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Empresas do século XX, Profissionais do século XXI

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Direção de Arte As opiniões reunidas nesta publicação não representam necessariamente nosso ponto de vista. Revisão [email protected] A revista está publicada na íntegra no www.abordodacomunicacao.com.br Camila Carrano Edição Filipe Medina Camila Carrano, Cibele Silva Camila Carrano, Cibele Silva, Lívia Brito Cibele Silva Lívia Brito

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Expediente

EdiçãoCamila Carrano, Cibele Silva, Lívia Brito

Direção de ArteCamila Carrano, Cibele Silva

Design e DiagramaçãoCamila Carrano

RevisãoLívia Brito

EntrevistaCibele Silva

Publicação OnlineFilipe Medina

Atendimento ao Leitor:[email protected]

As opiniões reunidas nesta publicação não representam necessariamente nosso ponto de vista.

A revista está publicada na íntegra no www.abordodacomunicacao.com.br

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Carta ao LeitorCibele Silva

EntrevistaGil Giardelli

Os Conflitos e desafios dos profissionais do século XXIViviane Mansi

A (in)sana e necessária busca pelo paradigma digitalCíntia Carvalho

Relações Públicas e o profissional do século XXILudimila Costa

Os profissionais do século XXI e a interatividade digitalThaís Germano

A Organização e seu AmbienteGabriel Leite

Tecnologia, você está preparado para usar?Danilo Marinho

É Hora de E-voluirNatalya Nunes

Tecnologicamenteverde e globalDiego Galofero

O Upload empresarial. Um download funcional! Conectando...!Diego Aragão

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Teoria x Prática no mercado de trabalho

Texto em Parceria

EntrevistaTiago Ritter

Parceria Mundo RPO Mundo RP reconhece o bom conteúdo do A Bordo da Comunicação

A Bordo CompareceuCiclo Inovar ComunicaçãoEventos

A Bordo RealizaCobertura 2º Fórum A Bordo da Comunicação

#blogabordoindicaE-agora? Empresas do século XX,profissionais do século XXIPlínio Reis

Feed A Bordo da ComunicaçãoInteligência competitiva, mídias sociais e profissionais conectados: oportunidades e ameaças Tarcízio Silva

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Apoio

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Carta ao leitor

A Era da Informação, da Responsabilidade, da Criatividade e daMaturidade é agora, engloba o novo profissional do século XXI, ou seja, osjovensdageraçãoY,conhecidoscomo“osapressadinhosdainternet.”Diantedestecontexto,comoasempresasdevemenxergarosjovensprofissionais,jáqueaindamantêmosprincípiosdoséculoXX?

A terceira edição da revista A Bordo da Comunicação traz a visão de diversos profissionaiseestudantes,emrelaçãoaonovoevelhomundo.Eagora?Comoasempresasdevemseadequaraosprofissionaisquenãovisambonssalários,mas procuram se destacar nomercado de trabalho, serem reconhecidos eestabilizaremavidacomseusEGOselevados?

Essas empresas devem traçar estratégias visando a inovação, investir naáreadecomunicaçãoeadquirir forçanamesmaproporçãoparaadequaràsperspectivasdonovofuncionário.

As empresas devem pensar que a Internet causa certa instabilidade. Algumas vezes,osprofissionaisantigosdecasaestagnamjovensquenãoseprendemàsregrasediretrizes.Hoje,osjovenssãolíderesequeremserresponsáveispelosseusprojetos. Fatose aspectos complicadosde compilar emumaempresa.É onde o profissional de Comunicação entra para alinhar as estratégias daempresaefazercomqueevoluacomosprofissionaisdageraçãoY,adaptando-seàera.

É imperativo que as empresas analisem as ameaças e oportunidades aopermanecer no século XXI. As organizações podem ser do século XX, emcontrapartidadevemsaberlidarcomempregadosdoséculoXXI.Eisograndedesafio.

Cibele Silva, Editora do blog A Bordo da Comunicação

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Entrevista

Gil GiardelliGil Giardelli é especialista em mídias

digitais. CEO da Gaia Creative e professor de MBA e Pós Graduação da ESPM – São Paulo

e Brasília. Editor do GilGiardelli.com.br/blog e escreve para o portal da HSM

Não poderíamos deixar de destacar que Gil Giardelli foi um dos grandes incentivadores

para a continuidade do blog A Bordo da Comunicação. Já nos deu uma entrevista no blog – O Social da Media , participou no Primero Fórum A Bordo da Web 2.0

Corporativa e mais uma vez está conosco, agora na revista A Bordo, onde o tema geral

foi sugerido por ele.

A Bordo da Comunicação: Quais as características principais que poderíamos enumerar como sendo emblemáticas do novo século para as empresas e para os profissionais?

Gil: A principal é que jovens ao entrarem no Mercado de trabalho, na maioria das vezes, encontram nas empresas ambientes hierárquicos, pouco conectados, ou seja, avessos à inovação, ao compartilhamento, às premissas da era da inovação e da criatividade coletiva.Por isso, o fenômeno do empreendedorismo digital inclui mentes jovens e talentosas, que preferem construir suas próprias empresas ou trocar multinacionais e altos salários para trabalhar na economia criativa e coletiva com menos benefícios e mais prazer e equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Algo que hoje não é harmônico na era industrial.Uma era fantástica, onde não existe mais o maior comendo o menor, e sim o mais lento ficando para trás.

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A Bordo da Comunicação: Atualmente, as poucas empresas que se destacam no mercado estão geralmente estruturadas na inovação, essas são almejadas pelos funcionários desta nova era. Como a empresa pode mudar sua cultura e se adaptar a grandes inovações que sejam atrativas para os nossos pofissionais?

Gil: As empresas de destaque nesta nova economia são empresas que já nasceram na era digital, que entendem a meritocracia e a inovação coletiva. Locais onde pessoas são respeitadas pelas ideias que geram riquezas e não apenas seus anos no cargo. Ou seja, uma jovem mente inventiva pode mudar uma cadeia da economiaAs empresas que ficarão na história do século XX enxergam os jovens aprendizes como meros fazedores de trabalhos insones, como pessoas despreparadas que devem ser servos. Empresas que admitem chefes ditadores, mussolinis de plantão.

A Bordo da Comunicação: O profissional do século XXI é um livro para um novo tempo e para as pessoas que desejam ser, cada vez mais, atualizadas e felizes. Qual é a dica que você dá para as empresas saírem do século XX e se adequar ao século XXI?

Gil: As empresas dos séculos passados ainda vivem com métodos da era industrial e da economia de produção a vapor, e os jovens profissionais desejam trabalhar na era digital da economia do conhecimento e do compartilhamento de ideias.As empresas do século XX só pensam no lucro e nos P’s de produto, preço, ponto de venda, enquanto os novos profissionais valorizam os novos P’s de Pessoas, Planeta e, por fim, Profit (Lucro).Enxergue esta geração, que o Laboratório do Futuro de Londres nomeou como Os Potencialistas, milhares de pesssoas que não se calam aos assombros da humanidade e criam coletivamente.

Percebeu o choque dos mundos?!

“Uma jovem mente inventiva

pode mudar uma cadeia da

economia”

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A Bordo da Comunicação: Não vemos essa diferença somente em empresas, mas também no ensino. Professores com metodologias do século XX e alunos que não se adaptam, pois já estão no século XXI, bem como a política no Brasil, entre tantos outros exemplos. Você acredita que isso tudo está longe de ser mudado?

Gil: Vivemos a era do aprendizado durante toda a vida! Pensadores globais pensando na educação personalizada, em um modelo pós-gutemberg.É um mundo fantástico, mas de dualidades, um hiato de gerações, um hiato de séculos. Entretanto, não se esqueça: “Ser Jovem hoje não tem nada a ver com idade e sim como você encara as mudancas.” Mas, o Brasil tem evoluído muito na educação progressista, Fundação Roberto Marinho e suas formas de Paulo Freire, vanguardistas! EAD do Sebrae Nacional capitaneado pela educadora Márcia Matos são alguns dos bons exemplos.A revolução é lenta mais irreversível, então não use velhos mapas para descobrir novas terras.

“A revolução é lenta mais irreversível, então não use velhos

mapas para descobrir novas terras.”

“As empresas do século XX só pensam no lucro e nos P’s de produto, preço, ponto de venda, enquanto os novos profissionais valorizam os

novos P’s de Pessoas, Planeta e, por fim, Profit (Lucro).”

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Os Conflitos e desafios dos profissionais do século XXI

É relações públicas, consultora, mãe do Gui-

lherme, professora, esposa do William e geren-

te de Assuntos Corporativos na indústria far-

macêutica MSD. É formada pela Cásper Líbero,

pós-graduada pela Fundação Dom Cabral e

pela Fundação Getúlio Vargas. Sua atuação

está concentrada em comunicação executiva,

comunicação interna, responsabilidade social

e relacionamento com o governo. É colunista

no site www.nosdacomunicacao.com.br e au-

tora do blog www.comunicacaocomfunciona-

rio.blogspot.com

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Viviane Mansi

twi t ter : @mansiv

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Os Conflitos e desafios dos profissionais do século XXI

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Olá,fulano.Porquevocêdecidiudeixara empresa, pergunta o chefe, aindaespantadocomadecisão.Porqueeuqueromais,respondeofuncionárionumaboa,quase levantando os ombros. Mas me digaoquê,poisseésalário,nóspodemosrever isso, continua a conversa. Sabeoqueé,respondeojovem,euqueromais.Mais respeito, mais responsabilidade, mais liberdade,mais ‘eumesmo’.Eficaochefecomaquelacaradequemaindabusca uma explicação razoável e umaresposta mais razoável ainda para umcomentárioqueelenãoesperavaeparaquestões,atéentãoinconciliáveis,comoresponsabilidade e liberdade.

Umex-professorqueeurespeitomuito,chamado João Baptista Brandão,escreveu sobre isso e ainda tenhoanotadas as palavras dele: “Ele (orepresentante autêntico da geração Y)é muito responsável. Com aquilo peloqual é responsabilizado. Assim, ele pode sair nomeio da tarde de uma quarta-feira‘pesada’paraficarcomanamoradaque está febril; ele se sente tambémresponsávelporela. E vaimandarparao chefe, de madrugada, por e-mail, oprojetopeloqualéresponsável”.

De repente muitos profissionais sederamcontadequeháoutrojeitodeserprodutivoefeliz.ContribuiçãodageraçãoY, mas endossada por muitas outras,afinal,todosqueremosvivermelhor.

Osdesafiosdasempresassãomuitosenão tenhodúvidas de que todos serãovencidos, afinal, as entidades jurídicastambémsãofeitasdepessoas.Porquedemora tanto, então? Meu palpite éporque a engrenagem é pesada, o novo assusta e, no fundo, ninguém quer errar. Tomar decisão sobre pessoas é sempre difícilenãohágestornessemundoqueache alguma graça emdesligar alguémou dar feedback negativo, embora àsvezesambasasaçõessejamnecessárias.Emvezdecriticarosistemaouvitimizarasituaçãoouaspessoas,oqueeuachomais coerente é tentar resolver a questão deumaformaproativaearticulada.Nostemposdehoje,inteligênciaemocionaleinteligênciasocialsãoindispensáveisparamelhoraroambientedetrabalhoeaté

reivindicarasaçõesqueacreditamos.

A inteligência emocional tem a ver com autoconhecimento e com domínio dosprópriossentimentos.Ainteligênciasocialsignifica também atentar para o outro,ter sensibilidade, tato. É alguém que sabe negociaredialogar(enãodiscutir!).

Eu acompanho alguns blogs e érelativamentecomumeuvercomentários– quase sempre anônimos – de pessoas contrárias a determinadas posiçõese que derramam um sem númerode deselegâncias para dizer isso. Fico imaginandoessaspessoasnotrabalho...Ou em casa. Alguém entra na ‘sala de estar’deoutrapessoa,senta-sesemserconvidadoe émal-educado.No fundo,é o risco que a gente corre de fazer nas empresas, se usamos mal o sistema.

De nada adianta protestar pelosmeioserrados, ‘fazer barulho’ ou tentar sefazerouvidopormeiodeburburinhonocorredor.Omelhormesmoédizercomonos sentimosparaquemtemcondiçãode resolver o caso. Esse ‘quem’ responde pelo nomede chefe ou, às vezes, pelonomederecursoshumanos.Ah,nãoacreditanosistema?Temosquelembrar que fazemos parte dele e se ele é assiméporque,deumjeitooudeoutro,contribuímos com isso. Ooutro ladodahistóriaéquedialogardá trabalho. Convencer uma empresainteira sobre algo que nós acreditamostambém dá trabalho. É a hora dedesenvolvermos as estratégias como bonsintra-empreendedoresquesomos.Conhecemasregras?

1)Váparaotrabalhoacadadiadispostoaserdemitido-porumaboacausa,éclaro,nãopormáconduta.

2)Eviteasordensqueviseminterromperseusonho–nãosignificaignorá-las,masbuscar formas adequadas de perseguir aquilo que é realmente importante para nós.

3)Executequalquertarefanecessáriaparafazer seu projeto funcionar, a despeitoda sua descrição de cargo. Como dizem, idéias não respeitam organogramas.

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4)Encontrepessoasparaajudá-lo–esóasencontraremossetivermosumavisãode futuro atraente, convincente, bem comunicada.

5)Sigasuaintuiçãoarespeitodaspessoasque escolher e trabalhe somente comas melhores. As melhores pessoas sãoaquelas que se respeitam, que respeitam osoutros,queestãoconvictaseengajadasno mesmo propósito que você. Nadatemavercomaquelaquetemomelhordesempenho,amelhornota.

6) Trabalhe de forma clandestina omáximo que puder – a publicidadeaciona o mecanismo de imunidade da corporação. Bem, tendo estudado comunicação, eu diria que só apublicidade mal feita aciona a imunidade daorganização.Tenhaumbomplanoderelaçõespúblicaseestátudocerto!

7)Nuncaaposteemumacorridaamenosque esteja correndo nela. Faz sentido,certo?Nãoé a tal coerênciaque tantobuscamos?

8) Lembre-se que é mais fácil pedirperdão do que pedir permissão. Dar oexemplodecomoalgopodesermelhoré a formamais eficiente de convenceroutro alguém disso.

9) Seja leal às suasmetas,mas realistaquanto às maneiras de atingi-las.Mudança de cultura leva tempo. Hácoisas que não são imediatas, mas valem apenainvestironossoescassoepreciosotempo.

10)Honreseuspatrocinadores.Significadividir e comemorar os ganhos comaquelas pessoas que nos ajudaram amudar o jeito de fazer as coisas, quetornamanossajornadanaempresamaisprazerosa e feliz.

“Em vez de criticar o sistema ou vitimizar a

situação ou as pessoas, o que eu acho mais coerente é tentar resolver a questão de uma forma proativa e

articulada.’

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A (in)sana e necessária busca pelo paradigma digital

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Cínt ia Carvalho

twi t ter : @cicarp

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Professora-Pesquisadora da Universidade Feevale (Novo Hamburgo, RS), onde é líder do projeto de pesquisa “Comunicação Corporativa em tempos de conteúdo gerado pelo consumidor: desafios e tendências”, financiado pelo CNPq. Na mesma instituição, coordena o MBA Internacional em Comunicação Estratégica e Branding. Bacharel em Comunicação Social - Habilitação em Relações Públicas, Mestre e Doutora em Ciências da Comunicação pela PUCRS.

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A (in)sana e necessária busca pelo paradigma digital

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Vivemos numa época detransformações e incertezas,inseridosemtempos“insanos”,ondeas mutações estão ocorrendo numritmo acelerado, como nunca antes foi visto, e revelando uma singular paisagem mundial onde os contornos econômicos e sócio-culturais criamnovosparadigmasemtodasasáreasdoconhecimentohumano.

Uma era emoldurada pela informação e pelo conhecimento que, alémde alavancar o desenvolvimento da humanidade, revolucionouos conceitos de valor agregado, transformando-se em um fatoreconômico. Assim, novos mercados, serviços, empregos e empresas estão surgindo e a tecnologia da informação e a comunicação interferemsignificativamentenocicloinformativo,tantodopontodevistadosprocessos,comodasatividades,da gestão ou dos custos.

Com essas rápidas e drásticasmutações tecnológicas e dosprocedimentos de processamento de produção, é necessário que omundocorporativodemonstresinaisdevitalidadeeressurjadascinzas-talcomoa Fênix - para fazer frente aodesafiooriundodapreocupaçãocoma sobrevivência organizacional, de maneira a buscar uma nova forma de ser e atuar no contexto empresarial.

Este é, sem dúvida, um importantemomento histórico onde astecnologias de informação e comunicação recriam novos conceitos para espaço e tempo. Se antes o tempo era linear e o espaço algo que devia ser explorado (tinha forma,volume,distânciaetc),hojeimperaoimediatismo,acompressãodotempo-espaço;oespaçoédesterritorializadopelas redes telemáticas que ditam,simultaneamente, novos parâmetros de tempo.

A luta que se faz hoje é pelopresenteísmo, visto que não se sabe o que será do amanhã. Nãose trata, no entanto, de uma visão catastrófica do mundo, mas, antes,um olhar sobre as transformaçõesquenosafligem.Taistransformaçõesocorrem em movimento e, como tal,suasexplicaçõestambémdevemser dadas em movimentos – que perpassam a complexidade, o caos, a incerteza, a descontinuidade, adesterritorialização, a fractalidade etc – inaugurando novos campos de pensamento, novas formas de ver, comunicar, agir, estar no mundo, manifestar-se culturalmente, e atémesmo educar.

Nesse sentido, entendemos que ainformação passou a desempenharum papel de vital importância na configuração dos negócios e,por esse motivo, sofremos forteimpacto se tentarmos romper com o pensamento análogo - no qualuma empresa só existe se tiver umespaço físico definido na sociedadee se possuir uma estrutura que sirva de referência física para os clienteseparaseusmembros-,etentarmosnos engajar ao paradigma digital,que implica abandonar o controle e o processamento das ações viapapel,alémdocontroledofluxodeinformações nas organizações viasistemadefiltragem.

Comopodemosperceber, o cenáriovigente exige uma concepção estrutural revisada; uma radicaltransformação na forma de operar e conviver com a tecnologia digital disponível. Nessa linha, vemosa necessidade das empresas repensarem seus rumos e sua forma de se relacionar interna e externamente.

Àguisadestasconsiderações,temos

que uma ruptura com o conceito de canais de informação - que regiamo modelo anterior - e o início deuma caminhada para a empresadigital, assumindo todos os riscos e vantagens desta nova concepção, ainda levaráumtempoaacontecer,até que as organizações deixem deresistirepassemporumacompletareformulação cultural, bem como pela aceitação de que terão de abandonar determinados modelos mentais que foram bem sucedidos em certos períodos de sua história mas que,na atualidade, são limitadores deste processo de revisão e adoção ao paradigma digital emergente.

Grande parte disto ocorre porque a maioria dos gestores e de seus colaboradores não sabe ainda comolidarcomumcenárioondeasinformaçõesnãoexistemmaisapenasem um formato, que podem ser guardadas em gavetas ou colocadas em arquivos. Estes funcionáriosainda não tem consciência plena do que fazer para gerenciar seu tempo se tiverem que se autogerenciar etrabalharemcasa,porexemplo.

Não podemos, porém, ignorar queas organizações que cresceram eamadureceram no estado análogoe que se habituaram a pensar emtermos de espaço físico, pessoascirculando, escritórios, reuniões,entre outros fatores, ainda pensam que esta é uma realidade difícil deaceitação; uma dificuldade que não

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“Captar e compreender as grandes tendências

que estão se delineando para o futuro é tão vital

para as organizações quanto gerenciar os problemas do dia-a-

dia.”

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se concentra somente no campo daqueles que detêm o poder, mas que tambémfazpartedaspreocupaçõesde funcionários de todos os níveis.Destaforma,destacamosoquantoastransformaçõesculturaisinfluenciamasorganizaçõesnaformadeexercero poder e gerir pessoas.

É imperativo, portanto, que asorganizações reconheçam ecompreendam os impactos deste processo mutacional para se estabelecerrelaçõesequilibradasentreoprogressotecnológicoeoscontatosinterpessoais que se desenvolvem em seus limites. Criar novas formas desecomunicarenegociaréaúnicamaneira para a valorização real do seu capital humano. Nestas condições,uma gestão mais participativafavoreceráotrabalhoemequipeeacriatividadee,consequentemente,a

produçãodoconhecimento.

Para potencializar as competênciasinterculturais, a comunicação organizacional deve estar preparada para enfrentar, no âmbito interno, desafioscomoacessoàtecnologiaeàinformação,gestãodapropriedadeintelectual e gestão da mudança e da filosofia organizacional. Nocontexto externo, por outro lado, as organizações, especialmente as quejáatuamnoespaçovirtual,temcadavez mais seus processos impactados pela relação com os clientes, por meio dainteratividadediretaeindiretadeinformaçõeseconhecimento.

Diante desta realidade, temos queos avanços tecnológicos criaramnovas ferramentas que alteram profundamente a forma dos indivíduosserelacionarem;aInternet

mudou a forma de divulgar e tratar as informações e também estáconstruindo novas maneiras de fazer comunicação.Osusuárioscomunicam-se de formas multidimensionais narede virtual através da tecnologia de interação em tempo real com qualquer lugar do planeta. Tudo isso exige uma nova comunicação, mais alinhadacomosnegócios,ativaeinovadora,emais conectada com as demandas da sociedade. O crescimento acentuado das redes sociais é um exemplo evidente dessa transformação da comunicação na era digital.

Captar e compreender as grandes tendências que estão se delineando para o futuro é tão vital para as organizações quanto gerenciar osproblemasdodia-a-dia.Aorganizaçãodirigidasemoolhonoamanhãcorreoriscodeserapanhadadesurpresaportransformações,muitasvezessemtercomoreagirdeformaeficaz.Tudoestámudando(emuitacoisa jámudou!)anossavolta,inclusivenósmesmos.Vivemos em busca de referenciaiscompatíveiscomosrumosevaloresde uma nova sociedade.

Paraarrematefinal,esperamosqueasexplanaçõesaquiretratadasnãosejamtomadas como verdades universais. Parece-nos mais sensato tomá-las,inicialmente,comopontodepartidaecomobaseparareflexões,debatesediscussões.

1 Pautados em LIMA, Frederico. A sociedade Digital. RJ: Qualitymark, 2000.

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Relações Públicas e o profissional do século XXI

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Ludimila Costa

twi t ter : @ludscosta

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Graduada em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas pela Faculdade Sul-Americana (Goiânia, 2009) e pós-graduanda em Docência Universitária na Universidade Salgado de Oliveira.Possui experiência em Comunicação desde 2000, quando iniciou seus trabalhos com propaganda, eventos e marketing promocional. Em 2008 atuou como estagiária de Relações Públicas na Superintendência Regional de Marketing e Comunicação da Caixa Econômica Federal e permaneceu por um ano, até sua formação. Desde junho de 2009 exerce a função de Relações Públicas na Assessoria de Comunicação da Companhia de Distritos Industriais - Goiasindustrial, onde as principais atividades são: comunicação institucional e interna e assessoria de imprensa. Delegada de Relações Públicas do Conrerp da 6ª região.

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Vivemosemummundodeconstantestransformações, onde a ordem éestarmos sempre conectados àsnovidades que a globalização nos proporcionaeadaptar-nosaelasparanãoficarmosparatrás.Issoaconteceem todos os momentos da nossa vida, seja em casa, no trabalho, duranteos estudos, na convivência com as pessoas e na sociedade em geral que, de uma forma ou de outra, nos afeta.

Noquedizrespeitoàsrelaçõespúblicasnãoédiferente.Estapráticaquesurgiunos primórdios da humanidade,foi sistematizada no século XIX,profissionalizou-senoBrasilnoiníciodoséculoXXeatualmenteacompanhaas novas tendências no que diz respeitoàcomunicaçãoetecnologias.Antigamente, falava-se em relaçõespúblicas como uma atividade afim,quenãofaziapartedoplanejamentoestratégico das empresas. Com a mudança da economia e do posicionamento dos públicos, quepassaram a perceber sua importância natomadadedecisõesdasempresas,estas passaram a se preocupar mais com seus relacionamentos internos eexternosesentiramanecessidadede se reposicionar, investindo emcomunicação para alavancar seus negócios.

Asmudançasfrenéticasdociberespaçofazem com que a necessidade de inovação e investimentoem comunicação aumente gradativamenteeasrelaçõespúblicasganhamforçanamesmaproporção.Porém, não adianta nossa profissãoser tão importante se não existem profissionaispreparadosparaexercê-la. Os RPs de hoje, além de seremprimordiais para a empresa, ocupando status de gerência e diretoria, estão revolucionando seus valores e suas políticas, atuando como agentesmobilizadores e transformadores. Porissomesmo,aocontráriodoque

muitos pensam, não basta ter um diploma e sair por aí se dizendo ser relaçõespúblicas,énecessárioterumperfil ético, estrategista, inovador eperspicaz.

Ética acima de tudo

A organização que possui um profissional qualificado está umpasso a frente, mas de nada adianta seelenãoforético.OprofissionaldeRelaçõesPúblicasdevesempreadotarcondutaséticasetransparentes,poisatua na organização como um agente de mudanças, que se relaciona e conduz relacionamentos entre todos os departamentos de uma organização eopúblicoexterno.Alémdisso,estáligado diretamente à imagem, algomuito delicado de se tratar.

Paraquemnãosabe,existeoCódigode Ética das Relações Públicas,publicadonositedoConselhoFederalde Relações Públicas – CONFERP ,cujosprincípiosfundamentaissão:

1. Somente pode intitular-se profissional de Relações Públicas e, nesta qualidade, exercer a profissão no Brasil, a pessoa física ou jurídica legalmente credenciada nos termos da Lei em vigor;

2. Profissional de Relações Públicas baseia seu trabalho no respeito aos princípios da “Declaração Universal dos Direitos do Homem”;

3. Profissional de Relações Públicas, em seu trabalho individual ou em sua equipe, procurará sempre desenvolver o sentido de sua responsabilidade profissional, através do aperfeiçoamento de seus conhecimentos e procedimentos éticos, pela melhoria constante de sua competência científica e técnica e no efetivo compromisso com a sociedade brasileira;

4. Profissional de Relações Públicas deve empenhar-se para criar estruturas e canais de comunicação que favoreçam o diálogo e a livre circulação de informações.

Agirdemaneiraéticanãoéapenascumprir o Código e a legislação,mas,também,consideraraética“natransmissão dos valores culturais e morais que formam os alicerces da vidasocialedasfilosofiasepolíticasde comunicação”, como afirmaKunsch (1997, p. 140). Infelizmente,poucoslevamessetópicoasério.

O estrategista

OsprofissionaisdeRelaçõesPúblicasdoséculoXXIdevemocuparopostode estrategista e adotar uma nova postura, trabalhando de maneirasinérgica, inclusivecomoutrasáreasprofissionais, fazendo valer a tal“comunicação integrada” que tantoouvimos falar e até estudamos.

É estratégico quem, primeiramente, conhece bem a empresa ondeestá atuando para solucionar seusproblemas com precisão e elaborar projetosdecomunicaçãoeficazes.Oestrategista tem uma visão macro das situaçõese seatémadetalhes,nãodeixa nada passar despercebido, pois o mínimo pode ser muito e o barato pode sair caro em muitos casos.

O profissional com esse perfilpesquisaeplanejadeacordocomasnecessidades da empresa, utiliza as

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“Inovação na websocial exige

fundamentalmente escuta digital

estratégica, séria e metódica.”

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técnicas e ferramentas adequadas para cada tipo de ação, estabeleceparcerias, integra departamentos e estásempreconectadocomasnovastendências, como a era digital que está tomando conta das casas, dasempresas e dos demais ambientes por onde andamos.

Inovar sempre

ORPmodernoestásempreinovando,revendo paradigmas, quebrando tabus.Pareepenseoqueseríamosdenós comunicadores se estivéssemosatéhojenojornalzinhoparainformar,no cartãozinho de aniversário paraestreitar relacionamentos e na ligaçãodepós-vendaparafidelizarosclientes?

Na era da comunicação digital, oprofissional de Relações Públicasdeve estar bem preparado, pois as ferramentas possuem linguagens e características que exigemespecializaçãoeumrazoávelgraudeconhecimento. “É preciso conhecersuas especificidades adaptando-seàscaracterísticasdopúblico-alvoquese quer atingir”, como diz a colegaCarolina Terra.

A perspicácia faz parte do perfil doprofissionaldeRPdoséculoXXI,poiséprecisotero“feeling”,sabercomoaproveitar as oportunidades que surgem em prol do seu sucesso e do êxito de seus projetos, assim comosaber criar oportunidades para se destacarelevarasuaempresajunto,ouvice-versa.

Nãobastaexercerbemsuafunçãoenãosaberserealmenteestágerandobons resultados.Oprofissionaldevesempre avaliar suas atitudes, suapostura,suasmetodologiasdetrabalhoeseugraude(re)conhecimento.Issopode ser medido com pesquisas no ambiente de trabalho, através declipping(essatécnicanãovaleapenaspara empresas) e até mesmo umasimples pesquisa em sites de busca, como o google, basta digitar seu nome e/ou o nome da empresa onde atua. Outrastécnicassãoválidas,bastatercriatividade.

O século XXI ainda prometemuitassurpresas e nós, comunicadores,devemos estar preparados para não ficarmos defasados e perdermosespaço para profissionais deoutras áreas, o que acontececonstantemente em muitos Estados do nosso país. As relações públicasestão crescendo e devemos crescer junto para nos tornarmos sempreprofissionais melhores e maiscapazes de revolucionar a nossa classe, dando o verdadeiro exemplo dequeosprofissionaisdeRPsãoosmais apropriados para solucionar os problemas comunicacionais das empresasetrabalharemproldeumaimagem excelente.

E-agora? Empresas do século XX, profissionais do século XXI - Setembro 2010

Page 18: Empresas do século XX, Profissionais do século XXI

É profissional de relações públicas e

especialista em gestão de negócios. No

mercado há mais de 10 anos, gerencia a

Oito Comunicação Estratégica e docente

dos cursos de Marketing e Comunicação

Social – habilitação em Relações Públi-

cas da Faat Faculdades (Atibaia).

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Thaís Germano

twi t ter : @thaisgermano

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Os profissionais do século XXI e a interatividade digital

Page 19: Empresas do século XX, Profissionais do século XXI

Os profissionais do século XXI e a interatividade digital

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“A discussão deve estar em torno da capacidade

de adaptação, flexibilidade e aceitação

de uma forma de convivência que um

contribua com o outro constantemente. “

Diversos aspectos poderiam conduzirumareflexãoentrearelaçãoempresasdoséculoXXeosprofissionaisdoséculoXXI, alguns mais rasos e outros maisprofundos. Mas, qualquer um deles vai convergir num ponto comum que pode ser o centro do tema ponderado aqui e oquerealmenteimportadissotudo,jáque não é a primeira vez que o mundo dosnegóciosviveessasituação.Certo?

Outrosnegóciosjáviveramessatransiçãosecular e essa adaptação entre cultura organizacional, postura mercadológicae perfil dos seus funcionários. Então,qual é a diferença desta vez, que mereça uma reflexão a respeito? A tal dainteratividadedigitaleoquesechamageraçãoY.

Em outros tempos, empresáriostinhamque lidar comessa relaçãodeuma maneira muito fácil, até mesmotranquila, afinal não havia a mesmatecnologia empregada nem a liberdade, participação ou mesmo importânciaatribuída ao funcionário que alitrabalhavaouàsuaopiniãoouàposturadentro e fora da empresa. A questão era segundo o tradicional “manda quempode,obedecequemtemjuízo”–oqueainda se vê bastante em pleno ano de 2010, infelizmente, acredite.

O grande ponto que deve estar na agenda dos empresários, gestores etambémdosprofissionaiséqueessaadaptação,quenãoénovidade,será“apenas” brutalmente ampliada,porque hoje existe Internet e umainfinidade de possibilidades de

interações dentro dela – o quesignifica em nível mundial -, emque todos são agentes, portanto, cada palavra, opinião e atitude têmrelevância e algum nível de impacto, oquepassaafazerdiferençapositivaounegativamente.Eissonãoéruim,pelocontrário,éótimo,porquesoma,agregamaisexperiências,maisolharesdeummesmofato,objeto,produtoou empresa. Torna cenários maispróximos,reaiseatécríticosparaasempresaseseusprofissionaisnoqueconcerne imagem e reputação, por exemplo.

Comoaparticipaçãoativadaspessoasna Internet só tende a aumentar,consequentemente, a Internet cresce também, ampliando fatos, colocando em cada pequeno comentárioou acontecimento uma lente de aumento global, promovendo uma ampliação que permitirá diversasinterpretaçõesenovaspreocupações,por isso essa adequação é tema da agendadaempresaedoprofissional.E mais, essa situação demanda profissionaisapropriadosquetenhama expertise mais apropriada paraconduzir esse momento com todo o cuidado, estratégia e segurança, que circunstâncias empresariais delicadas solicitam – uma oportunidade interessanteeriquíssimapararelaçõespúblicas,apropósito.

Nomeio dessa reflexão está o quese chamade geração Y, que seria ageração de profissionais que já seformamemtemposdeinteratividadedigital,ouseja,plenodomínio“dessemundo”. Ainda assim, com essavantagem da tal geração, a discussão deve estar em torno da capacidade de adaptação, flexibilidade e aceitaçãode uma forma de convivência que um contribua com o outro constantemente. E ai não importa a geração, mas o interesse da empresa edoprofissionalcompartilharetrocar

entresidemodopositivoelucrativopara ambos.

Sim, aí está a chave dessa questãocorporativaousociológica,talvez,queé positiva e agregadora, desde queempresaeprofissionalentendamquedeve existir, obrigatoriamente, essaatitudefocadaemsomaequeambosos lados se moldarão para poderem coexistir e prosperar. Obviamentehaverá conflito, contraposição, mastambém devem ser vistos como oportunidades de entendimento, chances de conhecimento do outroeencontrarapartirdodiálogoedapré-disposiçãoaboavontademútuaàmediaçãoparaomelhormododeperpetuar negócios prosperamentee construir carreiras profissionaisvaliosas.

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Page 20: Empresas do século XX, Profissionais do século XXI

A Organização e seu ambiente

Apaixonado por Internet, eterno aprendiz

e especialista em alegria. Gabriel Leite é

Publicitário, Pós Graduando em Marketing Digital

pela Universidade Gama Filho (RJ) e criador

da rede social Geração Digital, onde reúnem

profissionais e estudantes de comunicação

para trocar experiências sobre marketing digital

e internet. Gabriel já foi Gerente de Internet do

SESC Sergipe e palestrou e participou de diversos

cursos no segmento de marketing digital em todo

Brasil. Trabalha com internet há mais de dez anos

e escreveu o prefácio do último livro do André

Telles, A Revolução das Mídias Sociais (2010).

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Gabriel Lei te

twi t ter : @Gabr ieLe i te

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Page 21: Empresas do século XX, Profissionais do século XXI

A Organização e seu ambiente

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“Deixemos de lado o conceito “empresa –

cliente” e caminhemos a uma filosofia “de pessoa

para pessoa”, onde não existam somente consumidores, mas “amigos da marca”, onde não existam mais empregados nem funcionários,

mas colaboradores e mobilizadores. ”

Umaorganizaçãoéumconjuntodemeiosquetemcomocaracterísticaproduzir e oferecer produtos e/ou serviços com o objetivo desatisfazer as necessidades edesejos de consumidores. Paraisso se faz necessário a uniãode diversas atividades como:material humano,matéria prima,energia e tecnologia. São os fatores que juntos desenvolvemprodutos ou formam os serviços oferecidos pelas organizaçõesou empresas aos consumidores. Toda organização deve ter como prioridade o planejamentoestratégico ou um plano de negócios.Faz-senecessáriodefiniro quanto antes a sua missão, objetivos, conceitos,metodologiade trabalho e perspectivas delucro. Saber quem é, para onde vaiequaisosmelhorescaminhosedecisõesasetomar.

Toda empresa precisa de um investidor, peça responsável porcapitalizar a empresa, organizando aestruturafísica,materialeequipede funcionários, para a obtençãode lucro. É necessário haver umcapital de giro a fim de gerarumamovimentaçãofinanceiradaempresa no mercado. É claro que há um risco, mas o verdadeiroempreendedor deve ter como umadasprincipaiscaracterísticas,a coragem. Aliado ao investidor,existem os colaboradores que desempenham as suas funçõescom base em todos os ideais da empresa e seus respectivossalários. Em paralelo, existem osfinanciadorescomobancos,queemcasodeempréstimosrecebememlongo prazo o recurso emprestado com os juros determinados. Porfim,osfornecedoresqueoferecemosinsumosnecessáriosparaqueaempresafuncione,sejaatravésdeserviços ou produtos fornecidos

ao mercado.

Váriosaspectossãofundamentaispara a continuidade e sucessodas organizações do século XXI.Como exemplo, podemos citar o Ambiente. O Ambiente é uma eterna mutação, de mudanças internas e externas, conceituais e práticas. Consideram-se doispontos: O Ritmo das Mudanças e A Qualidade das mudanças. Uma das principais qualidades das empresas de hoje é desenvolver

internamente uma função voltadaàadaptação.Nanaturezasobrevivem não os maiores ou os mais fortes, mas aqueles que têm maior capacidade de adaptação, já dizia Charles Darwin. Cadasetor da atividade econômicatemsuadinâmicaprópria.Algunsse caracterizam por uma maior estabilidade e outros, pela volatilidade. Empresas como:Americanas, Magazine Luiza, Siciliano, Livraria Cultura, PontoFrio e Colombo, enxergaram a força da Internet e procuraram se adaptar.Hoje,sãonaInternettãofortes quanto no meio tradicional. É fundamental que as estratégias deambasestejambemalinhadas

tantonoambienteon-linequantooff-line,integradasemummodelocrossmedia.

É necessário que toda empresaesteja adaptada ao que vemacontecendo em seu mercado, trabalhar em um filtro a fim deafunilar tudo que é feito de novo e de bom no mercado para que se possa antecipar e trabalhar aquestãodainovaçãomercadológicaa seu favor. Muitas vezes as variáveis escolhidas não são asmais relevantes, mas aquelas que estão disponíveis. Procure estarsempre “antenado”. O mercadovive e é necessário “vivê-lo”, deforma pró ativa e participativa. Éinteressante observar que quanto menor o empreendimento, mais capacidade de adaptação ele necessita ter para se destacar e manter-senomercado.

Como as pessoas, as empresas também sofrem desgastes com o tempo e é necessária umamanutenção para que não atrapalhe a produtividade damesma.Paraisso,ésugeridoquesecrieumambientemaisflexívelealegre,combasenacriatividade.É fundamental que se conheçao ambiente ao qual se trabalha.Paraentendermelhoroambientenas organizações, através deelementos que afetam todos os participantes, é usado a análisePEST com os seguintes tópicos aseremestudados:FatoresPolíticos,Econômicos, Sócio-culturais eTecnológicos.

A partir daí se desmembraatravésda:Políticadedistribuiçãode renda, regulamentação das atividades econômicas,barreiras alfandegárias, subsídios,incentivos, taxas de juros,inflação, desemprego, taxa de

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Page 22: Empresas do século XX, Profissionais do século XXI

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crescimento,religião,atitudecomrelação ao trabalho, diferençasde comportamento entre sexos, aspectos étnicos, consciência sobre direitos do consumidor e ambientais, diferenciais intra e inter regionais, possibilidade de oferecer produtos mais inovadores, novas formas de comercialização e distribuição disponível, novas formas de comunicação com o mercado. Enfim, a Análise PEST,por meio da seleção adequada dasvariáveismaisrelevantesparao negócio, pode abrir janelas deoportunidades antes não vistas.

Hoje,devemos,alémdeproduzirprodutos e serviços, produzir clientes. O talento precisa existirnuma dimensão muito mais ampla do que nas empresas simplesmente

eficientes.Éprecisohumanizarasrelações empresariais, tendo osentimentocomobase.Deixemosde lado o conceito “empresa– cliente” e caminhemos auma filosofia “de pessoa prapessoa”, onde não existem maisconsumidores da marca e sim “amigos da marca”, onde nãoexistam mais empregados, nem funcionários e sim colaboradorese mobilizadores da marca.

A empresa que tem a mentalidade dequeosfuncionáriosnãodevemaparecer mais que a empresa está precisando com urgência seadaptar. Os funcionários são asempresas. Acredito que é preciso mais do que nunca investir aomáximo na qualificação e nobem estar do profissional no

ambiente de trabalho. O Google,por exemplo, faz isso há anos,considero um grande exemplo visionário organizacional. E osegredo é este, é fundamental se apaixonarpeloseutrabalhoeamara sua empresa. O colaborador que tem esse pensamento e qualificação acaba naturalmentese destacando e em algumas vezes atémais que a própria empresa.Quando o destaque é positivo, aspessoas associam a imagem daquela pessoaàmarca,eissoémaravilhoso,humanizaacomunicação.

Espero que tenha sido construtivopara você leitor. Vamos conversar!Beijo,mesegue@GabrieLeite.

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Page 23: Empresas do século XX, Profissionais do século XXI

Tecnologia, você está preparado para usar?

Estudante do 7º semestre de Relações

Públicas da Escola superior de

Relações Públicas de Pernambuco.

Atualmente trabalha realizando oficina

de ‘Música e Comunicação’. Também

mediador do blog Clube do RP.

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Danilo Marinho

twi t ter : @clubedorp

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Page 24: Empresas do século XX, Profissionais do século XXI

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NoportaldaSERPROencontreiaseguin-teafirmativa:“Atecnologiadainformaçãoé essencial a qualquer sociedade do mun-doe,independentementedequalsejaoseu padrão de uso nas diferentes ativida-desprofissionais,elaestarápresenteemtodas.”Aparentementefatalista,adecla-ração parece elevar a tecnologia como elemento fundamental para o sucesso e desenvolvimento dos cidadãos na socie-dademoderna,ouseja,sociedadedigitalou 2.0.

Nessesentido,entraemquestãoainicia-tivapúblicaeprivadanaconstituiçãodepolíticaspúblicasquegarantamocresci-mento social, político, econômico e cultu-ral da coletividade. A definição dos papeis entreas instituiçõespública, privadae/ou acadêmica é determinante para o su-cessodessesnovosprocessos.DadosdoInstituto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica(IBGE)demonstramqueapopulaçãobrasileira,sóem2002,aumentouocon-sumonosprodutosdeaparelhoseletrô-nicos em 68,3 %, isto é, mais da metade da atividade de venda de material eletrô-nico e de comunicação.

Arepresentaçãosimbólicadessesdadostalvez não consiga mensurar outra ques-tão ligada diretamente ao consumo e uti-lizaçãoderecursostecnológicos,quandotraçamos uma relação entre indivíduo e tecnologia. Ela se torna muito mais estrei-ta e íntima do que possamos imaginar. O quevocêfariaseestivessecomumMP3player indo para a faculdade ou ao seu tra-balhodentrodeumtransportecoletivo?Arespostanãoestátãodistanteassim.Basta pegar o primeiro coletivo e esperar. Em uma viagem que pode parecer sim-ples, as coisas podem mudar radicalmen-te.Érecorrenteencontramosjovensou-vindosuasmúsicaspreferidasnovolumemáximodosseusaparelhos,interferindona viagem dos outros passageiros.

Não é de agora que os novos instru-mentostecnológicossãoalvodeestudo,quando se fala de comportamento e atu-

“As novas tecnologias assumem a ponta nas relações humanas e

determinam o modelo de postura a serem adotado

pela sociedade atual.”

alidade. Experiências como as de Scott Campbell, estudante americano de 13 anos, ratificam a dificuldade de relaciona-mentoentrejovenseatecnologia.Nessaexperiência, a revista BBC Magazine pro-pôsaogarototrocarseuiPhoneporumWalkman de 1979, durante uma sema-na.Oresultado...“essacaixamonstruosa”definiuogarotosereferidoaoaparelho.

Outrocasoclássico,osjogadoresdoSan-tos Futebol Clube que disponibilizaram um vídeo na Internet onde denigrem a

imagem de um torcedor. E ainda, o caso da estudante Geisy, da Universidade de Brasília. Todos esses acontecimentos re-tratamamudançadehábitoedecultura,demonstrando também certa fragilida-de diante de tantos recursos. Foi o que comprovouAnaMariaNicolaunoartigoImpactopsicológicosdousodecelulares:uma pesquisa exploratória com jovensbrasileiros, publicado no portal Scielo.

Os resultados apresentaram alte-raçõesnarotinadosjovens.Algu-mas simples, outras mais preocu-pantes, como a do entrevistado pelapesquisadora,BrunoBatista.Noartigo,elacomenta:“Andocomele pra cima e pra baixo, onde eu tiver, eu tô como celular, noba-nheiro eu tô como celular. Podeligar que vai me achar e eu nãodesligoparadormir.”

Essas alterações sociais tambématingem uma parcela da popula-çãoqueestácomeçandoadesco-brir a tecnologia como um novo instrumento de auxílio em suas

atividades cotidianas: os idosos.Conformepesquisa IbopeeRatin-gs,levantadaemjaneirode2002,1,5%dos6,3milhõesdeusuáriosda Internet no Brasil têm mais de 65 anos. Nos Estados Unidos,esses dados são ainda maiores, representando 7,01% dos 80 mi-lhõesdeusuáriosdaInternet.

Defato,umnovomundosecons-titui como desafiador. As novastecnologias assumem a ponta nas relaçõeshumanasedeterminamomodelo de postura a serem ado-tado pela sociedade atual. A re-lação entre homem emáquina ébemfrágil,namedidaemqueosindivíduos usam mais do que o ne-cessárioouultrapassamafrontei-radobomsenso,éticaerespeito.Aliás,esseéograndeponto.Atéque ponto é possível usar a tec-nologiaanossofavor?Bem,cabeaqui aquela velha máxima: bebacom moderação ou, neste caso, use com moderação.

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Page 25: Empresas do século XX, Profissionais do século XXI

É Hora de E-voluir

Estudante do 6º semestre de

Publicidade e Propaganda na UNISA,

ainda não trabalha na área de

comunicação, mas pretende seguir a

carreira de redatora publicitária

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Natalya Nunes

twi t ter : @nataozinha

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Page 26: Empresas do século XX, Profissionais do século XXI

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As empresas exigem cada vez mais de seus profissionais, querem colaboradores dedicados, instruídos, assertivos, organi-zados,competentesecomtodososadje-tivospositivospresentesnodicionário.

Atualmente, as facilidades para formar profissionais, como financiamentos es-tudantisecursosàdistância,jánãosãoempecilhos.Entretanto,oqueacontecequando toda a preparação feita ao longo de uma vida de estudos é desperdiçada por empresas que não sabem conduzir seu profissional para o crescimento da organização?Porqueaindaexistemem-presasquetêmespelhosnasparedesaoinvésdejanelas?

As empresas devem se preocupar mais com o que acontece fora dela. É claro que a comunicação interna é importante, diria até que ela é algo vital para o sucesso de uma organização, porém, para a pleni-tude do sucesso, fatores externos tam-

“É preciso pensar de maneira global para

conseguir um crescimento local.”

bémdevemser levadosemconta.Háquestõeseconômicas,políticasesociaisaseremobservadasehoje,maisdoquenunca,existemasquestõesambientais.

OséculoXXI,atéomomento,temcomoponto forte o avanço tecnológico quecontribuí para todos os outros fatores ci-tados anteriormente. A tecnologia, além de facilitar a comunicação, também atua comoaliadaàideiadesustentabilidade,jáque a internet colabora – e muito – para a diminuição do consumo de papel.

É evidente que a inclusão digital é algo cada vez mais presente em todas as clas-ses. As profissões estão informatizadas,mas,aindaassim,háempresasquenãoserenderamtotalmenteàEraDigital.Éimpossível uma empresa sobreviver sem ter ao menos traços dessa era, mas, para conseguir algo além da sobrevivência, precisam acreditar no potencial que o mundo virtual possui. A necessidade de estar conectada ao mundo é tão impor-tante quanto ao se comunicar com seus próprioscolaboradores.Éprecisopensarde maneira global para conseguir um crescimento local.

OSéculoXXfoimarcadopelaRevoluçãoIndustrialeoSéculoXXI,pelaRevoluçãoTecnológicae,assimcomoasempresasse adequaram ao modo industrial de pro-dução,tambémdevemseadaptaràstec-nologiasdigitais,afinal,seupúblicojáestátotalmente imerso nesse mundo e, é pre-cisoenxergarcomosolhosdoclienteparafazer um produto que o agrade. É preciso ter contato direto para saber quais as suas percepçõessobreoprodutoouserviçoqueestáoferecendoe,nãoexistenadamelhorparatornaristomaisfácildoquea internet.

Podemosafirmarqueosprofis-sionaisevoluemmaisrápidodoqueasempresas,poisémaisfácilmudarocom-portamento de uma parte do que de um todo. Para entrar totalmente nesta EradeRevoluçãoTecnológica,asempresasdevem ter em mente que não estão ati-rando no escuro ao investir neste tipo de comunicação,independentedequalsejaseupúblico,eleestaráfamiliarizadocomasnovasmídias.Émuitomelhorinteragircom uma empresa do que ter uma co-municação passiva.

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Page 27: Empresas do século XX, Profissionais do século XXI

Aqui o aluno ensina

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A revista A Bordo da Comunicação propõe com este espaço dar voz ao aluno. Divulgaremos artigos escritos por alunos das faculdades nacionais, de acordo com o tema

de cada edição.

O A Bordo da Comunicação foi desenvolvido por alunos e agora somos uma mescla de profissionais e estudantes. O lema é que todos têm a ensinar, por este

motivo abrimos este espaço e se você estudante de comunicação quiser participar, entreem contato conosco pelo

email: [email protected]

Edição #4

Tema:OvalordasRelaçõesPúblicas

Padrão

Caracteres: 3.000 até 5.000Descrição:340a440caracteresFoto em alta resolução do autor

Deadline : 12 de novembro

Os textos serão selecionados conforme o tema da revista e devidamente revisado pela

equipe do A Bordo da Comunicação

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Page 28: Empresas do século XX, Profissionais do século XXI

Tecnologicamenteverde e global

É aluno do 6º semestre de Relações

Públicas na Faculdade Paulus

de Tecnologia e Comunicação

(FAPCOM).

Atualmente é estagiário na Divisão de

Comunicação Social da Assembleia

Legislativa de São Paulo.

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Diego Galofero

twi t ter : @Galofero

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EspaçoAluno

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Page 29: Empresas do século XX, Profissionais do século XXI

Tecnologicamenteverde e global

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Aoserquestionadosobre-“E-agora?EmpresasdoséculoXX,profissionaisdoséculoXXI”-chegueiàseguinteconclusão:Parafalardopresenteésempre bom relembrar o passado, não se pode caminhar para frenteesquecendoporonde já seandou,então vamos a alguns fatos.

A Revolução Industrial teve seu inícionaInglaterranofinaldoséculoXVIII,masseespalhoupelomundoapartirdoséculoXIX.Estarevoluçãoconstitui-se de um enumeradode mudanças tecnológicas quecausou transformações no sistemade produção e no âmbito social e econômico. Chega ao fim a eraagrícola,asmáquinassubstituemotrabalho humano que no períodofeudal era baseado em produçõesartesanais e com isso aumentava a produtividade e o acúmulo decapital. O capitalismo tornou-se osistema econômico vigente, apesar de algumas tentativas frustradaspara se livrar dele. Os países que conseguiram tal desvinculação acabaram obtendo dificuldadestanto no âmbito social como no econômico. O caso da pequena ilhanaAméricaCentral, Cuba comseu regime político socialista pós-revolução de 1959, que foi aliada da ex-União Soviética no períododaGuerraFriaehojeobjetoscomopasta de dente, sabonete e até papel higiênico são produtos emescassezcomoembargoconstituídopelos Estados Unidos. A questão do embargo é tão atual, que depois de quatroanossemfalarnoplenárioporproblemasdesaúde,FidelCastroemseu discurso que durou 11 minutos noúltimodia06/08,queentreoutrascoisas falou de uma possível guerra nuclear, citou o embargo econômico como algo prejudicial ao seu país.

O profissional do século XXI deveter uma mentalidade global sobre

todososaspectosesituações,falarmaisdoqueumidioma,manter-seantenado na evolução da Internet e desenvolver a consciência sustentável, pois a crença que ohomemalimentou durante séculosque os recursos naturais seriam eternosjáfoirefutada.Sersustentávelé “qualquer empreendimentohumano deve ser ecologicamentecorreto, economicamente viável,socialmente justo e culturalmenteaceito” (site Planeta Sustentável)

Catástrofes ambientais, tsunamis,chuvas torrenciais e ácidas,aquecimentoglobal,ElNinõ,LaNinã,“invernode40ºgrauseoverãode20º” aumento de emissão de gáscarbônico, aumento do buraco da camada de ozônio, conscientizaçãoe banalização do tema sustentabilidade, países de maior capital poluem sem se preocupar. O malogro ambiental revela a face mais sujadocapitalismo.Naerachamadapós-moderna, onde indivíduostêm relações fragmentadas, osvalores sociais estão em constante mutação e o consumismo que tem o propósito de maquiar a solidão,juntamentecomaangústiasentidapelo o homem atual. StuartHall discorre em sua obra sobre o processo de transformação social na identidade das pessoas:

“Quanto mais a vida social se torna

mediada pelo mercado global de estilos, lugares e imagens, pelas viagens internacionais, pelas imagens da mídia e pelos sistemas de comunicação globalmente interligados, mais as identidades se tornam desvinculadas – desalojadas – de tempos, lugares, histórias e tradições específicos e parecem “flutuar livremente”. Somos confrontados por uma gama de diferentes identidades (cada qual nos fazendo apelos, ou melhor, fazendo apelos a diferentes partes de nós), dentre as quais parece possível fazer uma escolha. Foi a difusão do consumismo, seja como realidade, seja como sonho, que contribuiu para esse efeito de “supermercado cultural” (HALL, 2006, p.75)

Nósúltimosanos,os três setoresampliaram a discussão sobre o papel e a responsabilidade socioambiental das empresas. O desenvolvimento sustentávelestá embasado no fato de queo crescimento econômico, as atividades e os investimentosdevem estar diretamente integrados com o meio ambiente, aproveitando as melhoresalternativas e preservandoa qualidade ambiental.

Um documentário canadenseproduzidoem2003, comotítulodeTheCorporation,trazquestõeséticas e sociais de grandesempresas.Ofilmereúnediversasentrevistascompessoasinfluentesnomundocorporativo,pensadorescomo o cineastaMichaelMoore.O documentário faz um paralelosobre as responsabilidades de um serhumanoeumacorporaçãoquepor suas regras só possuem umtipo de responsabilidade, gerarlucro. Entre os muitos assuntos discutidos,ofilmetambémmostra

“As mentes empreendedoras

entendem que o mais importante da empresa não é a tecnologia ou instalação, e sim o ser

humano, é preciso focar seus projetos para um

planeta saudável. “

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Page 30: Empresas do século XX, Profissionais do século XXI

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uma ponta de esperança de que aindapodemexistirempresasquebuscam ser 100% sustentáveis.Possível? No primeiro debatedos presidenciáveis na TV Band,Plínio de Arruda Sampaio doPSOL chamou de Ecocapitalista acandidataMarinaSilvadoPV,poisela sódefendiaomeio ambienteaté o ponto que não incomodasse na questão financeira. Seráque é uma hipocrisia dela?Será que algumas empresas doséculo XXI utilizam do mesmodiscurso para ficar mais atraenteaos olhos de seus públicos?

No Brasil a empresa Natura,fundada em 1969 por Antônio Luiz Seabra, é exemplo de uma empresa preocupada com bem estar do meio ambiente. Em 1983 foiàprimeiraempresaaintroduzirrefisemseusprodutos,jáem2007começou a fornecer produtos com gás carbono neutros, visando à

diminuição do gás que é umdosmaiores responsáveis pelo efeitoestufa. Também se mostrou a frente das demais quando criou para seus clientes uma tabela ambiental que apresenta dados técnicos em suas embalagens. Para a Naturadesenvolvimento sustentávelé uma questão de essência.

O termo desenvolvimento sustentável surgiu no cenáriomundial quando foi citado por Robert Allen, em um artigo detítulo: “Como Salvar o Mundo”em 1980, mas foi no relatório“NossoFuturoComum”divulgadoem1987,queo termo tornou-seglobal. Infelizmente para algumas corporações esse termo já viroumodismo e vem perdendo sua credibilidadeparacompanhiasqueoutilizacomoumaformaapenasde lucrar e propagar uma imagem irreal de “bom moço”. Para opensador Leonardo Boff em um

discurso na Agenda 21 brasileira a expressão desenvolvimento sustentável é contraditória, poiso substantivo desenvolvimentoremonta ao capitalismo selvagem onde a competição é a únicalei e já o adjetivo sustentávelaparece como cooperação, equilíbrio. DesenvolvimentoSustentável é bonito no papel eàs vezes funciona em algumasorganizações, mas não solucionaas catástrofes que o mundovivencia, pois o sistema capitalista é um dos grandes responsáveispela degradação ambiental.Empresas que seguem a filosofiado século passado já têm seucaminho pré-determinado, ofracasso e a falência. O método de administração autoritáriajá é defasado, e todos já sederam conta disso. As mentes empreendedoras entendem que o mais importante da empresa não é a tecnologia ou instalação, e sim oserhumano,éprecisofocarseusprojetosparaumplanetasaudável.

No século XXI devemos pensarem novas alternativas de vida,porque se continuarmos comoestamos o mundo não agüenta. Novas tecnologias, ideologiaspolíticas e especializações nãoterão valia ao colaborador, jáque “empregado” é termo deempresas do século XX. Ondeutilizarão toda estas habilidades?

“Estamos afundados na merdado mundo e não se pode ser otimista. O otimista, oué estúpido, ou insensível oumilionário” José Saramago

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E-agora? Empresas do século XX, profissionais do século XXI - Setembro 2010

Page 31: Empresas do século XX, Profissionais do século XXI

O Upload empresarial. Um download funcional! ...conectando...!

Estudante do 7º período do curso de

Comunicação Social, habilitação em

Publicidade e Propagando da Universidade

de Uberaba (Uniube) em Uberaba/MG.

Trabalha no meio Audiovisual como

Diretor de cenas, Diretor de Fotografia

e Cinegrafista. Teve participações no

meio cinematográfico e foi finalista em

festivais importantes de comunicação,

como o Prêmio Tubal Siqueira 2010 e o

Expocom. Responsabilidade Social, é a

sua palavra de ordem.

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Diego Aragão

twi t ter : @diaragao

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EspaçoAluno

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Bem-vindoao fantásticoou, talvez,“abominável mundo da internet”.Um lugar que é desvendado a cada download e upload feitopor um emaranhado de pessoasque se conectam a esta rede.

Como ferramenta de trabalhode uma sociedade que domina o mercado, a Internet deixou de ser um simples meio de comunicação. Ela é capaz de servir como fonte de conhecimento, interatividade,contato,dinheiroe,principalmente,ENTRETENIMENTO. Este último éoquemaisassustaosempresáriosque, só agora, estão colocandoem prática o verbo conectar.

Osnovosprofissionaisjáestãocomsuas telinhas ligadas a cem porhora, juntoàevolução tecnológica.Seja em casa, no colégio, notrabalho, na fazenda, onde querquesejaetenhaenergia,agloriosapoderá estar prontinha para serconectada, via cabo ou satélite.

Amídia adolescente que chama aatenção de boa parte da sociedade brasileirapelolequedeatrativosdecomunicação é fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade e que já foi feito por meios maisescassos, como telefone, caneta, papel e correio.Na internet, todospodem estar em comunicação constante, não importa o lugar e a distância. Nela se encontra umuniverso imenso de informação.

A Internet permite todo o mundo viver em tempo real. E quem está inserido nessa realidade,dificilmente demonstra interessede abandonar. Por esse motivo,empresários estão voltando osolhares para o mundo virtual.Lugar onde é preciso ser inovador e criativo para brilhar no meiode tantos. Mas, para conseguir

destaque na rede mundial de computadores, é necessárioinvestimento.Oqueparaalgumasempresas pode ser sinônimo de desperdício de dinheiro.

Organizações acostumadas ao mundo conservador dos negócios passam por dificuldades para se adaptar a essa realidade e levantam questões do tipo: Como posso inserir minha empresa em um meio inseguro, que não tenho controle? É daí que pode surgir a necessidade, como aconteceu para muitas empresas que acreditaram neste potente meio de comunicação.

A liberdade de expressão realmente assusta, e passa esta insegurança na mente dos empresários.Mas, não estar inserido neste meio por bem é estar inserido por mal. É quase trabalhar àscegas. E ter controle sobre este meio depende de disposição.

Apenas ter um site institucionalou promocional pode não suprir as necessidades de vida de uma empresa na Internet, por dois pontos: primeiro, o público interno de cada empresaprovavelmente jáestánavegandoe, consequentemente, levando o nome da organização a várioslugares dentro da rede. Em segundo lugar, a Internet é um prato cheio para qualquerempresa, pois o público-alvo dequase todas está conectado etalvez se expressando bem ou mal em relação a outras marcas.

As empresas precisam de alguma forma saber o que se passa a respeito de si mesmas, por questões de imagem, marketing.

As redes sociais são conglomerados

de internautas, dispostos a deixar bem claro seus gostos, suas escolhas, intimidades,necessidades, estilos, posiçõespolíticas, religiões, para quetodospossamver.Ou seja, estãodispostos a transparecer todos os seus requisitos de personalidades, para mostrar ao mundo que estão ali e podem se expressar. É por esse motivo que entraem tela novamente uma das principais características daInternet, o entretenimento. Este é o responsável por alimentar asnecessidades desta “sociedadeinternauta”. Mas, é também, oresponsávelpordaralgunssustosàempresáriosqueestãoentrandonomeiodasredessociaissóagora,por não entenderem que para lidar comestetipodepúblicoéprecisoter e dar atenção individual. Oquesediscuteultimamenteéanecessidade de uma adequação para uma nova área que seforma entre os departamentos de RP e Marketing Empresarialdas empresas, para lidar com redes sociais, como o Orkut, Twitter, Facebook, Formspring,dentre outros, quando passa a ser uma necessidade pré-determinada, de acordo com os

“Como ferramenta de trabalho de uma

sociedade que domina o mercado, a Internet

deixou de ser um simples meio de comunicação. Ela

é capaz de servir como fonte de conhecimento,

interatividade, contato, dinheiro e, principalmente,

ENTRETENIMENTO.”

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pontos analisados anteriormente.

SegundooBlog “AquintaOnda”,escrito pelo comunicólogoMauro Segura, atual líder de Marketing e Comunicação daIBM Brasil: Se a empresa busca uma transformação na cultura organizacional, a introdução de ferramentas sociais nas empresas pode fazer parte de um projeto maior, onde atividades de maior colaboração e compartilhamento de conhecimento devem estar no centro das atenções. As áreas de Recursos Humanos e Comunicação têm papel fundamental nesta transformação, enquanto que os executivos e o corpo gerencial da empresa devem liderar esta jornada. Mauro também deixa claro, que é importante para quem vai entrar nesta jornada ter paciência, cautela eobjetivos transparentes quantoao projeto de rede social dentrodas empresas, pois tudo é uma questão de adaptação ao meio, uma fase de aprendizado. Em seu blogestáumasériededicasbemelaboradas que são de grande valoràsempresasinteressadasemsabercomolidarcomumprojetode rede social, e indica algumas açõesparadarosprimeiropassos.

Concretizando a realidade doassunto,ositedaCiabFEBRABAN2010 , uma organização de interesse nas áreas financeirasdo mundo, cita: Uma pesquisa do Ibope, em parceria com a

consultoria WIN (Worldwide Independent Network of Market Research), divulgada dia 23 de julho, revela que o Brasil ocupa a décima posição entre os países que mais acessam mídias sociais, com 87% dos internautas acessando esse tipo de rede. O estudo entrevistou mais de 28 mil pessoas em 27 países. Em uma dasrevistasdaorganização,ficamclaras as abordagens por grandes empresas sobre a importância do relacionamento com o consumidor pelos novos meios de comunicação.Éanovarealidade!

A emissora Band Triângulo, que já está inserida em redes sociaisda internet, cita os benefíciosque estes meios propõemde acordo às necessidadesda empresa: O nosso grande desafio diário na Band Triângulo é a regionalização da notícia.Estamos em cerca de 100 municípios e não é nossa intenção polarizar a cobertura jornalística apenas em cidades como Uberlândia e Uberaba. A nossa intenção é dar a Ibiá a notícia de Ibiá, por exemplo, ou dar a notícia de Uberaba que interessa realmente a mais cidades.O Twitter e, nesse caso, a Internet em si, colabora para que as pessoas saibam com mais agilidade que as notícias das suas cidades estarão na TV. É uma nova forma de se inserir no cotidiano dos nossos telespectadores. A interatividade é o maior resultado de tudo isso. (Josuá Barroso – Editor de jornalismo online)

O mercado está inserindo novos modelos de profissionais no meio comercial, e a novidade é de um público que já utiliza a Internet como ferramenta de trabalho. As empresas devem ficar atentas a este fato.

Segundo alguns comunicólogos,para uma empresa identificar anecessidade de se inserir em redes sociais, é importante analisar o seu público-alvo(internoeexterno),eobservar onde ele está inserido.Logoapós,fazertestesparasentircomo vai ser o procedimento para este caminho. Mauro Segura,explica em seu blog que, começar com uma rede social interna como, por exemplo, um blog interno para a empresa, pode ser um ótimopasso, poréménecessáriodeixar sempre bem claro para os funcionários,opropósitodoprojetoe, consequentemente, criar cargos para que movimentem o canal de comunicação. Posteriormente, ointuitoéqueospróximospassos,quanto à inserção da empresaem uma rede social externa e a disposição para interagir com os internautas, passam a ser realmente uma escolha bemanalisada. Com objetivos claros,público certo, conhecimento eflexibilidadepara lidar comtodasas possíveis surpresas da Internet, facilita quando se tem uma equipe bem informada e um grupo de supervisores qualificados. Não éprecisotermedoda“selvaon-line”,massim,curiosidade.Logo,ficaráfácildeentenderqueo“abominávelmundo da Internet” nada maisé do que uma boa extensão para os negócios, “on-line”.

Ilustração: @_leo_freitas

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Teoria x Prática no mercado de trabalho

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Texto em Parceria:

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EspaçoAluno

Gabriela Nascimento, aluna do 6º semestre de Relações

Públicas da Universidade Metodista de São Paulo.

Atualmente, trabalha em eventos institucionais nacionais ou

internacionais da mesma Universidade.

Mayara Algaba Santos é aluna do 6º semestre do curso de

Relações Públicas na Universidade Metodista de São Paulo.

Atualmente trabalha no departamento de Merchandising e

Patrocínios da Reed Exhibitions Alcantara Machado.

Renan Pereira Santana, aluno do VI Semestre do Curso de

Relações Públicas da Universidade Metodista de São Paulo.

Atualmente estagia na Coordenadoria de Atendimento a

Comunidade no Metrô de São Paulo.

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Teoria x Prática no mercado de trabalho

EspaçoAluno

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As faculdades são a primeira opção na buscaporconhecimentoteóricoquepermita a realização de atividadespráticas, e que se aproximem darealidadedomercadodetrabalho.Porém, nos primeiros anos oquestionamento dos alunosreferente à carga teórica propostano curso é frequente. As matérias como, por exemplo, sociologia, filosofia e história da comunicaçãosão conteúdosquepermitemmaisreflexão. Entretanto, tratando-sede um curso de comunicação, os alunosnãoveemàhoradecolocarem prática os conhecimentosadquiridos.

Para Stella Wilderom, que iniciousuasatividadesderelaçõespúblicasna empresa júnior da ECA/USP ese formou no ano de 2005, o ideal é equilibrar a teoria e a prática a“contar com uma formação sólidaemáreascomolingüística,semiótica,psicologia e sociologia, balancear com teorias mais novas como mídias sociais, web 2.0, ambientecolaborativoetc.Alémdabasesólida

de conhecimento, também devementrar no currículo matérias mão na massa como pesquisa, criação detextos,noçõesdedesigngráfico,gestão.Graças a este equilíbrio, Wilderom afirmaqueumprofissionalalcançaêxito no âmbito acadêmico e no mercado porque adquiriu embasamento, conhecimento eelementosdesuporteàárea.Hoje, aos 29 anos, depois dasexperiências entre a teoria e a prática, é Gerente de Marketingda BlackBerry, fabricante de smartphones.

Já para Fabiana Emendabili, de27 anos, formada pela FAAP emRelações Públicas em 2007, “afaculdadeéoconhecimentoquetemunedeinformaçõeseteoriasqueserãoaplicadasnavidaprofissional.Hásemelhanças,ateoriaéabase,ouseja,estruturaaprática,umexemploéaexecuçãodojornalinterno.Atualmente Fabiana é RelaçõesPúblicasdoConsórcioViaAmarela,onde começou como estagiária

ainda durante a graduação.

Compreende-se também que ateoria é essencial para a formação da opinião de umprofissional. É oqueacreditaTatianadeLima,de25anos,formadaemRelaçõesPúblicaspelaCásperLíbero.Tatianadesenvolveuumprojetodecomunicação com uma empresa real no quarto ano da faculdade, e foi por ele que conquistou o seu atual emprego de Analista de Comunicação no Hospital do Coração.

“Aproveiteiosanosdeestágioparaconhecereaprenderaomáximo”

Outra consideração, feita por Tatiana,éemrelaçãoàspráticasdeestágios durante a graduação. Elaacreditaqueapesardotrabalhodoestagiário ser muito operacional,garante experiência e crescimento profissional que são dependentesdos esforços e dedicação pessoal de cada um.

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Entrevista

Tiago RitterTiago Ritter é CEO da W3haus, agência de comunicação interativa que possui

escritórios em Porto Alegre, São Paulo e Londres. Foi professor da PUC/RS.

Tratamos o tema, nesta 3ª Edição da Revista – “E agora? Empresas do século XX, funcionários do século XXI”; e como

disse Gil Giardelli na primeira entrevista, as empresas que se destacam no século XXI

nasceram no século XXI e inovam sempre. E para mostrar que isso é possível, Tiago

Ritter vem nos falar um pouco sobre a inovadora Agência W3haus.

A Bordo da Comunicação: Você se formou em Jornalismo, foi professor da graduação e pós graduação da PUC/RS, e em 2000, com mais três sócios, fundou a agência Interativa W3haus. Você pode nos contar como construiu sua carreria e como trouxe inovações para a W3haus?

Tiago: Bastante dedicação e um pouco de sorte. Sempre me interessei em novidades. Sempre gostei de fuçar em “coisas tecnológicas”. Quando tinha oito anos eu programava os vídeos cassetes (quem tem menos de 20 anos pode procurar na Wikipédia o que é) para gravar a novela das oito quando meus pais saiam para jantar. Dez anos depois, senti-me desafiado pela Internet. Fuçava vários sites, salas de bate papo, jornais on-line, Louvre virtual. Até que um dia resolvi entender como aqueles conteúdos iam parar lá. Munido de um “HTML for Dummies” e de uma conexão discada fui atrás de tutoriais de HTML, de design e de publicação de conteúdos. Quando me dei conta era um webdesigner clássico dos meados dos anos 90. Fazia de tudo um pouco e me interessava um pouco por tudo. Com colegas, surgiu a oportunidade de trabalhar num estúdio de criação de sites corporativos, o Studioweb, que pertencia ao ZAZ (atual Terra Networks). Lá conheci meus sócios e co-fundadores da W3haus Alessandro e Rodrigo Cauduro e Chico Baldini. Como cada um era de uma área (TI, Arquietura e Artes Plásticas) os sites passavam pelas mãos dos quatro, sempre. Ficamos amigos, começamos a nos encontrar fora do horário de trabalho para jogar sinuca e, quando nos demos conta, combinamos de abrir uma empresa. Assim, com 20 anos de idade, só com estágios no currículo, tornei-me empresário.

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Entrevista

Tiago Ritter

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A Bordo da Comunicação: O tema da nossa revista é “E-agora? Empresas do século XX, profissionais do século XXI”. Procuramos uma empresa que se encaixasse mais no perfil do século XXI e que entendesse o funcionário. A W3haus se encaixa neste conceito, pelas nossas pesquisas. Você pode nos explicar como conseguiram conquistar essa interatividade e aproximação com o funcionário?

Tiago: A gente quis fazer uma típica empresa, na qual gostaríamos de trabalhar. Como nenhum dos sócios tinha experiência gerencial ou administrativa, isto foi feito totalmente no feeling. A empresa começou pequena e foi crescendo organicamente, facilitando a aproximação com a equipe. Sempre fiz questão de conhecer as pessoas que fazem parte da equipe, não só o nome, mas o que gostam, como se divertem, que time torcem (é bom que sejam gremistas!). Isso ajuda muito para a adaptação das pessoas ao ambiente e também na hora de distribuir os projetos, para escolher quem tem o perfil mais adequado para cada trabalho.

A Bordo da Comunicação: A W3haus trabalha com “Pessoas inquietas”, assim como diz o slogan de vocês. Trazendo para o conceito do funcionário, acredita que é mais dificil de liderar jovens que hoje determinam seu próprio ritmo de trabalho?

Tiago: Pelas características do mercado de comunicação digital, sempre tivemos muitos jovens na equipe. Muitas vezes me enxergo na rebeldia e ansiedade deles. É um eterno desafio conseguir liderar esse povo, por isso tentamos criar um espaço em que eles curtam passar o dia e consigam trabalhar com diversão.

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“Trabalhar com tecnologia é estar sempre preparado

para aprender, mudar e não ser

apegado.”

A Bordo da Comunicação: A agência é interativa. Planejam, criam na perspectiva que o cliente necessita, sem medo algum de mergulhar em tendências. Como é mudar o formato a cada cliente? Como adequar e conduzir uma equipe de uma agência interativa?

Tiago: A W3haus sempre teve, desde a sua origem, essa constante mutação. Trabalhar com tecnologia é estar sempre preparado para aprender, mudar e não ser apegado. O que serve hoje, talvez seja lixo daqui seis meses, um ano. Surgimos assim e nos mantemos assim. Fácil não é, principalmente com a equipe crescendo constantemente (hoje são 90 pessoas). Mas, ajuda a manter a sensação de que estamos sempre fazendo uma coisa nova o que é motivação à equipe, inclusive aos sócios.

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A Bordo da Comunicação: Vocês estão sempre inovando, criaram o primeiro outdoor com wi-fi em Porto Alegre. Essa ação mostra realmente que vocês se adaptam a qualquer meio, até levar o tradicional para o digital. Você acredita que os jovens funcionários da W3haus se motivam a trabalharem com vocês pela praticidade em inovar?

Tiago: Com certeza! A irreverência, a inovação e ser do bem são características da agência. Faz com que as pessoas se identifiquem e queiram se juntar ao time. Não é à toa que temos gente do país inteiro trabalhando na agênciavaloriza questões como relacionamento, diálogo e transparência.

A Bordo da Comunicação: Mais uma ação da W3haus que nos chamou a atenção foi a “Twittando com a W3haus” , vocês ouviram os funcionários com um modo atual de fazer uma discussão. Qual a importância de ouvir tão abertamente ideias de funcionários, em diversos temas?

Tiago: Sempre funcionamos assim, nem sei dizer como seria de outra maneira. São as pessoas que fazem a empresa. É tão clichê quanto verdadeiro.

A Bordo da Comunicação: Sabemos que os funcionários do século XXI não estão atrás somente de bons salários, mas também de respeito, responsabilidade, liberdade. Como a W3haus segurar seus talentos dentro destes aspectos?

Tiago: Sem dúvida o salário não é o único fator considerado por essa geração na hora de optar por um emprego. Nossa estrutura é bastante horizontalizada, que permite às pessoas contribuírem ativamente nos processos e também terem acesso a quem decide. É isso, e mais tudo o que escrevi sobre o ambiente, os tipos de projetos, tipo de pessoas que estão aqui, que nos ajuda a manter essas mentes inquietas, dedicadas e competentes que ajudam a construir a W3haus.

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“São as pessoas que fazem a empresa.

É tão clichê quanto verdadeiro.”

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Clique aqui e conheça mais sobre a W3haus.

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Parceria com o Portal RP

O Mundo RP reconhece o bom conteúdo do A Bordo da Comunicação

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No dia 12 de julho divulgamos aparceriacomoportalMundoRP.Os colaboradores do A Bordo da Comunicaçãoproduzemconteúdosinéditos para o blog, sem plágio.Porestemotivo,ogerenciadordoportalMundoRPRodrigoCogofeza proposta de divulgar e premiar umdosnossosmarinheiros.Foi uma maneira de reconhecimentodotrabalhodoABordo.Eessereconhecimentoparanós vai muito além do respaldofinanceiro,éumsimplesgestoquetêmumvalorespecialnasrelaçõespessoaiseprofissionais.Nos últimos dias, vimos muitostuittes informando que “tal postfoi plagiado”. Um exemplo queaconteceu recentemente foi com o CaioCosta,editordo@blogcitário.Descobriu que um blogueiroplagiava seus posts e tuittou suaindignação e comentou o post plagiado.Vejamaquieaqui.

Infelizmente não são só plágiosde postagem sem fontes, mas também alguns blogueiros que ‘tentam’ produzir conteúdo commatérias terceiras, sem citar a fonte. É o que Relata Pedro Souza,editor da Rede de Relacionamento HorizonteRPe responsável pelaspublicações dos “Melhores PostsdeRelaçõesPúblicasdaSemana”.Pedrodizque,quandoestálendoos posts para fazer a seleção dos Melhores Posts de RP, encontrabasicamentedoistiposdeplágio,em trechos específicos ou o

texto todo. “No primeiro caso,geralmente ignoro. infelizmente é mais comum do que devia, e não vouficarchamandoaatençãodetodos esses casos. São trechosóbvios, porque de repente vocêsente umamudança no estilo deescrever da pessoa, é assim que normalmente percebo o plágio,pois dá para ver que aquelepedaço é diferente do resto”. Eno segundo caso, “os textos quesão quase todos plagiados eu normalmente entro em contato especificamente com a pessoa,emparticular,echamoaatençãosugerindo a indicação da fonte”,dizPedro.Rodrigo Cogo, que tem o PortalMundo RP no ar há anos,consideraoplágioaosseuscomouma “homenagem” ao trabalhooriginal. “Mas vejomesmo comouma apropriação indevida -diferente, é claro, da situação de publicar algo indicando que foi obtidonumdadoespaçoprévio”,diz Cogo.

O reconhecimento ao bomconteúdo, sem plágios do blogA Bordo da Comunicação é devido ao comprometimentoda equipe e da busca de boas fonteseelaboraçãodeconteúdo,ao contrário de plagiados que“não tem competência de criaro próprio material, então buscaa inteligência alheia e se propala‘autor’dela”,finalizaCogo.

Em forma de agradecimento ao

RodrigoCogopeloreconhecimento,divulgamos também na revista A Bordo da Comunicação a parceria que premiou uma de nossas colaboradoras: Camila Carrano.

Eu, Camila Carrano, assim como os demais integrantes, sou o exemplo que plágio aqui no A Bordo da Comunicação não existe. Fui contemplada na parceria do Mundo RP com o A Bordo, e em nome de todos os colaboradores agradeço ao Rodrigo Cogo. Recebi o livro “Pós Humanismo – As relações entre o humano e a técnica na época das redes”, e fico muito feliz pelo reconhecimento. Aproveito o momento para agradecer a oportunidade de ter entrado na equipe, desde o início de janeiro de 2010. Com o início das minhas atividades no blog pude entrar em contato com diversos profissionais da área e ainda sou colunista semanal do Blog Ponto e Marketing e uma das principais editoras de conteúdo do Blog Mídia Boom.

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O A Bordo da Comunicação incentiva a prática da propagação da informação. Além de elaborarmos fóruns para discussão e disseminação da informação, participamos de eventos para agregarmos

valores e transmitirmos o que anda acontecendo no mundo da Web e da Comunicação. Neste sentido, compartilhamos com vocês um dos eventos que estivemos presentes, o Ciclo Comunicar Inovação.

Organização: Nós da Comunicação.

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É simples dissertar sobre a Sus-tentabilidade por quem é interes-sado,entretantoasaçõespositi-vas das pessoas que podem fazer a diferença ainda são ausentes na sociedade atual.

O Ciclo Comunicar Inovação evi-denciou um dos assuntos que é a “bola da vez” neste século.Estamos falando de INOVAÇÃO,COMUNICAÇÃOESUSTENTABILI-DADE; são três itens,mas todosinterligados em um único tema:FUTURO. Talvez muitos conside-rem falar sobre o Futuro clichê,quando relacionado ao que nor-malmente é falado na maioria dos eventos, mas no Ciclo Comu-nicar foi discutido e transmitidouma nova visão sobre como de-vemos agir e pensar para que nas próximasdécadastudosejamaissustentável.

Comopontodepartida,tivemosas palavras de Lala Deheinzelin,especialista em economia criati-va, desenvolvimento sustentávelefuturo,tambémCEOdaEnthu-siamos Cultural. Ela nos expli-ca dois conceitos diferentes, e que nem tudo é tão novo assim. Deheinzelin falasobreEconomia

CriativaeFuturosDesejáveis,co-menta um pouco sobre como era a mensuração dos resultados nos anos anteriores onde, em tese, tudo era mais simples, pois pro-curávamoscolocarnabalançadosucesso apenas o tangível, o con-creto, aquilo que conseguíamos ver ou tocar e, tendo como base o pensamento do tangível, jácomo algo ultrapassado, é onde surgeaEconomiaCriativa,conso-lidada como a grande estratégia de desenvolvimento sustentáveldo século XXI. Nesta nova linhaeconômica, fatores intangíveis são colocados como elementos fundamentais para a evolução positiva do mundo, Deheinzelinafirmaqueumamigraçãodages-tão de valores é necessária, naqual seja possível exercitar nos-samente, para que a prática damudança de paradigmas se torne algohabitualecomum.

Inovaçãoéaprendizadocontínuo,darmo-noscontadequeestamosvivendo, estarmos sensíveis àsmudanças e o que podemos fa-zer para que as coisas aconteçam da melhor maneira possível. Écorreto dizer que ligamos muitos fiosimportantes,masdesligamos

e desgastamos outros que são também importantes, os intan-gíveisquecompõemavida,dei-xandoparatráspossibilidadesdeumconvíviomaissaudávelentreos indivíduos que formam a so-ciedade. Precisamos enxergarumnovopossível,estimularpes-soas para que percebam novas chances, novos caminhos e quenem sempre grandes resultados são alcançados apenas através dasgrandesiniciativas,poisumapequena, mas inovadora atitu-de pode servir de exemplo para muitos,eseespalharnessanovaonda de redes de relacionamen-tos que estamos inseridos.

Se de um lado, criamos os pro-cessos de “insustentabilidade”,devemos ter a plena ciência de que vivemos num ambiente fi-nito e devemos perceber que as boas mudanças ocorrem quando estamosdebemcomsipróprios.Não é fácil, mas pode ser maissimples. A conquista de espaços levou a perdadetempo.Perdemosmui-tossentidos,perdemosaqualida-de do desfrute da vida, criamos uma infinidade de escolhas quesãodedifícil alcance,emoutras

CICLO COMUNICAR INOVAÇÂO

Inovação Sustentável

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palavras,criamosaçõesemesca-las desumanas, mas com respos-tashumanas.

A sustentabilidade age como principal motor da inovação, con-tribuindo demaneira considerá-vel para que o novo seja vistoatravés de um lado mais verde. É interessante refletirmos quenem sempre a inovação é algo novo, pode ser uma variação do quejáexiste,comissoarrisca-secriar uma nova palavra para de-finir este termo, ou seja, inovara partir do velho, trabalharmos

com processos de “envelhação”e pararmos de pensar que é ape-nas aquilo que ainda não existe ou nunca foi pensando antes por alguém. É a salvação dos nossos problemas, pois desta forma es-taríamos adquirindo uma neo-patia, que é definida como umadoença pelo novo.A capacidade de enxergar o atual de formas distintas é uma exce-lentehabilidade,diretamentere-lacionada ao grau de sensibilidade das pessoas para o que acontece láfora,oumelhor,aquifora.Pre-

cisamos saber as polaridades das coisas sem eliminá-las demodosingular, mas sim incluí-las, ouseja, trabalhar na conectivida-de das tarefas, fazendo “isto eaquilo”aoinvésdefazer“istoouaquilo”.É preciso sustentar a vida. Somos todos irmãos neste imenso siste-made“multividas”.

RepresentandooABordopartici-pou do Ciclo Comunicar Inovação a colaboradora Aline Derenzi. Otexto de cobertura foi elaborado pelo Stevan Spiandorim.

PróXXima Pocket

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O evento PróXXIma Pocket é fechado, realizado pelo GrupoM&M. Recebemos um convite para partici-pardoeventocomotema:Engajei,gosteierecomendo.ComospalestrantesRodrigoTerra,headdeac-tivation,digitaleconsumer insightsdaNokia,eRenatoRamos,gerentedemarketing interativodaTAM.Ouvir o que acontece nos bastidores destas empresas e participar do bate-papo foi degrande valor. Agradecemos ao grupo M&M e a equipe da Agência Ideal pelo convite

Fazemos cobertura de todos os eventos, via twitter, até via stream, a equipe do A Bordo da Comunicação espalhada em todo o Brasil, caso tenha interesse que um colaborador A Bor-do esteja em seu evento fazendo a cobertura, entre em conta-to conosco pelo email - [email protected]

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Cobertura do Fórum

A Bordo da diversidade estratégica nas organizações

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No último dia 19 de agosto, o ABordo da Comunicação realizou o segundo fórum, cujo tema foi “ABordo da Diversidade EstratégicanasOrganizações”.

O fórum propiciou um ambientede compartilhamento sobrea diversidade estratégica nas organizações, no qualos participantes puderamcompreender como a cultura e a heterogeneidade, entre todosos elementos que compõem aidentidade de uma organização,sãoimportantesepertinentesemtodasasaçõesestratégicas.

Contextualizando a sequência do fórum,aProfessoraDoutoraMariaAparecida Ferrari palestra sobre a importânciadotemaeafirmaqueadiversidadeinicianasorganizaçõescom bons tratamentos, salários,oportunidades e tudo o que for possívelofereceraosfuncionários.Deixa a reflexão: “Se a maioriaé formada por mulheres queestudam Relações Públicas, porqueoscargosdechefiaaindasãodoshomens?”

Em seguida, a Professora Ferraritransfere a palavra à MartaDourado, sócia-diretora daFundamento, que fala sobre Comunicação e Gênero.

Dourado debate sobre a Ética da Modernidade nas Empresas, a igualdade, a diferença e a comunicação interna e externa. Nesse contexto, explica sobre oPactoGlobal-PrincípiosdeDireitos

Humanos - tornado público em1948, e que em 1976 virou lei para todos os países da ONU, o qualtornou os aspectos de respeito, proteção, liberdade, entre muitos outros,igualitários.

Cada organização é única e temsua própria cultura, diz MartaDourado. É preciso lidar comessas visões e valores diferentes.A diversidade não é apenas incluir homensemulheres;énecessáriotratá-los como iguais e inserir osque são diferentes culturalmente e bons no que fazem, sem preconceito. Os colaboradores devem estar cientes da cultura da empresa. A palestrante explicou todos os tópicos e ainda trouxedadoscomo:“Googleafirmouquepagará mais aos homossexuais,pois estes têm mais descontos do queosheterossexuaisnoimpostoderenda.”

Você acha isso certo ou errado?Tem noção do quanto a diversidade está tomando conta do mundo?#reflexão

Na sequência, Cleber NeumannRibeiro, gerente da IBM, palestra sobre a diversidade naquela organização. Neumann explica que adiversidade não é apenas raça ou cor, mas cultural: países, Estados, empresas, raças, opções sexuais,deficiências...Edizqueficadifícilmudar a cultura das pessoas de forma tão brusca, pois os indivíduos se sentem acuados e perdemofocoeprodutividade.Por

estemotivo, a IBMadquiriu umapostura cultural de diversidade e flexibilidade,criandoumambientesadio para a empresa e para os colaboradores.

Além de explicar todo o processo de Cultura e Diversidade naIBM, Cleber trouxe algumas curiosidades, como: “A IBM foi aprimeira empresa a contratar um deficiente,em1914”.Porfim,apalestranteGládisEbolique trabalhou no GreenPeacee no Instituto Ethos, explica adiversidade destes Grupos de Ativismos.EboliiniciafalandodoGreenPeace.Foi fundado por um grupo de amigos comunicadores indignados com os testes nucleares. Hoje, acomunicação do GreenPeace noBrasil é extremamente estratégica e alinhada com a comunicaçãoglobal.Gládis traz alguns vídeos -Mudançasclimáticas.

A palestrante, em seguida, fala do Instituto Ethos. O planejamentodo Instituto Ethos: Trabalharfuturamente com políticaspúblicas. Infelizmente,suagestãonão prioriza a comunicação. Gládis diz quea equipedoEthosé multidisciplinar. A diversidadesempreestápresente.Depois de todas as explicações

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sobre o tema e uma gama de boas informações,o fórumficouaindamais rico com a mesa-redonda,quando os marujos da plateiatiraram todas as dúvidas; forambemparticipativos.

Parafinalizar,foipropostaàplateia:os primeiros 15 participantesque nos encaminharem umartigo sobre o tema irão ganharum livro da editora Saraiva, uma das patrocinadoras do fórum.Faremos uma edição especial da RevistaABordocomostextos, jáqueestefoioprimeirofórumcomeste tema no mundo – palavras da professora Ferrari. Logo, temos quedarcontinuidade.

Agradecemos a todos que nos apoiaram na divulgação:

Oras Blog

Blog dos Alunos da Metô

VersátilRP

ABRP/SP

ProXXIma

Abracom

NósdaComunicação

BlogdoVillela

Midia Boom

O evento foi muito positivo. Aprofessora Maria Aparecida Ferrari afirmou que esse foi o primeiroevento no mundo, cujo tema éuma das pesquisas dela com o professoresJamesGrunigeFábioFrança.

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#blogabordoindica

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ProfissionaldeMarketingeBlogueiro.TrabalhanoSebrae/ES,alémdeorganizareventosmobilizadoressobrenovasmídias,assimcomooTwicontroES.FundadordoTecnocrataDigital,blogdeMarketingDigitaleCibercultura.

@pliniomktPlinioReisweb:http://tecnocratadigital.com.br

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O A Bordo indica alguns twitters que postam bons conteúdos e para provar que eles não escrevem bem somente em 140 caracteres, Plínio Reis abre as indicações colocando sua opinião sobre o tema geral a

Revista

Muito se fala nos novos profissionais que chegamao mercado, mas há poucoempenho das empresas emoferecer suporte necessáriopara estes jovens. Pensamosquesãoos jovensqueperdemcom isso, porém a realidade é outra. Eles perdem sim, enquanto “suportam” essasituação, ao trabalharem emempresas engessadas com gestão antiquada, logo saem e

abremoseupróprionegócio.

O que as empresas perdem?

Jovens empreendedores ebons comunicadores são concorrentes ferozes para grandes empresas tradicionais. Talvez não interfiram tanto no market share da empresa,porém afetam drasticamente o mercado competitivo com produtos de qualidade. Se a

empresa não possuir estes jovens inovadores, torna asituação um tanto difícil quando o cliente exigir um produto ou serviço diferenciado.

De acordo com o Sebrae, asestatísticas de empreendedores por oportunidade são seis vezes maior do que os empreendedores por necessidade. Sendo assim, se um jovem tenta inovar no

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seu ambiente de trabalho eé vetado por seus superiores possivelmente se tornarão concorrentes. Aqui se encontra um perigo, pois em um mercado cada vez mais dinâmico que exige constantes atualizações de gestão, novosequipamentos tecnológicos eprojetosmaiscriativos,terumconcorrente potencialmente inovador coloca em risco a sua posição na empresa.

Claro que cada área tem oseu avanço, algumas são mais pioneiras do que outras. Gosto de citar o caso Bill Gates e Steve Jobs, que na décadade oitenta eram dois jovensempreendedores que para as empresas não possuíam muito valor, porém hoje enxergamosa importância deles. Eles amadureceram, e como é comum se acomodaram, atualmente vemos empreendedores como os jovensdoGoogleesquentandoas cabeças dos veteranos com produtos novos. Uma situação que aconteceu com eles anos atrás está se repetindo, noentanto os mais jovens estãovencendo.O que as empresas ganhamcomessestalentos?Empresas que sabem aproveitar o potencial desses jovens ganham profissionaiscapacitados em inovação, com ótima percepção social, ouseja,percebemmaisfacilmentecomo satisfazer os clientes internos e externos. Sentem-se mais engajados no ofício enão no emprego, fazem apenas o que gostam e isso aumenta muito os resultados quando bem posicionados.

A revista Pequenas Empresas& Grandes Negócios cita que,para os jovens da GeraçãoY questões como barreirasgeográficas, diferençasetárias ou socioeconômicasnão possuem importância. Parte disso devido ao avançotecnológicoeconsciênciasocialque evoluiu muito. Então, não se surpreenda se aparecer um jovem do outro lado domundo que compreendeu a necessidadedoclientemelhordo que as empresas da região e agora vende para eles.Raul da Silva, diretor da RCS Consultores, afirmou em publicação, na revista PequenasEmpresas&GrandesNegócios, que os jovens têmmais ousadia, estão sempre dispostos a experimentar e começam do zero quantas vezes forem necessárias.Diante deste cenário, éimportanteengajá-los,mesmoque tenham que rever certasmetodologias de gestão da empresa. Estão no mercado

de trabalho e trouxerammuita coisa interessante como ferramentas que eram consideradas diversão, hojesão ferramentas de muito potencial e que resultam em investimentosàempresa.Paraestimulá-los não é precisomuito, entretanto poucas empresas estão dispostas a iniciar uma gestão mais horizontalehumanitária.Bonificações financeiras nãopossuemtantovalor.Osjovensda década de 80, ou seja,da Geração X já cantavam“Comida” com ArnaldoAntunes: A gente não quer sódinheiro,agentequerdinheiroe felicidade. Se naquela época já pensavam assim, hoje emdiaesteconceitoestácadadiamais presente.É válido refletir sobre essesaspectos, nem sempre o diretor ou gerente possui a razão e estes jovens gostam de serouvidos e valorizados quando acreditam que estão certos, e aempresasótemaganhar.

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#blogabordoindica

LiteraturaeJornalismoCultural

@revistabulaRevista Bulaweb:http://www.revistabula.com/

Brasileiro,designer,ilustrador,músicoemuitoafimdecompartilharefazernovas amizades.

@designinaboxTiagoPimentelweb:http://www.designinabox.nu/

Ideias,dicasenotíciassobremeioambiente,responsabilidadesocial,negóciossustentáveis,educação,cidadaniaemuitomais.

AMestreSEOéreferênciaemOtimizaçãodeSites(SEO)noBrasil

@psustentavelPlanetaSustentávelweb:http://www.planetasustentavel.com.br/

@mestreseoMestreSEOweb: http://www.mestreseo.com.br/

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CélulaCriativa.Publicidade,marketingedesigntrabalhandojuntosparageren-ciar a sua marca.

Publicidade,Marketing,Design,Comportamento,Tecnologia,Novasmídias,WebetudodelegalquesurgenaNet!

@globuloGlóbuloweb: http://www.globulo.com.br/

@comunicadoresComunicadoresweb:http://www.comunicadores.info/

PortalInteligemcia,apraçadomarketingnoBrasil;umdia,nomundo.

@inteligemciaPortalInteligemciaweb:http://www.inteligemcia.com.br/

Publicidade,Design,Fotos,gameseoutrosmeioscriativos

Publicitário,Codificadordeinterfacesegremista.

@acriativosAssuntosCriativosweb:http://assuntoscriativos.blogspot.com/

@filipemedinaFilipe Medinaweb:http://filipemedina.com

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O blog da PaperCliQ é um espaço no qual a equipe desta agência digital publica notícias, análises e comentários sobre as diversas áreas de atuação.

Tarcízio Silva é sócio-diretor da PaperCliQ – Comunicação e Estratégia Digital. Cursa mestrado na linha de Cibercultura na Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da UFBA. Formado em Comunicação com habilitação em Produção Cultural. Também faz parte do Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade.

PaperCliqhttp://papercliq.com.br/blog/

@papercliq

Aqui indicamos blogs e portais que “FEEDelizamos, dentro do mundo da Comunicação

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Inteligência competitiva, mídias sociais e profissionais conectados: oportunidades e ameaças

PorTarcízioSilva

Informação. Essa é a grande moeda corrente do mundo contemporâneo. As novas tecnologias de informação e comunicação tornam-se centraisa cada dia como locais de fluxode dados e dinheiro, ambienteprivilegiado de sociabilidade e, até, como grande assunto do dia a dia. Internet,mídiassociaisedispositivosmóveis são também muitodebatidos,discutidosedecompostospor especialistas de todos os tipos.

Comunicadores,analistas,psicólogos,desenvolvedores, programadores, produtores culturais, advogados e juristas... Hoje as TIC envolvem echamamaatençãodepraticamentetodaequalquercategoriaprofissionalurbana.

Nessecontexto, fazpoucosmeses,umanotíciasurpreendeuumpoucoosdebatedoreseusuáriosdemídiassociais.AMicrosoft,enãoaamada

Apple, pontuou como empresa líder em conexões na internet. Seo Windows é odiado e xingado acada segundo, a metodologia da NetProspexlevaemcontaousodosfuncionáriosdasgrandesempresasamericanas. A empresa de Bill Gates ficou à frente de eBay, Amazon,DisneyeGoogle.

Mas o que isso significa? Emprimeiro lugar que, se existe uma

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PorTarcízioSilva

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cultura corporativa motivadorae saudável, estes funcionáriosexercem um papel fundamental na imagem da empresa. Porém,entre outros fatores envolvidos nessa presença dos funcionáriosnos ambientes online e mídias sociais, está a possibilidade decoleta de informações sensíveis àsestratégiaseambientecompetitivodas empresas.

A ABRAIC, Associação Brasileira de Inteligência Competitiva, defineinteligência competitiva comoum “processo que abarca etapasde coleta e busca ética de dados,informes e informações formais einformais(tantodomacroambientecomo do ambiente competitivoe interno da empresa), análisede forma filtrada e integrada erespectiva disseminação.” Agorapense sobre as informaçõespúblicase semi-públicasqueficamdisponíveisquandoumfuncionáriodeumaempresautilizaplenamenteas mídias sociais. E, se a empresa utiliza a estratégia (necessária eeficiente) de incentivar produçãode conteúdo da expertise dosusuários, a quantidade deinformações é ainda maior. Cargo,relações, intensidade das relações,interesses profissionais, blogs quelê, vídeos que assiste, podcasts que ouve, terminologias, estados de humor, satisfação com as tarefasetc. A lista é quase infindável. Apartir da percepção de que estegrande volume de informaçõespode ficar disponível online, asempresas podem agir para avaliar movimentações das outras. O queaquele stakeholder interno estáfazendo na rede? Quais são seuslaços?Aquemeledáfollowfriday?Qual o novo amigo que fez no último evento setorial? Que novotemaestápresenteemsuasúltimas

postagens?

As empresas podem ser do século XX. Existem setores que não setransformam tão rapidamente quanto outros, mas são poucos os setoresdeprofissionaisqualificadosque não são também usuários denovas tecnologias da comunicação. Profissionais do Século XXI. Paraque as organizações aproveitemde forma integrada e sem riscos os seus recursos humanos, é precisoentender o ambiente online como fonte de pesquisa de concorrentes, clienteseprofissionais.

Inteligência Competitiva envolve acoleta, armazenamento e análisede informações relevantes para aempresa.Observarosprofissionaisconectados dos concorrentes pode servir para a redação de produtos de inteligência,comoalertas,relatóriose análises preditivas. Algumasdas técnicas já utilizadas hoje nacomunicação através das mídias sociais já podem ser utilizadas emum sistema interno de inteligência competitiva.

Cool Hunting: a busca por novas tendênciasnacriaçãoereutilizaçãode produtos e serviços e seu contexto culturalpodeassociar-seàstécnicasde inteligência competitiva. CoolHunting tambémenvolveaanálisee indicação de oportunidades. E, nada melhor pra identificaroportunidades do que saber o que os concorrentes também avaliam como oportunidades. Ou, ainda melhor,descobrir que uma oportunidade realquevocêconhecenãofoiaindapercebida pelos concorrentes.

Monitoramento de Mídias Sociais: o que as pessoas em geral falam sobreaspalavras-chavesdosetor?E quem são estas pessoas? Quais

osusuáriosqueescrevemeopinamsobre os assuntos mais relevantes para sua empresa e produto?Identificarestesusuárioseadicionarinformações complementarespode permitir comparar, porexemplo, conversações gerais comconversações especializadas e,ainda, comparar o substrato das conversações, no qual diferentesempresas estão envolvidas.

Análise de Redes Sociais: ainda pouco utilizado no contexto dacomunicação externa, a análise daestruturaetipodas relaçõesentreas pessoas de determinado grupo pode trazer informações muitovaliosas. Aplicar isto, através de LinkedIn, Twitter e, talvez aindamais valiosamente, ao Facebook e sitesderedessociais,podepermitirque o analista de inteligência competitivaentendacomoocorremosfluxossimbólicos,fluxosdecapitaleashierarquiasreaisdepodernasempresas concorrentes.

A lista pode se estender bastante. O que quero aqui é mostrar como os profissionais conectados doséculo XXI são importantes tantopara suas empresas quanto para os concorrentes. Estabelecer processos de capacitação, educação e valorização nas mídias sociais é imperativo. Também sugiro quecomecemos a dar mais atenção a disciplinas correlatas, como Inteligência Competitiva, paraavançar o debate sobre comunicação digital. O debate – e a observação – continuapelasmídias sociais.

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O Blog Mídia8! nasceu em 2007, a partir de umprojeto acadêmico da faculdade. Inicialmentedesenvolvido como produto final de uma disciplina que envolvia comunicação digital e técnicason-line de produção. Atualmente, o Mídia8!foca exclusivamente o mundo da comunicação,particularmente o digimundo e todos os seusadjetivos modernos, como o design, a assessoriade imprensa, a comunicação empresarial, as redes e mídias sociais.

Seu intuito é reunir, produzir e compartilharinformações que tragam à tona temas delicados,estudados, revisados, inéditos e que impactemdireta ou indiretamente a comunicação comoum todo. Cada vez mais profissionalizado, o BlogMídia8! pretende caminhar como um projetode website, porém com todas as característicasque transformam a plataforma blog um sucesso:facilidade, compartilhamento e gratuidade nosusos de suas ferramentas.

O Blog do Villela nasceu em março de 2010 e desde lá vem tratando maciçamente de mídias sociais e marketing digital sob um olhar mais profissional.

Participando, aprendendo, engajando e fomentando, o blog defende e acredita imensamente neste fenômeno de colaboratividade on-line, com compartilhamento de informação e conhecimento fluindo pelas redes sociais, resultando em interatividade e inovação.Blog do Villela. Seu! Nosso!

Blog do Villella

Midia8

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www.blogmidia8.com

@blogdovillela

@midia8

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O Guanabara.info é a principal fonte de notícias e conteúdos relacionados ao mundo da Tecnologia. Com o GuanaCast, podcast eleito duas vezes como o melhor podcast de tecnologia, o professor Gustavo Guanabara se mantém junto de seus leitores e ouvintes.

A ideia do Choco La Design surgiu do interesse em prestar auxílio a novos designersou pessoas que tem interesse, mas não têm onde buscar informações para o seu graude conhecimento. Foi pensando em criar uma rede decontatos e informações que o ChocoLa foi criado. A proposta do Choco La Design é mostrar o quanto a mente pode ser criativa quando buscamos no nosso intelecto o que já conhecemos, tornando assim o ato da criação mais gostoso de se fazer. É o desejo de entrar em um estado de incubação criativa, o momento em que a mente passa a trabalhar fazendo conexões com coisas que vemos em nosso cotidiano e são absorvidas, porém não temos ideia de que podem ser usadas no momento da criação. Falamos sobre design, tipografia, motion design, criatividade, ilustração, dicas para quem está no início ou até já tem anos de mercado, entre outras informações pertinentes para o momento criativo.

Guanabara

Choco La Designchocoladesign.com

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www.guanabara.info/

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