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de sua morte, Francisco em profunda contemplação no Monte Alverne, o Calvário Franciscano, por um admirá- vel e estupendo prodígio, o Senhor Je- sus imprimiu-lhe no corpo as 5 chagas de sua paixão. O 1º biógrafo de São Francisco des- creve que as Chagas começaram a ser gestadas no coração de Francisco desde o Encontro com o Crucificado em São Damião e o encontro do le- Os 6 momentos de encontros com Cristo Comentário inicial: O Seráfico Pai São Francisco, desde o início de sua conversão, dedicou especialíssima devoção e veneração a Cristo Cruci- ficado, devoção que até a morte ele procurava incutir em todos os frades por palavras e exemplos. Quando em 1224, dois anos antes ENCENAÇÃO PARA A FESTA DAS CHAGAS DE SÃO FRANCISCO

EncEnação para a fEsta das chagas dE são francisco · para o caminho, nem duas túnicas, ... manjedoura e dormindo sobre o feno, entre um boi e um burro” (1Cel, 84). Chegou a

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Page 1: EncEnação para a fEsta das chagas dE são francisco · para o caminho, nem duas túnicas, ... manjedoura e dormindo sobre o feno, entre um boi e um burro” (1Cel, 84). Chegou a

de sua morte, Francisco em profunda contemplação no Monte Alverne, o Calvário Franciscano, por um admirá-vel e estupendo prodígio, o Senhor Je-sus imprimiu-lhe no corpo as 5 chagas de sua paixão.

O 1º biógrafo de São Francisco des-creve que as Chagas começaram a ser gestadas no coração de Francisco desde o Encontro com o Crucificado em São Damião e o encontro do le-

Os 6 momentos de encontros com Cristo Comentário inicial: O Seráfico Pai São Francisco, desde o início de sua conversão, dedicou especialíssima devoção e veneração a Cristo Cruci-ficado, devoção que até a morte ele procurava incutir em todos os frades por palavras e exemplos.

Quando em 1224, dois anos antes

EncEnação para a fEsta das chagas dE são francisco

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proso; o próprio Francisco não pôde exprimir a inefável mudança que sen-tiu em si mesmo; na sua santa alma a compaixão para o Cristo Crucificado vão sendo impressos os estigmas que vão culminar no Monte Alverne, quan-do Francisco se torna uma imagem viva do Cristo na Cruz.

1. O ENCONTRO DO CRISTO CRUCIFICADO DE SÃO DAMIÃO (2 Cel 10) (Antes dos ritos iniciais)

Francisco certo dia andava perto da igreja de São Damião que estava qua-se em ruínas e abandonada por todos. Conduzindo-o o espírito, ao entrar nela para rezar, prostrou-se suplicante devoto diante do Crucificado, sentiu-se diferente do que entrara. Imediata-mente, a imagem do Cristo crucifica-do, movendo os lábios da pintura, o que é inaudito desde os séculos, fala -lhe, enquanto ele estava comovido. Chamando-o pelo nome diz :

1ª voz: Francisco, vai e restaura mi-nha casa, que, como vês, está toda em ruína .

Francisco, a tremer, fica não pouco estupefato e torna-se como que fora de si com esta palavra. E decide-se a restaurar a Igreja de São Damião.

A todos que encontra, pede:

Francisco: “Quem me der uma pe-dra, ganhará uma graça. Quem me der duas, ganhará duas graças.

Celebrante: convida a olhar para o

crucifixo, e convida a todos a fazer o sinal da cruz, cantando: Em nome do Pai...

2. ENCONTRO COM O CRISTO NO LEPROSO (2Cel 9cd)

No momento do Ato penitencial

Comentarista: Francisco tinha gran-de aversão ao ver os leprosos. Certo dia, andando pelas redondezas de Assis, encontrou-se com um leproso. Sentiu não pouco incomodo e horror, sentiu vontade de fugir. Mas uma força fez ele voltar, foi ao encontro do lepro-so, abraçou-o e beijou-o.

Mais tarde ele escreveu no seu Testa-mento ele escreve o que este encon-tro significou para ele:

Francisco: “Foi assim que o Senhor concedeu a mim, Frei Francisco co-meçar a fazer penitência: como eu tivesse em pecados, parecia-me demais amargo ver leprosos. O próprio Senhor me conduziu a eles e tive misericórdia com eles. Aquilo que, antes, me parecia amargo se me converteu em doçura de alma e de corpo; e o que era doce se tor-nou amargo” (Testamento)

Segue-se o Ato Penitencial

3. O ENCONTRO COM O CRISTO NA PALAVRA DE DEUS. (1 Cel ,22)

Comentarista: Francisco foi participar de um Santa Missa. Francisco pede ao sacerdote:

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Francisco: reverendíssimo padre; eu desejo muito saber o que o Se-nhor quer de mim e meus compa-nheiros. Em nome da Santíssima Trindade, abra por três vezes o livro do Evangelho e leia o que o Senhor me quer revelar:

Celebrante:

a) Mt 10,9-10 “Não leveis nem ouro e nem cobre no cinto, nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem calçados nem bastão, porque o operário é digno do seu sustento”

b) Lc 9,2 - Jesus os enviou a pregar o Reino de Deus, e a curar aos doen-tes.

c) Lc 10,5 - “Em toda casa em que en-trardes, dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa’”

Francisco: “É isto que eu quero, é isto que eu procuro; cada é isto que eu quero fazer de todo o meu coração”. (1Cel 22)

Francisco convida todos que repitam cada frase

4. O ENCONTRO COM O CRISTO NO PRESÉPIO EM GRECCIO (Antes do ofertório)

Chegando o tempo de celebrar o santo Natal, estando em Greccio, Francisco pede ao grande amigo João de Velita, homem com fama de muito bondoso:

Francisco: “ Quero evocar a lem-brança do Menino que nasceu em Belém e todos os incômodos que

sofreu desde a sua infância; quero vê-lo tal qual ele era, deitado numa manjedoura e dormindo sobre o feno, entre um boi e um burro” (1Cel, 84).

Chegou a noite de Natal do ano de 1223, três anos antes de sua morte. De muitos outros lugares e povoações foram chamados os irmãos: homens e mulheres, jo-vens e velhos, todos prepararam cheios de alegria, tochas e ar-chotes para iluminar a noite . Por fim, chegou também o Santo e, vendo tudo de acordo com o que planejara, ficou contentíssimo. A missa foi celebrada ali mesmo no presépio, tendo o sacerdote que a celebrou sentido uma pie-dade que jamais experimentara até então. O Santo cantou com voz sonora o santo Evangelho. Pregou ao povo presente, afir-mando com fé coisas maravilho-sas sobre o nascimento do Rei pobre e sobre a pequena cidade de Belém.

Francisco pega a imagem do Menino Jesus e mostra o Menino de Belém

Comentarista: Muitas vezes, quan-do queria chamar Cristo a Jesus, chamava-o também com muito amor de “menino de Belém. Pareceu-lhe ver deitado no presépio um bebê dormindo, que acordou quando o Santo chegou perto. E essa visão veio muito a propósito, porque o menino Jesus estava de fato dor-

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mindo no esquecimento de muitos corações, nos quais, por sua graça e por intermédio de São Francisco, ele ressuscitou e deixou a marca de sua lembrança.

5. O ENCONTRO COM O CRISTO NA EUCARISTIA

(Na hora do canto do Santo, Fran-cisco se ajoelha diante do altar.)

Comentarista: É admirável em nosso Pai São Francisco a sua profunda fé no Cristo Eucarístico e sua veneração pelo Sacerdócio, a ponto de dizer: O Senhor me deu e ainda me dá tanta fé nos sacerdotes que vivem segundo a forma da Igreja Romana, por causa das suas ordens , que mesmo se me perseguissem, quero recorrer a eles. E procedo assim, porque do mesmo Altíssimo Filho de Deus nada enxergo neste mundo corporalmente, senão o seu santíssimo Corpo e Sangue que eles consagram e administram aos outros. E o Senhor me deu tanta fé nas igrejas que com simplicidade ora-va e dizia:

Celebrante ergue as sagradas espé-cies

Francisco: Nós vos adoramos,/ Santíssimo Senhor Jesus Cristo,/ aqui e em todas as vossas igrejas / que estão no mundo inteiro,/ e vos bendizemos,/ porque pela vossa santa Cruz/ remistes o mundo.

O comentarista convida a assembleia a repetir...

6. O ENCONTRO COM O CRISTO CRUCIFICADO NO MONTE ALVERNE (depois da Comunhão. Diante de uma cruz)

Comentarista: Conforme nos dizem os biógrafos de São Francisco, foi pela festa da Exaltação da Santa Cruz, no dia 14 de setembro de 1224, que São Francisco, depois de dias de jejum e oração e contemplação, recebeu no Monte Alverne os estigmas do Senhor. Francisco rezava assim:

Francisco: Ó Senhor meu Jesus Cristo, duas graças te peço que me faças antes que eu morra: a primei-ra é que em vida em sinta na alma e no corpo, quanto for possível, aquela dores que tu, doce Jesus, suportaste na hora da tua duríssi-ma Paixão;

A segunda, é que eu sinta no meu coração, quanto for possível, aque-le excessivo amor do qual tu, Filho de Deus, estavas infl amado para voluntariamente suportar uma tal paixão por nos pecadores.

Depois de cada cena cada comuni-dade escolhe refrões ou cânticos conhecidos que combinem com a celebração.

Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil