambiente. O defensivo pode exercer e f e i t o d i r e t o sobre o organismo matando-o ou interferindo em seu comportamento reprodutivo ou s o c i a l . Os reflexos sobre as populações serão em p a r t e urna função d i r e t a dos e f e i t o s observados sobre os individuos componentes d a s mesmas, ou seja a forma de atuação do produto sobre a espécie-alvo.

Observa-se, ainda, os e fe i tos indiretos, essencial- mente relacionados a ingestão de organismos que contenham rescduos de defensivos (~eneveu, 1976) . Quando um animal se alimenta, o efe i to será urna função da quantidade inge- rida p e l a presa e d a reação deste animal ao produto. A

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contaminação i n d i r e t a pode implicar no envenarnento com morte imediata ou re ta rdada , dependendo do comportamento bioquímica e quantidade assimilada. O efe i to remoto ocor- re geralmente quando a presa não retém quantidade sufici- e n t e pata matar o predador, verificando-se um envenenarnen - t o acumulativo (Stinnet et al., 1985). Este processo

I

e considerado como mais grave, tendo em vista a dif iculdade de detecção imediata do processo d e contarninaçgo e bioa- mulação ao longo da cadeia t r ó f i c a , geralmente induzindo a uma maior dispersão da contaminante no ambiente.

Uma ter&ira forma de impacto sobre populações refe - re-se a redução na disponibilidade de recursos alimenta- res. A aplicação de herbicidas, p.e., ocasiona a elimina- ção ou depleção acentuada destes recursos em relação a organismos que utilizam as plantas-alvo como alimento. De forma similar, predadores e parasitóides diretamente de- pendentes de herbívoros, cuja alimentação e s t e j a r e s t r i t a às plantas a f e t a d a s , podem sofrer uma depleção em suas populacões. O mesmo se aplica, a i n d a , à espécies que de- pendem dos organismos afetados direta ou indiretamente em suas interações reprodutivas ou de nidi f icação (Altieri , 1980, 1 9 8 4 ) . Os efe i tos secundários ou i n d i r e t o s da d e p l e - são de populações de organismos não alvo podem ser verifi cados pela ocorrência de diversos fatores de distúrbio. geralmente relacionados à ressurgêncie de pragas, ocorrêE c i a d e pragas secundárias etc.

~ l é m dos efeitos observados a n í v e l das populaç8es, os defensivos exercem influência significativa sobre ní- veis organizacionais mais elevados. Neste caso, o impacto é verificado em comunidades e ecossistemas, ref let idos bretudo em alterações dos padrões de diversidade, produt i vidade e processos sucessionais. são observados, assim, os efe i tos globais da utilizasão de produtos químicos em todo yn sistema ecológico, comparando-se de forma quanti- tativa as principais variaqões funcionais/estruturais dez t e s sistemas, bem como suas cansequências mais imediatas quanto ao manejo e conservação. dos agrossisternas e siste- mas naturais.

A S modificações ocasionadas a um sistema ecológico são as mais diversas, verificando-se processos de redução

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ou aumento da diversidade em espécies e mudanças na pró- pr ia es t ru tura e organização destes sistemas. Esta situa- Gão é exernplificada analisando-se o s efeitos da aplicação de herbicidas (0ka & Pimente l , 1974). Este tratamènto não implica, necessariamente, na redução dos níveis d e diver- sidade biológica de um sistema. Com a aplicação de det.er- minado produto, verifica-se flutuações da densidade das populag6es de espécies-alvo dominantes, permitindo s co- lonização do mesmo espaço por outras espécies de p l a n t a s . Podem ocorrer , ainda, modifica~8es acentuadas dos ~ a d r õ e s estruturais e espaciais de determinados habitats, possibi litando aumento circunstancial da atividade e diversidade biológicas .

Estas observações ngo devem, no entanto, ser generg lizadas como o comportamento mais provável. Na maioria dos casos, d e v i d o a atuarem sobre sistemas de alta com- plexidade, os defensivos ocasionam reduções significati- vas na diversidade de organismos, por vezes com sérios rg flexas sobre a dinamita funcional destes mesmos sistemas. Deve-se observar, ainda, que o d e c l í n i o da diversidade não ocorre ao acaso, alguns grupos d e organismos sendo mais susceptiveis que outros à ação destes produtos.

Observa-se, cornumente, um declinio expressivo do nhero de taxa, especialmente no caso de organismos maio- res, geralmente predadores. A principal dificuldade na d e f i n i ç ã o conclusiva de experimentos deste t i p o , situa-se no caráter multifatorial e sinergístico d o s sistemas eco- lógicos, muitas vezes não sendo possível atribuir a detez minado elemento ou processo a responsabilidade por um fe- nômeno observado na natureza.

Apesar de grande parte destes estudos apresentar certa coerência em si, nota-se que e s t e s encontram funda- mentação em uma análise probabilística elementar. Corno grande parte dos ecossis temas são const i tuidos d e s d e esp& c i e s muito abundantes a elementos raros, espera-se que,- SO os defensivos atuem de forma deletéria sobre a maioria destes organismos, a s espécies menos abundantes estarão sujeitas a um risco mais elevado de serem ext intas em de- terminado ecossistema ou sistema ambiental. Novamente, i2 corre-se em sérios reflexos funcionais sobre os ecossist~

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mas; predadores, p.e., são organismos menos abundantes na maioria dos sistemas eco lóg icos . Desta forma, pode-se su- por que qualquer fa tor d e d i s tirbio independente da densi dade introduzido no ambiente pelo homem, exerce uma pres- são consideravelmente maior sobre estes organismos. No caso da ap l i cas& de inseticidas organoclorados, os efei- t o s sobre predadores é exacerbado, visto que além de so- frerem influência direta destes produtos, ainda estão su- je i tos a uma dose suplementar devido a atuarem em níveis t r b f icoç superiores +

~stas'alterações d o s ecológicos são u m a funqão, ainda, dos diferentes níveis de suceptibilidade a aqão d o s defensivos por parte de cada um dos elementos componentes dos sistemas ambientais. Frequentemente são observados declinios mais expressivos das populações de grandes herbivoros, comparados às de organismos menores em uma mesma área sujeita a tratamento químico. Pode -se aventar. como causa primária, o fa to de animais maiores apresentarem menor densidade populacional. Entretanto, o- t ras hipóteses são viáveis para explicar e s t e fenômeno, como por exemplo uma menor capacidade d e reposição devido a uma t a x a reprodutiva mais reduzida. ~ l é m d i s t o , os pa- drões toxicolÓgicos podem variar de acordo com os grupos taxonÔmicos e os hábitos alimentares - nichos alimenta- res. ~ h r i s s crust&ceos, larvas de insetos e aranhas apre- sentam maior suceptibilidade aos inseticidas do que os rnoluscos, os insetos adultos ocupando uma pasiçgo Intermg d i á r i a . As algas e p l a n t a s superiores são, por sua vez, mais suceptiveis do que as bactér ias aqão dos herbici- das (Moríarty, 1973). A resistencia destas Gltimas, sendo de grande valor p r á t i c o para o manejo dos agrossistemas , visto que exercem um papel fundamental na manutenção da fertilidade dos solos (Alexander, 1 9 6 5 ) .

Todavia, os defensivos geralmente exercem influên- c;a redutora sobre a diversidade de sistemas ecológicos , podendo induzir a formação d e sistemas menos estáveis e perenes. A amplitude e ex tensão d e s t e s processos são, no e n t a n t o , uma fungão complexa e de difícil interpretação. A taxa de recolonizaq~cr/recornposi~ão de um sistema bioló- gico e s t á relacionada As conditoes previamente encontra-

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das, formações naturais circunvizinhas, intensidade e pg riodicidade do tratamento aplicado, dentre outras, sendo comumente caracterizada como de comportamento estocásti- co. As modificações ocasionadas tanto aos sistema- sob intervenção, quanto aos ecossistemas circunvizinhos, de- penderão, ainda, da capacidade intrínseca de tamponamen- to e regeneraqão destes sistemas, sendo uma função histh ricaj'evokutiva dos processos de estruturação e funciona- mento dos mesmos (GLooschenko et a l - , 1976)-

Poucos estudos são conduzidos com o de investigar as influências e reflexos derivados do uso de defensivos agrícolas em uma escala temporal mais ampla. A investigação dos efeitos d a aplicação de determinados produtos sobre as comunidades de invertebrados aquáti- cos, por exemplo, t e m indicado a necessidade de períodos mais longos para a recuperação destes sistemas em compa- ração com os ecossistenas terrestres (Frank et al., 1974). Apesar dos processos de regeneração de sistemas aquáticos, e em especial daqueles considerados como pre- viamente isolados/fechadok, envolverem uma gama de varii veis mais complexa, t a l como a biogeagtafia, padroes de dispersão etc, podemos tecer três considerações básicas: ( 1) os organismos de ambientes aquáticos estão, provaveL mente, sujeitos a uma maior concentração de defensivos a partir deste ambiente particular; (2) sendo menos adapt l dos a urna estratégia de escape. e ainda ( 3 ) sujeitos a uma taxa de recolonização mais lenta, em funqão de taxas de dispersão reduzidas.

Os tratamentos por defensivos exereem,adicionalmeg te, grande influência sobre o número de indivíduos e b i o massa em organismos de diferentes níveis tróf icos . Fre- quentemente, verifica-se um declinio acentuado na densi- dadelbiornassa de organi~mos maiores, esse sendo parcial- mente compensado pelo aumento no número de organismos m g nores e tolerantes. E ainda, uma modificação significati va na estrutura tróf ica das comunidades quanto a biomas- sa disponivel. Estes fatos sugerem a ocorrência de uma redução expressiva da taxa de decomposição, provavelmen- te resultante dos tratamentos I Santos & Whitford* 1981). Muito resta a ser f e i t o nesta área para

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que possam ser definidas generalizações mais ousadas so- bre o assunto. Todavia, parece c l a r o que os efe i tos veri- f i cados na diversidade, na densidade populacional dos or- ganismos e na biornassa dqisponível nos diversos n i v e i s trh f icas , devem exercer uma influência significativa sobre os padróes de produção e produtividade, ainda mais quando enfocados em uma esca l a temporal de médio e longo prazos.

O uso de defensivos agrícolas no manejo de sistemas de produção agropecuários constitui-se, atualmente, em fato logicamente inegável. No entanto, e s t a premissa não justifica a utilização destes produtos de forma irrespon- sável ou inadequada. A partir das questões expostas ac i - ma, nota-se que a utilização correta é uma função do ní- vel d e conhecimento fundamental, tanto sobre as formas de atuação no ambiente, como da ecologia populacio- na1 das pragas e demais organismos d i r e t a ou indiretamen- t e envolvidos no manejo de agrossistemas.

Entrementes, duas questões merecem destaque na aná- lise do problema de forma imediata: (1) a avaliação do impacto ambienta1 do uso d e produtos químicos em di feren- t e s ambientes, e (2) a otimização e racionalização dos procedimentos de manejo de pragas e doenças nos diversos agroecossistemas. O impacto ocasionado por defensivos no ambiente é uma questão que, embora fundamental, tem sido tratada com pouca objetividade por parte da comunidade técnico-cientifica. Definir de forma clara os efeitos d- tes produtos sobre os diversos elementos de um sistema ag biental 6 uma tarefa, por vezes, de d i f í c i l resolução. A s modificações irnpingidas aos ecossistemas pela a ~ ã o de e le rnentos ant rópicos, podem ocorrer de forma extremamente lenta , imperceptível em urna primeira abordagem, tornando- -se evidente quando assumem cárater quase que irreversi- vel.

A avaliaqão d e impacto ambiental, ao contrário da posição geralmente assumida pelo senso comum, exerce pa- p e l relevante quando tratamos de questões relacionadas ao manejo de agrossistemas e a utilizaqão racional de defen-

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sivos agrícolas. Esta área de conhecimento cientif i co apresenta como elementos balisadores, a estruturasão de um sistema de avaliação e análise de risca, tanto da con- taminação ambiental ( ~ o n g & Çhapmen, 1985; ~aith, 1987).

r - - como da influência direta de determinadas praticas agri- colas sobre a estabilidade e perenidade biológica dos d i - versos agrossistemas (~aynes et a1,,1980; Castro, e t al., 1988a). E ainda, quanto a ocorrência de *outros f enomenos considerados estocástieos relacionados h dispersão e res- surgência d e pragas e doenças ( ~ e t z & Gutierrez, 1982; Wetson, ,et al., 1976). Este procedimento remete, ainda, a investigação dos impactos negativos sobre outras ativida- des exploratÓrias em locais contíguos às áreas tratadas, e à irnplernenta~ão de um sistema d e mnitoramento e con- trole ambiental, e s t a s ações atuando como componentes de suporte a programas de planejamento e gerenciamento ambi- ental (Castro, et al., L988b).

Algumas medidas acauteladoras quanto aos e f e i t o s ng gativos dos defensivos agrícolas nos agroecossistemas e ecossistemas circunvizinhos tornam-se emergenciais. No entanto . estas ações passam necessariamente, por um pro- cesso de desenvolvimento d e áreas básicas ou fundamentais do conhecimento, e ainda, d e forma mais imediata, pela otimizagão das tecnologias de aplicação ( C h a i m , com. pes . ) e o desenvolvimento de novos produtos e formula- ções. ~ g c n i c a s de aplicacão mais adequadas a cada contex- to especifico de manejo, que permitam uma rnaxirniza~ão do uso do produto aplicado, reduqão das perdas e consequente contaminação dos ecossistemas e agrossistemas, constituem formas de intervenção de curto e médio prazos, com ref le- xos imediatos sobre os custos d e manutencão e e fe t iv idade dos tratamentos utilizados. O desenvolvimento de novos produtos, naturais ou sintéticos, bem como de formulações adequadas, favorece, ainda, uma maios e f e t i v i d a d e dos programas de controle, possibilitando uma redução do im- pgCtO sobre organismos não alvo.

Estas respostas passam, no entanto, por um programa de extensão e reeducação dos produtores. técnicos e exteE sionistas. e por uma reestruturação dos programas e ins- tituições de pesquisa e desenvolvimento, coe o redireeio-

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namento das metas e objetivos imediatos. Para se manter uma relação satisf &ria de custo/beneficio/risco, é ne- cessária a selesão adequada dos produtos a serem aplica- dos, bem como sua utilização correta e segura. Programas de reeducação quanto à forma apropriada de utilizá - los, devem ser implementados com seriedade e prestéza.

E por fim, os defensivos agrícolas devem ser abordg dos como um fator ecol6gieo. o qual merece e requer estu- dos interdisciplinares e interativos, para que ocorra re- al compreensão d e questão de tamanha complexidade. O uso de defensivos deve proporcionar m a melhoria da qualidade de vida e das condições smbientais, desde que a sua utili zação seja estritamente 'fundamentada em principias cienti f ieos, isentos de influências políticolideo16gicas imedig tistas, circunstanciais e por vezes oportunistas,

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